SÃO PAULO, 21 DE MARÇO DE 2013 - prefeitura.sp.gov.br · Burle Marx foi um parque feito sob...
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Imagens da árvore do Ibirapuera
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saMesa=&TipoClipping=V&Commodities=0
Cinco curiosidades sobre a Vila Andrade
Região na zona sul da capital foi a que mais cresceu nos últimos anos, praticamente
duplicando o número de moradores
1. Vila Andrade se confunde com o vizinho Morumbi - a história da Vila Andrade se
confunde com a do Morumbi. Próximos, os dois bairros um dia pertenceram à Fazenda do
Morumby e se desenvolveram a partir do loteamento de chácaras a na segunda metade do
século 20. Essa confusão aumenta com as propagandas dos empreendimentos imobiliários que
tentam pegar carona na alta valorização do vizinho.
2. Nome é homenagem a banqueiro dono de terras - parte da Vila Andrade tem
origem nas terras que pertenciam à família Pignatari, cujos jardins abrigam hoje o parque Burle
Marx. A região recebeu esse nome em homenagem ao banqueiro Agostinho Martins de
Andrade, dono de uma grande propriedade na década de 30. Após a morte do banqueiro, as
terras foram vendidas a uma empreendedora que tinha como um dos sócios Sebastião
Camargo, dono da Camargo Corrêa, dando início na década de 50 ao loteamento da área.
3. Burle Marx foi um parque feito sob encomenda - com uma área de 438 mil m2, a
Chácara Tangará pertencia a Baby Pignatari, que nos anos 1950 chamou Burle Marx para
projetar os jardins e Oscar Niemeyer para projetar a residência. Baby pretendia se mudar
depois do casamento com a princesa Ira Von Furstemberg, mas os dois se separaram antes do
fim da obra, que ficou inacabada por muitos anos. Parte do local foi loteado, mas a parte
preservada se transformou no Parque Burle Marx. O pergolado xadrez, os espelhos d'água e os
diversos jardins foram restaurados em 1991.
4. Bairro foi o que mais cresceu na última década - Vila Andrade foi o bairro que
mais cresceu nos últimos anos, praticamente duplicando o número de moradores. As áreas
disponíveis, a localização, a boa infraestrutura e os preços dos terrenos mais baratos do que
nos vizinhos Morumbi e Brooklin são apontados como os principais atrativos para as
construtoras. Na última década, segundo dados do censo, a população do bairro subiu cerca de
72%, saltando de 73.649 para 127.015.
5. Vila Andrade reúne dois extremos - bairro tem como principal atrativo as
extensas áreas verdes, a proximidade com o Parque Burle Marx e com o bairro do Morumbi.
Mas, por outro lado, a Vila Andrade reúne dois extremos: de um lado, o bairro Panamby, um
dos mais luxuosos da cidade, e do outro, a favela Paraisópolis, a segunda maior de São Paulo,
com cerca de 80 mil moradores.
Com a chegada do verão, Parque Burle Marx é boa opção para prática de
esportes
Tombado pelo patrimônio histórico, o Parque Burle Marx ficará aberto durante todo o
período de festas com opções de lazer para todos os gostos e faixas etárias. Localizado entre os
bairros de Vila Andrade e Morumbi, na zona sul da capital, o local é conhecido pelo lazer
contemplativo - jardins, construções históricas e trilhas para caminhada.
São mais de 138 mil metros quadrados que garantem, além de entretenimento, um
respiro necessário de área verde em São Paulo. Com objetivo de aproximar os mais de 20 mil
visitantes mensais da natureza, as trilhas e jardins são os maiores destaques do local.
Os jardins do Parque Burle Marx foram criados e implantados pelo paisagista e
arquiteto Roberto Burle Marx ainda em 1950. O famoso gramado xadrez, assim como o
caminho das palmeiras, a área do Pergolado e o Espelho d´água com seu conjunto de fontes
foram conservados ao longo dos anos e são, hoje, cenário até de ensaios fotográficos para
editoriais.
Natureza
O Parque Burle Marx está classificado dentro da opção de lazer contemplativo que
determina o que pode e não pode ser feito dentro de suas intermediações. A biodiversidade de
Mata Atlântica abriga mais de 80 espécies de animais silvestres e árvores nativas que podem
ser encontrados nos mais de 4 quilômetros de trilhas.
