Revista Super Sul 04

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EDITORIAL

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Júlio Sortica - [email protected]

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Duas informações divulgadas no início de outubro fizeram com que eu me debruçasse sobre o assunto para escrever este edi-

torial. A primeira foi uma declaração da presidenta Dilma Roussef. Ou mais de uma, dentro do mesmo contexto. “Va-mos superar a crise consumindo”. E re-duzindo impostos, gerando empregos, eu complementaria, pois foi esta estra-tégia que ajudou o Brasil a superar de forma rápida e sem traumas a crise in-ternacional de 2009.

A afirmação da presidenta foi dita em meio a uma das maiores crises pelas quais passam importantes países euro-peus. Mas ela não parou aí: “Se quise-rem, podem contar com o Brasil nesse momento difícil”. Para muitos, pode ter soado como esnobismo, mas é a pura realidade: o Brasil está estável e sob

controle. A outra situação é mais loca-lizada e tem como fonte o Banco Cen-tral. O comprometimento do orçamento das famílias brasileiras com dívidas é crescente, mas não assusta. Ainda que a um ritmo lento, a parcela da renda destinada ao pagamento de débitos cresce desde abril e atingiu em julho deste ano 21,1%.

Um importante indicador do poder de compra dos brasileiros e da sua capa-cidade de pagamento, em agosto passa-do, chegou R$ 37,2 bilhões, um aumento de 5,6% comparado a igual mês de 2010 em termos reais. Essa constatação, asso-ciada a outros três elementos vitais para a estabilização da economia - dívidas controladas, renda e emprego farto - ga-rantem tranquilidade ao País. E mais do que tranquilidade, esperança e otimismo que o ano terminará bem e com suporte

ao consumo. Em ritmo de festa!Estamos entrando em um período

fértil de injeção de recursos. Os bilhões do 13º salário, das gratificações e da época dourada das férias de trabalhado-res vão oxigenar a economia nacional. Isso sem contar o crédito. Toda essa expectativa só vai desacelerar lá em fevereiro, depois do Carnaval. Então, passado um ano desafiador, mas vitorio-so, o setor supermercadista certamente não terá queixas. Mesmo que pesquisas de entidades como a Fecomércio/Insti-tuto Assaf/CNI e a CNDL alertem para retração pelo temor da inflação, alta nos combustíveis e elevação nas taxas de juros, o Brasil vai gastar muito para festejar. Cada um com sua bebida. Há ótimos lançamentos, mas pode ser até água mineral.

Boa leitura!

Estabilidade econômica gera consumo

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Super Sul é uma publicação da editora Conceitual

- Publicações Segmentadas, destinada a diretores

e principais executivos de pequenos, médios e gran-

des supermercados no Sul do Brasil, além dos exe-

cutivos de grandes redes no Rio Grande do Sul, em

Santa Catarina e no Paraná, bem como fornecedores,

representantes, distribuidores, atacadistas em geral,

e, enfim, à cadeia completa do varejo, da indústria

ao ponto de venda. Também recebem associações,

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SUMÁRIOEX

PEDI

ENTE

Os fabrican-tes de bebi-

das fazem lançamentos e usam estra-

tégias para estimular as

vendas no final de ano e no verão

Pág. 32

E ainda:

Entrevista: Severini fala dos desafios da ABAD, classes emergentes e crescimentoPág. 06

Expoagas 2011: crise longe do autosserviçoPág. 18

Cereal festeja 66 anos com prêmios, tradição e tecnologiaPág. 26

Acats fortalecefeira em SãoMiguel do OestePág. 38

Cresce a produção de orgânicos no BrasilPág. 49

Colunistas:Ivam MichaltchukPág. 24Sérgio SimonettiPág. 28Juliano RigattiPág. 42Outras Seções:NegóciosPág. 10BibliotecaPág. 41LançamentosPág. 46RHPág. 48

O perfil do varejo gaúcho mostra a força da tradição entre as mar-cas gaúchas e os supermercadosPág. 12

Pesquisa da Interbrand revelaas 100 marcas mais valiosas

do mundo. Coca-Cola é a nº 1Pág. 44

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TACarlos Severini, presidente da ABAD

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Por Júlio Sortica

Uma aposta nas classes emergentes

A Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores - ABAD, é uma entidade de atuação nacional, fundada em 1981, tem 27 filiadas estaduais e cerca de

3.500 empresas associadas - 2.500 atacadistas distribuidores e 1.000 indústrias e prestadores de serviço. Seus principais objetivos são representar as empresas do segmento e promover o aprimo-ramento do comércio atacadista distribuidor e da cadeia de abastecimento.

As empresas atacadistas distribuidoras co-mercializam gêneros alimentícios industrializados, candies, bebidas, produtos de higiene pessoal, limpeza doméstica, farmacêuticos, de perfumaria, papelaria e material de construção, entre outros, gerando negócios que equivalem a cerca de 5% do PIB (Produto Interno Bruto) do país, o que garan-te ao segmento uma participação de mais de 50% no mercado mercearil brasileiro.

Essa poderosa entidade, que faturou R$ 151 bilhões em 2010, é presidida desde 2008, em se-gunda gestão, pelo engenheiro Carlos Eduardo Se-verini, 51 anos, mineiro de Poços de Caldas. Ele tem dado especial atenção às questões voltadas à capacitação e profissionalização não apenas do segmento, mas também dos demais elos da cadeia de abastecimento. Como executivo, desde 1987 é um dos fundadores e presidente do Tenda Atacado. Desde 1999 participa ativamente da Associação.

Severini ressalta que nesses 30 anos “a ABAD vem desempenhando um papel fundamental para o desenvolvimento do atacado distribuidor, por meio de ações destinadas a valorizar a parceria dos agentes de distribuição com a indústria e o varejo”. Nesta entrevista exclusiva à revista Super Sul, ele comenta sobre os desafios da entidade, projetos e ações para dinamizar o setor.

Revista Super Sul - No início do ano a ABAD destacava que 2011 seria o ano da consolidação de compra da nova classe média, mas buscando mais variedade e qualidade. Isso se confirmou? De que forma?Carlos Eduardo Severini - Sim, a nova classe

média continua a constituir um importante mo-tor para a economia. O novo patamar de consu-mo atingido pelas classes D e E deve ser mantido, graças ao bom nível de emprego no país. Além disso, o poder de consumo aumentado é uma con-quista, e somente em situações muito adversas o novo consumidor abrirá mão dela. Por isso, o ano passado mostrou-se excepcionalmente bom para o atacado distribuidor, e neste ano a expectativa também é de um bom resultado.

Super Sul - Um dos desafios e, ao mesmo tem-po, oportunidade de expansão para o segmen-to atacadista distribuidor é justamente suprir esta demanda crescente por produtos de con-sumo não durável. Como foi nestes nove meses de 2011?Severini - Outro ponto é que indicadores divul-

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gados nos últimos meses, apontando para a es-tabilização do emprego e da renda, retratam mais fielmente a situação dos grandes centros do Sul e do Sudeste. As demais regiões, que partem de um patamar de consumo historicamente mais baixo, seguem mostrando grande potencial de crescimen-to, conforme os indicam os resultados da pesquisa do Ranking ABAD divulgado em maio deste ano.

Super Sul - Qual o perfil do segmento? Severini - O atacado distribuidor é responsável pelo abastecimento de mais de um milhão de pon-tos de venda em todo o país e tem como foco a prestação de serviço ao varejo independente, composto principalmente por mercados pequenos e médios e lojas de conveniência.Segundo a Nielsen, 95% dos supermercados pe-quenos (de quatro a nove checkouts) e 40% dos supermercados médios (de dez a 19 checkouts) são abastecidos por empresas atacadistas distri-buidoras. E o pequeno e o médio varejo são os que mais atendem os consumidores das classes C, D e E, que vêm apresentando grande crescimento no poder de compra e estão mudando o perfil do consumo no país.

Super Sul - Qual foi o faturamento do setor em 2010 e crescimento sobre 2009? E qual a pre-visão para 2011? Quanto empregos gera?Severini - Em 2010, de acordo com o Ranking ABAD/Nielsen, o segmento distribuiu 52,8% de tudo o que foi comercializado no mercado de con-sumo mercearil brasileiro e faturou R$ 151,2 bi-lhões, o que equivale a mais de 4% do PIB nacio-nal. Esse número representa um crescimento real de 8,2% sobre o resultado de 2009. A pesquisa revelou ainda que o segmento empregou 10% a mais em 2010, oferecendo quase 72 mil postos formais de trabalho.Por enquanto, para 2011 e 2012, mantemos a ex-pectativa de que o crescimento do setor acompa-nhe ou mesmo supere o crescimento da economia como um todo. No segundo trimestre, obtivemos um crescimento médio mensal de 4,20% sobre os mesmos três meses de 2010, o que é um ótimo número. Super Sul - Quais segmentos ganharam desta-ques nas vendas em 2011? Existem números setoriais para uma avaliação?Severini - A demanda do segmento segue um per-fil mais ou menos estável de um ano para outro, respeitando picos de sazonalidade, como as com-pras de fim de ano. De maneira geral, os alimentos são o carro-chefe do setor, contribuindo com 41% do resultado. Outros itens de peso são higiene

pessoal (14%), limpeza doméstica (9,5%), bazar (9%) e bebidas (8% - lembrando que cervejas e refrigerantes costumam ter distribuição própria)

Super Sul - Quais regiões cresceram mais em consumo e qual a aposta da ABAD? Existe um fato (ou fatos) que explique (m) as diferenças?Severini - Pelos dados do Ranking ABAD, em 2009 observamos o crescimento acentuado do consumo no Nordeste brasileiro, em decorrência dos progra-mas do governo federal que garantiram renda a famílias pobres, que passaram então a consumir mais e movimentar a economia local. Em 2010, foi a vez do aumento do consumo nas re-giões Norte e Centro Oeste, em razão do aumento do emprego formal gerado pelos bons resultados do agronegócio. Nessas regiões, o consumo, em números absolu-tos, ainda é pequeno. Mas certamente existe ainda uma grande demanda reprimida, principalmente por parte das classes D e E, e acreditamos que esse consumo continue a crescer nos próximos anos, gerando ótimas oportunidades para os agentes de distribuição.

Super Sul - Como a ABAD avalia a participação e o crescimento das Centrais de Negócios no setor varejista?Severini - A ABAD acredita que pode se unir às centrais de negócios com a Logistica que é o que o setor sabe fazer com excelência.

Super Sul - Como as fusões e aquisições, como BRFoods, Hypermarcas, LeiteBom, JBS, Schinca-riol, afetam o setor de distribuição?Severini - A concentração de fornecedores impac-ta menos o nosso negócio do que a concentração das redes de varejo, por exemplo. Isso porque, mesmo com a criação de gigantes como a BR Foo-ds e a Hypermarcas, o CADE costuma colocar limi-tes que garantem a concorrência. Além disso, uma das características dos agentes de distribuição é o bom relacionamento e a capacidade de negociação com as indústrias, com as quais mantemos uma relação de cordialidade e parceria.

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Carlos Severini, presidente da ABAD

Super Sul - Quais as lições que a ABAD tirou da 31ª Convenção em Recife, em agosto?Severini - Cada vez mais, temos a satisfação de perceber quanto a capacitação vem de fato cha-mando a atenção do nosso segmento. Durante a Convenção, que reuniu 200 expositores e atraiu mais de 30 mil visitantes nos quatro dias de ativi-dades, conseguimos praticamente lotar os auditó-rios para as 10 palestras técnicas oferecidas.Também houve grande receptividade ao inédito Es-paço do Conhecimento, a grande novidade da ABAD 2011 Recife. Com uso da tecnologia, o espaço procurou reunir todas as ferramentas e conteúdos desenvolvidos pela ABAD especialmente para a ca-pacitação do atacadista distribuidor e do varejo in-dependente. Os principais destaques do Espaço fo-ram a Loja Varejo Ideal e o Portal do Conhecimento.

Super Sul - Explique melhor a Loja Varejo Ideal e o Portal do Conhecimento.Severini - A primeira, em parceria com a Unilever, utilizou recursos especiais de projeção com efeito 3D, levando o espectador a um passeio virtual por uma loja modelo de 600 metros, criada para promo-ver as melhores práticas de gestão para o varejo in-dependente. Nos quatro dias de evento, os lugares na sala foram disputadíssimos e as sessões ficaram todas lotadas. Cerca de 1.600 profissionais do ata-cado distribuidor assistiram ao filme da loja ideal.O Portal do Conhecimento, ferramenta lançada no encontro, tem por objetivo impulsionar a capa-citação do pequeno varejo e ser um novo canal de interação entre o ele, a indústria e os agentes de distribuição, associados da ABAD. Além de pa-lestras, pesquisas e outras informações, o Portal disponibilizará brevemente três cursos virtuais: Comportamento do Consumidor, Melhoria do Sorti-mento e Gestão de Estoque (como evitar rupturas).As duas iniciativas alcançaram imenso sucesso e já têm programada continuidade ao longo do ano.

Super Sul - A partir das mudanças no mercado consumidor que ações a ABAD está adotando para aprimorar suas atividades? Severini - Para obter a desejada sinergia entre os elos da cadeia de abastecimento, a ABAD investe de forma permanente na produção e disseminação de conhecimento. Estudos como o Ranking ABAD e a pesquisa Marcas em Destaque permitem oferecer anualmente dados relevantes e informações pre-cisas sobre o segmento, que fornecem excelentes subsídios para o planejamento de seus gestores.A partir do “Fórum Estratégico ABAD – Cadeia de abastecimento – Cenário 2015”, realizado em 2009, foram desenhadas ações que, ao longo des-ses últimos anos, têm contribuído para elevar o

segmento a um novo patamar. Como resultado sur-giram os três Comitês ABAD, que trabalham com foco nas principais demandas identificadas.

Super Sul - Que outras atividades a ABAD pro-move para os associados?Severini - O Comitê Agenda Política, que inclui membros do atacado distribuidor e representantes da indústria e de entidades parceiras, foi criado para discutir e propor ações que contribuam para criar um marco regulatório para o setor e para a cadeia de abastecimento, encaminhando propostas aos órgãos públicos competentes. O Comitê Varejo Competitivo é formado por repre-sentantes do atacado, por fornecedores da indús-tria e pelas consultorias Nielsen e Kantar World Panel. Este Comitê atua com foco na capacitação, principalmente por meio do Programa Varejo Com-petitivo, criado pela ABAD em parceria com o SE-BRAE Nacional, que pretende levar aos varejistas independentes com até quatro checkouts, princi-pais clientes do segmento, os conhecimentos ne-cessários para desenvolver seu negócio.O Comitê Profissionais de Vendas foi criado para coordenar as ações destinadas a capacitar, valo-rizar e desenvolver a força de vendas do atacado distribuidor, com foco nas novas necessidades do mercado e agregando serviços para os clientes va-rejistas. Sua principal ferramenta é o TreinABAD.

Super Sul - Como a ABAD avalia a questão da Reforma Tributária – que não sai do discurso?Severini - Em novembro de 2010, a ABAD lançou, junto com suas Filiadas Estaduais, um manifesto contra a pretendida volta da CPMF, extinta em de-zembro de 2007. A entidade está permanentemente atenta às questões que afetam o segmento e não mede esforços para defender os seus interesses.E, enquanto a reforma tributária não é promovida de fato, contabilizamos algumas vitórias pontuais, como a inclusão do segmento atacadista distribui-dor entre os beneficiados da MP 517, aprovada em 25 de maio deste ano na Câmara dos Deputados e em 1º de junho no Senado, que altera a Lei 12.350/10, estendendo a diversas atividades a suspensão dos tributos PIS e Cofins sobre a venda de aves e suínos.

Super Sul - Algo a acrescentar? Alguma proje-ção para o Natal ou verão 2012?Severini - É sempre oportuno lembrar que o mer-cado mercearil, pela própria natureza dos bens que comercializa, continua com perspectivas positivas, já que esse tipo de consumo depende da massa salarial, que segue crescendo, e não do crédito. A expectativa do Natal, como em todos os anos, é de termos boas vendas.

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ECONOMIAWalmart instalaTodoDia em Castro (PR)O Walmart Brasil cresce na Região Sul e escolheu Castro na região dos Cam-pos Gerais, no Paraná, para construir mais um supermercado com a bandeira TodoDia. A construção, na rua Doutor Javert Madureira, na Vila Rio Branco, se iniciou há poucas semanas e a pre-visão é que a obra seja inaugurada até o final deste ano. O investimento no empreendimento é de R$ 3,7 milhões. Serão gerados cerca de 50 empregos diretos, preferencialmente para mora-dores daquela cidade e região.

Região Sul aprova o Cadastro PositivoA grande maioria (86%) da população da Região Sul do Brasil aprova o Cadastro Positivo, banco de dados em que são registrados os compromissos financeiros dos consumidores que estão em dia com seus paga-mentos. O dado é da pesquisa da Boa Vista, realizada recentemente em todo o País, com 1.300 pessoas de todas as classes sociais de 709 municípios. O índice alcançado no Sul é o mais alto das cinco regiões do País, empatado com a região Centro-Oeste.

Rede Unisuper comemora 11 anosA Rede Unisuper – União Gaúcha de Supermercados festejou 11 anos em setembro, reunindo 630 supermercadistas, sócios, clientes e colaboradores em cerimônia em sua sede, em Porto Alegre. A passagem foi comemorada com uma nova conquista pela diretoria comandada pelo presidente Sandro Formenton: a rede cortou a fita de mais uma loja associada, o novo Unisuper Gravataí, da família Busatto. A segunda loja da empresa no município tem 600 metros quadrados de área de vendas e seis check-outs.

Carrefour conclui reestruraçãoFinalmente em setembro o Carrefour concluiu o processo de fechamento de lojas deficitárias no Brasil, como parte de seu último plano de reestru-turação iniciado há cerca de um ano. Oito super-mercados da bandeira Carrefour Bairro, no interior de São Paulo, foram fechados, sendo quatro em Ribeirão Preto, que passa a ter um ponto apenas. Ao todo, desde que começou a fechar pontos no país, há um mês, 14 lojas da rede pararam de funcionar. As lojas próprias serão vendidas, num total de dez pontos.

