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ROTEIROS E CELEBRAÇÕES DA QUARESMA

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ROTEIROS E CELEBRAÇÕES DA QUARESMA

Edição Título: Roteiros e Celebrações da QuaresmaEditor: Vigararia da Evangelização, Doutrina da Fé e Catequese (EMRC / Catequese / Pastoral Juvenil / Liturgia) Diocese de Viana do CasteloAno: 2016 / 1ª edição

Contactos Paço EpiscopalAv. Paulo VI, 735 — Darque4935-058 VIANA DO CASTELO

www.diocesedeviana.pt

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✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

ROTEIRO DA QUARESMA: ABRIR A PORTA DA MISERICÓRDIA!

ÍNDICE DO ROTEIRO DA QUARESMA

Documentos Orientadores ................................................................................. 6Bula de Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia ............6Carta Pastoral "Sede misericordiosos" de D. Anacleto Oliveira ...............6

O Tempo da Quaresma… ...................................................................................... 8Abrir a Porta da Misericórdia ............................................................................. 10As obras de misericórdia ................................................................................... 10Liturgia, Catequese e Família..............................................................................12Perdão .......................................................................................................................13Objetivos ...................................................................................................................15Resumo .....................................................................................................................16

I Domingo da Quaresma ....................................................................................... 18II Domingo Da Quaresma ..................................................................................... 20III Domingo da Quaresma .................................................................................... 24IV Domingo da Quaresma ................................................................................... 26Missa da Aurora .......................................................................................................30Domingo de Ramos ............................................................................................... 34Vigília Pascal ............................................................................................................. 38

ÍNDICE GERAL

Roteiro da Quaresma: A Porta da Misericórdia! .............................................. 3Roteiro da Quaresma: Celebrações .................................................................43

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✤ ROTEIRO DA QUARESMA ✤

DOCUMENTOS ORIENTADORES

O Papa Francisco no passado dia 11 de Abril de 2015 pu-blicou a bula ‘Misericordiæ Vultus’ (Rosto de Misericór-dia) que é composta por 25 números e deseja que cada um viva a Misericórdia e se deixe surpreender por Deus.

CARTA PASTORAL "SEDE MISERICORDIOSOS" DE D. ANACLETO OLIVEIRA

Carta Pastoral aos Diocesanos de Viana do Castelo para a vivência do Ano Santo da Misericórdia e do segundo ano do projeto pastoral trienal sobre “A Família – Co-munidade de Vida e de Amor”.

BULA DE PROCLAMAÇÃO DO JUBILEU EXTRAORDINÁRIO DA MISERICÓRDIA

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✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

Como nos diz o Papa, precisamos sempre de contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz. É condição da nossa salvação. Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia: é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia: é a lei fundamen-tal que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado (Rosto da Misericórdia nº2).

Neste Ano Santo, poderemos fazer a experiência de abrir o coração àqueles que vivem nas mais variadas pe-riferias existenciais que, muitas vezes, o mundo contem-porâneo cria de forma dramática. Quantas situações de precariedade e sofrimento presentes no mundo atual! Quantas feridas gravadas na carne de muitos que já não têm voz, porque o seu grito foi esmorecendo e se apagou por causa da indiferença dos povos ricos. Neste Jubileu, a Igreja sentir-se-á chamada ainda mais a cuidar destas feridas, aliviá-las com o óleo da consolação, enfaixá-las com a misericórdia e tratá-las com a solidariedade e a atenção devidas. Não nos deixemos cair na indiferença que humilha, na habituação que anestesia o espírito e impede de descobrir a novidade, no cinismo que des-trói. Abramos os nossos olhos para ver as misérias do mundo, as feridas de tantos irmãos e irmãs, privados da própria dignidade e sintamo-nos desafiados a escutar o seu grito de ajuda. As nossas mãos apertem as suas mãos e estreitemo-los a nós para que sintam o calor da nossa presença, da amizade e da fraternidade. Que o seu grito se torne o nosso e, juntos, possamos romper a barreira de indiferença que frequentemente reina soberana para esconder a hipocrisia e o egoísmo (Rosto

da Misericórdia nº15).

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✤ ROTEIRO DA QUARESMA ✤

O TEMPO DA QUARESMA…

“A Quaresma deste Ano Jubilar seja vivida mais intensamen-te como um tempo forte para celebrar e experimentar a misericórdia de Deus. Quantas páginas da Sagrada Escri-tura se podem meditar, nas semanas da Quaresma, para redescobrir o rosto misericordioso do Pai! Com as palavras do profeta Miqueias, podemos também nós repetir: Vós, Senhor, sois um Deus que tira a iniquidade e perdoa o pe-cado, que não Se obstina na ira mas Se compraz em usar de misericórdia. Vós, Senhor, voltareis para nós e tereis compaixão do vosso povo. Apagareis as nossas iniquidades e lançareis ao fundo do mar todos os nossos pecados” (cf. 7, 18-19).

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✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

As páginas do profeta Isaías poderão ser meditadas, de forma mais concreta, neste tempo de oração, jejum e caridade. «O jejum que me agrada é este: libertar os que foram presos injustamente, livrá-los do jugo que levam às costas, pôr em liberdade os oprimidos, quebrar toda a es-pécie de opressão, repartir o teu pão com os esfomeados, dar abrigo aos infelizes sem casa, atender e vestir os nus e não desprezar o teu irmão. Então, a tua luz surgirá como a aurora, e as tuas feridas não tardarão a cicatrizar-se. A tua justiça irá à tua frente, e a glória do Senhor atrás de ti. Então invocarás o Senhor e Ele te atenderá, pedirás auxílio e te dirá: “Aqui estou!” Se retirares da tua vida toda a opressão, o gesto ameaçador e o falar ofensivo, se repartires o teu pão com o faminto e matares a fome ao pobre, a tua luz brilhará na escuridão, e as tuas trevas tornar-se-ão como o meio-dia. O Senhor te guiará constantemente, saciará a tua alma no árido deserto, dará vigor aos teus ossos. Serás como um jardim bem regado, como uma fonte de águas inesgotáveis » (58, 6-11)” (Rosto da Misericórdia nº17).

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✤ ROTEIRO DA QUARESMA ✤

ABRIR A PORTA DA MISERICÓRDIAAS OBRAS DE MISERICÓRDIA

A elaboração doutrinal de uma «lista» das obras de miseri-córdia, que hoje conhecemos como expressões da unidade profunda entre a fé e a caridade, longe de querer esgotar as possibilidades da misericórdia, deve ser acolhida como um desafio à criatividade crente no concreto da história, para que a caridade não seja apenas um gesto «bom», mas também «profético». Só desta forma se poderá dizer que na raiz das obras de misericórdia está presente o rosto do Deus misericordioso e a necessidade do ser humano: elas nascem da experiência do amor de Deus e cumprem o mandamento do amor ao próximo.

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✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

Diz o Papa Francisco:“É meu vivo desejo que o povo cristão reflita, durante

o Jubileu, sobre as obras de misericórdia corporal e espi-ritual. Será uma maneira de acordar a nossa consciência, muitas vezes adormecida perante o drama da pobreza, e de entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina. A pregação de Jesus apresenta-nos estas obras de misericórdia, para podermos perceber se vivemos ou não como seus discípulos. Redescubramos as obras de misericórdia corporal: dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos. E não esqueçamos as obras de misericórdia espiritual: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as pessoas molestas, rezar a Deus pelos vivos e defuntos.

Não podemos escapar às palavras do Senhor, com base nas quais seremos julgados: se damos de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede; se acolhemos o estrangeiro e vestimos quem está nu; se reservamos tempo para visitar quem está doente e preso (cf. Mt 25, 31-45)”.

Em cada semana seremos desafiados a encontrar em família e comunidade meios concretos e “de igual modo ser-nos-á perguntado se ajudamos a tirar da dúvida, que faz cair no medo e muitas vezes é fonte de solidão; se fomos capazes de vencer a ignorância em

que vivem milhões de pessoas, sobretudo as crianças desprovidas da ajuda necessária para se resgatarem da pobreza; se nos detivemos junto de quem está sozinho e aflito; se perdoamos a quem nos ofende e rejeitamos todas as formas de ressentimento e ódio que levam à violência; se tivemos paciência, a exemplo de Deus que é tão paciente connosco; enfim se, na oração, confiamos ao Senhor os nossos irmãos e irmãs. Em cada um destes «mais pequeninos», está presente o próprio Cristo.”

Vamos assim abrindo a porta para o encontro com o ressuscitado “A sua carne torna-se de novo visível como corpo martirizado, chagado, flagelado, desnu-trido, em fuga… a fim de ser reconhecido, tocado e assistido cuidadosamente por nós. Não esqueçamos as palavras de São João da Cruz: «Ao entardecer desta vida, examinar-nos-ão no amor» (Rosto da Misericórdia nº 15).

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✤ ROTEIRO DA QUARESMA ✤

LITURGIA, CATEQUESE E FAMÍLIA

As Obras de misericórdia vão orientar o nosso caminhar quaresmal refletindo domingo a domingo duas obras de misericórdia, uma corporal e uma espiritual, procurando que a vida em família e em comunidade possa, nessa semana, levar a uma vivência mais profunda de cada uma e promovendo a sua prática na nossa vida. Portanto, para ser capazes de misericórdia, devemos:

j "primeiro pôr-nos à escuta da Palavra de Deus. Isso significa recuperar o valor do silêncio, para meditar a Palavra que nos é dirigida. Deste modo, é possível contemplar a misericórdia de Deus e assumi-la como próprio estilo de vida" (Rosto da Misericórdia nº13).

j Viver e celebrar a quaresma nesta descoberta dos irmãos e do senhor ressusci-tado, rico de misericórdia.

j Viver a partilha de bens com os mais necessitados.

j O Contributo Penitencial pode ser feito em família, criando um mealheiro onde cada família, durante a Quaresma, é convidada a deixar o fruto das suas renúncias. Os mealheiros serão entregues no ofertório da Eucaristia de Quinta-feira Santa (missa do Lava-pés). As ofertas destinar-se-ão para o fim que a diocese e a igreja apontarem para o

contributo penitencial…

j Participação da família na Eucaristia dominical.

j Criar em casa, na catequese e na Igreja uma porta que abrirá por partes: de um lado as obras de misericórdia corporais do outro as espirituais.

j Colocar junto da porta um símbolo que partilhamos com os irmãos.

Via Sacra com as «Obras de Misericórdia» de António Sílvio Couto, Editor: Paulinas Editora

PERDÃO

“Que a palavra do perdão possa chegar a todos e o apelo para experimentar a mise-ricórdia não deixe ninguém indiferente. O meu convite à conversão dirige-se, com insistência ainda maior, àquelas pessoas que estão longe da graça de Deus pela sua conduta de vida” (Rosto da Misericórdia nº19).

Na Bíblia, a misericórdia não é apenas uma emoção, um sentimento perante o sofrimento do outro: ela nasce como ressonância aguda do sofrimento do outro dentro de mim mas, depois, torna-se ética, práxis e virtude.

Ser misericordiosos e viver a misericórdia concretiza-se no mandamento do amor apresentado por Jesus Cristo. Este amor só pode ser concreto e visível, efetivo e não simplesmente afetivo, operante e prático, e não só íntimo e inexpressivo.

Durante este tempo da quaresma é necessário criar condições para que o perdão aconteça, através:

j Exame de consciência tendo como orientação a vivência das Obras de mise-ricórdia.

j Celebração penitencial comunitária e reconciliação.

j Descobrir os sacramentos da unção e do perdão: promovendo dois encontros de catequese para adultos e a realização de duas celebrações em comunidade, Celebração Penitencial e Reconciliação e Unção dos Enfermos. “Deixou-nos, para isso, os sacramentos da Penitência e da Unção dos Enfermos, para nos libertarem, respetivamente, dos males do pecado, que afetam sobretudo a alma, e dos males da doença e de outras enfermidades que incidem sobretudo no corpo” (Carta Pastoral:

Sede misericordiosos 18).

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✤ ROTEIRO DA QUARESMA ✤

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✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

OBJETIVOS

Ajudar as famílias a viverem de forma plena a caminhada da Quaresma e viver a alegria do ressuscitado.

Passar a porta da misericórdia levando o ressuscitado aos irmãos que sofrem.

Contribuir para o fortalecimento do espírito de união e respeito da comunidade paroquial e escolar de um modo especial pelos doentes, idosos e pobres.

Trazer a oração e a vivência da Misericórdia à vida da família.

Ajudar os grupos de Catequese e dos alunos de EMRC na vivência comunitária mais profunda do ano da misericórdia, levando-os à partilha.

Aproveitar o tempo litúrgico mais intenso da Quaresma como tempo especial de misericórdia e perdão, a receber e a

praticar (Carta Pastoral: Sede misericordiosos 18).

