Saúde - 28 de junho de 2015

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Sa úde Caderno F MANAUS, DOMINGO, 28 DE JUNHO DE 2015 [email protected] (92) 3090-1017 e bem- estar Evite doenças com a higiene da boca Páginas 4 e 5 DIVULGAÇÃO Procedimentos não invasivos permitem que os pacientes não precisem ficar internados e saiam andando no mesmo dia A solução para as dores de coluna D ores na coluna po- dem ser o terror na vida de muitas pes- soas, já que levam a ter sua rotina diária alterada por conta desse problema. No entanto, por terem receio e até mesmo medo de procedi- mentos cirúrgicos, chega a ser comum que as pessoas convi- vam com a dor e não procu- rem tratamento. Mas hoje já existem técnicas avançadas para dar o máximo de con- forto para o paciente e fazer com que os métodos sejam minimamente invasivos. O medo de sentir ainda mais dores e não poder andar por vários dias após o tratamento na coluna foram os principais motivos para que a motorista de ônibus Maria da Conceição Ferreira convivesse com a dor por mais de 10 anos. “Fui diag- nosticada com hérnia de disco e preferia tomar medicações, mas com o tempo elas não faziam mais efeito”, lembra. Cansada de sentir fortes dores e não conseguir mais nem trabalhar direito, a mo- torista foi atrás de tratamen- to. No início deste ano, Maria da Conceição conheceu uma forma de tratamento não in- vasiva, cujo procedimento é feito por infiltração lombar, como explica o médico orto- pedista Marcelo Loquette. “Esse procedimento consis- te na aplicação de uma me- dicação diretamente sobre o nervo comprimido pela hérnia de disco”, explica. Maria da Conceição se prepara para fa- zer o tratamento e espera que o procedimento traga alívio quase que imediato. “Muitos amigos já fizeram e elogiaram muito a eficácia. Eu ainda estou me progra- mando para fazer porque não é tão acessível, financeira- mente falando. Mas só de imaginar que não precisarei ficar internada já me faz sentir muito bem”, conta. Procedimento Segundo o ortopedista Mar- celo Loquette, especialista em coluna, a infiltração na coluna é um procedimento utilizado nos principais centros mundiais de tratamento da dor. “Apresenta uma alta eficiência e, trata-se de um procedimento pouco invasivo, que permite que o pa- ciente retorne às suas ativida- des laborativas no dia seguinte ao procedimento”, disse. O método é indicado para pacientes que se encontram no auge de uma crise. Nesta fase, destaca Loquette, mui- tas pessoas não conseguem nem fazer fisioterapia por causa da dor. De acordo com o ortopedi- gsta, sob a anestesia local, são injetados anestésicos e antiinflamatórios diretamente na região lombar. “Fazemos a aplicação no local onde a dor tem sua origem. Desta forma, obtemos um resul- tado mais eficiente do que quando a pessoa toma me- dicamentos semelhantes por via oral. O alívio é imediato”, explica o especialista. O procedimento pode ser uti- lizado em diversas modalida- des de tratamento de várias doenças. Dentre elas, está a infiltração epidural no caso de hérnia de disco; a infiltração fa- cetaria em pacientes que pos- suem artrose (desgaste das articulações); e a rizotomia, que é utilizada em pequenos nervos das articulações. Aliás, esses procedimentos não requerem que o paciente fique internado. Segundo o mé- dico, o paciente recebe alta e vai para casa no mesmo dia, e o melhor de tudo, andando. Mas, claro, é necessário seguir al- gumas recomendações, como evitar caminhadas longas, car- regar peso, ou permanecer na mesma posição por horas. “Após a realização da infil- tração, é recomendável que, pelo menos no dia do proce- dimento, o paciente guarde um repouso relativo. Porém é autorizado ao paciente sen- tar-se à mesa, no sofá, andar em terreno plano”, diz. Após a cirurgia o médico ex- plica que é fundamental a ree- ducação postural, exercícios de alongamento e fortalecimento da musculatura por meio de técnicas fisioterápicas. “Esses cuidados são fundamentais para que o paciente alcance a plena qualidade de vida. E é importante, também, procurar um médico para que seja diagnosticada a doen- ça, de forma que o tratamento seja mais eficien- te”, indica Loquette. ALIK MENEZES Especial EM TEMPO

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Saúde - Caderno de saúde e bem estar do jornal Amazonas EM TEMPO

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o F

MANAUS, DOMINGO, 28 DE JUNHO DE 2015 [email protected] (92) 3090-1017

e bem-estar Evite doenças com a higiene da boca

Páginas 4 e 5

DIVULGAÇ

ÃO

Procedimentos não invasivos permitem que os pacientes não precisem fi car internados e saiam andando no mesmo dia

A solução para as dores de coluna

Dores na coluna po-dem ser o terror na vida de muitas pes-soas, já que levam a

ter sua rotina diária alterada por conta desse problema. No entanto, por terem receio e até mesmo medo de procedi-mentos cirúrgicos, chega a ser comum que as pessoas convi-vam com a dor e não procu-rem tratamento. Mas hoje já existem técnicas avançadas para dar o máximo de con-forto para o paciente e fazer com que os métodos sejam minimamente invasivos.

O medo de sentir ainda mais dores e não poder andar por vários dias após o tratamento na coluna foram os principais motivos para que a motorista de ônibus Maria da Conceição Ferreira convivesse com a dor por mais de 10 anos. “Fui diag-nosticada com hérnia de disco e preferia tomar medicações, mas com o tempo elas não faziam mais efeito”, lembra.

Cansada de sentir fortes dores e não conseguir mais nem trabalhar direito, a mo-torista foi atrás de tratamen-to. No início deste ano, Maria da Conceição conheceu uma forma de tratamento não in-vasiva, cujo procedimento é feito por infiltração lombar, como explica o médico orto-pedista Marcelo Loquette.

“Esse procedimento consis-te na aplicação de uma me-dicação diretamente sobre o nervo comprimido pela hérnia de disco”, explica. Maria da Conceição se prepara para fa-

zer o tratamento e espera que o procedimento traga alívio quase que imediato.

“Muitos amigos já fizeram e elogiaram muito a eficácia. Eu ainda estou me progra-mando para fazer porque não é tão acessível, financeira-mente falando. Mas só de imaginar que não precisarei ficar internada já me faz sentir muito bem”, conta.

ProcedimentoSegundo o ortopedista Mar-

celo Loquette, especialista em coluna, a infi ltração na coluna é um procedimento utilizado nos principais centros mundiais de tratamento da dor. “Apresenta uma alta efi ciência e, trata-se de um procedimento pouco invasivo, que permite que o pa-ciente retorne às suas ativida-des laborativas no dia seguinte ao procedimento”, disse.

