Sagrado Coração de Jesus · - Felizes os puros de coração, porque verão a Deus. Coração...

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Pedro, o primeiro Papa Página 3 No Colo da Mãe: Imaculado Coração de Maria Página 6 Dom Bosco e a Devoção ao Sagrado Coração Página 7 Informavo da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora Arquidiocese de Sorocaba Sorocaba/SP - Ano XVIV - No. 132 - Junho 2018 Sagrado Coração de Jesus

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Pedro, o primeiro PapaPágina 3

No Colo da Mãe: Imaculado Coração de MariaPágina 6

Dom Bosco e a Devoção ao Sagrado CoraçãoPágina 7

Informativo da Paróquia Nossa Senhora AuxiliadoraArquidiocese de Sorocaba

Sorocaba/SP - Ano XVIV - No. 132 - Junho 2018

Sagrado Coraçãode Jesus

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Segunda a Sexta Feira - 7h00 e 19h30 Sábados - 7h00 e 16h30 Domingos - 7h00, 8h30, 10h00, 18h00 e 19h30

Horário de Missas

Pároco: Padre Marcos Roberto Sabino-sdb | Jornalista Responsável: Andrea Freire | Diagramação: Márcio Stefani Fotos: Equipe de Comunicação | Impressão - Gráfica Paratodos Tiragem: 1.000 exemplares | Realização: Equipe de Comunicação Comercial: Contato (15) 9 9785.4992 | Contato Secretária: (15) 3222.2380 | End.: Rua Avelino Argento nº 386 Jd Paulistano - Sorocaba/SP - Cep 18040-670

“Este informativo é uma publicação de periodicidade mensal, distribuída gratuitamente na paróquia, e bairros adjacências da matriz. É proibida a reprodução de qualquer conteúdo sem prévia autorização”.

Informativo Paróquia em AçãoPublicação Mensal da Paróquia

Nossa Senhora AuxiliadoraSorocaba/SP

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“Que o meu dízimo seja agradável a Ti Senhor”

DizimistasAniversariantes de Junho

Faça você também a experiência do Dízimo!Parabéns à todos! Que Deus os Abençoe!

Dízimo: um ato de fé!Dízimo é um ato de fé, de compromisso, de gratidão e de reconhecimento a Deus pelo que Ele é e pelo que fez e faz por nós.

Ao oferecer o Dízimo o cristão expressa a sua convicção de pertença a Deus, tanto de si mesmo como de tudo o que possui. Antes, portanto, de ser partilha o Dízimo é ação de graças.

Neste mês junho vamos comemorar a festa de três santos, os chamados santos juninos. Lembrando nestes santos queremos propor a cada paroquiano a leitura da exortação apostolica que o Papa Francisco nos escreveu convidando a cada cristão a buscar, na sua vida, a santidade.Nos diz o papa que a santidade é o rosto mais belo da Igreja e que é uma proposta feita a todos os fiéis, seja qual for sua condição ou estado. Nós somos chamados à perfeição pelo Pai, este caminho de busca da perfeição é a santidade. Não devemos ter medo da busca da santidade. “Cada cristão, quanto mais se santifica, tanto mais fecundo se torna para o mundo. Não tenhas medo de apontar para mais alto, de te deixares amar e libertar por Deus. Não tenhas medo de te deixares guiar pelo Espírito Santo. A santidade não te torna menos humano, porque é o encontro da tua fragilidade com a forca da graça.”Ele nos propõe um caminho, é ele mesmo quem nos diz que as bem-aventuranças são o bilhete de identidade do cristão, o caminho que devemos traçar para buscar a santidade.- Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do céu. As riquezas não te dão segurança nenhuma. Coração rico sem espaço para a Palavra.- Felizes os mansos, porque possuirão a terra. No nosso mundo reina o orgulho e a vaidade, onde se julga ter direito de se elevar acima dos outros. Mansidão pobreza interior, confiança em Deus. - Felizes os que choram, porque serão consolados. O mundo não quer chorar, prefere ignorar as situações dolorosas, esconde-las. Assumir a cruz, alcançar a profundezas da vida e ser autenticamente feliz. Consolado por Jesus; - Felizes os que tem fome e sede de justiça, porque serão saciados. Justiça manchada por interesses, manipulada, corrupção. Justo nas próprias decisões, fidelidade a vontade de Deus;- Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Ajudar, servir, perdoar, compreender. Dar e perdoar reproduzir na nossa vida um pequeno reflexo da perfeição de Deus. - Felizes os puros de coração, porque verão a Deus. Coração simples, puro, sem imundice. Coração - verdadeira intenção. Não há amor sem obras de amor, dedicação que brota do coração.- Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. O mundo de murmurações, de críticas e destruição não constrói a paz. Ser fonte de paz, paz evangélica que não exclui. Ser artesão da paz, arte que requer serenidade, criatividade, sensibilidade e destreza.- Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino do céu. Para viver o Evangelho não podemos esperar tudo favorável. A cruz fonte de amadurecimento e santificação. Um santo não é uma pessoa excêntrica, distante, que se torna insuportável pela sua vaidade, negativismo e ressentimento. É abraçar diariamente o caminho do Evangelho.Com este pequeno comentário convido a todos a ler esta exortação.

