S. martinho 1
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LENDA DE S. MARTINHO
Martinho era um valente soldado
romano que estava a regressar da
Itália para a sua terra, algures em
França.
Montado no seu cavalo estava a
passar num caminho para atravessar
uma serra muito alta, chamada Alpes,
e, lá no alto, fazia muito, muito frio,
vento e mau tempo.
Martinho estava agasalhado
normalmente para a época: tinha uma
capa vermelha, que os soldados
romanos normalmente usavam.
De repente, aparece-lhe um homem
muito pobre, vestido de roupas já
velhas e rotas, cheio de frio que lhe
pediu esmola. Infelizmente, Martinho
não tinha nada para lhe dar. Então,
pegou na sua espada, levantou-a e
deu um golpe na sua capa.
Cortou-a ao meio e deu metade ao
pobre.
Nesse momento, de repente, as
nuvens e o mau tempo
desapareceram. Parecia que era
Verão!
Foi como uma recompensa de Deus a
Martinho por ele ter sido bom.
É por isso que todos os anos, nesta
altura do ano, mesmo sendo Outono,
durante cerca de três dias o tempo fica
melhor e mais quente: é o Verão de
São Martinho.
POESIAS
Lenda de S. Martinho
A lenda de S. Martinho
Dá-nos uma grande lição
Ajudou o pobrezinho
Estendendo-lhe a sua mão
Deu-lhe metade da capa
Que o deixava quentinho
Mas ele não se importou
E o tempo foi amiguinho
As nuvens foram-se embora
P´ra que o sol aparecesse
Neste dia fez calor
Para que ninguém o esquecesse
E a 11 de Novembro
O sol sempr aparece
É o verão de S. Martinho
Que neste dia te aquece.
Rosa Mateus
Castanhas
As castanhas dão bom cheiro
Que sai do assador
Mas nem só bom é o cheiro
Bom é também o sabor
As castanhas nós comemos
Para ir comemorar
O dia de S. Martinho
Com o sol a espreitar
Faz cartuchos sem parar
P’ra com castanhas encher
Antes que elas acabem
Deixem-me ir a correr.
Venha daí um cartucho
Com castanhas a saltar
Vou levar à minha mãe
Para que as possa provar.
Rosa Mateus
Magusto
Na minha escola
Festejo o S. Martinho
Comendo castanhas
Bebendo suminho!
A história de S. Martinho
Iremos aprender.
De algumas castanhas
Bonecos vão aparecer!
Lourdes Custódio
As Castanhas
Castanhas, castanhasTão quentinhas com sal.Quentinhas e assadinhas
A ninguém faz mal.
Castanhas assadinhasCom sal são saborosas.
Quentinhas e boasSão tão gostosas!
As Castanhas
São castanhas, são castanhas!Bem assadas e quentinhasCompre uma dúzia, menino,
São boas e baratinhas.
Com as mãos enregeladasFui descascando as castanhas
As mãos ficaram quentesMas todas enfarruscadas.
Para casa fui andandoE ao longe ainda se ouvia
A vendedeira gritando:- Castanhas quentes e boas!
As Castanhas
Castanhas na brasaDe casca a estalar,Vós sois o regaloDo meu paladar.
Os ouriços a sorrirMostram no seu interiorAs castanhas a dormirNuma alcofa de rigor.
O vendedor de castanhasLá anda, de rua em rua,
Vendendo castanhas quentesNo dia triste com bruma.
S. Martinho
No dia de S. Martinhoas castanhas a assar
os vendedores a vendere os meninos a comer.
No dia de S. Martinhoas castanhas vou comervou comprar uma dúzia
e os bigodes lamber.
Com 200 escudos comprouma dúzia de castanhasficamos todos calados
porque elas são tamanhas.
Estava a jogar à bolaquando a atiro para o
castanheirocaem muitas castanhase como-as no recreio.
S. Martinho
Vivam as castanhasviva o S. Martinho
as castanhas são boascom um copo de vinho.
O homem anda por aíele anda a trabalhar
ele vende as castanhasque é para se sustentar
Ele anda a chorarnão anda a brincar
quem lhe dera, quem lhe deraandar a passear.
Vamos a elas, vamos a elaselas são castanhinhas
são boas, são boase também são gostosinhas.
As castanhinhas são boasassadinhas com sal
podes come-las à vontadeque não te fazem mal.
As castanhinhas boas sãoelas podem ser assadas
elas aquecem-nos o coraçãoe também podem ser grelhadas.
S. Martinho
Outono, que linda estação!Logo a seguir ao Verão
A comer castanhas ao serãoassadas no fogão.
