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AVALIAO QUALITATIVA DE RISCOS QUMICOSO RIENTAES

AVALIAO QUALITATIVA DE RISCOS QUMICOS

BSICAS PAR A O CONTROLE DA EXPOSIO A PRODUTOS QUMICOS EM FUNDIES

AVALIA O QUALITATIVA DE RISCOS QUMICOSBSICAS PAR A O CONTROLE DA EXPOSIO A PRODUTOS QUMICOS EM FUNDIES

O RIENTAES

Presidente da Repblica Dilma Rousseff Ministro do Trabalho e Emprego Carlos Lupi

FUNDACENTRO Presidente Eduardo de Azeredo Costa Diretor Executivo substituto Hilbert Pfaltzgraff Ferreira Diretor Tcnico Jlo Moreira Lima Jnior Diretor de Administrao e Finanas Hilbert Pfaltzgraff Ferreira

Marcela Gerardo Ribeiro Walter dos Reis Pedreira Filho Elena Elisabeth Riederer Coordenao de Higiene do Trabalho (Fundacentro Centro Tcnico Nacional CTN/SP)

AVALIA O QUALITATIVA DE RISCOS QUMICOSBSICAS PAR A O CONTROLE DA EXPOSIO A PRODUTOS QUMICOS EM FUNDIES

O RIENTAES

MINISTRIODO TRABALHO E EMPREGO

FUNDACENTROFUNDAO JORGE DUPRAT FIGUEIREDO DE SEGURANA E MEDICINA DO TRABALHO

So Paulo 2011

Qualquer parte desta publicao pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. Disponvel tambm em: www.fundacentro.gov.br

Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) Servio de Documentao e Bibliotecas SDB / Fundacentro So Paulo SP Erika Alves dos Santos CRB-8/7110

123456Ribeiro, Marcela Gerardo. 1234567890Avaliao qualitativa de riscos qumicos : orientaes bsicas para o controle da exposio a produtos qumicos em fundies / Marcela Gerardo Ribeiro, Walter dos Reis Pedreira Filho, Elena Elisabeth Riederer. So Paulo : Fundacentro, 2011. 123456789093 p. : il. color. ; 23 cm. 1234567890ISBN 978-85-98117-60-7 12345678901. Fundies - Segurana qumica - Risco prossional. I. Pedreira Filho, Walter dos Reis. II. Riederer, Elena Elisabeth. III. Ttulo. CIS Xerf Asc Yhai CDU 621.74:613.632

CIS Classicao do Centre International dInformations de Scurit et dHygiene du Travail CDU Classicao Decimal Universal

Ficha Tcnica Coordenao editorial: Glaucia Fernandes Reviso de textos: Karina Penariol Sanches; Walquria Schaffer (estagiria) Projeto grco miolo e criao da capa: Marila G. Destro Apolinrio

AGRADECIMENTOSArline Arcuri Berenice Goelzer Carlos Srgio da Silva Francisco Kulcsar Luis Renato Balbo de Andrade Luiza Maria Nunes Cardoso Neli Pires Magnanelli

Publicao resultante do desenvolvimento do Projeto 44.01.037: projeto-piloto para implementao do International Chemical Control Toolkit. O mtodo para classicao de perigo dos agentes qumicos pelas frases R e para identicao das medidas de controle de exposio aos mesmos, descrito nesta publicao, totalmente baseado na abordagem pragmtica ICCT (International Chemical Control Toolkit), resultante da colaborao entre a OIT (Organizao Internacional do Trabalho), a IOHA (International Occupational Hygiene Association) e o HSE (Health and Safety Executive, UK).

NDICE

Parte 1. Controle da exposio a agentes qumicos A P R E S E N TA O PORONDE COME AR OS PRODUTOS QUMICOS O I N V E N T R I O D E P R O D U T O S Q U M I C O S

9 9 10 11 12 15 15 16 18 18 20 22 24 25 27 28 30 32 32 32 33 35

CONHECER

CONSTRUINDO

Parte 2. A metodologia passo a passo A P R E S E N TA ODO MTODO D O FAT O R D E R I S C O UTILIZ ADA NO A MBIENTE

E TA P A 1 A L O C A O

E TA P A 2 Q U A N T I D A D E E TA P A 3 P R O P A G A O E TA P A 4 C O M O

E N C O N T R A R A M E D I D A D E C O N T R O L E C O R R E TA DA S MEDIDA S DE CONTROLE

E TA P A 5 I M P L E M E N TA O O

QUE M AIS DE VE SER FEITO?

Anexo 1. Relao das Frases R e S FR A S E S RP A R A S U B S T N C I A S P E R I G O S A S DE FR ASES

COMBINAO FR A S E S S

R

P A R A S U B S T N C I A S P E R I G O S A S DE FR ASES

COMBINAO LINKS LINKS

S

EM PORTUGUS EM INGLS

Anexo 2. Pictogramas para rotulagem de produtos qumicos PICTOGR A M AS PICTOGR A M ASPA R A R O T U L A G E M DE ACORDO COM O

GHS

36 37 39

Anexo 3. Questionrio de vericao QUESTIONRIODE VERIFICAO

Anexo 4. Fichas de controle FI C H A FI C H A FI C H A FI C H A FI C H ADE CONTROLE DE CONTROLE DE CONTROLE DE CONTROLE DE CONTROLE

41GER AL: PRINCPIOS GER AIS

10 0 V E N T I L A O 20 0 C O N T R O L E

43 45 49 53 55 59 61 63 67 71 75 79 83 87 89 91 93

DE ENGENHARIA: PRINCPIOS GER AIS PRINCPIOS GER AIS

3 0 0 E N C L A U S U R A M E N T O: 400 SUPORTE S K 10 0 D A N O SESPECIAL

E M C O N TAT O C O M O L H O S E P E L E : P R I N C P I O S G E R A I S

INFOR M AES

ADICIONAIS

Anexo 5. Orientaes especcas para o trabalho em fundies FI C H A FI C H A FI C H A FI C H A FI C H A FI C H A FI C H A FI C H ADE CONTROLE

1 FU M O S

M E T L I C O S : D A F U N D I O D A S L I G A S M E T L I C A S A O VA Z A M E N T O D O S M O L D E S E F U M O S : FA B R I C A O D O M O L D E E D O E DESMOLDAGE M

DE CONTROLE

2 P O E I R A S , VA P O R E S M A C H O, M O L D A G E M 3 POEIR A: 4 POEIR A: 5 PINTUR A 6 POEIR A

DE CONTROLE DE CONTROLE DE CONTROLE DE CONTROLE

J AT E A M E N T O D E P E A S F U N D I D A S REBARBA O DA S PE A S FUNDIDA S DE PE A S FUNDIDA S

E G A SE S: LIM PE Z A D O SIS T E M A D E V EN TIL A O LO C A L EX AUSTOR A SISTEM A DE VENTIL AO LOCAL

DE CONTROLE

7 CAR ACTERSTICAS DO E X A U S T O R A /( S V L E ) 8 A CO M PA N H A M E N T O

DE CONTROLE

MDICO

R ECOMENDAES INFOR M AES

AOS TR ABALHADORES

ADICIONAIS

PARTE 1 C ONTROLEDA E XPOSI O A AGENTES QUMICOS

APRESENTAOO uso indevido de substncias qumicas pode causar acidentes, doenas e at mesmo a morte. Pode ainda causar incndios e exploses. Acidentes envolvendo produtos qumicos podem representar danos sade dos trabalhadores e, ainda, custos adicionais para as empresas em termos de perda de material, equipamentos e instalaes danicadas. Em muitos casos, os produtos qumicos representam a maior parte dos custos de uma empresa. Sendo assim, qualquer ao orientada a reduzir perdas, descarte, uso e/ou estocagem indevidos resulta em ganhos para as empresas, ao mesmo tempo em que reduz impactos ocupacionais e ambientais. O manuseio seguro de produtos qumicos tambm gera um aumento de motivao e produtividade e diminui o absentesmo devido a acidentes de trabalho e doenas ocupacionais. Esta publicao tem como objetivos: Ajudar as empresas a aperfeioar as suas prticas com respeito armazenagem, ao manuseio e identicao de produtos qumicos; Ajudar a identicar as suas decincias e resolver os problemas em seu estgio inicial; Auxiliar os prossionais da rea de Sade e Segurana do Trabalho (SST) a selecionar medidas de controle adequadas para o manuseio e a utilizao de produtos qumicos em fundies. Fornecer orientao fcil e detalhada para controlar os riscos sade do trabalhador causados pela exposio indevida aos produtos qumicos. A adoo de estratgias de controle preventivas auxilia as empresas a cumprirem com suas obrigaes legais. No entanto, vale ressaltar que a implementao das medidas aqui descritas no substitui a implementao dos preceitos requeridos pela legislao nacional. As informaes aqui contidas no substituem aquelas j existentes e aplicadas pelo departamento de SST da empresa. Este material visa, entretanto, fornecer, de maneira direta e simplicada, orientaes que facilitem a adoo de medidas de controle, quando necessrias. Esta publicao encontra-se dividida em 2 partes principais e 5 anexos, conforme descrito abaixo: Parte 1. Controle da exposio a agentes qumicos Parte 2. Avaliao qualitativa da exposio a agentes qumicos Anexo 1. Relao de frases R e S Anexo 2. Pictogramas para rotulagem de produtos qumicos Anexo 3. Questionrio de vericao Anexo 4. Fichas de controle Anexo 5. Orientaes adicionais para o trabalho em fundies

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O mtodo para avaliao qualitativa de riscos qumicos, apresentado nesta publicao, totalmente baseado na abordagem pragmtica ICCT (International Chemical Control Toolkit), resultante da colaborao entre a OIT (Organizao Internacional do Trabalho), a IOHA (International Occupational Hygiene Association) e o HSE (Health and Safety Executive, UK). Desde que a OIT e a OMS vm promovendo a utilizao desta e de outras abordagens pragmticas para preveno e controle da exposio ocupacional a agentes qumicos, vrias instituies tm reportado sua implementao em empresas de diferentes portes, de diferentes setores e em diversos pases.

POR

ONDE COMEAR

Muitos so os obstculos ao se iniciar a implementao de medidas para controle dos agentes qumicos no ambiente de trabalho. Por essa razo, muitas vezes este processo ignorado. Dentre os principais obstculos identicados, pode-se citar: Insuciente conscientizao de empregadores e empregados; Falta de procedimentos documentados e organizados de maneira sistemtica; Rotulagem inapropriada ou inexistente dos produtos qumicos; Falta de informao adequada sobre qualidade, quantidade e toxicidade dos produtos em uso; Falta de treinamento apropriado; Recursos humanos e nanceiros escassos; Diculdade ao acesso de informaes. Para dar incio implementao de medidas para controle dos agentes qumicos no ambiente de trabalho, preciso: Conhecer as propriedades fsico-qumicas de todos os agentes qumicos armazenados e utilizados na empresa; Conhecer as quantidades frequentemente utilizadas; Calcular as quantidades realmente utilizadas no processo produtivo; Avaliar as quantidades perdidas e/ou desperdiadas; Identicar situaes em que a utilizao da substncia tenha potencial para causar danos sade do trabalhador; Identicar se h alternativa de substituio de produtos classicados como muito txicos por produtos menos txicos; Identicar meios de utilizar os produtos qumicos de modo mais eciente e seguro; Monitorar a implementao de aes para melhoria contnua das condies de SST da empresa; e Quanticar os resultados alcanados.