O método é indicado para pacientes que se encontram no auge de uma crise. Nesta fase, destaca Loquette, mui-tas pessoas não conseguem nem fazer fisioterapia por causa da dor.

De acordo com o ortopedi-gsta, sob a anestesia local, são injetados anestésicos e antiinfl amatórios diretamente na região lombar. “Fazemos a aplicação no local onde a dor tem sua origem. Desta forma, obtemos um resul-tado mais efi ciente do que quando a pessoa toma me-dicamentos semelhantes por via oral. O alívio é imediato”, explica o especialista.

O procedimento pode ser uti-lizado em diversas modalida-des de tratamento de várias

doenças. Dentre elas, está a infi ltração epidural no caso de hérnia de disco; a infi ltração fa-cetaria em pacientes que pos-suem artrose (desgaste das articulações); e a rizotomia, que é utilizada em pequenos nervos das articulações.

Aliás, esses procedimentos não requerem que o paciente fi que internado. Segundo o mé-dico, o paciente recebe alta e vai para casa no mesmo dia, e o melhor de tudo, andando. Mas, claro, é necessário seguir al-gumas recomendações, como evitar caminhadas longas, car-regar peso, ou permanecer na mesma posição por horas.

“Após a realização da infil-tração, é recomendável que, pelo menos no dia do proce-dimento, o paciente guarde um repouso relativo. Porém é autorizado ao paciente sen-tar-se à mesa, no sofá, andar em terreno plano”, diz.

Após a cirurgia o médico ex-plica que é fundamental a ree-ducação postural, exercícios de alongamento e fortalecimento da musculatura por meio de técnicas fi sioterápicas. “Esses cuidados são fundamentais para que o paciente alcance a plena qualidade de vida. E é importante, também, procurar um médico para que seja diagnosticada a doen-ça, de forma que o tratamento seja mais efi cien-te”, indica Loquette.

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MANAUS, DOMINGO, 28 DE JUNHO DE 2015F2 Saúde e bem-estar

EditorMellanie [email protected]

RepórterAlik Menezes

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

Os fumantes regulares também podem perder grande quantidade de vitamina C, e o corpo compensa a falta com alguns elementos não naturais que recebe da nicotina. Assim que parar, consuma alimentos ricos em vitamina C por meio do consumo de sucos cítricos, como o de laranja. Brócolis também previne doenças pulmonares, pois suas fi bras ajudam a produzir mais serotonina no momento da digestão, especialmente para quem gosta de fumar depois do almoço ou jantar. E, claro, beba muita água!

Frutas e verduras para eliminar de vez o vício

Bebidas e alimentos que ajudam a largar o cigarro

RevisãoDernando Monteiro

DiagramaçãoAdyel Vieira

Associação ao sagrado na medicina grega

João Bosco [email protected] / www.historymedicine.net | www.historiadamedicina.med.br

A maior ca-racterística do panteão grego é o caráter humano dos seus deuses, isto é, além de antropomórfi -cas, as divin-dades eram materializadas como as mais bonitas, mais fortes, mais apaixonadas.

João Bosco Botelho

Doutor Honoris Causa, França;

Humberto Figliuolohfi [email protected]

Humberto Figliuolo

O verão está logo aí!

Humberto Figliuolo

farmacêutico

Sem a devi-da proteção, os raios solares se transformam em armas de destrui-ção da pele, provocando lesões que vão de rugas a tumores.

Sol com saúde animando as pessoas que detestam as chu-vas e cultuam o Rei Sol. Mas é a temporada que gera mais preocupação e trabalho para os dermatologistas. A radiação solar, embora produza um tom de pele que se tornou padrão de beleza em um país tropical como o nosso, também é o principal fator de risco para o envelhecimento precoce e, o que é pior, o câncer de pele. Por isso, nesta época do ano, sempre é bom observar as advertências contra o excesso de sol, como melhor forma de aproveitar o verão sem se queimar.

A radiação solar é um ele-mento vital para o metabolismo humano, mas só quando usado com moderação. Sem a devi-da proteção, os raios solares se transformam em armas de destruição da pele, provocan-do lesões que vão de rugas a tumores. A verdade é que as pessoas se expõem ao sol muito mais do que deveriam.

Antes de ir à praia de água doce ou à piscina em pleno sol de ve-rão, é bom conhecer um pouco da fi cha técnica do Astro Rei. Entre outras emissões, o sol tem dois tipos principais de radiação: os

raios ultravioletas. A (UVA) e os ultravioletas B (UBV). Os raios UVA têm um comprimento de onda maior e se mantém cons-tante enquanto durar a claridade solar, digamos, das 6 horas da manhã às 19 horas. Esses raios solares incidem sobre camadas um pouco mais profundas da pele e, quando não existe a proteção adequada, podem induzir a for-mação de câncer.

Já os raios UVB têm compri-mento em torno do horário das 10 às 2 da tarde. Queima mais do que o do tipo A, causam mais ardor na pele e podem des-truir mais células epidérmicas. Os raios UVB têm incidência mais superfi cial e, sozinhos não causam tanto foto envelheci-mento e manchas de pele como associado à UVA. Mas é preciso lembrar, que a radiação solar é cumulativa, e no pico do meio dia, quem se expuser ao sol vai pegar o auge dos dois tipos de raios, o A e o B, potencializando o risco. Protetores solares são indispensáveis. Por isso vale a regra do bom senso: aproveite o Rei Sol com moderação.

Em tese, o numero associado ao FPS (Fator de Proteção Solar), de cada protetor solar signifi ca

que o usuário do produto po-deria se expor ao sol sem fi car vermelho, tantas vezes ao tempo de sol sufi ciente para averme-lhar sua pele se não estivesse usando o protetor. Por exemplo: uma pessoa que, sem nenhuma proteção, fi caria vermelha de sol em 20 minutos, estaria protegida por 300 minutos (ou 5 horas) se usasse um produto com FPS 15, ou seja, 15 x 20 minutos. Os especialistas se preocupam, na verdade, com o exagero na exposição solar. Na prática, o risco de câncer de pele pode ser maior entre pessoas que fi ca de 4 ou 5 horas expostas ao sol com uma fi na camada de protetor do que entre pessoas sem nenhuma proteção que, fi cam na praia apenas uma hora.

Os produtos com FPS superior a 30 contêm, além da proteção química, uma barreira física à radiação solar outras substancias importantíssima. São produtos in-dicados, sobretudo para crianças, que, além de terem a pele mais deli-cada, costumam fi car mais tempo expostas ao sol e são mais rebel-des a uma repassada ao protetor, que é essencial a cada duas ou três horas, principalmente depois do contato com a água.