Com afeto e no serviçoPadre Marcos Sabino-sdb

Mensagemdo Pároco

01 Irene Beatrice Zanussi Cintra - Mércia Floriano 03 Tereza Kato 04 Vitor Edmundo Maria Alfieri Orlando Cicero Bozzoni Vettorazzo 05 Vera Lucia de Lima Avance - Ana Laura Costa F. L. dos Santos - Marilene Pinto Rabello Corrêa 06 Terezinha de Jesus Almeida Eulalia Sueli Fernandes Ferreira 07 Jair Durigan Guiomar F. Rocha Giannini Maria Inês Caetano 09 Ana Thereza S. M. Ferraz Carmellina Trofimena L. Santos 10 Meire Michelin - Luiza Rigo dos Santos 11 Pedro Alberto Oliveira Sagges 12 Marco Antonio Gomes - Antônio Alves Durão Michela Yukie de A. Rodrigues - Rosa de Jesus Ruiz - Neuci Zuca 13 Antonio Carlos Salomão 14 Liduina Lunardi Vieira 15 Vanderlei Silvério de Carvalho Maria José M. de Almeida 17 José Antonio Colombo - Marcos José Corrêa18 Cintia Elena Leite Reis - Ana Laura Schliemann 19 Isaias Pedroso C. Neto - Marisa Gedi Casari Aparecida Ribeiro Caetano - Maria Irene Moretto 20 Lino Sérgio dos Santos - Paulo Roberto Rodrigues 21 Nilva Arruda Nunes Guilam - Maria Teodora Rodrigues Suzana Negrão Takiute - Magali Alves Medeiros 22 Débora Felamingo Marinelli - Maria de Fátima Wahl - Liliana de Andreis 23 Arthur Mandl 26 Luis Carlos Maldaner - Marineusa Rocha de Campos 27 Guilherme Primo 28 João Sidnei de Oliveira - Pedro de Souza Barros 29 Carla Adriana Santos Conejo

Caríssimos Paróquianos:A Paz do Senhor Jesus esteja

com cada um de vocês!

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“Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a Minha Igreja; Eu te darei as chaves do Reino dos céus; tudo o que ligares sobre a terra será ligado no céu; e as portas do

inferno nunca prevalecerão sobre ela” (Mt 16,16-19).

