Revista Visão Elite 2
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Ano
01
| No
02 |
Junh
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braSILacordou!!!
SUMÁRIO
24A VENEZUELA
E O NOVO
IMPASSE COM A
PRESIDÊNCIA DE
CHÁVEZ
05SISTEMA ELITE
DE ENSINO E ...
DESPORTO!
20O QUE SE SENTE EM UMA FEIRA DE CIÊNCIAS DE GRANDE PORTE?
10O NOVO
PERFIL DAS
MANIFESTAÇÕES
NO MUNDO
GLOBALIZADO
28JOGOS
22DISPOSITIVO PARA
DESFIBRILAÇÃO
PÓS-EPIDÉRMICA
07A QUESTÃO DO
NEGRO NO BRASIL
E NOS EUA
(PARTE FINAL)
14MANIFESTAÇÕES
POPULARES
NO BRASIL
Diretor de Ensino e Pesquisa:Rogério Gonçalves
Diretor Vestibular e Colégio:Helio Apostolo
Gerente de Suporte Educacional:Raphael Mantovano
Coordenação de Produção:Manuela Fernandes
Redação:Charles de AlmeidaCláudio HansenMarco RogérioMicheal DouglasRicardo Nunes LibórioRogério GonçalvesPaulo André
Capa, Diagramação,
de Imagens:Ana Carla dos SantosManuela FernandesSilvia Regina Salandra
Ilustração:Luan GonçalvesPaulo Costa
Revisão:Anselmo DantasGervásio FilhoMichelle SilvaresPaula Santanna
Editora Maria AnéziaRua das Rosas, 37 – 4o andar
Vila Valqueire
Rio de Janeiro – RJ
CEP: 21330-680
Tel.: (21) 2453-8605
www.maeditora.com.br
EDITORIAL
Olá vestibulandos,
Dizem que vocês não têm vida social! O pior é que está chegando a fase em que isso tem que ser quase verdade. Essa revista é fruto de um trabalho intenso de muitas pessoas que têm a intenção de criar um material paralelo, com visões distintas de assuntos que não encontramos em materiais de estudo e busca, e trazer alguns pontos mais atuais do Brasil e do mundo.
Lembrem que estamos a pouco tempo do Enem e justamente nesse período alguns perdem muito a sua motivação. Não deixem todo o esforço feito até aqui de lado. Aproveitem para focar nas dúvidas e nas suas maiores habilidades. Poucos meses podem representar a sua entrada na faculdade e consequentemente a sua carreira. O sistema de aprovação do Enem muda de um ano para o outro, então contem com a realidade atual e passem para a faculdade que quiserem.
Esperamos que a revista seja uma nova maneira de estudo. Leiam e aguardem as outras edições. Temos muito prazer de produzir o material e esperamos recompensá-los com matérias de grande qualidade.
Bom estudo e foco!!
Cláudio Hansen
Ensino Médio e Pré-Vestibular
EXPEDIENTE
4
IMPRESSAO SEM FORMULA COMPLICADA
E NA WALPRINT
Central de Relacionamento (21) 2209-1717
www.walprint.com.br
@walprint
facebook.com/walprint
5
Os alunos do Elite do Rio de Janeiro, acostumados com uma rotina exaustiva de pro-
vas, simulados, trabalhos e estudos, estão se surpreendendo com o poten-cial esportivo demonstrado pela escola neste ano.
Temos duas competições esportivas importantes para as instituições educa-cionais: o Intercolegial com ampla co-bertura da mídia e os Jogos Estudantis
Campeonato Brasileiro e competições internacionais.
dessas competições, restringindo-se a participações isoladas, exceção feita ao xadrez, esporte dos estudiosos e concentrados. Mas não é só disso que é feito o Elite.
O corpo discente já se destacara ano passado em ambas as compe-tições com um duplo vice- campeonato em xadrez e voleibol sub-17 feminino, mas agora as ambições parecem maiores e um verdadeiro tsunami de esportistas aparece entre livros, simulados aulas e apostilas.
Sistema Elite de Ensino e...
Desporto!Por Paulo André
Somente nessa primeira metade do ano premiamos atletas em judô, natação, xadrez, caratê, vôlei e luta olímpica, além do vôlei feminino sub-17 ter disputado o campeonato Mundial da FISEC, obtendo um brilhante vice-campeonato.
Nesse primeiro semestre, já podemos destacar:
Xadrez Campeão Geral Campeão Geral
VôleiCampeão Masculino sub-14 e Vice-campeão Feminino sub-14.
Ainda não ocorreu
Judô 1 Medalha de prata no Feminino Ainda não ocorreu
1 Medalha de ouro Masculino Ainda não ocorreu
5 medalhas de ouro e campeão sub-14 masculino (dentre outras medalhas)
Ainda não ocorreu
Caratê Não há 3o lugar no Kumitê Masculino
Devemos creditar esse resultado na conta da paixão demonstrada por todos os envolvidos, professores voluntários, alunos, pais e demais colaboradores, que estão sempre junto aos alunos treinando, jogando, apoiando e torcendo.
Frases do tipo: “Como assim o Elite ganhou?” têm sido comumente ouvidas nas competições após mais uma vitória ou medalha nossa.
Esses alunos da Tropa Desportiva do Elite levam a sério o lema: “Missão dada é missão cumprida!”. Parabéns a todos!
BrenoDudaXadrez
Gabi
Matheus
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Alguns alunosda Tropa!
