Rodovia - UFJF · 2 Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida...
Transcript of Rodovia - UFJF · 2 Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida...
1
Universidade do Minho Escola de Engenharia
Paulo Pereira
Elisabete Freitas
Hugo Silva
Joaquim Carneiro
Joel Oliveira
Jorge Pais
Raul Fangueiro
António Gomes Correia
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento
e para a qualidade de vida
2
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
1. O contexto global da Gestão do Património Rodoviário
2. Gestão do Património Rodoviário: situação atual e desafios de futuro
3. Modificação de betumes e misturas betuminosos
4. Ligantes e misturas betuminosas temperadas
5. Incorporação de resíduos em ligantes e misturas betuminosas
6. Nanomateriais e nanotecnologia: uma solução tecnológica e ambiental
7. Materiais reforçados com fibras
8. Estabilização dos solos com resíduos
9. Reciclagem de materiais para pavimentos rodoviários
10. Estruturas de pavimentação: Pavimentos perpétuos
11. Modelação do pavimento
12. Abordagem baseada em inteligência artificial para a modelação de pavimentos
13. Segurança e conforto rodoviário
14. Sistemas de Gestão do Património Rodoviário: uma visão de futuro
3
O contexto desafiante da Gestão do Património Rodoviário § Rede rodoviária: infraestrutura desafiante, envolvendo questões, decisões e inputs técnicos políticos
e societais (vasto âmbito de competências)
§ Ciclo de vida dos pavimentos: Economia, Tráfego, Clima, Materiais
§ Administração rodoviária: promover uma melhor qualidade de vida através da utilização sustentável de recursos
Melhorar o desempenho técnico, económico e sustentável da rede rodoviária:
necessário um planeamento a longo prazo com antecipação do timing e volume de investimentos
Responder aos interesses da administração rodoviária, utilizadores e sociedade
Otimização dos investimentos do ciclo de vida na rede rodoviária
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
4
Gestão do Património Rodoviário: situação atual e desafios de futuro O desafio
§ abordagem holística, diferentes stakeholders, interesses contraditórios
§ inovação (materiais – macro e nano escala); ferramentas computacionais para gestão da informação
Gestão do Património Rodoviário: relação entre a qualidade da infraestrutura e o nível de serviço
requerido pelo utilizador final
§ Objetivo da administração rodoviária: alocar recursos financeiros (estrutura estratégica e organizacional)
§ Informação atualizada: antecipar intervenções nas vias (otimizar recursos financeiros)
§ ARMS (Asset Road Management System): abordagem global integrando todo o património das vias
Recolha de dados + Sistemas de Informação – iniciar na fase de planeamento
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
5
Modificação de betumes e misturas betuminosas Caracterização avançada de ligantes betuminosos modificados com polímeros e borracha, incluindo
bio-ligantes
§ Cooperação e Doutoramento conjunto: Iowa State University (EUA)
§ Investigação cooperativa: Instituto de Polímeros e Compósitos
§ 2 estudantes PhD; 4 teses MSc; 3 artigos de revistas ISI
Método inovador BAS Curvas mestras e tempos de relaxação de ligantes betuminosos
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
6
Ligantes e misturas betuminosas temperadas Estudo de ligantes e misturas betuminosas temperadas (WMA) com diferentes aditivos e tecnologias
para serem aplicadas a temperaturas mais baixas.
§ Investigação cooperativa: Instituto de Polímeros e Compósitos
§ Cooperação com a indústria: 2 trechos construídos
§ 5 teses MSc; 3 artigos em revistas ISI+Scopus
Efeito dos aditivos WMA na viscosidade dinâmica dos ligantes Fumos na descarga de misturas (a)quentes e (b) temperadas
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
7
Incorporação de resíduos em ligantes e misturas betuminosas
PLASTIROADS – Desenvolvimento de materiais multifuncionais com resíduos plásticos para
pavimentação de estradas PTDC/ECM/119179/2010 (€ 131.496,00)
§ Projeto a ser desenvolvido entre abril de 2012 e março de 2015
§ Financiado pela FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
§ Parceiros LNEC & UMinho: Engenharia de Polímeros e Física
Resíduos plásticos utilizados, modificação do betume durante a fase de produção e mistura final obtida (resultados preliminares obtidos numa tese de mestrado)
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
8
Nanotecnologia na indústria da construção A nanotecnologia detém a chave que permite que os materiais de construção repliquem as
características dos sistemas naturais, melhoradas até à perfeição durante milhões de anos. Em 1981,
Drexler, K. apresentou uma definição mais precisa de tecnologia como sendo a fabricação de várias
estruturas com dimensões e precisão entre 0,1 e 100 nm. Em termos comparativos, recorde-se que
um cabelo humano tem a espessura de 80,000 nm e que a hélice dupla do DNA tem um diâmetro de
2 nm.