Pedro, o primeiro Papa

Estas palavras de Jesus são claríssimas, e só não as entende quem não quer. Não há como distorcê-las e manuseá-las.Pedro é a pedra sobre a qual Ele quis edificar a Sua Igreja. É preciso notar que o Senhor diz “a Minha Igreja”. Usou um pronome possessivo “Minha”; ela é propriedade Sua, é o Seu próprio Corpo, e Ele a quis construída sobre aquela pedra, que hoje representa o Papa. Para não deixar dúvidas a respeito disto, no primeiro encontro que Jesus teve com Simão, trocou-lhe o nome para “Kefas”, que quer dizer Pedro, o mesmo que pedra em aramaico.Quem nos relata isso é o evangelista São João. Pedro não se deu conta da grandiosidade daquele acontecimento, no momento, mas, certamente, se lembrou dele mais tarde. O evangelista narra logo no início do seu Evangelho: “André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido João [Batista] e que o tinham seguido. Foi ele então logo à procura de seu irmão e disse-lhe: “Achamos o Messias (que quer dizer o Cristo). Levou-o a Jesus e Jesus, fixando nele o olhar, disse “Tu és Simão, filho de João; serás chamado Kefas (que quer dizer pedra)” (Jo 1,40ss)”.Não resta dúvida, portanto, que Pedro, e seus sucessores, são a Pedra angular, visível, que Cristo, Pedra angular invisível, quis na Igreja. Jesus quis essa pedra visível para que ela mantivesse a unidade da Igreja e a integridade da sua doutrina na verdade que liberta e salva.Após a Ressurreição Jesus confirma Pedro como o pastor de todo o rebanho.“Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes? “Respondeu ele: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Disse-lhe Jesus. “Apascenta os meus cordeiros” (Jo 21, 15-17)”.Por três vezes o Senhor repetiu esta pergunta a Pedro, e por três vezes lhe disse: “Apascenta as minha ovelhas”. A nenhum outro apóstolo isto foi dito.Alguns estudiosos viram nesta confirmação tríplice de Pedro como “Pastor do rebanho”, como que uma maneira de apagar aquelas três vezes que Pedro negou o Senhor dizendo: “Não conheço este homem” (Jo 18,17.2-27, Mt 26,70-75). Na verdade essa repetição tríplice era a forma solene que o hebreu usava na confirmação de uma missão.É importantíssimo notar que, mesmo após Pedro ter negado Jesus, por três vezes, ainda assim o Senhor não tirou dele a chefia do rebanho. Como então os homens querem tirar de Pedro e do Papa o Primado da Igreja, se nem mesmo Jesus, após ter sido negado e renegado

por Pedro, tirou-lhe o mandato? Se Cristo manteve Pedro como o Chefe da Sua Igreja, mesmo após a negação, seremos nós homens, que teremos a ousadia de negar-lhe o primado? Pedro, na verdade, ficou para nós como a pedra sólida sobre a qual se apoia a fé e sobre a qual está edificada a Igreja. Tendo confessado ser Cristo o Filho de Deus vivo, foi-lhe dado ouvir: “Sobre esta pedra – a da sólida fé – edificarei a minha Igreja” (Mt 16,18).Pedro tornou-se o alicerce firme e fundamento da Casa de Deus, quando, após negar a Cristo e cair em si, foi buscado pelo Senhor e por ele honrado com as palavras: “apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21, 15s). Essas palavras ditas pelo Senhor à Pedro nos estimula à conversão, e nos faz solidificar a nossa fé, de que ninguém perde a vida e a salvação, neste mundo, quando faz penitência sincera e se corrige de seus pecados.Esse é o ministério petrino que o Papa cumpre em todos os tempos, e que o nosso querido Papa Francisco exerce viajando pelo mundo todo para confirmar na fé os seus irmãos.Um dia, Dom Bosco teve um sonho - O Sonho das duas colunas - onde viu a Barca da Igreja num mar tempestuoso, sendo atacada de todos os lados. No leme estava o papa, que foi ferido e morto; mas outro o sucedeu no timão da Barca. E quando esta ameaçava naufragar, Dom Bosco viu surgirem duas colunas, uma de cada lado, e de cada uma saia uma corrente que se ligava na Caravela e não a deixava afundar, até o fim da viagem. Em cima de uma das colunas estava a Sagrada Eucaristia no Ostensório, e na sua base a frase: Salus credencium – Salvação dos que creem. Sobre a outra coluna estava a imagem de Nossa Senhora Auxiliadora, e na base a frase: “Auxilium Christianorum” – Auxiliadora dos Cristãos. Dom Bosco entendeu que Jesus garante a invencibilidade da Igreja pelo Papa, pela Virgem, e por Ele mesmo presente na Eucaristia.