A formação grega antiga tem as suas raízes nas invasões da penín-sula itálica pelos indo-europeus, no segundo milênio a. C. No século VIII a. C., chegam a essa região os regos, cartagineses e etruscos, povos mais adiantados em relação aos primeiros invasores. Entre os séculos VIII e VI a. C. várias cidades são organizadas, contudo Atenas e Esparta se desta-cam com melhor organização social. Por essa razão, o confronto armado entre elas, a guerra do Peloponeso, no século V a. C., tornou-se inevitável e contribuiu para enfraquecê-las.

Em 359 a. C., Filipe da Macedônia, com 23 anos de idade, frente a um numeroso exército organizado, con-quistou todas as cidades gregas. Com a base grega consolidada, seu fi lho Alexandre, o Grande, iniciou a anexação militar do imenso Império persa. De modo geral é possível estabelecer quatro períodos na Medicina grega antiga:

- Primeiro período ou mitológico: mais abundante entre os séculos X e VII a. C. e foi caracterizado pela essên-cia mitológica, na qual os numerosos deuses do panteão grego são os res-ponsáveis pela saúde e pela doença dos homens e das mulheres.

- Segundo período ou fi losófi co: inicialmente, liderado pelos fi lósofos pré-socráticos, teve o marco fi xado

no século VI a.C., quando foi iniciada a dissociação entre a Medicina e as idéias e crenças religiosas.

- Terceiro período ou hipocrático: desenvolveu-se em torno de Hipócra-tes e dos seus seguidores, no século IV a. C., na ilha de Cós, quando foi descrita a primeira teoria geral � teoria dos Quatro Humores � para explicar a saúde e a doença, repre-sentando a consolidação da ruptura da Medicina com os deuses.

- Quarto período ou pós-hipo-crático: relacionado com o sur-gimento das correntes médico-filosóficas, em Alexandria, logo após a morte de Hipócrates, no ano 377 a. C., que defendiam o dogmatismo e o empirismo.

A maior característica do panteão grego, dessa fase, é o caráter hu-mano dos seus deuses, isto é, além de antropomórfi cas, as divindades eram materializadas como as mais bonitas, mais fortes, mais apaixona-das, mais viris do que os humanos, sempre encarregados de proteger tudo e todos em setores específi cos da visa social.

Entre as centenas de deidades, os relacionados com a saúde e a doença recebiam especial deferência:

- Afrodite: deusa da beleza e do amor, desfrutava de imensa importância na solução dos pro-

blemas sexuais;- Hera: mulher de Zeus, protegia as

mulheres grávidas das complicações do parto; Panacéa: deusa de todas as curas;

- Héracles: adepto da hidroterapia, utilizava plantas Medicinais com efei-tos sedativos.

Destaque especial ao deus Asclé-pio. Os primeiros registros desse im-portante deus grego datam de 1260 a. C., na Tessália. Filho do poderoso Apolo com a bela e mortal Coronis, foi educado pelo centauro Quirão, o mestre do saber médico. Em conse-qüência do seu extraordinário poder de ressuscitar os mortos, Asclépio foi elevado a suprema posição de deus da Medicina. Contudo, Zeus, outro infl uente deus grego, enciu-mado com o destaque de Asclépio e receoso que a ordem mortal do mundo fosse afetada pelo poer de ressuscitar os mortos, decretou a morte com os raios dos Cíclopes. A cobra enrolada num bastão se tornou a símbolo do deus da Medicina grega. A tradição mitológica grega identifi -ca a família de Asclépio constituída de dois fi lhos: Macaon, o mestre da cirurgia, e Podalírio, o inigualável clínico; e duas fi lhas: Hígia, aquela que assegura a prevenção das doenças, e Panaceia, o símbolo do remédio para todas as doenças.

Causador de doenças como câncer, problemas respi-ratórios diversos e AVC, o tabagismo é um problema de saúde pública em todo o mundo. A doença é responsável por cerca de 200 mil mortes por ano apenas no Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Para quem está deixando ou pretende parar de fumar, é possível largar o vício com a ajuda de alimentos podem controlar a vontade de acender um cigarro. A ingestão do leite altera o sabor do cigarro. Além disso, estimula a produção de serotonina, o nosso hormônio da tranquilidade, que inibe a ansiedade do fumo.

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MANAUS, DOMINGO, 28 DE JUNHO DE 2015 F3Saúde e bem-estar

Idoso em família

Nutrição em [email protected]

Nutrição em foco Flávia Cunha

Flávia CunhaNutricionista Clínica

99322-1385

Com o envelhecimento popu-lacional, aumenta a preocupação para que este período da vida seja uma experiência boa também. Porém, o processo do envelheci-mento traz um risco maior em ad-quirirmos limitações em nossas atividades diárias. Pode haver perda de funcionalidade – ca-pacidade de realizar atividades sem ajuda – o que compromete nossa independência!

A prevenção acaba por ser nos-sa amiga por evitar perdas e limi-tações do envelhecimento. Para isto, é necessário o acompanha-mento não apenas com o médico, mas com os demais profi ssionais habilitados de acordo com a sua necessidade: fi sioterapia, fono-audiologia, nutrição, educação física, psicologia, enfermagem

e terapia ocupacional. Para lidar com o envelhecimen-

to e doenças que vão aparecendo com a idade, a geriatria é a es-pecialidade médica mais indicada para tal. É o médico central do paciente, responsável pelo check-up anual, não só cardiológico, mas também, gerenciando e lidando com doenças como demências, hipertensão arterial, diabetes e osteoporose; problemas com múl-tiplas causas, como tonturas, in-continência urinária e tendência a quedas, atuando em conjunto com uma equipe multidisciplinar.

A neurologia acaba por auxiliar a geriatria com a sua atuação em doenças que afetam o sistema nervoso central e periférico do paciente idoso, assim como de seus cuidadores. Exemplo são a

doença de Parkinson, as “doenças dos nervos”, tremores e as dores de cabeça, e o Alzheimer.

Cada um da equipe multidisci-plinar contribui para a melhoria em vários aspectos da saúde: fi sioterapia, reabilitando a ca-pacidade motora e respiratória, bem como prevenindo perda de força muscular e equilíbrio; a nutrição, equilibrando e fortale-cendo a saúde dos idosos atra-vés dos alimentos; a psicologia, cuidando da saúde emocional e psicológica; a fonoaudiologia, evitando problemas de degluti-ção (engolir), de fala e de lingua-gem; a enfermaria, cuidando de feridas, dando orientações para o uso de medicamentos e cuida-dos com a higiene; e a terapia ocupacional, permitindo a rea-

daptação às atividades diárias após alguma incapacidade.

Cientes da ausência de uma equipe capacitada no envelheci-mento na cidade de Manaus, nasce a ideia de formar uma equipe para o atendimento da família em um só lugar - o Instituto Senescer.