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CONHECER

OS PRODUTOS QUMICOS

Esta a primeira etapa para a criao de um processo sistemtico para implementao de medidas de controle dos agentes qumicos no ambiente de trabalho. Para identicar todas as situaes de perigo na empresa, deve-se analisar desde a estocagem dos produtos, sua utilizao no processo, at o descarte de material. Uma maneira prtica de identicar tais situaes seguir o uxo dos produtos qumicos dentro da empresa: aquisio, recebimento/entrega, armazenagem, manuseio, processamento e descarte. Para tanto, deve-se programar passeios exploratrios pelos diversos setores da empresa, durante diferentes dias e horrios da semana e em diferentes semanas. Durante tais passeios, devem-se analisar as atividades dos trabalhadores e as condies de utilizao dos produtos qumicos, procurando observar, por exemplo: Se h desperdcio ou perda de material. H algum registro das quantidades utilizadas para cada produto qumico presente no processo? A etapa de pesagem eciente? H derramamento? Quais as principais causas de perdas e derramamentos? Se a maneira como os produtos so armazenados, manuseados e transportados representam riscos sade e segurana dos trabalhadores. possvel melhorar a qualidade das ferramentas de trabalho e de transporte? possvel manter a rea de trabalho desobstruda? Se h formao de nuvens de poeiras durante a transferncia ou a pesagem de material slido. Se h recipientes mal vedados ou deixados abertos. Vericam-se emisses fugitivas em funo de vedao inadequada ou ausncia de exausto? possvel melhorar a vedao dos recipientes mal vedados? Se h embalagens danicadas, no rotuladas ou reutilizadas. Se h situaes em que os trabalhadores criam seus prprios EPIs, como, por exemplo, toalhas ao redor da face. Os EPIs fornecidos so realmente adequados ao trabalho? Os trabalhadores receberam treinamento adequado para utilizar e conservar seus EPIs? Se as condies de ventilao (natural e articial) e temperatura esto adequadas. Se as condies de limpeza e organizao nos departamentos, onde h altos ndices de absentesmo por motivo mdico, esto adequadas. Os trabalhadores reclamam de mal-estar constantemente? As substncias utilizadas esto causando danos ao meio ambiente e aos trabalhadores? possvel substituir a substncia em questo? Se h registro dos locais onde ocorreram incidentes no passado. Qual a qualidade desses registros? Quais foram as causas e as solues adotadas?

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Faa uma cha descritiva como da gura abaixo, anotando o que foi observado. reaDepartamento

Acesso ao localrea restrita, controle de acesso etc.

Condies do ambienteVentilao geral, ventilao exaustora, temperatura etc.

Condies de higiene, limpeza e manuteno do localLimpeza do local, frequncia e mtodo de limpeza, descarte etc.

Condies de estocagem e transporte dos produtos qumicosUmidade, temperatura, intempries, equipamentos de transporte, pesagem, vedao etc.

Condies de manuseio dos produtos qumicosRotulagem, pesagem, transferncia, descarte etc.

Utilizao de EPIH necessidade, utiliza-se corretamente etc. Figura 1 Ficha descritiva: utilizao de produtos qumicos

Esta cha descritiva um dos elementos necessrios para a criao de um processo sistemtico para implementao de medidas de controle dos agentes qumicos no ambiente de trabalho. Alm de reportar dados oriundos da observao, os trabalhadores envolvidos nas atividades descritas devem relatar o seu dia a dia. Os resultados obtidos devem ser divulgados a todos que, de alguma maneira, esto envolvidos com o tema SST dentro da empresa (tcnicos e engenheiros de segurana, administradores, mdicos responsveis, membros da CIPA etc.).

CONSTRUINDO

O INVENTRIO DE PRODUTOS QUMICOS

A segunda etapa do processo para implementao de medidas de controle dos agentes qumicos no ambiente de trabalho consiste em, uma vez conhecendo todo o uxo dos produtos qumicos dentro da empresa, criar um inventrio dos mesmos. Para criar um inventrio, inicialmente preciso saber quais informaes sobre os produtos qumicos utilizados a empresa tem disposio. Lembrar que devem ser discriminados TODOS os produtos qumicos existentes e/ou gerados dentro da empresa, tais como: Matria-prima; Preparaes especiais; Vapores emanados durante o manuseio e a preparao de produtos; Fumos, poeiras, nvoas gerados durante as atividades/processos; Substncias coadjuvantes (catalisadores, corantes, tintas, adesivos, secantes etc.); Substncias utilizadas na limpeza dos equipamentos e do local de trabalho (resduos); e Produto nal.

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Para cada agente qumico identicado, preencher uma cha como a da gura abaixo:

ItemNumerar por departamento

FISPQS[ ] N[ ]

Nome comercialDisponvel no rtulo da embalagem ou no boletim tcnico do produto

Substncia(s)Composio qumica

Nmero(s) CASIdenticao da substncia

Quantidade requerida/gerada no processoQuantidade tecnicamente requerida ou gerada no processo

Escala de uso/produoQuantidade realmente requerida ou gerada no processo (baseado na observao da produo)

Frase(s) R e SDisponvel na FISPQ (ou diretamente com o fabricante)

EmergnciaO que fazer em caso de acidente (disponvel na FISPQ ou diretamente com o fabricante)

Observaes sobre estocagem, manuseio e transporteUmidade, temperatura, intempries, equipamentos de transporte, pesagem, vedao etc. Figura 2 Inventrio dos produtos qumicos

A Ficha de Informao de Segurana de Produtos Qumicos (FISPQ) deve acompanhar o produto. Nela possvel localizar muitas das informaes solicitadas no quadro da Figura 1. Alm disso, o rtulo apropriado para os produtos deve conter o nome comercial, o nome cientco, as frases R e S (ver Anexo 1) e os pictogramas utilizados para identicar substncias nocivas sade (ver Anexo 2). Caso estes dados no estejam presentes no rtulo, devem estar claramente descritos na FISPQ ou serem fornecidos diretamente pelo fabricante do produto. O nmero CAS dos produtos qumicos (solicitado na cha da Figura 2) pode ainda ser encontrado no endereo eletrnico http://ecb.jrc.it/esis. Para as substncias sem rtulo e desconhecidas, providenciar uma etiqueta para cada frasco encontrado com a frase: Produto Desconhecido 01, Produto Desconhecido 02 etc. Com todos esses dados em mos (Figura 1 e Figura 2), a prxima etapa denir quais so as aes que devem ser adotadas para implementar um sistema efetivo de controle da exposio aos agentes qumicos no ambiente de trabalho. A proposta desta publicao denir tais medidas de controle atravs da avaliao qualitativa da exposio a agentes qumicos, processo no qual se avalia o perigo oferecido pelo contato com determinada substncia e o grau de exposio a esta mesma substncia durante a execuo das tarefas laborais. Esta avaliao o primeiro passo para se chegar s medidas de controle adequadas (tambm chamadas de aes), porque atravs dela que se tem condio de decidir o que ser colocado em prtica para reduzir a exposio.

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Observao: O contato com a substncia durante a jornada de trabalho pode ocorrer por inalao, ingesto ou ainda pelo contato com pele e olhos. importante que todas as vias de exposio sejam levadas em considerao na avaliao. Ainda que o ideal seja a eliminao completa de qualquer agente ou fator de risco que possa afetar a sade nos ambientes de trabalho, isto nem sempre possvel. A proposta, ao se implementar um sistema efetivo de controle da exposio aos agentes qumicos no ambiente de trabalho, buscar a reduo mxima da exposio e, consequentemente, do risco. A fonte de perigo, a propagao atravs do ambiente de trabalho e a exposio do trabalhador devem ser interrompidas de alguma forma. Durante o processo de avaliao, necessrio levar em considerao a seguinte hierarquia de controle:

Eliminao

possvel evitar ou eliminar o uso do produto qumico perigoso? possvel modicar o processo ou a maneira de trabalhar? possvel substituir uma substncia perigosa por outra menos perigosa? Ou ainda utilizar a mesma, mas sob outra forma, de modo que no haja mais risco inaceitvel? possvel controlar de maneira ecaz a exposio dos trabalhadores? possvel oferecer proteo adequada?

Substituio

Controle EPI

Se houver controle tcnico da exposio (exausto, por exemplo), necessrio que ele seja reforado por um sistema de manuteno peridica. Para completar, um controle eciente da exposio a substncias nocivas sade feito supervisionando e treinando aqueles que iro lidar com elas. A segunda parte deste manual inteiramente dedicada ao processo de avaliao qualitativa da exposio aos agentes qumicos no local de trabalho e das medidas de controle a serem implementadas, baseando-se no mtodo proposto pela OIT, tambm conhecido como ICCT (International Chemical Control Toolkit).1

1

Endereo eletrnico: http://www.ilo.org/public/english/protection/safework/ctrl_banding/toolkit/main_guide.pdf.

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PARTE 2 AMETODOLOGIA PA SSO A PA SSO

APRESENTAO DO

MTODO

De maneira bastante simplicada, a avaliao qualitativa da exposio a agentes qumicos realizada por uma srie de classicaes que, por sua vez, so baseadas em informaes como tipo de substncia, seus efeitos sade e como utilizada no local de trabalho. Em outras palavras, avaliao de risco um processo utilizado para determinar o risco de doena ou acidente associado a cada fator de risco identicado. Se o fator de risco no identicado adequadamente ou se o consenso sobre o que perigoso no est claramente denido, a avaliao de risco certamente falhar. O contato com a substncia durante a jornada de trabalho pode ocorrer por inalao, ingesto ou ainda pelo contato com pele e olhos. importante que todas as vias de exposio sejam levadas em considerao na avaliao. Em 1998, o Health and Safety Executive (HSE, Reino Unido) publicou o COSHH Essentials Easy steps to Control Health Risks from Chemicals com o intuito de ajudar as empresas a reconhecerem a existncia de riscos qumicos para a sade em seus locais de trabalho e a implementarem aes preventivas para modicar a situao de exposio.2 Tanto a OIT, como a OMS reconheceram o potencial desta abordagem de controle e iniciaram um processo para adapt-la e promov-la internacionalmente a m de contribuir para o alcance de seus objetivos preventivos em sade ocupacional. O COSHH Essentials foi ento adaptado pela IOHA e denominado International Chemical Control Toolkit (ICCT). O principal objetivo das organizaes internacionais ao promoverem a implementao do ICCT de motivar e apoiar as empresas a concentrarem a maior parte de seus esforos em prevenir exposio aos fatores de risco. Em muitos casos, esta abordagem permite agir mesmo que no seja possvel quanticar o risco. Como descrito no incio desta publicao, esta abordagem deve ser considerada como um instrumento adicional para a preveno e o controle e utilizada como parte integrante dos programas j adotados pelas empresas. A utilizao deste mtodo bastante atrativa, pois complementa os mtodos tradicionais de controle e avaliao, alm de ser simples e fcil de ser aplicado. O objetivo desta abordagem de controle fornecer subsdios para manusear produtos qumicos com segurana, desde que o material fornecido tenha sido classicado de acordo com as frases R (apresentado na FISPQ ou no rtulo do produto). A metodologia est dividida em cinco etapas. As informaes obtidas para cada etapa devem ser compiladas no Questionrio de Vericao (ver modelo no Anexo 3). As pginas seguintes orientam como proceder em cada etapa.

2

Endereo eletrnico: http://www.coshh-essentials.org.uk.