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Os Santos JuninosNo mês de junho, a Igreja celebra a festa de três grandes santos: Santo Antônio (dia 13), São João Batista (dia 24) e São Pedro (dia 29). Trazida para o Brasil pelos colonizadores portugueses, essa festividade ficou popularmente conhecida como Festa Junina. Antes de assumir sua forma cristã, as festas juninas tiveram origem pagã no hemisfério norte, onde se festejava, em junho, o solstício de verão, para comemorar o início das colheitas. Com a expansão do cristianismo, elas foram ganhando novo significado e nova roupagem, tornando-se celebração da festa de São João, chamada de festa joanina e, posteriormente, junina. Nelas, Santo Antônio e São Pedro passaram a ser também celebrados. Vamos conhecer um pouco mais sobre esses três santos de nossa Igreja.

Santo Antônio nasceu em Lisboa (Portugal), em 1195, e faleceu em Pádua (Itália), no dia 13 de junho de 1231. Foi primeiramente religioso agostiniano e, depois, tornou-se franciscano. Chegou a conhecer São Francisco de Assis e com ele conviveu por um tempo. São Francisco

o nomeou responsável pela formação dos frades, diante de sua grande capacidade intelectual e seu conhecimento teológico. É o santo junino com maior apelo popular. É chamado do Santo dos Pobres e também muito procurado como santo casamenteiro, por ter ajudado moças pobres a conseguirem os dotes para o casamento.

São João Batista, o nome João significa ‘Deus dá a graça’, foi o precursor de Jesus. Ele se alegrou com a chegada do Messias, ainda no ventre de sua mãe, Isabel, quando esta recebeu a visita de Maria em sua casa (Lc 1,39-43). Ele foi o único profeta a anunciar a chegada do Messias e a mostrá-lo no meio do povo. Ele batizou no Rio

Jordão o próprio autor do batismo. Foi ele quem apontou Jesus, proclamando-o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1,29). No dia 24 de junho, celebramos seu nascimento. Ele é o único dos Santos que tem o dia do nascimento e o dia da morte celebrados, pois os demais santos têm apenas o dia da morte celebrado.

São Pedro foi o primeiro a ser chamado por Jesus, com seu irmão André (Lc 6,14). Jesus o convidou para deixar o barco na praia, ir caminhar com ele, pois ele o faria pescador de homens. Pedro prontamente deixou tudo e passou a caminhar com Jesus. Foi o primeiro a professar a fé no Cristo, quando

disse: “Tu és o Messias, o filho do Deus vivo”(Mt 16,16) – sobre esse testemunho de fé, Jesus edificou sua Igreja. Pedro foi morto sendo crucificado de cabeça para baixo.

José Cafasso nasceu em Castelnuovo d’ Asti, Itália, no dia 15 de janeiro de 1811. Filho de pequenos proprietários de terra, era o terceiro de quatro filhos. Fez os estudos teológicos no Seminário de Chieri e em 1833 foi ordenado sacerdote. Quatro meses mais tarde, entrou para o Colégio Eclesiástico a fim de aperfeiçoar sua formação sacerdotal e pastoral e ali ficou por toda a vida, tornando-se depois seu Reitor. Estudou e aprofundou a espiritualidade de São Francisco de Sales, e depois transmitiu de modo especial a um sacerdote recém ordenado João Bosco. Em 1841 quando Dom Bosco sentiu em seu coração que a sua missão, enviada por Deus, era ficar em Turin e cuidar dos jovens, Dom Cafasso lhe diz: “Giovanni, você escolheu o caminho mais difícil, que vai exigir enormes sacrifícios e privações. Ao ajudar os jovens abandonados você terá grandes alegrias, mas, também tristezas. Eu te dou o meu apoio e confie sempre em São Francisco de Sales, o santo da bondade e da firmesa”. Dessa forma, Pe. Cafasso, tornou-se orientador espiritual de Dom Bosco de 1841 a 1860, contribuindo para formar e orientar sua personalidade e sua espiritualidade . Também o apoiou materialmente, e fez o mesmo com a Congregação Salesiana, desde suas origens. E ele fez mais: pouco antes de morrer, doou tudo o que possuía à João Bosco, para que ele continuasse sua obra no ensino e orientação dos jovens.O próprio Dom Bosco assim disse de seu mestre: “A virtude extraordinária do Padre Cafasso foi a de praticar constantemente e com fidelidade maravilhosa as virtudes ordinárias”.Depois de rápida doença, morreu em Turim dia 23 de junho de 1860, com 49 anos de idade.Foi beatificado pelo Papa Pio XI em 3 de maio de 1925 e canonizado pelo Papa Pio XII em 22 de junho de 1947, que durante a homilia o apontou como modelo de vida sacerdotal, pai dos pobres, consolador dos enfermos, conforto dos presos, salvação dos condenados à forca.

