Rosa Cruz, A Verdade Bíblica

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PEQUENA COLETANÊA TEOLÓGICA ADPN Pr. Jorge Luiz Silva Vieira “... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b) Antiga e Mística Ordem Rosacruz (A.M.O.R.C.) A Ordem Rosacruz AMORC é uma organização internacional de caráter místico-filosófico, com sede mundial em São José na Califórnia, EUA, fundada em 1915 por Harvey Spencer Lewis. A AMORC tem por missão despertar o potencial interior do ser humano, auxiliando-o em seu desenvolvimento, em espírito de fraternidade, respeitando a liberdade individual, dentro da Tradição e da Cultura Rosacruz. O nome AMORC, siginifica: Antiga e Mística Ordem Rosa Cruz e foi adotado para diferenciá-la de outras ordens filosóficas com nomes semelhantes, mas diferentes em essência. ORIGENS Segundo seus adeptos, as origens da Ordem Rosacruz AMORC, remontam às antigas escolas egípcias de mistérios, há 3.360 anos. E o faraó Tutmés III, da XVIII dinastia, é tido como seu fundador por volta de 1350 a.C. Teria o faraó fundado uma fraternidade secreta, com o objetivo de estudar os mistérios da vida. A Fraternidade Rosacruz ainda não se auto denominava assim, sendo oficialmente estabelecida em El Amarna pelo faraó Amenófis IV, conhecido também como Akhenaton, porém essas informações não podem ser comprovadas históricamente. A primeira menção histórica da ordem data de 1614, quando surgiu o famoso documento intitulado "Fama Fraternitatis", onde são contadas as viagens de Christian Rosenkreuz pela Arábia, Egito e Marrocos, locais onde teria adquirido sua sabedoria secreta, que só seria revelada aos iniciados. A LENDA DE CHRISTIAN ROSENKREUZ Segundo a lenda, exposta no documento "Fama Fraternitatis" (1614), essa fraternidade teria suas origens em Christian Rosenkreuz (de início apenas designado por "Irmão C.R.C."), nascido em 1378 na Alemanha, junto ao rio Reno. Os seus pais teriam sido pessoas ilustres, mas sem grandes posses materiais. Sua educação começou aos quatro anos numa abadia onde aprendeu grego, latim, hebraico e magia. Em 1393, acompanhado de um monge, visitou Damasco, Egito e Marrocos, onde estudou com mestres das artes ocultas, depois do falecimento de seu mestre, em

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

Antiga e Mística Ordem Rosacruz (A.M.O.R.C.)

A Ordem Rosacruz

AMORC é uma organização internacional de caráter místico-filosófico, com

sede mundial em São José na Califórnia, EUA, fundada em 1915 por Harvey Spencer

Lewis. A AMORC tem por missão despertar o potencial interior do ser humano,

auxiliando-o em seu desenvolvimento, em espírito de fraternidade, respeitando a

liberdade individual, dentro da Tradição e da Cultura Rosacruz. O nome AMORC,

siginifica: Antiga e Mística Ordem Rosa Cruz e foi adotado para diferenciá-la de outras

ordens filosóficas com nomes semelhantes, mas diferentes em essência.

ORIGENS

Segundo seus adeptos, as origens da Ordem Rosacruz AMORC, remontam às

antigas escolas egípcias de mistérios, há 3.360 anos. E o faraó Tutmés III, da XVIII

dinastia, é tido como seu fundador por volta de 1350 a.C. Teria o faraó fundado uma

fraternidade secreta, com o objetivo de estudar os mistérios da vida. A Fraternidade

Rosacruz ainda não se auto denominava assim, sendo oficialmente estabelecida em El

Amarna pelo faraó Amenófis IV, conhecido também como Akhenaton, porém essas

informações não podem ser comprovadas históricamente. A primeira menção histórica

da ordem data de 1614, quando surgiu o famoso documento intitulado "Fama

Fraternitatis", onde são contadas as viagens de Christian Rosenkreuz pela Arábia, Egito

e Marrocos, locais onde teria adquirido sua sabedoria secreta, que só seria revelada

aos iniciados.

A LENDA DE CHRISTIAN ROSENKREUZ

Segundo a lenda, exposta no documento "Fama Fraternitatis" (1614), essa

fraternidade teria suas origens em Christian Rosenkreuz (de início apenas designado

por "Irmão C.R.C."), nascido em 1378 na Alemanha, junto ao rio Reno. Os seus pais

teriam sido pessoas ilustres, mas sem grandes posses materiais. Sua educação

começou aos quatro anos numa abadia onde aprendeu grego, latim, hebraico e magia.

Em 1393, acompanhado de um monge, visitou Damasco, Egito e Marrocos, onde

estudou com mestres das artes ocultas, depois do falecimento de seu mestre, em

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Chipre. Após seu retorno a Alemanha, em 1407, teria fundado a "Fraternidade da Rosa

Cruz", de acordo com os ensinamentos obtidos pelos seus mestres árabes, que o

teriam curado de uma doença e iniciado no conhecimento de práticas do ocultismo.

Teria passado, ainda, cinco anos na Espanha onde três discípulos redigiram os textos

que teriam sido os iniciadores da sociedade. Depois, teriam formado a "Casa Sancti

Spiritus" (a Casa do Espírito Santo) onde, através da cura de doenças e do amparo

daqueles que necessitavam de ajuda, foram desenvolvendo os trabalhos da

fraternidade, que pretendia, no futuro, guiar os monarcas na boa condução dos

destinos da humanidade. Segundo o texto "Fama Fraternitatis", C.R.C. morreu em

1484, e a localização da sua tumba permaneceu desconhecida durante 120 anos até

1604, quando teria sido, secretamente, redescoberta.