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Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5

Determinao da toxicidade do produto (classicao pelas frases R) Determinao da quantidade utilizada Determinao da propagao no ambiente Determinao da medida de controle adequada Implementao das orientaes especcas

ETAPA 1 - ALOCAO

DO FATOR DE RISCO

A natureza dos riscos especcos de produtos e/ou substncias perigosas pode ser classicada de acordo com as chamadas frases de risco. As frases de risco, ou frases R, so frases convencionais que descrevem os riscos especcos sade humana, dos animais e ambiental ligados manipulao de substncias qumicas. So estabelecidas pela Unio Europeia no Anexo III da Diretiva 67/548/CEE, consolidada e republicada na Diretiva 2001/59/CE.3 Para cada frase associado um nico cdigo composto da letra R seguida de um nmero. Cada cdigo corresponde a tradues diferentes nas diversas lnguas faladas na Unio Europeia, entretanto, todas elas possuem o mesmo signicado. A diretiva atual prev que todos os produtos qumicos possuam em sua embalagem as frases R correspondentes substncia qumica em seu contedo. Estas tambm devem ser mencionadas nas Fichas de Informao de Segurana de Produtos Qumicos (FISPQ) do mesmo. De acordo com os princpios da presente abordagem de controle, as frases R comuns foram utilizadas para separar os produtos qumicos em categorias de A a E. As substncias que apresentam maior potencial de causar danos sade (ou seja, de maior toxicidade ou mais perigosas sade) so classicadas na categoria E. As substncias que apresentam menor potencial de causar danos sade esto alocadas na categoria A, inclusive aquelas para as quais no h classicao de acordo com as frases R. Existe ainda o grupo S, que abrange produtos qumicos que podem causar danos quando em contato com pele ou olhos. Utilizando o Quadro 1, escolhe-se um grupo de A a E, tendo certeza de combin-los perfeitamente com as frases R, que por sua vez so encontradas nas FISPQ do produto, disponibilizadas pelo fornecedor. Elas podem estar isoladas ou em combinao com outras indicadas com o smbolo / entre os nmeros. preciso tambm vericar se esto alocadas, tambm, no grupo S (Quadro 2) para se certicar de que no existe perigo pelo contato com olhos e pele. Anote este dado no Questionrio de Vericao (modelo no Anexo 3).

3

Endereo eletrnico: http://europa.eu.int/eur-lex/lex/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=CELEX:32001L0059: PT:HTML.

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Note-se que, em funo das frases R enumeradas no Quadro 1, alguns produtos (ou substncias) podem ser alocados em mais de uma categoria. Neste caso, a categoria que expressa o maior potencial de causar danos sade a que deve ser selecionada. O fornecedor dever ser consultado se houver diculdade para encontrar as frases R na FISPQ ou dvida sobre a frase R correta. Ateno: Substncias qumicas que tm potencial de causar maiores danos sade requerem maior nvel de controle do que aquelas que causam menos danos.Quadro 1 Alocao do fator de risco de acordo com as frases R (produtos qumicos que causam danos por inalao ou ingesto)

AR36 R36/38 R38 Todas as substncias cuja frase R no est alocada nos grupos B-E Todas as poeiras e vapores no alocados em outros grupos

BR20 R20/21 R20/21/22 R20/22 R21 R21/22 R22

CR23 R23/24 R23/24/25 R23/25 R24 R24/25 R25 R34 R35 R36/37 R36/37/38 R37 R37/38 R41 R43 R48/20 R48/20/21 R48/20/21/22 R48/20/22 R48/21 R48/21/22 R48/22

DR26 R26/27 R26/27/28 R26/28 R27 R27/28 R28 Carc cat 3 R40 R48/23 R48/23/24 R48/23/24/25 R48/23/25 R48/24 R48/24/25 R48/25 R60 R61 R62 R63

EMuta cat 3 R40 R42 R42/43 R45 R46 R49

Substncias menos perigosas

Substncias mais perigosas

Casos especiais

Quadro 2 Alocao do fator de risco de acordo com as frases R (produtos qumicos que causam danos em contato com olhos e pele)

SR21 R20/21 R20/21/22 R21/22 R24 R23/24 R23/24/25 R24/25 R27 R26/27 R26/27/28 R27/28 R34 R35 R36 R36/37 R36/38 R36/37/38 R38 R37/38 R41 R43 R42/43 R48/21 R48/20/21 R48/20/21/22 R48/21/22 R48/24 R48/23/24 R48/23/24/25 R48/24/25 Sk

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ETAPA 2 - QUANTIDADE

UTILIZADA

A probabilidade de uma substncia causar danos aos que se expe ela diretamente proporcional quantidade utilizada e magnitude da exposio. De acordo com esta ferramenta, deve-se escolher a quantidade de produtos qumicos utilizada da seguinte maneira: Slidos Quantidade Pequena Mdia GrandeGramas Kilogramas Toneladas

Lquidos Embalagem QuantidadeMililitros Litros Metros cbicos

EmbalagemGarrafas Tambores Caminhes

Pequenos recipientes Sacas ou tambores Caminhes

Na dvida, opte sempre pela maior quantidade. Lembrar que as quantidades devem ser denidas por dia e por operao (ou processo). Anote este dado no Questionrio de Vericao (Anexo 3).

ETAPA 3 - PROPAGAOTRABALHANDO

NO AMBIENTE

COM LQUIDOS

Quanto mais voltil a substncia, maior a sua evaporao a uma dada temperatura e maior ser a quantidade desta substncia presente no ar. De acordo com esta ferramenta, deve-se determinar a volatilidade dos produtos qumicos utilizados seguindo as instrues abaixo. Para tarefas executadas temperatura ambiente (sem aquecimento), determinar a volatilidade de acordo com o quadro a seguir: Volatilidade alta Volatilidade mdia Volatilidade baixa Ponto de ebulio menor que 50oC Ponto de ebulio entre 50oC e 150oC Ponto de ebulio maior que 150oC

Para tarefas executadas acima da temperatura ambiente, a volatilidade deve ser determinada consultando o grco a seguir. Para chegar a este resultado, preciso conhecer o ponto de ebulio do produto, informao que deve ser encontrada em sua FISPQ ou disponibilizada pelo fornecedor. preciso conhecer, tambm, a temperatura de operao.

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Com os dados de temperatura em mos, basta localizar o ponto de convergncia entre a temperatura de ebulio (linhas horizontais) e a temperatura do processo (linhas verticais). Neste ponto encontra-se a volatilidade. Se este ponto se situar em cima das linhas divisrias, deve-se escolher a volatilidade mais alta.

Volatilidade baixa

Ponto de ebulio do lquido (C)

Volatilidade mdia

Volatilidade alta

Temperatura de operao (C)

Observao: Se a FISPQ apresentar mais de um valor de ponto de ebulio para o produto, devese sempre utilizar o de mais baixo valor. Se a tarefa exigir vrios nveis de temperatura, utilizar sempre a mais alta. Se houver mistura de uma ou mais substncias, considerar a de menor ponto de ebulio.

Ateno: Um ponto de ebulio alto indica que a substncia menos voltil do que as outras com ponto de ebulio baixo. Quando os fatores operacionais permitirem, devem ser selecionados produtos de menor volatilidade. Isto signica, por exemplo, preferir solventes de ponto de ebulio mais alto. Deve-se procurar evitar a substituio por produtos qumicos que, apesar de menos volteis, sejam mais perigosos sade.

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TRABALHANDO

COM SLIDOS

Neste caso, a propagao no ambiente ser determinada pela quantidade de poeira produzida pelo slido e classicada de acordo com o quadro abaixo: Poeiras nas e leves Quando manipulados, obser va-se formao de nuvens de poeira que ficam muitos minutos no ar (cimento, p de giz, car vo). Slidos granulares e cristalinos Quando manipulados, v-se a poeira que logo se deposita (sabo em p). Escamas grandes ou grnulos grossos Quando manipulados, produzem pouca poeira (grnulos de PVC ou flocos de cera).

Empoeiramento alto

Empoeiramento mdio

Empoeiramento baixo

Ateno: possvel reduzir a disperso no ambiente substituindo produto namente dividido por material granulado ou em escamas, sempre que possvel. Na dvida, opte sempre pela maior volatilidade ou empoeiramento. Anote este dado no questionrio de vericao (Anexo 3).

ETAPA 4 - COMO

ENCONTRAR A MEDIDA DE CONTROLE CORRETA

Com os dados obtidos nas etapas 1 a 3, todas as informaes necessrias para determinar as medidas de controle j foram coletadas. A medida de controle adequada ser encontrada localizando-se na tabela a seguir inicialmente o grupo A-E, no qual o produto foi alocado (com base nas frases R). Em seguida, localiza-se nesta parte da tabela a linha que corresponde quantidade utilizada do produto. Acompanhando-se esta linha at encontrar a coluna que corresponde volatilidade ou empoeiramento, encontra-se um nmero que indica a medida de controle a ser adotada. Anote este nmero no questionrio de vericao.

20

Tabela 1 Identificao da medida de controle Quantidade utilizada Pequena Mdia Alta Pequena Mdia Alta Pequena Mdia Alta Pequena Mdia Alta Baixa volatilidade / empoeiramento 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 3 3 Mdia volatilidade Grupo A 1 1 1 Grupo B 1 2 2 Grupo C 2 3 4 Grupo D 3 4 4 Grupo E Para todos os produtos do Grupo E, optar pela Medida de Controle 4 2 4 4 3 4 4 1 3 4 2 3 4 1 2 3 1 2 3 1 1 2 1 2 2 Mdio empoeiramento Alta volatilidade / empoeiramento

Grupo S: Anotar no questionrio de vericao se o produto em questo foi alocado no grupo S. Isso signica que h uma medida de controle especial para esse produto.

O que realmente signica medida de controle? Os nmeros de 1 a 4, apresentados na Tabela 1, indicam 4 diferentes nveis de ao e controle que podem ser implementados no local de trabalho para prevenir ou minimizar a exposio aos agentes qumicos. As quatro medidas de controle so:

1

Ventilao geralMedidas bsicas de ventilao geral e boas prticas de trabalho

Menor reduo da exposio

2

Controle de engenhariaSistemas tpicos de ventilao local exaustora

3

EnclausuramentoRestringir a utilizao de substncias perigosas ou enclausurar o processo

Maior reduo da exposio Suporte especial

4

EspecialNecessrio assessoria especializada para definir as medidas a serem tomadas

21

Para cada uma dessas medidas de controle, existe uma gama de aes a serem implementadas, descritas na forma de cha de controle, de acordo com os seguintes aspectos: Acesso Projeto e equipamento Testes e manuteno Higiene e manuteno da limpeza no local de trabalho Equipamento de proteo individual Treinamento e superviso Programa de acompanhamento mdico Para produtos classicados no grupo S, a cha de controle correspondente orienta como reduzir a exposio e qual a correta utilizao do equipamento de proteo individual durante o manuseio de produtos que podem causar danos em contato com olhos e pele. As chas de controle encontram-se descritas no Anexo 4.