Dotar, cada um de nós, da força e do amor necessários para em gestos concretos, irmos ao encontro de todos quantos, estando

perto de nós, vivem na periferia da nossa comunidade.

Levar às famílias a força da Palavra no dia-a-dia das pessoas, fazendo-as encontrar no Evangelho, Jesus rosto da misericórdia do Pai.

Ajudar as famílias a viverem a misericórdia entre si e “celebrar o sacramento da Reconciliação, para que o tempo de graça, concedido

neste Ano Jubilar, permita a tantos filhos afastados encontrar de novo o caminho para a casa paterna” (Rosto da Misericórdia nº18).

16

✤ ROTEIRO DA QUARESMA ✤

114 FE V E R E I RO

I D O M I N G O DA Q UA R E S M A

DA R D E CO M E R A Q U E M T E M FO M E

DA R B O M CO N S E LH O

22 1 FE V E R E I RO

I I D O M I N G O DA Q UA R E S M A

DA R D E B E B E R A Q U E M T E M S E D E

E N S I N A R O S I G N O R A N T E S

32 8 FE V E R E I RO

I I I D O M I N G O DA Q UA R E S M A

V E S TI R O S N U S

CO R R I G I R O S Q U E E R R A M

RESUMO

17

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

40 6 M A RÇO

I V D O M I N G O DA Q UA R E S M A

DA R P O U S A DA AO S P E R EG R I N O S

CO N S O L A R O S T R I S T E S

51 3 M A RÇO

V D O M I N G O DA Q UA R E S M A

A S S I S TI R O S D O E N T E S

P E R D OA R A S I NJ Ú R IA S

7

2 7 M A RÇOD O M I N G O D E PÁ S COA

S E P U LTA R O S M O R TO S

R E Z A R A D E U S P O R V IVO S E D E FU N TO S

6

1 9 M A RÇOD O M I N G O D E R A M O S

V I S ITA R O S P R E S O S

S U P O R TA R CO M PAC I Ê N C IA A S

FR AQ U E Z A S D O P R ÓX I M O

18

✤ ROTEIRO DA QUARESMA ✤

O R AÇ ÃO

Senhor guia os nossos passos pelo deserto quaresmal. É fácil perder o caminho e sucumbir à tentação de confiar apenas nas coisas, esquecendo as pessoas. Ensina--nos Senhor, nesta quaresma, a abrir as nossas mãos, a repartir com o faminto o pão de cada dia, bem como a palavra que acolhe e orienta… e os conduz à terra onde corre leite e mel.

Não nos deixes cair na tentação do orgulho que despreza e abandona os irmãos.

Porque somos Filhos de Deus, rezemos ao Senhor que nos dá o pão de cada dia e nos livra da tentação…

Pai-Nosso…

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo…

114 D E F E V E R EI R O

I D O M I N G O DA Q UA R E S M ADA R D E CO M E R A Q U E M T E M FO M E

DA R B O M CO N S E LH O

S Í M B O LO: A LI M E N TO S

PA L AV R A

“O Senhor… Conduziu-nos a este lugar e deu-nos esta terra, uma terra onde corre leite e mel”. (Deut 26,4-10).

“Nem só de pão vive o homem”. (Lc 4,1-13).

LC 4 , 1 -1 3

E VA N G E L H O D E N O S S O S E N H O R J E S U S

C R I S TO S EG U N D O S ÃO LU C A S

Naquele tempo, Jesus, cheio do Espírito Santo, retirou--Se das margens do Jordão. Durante quarenta dias, esteve no deserto, conduzido pelo Espírito e foi tentado pelo diabo. Nesses dias não comeu nada e, passado esse tempo, sentiu fome.

O diabo disse-lhe: «Se és Filho de Deus, manda a esta pedra que se transforme em pão».

Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem’».

O diabo levou-O a um lugar alto e mostrou-Lhe num instante todos os reinos da terra e disse-Lhe: «Eu Te darei todo este poder e a glória destes reinos, porque me foram confiados e os dou a quem eu quiser. Se Te prostrares diante de mim, tudo será teu».

Jesus respondeu-lhe:«Está escrito: ‘Ao Senhor teu Deus adorarás, só a

Ele prestarás culto’».Então o diabo levou-O a Jerusalém, colocou-O so-

bre o pináculo do Templo e disse-Lhe: «Se és Filho de Deus, atira-te daqui abaixo, porque está escrito: ‘Ele dará ordens aos seus Anjos a teu respeito, para que te guardem’; e ainda: ‘Na palma das mãos te levarão, para que não tropeces em alguma pedra’».

Jesus respondeu-lhe: «Está mandado: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’».

Então o diabo, tendo terminado toda a espécie de tentação, retirou-se da presença de Jesus, até certo tempo.

Palavra da Salvação.

19

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

ATIV I DA D E E M C A SA

j Identificar tudo o que torna pesado o nosso coração impedindo-nos de abrir a Porta da Luz que ilumina o nosso Coração: a Fé.

ATIV I DA D E N A I G R E JA

j Colocar o Pão como símbolo e abrir as portas das obras de misericórdia da semana.

ATIV I DA D E N A C AT EQ U E S E

j A catequese poderá, na sua sala, ter a porta onde, todas as semanas, escrevem as obras de misericórdia propostas.

j Apresentar a proposta da caminhada e lembrar que o símbolo (alimento) que escolherem em casa será trazido para ser partilhado.

ATIV I DA D E N A E S CO L A / E M RC

Na escola os alunos de EMRC com os seus professores constroem uma grande porta, aberta, para colocar na entrada da sua escola. Dentro dessa porta será convida-da, toda a comunidade educativa, a colocar os géneros alimentares que trouxerem para serem doados, dentro dos destinados a esta semana. Deve ser colocado num cesto junto à porta, em pequenos papéis, as obras de misericórdia alusivas a esta semana com uma breve reflexão sobre a mesma.

ATIT U D E E M FA M Í LIA

j Participação da família na Eucaristia dominical.

j Meditar a Palavra… Resistir à tentação da televisão… Jesus vence a tentação apoiando-se cada vez na Pala-vra de Deus.

Lucas sugere que Jesus recusou radicalmente um caminho de materialismo, de poder, de êxito fácil, pois o plano de Deus não passava pelo egoísmo, mas pela partilha… rever em família as nossas prioridades e reconhecer a graça de termos alimento… refletir sobre a partilha que podemos fazer.

ATIT U D E E M CO M U N I DA D E

j Abrir na porta as obras de misericórdia.

j De joelhos realizar um ato penitencial… reconhe-cendo o nosso egoísmo com os famintos… de pão e de um conselho:

Neste mundo de tantos ruídos, preocupações, de-silusões e vazios, em que nos encontramos, pedimos--te ajuda Senhor para, através da oração, jejum e penitência nos encontrarmos contigo e superarmos as tentações do medo, egoísmo e poder. Do ter, mais que o ser.

Converte, Senhor, o nosso coração, para que seja humilde e simples e saiba viver e entregar-se no amor e serviço aos irmãos.

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✤ ROTEIRO DA QUARESMA ✤

22 1 D E F E V ER EI R O

I I D O M I N G O DA Q UA R E S M ADA R D E B E B E R A Q U E M T E M S E D E

E N S I N A R O S I G N O R A N T E S

S Í M B O LO: ÁG UA

LC 9 , 2 8 - 3 8

E VA N G E L H O D E N O S S O S E N H O R J E S U S

C R I S TO S EG U N D O S ÃO LU C A S

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, João e Tiago e subiu ao monte, para orar. Enquanto orava, alterou-se o aspeto do seu rosto e as suas vestes ficaram de uma brancura refulgente. Dois homens falavam com Ele: eram Moisés e Elias, que, tendo aparecido em glória,falavam da morte de Jesus, que ia consumar-se em Jerusalém. Pedro e os companheiros estavam a cair de sono; mas, despertando, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com Ele.Quando estes se iam afastando, Pedro disse a Jesus:

«Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias». Não sabia o que estava a dizer. Enquanto assim falava, veio uma nuvem que os cobriu com a sua sombra; e eles ficaram cheios de medo, ao entrarem na nuvem.

Da nuvem saiu uma voz, que dizia: «Este é o meu Filho, o meu Eleito: escutai-O».

Quando a voz se fez ouvir, Jesus ficou sozinho. Os discípulos guardaram silêncio e, naqueles dias, a nin-guém contaram nada do que tinham visto.

Palavra da Salvação.

PA L AV R A

“Este é o meu Filho, o meu Eleito: escutai-O” (Lc 9,28b-36).

“Deus levou Abrão para fora de casa e disse-lhe: «Olha para o céu e conta as estrelas, se as puderes contar». E acrescentou: «Assim será a tua descendência». Abrão acreditou no Senhor” (Gen 15,5-12.17-18).

21

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

ATIT U D E E M FA M Í LIA

j Participação da família na Eucaristia dominical.

“A atividade de ensinamento (que não deve ser confun-dida com o primeiro anúncio destinado ao não-crente) é ainda mais necessária hoje, dada a situação de igno-rância acerca das coisas da fé partilhada pela maior parte dos próprios crentes praticantes, para não falar do analfabetismo em relação à fé das gerações mais jovens”. (Folha das Obras de Misericórdia).

j Meditar a primeira leitura e o evangelho deixando que Deus mate a nossa sede e nos instrua com o seu amor. ¶ Este diálogo mostra a necessidade de uma instrução para entrar no conhecimento da Escritura. De um modo mais geral, toda a vida de fé requer um ensinamento.

j Ler e partilhar a folha das Obras de misericórdia.

O R AÇ ÃO

Jesus rezou na montanha, unidos a ele rezemos também:

Aos que não se interessam senão pelas coisas deste mundo, fazei-os encontrar, Senhor, as coisas da fé e sabedoria capaz de nos ensinar que só vós sois Deus.

Senhor que a tua sabedoria dirija a minha vida, que a justiça guie as minhas ações para instruir os que vivem na ignorância.

Dá-me prudência no falar, paciência nas dificuldades e que a tua misericórdia me ensine a perdoar.

Senhor, ensina-me a compreender o encanto das pequenas coisas e a dignidade de toda a pessoa.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo…

22

✤ ROTEIRO DA QUARESMA ✤

ATO D E P R E S EN Ç A

Eis-me aqui, Senhor e meu Deus,Neste momento em que me convidas À intimidade Contigo,Num diálogo de Amor, sereno e comprometido.Venho para Te prestar adoração, honra e louvor.Comigo, trago toda a minha vida;Transporto na alma alegrias e tristezas,Sonhos e desânimos,Esperanças e desilusões.Trago tudo aquilo que sou e tudo aquilo que tenho,Numa disponibilidade muito grande Para te acolher, no mais íntimo do meu ser.Contigo, Senhor, quero serenar o meu espírito.Sossega o meu coraçãoAtribulado pelas canseiras,Agitado pela tentaçãoE enfraquecido pelos meus pecados.Contigo, Senhor,Quero encontrar o caminhoDo Bem e da Verdade.Liberta-me dos pensamentosMesquinhos e maldosos;Ilumina-me para que aprenda a ver-TE nos outros,Amando-Te neles,E com todos saiba ser testemunhaDo Teu amor infinito.Lá fora, Senhor,

ATO P E N IT E N C I A L

Perdoa-me, Senhor, pela minha incapacidade de viver em serviço desinteressado, atento e livre, para com todos aqueles que me procuram.

Faz-me Senhor, dar de beber a quem tem sede de amor, de paz e de esperança.

Perdoa-me, Senhor, pelo mau juízo e preconceitos, em relação àqueles que julgo conhecer. Faz-me ensinar os ignorantes, mais pelo testemunho da minha vida do que por meio de palavras vazias e orgulhosas.

Jesus, pega na nossa mão e concede-nos a graça de Contigo subirmos ao monte Tabor, para escutar a Pa-lavra e nos transformarmos em cristãos capazes de aceitar com disponibilidade e amor a Tua cruz, vendo nela o brilho e a esperança, como caminho de felici-dade e ressurreição. Ajuda-nos Senhor a deixar-nos transformar em Ti.

Senhor misericórdia…

* Promover, nesta semana, para toda a comu-nidade ou por grupos, momentos de adoração eucarística e fazer a experiência do Tabor, no seguimento do que o papa nos pede na iniciativa das 24 horas para o senhor…

2I I D O M I N G O DA Q UA R E S M A 2 1 D E F E V ER EI R O

C O N T I N UAÇ ÃO

S Í M B O LO: ÁG UA

ATIT U D E E M CO M U N I DA D E

23

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

ATIV I DA D E E M C A SA

j Oração em família: Colocar as obras de misericórdia e o símbolo da semana.

ATIV I DA D E N A I G R E JA

j Colocar a Água como símbolo e abrir as obras de misericórdia da semana.

ATIV I DA D E N A C AT EQ U E S E

j Apresentar a proposta da caminhada para esta se-mana e lembrar que o símbolo (bebida) que escolherem em casa será trazido para ser partilhado…

j Aprofundar o significado das duas Obras.