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
9
Relatório RILEM TC 197-NCM, ‘‘Nanotechnology in construction materials”: primeiro documento que resume o potencial da nanotecnologia em termos da aplicação e desenvolvimento de novos
materiais de construção, nomeadamente:
§ Utilização de nanopartículas, nanotubos de carbono e nanofibras para aumentar a resistência e
durabilidade de compósitos cimentícios assim como para uma função de despoluente
§ Produção de aço isento de corrosão
§ Produção de materiais de isolamento térmico com um desempenho 10 vezes mais elevado do que
as atuais opções comerciais
§ Produção de revestimentos de filme fino com capacidades de auto-limpeza e capacidade de
mudança de fase para minimizar o consumo de energia
§ Produção de nanossensores e materiais com capacidade sensitiva e auto-reparação
Nanotecnologia na indústria da construção
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
10
Aplicação de Nanotecnologia na área do consumo de energia na construção (ou energia solar passiva) refere-se ao desenvolvimento de Materiais de Mudança de Fase - Phase Change Materials (PCMs) -
nano/micro-encapsulados, que podem ser usados para o armazenamento da energia térmica em
edifícios para promover o conforto térmico do edifício e alcançar altos níveis de poupança energética
em sistemas de arrefecimento.
Nanotecnologia e energia
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
11
§ Monóxido de carbono (CO)
§ Óxidos de Nitrogénio (NOx)
§ Dióxido de enxofre (SO2)
§ Ozono (O3)
Principais poluentes ambientais
Atividade industrial, em combinação com a centralização da população em áreas urbanas, conduz
a um aumento da poluição atmosférica que reduz a
saúde de qualidade dos cidadãos. A média anual de
poluentes particulados produzidos globalmente é
bastante superior ao permitido por lei.
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
12
Combinação de materiais nanoestruturados (com capacidade de autolimpeza e capacidade para fotodegradação dos NOx) com misturas betuminosas: impacto notável em alguns nichos de
mercado na indústria da construção civil. O dióxido de titânio é o melhor candidato a semicondutor
para ser usado como material fotocatalítico devido à sua estabilidade química, baixa toxicidade e
disponibilidade. Relativamente a aplicações na construção civil, a ativação de superfícies dos
pavimentos rodoviários betuminosos através da deposição de nanopartículas de TiO2 permitirá a
despoluição do ar e a redução da sujidade absorvida pelas superfícies.
Estratégias para minimizar os efeitos da poluição
Estrutura Cristalina:
Rutile
Estrutura Cristalina: Anatase
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
13
Na presença da luz solar, o TiO2 absorve energia suficiente para participar nas reações químicas oxidação-redução e degradar os poluentes originais em produtos inertes.
Estratégias para minimizar os efeitos da poluição
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
14
Modificação de betume utilizando nanopartículas de TiO2
As misturas asfálticas modificadas deverão ser capazes de:
§ Degradar compostos orgânicos e reduzir a concentração de poluentes no ar sem perder
nenhuma das características mecânicas e físicas iniciais dos pavimentos rodoviários.
Estratégias:
§ Deposição de nanopartículas TiO2 na superfície
§ Incorporação de nanopartículas TiO2 no volume
Modified road pavement
TiO2 nanoparticles
Desenvolvimento de materiais semicondutores aplicados a pavimentos rodoviários, induzindo propriedades multifuncionais (promovendo a função de autolimpeza e/ou minimizando a poluição do
ar causada por missões de NOx).
Estes materiais podem ainda capacitar a produção de superfícies rodoviárias não-deslizantes,
importantes para reduzir os acidentes que ocorrem devido à combinação de chuva e óleos
absorvidos pelas superfícies dos pavimentos.
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
15
Resultados / Conclusões § Os compósitos de resíduos de fibra revelaram propriedades
mecânicas moderadas com um máximo de força e rigidez de 100 MPa e 1200 MPa, em compressão e em tração
§ Os compósitos de resíduos de fibra possuem muito boas propriedades de isolamento térmico e acústico
§ Poderão ser encontradas potenciais aplicações em construção de edifícios em painéis de parede interiores, revestimentos, paredes divisórias, painéis de portas, etc.