Com o frio a chegarE a natureza a se transformar
Ao castanheiro vou treparPara as castanhas ir buscar.
O S. Martinho está a chegarA lareira vou ter de acender
Para castanhas assarE contigo as comer.
Que lindo é o Outono,Que lindo que é!
Uvas e castanhasDeu-me o avô Zé.
Quentes e Boas
Quentes e boas castanhas
Metidas no assador
Dão estoiros barulhentos
Quando lhes chega o calor.
Sou...
Sou um castanheiroSou alto, alto, alto
Sou um castanheiro Não pulo e não salto
Sou um ouriço Que pico, pico, pico
Se alguém me apanha Salta logo um grito
Sou uma castanha
Redonda, redondinha Quando alguém me apanha
Mete-me na boquinha
A Castanha
Oh castanha, castanhinha desce do castanheiro
vais ficar bem assadinha nas brasas do fogareiro
olé, olá, ai que lindo castanheiro olá, olé, ai que boa que ela é.
S. Martinho
Todo o dia a apanhar chuvaCoitado do vendedor,
Mas à beira das castanhasFica cheio de calor.
Do ouriço saem as castanhasPara eu as assar
Saio de casa cheia de frioPara ir à rua comprar.
São Martinho, São MartinhoSão Martinho folgazão
Dá-me as castanhas e o vinhoPara aquecer o coração
CANÇÕES
NO MEU BOLSO GUARDEI
NO MEU BOLSO GUARDEI
MEIA DÚZIA DE CASTANHAS
DE TÃO QUENTES QU´ESTÃO
AINDA QUEIMO A MINHA MÃO.
VOU DÁ-LAS AO PAI
VOU DÁ-LAS À MÃE
CASTANHAS QUENTINHAS
QUE SABEM TÃO BEM.
O OUTONO AO CHEGAR
A TODOS VAI DAR
CASTANHAS ASSADAS
AO LUME ESTALAR.
O OURIÇO JÁ SECOU
O OURIÇO JÁ SECOU
JÁ CAIU A CASTANHINHA;
HOJE É DIA DE COMER
A CASTANHA COZIDINHA.
COZIDINHA OU ASSADINHA
NA FOGUEIRA A SALTITAR;
É DIA DE SÃO MARTINHO
VAMOS CANTAR E BAILAR.
.
AH, AH, AH, MINHA CASTANHINHA
AH, AH, AH, MINHA CASTANHINHA
(bis)
QUEM TE PÔS A MÃO SABENDO
QU’ÉS MINHA. (bis)
.
SABENDO QU’ÉS MINHA, DO MEU
CORAÇÃO (bis)
SALTA CASTANHINHA PARA A MINHA
MÃO. (bis)
. «
É NA TUA MÃO QUE EU QUERO FICAR
(bis)
ANDA PR’Ó RECREIO, VAMOS LÁ
SALTAR (bis)
.
VAMOS LÁ SALTAR E BATER O PÉ
(bis)
PORQUE É NO RECREIO QUE O
MAGUSTO É. (bis)
.
VAIS BATER O PÉ E VAIS ME COMER.
(bis)
É DENTRO DE TI QUE EU VOU VIVER
(bis)
.Melodia: "Ah, ah, ah Minha Machadinha"
SÃO TÃO BOAS AS CASTANHAS
SÃO TÃO BOAS AS CASTANHAS
NA FOGUEIRA ASSADINHAS
TAMBÉM GOSTO DELAS CRUAS
DEPOIS DE BEM TRINCADINHAS.
REFRÃO
SÃO AS CASTANHAS DO CASTANHEIRO
QUE NÓS COMEMOS JUNTO AO BRASEIRO.
AS CASTANHAS JÁ COMI
E AGORA VOU BRINCAR
NO CARVÃO SUJO AS MÃOS
PARA ME ENFARRUSCAR.
Música: "Todos me querem..."