Uma outra lenda menos conhecida, veiculada na literatura maçônica, originada

por uma sociedade secreta altamente hierarquizada do século dezoito na Europa

central e do leste, ao contrário dos ideais da Fraternidade que se encontra exposta nos

manifestos originais, denominada "Gold und Rosenkreuzer" (Rosacruz de Ouro), que

tentou realizar, sem sucesso, a submissão da Maçonaria ao seu poder, dispõe que a

Ordem Rosa-cruz teria sido criada no ano 46, quando um sábio gnóstico de Alexandria,

de nome Ormus e seis discípulos seus foram convertidos por Marcos, o evangelista. A

Ordem teria nascido, portanto, da fusão do cristianismo primitivo com os mistérios da

mitologia egípcia. Segundo este relato, Rosenkreuz teria sido, apenas um Iniciado e,

posteriormente Grão Mestre da Ordem e não seu fundador.

Assim como ocorre com o Mestre Hiram Abif da lenda maçônica, a existência

real de Christian Rosenkreuz divide a opinião dos grupos que se intitulam Rosacruzes.

Alguns a aceitam, outros o veem apenas como um pseudônimo usado por personagens

realmente históricos como, Francis Bacon, por exemplo.

A ORDEM ROSA CRUZ E A MAÇONARIA

O Rosacrucianismo, assim como a Maçonaria, é um sincretismo de diversas

correntes filosóficas-religiosas: hermetismo egípcio, cabalismo judaico, gnosticismo

cristão e alquimia. Existe ligação entre a Maçonaria e os rosacruzes e essa ligação

começou já na Idade Média. No fim do período medieval e começo da Idade Moderna,

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com inicio da decadência das corporações operativas (englobadas sob rótulo de

maçonaria de Ofício ou operativa), estas começaram, paulatinamente, a aceitar

elementos estranhos à arte de construir, admitindo, inicialmente, filósofos,

hermetistas e alquimistas, cuja linguagem simbólica assemelhava-se à dos francos-

maçons.

Como a Ordem Rosa-cruz estava impregnada pelos alquimistas, deu-se a

ligação do rosacrucianismo e da alquimia com a Maçonaria. Leve-se em consideração,

também, que durante o governo de José II, imperador da Alemanha de 1765 a 1790, e

co-regente dos domínios hereditários da Casa d'Áustria, houve um grande incremento

da Ordem Rosa-cruz e sua comunidade, atingindo até a Corte e fazendo com que o

imperador proibisse todas as sociedades secretas, abrindo exceção, apenas aos

maçons, o que fez com que muitos rosacruzes procurassem as lojas maçônicas para alí

poder continuar com os seus trabalhos.

Ambas as Ordens são medievais, se for considerado o maior incremento da

Maçonaria de Ofício durante a Idade Média e o início de sua transformação em

"Maçonaria dos Aceitos" (também chamada, indevidamente, de "Especulativa"). Se,

todavia, considerarmos o início das corporações operativas, em Roma, no século VI

antes de Cristo, históricamente a maçonaria é mais antiga. Isso é claro, levando em

consideração apenas, as evidências históricas autênticas e não as "lendas", que faz

remontar a origem de ambas as instituições ao Antigo Egito.

A maçonaria é uma ordem totalmente templário, ou seja, os ensinamentos só

ocorrem dentro das lojas. Seus graus vão do 1 ao 3 nas "Lojas Base" e do 4 ao 33 nas

"Lojas de Graus Filosóficos". Já a Antiga e Mística Ordem Rosa-cruz dá ao estudante o

livre arbítrio de estudar em casa ou em um templo Rosa-cruz. O estudo em casa é

acompanhado à distância, e assim como na maçonaria, é composto de vários graus,

que vão do neófito (iniciante) ao 12º grau, conhecido como grau do ARTESÃO.

O estudo no templo, mesmo não sendo obrigatório, proporciona ao estudante

além do contato social como os demais integrantes, a possibilidade de participar de

experimentos místicos em grupo, e poder discutir com os presentes os resultados, e

por último, a reunião templário fortalece a egrégora da organização, o que também

ocorre na maçonaria.

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

A maior evidência de uma ligação histórica entre a Ordem Rosa-Cruz e a

Maçonaria é a existência do "Capítulo Rosa-Cruz" que é o 18º Grau do "Rito Escocês

Antigo e Aceito" da Franco-Maçonaria, (representando simbolicamente a 9ª Iniciação

Menor no grau de "Cavaleiro Rosa-Cruz"), que tem como símbolos principais o

Pelicano, a Rosa e a Cruz.

AS INICIAÇÕES

Uma singularidade entre a AMORC e a Maçonaria, são as iniciações nos seus

respectivos graus, sendo que para ambas, a primeira é a mais marcante. No caso da

Maçonaria a iniciação é no grau de Aprendiz, na AMORC, a admissão se dá no Primeiro

Grau de Templo. As iniciações têm o mesmo objetivo, impressionar o iniciante, levá-lo

à reflexão, para que ele decida naquele momento se deve ou não seguir adiante, e se o

fizer, assumir o compromisso de manter velado todos os símbolos, usos e costumes da

instituição de que fará parte.

Origem remota, rituais ocultos e superdesenvolvimento mental. Esses são

alguns dos assuntos que fascinam os iniciados nessa sociedade.

Segundo a própria Ordem, sua finalidade é estudar, testar e ensinar as leis de

Deus e da natureza capazes de tornar nossos membros mestres do sagrado templo (o

corpo físico) e obreiros do divino laboratório (os reinos da natureza). Isto nos permite

prestar auxílio mais eficaz aos que ainda não conhecem aquelas leis e que precisam de

assistência. Todo iniciado tem dever de servir, considerando imperativo estudar e

praticar as leis ensinadas em nossa Ordem, aplicando-as sempre que oportuno

[Manual rosa-cruz, H. Spencer Lewis, 7ª ed., 1981, p. 201].

O objetivo maior dos rosas-cruzes, sempre foi ajudar toda a humanidade a

evoluir ao mais alto grau de perfeição terrena, e prestar auxílio a toda criatura, para a

glória de Deus e o bem-estar da humanidade [Manual rosa-cruz, H. Spencer Lewis, 7ª

ed., 1981, p. 67].