Senescer significa “envelhecer saudável”. Assim, o Instituto é uma clínica especializada no cuida-do com o idoso e sua família. Para atingir este objetivo, contamos com uma equipe composta por Geriatria e neurologista (ambas com registro de especialista no Conselho Regio-nal de Medicina), Fisioterapeuta, Nutricionista, Fonoaudióloga, Psi-cóloga, Enfermeira e Terapeuta Ocupacional, devidamente capa-citadas e reconhecidas por seus respectivos Conselhos.

Iniciaremos nossos atendi-mentos dia 8 de julho, em consul-tório, no Edifício Sky Platinum, localizada na Avenida Theoma-rio Pinto, 811, continuação da Darcy Vargas, sala 607.

Consultas com hora marcada, em um ambiente aconchegan-te. Atendimento apenas par-ticular, no momento. Também faremos visitas domiciliares.

Agende sua consulta pelo 3343-4366 ou 98217-7718, ou ainda, tire suas dúvidas pelo e-mail [email protected]. A Direção técnica dra. Karoline Rodrigues, geriatra e Talísia Vianez, neurologista.

Viver com qualidade hoje para envelhecer com dignidade!

Um grande abraço e até a próxima.

Avaliação revela que pacientes frequentemente chegam ao diagnóstico com campo visual bastante comprometido

Acuidade visual pode esconder glaucoma

Usar óculos sem o exame com o mé-dico ost almologis-ta apenas para

aparentemente auxiliar na leitura ou mesmo melhorar um pouco a chamada acui-dade visual pode retardar o diagnóstico da doença que é uma das principais causas de cegueira irreversível no país. Levantamento realiza-do pela Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) com 300 prontuários de pacientes diagnosticados nos serviços do Hospital das Clínicas e da Santa Casa, em São Paulo, revela que três em cada dez pacientes que chegam para o diagnóstico embora apre-sentem boa acuidade visual já estão em estágios avan-çados da doença.

No Brasil, a falta de dados estatísticos e epidemiológi-cos confi áveis difi culta a ava-liação real da extensão dos problemas visuais da nossa população. Os dados utiliza-dos para esta avaliação vêm da OMS e não são originados de estudos epidemiológicos de base populacional local como é feito em alguns pa-íses desenvolvidos.

Segundo a OMS, existem

65 milhões de glaucomato-sos em todo o mundo, sendo que, a cada ano, surgem mais 2,4 milhões de casos. A prevalência de cegueira por glaucoma é de 5,2 milhões de pessoas, representando a segunda causa de cegueira no mundo e a maior cau-sa de cegueira irreversível. Estima-se que, no Brasil, existam cerca de um mi-lhão e meio de portadores de glaucoma sendo que a metade deles não sabem possuir a doença.

Exames “O paciente passa no exa-

me de acuidade visual, aque-le em que a pessoa precisa ler as letras e números em diversos tamanhos”, explica o ost almologista Francisco Eduardo Lopes de Lima, pre-sidente da SBG. “Mas o cam-po visual, ou seja, o quanto essa pessoa consegue en-xergar em volta do que está olhando, geralmente está bastante comprometido”, completa. O levantamen-to também demonstra que quatro em cada dez indiví-duos diagnosticados ainda podem ser submetidos a tratamentos que retardem

a progressão da doença. “O ideal é que todo indiví-

duo acima de 40 anos visite o ost almologista pelo menos uma vez por ano”, alerta o médico Francisco de Lima. “Não se contente apenas em estar com os óculos corretos para enxergar de perto ou de longe e sentir boa acuidade visual. O glaucoma é uma doença silenciosa e apenas o ost almologista pode diag-nosticá-la corretamente”, ressalta Lima.

Ou seja, a visita anual ao médico ost almologista é fun-damental para o diagnósti-co precoce. “Os resultados mostram que é importante diferenciar a boa acuida-de visual, detectada em um simples exame de vista, de um exame médico ost almo-lógico completo que inclui aferição da pressão intrao-cular e avaliação do fundo de olho. Apenas desta maneira o médico poderá suspeitar da doença e solicitar o exa-me de campo visual para confi rmar o diagnóstico. Ou seja, a pessoa que enxerga bem e usa óculos também precisa passar anualmente por um médico especialis-ta”, fi naliza.

O uso de óculos sem o

exame com o médico

ost almologis-ta retarda o diagnóstico

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 28 DE JUNHO DE 2015 F5

A boca é a porta de entrada para diversas doenças, mas é possível preveni-las fazendo uma higiene oral adequada e cultivando hábitos saudáveis

Alerta para as doenças bucais

A boca é um dos órgãos mais expostos às in-fecções, principalmen-te, quando a higieniza-

ção não é realizada de forma adequada. Dessa forma, a falta de cuidados pode pre-judicar vários outros órgãos do corpo humano.

De acordo com a odontóloga Monik Braga, sócia-proprietá-ria do consultório Elas Odonto, quando a saúde bucal não esta em dia, os microorganismos podem se proliferar e atacar ór-gãos como o cérebro, o aparelho respiratório, coração, aparelho digestivo, rins, e ate as articu-lações. “A boca é a porta de entrada para várias doenças que se alojam no organismo, principalmente, pela falta de higienização”, disse.

Entre as principais doenças bucais, a profi ssional destaca a gengivite (infl amação da gengi-va), assim como tumores, além de outras mais comuns, como a placa bacteriana, cárie, tártaro, periodontite e halitose.

Monik destaca, ainda, que as pessoas pré-dispostas a desen-volver câncer bucal têm mais de 40 anos, são fumantes e usuários de bebidas alcoólicas, com higiene bucal defi ciente e, também, usuários de próteses dentárias. “O câncer de boca é um tumor maligno que acomete a boca e parte da garganta, e

pode se desenvolver nos lá-bios, língua, palato, gengi-va, amígdalas e glândulas salivares”, explica.

PrevençãoÉ fundamental que to-

das as pessoas realizem o autoexame para que a doença seja identifi cada precocemente. “Uma pes-soa que conhece a estru-tura da boca tem maiores condições de identifi car possíveis anormalidades. No entanto, nada substitui o exame de um profi ssional capacitado”, orienta.

Mesmo sendo graves, a pro-fi ssional explica que alguns há-bitos diários podem diminuir os riscos de contrair algum tipo de câncer e outras doenças. “Evite o consumo de álcool e fumo; escove adequadamente os dentes; faça uma alimenta-ção rica em frutas, verduras e legumes e consulte um dentista regularmente”, aponta Monyk.

A especialista alerta, ainda, que o mais importante de to-dos os passos é a escovação correta dos dentes, um hábito que deve ser cultivado ainda na infância. “O uso do fi o dental e consultas regulares a cada 6 meses são importantes. Estes cuidados não devem ser dei-xados para depois. As crianças devem aprender isso o mais cedo possível, pois não é por-que os dentes são de leite, e vão cair naturalmente, que não mereçam atenção”, explica.

