Revista Som na Agulha

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Trabalho de Conclusão de Curso - Comunicação Social - UEPB.

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Jéssica Amaral – Colunista e diagramadora

Estudante de Comunicação Social na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Apaixonada por música, tem em seu pai sua maior referência. Cresceu em meio a rodas de samba e cercada de um acervo musical que crescia a cada dia. Não esconde seu amor pela música brasileira e pela sua vitrola – ambos estão ligados a ela desde sempre.

Mariana Castro – Colunista e editora

Estudante de Comunicação Social na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Aprecia a moda através de vários ângulos, tendo participado de projetos na área. Na esfera musical, cresceu sendo embalada pelo som da banda Legião Urbana. Hoje possui diversas influências, que passeiam desde o rock à MPB, sem abrir mão de um forró pé-de-serra, claro!

Jéssica Lucena – Colunista e editora

Estudante de Comunicação Social na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Apreciadora da arte e de suas várias facetas, curiosa e encantada pela diversidade. O rock e o samba fazem parte de suas influências musicais desde sempre. Vê na música a possiblidade de vivenciar a intensidade dos sentimentos. Não entende muito de moda, mas gosta de ler sobre o assunto.

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De dentro pra fora

Poderíamos dizer que o Som na Agulha é uma revista que traz um pouco de música e moda, entretanto, estaríamos sendo simplistas demais. Esta edição busca transmitir, por meio de imagens e palavras, todo o amor que tais segmentos representam em nossas vidas e todo o amor que está envolvido neste projeto, desde sua criação. Nele trazemos referências lá do passado, do tempo de infância, onde ouvíamos Tom e Vinicius com nossos pais, também aspectos contemporâneos, através da criticidade das letras do rapper paulistano, Criolo.

Falamos sobre o rock, um movimento atemporal, assim como também é o grande Michael Jackson e sua influência tanto na música quanto na moda. Apresentamos tendências, mas não poderíamos deixar de ligá-las com nossa história, e então, damos ênfase a tropicália. Podemos dizer que a revista foi idealizada e produzida para quem gosta de novidades, mas que também não abre mão dos clássicos, aqui temos um pouquinho de tudo: música, moda, entretenimento, informação, momentos... Nossos parceiros são muitos, parceiros de vida, que influenciaram cada linha, ao ligar o som, ao nos tirar para dançar, ao nos incentivar e nos tirar para dançar novamente. Quem faz o SNA é nossa família, nossos amigos, nós apenas passamos os momentos que vivemos junto a eles para o papel. Então, a revista traz um pouco mais que música e moda, traz um pouco de nós.

Para todos, uma boa leitura! Evoé!

Editorial

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Jéssica Lucena / Mariana Castro

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Um furacão. Definir Michael Jackson me soa um tanto pretensioso e prefiro não me arriscar, mas o fato é que por onde ele passou, nada ficou no mesmo lugar, e nem poderia.

Cantor, compositor, dançarino, dentre tantas outras coisas, sua marca é a diferença, a inovação, a quebra de tabus. Começou cedo, aos 5 anos, e aos 11, iniciou sua carreira profissional, cantando ao lado dos irmãos nos “Jackson 5”.

Em 1971, deu início a sua carreira solo. Jackson, apesar dos problemas pessoais, teve uma carreira promissora que lhe rendeu vários prêmios, dentre eles, o álbum mais vendido e popular da história: Thriller. Recebeu também o título de “Rei do Pop”, e é o maior artista de todos os tempos, segundo recorde certificado pelo Guinness World Records.

Que Michael Jackson é um artista completo, inconfundível e brilhante é inegável, porém sua contribuição não foi apenas musical. Além de ter contribuído social e culturalmente com todo o mundo, ele foi e ainda é uma referência, inclusive no mundo da moda.

A revista “Time” o citou como uma das 100 personalidades que mais influenciaram a moda de todos os tempos. Não preciso dizer que o estilo do cantor era inconfundível, jaquetas, calças douradas, paetês, cores neon e acessórios que viraram marcas do cantor, encantaram e encantam até hoje.