NicoleJudô
Daniel
Time deVoleibol
Masculino
Time deVoleibolSub-18
Time deVoleibolSub-18
Não houve preocupação em apoiar os negros libertos. Os governos representavam os interesses eco-
nômicos da elite branca. Coube aos ex-escravos assumir funções como mão de obra barata na sociedade, atuando em atividades mal remuneradas.
Em 1988, a Escola de Samba Man-gueira teve como enredo “Cem Anos de Liberdade, Realidade ou Ilusão”. No samba o trecho “livre do açoite da senzala, preso na miséria da favela”, lembrava o destino de muitos negros libertos que tiveram como destino as péssimas condições de vida e moradia nas primeiras favelas cariocas.
Na 1ª metade do século XX, pratica-mente não havia leis que protegessem os negros. No Brasil, as Constituições republicanas de 1891, 1934, 1937 e 1946 excluíam os analfabetos, maioria na população negra diante do baixo índice de alfabetização popular.
Durante muito tempo, qualquer mani-festação popular era considerada “caso de polícia”, como a capoeira e o samba, tidos como “coisa de negros e vadios”.
Por falar em samba, é importante lembrar Tia Ciata, Hilária Batista de Almeida, vendedora de quitutes vestida de baiana, homenagem a sua terra natal, cuja casa na Praça Onze no Rio de Janeiro (região próxima ao Centro que concentrou negros expulsos no início do século XX pela reforma modernizante de Pereira Passos) era famosa pelos pagodes. Frequentada por grandes nomes como Pixinguinha, estima-se que foi o palco do primeiro samba gravado “Pelo Telefone” de Donga, em 1917, cujo trecho dizia “O chefe da polícia, pelo telefone, mandou avisar (...)”.
O movimento negro símbolo da época é a “Revolta da Chibata” de 1910, cujo protesto conseguiu acabar com o castigo das chibatadas na Marinha. O líder João Cândido, o “Almirante Negro”, foi homenageado pelos compo-sitores João Bosco e Aldir Blanc com a música “O Mestre-Sala dos Mares”.
Nos EUA, a situação foi ainda pior, especialmente nos Estados do Sul, derrotados na Guerra de Secessão, onde vigoraram as leis de “Jim Crow” e a Ku Klux Klan. As leis de “Jim Crow” exigiam que espaços públicos, como escolas e ônibus tivessem lugares
125 anos da abolição brasileira e 50 anos da luta pelos direitos civis norte-americanos
(Parte Final)
por Rogério Gonçalves
separados para brancos e negros, enquanto a Ku Klux Klan era um grupo radical racista que atacava negros bem sucedidos como forma de impedir a ascensão social e a união negra.
2001, dirigido por George Tillman Jr. e protagonizado por Cuba Gooding Jr. e Robert de Niro, retrata esta época, descrevendo a saga de um marinheiro negro e sua tentativa de tornar-se mergulhador diante das leis racistas norte-americanas.
CURIOSIDADE:
No link http://letras.mus.br/elis-regina/87853/ você poderá ouvir a música cantada pela talentosa Elis Regina.Observe que a letra cantada possui pequenas variações provocadas pela censura da ditadura militar brasileira (1964-1985). As palavras “marinheiro” e “almirante”, alusivas a Marinha, tiveram que ser trocadas por “feiticeiro” e “nave-gante”, respectivamente.
A Questão do
Negro no Brasil e nos
EUA:
7
Na 2ª metade do século XX, o movimento negro decolou nos EUA
Luther King e do radicalismo de Malcolm X e os “Panteras Negras”.
O líder evangélico Martin Luther King Jr, baseado nos princípios da não violência de Gandhi, liderou a luta pelos direitos civis, cujo símbolo foi a “Marcha sobre Washington por Trabalho e Liberdade” que completará 50 anos em 28 de agosto. Reunindo milhares de seguidores na capital norte-americana, Luther King fez o famoso discurso “I have a dream” (Eu tenho um sonho). Com isso, atraiu o apoio do presidente Kennedy e, após ganhar o Prêmio Nobel da Paz de 1964, conseguiu que o presidente Lindon Johnson aprovasse no Congresso a “Lei dos Direitos Civis” (1964), abolindo a segregação racial no país.
King, Malcolm X aderiu ao socialismo e ao islamismo, defendendo a violência como forma de conquistar os direitos
1960, inspirou os “Panteras Negras”, cujo destaque se deu nas Olimpíadas de 1968, no México, onde dois atletas
(braço estendido e punho fechado), sendo banidos dos jogos.
dirigido por Spike Lee e protagonizado por Denzel Washington, retrata a
cujo pai foi morto pela Ku Klux Klan;
1995, mostra as origens do Partido dos Panteras Negras de Autodefesa.
