Rito Schroder

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1 RITO SCHRÖDER IIrWerner Rinkus Ubyrajara de Souza Filho Os Rituais de Schröder (pronunciase "chreder") foram aprovados em 1801 pela Assembléia dos Veneráveis Mestres da Grande Loja de Hamburgo, Alemanha, sendo praticados por alemães e seus descendentes em diversos países. No Brasil, com a colonização germânica no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, o Rito estabeleceuse inicialmente no idioma Alemão. Mais tarde foi traduzido para o Português e hoje é reconhecido pelas Grandes Lojas EstaduaisCMSB, pelo G. O. B. e pelos Grandes Orientes Estaduais Independentes COMAB. Os Rituais foram elaborados por uma Comissão presidida pelo Irmão FRIEDRICH LUDWIG SCHRÖDER, nascido em 3 de novembro de 1744 e falecido em 3 de setembro de 1816. Iniciado em 1774 no Rito da Estrita Observância, em 1785 foi eleito V.M. de sua Loja Mãe, a "Emanuel Zur Maienblume", ficando no cargo até 1799. Entre 1794 e 1814 foi Deputado do GrãoMestre (GrãoMestre Adjunto) e, de 1814 a 1816, GrãoMestre da Grande Loja de Hamburgo e da Baixa Saxônia (naquela época a Alemanha ainda não fora unificada). O Irm. Schröder gozava de grande prestígio como Maçom e como profano (foi considerado na época, "o maior ator que a Alemanha já teve") e era reconhecido como um profundo conhecedor da História e dos Antigos Rituais da Maçonaria. Estudou principalmente os livros "As Três Batidas Diferentes na Porta da Mais Antiga FrancoMaçonaria – The Three Distinct Knocks at the Door of the Most Ancient FreeMasonry", de autor desconhecido, sem dúvida o mais antigo ritual maçônico impresso; e "Maçonaria

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RITO SCHRÖDER 

IIr∴Werner Rinkus 

Ubyrajara de Souza Filho 

 

Os Rituais de Schröder  (pronuncia‐se "chreder")  foram aprovados em 1801 pela Assembléia  dos  Veneráveis  Mestres  da  Grande  Loja  de  Hamburgo,  Alemanha,  sendo praticados  por  alemães  e  seus  descendentes  em  diversos  países.  No  Brasil,  com  a colonização germânica no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, o Rito estabeleceu‐se inicialmente  no  idioma  Alemão.  Mais  tarde  foi  traduzido  para  o  Português  e  hoje  é reconhecido pelas Grandes Lojas Estaduais‐ CMSB, pelo G. O. B. e pelos Grandes Orientes Estaduais Independentes ‐ COMAB.  

     Os Rituais foram elaborados por uma Comissão presidida pelo Irmão FRIEDRICH LUDWIG SCHRÖDER, nascido em 3 de novembro de 1744 e falecido em 3 de setembro de 1816. Iniciado em 1774 no Rito da Estrita Observância, em 1785 foi eleito V.M. de sua Loja Mãe,  a  "Emanuel  Zur Maienblume",  ficando  no  cargo  até  1799.  Entre  1794  e  1814  foi Deputado  do  Grão‐Mestre  (Grão‐Mestre  Adjunto)  e,  de  1814  a  1816,  Grão‐Mestre  da Grande Loja de Hamburgo e da Baixa Saxônia (naquela época a Alemanha ainda não fora unificada).  

O  Irm.  Schröder  gozava de  grande prestígio  como Maçom e  como profano  (foi considerado na época, "o maior ator que a Alemanha já teve") e era reconhecido como um profundo  conhecedor  da  História  e  dos  Antigos  Rituais  da  Maçonaria.  Estudou principalmente  os  livros  "As  Três  Batidas  Diferentes  na  Porta  da  Mais  Antiga  Franco‐Maçonaria – The Three Distinct Knocks at the Door of the Most Ancient Free‐Masonry", de autor  desconhecido,  sem  dúvida  o mais  antigo  ritual maçônico  impresso;  e  "Maçonaria 

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Dissecada ‐ Massonry Dissected", de Samuel Prichard, que continha as práticas maçônicas utilizadas em Londres em 1730.  

         Examinou também, os rituais dos diversos sistemas de graus complementares que  proliferavam  na  Europa  daqueles  tempos.  Suas  pesquisas  o  levaram  a  abolir  os chamados "altos graus", bem como  todo o ocultismo que dominava a Maçonaria Alemã, restaurando o Antigo Ritual Inglês, adaptando‐o para a cultura e para o idioma germânicos seus contemporâneos. É devido a essa origem comum nos antigos rituais ingleses que o Rito Schröder é semelhante ao Rito de York  (Emulation Rite) sem, contudo, ser uma cópia do mesmo.  

     O Irm. Schröder entendia a Maçonaria como uma união de virtudes e não, uma sociedade esotérica. Por isso, enfatizou no seu Ritual o ensinamento dos valores morais e a difusão do puro espírito humanístico, dentro do verdadeiro amor fraternal. Preservando a importância dos símbolos e resgatando o princípio que afirma ser "a verdadeira Maçonaria a dos Três Graus de São João".  

      O  famoso  historiador  e  maçom  Findel,  na  sua  História  Geral  da  Franco‐Maçonaria,  dedica  grandes  elogios  ao  Irm.  Schröder,  como  podemos  perceber  nessa passagem: "Além de maior pureza de objetivos (comparando‐se com os do Irm. Fessler que atuava em Berlim) em que se inspiraram seus trabalhos e investigações, sua natureza, sua forma  e  as  circunstâncias  exteriores  o  secundaram  ainda mais  eficazmente.  Estava‐lhe reservada a glória de fazer penetrar vitoriosamente a luz entre as trevas do erro, de dissipar as espessas nuvens que obscureciam os resplendores da verdade maçônica e de assentar bases sólidas para atividade de seus Irmãos."  

       Pelo seu  trabalho e exemplo, o  Irm. Schröder é venerado e  respeitado hoje, como no passado, sendo homenageado pelas antigas Lojas alemãs e por Lojas e Irmãos de todo o mundo.  

Algumas Características do Rito Schröder:  

• O Rito Trabalha exclusivamente nos Três Graus Simbólicos ou Azuis;  

• Somente os cargos de Ven. Mestre, Vigilantes e Tesoureiro são eletivos;  

•  O  Orador  é  nomeado  pelo  V.  M.  somente  para  as  sessões  em  que  for considerado necessário e não atua como "Guarda da Lei", que é o próprio V.M.;  

• Os demais cargos em Loja: Secretário; 1° e 2° Diáconos; Mestre de Harmonia; 2° Diáconos Adjuntos  (Guardas do Templo  interno e externo) e Preparador,  são nomeados pelo V. M.;  

• O 1° Diácono é também o Mestre de Cerimônias;  

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• São T. as batidas para todos os Graus, variando apenas na cadência;  

• Durante as Sessões ritualísticas a Palavra é concedida pelo V. M. através do 2° Vig.;  

• Todos os  Irmãos usam  chapéu ou  cartola  ("cilindro alto") e  luvas brancas nas Sessões;  

•  Os  aventais:  o  de  Aprendiz  é  branco  e  mantém  a  abeta  levantada;  o  de Companheiro é branco e tem a abeta baixada, circundada por uma borda azul; o de Mestre é branco com uma borda azul que também circula a abeta baixada, sem rosetas ou Taus.  

• O avental de Mestre é o mesmo para o V.M. e os Ex‐Veneráveis;  

• O Rito original não adota a Cerimônia de Instalação de Veneráveis Mestres. É o Reg. Geral da Potência que determina este procedimento adotado pelas Lojas Brasileiras;  

• O V.M., em visita a outras Lojas, usa na  lapela esquerda, presa a uma fita azul, uma comenda com um pequeno Esquadro;  

• Os Ex‐Veneráveis, chamados Past Masters, usam na lapela esquerda, presa a uma fita  azul,  uma  comenda  com  a  representação  gráfica  do  47°  Problema  de  Euclides pendurada a um pequeno Esquadro;  

• Utiliza‐se Sessões "a campo"  (fora do Templo) para assuntos administrativos e também para apresentação de Trabalhos ou Instrução;  

• Todos os Irmãos tem direito a Voz e voto (inclusive Aprendizes e Companheiros). É o Reg. Geral da Potência que determina, por exemplo, que para a Administração votem apenas os Mestres Maçons;  

• Todas as Sessões são encerradas com a  formação da Cadeia de União em um cerimonial próprio;  

• Se necessário passar a "Palavra Semestral", o V.M. formará uma segunda Cadeia de União após encerrada a Sessão;  

• Adota‐se a "Noite dos Convidados", que é uma Sessão Branca Especial "a campo" (fora do Templo e sem ritualística) para apresentar candidatos à Loja.  

Algumas Características do Templo do Rito Schröder:  

•  As  Colunas  J  e  B  ‐  Tais  Colunas,  no  Rito  Schröder,  fazem  parte,  apenas,  da instrução ministrada pelo Venerável Mestre por ocasião das  iniciações e promoções, mas 

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não se constituem em  símbolos instalados na Sala da Loja. Integram, portanto, a   alegoria para identificar as PPal�� SSagr�� dos respectivos graus. 