Tanto que suas peças originais são inspirações nas ruas e passarelas. As jaquetas coloridas que fizeram sucesso no último inverno, já eram peças marcantes do figurino de Michael. Assim como os brilhos, que foram e são muito usados e as cores vibrantes que são apostas para o verão 2013.

Nas passarelas, a grife Balmain, já apresentou um desfile com influências de Michael. Na Semana de Moda de Londres, a coleção primavera-verão 2013, de Philip Treacy, foi totalmente inspirada nos figurinos do cantor.

As modelos entraram na passarela vestindo as peças icônicas do Rei do Pop. Até mesmo a cantora Lady Gaga, que era a mestre de cerimônias, apareceu usando luva e jaqueta características dele.

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Jéssica Amaral

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Mais smor, por favor. Frase que em poucas palavras diz muito, e para aqueles que gostam do cantor Criolo, provavelmente lembraram-se dele. Entretanto, mais que na música, essa frase chegou às ruas em forma de cartazes, grafites, nas paredes das cidades...

Podemos visualizar sua extensão até mesmo na composição dos looks das meninas que circulam por aí, fazendo com que nasça uma esperança, que surgiu através da canção, mas foi além dela, tornou-se manifestação artística, um desejo de muitos anunciado e, quem sabe até, a última moda.

Apesar de toda essa repercussão, ainda podemos afirmar que não está faltando amor apenas em SP, e essa falta de amor só pode ser uma das causas de tantas tragédias que nos deparamos diariamente ao abrir os jornais. Nos falta amor em sua forma mais simples, amor presente no sorriso que compartilhamos com um estranho na rua, amor contido no bom dia que desejamos ao porteiro, amor que cabe direitinho na palavra gentileza. Não basta a gente vestir amor, grafitar amor, colar amor pelas ruas, precisamos torná-lo hábito.

Criolo com todo seu dom, fala claramente o que quero dizer:

“E as pessoas se olham e não se falamSe esbarram na rua e se maltratamUsam a desculpa de que nem Cristo agradouFalô! Cê vai querer mesmo se comparar com o Senhor?”

Eu ainda acredito no amor, e acredito que a música é uma das formas mais eficientes de espalhar esse sentimento, acredito que compositores como Criolo ainda conseguem disseminar questões importantes, nos mostrando mais de perto o que vivenciamos todos os dias, mas que nem sempre conseguimos enxergar.

Que a sua música continue nos trazendo mais amor. E como Chico Buarque falou… “Valeu, Criolo Doido! Evoé, jovem artista. Palmas pro refrão do rapper paulista.”

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O doce

Zecasabor de

baleiroJéssica Lucena / Mariana Castro

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O doce

Zecasabor de

baleiroJéssica Lucena / Mariana Castro

Genuinamente brasileiro. Estou falando de samba, pagode, com uma pitada de rock, pop e até música eletrônica. Estou falando da diversidade do nosso Brasil, cantada por José Ribamar Coelho dos Santos: Zeca Baleiro.

Maranhense, nascido em 11 de abril de 1966, Zeca, além de cantor e compositor, é cronista. Sua carreira começou há 27 anos, quando fazia composições para peças infantis de teatro, porém, seu primeiro disco foi gravado apenas em 1997.

O cantor diz ser “um implacável consumidor de doces, balas e toda sorte de guloseimas” – daí deriva seu apelido, que se consolidou quando ele abriu uma loja de doces.

Suponho que as sensações que ele tem ao saborear suas balas seja a mesma que usa para compor, já que o resultado é de uma doçura sem tamanho. Evidente que suas letras também apresentam criticidade, mas afinal, nem todas as balas são doces.

De qualquer forma, é muito bom saborear o que Zeca nos oferece. Quando ele estava na universidade e seus amigos queriam balas, se direcionavam a ele, e eu, faço da mesma forma, quando o querer é adoçar, recorro às suas músicas e uma coisa é certa, a produção de endorfina é enorme…

O cantor tem 13 discos autorais e sete DVD’s. Obra que espero que cresça muito mais.

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Jéssica Lucena

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“Música se faz com a cabeça, música se faz com o coração, música se faz com atitude”. E são essas palavras que Bruno Gouveia, vocalista da banda Biquini Cavadão, fala sabiamente na gravação do DVD da banda, em 2004.