O SIMBOLISMO

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

Vários são os símbolos comuns às duas instituições, a começar pela disposição

dos mestres com cargos, lembrando os pontos cardeais, e a passagem do Sol pela

Terra, do Oriente ao Ocidente.

Cada ponto cardeal é ocupado por um membro. A figura do venerável mestre

na maçonaria, ocupando sua posição no Oriente, encontra similar na Ordem Rosa-cruz,

na figura de um mestre instalado, que ocupa seu lugar no leste. A linha imaginária que

vai do altar dos juramentos ao Painel do Grau, e a caminhada somente no sentido

horário, também é similar. Em ambos os casos o templo é pintado na cor azul celeste,

e a entrada dos membros ocorre pelo Ocidente.

O altar dos juramentos encontra semelhança no Shekinah na ordem Rosa Cruz,

sendo que neste último não se usa a bíblia ou outro livro, mas sim 3 velas dispostas de

forma triangular, que são acesas no início do ritual e apagadas ao final deste,

simbolizando a luz, a Vida e o Amor.

Outra semelhança é o uso de avental por todos os membros iniciados ao

adentrarem o templo, enquanto que os oficiais, (equivalente aos mestres com cargo),

usam paramentos especiais, cada qual simbolizando o cargo que ocupa no ritual.

O avental usado pelos membros não diferencia o grau de estudo.Algumas das

diferenças ficam por conta da condução do ritual, onde na rosa cruz tem caráter

místico-filosófico.

Os iniciantes na Ordem Rosa Cruz recebem seus estudos em um templo

separado, anexo ao templo principal, enquanto que os aprendizes maçons recebem

suas instruções juntamente com os demais irmãos e, finalmente, o formato físico da

loja maçônica lembra as construções greco-romanas, enquanto que a Ordem Rosa Cruz

(AMORC) lembra as construções egípcias.

ROSACRUZES FAMOSOS

Ramon Llull, Dinis de Portugal (o Rei-Poeta), Rainha Santa Isabel (alquimia das

Rosas), Leonardo da Vinci, Paracelso, Nostradamus, Michael Servetus, Luís Vaz de

Camões, John Dee, Giordano Bruno, Heinrich Khunrath, Lutero, Caspar Schwenckfeld,

Sebastian Franck, Valentin Weigel, Johann Arndt, Francis Bacon, William Shakespeare,

Michael Maier, Robert Fludd, Coménio (Jan Amos Komenský), René Descartes, Elias

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

Ashmole, Isaac Newton, Gottfried Wilhelm Leibniz, Alessandro Cagliostro, Johann

Wolfgang von Goethe, Conde de St. Germain, Johann Sebastian Bach, Vitor Hugo,

Paschal Beverly Randolph, Edward Bulwer-Lytton, Franz Hartmann, William Wynn

Westcott, Samuel Liddell MacGregor Mathers, Richard Wagner, Rudolf Steiner, Max

Heindel, Arnold Krumm-Heller, Reuben Swinburne Clymer, Harvey Spencer Lewis,

George Alexander Sullivan, Hermann Hesse, J. van Rijckenborgh,Corinne Heline, Manly

Palmer Hall, Elsa M. Glover.

A ROSA CRUZ NA ATUALIDADE

Além da AMORC, existem atualmente diversas Organizações Rosacrucianas.

Apresentamos à seguir uma breve descrição da mais conhecida no Brasil:

FRATERNIDADE ROSACRUZ

No Brasil e em Portugal (em inglês, The Rosicrucian Fellowship), foi fundada por

Max Heindel entre 1909 e 1911, nos Estados Unidos, e não reivindica o título de

"Ordem Rosacruz". Considera-se apenas uma escola de exposição de suas doutrinas e

de preparação para o indivíduo para ingresso em caminhos mais profundos na Ordem

espiritual, sendo que a verdadeira Ordem Rosacruz funciona apenas nos mundos

espirituais. Ao contrário da maioria das demais organizações rosa cruzes, as escolas de

Max Heindel se consideram indissociáveis do Cristianismo considerando-o como a

única verdadeira religião universal e Cristo como o único salvador, daí ser mais

propriamente chamada de Cristianismo Rosacruz, ou, por vezes, Cristianismo

Esotérico. Outras organizações rosa cruzes também se consideram cristãs, mas não

com este ênfase.

CERIMÔNIAS E PRÁTICAS

São as seguintes cerimônias e práticas celebradas regularmente que identificam

os rosa-cruzes como seita:

1. RITUAL DE APOSIÇÃO DE NOME – deve ser realizado até os 18 meses da

data do nascimento, em uma cerimônia semelhante com o batismo de crianças

realizado na igreja católica.

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2. RITUAL DE MATRIMÔNIO -um tipo de cerimônia religiosa de casamento

pode ser realizado até uma semana após o casamento civil.

3. RITUAL FÚNEBRE – cerimônia realizada só quando o morto tiver pertencido à

Ordem.

4. ORDEM JUVENIL DOS PORTADORES DE ARCHOTE – cerimônia realizada com

crianças e adolescentes entre os 5 e 17 anos, com três classes por idade.

5. RITOS ANUAIS – Festa Sagrada do Ano Novo, com refeição simbólica

(março); Festa da Pirâmide (setembro) em comemoração à construção da grande

Pirâmide de Quéops.

BENÉFICOS PARA QUEM PERTENCE Á ORDEM

Melhora da saúde; cura a distância; cura por contado; melhora em

compreensão espiritual e maior felicidade. Melhora dos afazeres domésticos: no

cuidado de crianças, no companheirismo com o conjugue e em outros assuntos

íntimos.

Tais “benefícios”, porém, são alcançados por intermédio de poderes ligados ao

ocultismo, que é visto como resultado do desenvolvimento mental.