ALIK MENEZES Especial EM TEMPO

Você sabe escovar os dentes corretamente? A odontóloga Monik Braga ensina que a escovação efi ciente é simples, mas por de-

morar alguns minutos, as pessoas param pela metade. Antes de escovar, recomenda a profi ssional, é preciso lavar as mãos, em seguido usar o fi o den-tal e, apenas depois disso, iniciar a higienização com uma escova de cerdas ma-cias e arredondadas com uma pequena porção de creme dental. “Para uma boa limpeza estimamos o tempo em 10 minutos”.

Ela orienta, ainda, que a escovação deve ser re-alizada após as refeições. Mas não adianta realizar a limpeza após cada re-feição, se esta não for de qualidade. “Às vezes, uma excelente escovação diária é mais efi caz do que cinco escovações ra-zoáveis. É preciso atenção com a escova, quando as cerdas começam a abrir é necessário substituir a escova. A indicação trocá-la a cada três meses”.

Escovação simples e efi ciente

No cérebro: Pessoas com gengiva cronicamente infl amada têm mais pro-babilidade de sofrer um acidente vascular cere-bral, e abcessos de canal também podem alcançar o cérebro.

No aparelho respirató-rio: É raro, mas também acontece. Os pulmões e a faringepodem ser infecta-dos pela aspiração de bac-térias da boca, causando infecções como pneumo-nia, rinite e sinusite.

No coração: Indivíduos que têm doenças cardíacas congênitas correm o risco de desenvolver uma infec-ção severa, que na maioria das vezes leva a morte, a endocardite bacteriana, causada por bactéria que migra da boca para a cor-rente sanguínea através da gengiva e se instala no tecido do coração.

No aparelho digestivo: O excesso de bactérias na saburra, crosta de germes e resto de alimentos que

envolve a língua, é o cul-pado pelo mau hálito. Elas podem chegar ao estôma-go causando irritações e gastrite.

Nos rins: Bactérias da boca circulando pelo sangue também são uma causa de nefrite, doença renal.

Nas articulações: Mi-cróbios no sangue podem alcançar as articulações e provocar uma forma grave de reumatismo, a artrite séptica.

Como as doenças agem no corpo

A correta escovação e o uso de fi o dental devem ser ensinados às crianças desde cedo

Mononucleose: conhecida como “a doença do beijo”, de origem viral. Provoca febre, dor de garganta, gânglios no pescoço e até alterações no fígado e no baço;

Herpes simples: Os ví-rus de tipo 1 acomete a região bocal e de tipo 2 a região da genitália. Provocam lesões bolhosas em pele e mucosas, que podem reaparecer perio-dicamente;

Meningites: Ocorre quan-do, por alguma razão em específi co, bactérias e vírus vencem as defesas do orga-nismo e atingem as meninges, membranas que envolvem e protegem o encéfalo, a me-dula espinhal e outras partes do sistema nervoso central. Causa febre alta, mal-estar, vômitos, dor forte de cabeça e no pescoço;

Hepatite A: Causada pelo ví-rus VHA, tem como sintomas: fe-

bre, dores musculares, cansaço, mal-estar, inapetência, náuseas, urina escura e vômito. Além da via oral-fecal, pode ser transmi-tida por meio de alimentos ou água contaminados;

Gripes e resfriados: A gri-pe ocorre quando organismo é infectado pelo vírus infl uenza, enquanto o resfriado pode ser causado por vários tipos de vírus. Provocam febre, dores de cabeça e no corpo, tosse, coriza, mal-estar e fraqueza.

Doenças transmissíveis via oralAs visitas ao dentista devem ser periódicas, pois o profi ssional pode avaliar a boca corretamente

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 28 DE JUNHO DE 2015 F5

A boca é a porta de entrada para diversas doenças, mas é possível preveni-las fazendo uma higiene oral adequada e cultivando hábitos saudáveis

Alerta para as doenças bucais

A boca é um dos órgãos mais expostos às in-fecções, principalmen-te, quando a higieniza-

ção não é realizada de forma adequada. Dessa forma, a falta de cuidados pode pre-judicar vários outros órgãos do corpo humano.

De acordo com a odontóloga Monik Braga, sócia-proprietá-ria do consultório Elas Odonto, quando a saúde bucal não esta em dia, os microorganismos podem se proliferar e atacar ór-gãos como o cérebro, o aparelho respiratório, coração, aparelho digestivo, rins, e ate as articu-lações. “A boca é a porta de entrada para várias doenças que se alojam no organismo, principalmente, pela falta de higienização”, disse.

Entre as principais doenças bucais, a profi ssional destaca a gengivite (infl amação da gengi-va), assim como tumores, além de outras mais comuns, como a placa bacteriana, cárie, tártaro, periodontite e halitose.

Monik destaca, ainda, que as pessoas pré-dispostas a desen-volver câncer bucal têm mais de 40 anos, são fumantes e usuários de bebidas alcoólicas, com higiene bucal defi ciente e, também, usuários de próteses dentárias. “O câncer de boca é um tumor maligno que acomete a boca e parte da garganta, e

pode se desenvolver nos lá-bios, língua, palato, gengi-va, amígdalas e glândulas salivares”, explica.

PrevençãoÉ fundamental que to-

das as pessoas realizem o autoexame para que a doença seja identifi cada precocemente. “Uma pes-soa que conhece a estru-tura da boca tem maiores condições de identifi car possíveis anormalidades. No entanto, nada substitui o exame de um profi ssional capacitado”, orienta.

Mesmo sendo graves, a pro-fi ssional explica que alguns há-bitos diários podem diminuir os riscos de contrair algum tipo de câncer e outras doenças. “Evite o consumo de álcool e fumo; escove adequadamente os dentes; faça uma alimenta-ção rica em frutas, verduras e legumes e consulte um dentista regularmente”, aponta Monyk.

A especialista alerta, ainda, que o mais importante de to-dos os passos é a escovação correta dos dentes, um hábito que deve ser cultivado ainda na infância. “O uso do fi o dental e consultas regulares a cada 6 meses são importantes. Estes cuidados não devem ser dei-xados para depois. As crianças devem aprender isso o mais cedo possível, pois não é por-que os dentes são de leite, e vão cair naturalmente, que não mereçam atenção”, explica.

ALIK MENEZES Especial EM TEMPO

Você sabe escovar os dentes corretamente? A odontóloga Monik Braga ensina que a escovação efi ciente é simples, mas por de-

morar alguns minutos, as pessoas param pela metade. Antes de escovar, recomenda a profi ssional, é preciso lavar as mãos, em seguido usar o fi o den-tal e, apenas depois disso, iniciar a higienização com uma escova de cerdas ma-cias e arredondadas com uma pequena porção de creme dental. “Para uma boa limpeza estimamos o tempo em 10 minutos”.