ATIV I DA D E N A E S CO L A / E M RC

j Os alunos de EMRC são convidados durante esta semana a colocarem dentro da porta construída para a 1ª semana o leite e a água para serem doados. O mesmo convite deve ser feito a toda a comunidade educativa. Devem ter disponíveis junto à porta, as obras de mise-ricórdia alusivas a esta semana em pequeninos papéis, com uma breve reflexão, curta, sobre as mesmas.

Há um mundo de homens e mulheres,Famintos de Amor e Verdade,Que precisam do meu testemunho Sério e corajoso.Há uma multidão de irmãosQue anseiam, lutam e sofremE muitos que desesperam…Há muitos que são vítimas da guerra, do ódio e da vingança…Há crianças, jovens e adultos que morrem pelo apego mesquinho à intolerância…Há muitos que sofrem por acreditarem em Ti…Lá fora, Senhor,Há um mundo Que eu tenho de ajudar a salvar.Por isso, Senhor,Fortalece-me no Teu Amor,Alimenta-me da Tua Sabedoria,Inunda-me da Tua Graça e da Tua Misericórdia.Amém!

24

✤ ROTEIRO DA QUARESMA ✤

32 8 D E F E V E R EI R O

I I I D O M I N G O DA Q UA R E S M AV E S TI R O S N U S

CO R R I G I R O S Q U E E R R A M

S Í M B O LO: RO U PA

O R AÇ ÃORefrão: O Senhor é clemente e cheio de compaixão.

Bendiz, ó minha alma, o Senhor e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.Bendiz, ó minha alma, o Senhore não esqueças nenhum dos seus benefícios.

Ele perdoa todos os teus pecadose cura as tuas enfermidades;salva da morte a tua vidae coroa-te de graça e misericórdia.

O Senhor faz justiçae defende o direito de todos os oprimidos.Revelou a Moisés os seus caminhose aos filhos de Israel os seus prodígios.

O Senhor é clemente e compassivo,paciente e cheio de bondade.Como a distância da terra aos céus,assim é grande a sua misericórdia para os que O temem.

Pai-Nosso…Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo…

PA L AV R A“Tira as sandálias dos pés, porque o lugar que pisas é terra sagrada. E acrescentou: Eu sou o Deus de teu pai, Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob»” (Ex 3,1-8a.13-15).

“Senhor, deixa-a ficar ainda este ano, que eu, entretanto, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe adubo. Talvez venha a dar frutos. Se não der, mandá-la-ás cortar no próximo ano” (Lc 13,1-9).

LC . 1 3 , 1 - 9E VA N G EL H O D E N O S S O S E N H O R J E S U S

C R I S TO S EG U N D O S ÃO LU C A SNaquele tempo, vieram contar a Jesus que Pilatos man-dara derramar o sangue de certos galileus, juntamente com o das vítimas que imolavam.

Jesus respondeu-lhes: «Julgais que, por terem so-frido tal castigo, esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus?

Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos do mesmo modo. E aqueles dezoito homens, que a torre de Siloé, ao cair, atingiu e matou? Julgais que eram mais culpados do que todos os ou-tros habitantes de Jerusalém? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos de modo semelhante.

Jesus disse então a seguinte parábola: «Certo ho-mem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi pro-curar os frutos que nela houvesse, mas não os encon-trou. Disse então ao vinhateiro: ‘Há três anos que venho procurar frutos nesta figueira e não os encontro. Deves cortá-la. Porque há-de estar ela a ocupar inutilmente a terra?’ Mas o vinhateiro respondeu-lhe: ‘Senhor, deixa-a ficar ainda este ano, que eu, entretanto, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe adubo. Talvez venha a dar frutos.Se não der, mandá-la-ás cortar no próximo ano».

Palavra da Salvação.

25

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

ATIV I DA D E E M C A SA

j Selecionar roupa para partilhar.

j Colocar as obras de misericórdia no espaço qua-resmal.

ATIV I DA D E N A I G R E JA

j Colocar alguma roupa como símbolo e abrir as obras de misericórdia da semana.

C AT EQ U E S E

j Recolha de roupa

j Aprofundar o significado das duas Obras.

E S CO L A / E M RC

j Nesta 3ª semana a comunidade educativa, através dos alunos de EMRC, será convidada a colocar dentro da porta roupa para oferecer.

j Junto à porta deve estar um pequeno cesto com pequenos papéis onde aquele que doa ou passa possa ler as obras de misericórdia desta semana com uma curta reflexão.

ATIT U D E E M FA M Í LIA

j Participação da família na Eucaristia dominical.

j Começar por, individualmente, "acordar a nossa consciência, muitas vezes adormecida perante o dra-ma da pobreza, e de entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina" (Rosto da Misericórdia nº15).

j Colocar Roupa como símbolo e abrir as obras de misericórdia da semana.

ATIT U D E E M CO M U N I DA D EATO P E N IT E N C I A L

Perdoai-me, Senhor, pela falta de atenção àqueles que me rodeiam, para que possa atendê-los na sua nudez mais profunda, percebendo os seus apelos sobretudo quando não são ouvidos.

Perdoai-me, Senhor, por estar sempre mais pronto a corrigir com arrogância, do que a educar e a consolar, com ternura!

CO N FI S S ÃO…

j Promover nesta semana para toda a comunidade um encontro, palestra ou tertúlia, para esclarecermos alguns assuntos da nossa fé: pode ser sobre os sacra-mentos de cura… a misericórdia do sacramento da Reconciliação preparando a vivência já da 4ª Semana.

26

✤ ROTEIRO DA QUARESMA ✤

40 6 D E M A R ÇO

I V D O M I N G O DA Q UA R E S M ADA R P O U SA DA AO S P E R EG R I N O S

CO N S O L A R O S T R I S T E S

S Í M B O LO: M ÃO S Q U E ACO LH E M E CO N S O L A M

Naquele tempo, os publicanos e os pecadores apro-ximavam-se todos de Jesus, para O ouvirem. Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles».Jesus disse-lhes então a seguinte parábola: «Um homem tinha dois filhos.

O mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me toca’.

O pai repartiu os bens pelos filhos. Alguns dias de-pois, o filho mais novo, juntando todos os seus haveres, partiu para um país distante e por lá esbanjou quanto possuía, numa vida dissoluta. Tendo gasto tudo, hou-ve uma grande fome naquela região e ele começou a passar privações. Entrou então ao serviço de um dos habitantes daquela terra, que o mandou para os seus campos guardar porcos. Bem desejava ele matar a fome com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Então, caindo em si, disse: ‘Quantos trabalhadores de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome!

Vou-me embora, vou ter com meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores’.

Pôs-se a caminho e foi ter com o pai. Ainda ele estava longe, quando o pai o viu: encheu-se de compaixão e correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos.

Disse-lhe o filho: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra

ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos servos: ‘Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha.

Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o.

Comamos e festejemos, porque este meu filho es-tava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reen-contrado’. E começou a festa.

Ora o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo.

O servo respondeu-lhe: ‘O teu irmão voltou e teu pai mandou matar o vitelo gordo, porque ele chegou são e salvo’. Ele ficou ressentido e não queria entrar. Então o pai veio cá fora instar com ele. Mas ele respondeu ao pai: ‘Há tantos anos que eu te sirvo, sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos. E agora, quando chegou esse teu filho, que consumiu os teus bens com mulheres de má vida, mataste-lhe o vitelo gordo’.

Disse-lhe o pai: ‘Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’».

Palavra da Salvação.

LC . 1 5 , 1 - 3 . 11 - 3 2E VA N G E L H O D E N O S S O S E N H O R J E S U S C R I S TO S EG U N D O S ÃO LU C A S

27

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

PA L AV R A

“Enaltecei comigo ao Senhore exaltemos juntos o seu nome.Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,salvou-o de todas as angústias.”Salmo 33 (34)

“Ainda ele estava longe, quando o pai o viu: encheu-se de compaixão e correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos.

Mas o pai disse aos servos: Trazei depressa a me-lhor túnica e vesti-lha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés.

Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e feste-jemos, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado.”Lc 15,1-3.11-32

ATIV I DA D E N A E S CO L A / E M RC

j Na 4ª semana os professores de EMRC e os seus alunos constroem uns grandes braços abertos que colocam do lado de dentro da Porta, de forma a que quem veja, do lado de fora, sinta que aqueles braços estão estendidos para o acolher.

ATIV I DA D E E M C A SA

j Colocar na porta as duas obras de misericórdia. Fazer exame de consciência e abrir o coração ao amor misericordioso de Deus.

ATIV I DA D E N A I G R E JA

j Pároco e agentes dos movimentos e catequese pre-param uma forma de acolhimento. Distribuir o exame de consciência.

j Colocar o símbolo, Mãos, e abrir as obras de mise-ricórdia da semana.

ATIV I DA D E N A C AT EQ U E S E

j Leitura e interpretação do Evangelho de Domingo, ajudando-os a compreender as atitudes do filho mais novo e do filho mais velho e a relação do amor mise-ricordioso do pai que nos precede sempre no amor.

j Aprofundar o significado das duas Obras.

j Ajudar a realizar durante a semana um verdadeiro exame de consciência.

28

✤ ROTEIRO DA QUARESMA ✤

OBRAS DE MISERICÓRDIA CORPORAIS

1. Dar de comer a quem tem fome- Perdoai-me, Senhor, pelas vezes em que fui insensível à fome e às necessidades, materiais ou espirituais, dos meus irmãos mais pobres! 2.Dar de beber a quem tem sede- Perdoai-me, Senhor, pela minha incapacidade de viver em serviço desinteressado, atento e livre, para com todos aqueles que me possam procurar!

3.Vestir os nus- Perdoai-me, Senhor, pela falta de atenção àqueles que me rodeiam, para que possa atendê-los na sua nudez mais profunda, percebendo os seus apelos, sobretudo quando não são ouvidos!

4.Dar pousada aos peregrinos- Perdoai-me, Senhor, pelas vezes em que fecho as portas do meu coração àqueles que colocais no meu caminho, como sinal da vossa presença!

5.Visitar os doentes- Perdoai-me, Senhor, porque nem sempre o meu co-ração está disponível para vos acolher, deixando-me compadecer com as dores dos outros!

6.Visitar os presos- Perdoai-me, Senhor, por nem sempre compreender as limitações de quem sofre, pela sua má conduta pessoal, familiar ou social!

7.Dar sepultura aos mortos- Senhor Jesus, perdoai-me, porque nem sempre acei-to, de boa vontade, a morte dos meus amigos, e nem sempre me mostro capaz de consolar quem sofre no seu luto!

OBRAS DE MISERICÓRDIA ESPIRITUAIS

1.Dar bom conselho- Perdoai-me, Senhor, pelas palavras vãs, superficiais, inúteis e irrefletidas, com que influenciei a conduta dos mais fracos!

2.Ensinai os ignorantes- Perdoai-me, Senhor, pelo mau juízo e preconceitos, em relação àqueles que julgo conhecer!

3.Corrigir os que erram- Perdoai-me, Senhor, por estar sempre mais pronto a corrigir com arrogância, do que a educar e a consolar, com ternura!

4.Consolar os tristes- Perdoai-me, Senhor, pelo meu olhar desatento aos sinais de tristeza, que surgem à minha volta!

5.Perdoar as injúrias- Perdoai-me, Senhor, pela forte indignação que sinto em relação a quem me ofende, em vez de manifestar por ele uma grande compaixão!

6.Sofrer com paciência as fraquezas do próximo- Perdoai a minha incapacidade de acolher a fraqueza do irmão, e de me precipitar na difamação e no co-mentário inútil!

7.Rogar a Deus por vivos e defuntos- Perdoai-me, Senhor, por julgar mal a vossa misericórdia, desconfiando do vosso perdão, em relação aos que partiram antes de mim!

Acto de Contrição: Meu Deus, porque sois tão Bom, tenho muita pena de Vos ter ofendido. Ajudai-me a não tornar a pecar!

O R AÇ ÃOE X A M E D E CO N S C I ÊN C I A

29

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

ATIT U D E E M FA M Í LIA

j Participação da família na Eucaristia dominical

j Durante a semana, procurar ter gestos de ternura entre nós: um beijo, um abraço, um carinho. Ser carinhoso no diálogo e não ter medo de nos aproximarmos dos que amamos. Descobrir e acolhê-los de forma especial ao chegar da escola ou do trabalho…

nos oprime e entristece! Mas, faz-nos bem confessar os pecados, sobretudo para mais os encararmos de frente, assumirmos mais convictamente a culpa e nos abrirmos mais intensamente a Deus e à comunhão da Igreja. Quantas palavras, ditas com sinceridade, refor-çam os sentimentos! Faz-nos bem, finalmente, para que possa ser mais personalizada a palavra de acolhimento e conforto, de discernimento e correção, de orientação e incentivo que recebemos do sacerdote, como “sinal e instrumento do amor misericordioso de Deus para com o pecador”. Carta Pastoral: Sede misericordiosos 22.