A Bíblia ensina que existem duas manifestações de curas de milagres: os

realizados pelo poder de Deus (At 14.3) e os realizados pelo poder do diabo (Êx 7.10-

22; 8.7).

Jesus ensinou que nos últimos dias surgiriam falsos profetas e falsos cristos, e

que os tais fariam grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os

próprios escolhidos (Mt 24.24; ver Ap 19.20).

Esses milagres não devem ser aceitos (Dt 19.20; 2ª Ts 2.10-11), pois não

procedem de Deus. Os milagres realizados sob o poder de Deus servem para glorificá-

lo e para a conversão de pecadores (Hb 2.4; At 19.11-12).

O homem não tem poderes latentes que possam ser desenvolvidos por

exercícios mentais, como procura ensinar a Ordem Rosa-Cruz (Sl 39.5; Jr 17.5; Is 2.22;

Sl 103.14-16).

O JURAMENTO

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

Assim como na maçonaria, existe também na Ordem Rosa-Cruz um juramento,

o que lhe confere o caráter de sociedade secreta.

Tal juramento representa o compromisso assumido pelos iniciados, quando da

Iniciação ao Primeiro Grau, e também em outras ocasiões. Durante o juramento,

ocorrem cerimônias e convocações.

As palavras de juramento são procedidas do sinal-da-cruz (não se trata do sinal-

da-cruz dos católicos), que deve ser feito lentamente, com dignidade e sincera

reverência.

“Diante do sinal-da-cruz, prometo por minha honra não revelar a ninguém

que não seja conhecido Frater ou Sóror desta Ordem, os sinais secretos ou palavras

que aprender antes, durante ou depois de ter passado pelo Primeiro Grau”

[Monografia de iniciação].

A Ordem Rosa-Cruz procura negar a proibição bíblica contra os juramentos e a

filiação com sociedades secretas:

“Não há injunção alguma, em qualquer parte da Bíblia, contra a associação

com sociedades de estudos privados. Na verdade, podemos verificar, por uma leitura

atenciosa da Bíblia cristã, que existiam sociedades de estudo privado nos tempos

bíblicos ou nos primórdios do cristianismo, e que elas não eram condenadas”

[Pergunta e resposta rosa-cruzes, H. Spencer Lewis, 7ª ed., 1981, p. 195].

Refutação.

A Bíblia ensina que o juramento é proibido: “Eu, porém, vos digo: de modo

algum jureis; nem pelo céu, por ser o trono de Deus; nem pela terra, por ser estrado

de seus pés; nem por Jerusalém, por ser cidade do grande Rei; nem jures pela tua

cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. Seja, porém, a tua

palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno” (Mt 5.34-37).

No livro de Levítico 5.4, o Senhor adverte que aquele que jurar sem saber o que

está jurando, será considerado culpado. O NT, na carta do apóstolo São Tiago 5.12,

também proíbe o juramento.

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

O segredo, organizado ou sistemático, é condenado pela Bíblia (Mt 10.26-27; Jo

18.20). Satanás é o príncipe das trevas, e as trevas são o refúgio do pecado (Jo 3.20-21;

Ef 5.8-11).

SÍMBOLOS E MISTICISMO

Utiliza-se de objetos em suas práticas ocultistas, tais como: incenso, velas,

estátuas, toalhas, aventais, bandeiras, decalques, discos, fitas K-7; publicações como

monografias de vários graus enviadas pelo Correio para os membros do Sanctum da

Grande Loja – lugar de encontros e atividades para o rol de membros. O símbolo da

Ordem é uma cruz negra com uma rosa vermelha no centro. Essa rosa, parcialmente

desabrochada, simboliza a consciência em evolução à medida que recebe a Luz Maior

[Manual rosa-cruz, H. Spencer Lewis, 7ª ed., 1981, p. 235].

Refutação.

Em nossos dias, o interesse das pessoas por magias, ocultismo, psicologia e

desenvolvimento mental tem sido grande. Por isso o fascínio que a Ordem Rosa-Cruz

exerce sobre seus iniciados. O ambiente de mistérios que envolvem seus rituais e

práticas tem seduzido seus adeptos que, dificilmente, deixam a Ordem por quaisquer

razões que sejam.

No entanto, a Bíblia nos adverte que a pratica de ocultismo, é contrário aos

desígnios de Deus e é por Ele condenado (Dt 18.9-12).

OBJETOS UTILIZADOS NOS RITUAIS

Ritual praticado pela ordem:

“Selecione qualquer ocasião ou dia da noite, a qualquer período da semana que

seja conveniente para realizar este ritual. Requererá o isolamento de uma convocação

de Sanctum.

Velas: Ascenda duas velas (archote) no altar de seu Sanctum, colocando-as

cerca de 20 cm de distância uma da outra, no mesmo plano. Se tiver a Cruz do

Sanctum, coloque-a ligeiramente por trás das duas velas e no centro entre as mesmas.

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

Incenso: Na ocasião em que preparar as velas, acenda também o incenso no

incensório. O incensório deve ser colocado cerca de 10 cm em frente à Cruz do

Sanctum.

Avental: Se tiver o seu avental ritualístico, deverá usa-lo, atando-o da maneira

usual.

Luzes: Todas as luzes devem ser apagadas, em seu Sanctum, com exceção das

velas e a lâmpada próxima à cadeira em que estiver sentado, para a leitura. Evite, se

possível, ter luzes brilhantes acesas no teto” [Adito número Um, p. 6].

Ritual: Durante o ritual o estudante será referido como postulante. Esta palavra

significa alguém que o solicitou ou aquele que busca sabedoria ou verdade espiritual

de uma fonte exaltada ou superior.

Postulante: Levante e se aproxima de seu altar com este manuscrito. Diante do

altar faz o sinal-da-cruz como foi anteriormente instruído. Em seguida, lê o que se

segue suavemente:

“Contemplo a luz do archote à minha frente. Ela revela a mim o que as trevas

ocultam. Mas a glória da luz não é autocontida. Ela se alimenta dos elementos

materiais do archote e dos elementos químicos do ar no qual eles existem. Embora o

archote não tenha criado a chama e sua luz, não obstante esta é dependente do

archote. O archote é o corpo necessário, e a chama e a luz são a coroação de sua

realização.