• Piso em um único nível (sem degraus) para Oriente e Ocidente (algumas Lojas – inclusive a ABSALOM  ‐ adotam dois degraus para o Oriente e um  terceiro degrau para o Altar do V.M.);  

•  A  decoração  do  Templo  pode  ser  simples,  com  teto  e  paredes  na  cor  azul variando apenas na tonalidade (pode‐se também utilizar formas artísticas e arquitetônicas para embelezar o Templo);  

•  O  Tapete  da  Loja,  com  os  símbolos  tradicionais  da  Ordem,  é  aberto ritualisticamente no centro do piso no Ocidente, substituindo os Painéis dos Três Graus;  

• Três Colunas (que podem ser das ordens Jônica, Dórica e Coríntia) encimadas por "Três Grandes Velas" circundam o Tapete (algumas Lojas adotam três grandes castiçais);  

• A  iluminação do Templo na Abertura e no Encerramento da sessão segue um cerimonial próprio (do Oriente para o Ocidente);  

• Um  Triângulo  ou  um  Compasso  e  um  Esquadro  com  a  letra G  no  centro  na parede oriental, sobre a cabeça do V.M.;  

• Altar (mesa retangular e cadeira sobre uma plataforma) para o V.M.;  

• Mesas  simples e  retangulares para os Oficiais  (1° e 2° Vigilantes,  Secretário e Tesoureiro);  

• O Livro da Lei sobre o Altar (que é a própria a mesa do V.M.) permanece fechado;  

• Na abertura da Loja, Compasso e Esquadro são armados pelo V.M. de acordo com o Grau dos Trabalhos e colocados sobre o Livro da Lei;  

• Ao lado e abaixo do Altar fica uma cadeira, a direita do V.M., para o G.M. ou seu Deputado;  

• Ao  lado e abaixo do Altar  fica uma cadeira, a esquerda do V.M.  , para o V.M. Adjunto (Ex‐V.M. mais moderno);  

• Os Past Masters  (Ex‐Veneráveis Mestres, pois o Rito não usa a expressão M.I.) sentam‐se no fundo do Oriente, de frente para o Ocidente.  

• Os Aprendizes sentam‐se na primeira fila da Coluna do Norte;  

• Os Companheiros sentam‐se na primeira fila da Coluna do Sul;  

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• Os Mestres sentam‐se em qualquer das duas Colunas;  

•  Uma  Sala  de  Preparação  e  uma  Câmara  Escura  substituem  a  "Câmara  de Reflexão".  

 

Algumas diferenças com o Rito Escocês Antigo e Aceito, pois o Rito Schröder NÃO utiliza:  

• Cargos de: Chanceler; Mestre de Cerimônias (é o 1° Diác.); Hospitaleiro; 1° e 2° Expertos; Porta‐Estandarte; Porta‐Espada; Mestre de Banquetes e Arquiteto;  

• Punhos para o V.M. e Vigilantes;  

• Pavimento Mosaico (com o mesmo simbolismo, tijoletas coloridas aparecem na borda do Tapete da Loja);  

• Colunas Zodiacais;  

• Abóbada Celeste (o céu está representado no centro do Tapete);  

• Gradil entre Oriente e Ocidente;  

• Altar de Juramentos (é a própria mesa do V.M.);  

• Olho que Tudo Vê (substituído por um Triângulo com a letra G no centro, ou pelo Compasso e Esquadro também com a letra G em seu centro);  

• Estrela Flamígera;  

• Corda de 81 Nós;  

• Espadas;  

• Espada Flamejante;  

• Prova dos Elementos (substituída pelas 3 Viagens);  

• Painéis dos Graus (representados pelo Tapete);  

• Mar de Bronze;  

• Bolsa de Propostas e Informações (são entregues diretamente ao V.M., antes do início da sessão);  

• Giro hierárquico para o Tronco de Solidariedade;  

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• Turíbulo ou incensório, pois não há queima de incenso nas sessões.  

 

Algumas diferenças com o Rito de York (Emulation Rite), pois o Rito Schröder NÃO utiliza:  

•  Cargos  de:  Diretor  de  Cerimônias;  Capelão;  Organista;  Esmoler;  Mordomo; Administrador da Caridade;  

• Pavimento Mosaico (substituído pelo Tapete da Loja);  

• A letra "G" suspensa no centro da Loja;  

• Os Pedestais do V.M. e dos Vigilantes;  

• A Pedra Bruta (representada no Tapete);  

• A Pedra Esquadrada (Idem);  

• Altar de Juramentos (é a própria mesa do V.M.);  

• Espada para o Guarda Externo;  

• Painéis dos Graus (representados pelo Tapete);  

• O andar "esquadrando" o Templo.  

 

Conclusão: O Rito Schröder apresentou expressivo crescimento a partir de 1995, quando havia cerca de 14 Lojas no Brasil. Atribuímos este crescimento a divulgação, nos Seminários de 95 e 98 (RS) e 99 (CE) e, a Fundação do Colégio de Estudos do Rito Schröder de Florianópolis (SC) em 1997. Este, mantém contato com todas as Lojas Schröder do Brasil, buscando sintonia com os ideais de Schröder e com os Rituais da Loja ABSALOM N.º 1. Visa uniformidade ritualística e de pensamento, em um trabalho de cooperação entre Lojas das diversas Obediências. Estas iniciativas estimulam muitos Irmãos, alguns mesmo sem deixar suas  "Lojas  Escocesas"  outros,  transferindo‐se  para  Lojas  Schröder  para  fundar  novas Oficinas. Por utilizar um Templo simples, com poucos paramentos e cargos, torna‐se muito mais  fácil  "trabalhar"  em  uma  Oficina  Schröder.  Tudo  isso  contribui  para  aumentar  o número de Oficinas que adotam o Rito. Atento a este movimento, o G. O. B. criou em 1999 o cargo de Grande Secretário Geral de Orientação Ritualística‐ Adjunto para o Rito Schröder, não por acaso, ocupado por um dos integrantes do Colégio de Estudos.  

Alguns aspectos principais chamam a atenção de todos os Irmãos que entram em contato  com  o  Rito:  a  simplicidade  da  Liturgia,  que  em  nada  diminui  sua  beleza  e 

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profundidade;  as palavras  amáveis do V.M.  ao  iniciando e  aos  Irmãos;  a  valorização das qualidades morais do homem; o estímulo ao auto‐conhecimento.  

Pela  objetividade,  os  trabalhos  litúrgicos  permitem  excelente  dinâmica.  Uma sessão econômica raramente ultrapassa 1h30, tratando‐se os assuntos administrativos (ata e expediente) e com apresentação de  trabalhos ou  instruções.  Já uma Sessão Magna de Iniciação de três profanos, cumprindo‐se  individualmente toda a ritualística, demora cerca de 2h30.  

Por estes motivos, já atingimos o expressivo número de 38 Lojas no Brasil, o que supera as 36 Oficinas da Alemanha e, temos certeza, continuaremos crescendo À Gloria do Grande Arquiteto do Universo.  

Os Rituais foram traduzidos dos originais revisados pela Loja ABSALOM DAS TRÊS URTIGAS N.º 1 em 1960. Esta Oficina fundada em 1737, uma das mais antigas do mundo, é jurisdicionada a Grande Loja dos Maçons Antigos, Livres e Aceitos da Alemanha.  

 

A ORIGEM E FONTES DO RITUAL SCHRÖDER  

Na  Grande  Loja  dos  Maçons  Antigos  Livres  e  Aceitos  (que  é  uma  das  mais importantes  componentes  da  Potência Maçônica  denominada  Grandes  Lojas  Unidas  da Alemanha) estão em uso dois rituais oficiais e o uso de mais dois é permitido. A maioria das Lojas trabalham no Rito Schröder na versão realizada em 1960.  

A  Grande  Loja  também  publicou  um  ritual  da  Arte  Real  baseado  na  tradição Francesa, com ambos os vigilantes colocados no Oeste e com a Acácia figurando no grau de Mestre. As Lojas que pertenciam a hoje extinta Grande Loja Royal York, foram autorizadas a trabalhar com seus antigos rituais baseados no texto reformado por Fessler. Algumas Lojas da igualmente extinta Grande Loja "Zur Sonne" (traduzido: "Ao Sol") continuam trabalhando pelos seus velhos rituais.  

      Como  na  Inglaterra,  não  há  nenhuma  diferença  fundamental  entre  estes trabalhos,  porquanto  todos  eles  derivam  de  Prichard's  Masonry  Dissected  (Maçonaria Dissecada  de  Prichard)  ou  do  Three  Distinct  Knocks  (Três  Batidas  distintas)  tendo  sido introduzidos certos elementos de algumas exposições e ainda adicionados embelezamentos de origem Francesa.  

A cerimonia "Passing  the Chair"  (Passando pela Cadeira) nunca  foi  introduzida e nem o "Real Arco" tem‐lhe dado apoio. A Grande Loja Nacional dos Maçons da Alemanha (outra  componente  da Grandes  Lojas Unidas  da Alemanha)  ainda  trabalha  pelo  sistema Sueco, que consiste de 10 (dez) graus com um fundo pronunciadamente Cristão.  

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O  Rito  York  Americano,  trabalhado  principalmente  pelas  Lojas  Militares  (Na Grandes Lojas Unidas da Alemanha existem ainda uma Grande Loja Américo‐Canadense e uma Grande Loja dos Maçons  Ingleses, cujos componentes em quase  sua  totalidade  são membros das tropas militares estacionadas na Alemanha) introduziu na Alemanha os graus Crypticos e Templários. O Supremo Conselho do 33º para a Alemanha, trabalha pelo Rito Antigo e Aceito, usualmente  conhecido  como Rito Escocês, parecido  com o Rito Escocês Retificado na França, que está se tornando popular de novo.  