“Há muitas pessoas – e, em grande número, jovens – que estão a aproximar-se do sacramento da Reconciliação e que frequentemente, nesta experiência, reencontram o caminho para voltar ao Senhor, viver um momento de intensa oração e redescobrir o sentido da sua vida. Com convicção, ponhamos novamente no centro o sacramento da Reconciliação, porque permite tocar sensivelmente a grandeza da misericórdia. Será, para cada penitente, fonte de verdadeira paz interior”. Rosto

da Misericórdia nº 17.

Perdoai-me, Senhor, pelas vezes em que fecho as portas do meu coração àqueles que colocais no meu caminho, como sinal da vossa presença!

Perdoai-me, Senhor, pelo meu olhar desatento aos sinais de tristeza, que surgem à minha volta! Faz-me, aliviar a dor e o sofrimento dos outros, sobretudo dos mais tristes, sós e marginalizados!

Perdão senhor, Perdão…

j Acolher é dar tempo e escutar o outro, e, escutan-do-o, escavamos em nós um espaço interior para ele…

j Neste domingo vamos, antes da celebração Domi-nical, acolher os irmãos.

j Num dos dias da semana preparar uma celebração penitencial comunitária. E Reconciliação…

“Mais do que um dever, é uma necessidade. Faz-nos bem, como diz o Papa Francisco, “até do ponto de vista humano, para desabafar.” Quantas vezes já nos senti-mos aliviados, pelo simples facto de falarmos do que

ATIT U D E E M CO M U N I DA D EATO P E N IT E N C I A L

30

✤ ROTEIRO DA QUARESMA ✤

51 3 D E M A R ÇO

M I S S A DA AU R O R AA S S I S TI R O S D O E N T E SP E R D OA R A S I NJ Ú R IA S

S Í M B O LO: CO R AÇ ÃO D E U M D O E N T E

PA L AV R A

“Eis o que diz o Senhor: «Não vos lembreis mais dos acontecimentos passados, não presteis atenção às coisas antigas. Olhai: vou realizar uma coisa nova, que já começa a aparecer; não a vedes? Vou abrir um caminho no deserto, fazer brotar rios na terra árida” (Is 43,16-21). “Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra… Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou? Ela respondeu: Ninguém, Senhor. Disse então Jesus: Nem Eu te condeno. Vai e não tornes a pecar” (Jo 8,1-11).

J O. 8 , 1 -11

E VA N G E L H O D E N O S S O S E N H O R J E S U S C R I S TO S EG U N D O S ÃO J OÃO

Naquele tempo, Jesus foi para o Monte das Oliveiras.Mas de manhã cedo, apareceu outra vez no templo, e todo o povo se aproximou d’Ele. Então sentou-Se e começou a ensinar. Os escribas e os fariseus apresentaram a Jesus uma mulher surpreendida em adultério, colocaram-na no meio dos presentes e disseram a Jesus: «Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Na Lei, Moisés mandou-nos apedrejar tais mulheres. Tu que dizes?». Falavam assim para Lhe armarem uma cilada e terem pretexto para O acusar.

Mas Jesus inclinou-Se e começou a escrever com o dedo no chão. Como persistiam em interrogá-l’O, ergueu-Se e disse-lhes: «Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra».

Inclinou-Se novamente e continuou a escrever no chão. Eles, porém, quando ouviram tais palavras, foram saindo um após outro, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher, que estava no meio.

Jesus ergueu-Se e disse-lhe: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?». Ela respondeu: «Nin-guém, Senhor». Disse então Jesus: «Nem Eu te condeno. Vai e não tornes a pecar».

Palavra da Salvação.

31

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

Oração pelos Doentes

Ó meu Deus, aqui está este doente diante de Vós. Ele veio pedir-Vos o que deseja e que considera como a coisa mais importante para si. Vós, ó meu Deus, fazei penetrar em seu coração estas palavras: O importante é a saúde da alma! Ó Senhor, que se cumpra nele a vossa vontade completamente e, se desejais que se cure, seja-lhe concedida a saúde; mas sendo outra a Vossa vontade, que ele saiba carregar a cruz. Peço-Vos também por nós, que intercedemos por ele; purificai os nossos corações para que nos tornemos dignos de transmitir a vossa santa misericórdia. Protegei-o e aliviai a sua dor, que nele seja feita a Vossa vontade; que, através dele, seja revelado o vosso Santo Nome. Ajudai-o a carregar a sua cruz com coragem. Ámen.

Rezemos por todos aqueles que estão ao serviço dos doentes e atribulados, para que vivam anima-dos pelo espírito de Maria, Mãe da Misericórdia. «A doçura do seu olhar nos acompanhe neste Ano Santo, para podermos todos nós redescobrir a alegria da ternura de Deus» e levá-la impressa nos nossos corações e nos nossos gestos. Confiamos à intercessão da Virgem as ânsias e tribulações, junta-mente com as alegrias e consolações, dirigindo-Lhe a nossa oração para que Ela pouse sobre nós o seu olhar misericordioso, especialmente nos momentos de sofrimento, e nos torne dignos de contemplar, hoje e para sempre, o rosto da misericórdia que é o seu Filho Jesus.

Salvé Rainha…Pai Nosso…Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo…

O R AÇ ÃO

32

✤ ROTEIRO DA QUARESMA ✤

ATIT U D E E M FA M Í LIA

j Participação da família na Eucaristia dominical

“A doença, sobretudo se grave, põe sempre em crise a existência humana e suscita questões que nos atingem profundamente. Por vezes, o primeiro momento pode ser de rebelião: Porque havia de acontecer precisamente a mim? Podemos sentir-nos desesperados, pensar que tudo está perdido, que já nada tem sentido…

Nestas situações, a fé em Deus se, por um lado, é posta à prova, por outro, revela toda a sua força positiva; e não porque faça desaparecer a doença, a tribulação ou os interrogativos que daí derivam, mas porque nos dá uma chave para podermos descobrir o sentido mais profundo daquilo que estamos a viver; uma chave que nos ajuda a ver como a doença pode ser o caminho para chegar a uma proximidade mais estreita com Jesus, que caminha ao nosso lado, carregando a Cruz. E esta chave é-nos entregue pela Mãe, Maria, perita deste caminho”

(Mensagem do Papa Para o dia Mundial do Doente 2016).

j Refletir sobre a atenção que damos aos doentes e escolher um familiar, vizinho ou amigo para visitar em família.

j Colocar a foto de uma pessoa doente no canto qua-resmal e rezarmos por ela.

j Refletir como reagimos às injúrias e o que fazemos para perdoar…

j Meditar o evangelho…

ATIT U D E E M CO M U N I DA D E

ATO P EN IT EN C I A L

Perdoa-me, Senhor, porque nem sempre o meu cora-ção está disponível para Te acolher, compadecendo--se com as dores dos outros.

Senhor, vem fortalecer a minha vontade para que seja capaz de passar das boas intenções para o compro-misso de ajudar os doentes.

Perdoa-me, Senhor, pela forte indignação que sinto em relação a quem me ofende, em vez de manifestar por eles uma grande compaixão!

Faz de mim, Senhor, um sinal verdadeiro de perdão e fraternidade à imagem de Jesus no evangelho.

j Promover nesta semana para toda a comunidade um encontro, palestra ou tertúlia, para esclarecermos alguns assuntos da nossa fé: pode ser sobre os sacra-mentos da cura… a misericórdia do sacramento da Un-ção dos Enfermos.

j Celebração da unção mediante a proposta dioce-sana.

51 3 D E M A R ÇO

C O N T I N UAÇ ÃO

33

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

ATIV I DA D E E M C A S A

j Colocar na porta as duas obras de misericórdia.

j Foto de um doente ou rezar com o doente que po-derá habitar a nossa casa…

ATIV I DA D E N A I G R E JA

j Convidar, durante a semana anterior, as pessoas a darem nomes dos doentes por quem queremos rezar nas eucaristias do domingo substituindo as intenções dos defuntos. Também poderemos usar fotos ou ima-gens dos doentes junto a porta da misericórdia.

j Abrir as obras de misericórdia.

ATIV I DA D E N A C AT EQ U E S E

j Visita aos doentes da paróquia levando alegria e conforto.

j Visita a um lar de idosos ou instituição da paróquia, Conferência vicentina Cáritas ou outra levando os frutos da partilha quaresmal.

j Aprofundar o significado das duas Obras.

ATIV I DA D E N A E S CO L A / E M RC

Os alunos de EMRC serão convidados a trazer nesta semana fotografias de familiares doentes ou de pessoas conhecidas e as colocarem dentro da porta, onde estará um placard para essa afixação. Poderão ser organizadas algumas visitas a doentes.

34

✤ ROTEIRO DA QUARESMA ✤

6 1 9 D E M A R ÇO

D O M I N G O D E R A M O SV I S ITA R O S P R E S O S

S U P O R TA R CO M PAC I Ê N C IA A S FR AQ U E Z A S D O N O S S O P RÓX I M O

S Í M B O LO: C R UZ E U M R A M O D E O LIV E I R A

(…)Levavam ainda dois malfeitores para serem execu-tados com Jesus. Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, crucificaram-n’O a Ele e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.

Jesus dizia: «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem». Depois deitaram sortes, para repartirem entre si as vestes de Jesus. O povo permanecia ali a observar. Por sua vez, os chefes zombavam e diziam: «Salvou os outros: salve-Se a Si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito». Também os soldados troçavam d’Ele; aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam: «Se és o Rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo». Por cima d’Ele havia um letreiro: «Este é o rei dos judeus».

Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-O, dizendo: «Não és Tu o Mes-sias? Salva-Te a Ti mesmo e a nós também». Mas o

outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Não temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo das nossas más ações. Mas Ele nada praticou de condenável». «Jesus, lembra-Te de mim, quando vieres com a tua realeza». Jesus respondeu-lhe: «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso».

Era já quase meio-dia, quando as trevas cobriram toda a terra, até às três horas da tarde, porque o sol se tinha eclipsado. O véu do templo rasgou-se ao meio. E Jesus exclamou com voz forte: «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito».

Dito isto, expirou. Vendo o que sucedera, o centurião deu glória a Deus,

dizendo: «Realmente este homem era justo».Palavra da Salvação.

LC . 2 3 , 3 2 - 47

E VA N G E L H O D E N O S S O S E N H O R J E S U S C R I S TO S EG U N D O S ÃO LU C A S

35

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

PA L AV R A

“O Senhor Deus abriu-me os ouvidos e eu não resisti nem recuei um passo. Apresentei as costas àqueles que me batiam e a face aos que me arrancavam a barba; não desviei o meu rosto dos que me insultavam e cuspiam.Mas o senhor Deus veio em meu auxílio, e por isso não fiquei envergonhado” (Is 50,4-7).

“Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, crucifi-caram-n’O a Ele e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. ¶ Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 22,14-23,56).

“Ainda ele estava longe, quando o pai o viu: encheu-se de compaixão e correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos.

Mas o pai disse aos servos: Trazei depressa a me-lhor túnica e vesti-lha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés.

Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e feste-jemos, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado” (Lc 15,1-3.11-32).

36

✤ ROTEIRO DA QUARESMA ✤

6 1 9 D E M A R ÇO

C O N T I N UAÇ ÃO

Meditar:No final da cena do Getsémani Jesus diz aos três dis-cípulos que o acompanham: Chegou a hora: o Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores. Levantai-vos. Vamos. Já se aproxima aquele que me vai entregar (Mc 14, 41-42). São palavras que nos mos-tram o sentido profundo do que está e vai continuar a acontecer.

Mostram-nos, antes de mais, uma mudança radical no estado de espírito de Jesus. Ele, que no início sentia pavor e angústia, uma tristeza de morte, agravada pela sonolência e a apatia dos três acompanhantes, volta-se agora para eles com dois imperativos que impressionam pela energia e coragem que revelam. Na origem só pode estar a intensa oração com que acaba de se entregar ao Pai, para que se cumpra plenamente a sua vontade. É esse o seu alimento: fazer a vontade d’Aquele que me enviou e consumar a sua obra (Jo 4, 34), que o mesmo é dizer, o seu amor (13, 1): o amor em que o Pai nem sequer

poupou o seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós (Rm 8, 32); o amor que levou o Filho a exclamar na cruz, imediatamente antes de lhe entregar o espírito: tudo está consumado (19, 30).

Nas palavras finais de Jesus no Getsémani podemos ver ainda como esse amor é cheio de misericórdia: é a pecadores que Ele vai ser entregue, é do pecado que vai ser vítima – do pecado de Judas, de Pedro e dos restantes discípulos, dos chefes religiosos e de Pilatos, dos soldados e do povo em geral; do pecado da traição, da negação e da fuga cobarde, do desprezo e da injustiça, do ódio e do homicídio; dos pecados de toda a humanidade. E veja-se como Ele reage: insultado, não pagava com injúrias; maltratado, não respondia com ameaças; mas entregava-se Àquele que julga com justiça. E com que finalidade o faz: suportou os nossos pecados no seu Corpo (…), a fim de que, mortos para o pecado, vivamos para a justiça (1 Ped 2, 23-24)”. Carta Pastoral:

Sede misericordiosos nº 14.