Possa eu, humilde Postulente, aprender bem esta lição e respeitar a

santidade e necessidade de meu físico! Assim seja!”[Adito número Um, p. 6].

Refutação.

A Bíblia declara que Jesus é o caminho, a verdade e a vida; e ninguém vai ao Pai

senão por Ele. (Jo 14.6). Jesus mesmo declara: “Conhecereis a verdade, e a verdade

vos libertará” (Jo 8.32).

Vimos que Jesus chama a si mesmo de a Verdade. Assim, somente Ele é a

Verdade que liberta o homem. Jesus é a luz do mundo: “Eu sou a luz do mundo; quem

me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (João 8.12).

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

Os rosa-cruzes precisam conhecer Jesus. Somente assim poderão conhecer, de

fato, a Verdade. E, uma vez que conhecerem a Verdade, conhecerão também a

sabedoria, pois Tiago afirma: “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a

a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida” (Tg

1.5).

ASTROLOGIA

A Astrologia (do grego astron, "astros", "estrelas", "corpos celestes", e logos,

"palavra", "estudo") é uma pseudociência segundo a qual as posições relativas dos

corpos celestes poderiam, hipoteticamente, prover informação sobre a personalidade,

as relações humanas, e outros assuntos mundanos. É, como tal, uma atividade

divinatória, quando usada como oráculo, mas também pode ser usada como

ferramenta para definição das personalidades humanas. Um praticante de Astrologia é

chamado astrólogo.

A Ordem Rosa-Cruz admite a prática da astrologia. Alegam, sem base, que a

ciência da astrologia era aceita e que o Antigo Testamento admite a influência dos

astros sobre as pessoas.

A astrologia é praticada pelos chamados horóscopos (hora + exame) e se

constitui em um dos princípios elementos com os quais se envolve a Ordem Rosa-Cruz:

“Há uma parte da astrologia que é de fato interessante: É a parte inicial simples

que possibilita ao indivíduo ler ou as tendências e capacidades de outro indivíduo. A

pessoa não precisa ser grande conhecedor, nem ter longa prática para que possa ler o

caráter de outro indivíduo através de um horóscopo cuidadosamente elaborado, mas

quando se trata de interpretar o futuro, ou a tentativa de prever acontecimentos

futuros, mesmo superficialmente, quando mais detalhadamente, então se incorre em

sérias dificuldades, e é este aspecto da astrologia que veementemente condenados, a

menos que sejampraticados pelos muito poucos ‘experts’ da América ou Europa.

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

Espero que nenhum de nossos membros chegue a nos pedir que lhe revelemos quem

são eles” [Fórum Rosa-cruz, vol XIV, abr/1983, nº 2, p.3].

Refutação.

A Bíblia afirma que o Universo foi criado para manifestar a existência e a glória

de Deus: “O céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas

mãos” (Sl 19.1; Jó 9.7-9; 38.4-7].

As constelações receberam nomes dos deuses antigos, o que envolve idolatria

(2ª Rs 23.5; Is 47.13; Jr 10.2-3). A idolatria é uma prática condenada por Deus, e foi

destruída pelos reis fiéis entre o povo de Israel.

O raciocínio de que os astros exercem influencia sobre a vida das pessoas é

completamente estranho à própria Bíblia, pois o que encontramos, tanto no Antigo

quanto no Testamento, são condenações a essa prática (Dt 4.19; At 13.6-8; 19.19;

14.8-15).

AS PALAVRAS MÁGICAS

Ordem Rosa-Cruz, afirmam que existem determinadas palavras mágicas que ao

serem pronunciadas trazem proteção contra as adversidades da vida.

Ensinam que os membros quando se confrontam com situações graves e

ameaçadoras, ao repetirem a palavra Mathrem, ou a palavra Mathra, recebem

proteção imediata para o corpo e paz para a mente.

O uso da palavra Mathrem constitui um apelo às hostes cósmicas e ao poder

cósmico protetor, enquanto que a palavra Ambetta cria imediatamente uma influencia

protetora à sua volta.

Para justificar toda essa onda de ocultismo com palavras mágicas, os rosas-

Cruzes afirmam que Jesus proferiu, como suas últimas palavras na cruz, à palavra RA-

MA, que é uma combinação de essência positiva masculina (RA) e da essência

feminina, negativa (MA); TH representa o poder emanado da combinação de RA e MA.

Refutação.

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

A Bíblia ensina que podemos até ser tolerante com certas pessoas que andam

na prática do ocultismo. Todavia, não podemos negar que tais práticas são demoníacas

(Is 2.6; At 8.9, 10).

As últimas palavras de Jesus na cruz foram: “Está consumado” (Jo 19.30). De

onde os rosas-cruzes tiram essas idéias.

1ª Timóteo 6.3-5: “Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não

conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é

segundo a piedade, É soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e

contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas,

Perversas contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade,

cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais.”

O SIGNIFICADO DA CRUZ

“Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós,

que somos salvos, poder de Deus” (1ª Co 1.18).

Os rosas-cruzes removeram a loucura da cruz e criaram, para si mesmo, outro

sentido para a palavra cruz. Afirmam:

“Rosa-Cruz: símbolo abstrato ou artificial, composto de dois elementos.

Representa o corpo físico do homem, com os braços abertos, voltado para a luz. No

centro, no ponto em que braço horizontal da cruz se une ao madeiro vertical, está

sobreposta a rosa, representando a personalidade-alma. Essa rosa, parcialmente

desabrochada, simboliza a consciência em evolução à medida que recebe a Luz Maior”

[Manual rosa-cruz, H. Spencer Lewis, 7ª ed., 1981, p. 235].