Movimento negro brasileiro
Primeira Fase(1899-1937)
Segunda Fase(1945-1964)
Tipo de discurso racial predominante
Moderado Moderado Contundente
Estratégia cultural de “inclusão”
Assimilacionista IntegracionistaDiferencialista (igualdade na
diferença)
Princípios ideológicos e
posições políticas(principais)
Nacionalismo e defesa das forças políticas de “direita”, nos anos 1930
Nacionalismo e defesa das forças políticas de “centro” e de “direita”, nos anos 1940 e 1950
Internacionalismo e defesa das
forças políticas da esquerda marxista,
nos anos 1970 e 1980
Conjuntura internacional
Movimento nazifacista e pan-africana
Movimento da negritude e de descolonização da
África
Afrocentrismo, movimento dos
direitos civis nos Estados Unidos e
de desclonização da África
Principais termos de Homem de cor, negro e preto
Homem de cor, negro e preto
do termo “negro”. Posteriormente,
usa-se, também, o “afro-brasileiro” e “afrodescendente”
Causa da marginalização do
negro
A escravidão e o despreparo moral/
educacional
A escravidão e o despreparo cultural/
educacional
A escravidão e o sistema capitalista
Solução para o racismo
Pela via educacional e moral, nos marcos do capitalismo ou da sociedade burguesa
Pela via educacional e cultural, eliminando
o complexo de inferioridade do negro e reeducando racialmente o branco, nos marcos do capitalismo ou sociedade
burguesa
Pela via política (“negro no poder!”),
nos marcos de uma sociedade
socialista, a única que seria capaz
de eleiminar com todas as formas de opressão, inclusive
a racial
Método de lutas
Criação de agremiações negras, palestras, atos
públicos “cívicos” e publicação de jornais
Teatro, imprensa, eventos “acadêmicos”
e ações visando à sensibilização da elite
branca para o problema do negro no país
Manifestações públicas, imprensa,
formação de comitês de base, formação de um
movimento nacional
Relação com o “mito” da
democracia racial
Denúncia assistemática do “mito” da democracia
racial
Denúncia assistemática do “mito” da democracia
racial
Denúncia sistemática do “mito” da
democracia racial
Capacidade de mobilização
Movimento social que chegou a ter um caráter
de massa
Movimento social de vanguarda
Movimento social de vanguarda
Relação com a “cultura negra”
Distanciamento frente alguns símbolos
associados à cultura negra (capoeira, samba,
religiões de matriz africanas)
Ambiguidade valorativa diante de alguns
símbolos associado à cultura negra (capoeira,
samba, religiões de matriz africanas)
Valorização dos símbolos associado
à cultura negra (capoeira, samba, religiões de matriz
africanas, sobretudo o candomblé)
Como concebiam o fenômeno da
mestiçagem
De maneira positiva (discurso pré-mestiçagem)
De maneira positiva (discurso pré-mestiçagem)
De maneira negativa (discurso pré-mestiçagem)
protesto
13 de maio(Dia da Assinatura da
Lei Áurea, 1888)
13 de maio (Dia da Assinatura da
Lei Áurea, 1888)
20 de novembro (Dia de
rememoração da morte de
Zumbi dos Palmares)
Principais lideranças
Vicente Ferreira, José Correia Leite, Arlindo
Veiga dos Santos
José Bernardo da Silva, Abdias do Nascimento
Hamilton Cardoso e Leila Gonzalez
“Movimento negro brasileiro: alguns apontamentos históricos” – Petrônio Domingues
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(ou afrodescendentes) na sociedade consolidou-se no século XXI, cujo grande símbolo foi a eleição do presidente norte-americano Barack Obama (eleito para governar em 2009 e recentemente reeleito). No Brasil, o atual destaque está no Ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, com sua postura em defesa da ética no julgamento do “Mensalão”.
Na concessão de direitos, destaque para decreto 7.824 de 11 de outubro de 2012, regulamentando a lei 12.711 de 29 de agosto de 2012, estabelecendo que o sistema de cotas nas universi-dades federais e instituições federais de ensino médio e técnico atingirá, até 2016, 50% das vagas para estudantes de baixa renda, negros, pardos e índios.
Estamos também completando 10 anos da lei que exige o ensino da Cultura e História Afro-Brasileira (lei 10.639 de 9 de janeiro de 2003) e, no lugar da criticada data abolicionista do 13 de maio, concedido pela Princesa Isabel, temos o 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, em homenagem ao dia da morte de Zumbi dos Palmares.
Apesar de o racismo ser crime desde a lei 7.716 de 5 de janeiro de 1989, ainda temos muito o que fazer em termos de conscientização. Ainda convivemos com a expressão racista “preto de alma branca”, os elevadores de serviço nos prédios de luxo e o predomínio de atores brancos nas novelas, reservando papéis de empregados aos negros.
Esperamos que a globalização e a expansão da internet e das redes sociais permitam o maior convívio entre os povos e as pessoas, garantindo o princípio fundamental de nossa Constituição, cujo artigo 3º, parágrafo
todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”.
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PARA SABER MAIS:
SITES
Revolta da Chibata: http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/revolta-chibata-joao-candido-almirante-negro-602782.shtml
http://museuhoje.com/app/v1/br/historia/72-a-origem-do-samba
LIVROS
http://www.saberglobal.com.br/deondeabaianavem/download/TiaCiata_e_a_Pequena_%C3%81frica_no_Rio.pdf
YOUTUBE
http://www.youtube.com/watch?v=siTs-8zbaq8
http://www.youtube.com/watch?v=ocu-llaGEnY
MÚSICAS
http://www.vagalume.com.br/mangueira/samba-enredo-1988.html
“Mestre Sala dos Mares” com Elis Regina:http://letras.mus.br/elis-regina/87853/
http://www.youtube.com/watch?v=-XPFQIrdAL4
FILMES
Homens de HonraMalcolm XPanteras Negras
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101010
por Cláudio Hansen
As grandes manifestações populares, vivenciadas intensamente pela população brasileira no último mês de junho, revelam um padrão de comportamento e uma interseção de motivos que levam a população
a uma organização civil.Entre os pontos comuns às recentes revoltas populares, destacamos o
descontentamento com o governo, tanto em casos de democracias pluripar-tidárias (Brasil, Turquia...) ou em ditaduras (Tunísia, Egito, Líbia e Síria), e as reclamações sobre a queda da qualidade de vida e de políticas que respondem a interesses empresariais (típicas do período neoliberal, no qual o Estado dimi-nui a sua atuação na economia ao passo que aumenta o controle empresarial das práticas produtivas e comerciais).