43ª Regional da Agas prepara supermercados do LitoralO verão é extremamente importante para os empresários do Litoral gaúcho, pois é dada a largada para o melhor período de vendas do ano. A preparação das equipes de trabalho, o reforço dos estoques e a busca pelos diferenciais de serviços e produtos vão levar supermercadistas e compradores do va-rejo ao Centro de Eventos de Tramandaí, nos dias 26 e 27 de outubro, para a 43ª Convenção Regional de Supermercados. A palestra de abertura terá o ex-presidente da Associação Catarinense de Supermercados, Professor Menegatti, com o tema Excedendo as expectativas do cliente.

Condor inaugura hiper em ColomboHá mais novidades no setor de autosserviço do Pa-raná desde a metade de setembro: o Condor Super Center inaugurou em Colombo, região metropolitana de Curitiba, um hipermercado de R$ 30 milhões. O novo empreendimento possui área total de 17 mil m², sendo 5 mil m² de área de vendas e deve atender mensalmente mais de 200 mil pessoas. A loja gera 280 empregos diretos - 97% são residentes de Co-lombo. É a 31ª loja da rede e a 12ª cidade em que o Condor passa a atuar.

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Em Alta:A quarta edição da pesquisa nacional de uso de meios eletrônicos, realizada pelo Instituto Datafolha a pedido da Associação Brasileira das Empresas de Cartões e Serviços (Abecs), revela que 72,4% da po-pulação brasileira utiliza algum tipo de cartão, seja crédito, débito ou os plásticos emitidos por estabelecimentos do varejo. Em 2008, esse porcentual era de 68%. O cartão de débito é o meio eletrônico de pagamento mais popular: 60%, contra 53% para cartão de crédito e 28% cartões de lojas e supemercados.

Os tempos mudaram! Se antes o consumidor era considerado parcei-ro, mas também uma espécie de fiscal “intruso” nos supermercados, agora é aliado. Com este foco a Associação Paulista de Supermer-cados (Apas) e a Fundação Procon lançaram no início de outubro a campanha De Olho na Validade, com a participação de 2,6 mil lojas no Estado de São Paulo. Em síntese: o cliente que encontrar produto com prazo de validade vencido em um ponto de venda receberá gra-tuitamente produto igual, na mesma loja.

Em Baixa:Todos os anos, os supermercados brasileiros registram um prejuízo de R$ 4,3 bilhões com problemas causa-dos pelos clientes, com destaque para o extravio de mercadorias, de acordo com levantamento divulgado pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados) em parceria com o instituto de pesquisa Nielsen. Além dos furtos, registrados, outros tipos de compor-tamento são a falta de cuidado com os produtos, que são deixados pelos clientes fora da geladeira, e até a abertura de embalagens para consumir os alimentos.

Carência de qualificação. A falta de mão de obra qua-lificada prejudica vários setores da economia, inclusi-ve o varejo. O presidente da Associação Brasileira dos Supermercados (Abras), Sussumu Honda, estima que o setor supermercadista brasileiro vivencia um déficit de 100 mil vagas diante desse quadro.

ALTOS & BAIXOS

INDÚSTRIA

Gomes da Costaamplia CD em ItajaíLíder nacional em vendas de pescados enlatados com 55 anos de atuação, a Gomes da Costa amplia seu Centro de Distribuição em Itajaí (SC) com inves-timentos de R$ 3 milhões. O objetivo é elevar a eficiência operacional de logística, aumentado os estoques de produtos acabados disponíveis para a venda e reduzindo o tempo de entrega das encomendas. “O novo CD atende-rá o forte crescimento que a empresa teve com a marca Gomes da Costa nos últimos três anos, que foi acima de 12% ao ano, além do aumento dos ne-gócios Carbonell, que a empresa dis-tribui com exclusividade no Brasil”, informa o diretor presidente da GDC Alimentos, Alberto Encinas.

Nadir compra Divisão de UD da Saint-Gobain VidrosA Nadir Figueiredo, tradicional empresa brasileira fabricante de utensílios domésticos, embalagens e brindes personalizados de vidro, assinou compromisso de compra e venda da atividade de Uds da Saint-Gobain Vidros. O acordo envolve a aquisição do maquiná-rio, marcas e patentes, tecnologia e estoques da divisão Santa Marina de UDs. Marcas como Marinex, Duralex e Santa Marina, além de uma linha de cerâmica e porcelana que compõem mais de 100 itens diferentes se juntarão ao catálogo da Nadir, entre os quais se destaca o copo americano - mais de 6 bilhões de unidades vendidas.

LBR Lácteos quer dobrar cast de clientes em 3 anosA LBR Lácteos do Brasil, com 56 mil produtores no País, 16 marcas e 30 unidades industriais, enfrenta alguns desafios para consolidar sua atuação no agronegócio. Wilson Zanatta (foto), copresidente do Conselho de Admi-nistração do grupo, afirmou em palestra na Federasul, que uma das metas é dobrar o cast de 25 mil clientes ativos em três anos. Outro objetivo é au-mentar a produtividade média do rebanho, hoje em torno de 100 litros/dia, com a implantação do programa de qualidade Projeto 300 – em quatro anos.

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Tradição levada às gôndolas

A imagem do gaúcho sobre o cavalo, per-correndo os pampas sob um grosso poncho e com a cuia em mãos pode ser meramente simbólica perante as caracte-

rísticas urbanas dos principais pólos econômicos do Estado, mas indica um apego à tradição que tudo tem a ver com o varejo local. Embora os ne-gócios do campo trotem determinadamente para Porto Alegre ou cidades como Caxias do Sul e Rio Grande e a inevitável miscigenação cultural che-gue ao Estado, o gosto do gaúcho pelas coisas de sua terra e a naturalidade em exigir qualidade no que adquire ajudam a caracterizar as oportunida-des e desafios deste mercado.

O Rio Grande do Sul costuma ser campo de testes para produtos incipientes no mercado, de novos computadores e automóveis a salgadinhos ou congelados recém-lançados: se agradam lá, es-tão prontos para fazerem sucesso no restante do Brasil. O apego às coisas locais fortifica redes de varejo e indústrias para competirem nacionalmen-te: a rede Zaffari tornou-se a maior bandeira super-mercadista regional do País, enquanto Fruki, Leite Bom Gosto e Florestal Alimentos estão, ao lado de tantas outras marcas rio-grandenses, em destaque nas gôndolas das cinco regiões brasileiras.

Também são os gaúchos que, afeitos às com-pras em supermercados, garantem uma das maio-res participações do setor sobre o Produto Interno Bruto de seu Estado: no RS, 6,7% do PIB vem dos súpers, ante 5,5% no Brasil. Disposto a conhecer novidades e comprar alimentos frescos para prepa-rar refeições impecáveis, o cliente do extremo Sul também visita mais os súpers, gerando um tíquete total substancial. Caseiros, enxergam as compras de final de tarde no mercadinho de bairro com a mesma simpatia que vêem os “ranchos” nas grandes redes.

“O cliente gaúcho cada vez mais tem busca-do variedade, serviços e proximidade, e este mo-vimento abre um leque de opções aos pequenos e médios supermercadistas”, afirma o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo. O crescimento econômico do Estado, após muitos anos atravancado por proble-mas de infra-estrutura e quebras na safra, torna este mercado ainda mais valioso. A economia gaú-cha tem crescido acima da média brasileira há três anos, o que impacta diretamente o autosserviço.

Em 2010, as vendas reais dos súpers cresce-ram 8,3% no RS sobre o ano anterior – em termos nacionais, a alta foi de 6,7%. Isto significa uma movimentação de R$ 15,3 bilhões. O movimento estimula os supermercadistas a ampliarem o mix de produtos em suas lojas, de forma a desfrutar do momento favorável. A cada ano, 15 mil itens rodam pelas gôndolas do autosserviço do Estado, e 2 mil permanecem.

“Apenas os produtos que realmente buscam uma boa relação de consumo e tragam qualidade ao cliente são aprovados pelo gaúcho e permanecem à venda”, observa Longo. Ele lembra que o Rio Grande do Sul é um mercado aberto ao consumo de pro-dutos com alto valor agregado – conseqüência do elevado nível de exigência do consumidor, que tem uma renda média acima da brasileira, e, portanto, pode pagar mais por itens que realmente admire.

No RS, paga-se mais para colocar na mesa itens que efetivamente tenham mais qualidade. Arraigados à cultura familiar, que preza momentos

Mercado RS

Como a forte ligação àcultura e o apego às marcas locais define o perfil decompras do cliente gaúcho.

Por Erik Farina

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Rem torno da mesa durante uma boa refeição com os entes, o povo do Rio Grande do Sul não reclama do preço se é para comprar uma carne nobre para o churrasco ou embutidos premium para um café à tarde. No ano passado, os gastos projetados para a Ceia de Natal foram de R$ 270 por pessoa no Estado, um dos mais altos no Brasil.

Tais características beneficiam indústrias que desenvolvem produtos que fujam do básico. Nos últimos cinco anos, a porto-alegrense SLC Ali-mentos, proprietária da marca de arroz e feijão Namorado, passou a investir no desenvolvimento de itens diferenciados para aumentar seu market share. Um dos lançamentos foi do Feijão Escolhi-do, um feijão Tipo 1 embalado após catação ma-nual de pedras e impurezas. O alimento promete uma qualidade e pureza acima do convencional, ao providenciar manualmente a “cata” – feita por 20 atentas mulheres na linha de produção.

O beneficiamento tem seu preço: eleva o va-lor do feijão entre 20% e 30% sobre a concorrên-cia, o que poderia representar uma perda de com-petitividade da SLC. Mas a curva nas vendas foi ascendente: pouco mais de dois anos após o lan-çamento, o Feijão Escolhido assumiu a liderança em alguns mercados de Rio Grande do Sul e Santa

Catarina, e as vendas aumentaram na casa de 50%.“O cliente gaúcho aceita pagar mais por

um produto que traga facilidade e entregue algo a mais, e, cientes disso, temos agregado valor a todos nossos lançamentos”, afirma Alessander Bellaver, diretor de Marketing da SLC Alimentos.

01 Alessander Bellaver (E) e Filipe Zamprogna: a SLC aposta com sucesso em itens diferenciados

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02 Os consumidores gaúchos aceitam pagar

mais, desde que o produto tenha qualidade

03 José Mário Hanssen, CEO da Piá, destaca

opção do gaúcho por alimentação saudável

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Recentemente, a indústria levou ao varejo uma variedade do arroz tipo escuro e novos sabores de produtos integrais, que gradativamente vêm am-pliando participação nos negócios da SLC.

{Renda em alta} A simpatia com produ-tos mais caros e que prometam qualidade tende a ser ainda maior no Rio Grande do Sul, perante a ascensão das classes C e D. Pesquisa da Federação do Comércio de Bens e Serviços (Fecomércio-RS) aponta que, até 2020, o Estado terá 7,7 milhões de consumidores de classe média, antes os atuais 6,4 milhões. Até lá, a renda familiar do gaúcho deve ser acrescida, em média, em 3,5% ao ano.

O levantamento também aponta para um gradativo envelhecimento da população, abrindo mais oportunidades para os súpers com a venda de alimentos funcionais e com adição de vitami-nas. Nos próximos nove anos, a população gaúcha acima de 70 anos terá o mesmo volume daquela entre 35 e 40 anos. Serviços como tele-entrega e conveniência adicional na área dos supermer-cados, como farmácias e caixas eletrônicos, são apontadas como estratégicas para o autosserviço atrair clientes na terceira idade.

Pensar o mix de produtos para este perfil de consumidor também poderá garantir ao varejo bons ganhos no longo prazo. “O primeiro efeito desta situação é de que o gaúcho consumirá mais remédios e itens ligados à saúde, enquanto reduzi-rá o consumo de alimentos”, afirmou Marcelo Por-tugal, consultor econômico do Fecomércio-RS, na ocasião de divulgação do estudo.

Em potencial de mercado similar ao dos ido-sos, está o grupo de consumo formado pelas mu-

lheres. Durante a Expoagas, em Porto Alegre, Lon-go apontou para um fenômeno curioso no mercado gaúcho: o crescente consumo de produtos como chocolates e energéticos pelas mulheres. Cada vez mais inseridas no mercado de trabalho, e estres-sadas com o ritmo do ambiente corporativo, as mulheres parecem estar buscando força em bebi-das que as revigorem e amenizando as mágoas em densas barras do doce.

A procura por itens que oferecem saúde e bem estar (inclusive na segunda-feira após um “ataque” às barras de chocolates) surge como uma tendência para conquistar as vaidosas consumido-ras no Estado. Especialistas apontam a venda de itens de alto valor nutritivo como uma tendência em todo o País, mas no Rio Grande do Sul sua acei-tação é mais avançada. Este quadro ajuda a expli-car as boas vendas da linha de iogurtes Essence no Rio Grande do Sul.

Lançada em 2007 pela cooperativa gaúcha Piá, a marca Essence já responde por 10% da receita da empresa com fermentados, e deverá dobrar a par-ticipação até o final de 2011. A cada ano, a linha tem ganhado novos sabores e formatos: em 2010, chegaram às gôndolas o Essence Light nas versões morango e ameixa em garrafa, e neste ano serão apresentados pelo menos quatro novos sabores.

“Nossas pesquisas mostram que o gaúcho gosta de comer, de preferência alimentos que primem pela saúde e o auxiliem a buscar uma melhor qualidade de vida, e isto tem pautado nossos lançamentos”, afirma José Mário Hansen, diretor-superintendente da Piá. O mercado gaúcho avalizou o potencial do produto, e hoje as vendas se esticam a Santa Catari-na, Paraná e São Paulo. Na mesma linha, a empresa tem investido em outras bebidas que tem na saúde seu apelo de vendas, como o sabor Original do Piá Vitta, bebida a base de soja.

Mais endinheiradas e independentes, as gaú-chas também podem ser conquistadas com itens de Higiene e Perfumaria nos supermercados. Mui-tos supermercados gaúchos estão colocando a perfumaria em pontos de destaque, procurando a compra por impulso, e vendendo itens casados, de forma a incrementar a rentabilidade.

Outro fenômeno social que tem pautado as compras no Estado é a compra da casa própria por jovens, devido ao crédito abundante e à grande oferta de imóveis na Região Metropolitana da Ca-pital Gaúcha, uma das mais prósperas para o va-rejo. Em Porto Alegre, por exemplo, os supermer-cadistas observam um crescimento no número de pessoas que moram sozinhas. Isso se reflete no aumento em vendas de eletrodomésticos e outros itens para a casa, além de embalagens práticas de alimentos.

Mercado RS

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{O peso da tradição} Cativar o consu-midor gaúcho significa valorizar suas tradições. Muitas das indústrias e das redes de varejo que chegam ao Rio Grande do Sul lançam mão de es-tratégias para demonstrarem sua proximidade com a cultura, os hábitos e as marcas que passaram a fazer parte da rotina da população, de forma a ganhar o respeito e a preferência do cliente. De-monstrar proximidade com os assuntos do Estado reduz as chances de rejeição para novas empresas, mesmo que já sejam gigantes fora do RS, e acele-ram o reconhecimento do cliente.

Ciente desta realidade, quando se instalou no Rio Grande do Sul, em 2005, após comprar as operações do grupo Sonae, o Walmart decidiu por manter as marcas BIG e Nacional. “O Rio Grande do Sul tem uma identidade muito forte, com um consumidor exigente e observador, dando muito valor ao que é daqui”, afirma José Luiz Fink, di-retor Comercial do Walmart Brasil para a Região Sul. Apenas após se estabelecer no Estado com as marcas já identificadas com o público, o Walmart passou a inaugurar unidades com bandeiras Maxxi Atacado e Todo Dia, já consolidadas no País. Hoje a empresa possui 113 lojas em território gaúcho.

Se relacionar com a tradição do Estado tam-bém significa oferecer nas gôndolas o que apenas os gaúchos consomem. Itens diretamente ligados à cultura gauchesca e à imigração alemã e italiana, como erva-mate, cuca, carvão para churrasco e vi-nhos regionais, ganham no Estado uma venda prati-camente exclusiva pela rede, em relação ao restante do País. “Além disso, a empresa possui equipe de compradores regionais, valoriza as marcas daqui, mantendo e ampliando as lojas BIG, Nacional e Ma-xxi Atacado, e estabelece vínculo com as comuni-dades locais através de parceria com o Banco de Alimentos”, observa Flink.

O gosto dos gaúchos pelas marcas com as quais têm proximidade beneficia diretamen-te as pequenas e médias redes e as Centrais de Negócios regionais. Grandes Centrais, como rede Ammpa, Unimax, somadas a mais de uma dezena de outras, contam com a participação de 14% dos supermercados gaúchos (ou 737 unidades), que faturam R$ 2,6 bilhões, mostra levantamento da Agas.

Esta realidade torna os supermercados menores mais competitivos perante grandes redes. Estudo da Agas mostra que as empresas de médio porte (com faturamento entre R$ 12 milhões e R$ 100 milhões) foram as que mais cresceram no ano passado: 9,7%, enquanto a alta dos grandes foi de 7,90%. “As re-des menores, com mais agilidade para se adaptar às mudanças e que buscam uma relação mais próxima com os fornecedores, têm crescido mais do que a

média no Estado”, diz Antônio Cesa Longo.Para as indústrias, a fortificação dos su-

permercados médios e das Centrais de Negócios representa uma oportunidade de negociar condi-ções de pagamento mais amigáveis e marketing em conjunto. “As grandes redes estão investindo com muita força na abertura de hipermercados e lojas no estilo de atacarejo no Rio Grande do Sul, e os médios estão respondendo com as Cen-trais”, percebe Filipe Borges Zamprogna, Geren-te Regional de Vendas da SLC Alimentos. “Este movimento é interessante ao varejo, pois nego-ciar com as Centrais é mais vantajoso do que individualmente, e as entregas tornam-se mais dinâmicas e com melhores preços”.