ETAPA 5 IMPLEMENTAO

DAS MEDIDAS DE CONTROLE

Aps a identicao da medida de controle correta, preciso ponderar como colocar em prtica as recomendaes e como reuni-las a outras aes a serem implementadas. Neste momento vlido fazer um plano de ao, pois ele ajuda a economizar, em longo prazo, tempo e dinheiro. O plano de ao pode ser redigido de maneira simplicada, conforme quadro abaixo:Quadro 3 Plano de ao: implementao de medidas para controle da exposio aos agentes qumicos

reaDepartamento

AtividadeDescrio da atividade executada, nmero de funcionrios em contato com o produto

Medida de controle1, 2, 3 ou 4, S

Objetivos a serem alcanadosMelhorias a serem implementadas

Aes propostasOrientaes gerais fornecidas nas chas de controle

ResponsveisQuem executar a ao proposta

PrazosTempo necessrio para implementao das melhorias

Resultados obtidosReavaliao

22

COMO

COLOCAR EM PRTICA AS MEDIDAS DE CONTROLE

Consultar as orientaes disponveis e comparar com a prtica adotada pela empresa. Existe alguma diferena? Antes de implementar qualquer uma das orientaes: Consulte a lista de produtos qumicos e as atividades desenvolvidas. Com base nesses dados, possvel decidir qual a melhor mudana a ser implementada. Certique-se de que as orientaes recomendadas se adaptam situao. Se houver dvida ou necessitar de ajuda, procure a orientao de um especialista. Todos os aspectos descritos so essenciais para um controle adequado. No selecionar partes individuais aleatoriamente. A orientao, para fornecer um controle adequado, funciona como um todo. Por exemplo, o sistema de ventilao local exaustora pode j estar instalado, mas o seu desempenho est dentro do padro planejado? Tem havido manuteno? Talvez a medida de controle correta j seja utilizada exausto local, por exemplo. preciso garantir que esteja funcionando corretamente. Os funcionrios a utilizam de maneira adequada? Quando foi a ltima manuteno ou teste? Lembre-se de que as orientaes se adicionam. Uma no substitui a outra. Aps ter identicado as aes que devem ser colocadas em prtica, implemente os mecanismos de controle juntamente com os trabalhadores e verique se funcionam. Coloque em prtica as outras aes que j tenha identicado. Deve-se escolher a pessoa responsvel por garantir a execuo e cobrar ao m dos prazos determinados. Lembre-se de que o trabalho de implementao das medidas de controle deve ser conduzido por todos os envolvidos na atividade. O ideal que se formem grupos compostos por trabalhadores, representantes da CIPA, tcnicos de segurana, engenheiros de segurana e administradores. Todos devem saber as suas responsabilidades e competncias e execut-las de acordo com o plano proposto.

RISCOS

SEGURANA E AO MEIO AMBIENTE

preciso levar em considerao todos os riscos segurana e ao meio ambiente, como fogo, exploses ou descarte indevido na gua, no ar ou no solo. Informaes adicionais devem ser encontradas nas chas de segurana dos produtos qumicos (FISPQ). Caso sejam insucientes, necessrio procurar assessoria especializada. Deve-se pensar ainda em outras aes que devem ser implementadas, como, por exemplo: A existncia de outras substncias perigosas no local de trabalho e que necessitam de mecanismos de avaliao e controle. A necessidade de implementao ou melhoria do acompanhamento mdico dos trabalhadores. Os resultados podem ser utilizados para ajudar a vericar se os controles implementados esto atuando de maneira efetiva. A necessidade de monitorar quantitativamente os nveis de exposio. Deve-se medir a concentrao dos agentes qumicos no ar que respirado pelos trabalhadores quando a avaliao concluir que uma ou mais das seguintes armaes verdadeira: graves danos sade poderiam ocorrer se os seus mecanismos de controle falhassem ou deteriorassem; os limites de exposio poderiam ter sido ultrapassados; ou

23

-

os mecanismos de controle no esto funcionando corretamente.

A qualidade e a periodicidade do treinamento em SST fornecido aos trabalhadores.

REVISO

DA AVALIAO

A avaliao e a implementao das medidas de controle devem ser revisadas periodicamente. Se houver dvidas quanto a sua validade, deve ser revisada imediatamente. Tambm deve ser revisada se houver uma mudana signicativa nas atividades, no processo, na utilizao de produtos qumicos, aps a instalao de novos equipamentos ou com a contratao de novos funcionrios.

O

QUE MAIS DEVE SER FEITO?

preciso lembrar que a proposta desta orientao conduzir as pessoas at um ponto de onde possam comear, de maneira correta, a preparar as avaliaes do seu ambiente de trabalho. No entanto, os deveres no se esgotam nesta etapa. Em muitos casos, ser suciente seguir as prticas assinaladas, mas sempre se perguntando se preciso fazer mais. Depois de terminada, a avaliao deve car num lugar acessvel onde todos os funcionrios possam consult-la, devendo ser revista anualmente. Se alguma coisa mudar, como a frmula de um produto patenteado que foi aperfeioado em funo de novas tecnologias, preciso refazer toda a avaliao para vericar quais outras medidas de controle sero necessrias.

24

R EL A O

A NE XO 1 DA S FR A SES R

E

S

25

FRASES RR1 R2 R3 R4 R5 R6 R7 R8 R9 R10 R11 R12 R14 R15 R16 R17 R18 R19 R20 R21 R22 R23 R24 R25 R26 R27 R28 R29 R30 R31 R32 R33 R34 R35 R36 R37 R38

PARA SUBSTNCIAS PERIGOSAS

Explosivo no estado seco. Risco de exploso por choque, frico, fogo ou outras fontes de ignio. Grande risco de exploso por choque, frico, fogo ou outras fontes de ignio. Forma compostos metlicos explosivos muito sensveis. Perigo de exploso sob a ao do calor. Perigo de exploso com ou sem contato com o ar. Pode provocar incndio. Favorece a inamao de matrias combustveis. Pode explodir quando misturado com matrias combustveis. Inamvel. Facilmente inamvel. Extremamente inamvel. Reage violentamente em contato com a gua. Em contato com a gua liberta gases extremamente inamveis. Explosivo quando misturado com substncias comburentes. Espontaneamente inamvel ao ar. Pode formar mistura vapor/ar explosiva/inamvel durante a utilizao. Pode formar perxidos explosivos. Nocivo por inalao. Nocivo em contato com a pele. Nocivo por ingesto. Txico por inalao. Txico em contato com a pele. Txico por ingesto. Muito txico por inalao. Muito txico em contato com a pele. Muito txico por ingesto. Em contato com a gua liberta gases txicos. Pode tornar-se facilmente inamvel durante o uso. Em contato com cidos liberta gases txicos. Em contato com cidos liberta gases muito txicos. Perigo de efeitos cumulativos. Provoca queimaduras. Provoca queimaduras graves. Irritante para os olhos. Irritante para as vias respiratrias. Irritante para a pele.

27

R39 R40 R41 R42 R43 R44 R45 R46 R48 R49 R50 R51 R52 R53 R54 R55 R56 R57 R58 R59 R60 R61 R62 R63 R64 R65 R66 R67 R68

Perigo de efeitos irreversveis muito graves. Possibilidade de efeitos cancergenos. Risco de graves leses oculares. Pode causar sensibilizao por inalao. Pode causar sensibilizao em contato com a pele. Risco de exploso se aquecido em ambiente fechado. Pode causar cncer. Pode causar alteraes genticas hereditrias. Risco de efeitos graves para a sade em caso de exposio prolongada. Pode causar cncer por inalao. Muito txico para organismos aquticos. Txico para organismos aquticos. Nocivo para os organismos aquticos. Pode causar efeitos adversos a longo prazo no ambiente aqutico. Txico para a ora. Txico para a fauna. Txico para os organismos do solo. Txico para as abelhas. Pode causar efeitos adversos a longo prazo no ambiente. Perigo para a camada de oznio. Pode comprometer a fertilidade. Risco durante a gravidez com efeitos adversos ao feto. Possveis riscos de comprometer a fertilidade. Possveis riscos durante a gravidez de efeitos indesejveis ao feto. Pode causar danos nas crianas alimentadas com leite materno. Nocivo: pode causar danos nos pulmes se ingerido. Pode provocar secura na pele ou ssuras, por exposio repetida. Pode provocar sonolncia e vertigens, por inalao dos vapores. Possibilidade de efeitos irreversveis.

COMBINAOR14/15 R15/29 R20/21 R20/22 R20/21/22 R21/22 R23/24

DE FRASES

R

Reage violentamente com a gua libertando gases extremamente inamveis. Em contato com a gua liberta gases txicos e extremamente inamveis. Nocivo por inalao e em contato com a pele. Nocivo por inalao e ingesto. Nocivo por inalao, em contato com a pele e por ingesto. Nocivo em contato com a pele e por ingesto. Txico por inalao e em contato com a pele.

28

R23/25 R23/24/25 R24/25 R26/27 R26/28 R26/27/28 R27/28 R36/37 R36/38 R36/37/38 R37/38 R39/23 R39/24 R39/25 R39/23/24 R39/23/25 R39/24/25 R39/23/24/25 R39/26 R39/27 R39/28 R39/26/27 R39/26/28 R39/27/28 R39/26/27/28 R42/43 R48/20 R48/21 R48/22 R48/20/21 R48/20/22 R48/21/22 R48/20/21/22 R48/23 R48/24 R48/25 R48/23/24 R48/23/25

Txico por inalao e ingesto. Txico por inalao, em contato com a pele e por ingesto. Txico em contato com a pele e por ingesto. Muito txico por inalao e em contato com a pele. Muito txico por inalao e ingesto. Muito txico por inalao, em contato com a pele e por ingesto. Muito txico em contato com a pele e por ingesto. Irritante para os olhos e vias respiratrias. Irritante para os olhos e pele. Irritante para os olhos, vias respiratrias e pele. Irritante para as vias respiratrias e pele. Txico: perigo de efeitos irreversveis muito graves por inalao. Txico: perigo de efeitos irreversveis muito graves em contato com a pele. Txico: perigo de efeitos irreversveis muito graves por ingesto. Txico: perigo de efeitos irreversveis muito graves por inalao e em contato com a pele. Txico: perigo de efeitos irreversveis muito graves por inalao e ingesto. Txico: perigo de efeitos irreversveis muito graves em contato com a pele e por ingesto. Txico: perigo de efeitos irreversveis muito graves por inalao, em contato com a pele e por ingesto. Muito txico: perigo de efeitos irreversveis muito graves por inalao. Muito txico: perigo de efeitos irreversveis muito graves em contato com a pele. Muito txico: perigo de efeitos irreversveis muito graves por ingesto. Muito txico: perigo de efeitos irreversveis muito graves por inalao e em contato com a pele. Muito txico: perigo de efeitos irreversveis muito graves por inalao e ingesto. Muito txico: perigo de efeitos irreversveis muito graves em contato com a pele e por ingesto. Muito txico: perigo de efeitos irreversveis muito graves por inalao, em contato com a pele e por ingesto. Pode causar sensibilizao por inalao e em contato com a pele. Nocivo: risco de efeitos graves para a sade em caso de exposio prolongada por inalao. Nocivo: risco de efeitos para a sade em caso de exposio prolongada em contato com a pele. Nocivo: risco de efeitos para a sade em caso de exposio prolongada por ingesto. Nocivo: risco de efeitos para a sade em caso de exposio prolongada por inalao e em contato com a pele. Nocivo: risco de efeitos para a sade em caso de exposio prolongada por inalao e ingesto. Nocivo: risco de efeitos para a sade em caso de exposio prolongada em contato com a pele e por ingesto. Nocivo: risco de efeitos para a sade em caso de exposio prolongada por inalao, em contato com a pele e por ingesto. Txico: risco de efeitos graves para a sade em caso de exposio prolongada por inalao. Txico: risco de efeitos graves para a sade em caso de exposio prolongada em contato com a pele. Txico: risco de efeitos graves para a sade em caso de exposio prolongada por ingesto. Txico: risco de efeitos graves para a sade em caso de exposio prolongada por inalao e em contato com a pele. Txico: risco de efeitos graves para a sade em caso de exposio prolongada por inalao e ingesto.