A nova arma populacional, que faz com os Estados estejam mais vulne-ráveis à organização popular, é o uso de redes sociais para organizar e atrair novos adeptos. Nos casos ditatoriais, o acesso à rede foi cortado para evitar o crescimento dos protestos.
Uma movimentação ocorrida na Tunísia, em janeiro de 2011, agitou o mundo árabé e derrubou ditaduras que permaneceram por décadas.
O símbolo da revolta foi um homem simples, chamado Mohamed Bouazizi. A sua revolta virou desespero quando teve seu carrinho de frutas apreendido pela polícia tunisiana, e, desesperançoso, atirou fogo em seu corpo. Seu exemplo desencadeou um enorme movimento nas redes sociais que se organizaram pela melhoria de vida na Tunísia e o povo foi à rua para derrubar o ditador. O resultado obtido foi a retirada de Ben Ali, após 21 anos no poder.
símbolo do país. A repercussão da conquista popular motivou a ocorrência de outros protestos, inclusive a enorme concentração de pessoas na Praça Tahrir, no Cairo, capital do Egito, onde a população derrubou, após 29 anos no poder, o ditador Hosni Mubarak e criou a chamada Revolução de Lótus.
O NOVO PERFIL DAS
MANIFESTAÇÕEAÇÕE
111111
Por Cláudio HansenS POPULARES
NO MUNDO GLOBALIZADO
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a violência por parte do Estado e o dia foi chamado de sexta-feira sangrenta da Turquia, com enorme número de feridos
A população não desistiu de seus protestos e tem usado como slogan a frase “ mbro a ombro contra o Fascismo”. Logo a manifestação sai da população jovem e toma outros grupos etários em diferentes partes do país. A esperança turca é a de encontrar um governo menos autoritário e mais preocupado com a população.
Manifestações populares
Poucos dias antes dos manifestos
brasileiros, ocorreu um forte manifesto
turco com grandes pontos em comum.
No caso turco, o começo teve uma
razão ambiental: o governo pretendia
derrubar uma das poucas áreas verdes
de Istambul, o Parque Taksim Gezi, para
a construção de um centro comercial e a
reconstrução de um antigo quartel militar.
O manifesto com menos de cem
pessoas pedia para não derrubar o
parque, contudo a resposta do governo
foi muito desproporcional e violenta
contra os manifestantes.
O que era uma causa ambiental vi-
rou uma enorme insatisfação popular
contra as medidas autoritárias do Pri-
meiro Ministro Recep Tayyip Erdogan, principal alvo de protesto da popula-ção jovem universitária.
O uso de gás lacrimogêneo e de canhões de água em um protesto pa-
gerando até um contato do presidente americano, Barak Obama, que pediu respeito à liberdade de expressão e ao direito de imprensa.
As manifestações populares se-guem lutando contra o governo Erdogan e pedem a sua renúncia, em resposta à violência e às acusações de vínculo de manifestantes com grupos terroristas. Infelizmente, os protestos aumentaram
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Vale lembrar que a Turquia ainda vive questões separatistas em seu território, movimento da população curda, e ainda tem sua entrada na União Europeia negada.
O fato de grande parte de a po-pulação aderir aos protestos, mesmo aqueles que não parecem estar liga-dos aos problemas, como no caso do aumento das passagens de ônibus brasileiros e mesmo assim uma enor-me quantidade de pessoas de classe média não dependente de transporte público aderiu, são a representação de que a força do povo deve ser usada para garantir a democracia e os direi-tos básicos.
Bertold Brecht.
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
Bertold Brecht
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www.planobrazil.com
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As manifestações populares ocorri-das no mês de junho de 2013 marcaram o retorno do povo
brasileiro ao cenário político nacional e emocionaram boa parte da população que não acreditava que o “gigante poderia acordar novamente”. A emoçãode ver centenas de milhares de mani-festantes demonstrando a sua indignação nas ruas foi acompanhada de discussões políticas, pedidos de mudança, vanda-lismos, vio-lência e coberturas distintas da mídia.
Surgimento dos protestos
A primeira grande resposta da população foi em relação ao aumento no preço das passagens de ônibus. O reajuste, em maior parte dos casos, de R$ 0,20 levou a uma revolta em relação ao custo do transporte e do contínuo aumento do custo de vida. Outros pontos levantados foram os altos gastos com as obras da Copa do Mundo/Confederações e a exigência de maiores recursos a setores essen-ciais como saúde e educação.
O desejo de todos é que
a polícia perceba que
as balas de borracha
não poderão apagar as
mentiras vividas na política
e no uso do dinheiro
público brasileiro.
Abuso de poder e a resposta do brasileiro
O verdadeiro motivo do cresci-mento das manifestações foi a vio-lência sofrida durante os protestos. Um grupo que possuía entre 600 e 800 pessoas fazia protestos em fren-te ao estádio do Maracanã antes de um jogo da Copa das Confederações. Com medo de estragar o espetáculo visto por todo o mundo, a polícia, atra-vés de sua tropa de choque, afastou os manifestantes do entorno do está-dio e os fatos seguintes são incertos.
rido foi que a polícia apenas afastou os manifestantes com uso moderado de força. Porém, as redes sociais noti-ciaram um excesso de violência por parte da polícia, que teria encurralado os que estavam no protesto e atirado bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral, garantindo que o jogo do
ainda sem explicação foi as câmeras da CET RIO terem sido desligadas enquanto a polícia atuava contra os manifestantes, fato que colabora com a versão de abuso de força policial.
Infelizmente, uma das grandes ca-racterísticas dos protestos populares é o confronto contra a polícia.