{Desafios logísticos} Se há muitas opor-tunidades para o autosserviço nos Pampas, também há muitos desafios. Embora esteja voltando a cres-cer após anos de estagnação e baixos investimen-tos, em função do alto gasto da máquina pública com salários de servidores e da perda de arrecada-ção em função de quebras nas safras, o Rio Grande do Sul ainda está longe de poder oferecer os incen-tivos fiscais os quais anseiam os empresários.

Isenções de ICMS sobre produtos apontados como estratégicos para os varejistas, como carnes, leite em pó e leite de soja (este caso possivelmente terá um desfecho positivo até o final do ano) são cobranças frequentes da Agas ao governo gaúcho. No entanto, o governador Tarso Genro já avisou que dificilmente terá como oferecer estímulos aos supermercados ou quaisquer outros setores. Além disso, o Estado tem sido superado pelos vizinhos na guerra fiscal e na tributação para itens trazidos de outros estados, o que encarece os produtos nos súpers e limita a diversificação de ofertas.

Os entraves se esticam à infraestrutura. Nos últimos anos, os investimentos em melho-ria de rodovias foram praticamente nulos no Rio Grande do Sul, o que encarece o preço do frete, já razoavelmente mais caro do que a mé-dia brasileira devido à localização do Estado no mapa. “A dificuldade na entrega aumenta a ne-cessidade dos súpers fazerem estoques de re-serva, o que encarece suas atividades”, aponta Antônio Cesa Longo.

As esperanças por um futuro melhor recaem sobre as obras do Programa de Aceleração do Cres-cimento (PAC), que parece finalmente engrenarem no RS, e na manutenção do controle dos gastos pú-blicos mantido pela atual gestão estadual. Forem resolvidas as questões logísticas e tributárias, in-vestir no Estado terá como principal desafio cativar os gaúchos pelo orgulho e a tradição – nada que um bom planejamento de marketing não resolva.

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AÇÃO

As incertezas sobre os rumos

da economia não abalaram

a confiança de supermercadistas

e expositores presentes na

Expoagas 2011.

O otimismo ditou o rumo dos negócios durante a Expoagas 2011 e foi a pala-vra de ordem nos debates da Convenção Gaúcha de Supermercados, eventos que

ocorreram no final de agosto em Porto Alegre. Dian-te das incertezas sobre os rumos da economia mun-dial e dos efeitos no Brasil da crise que ressurge nos países desenvolvidos, a indústria e os varejistas demonstraram apostar na versão de que o mercado interno brasileiro continuará forte. Resultado: re-cordes de público e negócios durante o evento.

A Expoagas apresentou crescimento de 7,7% nos contratos firmados em relação à edição pas-sada. O total movimentado nos três dias foi de R$ 274,6 milhões, uma média de R$ 822,2 mil por empresa expositora. Houve uma grande empresa que, sozinha, firmou negócios da ordem de R$ 12 milhões. “Formamos um ambiente favorável aos negócios na Expoagas, com a presença de represen-tantes de diferentes tipos de setores, como bazares, açougues e lojas de R$ 1,99”, disse o presidente de Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antô-nio Cesa Longo.

O aumento das vendas na Feira supera as ex-pectativas de crescimento do setor supermercadista gaúcho para este ano, entre 4% a 6%, em relação a 2010. Ao todo, 4,3 mil empresas varejistas visita-ram a Expoagas, número 14% superior ao registrado no ano passado. Como não poderia deixar de ser, as

cifras deixaram os participantes satisfeitos. Pesqui-sa realizada pelo Instituto Segmento mostrou que 92,3% dos expositores alcançaram os objetivos de aumentar os negócios e contatar clientes.

A elevada quantidade de lançamentos aguçou a curiosidade dos visitantes. Praticamente, todos os expositores reservaram novas variedades de pro-dutos para apresentar durante o evento. O Grupo Marfrig, por exemplo, mostrou sua nova Mortadela Italiana Defumada, produzida com carne suína sele-cionada e o tradicional tempero italiano com grãos de pimenta do reino, fechando bons contratos com os supermercadistas gaúchos.

Empresas gaúchas com atuação nacional tam-bém levaram surpresas ao evento. Os visitantes que passaram pelo estande da Fruki, fabricante de refri-gerantes de Lajeado (RS), conheceram o mais novo integrante da linha Frukito: o sabor Uva, disponível nas embalagens de 500 ml e 2 litros. A SLC, fabri-cante das marcas Namorado e Butuí e da linha Pre-mium Namorado Gourmet levou condições especiais e prêmios aos clientes da empresa.

O alto volume de vendas reflete o otimismo do autosserviço com os rumos dos negócios no País até o final do ano. Durante a abertura da Expoagas, autoridades e dirigentes setoriais falaram das opor-tunidades que o varejo brasileiro segue oferecendo, e convidaram os supermercadistas a seguirem in-vestindo em suas lojas.

Crise à vista?Não para o autosserviço

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02 Antônio Cesa Longo, da Agas, satisfeito com

recordes de público e negócios na Expoagas

03 Para Sussumu Honda, da Abras,

mercado interno seguirá aquecido, apesar da

crise lá fora

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AÇÃO

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{Cenários positivos} O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumo Honda, afirmou que o mercado interno brasileiro seguirá aquecido, independentemente do cenário externo. Apesar da crise econômica global e das incertezas sobre os reflexos no varejo brasileiro, fatores como expansão do crédito, crescimento das contratações e ampliação dos programas de distri-buição de renda continuam ocorrendo.

“É preciso levar em conta que no próximo ano o salário mínimo será ampliado em 16%, e isto trará uma grande quantidade de novos recursos ao varejo”, observou. Honda lembrou também que no primeiro semestre do ano o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil foi cima de 4%. Por isso, recomendou que os supermercadistas sigam investindo em relacionamento com a indústria, am-pliação de negócios e qualificação de mão de obra.

Em palestra magna de abertura do evento, o coordenador do Movimento Brasil Eficiente, Paulo Rabello de Castro, reconheceu que, no cenário in-ternacional, deve ocorrer um agravamento da cri-se européia e americana, levando a uma contra-ção do crédito global até meados de 2013. “Mas as perspectivas para o Brasil, se promovermos as mudanças necessárias, são extraordinárias para os próximos anos”, avaliou.

As mudanças às quais se refere Castro são: redução da burocracia, melhor organização na fis-

calização por parte dos governos e redução da carga tributária, que atualmente representa 37% do PIB nacional. “A iniciativa privada já desen-volve o Brasil com sua competência, eficiência e empreendedorismo, mas é fundamental que o governo federal contribua para o que o País dê o seu salto no século XXI”, comentou.

{Dupla ação Joape} Nesse contexto de mercados aquecidos, a Joape Indústria de Equi-pamentos Ambientais, maior fabricante brasileiro de climatizadores evaporativos confecciona equi-pamentos para todos os públicos. Pelas caracte-rísticas de sua linha viveu momentos de dupla atuação como expositora na Expoagas. Segundo o diretor João Henrique Schmidt, “os supermer-cadistas podem optar por produtos para clima-tizar suas lojas, mesmo as que possuem ar con-dicionado, pois usando os dois simultaneamente conseguimos uma redução na ordem de 50% no consumo de energia elétrica dos aparelhos de ar condicionado. Mas também oferecemos modelos para serem revendidos ao consumidor dentro des-tes estabelecimentos”, informou.

Para o público consumidor a empresa dispo-nibiliza a linha Home – Joape Junior, Bob e Limp Ar- este último não é um climatizador evaporativo, mas um lavador de ar que retira a poeira em sus-pensão melhorando a qualidade de vida das pesso-as que tem alguma alergia respiratória. Fundada em 1994 e com sede em Santo Ântônio da Patrulha (RS), já exporta para 25 países, e seu catálogo in-clui também veículos elétricos com a marca Vilco – Veículo Individual Livre de Combustível Orgânico. “Estamos desenvolvendo plataformas elétricas, ve-ículos para deficientes, kit elétricos para cadeiras de rodas e expositores giratórios para vitrines”, completou o empresário.

Schmidt ressalta que não apenas os super-mercados são clientes em potencial, mas qualquer empresa comercial e, por isso, a Joape é assídua freqüentadora de feiras. “Nossa atuação é ampla e já climatizamos aeroportos, estações de metro, su-

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04 Joape tem opções para o cliente do súper,

mas também fornece soluções de climatização

05 Os exigentes visitantes da Expoagas

tiveram boas opçõesem lançamentos

de produtos

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permercados, salões de beleza, fábricas, etc...Temos produtos para todos os segmentos e ambientes, desde uma simples fruteira até um hipermercado”, destacou. Com estratégia, inovação e tecnologia de ponta a empresa amplia sua presença no mercado. Mesmo sem revelar números, Schmidt destaca um crescimento na ordem de 60% ao ano, tendo che-gado a 94% em 2010 - sobre 2009. “Além disto es-tamos abrindo alguns mercados no exterior e nosso foco maior é os Estados Unidos e a Itália, onde já temos nossas patentes deferidas”, revelou.

A Joape não concorda que exista um apego ou preferência das empresas do Sul por marcas próprias da região. Schmidt avalia que existem outros fato-res decisivos como qualidade, preço e assistência. “Está bem claro que o consumidor é cada vez mais exigente. Não importa se o produto é gaúcho ou chinês, o que precisa ter é qualidade, ser eficaz e não ter um preço fora da realidade. Sabemos que milagre não existe quando se trata de preços, pois muitos produtos de fora do país com preços muito baixos tem a qualidade comprometida e o cliente só vai saber depois de comprá-lo. Então, o importante é conhecer bem o funcionamento do equipamento antes da compra, ir em busca de informações sobre determinado produto”, observou o diretor.

{Sacolas em debate} Em outra área, a questão das sacolinhas plásticas nos supermer-cados foi o ponto central em um dos principais debates da Convenção. O Fórum Sobre Sacolas Plásticas reuniu especialistas favoráveis e contra a sua extinção no autosserviço. A Agas, entidade que vem encampando praticamente sozinha uma campanha para reutilização das embalagens de

plástico e conscientização quanto ao seu uso, apresentou pesquisa mostrando que 81% dos gaúchos é contra a retirada das sacolas no varejo sem uma alternativa gratuita de substituição. Por outro lado, a Associação Brasileira de Supermer-cados, ao lado de parte das associações regio-nais, desenvolve uma campanha para erradicar os recipientes, com apoio do governo federal.

“A sacolinha está enraizada nos hábitos do consumidor; é preciso mudar o hábito antes de retirar as sacolas”, disse Nádia Freire, pesquisa-dora do Instituto Segmento, empresa que desen-volveu o estudo. O Rio Grande do Sul ainda não apresenta restrições ao seu uso, ao contrário dos estados de São Paulo e Minas Gerais, que já pos-suem leis para restringir a livre distribuição deste tipo de embalagem.

Igor Oliveira, diretor da Semente Negócios Sustentáveis, lembrou que as sacolas retornáveis de pano, apontadas como solução ao problema, são feitas com algodão e tinta, não exatamente a me-lhor alternativa para biodegradabilidade. Além dis-so, sua fabricação demanda uma quantidade grande de água, e cada lavagem implicaria em mais recur-sos hídricos usados. “É necessário utilizar 200 vezes uma sacola de pano para ela realmente valer a pena em relação à de plástico”, destacou.

Para os defensores das sacolas plásticas é ne-cessário promover uma campanha de uso consciente e reuso junto ao consumidor, ampliar a coleta se-letiva e dar uma destinação ecologicamente correta às embalagens. Argumentam que o fim de seu uso representaria uma dor de cabeça ao consumidor, que precisaria encontrar outras formas – e arcar com no-vos custos – para carregarem suas compras. Calcula-

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06 Rabello de Castro acredita no crescimento do Brasil, apesar dacrise internacional

07 O consumidor saberá encontrar opções para as sacolinhas plástica, diz Samyra Crespo

-se que a restrição implicaria em um gasto de R$ 15 por mês ao cliente, que teria de pagar por outros tipos de recipientes.

A opinião contrária foi defendida por repre-sentantes de Ministério Público e Ministério do Meio Ambiente (MMA) e especialistas em normas ambientais. Após a Lei dos Resíduos Sólidos ser fi-nalmente sancionada, após 20 anos parada no Con-gresso, o MMA iniciou uma aproximação com asso-ciações supermercadistas para banir as sacolinhas das lojas, o que resultou na criação da campanha “Saco é um Saco”, que eliminou as embalagens em algumas cidades. Em parceria com a ABRAS, o MMA busca, até 20l5, a redução de seu uso no Brasil.

A secretária do Ministério, Samyra Crespo, lembrou que uma recente pesquisa promovida em conjunto com o Walmart, mostrou que a grande maioria das pessoas apresenta espontaneamente soluções, caso as sacolas sejam retiradas de circula-ção. “O problema desse tipo de embalagem é o seu desperdício; há muitas pessoas que utilizam uma sacola para descartar cada lixo, chegando a desper-diçar mais de uma dezena delas por dia”, afirmou.

Samyra disse, ainda, que a resistência inicial pode até ocorrer, mas a tendência é que a popula-

ção acabe concordando. “Em 120 dias de campanha em Belo Horizonte, a aceitação à idéia de reduzir as sacolas foi de 95%”. O caso de Jundiaí (SP) ga-nhou destaque na apresentação do vice-presidente da Associação Paulista dos Supermercados (APAS), Márcio Milan. Nos últimos anos, uma forte campa-nha de redução de seu uso foi desenvolvida, que culminou na proibição da entrega das embalagens. Com a nova lei municipal, a circulação anual de sa-colas caiu de 22 milhões para 1 milhão.

(Por Erik Farina/Colaboração Júlio Sortica)

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A cultura do combate ao desperdício:

começa em sua casa e depois vai para o supermercadoOs últimos resultados sobre prevenção de perdas no varejo

brasileiro pesquisados pela ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados) em parceria com o PROVAR (Programa de

Administração do Varejo da FIA-USP) e a Felisoni & Associados, tem mostrado resultados pouco animadores. Na 11ª. edição da pesquisa, o índice médio de perdas em supermercados entre 2005 e 2010 foi de 2,2%. Neste período, o menor índice foi de 2,0% em 2006 e o maior foi de 2,4% em 2008. No ano base da pesquisa - 2010 - este

percentual manteve-se em 2,28%, índice apurado pela divisão do valor das perdas a preço de custo, pelo valor do faturamento líquido nas 164 empresas pesquisadas. Em 2009 este índice era de 2,33%, o que representa uma redução nominal de 0,5pp.

Para 56,1% dos res-pondentes as perdas dimi-nuíram; 26,8% afirmaram que elas aumentaram e para 17,1% elas se manti-veram no mesmo patamar. Falando em Reais, as per-

das alcançam R$ 8,50 por colaborador e subiram para R$ 79,40 quan-do divididas por check-out. Em valores absolutos e para que todos tenham uma clara noção do rombo, o setor faturou em 2010 algo em torno de R$ 201 bilhões. Os 2,28% de desperdício sobre este valor somaram a insignificância de R$ 4,6 bilhões que foram para o lixo sem nenhum pudor. A pergunta que nos ocorre agora é: este dinheiro poderia estar no cofre da minha empresa ao invés de perder-se por algum motivo que foge ao meu controle? Quero crer que todos os nossos leitores em sã consciência responderam, SIM.

Baseado nestes fatos, quero conduzi-los à uma breve reflexão. Se nenhum empreendedor gosta de perder, quais são então as princi-pais causas para que estas perdas continuem ocorrendo e quais são os entraves que não permitem a redução gradativa destes índices?

Voltemos à pesquisa: Metade das perdas totais são identifica-das (50,5%). As causas específicas estão assim distribuídas: - Furto externo: 19,5%; - Furto interno: 15,0%; - Erros administrativos: 14,1%; - Fornecedores: 9,5%; - Quebra operacional: 32,8% e - Outros ajustes: 9,1%. Como mostram os números, os vilões já foram desmascarados. E agora, o que podemos fazer a respeito?

{Desperdício e Perda} Conceitualmente falando, DESPER-DÍCIO é todo recurso que deixamos de aproveitar por algum motivo, diretamente ligado a fatores culturais. PERDA, é o resultado finan-ceiro do desperdício.

Mas, para que esta reflexão seja válida é necessário voltar lá

SUL

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Por Ivan Michaltchuk

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atrás e repensar nossas atitudes no dia a dia de nossa vida pessoal. Quem de nós já não escovou os dentes com a torneira aberta? Acen-deu a lâmpada no quarto, ligou a TV na sala e foi fazer outra coisa, deixando quarto e sala vazios? Quem de nós já não esqueceu na geladeira aquelas sobras do almoço guardadas em potinhos plásticos e jogou no lixo um mês depois porque já estavam cheirando mal? Lembram daquela calça que eu não precisava, mas comprei, fascina-do pela promoção estampada na vitrine e até hoje continua novinha ocupando espaço no meu guarda roupas?

Água, energia, alimentos, vestuário, equipamentos, insumos; são inúmeros os recursos que não aproveitamos da forma correta e a pergunta é: Quanto custa este desperdício? Isto sem falar na questão ambiental, tema de nossa coluna anterior. Trazemos enraizada em nossos padrões culturais, aquilo que chamo de “síndrome de Lady Kate” (aquela personagem da TV): TO PAGANDOOOO...

Por estar pagando, eu posso tudo e ninguém tem nada com isso. Afinal, água nunca vai acabar, energia e alimentos nós temos em abundância e por aí vai. O maior problema na cultura do des-perdício é que não temos a noção exata do DETALHE e acabamos levando estes maus hábitos para dentro do nosso trabalho, certos de que “um pacote de arroz que estourou por falta de cuidado no abastecimento, não vai quebrar o patrão”; ou “amassei a lata de conserva, mas o cliente leva assim mesmo”; ou ainda “eu imprimo todos os e-mails que recebo e depois que os leio, jogo no lixo, pois tem folha de sobra”. Perceberam?