Materiais compósitos reforçados com resíduos de fibra Equipa: João Velosa; R. Fangueiro; S. Rana
Objetivo: estudar processos exequíveis de produção de compósitos reforçados com resíduos de fibra e investigar a influência de vários parâmetros (densidade do compósito, fibra e fração volumétrica da resina) nas propriedades mecânicas dos compósitos de resíduos de fibra.
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
16
Argamassas reforçadas com fibras recicladas
Equipa: Gonilho-Pereira; R. Fangueiro; F. Soutinho
Objetivos: Contribuir para o desenvolvimento de materiais para construção sustentável através da utilização de fibras recicladas em
argamassas cimentícias.
Resultados/Conclusões § As argamassas cimentícias apresentam uma fluidez que não foi
afetada pela presença de fibras recicladas
§ O aumento do conteúdo de fibras recicladas resultou na redução dos
módulos de elasticidade dinâmico, de resistência à tração por flexão e
à compressão das argamassas e aumento da absorção capilar,
coeficiente de capilaridade, índice de secagem, porosidade e força de
arranque
§ A introdução de fibras recicladas levou à melhoria do isolamento
térmico que é da maior importância no desenvolvimento de materiais
de construção energeticamente eficientes
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
17
Reforço de edifícios históricos com fibras naturais Equipa: R. Codispoti; F. Cunha; S. Rana; R. Fangueiro; D. Oliveira
Objetivo: Desenvolver um novo sistema de reforço para paredes de edifícios históricos baseado em
estruturas entrançadas em fibra natural e comparar a
performance com outras soluções existentes
§ A carga de rotura aumenta linearmente com o número de fios de sisal axiais assim como com a
densidade linear dos entrançados
§ Assim, é extremamente fácil produzir um fio
entrançado com a necessária resistência à tração,
ajustando o número de fios axiais de sisal
Resultados/Conclusões
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
18
SOLOS ESTABILIZADOS COM CAL uma melhoria contínua das propriedades mecânicas ao longo do tempo
0
500
1000
1500
2000
2500
0 100 200 300 400 500
curing time (days)
Rc' (
kPa)
Untreated 3% lime – 20°C
A melhoria das propriedades geomecânicas com cal reduzirá os custos de manutenção das infraestruturas rodoviárias e ferroviárias: aterros, capacidade de carga, erosão.
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
19
ASIC* COMO MATERIAL RECICLADO PARA AS CAMADAS DO PAVIMENTO: Comparação de propriedades baseadas no desempenho entre ASIC e AGREGADOS NÃO LIGADOS NATURAIS
*Granite Aggregate: GA(0/19)w=5.9%; e0=0.260
y = 13.02x0.57
-‐ -‐ Granite Aggregate: GA (0/31,5)w=3.9%; e0=0.236
y = 4.70x0.71
Limestone Aggregatew=5.9%; e0=0.232
y = 18.29x0.57
Maia ISACw=3.3%; e0=0.343
y = 60.78x0.54
Seixal ISACw=5.8%; e0 = 0.330
y = 50.14x0.56
10
100
1000
10000
1 10 100 1000��� (kPa)
E nor(e=0
,35) (M
Pa)
*ASIC – Agregado inerte SIderúrgico para Construção
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
20
Ensaio de campo ASIC: avaliação da capacidade de carga
0
200
400
600
800
1000
1200
0 5 10 15 20 25 30 35
Distance (m)Deflection (x10-‐6 m
)
FWD Load 20kN FWD Load 30kN FWD Load 47kN
ISAC+ISACASIC
ISAC+GRS GA+GRS
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
21
Reciclagem de pavimentos Caracterização de misturas betuminosas incorporando material fresado (RAP - reclaimed asphalt
pavement) e outros resíduos
§ Estudo da incorporação de altas taxas de RAP nas misturas betuminosas
§ Investigação colaborativa com o Korea Institute of Construction Technology na utilização de aditivos
WMA na Reciclagem de misturas betuminosas
§ 2 dissertações MSc concluídas; 2 dissertações MSc a decorrer; 3 publicações ISI
Amostra do RAP usado
0.0%
1.0%
2.0%
3.0%
85%
90%
95%
100%
RAP ACF OIL
Void
s co
nten
t (%
)
ITSR
(%)
Type of mixture
ITSR Voids content0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.00 2000 4000 6000 8000 10000
Rut
dep
th (m
m)
Number of cycles
CONV RAP ACF OIL
Sensibilidade à água e Resistência à Deformação Permanente de misturas com 100% RAP
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
22
Reciclagem de pavimentos Eficiência Energética e Ambiental das Misturas Betuminosas e Redução das Emissões de Gases de
Efeito Estufa
Projeto QREN SI 007603 (2011–2012)
§ Parceiro: Grupo MonteAdriano
§ Promover a produção de misturas betuminosas com uma elevada incorporação de RAP e utilizando
tecnologias de misturas “mornas” (Warm Mix Asphalt - WMA). Permitirá a melhoria na eficiência
energética e ambiental deste tipo de atividade.