O  que  inspirou  o  Irmão  Friedrich  Ludwig  Schröder  em  dar  um  novo  Ritual  a Maçonaria Germânica e como ele atacou esta tarefa que  impôs a si mesmo? Estas são as questões que serão agora  investigadas. Primeiramente algumas palavras sobre o homem, Schröder. Ele foi como seus pais, um ator produtor, que naquele tempo significava que ele era proprietário de teatro em Hamburgo. Ele conhecia na Europa as partes onde dominava a língua  alemã muito  bem,  nunca  esteve  na  Inglaterra,  França  ou  Itália.  Suas  habilidades lingüisticas eram limitadas embora ele fosse capaz de adaptar peças de teatro dos originais Franceses  e  Ingleses.  Sem  conhecer  Latim  e Grego,  ele  adquiriu  entretanto  um  grande cabedal de conhecimento pelo auto‐estudo. Acima de tudo se destacava nele o seu caráter forte  e  sincero. O  estado  da  Franco‐Maçonaria  na  Alemanha  no  tempo  em  que  ele  foi iniciado com a idade de 29 anos, era caótico. Seu proponente foi Johann J. Christoph Bode, seu amigo, e  sem escrutínio  foi aceito na Loja "Emanuel". O Rito Estrita Observância era dominante naquela época e o  caráter da  Franco‐Maçonaria  Inglesa,  como originalmente introduzida em Hamburgo,  se  tinha perdido. As  Lojas  foram dominadas pelo misticismo, alquimia,  Rosa‐Cruzes  e  Iluminados,  sendo  que  os  últimos  introduziram  formas  de cavalheirismo e "Altos Graus" importados da França.  

Mesmo  os  sóbrios  e  democráticos  Irmãos  de Hamburgo  não  se  abstiveram  de desfilar como "Muito excelente Cavaleiro Templário".  

Não  é  de  estranhar  que  um  homem  sério  e  despretensioso  como  Schröder, Estivesse  radicalmente  contrário  a  estas  excentricidades;  ele  esperava  da  Maçonaria, educação e verdadeira moralidade. Com o declínio do Rito Estrita Observância, depois da Convenção de Wilhelmsbad  em  1782,  a hora de  Schröder  tinha  chegado.  Segundo  seus desejos os Irmãos de Hamburgo decidiram:  

l.º) Restaurar a verdadeira e antiga Maçonaria, como nos foi trazida pelos nossos antepassados e espalhada daqui por quase toda Alemanha, e que existiu em Hamburgo até a reforma de 1765. Esforçar‐se zelosamente para elevar seus propósitos a um nível mais alto e fazer com que cada um dos seus ramos sejam mais úteis; isto deverá ser alcançado, com amor pela pesquisa da Verdade, seguindo com a máxima sinceridade os ensinamentos da sagrada religião Cristã e pondo fielmente em prática seus deveres.  

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2º) Melhorar a harmonia entre os Irmãos, procurando concentrar as quatro Lojas unidas  em  duas,  sendo  uma  Loja  Alemã  e  outra  Francesa,  e  permitir  a  seus membros elegerem seus Mestres no Festival de São João.  

3º) Trabalhar nos três graus da Arte Real de acordo com o Antigo Ritual Escocês dos nossos antepassados, até que os Rituais organizados na Convenção Geral nos  sejam comunicados.  

Para se ter uma  idéia dos problemas que envolviam uma tal decisão, aqui estão alguns exemplos das dificuldades com o Ritual que existiu em Hamburgo e em outras partes. Estes  eram  tirados  na  sua  maior  parte  da  primeira  edição  do  livro  "Materialien  zur Geschichte der Freimaurerei"  (Matéria para a Historia da Franco‐Maçonaria), um  tratado composto  do  1.400  páginas.  Este  trabalho  é  ainda  uma  mina  de  informações  para  o historiador principalmente por causa dos documentos mencionados e cujos originais agora não são mais acessíveis.  

Schröder  relata,  por  exemplo,  sobre  uma  Loja  da  cidade  de  Dresden  que  se compunha  de  membros  da  alta  aristocracia,  mas,  entre  os  oficiais  da  Loja  havia  um "cozinheiro‐chefe" e um "Porta Caneco" e em 1743 bebidas eram servidas enquanto a Loja estava aberta. Em 1744 dois Diáconos foram nomeados pela primeira vez na Loja "Absalom" em  Hamburgo,  presumivelmente  por  causa  das  exposições  que  haviam  aparecido  na Inglaterra e na França.  

Era naquela época ainda costume de pagar ao Secretário um salário especial pelos seus discursos, que apareciam depois impressos. O oficio de Orador veio para a Alemanha da França. Naquele tempo, o primeiro e o segundo grau não eram mais conferidos  juntos em Hamburgo, por causa dos regulamentos que requeriam um período entre eles de nove meses.  

O compromisso de Aprendiz incluía a seguinte exigência: "Que ele devia amar seus Irmãos e ainda promover seus melhores  interesses por todos os modos". Esta frase podia muito bem ter sido idealizada pela própria Loja; e se acha no Ritual até hoje. 

A publicação da exposição  "L' Ordre des Franc Maçons Trahi"  (1745),  fez a Loja "Aos  três Globos",  trabalhando num Ritual Francês,  introduzir uma mudança que não  foi entretanto mantida por muito tempo; a palavra "Tecton" e o sinal de "Harpocrates" (dedo indicador sobre os lábios) eram para ser usado como uma palavra e sinal adicional.  

Havia  uma  completa  incerteza  acerca  da  colocação  da  venda  nos  olhos.  O candidato geralmente era trazido para o interior da Loja com os seus olhos não vendados; o procedimento correto aprenderam de Londres somente em 1763. Além do mais, ninguém estava  certo  se  as  espadas  eram  para  ser  usadas  dentro  da  Loja.  (na  França  elas  eram consideradas como um símbolo de igualdade) ou se "fogo" deveria ser dado nos banquetes. 

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O  processo  de  escrutínio  também  não  era  compreendido.  Foi  somente  em  l763  que  a Grande Loja Provincial de Hamburgo decidiu que cada Irmão que colocasse uma bola preta na  caixa do escrutínio, devia  informar o Mestre dos motivos de assim  ter procedido, no prazo de 3  (três) dias.  Isto é habitual na Alemanha, até hoje  se até 3  (três) bolas pretas aparecerem. Painéis da Loja desenhados em oleados somente apareceram no fim do século 18; em 1765 o Cobridor ou um Irmão servente ainda tinha de fazer o desenho com giz no chão.  Um  Diretor  de  Cerimônias  foi  pela  primeira  vez  nomeado  em  1774,  embora  na Alemanha e na França o  seu  titulo era de "Mestre de Cerimônias. Mais ou menos nesta época os Diáconos foram renomeados de "Stewards".    

             É  bem  conhecido  pelos  balaústres  de  uma  pequena  Loja  no  Castelo Kniphausen na Frisia Oriental, que um soldado da guarda do Conde  foi empregado como Cobridor e pago pelos membros da Loja. O trabalho desta Loja era baseado no de Prichard embora o Tapete (Painel) tenha sido copiado de um desenho do livro "L' Ordre des Franc‐Maçons Trahi1". É  também  conhecido pelas muitas averiguações emanando de  todas as partes  da  Alemanha,  que  as  Lojas  de  Hamburgo  e  a  Loja  Provincial  Inglesa,  eram consideradas autoridades em todos os assuntos ritualísticos. Isto foi provavelmente a razão porque Schröder tinha seu Ritual impresso claramente sem abreviação ou código. Ele sabia que isto não estava de acordo com a pratica Inglesa. Ele também selecionou o tamanho ou formato "quarto" por ser mais prático para o Ritual e este está em uso ainda hoje. Ele achou que  era  preferível  ter  um  Ritual  organizado  pelos  principais Maçons  do  seu  Tempo  e aprovado pela Grande Loja Provincial de Hamburgo e que deveriam estar disponíveis para as Lojas, em vez de suas cerimônias serem baseadas em uma dúzia de exposições.  

     Schröder  fez uma observação ao pé da página:  isto  se  refere ao Ritual usado antes de 1765,  isto é, antes da  introdução da Estrita Observância. Entretanto  como não havia então Ritual escrito, tornava‐se impossível relembrá‐lo depois de 17 anos. De qualquer maneira  aquele  Ritual  não  seria  apropriado  para  o  fim  atual.  Os  balaustres  da  Loja "Absalom" mostram que o Ritual inglês não era acuradamente conhecido mesmo antes de 1763. Em 14 de março de 1764, uma iniciação e elevação na mesma noite, ‐ como era então praticado na Inglaterra ‐ teve que ser adiada por causa da ausência do Irmão Bode, que era o único capaz de dar uma explanação do Painel da Loja. Esta era a situação, quando Schröder começou sua tarefa. É importante mencionar que o trabalho em certas Lojas, era ainda em língua Francesa.  

Mas havia mais um obstáculo no caminho de um começo decidido e enérgico ‐ O Grão‐Mestre, von Exter. Embora ele ainda mantivesse uma nomeação Inglesa como Grão‐Mestre Provincial para a Baixa Saxônia e Hamburgo, ele estava profundamente envolvido com  a  Ordem  Rosa‐Cruz  e  os  graus  cavalheirescos  e  também  influenciado  com  idéias místicas. Desde a introdução do Rito da Estrita Observância em 1765.  