AS CASTANHAS
AS CASTANHAS A ESTALARNA PANELA A SALTAR
AS CRIANÇAS A BRINCARPUM, PUM, PUM, PUM
AS CRIANÇAS A CORRERE A RODA A GIRAR
ÁGUA-PÉ PARA BEBERPUM, PUM, PUM, PUM
A FOGUIRA ESTÁ A ARDERE O SOL A ESPREITAR
VAMOS TODOS FESTEJARPUM, PUM, PUM, PUM
A NOITE ESTÁ A CHEGARA FOGUEIRA A APAGAR
E A FESTA ACABARPUM, PUM, PUM, PUM
Música: “Passarinhos a Bailar”
AI DO OURIÇO
AI DO OURIÇO, AI DO OURIÇOSAEM AS CASTANHAS
PARA COMER, PARA COMERTÃO ASSADINHAS (Bis)
ORA VAMOS LÁ, ORA VAMOS LÁPARA AS PROVAR
ASSIM TÃO BOAS, MUITO QUENTESTOSTADINHAS (Bis)
Música: "Ai dizem mal dos caçadores”
FAZEMOS RODAS CANTAMOS
REFRÃOFAZEMOS RODAS CANTAMOS
AILARI LARI, LOLÉ.BEBEMOS SUMOS E ÁGUA,
NINGUÉM NOS DÁ ÁGUA-PÉ.(Bis)
SALTAM, SALTAM AS CASTANHASA FUGIREM DA FOGUEIRA.
COMO UMA OUTRA E OUTRA,JÁ ESTOU COM A BARRIGA CHEIA.
(Bis)
REFRÃO
Cassete – Música para Todos – Audição 71
HISTÓRIAS
UM DRAGÃO NO MAGUSTOEra uma vez um dragão que vivia numa montanha, perto de um vulcão.Ele queria assustar os animais e as pessoas e para isso precisava de fogo para lançar pela boca.Todos os dias ia abastecer-se de fogo ao vulcão.Perto da montanha havia uma aldeia com muitos habitantes. Os habitantes andavam muito assustados por causa do dragão. Alguns começaram a abandonar as suas casas e a fugir para a cidade. A aldeia começou a ficar deserta.O David, que era um menino muito corajoso que morava na aldeia, pensou que alguém tinha
de resolver aquele problema. Pensou, pensou... Até que encontrou uma solução!- Já sei! Amanhã, bem cedo, sem ninguém ver, vou à montanha tentar falar com o dragão.Passou a noite muito nervoso e mal o sol nasceu, pé ante pé, saiu de casa sem ninguém se aperceber.Quando chegou à montanha o dragão ainda estava a dormir. Então pegou num saco de comida que trazia e, devagarinho, foi colocá-lo perto do dragão.Escondeu-se atrás de uma rocha e esperou que o dragão acordasse.O dragão acordou, cheirou, cheirou aquele saco e quando descobriu que era comida, comeu tudo como um guloso. Depois de estar satisfeito, arrotou fogo e olhando para todos os lados disse:- Quem me terá trazido esta comida tão deliciosa?!O David que estava escondido atrás da rocha disse:- Fui eu, fui eu. Estou aqui atrás da rocha. Posso aparecer? Não me fazes mal?- Como é que posso fazer mal a alguém que foi tão meu amigo e me trouxe comida tão boa!Contente com a resposta do dragão o David saiu do esconderijo.- Olá, eu sou o David. Fui eu que te trouxe a comida. Vim cá porque queria conversar contigo.- O que é que me queres dizer?- Queria fazer-te um pedido porque estou muito preocupado.- Porque é que estás preocupado? Faz lá o teu pedido.- Eu estou muito preocupado porque tu tens andado a queimar as casas da minha aldeia e os habitantes estão muito assustados. Vim aqui pedir-te para não voltares a queimar as nossas casas.- Pois é, o pior é que eu tenho muito fogo dentro de mim e não sei onde o hei-de deitar – respondeu o dragão.- Tenho uma ideia. Podes usar o teu fogo para fazer alguma coisa útil.- Como? Como é que o fogo pode ser útil?- Podemos usar o fogo para fazer uma fogueira, para cozinhar os alimentos, para nos aquecermos, etc...- Boa ideia, nunca tinha pensado nisso.- Olha, estamos no Outono, é a época das castanhas e podíamos fazer um magusto no largo da aldeia.- Um magusto?! O que é isso? Nunca ouvi esse nome.- Um magusto é uma festa onde as pessoas se reúnem, fazem uma grande fogueira e assam castanhas.- Castanhas assadas?! Ai que bom! Até já me está a crescer fogo na boca.- Vamos então combinar: eu vou á aldeia explicar aos meus amigos que tu, afinal, não és mau. Vamos juntar caruma, lenha e castanhas e amanhã venho cá dizer-te o dia do magusto.- Está combinado. Fico á tua espera. Então o David foi á aldeia, reuniu toda a gente e contou-lhes a conversa que tinha tido com o dragão.- A sério?! Falas-te mesmo com o dragão ou estás a gozar-nos? – perguntaram os vizinhos muito admirados.- É mesmo verdade. Falei com o dragão lá na montanha e afinal ele não é tão mau como nós pensávamos.- Não acredito nisso. Se ele não é mau porque é que queimou as nossas casas? – perguntou um habitante desconfiado.- Ele fazia isso porque não sabia utilizar correctamente o seu fogo. Eu estive a ensiná-lo a utilizar o fogo e combinámos fazer um magusto. - Ah! Boa ideia, mas para isso temos de juntar caruma, lenha, pinhas e castanhas – disse um dos habitantes.