A maior parte dos manifestantes
suas indignações, e o desejo de todos é que a polícia perceba que as balas de borracha não poderão apagar as mentiras vividas na política e no uso do dinheiro público brasileiro.
Uma crítica forte de abuso de poder foi a prisão de pessoas que andavam com vinagre em bolsas e mochilas. O vinagre funciona para diminuir os efeitos do gás lacrimogêneo, e as detenções feitas sem justa causa
sociais, presentes mais uma vez, que começaram a espalhar o termo
V de Vingança, que debate valores gerais da sociedade, inclusive as ques-tões políticas e de poder.
A indignação logo veio às ruas.
Contudo, os primeiros movimentos
populacionais contaram com pequeno
número de participantes, e, na visão do
governo, nunca passaria de meia dúzia
de rebeldes de esquerda. Neste pen-
samento, oprimir um pequeno número
de pessoas é simples e ainda evitaria o
surgimento de outros manifestos.
No entanto um dos maiores dife-
renciais entre os protestos atuais e os
outros ocorridos no Brasil apareceu, o
uso das redes sociais na esquemati-
zação dos protestos e nas campanhas
de atração da população para a cau-
sa. Certamente uma das frases mais
escritas no facebook e no twitter foi
#vemprarua, pedido atendido em mas-
sa pelos usuários das redes.
A partir desse sentimento de per-
tencimento, a causa ganhou força
e mostrou que a luta não era pelos
R$ 0,20, chegando ao seu estopim
quando o protesto encontrou com o
seu maior adversário, a violência que
o Estado impôs à população através
da polícia.
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socialistamorena.cartacapital.com.br
por Cláudio Hansen
A pior face do protesto
O momento de exigências por uma
do a corrupção de qualquer forma, não pode ser o ponto fraco dos protestos. Uma minoria bastante atuante nos pro-testos buscava o confronto com a polícia e também cometia abusos de poder nas suas atuações, postura totalmente incoe-rente com os pedidos de justiça.
Durante algumas manifestações, lo-jas foram totalmente saqueadas, agên-cias bancárias foram depredadas e roubadas, estruturas urbanas foram des-truídas e carros incendiados.
Verdadeiras afrontas ao governo foram feitas com extrema violência por parte da população. No Rio de Janeiro, a invasão da ALERJ (Assembleia Legis-lativa do Estado do Rio de Janeiro) envolveu destruições e incêndios. E em Brasília, a sede nacional do poder teve parte do telhado invadido e janelas que-bradas com pedras e coquetéis molotov.
A resposta do governo
Frente ao crescimento dos manifestos por todo território nacional, passando de 100 cidades, o governo se viu quase obrigado a se manifestar.
O Estado estava preparado para mostrar ao mundo a sua capacidade de receber grandes eventos interna-
Copa das Confederações, contudo mostrou à mídia internacional um país em ebulição.
A primeira grande atitude foi a “redução” das passagens, muito contes-tada em alguns lugares, pois o que
uma efetiva redução das passagens. De qualquer forma, essa foi considerada a primeira grande vitória da manifestação.
Ao contrário do que imaginava o Governo, os manifestos não pararam com a redução das passagens e novas contestações da população passaram a ser consideradas.
Certamente as duas maiores conse-quências da manifestação foram a rejei-ção da PEC37, uma proposta que tiraria o poder de investigação do Ministério Público, e a reunião feita pela presidente Dilma Rousseff com os governadores e prefeitos das capitais para a criação de uma série de mudanças do governo. As propostas exaltaram mudanças es-truturais, como a reforma política, in-cluindo a discussão de penas mais se-veras a crimes de corrupção e aumento da participação popular em decisões go-vernamentais. Fora isso, são esperados planos nacionais nos setores de saúde, mobilidade urbana, educação, respon-
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As várias discussões em torno das manifestações mostraram que o brasileiro voltou a mostrar a sua cara
Observamos várias versões e
O que podemos constatar é que a movimentação, arquitetada em maior parte na internet, começou com um predomínio de participantes jovens
diferentes idades e tornou o processo uma resposta da sociedade civil ao governo.
A última grande manifestação ocorrida em 1992 brigava pelo Impeachment do presidente Collor e teve uma diferença primordial em relação aos atuais protestos. No co-meço da década de 90, vários setores da sociedade, inclusive grandes se-tores políticos e da mídia, não queriam a permanência de Collor e viam as manifestações como uma colaboração para o sistema.
Hoje a resposta foi tão adversa que a participação de partidos políticos nas manifestações foi negada pelos protestantes, impedindo que partidos usassem as manifestações para pro-mover suas legendas. Tal fato de-monstra a descrença que boa parte da população tem na política e nos partidos.
Frente a todo esse cenário, a parte mais importante de todo o processo é a expectativa de que uma mudança tenha ocorrido e que a população não aceite calada os absurdos feitos pelos governantes e encontre um caminho que não seja baseado em atos violentos ou de confrontos. O poder civil do voto bem usado é a maior arma a favor do futuro melhor. Assim sairemos do status de “deitado eternamente em berço esplêndido” e mostraremos que o
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“filho teu não foge à luta”.
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21
O que se sente em uma
de grande porte?