 

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        A  Grande  Loja  Provincial  de  Hamburgo  há muito  havia  negligenciado  suas obrigações  para  com  a  Grande  Loja  Mãe  em  Londres.  Finalmente,  o  então  Grande Secretario, Irmão Heseltine, em uma carta de 30 de maio de 1773 (UGL MS.26/B/B/1) pediu a devolução da Carta Constitutiva do Grão‐Mestre Provincial. Não tendo recebido resposta dentro  de  poucos  meses,  o  Irmão  Heseltine  enviou  uma  copia  de  sua  primeira  carta acrescentando que a Carta Constitutiva deveria se entregue ao Irmão Sudthausen que por acaso se achava em Hamburgo. A Grande Loja Provincial de Hamburgo reagiu com diversas cartas  iradas,  mas,  mesmo  assim  não  enviou  relatórios,  nem  saldou  as  devidas contribuições.  

Uma  vez  que  Schröder  tomou  as  rédeas  em  suas mãos  esta  situação mudou imediatamente.  De  agosto  de  1786  em  diante,  a  Grande  Loja  Provincial  de  Hamburgo enviou regularmente os balaústres de suas reuniões para Londres. A intervenção do Irmão, von Gräfe certamente tinha sido de grande ajuda nesta mudança.  (UGL Ms.26/B/B/7‐27). Ele tinha ditado o Ritual Inglês para o Grande Secretário Provincial, Irmão Beckmann. Em seu comentário, Schröder, faz a seguinte anotação:  

....e  assim  temos  agora  um  antigo  Ritual  comunicado  para  nós  –  exceto  por algumas alterações  introduzidas pelo tempo e o desejo de melhorar. De acordo com este texto, o 2ª Vigilante tem seu lugar no Sul; não havia nenhuma Estrela Flamígera e nem mais espadas dentro da Loja. O Diretor Regional, von Exter, pois ele ainda detinha este cargo na Estrita Observância,  não  trabalharia  se  as  duas  Colunas  (Vigilantes)  no Ocidente,  sem  a Estrela Flamígera, sem o monte de terra e o galho de Acácia, sem as alusões e promessas de uma Luz Superior e sem os vinte e mais itens muito preciosos para ele. Assim veio a Luz um Ritual até mesmo mais místico e mais pomposo do que esse da Estrita Observância.  

Estas observações contém uma importante indicação. O texto Gräfe não era bem o mesmo, como o bem conhecido texto do Prichard que havia sido publicado em uma edição Alemã em 1736 e que foi largamente utilizado pelas Lojas Alemãs e na França pela versão Francesa. O Irmão N. B. Spencer já apontou isto no volume Ars Quatuor Coronatorum nº 74: "O aparecimento regular de traduções de uma ou de outras exposições bem conhecidas em Alemão  ou  Francês,  encadernadas,  com  quase  todas  as  cópias  dos  livros  Alemães  da Constituição  do  Século  18,  sugere  de  uma maneira  taxativa,  que  os  Alemães  estavam usando‐os como guia para as suas cerimônias, assim como nos usamos um moderno Ritual ou Monitor".  

Schröder escreveu para seu amigo Meyer:  

"Eu estou surpreso que você não achou nenhuma Loja em Londres na qual o 2º Vigilante senta‐se no Sul ou a tal conhecida Loja dos Antigos. Durante este ano já tivemos quatro Irmãos de tais Lojas como visitantes."  

 

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         Na  verdade  os  Vigilantes  estavam  colocados  no  Noroeste  e  Sudoeste respetivamente nos trabalhos da maior parte dos Rituais Continentais derivados de Prichard ou das  versões  Francesas baseado no  "Masonry Dissected". Quando  Schröder  tornou‐se membro da comissão para elaborar uma nova Constituição, ele devotou‐se a esta tarefa de maneira metódica e diligentemente e  com uma  considerável despesa pessoal. Assim ele imprimiu as suas próprias custas numa tipografia secreta em Rudolstadt, todos os Rituais disponíveis para ele, bem como uma historia da Maçonaria em quatro volumes e uma exata análise da Constituição Inglesa. Este empreendimento é algo fora do comum na historia da Franco‐Maçonaria e, lançar‐se um pouco de luz sobre isto somente poderá ser de proveito.  

Schröder via a necessidade de abraçar a pesquisa maçônica dentro da obrigação de um segredo contido nos Rituais. Investigando entre os seus "Irmãos de confiança" verificou que a Loja Amália, em Weimar, (Goethe e Herder eram ambos membros dela) podia ajudar. Um dos  seus membros era o  Irmão Wesselhöft que morava em  Jena e que  tinha o  seu negócio de  Impressão e Publicações em Rudolstadt, cidades estas próximas a Weimar. O Irmão Wesselhöft fez o juramento, como também todos os membros de suas empresa, para manter o sigilo; sendo que alguns deles foram simplesmente convidados a se unirem a Loja de  Rudolstadt. O  Irmão  Conta,  que  era  alto  oficial  da  Policia  Alemã,  foi  nomeado  para exercer a função de supervisor e censor. As detalhadas instruções anotadas pelo Mestre da Loja,  provas  que  Schröder  forneceu  o  necessário material  e  capital  de  trabalho,  ainda existem. Este estabelecimento começou a trabalhar na ultima década do século 18 e parece ter encerrado suas atividades depois da morte de Schröder. Uma de suas publicações foi a coleção  de  Rituais  em  21  volumes,  dos  quais,  a  única  cópia  conhecida  nos  dias  atuais, encontra‐se na Biblioteca da Grande Loja Nacional da Dinamarca. Este  trabalho, cerca de trinta  Rituais  dos  então  conhecidos  e  dos  "Altos  Graus",  incluindo  um  texto  do  'Three Distinct  Knocks"  e  que  é  sem  duvida  considerado  como  o  "mais  velho  e  genuíno Ritual Inglês", sem entretanto mencionar sua origem. O texto de Prichard é identificado, e a razão para  o  anonimato  sobre  "Three  Distinct  Knocks"  pode  se  achar  na  correspondência  de Schröder com Meyer onde escreve:  

Pelo amor de Deus, "Three Distinct Knocks (Jachim e Boaz é só uma reimpressão da anterior) não deve se tornar conhecida porque o nosso ritual está baseado nele. Portanto eu removi  estes  dois  livros  do  catálogo  de  nossa  biblioteca.  È muito  raro  na  Alemanha  e provavelmente na Inglaterra também.  

Mas seu amigo sabia melhor; "Jachim e Boaz" é sempre reimpresso sem alteração, ele tinha uma edição de 1800. No prefacio da edição de 1815 do seu livro "Materialien zur Geschichte  der  Freimaurerei"  (Materiais  para  a Historia  da  Franco‐Maçonaria),  Schröder aponta que "Three Distinct Knocks" é o ritual que é trabalhado até hoje em dia por todas as velhas Lojas Inglesas na Grã Bretanha, Ásia, África e América. Acerca de Prichard ele diz que este foi o primeiro desvio do mais velho,  isto é do "Three Distinct Knocks" mas que tinha sido usado pela maioria das Lojas Alemãs. Os Rituais Franceses a maior parte deles baseados 

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em Prichard,  foram  as  fontes dos Rituais de  Zinnendorf  e  Sueco,  cujos  sistemas haviam aceitado  os  "Altos Graus"  da  França,  também  eram  conhecidos  por  Schröder. Os  "Altos Graus" reproduzidos nesta coleção, não são de nenhum  interesse aqui, mas deve‐se dizer que o trabalho total é até hoje uma rara fonte de pesquisa ritualística. Como este trabalho foi destinado somente aos membros do "Circulo  Interno", a edição não podia consistir de mais de cem cópias e por  isto é que se trata de uma Obra rara e que não foi totalmente registrada por Taute e Wolfstieg que produziram uma Bibliografia Maçônica. Assim há muita razão em ser grato a Grande Loja Nacional da Dinamarca por ter  liberado sua cópia para fazer‐se uma reprodução fotográfica em 1976, que foi  limitada a uma edição de trezentas cópias e não está disponível comercialmente. Com  isto chegamos a uma certa conclusão: quando o trabalho começou em Hamburgo em 1790 para um novo Ritual, a Grande Loja Provincial subordinada a Primeira Grande Loja da Inglaterra, não possuía em Ritual escrito em  Inglês  com  um  texto  autêntico.  Schröder  estava  absolutamente  convencido  de  que "Three Distinct Knocks" não era apenas genuíno, mas era efetivamente o mais velho Ritual existente.  Como  podemos  ver,  ele  baseou  todo  o  seu  trabalho  sobre  este  texto,  tanto quanto diz respeito a estrutura ritualística. Nas  instruções do Grau de Aprendiz datado de 1801 Schröder diz:  

Não pretendemos  absolutamente proteger  todas  as partes do  velho  catecismo. Embora estejamos  inclinados a preferi‐lo – no  todo – a qualquer  coisa nova, entretanto reconhecemos  que  foi  dito  uma  Fraternidade  Inglesa,  que  consistia  principalmente  de artesões,  não  pode  ser  inteiramente  adequado  para  maçons  educados  de  outro  país. Portanto  corrigimos ou omitimos o que está  fora do espírito ou  circunstâncias do nosso tempo.  

Ele  sentia  profundamente  que  princípios  éticos  e  morais  eram  a  essência  da Maçonaria e ele os formulava com grande cuidado e em colaboração com os mais educados Maçons do seu tempo. Isto dá ao seu Ritual um caráter particular próprio, expressando as tendências espirituais da Alemanha por volta do século 18. A tendência para a Maçonaria Cavalheiresca ou Templária, com um forte conteúdo Cristão e até mesmo Católico Romano, tinha desaparecido.  Fortaleceu‐se  a  tendência de que, moral elevada e princípios éticos, deveriam ser as essenciais características da Arte Real.  