Acredito que não há como discordar de Bruno, assim como também, não há como dizer que estes atributos faltam na construção do sucesso que eles mantêm até hoje. A banda surgiu no Rio de Janeiro em 1985 e é composta por: Bruno Gouveia, Carlos Coelho, Miguel Flores e Álvaro Birita.

Desde a gravação de sua primeira música: “Tédio”, a banda apesar de ter conquistado sucesso rapidamente, sempre mostrou uma preocupação em aprimorar seu trabalho, tanto que, o amadurecimento era visível, os resultados falavam por si só.

A música “Vento Ventania” consagrou o grupo, sendo a mais executada nas rádios em 1992. Há quem diga que o sucesso da banda se dá por ela conseguir “falar a língua do cidadão comum”, e isto pode ser notado facilmente, através do esforço dos músicos ao se adaptarem aos “diferentes formatos que vão surgindo”.

Biquini Cavadão foi a primeira banda que fez um e-mail para interagir com seus fãs e a primeira que lançou um site oficial. Hoje ela é referência, de “caçula do rock” passou a ser veterana e influencia não somente seu público, como também, músicos que desejam ter uma carreira sólida e promissora.

Hoje a banda representa fortemente o pop e o rock, tendo uma vasta discografia e muitos prêmios, além de serem conhecidos e apreciados internacionalmente. Sem mais, não poderia deixar de citar Bruno novamente: “Viva o rock nacional”, viva Biquini Cavadão!

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MEIO SAMBAMEIO BOSSA

Jéssica Amaral

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Meio samba, meio bossa. Talvez assim fosse Antônio Carlos Jobim, o maestro soberano, ou assim era Vinicius de Moraes. De qualquer forma, o que mais interessa é a bossa, que na época era nova, hoje continua sendo e amanhã será.

A bossa que leva a cara do Brasil, que mostra ao mundo as curvas e o balanço do Rio de Janeiro, mostra os tons fortes do nosso país tropical, a beleza daquela brisa boa que vem do mar de Itapuã, o charme das garotas de Ipanema.

A bossa que já nasceu colorida e mesmo sendo a cara do Rio, o som que ganhou o mundo representa muito bem o Brasil e toda a leveza do seu povo, que é capaz de ser feliz com os detalhes do dia-a-dia e até mesmo de encarar suas tristezas... A nossa tristeza balança e tem sempre uma esperança de um dia não ser mais triste não.

Ah, Tom e Vinicius! Até hoje, com a música, eles nos mandam uma notícia boa, transformam a bossa em uma oração, em um samba da benção pra qualquer desafinado cantar. Falo por mim, que canto com eles suas belas canções… É, entre um gole e outro, qualquer um naquela mesa pode cantar a promessa de vida no coração.

Nas rotinas dos bares, apesar dos pesares, a gente ainda se questiona se tristeza não tem fim, toda vez que essa música começa a tocar. Com Vinicius e Tom a gente ainda chora de saudade, sai na noite vazia, sem razão de ser.

Sabe-se lá o que inspirava aqueles senhores com seus uísques, alegrias, mulheres, melancolias. Sabe-se lá o que conseguiu inspirar tantos versos naqueles diplomatas, vai entender como chegaram à bossa nova. Sei lá, sei não... Mas eles têm toda razão. Sorte deles que conseguiram fazer da vida, canção.

Desafinado, foi tentar um samba canção O samba saiu meio balançado

Não era samba, era bossaNão era usada, era nova.

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Jéssica Amaral

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Tropicalismo, um movimento dos anos 60 que teve como seus principais representantes, grandes nomes da música brasileira, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé e Os Mutantes. Veio unir elementos e referências, trazendo guitarras, psicodelia e cultura popular para a música nacional.

Revolucionário, o movimento invadiu até as passarelas. Estampas, folhas, flores e frutas anunciaram a influência da tropicália nas coleções verão 2014 de algumas marcas como: Osklen, Forum e Água de Coco.