Para os membros do rosacrucionismo, o verdadeiro sentido da cruz é:

“Não obstante, desejamos assegurar, tanto a judeus como a gentios, a

católicos romanos como a protestantes, que os orientais (que não pertencem a

qualquer dessas quatro categorias) consideram sagrado o símbolo da rosa-cruz, não

como símbolo religioso, mas com símbolo divino, porque representa a verdadeira

divindade do homem e de toda a natureza.”[Manual rosa-cruz, H. Spencer Lewis, 7ª

ed., 1981, p. 89].

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

Em uma de suas monografias, a ordem dos rosas-cruzes, ensina a seus

seguidores a repetir o seguinte ritual:

“Eu sou puro! Eu sou puro! Eu sou puro!

“Minha pureza é a pureza da Divindade do Templo Sagrado. Portanto, não me

acontecerá mal neste mundo porque eu, mesmo eu, conheço as leis de Deus, que são

o próprio Deus.”[Monografia de neófito, 2º grau]

Segundo a Bíblia, a cruz foi o instrumento de tortura usado pelos romanos para

executar a sentença da morte do Senhor Jesus.

Quando o apóstolo Paulo se refere à palavra cruz, na sua carta aos coríntios, ele

está dizendo que a morte de Cristo e o evangelho é loucura perante a sabedoria

humana e que a mensagem da cruz não somente abrange a sabedoria e a verdade,

mas também o poder ativo de Deus, para salvar, curar, libertar, e redimir a alma do

poder do pecado.

No manual dos rosas-cruzes, diz: “....porque representa a verdadeira divindade

do homem e de toda a natureza”.

Segundo a Bíblia o homem não é um ser divino, pois, embora criado à imagem

e semelhança de Deus, é apenas criatura (Gn 1.26-270). Deus é supremo Criador (Gn

1.1). O desejo de ser divino, à semelhança de Deus, foi o pecado de Satanás, que o

lançou fora da presença de Deus (Is 14.12-17).

O homem não é Deus. Logo, os dois não podem ser confundidos (Is 31.3; Ez

28.2, 9).

OS ENSINOS SOBRE JESUS segundo a AMORC

A ordem rosa cruz, confronta os ensinos bíblicos sobre Jesus:

a) “Jesus foi, inquestionavelmente, a culminação da evolução de centenas dos

grandes místicos e seres inspirados dos séculos anteriores” [Fórum rosa-cruz, jul/1980,

p.55].

Resposta apologética.

Jesus não pode ser comparado a nenhum líder religioso, pois a Bíblia diz que Ele

é o próprio Deus (Jo 1.1; 10.30), o único caminho para a salvação (Mt 16.13), o único

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

caminho para Deus (Jo 14.6). Jesus, de fato, é o único meio de salvação providenciado

por Deus

Jesus comprovou sua autoridade fazendo milagres por onde passava. Quando

contestado, operava milagres para confirmar sua autoridade divina (Mc 2.5-7).

b) “A mãe e o pai de Jesus tinham vivido na comunidade essênica. José era

membro dos graus elevados da Irmandade, enquanto que Maria era virgem vestal, em

um dos templos da Irmandade. Assim, Jesus nasceu na Irmandade Essênia; mas

Irmandade Essênia não constituía uma religião ou igreja, ou realmente uma seita”

[Monografia do templo, 12º grau].

Resposta apologética.

Jesus nasceu em Belém da Judéia (Mt 2.1; Lc 2.11), e “ficou morando numa

cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que os profetas tinham dito:

“O Messias será chamado de Nazareno” (Mt 2.23 NLH).

Os ensinos e atitudes contrários de viver dos essênios:

Quanto ao legalismo:

Os essênios eram ferrenhos no seu legalismo de guardar o sábado.

Jesus se mostrou tolerante quanto à guarda do sábado (Mt 12.10-12).

Quanto ao ascetismo (consiste na prática da renúncia do prazer ou mesmo a

não satisfação de algumas necessidades primárias, com o fim de atingir determinados

fins espirituais):

Os essênios viviam asceticamente e tinham certas restrições quanto à

alimentação.

Jesus não se afastava do povo nem fazia restrições quanto a comida (Mt 11.19;

15.17-20).

c) A doutrina da expiação, ensinada pela Igreja, consiste em que Cristo expiou

todos os pecados da humanidade, morrendo na cruz. Como homem havia caído em

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

tão forte condição de pecado, e o abismo ente ele e Deus tinha tornado tão grande

que era impossível o próprio homem fazer alguma coisa para expiar o seu pecado, foi

necessário o próprio Deus, na Pessoa do Cristo, fizesse essa expiação pelo homem.

Sabemos que a doutrina da expiação é misticamente verdadeira, mas somente no

sentido de que o próprio homem, alcançando o estado de Consciência Cósmica, pode

expiar seu estado pecaminoso. [Discurso suplementar, série III, p. 4].

Resposta apologética.

A Bíblia diz que a salvação é dom de Deus. Não pode ser alcançada por

intermediário de méritos próprios pessoas (Rm 3.24; Ef 2.8-9; Tt 3.4-7).

Jesus expiou nossos pecados na cruz do Calvário e nos declarou justificados

diante de Deus (Rm 3.25-26; 1ª Jo 1.7-9).

Negar a expiação pela morte de Cristo é estar compactuando com o diabo (Mt

16.21-23).

d) É interessante chamarmos a atenção para o fato de que, em nenhuma

passagem dos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João existem a declaração

positiva, feita com base na observação pessoal desses discípulos, de que Jesus morreu

na cruz, ou que estava morto quando o removeram e colocaram no sepulcro. Em João

19.33 encontra-se a declaração de que os soldados acreditaram que Jesus estava

morto, mas São João não faz uma declaração positiva e, quando menciona o golpe de

lança, não nos da motivo para crer que isto teria causado mais do que um ferimento

superficial; por outro lado, o fato de que teriam fluido sangue e água indicaria que

Jesus ainda estava vivo [Vida mística de Jesus, 1ª ed., 1985, p. 249).