Schröder, bem conhecido e  respeitado como era,  tanto profissionalmente como Diretor de um teatro de alta reputação e, também como Maçom, estava em contato com Irmãos proeminentes e os familiarizava com os seus planos. Sua correspondência com seus "Muitos confiantes Irmãos" por todo o norte da Alemanha. era parcialmente escrita em um código que foi tirado da Estrita Observância e usado com sua própria frase chave, a qual foi descoberta recentemente. Os princípios básicos seguidos pelos dois reformadores da Arte Real na Alemanha, por uma iniciativa paralela, foram lançados por Fessler em Berlim e sua linha de ação será mencionada mais tarde ‐ pode melhor ser compreendida estudando‐se a introdução do "COMPACT" da Grande Associação Maçônica de 1801 entre a Grande Loja 

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Provincial  de Hamburgo  e  a Grande  Loja Royal  York  de Berlim  a  qual  Fessler  pertencia. Embora este texto tenha sido traçado por Fessler e não por Schröder, o conteúdo reflete fielmente as idéias do último:  

1º) Franco‐Maçonaria e fraternidade maçônica, são dois conceitos bem diferentes, como as palavras "ciência e escola", "religião e igreja". Isto nos leva para:  

2º) Franco‐Maçonaria, independente de tempo e condições locais, (ouvimos a voz de Lessing) sempre una e a mesma, é sempre aquilo que envolve e coloca  firmemente o homem  interno entre o esquadro e o compasso, seu modo de pensar e agir e que  fixa a posição moral do homem na Sociedade, embora a Franco‐Maçonaria possa ocasionalmente ter‐se desenvolvido em direções diferentes.  

3º) As Grandes Lojas Provinciais Unidas não reconhecem na Fraternidade Maçônica o tal chamado propósito ou desígnio secreto que se diz possuir e além dos três graus de São João. Para elas o objetivo da Fraternidade Maçônica é o mesmo: prática, manutenção e crescimento comum da Arte; tudo  isto visto pela  luz de sua pura tendência moral.  Isto os mais esclarecido Irmãos tem em todos os tempos reconhecidos.  

4º) Como não mais se pode deixar aos caprichos de Maçons isolados ou Lojas em particular, a decisão e definição da natureza e  tendência da Maçonaria, as Grandes Lojas Provinciais Unidas estão convencidas de que o mais velho Ritual  Inglês dos três graus é o único em que podemos confiar como  fonte histórica e para compreensão da natureza e evolução da Franco‐Maçonaria.  

A  razão  da  curta  vivência  da  Grande  Associação Maçônica  pode  se  achar  na conturbada  situação  política  existente  naqueles  dias  na  Alemanha,  entretanto  estes princípios  ainda  são  válidos  hoje  em  dia  para  a  Maçonaria  Antiga  Livre  e  Aceita  na Alemanha.  

Pode nesta conjuntura  ser de  interesse mencionar uma opinião não  favorável a Schröder;  é  a  de  um  Pastor  Protestante  ortodoxo  e  ex‐membro  da  Loja  de  Leipzig. De acordo com Taute este ex‐Irmão, Professor Lindner deixou a Loja por causa de sua ambição não satisfeita e publicou um trabalho no qual apresentava Maçonaria e Religião num falso relacionamento ainda que um pouco melhor do que fez o Reverendo Walton Hannah em nosso dias. Assim o Professor e ex‐Irmão Lindner escreve:  

Eu tenho ... impressão que o melhor do "Iluminati" foi aceito em sua (de Schröder) forma de Maçonaria, mas é ainda necessário mostrar‐se que a forma de Schröder não se enquadra na dominante cultura do tempo atual, embora seja mais profunda que outras. Ele nos mostra uma espécie de ecletismo enfeitado com alguma filosofia de Kant, mas não há realmente  nada  de  original  ou  genuíno.  Sua  secretividade  sobre  assuntos  publicamente 

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conhecidos é bem desorientadora. Tudo  isto  se pode  chamar uma  filosofia de  rigorismo moral, tendo nela disseminado algumas demonstrações de caridade.  

Mais  tarde,  Lindner  arrependido  retratou‐se.  A  insinuação  sobre  "Iluminati"  se refere ao  "Circulo  Interno" de  Schröder que era para  ser, não uma outra  "Ordem", mas somente uma Loja de Instrução Histórica.  

Antes de iniciar a elaboração de novos Rituais a Franco‐Maçonaria em Hamburgo tinha que se organizar e isto não poderia se realizar sem surgirem animosidades pessoais. Só em  1790  tornou‐se  possível  nomear  uma  pequena  comissão  sobre  a  presidência  de Schröder e composta de  representantes de  todas as Lojas. Antes de  tudo ele viajou para consultar seus amigos nas Lojas sobre a jurisdição de Hamburgo, que haviam se espalhado além de Hamburgo e até na Alta Saxônia. Seu interesse particular era para consultar com o Irmão  Bode,  que  tinha  se mudado  de Hamburgo  para Weimar  de  forma  a  estabelecer contato mais freqüente com o  Irmão Herder, um alto Clérigo no Ducado de Weimar.  Isto tornou‐se somente possível porque Schröder tinha abandonado a direção do seu teatro em Hamburgo e agora estava vivendo como fazendeiro em sua propriedade em Rellingen perto de Hamburgo. Os próximos anos de sua vida foram dedicados integralmente ao trabalho da reforma que deixou uma forte marca na Arte Maçônica da Alemanha até hoje.  

Uma importante contribuição para o trabalho de Schröder, veio de seu amigo de longos  anos,  Professor  Friedrich  Ludwig Wilhelm Meyer  (1759‐1840).  Ele  era  um  gentil‐homem  de  vida  independente  tendo  muito  viajado  por  toda  Europa  e  Inglaterra.  Na Universidade de Göttingen ele  foi tutor dos Duques de Sussex, Cumberland e Cambridge. Existem evidências de que seus talentos e habilidades lingüísticas foram usados muitas vezes pelo  Rei  da  Prússia  e  seus ministros,  que  o  empregaram  como  agente  político  secreto. Meyer era  Franco‐Maçom e  foi membro da  Loja  "Pilgrim" em  Londres de 1789  a  1791. Felizmente pode  ser  consultada  sua enorme  correspondência, particularmente essa  com Schröder.  Quando  ele  não  estava  viajando  vivia  numa  pequena  cidade  na  então  parte dinamarquesa de Holsatia e só recentemente cerca de 700 cartas  foram descobertas nos arquivos do Estado de Hamburgo. Destas, agora sabemos que Meyer traduziu a maior parte dos  textos  Ingleses  e  Franceses  que  seu  amigo  Schröder  usou.  Schröder  aceitava  os argumentos e sugestões de Meyer de bom grado.  

Levaria  muito  tempo  para  examinar  mais  de  perto  o  relacionamento  entre Schröder e o Irmão Ignaz Aurelius Fessler (1756‐1839). Fessler nascera na Hungria. Educado pelos Dominicanos  ele  tornou‐se  professor  de Historia  e  Línguas  antigas,  o  que  lhe  deu grande  reputação. Em  seguida a uma  crise pessoal e espiritual na meia  idade,  tornou‐se Franco‐Maçom,  converteu‐se  ao  protestantismo  e morreu  velho  como  Chefe  da  Igreja Protestante Russa. Durante sua estada em Berlim, empreendeu a Reforma dos Rituais da Grande  Loja  Royal  York  de  forma  a  restabelecer  a  pura  Arte Maçônica  ou  pelo menos separa‐la  dos  "Altos  Graus".  Neste  contexto  deve  ser  lembrado  que  os  sistemas  então 

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existentes  eram  baseados  nos  sistemas  hierárquicos;  as  Lojas  eram  totalmente subservientes a um corpo mais alto e não tinham autonomia, nem ao menos para a eleição de  seus  oficiais.  Fessler  estava  muito  bem  informado  sobre  os  diferentes  sistemas, porquanto  ele  tinha,  ao  contrario  de  Schröder,  sido  admitido  a maior  parte  dos  "Altos Graus". Numa carta a um amigo ele declara que possuía uma tradução do "Three Distinct Knocks" que ele pensava que era o Ritual de velha Loja Inglesa em York; esta confusão entre os Antigos e a efêmera Grande Loja de York é  freqüentemente encontrada na Literatura Maçônica Alemã do período de Fessler. Entretanto, ele não usou este  texto para os seus Rituais reformados, mas baseou seu trabalho parcialmente sobre o tal chamado "Ritual de Praga", verificando que sua origem vinha dos textos Franceses baseados em Prichard. Como este Ritual desempenhou um importante papel na reforma da Arte Maçônica Alemã, vale a pena  considera‐lo  rapidamente.  Seus  integrantes  eram membros  de  uma  Loja  de  Praga chamada "Zur Wahrheit und Einigkeit zu den drei gekrönten Säulen" (A Verdade e União das três Colunas coroadas) fundada ao redor de 1784 da fusão de duas Lojas mais antigas como o nome indica. Em 1794, a Loja publicou um Livro contendo a Constituição e os Rituais da Arte um volume de mais de 400 páginas que não faz referencia a Constituição Inglesa, mas a concepção  dela,  da  própria  Loja.  De  início  é  afirmado  que  a  Loja  é  uma  "Republica Democrática". A conexão com eventos na França é óbvio (1794), mas é surpreendente que este  livro foi  impresso na Áustria  Imperial e não na França. O Ritual  introduzido em 1788 está baseado no sistema Zinnendorf (Sueco), mas com mudanças nas explanações morais dos símbolos numa linguagem mais concisa. Não era para haver nenhuma influência, ou seja lá o que for, dos tais chamados "Altos Graus" nas Lojas da Arte e o "Iluminati" é apontado como sendo totalmente uma organização Antí‐Maçônica. "De tempo imemorial" é dito que os "não Cristãos" não poderiam ser admitidos, mas uma  interessante exceção foi feita no caso  de  membros  da  "Seita  Sociniana"  que  foram  exilados  da  Polônia.  Esta  seita  era definitivamente Cristã, mas seguia a doutrina Unitária. Um interessante fato no Ritual é que a velha obrigação não era mais mencionada. Outro texto que Fessler usou foi o chamado "Ritual  Essinger". Não  foi possível  achar uma  cópia do mesmo, mas da  correspondência Schröder/Meyer e das publicações de Fessler sabemos que um medico chamado Gasser, havia trazido o texto da Inglaterra mais ou menos no ano de 1788. Na verdade este Ritual era  uma  copia  do  "Three  Distinct  Knocks"  que  passou  nas mãos  de  Fessler,  havia  sido publicado  na  Saxônia  em  1804.  Foi  usado  na  Loja  que  o Barão Dalberg  fundou  em  sua residência de verão em Essinger perto de Mannheim onde ele era Diretor de um, então, famoso  Teatro.  Seu  irmão mais  velho  foi  o  ultimo  Eleitor  e  Arcebispo  de Mongúncia  e Grande  Chanceler  do  Santo  Império  Romano,  enquanto  seu  irmão mais  novo  era  um conhecido músico e  compositor. Todos os  três eram  franco‐maçons e personalidades de destaque de  sua época. Fessler pretendeu que este Ritual era pelo menos o mais velho, porquanto  já  havia  sido  usado  antes  de  1717  na  Loja  de  York.  Isto  aumentou  a  ira  de Schröder e numa carta a Meyer ele escreve:  