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
23
Modelação de pavimentos – Pavimentos perpétuos
Critérios para pavimentos perpétuos
§ Pavimento dimensionado para mais de 35 anos, usualmente 50 anos, sem necessidade de
reconstrução ou reabilitação de maior escala
§ Inexistência de reforço com espessura superior a 10 cm
§ Mais de 13 anos entre aplicações de reforço
§ Alto volume de tráfego (>20 milhões ESAL) – Camadas betuminosas espessas (mais de 30 cm)
TERRASSYTA
UNDERGRUND
BÄRLAGER
BELÄGGNING
FÖRSTÄRKNINGSLAGER
TERRASSYTATERRASSYTA
UNDERGRUNDUNDERGRUND
BÄRLAGER
BELÄGGNING
FÖRSTÄRKNINGSLAGER
BÄRLAGERBÄRLAGER
BELÄGGNINGBELÄGGNING
FÖRSTÄRKNINGSLAGERFÖRSTÄRKNINGSLAGER
Asphalt layers
(Un)bound roadbase
Foundation
Subgrade
Unbound sub base
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
24
Requisitos para pavimentos perpétuos § Camada de desgaste – resistente à fadiga
§ Camadas intermédias – resistente às deformações e durável
§ Camada base – resistente à fadiga e durável
§ Com estes pavimentos, é apenas necessário periódica reabilitação superficial
§ Vantagens na rapidez da construção (custos de atraso dos utentes) custos da construção
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
25
Estratégias para produzir pavimentos perpétuos § Modificação dos betumes com polímeros
§ Camadas de base dos pavimentos ricas em betume
§ Camadas de base dos pavimentos em misturas de alto módulo
Ensaios de fadiga em laboratório e métodos de análise § Ensaios de fadiga em 2, 3 ou 4 pontos
§ Ensaios de tração direta ou indireta
§ Leis de fadiga utilizando a curva de Wöhler
§ Grau de energia dissipada (DER - Dissipated energy ratio)
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
26
Camada de desgaste e de ligação estrutural
§ Resistente ao desgaste
§ Resistente à deformação e durável
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
0 2000 4000 6000 8000 10000
Rut d
epht
(mm
)
Cycles
Material 8 Material 7Material 6 Material 3Material 1 Material 2Material 5 Material 4
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
27
Camada de base
§ Resistente à fadiga e durável
100
1000
1.E+03 1.E+04 1.E+05 1.E+06 1.E+07
Tens
ile s
trai
n (E
-6)
Fatigue life
Material 1Material 2Material 3Material 4Material 5Material 6Material 7
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
28
Modelação para veículos pesados
§ Diferentes configurações dos eixos
§ Diferentes configurações dos pneus
Consequências na modelação, principalmente na
previsão de fendilhamento na superfície do pavimento
Fendilhamento com origem
à superfície
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
29
Diferentes tipos de modelação
§ Pneu simples
§ Pneu duplo
§ Pneu de base larga
§ Modelação dos sulcos do pneu
§ Diferentes pressões nos sulcos
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
30
Modelação dos sulcos dos pneus Extensão vertical de corte Tensão vertical na superfície do pavimento
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
31
Tensão vertical na superfície dos pavimentos
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
32
A inteligência artificial na modelação de pavimentos
§ Previsão do desempenho dos pavimentos: essencial para o projeto e gestão § Material asfáltico: material muito complexo de comportamento viscoelástico e plástico não-linear e
anisotrópico; muitos fatores influenciadores (veículos (carga, velocidade); ambiente (temperatura; pluviosidade))
§ Modelos desenvolvidos: abordagens simplistas; dados de qualidade insuficiente (QoI) § As capacidades dos métodos computacionais podem ser ir além com métodos qualitativos (IA) § Sistemas inteligentes: capazes de raciocínio, mesmo com dados incompletos/desconhecidos
§ A Extensão à Programação em Lógica (ELP),
um sistema simbólico puro, com entidades computacionais como nós numa rede
§ O Grau de Confiança (GdC) é calculado para uma variável particular num cenário particular
§ Possibilidade de mapear a informação defetiva, prevendo um desempenho do pavimento para um determinado conjunto de variáveis (tráfego, ambiente, estrutura)
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
33
Segurança e conforto rodoviário: o papel da superfície 1. Textura macro e micro
2. Irregularidade
3. Atrito
4. Ruído