Resposta apologética.

De todas as religiões existentes no mundo, o cristianismo é a única que teve

seu fundador ressurreto. De fato, os primeiros apóstolos demonstravam a

autenticidade do cristianismo baseado no fato da ressurreição do Senhor Jesus Cristo.

É interessante notar que a maioria das mensagens apresentadas no livro de Atos

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

enfatiza a morte, sepultamento e ressurreição (At 1.22; 4.33; 17.18-31). Cristo fala da

sua ressurreição (Jo 2.19),

Paulo mostra que o fato histórico da ressurreição de Cristo é fundamental ao

Evangelho. “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé” (1ª Co 15.14).

Sem um Cristo ressurreto, não teríamos Evangelho nenhum para anunciar! “Se

Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã a nossa fé. Se mortos não

ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa

fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em Cristo

perecem”.

Paulo confessou abertamente que a ressurreição de Cristo era um fato

absolutamente fundamental à sua pregação, pois sem essa ressurreição, não havia

mensagem alguma de salvação e nem esperança para se pregar.

A recusa de muitos em admitir e confessar o fato da ressurreição não é

novidade do século XX, pois tal atitude se manifestou logo após a ressurreição do

Mestre! (Mt 28.12-15).

Outros indivíduos, não querendo admitir o fato da ressurreição, preferem

acreditar que Jesus apenas desmaiou, mas não morreu. Tal teoria não convence as

pessoas de mente sadia e bem intencionadas, o mesmo Cristo reapareceu em pleno

vigor físico e mental; não estado de fraqueza ou semi-inconsciência. Além disso, os

mesmos soldados que crucificaram Jesus cravaram uma lança no Seu lado esquerdo, e

observaram que das Suas feridas saíram sangue e água, do qual João foi também

testemunha ocular (Jo 19.34-35).

Os fisiologistas dos nossos dias são unânimes em declarar que tal efusão de

água e sangue dos órgãos vitais do corpo resulta da morte do organismo previamente

ocorrida.

Outros críticos incrédulos preferem dizer que Jesus apareceu apenas em

espírito. Porém Jesus fez questão de comer na presença de muitas testemunhas após

Sua ressurreição, comprovando assim a qualidade física do seu corpo ressurreto. (Lc

24.39).

É mais correto concluir que aqueles que não creem, nem aceitam a ressurreição

corporal do Senhor Jesus Cristo, adotam tal atitude para por meio dela tentarem

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

acalmar sua consciência e daí evitarem a responsabilidade de responder à chamada

pessoal e insistente de Jesus Cristo em seus corações, para que creiam no Evangelho,

se arrependam, abandonem as vãs imaginações humanas, as heresias e recebam a

salvação que Jesus lhes oferece graciosamente.

Havendo examinado vários argumentos contrários à ressurreição, vamos ver as

evidências que comprovam a veracidade desse fato histórico.

Túmulo vazio (Mc 16.4-6), os lençóis deixados em ordem (Jo 20.4-6), o

testemunho dos soldados (Mt 28.2-4), os testemunhos dos discípulos: em quarto lugar

veremos as palavras do apóstolo Paulo (1ª Co 15.3-7).

Essas são as testemunhas vivas naqueles dias e que atestavam terem visto a

Jesus ressurreto durante o período de quarenta dias antes da sua ascensão. Todos os

onze apóstolos viram-no e com Ele falaram. Depois um grupo de quinhentas pessoas

também o viram pouco antes da sua ascensão. João afirma claramente (Jo 7.5) que, no

início do ministério de Jesus, seus próprios irmãos não criam n’Ele. Sabemos que eles

passaram a crer e permaneceram fiéis a Jesus após Sua ressurreição, pois At 1.14

menciona como estando no cenáculo com os demais discípulos por ocasião do

Pentecostes.

Durante os quarenta dias que permaneceu na terra após a Sua ressurreição,

Jesus apareceu às seguintes pessoas:

1 A Maria Madalena Jo 20.11-18

2 Aos dez sob portas fechadas Jo 20.19-23

3 Aos onze, inclusive Tomé Jo 20.26-29

4 Aos sete, à beira do Mar da Galiléia Jo 21.1-14

5 A Pedro Lc 24.34; 1ª Co 15.5

6 A Maria Madalena e a outra Maria Mt 28.1-10

7 A Maria,Joanae as demais mulheres Lc 24.1-10

8 Aos onze num monte da Galiléia Mt 28.16-17

9 Aos dois, no caminho de Emaús Lc 24.13-35

10 Aos quinhentos galileus 1ª Co 15.6

11 A Tiago 1ª Co 15.7

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

12 A todos os apóstolos 1ª Co 15.7

13 A Paulo 1ª Co 15.8; At 9.3-7

14 A Estevão At 7.35-60

e) “É certo que, se todos os cristãos estivessem completamente, treinados os

familiarizados com os puros ensinamentos de Cristo, tanto no seu sentido místico

como religioso, não existiriam as várias denominações cristãs que temos hoje, nem a

rivalidade e a oposição que podem ser encontradas nessas várias denominações da

mesma escola de pensamento” [Monografia do templo, 10º grau].

Resposta apologética.

Nenhum cristão ortodoxo deve filiar-se à Ordem Rosa Cruz:

2ª Co 6.11-17: “Ó coríntios, a nossa boca está aberta para vós, o nosso

coração está dilatado. Não estais estreitados em nós; mas estais estreitados nos

vossos próprios afetos. Ora, em recompensa disto, (falo como a filhos) dilatai-vos

também vós. Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que

sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E

que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que

consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus

vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus

e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor;E não

toqueis nada imundo,E eu vos receberei;”

O HOMEM

Os rosacruzes afirmam que o homem passa por sete períodos de

renascimentos. Em cada período desses, ele evolui um pouco mais. Ao chegar ao

último período o homem será divino. Noutras palavras, isso é reencarnacionismo

espírita. Foi com esta mentira que a serpente tentou a Eva no Éden: “Sereis como

Deus” (Gn 3.5).