29

R48/24/25 R48/23/24/25 R50/53 R51/53 R52/53 R68/20 R68/21 R68/22 R68/20/21 R68/20/22 R68/21/22 R68/20/21/22

Txico: risco de efeitos graves para a sade em caso de exposio prolongada em contato com a pele e por ingesto. Txico: risco de efeitos graves para a sade em caso de exposio prolongada por inalao, em contato com a pele e por ingesto. Muito txico para organismos aquticos, podendo causar efeitos adversos a longo prazo no ambiente aqutico. Txico para organismos aquticos, podendo causar efeitos adversos a longo prazo no ambiente aqutico. Nocivo para organismos aquticos, podendo causar efeitos adversos a longo prazo no ambiente aqutico. Nocivo: possibilidade de efeitos irreversveis por inalao. Nocivo: possibilidade de efeitos irreversveis em contato com a pele. Nocivo: possibilidade de efeitos irreversveis por ingesto. Nocivo: possibilidade de efeitos irreversveis por inalao e em contato com a pele. Nocivo: possibilidade de efeitos irreversveis por inalao e ingesto. Nocivo: possibilidade de efeitos irreversveis em contato com a pele e por ingesto. Nocivo: possibilidade de efeitos irreversveis por inalao, em contato com a pele e por ingesto.

FRASES SS1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S12 S13 S14 S15 S16 S17 S18 S20 S21 S22 S23 S24

PARA SUBSTNCIAS PERIGOSAS

Guardar fechado chave. Manter fora do alcance das crianas. Guardar em lugar fresco. Manter fora de qualquer zona de habitao. Manter sob... (lquido apropriado a ser especicado pelo fabricante). Manter sob... (gs inerte a ser especicado pelo fabricante). Manter o recipiente bem fechado. Manter o recipiente ao abrigo da umidade. Manter o recipiente num local bem ventilado. No fechar o recipiente hermeticamente Manter afastado de alimentos e bebidas, incluindo os dos animais. Manter afastado de... (materiais incompatveis indicados pelo fabricante). Manter afastado do calor. Manter afastado de qualquer chama ou fonte de ignio no fumar. Manter afastado de matrias combustveis. Manipular e abrir o recipiente com prudncia. No comer nem beber durante a utilizao. No fumar durante a utilizao. No respirar as poeiras. No respirar os gases/vapores/fumos/aerossis (termo(s) apropriado(s) a serem indicados pelo fabricante). Evitar o contato com a pele.

30

S25 S26 S27 S28 S29 S30 S33 S35 S36 S37 S38 S39 S40 S41 S42 S43 S45 S46 S47 S48 S49 S50 S51 S52 S53 S56 S57 S59 S60 S61 S62 S63 S64

Evitar o contato com os olhos. Em caso de contato com os olhos, lavar imediata e abundantemente com gua e consultar um especialista. Retirar imediatamente todo o vesturio contaminado. Aps contato com a pele, lavar imediata e abundantemente com... (produto apropriado a ser especicado pelo fabricante). No descartar o resduo no esgoto. Nunca adicionar gua a este produto. Evitar acumulao de cargas eletrostticas. No se desfazer deste produto e do seu recipiente sem tomar as precaues de segurana devidas. Usar vesturio de proteo adequado. Usar luvas adequadas. Em caso de ventilao insuciente, usar equipamento de proteo respiratria. Usar um equipamento de proteo para olhos/face. Para limpeza do cho e objetos contaminados por este produto utilizar... (produto apropriado a ser especicado pelo fabricante). Em caso de incndio e/ou exploso no respirar os fumos. Durante as fumigaes/pulverizaes usar equipamento adequado (indicado pelo fabricante). Em caso de incndio utilizar... (meios de extino indicados pelo fabricante. Se a gua aumentar os riscos, acrescentar Nunca utilizar gua). Em caso de acidente ou indisposio consultar imediatamente o mdico (se possvel mostrar-lhe o rtulo). Em caso de ingesto consultar imediatamente o mdico e mostrar-lhe a embalagem e o rtulo. Conservar a uma temperatura que no exceda ...C (indicado pelo fabricante). Manter mido com... (material adequado indicado pelo fabricante). Conservar unicamente no recipiente de origem. No misturar com... (indicado pelo fabricante). Utilizar somente em locais bem ventilados. No utilizar em grandes superfcies nos locais habitados. Evitar a exposio obter instrues especcas antes da utilizao. Eliminar este produto e o seu recipiente, enviando-os para local autorizado para a recolha de resduos perigosos ou especiais. Utilizar um recipiente adequado para evitar a contaminao do ambiente. Solicitar ao produtor/fornecedor informaes relativas sua recuperao/reciclagem. Este produto e seu recipiente devem ser eliminados como resduos perigosos. Evitar a libertao para o ambiente. Obter instrues especcas/chas de segurana. Em caso de ingesto, no provocar o vmito. Consultar imediatamente um mdico e mostrar-lhe a embalagem ou o rtulo. Em caso de inalao acidental, remover a vtima da zona contaminada e mant-la em repouso. Em caso de ingesto, lavar repetidamente a boca com gua (apenas se a vtima estiver consciente).

31

C OMBINAOS1/2 S3/7 S3/9/14 S3/9/14/49 S3/9/49 S3/14 S7/8 S7/9 S7/47 S20/21 S24/25 S29/35 S29/56 S36/37

DE FRASES

S

Guardar fechado chave e fora do alcance das crianas. Conservar em recipiente bem fechado em lugar fresco. Conservar em lugar fresco e bem ventilado ao abrigo de... (materiais incompatveis indicados pelo fabricante). Conservar unicamente no recipiente de origem em lugar fresco e bem ventilado ao abrigo de... (materiais incompatveis indicados pelo fabricante). Conservar unicamente no recipiente de origem em lugar fresco e bem ventilado. Conservar em lugar fresco ao abrigo de... (materiais incompatveis indicados pelo fabricante). Conservar o recipiente bem fechado e ao abrigo da umidade. Manter o recipiente bem fechado em local bem ventilado. Manter o recipiente bem fechado e conservar a uma temperatura que no exceda... C (indicado pelo fabricante). No comer, beber ou fumar durante a utilizao. Evitar o contato com a pele e os olhos. No descartar os resduos no esgoto; no eliminar o produto e o seu recipiente sem tomar as precaues de segurana devidas. No descartar os resduos no esgoto, eliminar este produto e o seu recipiente, enviando-os para local autorizado para a recolha de resduos perigosos ou especiais. Usar vesturio de proteo e luvas adequadas.

S36/37/39 Usar vesturio de proteo, luvas e equipamento de proteo, adequados para olhos/face. S36/39 S37/39 S47/49 Usar vesturio de proteo e equipamento de proteo adequados para olhos/face. Usar luvas e equipamento de proteo adequados para olhos/face. Conservar unicamente no recipiente de origem temperatura que no exceda ...C (indicado pelo fabricante).

LINKS

EM PORTUGUS

Frases retiradas dos sites: http://paginas.fe.up.pt/ecofeup/frasesR_A.html http://paginas.fe.up.pt/ecofeup/frasesS_A.html

LINKS

EM INGLS

http://www.ilo.org/public/english/protection/safework/cis/products/icsc/dtasht/riskphrs/index.htm http://www.ilo.org/public/english/protection/safework/cis/products/icsc/dtasht/sftyphrs/index.htm http://www.hse.gov.uk/chip/phrases.htm

32

A NE XO 2 P ICTOGR A M A SPAR A ROTUL AGEM DE PRODUTOS QUMICOS

33

PICTOGRAMAS

PARA ROTULAGEM

F

F+

O

Altamente inamvel E

Extremamente inamvel T

Oxidante T+

Explosivo C

Txico Xn

Muito txico Xi

Corrosivo N

Nocivo

Irritante

Perigoso para o meio ambiente

Para mais informaes, consultar:

http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/secex/negInternacionais/claRotSubQuimicas/oquee.php http://www.ilo.org/public/english/protection/safework/cis/products/safetytm/clasann1.htm http://www.sc.usp.br/residuos/rotulagem/index.html

35

PICTOGRAMAS

DE ACORDO COM

GHS

Inamvel

Explosivo

Oxidante

Gs sob presso

Corrosivo

Toxicidade aguda (severa)

Irritante Sensibilizante drmico

Carcinognico Sensibilizante respiratrio Toxicidade reproduo Toxicidade (rgo alvo) Mutagenicidade

Perigoso para o meio ambiente

GHS: Sistema globalmente harmonizado para Classicao e Rotulagem de Produtos Qumicos. Para mais informaes, consultar:

http://www.unece.org/trans/danger/publi/ghs/pictograms.html http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivo/secex/ghs/documentacao/outros/manual_ghs.pdf

36

A NE XO 3 Q UESTIONRIODE VERIFIC A O

37

UESTIONRIO DE VERIFICAO QQUESTIONRIO DE VERIFICAO

Descrio da tarefa/processo

Agente qumico/Frases R:

Alocao do fator de risco A B C D E S

Quantidade utilizada por processo e por dia Pequena Mdia Grande

Propagao no ambiente Pequena Mdia Alta

Medida de controle 1 2 3 4

Danos causados pelo contato com a pele e os olhos S

Outros controles Sim No

39

A NE XO 4 FICHA SDE CONTROLE

O mtodo para classicao de perigo dos agentes qumicos pelas frases R e para identicao das medidas de controle de exposio aos mesmos, descrito nesta publicao, totalmente baseado na abordagem pragmtica ICCT (International Chemical Control Toolkit). As chas de controle do Anexo 4 so uma adaptao das chas do International Chemical Control Toolkit. As originais, em ingls, encontram-se disponveis, gratuitamente, on-line, no site: http://www.ilo.org/public/english/protection/safework/ctrl_banding/toolkit/main_guide.pdf

41

Medida de controle 1

os pontos mais importantes a serem seguidos para ajudar a reduzir a exposio aos agentes qumicos. importante que todas as indicaes sejam seguidas risca ou que medidas igualmente efetivas sejam adotadas. Esta ficha identifica os padres mnimos a serem adotados para proteger a sade nos ambientes de trabalho e, portanto, no pode ser utilizada para justificar um padro inferior ao exigido para o controle da exposio a outros agentes para os quais maior nvel de controle requerido. Alguns produtos qumicos so inflamveis ou corrosivos e os controles devem ser adaptados para tambm os abranger. Para mais informaes, a FISPQ do produto deve ser consultada. As agncias ambientais locais podero exigir o cumprimento de regulamentos especficos para descarte de resduos e emisso atmosfrica de poluentes. Procure o rgo fiscalizador ligado Secretaria do Meio Ambiente (estadual e/ou municipal) para obter informaes sobre a regulamentao local e se ela aplicvel sua empresa/atividade.

1

VENTILAOFICHA

GERAL: PRINCPIOS GERAIS

DE CONTROLE

100

Esta ficha de controle deve ser utilizada quando a Medida de Controle 1 for indicada. Aqui so apresentadas as prticas corretas para implementao dos princpios de ventilao geral no local de trabalho (incluindo o trabalho ao ar livre). indicada para uma srie de tarefas de pequena, mdia e grande escalas, na utilizao de slidos e/ou lquidos. Descreve

ACESSO

Restrinja o acesso somente queles trabalhadores realmente necessrios no local. O trabalho no deve ser realizado prximo s entradas de ar da instalao para garantir que elas no sejam obstrudas. A corrente de ar deve passar pelo operador e ento pelo local onde se desenvolve a atividade (nunca o contrrio), sendo ento direcionada para a sada.

P ROJETO

E EQUIPAMENTO

As setas indicam ventilao natural

O acesso ao ar fresco deve ser irrestrito. Para assegurar o acesso ao ar fresco, podem-se ter reas de trabalho ao ar livre. Esta exigncia pode ser cumprida atravs do trabalho ao ar livre.