Ela orienta, ainda, que a escovação deve ser re-alizada após as refeições. Mas não adianta realizar a limpeza após cada re-feição, se esta não for de qualidade. “Às vezes, uma excelente escovação diária é mais efi caz do que cinco escovações ra-zoáveis. É preciso atenção com a escova, quando as cerdas começam a abrir é necessário substituir a escova. A indicação trocá-la a cada três meses”.

Escovação simples e efi ciente

No cérebro: Pessoas com gengiva cronicamente infl amada têm mais pro-babilidade de sofrer um acidente vascular cere-bral, e abcessos de canal também podem alcançar o cérebro.

No aparelho respirató-rio: É raro, mas também acontece. Os pulmões e a faringepodem ser infecta-dos pela aspiração de bac-térias da boca, causando infecções como pneumo-nia, rinite e sinusite.

No coração: Indivíduos que têm doenças cardíacas congênitas correm o risco de desenvolver uma infec-ção severa, que na maioria das vezes leva a morte, a endocardite bacteriana, causada por bactéria que migra da boca para a cor-rente sanguínea através da gengiva e se instala no tecido do coração.

No aparelho digestivo: O excesso de bactérias na saburra, crosta de germes e resto de alimentos que

envolve a língua, é o cul-pado pelo mau hálito. Elas podem chegar ao estôma-go causando irritações e gastrite.

Nos rins: Bactérias da boca circulando pelo sangue também são uma causa de nefrite, doença renal.

Nas articulações: Mi-cróbios no sangue podem alcançar as articulações e provocar uma forma grave de reumatismo, a artrite séptica.

Como as doenças agem no corpo

A correta escovação e o uso de fi o dental devem ser ensinados às crianças desde cedo

Mononucleose: conhecida como “a doença do beijo”, de origem viral. Provoca febre, dor de garganta, gânglios no pescoço e até alterações no fígado e no baço;

Herpes simples: Os ví-rus de tipo 1 acomete a região bocal e de tipo 2 a região da genitália. Provocam lesões bolhosas em pele e mucosas, que podem reaparecer perio-dicamente;

Meningites: Ocorre quan-do, por alguma razão em específi co, bactérias e vírus vencem as defesas do orga-nismo e atingem as meninges, membranas que envolvem e protegem o encéfalo, a me-dula espinhal e outras partes do sistema nervoso central. Causa febre alta, mal-estar, vômitos, dor forte de cabeça e no pescoço;

Hepatite A: Causada pelo ví-rus VHA, tem como sintomas: fe-

bre, dores musculares, cansaço, mal-estar, inapetência, náuseas, urina escura e vômito. Além da via oral-fecal, pode ser transmi-tida por meio de alimentos ou água contaminados;

Gripes e resfriados: A gri-pe ocorre quando organismo é infectado pelo vírus infl uenza, enquanto o resfriado pode ser causado por vários tipos de vírus. Provocam febre, dores de cabeça e no corpo, tosse, coriza, mal-estar e fraqueza.

Doenças transmissíveis via oralAs visitas ao dentista devem ser periódicas, pois o profi ssional pode avaliar a boca corretamente

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As profi s-sionais do consultó-

rio Elas Odonto

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Musculação para deficientes físicosTodos sabemos da impor-

tância da atividade física para qualquer pessoa, no entanto, o exercício é ainda mais importan-te para as pessoas com defici-ência. Ele mantém sua força do corpo, lhe dá energia, melhora o estresse e pode ajudar a reduzir a fadiga e até na cura da depressão, principalmente para aqueles que acabaram de adquirir a deficiência. A chave é encontrar o tipo certo de exercício para a sua situação. Maria Eneide dos Santos Graça, 58 anos , sofreu um acidente quando criança aos 14 anos e teve que amputar a perna esquerda, a qual faz uso de prótese, pratica musculação há 3 anos ininterruptamente, relata que as dores que sentia antes da prática de exercícios, hoje pra-ticamente não existem, conta que antes era necessário tomar a medicação regularmente, hoje não precisa mais.

A musculação é essencial para quem tem algum tipo de deficiência relacionada aos membros. Este tipo de defici-ência faz com que seu corpo sobrecarregue alguns grupos musculares e torna necessá-rio que você tenha uma rotina de exercícios para trabalhar a

resistência e força, evitando que a sobrecarga cause dores musculares.

Alongamento e flexibilidade são também importantes para reduzir a chance de lesão. Espe-cificamente, você deve esticar todos os principais músculos em sua parte superior do corpo, incluindo os ombros, braços, costas e pescoço.

Para quem tem problemas com a parte superior do corpo, como limitação de movimen-tos ou perda total o parcial dos membros, além dos exer-cícios de fortalecimento para os membros inferiores, torna-se necessário a musculação fo-calizada na compensação da deficiência. Isso significa que se você não tem o braço direito, por exemplo, você deverá fortalecer o ombro direito com algum tipo de estímulo para não ter dores pela ausência do braço e exercitar melhor seu braço esquerdo para que ele consiga fazer as tarefas que você ne-cessita no dia a dia sozinho. Se você tem uma deficiência, você tem que trabalhar muito mais e ser muito mais criativo sobre o exercício

É importante salientar que estimular a parte inferior do cor-

po também pode ser de grande ajuda. Isso pode ser feito com massagens e alongamentos, principalmente. Alguns trata-mentos para recuperar os movi-mentos das partes inferiores do corpo envolvem estes trabalhos e podem, em raros casos, de-volver um pouco da sensibili-dade aos membros inferiores, principalmente para quem tem limitação de movimento dos membros superiores ou algum dos membros superiores am-putados ou inexistentes

A prática de atividades físicas pelos portadores de deficiência proporciona:

• estimular a independência e autonomia;

• melhorar a socialização com outros grupos;

• melhorar a autovalorização e a autoestima;

• melhoria na força e resis-tência muscular global;

• manutenção e promoção da saúde;

• aprimoramento da coorde-nação motora global.

Procure sempre um profis-sional habilitado para que seja desenvolvido um trabalho es-pecífico para sua deficiência e assim alcançar os objetivos desejados.

Cristiane Burgos NogueiraPersonal Fitness Club

Professora de educação física

Não é ‘tique nervoso’Incapacitante, a distonia atinge cerca de 65 mil brasileiros e pode ser tratada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), assegurando a retomada de atividades do dia a dia e minimizando suas limitações, assim como o preconceito

Contrações muscula-res involuntárias e que popularmente são confundidas com

“tique” nervoso podem masca-rar os primeiros sinais de uma doença incapacitante. Trata-se da distonia, uma síndrome neurológica que afeta cerca 65 mil brasileiros, de acordo com o Ministério da Saúde, e é frequente encontrar pacien-tes que pouco conhecem sobre o distúrbio ou o confundem com outras patologias.