A REENCARNAÇÃO

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

A Ordem Rosa-Cruz orgulha do seu ensino sobre a reencarnaçãoe declara:

“Existem no mundo poucas escolas de ocultismo que têm ensinado esta lei

muito sagrada e secreta.

A Ordem Rosa Cruz é a única das escolas metafísica ou ocultistas, em todos os

tempos, que ensinaram ao mundo ocidental, esta lei em versão original, correta e

completa”.

E explica a forma reecarnacionista que adota:

“De acordo com a lei da reencarnação, cada ser humano renasce no plano

terrestre a Cada 144 anos, em média. Em outras palavras, se pudéssemos acompanhar

as reencarnações de uma pessoa em um período de mil anos atrás, verificamos a

ocorrência de um renascimento em um corpo a cada 144 anos, em média”[Monografia

de neófito, 2º grau, nº 12, p.4].

Resposta apologética.

Nenhum cristão que analisa os ensinamentos do Novo Testamento pode

acreditar na reencarnação. Jesus ensinou a unicidade da vida terrestre ao declarar que

o homem rico morreu e foi para o inferno, ao passo que Lázaro, ao morrer, foi para o

seio de Abraão (Lc 16.22-26).

O Senhor falou da existência de um lugar definido para o perdido (Mt 25.41 e

de um lugar definido para o salvo (Mt 25.34-36). Ensinou que a redenção só é possível

por sua morte na cruz, e não por esforço humano (Mt 20.28; 26.26-28; Lc 19.1-10; Jo

3.16-17). Falou da ressurreição do corpo (Jo 5.28-29).

Além dos ensinos do próprio Jesus, a Bíblia declara que o homem morre uma só

vez, vindo depois disso o juízo (Hb 9.27).

Paulo afirmou que o cristão, ao morrer fisicamente, vai estar com Cristo no céu

(2ª Co 5.6-8; Fl 1.21-23). O corpo aguarda a ressurreição.

João viu o cavaleiro chamado morte e o Hades seguia-o (Ap 6.8). Todos os que

creem em Jesus se tornam filhos de Deus, e não se perdem (Jo 1.12), mas vão para o

céu (Jo 14.2-3).

Reencarnação se opõe ao ensino bíblico da salvação, pois afirma que a salvação

se alcança pelas obras (Rm 4.4-5; Ef 2.8-9).

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

Jesus deixou claro que a teoria do carma não é verdadeira (Jo 9.1-3).

A EXISTÊNCIA DE SATANÁS

A ordem Rosa-cruz nega a realidade de um diabo pessoal e da possessão

demoníaca, e afirma:

“O homem primitivo tinha a tendência de personalizar todos os poderes e

princípios, a ponto de personalizar deuses para os ventos e tempestades, calor, frio, e

outras condições do Universo e da vida humana. É natural, então, encontrarmos sua

tendência de personificar este poder do mal que parecia penetrar no corpo de algum

ser humano causando-lhe toda sorte de problema” [Ibid., 11º, nº 46, p.3].

“Os mestres da Grande Fraternidade Branca iniciaram seus primeiros ataques

quando à existência de Satã, mostrando que não ere necessário à existência de um

deus mau para justificar todo o mal que existia no mundo” [Ibid., 10º, nº 46, p.3].

Resposta apologética.

A Bíblia é clara quanto ao diabo. Ensina que um dos anjos da mais alta ordem

chamava-se Lúcifer que decidiu ser igual a Deus e, por isso, foi desalojado de sua

posição (Is 14.12-14).

O diabo passou a lutar contra Deus e tentou, no Éden, nossos primeiros pais,

que cederam á tentação (Gn 3.1-5, 9-19). Assim, por meio de Adão, o pecado entrou

no homem, causando os males que hoje são vistos no mundo inteiro (Rm 5.12; Jo

8.44).

O diabo vive ao nosso derredor, buscando a quem possa tragar (1ª Pe 5.8), e os

demônios possuem o corpo das pessoas para se manifestar (Mc 1.23-27; 5.1-16).

Jesus deu poder aos seus seguidores para que expulsassem os demônios (Mc

16.17; At 19.12-13).

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“... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. (Mt 22.29b)

Paulo afirmou que, nos últimos dias, surgiriam doutrina de demônios. Negar a

existência de Satanás e dos demônios faz que as pessoas fiquem vulnerável ás insídias

do diabo (1ª Tm 4.1; 1ª Jo 4.1-3; 2ª Co 11.13-15).

A ERA DE AQUÁRIOS

A Ordem Rosa-Cruz admite a praticada astrologia, por isso aceita a passagem

para a Era de Aquários. Em verdade, é uma organização que a integra o Movimento

Nova Era:

“A Nova Era, a Era de Aquários, verá reencarnado um número cada vez maior

de personalidades de maior compreensão [Forum Rosa Cruz, jan/1983, p.15].

Resposta apologética.

A Bíblia ensina que realmente haverá uma nova era, a era do reinado de Cristo,

e que essa era será precedida pelo anticristo (1ª Jo 2.18; Lc 1.31-33).

O cavaleiro do cavalo branco (Ap 6.1), traz consigo uma comitiva macabra. O

cavalo branco será seguido pelo segundo cavalo (vermelho), que tira a paz da terra ao

trazer a guerra. O terceiro cavalo (preto) trará fome. E o quarto cavalo (amarelo) trará

a morte (Ap 6.1-8).

Jesus, no entanto, aparece para desfazer as obras do anticristo e do falso

profeta, vencendo-os e trazendo paz permanente por mil anos (Ap 19.11-21; 20.1-6).

As pessoas que confiam na astrologia serão decepcionadas e ficarão frustadas

quando tais coisas acontecerem (Is 47.12-15).