Se o trabalho for realizado no interior de um prdio, sero exigidas portas e janelas abertas, tijolos furados ou aberturas laterais, bem como ventiladores exaustores nas paredes e no teto para permitir que o ar fresco e puro que entra substitua o ar poludo. Muitas vezes se tornaSistemas de exausto: ventilao controladaSada de ar Entrada de ar

43

mais eciente instalar um ventilador que leve ar limpo em direo ao trabalhador do que exaurir o ar sujo de dentro do prdio.

O ar exaurido deve ser liberado em lugar seguro fora do prdio, longe de portas, janelas e entradas de ar. A ventilao deve ser totalmente aproveitada, a corrente de ar passando pelo operador e pelo local de trabalho ao se encaminhar para a exausto. Em trabalhos realizados ao ar livre, o vento responsvel pela disperso dos poluentes. Deve ser fornecida uma ventilao geral de boa qualidade por meio de exaustores mecnicos, de parede ou janela. Recomendam-se, no mnimo, cinco renovaes de ar por hora.

TESTES

E MANUTENO

Os ventiladores e os exaustores devem ser mantidos em perfeitas condies de limpeza e funcionamento. O funcionamento dos ventiladores deve ser vericado diariamente. Uma ta pode ser amarrada na grade do ventilador para servir de indicador de funcionamento.

HIGIENE

E MANUTENO DA LIMPEZA NO LOCAL DE TRABALHO

Garantir a limpeza diria dos equipamentos e do local de trabalho. O derrame acidental (de lquidos ou slidos) a maior causa da formao de vapores e poeiras no local de trabalho. Devem ser contidos, removidos e a rea deve ser limpa imediatamente. Os recipientes devem ser tampados imediatamente aps a utilizao. Devem ser armazenados em lugar seguro, onde no sero danicados, e descartados em local apropriado. No utilizar vassouras ou ar comprimido, mas sim panos midos ou aspiradores de p para limpeza dos equipamentos e da rea de trabalho. Os lquidos volteis no devem ser armazenados em contato direto com o sol ou fontes de calor.

EQUIPAMENTO

DE PROTEO INDIVIDUAL

(EPI)

Produtos qumicos alocados no grupo S podem causar danos em contato com olhos e pele ou entrar no corpo atravs da epiderme e causar danos. Neste caso, consulte as orientaes contidas na cha de controle Sk100. Para se escolher o EPI adequado, deve-se consultar a FISPQ ou o fornecedor do produto. O EPI deve ser mantido em lugar limpo e ser substitudo quando necessrio. Quando fora de uso, deve ser guardado em segurana para no ser danicado ou contaminado. O EPI deve ser renovado periodicamente ou substitudo quando danicado. Rejeite as mscaras e as luvas descartveis aps cada utilizao.

TREINAMENTO

E SUPERVISO

Os trabalhadores devem ser informados sobre os danos sade causados pelas substncias que utilizam no trabalho. Devem ser treinados para: manusear produtos qumicos com segurana, vericar se os controles esto funcionando, utilizar o EPI corretamente e saber o que fazer se algo der errado (casos de emergncia).

44

Medida de controle 2

for indicada. Aqui so apresentadas as prticas corretas para implantao de sistemas de ventilao local exaustora (SVLE), que a forma mais comum de controle da engenharia. indicada para uma variedade de tarefas de pequeno, mdio e grande portes, na utilizao de slidos e/ou lquidos. Descreve os pontos mais importantes a serem seguidos para ajudar a reduzir a exposio aos agentes qumicos. importante que todas as indicaes sejam seguidas risca ou que medidas igualmente efetivas sejam adotadas. Esta ficha identifica os padres mnimos a serem adotados para proteger a sade nos ambientes de trabalho e, portanto, no pode ser utilizada para justificar um padro inferior ao exigido para o controle da exposio a outros agentes para os quais maior nvel de controle requerido. Alguns produtos qumicos so inflamveis ou corrosivos e os controles devem ser adaptados para tambm os abranger. Para mais informaes, a FISPQ do produto deve ser consultada. Em algumas situaes, talvez seja necessrio utilizar um sistema para purificao do ar que sai do SVLE antes de descarreg-lo na atmosfera. As agncias ambientais locais podero exigir o cumprimento de regulamentos especficos para descarte de resduos e emisso atmosfrica de poluentes. Procure o rgo fiscalizador ligado Secretaria do Meio Ambiente (estadual e/ou municipal) para obter informaes sobre a regulamentao local e se ela aplicvel sua empresa/atividade.

2

CONTROLE

DE ENGENHARIA: PRINCPIOS GERAIS

Deve haver um sistema que verique a existncia de mecanismos de controle e se eles esto sendo seguidos.

FICHA

DE CONTROLE

200

Esta ficha de controle deve ser utilizada quando a Medida de Controle 2

ACESSO

Restrinja o acesso somente queles trabalhadores realmente necessrios no local. O trabalho no deve ser realizado prximo s entradas de ar da instalao para garantir que elas no sejam obstrudas. A corrente de ar deve passar pelo operador e ento pelo local onde se desenvolve a atividade (nunca o contrrio), sendo ento direcionada para a sada.

PROJETO

E EQUIPAMENTO

Em muitos casos, deve-se instalar um sistema de ventilao local exaustora (SVLE) para controle da exposio. O SVLE deve ser projetado de modo que a corrente de ar seja suciente para capturar a poeira ou o vapor, evitando que se dispersem pelo local de trabalho. Para poeira, sero necessrias correntes de ar de aproximadamente 1m/s e, para os vapores, acima de 0,5m/s. A velocidade da corrente de ar deve ser medida na fonte de poeira ou de vapor.

Para evitar que poeiras e/ou vapores se dispersem no ambiente, a fonte onde so produzidos deve car enclausurada o mximo possvel. O uxo de ar contaminado no deve passar pela zona respiratria do operador. Em outras palavras, o trabalhador no pode car entre a fonte de exposio e o sistema de exausto. Caso contrrio, estar respirando ar contaminado.

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Descarga

Ventilador (exausto)

Captor (tipo cabine) Captor (tipo fresta)

Quando possvel, a rea de trabalho onde o sistema de exausto est localizado deve estar distante de portas e janelas para evitar que as correntes de ar interram no desempenho da exausto e favoream a disperso de poeira e vapor no ambiente. Os dutos de exausto e descarga devem ser projetados de modo que sejam simples e curtos. Dutos longos e exveis devem ser evitados devido maior possibilidade de vazamentos. No incio da jornada de trabalho, verique sempre se o sistema de ventilao local exaustora est ligado e funcionando adequadamente. Isso pode ser feito de maneira fcil, como, por exemplo, com uma ta amarrada em sua lateral.

O ar exaurido, puricado, deve ser liberado em lugar seguro fora do prdio, longe de portas, janelas e entradas de ar. O local de trabalho deve ter um suprimento de ar puro que ir substituir o ar exaurido. Deve-se tomar cuidado para que o ar descartado no afete a vizinhana.

TESTES

E MANUTENO

Testar diariamente se o sistema de ventilao local exaustora est funcionando adequadamente. Conra semanalmente se dutos, ventiladores e ltros de ar possuem sinais de dano. Ventiladores barulhentos ou que vibram indicam problemas. Se houver sinal de dano, conserte-os imediatamente. Pelo menos a cada doze meses, um engenheiro especializado em ventilao dever examinar detalhadamente o sistema e testar o seu desempenho. O sistema de ventilao local exaustora deve passar por manuteno peridica e estar sempre em perfeitas condies de funcionamento. Para isso, importante conhecer as especicaes de desempenho fornecidas pelo fabricante. Caso estes dados no estejam disponveis, contrate um engenheiro especializado em ventilao para determinar qual o desempenho desejvel.

O equipamento no pode ser utilizado se houver suspeita de que no est funcionando efetiva e ecientemente.

HIGIENE

E MANUTENO DA LIMPEZA NO LOCAL DE TRABALHO

Garantir a limpeza diria dos equipamentos e do local de trabalho. O derrame de lquidos ou slidos a maior causa da formao de vapores e poeiras no local de trabalho. Devem ser contidos, removidos, e a rea deve ser limpa imediatamente.

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No utilizar vassouras ou ar comprimido, mas sim panos midos ou aspiradores de p para limpeza dos equipamentos e da rea de trabalho. Os recipientes devem ser tampados imediatamente aps a utilizao. Devem ser armazenados em lugar seguro, onde no sero danicados, e descartados em local apropriado. Os lquidos volteis no devem ser armazenados em contato direto com o sol ou fontes de calor.

EQUIPAMENTO

DE PROTEO INDIVIDUAL

(EPI)

Produtos qumicos alocados no grupo S podem causar danos em contato com olhos e pele ou entrar no corpo atravs da epiderme e causar danos. Neste caso, consulte as orientaes contidas na cha de controle Sk100. Para se escolher o EPI adequado, deve-se consultar a FISPQ ou o fornecedor do produto. O EPI deve ser mantido em lugar limpo e substitudo quando necessrio. Quando fora de uso, deve ser guardado em segurana para no ser danicado ou contaminado. O EPI deve ser renovado periodicamente ou substitudo quando danicado. Rejeite as mscaras e as luvas descartveis aps cada utilizao.

TREINAMENTO

E SUPERVISO

Os trabalhadores devem ser informados sobre os danos sade causados pelas substncias que utilizam no trabalho. Devem ser treinados para: manusear produtos qumicos com segurana, vericar se os controles esto funcionando, utilizar o EPI corretamente e saber o que fazer se algo der errado. Deve haver um sistema que verique a existncia de mecanismos de controle e se estes esto sendo seguidos.

47

Medida de controle 3

portes, na utilizao de slidos e/ou lquidos. Descreve os pontos mais importantes a serem seguidos para ajudar a reduzir a exposio aos agentes qumicos. importante que todas as indicaes sejam seguidas risca ou que medidas igualmente efetivas sejam adotadas. Esta ficha identifica os padres mnimos a serem adotados para proteger a sade nos ambientes de trabalho e, portanto, no pode ser utilizada para justificar um padro inferior ao exigido para o controle da exposio a outros agentes para os quais maior nvel de controle requerido. Alguns produtos qumicos so inflamveis ou corrosivos e os controles devem ser adaptados para tambm os abranger. Para mais informaes, a FISPQ do produto deve ser consultada. As agncias ambientais locais podero exigir o cumprimento de regulamentos especficos para descarte de resduos e emisso atmosfrica de poluentes. Procure o rgo fiscalizador ligado Secretaria do Meio Ambiente (estadual e/ou municipal) para obter informaes sobre a regulamentao local e se ela aplicvel sua empresa/atividade.

3

ENCLAUSURAMENTO:FICHADE CONTROLE

PRINCPIOS GERAIS

300

Esta ficha de controle deve ser utilizada quando a Medida de Controle 3 for indicada. Aqui so apresentadas as prticas corretas de manipulao de slidos e lquidos, descrevendo os pontos mais importantes a serem seguidos para ajudar a reduzir a exposio a agentes qumicos. A Medida de Controle 3 abrange diversas tarefas de pequeno, mdio e grande

ACESSO

A entrada e o equipamento de trabalho devem estar claramente sinalizados. A entrada para a rea de trabalho deve ser controlada. Somente os trabalhadores que necessitam estar ali e que foram treinados para utilizar o equipamento e manusear os materiais com segurana tm permisso para permanecer nas reas de risco.