FEIRA DE CIÊNCIAS
por Michael Douglas e Marco Rogério
Participar de uma feira é muito mais do que só pesquisar. As amizades que são feitas, os momentos que são vividos, as ideias inovadoras que são apresentadas, tudo é único.
mas quando essa experiência se torna real é um mundo completamente diferente do que existe. Podemos comparar a uma realidade paralela em que tudo é quase perfeito, pessoas que compartilham ideias parecidas, experiências de aprendizado na prática, ideias criativas e inovadoras que têm o potencial de mudar o mundo, tudo é magico.
se preocupam com os problemas do mundo, que existem pessoas com ideias incríveis. Faz acreditar que tudo é possível, até resolver o problema mais complicado, abre os olhos para uma gama de possibilidades e áreas a serem trabalhadas, torna as pessoas destacadas pelo simples fato de fazerem parte do progresso do Brasil. As pessoas aprendem a ouvir umas as outras e percebem que não existe uma verdade absoluta, tudo pode e deve ser questionável.
O senso crítico passa a ser mais desenvolvido e as soluções passam
um padrão, é um universo em que expor ideias e conseguir colocá-las em prática é mais importante que seguir um padrão pré-estabelecido.
mundo, é conhecer, se entregar, se envolver, tudo isso misturado com novas amizades, nervosismo, apreensão e todos os tipos de sentimentos descontrolados ao mesmo tempo, mas que tornam cada momento único e especial.
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Aproximadamente um terço de todas as mortes registradas no mundo estão associadas a
doenças no sistema circulatório gera-doras de quadros de arritmia. Dentre estas conhecidas, a mais comum e
tricular. Um estado em que se estima que o paciente tenha em média apenas 5 minutos de sobrevida antes do co-meço da deterioração de suas células cerebrais.
cico é um aparelho médico muito fa-moso e utilizado para poder reverter
aplicar descargas elétricas no tórax
inclusive, deriva diretamente da pa-
podendo ser traduzido para algo pró-
malidade nos padrões de bati-mentos cardíacos, quase sempre é combatida
fazer com que esses padrões naturais de batimento sejam retomados. Para se conseguir isso, o mecanismo pode-ria ser descrito, de alguma forma, com uma sincronização entre as partes que, digamos assim, não estão em sintonia. Podemos imaginar que os músculos
comportar de forma não natural – e isso se deve a algum outro fator primordial
Dispositivo para
Desfi brilação Pós-Epidérmica
que pode ter levado a esse estado, como um infarto, aneurisma, trombose
seria uma tentativa de desligar esse pa-drão estranho de batimento e religar o padrão normal estimulado pelo Sistema Nervoso Periférico Autônomo e pelas próprias células cardíacas.
técnica muito usada era a “pancada” física. Sim, isso mesmo, podemos dizer
de madeira. O paciente era golpeado no tórax e tal golpe tinha o mesmo intuito: interromper o padrão anormal
e religar o padrão natural através da sincronia cerebral.
Com o passar do tempo e do avançar da tecnologia, a “pancada” não precisava ser física externa e passou a ser utilizada a corrente elétrica gerada por um dispositivo de alta tensão. As
muito elevadas, em geral, mas as tensões chegam até a 3.700V em alguns casos. Isso é mais que 30 vezes as tensões que usamos em nossas residências (110V).
Por operar com tensões muito
quase sempre um custo elevado que, geralmente, está associado ao tipo de circuito que compõe a parte elétrica e sua manutenção. No mercado, eles va-riam de R$ 10.000,00 a R$ 16.000,00 e isso muitas vezes impede que exigên-cias das agências de saúde quanto à disponibilidade deste equipamento sejam cumpridas tanto nos hospitais quanto em clínicas e ambientes que possuem grandes aglomerações.
O grande motivo pelo qual estes
grandes tensões é que a pele humana acaba se comportando como um gran-de varistor. Um varistor é um resistor cujo comportamento é não linear. Ele não obedece à lei de Ohm como um resistor comum, em outras pala-vras, a medida que a corrente elétrica atravessa a pele, esta encontra várias camadas que se comportam como resistores de resistências diferentes.
22
por Marco Rogério e Charles de Almeida
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Contudo, independente desse comportamento singular, boa parte da
músculo do coração.
to claro, para nosso grupo de pesquisa, qual deveria ser o cami-nho a ser seguido em nossas investigações sobre a natureza do
desenvolvimento de um dispositivo que de alguma maneira pu-desse transpassar essa barreira de perda energética que a pele representa. Chegamos então à conclusão de que uma maneira
lhas que têm sido usadas largamente no mercado para aplicação medicamentosa em crianças ou em pacientes que necessitam rotineiramente de injeções – como os diabéticos –, foi desenvol-vida em 2004 pelo Dr. Mark Prausnitz, professor de Química e engenheirio biomolecular do Instituto de Tecnologia da Geórgia. As vantagens em se usar microaplicadores de corrente elétrica (mi-croagulhas) são inúmeras. A primeira é que se podem vencer as camadas primordiais da pele que são justamente as que têm maior impedância à passagem da corrente elétrica.
As microagulhas comprovadamente não provocam sangra-mentos e nem dor no paciente. Elas praticamente afastam as camadas celulares que são regeneradas muito rapidamente após a remoção das microagulhas. Além disso, a profundidade do choque não precisa ser grande a ponto de chegar à terminações nervosas, pois a camada altamente impeditiva é realmente a mais superficial.
Como amostras de tecido nem sempre são fáceis de serem conseguidas, costuma-se dispor de fantomas para a realização de alguns testes. Fantomas são modelos que replicam as propriedades físicas da pele. Eles podem ser feitos de vários materiais, um deles é a gelatina balística. Ela reproduz a textura do tecido humano bem como a sua condutibilidade elétrica. Com isso, é possível fazer alguns testes mesmo sem os tecidos humanos.
