Rolezinho Marcas

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Rolezinho marcas, consumo e segregao no Brasil Revista de Estudos Culturais (USP)Rosana Pinheiro-Machado: antroploga, professora universidade de Oxford, pesquisa consumo, circulao de mercadorias contexto China, Paraguai, Brasil)Lucia Mury Scalco: antroploga, Doutorado UFRGS, 2012, pesquisa consumo, tecnologia, classes populares, acesso a informao.

Dividido em : rolezinho e comportamento de consumo; consumo em marcas entre jovens da periferia de POA; debate sobre segregao de classes e raa no Brasil; passagem de rolezinho para Rolezinho. O trabalho se apoia em duas fontes de analise1)pesquisa etnogrfica consumo popular, observao particiapante com jovens da periferia de Porto Algre (2009)2) analise qualitativa blogs e redes sociais

O ano de 2014 marca o perodo em que o debate sobre os rolezinhos ganha visibilidade nacionalo. Grupos de jovens e adolescentes de periferias urbanas organizam-se para consumir shoppings centers no Brasil, locais antes destinados as camadas mdias tornam-se tambm espao de sociabilidade e consumo para outros sociais.Objetivo do artigo discutir o fenmeno dos rolezinhos, que se realiza em contextos locais, nacionais e globais. Perceber, como um fenmeno que a primeira vista, seria apenas jovens a procura de diverso, ganha outras propores. O rolezinho foi o fenmeno mais debatido nas redes sociais e na mdia impressa entre dez/2013 e jan/2014. Interessante perceber que mesmo com o debate, a maioria da populao brasileira no apoiava prtica (80% dos paulistas desaprovavam; 72% entendem que devem ser alvo de interveno policial).Por que estudar o rolezinho?Traz a tona as estruturas de desigualdade/segregao que est arraigada historicamente (colonizao)Os rolezinhos estariam relacionados a prtica (recente)de incluso pelo consumo de grupos sociais atravs de polticas publicas.Em mbito global, se relaciona com a dinmica do capitalismo, manifesta na venerao e ostentao de marcas, criando um abismo entre o contexto social em que se vive e o consumo de marcas de luxo.*Marketing do amor: periferias globais, mimeses e desigualdadeA relao entre o consumo de produtos de luxo e grupos de camadas baixas no um fenmeno novo, nem se restringe ao BrasilEx: Friedman (1990) Congo consumo de grife, associado a identidade Ritual conhecido como danas das grifes, neste caso, ser e parecer esto intimamente ligadis: Voce o que voc veste.O consumo do vesturio, para Friedman, cercado de uma estratgia global vinculado fora que proporcionam, que no apenas riqueza, mas tambm sade e poder polticoLondres: grupos chavs Brasil:marca Lacoste: campanhas voltadas ao publico de elite, vem se transformando numa marca associada ao consumo da periferia (funk) Bonde do LacosteConsumo (resposta) marketing do amor (Foster,2003)/ evangelizao. Ao criara identidade, age no campo do simblico.A ideia do amor e da religio surge a partir do reconhecimento totmico de que os grupos precisam de smbolos para se identificar. Uma vez criado o culto do amor, o consumidor capaz de fazer qualquer sacrifcio pelas marcas e a pagar qualquer preo.

Com o consumo, os jovens desafiam /subvertem os mtodos de marketing das marcas de luxo. ao se apropriarem dos smbolos dos outros, reinventam a sua prpria condio de pobreza resinificando a carncia em abudancia p. 5Porem a desigualdade material continua presente. [Estamos diante do debate dos estudos coloniais e pos-coloniais- Qual o limite entre apropriao e resistncia?Cita: Jean Rouch em Os mestres-loucos (imitao ou reapropriao?)Bahba, a mimese no final das contas, um ato de subverso. De fato, no podemos deixar de perceber os problemas decorrentes do encontro entre colonizador e colonizado. H fronteiras, elas so cada vez menores, e a sociedade esta mais conectada. Pretende entender o fenmeno neste contexto: dominao/reapropriao

* Dos rolezinhos de Porto Alegre: a cosmologia e sociabilidade juvenil na periferiaUm dos fenmenos das periferias urbanas no Brasil: bondes, gangues, grupos, clas juveinis,Funk ostentao associado aos reolezinhos+ cultua carros, dinheiro e grifesNea a perfeira como lugar da pobreza, da destituio, da ausncia.- Tem discusrso polticoEmicida: um direito nosso cantar a felicidade. A sociedade ostenta,via propaganda, novela; mas quando a favela faz, acha que a favela que criou o consumismo.

Os rolezinhos sintetizam elementos do capitalismo global e cultura localConsumir muito mais do que comprar: um um ato que concomitantemente aprisiona e liberta os indivduos das estruturas sociaisentre as quais esto transitando. P. 3

* Gangues, crime e sociabilidade juvenilRessalta a diferena entre os bondes e as ganguesSem relao direira com o crime, ainda que o tangencieExpoe as diversas formas/arranjos de acesso as marcas1)crime (roubo)( cometidos pelos menois poderosos nas redes locais Permite o acsso atravs da receptao2) trabalho: eu era um vagabundo, daqui comecei a ver que estar bonito importante, ento, eu devo s marcas o fato de ter comeado a trabalhar por poder comprar.

Escala de poder (roupas): patro do trafico = outros compradores (circulao /mercado interno)

Valor/originalidade das peas? Negar a pirataria

A diverso no consiste na motivao principal dos rolezinhos.

* Segregao, preconceito e consumo como incluso* Do rolezinho ao Rolezinho: dimenses polticas do fenmenoConsideraes finais