São José Cafasso, Rogai por nós!

Padre CafassoO orientador espiritual de Dom Bosco

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Sagrado Coração de Jesus“Eis o coração que tanto tem amado aos homens e em recompensa não recebe, da maior parte deles, senão

ingratidões pelas irreverências e sacrilégios, friezas e desprezos que tem por mim neste sacramento de amor”.

O desejo mais profundo do homem é amar e ser amado. Um amor não correspondido é um tormento tão grande que pode levar à loucura e ao suicídio; a literatura, em todas as línguas, está cheia desse tema. Poder-se-ia dizer com razão que amar e ser amado é tudo para o homem. Não sem motivo, o Concílio nos lembra que “Deus não criou o homem deixando-o só; desde o princípio “criou-os homem e mulher” (Gn 1, 27), e a sua união constitui a primeira forma de comunhão de pessoas” (GS 12). A sede de felicidade é uma sede de amor, mas só um amor verdadeiro, grande, profundo, duradouro, torna feliz. E os homens, infelizmente, fazem com muita frequência duas constatações: um amor verdadeiramente pleno não existe ou não pode durar, porque será sempre truncado pela morte; o amor sofre todos os atentados que o degradam, ferem, matam. E então, deverão os homens permanecer assim para sempre frustrados? Será insaciável sua sede? A história da salvação nos diz que o homem tem necessidade de ser libertado, reintegrado, restaurado, redimido; que o homem deve aprender a amar com sinceridade e plenitude, mas que seu amor só será assim se integrado no amor de Deus; e ainda mais, que Deus se fez homem para ensinar aos homens o que é o Amor e como se deve amar.A devoção ao Coração de Jesus existe desde os primeiros tempos da Igreja, desde que se meditava no lado e no Coração aberto de Jesus, de onde saiu sangue e água. Desse Coração nasceu a Igreja e por esse Coração foram abertas as portas do Céu.São João Paulo II disse em junho de 2002: “Para salvar o homem, vítima da sua própria desobediência, Deus quis oferecer-lhe um “coração novo”, fiel à sua vontade de amor (Jer 31, 33; Ez 36, 26; Sl 50, 12). Este coração é o Coração de Cristo, a obra-prima do Espírito Santo, que começou a bater no seio virginal de Maria e foi transpassado por uma lança na Cruz, tornando-se assim, e para todos, fonte inexaurível de vida eterna”No dia 16 de junho de 1675, durante uma exposição do Santíssimo Sacramento, Nosso Senhor apareceu a Santa Margarida Maria Alcoque e, descobrindo seu coração, disse-lhe: “Eis o coração que tanto tem amado aos homens e em recompensa não recebe, da maior parte deles, senão ingratidões pelas irreverências e sacrilégios, friezas e desprezos que tem por mim neste sacramento de amor”.