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Não deveria ele (Fessler) e seu tão meticuloso amigo Mossdorf, saber que o lugar Essinger não existe? Somente uma coisa em  todo o  livro me chamou atenção – The Old Charges da Constituição de York. Seu estilo e conteúdo são obviamente mais novos que o texto  de  Anderson,  que  por  si  é mais  novo  que  aquele  publicado  por  Preston  na  sua "Ilustrations".  

Isto é de grande  interesse porque demonstra a extrema  confusão  causada pela publicação do  Irmão Dr. Krause  (como hoje sabemos) do texto complemente apócrifo da Constituição de York de 926.  

Havia  ainda  um  outro  eminente  Franco‐Maçom  com  quem  Schröder mantinha contato e cujos conselhos freqüentemente seguia. Este era Johann Gottfried Herder (l744‐1803) cujas correspondências com Schröder dos anos de 1799 a 1802 estão parcialmente acessíveis em uma publicação do  Irmão Wiebe de Hamburgo e em um certo numero de cartas não publicadas existentes nos arquivos do Estado da Prússia em Berlim. Quando o exercito Francês ocupou Hamburgo no ano de 1808, Schröder infelizmente destruiu a maior parte de seus papeis. Sabe‐se, por  intermédio de outras fontes, que a primeira versão do Ritual de Schröder introduzido em 1801, continha um certo número de canções escritas ou pelo menos trabalhadas por Herder. A maior parte delas não foram incluídas na versão de 1816,  pois  que  a  prática  de  cantar  em  Loja  havia  se  tornado menos  popular. Os  textos disponíveis de hoje são em prosa somente, mas eles tem o espírito do gênio de Herder.  

Schröder e Fessler trocaram cópias de seus Rituais, porém o último comentou, que os Irmãos de Berlim acostumados ao Ritual Francês não apreciariam a simplicidade do texto de  Schröder. Ambas  as  versões  foram  enviadas  por  Schröder  aos  seus  outros  amigos  e conselheiros  e  os mesmos  preferiram  o  seu  (de  Schröder).  Depois  de  certas  pequenas modificações, Schröder submeteu seu texto aos Mestres de Hamburgo em 29 de junho de 1801 que o adotaram por unanimidade. Depois de mais uma revisão de certas passagens, que não tinham concordância com a cerimônia, foi  impressa uma edição  limitada para as Lojas de Hamburgo e uma edição, maior foi editada em 1816 para todas as Lojas Alemãs. Desta edição existe somente uma cópia pertencente a uma Loja na cidade de Celle, cujo exemplar felizmente tem sido possível estudar. Este texto não contém nada de místico ou oculto, mas retém a simplicidade do original Inglês. Incluído o pensamento alemão da época expressa  um  texto  de  alto  fervor  moral  aliado  a  um  generoso  espírito  de  princípios Humanitários.  

Voltando  as  atividades  de  Schröder,  estas  podemos  descrever  utilizando  suas próprias palavras. Em 1792 ele escreve:  

Com permissão dos Veneráveis Mestres, Schuch e Schütte e consultando o Irmão Beckmann,  eu  purguei  as  escórias  do  Ritual  e  nós  gradualmente  introduzimos  estes melhoramentos. Somente o Venerável Mestre Poppe, da Loja "Absalom", permaneceu com a velha versão, a mística alusão e promessas da grande Luz. Era irritante que este cérebro 

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acanhado continuasse falando de preservar a Constituição Inglesa, que ele não conhecia e a cuja  introdução  ele  tanto  resistiu.  ...  Embora  o  nosso  Ritual  revisado,  ainda  não  bem representando plenamente o texto mais velho, pois nossas mãos ainda estavam amarradas, se comparou favoravelmente com todos os outros textos conforme nos afiançaram Irmãos visitantes freqüentemente.  

Do que esta acima escrito, podemos concluir de que o texto revisado do Rito da Estrita Observância ‐ que era ainda o oficial ‐ estava agora em concordância com a usança Inglesa.  

A  linha de ação de Schröder estava encerrada consigo mesmo. Mas, ele tinha de conseguir a aprovação, primeiro da Comissão de Elaboração e depois das Lojas da Jurisdição de  Hamburgo.  Isto  não  foi  obtido  sem  dificuldade.  O  Irmão  Sieveking,  um  cidadão respeitável e Venerável da Loja "São Jorge" declarou em seu discurso  inaugural em 1789, que  as usanças,  símbolos  e obrigações  eram uma  farsa  e que nenhuma pessoa  sensata deveria dar qualquer valor a elas. Ele somente seria Venerável da Loja, se tudo  isso fosse mudado e o Ritual  como  conhecemos  fosse abandonado.  Schröder  ficou muito  chocado com essa atitude e quatro semanas após, num discurso enérgico aos Irmãos de Hamburgo disse:  

Acabar  com  os  símbolos  significa  acabar  com  a  Maçonaria.  ...  É  legal  tirar conclusões adversas dos abusos, contra o todo? Aquele que olha para os hieróglifos como uma  farsa,  tem  primeiro  que  nos  convencer,  em  termos  não  incertos.  Meus  Irmãos, considerem antes de tudo, as primeiras lições tiradas das vidas virtuosas de homens sábios, de  estabilidade,  de  prudência  e  de  sigilo  e  que  nos  foram  ensinados  no  primeiro  grau. Pensem nestes  grandes preceitos e nos  subsequentes modelos! Tudo  isto é baseado na farsa? Mesmos se os velhos costumes não tem mais valor que as práticas das Guildas dos Maçons trabalhadores da Pedra, mesmo se a interpretação delas é inteiramente inútil .... é o bastante, elas são a base material da qual a grande corrente da Fraternidade foi formada e enquanto não permitirmos mudanças maiores, enquanto permanecermos com o sistema Inglês, por todo este tempo, nossas reuniões estarão absolutamente  livres da  intromissão do misticismo, Iluminati e de outros sonhadores.  

Não antes de 1791 foi possível se livrar dos Corpos governantes dos "Altos Graus", introduzidos pelo Rito da Estrita Observância, e do qual os Irmãos estavam ficando cada vez mais cansados. Seu dirigente era o Irmão, von Exter, que ao mesmo tempo era Grão‐Mestre Provincial  sob  a  Constituição  Inglesa.  Havia  também  problemas  financeiros  para  serem resolvidos porquanto estes Corpos eram responsáveis pela administração das Lojas da Arte. Ao  final, aos "Old Scots", aos "velhos Escoceses", como eles se  intitulavam,  foi pago uma certa soma em dinheiro tirado do Fundo Geral.  

Desde o começo, Schröder, não se  tinha restringido a organizar um novo Ritual, somente para Hamburgo; ele sempre teve em mente que o mesmo servisse todas as Lojas 

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de  língua  Alemã.  Algo  como  um  vácuo  havia  surgido  com  o  colapso  do  Rito  da  Estrita Observância  e  nesta  oportunidade  o  sistema  Sueco  do  Irmão  Zinnendorf,  tentou  se introduzir.  Nesse  tempo  houve  somente  uma  outra  Grande  Loja  Provincial  sob  a Constituição  Ing1esa,  era  em  Frankfurt,  trabalhando do mesmo modo que  Schröder; Os Graus simbólicos  tinham que concordar com a usança  inglesa, mas cada Loja estava  livre para  trabalhar  qualquer  dos  "Altos  Graus"  e  isto  levou  naturalmente,  exatamente  para aquelas dificuldades que Schröder conseguiu evitar em Hamburgo. Tem que se salientar que ele de modo nenhum desejou criar um novo sistema próprio. Assim ele se manifestou em uma carta a Meyer:  

Assim como a Franco‐Maçonaria se espalhou da Grande Loja de Londres e como nenhuma Grande Loja pode existir na Alemanha, com a presente situação política, a coisa certa é de se permanecer sob os auspícios da Grande Loja de Londres, se é para sermos legalmente  reconhecidos em  toda parte. Até mesmo as Grandes Lojas França, Holanda e Suécia, concordaram em não constituírem Lojas fora de suas fronteiras políticas, de forma a serem reconhecidas por Londres.  