Para o paulistano que deseja conhecer ou revisitar o local, a administração do parque -
feita de maneira privada, porém sem fins lucrativos (OSCIP) - ressalta que bolas, bicicletas e
skates são permitidos apenas para crianças menores de 12 anos. A alimentação como
piqueniques também não podem ser feitas nas áreas gramadas do Burle Marx, apenas na
região da lanchonete local. Com o intuito de preservar a fauna silvestre da região, não são
permitidos animais de estimação.
O Burle Marx é o primeiro parque do Brasil a ser administrado no formato de parceria
entre município e iniciativa privada sem fins lucrativos (OSCIP), segundo modelo norte-
americano aplicado aos parques Central Park e Bryant Park, em Nova York, nos EUA. A
arrecadação de recursos fica por conta do estacionamento, ações de marketing, projetos
culturais, doações da sociedade civil, eventos e comercialização de produtos.
Parque Burle Marx: Avenida Dona Helena de Moraes, 200 - Panamby
Parque do Povo tem complexo esportivo e grupo de caminhada
Nos gramados do parque, no Itaim, visitantes também podem encontrar 37 espécies de aves,
como quero-quero e asa-branca.
Parque do Povo tem pista para ciclismo, além de grupos de caminhada e de Tai Chi.
Inaugurado em 2008, o Parque Mário Pimenta Camargo, no Itaim, zona oeste de São
Paulo, é um dos mais novos da cidade. Conhecido também como Parque do Povo, o local tem
um complexo esportivo, com quadras poliesportivas com marcação especial para esportes
paraolímpicos, campo de futebol gramado, aparelhos de ginástica de baixo impacto, ciclovia,
pistas de caminhada e trilhas.
Todas as sextas-feiras, das 8h30 às 9h30, profissionais da UBS Magaldi fazem um grupo
de caminhada. O ponto de encontro é a entrada principal do parque. Às terças-feiras, das 7h30
às 8h30, é a vez do Tai Chi Pai Lin, um conjunto das práticas milenares taoístas para a saúde, o
movimento e a serenidade. Os participantes se encontram no marquise próxima ao playground
para ter aulas sob a supervisão do professores da UBS Magaldi. Todas as atividades são
gratuitas.
A vegetação do parque é composta por espécies frutíferas nativas, exóticas, madeiras
nobres, trepadeiras e jardim sensitivo com ervas aromáticas. Foram registradas 32 espécies,
das quais a grumixama e o pau-brasil estão ameaçados. As pessoas podem tocar, cheirar e até
morder folhas de espécies de plantas como mostarda, coentro, cheiro-verde, cebolinha, babosa
e manjericão.
Nos gramados do parque, os visitantes podem ver 37 espécies de aves, como quero-
quero, avoante, rolinha, asa-branca, beija-flor-tesoura, pica-pau-do-campo, suiriri-cavaleiro,
sabiá-do-campo e tico-tico. Na copa das árvores ou em sobrevoo é possível ver também
maracanã-nobre, tuim, sanhaçu-do-coqueiro, ferreirinho-relógio, alegrinho e pitiguari.
Informações:
Av. Henrique Schaumann, 420 - Itaim Bibi
Funcionamento: diariamente das 6h às 22h
Telefone: (11) 3073-1217
Agricultura urbana é centro de Encontro de Iniciativas Socioambientais
Patê de alho silvestre, geleia de malvavisco e de gardênia, beldroegão refogado e
refresco de picão com limão. O menu que pode soar um tanto quanto excêntrico é, na verdade,
símbolo de uma tendência que chega com força, aliada à agricultura urbana: as Pancs,
ou plantas alimentícias não convencionais. Um encontro com organização do Programa de Pós-
Graduação em Ciência Ambiental (Procam) da USP foi palco de diálogo e atividades práticas
sobre este tema, entre outros.
Antes parte da programação do Simpósio Interdisciplinar de Ciência Ambiental, o
Encontro de Iniciativas Socioambientais (EISA) ganhou a sua independência nesta segunda
edição, em um evento de três dias dedicados ao tema “Do evento ao movimento de agricultura
urbana”.