E não é de hoje que o tropicalismo cai no gosto dos estilistas, a verdade é que vez ou outra volta com tudo, trazendo as cores do Brasil à tona. Em 2012, o estilista Victor Dzenk apresentou, no Rio de Janeiro, sua coleção verão 2012\13, inspirada no tropicalismo, com direito ao som de Preta Gil cantando ao vivo uma das músicas que se tornou símbolo do movimento, “Alegria, Alegria” de Caetano Veloso.

Água de coco

Entre idas e vindas nas passarelas, o tropicalismo já passou por muitas marcas como: Jason Wu, Pedro Lourenço e Prada, sim! Até mesmo a Prada se rendeu as cores e estampas com frutas cítricas que ganharam o holofote internacional.

A tropicália nos trouxe canções iluminadas de sol, estampou uma eterna primavera com suas cores, flores, formas e encheu nossos olhos de cores dando o tom do verão. Cores fortes e estampas tropicais, tecidos leves, formas largas e compridas, compõem um estilo bem tropicalista. Para quem quer entrar nessa moda, a dica é ter cuidado para não exagerar, mesclar as estampas com peças mais neutras e sair por aí caminhando contra o vento, sem lenço e sem documento.

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Los Sebosos Postizos interpretam Jorge Ben Mais uma maneira maravilhosa de escutar Jorge Ben Jor. Repertório extraordinário que une toda personalidade da banda, sem deixar de lado todo swing e brasilidade da obra de Jorge Ben.

Acabou Chorare – Novos Baianos

Esse álbum consegue ser uma grande expressão do nosso país, esse Brasil pandeiro, cheio de misturas e ritmos incomparáveis.

O Embate – Ultraje a Rigor VS. Raimundos

O álbum que nos apresenta uma batalha musical tem 14 faixas. Clássicos, onde cada banda interpreta 7 músicas uma da outra. Nele encontramos sucessos como: Inútil, Ciúme, Selim, Eu Quero Ver o Oco, dentre outras, além de novos arranjos.

Convoque Seu Buda - Criolo

Depois do fantástico álbum Nó na Orelha não tinha como esperar menos de Criolo, mesmo assim ele conseguiu surpreender. Um álbum completo para escutar sem passar uma música sequer.

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Que eu seja obsessivo compulsivo, e que este comportamento seja para com uma pessoa. Que ao descrever este comportamento eu escreva ROMA e esta seria uma das poucas palavras que o Word não corrigiria e colocaria na ordem certa, devido a minha dislexia. Alucinatórias sejam as composições que falam de carinho, que pintam nossa visão de furta cor, pelo menos esse mundo preto e branco teria um maluco beleza.

Temos a possibilidade de dar nome a todas as coisas, criar verbetes – duras e ingratas explicações – no pai dos burros. É por nomeá-las que existem; elas, as coisas. Um verbete que não traz consigo a multiplicidade de significados, e nunca conseguiria trazer, é o da palavra amor. Cada vez que um ser nasce, uma nova possibilidade de amor se contrai em meio ao cérebro, às vísceras; que seria, então, das palavras se pudessem descrever essa entidade nascente em cada ser?

Em cada silêncio do eu te amo, ou na repetição, ou na tentativa – das mais desastradas – de explicação. O amor cabe em cada pedacinho… Cabe em tudo, mas foge a qualquer manual que explique e caracterize outras doenças cardíacas. E se toda morte fosse de amor, existiriam marcas de giz nos meios fios e asfalto ou o mundo seria repleto de poetas, e independente de suas poesias, prosas ou silêncios literários, todos seríamos viciados em tortas de amora.

“Você desvia pra cozinha/E eu vou cantando atrás” Clarice

Clarice, obsessiva, compulsiva e comediante delirantemente, amante.

MONOMANIANO OITAVO ANDAR

DA

CLARICE FALCÃO | Cantora, compositora e atriz

Por: Pedro Augusto

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Por Alessandra Lima

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Amsterdã é uma dessas cidades da Europa onde a gente se sente capaz de fazer tudo. A sensação de liberdade que ela nos proporciona é algo incrível e isso lógico, reflete na maneira de pensar, agir e se vestir de todos.

A sensação de poder vestir o que se quer vestir, sem ter aqueles famosos olhares de reprovação é algo que anima a alma, principalmente naqueles dias de “bad hair day” ou quando estamos sem a mínima vontade de parar para pensar em um look super cool.