{Prevenção} Para traduzir em números, vamos à um exemplo real. Num dos tantos trabalhos em prevenção de perdas que realizei, monitoramos durante 30 dias o consumo de saco-las plásticas de frente de caixa, tamanho 40x50, impressas. Meu cliente é uma empresa com 12 lojas, consumiu naquele mês 1.800 fardos de sacola, ao custo de R$ 35,00 o milheiro (R$ 0,035 a unidade), emitindo no período pesquisado, 875.000 cupons de venda. A modesta projeção que fizemos foi a seguinte: Se apenas metade destes clientes (437.500) levasse UMA sacolinha a mais que custa R$ 0,035, o prejuízo MENSAL seria de R$ 15.312,50, subindo para R$ 183.750,00 num ano. Expandindo este exem-plo prático para os demais setores da empresa, chegamos a uma trágica, porém real constatação: Vai mais dinheiro para o lixo (2,28%) do que sobra no caixa da empresa (2,0% numa operação bem controlada).

Fico preocupado ao ler que 42,7% das empresas supermerca-distas pesquisadas ainda não possuem uma área estruturada para prevenção de perdas. Os perecíveis são um capítulo à parte. Con-tribuem com menos de 40% no faturamento líquido e respondem por quase 70% das perdas identificadas.

{Mudança cultural} Inverter este cenário desfavorável começa na mudança cultural dos gestores e deve estender-se à todos os colaboradores da organização, independente do cargo, setor ou tempo de serviço. O primeiro passo é entender a situação atual, identificando a origem das perdas, através da implantação do GPP (Grupo de Prevenção de Perdas). Esta equipe multidisci-plinar deverá ser composta no mínimo, com um colaborador de cada área da loja: do depósito à administração. Como o fator humano é a chave para os resultados, envolver cada membro do

grupo, através da comunicação direta, treinamentos, reuniões e outras ações, é fundamental para o início da mudança.

O acompanhamento diário, o registro correto e os encontros regulares do GPP trarão dois benefícios quase imediatos: a dimen-são real do problema em cada setor e um plano de ação para cada possível causa analisada. Conhecendo o desperdício, os gestores aumentarão o controle sobre os processos e terão condições de avaliar quais investimentos devem ser feitos para diminuir os prejuízos. A experiência tem mostrado, todavia, que em muitos casos a solução não requer grandes recursos, mas ações simples e eficazes como o aprimoramento nos controles, a melhora na comunicação, padrões para recebimento de perecíveis, devolução de produtos não conformes e outras medidas.

O mais importante é ter claro que um programa de prevenção de perdas é um investimento com retorno certo, tanto no nível financeiro como no nível cultural. Afinal, isto começa dentro de nossas casas e depois vai para o supermercado, trazendo vantagens a curto, médio e longo prazo. Avaliem com critério e boa sorte.

Até a próxima!

Ivan Michaltchuk é Diretor Técnico da MSIConsultoria Organizacional e consultor da Associação

Catarinense de Supermercados (ACATS), [email protected]. www.msiconsultoria.com.br

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01 Cereal mantém um perfil de cidade pequena, mas tem

gestão moderna

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AÇÃO

Caçador, município situado no Meio-Oeste Catarinense, distante 385 quilômetros da capital Florianópolis é a sede dos Super-mercados Cereal, mesclando tradição e tec-

nologia. O Cereal é um dos destaques do setor na avaliação da Associação Catarinense de Supermerca-dos (ACATS) com 12 premiações. A cidade tem uma bela história de colonização, com predominância de italianos, e esteve no meio da disputa da Guerra do Contestado entre Santa Catarina e o Paraná, de

1912 a 1916. É nesse cenário que se forja uma co-munidade de fibra e determinação que consegue sua emancipação política em 1934. E começa a crescer: hoje tem cerca de 70 mil habitantes.

A história do Supermercado Cereal se confun-de nesse roteiro. Começa lá em 1945, com a Indus-trial Moageira Ltda, berço do futuro ramo varejista. Com atuação no setor alimentício, a empresa hoje faz parte da história e tradição de Caçador e região. No início, a atividade principal era a moagem de trigo e de milho para a produção das farinhas com a marca Cereal. Em maio de 1970, a empresa ini-ciou suas atividades no setor varejista inaugurando uma pequena mercearia em Caçador. Alguns meses se passaram e na mesma cidade abriu um estabe-lecimento varejista que, para a época, possuía um serviço inovador: o auto-atendimento. Nascia então o Supermercado Cereal.

Passados os anos, a empresa cresceu por todo o Estado catarinense, com supermercados e lojas de conveniências, chamadas de lojas ALDI. As lojas atuavam com uma linha baseada em produtos ali-mentícios, limpeza, higiene pessoal, bebidas e uti-lidades domésticas. Geralmente as vendas eram no atacado, atendendo pequenos comerciantes, mas também no varejo. Ana Luisa Pisa Marini, gerente de Marketing, conta que no início da década de 90, a organização mudou o seu foco de atuação: con-centrou suas forças no varejo. Mudou as suas lojas de conveniências para supermercados.

Hoje o grupo concentra suas ações na re-gião e possui três lojas físicas, duas em Caçador e uma em Lebon Régis, mais uma loja virtual e um atacado atuando na cidade-sede, totalizando 141 funcionários. Em uma cidade com coloniza-ção predominantemente italiana, a tradição de fazer as compras recaia sobre as mulheres. Assim, o público-alvo do Cereal sempre foram “as donas de casa”, independente de sua faixa etária, esco-laridade, instrução, classe social. “Porém, com o sistema Online, o perfil tornou-se bastante variá-

Com a força das “donas de casa” e das vendas on-line

Ao completar 66 anos a rede Cereal, de Caçador (SC), consegue unir a tradição das compras presenciais com as facilidadesdas vendas pela internet.

Empresa

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02 Promoções fazem parte da estratégiapara conquistar e fidelizar clientes

03 O supermercado evoluiu em tecnologiae hoje tambémvende pela internet

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vel, abrangendo todos os tipos de consumidores”, ressalta a executiva de marketing.

A diretoria sabe que cada negócio precisa ter uma estratégia diferenciada para garantir o suces-so. Os sócios revelam e que o Cereal é uma empresa que preza o cliente, e, para demonstrar isso, in-clusive, criou um Programa de Fidelidade, o “Troca Pontos Cereal”, onde a cada compra que o cliente faz, independente do valor, acumula pontos para serem trocados por produtos, que o próprio cliente escolhe. Para participar, basta aderir ao programa, recebendo o cartão do mesmo.

{Tecnologia e estrutura} Aos poucos o Cereal deixou de ser apenas um supermercado com foco nas “donas de casa” para investir em tecno-logia e buscar novas formas de atendimento. E de faturamento. Assim, segundo Ana Luísa Marini, em 2011, lançou mais um serviço de inovação na região: o Cereal Online, onde o cliente pode fazer suas compras de uma forma rápida e segura, sem sair de casa, pelo site do supermercado.

A principal inovação foi a loja virtual, porém as lojas físicas e o atacado também foram alvo de recursos e informatizados. A empresa acredita que ações como estas, ao longo dos anos, justificam o recebimento de 12 prêmios da ACATS e o Prêmio Supermercado Moderno Awards 2010 - Prêmio SM Awards 2010.

Outro setor que merece atenção é a susten-tabilidade. Preocupada com o meio ambiente, a Industrial Moageira Ltda adota o sistema de reci-clagem, separa corretamente o lixo, assim como, dá o destino correto para o óleo de cozinha usado nas padarias. Ana Luísa Marini informa que a conscien-tização é tanta que existe na loja da Salgado Filho galões para recolhimento também dos clientes

{Gestão} Os diretores ressaltam que o Cere-al mantém uma permanente avaliação de suas con-quistas, mas também está atento às necessidades de atualização em modelos de gestão e estratégias de mercado. Assim, acreditam, o negócio torna-se mais competitivo e eficiente. Confira algumas ações desenvolvidas pela empresa:

• Recursos Humanos - Mudança na maneira do treinamento com funcionários. O RH da organiza-ção fazia um treinamento coletivo, com os colabo-radores todos juntos, agora mudou, o treinamento é feito por funções, por exemplo: hoje o treinamento é para operadores de caixa, participam só os opera-dores; amanhã o foco do treinamento é o açougue, logo, só açougueiros e assim sucessivamente.

• Promoções - Outra medida importante foi o desenvolvimento do plano de fidelização de clien-tes, o “Troca Pontos Cereal”.

• Publicidade - A propaganda em rádios e na TV local também trouxe resultado. No rádio, são vá-rias inserções diárias, com foco nas promoções.

• Divulgação - A distribuição dos panfletos também teve uma atenção especial, sendo atingida nos centros das cidades onde a empresa possui fi-liais, como também nos bairros e saídas de grandes empresas.

• Estratégia - Parceria com fornecedores. E a maior parceria foi com a indústria de alimentos Pa-rati, com um sorteio de um carro zero km.

• Fiscalização - Funcionários relacionados à area de administração da empresa também visitam as filiais constantemente, e a cada 3 meses, são feitas reuniões para discutir melhorias.

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Por Sérgio Ricardo Simonetti

Resistir às mudanças pode ser inútil, mas não tirar provei-to delas, não é inteligente.

Por vezes, nós atuamos em uma mesma função e empresa há algum tempo e temos dificuldades de ques-

tionar aquilo que já está estabelecido. Se buscamos uma dife-renciação e maior eficiência em nossos investimentos de comu-nicação, devemos mudar as perguntas. Pense comigo:

- Qual a taxa de sucesso médio das malas diretas que disparamos para todos os lados? Dificilmente ultrapassam 3% a 4%;

- E das mídias tradicionais, como Radio e TV? Alguns ar-tigos indicam 20 a 25% de eficiência. Aqui o problema é ainda mais complexo, pois muitos questionam a metodologia de cál-culo das audiências de programas que sempre são “estimativas” e nunca sabemos se é verdade;

- Onde afinal, VOCÊ tem pesquisado antes de comprar al-guma coisa? É bem provável que você também faça parte dos 90% das pessoas, que com acesso a internet, pesquisa ou já pesquisaram alguma vez no GOOGLE;

- E o que as empresas fazem entre o momento que o clien-te tem contato com seu produto, até a efetiva decisão de com-pras? Na maioria das empresas não se faz nada e algumas ten-tam contatos invasivos via telefone, email e cartas. Não preciso dizer que o sucesso é minúsculo.

Portanto, já é hora de buscar algo novo para impactar nos-sos clientes.

Claro que ia acontecer rapidamente. As redes sociais che-garam pra valer ao varejo.

Só alguns números (que se desatualizam a cada minuto) para entendermos esse fenômeno,

- O número de brasileiros com acesso a internet ultrapassa a marca de 75 milhões;

- As redes sócias são responsáveis por mais de 65% de todo o tráfego de dados na internet;

- Só o facebook no Brasil, ultrapassou os 20 milhões de usuários e cresce a uma taxa de 60% ao trimestre;

Desde a revolução do Trade Marketing nos PDV´s, o Marke-ting em Redes Sociais é uma das poucas novidades nas ferra-mentas de comunicação para o varejo.

Há algum tempo temos percebido um movimento natural de queda das paredes dos varejos de tijolo e cimento, para o mundo virtual.

Temos feito muitas ações promocionais, em que o consu-midor ou balconista tem que se cadastrar em um site, ou enviar algo por SMS de seu celular, ou que empregam plataformas na web conectadas a banco de dados. Enfim, a tecnologia está per-mitindo uma série de novas possibilidades antes impensáveis, e com custos possíveis na maioria das vezes.

Mas afinal o que são as mídias sociais?É o conjunto de ferramentas e de atividades online usadas

para, Conectar, Compartilhar e Engajar pessoas e conteúdos e o marketing social ou online, é a atividade especializada que

gerencia essas mídias.Conectar – Encontrar as pessoas que se interessam pelo

nosso produto, marca ou loja e que querem seguir nossas co-municações

Compartilhar – Precisamos depois, oferecer algo a esse público que nos segue, para que eles continuem se inte-ressando por nós e acompanhando nossos conteúdos e mídias;

Engajar – É o ápice do relacionamento, nossos segui-dores das redes sociais, interagem conosco, comentam nossas idéias, oferecem novas sugestões, multiplicam nossas promo-ções para seus amigos e principalmente indicam e dão seu aval a nossas lojas e produtos. Aqui temos uma das coisas mais “belas” dessa ferramenta de marketing, pessoas trabalhando de graça para nós e pelas nossas marcas.

As mídias sociais entram nesse jogo para revitalizar o adormecido “Marketing de Relacionamento”, só que agora com uma velocidade exponencial e com um nível de interação muito intenso.

Seu principal impacto na cultura midiática, é o de ser uma mídia extremamente democráticas. Seu baixo custo, permite que muitos que nunca tiveram oportunidade de fazer a divul-gação de seus produtos ou serviços, agora realizem esse sonho.

Desde um confeiteiro, costureira ou sapateiro, até uma grande rede de supermercado, todos nas redes sociais, conse-guem mostrar sua “cara”, pois é uma mídia extremamente “de-mocrática”.

Para as agências de publicidade, ainda é um dilema. Como já aconteceu quando tiveram de dividir as verbas com as ações de Trade Marketing, agora é a hora de pensar o que fazer para incluir em seus planos de marketing as ações em redes sociais. Claro que ainda há um pouco de resistência, pois não é interes-sante dividirmos a verba com aquilo que não dominamos e que tem um valor muito pequeno, comparado a compra de mídias tradicionais. Porém é inevitável.

Bom, se você varejista também quer sua fatia nesse bolo, é preciso começar a entender um pouco da lógica desse negócio;

1 - Seu consumidor mudou e a forma de comunicação com ele, tem de mudar também.

Nós já estamos cansados, daquele monte de panfletos que carregamos dentro dos carros ou espalhados pelas ruas. Não temos mais paciência para os intermináveis 3 minutos de inter-valo das TV´s ou dezenas de spots de rádio entre nossas músi-cas. Tudo isso é invasão de nosso espaço e, por isso, cada vez interagimos menos com essas mensagens.

O marketing social trabalha com mídias por “adesão”, ou seja, eu vou me relacionar com o assunto ou marca que me in-teressa por algum motivo específico. Em meio a isso, sofremos os impactos da marca, promoção ou produto que participa da ação e nos leva a efetivar a compra. É bem mais inteligente e efetivo, não?

Um cliente nosso buscava uma ajuda para tornar sua marca de alimentos conhecida nacionalmente e claro não tinha ver-

Quer ganhar dinheiro no varejo com as redes sociais?

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ba para seguir o caminho das mídias tradicionais. Desenhamos um plano de ação em redes sociais, baseada sobre um book de receitas, que foi construído de forma colaborativa em um blog integrado ao facebook, pelos participantes.

Com algumas pitadinhas de ações promocionais nessas redes sociais, ultrapassamos a marca de 150.000 impactos em mais de 300 diferentes cidades nos principais estados brasilei-ros. Parece pouco para alguém? Lembre-se de que se trata de pessoas que foram em busca de nosso conteúdo, ou seja, 100% delas tem interesse e, portanto são o “target” exato desses pro-dutos. Só para terem idéia, para obtermos o mesmo sucesso, precisariam de uma mídia em rádio com audiência estimada em 600.000 impactos, para atingirem o mesmo resultado no target.

2 - Seu consumidor está em busca permanente de novida-des e facilidades para sua vida.

Esse é um dos grandes pontos das redes sociais, a pres-tação de serviços a seus seguidores. É assim que consegui-mos captar seguidores para nossas redes sociais e mantê-los em contato com nossas marcas.

Se você ainda não tem seu perfil pessoal em alguma “rede de relacionamento”, é porque ainda não descobriu como ela pode facilitar sua vida. Mas se você já pesquisou no GOOGLE alguma vez, você entrou para o mundo das redes sociais e não sabia.

Se você gosta de vinhos, pesca, gastronomia, yoga, car-ros, futebol, malhação, músicas, filmes, etc., etc., etc., qualquer coisa que você possa imaginar de seu interesse pode ter certeza, ou já tem ou em breve terá alguém em um blog, facebook, foursquare, twitter, you tube ou qualquer outra rede dando orientações ou dicas sobre o assunto.

A base do sucesso de qualquer campanha em redes sociais é o conteúdo relevante para seu público.

Alguns varejos têm iniciado nas redes sociais, fazendo de suas paginas de facebook um “panfleto eletrônico” de ofertas. É importante entender que poucas pessoas vão segui-los só para ver o que tem de desconto na loja, porque temos hoje formas mais eficientes de achar o melhor preço da cidade. Portanto isso não é marketing nas redes sociais.

Recentemente, transformamos toda a página do facebook de uma rede de varejo, que tinha somente promoções da sema-na publicada, em uma revista eletrônica para seus clientes.

“Amarramos” vários temas que interessavam a seus clien-tes, como viagens, saúde, enologia, gastronomia e beleza pes-soal, com dicas e entrevistas, aos produtos que queríamos pro-mover nas lojas. Claro que a multiplicação das mensagens com as promoções, explodiu nas redes sociais e a chance de vende--los aumentou na mesma proporção.

3 - Redes sociais é o marketing de relacionamento com algumas melhorias.

Aquele discurso antigo de que é mais barato manter um cliente do que conquistar um novo, nunca foi tão verdadeiro como agora, com a ajuda das redes sociais.

Imagine você poder, não só captar cadastros de pessoas para se comunicar posteriormente, mas que esse cadastro seja “vivo”? Isso já é possível. As pessoas do seu “cadastro” nas re-des sociais fazem perguntas, dão sugestões de novos produtos,

dizem o que você pode fazer para elas comprarem mais de você e principalmente indiquem sua loja, serviço ou produto para os amigos.

Fantástico não? E o que temos que fazer? Somente rela-cionarmos com elas.

4 - Marketing em redes sociais vendeJá ouvi de clientes mais experientes, a frase “O que fun-

ciona para eu vender é a propaganda boca a boca”. E tem aque-les que pensam “Eu queria ter uma forma de vender no porta a porta”. Pois bem, aqui estamos então com o “boca a boca” e o “porta a porta” mais rápido e eficiente que existe no mundo, as redes sociais.

É simples de entender, funciona como uma multiplicação em pirâmide.