Joaquim Alves, mestrando do Procam, e um dos organizadores, conta que o EISA teve
a proposta de “trazer o debate científico em torno da ciência ambiental e juntá-lo ao debate da
extensão universitária, da educação ambiental e das iniciativas que podem ter contato com a
academia, mas não necessariamente são realizadas por ela”.
Esses são trabalhos, em geral, de ONGs que atuam com educação ambiental ou com
jardinagem. Para o gestor ambiental, o primeiro EISA teve um grande papel na aproximação
desses setores, o que permitiu a “pauta mais robusta em relação à agricultura urbana” da
segunda edição.
Práticas não acadêmicas
Foto: Marcos Santos / USP Imagens
Em uma breve pesquisa para a elaboração de um artigo científico, os organizadores
perceberam que não existem muitos trabalhos acadêmicos sobre agricultura urbana, e que, a
despeito disso, é observada na capital paulista a sociedade civil – na forma de coletivos, ONGs e
pessoas – ocupando e se apropriando de praças, terrenos públicos e privados. “Muito mais
inserida, portanto, no movimento e no tema do que a própria academia”, explica Henrique
Kefalás, oceanógrafo e mestrando do Procam.
Kefalás destaca que próprio termo “encontro” sugere uma interação entre o chamado
terceiro setor e a academia, cuja produção científica não se deveria descolar das necessidades
dos movimentos. “A intenção é conseguirmos algumas articulações para que realmente possam
ser tomadas iniciativas pontuais e práticas”, comenta.
Diálogo e ação
Foto: Marcos Santos / USP Imagens
O segundo EISA aconteceu no início de dezembro na Cidade Universitária com
palestras, exposições, oficinas e apresentações. No primeiro dia, professores considerados
referências no tema participaram da mesa de abertura: Marcos Sorrentino, da Escola Superior
de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, Emmanuel Almada, da Universidade Estadual de
Minas Gerais (UEMG), Ladislau Dowbor, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-
SP) e, mediando a mesa, a hortelã urbana e jornalista Claudia Visoni.
O objetivo era provocar os participantes do evento: na medida em que a fala fosse
pronunciada, esperava-se uma reflexão da plateia, que em alguns casos tinha seu primeiro
contato com acadêmicos da área. O discurso dos professores transpareceu a esperança em
uma mudança no modelo de agricultura atual. Temas como compostagem, plantas medicinais,
consumo de água, separação entre campo e cidade e agricultura familiar também ganharam
lugar.
Em seguida, vieram as atividades práticas. No primeiro
dia, foi oferecida uma oficina sobre telhados e paredes verdes com o engenheiro agrônomo
Volker Minks, da Universidade de Humboldt, na Alemanha.
Em outra atividade, o gestor ambiental Guilherme Ranieri levou o público à horta do
Procam, onde mostrou espécies de plantas alimentícias não convencionais, as Pancs, indicando
como reconhecê-las e prepará-las.
De acordo com o pesquisador, o maior estímulo ao consumo das Pancs é o
conhecimento – o fato de a pessoa saber que aquele vegetal é comestível e como prepará-lo
gera uma demanda diretamente relacionada ao aumento do consumo.
Para ilustrar, Ranieri levou algumas preparações simples feitas com os vegetais, e o
público teve oportunidade de experimentar o quão saborosas as Pancs podem ser.
Extensão universitária
Foto: Marcos Santos / USP Imagens
Para Joaquim Alves, este tipo de evento tem uma grande importância ao fortalecer a
dimensão da extensão, e da Universidade como um local irradiador de informação e de ciência.
“A Universidade tem muito respaldo porque gera conhecimento, e traz o que há de mais novo
acontecendo na sociedade. O que queremos é unir o acadêmico ao prático.”
Alves conta que um terço dos inscritos no EISA foram oriundos de prefeituras e de
governos, inclusive de fora do estado. Isso mostra a dimensão da complexidade do tema, dado
que abrange, além da academia e do terceiro setor, o Estado. Em última instância, o Estado
pode ser um grande incentivador da prática, em especial se embasada em pesquisas que
busquem dar respostas às dificuldades e limitações que hoje se apresentam.