O problema caracteriza-se por movimentos involuntários, que podem levar a movimentos de torção ou posturas anor-mais do indivíduo. De origem genética ou associada a outras comorbidades, como doença de Parkinson, infecções e trau-mas diversos, a distonia aco-mete qualquer faixa etária.

Os espasmos provocados pela doença podem afetar uma única parte do corpo, como os olhos, o pescoço, os braços ou as pernas (distonias

focais), duas partes, como o pescoço e tronco (distonias segmentares), um lado inteiro do corpo (hemidistonia) ou praticamente o corpo todo (distonia generalizada).

PreconceitoSegundo Péricles Tey Otani,

médico fisiatra, a distonia ainda é alvo de preconceito por parte da sociedade. “Além de afetar a autoestima do paciente, ao impossibilitá-lo de realizar ta-refas do seu dia a dia, muitas

pessoas quando presenciam os movimentos involuntários po-dem ter conclusões equivoca-das sobre o paciente e tratá-lo de forma discriminatória. Sem o tratamento correto, a doen-ça pode evoluir para formas incapacitantes, levando a difi-culdades para andar, escrever, comunicar-se e enxergar. Além da presença de dor crônica, a distonia afasta os pacientes do trabalho, do convívio social e até de executar atividades rotineiras”, explica.

No mundo, a incidência da doença pode chegar a até 7 mil casos para cada milhão de habitantes. Um dos casos mais famosos é o do maestro João Carlos Martins, portador de distonia focal nas mãos - res-ponsável por tirá-lo da função de pianista por alguns anos, passando a atuar como regente de um modo muito peculiar.

Tratamento gratuitoApesar da gravidade e de

não haver cura, a distonia tem

tratamento e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Boa parte dos pacientes é direcionada para tratamentos como a aplicação de toxina bo-tulínica A, feita diretamente no músculo e que consegue inibir a contração muscular involun-tária. A aplicação, que pode ser refeita de 3 a 5 meses, relaxa o músculo afetado e melhora a dor associada, o que possi-bilita, em alguns casos, que o paciente possa realizar tarefas cotidianas antes limitadas.

Confundida com ‘tique nervoso’, a distonia pode ser tratada com aplicação de to-xina botulínica

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Os sinais de que seus pés precisam mais de atençãoCuidados especiais necessários para manter os pés sempre bonitos, bem hidratados e sem asperezas e calosidades

Manter uma rotina de cuidados com os pés é funda-mental, conside-

rando que são eles que sus-tentam o nosso corpo e, por isso, são exigidos praticamen-te durante o dia todo. Em-bora sejam anatomicamente projetados para sustentar o peso do corpo, os pés po-dem acabar sofrendo algum tipo de desgaste natural, o que muitas vezes é notado por meio de sinais físicos, que podem se acentuar caso não sejam tomadas algumas medidas de prevenção.

De acordo com a podólo-ga Cláudia Andrea Olindino, é necessário adotar alguns hábitos para compensar o esforço diário sofrido pelos pés. “Cuidar dos pés é funda-mental durante o ano todo, inclusive no inverno, época do ano em que eles são mais esquecidos, já que eles ficam menos visíveis do que no verão”, explica a especialista. No entanto, segundo ela, negligenciar os pés nessa época é um equívoco. “A rotina deve ser mantida sem-pre, com práticas simples que os deixam saudáveis e bem tratados”.

Confira 5 sinais de que você pode estar dando pouca atenção aos seus pés, segundo a especialista:

1 Ressecamento e asperezas: Se a pele do seu pé es-

tiver ressecada, é sinal de que você precisa caprichar mais na hidratação. Lixar os pés pode agravar o proble-ma, pois ele acaba rachando

ainda mais. Por isso, o certo é esfoliar e hidratar.

2 Calosidades: O uso de sapatos apertados e não arejados pode aumentar

a incidência de calosidades nos pés, e se você já tiver esse tipo de problema é sinal de que precisa aumentar os cuidados. O primeiro passo é parar totalmente o uso de calçados inadequados, e dar sempre preferência aos que proporcionam conforto.

3 Calcanhares ásperos: Pele endurecida e áspe-ra na região dos calca-

nhares é outra queixa comum entre as mulheres e homens que não mantém rotina de cui-dados com a pele dos pés. Ela é causada pelo próprio atrito

dos pés com os calça-dos. Nesse caso,

a recomenda-ção é usar

esfolian-tes para eliminar as célu-l a s

mortas, que formam a pele endurecida. A esfoliação mais intensa acontece até os 5 pri-meiros dias após a aplicação, e o processo completo pode levar até 10 dias.

4 Odor: Outro sinal fre-quente de mal cuidado com os pés e que costu-

ma causar óbvio desconforto é o mau odor. Para prevenir esse problema, vale evite usar meias de nylon, preferindo as de lã ou algodão. Outra dica é alternar os sapatos, pois usar todos os dias o mesmo par pode acentuar o odor. É importante também guardar os calçados em um local em que possam ficar arejados, e mantê-los sempre limpos. Usar um desodorante ou talco também pode ajudar a manter os pés sem qualquer odor.

5 Aparência das unhas: Para que as unhas dos pés estejam sempre sau-

dáveis, também são necessá-rios cuidados. É recomendável cortá-las no máximo a cada 15

dias, além de mantê-las sempre limpas. É interessante visitar também um podólogo, ao menos uma vez ao mês. Mudanças no aspecto das unhas (como alteração na cor ou desca-

mação) podem ser sinais de doenças de

pele, como a micose, que é causada por fun-

gos e costuma ser mais frequente nas áreas quentes e pouco ventiladas, como é o caso dos pés. Nesse caso, recomenda-se procurar um dermatologista.

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Hidratar, eliminar calosida-des e mau cheiro são cuidados básicos

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F8 MANAUS, DOMINGO, 28 DE JUNHO DE 2015Saúde e bem-estar

O que signifi ca ser sexy?

Psicologia no divã[email protected]

Psicologia no divã Fabíolla Fonseca

Afi nal de contas o que signifi ca ser sexy? Não há exatamente regras fi xas sobre como possuir essa misteriosa qualidade. O que pode ser sexy para um, pode não ser para o outro, é algo relativo e uma questão de gosto realmente. Temos visto casais juntos que não necessariamen-te são o estereótipo da beleza humana, mas, tem química se acham sexys e vivem isso da melhor forma possível.

Na realidade ser sexy é um es-tado de espírito. Se você aparen-ta gostar de sexo, provavelmente será considerado sexy. Ser sexy é interessar-se por aquilo que o parceiro (a) está dizendo, é inte-ressar-se pelo o mundo em torno de si e por tudo que diz respeito a esse parceiro ou parceira.