Na igreja o mês de junho é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus e esta solenidade evidencia a necessidade de aumentar a esperança cristã. Considerando a situação de desesperança que se manifesta de tantas formas entre nós, a Celebração é um convite: todos os cansados, todos os que vivem aprisionados e fadigados, todos os desesperançados, venham repousar em Jesus, que é manso e humilde de coração. No Coração de Jesus, a vida ganha outra dimensão, a esperança não se prende somente às realidades terrenas, mas transcende para um dia viver plenamente no amor misericordioso de Deus, na eternidade.O Catecismo da Igreja Católica (§478) ensina: “Jesus conheceu-nos e amou-nos, a todos e a cada um, durante a sua vida, a sua agonia e a sua paixão, entregando-se por cada um de nós: «O Filho de Deus amou-me e entregou-se por mim» (Gl 2, 20). Amou-nos a todos com um coração humano. Por esse motivo, o Sagrado Coração de Jesus, transpassado pelos nossos pecados e para nossa salvação, é considerado sinal e símbolo por excelência daquele amor com que o Divino Redentor ama sem cessar o Eterno Pai e todos os homens”.“Que o Sagrado Coração de Jesus transforme sempre mais o teu coração até torná- lo perfeito e digno d’Ele.” (Santo Padre Pio de Pietrelcina)

Oferecimento ao Sagrado Coração de Jesus

Meu dulcíssimo Jesus, que em vossa infinita e dulcíssima misericórdia prometestes a graça da

perseverança final aos que comungarem em honra de vosso Sagrado Coração as nove primeiras

sextas feiras do mês seguidos: recordai a vossa promessa, e a mim, indigno servo vosso, que

acabo de receber-vos sacramentado com este fim e intenção, concede-me que morra detestando todos

os meus pecados, esperando em vossa inefável misericórdia e amando a bondade de vosso

amantíssimo Coração. Amém.

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O Imaculado Coração de Maria é uma devoção que se destacou bastante desde as aparições em Fátima e ganhou notório reconhecimento com as revelações feitas por Jesus Cristo à Beata Alexandrina de Balazar.Ela foi responsável por espalhar a mensagem de Jesus pedindo que o mundo fosse consagrado ao Imaculado Coração de Maria. Tal consagração foi oficializada pelo Papa Pio XII.A Beata recebeu o pedido do próprio Jesus no ano de 1935. Na ocasião, Jesus disse a ela: “Manda dizer ao teu Pai espiritual que, em prova do amor que dedicas à Minha Mãe Santíssima, quero que seja feito todos os anos um ato de consagração do mundo inteiro num dos dias das suas festas escolhido por ti: ou Assunção, ou Purificação, ou Anunciação, pedindo a esta Virgem sem mancha de pecado que envergonhe e confunda os impuros, para que eles arrecuem caminho e não Me ofendam. Assim como pedi a Santa Margarida Maria para ser o mundo consagrado ao Meu Divino Coração, assim o peço a ti para que seja consagrado a Ela com uma festa solene”.Para corresponder ao pedido feito por Jesus à Beata Alexandrina, o Papa Pio XII, em plena guerra, a 31 de outubro de 1942, consagrou o gênero humano ao Puríssimo Coração de Maria e decretou, em 1944, que todos os anos se celebrasse uma festa especial em honra do Imaculado Coração da Mãe de Deus no dia 22 de agosto, oitava da Assunção. O Concílio Vaticano II, porém, na reforma litúrgica reservou para esta festividade o sábado após a celebração do Sagrado Coração de Jesus. Essa solenidade complementou a consagração do Gênero Humano ao Sagrado Coração de Jesus, que foi feita alguns anos antes pelo Papa Leão XIII, ao aceitar o pedido feito pela Beata Irmã Maria do Divino Coração.Segundo a história dos pastorinhos de Fátima, Nossa Senhora, após mostrar a visão do Inferno a Francisco Marto, Lúcia

dos Santos e Jacinta, revelou o “Segredo” a eles. Irmã Lúcia contava que Nossa Senhora disse: “...para salvar as almas, Deus quer estabelecer no mundo a Devoção ao Meu Imaculado Coração”.Assim, o principal objetivo da devoção ao Imaculado Coração de Maria é conquistar a paz e a salvação das almas. Como a Virgem Maria disse à Irmã Lúcia, “Se fizerem o que eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão a paz. A guerra vai acabar”. Ao dizer tais palavras, Nossa Senhora deixou seu pedido bastante claro.Pode-se dizer que Deus escolheu o Imaculado Coração de Maria, que não cometeu pecados, para que, do mesmo modo como Jesus nosso salvador veio por Ela, por intermédio Dela a humanidade alcance a salvação. Nossa Senhora afirma: “Se fizerem o que eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão a paz”.