Se reunir com os amigos para sentar na grama e aproveitar o melhor do sol, ou buscar maneiras de se refrescar no calor eram as preocupações dos holandeses nessas férias e isso refletia na gente.

Assim, foi fácil fotografar algumas pessoas curtindo esses momentos de boa companhia, bons momentos ao sol, e looks despojados e despreocupados. O que faz todo o sentido pra mim quando penso em moda. Afinal de contas a gente fica mais bonita quando está feliz, quem se importa com a própria aparência, pode, então, cuidar de viver a vida no seu melhor, e assim, uma coisa puxa a outra.E pensando assim, as holandesas saíam às ruas mostrando

o melhor da moda para elas. Pensando acima de tudo no seu conforto e em aproveitar cada momento da vida. Camisetas descoladas, sutiãs coloridos à mostra, shortinhos jeans e muito conforto nos pés, foi o que prevaleceu no verão europeu, que pra nós no Brasil, é super usável até no inverno, principalmente em regiões onde o frio não é tão rigoroso.

Seja em um modelo mais curto, ou mais rasgadinho, seja ele dobrado, despojado, largado, ou com cinto, os shorts jeans são febre no verão europeu e já podemos ver nas nossas lojas de departamento vendendo feito água aqui em terras tupiniquins.

As saias também estão presentes no verão lá fora. Mais justa e mais lisa, elas vão bem com tudo, sandálias abertas, tênis, t-shirt branca, listrado, afinal de contas o preto combina com tudo e é uma cor super forte para o verão.

Os vestidos também deram o ar da graça. Seja mais estampado, vintage, ou minimalista, ele combina com sandálias abertas e sapatilhas. O laranja foi uma cor destaque do verão europeu, bem como o neon e o bege. Investir em vestidos é uma ótima opção para quem gosta de sair à vontade e ter uma peça coringa para qualquer ocasião.

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O legal é compor o look com uma camiseta despojada,

estampada ou simples, brincar com os acessórios

e aproveitar o dia.

Investir em vestidos é uma ótima opção para quem gosta de

sair à vontade

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Atenção com as bolsas. Elas estão 8 ou 80. Mas as super bags foi o que eu mais vi e curti lá fora. Chamativas ou não, elas se tornam peças fundamentais nos looks das holandesas que as carregam até para um simples passeio no parque.

Independente se o seu estilo é mais despojado, vintage, clássico ou minimalista, a moda deve fazer parte de nossas vidas sem nos confundir, sem nos deixar iguais, sem criar rótulos ou padrões.

Precisamos nos sentir felizes com as nossas escolhas, livres para curtir o dia e os amigos. Sermos nós mesmos e sermos diferentes ao mesmo tempo.

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Jéssica Amaral

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Tem gente que nasce com aquele balanço, por aqui dizem que é coisa de brasileiro. Eu acho que é coisa de quem tem música pulsando, de quem sabe misturar Miami com Copacabana, que sabe balançar, mas que sabe também leninear com paciência.

Assim é Sócrates Gonçalves, cantor e compositor que fez de Campina Grande o seu primeiro palco, para nossa sorte. Seu estilo? Quem ainda se preocupa com rótulos a essa altura do campeonato? Mas se existe quem faça questão: Samba-reggae-rock-fankado. Achou estranho? Para um artista tão plural como Sócrates, não dá para apontar algo mais resumido.

Sua carreira musical começou com a banda Nós, uma mistura que deu certo e ajudou a formar o músico que Sócrates é hoje. Em seu álbum Atemporal - que não tem esse título à toa - encontramos do reggae ao blues. Não sabemos se foi na Paraíba que Sócrates encontrou sua inspiração, o que sabemos é da qualidade de suas composições. Segundo ele, compor é como ter sede, e sem saber ou até sabendo, ao matar sua sede ele também mata a nossa, nossa sede de música boa.

Quando a gente descobre uma ótima canção, já é bom, mas quando a gente encontra um artista de qualidade, é melhor ainda. Sócrates encontrou na música uma forma de preencher suas saudades e acaba colocando nelas, suas alegrias, dividindo conosco seus sentimentos.