Vale também aprimorar o seu jeito de ser com as seguintes dicas: 1- SORRIA: O sorriso é o cosmético natural mais efetivo para potencializar sua beleza física. Seu impacto sobre as outras pessoas é imediato e também sobre você mesmo. Ademais, é também o mais acessível, pois qualquer pessoa pode aproveitar seus benefícios apenas acionando os músculos adequados. As pessoas sorri-dentes são bem mais atraentes que quaisquer outras, mesmo as com o “olhar 43”. No caso das mulheres, a felicidade é conside-rada a qualidade mais atraente, acima de outras emoções como o orgulho ou a vergonha e, nos

homens, ao que parece, o recurso causa melhor impressão quando o sorriso é afável e não escanca-rado, aquele que a gente costu-ma chamar de “sorriso adorável”; 2-DURMA: O descanso é, des-de tempos remotos, outra das práticas habituais e conhecidas para conservar a beldade do corpo. O sono que conserta e embeleza é menos um conselho popular ou materno e mais do que uma realidade física. as pessoas que não dormem o su-fi ciente parecem menos saudá-veis E atraentes dos que aquelas que descansam bem; 3- VESTIR VERMELHO: Seja mulher ou ho-mem, o vermelho é a cor da atração física por excelência. Quer pegar alguém na balada? Use vermelho. Nas mulheres, a cor vermelha é interpretada por parte dos homens como símbolo de disponibilidade sexual e ferti-lidade, ao que parece como remi-niscência evolutiva dos tempos pré-históricos em que o rubor do rosto era consequência de altos níveis de estrogênio no corpo feminino, sinais inequívocos de acasalamento para os machos. No caso dos homens, não está bem claro por que as mulheres também acham mais atraentes aqueles que trajam vermelho, mas ao que parece sim aconte-ce. Existem conjecturas que, em ambos os sexos, a cor vermelha desencadeia um comportamen-to reprodutivo relevante, básico e não lexicológico. Uma mulher

Ser sexy é interessar-se por aquilo que o parceiro (a) está dizendo, é interessar-se pelo mundo em torno de si e por tudo que diz respeito a esse parceiro ou parceira.

Psicólogacontato pelo fone:

991610218

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com uma boca vermelha sus-cita as mais loucas fantasias; 4-BARBEAR-SE: Os homens com barba são percebidos ge-ralmente como pouco sociáveis, enquanto os que usam apenas bigode são associados com a introversão. Curiosamente, os “bundinhas de bebê” são per-cebidos pelas mulheres tão so-ciáveis quanto inteligentes. Em especial, a barba rala, a sombra sutil dos pelos faciais que come-çam a crescer, é considerada por algumas mulheres como um sinal de virilidade e sen-sualidade; 5-HOMENS QUEIXO PARA CIMA; MULHERES, PARA BAIXO: A primeira impressão é a que fi ca, assegura a sabedoria popular, e desde uma perspecti-va de psicologia evolutiva, nos homens esta impressão é bem mais favorecedora se eles se mostram com o queixo alto, o que diminui o disformismo natural do rosto, enquanto nas

mulheres este mesmo efeito be-néfi co é conseguido baixando ligeiramente o queixo. Vistos assim, os participantes do ex-perimento que chegou a estas conclusões asseguraram que tais posturas incrementavam a masculinidade, a feminilidade e o atrativo de cada indivíduo, respectivamente; 6- HOMENS: VOZ PROFUNDA E DOMINAN-TE E MULHERES APOSTEM NA FEMINILIDADE: Como se vê, todo este assunto tem muito de primitivo, motivo pelo qual não surpreende que uma voz profunda e dominante em um homem seja percebida como elemento atraente pelas mu-lheres, segundo parece porque existe uma relação entre o tom de voz e a capacidade repro-dutiva do homem. No caso das mulheres, a “docilidade” da voz, defi nida, sobretudo por sua fre-quência, é, previsivelmente, bem mais sensual para um homem,

ainda que as mulheres também se servem muito bem deste recurso, mais ou menos cons-cientemente, para neutralizar possíveis competidoras.

Se nada disto convence você ou, simplesmente, não está dis-posto a mudar um ápice de sua personalidade ou de seu físico, recorra ao velho truque de sair com um amigo (a) que é mais ou menos parecido a você -a mesma estatura, a mesma cor de pele e cabelo, uma complexão similar-, mas é que sutil ou fran-camente menos atraente. Sur-preendentemente, em rituais de caçada na balada, isto funciona muito bem e efetivamente, uma pessoa tende a estabelecer uma comparação inconsciente entre dois desconhecidos que se apre-sentam juntos e se inclina pelo mais atraente dos dois, ao que parece partindo da premissa de que o outro é alguém com quem nunca sairia.

Cuidados antes de praticar exercíciosPREVENÇÃO

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Especialista recomenda fazer

check-up antes de começar a

praticar ativida-des físicas

A sensação de bem-estar após caminhar, nadar ou pedalar é indiscutível. Mas, antes de iniciar a prática de qualquer exercício físico, é preciso se conscientizar de que mesmo uma atividade mais leve exige esforço do coração, e ele deve estar preparado para suportar o esforço. Durante a atividade física, os músculos precisam receber maior quantidade de oxigênio, o que ocasio-na maior volume de sangue bombeado para o coração e, consequentemente, aumen-to da frequência cardíaca.

“É essencial consultar um cardiologista ou um clínico antes de iniciar qualquer ati-vidade física para se certi-fi car de que o exercício não trará nenhum risco à saúde. Algumas doenças cardíacas, preexistentes, podem exigir mudança do exercício pres-crito ou até mesmo a inter-rupção da prática”, explica o cardiologista Anderson Rodrigues.

Segundo o especialista do Laboratório Sabin, os “atle-tas de fi m de semana” de-vem ter cuidado redobrado pois, além de não receberem os benéfi cos resultados da prática regular de atividade física, correm riscos de le-sões musculares. Cometem o grande erro de, em um único dia do fi nal de semana, submeter o corpo a esforços

exagerados. “É importante seguir a recomendação mé-dica para garantir a saúde antes, durante e depois das atividades físicas”, afi rma.

Exames laboratoriaisVale lembrar que, na maio-

ria dos casos, a morte súbita pode estar relacionada ao esforço do esporte e é provo-cada por cardiopatias conhe-cidas ou outras ainda não diagnosticadas. Neste e em outros casos, a prevenção é o melhor caminho. Além de consultar um médi-co, é fundamental fazer exames para checar a saúde antes de praticar atividade física.

Faz-se importante a análise da hemoglo-bina através do h e m o g r a m a . Outros exames que ajudam na avaliação são o teste de glicemia e o perfi l lipí-dico. “Eles são im-portantes devido a constan-tes erros al imen-t a r e s d a s cr ianças e dos ado-lescentes.

A precoce investigação ajudará a reduzir o risco cardiovascular da hiper-colesterolemia (colesterol ruim alto) dos adultos”, ressalta o médico.

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