Se a página no Facebook da sua empresa tiver a média de seguidores atuais no Brasil, 200 fãs, e cada um desses fãs tiverem outros 200 amigos, só aqui poderíamos atingir 40.000 pessoas, a cada nova mídia que colocamos em nossa página. Mas ainda, cada um desses 40.000, pode ter outros 200 amigos, que terão outros 200 e assim por diante.

Como exemplo, assuma que só 50% de seus fãs multipli-quem uma mensagem sua, já impactaríamos 20.000 pessoas, e se 10% desses, multiplicassem adiante suas mensagens, chega-ríamos a 400.000 impactos. É estimulando essa multiplicação, que incrementamos nossas vendas.

Temos desenvolvido ações em redes sociais para o varejo, não só para construção ou fortalecimento da imagem das lojas, mas também focadas na geração de tráfego para dentro das lojas e no incremento de ticket médio das compras.

Com a ajuda de aplicativos do facebook, twitter e fours-quare, conseguimos provocar um movimento de compra em massa em lojas de uma rede de fast food e o que é melhor sem ter que se submeter aos descontos e taxas dos sites de compras coletivas.

Com ticket médio, bastou oferecer em algumas lojas de supermercados um adesivo com códigos de barras (QR Code) para quem comprasse 2 garrafas de um determinado vinho, e ao acionar esse código de barras, o cliente é direcionado para um curso exclusivo de degustação e ainda concorre a uma viagem para uma vinícola.

São muitas as possibilidades de fazer dinheiro no varejo com as redes sociais.

5 - Esqueça o tabu de que redes sociais é para jovens Esse é um dos grandes tabus dessa ferramenta. Em cam-

panha recente para uma rede de farmácias, a Diretoria dessa empresa era extremamente resistente a qualquer iniciativa na web, pois entendiam que só fica na internet quem tem muito tempo livre ou pessoas muito jovens e esse público não é o maior foco do negócio.

A resposta a essas barreiras é, depende de qual o conteúdo que vamos oferecer a seus clientes.

Em campanha pontual, focamos temas como pescarias, viagens, culinária, cuidados com a saúde e ai, “bingo”, lá esta-vam mais de 1500 pessoas acompanhando as páginas e multi-plicando para seus amigos a marca e promoções da rede.

E a qualidade do público? Do total de pessoas na pagina

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mais de 70% eram pessoas acima de 25 anos, sendo metade delas acima de 45 anos.

6 - qui você controla cada centavo de retorno sobre seu investimento

É a realização dos sonhos de qualquer empresário. Poder visualizar quantas pessoas exatamente você atingiu com seu investimento de mídia, poder identificar quem foi impactado por sua mídia, poder identificar com rapidez e redirecionar rapidamente sua mídia, sem custos adicionais, não tem preço...

Só as mídias em redes sociais permitem isso. Imagine que depois que você colocou um filme na TV, você descobre que faltou um item a anunciar? Só lhe resta pagar pelo ajuste da película, ou se você põe um filme no ar e percebe que não esta trazendo o melhor retorno, também fica difícil fazer outro de ultima hora.

Na web não é assim. Colocou no ar, não deu retorno esperado, muda o texto ou imagem na hora e vamos tentar novamente.

As redes sociais dispõem de um grande número de fer-ramentas de controle de “performance” e o melhor são in-dicadores “reais”, ou seja, computam quem “clicou” em seu anúncio, quem respondeu a sua promoção, quem multiplicou sua mídia, etc.. Bem diferente, das estimativas de audiência oferecidas pelo IBOPE, que apesar de ser o melhor que é possível fazer nessa mídia, tem muita estatística para chegar aos números

Entendido isso é hora de por a “mão na massa”.Escolher uma agência de Marketing em redes sociais,

que além das competências óbvias da parte técnica na web, tenha histórico ou vivência com os trabalhos de “chão de loja”. Caso contrário você corre o risco de ter muitas exce-lentes idéias, que podem se tornar um caso de sucesso na web, mas que não atinjam os objetivos específicos de sua campanha.

Se você tem essas competências em sua agência, um bom planejamento de campanha pode ser exigido, com de-talhamento dos impactos que a campanha vai provocar nos consumidores, nos shoppers e na própria loja.

Após o planejamento, depois de definido o público alvo e o conteúdo base a trabalhar, precisamos definir quais fer-ramentas vamos utilizar.

Só para terem uma idéia hoje temos mais de uma cen-tena de diferentes redes sociais, com diferentes propósitos e que podem ser agrupadas como abaixo, com alguns de seus representantes;

Redes de:- Relacionamento social – Facebook, Orkut, LinkedIn

e Plaxo;- Mini ou micro blogs - Twitter e Thumblr;- Publicação – Blogger e Wordpress;- Conversação – Skype e Msn;- Vídeos – Youtube, Metacafe e Vimeo- Áudio – Podcast e Itunes;- Fotos – Picasa e Flickr;- Busca – Google, Bing e Ask;

Além de outros grupos mais específicos menos em-pregados no meio promocional.

Selecionamos daí, aquelas que mais aderem ao pla-nejamento e que melhor atinjam o público alvo.

Não adianta abraçar o mundo e tentar estar bem em todas as redes, mas também não adianta se limitar so-mente as redes mais óbvias, pois pode estar perdendo a chance de impressionar seu cliente.

Sua agência então deve garantir que os 4 pilares do sucesso nas redes sociais, sejam entregues:

I. Conteúdo relevanteComo dissemos antes, se desenharmos um plano de

conteúdo que realmente interessa ao público que quer atingir. Conteúdos diferenciados ou exclusivos, eles virão com certeza, naturalmente a sua procura para aderir a suas páginas. Daí em diante, você pode impactá-los com suas marcas e promoções;

II. Atualização constanteSó vamos conseguir “prender” a atenção de nossos

clientes, se mantivermos nossas páginas absolutamente atualizadas, diariamente se possível.

III. Credibilidade em instanteCredibilidade vale para qualquer situação e não só no

mundo virtual. Mas na web, se você perde a credibilidade o mundo pode ficar sabendo em poucos minutos. Jamais en-ganar o cliente, inventar notícias, não cumprir promessas. São alguns “pecados capitais” nas redes sociais.

IV. Relacionamento incessante É a base do marketing em redes sociais, relaciona-

mento. Isso significa estimular as trocas de interesses, idéias, visões e benefícios. Muitas promoções e concur-sos, para causar uma grande agitação em suas paginas é o caminho.

Você já pode agora fazer quase tudo na web para levar clientes para suas lojas ou impactar consumidores com suas marcas, mas algumas regras de boas práticas devem ser observadas:

• Não ignore as redes sociais por não estar oficial-mente participando delas. No monitoramento de marcas identificamos constantemente marcas sendo criticadas ou elogiadas nas redes, sendo que seu proprietário se quer façam idéia do que ocorre, pois não estão em nenhuma rede sociais.

• Em caso de erros, trate o assunto claramente;• Teste sempre novas idéias. A web é um ambiente

flexível e permite isso;• Tenha muita cautela com qualquer conteúdo que

ira publicar. Existem questões legais e morais que devem ser observadas sempre e depois que você publicou, já era.

Mais informações sobre redes sociais acompanhe www.facebook.com/animainteligencia

Sérgio Simonetti é professor econsultor da FGV e sócio-diretor da Ânima

Inteligência de Mercado e da Praxis Mobile e Social Marketing. Email: [email protected]

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As festas de final do ano e o verão estão se aproximando e o segmento de bebidas deverá ser um dos principais responsáveis pelo avanço do volume de vendas dos su-

permercados nos próximos meses. Segundo a co-ordenadora de atendimento da Nielsen, Samanta Puglia, o setor é mais representativo para o fatura-mento dos autosserviços da Região Sul do que para os varejos de outras localidades. Ela destaca ainda que essa importância está aumentando e que a re-gião também possui uma variação do crescimento superior ao registrado no país.

Conforme dados da Nielsen, em 2010 foram vendidos mais de 28 bilhões de litros de bebidas no setor alimentar brasileiro, um crescimento de 8,7% comparado com o ano anterior. O autosserviço, que representa 50% do setor alimentar no país, apre-sentou um volume de vendas superior a 14 bilhões de litros e um aumento de 10,1% no volume vendi-do em comparação com 2009.

Entre as tendências para este ano, a coordena-dora destaca que as variações positivas mais expres-sivas continuam sendo refrigerantes e cervejas. Ela informa ainda que deve ocorrer o crescimento de su-

Faturamento no líquidoCom vários lançamentos e período de festas, o setor de bebidas deve impulsionar as vendas dos supermercados no final de ano e no verão 2012.

Categoria Por Gilmar Bitencourt

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cos prontos, bebidas à base de soja e refresco em pó, “seguindo a tendência de procura pelo consumidor de produtos mais saudáveis e práticos para o seu dia-a--dia corrido”, justifica.

Samanta Puglia comenta que o Sul tem uma ca-racterística especial em relação as outras regiões do país. Ela ressalta que nos supermercados dos três es-tados sulinos, 48,5% do volume de vendas de bebidas é de refrigerantes e 21,4% de cervejas. Já no Brasil, o percentual de refrigerantes é um pouco menor, 44% e o de cervejas é semelhante: 21,5%.

Ainda de acordo com os números apurados pela Nielsen em 2010, o setor de bebidas alcoólicas re-presentou 12,4% do faturamento dos autosserviços da região Sul e as não-alcoólicas foram responsáveis por 13,3% do total. No período do verão 2010/2011 (último bimestre de 2010 e primeiro de 2011), esse percentual subiu para 14% e 14,3%, respectivamente.

Diante da importância deste setor para os su-permercados e com o objetivo de trazer informações para auxiliar os empresários do ramo nas suas estra-tégias de vendas para a próxima temporada de pico, a revista Super Sul entrevistou alguns dos principais produtores e fornecedores de bebidas para a região. As empresas fizeram uma avaliação do segmentos de bebidas, falaram sobre tendências e apresentaram os seus lançamentos para este ano.

{Diversificação e festas} O diretor de Ma-rketing da Vonpar S/A, Luiz Fernando Mattos, confirma o bom desempenho do segmento de bebidas na região Sul. A empresa é franqueada da Coca-Cola e distribui-dora da cerveja Heineken Brasil no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. De acordo com Mattos, a compa-nhia é líder absoluta no mercado de refrigerantes em ambos os estados, com participação de 62,1% em SC e de 60,3% no RS, conforme os dados consolidados este ano pela empresa de consultoria Nielsen. “Esses resul-tados são reflexos da diversificação que a Vonpar Be-bidas possui no portfólio, sempre apresentando novas opções de embalagens, preços e sabores. Além disso, o mercado de sucos, chás e isotônicos cresce a cada dia com inovações constantes”, acrescenta o diretor.

Para esta temporada a empresa espera um crescimento de 15% do mercado de bebidas em relação ao verão do ano passado. Para atender a demanda, a Vonpar põe em prática o que chama internamente de “Plano Verão”, com o objetivo de antecipar a estocagem de produtos para esta época. Desta forma valida a capacidade de entrega, abas-tecimento e produção. “A empresa ainda aumenta em 40% a produção de PET e, só na unidade fabril de Antônio Carlos/SC, por exemplo, a capacidade de armazenagem foi ampliada em 70%”, informa.

Entre as tendências, Mattos destaca que duran-te as festas de final de ano, refrigerantes e cerveja

são tradicionais nas celebrações entre família e ami-gos. Já com a chegada do verão, o consumo geral aumenta, com destaque para os sucos, isotônicos e chás gelados. O diretor informa que no litoral gaú-cho, entre outubro e fevereiro, a procura por refri-gerantes triplica, “quando comparamos à demanda mensal média do restante do ano. No caso de cerve-jas, a demanda quadriplica”.

O final de ano e o verão, na avaliação do execu-tivo, sempre são ocasiões especiais para a Coca-Cola. “Campanhas e embalagens temáticas são lançadas para surpreender o consumidor”, destaca. Neste sen-tido, ele comenta que a ativação dos pontos de venda, principalmente em supermercados, são parte impor-tante da estratégia. Isso porque, na época de festa, o consumo é principalmente familiar. Nesta linha, a em-presa está lançando o encerramento das comemora-ções aos 125 anos da Coca-Cola, festejados neste ano. A ação tem embalagens com estilo vintage em edição limitada, rótulos especiais com detalhes em dourado e imagens históricas que marcaram a propaganda da Coca-Cola nesses125 anos. A novidade está em emba-lagens familiares (1,5 litro, 2 litros , 2,25 litros e 2,50 litros) e de Coca-Cola Zero de 2 litros. A campanha vai até dia 13 de novembro.

Para o verão, o foco é direcionado mais para as linhas de hidratação, sucos, chás e isotônicos, tanto no litoral gaúcho como em Santa Catarina. “Com certe-za, os pontos de venda também receberão material de comunicação visual específico”, acrescenta Mattos. Ele salienta ainda que, para o período, a Vonpar vai inten-sificar o lançamento da água Crystal em Santa Catarina, que começou a ser comercializada em julho deste ano. O produto está disponível nas embalagens 1,5 litro e 500 ml, com rótulo verde (com gás) e azul (sem gás).

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01 Ações no ponto-de-venda são fundamentais e a Coca-Cola tem planos para ocasiões especiais

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{Em ritmo de festa} Também no ramo de refrigerantes, a Fruki prevê um crescimento de 10% no volume de vendas e de 17% no faturamento neste ano, em relação a 2010. Conforme o diretor presidente Nelson Eggers, esta projeção supera o crescimento do mercado em geral, que segundo ele deve ser de apenas 2%. Este ano, a empresa comemora 40 anos da marca Fruki e uma década da marca Água da Pedra. O bom momento também se reflete no reconhecimento, com a conquista do Troféu Ouro do Prêmio Qualidade RS, promovido pelo Programa Gaúcho da Qualidade e Pro-dutividade (PGQP).

Para atender a demanda do mercado gaúcho, a Fruki conta com quatro centros de distribuição: Laje-ado, Cachoeirinha, Pelotas e Santo Ângelo. Com ca-pacidade produtiva de 300 milhões de litros/ano, a indústria se destaca no cenário estadual nas linhas de refrigerantes, água mineral e suplementos energé-ticos. Durante a Expoagas 2011 a empresa lançou o mais num integrante da linha Frukito. O novo suple-mento energético sabor Uva está disponível nas em-balagens de 500 ml e 2 litros.

{Análise positiva} A joint-venture formada pela Coca-Cola e seus fabricantes regionais, respon-sável pela gestão de toda a cadeia produtiva da linha nacional de bebidas sem gás, chás e energéticos do portifólio da marca no país, a SABB Coca-Cola, tam-bém faz uma análise positiva do mercado. Segundo o presidente Axel Meeûs, “os segmentos em que os pro-dutos da SABB estão inseridos (néctares, sucos, be-bidas mistas, energéticos, isotônicos, achocolatados, chás para infusão, solúveis e prontos para beber) são muito promissores e crescem a cada ano”. O executivo também destaca a importância da região Sul para os

negócios da empresa. Diz que é um mercado diferen-ciado e um dos principais consumidores de produtos da categoria de chás no Brasil.

De acordo com o presidente, dentre outros fato-res, o crescimento do setor se deve também ao desen-volvimento do Brasil e à adoção de um estilo de vida mais saudável. Ele lembra que, se no passado as pes-soas preparavam suco em casa, hoje, por estarem cada vez mais ocupadas, necessitam de produtos práticos e que tornem suas vidas mais fáceis, sem abrir mão da qualidade e dos benefícios de uma bebida natural. O executivo confirma o aumento nas vendas em todas as categorias de produtos, mas destaca que o segmento de néctares e sucos cresce exponencialmente, logo a seguir a linha de isotônicos.

Ao analisar tendências, Meeûs salienta que no nicho de chás secos, a exemplo da Leão, os produtos contam com um futuro promissor, “pois embora a cultura de tomar chás ainda seja pequena no país, esse hábito também vem mudando”. O executivo diz que as pessoas perceberam que chá não signi-fica apenas aquela bebida quente que nossos avós faziam, mas é uma bebida natural, benéfica para o organismo e que pode ser consumida misturada com outros tipos de chás, quentes ou gelados, e até com frutas e outras bebidas, como ocorre em vários res-taurantes em São Paulo”, explica.

A empresa sempre procura inovar e realizar ações para ampliar o consumo de seus produtos. Po-rém, o executuvo destaca que a principal estratégia é a qualidade máxima. Meeûs diz que esse fator é mui-to importante para o consumidor na hora de servir um produto para o consumo de sua família e amigos. Além disso, a SABB está reposicionando produtos com ações de merchandising, melhorando a exposi-ção e o acesso do consumidor a cada um deles. Para o final do ano a empresa aposta no Limão&Nada, “uma bebida muito saborosa e livre de conservantes, que deverá estar massivamente no mercado em no-vembro e dezembro”, anuncia.

{Momento econômico} O diretor-presiden-te da General Brands, Isael Pinto, avalia o setor na autualidade e observa que as categorias de refrescos em pó e sucos prontos para beber (SPB) se benefi-ciaram muito com o aumento do poder aquisitivo da população nos últimos 10 anos. “Principalmente o Néctar”, destaca. Para ele, esta nova realidade au-mentou o consumo deste tipo de suco nos fins de semana, substituindo o refrigerante. Quanto ao suco, o crescimento foi constatado em todos os dias.

O executivo destaca que para a General Brands o verão já começou em setembro e vai até março no ponto de venda. “O impacto da demanda no período representa 60% de tudo que produzimos durante os 12 meses”, informa. E as ações de marketing são di-

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02 Eggers (no detalhe), destaca o crescimento das vendas da Fruki e

novos produtos

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pondera que, se a Itaipava entra no mercado mais forte que é São Paulo com cautela, “precisa atender bem os novos mercados onde se instala porque se-não vai se queimar”.

O executivo enfatiza que a marca está se pre-parando para esse crescimento, mas com sensatez. “As nossas fábricas têm capacidade de atender nos-sos pedidos, mesmo quando a demanda cresce muito, como agora, com um aumento entre 20 a 25% sobre o período normal”, compara. Ele argumenta que no Sul ainda não é possível fazer um planejamento sobre expansão e investimentos estratégicos. “Agora é que vamos sentir como o consumidor gaúcho vai aceitar nosso produto. Por enquanto nos recebeu muito bem. A Itaipava chega ao Sul com grande expectativa de entrar forte no mercado. Até agora os resultados estão acima do esperado”, comenta.