- Eu, para festejar a coragem do meu filho, ofereço as castanhas a todas as pessoas da aldeia – disse o pai do David.- Podíamos combinar e íamos ao pinhal juntar caruma, lenha e pinhas para fazer a fogueira – falou um homem que estava ali perto.- Está combinado, amanhã bem cedo juntamo-nos no largo da igreja e vamos ao pinhal – disseram vários habitantes.- Mas afinal ainda não combinamos o dia do magusto e eu tenho de dar uma resposta ao dragão – disse o David.- O melhor dia é o dia 11 de Novembro, dia de S. Martinho.- Está combinado – disseram várias pessoas ao mesmo tempo.No dia seguinte, bem cedo, o David subiu á montanha e foi dizer ao dragão o dia escolhido. Entretanto na aldeia vários habitantes juntaram-se para apanhar a caruma, a lenha e as pinhas necessárias.Na manhã do dia de S. Martinho, no largo da igreja, havia um grande monte de caruma, lenha e pinhas.O pai do David chegou com um enorme saco de castanhas.Quando estava tudo preparado o David foi á montanha chamar o dragão.Durante a tarde foram chegando á aldeia os habitantes que tinham fugido para a cidade. Vinham a convite do David que lhes tinha escrito a contar tudo.Á tardinha, chegou o dragão acompanhado do seu amigo David e ficou muito feliz quando viu tanta gente á sua espera.Pediu ás pessoas para fazerem uma grande roda á volta das castanhas mas um pouco afastadas para ninguém se queimar com o seu fogo. Então, com cuidado, o dragão acendeu a fogueira e, pouco tempo depois algumas castanhas já estalavam como foguetes. Quando todas as castanhas estavam assadas colocaram-nas em cestas e distribuíram-nas por todas as pessoas. No fim cantaram, dançaram e fizeram uma grande festa.Então agradeceram ao dragão a sua amizade e ele pediu desculpa às pessoas e prometeu não tornar a queimar nenhuma casa. Quando anoiteceu cada um foi para sua casa e o dragão regressou á sua gruta na montanha. Antes de se ir embora despediu-se do David e prometeu vir visitar a aldeia de vez em quando.
Colori, colorado, está o conto acabado.
A MARIA CASTANHA
O céu estava cinzento e quase nunca aparecia o sol, mas enquanto não
chovia os meninos iam brincar para o jardim.
Um jardim muito grande e bonito, com uma grade pintada de verde toda
em volta, de modo que não havia perigo de os automóveis entrarem e
atropelarem os meninos que corriam e brincavam à vontade, de muitas
maneiras: uns andavam nos baloiços e nos escorregas, outros deitavam
pão aos patos do lago, outros metiam os pés por entre as folhas secas e
faziam-nas estalar – crac, crac - debaixo das botas, outros corriam de
braços abertos atrás dos pombos, que se levantavam e fugiam, também
de asas abertas.
Era bom ir ao jardim. E mesmo sem haver sol, os meninos sentiam os pés
quentinhos e ficavam com as bochechas encarnadas de tanto correr e
saltar.
Uma vez apareceu no jardim uma menina diferente: não tinha bochechas
encarnadas, mas uma carinha redonda, castanha, com dois grandes olhos
escuros e brilhantes.
- Como te chamas? – Perguntaram-lhe.
- Maria. Às vezes chamam-me Maria Castanha.
- Que engraçado, Maria Castanha! Queres brincar?
- Quero.
Foram brincar ao jogo do apanhar.
A Maria Castanha corria mais do que todos.
- Quem me apanha? Ninguém me apanha!
- Ninguém apanha a Maria Castanha!
Ela corria tanto. Corria tanto que nem viu o carrinho do vendedor de
castanhas que estava à porta do jardim, e foi de encontro a ele.
Pimba!
O saco das castanhas caiu e espalhou-as todas à reboleta pelo chão.
A Maria Castanha caiu também e ficou sentada no meio das castanhas.
- Ah. Minha atrevida! – gritou o vendedor de castanhas todo zangado.
- Foi sem querer – explicaram os outros meninos.
- Eu ajudo a apanhar tudo – disse Maria Castanha, de joelhos a apanhar as
castanhas caídas.
E os outros ajudaram também.