PROJETO

E EQUIPAMENTO

O manuseio dos produtos deve ser realizado em sistema fechado, dotado de uma barreira fsica que evite o contato do trabalhador com o agente qumico. Algumas excees regra so permitidas, sob rgido controle, dentro das condies normais de operao, como, por exemplo, quando o tempo de exposio leva apenas alguns minutos e a quantidade de material manuseado pequena (como quando so apanhadas amostras para o controle de qualidade). O sistema enclausurado deve ser projetado de modo a facilitar a sua manuteno. Quando possvel, o equipamento deve ser mantido sob presso negativa para reduzir os riscos de vazamento. O ar exaurido, puricado, deve ser liberado em lugar seguro fora do prdio, longe de portas, janelas e entradas de ar. O local de trabalho deve ter um suprimento de ar puro que ir substituir o ar exaurido. Deve-se tomar cuidado para que o ar descartado no afete a vizinhana. Deve haver um sistema de drenagem, coleta e armazenagem de material descartado ou derramado acidentalmente, separado do sistema comum, para evitar que eventuais vazamentos e transbordamentos contaminem os sistemas de gua e esgoto pblicos.

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Matria-prima

Matria-prima

Vlvula Transferncia mecnica em sistema fechado Alimentao por gravidade em sistema fechado

IBC Reator

Bomba

Vlvula

TESTES

E MANUTENO

Os equipamentos utilizados devem ser mantidos em bom estado de conservao e funcionando ecientemente. Precisam ser examinados e testados com relao ao seu desempenho ao menos uma vez por ano.

Para o servio de manuteno de equipamentos que operam em regime fechado, deve ser adotado um sistema de permisso para execuo de manuteno. Antes de abrir o sistema, por exemplo, para purga ou lavagem, deve-se certicar se existem procedimentos especcos descritos e documentados. Tais procedimentos devem ser seguidos passo a passo e acompanhados por um responsvel.

No permitida a entrada em qualquer compartimento dos equipamentos (caldeiras ou reatores, por exemplo) sem os devidos procedimentos de segurana. preciso antes vericar: os riscos; a presena ou no de substncias inamveis; e se a quantidade de oxignio no interior do compartimento est dentro dos nveis aceitveis (entre 19,5% e 22%). Note que a entrada ou o trabalho realizado em tais locais pode criar situaes de risco sade do trabalhador (contato com sedimentos que fazem mal sade ou soldagem no interior, que consome o oxignio local).

Testar diariamente os equipamentos. Se houver sinais de danos, conserte-os imediatamente. O trabalho deve ser interrompido at o reparo do equipamento.

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HIGIENE

E MANUTENO DA LIMPEZA NO LOCAL DE TRABALHO

Garantir a limpeza diria dos equipamentos e da rea de trabalho ao seu redor. O derrame de lquidos ou slidos a maior causa da formao de vapores e poeiras no local de trabalho. Devem ser contidos, removidos, e a rea deve ser limpa imediatamente. No utilizar vassouras ou ar comprimido, mas sim panos midos ou aspiradores de p para a limpeza dos equipamentos e da rea de trabalho. Os recipientes devem ser tampados imediatamente aps a utilizao. Devem ser armazenados em lugar seguro, onde no sero danicados, e descartados em local apropriado. Os lquidos volteis no devem ser armazenados em contato direto com o sol ou fontes de calor.

EQUIPAMENTO

DE PROTEO INDIVIDUAL

(EPI)

Produtos qumicos alocados no grupo S podem causar danos em contato com olhos e pele ou entrar no corpo atravs da epiderme e causar danos. Neste caso, consulte as orientaes contidas na cha de controle Sk100. Para se escolher o EPI adequado, deve-se consultar a FISPQ ou o fornecedor do produto. O equipamento de proteo respiratria (EPR) no exigido para as tarefas rotineiras. Porm, ele pode ser necessrio para as atividades de limpeza e manuteno, quando h contato direto com material derramado, poeiras e vapores. Algumas tarefas de manuteno podem exigir a entrada em espaos connados onde o ar respirvel escasso. Nestes casos, preciso identicar os locais e, ao realizar tais atividades, utilizar um EPR com suprimento de ar mandado. O EPI deve ser mantido em lugar limpo e substitudo quando necessrio. Quando fora de uso, deve ser guardado em segurana para no ser danicado ou contaminado. O EPI deve ser renovado periodicamente ou substitudo quando danicado. Rejeite as mscaras e as luvas descartveis aps cada utilizao.

TREINAMENTO

E SUPERVISO

Os trabalhadores devem ser informados sobre os danos sade causados pelas substncias que utilizam no trabalho. Devem ser treinados para: manusear produtos qumicos com segurana, vericar se os controles esto funcionando, utilizar o EPI corretamente e saber o que fazer se algo der errado. Deve haver um sistema que verique a existncia de mecanismos de controle e se estes esto sendo seguidos.

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Medida de controle 4

serem adotados para proteger a sade nos ambientes de trabalho e, portanto, no pode ser utilizada para justificar um padro inferior ao exigido para o controle da exposio a outros agentes para os quais maior nvel de controle requerido. Alguns produtos qumicos so inflamveis ou corrosivos e os controles devem ser adaptados para tambm os abranger. Para mais informaes, a FISPQ do produto deve ser consultada. As agncias ambientais locais podero exigir o cumprimento de regulamentos especficos para descarte de resduos e emisso atmosfrica de poluentes. Procure o rgo fiscalizador ligado Secretaria do Meio Ambiente (estadual e/ou municipal) para obter informaes sobre a regulamentao local e se ela aplicvel sua empresa/atividade.

4

SUPORTE ESPECIALFICHADE CONTROLE

400

Esta ficha de controle deve ser utilizada quando a Medida de Controle 4 for indicada. Descreve os pontos mais importantes a serem seguidos para ajudar a reduzir a exposio aos agentes qumicos. importante que todas as indicaes sejam seguidas risca ou que medidas igualmente efetivas sejam adotadas. Esta ficha identifica os padres mnimos a

CONTEXTO

A Medida de Controle 4 (Suporte especial) indica que o processo/produto avaliado exige orientaes mais especcas e especializadas do que este conjunto de chas de controle pode fornecer. As orientaes devem vir de documentos mais detalhados, que podem ser oriundos de pases que possuem uma cultura de higiene ocupacional j bem estabelecida, de documentos ociais de seu prprio pas ou de recomendaes da OIT, por exemplo.

Nestes casos, ser preciso envolver uma assessoria especializada no manuseio do produto ou do processo especco. O fornecedor dos produtos manuseados pode ajudar a encontrar a assessoria. Esta metodologia indica a Medida de Controle 4 quando:

Produtos qumicos classicados no grupo de risco E esto sendo manuseados. Estes podem causar srios danos sade, como cncer ou asma, e difcil estabelecer o nvel seguro de exposio. Tipos diferentes de controle sero exigidos para os vrios produtos qumicos deste grupo; As grandes quantidades de produtos qumicos que esto sendo manuseadas podem ser facilmente dispersas no ar e causar srios danos sade. Todos os aspectos do manuseio destas substncias precisam ser avaliados em um nvel de detalhamento que vai alm do fornecido por este material.

Por quaisquer que sejam os motivos, importante analisar o processo para vericar se possvel utilizar produtos menos nocivos sade. Se isso no for possvel, preciso procurar orientaes suplementares sobre o grau de controle exigido.

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Medida de controle S

selecionar o equipamento de proteo individual adequado. Descreve os pontos mais importantes a serem seguidos para ajudar a reduzir a exposio aos agentes qumicos. importante que todas as indicaes sejam seguidas risca ou que medidas igualmente efetivas sejam adotadas. Esta ficha identifica os padres mnimos a serem adotados para proteger a sade nos ambientes de trabalho e, portanto, no pode ser utilizada para justificar um padro inferior ao exigido para o controle da exposio discriminado no rtulo ou na FISPQ do produto (locais onde h informaes detalhadas que devem ser seguidas).

S

DANOSFICHA

EM CONTATO COM OLHOS E PELE: PRINCPIOS GERAIS

DE CONTROLE

SK100

Esta ficha de controle deve ser utilizada quando a Medida de Controle S for indicada e/ou a ferramenta indicar que necessrio proteo para pele e olhos. Aqui so apresentadas orientaes gerais para substituir ou diminuir a quantidade manipulada do agente qumico que pode causar danos em contato com pele ou olhos (alocados no grupo S) e ainda para

CONTATO

COM PELE E OLHOS

O grupo S refere-se s substncias/produtos que podem causar danos em contato com pele e/ou olhos ou que causam danos ao penetrar no corpo atravs da pele ou ainda pela respirao. O contato com a epiderme e com os olhos so exposies especialmente prejudiciais que exigem controles mais rigorosos do que os mencionados nas chas relativas s medidas de controle 1, 2 e 3.

preciso saber como os produtos qumicos alocados no grupo S atingem a pele e os olhos. Isto pode ocorrer: Quando a pele, de alguma maneira, entra em contato diretamente com um lquido ou um slido, por imerso, por exemplo; Quando a poeira, os vapores ou as nvoas se depositam sobre a pele. Eles podem ser gerados pela prpria atividade laboral ou apenas circunstancialmente; Quando se tocam superfcies sujas; Quando se tocam ou removem roupas sujas; Quando se atingido pelo material que projetado ou se engole a substncia; Quando se utilizam as mos contaminadas para coar ou esfregar outras partes do corpo.

ABORDAGEM

DE CONTROLE

Quando se utiliza um produto qumico alocado no grupo S, preciso avaliar a possibilidade de substitu-lo por outro produto no classicado neste mesmo grupo. Deve-se evitar a substituio por produtos que, apesar de no estarem alocados no grupo S, sejam mais perigosos sade (de acordo com a alocao das frases R nas categorias de A a E).

Se no for possvel evitar a exposio substituindo-se o produto, preciso reduzir a probabilidade de contato com a pele e os olhos. Existem vrias alternativas: A utilizao da substncia pode ser melhor controlada? Por exemplo, as solues da Medida de Controle 2 poderiam fornecer mais controle e menos exposio do que a soluo da Medida de Controle 1.

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O processo pode ser modicado para minimizar o manuseio ou permitir que ele seja realizado a distncia? As reas limpas e sujas podem ser separadas por uma barreira fsica? Isto contribuiria para evitar a disperso dos contaminantes em todo o ambiente de trabalho? possvel garantir superfcies lisas, impermeveis e fceis de limpar?

Quando todas estas perguntas forem respondidas e as mudanas de processo realizadas, importante manter as reas de trabalho limpas e seguir rigorosamente os procedimentos indicados em caso de vazamentos ou derramamentos. preciso que haja tambm um local onde os trabalhadores possam lavar as suas mos antes e depois de comer, beber ou usar o toalete.

EQUIPAMENTO

DE PROTEO INDIVIDUAL

(EPI)

Em situaes em que o contato com produtos qumicos alocados no grupo S no pode ser evitado, o equipamento de proteo individual (EPI) deve ser adotado. No entanto, deve-se lembrar de que: - O EPI precisa ser muito bem selecionado; O EPI pode limitar os movimentos ou a comunicao; A sua ecincia depende de manuteno adequada, treinamento e adeso s prticas corretas de trabalho.

O EPI deve ser adotado como medida de preveno adicional e somente se outras medidas de controle para a reduo da exposio a nveis aceitveis forem impraticveis.

TIPOS

DE

EPI

Existem cinco peas indispensveis: (i) luvas de proteo para produtos qumicos; (ii) aventais/macaces; (iii) calados de proteo; (iv) protetores para a face e os olhos; e (v) equipamentos de proteo respiratria (EPR). O fornecedor de EPI pode orientar sobre o material mais apropriado para as tarefas. Nem todos os materiais protegem contra produtos qumicos e alguns deles possuem prazo de validade. importante que o fornecedor seja tambm consultado sobre a durao do EPI. Ele deve ser substitudo quando necessrio. Os trabalhadores devem ser treinados e preciso garantir que as instrues sejam seguidas corretamente.