Marcos explica que para fazer sucesso é preciso ter o produto no ponto de venda. “Não adianta fabri-car, divulgar e o consumidor não encontrar o produto na gôndola. Atualmente estamos em 90% dos super-mercados das grandes redes”, informa. No Paraná a distribuição está mais concentrada na região de Lon-drina e o produto também começa explorar o território de Santa Catarina. A Itaipava investe forte em patrocí-nio de esportes, como competições do MMA, corridas de automóveis e outros eventos.

{Poder aquisitivo} O segmento de vinhos acompanha o bom desempenho do mercado de bebi-das no Brasil. Segundo o diretor comercial da vinícola Miolo, Alexandre Miolo, o aumento do poder aquisiti-vo do brasileiro fez com que o setor recebesse novos consumidores. A comercialização de vinhos finos e de mesa elaborados no Rio Grande do Sul – responsável

recionadas aos pontos de venda, com ênfase nas pro-moções para lojistas e consumidores. Pinto ressalta que a grande tendência do mercado é o aumento da qualidade dos produtos, que chegam ao consumidor enriquecidos com polpas de fruta e vitaminas.

Para o verão a empresa apresenta duas novida-des, o Camp Zero sabor Coco Verde e Camp Soja, “nos-sa primeira incursão no segmento de soja”, salienta o diretor. Ele informa que o produto foi desenvolvido para pessoas que buscam uma vida saudável e que traz a combinação dos benefícios da soja com suco de fru-tas. “Além de ser fonte de vitamina C, é saboroso, sem conservantes, não contém lactose nem colesterol e é pouco calórico”, acrescenta. O Camp Soja é oferecido em oito sabores (uva, laranja, maçã, pêssego, moran-go, abacaxi,maracujá e banana com maçã), acondicio-nados em embalagens Tetra Pak1 litro. Já o Camp Zero sabor Coco Verde é para quem se preocupa em manter a boa forma. O suco em pó é vendido em embalagens de 10 gramas, rendendo 1 litro de refresco.

{Aposta no Sul} As perspectivas para o seg-mento de cervejas durante o efervescente período de final de ano e verão são positivas, afirma o gerente de Autosserviços da Itaipava, Marcos Pereira de Souza, responsável pela região Sul. A Itaipava é um dos pro-dutos do Grupo Petrópolis, terceiro maior do setor cer-vejeiro no país e detentor das marcas Crystal, Lokal, Black Princess, Petra, Weltenburger, do energético TNT Energy Drink, da vodka Premium Blue Spirit e do Blue Spirit Ice. A empresa aproveita o boom da temporada e lança a Itaipava Pilsen em nova embalagem de 300 ml, inicialmente no Rio de Janeiro.

A Itaipava, que oferece ao mercado sete linhas de cerveja (pilsen, fest, chopp, malzebier, premium, chopp black e zero álcool), tem quatro fábricas, duas em São Paulo e duas no Rio de Janeiro. Souza deixa escapar que o Grupo tem planos de instalar mais duas fábricas em breve, uma no Rio Grande do Sul e outra em Minas Gerais e para 2012 em Salvador. “Mas por enquanto são apenas estudos”, afirma.

A Região Sul, e o Rio Grande do Sul em espe-cial, são caminhos novos na trajetória da Itaipava. “Estamos apenas há três meses no mercado gaúcho e hoje já vendemos cinco vezes mais do que quando iniciamos. E neste mês, três vezes mais do que já tinha sido vendido antes”, revela o executivo com entusiasmo. Ele ressalta que a empresa não quer ser afoita, mas trabalhar com os “pés-no chão”. Marcos

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03 A General Brands aposta nos lançamentos, como o Camp Soja, na linha saudável

04 Em caves como esta “adormecem”, os vinhos da Miolo que logo estarão nas gôndolas

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por cerca de 90% da produção nacional – alcançou um crescimento de 7,8% no primeiro semestre no Brasil.

Conforme levantamento do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) foram vendidos 112,5 milhões de litros de vinhos finos e de mesa de janeiro a junho deste ano, ante 104,3 milhões de litros colocados nos primeiros seis meses de 2010. É o maior volume de venda de vinhos finos e de mesa do primeiro se-mestre dos últimos quatro anos. “No mesmo período, a Miolo cresceu 12% com relação ao ano passado”, informa o executivo. A região Sul é um dos principais responsáveis pelo patamar atingido pela Miolo. “É a sede de nossa produção e os estados com clima mais frio no inverno, o que historicamente se traduz num consumo per capita mais alto em relação à média nacional”, comenta.. Cerca de 33% da venda total da Miolo é realizada nos três estados do Sul.

Com relação as expectativas para as festas de fim de ano e para o verão, o diretor destaca que o segundo semestre é caracterizado por ter uma forte venda de espumantes, que vem crescendo a cada ano. A Miolo vendeu no ano passado 2 milhões de litros de espumantes, 20% a mais em relação 2009. Deste volume, 50% foi negociado de outubro a dezembro. “Para 2011, a perspectiva permanece boa. As vendas de espumantes devem atingir 30% a mais”, observa. Segundo Alexandre Miolo a ten-dência de bebidas para este período são os vinhos brancos e espumantes.

Segundo o diretor, a Miolo possui uma com-pleta e reconhecida linha de espumantes elaborados no Vale dos Vinhedos (linha Cuvée Tradicion/método champenoise) e no Vale do São Francisco (linha Ter-ranova/na Vinícola Ouro Verde). Diante disso, a gran-de aposta desse ano é o lançamento dos espumantes elaborados na Vinícola Almadén, adquirida em 2009 pela MWG. O Almadén Brut e o Almadén Meio Doce feitos com as uvas chenin blanc, semillon e chardon-nay na sede da empresa em Santana do Livramento (RS) pelo método charmat em autoclaves de inox, o mesmo usado nos espumantes Terranova. As uvas foram colhidas pelo sistema mecânico, uma inovação no Brasil em uma safra vitícola.

Alexandre Miolo observa que os espumantes são jovens e leves de frescor marcante, resultados do equilíbrio entre a acidez da chenin blanc, a es-trutura e complexidade da chardonnay e os aromas cítricos e frutados da semillon. “O espumante foi pensado para consumidores que buscam um produto de qualidade com preço acessível, o que felizmen-te conseguimos atender em função da filosofia da Almadén. O valor no mercado na região Sul deve oscilar na faixa dos R$ 12”, informa.

{Tendências variadas} Para a vinícola Cereser existem várias tendências no mercado. O di-

retor comercial José Fontelles avalia que no momen-to ocorre um crescimento de produtos com menor graduação alcoólica ou que tenham um apelo maior para misturas. Enfatiza que estão sendo realizados vários lançamentos com novas propostas, porém o grande volume de mercado ainda está concentrado em empresas e marcas mais tradicionais. Explica, ainda, que um novo tipo de consumidor está se for-mando e o desafio das empresas é entender quais são suas novas demandas. “O varejo também preci-sa ficar atendo as mudança, várias oportunidades tem surgido e devem ser exploradas”, alerta.

Fontelles comenta que a Sidra continuará sen-do a bebida das comemorações dos brasileiros no futuro. Pois, mesmo diante da popularização dos espumantes, a categoria tem crescido acima das expectativas. Ele informa que só no ano passado as vendas de sidra no país foram 30% superiores em relação ao mesmo período de 2009, conforme os dados da Nielsen. Foram consumidos ao longo de 2010 mais de 10 milhões de litros de sidra no Brasil. A expectativa de crescimento para este ano é de no mínimo 5%. “Também verificamos que os consumidores têm buscado versões diferenciadas dessas bebidas comemorativas, como a sidra sabo-rizada. Só a nossa marca, Sabores Cereser, registrou um crescimento de 22% no volume de vendas em 2010”, acrescenta.

Entre as tendências para o final do ano, o exe-cutivo destaca que o vinho é um dos destaques para o Natal. Ele diz ainda que as categorias de desti-lados apresentam um volume maior de vendas, no último bimestre, devido às festas. “E nos últimos anos, verificamos uma forte tendência em consumo de bebidas prontas como a vodka Ice, principalmen-te em confraternizações que acontecem em pleno verão”, observa. A estratégia para ampliar as ven-das no período consiste em ampliar o investimento no trade, aumentando a quantidade de materiais no PDV, e também a equipe de promotores, para desen-volver trabalhos de exposição e reposição de pro-dutos nas principais cidades do país. Para o final de ano está desenvolvendo uma campanha baseada em mídia online, para buscar novos consumidores.

Para festejar aos 85 anos, a vinícola lança a edição comemorativa da Sidra Cereser. O produto terá uma série limitada de cerca de 20 mil garrafas. Outra aposta é a Cereser Sabor Frutas Vermelhas, in-clusive uma versão sem álcool. “Em 2010 obtivemos excelentes resultados com os lançamentos dentro desta linha e avaliamos que este tipo de produto re-presenta uma grande oportunidade para o varejo”, destaca o diretor. Para os apaixonados pelo futebol, a empresa apresenta a Sidra Cereser Times, com rótu-los decorados com as cores e símbolo do Palmeiras, Atlético Mineiro e Cruzeiro, em uma ação que reforça

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05 Novo tipo de consumidor e

novas demandasno foco da Cereser,

especialista em sidras

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cimento desta linha é de 20%, chegando a 205 mil caixas. Quanto à participação do mercado em 2011, a Salton trabalha para manter a posição atual de 43% do share de espumantes já conquistada em 2010. “A confirmação se dará somente no fechamento do ano”, revela Salton.

Para atingir as metas estipuladas e ampliar a sua participação no mercado, a Salton desenvolve projeto con foco no setor supermercadista. O exe-cutivo destaca que foram realizados investimentos para lançar uma linha de vinhos finos especialmente para as redes de supermercado. Será uma categoria acima da linha Salton Classic, no segmento de vinhos reserva, e a expectativa é de que chegue ao merca-do ainda em 2011. Para o próximo ano, a empresa continua estudando opções para renovar rótulos dos seus produtos e há projetos para modificar a emba-lagem do suco de uva, do espumante Salton Reserva Ouro e dos vinhos da linha Salton Volpi. “A linha Salton Classic, referência de vinho de qualidade no mercado nacional pela sua excelente relação custo x benefício, receberá um incremento na produção e investimentos na área de marketing”, informa.

{Novidades} Sobre lançamentos, Daniel Salton salienta que o objetivo é apresentar cons-tantemente novidades para os consumidores, bus-cando novos varietais que agradem ao paladar do brasileiro. Neste ano, a empresa realiza diversas ações de reposicionamento e produtos inéditos, como o Salton Gamay 2011, ofertado com o obje-tivo de introduzir no mercado nacional um vinho de alta qualidade desta variedade, muito conhecida no Exterior. Ênfase para a renovação dos rótulos da Linha Classic, que representa 8% do faturamento global da vinícola. “Criamos ainda um novo rótulo do Vinho Canônico, que é consumido na missa e produzido há mais de 70 anos pela Salton”, comen-ta. A companhia também finaliza um grande pro-jeto de espumantes e vinhos tintos homenageando pessoas que fizeram parte dos primeiros 100 anos de história, com lançamento em 2012 na ExpoVinis.

Outro segmento que cresce no final de ano é o dos destilados. Nesse sentido, vários grupos tem desenvolvido estratégias para aumentar sua fatia no mercado, como a Pernod Ricard Brasil, fabricante do wisky Natu Nobilis. O conhecido “Natinho”, lançado em 1969, tem 30% de share no mercado brasileiro na categoria nacional, apresenta-se ao mercado de cara nova. Ou melhor, de garrafa repaginada, mais alongada e refinada, uma roupagem mais contem-porânea e o rótulo mais clean. “O Natu Nobilis é um whisky que está no coração do brasileiro e tem entre suas características mais marcantes a tradição. Pro-curamos aliar isso à modernidade”, conta a gerente de grupo de bebidas standard Karen Ehrlich.

o posicionamento da marca. Ainda entre os lança-mentos para o verão, a vinícola oferece o Dom Bosco Frisante, produzido a partir dos vinhos da marca.

{Qualidade e competitividade} O di-retor-presidente da Vinícola Salton, Daniel Salton, aponta que a competitividade no segmento de pro-dutos e marcas de bebidas está cada vez mais acir-rada no Brasil. Por isso, é preciso investir em qua-lidade e em segmentos diferenciados para garantir um lugar de destaque na mesa dos consumidores. O executivo observa que, devido ao aumento da renda da população, o consumo de vinhos e espumantes tem aumentado. “A tendência é que essa alta conti-nue ao longo deste ano”.

A Salton é uma das maiores produtoras de es-pumantes do País. O diretor revela que a vinícola lidera a comercialização do produto há seis anos consecutivos, com 43% do mercado nacional. Ele comenta, ainda, que os preços, em termos de mer-cado brasileiro, são dinâmicos: por isso existem diversas faixas de valor disputadas por produtos nacionais e importados. Neste sentido a estratégia adotada para se destacar no mercado consiste em trabalhar com uma relação custo x benefício atra-ente. Mas o empresário desabafa que a principal dificuldade enfrentada é a carga tributária que be-neficia os importados. “Podemos dizer que, mesmo assim, temos excelentes opções de vinhos de alta qualidade na faixa de R$ 15 e R$ 25 e que atendem aos mais variados gostos”, acrescenta.

A Vinícola Salton, que completou 101 anos, fa-turou em 2010 R$ 238 milhões e espera crescer 15% em 2011. Para atingir esta meta a empresa realiza investimentos. Daniel Salton informa que recente-mente foi criada uma nova linha de produção que já está em funcionamento em Bento Gonçalves. “O ob-jetivo é aperfeiçoar e agilizar o engarrafamento. Isto vai ajudar em épocas de maior demanda, como o fim do ano, a aumentar o volume de envase”, explica. A vinícola investiu também na aquisição de quatro autoclaves e 11 tanques de aço inoxidável, de última geração, para fermentação de vinhos e espumantes.

Segundo o diretor, no fim do ano, tradicional-mente ocorre um aumento na venda de espuman-tes. A meta da Salton de produzir espumantes finos é de 8,2 milhões de garrafas para 2011, somando--se a este dado a comercialização que será de 7,7 milhões de garrafas, um incremento médio de 20% em relação ao ano de 2010. No ano passado, os espumantes representaram 33% do faturamento da empresa. “Acreditamos que, em 2011, pelo retorno excelente que estamos tendo, esse índice passe para 38%.”, prevê.

Em 2010, a vinícola comercializou 152.000 cai-xas de Moscatel. Já para 2011, a previsão de cres-

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06 Linha Salton Classic: incrementos de produção e investimento em marketing

07 Daniel Salton critica alta carga tributária, mas investe em qualidadee lançamentos

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Hora de negócios no Oeste catarinenseAs incertezas na economia internacional vão

passar longe dos pavilhões do Parque de Exposições da Faismo, em São Miguel do Oeste (SC), local da 13ª Feira de Negócios

Acats – Grande Oeste - Feira Regional de Produtos, Equipamentos e Serviços para os supermercados, de 23 a 24 de outubro. É hora de fazer negócios no Oeste Catarinense. Os organizadores projetam mais de R$ 12 milhões em acordos fechados para os dois dias de evento e o número de visitantes deverá ficar em torno de 6 mil supermercadistas, empresários e varejistas. Os pavilhões vão abrigar mais de 100 expositores de produtos, serviços e equipamentos para supermercados, com excelente qualificação.

O otimismo é justificado. A comissão organiza-dora do evento, que é uma iniciativa da Associação Catarinense de Supermercados (Acats), considera que o momento será muito favorável para o fechamento de negócios. O atual período coincide com a prepa-ração das empresas para formação dos estoques de produtos especiais de final de ano. A tendência é de que o volume de negócios cresça porque o foco está no fechamento de contratos e na presença de um público formado em sua maioria por proprietários de lojas ou compradores de redes. Além das ofertas que estão sendo preparadas pelos expositores, a organi-zação também estimulará o fechamento de negócios através do sorteio de brindes.

Caracterizada como uma importante Feira Re-gional, merece toda a atenção da entidade. Antônio Carlos Poletini, diretor executivo da Acats, explica que a Associação busca sempre identificar oportu-nidades para realizar novos eventos que represen-tem boas perspectivas de negócios para seus filia-dos, sejam eles supermercadistas ou fornecedores. “A região Oeste já demonstrou por diversas vezes que comporta um evento da magnitude deste que promovemos. É uma oportunidade de estreitarmos o relacionamento com os associados e de apresen-tarmos os novos serviços oferecidos para que este número também cresça com a realização dos encon-tros”, acrescenta.

De forma paralela, a Acats promoverá palestras e cursos com o objetivo de qualificar, requalificar e atualizar os profissionais que atuam nas diversas áreas dos supermercados.

O Prof. Gretz, considerado o melhor palestran-te do país no último ano abordará o tema “A força do entusiasmo”, e João Carlos da Lapa ministrará um curso sobre “Desperdícios e Perdas em Super-mercados”. Assim, além de articular a geração de negócios entre os supermercadistas e fornecedores, também será promovida a integração entre todos. A organização montou uma estrutura especial com restaurante para atendimento aos participantes.

{Região promissora} A expectativa de sucesso pode ser explicada pelas características das regiões Oeste e Extremo Oeste catarinense: são cerca de 50 municípios e um contingente popula-cional estimado em 1 milhão de pessoas. As etnias predominantes são a italiana e a alemã, e a região tem forte tradição na agricultura e na produção e processamento de carnes suína e de frango, com destaque nacional e grande expressão na pauta ex-portadora do Brasil.

O vice-presidente da Acats/Região Extremo Oeste, Eulo Centenaro, lembra que São Miguel do Oeste é a maior bacia leiteira de Santa Catarina. “As lojas de supermercados na região tem característi-ca de controle familiar e como resultado de proje-tos bem sucedidos de emprendedorismo, a grande maioria de pequeno porte ou pequenas redes com no máximo 5 lojas”, diz. A cesta de compras dos consumidores da região é muito semelhante às de-mais, com ênfase para os segmentos de alimenta-ção, higiene e limpeza, com as devidas adaptações conforme as preferências regionais das famílias ca-tarinenses.

