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Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e no mais lutando pordinheiro e poder, ento nossa sociedade poder enfim evoluir a um novo nvel.

rua da padaria

bruna beber

2013

CIP-BRASIL. CATALOGAO NA FONTE

SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

Beber, Bruna, 1984-B351r

Rua da padaria [recurso eletrnico] / Bruna Beber. - 1. ed. - Rio de Janeiro : Record, 2013.recurso digital

Formato: ePubRequisitos do sistema: Adobe Digital EditionsModo de acesso: World Wide Web

ISBN 978-85-01-40421-3 (recurso eletrnico)

13-02523CDD: 869.91

CDU: 821.134.3(81)-1

Copyright Bruna Beber, 2013Texto revisado segundo o novo Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa.

Todos os direitos reservados. Proibida a reproduo, no todo ou em parte, atravs de quaisquer meios. Os direitos morais daautora foram assegurados.

Projeto grfico da verso impressa: Patrcia ChmielewskiEditorao eletrnica da verso impressa: Renata Vidal

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Produzido no BrasilISBN 978-85-01-40421-3Seja um leitor preferencial Record.

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Este livro dedicado s minhas avs Landa e Maria.

sumarioCapaRostoCrditosDedicatriaEpgrafeo que di primeiromsica do parquea grande alegria dos homens de nmerosas avs e as tiasmolhar as plantasbicicleta cargueiraesquina circunfernciaromance em doze linhas1 o apagador2 o aougue3 a monga no circo4 a farmcia5 a violncia6 o veculo longo7 a senhorinha vaca8 o romantismo9 o tomate10 o peclio11 o mutismoesquina parbolade castigo na merendaseu paqueramaqueteescorrego de chomalhar o judaspicol de limoSaiba mais

Colofon

Eu sou jurarazinho l do poo de beberAi, eu vejo gente e gente no me v.

Mestre Jurarazinho

o que di primeirotodo urubu titia gritavaurubu urubu sua casat pegando fogotodo estrondo na ruapapai dizia eita porraaposto qu bujo de gstodo avio vov acenava seu tio! desquentrou preronuticanum tenho mais sossegotemi e ainda temo toda espcieinflamvel lamentei tanto urubudesabrigado desejei o fimda fora area brasileiras custei a entender mamee o que queria dizer com seu irmono vem mais brincar com vocpapai do cu levou.

msica do parquedorotildenunca vimosconvulsatoda vidade sorrisono portoperfume para trsesquinas botavazonza as alergiase eu pirraade emoesnas pernaspensava jamaisfora mordidanos lbiose eu bandeirinhade coraonos olhosa guardariaat perderos dentes.

a grande alegria dos homens de nmerosto queridosos sofsmais ainda as cadeirasde balano tanta palavrano mundo tanto somno entendo por quetanta grade tambmestou tristeat passaruma correriade crianas.

as avs e as tiasdurante toda minha caminhadapela bola que uns chamamde terra outros de guaou como carinhosamentej apelidaram um amigobalofo no colgios conseguitomar possede uma certezae por isso gostariade dividi-la passempara seus filhos:no hsequerum serhumano que caminhepela bola h quema diga achatada que no tenhano teveou nunca terumatoalhabordada importanteque seus filhospassem pros delesessa verdademas se no tiveremfilhos netos tudo bemsempre tero toalhasbordadas.

molhar as plantastudo tem barulho de marenceradeira isopor carroem movimento aerosolespirro pistola moedatelha bombardeio cigarroqueimando pia degradcimbra inseto mongesua vizinha o futurotem barulho de marna camiseta no quadrochinelo aeroporto gaiolapanela caverna biritabeijo tem bibliotecatambm um curi bolade chiclete sobretudoum dinossauro aladotem mar de todo tipode barulho e dentrode cada mar um raloentupido de cabelos.

bicicleta cargueirafelizes soas gaivotasvoo de dedoslivres ao violomovimentam discretooutras avesum miranteem cada olhoe o mar de pontaa ponta do altodebaixo da luzinteira do cutristes porm docesinventaram o bolero.

esquina circunfernciaa velha passeando com o cachorroos prdios assistem aos nibusindo para o mesmo lugar.

romance em doze linhasquanto falta pra gente se ver hojequanto falta pra gente se ver logoquanto falta pra gente se ver todo diaquanto falta pra gente se ver pra semprequanto falta pra gente se ver dia sim dia noquanto falta pra gente se ver s vezesquanto falta pra gente se ver cada vez menosquanto falta pra gente no querer se verquanto falta pra gente no querer se ver nunca maisquanto falta pra gente se ver e fingir que no se viuquanto falta pra gente se ver e no se reconhecerquanto falta pra gente se ver e nem lembrar que um dia se conheceu.

1. o apagadortique de checar o bolsoo email o telefoneo relgio angustiadoexerccio da ilusode acelerar de contarregressivamente os passosque me levam horaque marcamos taque.

2. o aouguea ratoeira e o vinhodoce de garrafona barrigaas cascasda banana no joelhochego antesda flecha do correioelegante do caminhoba com muitas floresuma plateia de solasantiderrapantes rodopianas molculas do are ri da pintura borradade sorriso permanenteem meu rostono todo diaque voltamosa ter 13 anos.