Para mim, quem consegue transformar tudo isso em música, por si só já é canção.

facebook.com/cantorsocratesgoncalves

@socratesgonca

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Mariana Castro

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Cantora, compositora e poeta, Fidélia Cassandra pensa, escreve e canta o amor. Seu caminho na música teve início de forma natural: eu comecei cantando em casa mesmo, depois fui para os festivais de música que havia aqui em Campina Grande e a partir daí continuei.

Além dos adjetivos já citados, não há como não falar sobre seu talento como escritora. Autora de três livros poéticos tem poemas musicados por vários nomes, a exemplo de Fábio Dantas e Geraldo Pinto.

Tendo se apresentado em palcos de diversas regiões do país, em entrevista concedida ao Som na Agulha, Fidélia ressalta as dificuldades que o artista paraibano enfrenta: é muito difícil fazer música aqui e não só música, quando se fala em arte e cultura em Campina Grande, há a necessidade de se criar um mercado que ainda não existe aqui.

Entretanto, apesar dos obstáculos, é possível convivermos bem de perto com a doçura que suas composições e sua voz esbanjam. E é cantando o amor em suas demasiadas formas que ela segue, e tudo bem ao nosso alcance, afinal, trata-se do som da nossa terra que está aqui, bem debaixo do nosso nariz, nesse caso, em forma de shows, CD, livros e pela proximidade que nos une ou que deveria nos unir.

Ouça uma das composições de Fidélia:

o amorse guardaem caixas invísíveis

ou em lojassem vitrines

“”

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Seria possível unirmos MODA e MÚSICA de uma forma não usual? Acreditamos que sim e foi a partir desse pressuposto que surgiu a ideia no nosso projeto. Intitulado “Musas das Canções”, este trouxe através de ensaios fotográficos, uma reconstrução de seis musas que inspiraram parte dos compositores “na arte das palavras e dos sons”, afinal, não é de hoje que as mulheres são fonte de inspiração na música popular brasileira.

Loiras, magras, baixas, morenas, altas… Mulheres que mesmo tão diferentes possuem algo em comum: a beleza de ser mulher! Montamos o perfil de cada musa a partir da descrição de grandes compositores, tais como Caetano Veloso, Jorge Ben Jor, Cazuza, Chico Buarque e alguns outros.

Confira o resultado, que é composto de muita musicalidade, moda e beleza.

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Eis a nossa La Belle de Jour, a moça mais linda de toda cidade. Alceu descreveu sua musa e nós montamos a mesma de acordo com a nossa interpretação, nossos olhares e observações. Assim a moça bonita da praia de Boa Viagem ganhou forma em nosso ensaio.

O pernambucano Alceu Valença, que, tendo vivido na França, já sabia o que a expressão “La Belle de Jour” significava, poetizou a prostituta da tarde e tornou-a uma das figuras femininas mais emblemáticas da música brasileira.

Em sua composição, Alceu consegue descrever as duas faces de sua musa, todo seu lado sedutor e seu ar delicado. As cores e a leveza dão o movimento que caracteriza essa mulher sedutora que no azul viajava.

Eis a nossa La Belle de Jour, a moça mais linda de toda a cidade. Alceu descreveu sua musa e nós montamos a mesma de acordo com a nossa interpretação, nossos olhares e observações. Assim, a moça bonita da praia de Boa Viagem, ganhou forma em nosso ensaio.

O pernambucano Alceu Valença, que, tendo vivido na França, já sabia o que a expressão “La Belle de Jour” significava, poetizou a prostituta da tarde e tornou-a uma das figuras femininas mais emblemáticas da música brasileira.

Em sua composição, Alceu consegue descrever as duas faces de sua musa, todo seu lado sedutor e seu ar delicado. As cores e a leveza dão o movimento que caracteriza essa mulher sedutora que no azul viajava.