O dirigente destacou a importância da partici-pação regional. “As empresas locais e mesmo as de outras regiões e Estados têm no nosso encontro uma excelente oportunidade de fechar negócios. A carac-terística geográfica do Oeste e Extremo Oeste é bem peculiar. As distâncias entre as localidades são mais extensas, em compensação temos uma localização próxima de muitos municípios do Rio Grande do Sul e do Paraná. Inclusive várias empresas destes estados vizinhos aproveitam o encontro do Grande Oeste para expor seus produtos”, ressalta.

A comunidade local também ganha com a excepcional movimentação econômica através da

13ª Feira de Negócios

Acats – Grande Oeste espera receber 5 mil

supermercadistas e fechar R$ 12

milhões em negócios em São Miguel do Oeste.

Eventos

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prestação de serviços, incremento para a rede ho-teleira, setores de alimentação e todos os demais relacionados ao turismo de negócios, observa Cen-tenaro. Ele confirma que o evento tem potencial para alcançar 6 mil empresários e profissionais li-gados diretamente ao segmento supermercadista, da indústria e dos distribuidores e atacadistas. “E cerca de 20% das empresas expositoras já são as-sociadas da Acats”, diz.

{Novidades} Atraídos pelo potencial da região, empresas importantes garantiram seus es-paços como expositoras. Um exemplo é a Master Controladoria de Gestão, que atua fortemente no segmento de Controladoria focado em supermerca-dos com utilização de BI (Business Intelligence) como ferramenta de análise e controle. Atualmente, com as novas exigências do fisco quanto a Sped, NF-e, PAF-ECF e outros focos, a Master destaca-se no auxílio aos supermercadistas nas melhores práticas de Gestão para tomadas de decisões estratégicas.

A empresa utiliza ainda um software de BI aplicado estrategicamente para facilitar muito a análise das informações de forma ágil e dinâmica. Preocupada em oferecer as melhores soluções, a Master conta com profissionais especialistas em Controladoria e BI para supermercados e atua em todo o estado de SC. Recentemente participou da Sisab 2011 além de visitas técnicas em Lisboa--Portugal.

Com um parque fabril de última geração, a Lu-mack Embalagens Ltda, iniciou as suas atividades em julho de 2011 em Santa Helena/SC, distante 30 km de São Miguel do Oeste/SC e está em busca de novos mercados. Ela produz embalagens plásticas para supermercados, laticínios, frigoríficos, linha moveleira, e outras e, mesmo com poucos meses de existência, já atua nos três estados do Sul. Na feira, a Lumack vai compartilhar um estande com a Mariza Embalagens, empresa que atua na fase comercial de sua produção e tem lojas em São Miguel do Oeste e São Lourenço do Oeste.

O setor de alimentos é sempre um dos mais fortes em um evento desse tipo. Assim, a Sabor e Arte Brasil vai aproveitar a oportunidade e mostrar um super lançamento, o tempero Uso Geral com a marca Zart. Foram realizadas muitas pesquisas em busca de informações sobre o consumo de ervas, em diversos países e que poderiam substituir o sal. Agora está no mercado nacional um produto 100% natural, sem conservantes ou aditivos químicos; a mescla perfeita de diversas especiarias que permite fazer desde saladas até qualquer outro tipo de pra-to, quente ou frio, com um melhor sabor e com uma redução sensível de sal.

E se por acaso ao realizar suas aventuras culi-

nárias o usuário sujar sua roupa, a Gota Limpa tem a solução. A empresa aposta nos lançamentos do lava roupas líquido e tira-manchas branqueador, que já despontam como sucesso em vendas, além de toda sua linha de produtos. A empresa vai mostrar que o novo lava roupas líquido dissolve instantaneamente na água, penetra melhor nas fibras e não deixa re-síduos nas roupas e na máquina de lavar. As roupas ficam perfumadas por mais tempo e o rendimento é superior ao lava roupas em pó.

Outro foco é no tira manchas, produto que já era sucesso em vendas e foi aprimorado. O Gota Limpa ganha duas versões, Multiuso e Branqueador. Com poder de ação O², o produto multiuso auxilia na complexa tarefa de eliminar as manchas de rou-pas, carpetes, estofados, entre outros. Com a força do oxigênio promete deixar as roupas impecáveis. Já o branqueador é específico para uso em roupas brancas, removendo manchas e preservando os te-cidos. Confira estes e outros lançamentos de expo-sitores na feira.

{Serviço}13ª Feira de Negócios Acats – Grande Oeste - Feira Regional de Produtos, Equipamentos e Serviços para os supermercados Quem organiza: Associação Catarinense de Su-permercados - AcatsQuando: 23 a 24 de outubro de 2011Onde: Parque de Exposições da Faísmo, em São Miguel do Oeste (SC)Descrição: feira com presença de expositores, com palestras, cursos e debates durante os dois dias de encontroMais informações: www.acats.com.br/smo

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01 Antônio Manoel do Santos (E), presidente, e Carlos Poletini, diretor executivo da Acats, valorizam o evento

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Ser valorizado em suas atividades é uma forma de estímulo aos parceiros comerciais. Por isso, a escolha dos agraciados para o Prêmio Mérito Acats Exposuper é aguardada com ansiedade. O

evento que tradicionalmente marca o encerramento da ExpoSuper - Feira de Equipamentos, Produtos e Servi-ços para Supermercados e Convenção Catarinense de Supermercadistas é a entrega desta distinção há mais de dez anos. O prêmio tem como objetivo reconhecer e valorizar os melhores fornecedores e os mais admi-rados supermercados. Ele simboliza a consagração das marcas que se destacaram no setor no último ano.

Para chegar aos nomes finalistas, num primeiro momento, a Associação Catarinense de Supermercados (Acats), por meio de pesquisa realizada pelo Instituto Mapa, realizou o trabalho de consulta à população em dez regiões catarinenses. Na categoria Supermercados, os consumidores deram sua opinião considerando três categorias mediante o porte das empresas, levando em conta os aspectos localização, preços praticados, qualidade dos produtos, mix de produtos e qualidade do atendimento. Na categoria Fornecedores os consul-tados indicaram as empresas de sua preferência:

De acordo com o diretor executivo da Acats, An-tônio Carlos Poletini, a receptividade tem sido funda-mental para sua consolidação. “Pela sua seriedade e tradição no setor, o Prêmio é uma conquista que ga-rante grande valorização institucional aos vencedores, já que o reconhecimento é conferido através de pes-quisa pelo público consumidor, no caso dos supermer-cados, e das empresas supermercadistas na posição de compradoras, no caso dos fornecedores da indústria e do atacado”, explica. Por isso, quatro meses depois da festa é hora de colher os frutos. Confira os campeões em cada categoria e segmento.

Prêmio Mérito Acats valoriza parcerias

Conheça os fornecedores e supermercados que receberam a distinção em

Joinville.

Eventos

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BIBLIOTECA

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Leitura Obrigatória

{Inovação}O Desafio da Inovação - a Revolução do Co-nhecimento Nas Empresas Brasileiras, de Re-nato Cruz, 1ª edição, Editora Senac São Paulo, R$ 42,90 (Livraria Saraiva).Inovação - Como Vencer Esse Desafio Empre-sarial, de Eva Stal/Milton José Campanário de Abreu/Tales Andreassi/ Roberto Sbragia. 1ª edição, 2006, 328 páginas, R$ 36,00 (www.artepaubrasil.com.br)

{Marketing}A Revolução Das Mídias Sociais, de André Telles, 2ª edição, 2011, Editora M. Books , R$ 49,00 (Livraria Saraiva)

Marketing do Varejo, de Alexandre Luzzi Las Casas, 4ª edição/1ª reimpressão, Editora Atlas. R$ 78,00 (www.editoraatlas.com.br) {Gestão/Estratégia}Uma Análise dos Supermercados da Grande Florianópolis, de Marcelo Deluca , 1ª edição 2003, Editora Insular, 112 páginas, R$ 14,00 (www.submarino.com.br)

{Vendas}Além das Gôndolas: Como Atua o Promotor de Vendas no Supermercado, de Maurício Allarcon, 1ª edição, 2010, Editora Senac, 184 páginas, R$ 24,90 (www.submarino.com.br)

{Liderança}Coaching: o exercício da liderança, de Mar-shall Goldsmith, Laurence S. Lyons , Alyssa M. Freas, 2003, Editora Campu-Elsevier, 424 pági-nas, R$ 53,00 (www.submarino.com.br)

Destaque/Administração

Confissões de um publicitárioDe David Ogilvy, Editora Bertrand Brasil, 7ª edição, R$ 35,90 - Livraria Saraiva.

Durante anos David Ogilvy viveu na Madison Avenue como um desconhecido. Já naqueles tem-pos dirigia uma das melhores agências de propa-ganda do Estados Unidos e era um dos publicitários mais criativos das Américas. Em suas “confissões”, Ogilvy conta como conseguiu tudo isto, além de dar dicas preciosas sobre a psicologia do consumidor. Sem dúvida, uma obra que marca a importância de um dos mais talentosos publicitários da new age, no boom da supremacia norte-americana.

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Por Juliano Rigatti

Reproduzo a seguir versão do escritor e educa-dor Rubem Alves para a história do dinamarquês Hans Christian Andersen sobre um rei vaidoso que gostava de ser elogiado por sua elegância.

“Havia um rei muito tolo que adorava roupas bo-nitas. Os tolos, geralmente, gostam de roupas bonitas. Pois esse rei enviava emissários por todo o país com a missão de comprar roupas diferentes. Era o melhor cliente da Daslu. Os seus guarda-roupas estavam entu-lhados com ternos, sapatos, gravatas de todas as cores e estilos. Eram tantas as suas roupas que ele estava muito triste porque seus emissários já não encontravam novidades.

Dois espertalhões ouviram falar do gosto do rei pelas roupas e viram nisso uma oportunidade de se en-riquecerem às custas da vaidade da Majestade. A vaida-de torna bobas as pessoas: elas passam a acreditar nos elogios dos bajuladores... Foi isso que aconteceu com um corvo vaidoso que estava pousado no galho de uma árvore com um queijo na boca: por acreditar nos elogios da raposa ficou sem queijo...

Pois os dois espertalhões-raposa foram até o pa-lácio real e anunciaram-se na portaria, apresentando o seu cartão de visitas: ‘Doutor Severino e Doutor Valério, especialistas em tecidos mágicos.’

O rei já havia ouvido falar de tecidos de todos os tipos mas nunca ouvira falar de tecidos mágicos. Ficou curioso. Ordenou que os dois fossem trazidos à sua pre-sença. Diante do rei fizeram uma profunda barretada, tirando seus chapéus.

‘Falem-me sobre o tecido mágico’, ordenou o rei.Um dos espertalhões, o mais loquaz, se pôs a falar.‘Majestade, diferente de todos os tecidos comuns, o

tecido que nós tecemos é mágico porque somente as pes-soas inteligentes podem vê-lo. Vestindo um terno feito com esse tecido Vossa Majestade será cercada apenas por pessoas inteligentes, pois somente elas o verão...’

O rei ficou encantado e imediatamente contratou os dois espertalhões, oferecendo-lhes um amplo aposento onde poderiam montar os seus teares e tecer o tecido que só os inteligentes poderiam ver...

Passados alguns dias o rei mandou chamar o minis-tro da educação e ordenou-lhe que fosse examinar o te-cido. O ministro dirigiu-se ao aposento onde os tecelões estavam trabalhando.

‘Veja, excelência, a beleza do tecido’, disseram eles com a mãos estendidas. O ministro da educação não viu coisa alguma e entrou em pânico. ‘Meu Deus, eu não vejo o tecido, logo sou burro...’ Resolveu, então, fazer de contas que era inteligente e começou a elogiar o tecido

como sendo o mais belo que havia visto.‘Majestade’, relatou o ministro da educação ao rei,

‘o tecido é incomparável, maravilhoso. De fato os tece-lões são verdadeiras magos!’ O rei ficou muito feliz.

Passados mais dois dias ele convocou o ministro da guerra e ordenou-lhe que examinasse o tecido. Aconteceu a mesma coisa. Ele não viu coisa alguma. ‘Meu Deus’, ele disse, ‘não sou inteligente. O ministro da educação viu e eu não estou vendo...’ Resolveu adotar a mesma tática do ministro da educação e fez de contas que es-tava vendo. O rei ficou muito feliz com a seu relatório. E assim aconteceu com todos os outros ministros. Até que o rei resolveu pessoalmente ver o tecido maravilhoso. Mas, como os ministros, ele não viu coisa alguma porque nada havia para ser visto. Aí ele pensou: ‘Os ministros da educação, da guerra, das finanças, da cultura, das comu-nicações viram. São inteligentes. Mas eu não vejo nada! Sou burro. Não posso deixar que eles saibam da minha burrice porque pode ser que tal conhecimento venha a desestabilizar o meu governo...’ O rei, então, entregou-se a elogios entusiasmados ao tecido que não havia.

O cerimonial do palácio determinou então que de-veria haver uma grande festa para que todos vissem o rei em suas novas roupas. E todos ficaram sabendo que somente os inteligentes as veriam. A mídia, televisão e jornais, convidaram todos os cidadãos inteligentes a que comparecessem à solenidade.

No Dia da Pátria, a cidade engalanada, bandeiras por todos os lados, bandas de música, as ruas cheias, to-caram os clarins e ouviu-se uma voz pelos alto-falantes:

‘Cidadãos do nosso país! Dentro de poucos instan-tes a sua inteligência será colocada à prova. O rei vai desfilar usando a roupa que só os inteligentes podem ver.’

Canhões dispararam uma salva de seis tiros. Rufla-ram os tambores. Abriram-se os portões do palácio e o rei marchou vestido com a sua roupa nova.

Foi aquele oh! de espanto. Todos ficaram maravi-lhados. Como era linda a roupa do rei! Todos eram inte-ligentes.

No alto de uma árvore estava encarapitado um menino a quem não haviam explicado as propriedades mágicas da roupa do rei. Ele olhou, não viu roupa ne-nhuma, viu o rei pelado exibindo sua enorme barriga, suas nádegas murchas e vergonhas dependuradas. Ficou horrorizado e não se conteve. Deu um grito que a multi-dão inteira ouviu:

‘O rei está pelado!’Foi aquele espanto. Um silêncio profundo. E uma

gargalhada mais ruidosa que a salva de artilharia. Todos gritavam enquanto riam: ‘O rei está nu, o rei está nu...’

O reino está nu

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ção de um amigo do que pelas peças publicitárias ou pela mídia. Um estudo realizado em abril deste ano pela TNS, uma das maiores empresas de pesquisa de mer-cado do mundo, revelou que os brasileiros são os que mais têm contatos em redes sociais na América Latina, com média de 231 amigos virtuais. O seu cliente quando fala, fala para centenas.

Há muitos casos reais de empresas e profissionais que subestimaram o poder de influência desta nova realidade e se deram mal. Não há mais mercado para companhias que não estabelecem com a sociedade uma relação de integridade.

O rei da história de Andersen foi traído por sua vaidade. Imaginou que conseguiria ser admirado por uma farsa. Investiu e reuniu em torno de si gente que também tentava sustentar uma mentira e ainda tirar vantagem dela. Bastou um cliente se manifestar para que o reino todo se voltasse contra a Vossa Magestade.

Não basta parecer honesto. Não existe tecido má-gico. Estamos todos nus.

Juliano Rigatti é jornalista, possuiMBA em Gestão Empresarial e trabalha com

varejo há 10 anos. E-mail: [email protected]. Cartão de visita: http://flavors.me/uzina

O rei tratou de tapar as vergonhas com as mãos e voltou correndo para dentro do palácio.

Quanto aos espertalhões, já estavam longe e de-viam ter transferido os milhões que haviam ganho para um paraíso fiscal...”.

E que relação há entre este escândalo e a empresa em que você trabalha?

Digamos que o rei seja a sua empresa e o menino em cima da árvore, o seu cliente.

No passado, o grande vilão da reputação de uma empresa, especialmente de uma empresa de serviços, chamava-se boca a boca. Temia-se que a má impressão de um cliente ou de um fornecedor influenciasse outro cliente ou fornecedor. Ou inúmeros deles. A amplitude de uma opinião negativa sobre um feito de sua organi-zação era difícil de ser definida.

Obviamente que a mídia de massa nunca foi des-prezada. Televisão, rádio, jornais e revistas sempre fo-ram os grandes responsáveis pela robustez de muitas marcas no imaginário coletivo. Não há dúvida. A dife-rença é que há alguns anos, o já temido boca a boca transformou-se em uma revolução digital – passando a concorrer, inclusive, com os veículos tradicionais. Há um protagonismo generalizado. E não basta dizer que muitas vezes somos até mais influenciados pela percep-

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Economia

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AÇÃO

Coca Cola é a marca mais valiosa do mundo. Apple sobeEm segundo está a IBM, mas quem mais cresceu foi a Apple. Não há brasileiras na lista.

A cada ano existe uma expectativa sobre o ranking das marcas mais valiosas do mundo.

O levantamento, divulgado no início de outubro posiciona a Coca-Cola na liderança

pelo 12º ano consecutivo - a marca vale 71, 861 bi-lhões de dólares - e mostra o enorme crescimento da grife criada por Steve Jobs, que saltou nove posições e passou a ocupar o 8º lugar, valendo 33, 492 bilhões de dólares. Em 2011 a Apple aumentou seu valor em 58% e desbancou a Nokia do Top 10 de acordo com a con-sultoria de branding Interbrand. No ano passado (veja o ranking de 2010), quando estava na 17º posição, a marca já havia valorizado 37%. Não há nenhuma marca brasileira na lista das 100 marcas.