O R AÇ ÃO

37

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

ATIV I DA D E E M C A SA

j Colocar na porta as duas obras de misericórdia.

j Meditar as obras de misericórdia. Se tivermos al-guém conhecido na prisão ou conhecermos quem tem pessoas na prisão porque não visitá-los procurando tirá-los da solidão.

j Rezar pelos presos:Perdoa-me, Senhor, por nem sempre compreender as limitações de quem sofre, pela sua má conduta pes-soal, familiar ou social. Torna-me, Senhor, prisioneiro do Teu amor, com uma presença desprendida junto de quem mais precisa, quando está preso a tantas cadeias físicas, psicológicas e morais.

ATIV I DA D E N A C AT EQ U E S E

j Colocar as obras de misericórdia e meditá-las.

j Distribuir um pequeno círio ou uma vela a cada um para ser usada na vigília pascal.

j Quem tiver possibilidade, poderá organizar uma visita à cadeia.

ATIV I DA D E N A E S CO L A / E M RC

j Por ser Domingo não se propõe atividades.

ATIT U D E E M FA M Í LIA

j Participação da família na Eucaristia dominical.

j Avaliar como vivemos as fraquezas, uns dos outros, em família e rezarmos:

Perdoa, Senhor, a minha incapacidade de acolher a fraqueza do irmão, e de me precipitar na difamação e no comentário inútil! Torna-me, Senhor, capaz de saber perdoar como Jesus na Cruz, sobretudo a quem me possa ter ofendido.

ATIT U D E E M CO M U N I DA D E

j Celebrar a via-sacra da Misericórdia em família ou em comunidade

j Vivência do Tríduo pascal participando nas cele-brações.

ATIV I DA D E N A I G R E JA

j Procissão de ramos.

j Colocar as duas obras de misericórdia.

j Preparar, junto à porta, a cruz para a Semana Santa.

38

✤ ROTEIRO DA QUARESMA ✤

72 7 D E M A R ÇO

V I G Í L I A PA S C A LS E P U LTA R O S M O R TO S

R E Z A R A D E U S P O R V IVO S E D E FU N TO S

S Í M B O LO: I M AG E M D O R E S S U S C ITA D O

PA L AV R A

“Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra. Por-que vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a vossa vida, Se manifestar, também vós vos haveis de manifestar com Ele na glória”. Col 3,1-4.

“Chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte. Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou. Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segun-do a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos”. Jo 20, 1-9.

Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. Lc 22,14-23,56.

“Ainda ele estava longe, quando o pai o viu: encheu-se de compaixão e correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos.

Mas o pai disse aos servos: Trazei depressa a me-lhor túnica e vesti-lha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés.

Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e feste-jemos, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado”. Lc 15,1-3.11-32.

J O. 2 0 , 1 - 9

E VA N G E L H O D E N O S S O S E N H O R J E S U S C R I S TO S EG U N D O S ÃO J OÃO

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o discípulo predileto de Jesus e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram».

Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou.

Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira.

Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte. Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou.

Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.

Palavra da Salvação.

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✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

O R AÇ ÃO

j Oração da Pagela Pascal da diocese…

ATIT U D E E M FA M Í LIA

j Participação da família na Vigília Pascal.

“No Novo Tes¬tamento, os evangelhos dão particular destaque à sepultura de Jesus. Sem dúvida que a se-pultura de Jesus Cristo faz parte do anúncio que a fé da Igreja proclamou e transmitiu de geração em geração, a partir de Paulo, pelo que já era uma mensagem tradi-cional: «Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras» (1Coríntios 15,3-4). Este facto explica a importância da sepultura em todo o cristianismo”. Folha das Obras de Misericórdia.

Senhor, porque nem sempre aceito, de boa vontade, a morte dos meus, e nem sempre me mostro capaz de consolar quem sofre no seu luto! Ajuda-me a levar-lhes a alegria da ressurreição. Manifestai, Senhor, todo o poder do amor e da vossa misericórdia, em cada um de nós, que acreditamos que Vós sois a Ressurreição e a vida eterna daqueles que partem.

ATIT U D E E M CO M U N I DA D E

Pelo Batismo somos incorporados em Cristo…

“A fé na ressurreição é o resultado radical da aliança que Deus faz com os humanos e que fala de um amor divino que «vale mais do que a vida» (Salmo 63, 4) e impele-nos para além da vida. A comunhão experimentada em vida não é desfeita pela morte, porque o crente encontra a sua vida «em Cristo»: aqueles que vivem os seus dias em Cristo ficam, portanto, em comunhão com aqueles que «morreram em Cristo» e entre eles estabelece-se uma misteriosa comunhão que também torna possível uma comunicação (cf. Apocalipse 7, 13-17). Aliás, o Batismo, que incorpora o indivíduo crente no acontecimento pascal e cria a comunhão daqueles que, na história, formam o Corpo de Cristo, representa uma morte simbólica para viver em Cristo, e infunde a convicção de que a morte física não quebra a ligação do crente que, em Cristo, está unido à comunidade de fé”. Folha das Obras de Misericórdia.

j Acolher a vida do Ressuscitado… Nele a misericórdia e a abundância da Redenção!

j Celebração do Dia de Páscoa e participação no anúncio do Ressuscitado (Visita Pascal).

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✤ ROTEIRO DA QUARESMA ✤

ATIV I DA D E E M C A S A

j Colocar na porta as duas obras de misericórdia.

j Meditar as obras de misericórdia. Como encara-mos a morte e como olhamos a morte à luz da fé na ressurreição…

Rezar a sequência do domingo pascal:

Vítima pascalofereçam os cristãossacrifícios de louvor.

O Cordeiro resgatou as ovelhas:Cristo, o Inocente,reconciliou com o Pai os pecadores.

A morte e a vidatravaram um admirável combate:Depois de morto,vive e reina o Autor da vida.

Diz-nos, Maria:Que viste no caminho?

Vi o sepulcro de Cristo vivoe a glória do Ressuscitado.Vi as testemunhas dos Anjos,vi o sudário e a mortalha.

Ressuscitou Cristo, minha esperança:precederá os seus discípulos na Galileia.

Sabemos e acreditamos:Cristo ressuscitou dos mortos.Ó Rei vitorioso,tende piedade de nós.

ATIV I DA D E N A I G R E JA

j Pároco e agentes dos movimentos e catequese pre-param uma forma de acolhimento. Distribuir o exame de consciência.

j Colocar o símbolo, Mãos, e abrir as obras de mise-ricórdia da semana.

j Vigília Pascal

ATIV I DA D E N A C AT EQ U E S E

j Participar na vigília Pascal - Acender a vela no círio Pascal

j Ressuscitados em Cristo!

j Festa da Vida 8º Ano

ATIV I DA D E N A E S CO L A / E M RC

j Não se propõem atividades, uma vez, que os alunos se encontram em período de férias e fora do espaço da escola.

72 7 D E M A R ÇO

C O N T I N UAÇ ÃO

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✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

ROTEIRO DA QUARESMA:CELEBRAÇÕES

ROTEIRO DA QUARESMA

CELEBRAÇÃO PENITENCIAL

P. 46

CELEBRAÇÃO DA UNÇÃO DOS

ENFERMOSP. 66

✤ ROTEIRO DO ADVENTO: CELEBRAÇÕES ✤

46

ROTEIRO DA QUARESMA

Índice

RITOS INICIAIS ................................................. 48

LITURGIA DA PALAVRA ...................................... 49

F Homilia / Exame de consciência ....................... 52

F Obras de Misericórdia corporais ....................... 53

F Obras de Misericórdia espirituais ...................... 56

RITO DA RECONCILIAÇÃO .................................. 59

F Confissão geral dos pecados ............................. 59

F Oração de conclusão da acção de graças ............. 62

F Bênção final e despedida ................................. 63

CELEBRAÇÃO PENITENCIAL

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

47

CÂNTICO DE ENTRADA(quaresmal / penitencial)

É preciso renascer,É preciso renascer,Deixar ódios, violências!É preciso renascer.

Convertei-vos e acreditai,Eis a nova que venho dar-vos;Amai todos sem distinçãoPorque todos somos irmãos.Aceitai, aceitai,Aceitai o reino de Deus.É preciso renascer,É preciso renascer,Deixar ódios, violências!É preciso renascer.

Tudo quanto vos ensineiÉ que ameis os vossos irmãos.Sereis dignos do meu amorSe fizerdes o que vos mando.Aceitai, aceitai,Aceitai o reino de Deus.

NOTA: Esta celebração foi preparada para poder ser feita em qualquer Paróquia. Os textos bíblicos e as orações foram recolhidas e adaptadas a partir do Ritual da Penitência e dos modelos de celebrações penitenciais para a Quaresma. A escolha do tema tem a ver com a dinâmica das Obras de Misericórdia. Os textos de meditação para o exame de consciência foram recolhidos, reordenados e adaptados, a partir da “Via Sacra com as obras de misericórdia”, do P. A. Sílvio Couto, Ed. Paulinas, Prior Velho 2007.

✤ ROTEIRO DO ADVENTO: CELEBRAÇÕES ✤

48

RITOS INICIAIS

Presidente: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo

Todos: Amen.

Presidente: A A graça, a misericórdia e a paz de Deus, nosso Pai e de Jesus Cristo, nosso Salvador, estejam convosco.

Todos: Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

Monição: Irmãos e irmãs: Vivemos este tempo de Quaresma, contemplando a Paixão de Cristo, que sempre nos move e nos comove, para a compaixão com o próximo. Esta compaixão manifesta-se, não como uma simples pena ou lamento por quem sofre, mas sobretudo como amor capaz de sofrer com quem sofre. No final da nossa vida, seremos julgados por este amor em ato, pelas obras de misericórdia, que tivermos praticado ou não! Jesus olha para nós e diz-nos: «sempre que o fizeste a um dos meus irmãos a mim o fizestes», sempre que o deixastes de fazer a um dos meus irmãos a mim o deixaste de fazer»! (cf. Mt.25,39-40).

Esta celebração vai preparar-nos para que, ao recordarmos a graça do Baptismo, ela nos alcance a renovação da vida com Cristo por meio da libertação dos pecados. Oremos, para que, pela penitência, voltemos de novo à graça do Baptismo, nós que, pelos nossos pecados, a esquecemos. Com humildade, ajoelhemos e rezemos ao Senhor.

ORAÇÃO

Presidente: Deus, Pai de misericórdia e fonte de toda a bondade, que nos fizestes encontrar no jejum, na oração e no amor fraterno os remédios do pecado, olhai benigno para a confissão da nossa humildade, de modo que, abatidos pela consciência do pecado, sejamos confortados pela vossa misericórdia.Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na uni-dade do Espírito Santo.Todos: Amén.

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

49

LITURGIA DA PALAVRA

LEITURA DO LIVRO DE ISAÍAS ( IS 58, 1-11)

Se deres do teu pão ao faminto e matares a fome ao indigente,brilhará na escuridão a tua luz e a tua noite será como o meio-dia.

Eis o que diz o Senhor Deus: «Clama em altos brados sem cessar, ergue a tua voz como trombeta. Faz ver ao meu povo as suas faltas e à casa de Jacob os seus pecados. Todos os dias Me procuram e

desejam conhecer os meus caminhos, como se fosse um povo que pratica a justiça, sem nunca ter abandonado a lei do seu Deus. Pedem-Me sentenças justas, querem que Deus esteja perto de si e exclamam: ‘De que nos serve jejuar, se não Vos importais com isso? De que nos serve fazer penitência, se não prestais atenção?’ Porque nos dias de jejum correis para os vossos negócios e oprimis todos os vossos servos. Jejuais, sim, mas no meio de contendas e discussões e dando punhadas sem piedade. Não são jejuns como os que fazeis agora que farão ouvir no alto a vossa voz. Será este o jejum que Me agrada no dia em que o homem se mortifica? Curvar a cabeça como um junco, deitar-se sobre saco e cinza: é a isto que chamais jejum e dia agradável ao Senhor? O jejum que Me agrada não será antes este: quebrar as cadeias injustas, desatar os laços da servidão, pôr em liberdade os oprimidos, destruir todos os jugos? Não será repartir o teu pão com o faminto, dar pousada aos pobres sem abrigo, levar roupa aos que não têm que vestir e não voltar as costas ao teu semelhante? Então a tua luz despontará como a aurora e as tuas feridas não tardarão a sarar. Preceder-te-á a tua justiça e seguir-te-á a glória do Senhor. Então, se chamares, o Senhor responderá; se O invocares, dir-te-á: ‘Estou aqui?». Eis o que diz o Senhor: «Se tirares do meio de ti toda a opressão, os ges-tos de ameaça e as palavras ofensivas, se deres do teu pão ao faminto e matares a fome ao indigente, brilhará na escuridão a tua luz e a tua noite será como o meio-dia. O Senhor será sempre o teu guia e saciará a tua alma nos lugares desertos».Palavra do Senhor.