A resposta de Meyer foi a seguinte:  

É  verdade  que  eu  firmemente  acredito  que  uma  Loja  de  acordo  com  a  antiga usança maçônica não precise de uma Constituição para sua legal existência. Como as coisas estão, entretanto, eu concordo com você de que é aconselhável ter uma Carta Constitutiva de uma fonte de Franco‐Maçonaria mais nova, e eu estou convencido que – se tal coisa for negligenciada – estaríamos abertos para toda a sorte de tapeações e farsas.  

Agora deixemos Schröder com suas viagens, durante as quais ele apresentou seu novo Ritual com sucesso em muitas Lojas sob a Constituição de Hamburgo, ou na sua casa de campo estudando o material que ele tinha colecionado. Em seguida examinaremos as fontes de onde ele tirou o material.  

A primeira Grande Loja da Inglaterra nunca tinha publicado um Ritual autorizado, pois era um dos princípios básicos que os trabalhos das cerimônias devem ser apresentados de cor. O  rápido crescimento da Maçonaria, no Continente Europeu de 1730 em diante, propiciou  inevitavelmente a publicação das tais chamadas "exposições" que alegavam ser textos  "autênticos" das  cerimônias. Como muitos  trabalhos  foram publicados  sobre este assunto, é desnecessário tratarmos desta matéria. Qual foi o problema que Schröder teve que superar, não tendo a possibilidade de trabalhar com um genuíno e autentico texto?  

Uma pergunta imediatamente surge: Porque ele mesmo não foi a Londres? Como homem de trinta ou mais anos de experiência teatral, não deveria haver nenhum problema para ele memorizar todos os textos de que necessitasse. Ele se apresentaria aos "Modernos" de onde Hamburgo tinha uma Carta Constitutiva. Mas é bem possível que ele poderia ter caído nas mãos de Preston ou Dermott. Sabemos que ele havia planejado uma viagem a 

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Londres levando consigo o amigo Meyer, porque ele falava apenas pouco inglês, mas tudo acabou em nada. Uma outra pergunta é: porque ele não pediu a para outro Irmão, que iria a Londres a negócios, para obter as informações que ele necessitava? Porque ele também não pediu a um dos Irmãos Ingleses que eram visitantes? Não há resposta, mas é conhecido que ele possuía todas as exposições existentes, tanto  Inglesas como Francesas, que ele estava intrigado pelas publicações de Preston e que ele estava ciente da existência de duas Grandes Lojas rivais. Entretanto, ele não sabia, como a maior parte do povo do seu tempo, a real origem dos "Antigos" e ele parece ter acreditado que eles usavam um sistema de trabalho mais antigo que aquele dos "Modernos".  

Deve  ter  sido desconcertante para  Schröder,  achando  seu  caminho  através dos textos a sua disposição, notar a posição dos Vigilantes, a  inversão das Colunas "J" e "B" e, entre muitas outras diferenças entre "Prichard" e "Three Distinct Knocks". É  interessante notar que depois da União na Inglaterra, nenhuma mudança foi feita no Ritual de Schröder. Quando seu sucessor como Grão‐Mestre Provincial comunicou a Londres a notícia da morte de Schröder, numa carta datada de 08 de outubro 1816, ele fez um certo destaque dizendo:  

Ele considerou o livro Inglês da Constituição e o velho Ritual Inglês, como as únicas fontes do  fim e da essência da Maçonaria. Ele  informou as Lojas sob a nossa  jurisdição e muitas outras sobre  isto e em 1801, ele as  induziu a adotarem o velho Ritual. Este  texto entretanto  foi modificado de  forma a  reduzir  tanto quanto possível as discrepâncias com aqueles  de  outras  Lojas.  Nós,  portanto,  mantivemos  as  palavras  da  Maçonaria  mais moderna, por serem de usança comum no Continente e mais alguns detalhes. Hoje, trinta Lojas na Alemanha, e seis na Rússia, trabalham com este Ritual, preferindo o velho Ritual a todos os outros. Schröder muito se lastimou, que as palavras que haviam sido mudadas no seu Ritual de forma a concordar com a usança Continental, foram agora restauradas para a velha  forma  na  Inglaterra,  conduzindo  à  situação  desafortunada,  que  outras  palavras,  a maior parte desconhecidas no Continente, estão agora sendo usadas na Inglaterra.  

Incidentalmente, o comentário de Schröder sobre uma publicação do Irmão Bode, que era um membro de destaque da Estrita Observância, bem  ilustra a confusão reinante nas mentes  dos  franco‐maçons  Alemães.  O  Ir.  Bode  estava  convencido  que  os  Rituais Ingleses foram inventados pelo Clero Católico Romano bem como da oposição das Colunas "J" e "B". Schröder escreve:  

Bem, se em todas as velhas Lojas Inglesas, mesmo naquelas trabalhando como na versão de Prichard, o Aprendiz recebe o seu salário na coluna "J" e o Companheiro na "B", porque Bode não interpreta "J" e "B" como "Ignatius Benedictus" que estaria mais de acordo com sua teoria?  

Neste contexto, um breve comentário sobre este problema particular pode ser útil. No tempo de Schröder, depois da dissolução da Sociedade de Jesus em 1773, uma reação muito forte contra este Corpo Religioso tinha se espalhado por todo o Continente Europeu e 

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não  somente  pelos  Países  Protestantes.  Seus membros  foram  acusados  de  tentarem  se infiltrar  na  Franco‐Maçonaria,  principalmente  com  o  graus  Cavalheirescos  e  Templários. Schröder e muitos de seus amigos foram influenciados por esta reação e muitos panfletos foram  editados  atacando  ex‐membros  da  Sociedade  com  grande  violência.  Muitos eminentes contemporâneos como Lessing, Barão Knigge, Biester e Nicolai na Alemanha, De Bonneville, Ragon e Rebold na França e Capitão Smith na Inglaterra, tomaram parte nesta campanha anti‐Jesuítica. Um dos principais argumentos foi, que a Franco‐Maçonaria havia sido organizada na Inglaterra pelos Jesuítas, como um movimento anti‐Protestante da Igreja Católica Romana. De Bonnevilie, por exemplo, acreditou que a exposição de Prichard era de origem  Jesuítica,  assim  como  também  o  Irmão  Bode,  conforme  explicou  num  longo memorando ao Duque de Brunswick, Soberano do Rito da Estrita Observância. Ele, tentou provar que cada simples elemento ritualístico continha uma alusão a Roma, a Becket ou aos Jacobitas.  Suas  referencias  eram  dos  Rituais  baseados  em  Prichard.  Quando  Schröder chamou sua atenção ao "Three Distinct Knocks", Bode respondeu:  

Eu mesmo tenho "Three Distinct Knocks" mas não o acho muita coisa. Acredite na minha palavra, na realidade os rufiões são nem mais nem menos que os Reformadores do século 16 e que H. A. não é mais que a hierarquia Romana.  

Schröder, como um homem equilibrado, não seguia seus amigos até este ponto; ele  lembrou a Bode que nas antigas Lojas não havia Altar, mas apenas uma simples mesa para colocar o Livro da S.L. De qualquer maneira Schröder decidiu usar o "Three Distinct Knocks" como material básico do seu  trabalho. Ele  tinha um grande numero de Rituais e Catecismos impressos de origem Inglesa, Francesa e Alemã a sua disposição, pois todas as Lojas Continentais trabalhavam com o texto impresso e ainda hoje assim o fazem. Teria sido interessante se tivesse sido possível apresentar o texto do "Three Distinct Knocks" junto com o texto final de Schröder de 1816 na forma de um resumo. De qualquer modo, como este texto representa, com algumas adaptações de linguagem, o Ritual usado hoje pela maioria das Lojas de língua Alemã, incluindo a Loja "Pilgrim" de Londres, seria impróprio assim fazer. O  Irmão  Milborne  em  seu  importante  trabalho  apresentado  no  Livro  "Ars  Quatuor Coronatorum"  nº  78,  publicou  um  resumo, mas,  ambos  seus  documentos  básicos  eram exposições, enquanto neste caso, uma exposição havia sido transformado em um autentico Ritual. Contudo esta bem claro nos comentários  feitos por Schröder, que ele  tinha  idéias próprias e uma concepção clara do que ele deveria  inserir na estrutura do "Three Distinct Knocks", e portanto, estes comentários serão dentro do possível dados em extenso. Aqueles que gostariam de fazer um estudo mais minucioso devem ter como referencia uma cópia do Ritual de Schröder do ano de 1816. As  idéias de Schröder  se  tornam obvias pela  leitura atenta do  seu próprio  texto. As  citações  são da edição de 1815 do  seu  "Materialien  zur Geschichte der Freimaurerei (Matéria para a Historia da Franco‐Maçonaria), e que daremos a baixo:  

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Eu espero que o Ritual completo explanará melhor minha própria opinião, do que os fragmentos dos primeiros parágrafos. Não deve ser esquecido que eu de modo algum, considero  que  este  ritual  ("Three  Distinct  Knocks")  seja  o  original.  Talvez  se  tenha desenvolvido gradualmente a uma  certa perfeição, pois deve  ter  sofrido mudanças, pelo menos quando a Igreja Protestante tornou‐se dominante. As Lojas Unidas (isto é, aquelas de Hamburgo e Berlim) já conhecem este Ritual de uma coleção de textos, mas as observações neles servem somente para mostrar a diferença entre a velha e a nova Franco‐Maçonaria e eu não podia levantar todo o véu. Portanto, eu agora apresento para os meus leitores uma tradução consciente, para que  se  faça um exame conveniente. O pequeno  livro abriu os meus olhos e  faz as minhas afirmações altamente prováveis é  chamado:  "Three Distinct Knocks at the Door of the most Ancient Freemasonry" (As Três Batidas Diferentes na Porta da mais Antiga Franco‐Maçonaria".  