3. a monga no circoquando perderesos para-choquesdeixa que caiatoda a roupate rebatersem dvidas e lriosao ver-te puro e cheiode urgnciassentirs alegrepreguiade todaa genteto desnecessriatoda a gente.

4. a farmciaum sentimentozinho sem nomee por issotremendonem por issotemidochamaremosde aquiloque sobraaquilo que faltauma purificaoa vontadeirresistvelde nome-lo.

5. a violnciavontade constantede dizer te quero tantodela me distraiomas voc me abraae de repente todoo mundo no temmembros superiorese ento me beijaeu poderia matartodas as plantastenho muito arat que sintona ponta dos dedosa coragem de diz-la.

6. o veculo longobom esticarat shplectcarimbode mancha roxaviva e largaat esverdearmorder e quebraros dentesmastig-losfaz-los pmelhor aindaengolir o pdo que levarencolhidoum sentimentoo resto pode.

7. a senhorinha vacafazes invejaa tudo que rastejasobretudos minhoquinhasto atormentadaspela fibra ticabeb, cgado, o passadono velozestivesse aindaem moda o engenhoserias tileras minha.

8. o romantismochumbo que respirominha saudadete apodrecee te renova medida que me lanonoutra direotanto mofono que calopor tivinagrede dores ardentesnos olhoscom fervoroso credoem tua morteminha vida.

9. o tomatea velha lgrimaescorre da pimenta no da rosaque essa frutae tambm flormuito famosa a velha lgrimaescorre do reinodas mgoas clarase das malaguetasa velha lgrimanunca para de correr.

10. o peclioestou sempre indo ao seu encontrochego de costas pra voc achar que estou indo emborasaio de frente pra voc achar que estou chegandoestou sempre perdido indo ao seu encontro assim a minha vida e o meu calendrioeu estou sempre indo ao seu encontrono preciso ir mais longe pra saberque estou sempre indo ao seu encontro.

11. o mutismoa corda da distnciatem tamanho infinitoinventemos poiso pe o leno de enxugarlgrimas antigasvou me pintardispostona costurade novas histriasmas comovidoem segredovivo de anotarno caderninho.

esquina parbolamame posso comeressa pipocano pode minha filha macumbamacumba no pode comere o guaran podeah me deixa.

de castigo na merendafelicidade o que tem dentrodas bolinhas de papele se arremessol vai elapela porta na carecado inspetorbrinca de pique apostacorrida numa perna squica sobe vira pipanos braos livres do cucai de algododas nuvense de sono nas penasdos travesseirosa felicidade muito maisdesconcertante que a dor.

seu paqueraas omoplatasso os seiosdas costasquando belasque vontadede tocarfalo issopara registraras suasque peitose a vontadede toc-los.

maqueteo dficit de atenoda sala passa correndov sopr, v sopro cdf diz cuidado jairoa feira de cincias amanhv sopr, v soprfffuuu meu soprode avio fffuuul se vai nosso dezem estudos sociaise agora jairoqual a moralda histriadiz a professoratudo na vida vira poeirinhafessora poeirinha em altomar meu pai que disse.

escorrego de chovoc no tem nadamas tem a brisaa brisa faaazcarinhotem futuropra ningummas tem a brisae a brisa faaazcarinhoo po tem 6 milanos mas o martem maisvoc s tema brisaem comum voce o mar s tma brisa.

malhar o judasvou polir meu pde latapra corridados mulequehoje temroda de tchacovoadora de ninjano peitopedrada pauladamarimbada no olhovou rasgartua carapra abrirteu coraoe pulartua carniapra vingarjesus.

picol de limopensando rpidoa vida desgraada o primeiro rdioganhei no bichomeu primeiro amorachei no lixoo primeiro tirolevei no bingomeu melhor amigoconheci na cadeiaa primeira ambioum palito premiado pensando lentoque graa.

rua da padariaEntrevista com a autora:

http://mcfaculdadeccaa.blogspot.com.br/2012/12/bruna-beber-literatura-contemporanea-em.htmlArtigo sobre a autora na Wikipdia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Bruna_BeberBlog da autora:

http://www.avoadinossauro.org/Primeiro blog da autora:

http://didimocolizemos.wordpress.com/Perfil da autora no Facebook:

https://www.facebook.com/bruna.beberEntrevista em vdeo com a autora:

http://www.youtube.com/watch?v=YyU72fehJwoTexto da autora em blog do Instituto Moreira Salles:

http://www.blogdoims.com.br/ims/muito-prazer-bruna-por-bruna-beber/Matria sobre a autora em O Globo:

http://www.noticiahoje.com.br/NoticiaImpresso.aspx?ID=13264676.124428.881496

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RostoCrditosDedicatriaSumrioEpgrafeo que di primeiromsica do parquea grande alegria dos homens de nmerosas avs e as tiasmolhar as plantasbicicleta cargueiraesquina circunfernciaromance em doze linhas1 o apagador2 o aougue3 a monga no circo4 a farmcia5 a violncia6 o veculo longo7 a senhorinha vaca8 o romantismo9 o tomate10 o peclio11 o mutismoesquina parbolade castigo na merendaseu paqueramaqueteescorrego de chomalhar o judaspicol de limoSaiba maisColofon