Todos: Graças a Deus.

✤ ROTEIRO DO ADVENTO: CELEBRAÇÕES ✤

50

S A L M O R E S P ON S OR I A L SALMO 24 (25) , 7. 8-9.10-11. 16 E 18

Refrão:Ensinai-me Senhor os Vossos caminhos.Fazei-me Senhor conhecer os Vossos Caminhos, ensinai-me o Vosso rumo. Dirigi-me na Vossa verdade; Vós sois o meu Deus e Salvador.

Não recordeis, Senhor, as minhas faltase os pecados da minha juventude.Lembrai-Vos de mim segundo a vossa clemência,por causa da vossa bondade, Senhor.

O Senhor é bom e recto:ensina o caminho aos pecadores.Orienta os humildes na justiçae dá-lhes a conhecer os seus caminhos.

Todos os caminhos do Senhor são misericórdia e fidelidadepara os que guardam a sua aliança e os seus preceitos.Por amor do vosso nome, Senhor,perdoai o meu pecado, por maior que seja.

Olhai para mim e tende compaixão,porque estou só e desprotegido.Vede a minha miséria e o meu tormentoe perdoai todos os meus pecados.

LEITURA DA EPÍSTOLA DE SÃO TIAGO (TG 2, 14-26)

De que serve a alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Irmãos: De que serve a alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Poderá essa fé obter-lhe a salvação? Se um irmão ou uma irmã

não tiverem que vestire lhes faltar o alimento de cada dia, e um de vós lhes disser: «Ide em paz; aquecei-vos bem e saciai-vos», sem lhes dar o necessário para o corpo, de que lhes servem as vossas palavras? Assim também a fé sem obras está completamente morta. Mas dirá alguém: «Tu tens a fé e eu tenho as obras». Mostra-me a tua fé sem obras, que eu, pelas obras, te mostrarei a minha fé. Acreditas que há um só Deus? Muito bem! Os demónios também acreditam… e tremem! Queres saber, homem insensato, como a fé sem obras não vale nada? Não foi Abraão, nosso pai, justificado pelas obras, quando ofereceu o seu filho Isaac no altar? Repara que a fé cooperava com as obras e que pelas obras a sua fé se tornou perfeita. Cumpriu-se então a Escritura, que diz: «Abraão acreditou em Deus e isto foi-lhe atribuído como justiça»; e Abraão foi chamado «amigo de Deus». Como vedes, o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé. Assim sucedeu também com a mulher de má vida que foi Raab: não foi ela justificada pelas obras, quando acolheu os mensageiros e os fez seguir por outro caminho? Porque assim como o corpo sem alma está morto, também a fé sem obras está morta. Palavra do Senhor.

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

51

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (CF. MT 25, 34)

Refrão: Louvor e glória a Vós, Jesus Cristo, Senhor!…

Vinde, benditos de meu Pai;Recebei como herança o Reino que vos está preparado.

Refrão: Louvor e glória a Vós, Jesus Cristo, Senhor!…

EVANGELHO (M T 25, 31-46)

O que fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes.

✠Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando o Filho do homem vier na sua glória com todos os seus An-jos, sentar-Se-á no seu trono glorioso. Todas as nações se

reunirão na sua presença e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai; recebei como herança o reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-Me de comer; tive sede e destes-Me de beber; era peregrino e Me recolhestes; não tinha roupa e Me vestistes; estive doente e viestes visitar-Me; estava na prisão e fostes ver-Me’. Então os justos Lhe dirão: ‘Senhor, quando é que Te vimos com fome e Te demos de comer, ou com sede e Te demos de beber? Quando é que Te vimos peregrino e Te recolhemos, ou sem roupa e Te vestimos? Quando é que Te vimos doente ou na prisão e Te fomos ver?’. E o Rei lhes responderá: ‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes’. Dirá então aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o demónio e os seus anjos. Porque tive fome e não Me destes de comer; tive sede e não Me destes de beber; era peregrino e não Me recolhestes; estive sem roupa e não Me vestistes; estive doente e na prisão e não Me fostes visitar’. Então também eles Lhe hão-de perguntar: ‘Senhor, quando é que Te vimos com fome ou com sede, peregrino ou sem roupa, doente ou na prisão, e não Te prestámos assistência?’ E Ele lhes responderá: ‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o deixastes de fazer a um dos meus irmãos mais pequeninos, também a Mim o deixastes de fazer’. Estes irão para o suplício eterno e os justos para a vida eterna». Palavra da salvação

Todos:Glória a Vós, Senhor.

✤ ROTEIRO DO ADVENTO: CELEBRAÇÕES ✤

52

HOMILIA / EXAME DE CONSCIÊNCIA

Nota: Seria conveniente estabelecer um diálogo entre três 3 leitores: um enuncia a obra de misericórdia; outro – de preferência, o Presidente – proclama o texto bíblico e um outro leitor faz a Oração penitencial, em duas preces. Poderão intercalar-se, a gosto, os textos alusivos a cada obra de misericórdia, com um cântico ou refrão penitencial.

Presidente:Irmãos e irmãs:Aqueles de entre vós que desejam receber a absolvição, devem dispor-se para ela, arrependendo-se dos pecados cometidos e fazendo o propósito de não mais pecar. Convido-vos a este arrependimento e propósito, durante o exame de consciência. Se alguém, porventura, provocou escândalo ou causou algum dano, deve propor-se repará-los o mais depressa possível e confessar, em devido tempo, cada um dos pecados graves que não pode confessar agora. A verdadeira conversão completa-se pela emenda de vida e pela reparação dos escândalos e danos causados aos outros, de modo que, “esquecendo o que fica para trás, continuemos a correr para a meta, em vista do prémio a que Deus, lá do alto, nos chama em Cristo Jesus”. Por isso, terminada a celebração, cada um fará um serviço ao próximo, em espírito de abnegação de si mesmo (por exemplo, dando de comer a quem tem fome, visitando alguém doente ou de idade avançada, levando alegria e conforto a quem está a viver momentos de dor).

A esta penitência cada um poderá acrescentar algo mais, se assim o quiser.

Vamos examinar, com verdade, a nossa consciência, meditando nas 14 obras de misericórdia, sete corporais e sete espirituais. Façamo-lo, como exercício concreto de avaliação do grau de compaixão que há no nosso coração.

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

53

OBRAS DE MISERICÓRDIA CORPORAIS

I - DAR DE COMER A QUEM TEM FOME

Disse Jesus: «Felizes de vós os que agora tendes fome, porque sereis saciados… Ai de vós, os que agora tendes fartura, porque ireis passar fome!» (Lc 6,21.25).

OraçãoLeitor 1: Perdoai-nos, Senhor, pelas vezes em que fomos insensíveis à fome e às necessidades, materiais ou espirituais, dos nossos irmãos mais pobres!Leitor 2: Enviai-nos, Senhor, a todos quantos têm fome e sede de justiça, fome e sede de Ti e do verdadeiro sentido de vida!

I I - DAR DE BEBER A QUEM TEM SEDE

«Quem der de beber a um destes pequeninos, ainda que seja somente um copo de água fresca, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa.» (Mt 10,42).

OraçãoLeitor 1: Perdoai-nos, Senhor, pela nossa incapacidade de viver em serviço desinteressado, atento e livre, para com todos aqueles que nos possam procurar!Leitor 2: Fazei-nos, Senhor, dar de beber a quem tem sede de amor, de paz e de esperança.

I I I - VESTIR OS NUS

«Observai com crescem os lírios: não fiam nem tecem… Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é queimada no forno, quanto mais fará por vós, gente de pouca fé.» (Lc 12,27-28)

OraçãoLeitor 1: Perdoai-nos, Senhor, pela falta de atenção àqueles que nos ro-deiam, para que possamos atendê-los na sua nudez mais profunda, per-cebendo os apelos que emitem mesmo sem serem ouvidos;Leitor 2: Fazei-nos, Senhor, despojar de tudo o que está a mais em nós e de tudo que nos impede de viver no abandono à Providência em cada dia!

✤ ROTEIRO DO ADVENTO: CELEBRAÇÕES ✤

54

IV - DAR POUSADA AOS PEREGRINOS

«Zaqueu, desce depressa, porque eu hoje preciso de ficar em tua casa… Ele desceu rapidamente e recebeu Jesus com alegria.» (Lc 19,5-6).

OraçãoLeitor 1: Perdoai-nos, Senhor, pelas vezes em que fechamos as portas do nosso coração àqueles que colocais no nosso caminho, como sinal da vossa presença!Leitor 2: Tornai-nos, Senhor, atentos aos sinais de indigência, entre aqueles que encontramos pelo caminho!

V - VISITAR OS DOENTES

«Mulher, estás livre da tua doença. Jesus colocou as mãos sobre ela, e imediatamente, a mulher se endireitou e começou a louvar a Deus.» (Lc

13,12-13)

OraçãoLeitor 1: Perdoai-nos, Senhor, porque nem sempre o nosso coração está disponível para vos acolher, deixando-nos compadecer com as dores dos outros;Leitor 2: Senhor, vinde fortalecer a nossa vontade para que sejamos capazes de passar das boas intenções para o compromisso, em favor dos que mais precisam da nossa compaixão!

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

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VI - VISITAR OS PRESOS

«Quando te vimos doente ou na prisão, fomos visitar-te?… Sempre que fizeste isto a um dos meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizeste.» (Mt 25,39-40)

OraçãoLeitor 1: Perdoai-nos, Senhor, por nem sempre compreendermos as li-mitações de quem sofre, pela sua má conduta pessoal, familiar ou social;Leitor 2: Tornai-nos, Senhor, prisioneiros do vosso amor, com uma pre-sença desprendida junto de quem mais precisa de vós, quando está preso a tantas cadeias… físicas, psicológicas e morais.

VII - DAR SEPULTURA AOS MORTOS

«Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só; mas, se morrer, dá muito fruto». (Jo 12,24)

OraçãoLeitor 1: Senhor Jesus, Perdoai-nos, porque nem sempre aceitamos, de boa vontade, a morte dos nossos amigos, e nem sempre nos mostramos capazes de consolar quem sofre no seu luto!

Leitor 2: Manifestai, Senhor, todo o poder do amor, em cada um de nós, que acreditamos que vós sois o Senhor da vida eterna.

✤ ROTEIRO DO ADVENTO: CELEBRAÇÕES ✤

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OBRAS DE MISERICÓRDIA ESPIRITUAIS

I — DAR BOM CONSELHO

«Senhor, deixa a figueira ainda este ano. Vou cavar em volta dela e deitar adubo. Quem sabe, talvez venha a dar fruto! Se não der, então cortá-la-ás.» (Lc 13,8-9)

OraçãoLeitor 1: Perdoai-nos, Senhor, pelas palavras vás, superficiais, inúteis e irreflectidas, com que influenciamos a conduta dos mais fracos!Leitor 2: Fazei-nos, Senhor, dar bons conselhos, sobretudo inspirados na vossa Palavra!

I I — ENSINAI OS IGNORANTES

«Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis conde-nados; perdoai e sereis perdoados.» (Lc 6,37)

OraçãoLeitor 1: Perdoai-nos, Senhor, pelo mau juízo e preconceitos, em relação àqueles que julgamos conhecer;Leitor 2: Fazei-nos, Senhor, ensinar os ignorantes, mais pelo testemunho eloquente da nossa vida, do que por meio de palavras vazias e orgulhosas!

I I I — CORRIGIR OS QUE ERRAM

«Amai os vossos inimigos e fazei bem aos que vos odeiam. Desejai o bem aos que vos amaldiçoam e rezai por aqueles que vos caluniam» (Lc 6,27-28)

OraçãoLeitor 1: Perdoai-nos, Senhor, por estarmos sempre mais prontos a corrigir com arrogância, do que a educar e a consolar, com ternura! Leitor 2: Purificai, Senhor, os nossos pensamentos de egoísmo, de malícia e de posse e livrai-nos de toda a presunção de superioridade em relação aos outros.

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

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IV — CONSOLAR OS TRISTES

«Se alguém quer seguir-me, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-Me» (Lc 9,23)

OraçãoLeitor 1: Perdoai-nos, Senhor, pelos nossos olhares desatentos aos sinais de tristeza, que surgem à nossa volta!Leitor 2: Fazei-nos, Senhor, aliviar a dor e o sofrimento dos outros, so-bretudo dos mais tristes, sós e marginalizados!