Damos  abaixo  o  prefacio  do  "Three Distinct  Knocks"  que  é  importante  porque conclui assim no fim:  

Depois eu fui convidado para ir a uma Loja Irlandesa que se denominavam os mais antigos Maçons e que mantém sua Grande Loja na Taverna dos Cinco Sinos no Strand e que é  todo  o  assunto  deste  livro,  e  não o  outro,  porque  já  há  um  livro  publicado  chamado "Masonry Dissected  (Maçonaria Dissecada) que  foi publicado no  ano de  1700  (sic)  e  eu acredito que era toda Maçonaria que se fazia usar naquele tempo; mas não é nem a metade do que é usado agora, embora seja o melhor que já foi escrito sobre o assunto antes disso.  

O  comentário de  Schröder  foi: do precedente,  segue  sem nenhuma  sombra de dúvida que esta Loja, constituída pela Grande Loja de Londres, trabalhava com ura Ritual que  simplesmente  correspondia  com  a  "Maçonaria Dissecada"  de  Prichard.  Ele  também corrige  a  data  da  publicação  que  não  foi  1700  e  sim  1730.  Schröder  agora  faz  algumas observações preliminares sobre o texto de "Three Distinct Knocks" que está parcialmente em linha com o original, mas também contém algumas adições, que são reconhecíveis como a que segue: ele dá a Coluna "B" para o 1º Vigilante e a "J" para o 2º Vigilante. Numa nota claramente  reconhecida,  como  sua  própria,  ele  assegura  que  nenhum  alvião  (maço) originalmente tinha sido usado, mas que o Venerável e seus Vigilantes usavam um Bastão de sete pés  (2,10 m) para abrir e  fechar a Loja. Ele acrescenta que aparentemente nada era desenhado no retângulo no centro da Loja. Segue uma tradução de palavra por palavra por Schröder, comparando‐o com "J e B" e com Prichard. Isto e também válido para o Catecismo dos Aprendizes que se segue depois. Pode‐se notar que em alguns trechos a tradução que ele usou continha incorreções ou que o conhecimento da língua Inglesa de Schröder não era muito  grande.  Por  exemplo,  ele  parece  acreditar  que  durante  a  Iniciação,  os  Irmãos sentavam em volta de uma mesa com uma Poncheira e copos no centro. É difícil imaginar como com tal arranjo, o Mestre  ia do Oriente para o Ocidente onde se supunha que era onde o Candidato se ajoelhava. A posição das mãos durante a obrigação do primeiro Grau, como  observado  na  Constituição  Escocesa  e  outras,  nunca  foi  costume  no  Continente 

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Europeu e Schröder presta especial atenção a esta parte da cerimônia. Lamentando que mais nenhuma explicação é dada, ele sente que esta posição força o candidato, quando lhe e restaurada a Luz, antes de tudo, ver as Três Grandes Luzes ante seus olhos. Quanto a velha obrigação,  ele  concorda  com  a  sugestão  de Herder,  que  esta  não  deve  ser  lida  para  o candidato, mas deve  ser  incluída no Catecismo ou  comunicada numa  Loja de  Instrução. Como o Diretor de Cerimonias não é mencionado nas exposições, ele não inclui este Oficial no seu Ritual; suas funções foram distribuídas aos Diáconos. Na verdade, a maioria das Lojas Alemãs hoje em dia tem um Diretor de Cerimonias, embora seja ele conhecido como Mestre de Cerimonias. Os comentários de Schröder sobre o método de dar o Sinal, Toque e Palavra são interessantes:  

Antes  dele  dizer  alguma  coisa,  ele  tinha  de  ser  instruído.  Parece  que  ele  tinha estado ajoelhado até então. Diversas razões me levam a duvidar, que nesse original arranjo, nenhuma  palavra  foi  dita  sobre  o  Templo  Salomônico.  Como  é  que  neste  Ritual  e  no Catecismo de Prichard, "B" vem antes de "J"? "B" era sênior e "J" júnior e na Bíblia também a ordem é "J" e "B". Dr. Kause corretamente diz que deve ser "J" porque "ele será elevado". Pose‐se suspeitar que a mudança na Ordem começou, senão no começo, então depois de 1725, quando o primeiro e o segundo grau eram dados juntos; a verdade pode‐se encontrar nos documentos na Primeira Grande Loja da Inglaterra antes de 1725.  

Alguns anos antes, quando todos esses problemas  já se achavam em sua mente, Schröder havia escrito uma  longa  carta ao Grande Secretário,  Irmão White, em  Londres, solicitando detalhes  ritualísticos. Esta carta, prova, que embora ele estava ciente  sobre a existência das duas Grandes Lojas, ele não sabia as causas do surgimento dos "Antigos". O rascunho foi enviado a Meyer para traduzir; Meyer devolveu com este comentário: "White certamente fará o melhor possível para ser explicito na sua resposta, mas se ele é forçado a ficar calado, isto é, confessar sua ignorância, então sabemos pelo menos que não podemos esperar muito de lá".  

Era  somente natural, que nenhuma  resposta  se  recebeu de  Londres. A Grande Loja,  naturalmente,  declinaria  de  discutir  assuntos  concernentes  ao  Corpo  rival  e  de qualquer modo, não estaria de acordo com o hábito inglês de discutir questões do Ritual por escrito e muito menos com um Irmão desconhecido.  

Comentando sobre o discurso dirigido ao novo Aprendiz e a "Corda", a opinião de Schröder é bem definida:  

Toda esta aparelhagem não é bem adequada para um homem educado. Poderia ter sido  inventada somente para as classes baixas e a resposta do Aprendiz confirma  isto sem  dúvida.  Por  outro  lado,  nenhum  Construtor  ou  Mestre  de  Obras  poderiam  ter inventado isto, teriam eles tratado ou punido seus vigorosos trabalhadores desse modo.  

 

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Aqui vemos a influência de Herder bem clara. Num memorando para o rascunho de Schröder, ele escreveu:  

Não pode ser negado, que o todo das cerimônias dos Maçons Operativos, são para nós estranhas e fora de moda e não contém nada de inspirador. Já no fim do século (17) isto foi  sentido mesmo  na  Inglaterra  onde  as  tradições  das  várias  Artes  eram  tidas  em  alta estima.  Portanto  os  símbolos mais  finos  de,  por  ex. Arquitetura,  foram  adicionados  aos símbolos da pura Arte Operativa. Tomando isto em consideração, devemos evitar qualquer coisa grosseira; mesmo as perambulações não devem ser chamadas de provas perigosas e escabrosas  .... Somente  com muita  cautela podemos preservar essas velhas usanças que ficaram para trás.  

O  nó  corrediço  e  o  cabo  de  reboque  nos mostram  falta  de  compreensão  nas praticas ritualísticas Continentais. Que o candidato entrava na Loja, com uma corda no seu pescoço, foi dado um significado espiritual e simbólico pelos Franceses,  indicando que ele ainda estava preso ao mundo profano fora da Loja. Esta interpretação, embora se ajustasse bem quando as  suas  idéias, não  foi adotada por Schröder. O cabo de  reboque na  forma tradicional  da  obrigação,  tem  pouco  significado  para  os  Irmãos  do  Continente  que  não viajam. A corda com nós místicos em intervalos, que aparece com certa proeminência nos painéis das Lojas do Continente ou que e vista circundando as paredes do Templo, tem sido assunto  para muita  especulação. Ritualistas,  como Boucher  e  Plantagenet  deram  longos comentários sobre ela e no dicionário de Ligou, é afirmado que este elemento decorativo poderia  ter  sido  derivado  do  Brasão  dos  Eclesíastas  e  que  um  significado  simbólico  foi adicionado depois, ou seja, que esta corda representa a Fraternidade.  

No "Three Distinct Knocks" ao joelho nu e uma explicação que até mesmo o autor anônimo  acha  uma  "tolice".  Schröder  comenta  que  a  resposta  não  é  uma  sensível espiritualização particular".  

Durante o tempo em que analisava os textos que tinha em sua  frente, Schröder nunca deixou de pedir conselho a Meyer. Por exemplo, quando ele procurou explanações do Compasso  sobre o volume da Sagrada Lei. Meyer  sentiu que a  tradução das palavras "para nos conservar", em alemão só podia significar "para todos os homens e especialmente a um Irmão". Em outras palavras as Três Grandes Luzes são símbolos de nosso dever para com Deus, para nós mesmos e para com nosso próximo. O símbolo de união com os nossos Irmãos, e a forma da própria Loja, um retângulo. De acordo com o velho Ritual, o Compasso não  e  para  desenhar,  nem  para  unir, mas,  para medir  e  determinar  limites.  Para  nos conservar sujeitos, nada mais significa que preservarmo‐nos dentro de limites. O Esquadro determina a precisão dos nossos passos para com nós mesmos. Assim o Volume da Sagrada Lei, deve simbolizar uma crença num Ser Superior, numa ordem do mundo mais elevada porque seria supérfluo deixá‐lo simbolizar moral, porquanto o Esquadro e Compasso estão lá para esse fim.  

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BIBLIOGRAFIA: 

Revista Theorema, Ano 4, N.º 19, da Loja Pitágoras II, Or� de Brasília, DF. 

Rituais  do  Rito  de  Sschröeder  editados  pela Grande  Loja  do  Estado  do  Espírito Santo.