Roteiro Para Elaboração de Planos de Rigging
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Julio Rezende - Engº Mecânico – 50018354 24/10/15
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PLANOS DE RIGGING
1) Elaborar a tabela de composição da carga: É uma tabela com a descrição e peso da
carga e de todos os acessórios de içamento que serão utilizados. A descrição das
eslingas e acessórios deverá ser a mais completa possível, incluindo todas as
informações de capacidade de carga, quantidade, peso próprio do acessório, normas
adotadas,etc.
Comprimento Altura
Quantidade Unidade Peso Unitário (kgf) Peso Unitário (tf)
Rigger:
CREA:
Altura com lingas
Descrição Peso total (tf)
Local: Data:
COMPOSIÇÃO DA CARGA
Plano de rigging nº:
Cliente:
Descrição da Operação:
Dimensões (m)Largura Área exposta ao vento (m2)
Carga Bruta Estática (CBE) (tf)
Capacidade Bruta Tabelada Adotada (tf)
Peso Total Pt (tf)
Fator de Contingência de Peso (FCP)
ESTE DOCUMENTO DEVE SER DE CONHECIMENTO DE TODOS OS ENVOLVIDOS E ESTAR DISPONÍVEL NO LOCAL.
% Utilização estática
Capacidade Bruta Requerida (CBR) (tf)
% Utilização dinâmica
ART nº
Velocidade máxima de vento (km/h)
Fator de Amplificação Dinâmica (FAD)
Julio Rezende - Engº Mecânico – 50018354 24/10/15
O peso da carga deverá ser obtido de fontes de informação confiáveis, tais como,
desenhos, manuais de equipamentos, notas fiscais (romaneio), etc. No caso deste tipo
de informação não estar disponível, o peso da peça deverá ser obtido através de
calculo ou de pesagem.
O peso total da carga a ser içada pelo guindastePt, que é a soma do peso da peça a ser
içada, mais o peso de todos os acessórios e eslingas, o peso dos dispositivos (balancins,
barras de carga, etc.), o peso do moitão do guindaste, o peso do cabo de aço do
guindaste e o peso do jib instalado na lateral da lança. O peso total da carga deverá ser
acrescido do fator de contingência de peso FCP, para compor a Carga Bruta Estática
CBE.
Fator de contingência de peso:
1,15 – se o peso do equipamento não foi obtido por pesagem e nem calculado;
FCP = 1,10 – se o peso do equipamento for calculado;
1,05 – se o peso do equipamento for obtido por pesagem.
tCP PFCBE
2) Elaborar tabela de configuração do guindaste: É uma tabela que contém todas as
informações relevantes do guindaste (ou guindastes, no caso de içamentos com mais
de um guindaste) a ser utilizado.
Rigger:
CREA:
Identificação da carga
CONFIGURAÇÃO DO GUINDASTE
Modelo
Raio de operação (m)
Quadrante de operação (°)
Posição do Jib
Contrapeso (tf)
Norma da tabela de carga
Comprimento da lança (m)
Quantidade de pernas de cabo de aço no moitão
Inclinação da lança (°)
Extensão das patolas (%)
Capacidade nominal do moitão (tf)
Força máxima na sapata da patola (tf)
Carga máxima de trabalho do moitão (tf)
Peso do guindaste (tf)
Carga bruta estática (tf)
Carga bruta requerida (tf)
Carga bruta tabelada (tf)
ESTE DOCUMENTO DEVE SER DE CONHECIMENTO DE TODOS OS ENVOLVIDOS E
ESTAR DISPONÍVEL NO LOCAL.
%utilização estática
ART nº
%utilização dinâmica
Julio Rezende - Engº Mecânico – 50018354 24/10/15
A seleção do guindaste deverá ser feita utilizando tabelas de carga conforme norma
EN 13000 (DIN/ISO), para as quais a carga máxima tabelada corresponde a 75% da
carga de tombamento do guindaste. A utilização de tabelas de carga conforme ASME
B30.5 (85%) não serão aceitas sem aprovação prévia da AMT.
Determinada a carga a ser içada com as majorações recomendadas, deve-se aplicar o
fator de utilização do equipamento. O fator de utilização representa o percentual da
capacidade bruta tabelada do guindaste que está sendo utilizada.