No Colo da MãeImaculado Coração de Maria

Consagração ao ImaculadoCoração de Maria

Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, ao vosso Coração Imaculado nos consagramos, em

ato de entrega total ao Senhor. Por Vós seremos levados a Cristo.

Por Ele e com Ele seremos levados ao Pai. Caminharemos à luz da fé e faremos tudo para que o mundo creia que Jesus Cristo é o Enviado

do Pai. Com Ele queremos levar o Amor e a Salvação até aos confins do mundo.

Sob a proteção do vosso Coração Imaculado seremos um só povo com Cristo.

Seremos testemunhas da Sua ressurreição. Por Ele seremos levados ao Pai, para glória

da Santíssima Trindade, a Quem adoramos, louvamos e bendizemos. Amém.

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Joãozinho Bosco viveu uma piedade simples, devocional, próprio de sua vida campesina do norte da Itália. Com a ajuda de Mamãe Margarida aprendeu o que é amar a Deus e por Ele ser amado. Alimentou-se de Deus, especialmente pela presença na Eucaristia e depois O viu presente nos jovens que o mesmo Pai lhe confiaria como campo de missão, para amá-los. E a exemplo do Coração do Filho, Dom Bosco se torna todo coração, afeto, sensibilidade amorosa, ternura. Era admirável a devoção de Dom Bosco ao Sagrado Coração de Jesus. Recomendava-a muito aos seus jovens.Na vida e missão de Dom Bosco a devoção ao Sagrado Coração de Jesus foi muito cultivada. Ela era incentivada entre os primeiros salesianos e também intensificada entre os jovens. Num de seus escritos, em 1875, dizia: “Amanhã, meus caros filhos, a Igreja celebra a festa do Sagrado Coração de Jesus... Esta festa não é outra coisa que honrar com especial recordação o amor que Jesus dedicou aos homens. Oh! O amor grandioso, infinito, que Jesus dedicou a nós com a sua encarnação e nascimento, na sua vida e pregação, e, particularmente, na sua paixão e morte... Tenhamos coragem! Que cada um faça o melhor que puder para corresponder ao enorme amor de Jesus dedicado a nós”.Dom Bosco tanto amou o Sagrado Coração de Jesus que quis que os Noviciados (comunidades onde começa a formação para a vida religiosa salesiana), fossem consagrados a Ele. Sempre seriam Noviciados do Sagrado Coração de Jesus. Seriam casas e comunidades onde se aprenderia a amar com o ardor e o amor do Coração de Jesus.Conta-nos a história que, um dia, o Papa Leão XIII reuniu os cardeais e disse-lhes: “Devemos prosseguir os trabalhos da construção da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, mas não temos condições financeiras e os recursos estão esgotados. Pergunto aos cardeais se têm alguma ideia a sugerir-me sobre isso, pois não podemos interromper tão grandiosa obra”.Então que o cardeal Alimonda, de Turim, disse: “Santo Padre,

Uma das devoções populares mais difundidas em nossa Igreja, em nossas comunidades é a do Sagrado Coração de Jesus. A presença de Jesus, com seu Coração carregado do amor misericordioso do Pai! Um

coração que ama, que se compadece, que sente compaixão, que quer vida e dignidade para todos.E qual a relação de Dom Bosco com essa devoção?

