Rumo à biblioteconomia 2.0
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A biblioteca 2.0 e a revolução
das mídias sociais nas unidades de informação
Bruno Felipe de Melo SilvaEspecialista em Tecnologias Web para Negócios
Bibliotecário da Universidade Federal de Alagoas
• Introdução a Web Social;
• Unidades de Informação 2.0;
• Serviços da web social para U.I.;
• Em resumo...
Índice
IntroduçãoA web social: O que é isso? De onde veio?
antes
Idade Média
Período das cavernas
depois
antes
Ano: 2009
Século II até hoje
hoje
hoje
antes
Ano: 1941
Ano: 2009
antes
Ano: 1991
Ano: 1998
As Etiquetas na web representam
a participação dos usuários e uma maior possibilidade de
comunicação entre eles.
A web social: O que é isso? De onde veio?
# Segundo Primo (2007, p.2) “na primeira geração da Web os sites
eram trabalhados como unidades isoladas”.
# Baseado na falta de “interatividade” entre usuários e internet, a
busca por uma evolução passa a ser algo imprescindível para a o
futuro desse ambiente. É quando surge a Web 2.0. Frente a
isso, extingue-se a figura do internauta e entra em cena a figura do
usuário como produtor de conteúdo.
Obs.: Vale ressaltar que Web 2.0 e Web Social se equivalem.
Evolução: o que mudou?
Fonte: Adaptado de COZI, 2007
Ilustração: Guilherme Galdo Ruchaud
Evolução: o que ainda vai mudar?
Sendo assim...
Para os autores Blattmann e Silva (2007, p.197) a Web 2.0 perpassa
pela “construção de espaços para colaboração, interação e
participação comunitária”. Os usuários se tornam muito além de
“expectadores”, passam a ser geradores e difusores de
informações.
Interfaces rápidas e muito fáceis de usar;
Os usuários podem ajudar a torná-lo melhor;
Os softwares funcionam pela Internet ;
Os programas são corrigidos, alterados e melhorados o tempo
todo, e o usuário participa deste processo dando
sugestões, reportando erros e aproveitando as melhorias
constantes;
Suas características são:
Adaptado de O’Reilly (2005)
A Web como plataforma;
Informação controlada pelo usuário;
Ferramentas no formato de serviços Web ao invés de softwares
proprietário;
Arquitetura participativa;
Rentabilidade de escala, o que significa nenhum custo para o usuário,
Informações e dados (textos, imagens, vídeos) com permissões de livre
distribuição ou modificação, segundo critérios definidos pelo autor;
Aplicações não limitadas a um determinado sistema operacional ou
hardware;
Aproveitamento da inteligência coletiva.
E para que compartilhar?
O usuário passar a ser produtor de conteúdo deixando de ser
expectador;
Colaboração para a construção conjunta de conteúdo;
Suprir a necessidade de expor suas idéias;
Serviços de Web Social
Segundo Galdo, Alessandra (2010) são ferramentas:
• Blogs
• Wiki
• Redes sociais
• Folksonomia
• Compartilhamento de vídeo
• Compartilhamento de slides
• Leitor de RSS
• Microblogs
Serviços de Web Social: aspectos
Formação de redes;
Cooperação/Participação;
Usabilidade;
Personalização;
Confiabilidade;
Web Social: Vantagens | Desvantagens
Inteligência Coletiva – “É uma inteligência distribuída por toda
parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo
real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências.”
(LEVY, Pierre, p.28, 2007)
Memória Coletiva – “é sempre uma construção feita no presente a
partir de vivências/experiências ocorridas” (KESEL, Zilda. p. 2)
Exposição – Você precisa estar preparado para qualquer coisa a
partir do momento que se está inserido nesses ambientes.
Monitoramento – Acompanhar o que esta sendo falado sobre
você, sobre sua marca ou o que lhe for de interesse.
Unidades de Informação 2.0
Trocando experiências
Unidades de InformaçãoTarapanoff (1996) considera que os tipos mais conhecidos de unidades
de informação são as bibliotecas, os arquivos públicos e os
museus, estando inseridos neles os serviços de
referência, documentação e informação.
UI e a Internet
Segundo Serafim, Cunha e Silva (2010) “No âmbito das unidades de
informação, a internet intensificou a preocupação de oferecer serviços
que supram efetivamente as necessidades dos usuários ao mesmo
tempo em que possibilitou o surgimento de ferramentas que auxiliam
no alcance desse objetivo.”
Com o surgimento de novas tecnologias
de informação e comunicação, se torna
cada vez mais necessária a utilização de
novos recursos para o melhoramento na
forma de comunicação e muitas
vezes, difusão de serviços.
E fica a pergunta:
Tais recursos podem ser aplicados ao
contexto das Unidades de Informação?
Vale ressaltar que a idéia de ter uma
biblioteca centrada no usuário não é
nova. É preciso entender que as
Unidades de Informação vão além da
estrutura física e que todo recurso que
possibilite estreitar essa relação
(UI/Usuário) precisa ser utilizado.
Características das U.I. 2.0
Utilização dos serviços de web social;
Participação dos usuários; e
Estar sempre em estado beta (sem medo de
experimentar)
ServiçosWeb social nas Unidades de Informação
Como aproveitar-se nas Unidades de
Informação da Web Social:
Ações de marketing.
