Sangria de Freio

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Sangria de freio: como tirar ar do sistema Qualquer serviço no sistema de freios do automóvel que envolva trabalho no cilindro-mestre e cilindros de roda _tanto em freios a disco como nos freios a tambor_ exige que seja feita a sangria dos circuitos hidráulicos. Sangrar o freio consiste em deixar pequena parte do fluido do sistema sair e, com ele, qualquer quantidade de ar que esteja presente no circuito. Sem essa operação, o freio pode não funcionar como previsto, pois a força exercida pelo motorista no pedal de freio não chega _ou chega com deficiência_ ao material de atrito do freio de cada roda (pastilhas e lonas), provocando até mesmo falhas perigosas. Isto ocorre porque o ar é compressível (pode ser comprimido), ao contrário dos líquidos. O sintoma de ar no sistema é pedal de freio com sensação "esponjosa", que é justamente o efeito do ar sendo comprimido. Como fazer Fazer a sangria dos freios é bastante simples, exigindo apenas uma chave de boca ou estrela e duas pessoas, uma para acionar o pedal de freio e outra para soltar o parafuso do sangrador. Isto vale para todos os carros com freios acionados hidraulicamente. A sangria pode ser feita com o motor desligado, mesmo que o carro tenha servofreio. Sangria tem ordem certa para ser executada, que é da roda mais distante do cilindro-mestre para a mais próxima. Dependendo da localização exata do "T" que divide a linha hidráulica traseira em duas, começa-se pela roda traseira direita ou esquerda (o que estiver mais longe do "T"). A dianteira direita é a penúltima, terminando com a roda dianteira esquerda. Há os casos de circuitos de freio em diagonal (a maioria dos carros tem um circuito dianteiro e outro traseiro), como nos VW "a água", Escort e Monza/Kadett; no caso do circuito diagonal, comece por qualquer roda traseira e vá depois para a roda dianteira do lado oposto, depois a outra traseira e a dianteira restante. Para efetuar a sangria de freios, proceda da seguinte forma: 1) Localize o parafuso do sangrador, que fica na pinça do freio a disco ou no espelho dos freios a tambor (por trás da roda). Retire o protetor de borracha, se tiver. Para evitar sujeira ou danos na pintura _fluido de freio mancha a roupa ou a pintura do carro com facilidade_ recomenda-se o seguinte cuidado: instale um tubo plástico, de diâmetro correspondente, no bico do sangrador, deixando a outra extremidade mergulhada em um pouco de fluido de freio limpo, num copo. Isto, além de evitar sujeira, facilita a visualização das bolhas de ar saindo do sistema.

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Sangria de freio: como tirar ar do sistema 

Qualquer serviço no sistema de freios do automóvel que envolva trabalho no cilindro-mestre e cilindros de roda _tanto em freios a disco como nos freios a tambor_ exige que seja feita a sangria dos circuitos hidráulicos. Sangrar o freio consiste em deixar pequena parte do fluido do sistema sair e, com ele, qualquer quantidade de ar que esteja presente no circuito. Sem essa operação, o freio pode não funcionar como previsto, pois a força exercida pelo motorista no pedal de freio não chega _ou chega com deficiência_ ao material de atrito do freio de cada roda (pastilhas e lonas), provocando até mesmo falhas perigosas. 

Isto ocorre porque o ar é compressível (pode ser comprimido), ao contrário dos líquidos. O sintoma de ar no sistema é pedal de freio com sensação "esponjosa", que é justamente o efeito do ar sendo comprimido. 

Como fazer 

Fazer a sangria dos freios é bastante simples, exigindo apenas uma chave de boca ou estrela e duas pessoas, uma para acionar o pedal de freio e outra para soltar o parafuso do sangrador. Isto vale para todos os carros com freios acionados hidraulicamente. A sangria pode ser feita com o motor desligado, mesmo que o carro tenha servofreio. 

Sangria tem ordem certa para ser executada, que é da roda mais distante do cilindro-mestre para a mais próxima. Dependendo da localização exata do "T" que divide a linha hidráulica traseira em duas, começa-se pela roda traseira direita ou esquerda (o que estiver mais longe do "T"). A dianteira direita é a penúltima, terminando com a roda dianteira esquerda. 

Há os casos de circuitos de freio em diagonal (a maioria dos carros tem um circuito dianteiro e outro traseiro), como nos VW "a água", Escort e Monza/Kadett; no caso do circuito diagonal, comece por qualquer roda traseira e vá depois para a roda dianteira do lado oposto, depois a outra traseira e a dianteira restante. 

Para efetuar a sangria de freios, proceda da seguinte forma: 

1) Localize o parafuso do sangrador, que fica na pinça do freio a disco ou no espelho dos freios a tambor (por trás da roda). Retire o protetor de borracha, se tiver. Para evitar sujeira ou danos na pintura _fluido de freio mancha a roupa ou a pintura do carro com facilidade_ recomenda-se o seguinte cuidado: instale um tubo plástico, de diâmetro correspondente, no bico do sangrador, deixando a outra extremidade mergulhada em um pouco de fluido de freio limpo, num copo. Isto, além de evitar sujeira, facilita a visualização das bolhas de ar saindo do sistema. 

2) Peça ao ajudante para pisar no pedal de freio repetidas vezes, de maneira suave (se o pedal for acionado bruscamente, o ar se mistura ao fluido, prejudicando o serviço), mantendo em seguida o freio pressionado. 

3) Abra o sangrador, ocasião em que o pedal de freio abaixa muito, forçando o fluido a sair pelo sangrador. O ar presente no sistema será expulso, percebendo-se isso pelo líquido de freio no interior do copo apresentando borbulhas. Assim que parar o fluxo, feche o sangrador e peça ao ajudante para acionar o freio novamente. Não solte o pedal com o sangrador aberto, pois isso permite a entrada de ar no sistema. 

4) Prossiga nessa sequência até que cessem as borbulhas no interior do copo, sinal de que não existe mais ar naquele circuito. Feche o sangrador, recoloque o protetor de borracha e passe para outra roda. 

5) Antes de iniciar a sangria da próxima roda, complete o nível do reservatório, com a mesma marca do fluido já existente, deixando-o na marca "Máx". Faça o mesmo após terminar o

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serviço de sangria. 

Agora, os freios estarão melhores e mais seguros, com menos possibilidades de falhas.