V — PERDOAR AS INJÚRIAS

«Sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas não perdereis um só cabelo. É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida.» (Lc 21,17-19)

OraçãoLeitor 1: Perdoai-nos, Senhor, pela forte indignação que sentimos em relação a quem nos ofende, em vez de manifestarmos por eles uma grande compaixão! Leitor 2: Fazei de nós, Senhor, um sinal verdadeiro de perdão e frater-nidade!…

VI — SOFRER COM PACIÊNCIA AS FRAQUEZAS DO PRÓXIMO

«Assim também vós: quando tiverdes cumprido tudo o que vos mandarem fazer, dizei: somos servos inúteis, fizemos o que devíamos fazer.» (Lc 17,10)

OraçãoLeitor 1: Perdoai, Senhor, a nossa incapacidade de acolher a fraqueza do irmão, e de nos precipitarmos na difamação e no comentário inútil!…Leitor 2: Tornai-nos, Senhor, capazes de saber perdoar sem reservas, sobretudo a quem nos possa ter ofendido ou agravado mais;

✤ ROTEIRO DO ADVENTO: CELEBRAÇÕES ✤

58

VII — ROGAR A DEUS POR VIVOS E DEFUNTOS

«Se não escutam Moisés e os profetas mesmo que um dos mortos res-suscite, eles não ficarão convencidos.» (Lc 16,31)

OraçãoLeitor 1: Perdoai-nos, Senhor, por julgar mal a vossa misericórdia, des-confiando do vosso perdão, em relação aos que partiram antes de nós! Leitor 2: Fazei-nos, Senhor, rezar e celebrar sempre a eucaristia, como sinal eficaz da comunhão eterna com todos os filhos de Deus, porque para Ti, todos vivem!

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

59

RITO DA RECONCILIAÇÃO

CONFISSÃO GERAL DOS PECADOS

Presidente: Irmãos, Cristo sofreu por nós, deixando-nos o exemplo, para que siga-mos os Seus passos, e entregou-Se voluntariamente à morte, para nos curar pela Suas chagas. ¶ Reconhecendo que somos pecadores, peçamos perdão a Deus, por nós e por todos os homens, e confessemos os nossos pecados, para alcançarmos a sua misericórdia.

Todos: Confesso a Deus todo-poderoso e a vós, irmãos, que pequei muitas vezespor pensamentos e palavras, actos e omissões, por minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria, aos Anjos e Santos, e a vós, irmãos, que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor.

Presidente: Irmãos: Rezemos confiadamente ao Senhor misericordioso que purifica os corações dos que confessam as suas faltas e absolve de todos os pecados os que deles se acusam, pedindo-Lhe que dê o perdão aos pecadores e o remédio aos que o pecado feriu, cantando com fé e confiança:

– Concedei-nos, Pai celeste, a graça do verdadeiro arrependimento.Refrão: Dá-nos um coração grande para amar; dá-nos um coração forte para lutar.

– Perdoai aos vossos servos arrependidos, e absolvei-os de tudo o que mereceram por suas culpas passadas.Refrão: Dá-nos um coração grande para amar; dá-nos um coração forte para lutar.

– Concedei aos vossos filhos, que o pecado desviou da santa Igreja, a graça de a ela voltarem purificados, agora que recebem o perdão das suas faltas.Refrão: Dá-nos um coração grande para amar; dá-nos um coração forte para lutar.

✤ ROTEIRO DO ADVENTO: CELEBRAÇÕES ✤

60

– Fazei voltar à luz que primeiro os iluminou, aqueles que pelo pecado mancharam o seu Baptismo.Refrão: Dá-nos um coração grande para amar; dá-nos um coração forte para lutar.

– Renovai com a esperança da vida eterna, os que de novo vão poder aproximar-se do vosso altar.Refrão: Dá-nos um coração grande para amar; dá-nos um coração forte para lutar.

– Permiti que, para o futuro, eles permaneçam sinceramente na Aliança celebrada nos vossos sacramentos, e possam viver sempre unidos a Vós.Refrão: Dá-nos um coração grande para amar; dá-nos um coração forte para lutar.

– Renovai-os pela vossa caridade, para que eles se tornem, no mundo, testemunhas do vosso amor.Refrão: Dá-nos um coração grande para amar; dá-nos um coração forte para lutar.

– Fazei-os observar, com fidelidade, os vossos mandamentos, para que possam entrar, um dia, na vida que não tem fim.Refrão: Dá-nos um coração grande para amar; dá-nos um coração forte para lutar.

Presidente: Agora, como sinal de conversão, e antes de dizermos a oração, que o Senhor nos ensinou, proponha-se cada um de vós levar a cabo alguma obra de caridade, algum gesto de compaixão para com o próximo, quer repartindo os seus bens com os que passam necessidade, quer visitando os doentes, os abandonados e os que vivem em solidão, quer reparando alguma injustiça cometida na comunidade, quer fazendo alguma outra obra de misericórdia cristã”. (cf. Ritual da Penitência, n.19)

Onde as circunstâncias o permitirem, depois da confissão geral, pode também fazer-se algum exercício piedoso, como a adoração da cruz Enquanto pensamos nisso, aproxime-se cada um de Cristo Crucificado para a O adorar e implorar o perdão dos seus pecados.

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

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SEGUE-SE, EM SILENCIO, A ADORAÇÃO DA CRUZ

Terminada a Adoração da Cruz, o Presidente convida à oração Comunitário e ao Perdão.

Presidente: Agora, em comunhão com toda a Igreja, supliquemos a Deus, nosso Pai, que perdoe as nossas ofensas e nos livre de todo o mal, cantando a oração que Jesus nos ensinou: Pai-Nosso…

Presidente: Livrai-nos de todo o mal, Senhor nosso Deus e nosso Pai e pela bem-a-venturada paixão do vosso Filho, ao Qual nos unimos pela penitência, fazei-nos participar com alegria, na Sua ressurreição. ¶ Assisti, Senhor, aos vossos servos, que, na vossa Igreja, se confessam pecadores, e fazei que, depois de libertados de suas faltas, eles possam dar-Vos graças de coração renovado. ¶ Por Nosso Senhor Jesus Cristo vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Todos: Ámen!

Proclamação do louvor pela misericórdia de Deus

Presidente: Irmãos e irmãs: exaltemos o poder e a misericórdia de Deus, manifestadas hoje em nosso favor, cantando como Maria.

Cântico de Acção de graçasMagnificat

✤ ROTEIRO DO ADVENTO: CELEBRAÇÕES ✤

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(Se a confissão se realiza noutro dia a celebração termina com a ação de graças)

ORAÇÃO DE CONCLUSÃO DA ACÇÃO DE GRAÇAS

Presidente: Deus todo-poderoso e cheio de misericórdia,Vós criastes o homem de maneira admirávele mais admiravelmente ainda o remistes,e não o abandonais quando pecador,antes continuais a amá-lo com amor de pai.Vós enviastes o vosso Filho ao mundopara destruir o pecado e a morte pela sua paixãoe nos restituir a vida e a alegria pela ressurreição;Vós enviastes o Espírito Santo aos nossos corações,para sermos vossos filhos e herdeiros;Vós nos renovais continuamentepelos sacramentos da salvação,para nos libertar do pecado que escravizae nos transformar, cada dia mais perfeitamente,na imagem do vosso Filho muito amado.Nós Vos damos graçaspelas maravilhas da vossa misericórdia,e Vos louvamos com toda a Igreja,cantando um cântico novo,com a voz, com o coração e as nossas obras de misericórdia.A Vós a glória, agora e para sempre,por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho,na unidade do Espírito Santo.Todos: Amen.

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

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BÊNÇÃO FINAL E DESPEDIDA

Presidente: O Senhor esteja convosco!Todos: Ele está no meio de nós.

Presidente: Deus todo-poderoso afaste de vós toda a adversidade e derrame sobre vós a abundância das Suas bênçãos.Todos: Amén.

Presidente: O Senhor dirija os vossos corações na caridade de Deus e na paciência de Cristo, para que possais viver numa vida nova e em tudo agradar a Deus.Todos: Amén.

Presidente: Deus vos ajude a compreender o que é bom e justo, para que tomeis parte na herança dos Santos, no Céu.Todos: Amén.

Presidente: Abençoe-vos o Deus Todo-poderoso: Pai, Filho e + Espírito Santo!Todos: Amén.

Presidente: O Senhor perdoou os vossos pecados. Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.Todos: Graças a Deus.

CONFISSÃO E ABSOLVIÇÃO INDIVIDUAL

De seguida, os sacerdotes disponíveis para celebrar o sacramento da recon-ciliação dirigem-se para os lugares que previamente foram escolhidos, as-segurando-se assim a discrição e prudência requeridas no diálogo entre o penitente e o sacerdote.

Entretanto Canta-se:Misericordias Domini – Jacques Berthier (Taizé)

Os penitentes aproximam-se do sacerdote que escolheram e, depois de terem recebido a devida satisfação, são absolvidos pelo mesmo.

✤ ROTEIRO DO ADVENTO: CELEBRAÇÕES ✤

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ACOLHIMENTO DO PENITENTE

Ao aproximar-se o penitente para confessar os seus pecados, o sacerdote recebe-o com afabilidade e saúda-o com palavras amáveis.

Penitente:«Jesus, Filho de David, tem piedade de mim».

CONVITE À CONFIANÇA EM DEUS

O sacerdote pergunta ao penitente:«Que queres que Eu te faça?».

Penitente:«Mestre, que eu veja».

O sacerdote exorta o penitente à confiança em Deus, com estas palavras ou semelhantes:A graça do Espírito Santo ilumine o teu coração, para confessares os teus pecados com toda a confiança, e sentires a bondade e o perdão do Senhor.O penitente responde:Ámen.

CONFISSÃO DOS PECADOS E ACEITAÇÃO DA PENITÊNCIA

ORAÇÃO DO PENITENTE E ABSOLVIÇÃO

O sacerdote convida o penitente a manifestar o seu arrependimento através do acto de contrição. Em seguida, o sacerdote, com as mãos estendidas sobre a cabeça do penitente (ou estendendo, pelo menos, a mão direita), absolve os pecados do penitente.

PROCLAMAÇÃO DE LOUVOR A DEUS E DESPEDIDA DO PENITENTE

Depois da absolvição, o sacerdote despede o penitente reconciliado, dizendo:«Vai: a tua fé te salvou».

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

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✤ ROTEIRO DO ADVENTO: CELEBRAÇÃO DA SANTA UNÇÃO ✤

ROTEIRO DA QUARESMA

CELEBRAÇÃO DAUNÇÃO DOS ENFERMOS

Índice

RITOS INICIAIS ................................................. 67

F Ato Penitencial .............................................. 68

LITURGIA DA PALAVRA ...................................... 69

F Homilia ....................................................... 69

CELEBRAÇÃO DA UNÇÃO DOS ENFERMOS ............ 70

LITURGIA EUCARÍSTICA .................................... 73

F Ritos da Comunhão ........................................ 73

F Ação de graças .............................................. 73

RITOS FINAIS ................................................... 75

F Bênção Final ................................................. 75

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

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RITOS INICIAIS

MONIÇÃO INICIAL, ANTES DO CÂNTICO DE ENTRADA

O projeto pastoral da nossa diocese para este ano recorda-nos a impor-tância dos chamados “Sacramentos de cura”: o sacramento da penitência ou reconciliação e o sacramento da unção dos doentes. Depois de terem celebrado a Reconciliação, e agora durante esta celebração da eucaristia, serão ungidos alguns doentes da nossa comunidade, continuando assim os gestos de Jesus, que se aproximava dos doentes, os tocava e curava, com a sua misericórdia! ¶ Celebrar a unção é celebrar o encontro com Cristo misericórdia, “Ele que, na sua paixão, enfrentou o seu próprio sofrimento, inserindo-o na sua atividade redentora, isto é, fazendo dele o total dom da vida. É com este amor, nesta face dupla, que Ele vem ao nosso encontro na Unção dos Enfermos, celebrada em seu nome. Que Ele nos conforte, para sermos nós próprios agentes do seu amor, como já fazem tantos cristãos a braços com a doença, a enfermidade ou outro género de limitação.”

Uma criança traz, em procissão, o óleo dos enfermos, acompanhada de um MEC e de um(a) Enfermeiro(a) e de um médico(a), recordando assim todos aqueles que, mais de perto, tratam dos doentes. O óleo para a Unção dos Enfermos é sinal deste óleo da bondade do coração, que estas pessoas – juntamente com a sua competência profissional – proporcionam aos doentes. Sem falar de Cristo, manifestam-n’O. De pé, cantemos ao Senhor!

Cântico de entrada:Escutai a minha prece — Igreja Canta – 215

SAUDAÇÃO INICIAL

Presidente:Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem, segundo o Evangelho, recorrem os doentes para implorar a cura e que tanto por nós sofreu, está presente no meio de nós, aqui reunidos em seu nome, ordenando-nos mediante o Apóstolo S. Tiago: ¶ «Algum de vós está doente? Chame os presbíteros da Igreja para que orem sobre ele, ungindo-o com o óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o confortará, e, se tiver pecados, ser-lhe-ão perdoados».