Ferramenta de promoção;
Notícias da unidade (novas aquisições);
Estabelecer e manter contactos;
Estreita relação com os usuários;
Maior visibilidade na web;
Serviço de referência;
Sugestão de leitura;
Criar novas relações com usuários
Caso:
http://www.espm.br/Unidades/RioDeJaneiro/Biblioteca/Servicos/Pages/
biblioteca20.aspx
O Flickr é um serviço destinado ao
gerenciamento e compartilhamento de
imagens digitais, nele os usuários armazenam
suas fotografias indexando-as através de
uma etiqueta.
Até julho de 2009 eram 80361190 itens
georreferenciados. (Araya, 2009, p. 34)
43% dos vídeos existentes na rede estão
disponibilizados no Youtube. (El País)
Permite a publicação de vídeos em blogs e
páginas pessoais em redes sociais, como o
hi5 ou o facebook (integração).
Uma característica notável das ferramentas
Wiki é a facilidade de edição e a
possibilidade de criação de textos de forma
coletiva e livre, assim como se faz na
Wikipédia e em outros projetos que utilizam
Wiki.
Segundo Primo e Recuero (2003, p. 3) o
sucesso dessa ferramenta acontece “graças
à facilidade de publicação, uma vez que
proporciona que qualquer um, mesmo sem
conhecer a linguagem HTML, possa
publicar seu blog”.
A objetividade na disponibilização de
conteúdos.
Até 2009 foram rastreados a existência de 11
milhões e meio de contas de usuários.
Outro ponto importante é a facilidade de
acessar o twitter de qualquer lugar, e o que
faz com que a maioria dos acontecimentos
seja anunciada primeira nele.
Figura 1– interação/colaboração com os seguidores Fonte: TWITTER. Disponível em: <http://twitter.com/#!/BCUFAL>.
Acesso em: 08 abr. 2012. Figura 2 – Informações para a comunidade
Fonte: TWITTER. Disponível em: <http://twitter.com/#!/BCUFAL>. Acesso em: 08 abr. 2012.
Figura 3 – Horário e dias de funcionamento Fonte: TWITTER. Disponível em: <http://twitter.com/#!/BCUFAL>.
Acesso em: 08 abr. 2012.
É sociedade virtual que une pessoas de todos os
perfis, mas que têm interesses comuns no
convívio, na troca de idéias, no estar junto, no
expor fatos (pessoais, ideológicos ou
profissionais) que são recebidos e
reconhecidos pelos outros nas suas
comunidades. (Pithan e Timm, 2007)
1 milhão de utilizadores em 2004 (quando a
plataforma estava apenas disponível nas
redes universitárias); 12 milhões de utilizadores
em 2006 (altura em que a rede se abriu a
todos os utilizadores); em 2011 são já mais de
800 milhões de utilizadores
Rede social é uma comunidade ou rede de pessoas
que não está limitada a uma estrutura ou meio (ou
mídia). É um grupo de pessoas que compartilham
um único interesse (Pode ser um
produto, gosto, famoso, amigo e outros.
Em resumo...É válido? Ou não?
...
Aspectos positivos Aspectos negativos
• Maior visibilidade para as
Unidades de Informação
• Possibilidade de novos
serviços;
• Criar uma imagem de
transparência e
modernidade;
• Necessidade de estar
sempre acompanhando o
que acontece;
• Problemas em distinguir o
que vem a ser útil;
Enfim, é válido? Tudo o que há dentro de uma biblioteca (ou unidades de
informação) pode ser enquadrado em estratégias;
“Não estamos numa época de mudanças e sim numa mudança
de época.
É preciso se adaptar a realidade: “O consumidor está muito mais
rápido do que as organizações” Don Schultz
Construir o conhecimento depende apenas de si, e evoluir é
apenas uma das vantagens que se pode tirar a partir da absorção
de conteúdos disponibilizados nesses ambientes.
ReferênciasPRIMO, Alex. O aspecto relacional das interações na Web 2.0. E- Compôs, Brasília, v. 9, p. 1-21, 2007.
Disponível em: <http://www6.ufrgs.br/limc/PDFs/web2.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2009.LÉVY, Pierre. A inteligência coletiva. 2. ed. São Paulo: Ed. Loyola, 1999.BLATTMANN, U.; SILVA, Fabiano Couto Corrêa da. Colaboração e interação na Web 2.0 e Biblioteca
2.0. Revista ACB, Florianópolis, v. 12, p. 191-215, 2007. Disponível em: http://revista.acbsc.org.br/index.php/racb/article/viewArticle/530
O’REILLY, Timothy. What is Web 2.0: design patterns and business models for the next generation of software. 2005. Disponível em: <http://www.oreillynet.com/pub/a/oreilly/tim/news/2005/09/30/what-is-web -20.html>.
SERAFIM, Andreza Nadja Freitas; CUNHA, Caio César Delfino da; SILVA, Mailza Paulino de Brito. Redes Sociais e Microblogs em Unidades de Informação: explorando o potencial do twitter, do ning e do foursquare como ferramentas para promoção de serviços de informação. Paraíba, 2010.
Galdo, Alessandra. Web 2.0 e colaboração científica: análise do uso científico-acadêmico por docentes de pós-graduação stricto sensu em Ciência da Informação no Brasil. 2010. 154 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação)-Programa de Pós Graduação em Ciência da Informação, Centro de Ciências da Educação, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2010.
Piris, Rodrigo Gabriel. A Diferença Entre Mídia Social E Rede Social. 2010. Disponível em: http://rodrigopiris.wordpress.com/2010/01/10/a-diferenca-entre-midia-social-e-rede-social/
Pithan e Timm Disponível vem: <http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/versoereverso/article/viewArticle/5763/5221>