5. Segurança
SAFESPEED – Estratégias de gestão da velocidade: um instrumento para a implementação de soluções de
gestão rodoviária seguras e eficientes
NOISELESS – Perceção, modelação e redução do
ruído através de superfícies de pavimentos inovadoras
e duráveis
NanoEcoBuild – Conceitos baseados em
nanotecnologia aplicados a superfícies de materiais de
construção inovadoras e eco-sustentáveis
Projetos de investigação
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
34
Características da superfície Textura macro e micro e irregularidade Textura macro e mega, irregularidade
Atrito
3D Texscan
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
35
Características da superfície: Ruído
Propriedades acústicas – ruído pneu-pavimento, absorção do som, impedância mecânica
Caracterização do ruído pneu-pavimento
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
36
Desenvolvimento de nova superfícies para redução do ruído
Utilização de cortiça, argila expandida e borracha reciclada de pneus (estudos laboratoriais)
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
250 750 1250 1750 2250 2750
CONTROL Expanded Clay
Frequência (Hz)
Abs
orçã
o A
cust
íca
(%)
Controle Argila expandida
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
250 750 1250 1750 2250 2750
CONTROL CORK
Frequência (Hz)A
bsor
ção
Acu
stíc
a (%
) Cortiça
Ligação cortiça-betume
Desgaste argila
Excelente desempenho
mecânico
Excelente desempenho
acústico
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
37
Modelação do ruído
Utilização de técnicas Data Mining para
desenvolvimento de modelos de previsão
de ruído pneu-pavimento a partir de
informação obtida em laboratório
Estudo do impacto da utilização
de superfícies da baixo ruído
no ruído ambiental
M2
M3
M4
66.6
63.9
65.1
60.3
63.2
64.9
66.2
67.466.0
64.4
00.0
Limite du projectBatimentZone boiséeRoutierParking exterieurSource sonoreRécepteursExposition au bruit (Lr)
HI
G
F
E
D
A
60.1B
C65.3
> 30.0 dB > 35.0 dB > 40.0 dB > 45.0 dB > 50.0 dB > 55.0 dB > 60.0 dB > 65.0 dB > 70.0 dB > 75.0 dB > 80.0 dB > 85.0 dB
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
38
Pavimentos de baixo ruído versus perceção e deteção de ruído
Níveis de incomodidade § Idade
§ Velocidade
§ Densidade de veículos
Acidentes – utentes vulneráveis (peões) § Idade
§ Tipo de pavimento
§ Tipo de veículo
!!
!
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
39
Características da superfície: Segurança
• Fotocatalíticas (com capacidade de degradação de poluentes)
Imagem SEM Espectro EDS
• Superhidrofóbicas e anti-gelo
Desenvolvimento de superfícies de pavimento multifuncionais
• Termosensitivas Comportamento antes e após desgaste
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
40
Características da superfície: Segurança
Modelo linear generalizado para estimativa de frequência de acidentes em segmentos de estrada
Dados: 1 ano
Dados: 3 anos
( ) ( )[ ]⎭⎬⎫
⎩⎨⎧ ∑= ∏ j mtjji
x
i mtitmt eayE ,
,
βγα
E(ymt) = o número expectável de acidentes no elemento m no período t; ai,mt , xj,mt = variáveis explicativas ; (i e j) = valores observados no elemento m no período t; αt = parâmetro do modelo relacionado com o período t; γi, βi = parâmetro do modelo constante para todos os t.
Aplicação do procedimento das equações de estimação generalizadas para estimativa de frequência de acidentes em intersecções
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira
41
Gestão do Património Rodoviário: Soluções para os desafios de futuro
Décadas anteriores: macro-abordagem à investigação de materiais
§ Utilização clássica de ferramentas computacionais para sistemas de informação e modelação
Última década: avanços em recursos laboratoriais, em abordagens computacionais e nano
§ da macro escala à nano-dimensão: encontrar o “ADN” dos materiais, nova compreensão,
novos materiais
§ gerir informação e conhecimento: neurociência e inteligência artificial (IA) aplicadas à gestão
da rede de infraestruturas
§ avaliação da rede: micro e nano-eletrónica
q infraestruturas inteligentes;
q materiais auto-reparáveis
q auto-monitorização;
q Avaliação em tempo real (via wireless, ligados ao escritório).
Rodovia: uma infra-estrutura para o desenvolvimento e para a qualidade de vida
Paulo Pereira