tenho uma sugestão: confie essa empreitada a Dom Bosco e eu asseguro que ele levará avante esse projeto”.“Mas Dom Bosco aceitará?” – perguntou o Papa. “Eu tenho certeza disso, pois conheço Dom Bosco e sei que um desejo do Papa será uma ordem para ele”. O Papa não perdeu tempo. Dom Bosco estava em Roma e, imediatamente, o Pontífice o chamou e confiou- lhe seu desejo. Dom Bosco, sempre muito fiel à Igreja e ao Papa, voltou a Turim e reuniu o Capítulo da Congregação Salesiana (evento que convoca a todos da Congregação para, guiados pelo Espírito do Senhor, “conhecer, em determinado momento da história, a vontade de Deus para melhor servir à Igreja” – art. 146). O Capítulo foi contra a aceitação de tal incumbência, pois Dom Bosco estava idoso, doente e com acúmulo de compromissos e dívidas. Mas Dom Bosco fora categórico ao expor o pedido do Papa e mostrou-se desejoso de atendê-lo, pois sabia que não lhe faltariam recursos. Fez-se nova votação e todos os capitulares votaram a favor.Dom Bosco aceitou o desafio, pondo como única condição a possibilidade de ampliar o canteiro para ladear a igreja com “um grande internato, para acolher, instruir, endereçar a artes e ofícios tantos jovens pobres, existentes em grande número, sobretudo naquele bairro” (Giovanni Battista Lemoyne, “Vita Del Venerabile Servo di Dio Giovanni Bosco”, vol. 2). A construção custou ao já idoso Dom Bosco enormes sacrifícios. Mas no dia 14 de maio de 1887, oito meses antes de sua morte, o templo foi consagrado. O Santo dos Jovens ali celebrou a Santa Missa no dia 16 de maio de 1887: nela, ao rememorar sua vida, chorou com frequência. Em 1921 o Papa Bento XV declarou o Templo do “Sacro Cuore” Basílica Menor.Como Dom Bosco, cultivemos o amor ao Sagrado Coração de Jesus. E que possamos dizer sempre: “Sagrado Coração de Jesus, eu confio e espero em Vós”. Ou ainda: “Sagrado Coração de Jesus, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso”!

Nos Caminhos de Dom BoscoA Devoção ao Sagrado Coração

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Junho, mês do Sagrado Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria

Brincando e Catequisando

Sagrado Coração de Jesus é uma Solenidade comemorada na sexta-feira da semana seguinte a solenidade de Corpus Christi. Além disso, essa devoção também é cultivada todas as primeiras sextas-feiras de cada mês. Consiste na veneração do Coração de Jesus, do mais íntimo de Seu Amor. A origem desta devoção se deve a Santa Margarida Maria Alacoque, religiosa da Congregação da Ordem da Visitação. Santa Margarida Maria teve extraordinárias revelações por parte de Jesus Cristo, que a incumbiu de divulgar e propagar no mundo, esta piedosa devoção. Jesus deixou doze grandes promessas às pessoas que participassem desta devoção.

Promessas do Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque:1ª - “Eu darei aos devotos de meu Coração todas as graças necessárias a seu estado”. 2ª - “Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias ”. 3ª - “Eu os consolarei em todas as suas aflições”. 4ª - “Serei refúgio seguro na vida e principalmente na hora da morte”. 5ª - “Lançarei bênçãos abundantes sobre os seus trabalhos e empreendimentos”. 6ª - “Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdia”. 7ª - “As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas pela prática dessa devoção”. 8ª - “As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição”. 9ª - “A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração”. 10ª - “Darei aos Sacerdotes que praticarem especialmente dessa devoção, o poder de tocar os corações mais endurecidos”. 11ª - “As pessoas que propagarem esta devoção terão o seu nome inscrito para sempre no meu Coração”. 12ª - “A todos os que comunguem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna”.

ImaculadoCoração de Maria

No dia seguinte da comemoração do Sagrado Coração de Jesus,

celebramos o Imaculado Coração de Maria. As duas datas são tão próximas para mostrar como o

coração do Salvador está ligado ao coração daquela que participou da

obra do Filho de Deus.

Leia o texto acima e encontre no quadro abaixoas palavras destacadas em vermelho.

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os santosjuninos?

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