Esperamos com isso obter um novo equipamento capaz de aplicar os choques desfibrilatórios com uma tensão muito mais baixa e, portanto, não precisando ser tão robusto. Isso pode fazer com que o preço de mercado caia e, ao mesmo tempo, torne o aparelho mais portátil. Estimamos poder construir um desfibrilador que custe no mercado em torno de uns R$ 1.800,00. Isso representaria uma economia de aproximadamente 89% no preço do equipamento. Sem falar que o fato da portabilidade desoneraria nosso sistema de saúde e tornaria os postos, ambulâncias, clínicas e hospitais mais bem equipados devido à capilaridade que o equipamento pode trazer. Esperamos poder continuar as pesquisas para que possamos desenvolver novos equipamentos médicos, salvar muitas vidas e tudo com tecnologia nossa, brasileira.
Microagulhas comparadas com uma agulha de vacinação comum
2
1
23
V
Com quase 30 milhões de habi-tantes e uma reserva petrolífera imbatível em termos mundiais,
a Venezuela polariza as atenções inter-nacionais, principalmente, com a PDV-SA (Petróleos de Venezuela S.A.), de gestão e direcionamento do faturamen-to controlados pelo governo. A ideia de reforma agrária implantada por Chávez é outro problema pouco aceito pelos grupos empresariais da agroin-dústria, além do lucro gerado pelos royalties do petróleo que são investi-dos nos setores de saúde e habitação em favor da população venezuelana.
Não é por acaso que o chamado modelo socialista bolivariano parece atender aos interesses gerais da nação, agradando os grupos de classe média e baixa, que são maioria no país.
A taxa de pobreza da Venezuela
30% ao ano e uma reserva internacional de 29 bilhões de dólares. É claro que a dívida externa é quase o dobro da reserva, atingindo 56 bilhões de dólares. Outro problema é o desemprego na faixa de 8% ao ano.
Com tudo isso, o governo Chávez, eleito inicialmente no pleito de 1998, chega ao poder com a eleição de 2012, com 14 anos na direção do país. O seu partido (PSUV – Partido Socialista Unido da Venezuela) consegue a maioria dos votos da assembleia unicameral.
A criação de uma nova Constituição em 1999 deu uma nova denominação ao país, chamado agora de República Bolivariana da Venezuela, em forte refe-rência ao líder Bolívar, do século XIX, com visão de unidade da América Latina, juntamente com José Marti, outro líder latino-americano, originário de Cuba. Talvez, por isso, Hugo Chávez mantenha o nome de Bolívar e se integre
tanto com o governo dos irmãos Castro, na ilha Caribenha. Até seu tratamento de saúde é feito em Cuba. Não bastasse isso, ainda subsidia gasolina para o povo cubano sobreviver em dias difíceis no seu país.
Por essa tendência, um tanto quanto socialista para os “olhos globalizados” do mundo da Nova Ordem, o líder venezuelano é considerado oposição aos Estados Unidos e países que idolatram a concentração de renda e terras no mundo.
No plano internacional, Chávez se
que conta com Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai (no momento suspenso), em julho de 2012, além da criação da UNASUL que é uma comunidade for-mada por doze países sul-americanos. Fazendo parte os seguintes países: Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Chile, Guiana, Suriname e Venezuela.
A Venezuela e o novo impasse
com a presidência de
Chávez
por Ricardo Libório
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O líder venezuelano
é considerado
oposição aos
Estados Unidos
México e Panamá participam como membros observadores e poderão, futuramente, integrar a comunidade. O principal objetivo da comunidade é a integração dos países da América do Sul. Esta integração ocorrerá nas áreas econômica, social e política. Dentro deste objetivo, espera-se uma coordenação e cooperação mais in- tensa nos setores de educação, cul-tura, infraestrutura, energia, ciên-
fortemente direcionado pela liderança Chávez no quadro político econômico dentro da América Latina.
De modo geral, é a partir de 2005 que o governo de Chávez trabalha mais efetivamente para atender às necessi-dades mais prementes do povo vene-zuelano. É claro que o presidente decla-rou apoio ao socialismo como sistema de organização social e econômica.
Bolivariana” em curso na Venezuela, se dirigia, efetivamente, ao socialismo do século XXI. A pancada política foi tão forte que a oposição boicotou as eleições parlamentares daquele ano.
O melhor ou pior estava por vir, já que em janeiro de 2006 o governo da Venezuela assumiu o controle total de 32 campos de petróleo operados por empresas privadas estrangeiras. O governo de Chávez tinha agora a maioria das ações da PDVSA.
A partir do fato acima, Chávez radicalizou: fechou estações de TV, 34 emis-soras de rádio, estatizou uma siderúrgica de grande porte (SIDOR) e toda a indústria de cimento do país.
Além disso, expropriou terras ociosas e retirou do controle regional a adminis-tração de portos e aeroportos, assim como hospitais e escolas, tudo isso controlado agora pelo governo central da Venezuela.
Por outro lado, o governo reforçou o “Poder Cidadão”, já criado na Constituição da Venezuela (1999), com os chamados “conselhos comunais”. Neste caso, ocorre uma tendência de maior autonomia e peso político des-ses conselhos diante dos poderes existentes de prefeitos e governadores. É óbvio que a democracia participativa se faz representar de forma mais direta.
Os pobres trabalhadores venezue-lanos sabem que seus alimentos são vendidos a baixo preço e de qualidade, sem uso de agrotóxicos. Chávez estimula a agroecologia direcionando a produção mais acessível à população carente, não aos grandes hipermercados.
25
Lembrando que as áreas de plan-
tio são originárias da desapropriação
de terras imposta pelo governo boliva-
riano. Com isso, Chávez combate três
elementos fundamentais da desigual-
dade social na América Latina, que
incluem os latifúndios, o agronegócio
e as redes monopolistas de alimentos,
em que se destacam também os “atra-
vessadores”, que especulam com os
preços dos produtos primários.