%85%100CBT
CBEFU
No caso de içamentos com mais de um guindaste, o fator de utilização deverá ser
75%, ou seja, a carga bruta estática (CBE) não deverá exceder 75% da capacidade bruta
tabelada de nenhum dos guindastes envolvidos na operação.
3) Elaborar desenho da operação: Este desenho deverá conter tantas vistas quanto
forem necessárias para representar todas as etapas do içamento e identificando todas
as possíveis interferências e obstáculos. Este desenho deverá ter no mínimo as vistas
de planta e uma vista lateral, deverá mostrar, também:
a) Posição do veiculo de transporte da carga (quando necessário);
b) Mostrar todos os raios de operação envolvidos;
c) Os níveis ou cotas das posições inicial, intermediárias e finais, da carga, do
guindaste(s) e das interferências;
d) Posição do centro de giro do guindaste(s);
e) Sentido de giro do guindaste(s);
f) Raio do contrapeso;
g) Identificar as folgas mínimas entre a carga e a lança;
h) Identificar as folgas mínimas entre o moitão e a lança;
i) É obrigatória a informação do número de registro no CREA do Engenheiro
responsável técnico pela elaboração e execução do plano de rigging.
As folgas mínimas recomendadas entre carga e a lança, entre o moitão e a lança e
entre a lança e os obstáculos fixos deverá ser de no mínimo 1,5 metros. A folga mínima
entre a peça e um obstáculo fixo deverá ser de 1,0 metro.
4) Detalhamento da amarração da carga: Mostra no mesmo desenho da operação um
detalhe da amarração, mostrando como cada acessório,e cada eslinga serãofixados à
carga e ao guindaste(s), incluindo todos os ângulos de inclinação das eslingas.
O desenho da eslinga com especificações mais completas deverá ser feito em casos
especiais.
Quando utilizados, o desenho ou a especificação completa dos dispositivos especiais
(balancim, espaçador, barra de carga, spreaderbar, etc.), com as respectivas memórias
Julio Rezende - Engº Mecânico – 50018354 24/10/15
de cálculo deverão constar no desenho, com a identificação de capacidade de carga de
trabalho.
Os olhais de içamento deverão estar detalhados, com todas as dimensões,materiais e
especificações das soldas.
Exemplo:
5) Análise de interferências: Sempre que o içamento for feito em terreno no qual haverá
dúvidas quanto à sua resistência, uma análise de interferências deverá ser solicitada à
AMT, afim de se obter a informação da resistência máxima do solo, e identificar
tubulações e galerias subterrâneas.
6) Esforço da patola sobre o solo: Este esforço deverá ser calculado e comparado com a
resistência do solo a fim de se dimensionar a quantidade e dimensões dos dormentes
(ou Mat’s) de apoio da sapata sobre o solo. As dimensões, quantidades e disposição
(recomendamos que os dormentes sejam montados em duas camadas, sendo a
camada superior girada em 90° em relação à inferior).
Exemplo:
Julio Rezende - Engº Mecânico – 50018354 24/10/15
7) Redes elétricas: No caso de içamentos próximos de redes elétricas, mostrar no
desenho a locação da rede em relação ao guindaste(s) e a carga. Indicar qual é a
voltagem da rede e a distância mínima entre a lança, carga e cabos de aço e a rede
elétrica (ver tabelas abaixo).
Distância mínima de qualquer parte
do guindaste ou carga à rede elétrica.
Guindaste em trânsito.
(Lança abaixada e recolhida)
Tensão (kV) R (m)
Até 0,75 1,25
0,76 a 50 1,85
51 a 345 3,10
346 a 750 4,90
751 a 1000 6,10
Distância mínima de qualquer
parte do guindaste ou carga à
rede elétrica.
Guindaste operando.
Tensão (kV) R (m)
Até 50 3,10*
51 a 200 4,60
201 a 350 6,10
351 a 500 7,63
501 a 750 10,70
751 a 1000 13,80
R
Superfície de
segurança
Cabos
condutores
Fonte: ASME B30.5:2011
OSHA 29 CRF 1926
* N-1965 exige 3,50m
R
A lança não deve
ser posicionada
além desta linha
Área a ser evitada
ÁREA PROIBIDA
R
Não movimentar cargas nesta área
Superfície de
segurança
Julio Rezende - Engº Mecânico – 50018354 24/10/15
8) Vento: No caso de içamentos em locais abertos sujeitos à ação do vento deverá
constar no desenho, a informação do valor de velocidade máxima de vento permitida
para a operação.