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Seus olhosazuis como a tarde,

na tarde de umdomingo azul“”

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Mais uma musa ganha forma, dessa vez a Mais uma musa ganha forma, dessa vez a musa de Chico Buarque de Holanda. Pedindo licença ao poeta, apresentamos a nossa Nina, mulher que desperta curiosidade, interesse, que nos faz imaginar a cara que ela faz quando escreve para Chico, quando faz seu mapa.Nina é dessas mulheres que vale a pena conhecer, para deixar-se levar nas noites de Moscou, que só pela lembrança merece uma vodca que nos permita revisitá-la.Toda musa e toda Nina será inacabada, e esse é o bonito da poesia da canção, porém, capturamos um instante de uma Nina que vimos. E antes que surja alguma dúvida, é fácil desfazê-la, a canção é brasileira, a mulher, russa.

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A musa do poeta exagerado. Cazuza fala de Doralinda com uma doçura melódica que nos faz pensar nela como uma mulher linda e encantadora, que possui uma beleza ímpar, que vai muito além da estética.

Liberdade, talvez essa seja a palavra que define bem a impressão que temos de Doralinda, sua alegria está em seus gestos, olhares, sorriso. Está sempre pronta para viver!

Essa é a nossa musa que mais transparece seu compositor, esse seu ar alegre e despreocupado nos faz lembrar Cazuza e sua maneira livre de viver. Seu sorriso de menina e olhar de mulher, nos faz compreender todo o exagero do poeta, que a ama, a adora, a venera.

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Eu queria te dar um amor,Que eu talvez nem

tenha pra dar

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A musa inspiradora de Jorge Ben Jor, assim como o próprio compositor, tem a cor e o gingado brasileiro. Tereza é cor, é samba, é swing, é pura brasilidade! E para quem se perguntou “cadê Tereza?” Respondemos que está aqui em nossa edição.

A nossa musa tem um pé no morro e os dois no samba, sua beleza natural é completa quando mostra seu balanço típico da mulher brasileira. Para lhe dar vida em nosso ensaio, utilizamos em seu figurino, roupas que dessem liberdade e ao mesmo tempo deixassem transparecer sua sensualidade.

Tereza é uma mulher decidida, que não se curva aos desejos de um malandro, mas faz muitos deles se curvarem para vê-la sambar.

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Tereza, minha nêga

minha musa, gosto

muito de você

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Fausto Fawcett

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Kátia Flávia é a gostosona que desceu do morro para Copacabana, e pelo rádio da polícia ela manda seu recado, “GET OUT!”.

Fausto Fawcett, o compositor da música, inspirou-se na malemolência da mulher carioca, nos morros, em Lady Godiva e nas mulheres dos figurões contravenção.

Nossa musa é totalmente urbana e noturna, é de parar o trânsito e atrair todos os olhares. Kátia Flávia é mais que a nossa musa, é a nossa Godiva. E para transparecer todo poder dessa louraça provocante, utilizamos brilhos, cores e muita sensualidade.

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Caetano Veloso

UmaTigresade unhas negras e íris cor de mel

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Caetano Veloso

UmaTigresade unhas negras e íris cor de mel

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Mais que uma mulher, uma musa, uma beleza que por onde passa simplesmente acontece. Assim ela aconteceu para Caetano Veloso, que fez a mesma tornar canção, para que pudesse habitar nosso imaginário.

Espalhando muito prazer e muita dor, ela mostrou que muitas vezes a tigresa pode muito mais que o leão. Com suas garras de felina e besteiras de menina, ela saiu da composição e veio parar no Som na Agulha, nós buscamos mostrar toda sua atitude, todo seu ar enigmático, poderíamos dizer: poderoso.

Tudo o que ela viveu, nem a própria tem certeza. “Ela me conta que era atriz e trabalhou no Hair. Com alguns homens foi feliz, com outros foi mulher”. Mas o seu passado não interessa, pois ela diz que tudo vai mudar e ela vai ser o que quis.Tigresa é a nossa musa que fez Caetano Veloso correr pra um violão num lamento. Eis mais uma grande mulher, grande musa.

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Direção e concepção: Jéssica AmaralFotografia: Anderson TimóteoModelos: Synthia Bivar / Yasmim Macêdo / Ana Beatriz Caldas / Jéssica Amaral / Renatha Alcantara / Ana Laura Cavalcanti Produção: Jéssica Lucena / Mariana Castro / Pedro Augusto / Gilmara da Mata / John Paulino / Agamenon Porfírio / Synthia Bivar

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