No plano habitacional, o governo
especuladores imobiliários, reservando
moradia para cada cidadão venezu-
elano. A chamada “Missão Habitação”
(criada em 2011) visa zerar o débito
habitacional do país até 2018. Neste
caso, entende-se que todos poderão
ter sua casa própria, incluindo a
infraestrutura de lazer e educação
nessas áreas.
Neste momento, o país enfrenta
e queda do PIB (Produto Interno
Bruto). Por isso, o governo instituiu a
desvalorização do bolívar forte (moeda
uma com objetivo de baratear custos
na compra de produtos de primeira
necessidade do exterior e outra
para aumentar o faturamento com a
exportação de petróleo.
Estatisticamente, durante os 14 anos
do governo Chávez, a pobreza caiu de
49% para 27%, além da renda per capita
pular de 4.105 dólares para 10.810
dólares. Pode-se incluir ainda um
desemprego que beirava 25% ao ano
declinou para 8%. Tudo isso avaliado
pela CEPAl (Comissão Econômica para
a América Latina e o Caribe).
Ainda assim, o governo de Hugo
Chávez é colocado como ditatorial ou
antidemocrático. Entretanto, para o povo
venezuelano, que vê melhorias na saúde,
com a vinda de médicos em quantidade
de Cuba, um fato é marcante: se existe
zuelana, esse alguém é o presidente
eleito também em 2012. A consagração
de uma política social verdadeira e que
da Venezuela. Os comícios são lotados
e os direitos do cidadão respeitado na
sua condição de trabalhador.
O susto das grandes potências é
o nível de armamentos, na atualidade,
existentes na Venezuela, já que o
governo Chávez gastou 4 bilhões de
dólares (desde 2005) na compra de
armas dos antigos países da União
Soviética. Com a Rússia, fez acordo
para a construção de Usina Nuclear,
em 2010. Mais uma dor de cabeça
para os Estados Unidos.
Era bem verdade que sua saúde
andava bastante frágil, em função
de um câncer no pulmão. Mas ainda
assim, era melhor um Chávez doente
do que um doente irracional não
interessado em seu próprio povo, como
governos anteriores e capachos dos
Estados Unidos, que governaram a
Venezuela. Caso resistisse, Chávez
cumpriria seu mandato como o maior
líder que a Venezuela pôde ter depois
do herói Bolívar.
Com a morte de Hugo Chávez, as
eleições foram marcadas para 14 de
abril de 2013, tendo o vice-Presidente
como candidato que visava manter a
chamada “República boliviana”.
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26
Palavras Cruzadas
A V E G A E
Há muito tempo nas águas da
O dragão do mar reapareceu
A quem a história não esqueceu
Conhecido como o negro
Tinha a dignidade de um mestre-sala
E ao acenar pelo mar na das regatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas
Jorravam das costas dos santos entre cantos e
Inundando o do pessoal do porão
Que, a exemplo do feiticeiro, gritava então
Glória aos
Às mulatas, às sereias
à farofa
à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa não esquecemos jamais
Salve o navegante
Que tem por monumento as pedras pisadas do cais
Mas salve
Salve o navegante negro
Que tem por monumento as pedras pisadas do cais
Mas faz muito
Elis Regina
28
Caça-Palavras
Nas , no
pra todo lado
Ninguém respeita a
Mas todos acreditam no da
Que PAÍS é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
No Amazonas, no Araguaia iá, iá,
Na baixada
Mato Grosso, GERAIS e no
tudo em paz
Na o meu , mas o
anda solto
Manchando os PAPÉIS e
Ao descanso do patrão
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
mundo, se foi
Piada no exterior
Vamos um milhão
Quando vendermos todas as
Dos nossos num leilão
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Legião Urbana
O I M Y T J C F L U M I N E N S E K
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29
JOGO
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Visão MatemáticaPalavras Cruzadas
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GLÓRIAI
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ANEGRO
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CORAÇÃO
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HISTÓRIA
BL
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TEMPOG
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RESP
OSTA
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01.Dois dias atrás, Orlando tinha 8 anos. Ano que vem ela terá 11! Que dia é hoje?
Pau
lo C
ost
a
02.André e Arnaldo contavam, muito empol-gados, o resultado da Terceira Feira Anual Internacional de Ciências, realizada na Suécia. Na feira, havia 3 competidores: Luís, René e João. André disse que Luís
em segundo lugar. Já Arnaldo disse que João ganhou, com Luís em segundo.
Na verdade, nenhum dos dois contou inteiramente a verdade sobre os resultados da feira de ciências. O que ocorreu foi que
dos competidores?
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Caça-Palavras
IMYTJCFMIESEK
SÉFOÍNDAÉÃÇIBELAPT
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MIASGERAISXÉVBAI
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CONTURDESEÃUÍA
01/01
1º João; 2° René; 3º Luís.
2, 2 e 9
VISÃO MATEMÁTICA
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Luan
Go
nça
lves
03.Dois matemáticos, Cleuber e Marriel, encontram-se depois de vários anos de separação.
Cleuber: Então, como tens passado?
Cleuber: Parabéns! Quais as idades?
Marriel: O produto delas é 36.
Cleuber: Com apenas essa informação não é possível saber as idades.
Marriel: A soma das idades é o número desta casa aí na frente.
Cleuber olha o número da casa e depois diz: Ainda não dá para saber.
Marriel: Então digo que o mais velho toca piano.
Cleuber: Agora sim, já sei as idades.
31
iIiI ogigante