PRECAUES

GERAIS

Antes e aps a utilizao, deve-se vericar se o EPI no est danicado. O EPI deve ser limpo e passar por manuteno peridica. Quando descartveis, devem ser jogados fora imediatamente aps a utilizao, em lugar seguro. Os aventais de algodo devem ser lavados periodicamente, ou no local de trabalho, ou em lavanderias especializadas.

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As vestimentas de proteo devem ser guardadas limpas num armrio ou escaninho. As roupas de trabalho usadas e limpas devem ser guardadas em lugares separados. recomendvel que a empresa fornea lavanderia para os uniformes dos trabalhadores. Eles no podem ser lavados em casa junto com outras roupas.

LUVAS

DE PROTEO PARA PRODUTOS QUMICOS

As luvas devem ser resistentes ao tipo de produto qumico utilizado. Luvas confeccionadas em diferentes materiais (como ltex, neoprene etc.) so resistentes a diferentes produtos qumicos. Luvas de couro ou costuradas no so apropriadas para manusear produtos qumicos. Deve-se evitar que os trabalhadores, ao colocarem ou retirarem as luvas, toquem o lado externo com as mos nuas.

M ACACES

O material selecionado deve ser impermevel e resistente penetrao de lquidos, poeira ou grnulos, conforme o caso. Para materiais corrosivos, tais como cidos, um avental impermevel completa a proteo. Os macaces devem ser normalmente usados por cima das botas e no enados dentro delas. As luvas devem ser colocadas sempre sobre as mangas para evitar que a contaminao penetre no interior do EPI.

PROTEO

PARA OS PS

Os calados de proteo so necessrios no apenas por razes de segurana, mas tambm para proteo contra produtos qumicos. Podem ser exigidas: proteo para os dedos, contra o calor e sola de metal.

O calado de proteo deve estar de acordo com os padres exigidos pela legislao ou com a recomendao do fabricante do produto. Quando existe a possibilidade da parte inferior da perna ser molhada, devem ser utilizadas botas de borracha de cano alto.

PROTEO

PARA OLHOS E FACE

preciso colocar uma mscara que cubra completamente a face para lidar com lquidos corrosivos em recipientes sem tampa. Quando se utiliza um respirador, mais adequado usar culos que protejam contra o material qumico que se projeta.

EQUIPAMENTOS

DE PROTEO RESPIRATRIA

(EPR)

Programa de proteo respiratria: recomendaes, seleo e uso de respiradores. Coordenao Maurcio Torloni. So Paulo: Fundacentro, 2002. Manual de proteo respiratria. Mauricio Torloni e Antonio Vladimir Vieira. So Paulo: ABHO, 2003.

57

Informaes

i

INFORMAES

ADICIONAIS

Para original em ingls, consulte os endereos eletrnicos:

http://www.ilo.org/public/english/protection/safework/ctrl_banding/ http://www.ilo.org/public/english/protection/safework/ctrl_banding/toolkit/main_guide.pdf http://www.ilo.org/public/english/protection/safework/ctrl_banding/toolkit/tcs-100.pdf http://www.ilo.org/public/english/protection/safework/ctrl_banding/toolkit/tcs-200.pdf http://www.ilo.org/public/english/protection/safework/ctrl_banding/toolkit/tcs-300.pdf http://www.ilo.org/public/english/protection/safework/ctrl_banding/toolkit/tcs-sk100.pdf

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A NE XO 5 O RIENTAESESPECFIC A S PAR A O TR ABALHO EM FUNDIES

As chas a seguir apresentam orientaes para o controle da exposio a agentes qumicos em fundies. Devem ser utilizadas em conjunto com as chas apresentadas no Anexo 4 e como parte do processo descrito na Parte 1 desta publicao: levantamento dos produtos, construo do inventrio, avaliao da exposio, denio das medida de controle e implementao das aes. importante ressaltar que a implementao das medidas aqui descritas no substitui a implementao dos preceitos legais requeridos pela legislao nacional. Este material visa, entretanto, fornecer de maneira direta e simplicada orientaes que facilitem a adoo de medidas de controle, quando necessrias.

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Ficha de controle 1

podem causar cncer de pulmo. Alguns fumos metlicos causam febre. Moldes aquecidos pelo metal fundido tambm desprendem fumos prejudiciais sade. Para o fumo proveniente da escria retirada da superfcie do forno quando o metal fundido, so necessrios controles adicionais. Muitas vezes, quando mida, esta escria pode emitir gases venenosos. Procure um especialista para orientaes especficas. O metal que fundido para reciclagem pode expelir fumo que contm dioxinas. Esta emisso deve ser cuidadosamente avaliada. Outros controles so necessrios para evitar a exposio dos trabalhadores nos processos de moldagem de cura a frio, no qual ocorre a adio de compostos orgnicos aglutinantes e catalisadores.

1

FUMOS

METLICOS: DA FUNDIO DAS LIGAS METLICAS AO VAZAMENTO DOS MOLDESEsta ficha descreve os procedimentos necessrios para controlar a exposio aos fumos metlicos na fundio dos metais e/ou ligas metlicas e tambm nas reas de vazamento dos moldes. importante que todas as orientaes sejam seguidas ou que medidas igualmente efetivas sejam adotadas. Fumos metlicos representam risco sade. Os fumos de metais ferrosos

ACESSO

AO LOCAL DE TRABALHO

Somente os operadores responsveis pelas atividades devem permanecer nas reas designadas para a fundio e o vazamento dos moldes. A rea deve ser sinalizada. Deve haver um mecanismo (sonoro, por exemplo) para indicar o incio da operao de vazamento dos moldes.

VENTILAO

GERAL E SISTEMAS DE VENTILAO LOCAL EXAUSTORA

(SVLE)

A disperso de fumos metlicos no ambiente de trabalho deve ser controlada. Para retirar das instalaes o ar contaminado com fumos metlicos, deve haver sadas de ar localizadas na parte superior da construo, alm de um sistema de ventilao local exaustora adequado. As entradas de ar devem estar posicionadas na parte inferior da construo e propiciar renovao constante de ar natural atravs de um uxo contnuo.

As entradas e as sadas de ar devem permanecer desobstrudas. essencial que exaustores estejam ligados e suas ps, girando. As tarefas devem ser organizadas de modo que o vazamento dos moldes com metal fundido e a fundio do metal sejam realizados em reas designadas para a funo e que sejam ecientemente equipadas com um sistema de exausto.

Os fumos metlicos sobem. O sistema de exausto sobre o forno deve absorver todo o fumo possvel. Certique-se de que os captores (xos e/ou mveis) do SVLE estejam na posio correta. O uxo de ar contaminado no deve passar pela zona respiratria do operador. Em outras palavras, o trabalhador no pode car entre a fonte de exposio e o sistema de exausto. Caso contrrio, estar respirando ar impuro.

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preciso haver uma quanticao correta da exausto para assegurar que no ocorra disperso dos fumos metlicos para fora do captor. No incio da jornada de trabalho, vericar sempre se o sistema de ventilao local exaustora est ligado e funcionando adequadamente. O ar exaurido, puricado, deve ser liberado num lugar seguro fora do prdio, longe de portas, janelas e entradas de ar. Para reduzir a disperso de fumos metlicos no ambiente, manter, se possvel, a concha (ou panela) coberta durante a operao de transporte de metal fundido para o vazamento dos moldes.

O uxo de ar contaminado NO DEVE passar pela zona respiratria do operador do forno

TESTES

E MANUTENO

Ao menos uma vez por semana, vericar visualmente se as sadas de ar do teto ou o sistema de ventilao local exaustora esto eliminando os fumos metlicos adequadamente. Conferir todos os dias se dutos, ventiladores e ltros de ar possuem sinais de dano. Ventiladores barulhentos ou que vibram indicam problema. Consertar o dano imediatamente. Se o sistema de exausto parar de funcionar ou estiver defeituoso, providenciar seu conserto imediatamente. Para isso, utilizar o EPR. Pelo menos a cada doze meses, um engenheiro especializado em ventilao dever examinar detalhadamente o sistema e testar o seu desempenho.

HIGIENE

E MANUTENO DA LIMPEZA NO LOCAL DE TRABALHO

Retirar diariamente todo o acmulo de sujeira das reas mais utilizadas. Limpar semanalmente os restos de material acumulados sobre as mquinas e as bancadas, evitando que espalhem poeira no ar ou provoquem escorreges e quedas. Para eliminar toda a poeira, recomenda-se a utilizao de um aspirador de p industrial tipo H com ltro absoluto tipo HEPA (do ingls, high efciency particulate air lter) com 99,99% de ecincia (disponibilizado por empresas de limpeza industrial). No utilizar nem vassoura, nem ar comprimido.

EQUIPAMENTO

DE PROTEO INDIVIDUAL

(EPI)

necessrio utilizar o equipamento de proteo respiratria (EPR) durante as atividades de fundio do metal e vazamento dos moldes. A utilizao do EPR tambm necessria para as atividades

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de limpeza, manuteno e para a remoo dos resduos descartados. Antes de utilizar o EPR, os operadores sempre devem test-lo e vericar se esto funcionando de maneira adequada. Utilizar um respirador puricador de ar com ltro P3 ou pea semifacial ltrante PFF-3, indicado para proteo contra poeiras e fumos metlicos (ver Informaes Adicionais). Consulte o seu fornecedor. Substituir os ltros do EPR seguindo recomendaes do fornecedor. Jogar fora as mscaras descartveis aps uma nica utilizao. Manter o EPR limpo e guard-lo longe do p. Luvas de proteo so necessrias para limpeza e manuteno. Cremes hidratantes so importantes para proteger a pele e remover a contaminao. No agem como barreiras, mas auxiliam na reposio da oleosidade cutnea. Nunca permitir que ar comprimido seja utilizado para eliminar poeira das roupas. recomendvel que a empresa fornea lavanderia para os uniformes dos trabalhadores. Eles no podem ser lavados em casa.

ACOMPANHAMENTO

MDICO

Deve haver um acompanhamento mdico das funes pulmonares e de outros danos sade. Consultar um prossional especializado em sade ocupacional. Realizar avaliao dermatolgica semestral nos trabalhadores para sinais de secura ou sensibilidade. Se surgirem indcios, certicar-se de que o uso de cremes e do EPI est sendo seguido corretamente.

TREINAMENTO

Informar aos operadores que os fumos metlicos representam risco sade quando inalados. Previna-os contra o manuseio da escria retirada da superfcie do forno que pode emitir gases venenosos quando mida. Treinamento em sade e segurana do trabalho deve ser oferecido para todos os funcionrios, incluindo supervisores e gerentes. O treinamento deve incluir maneiras de reduzir o risco de exposies, como: manusear a escria retirada da superfcie do forno que pode emitir gases venenosos quando mida; vericar se o sistema de ventilao local exaustora est funcionando; usar e zelar pelo EPI e pelo EPR; e lidar com o descarte dos resduos.

SUPERVISO

Vericar se a ventilao local exaustora est funcionando adequadamente, se o EPI est sendo utilizado corretamente e se as normas de higiene pessoal esto sendo observadas. Certicar-se de que o programa de acompanhamento mdico esteja atendendo a todos que o necessitam. Controlar tambm a exposio ao rudo. Para recomendaes sobre o meio ambiente, ver item Informaes Adicionais.

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Ficha de contro