As marcas de tecnologia continuam sendo as que mais crescem. Sete das 10 mais valiosas são desse segmento: IBM (2°), Microsoft (3°), Google (4°), GE (5°), Intel (7°), Apple (8ª) e Hewlett-Packard (10°). Apple, Amazon.com (26°), Google e Samsung (17°) foram as quatro empresas que mais subiram posições no ranking. Uma das poucas novatas é a HTC (98°), fabricante de aparelhos móveis. A escalada dessas marcas torna ainda mais aparente a fragilidade da Nokia, que com uma perda de 15% no valor de marca, caiu para a 14ª colocação. A explicação para a queda,

segundo Alejandro Pinedo, diretor da Interbrand do Brasil, pode estar no atraso da empresa perante as concorrentes na hora de acompanhar o que os consu-midores mais procuram:

“A Nokia perdeu o bonde dos smartphones. A marca vem fazendo movimentos para se recuperar, como uma parceria com a Microsoft, por exemplo, mas só poderemos ver se isso trará resultados a partir dos próximos rankings”, explica.

{Automóveis e luxo} Além das marcas de tecnologia, o último ano

foi marcado também pelo ressurgimento da Nis-san Motor, a segunda maior fabricante de veículos do Japão. Ausente das “Melhores Marcas Globais” desde 2007, a marca retornou ao ranking na 90° posição. A recuperação da montadora, segundo Pi-nedo, foi possível graças à rápida capacidade de reação demonstrada depois dos tsunamis que atin-giram o Japão no início deste ano.

O mercado de luxo também desponta com a Louis Vuitton (18°), Gucci (39°), Hermès (66°), Cartier (70°), Tiffany (73°), Moët & Chandon (77°), Armani (93°) e Burberry (95°). “O único ano em que as marcas de luxo perderam valor foi

01

01 Com seu talento, Steve Jobs, gênio

falecido em 05/10, ajudou a valorizar

a marca Apple

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em 2009, fruto da crise econômica. Fora isso, to-das aumentaram de valor. Neste ano, a marca que mais chamou atenção foi a Burberry, que aumen-tou lucro e vendas, ampliou a quantidade de lojas e tem feito um trabalho brilhante de relaciona-mento com consumidores em redes socias. Tudo isso reflete positivamente para o valor da marca.”

Outro setor de destaque é o mercado finan-ceiro. Após a crise econômica de 2008, as marcas

financeiras continuam lutando, especialmente as sediadas nos Estados Unidos.

Citi (42°), Barclays (79°), Credit Suisse (82°) e UBS (92°) viram uma pequena diminuição no valor de suas marcas no ranking deste ano. O suíço Zurich (94°) e o espanhol Santander (68°) demonstraram comprometimento em reconquistar a confiança dos consumidores e em restabelecer uma forte ética nos negócios.

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Azeites especiaisO azeite, que pode ser consumido in natura ou dar o “grand finale” de pratos especiais, mereceu atenção da Alimentos Zaeli, de Umuarama (PR). A empresa lança cinco opções vindas da Espanha em embalagens de 250 e 500 ml: Azeite de Oliva Extra Virgem Gourmet, Azeite de Oliva Extra Virgem Tradicional, Azeite de Oliva Extra Virgem com Manjericão, Azeite de Oliva Extra Virgem com Oréga-no, além do Azeite de Oliva Extra Virgem Cítrico Limão.

Limonada diferenteA Coca-Cola Brasil está lançando nacionalmente uma limonada sem a adição

de conservantes, integrante da linha Del Valle. Chamada de “Limão & Nada”, a bebida já está sendo vendida no Rio de Janeiro e em Curitiba, nas embalagens PET de 1 litro e 300ml, sob os preços sugeridos de R$ 4,49 e R$ 2,50, respec-

tivamente. Quanto à comercialização nacional, esta etapa começará gradativa-mente, de acordo com os distribuidores de cada região.

AmaciantePresente no mercado americano desde a década de 60, o amaciante de roupas Downy, da Procter & Gamble, chega ao Brasil. A opção nacional, concentrada e disponível em cinco fragrâncias, é acondicionada em frasco de polietileno de alta densidade (PEAD) de 500ml, fechado com tampa twist-off medidora e decorado com rótulo termoencolhível. A P&G, por meio da sua assessoria de imprensa, preferiu não identificar os fornecedores da embalagem.

MaioneseA Bunge Alimentos reforça o posicionamento da Maionese Salada no Sul com o slogan “Você vai amar este sabor”. Ele permeia todas as ações do novo produto

que segue a linguagem estética retrô e reforça os atributos como leveza e satis-fação. Com apenas 38 calorias/porção (1colher de sopa) indica que é a opção

ideal para quem busca qualidade de vida e bem estar, mas com sabor. Disponível também na versão Light e em potes (500g e 250g) e saches (500g e 200g).

Garrafa repaginadaA nova embalagem foi testada e aprovada pelos consumidores. Consagrado como o mais nobre dos whiskies brasileiros, Natu Nobilis chega com uma nova roupagem mais contemporânea - a Região Sul receberá a nova garrafa em outu-bro e o restante do mercado nacional em dezembro. O rótulo com estilo clean garante maior destaque para o brasão e para o logotipo do whisky, reforçando o prestígio e a tradição da marca dentro do cenário brasileiro.

Lata “gordinha”Criticada por lançar a “Skinny Can”, uma latinha “esbelta” para a Diet Pepsi

durante a Semana de Moda de Nova York, no início do ano, a Pepsi apresentou uma nova versão: uma lata de 250 mililitros “gordinha” para o mesmo refrige-rante. A embalagem está à venda inicialmente na Inglaterra. A empresa disse apenas que a nova lata é mais fácil de ser carregada em lancheiras e bolsas.

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Marca própria O Walmart Brasil realizou importação própria com novos produtos exclusivos. São mais de 15 itens com a marca própria Great Value. Eles já chegaram às gôndolas das lojas Bompreço e Hiper Bompreço custando até 20% menos que os importados de referência. A lista envolve conservas, mostardas (com mel, picante), catchup, amendoim, manteiga de amendoim, vários tipos de geléias, calda de chocolate e tomate pelado.

Bebida lácteaA Parmalat apresenta mais uma novidade: o Parmalatinho. A bebida láctea

sabor chocolate, em embalagem de 200 ml, é direcionada para o público in-fantil (6 a 12 anos). Fonte de cálcio e enriquecido com sete vitaminas, possui

na composição sódio, ferro, magnésio, fósforo, vitamina B1, vitamina B2, vitamina B6, vitamina PP e vitamina B12. Ideal para ser levado na mochila,

lancheira ou bolsa. Preço sugerido R$1,10.

Omo ConcentradoLançado em 2010, Omo Líquido Super Concentrado é a principal inovação da marca nos últimos anos e uma das principais apostas da Unilever para contri-buir com a redução das emissões de CO2 , água, embalagens e transporte na produção. Agora, a variedade virá em embalagem de 1,05 litro. O lançamento faz parte do plano global de sustentabilidade da categoria de cuidados com as roupas da Unilever, intitulado de “Por Um Planeta Mais Limpo”.

CondimentosA importadora Costazzurra, que possui em seu catálogo uma seção especial de-dicada a alta gastronomia, oferece os produtos da linha Sapori di Bosco, vindos diretamente da região de Molise, na Itália. São o Creme de Berinjela com Trufa

Negra; Creme de Aspargo com Trufa Negra; Creme de Alcachofra com Trufa Negra; Creme de Cogumelos Porcini; Tartufata; Manteiga com Trufa Branca e Carpaccio

de Trufa Negra. Preços sugeridos: de R$ 35,00 a R$ 75,00 (pote de 80g).

Sucos de sojaO mercado de sucos de soja ganha espaços gradativamente. E a General Brands está disposta a abocanhar uma fatia desse atrativo segmento. O grupo entrou para valer com o suco de soja da marca Camp. O Camp Soja tem oito sabores – uva, laranja, maçã, pêssego, morango, abacaxi, maracujá e banana com maçã –, e é acondicionado em embalagens cartonadas assépticas de 1 litro, produzidas pela Tetra Pak.

Isotônico em copoCom o produto reformulado, incluindo a mudança de rótulos e concentrações, a Globalbev apresenta a versão do isotônico Marathon em copo com 200ml. É

uma inovação na categoria. Os copos apresentam layout exclusivo, com design anatômico, mais fácil de segurar durante os exercícios. Essa versão conta com os sabores tangerina e limão. A concepção da embalagem visou a melhoria do

uso durante as atividades físicas, principalmente em corridas de rua.

PipocasA Yoki Alimentos apresenta dois novos sabores da sua famosa linha de pipocas para micro-ondas: PopCorn Cobertura de Caramelo e PopCorn Cobertura Mantei-ga Especial. Inéditas no mercado brasileiro, ambas vêm com sachês – 90 gramas de caramelo e 30 gramas de manteiga especial – com deliciosas coberturas. Já para quem deseja ficar em dia com a balança, existe o PopCorn Zero, que, além de não conter gorduras trans, tem zero de adição de gordura.

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01 Renan Floriani,da SofExpert

treinamento infinitas vezes sem nenhum custo adicional. “Quanto mais utilizado for o e-learning, maior será a economia”, finaliza o especialista.

Esse processo só foi possível porque a Bema-tech é líder absoluta no segmento de tecnologia para o comércio. São duas décadas de pioneirismo, produzindo soluções que redefinem a experiência do consumidor no ponto de venda, através de uma plataforma integrada de equipamentos, sistemas de gestão, serviços e treinamentos, que automatizam processos e apóiam a gestão comercial. Isso permi-te ao varejista aumentar sua rentabilidade e obter maior eficiência no controle de suas operações e nas relações com clientes e fornecedores.

Do outro lado, a SoftExpert empresa destacada na América Latina no desenvolvimento de soluções para a gestão da excelência e conformidade empre-sarial. A solução SoftExpert Excellence Suite (SE Suite) dispõe de um conjunto de módulos multi--idiomas, nativamente integrados e 100% web, que automatizam os processos envolvidos nas necessi-dades de melhoria e otimização das diversas áreas de negócio das organizações, aprimorando a ges-tão, reduzindo custos e facilitando o atendimento às principais regulamentações internacionais.

Duas empresas fizeram parceria para ofe-recer mais conhecimento e agilidade na preparação de profissionais. A Bemate-ch, empresa provedora de soluções com-

pletas em tecnologia para o varejo, reduziu em 80% os custos com capacitação de funcionários com a utilização do método de educação a dis-tância (e-learning) da SofExpert, fornecedora de softwares corporativos para o aprimoramento de processos de gestão e conformidade com múlti-plas normas e regulamentos.

Cerca de 800 usuários que trabalham em uni-dades geograficamente distantes foram treinados, de forma rápida e eficaz, pelo método online. “Gra-ças ao e-learning, conseguimos atender aos objeti-vos do projeto e atingir o público necessário com menor custo e prazo adequados. O índice de satis-fação foi excelente”, afirma Jansem Balbinot, Co-ordenador de Processos & Qualidade da Bematech.

Balbinot ainda destaca outros benefícios, incluindo ausência de horas inativas, redução de custos de viagens e de chamados de dúvidas para o departamento de TI e dispensa de estrutura es-pecial para capacitação presencial. “O e-learning proporciona também comodidade para os partici-pantes porque eles podem ter acesso à aula em qualquer lugar”, explica.

{Situações reais}Um dos diferenciais do e-learning da SoftEx-

pert é a inclusão de vídeos baseados em situações reais vivenciadas pelos colaboradores da Bematech. “A transposição da teoria para a prática é muito mais rápida, fácil e eficaz quando são utilizadas ex-periências do cotidiano da pessoa”, analisa Renan Floriani, Gerente de Serviços da SoftExpert.

Os vídeos de e-learning utilizam os dados, processos e padrão visual adotados pela Univer-sidade Bematech, que possui sólida cultura e atu-ação em treinamento e educação à distância para colaboradores.

De acordo com Floriani, além do benefício financeiro, o e-learning possibilita a repetição do

Recursos Humanos

Bematech reduz em 80% custos com capacitação internaUma estratégia eficiente foi o treinamento online com cerca de 800 colaboradores agilizando a troca de conhecimentos entre unidades geograficamente distantes.

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49Não é mais necessário ter uma horta em casa

para poder consumir orgânicos. E por esta-rem os consumidores mais exigentes, cresce a cada dia o número de estabelecimentos

comerciais que priorizam a venda destes produtos. Vá-rios supermercados criaram um espaço exclusivo para produtos orgânicos. E o motivo é óbvio: eles são culti-vados sem a adoção de nenhum agroquímico, ou seja, são produtos naturais e 100% saudáveis.

Um estudo do projeto Organics Brasil, mostrou que a área aderida à cultura orgânica no Brasil chega a 331,6 mil hectares. São cerca de oito mil produ-tores no país que juntos, produzem um pouco mais de cinco toneladas de alimentos. Na América Lati-na, o Brasil perde apenas para a Argentina, em nível mundial o Brasil ocupa a terceira posição, atrás da Austrália e Argentina.

Apesar do aumento do consumo interno, produ-tos orgânicos atendem as demandas internacionais. Segundo dados divulgados pelo Planeta Orgânico, estudo realizado em parceria com o Projeto Perfil do Brasil Orgânico, de 50% a 70% da produção é desti-nada à exportação. Entre os principais importadores estão o Japão, Alemanha e Estados Unidos.

Por isso é tão importante que institutos façam a certificação destes alimentos. No Brasil, um dos principais responsáveis por estes selos é o IBD, As-sociação de Certificação Instituto Biodinâmico que, desde 1991, certifica produtos orgânicos e biodinâ-micos, além de incluir projetos agrícolas, produção de insumos, industrialização de alimentos, pecuária de corte, piscicultura, silvicultura, entre outros.

Atualmente, são cerca de 700 projetos certi-ficados ou em processo de certificação em todo o

país. O selo é reconhecido internacionalmente e é monitorado por diversas instituições estrangeiras. Na Improcrop do Brasil, dois produtos possuem o selo do IBD, o Crop-Set™ e o Agro-Mos®. São produtos que aliam alta tecnologia com segurança, tudo para que o agricultor produza com qualidade e sem dani-ficar o meio ambiente, pensando principalmente nas gerações futuras.

Nos Estados Unidos, a Improcrop acabou de receber o selo OMRI (Organic Materials Resear-ch Institute) para dois produtos: o Crop-Set™ e o Soil-Set®. Com esta certificação, os alimentos produzidos através do tratamento com os produtos podem ser classificados como orgânicos. O Crop--Set™ é um conjunto de extratos vegetais enrique-cidos com minerais complexados por aminoácidos que agem reduzindo o estresse, aumentando seus caracteres produtivos, já o Soil-Set™ é um ferti-lizante foliar que atua na proteção dos cultivos a partir do fornecimento balanceado de nutrientes complexados por aminoácidos.

{Improcrop do Brasil} Criada em 1993, a Improcrop tem sede em Nicholasville, Kentucky (EUA) e nasceu como a divisão agrícola da Alltech Inc., empresa líder mundial em biotecnologia natural aplicada à nutrição animal. Focada no desenvolvi-mento de soluções naturais para os desafios agro-nômicos, a Improcrop é a inovação que tem como objetivo impulsionar a indústria no futuro. No Brasil, a empresa conta com três linhas de produtos de alta tecnologia, fabricados na maior planta de leveduras do mundo, em São Pedro do Ivaí, no Paraná, e que abrangem todas as fases das culturas.

Os consumidores estão mais exigentes com a alimentaçãoe os produtos orgânicos cultivados sem adoção deagroquímicos ganham espaço nos supermercados e lojas.

Produção de orgânicos cresce no Brasil

Sustentabilidade

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Quer saber mais? Visitewww.revistasupersul.com.br

AGEN

DA {13ª Feira Acats de Negócios do Grande Oeste de 2011}Quem organiza: Associação Catarinense de SupermercadosQuando: 23 a 24 de outubro de 2011Onde: Parque de Exposições da Faísmo, em São Miguel do Oeste (SC)Descrição: feira com presença de expositores, com palestras, cursos e debates durante os dois dias de encontroMais informações: www.acats.com.br/smo

{43ª Convenção Regional de Tramandaí}Quem organiza: Associação Gaúcha de SupermercadosQuando: 26 a 27 de outubro de 2011Onde: Centro de Eventos Municipal, em Tramandaí (RS), Rua Ernesto Nunes Bandeira, s/nºDescrição: presença de expositores. Palestra com Prof. Menegatti - “Excedendo as ex-pectativas dos clientes!”. Sorteio de 01 moto 0km entre as empresas compradoras de no mínimo R$ 500,00 entre os expositores da Feira!Mais informações: (51) 2118.5200 / [email protected]

{Lançamento Oficial da Programação dos 40 Anos da Acats}Quem organiza: Associação Catarinense de SupermercadosQuando: 25 de novembro de 2011Onde: Sede da Acats, em Florianópolis (SC)Descrição: encontro festivo e confraternização da diretoria com convidados especiais, Mais informações: www.acats.com.br

{Melhores do Ano e posse da nova diretoria da AGAD}Quem organiza: Associação Gaúcha de Atacadistas DistribuidoresQuando: 26 de novembro de 2011Onde: Sogipa, em Porto Alegre (RS) - 20h30minDescrição: Presença de 500 pessoas, autoridades, empresáios e gerentes do setor vare-jista e autosserviço para a entrega dos prêmios dos Melhores do Ano e posse da nova diretoria.Mais informações: (51) 32224338

{Carrinho Agas 2011}Quem Organiza: Associação Gaúcha de SupermercadosQuando: 28 de novembro de 2011Onde: Grêmio Náutico União - Porto AlegreDescrição: É um prêmio entregue desde 1984 pela Agas ao final de cada temporada, destinado aos destaques do ano no setor de auto-serviço.Mais informações: http:/www.agas.com.br

{Mercosuper 2012 - 31ª Feira e ConvençãoParanaense de Supermercados}Quem organiza: Associação Paranaense de SupermercadosQuando: 16, 17 e 18 de abril de 2012Onde: Expotrade - Curitiba (PR)Descrição: Exposição de produtos e serviços; Rodada de Negócios Internacional; Oficina do Conhecimento; Premiação das Melhores EmpresasMais informações: www.apras.com.br / 41-84029288 / [email protected]

Jardim Botânico de Curitiba (PR)

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