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✤ ROTEIRO DO ADVENTO: CELEBRAÇÃO DA SANTA UNÇÃO ✤

Presidente:Confiemos, pois, os nossos irmãos doentes ao amor e ao poder de Cristo, para que encontrem alívio, saúde e paz.

ATO PENITENCIAL

Presidente:Senhor, que suportastes as nossas enfermidades e tomastes sobre Vós as nossas dores, Senhor, tende piedade de nós. Todos: Senhor, tende piedade de nós.

Presidente:Cristo, que Vos compadecestes da multidão e passastes fazendo o bem e curando os doentes, Cristo, tende piedade de nós. Todos: Cristo, tende piedade de nós.

Presidente:Senhor, que ordenastes aos vossos Apóstolos que impusessem as mãos sobre os doentes, Senhor, tende piedade de nós. Todos: Senhor, tende piedade de nós.

Oração ColetaSenhor, Jesus Cristo, que dissestes por meio do vosso Apóstolo Tiago: «Algum de vós está doente? Chame os presbíteros da Igreja para que orem sobre ele, ungindo-o com o óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o confortará, e, se tiver pecados, ser-lhe-ão perdoados», em obediência à vossa palavra, nós Vos pedimos que estejais presente no meio daqueles que estão reunidos em vosso nome e que guardeis benignamente com a vossa misericórdia os nossos irmãos enfermos aqui presentes. Vós que sois Deus, com o Pai, na unidade do Espírito Santo.

Todos:Ámen.

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

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LITURGIA DA PALAVRA

LEITURA DO LIVRO DO LEVÍTICO

O Senhor falou a Moisés e a Aarão, dizendo: «Quando um ho-mem tiver na sua pele algum tumor, impigem ou mancha esbranquiçada, que possa transformar-se em chaga de lepra,

devem levá-lo ao sacerdote Aarão ou a algum dos sacerdotes, seus filhos. O leproso com a doença declarada usará vestuário andrajoso e o cabelo em desalinho, cobrirá o rosto até ao bigode e gritará: ‘Impuro, impuro!’. Todo o tempo que lhe durar a lepra, deve considerar-se impuro e, sendo impuro, deverá morar à parte, fora do acampamento».Palavra do Senhor!

Salmo Responsorial:Sois o meu refúgio, Senhor; dai-me a alegria da vossa salvação.

LEITURA DA PRIMEIRA EPÍSTOLA

DO APÓSTOLO S. PAULO AOS CORÍNTIOS

Irmãos: Quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus. Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo.Palavra do Senhor.

Aclamação ao Evangelho: Aleluia.

EVANGELHO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO SEGUNDO SÃO MARCOS

Naquele tempo, veio ter com Jesus um leproso. Prostrou-se de joelhos e suplicou-Lhe: «Se quiseres, podes purificar-me». Jesus, compadecido, estendeu a mão, tocou-lhe e disse: «Que-

ro: fica limpo». No mesmo instante o deixou a lepra e ele ficou limpo. Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem: «Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho». Ele, porém, logo que partiu, começou a apregoar e a divulgar o que acontecera, e assim, Jesus já não podia entrar abertamente em nenhuma cidade. Ficava fora, em lugares desertos, e vinham ter com Ele de toda a parte. Palavra da salvação.

HOMILIA

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✤ ROTEIRO DO ADVENTO: CELEBRAÇÃO DA SANTA UNÇÃO ✤

CELEBRAÇÃO DA UNÇÃO DOS ENFERMOS

Monição no final da Homilia: Jesus sempre demonstrou uma atenção particular para com os enfermos. Ele não só convidou os seus discípulos a curar as feridas dos mesmos (cf. Mt 10, 8; Lc 9, 2; 10, 9), mas também instituiu para eles um Sacramento específico: a Unção dos Enfermos. A Carta de Tiago dá testemunho da presença deste gesto sacramental já na primeira comunidade cristã (cf. 5, 14-16): mediante a Unção dos Enfermos, acompanhada pela oração dos presbíteros, a Igreja inteira recomenda os doentes ao Senhor sofredor e glorificado, a fim de que alivie as suas penas e os salve, aliás, exorta-os a unir-se espiritualmente à paixão e à morte de Cristo, para contribuir deste modo para o bem do Povo de Deus.

Presidente: Neste espírito, confiemos os nossos doentes à misericórdia de Deus:

1. PRECES

1. Senhor, olhai com bondade, para todos os doentes. Todos: Ouvi-nos, Senhor.

2.Senhor, aliviai os sofrimentos de todos os doentes. Todos: Ouvi-nos, Senhor.

3. Senhor, libertai os doentes da solidão e do desespero. Todos: Ouvi-nos, Senhor.

4. Senhor, visitai com a vossa misericórdia estes doentes Todos: Ouvi-nos, Senhor.

5. Senhor, confortai os doentes com a Santa Unção. Todos: Ouvi-nos, Senhor.

6. Senhor, ajudai os que tratam dos doentes. Todos: Ouvi-nos, Senhor.

7. Senhor, concedei a paz, àqueles a quem o sacerdote vai impor as mãos. Todos: Ouvi-nos, Senhor.

Monitor: Agora o Presidente, em nome de Jesus, irá impor as mãos sobre os doentes. É um gesto típico de Jesus, retomando e seguido pelos Apóstolos. É um gesto que fala por si e por isso é feito em silêncio.

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

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2. IMPOSIÇÃO DAS MÃOS EM SILÊNCIO

3. ORAÇÃO DE AÇÃO DE GRAÇAS SOBRE O ÓLEO:

Monição: A matéria própria da Unção dos Doentes é o óleo de oliveira, benzido pelo Bispo, na missa crismal de quinta-feira santa. O azeite possui um amplo significado. Serve de nutrimento, medicamento, alindamento, adestra para a luta e dá vigor. Na Unção dos Enfermos, a matéria sacra-mental do óleo é-nos oferecida por assim dizer, «como medicamento de Deus… que agora nos torna seguros da sua bondade e deve revigorar-nos e consolar, mas ao mesmo tempo aponta para além do momento da enfermidade, para a cura definitiva, para a ressurreição (cf. Tg 5, 14)».

Segue-se a oração de ação de graças sobre o óleo. A cada invocação do Presi-dente, responderemos: Bendito sejais, Senhor!

Presidente:Bendito sejais, Senhor, Pai omnipotente, que por amor de nós e pela nossa salvação enviastes ao mundo o vosso Filho. Todos: Bendito sejais, Senhor!

Presidente:Bendito sejais, Senhor, Filho Unigénito, que, tendo descido à nossa hu-manidade, quisestes dar remédio às nossas enfermidades.Todos: Bendito sejais, Senhor!

Presidente:Bendito sejais, Senhor, Espírito Santo Consolador, que, com o vosso po-der, continuamente nos dais coragem para suportarmos as enfermidades do nosso corpo. Todos: Bendito sejais, Senhor!

Presidente:Os vossos servos, Senhor, que são ungidos na fé com este Óleo santo, mereçam ser consolados nas suas dores e confortados nas suas enfermi-dades. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Todos:Amen.

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✤ ROTEIRO DO ADVENTO: CELEBRAÇÃO DA SANTA UNÇÃO ✤

4. UNÇÃO COM ÓLEO DOS ENFERMOS

Monição: O Sacerdote confere a Unção, ungindo os doentes na fronte e nas mãos. Na fronte, lembrando o domínio do pensamento e a articulação de todos os membros. Nas mãos sugerindo o poder da ação, que se pretende rivigorar.

Presidente:Por esta santa Unção e pela sua infinita misericórdia, o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo.

Todos: Ámen.

Presidente:Para que, liberto dos teus pecados, Ele te salve e, na sua bondade, alivie os teus sofrimentos.

Todos: Ámen.

Monitor diz depois de ungidos 3 ou 4 doentes:A quem se deve administrar a Unção dos Doentes? Deve aplicar-se aos fiéis gravemente doentes, quer em razão da própria enfermidade, quer em razão da idade avançada. O sacramento da Unção pode receber-se de novo se o doente convalescer depois de o ter recebido, ou se, no decurso da mesma doença, o seu estado se agravar. Pode também dar-se a Santa Unção antes de uma grave intervenção cirúrgica, quando o motivo é uma doença perigosa. Pode igualmente administrar-se às pessoas idosas cujas forças estejam já muito debilitadas, embora não sofram de doença grave.

Cântico durante a unção dos enfermos: Salvai Senhor a minha alma (Igreja Canta – 743)

5. ORAÇÃO

Presidente:Senhor Jesus Cristo, que, para resgatar os homens e curar os doentes, quisestes assumir a nossa natureza humana, olhai propício para este vossos servos, que tanto necessitam da saúde da alma e do corpo; restabelecei com o vosso poder e consolai com a vossa ajuda aqueles que ungimos em vosso nome com a santa Unção, para que consigam levantar as forças e vencer o mal e concedei àqueles que fizestes participante da vossa Paixão a graça de confiar na eficácia dos seus sofrimentos. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.

Todos: Ámen.

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

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LITURGIA EUCARÍSTICA

Cântico na apresentação dos dons:Senhor nós vos oferecemos (Igreja Canta – 561)

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS

No Memento dos vivos, recordar os doentes da Paróquia: Pensamos agora na multidão das pessoas que sofrem: os famintos e os sedentos, as vítimas da violência em todos os continentes, os doentes com todos os seus sofri-mentos, as suas esperanças e desânimos, os perseguidos e os humilhados, as pessoas com o coração dilacerado! (recordar doentes da comunidade)

RITOS DA COMUNHÃO

Cântico de comunhão:O Senhor Salvou-me (Igreja Canta – 510) ou C. Silva

AÇÃO DE GRAÇAS

Oração pelos DoentesÓ meu Deus, aqui está este doente diante de Vós. Ele veio pedir-Vos o que deseja e que considera como a coisa mais importante para si. Vós, ó meu Deus, fazei penetrar em seu coração estas palavras: O importante é a saúde da alma! Ó Senhor, que se cumpra nele a vossa vontade completamente e, se desejais que se cure, seja-lhe concedida a saúde; mas sendo outra a Vossa vontade, que ele saiba carregar a cruz. Peço-Vos também por nós, que intercedemos por ele; purificai os nossos corações para que nos tornemos dignos de transmitir a vossa santa misericórdia. Protegei-o e aliviai a sua dor, que nele seja feita a Vossa vontade; que, através dele, seja revelado o vosso Santo Nome. Ajudai-o a carregar a sua cruz com coragem. Ámen.

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✤ ROTEIRO DO ADVENTO: CELEBRAÇÃO DA SANTA UNÇÃO ✤

Rezemos por todos aqueles que estão ao serviço dos doentes e atribulados, para que vivam animados pelo espírito de Maria, Mãe da Misericórdia. «A doçura do seu olhar nos acompanhe neste Ano Santo, para podermos todos nós redescobrir a alegria da ternura de Deus» e levá-la impressa nos nossos corações e nos nossos gestos. Confiamos à intercessão da Virgem as ânsias e tribulações, juntamente com as alegrias e consolações, dirigindo-Lhe a nossa oração para que Ela pouse sobre nós o seu olhar misericordioso, especialmente nos momentos de sofrimento, e nos torne dignos de contemplar, hoje e para sempre, o rosto da misericórdia que é o seu Filho Jesus.

ENTREGA DE COSMÉTICO E DE MENSAGEM

Monição:Agradecemos a todos aqueles que, em virtude da fé e do amor, se põem ao lado dos doentes, dando testemunho da bondade de Deus. O óleo para a Unção dos Enfermos é sinal deste óleo da bondade do coração, que estas pessoas proporcionam aos doentes. Sem falar de Cristo, manifestam-n’O. Durante o cântico da ação de graças, iremos entregar a cada doente um outro óleo, que é um pequeno cosmético, de carícia e alindamento, de modo a testemunhar a bondade de Deus por cada um. Tem uma men-sagem, numa fitinha branca. Diz “Deus te salve”. Na verdade, só temos saúde plena, quando alcançamos a graça da salvação.

Cântico de ação de graças:Cantarei ao Senhor por tudo (Igreja canta – 408)

Oração Pós-Comunhão

✤ DIOCESE DE VIANA DO CASTELO ✤

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RITOS FINAIS

BÊNÇÃO FINAL

Presidente: Deus Pai vos conceda a sua bênção!Todos: Ámen.

Presidente: Jesus Cristo, Filho de Deus Vos dê a saúde, do corpo e da alma Todos: Ámen.

Presidente: O Espírito Santo te ilumine hoje e sempre com a sua luz. Todos: Ámen.

Presidente: E a vós todos, aqui presentes, abençoe Deus todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo. Todos: Ámen.

Diácono: Ide em Paz e que o Senhor vos acompanhe.Todos: Graças a Deus!

Cântico Final