Pronto. Ficaram as castanhas apanhadas num instante.
- Onde estão os teus pais? – perguntou o vendedor de castanhas à Maria
Castanha.
- Foram à procura de emprego.
- E tu?
- Vinha à procura de amigos.
- Já encontraste: nós somos teus amigos – disseram os meninos.
- Eu também sou – disse o vendedor de castanhas.
E pôs as mãos nos cabelos da Maria Castanha, que eram frisados e
fofinhos como a lã dos carneirinhos novos.
Depois, disse:
- Quando os amigos se encontram é costume fazer uma festa. Vamos
fazer uma festa de castanhas. Gostam de castanhas?
- Gostamos! Gostamos! – gritaram os meninos.
- Não sei. Nunca comi castanhas, na minha terra não há – disse Maria
Castanha.
- Pois vais saber como é bom.
E o vendedor deitou castanhas e sal dentro do assador e pô-lo em cima do
lume.
Dali a pouco as castanhas estalavam… Tau! Tau!
- Ai, são tiros? – assustou-se a Maria Castanha, porque vinha de uma terra
onde havia guerra.
- Não tenhas medo. São castanhas a estalar com o calor.
Do assador subiu um fumozinho azul-claro a cheirar bem.
E azuis eram agora as castanhas assadas e muito quentes que o vendedor
deu à Maria Castanha e aos seus amigos.
- É bom é – ria-se Maria Castanha a trincar as castanhas assadas.
- Se me queres ajudar podes comer castanhas todos os dias. Sabes fazer
cartuchos de papel?
A Maria Castanha não sabia mas aprendeu.
É ela quem enrola o papel de jornal para fazer os cartuchinhos onde o
vendedor mete as castanhas que vende aos fregueses à porta do jardim.
PROVÉRBIOS
"Dia de São Martinho, lume, castanhas e vinho"
"Pelo São Martinho, prova o teu vinho, ao cabo de um ano já não te
faz dano"
"Pelo São Martinho mata o teu porco e bebe o teu vinho"
"Pelo São Martinho semeia favas e linho"
"No dia de São Martinho fura o teu pipinho"
"O Verão de São Martinho é bom mas é curtinho"
"No dia de São Martinho vai-se à adega e prova-se o vinho"
“No dia de São Martinho bebe o vinho e deixa a água para o
moinho"
RECEITAS
Tronco de CastanhasIngredientes:
500g de castanhas em puré
125g de açúcar em pó
125g de chocolate (em barra)
125g de manteiga
Preparação:
1 - Cozem-se muito bem as castanhas. Retira-se-lhes a película e esmaga-se com
uma colher de pau ou passam-se pelo passe-vite até formar um puré. Adiciona-se
depois o açúcar.
2 - Numa tigela, bate-se a manteiga que deve estar à temperatura ambiente, e junta-
se ao puré de castanhas batendo muito bem.
3 - Num tachinho, põe-se o chocolate em pedacinhos com duas colheres de sopa de
água. Leva-se ao lume, muito brando, mexendo sempre, durante cinco minutos.
Depois de derretido, adiciona-se ao puré de castanhas.
4 - Põe-se a massa sobre uma tábua e com a ajuda de uma faca sem bico e de um
garfo, molda-se o tronco da árvore de acordo com a nossa imaginação.
Decoração do Tronco:
5 - Salpica-se o tronco com um pouco de chocolate granulado
6 - Unta-se ligeiramente com manteiga a travessa destinada ao tronco e polvilha-se
com bolacha moída e salpica-se com nozes. Com a ajuda de duas espátulas coloca-
se o tronco na travessa.
7 - Põe-se algumas folhinhas verdes de açúcar a decorar o tronco e umas castanhas
cruas soltas.
BOLINHOS DE CASTANHAS
Ingredientes:
500g de castanhas em puré
150g de açúcar
100g de manteiga
200g de farinha de trigo
1 c. de chá de fermento
1 c. de chá de canela
1 ovo (para 4 doses 5 ovos)
1 gema de ovo
erva doce
Preparação:
1 - Cozem-se muito bem as castanhas com sal. Retira-se-lhes a película e esmaga-
se com uma colher de pau ou passam-se pelo passe-vite até formar um puré.
2 - Numa tigela mistura-se a manteiga com o açúcar e adiciona-se a canela, erva-
doce, o fermento, os ovos inteiros, batendo tudo muito bem.
3 - Adiciona-se o puré de castanhas e a farinha aos poucos.
4 - Depois da massa estar bem batida, fazem-se pequenas bolas que, depois de
barradas com a gema de ovo, vão ao forno.