Revista Saber Amazônia - Jan, Fev e Março 2016
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Patrimônio guarda entre as paredes um pedaço do bairro do Telégrafo, em Belém. Contudo, o espaço é mais valorizado como uma instituição de ensino do que como parte de um processo histórico-cultural da sociedade, aponta pesquisa do curso de Pedagogia.
Revista da Universidade do Estado do ParáJaneiro/Fevereiro/Março - 2016 Edição 6 - Ano III
Pesquisa quer manter viva a história do Castelinho
Foto Mácio Ferreira
2 Saber Amazônia
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eito
rO desafio do acesso, permanência e inclusão
Expe
dien
te ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
HELEÍZE ROBERTA OLIVEIRA SENA (2021 DRT/PA)Assessora de Comunicação
MIGUEL ALVES E RENATA PAESJornalistas
ALBERTO DERGAN E IGOR PEREIRAEstagiários de Jornalismo
AMALIA PAES E RENATA CARNEIRO
Produtoras
JOSI MENDESDesigner
ANA PAULA SANTANAWeb Designer
BIANCA ALMEIDA Multimídia
ENVIE SUAS SUGESTÕES E DIVULGUE SUAS ATIVIDADES
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Saber Amazônia 3
Edito
rial
História VivaPatrimônio, história e memória do bairro do Telégrafo. Esse é o mote que conduz a matéria de capa desta edição. As
paredes do Castelinho e do prédio da Reitoria guardam lembranças de vários períodos da história do Pará e mantê-la viva é uma das propostas de uma pesquisa do Curso de Pedagogia.
Para os fãs de MMA, um alerta: dissertação de mestrado aponta os riscos à saúde dos lutadores na tentativa de perder peso rapidamente antes de uma luta. Ainda sobre a saúde, mas desta vez, na área alimentar, fizemos uma entrevista com a doutora em ciência e tecnologia de alimentos, Vitória Nazaré Costa Seixas, sobre o perfil dos produtores e a contaminação dos queijos por bactérias nocivas a saúde humana.
Informação, fotos, artigos e conhecimento científico. Seja bem-vindo a mais uma edição da Saber Amazônia.
Boa leitura!Ize Sena e equipe Ascom Uepa
Do you speak english?
Research
Sum
ário
18 Pesquisa em DestaqueCastelinho, um patrimônio no coração do bairro do Telégrafo
10 A polêmica do MMALutadores perdem antes mesmo de subirem ao octógono
14 Abre AspasQueijos artesanais: delícias ameaçadas pela contaminação
6 EnsinoFalta de domínio da língua inglesa reduz
possibilidades de bolsas em cursos de
pós-graduação
Ensinar e Aprender...............................................4
Fonte de Pesquisa...............................................8
Galeria......................................................................22
Universidade e Sociedade............................26
Ser Uepa................................................................30
Artigo........................................................................32
Foto Arquivo Pessoal
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O pioneirismo da Filosofia em Belém
4 Saber Amazônia
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noFalta de domínio da língua inglesa reduz possibilidades de bolsas em cursos de pós-graduação
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Falta de domínio da língua inglesa reduz possibilidades de bolsas em cursos de pós-graduação
8 Saber Amazônia
Font
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8
Educação é o tema central de três das nossas indicações nesta edição da Revista. Inclusão de pessoas com deficiências, experiências didáticas com a matemática e práticas de escolarização
com recursos multifuncionais mostram diferentes abordagens de educação.
ABC do Santo Daime
O livro da professora Maria Betânia Barbosa Albuquerque, adepta da manifestação religiosa desde 1999, tem finalidade pedagógica, com informações claras e introdutórias às pessoas interessadas no conhecimento sobre a religião do Santo Daime. Permeado de imagens, o título também apresenta um conjunto de referências sobre o tema. A obra foi prefaciada pelo antropólogo Fernando La Rocque. O livro pode ser adquirido no quiosque da Editora da Uepa, na Reitoria, localizada Rua do Una, nº 156 e custa R$ 20.
A Inclusão de Pessoas com Necessidades Especiais no Processo Educativo Escolar: uma experiência inversa O Brasil tem procurado, ao longo dos anos, resgatar a dignidade do ser humano, transformando-o em sujeito de direitos e deveres com capacidade de intervir e redimensionar o meio social. Nesse contexto, a professora Irene Elias Rodrigues publicou o livro sobre inclusão de pessoas com deficiência. O livro aborda o processo de inclusão feita de uma forma contrária. Uma escola de edu-cação especial, após inúmeras tentativas ineficazes de incluir alunos com deficiência no ensino regular decidiu receber todos os alunos e, com isso, propiciar a inclusão antes limitada. O livro faz parte da conclusão do Mestrado em Educação de Irene Elias pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Disponível em: www.editorialpaco.com.br. Valores diferenciados para e-book.
Saber Amazônia 99
Matemática por Atividades: experiências didáticas bem-sucedidas A obra é resultado de trabalhos de pesquisa realizados pelos professores Pedro Franco Sá e Rosineide de Sousa Jucá, com participação de alunos de graduação e mestrado. O livro retrata os resultados dos esforços de educadores preocupados com a qualidade do ensino e da aprendizagem de matemática. A obra constitui-se de um conjunto de artigos produzidos por professores de matemática que apresentam os resultados de suas experiências em sala de aula. As atividades desenvolvidas visam contribuir tanto com os professores que estão em processo de formação inicial, quanto os de formação continuada, que se interessam pela área de Educação Matemática. O título poderá ser adquirido no site da Editora Vozes (http://www.universovozes.com.br) e custa R$ 29,80 mais o valor do frete.
Práticas de Escolarização em Salas de Recursos Multifuncionais: diretrizes de professores e alunosO livro é resultado de pesquisas desenvolvidas pela Rede de Educação Inclusiva na Amazônia Paraense sobre a prática de escolarização inclusiva em salas equipadas com recursos multifuncionais, em escolas de oito municípios: Belém, Marituba, Ananindeua, Altamira, Marabá, Santarém, Tucuruí e Barcarena. Na publicação, a autora Ivanilde Apoluceno de Oliveira relata um estudo sobre os dizeres de surdos em relação à prática de escolarização em salas comuns e salas de recursos multifuncionais, além das dificuldades do ensino de matemática para cegos. O livro pode ser adquirido no quiosque da Editora da Uepa (Eduepa), na Reitoria, ou na sede da Editora, localizada na travessa Dom Pedro l, nº 519, bairro: Umarizal. O título custa R$ 30.
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LUTADORES PERDEM ANTES M ESMO DE SUBIREM AO OCTÓGONO
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LUTADORES PERDEM ANTES M ESMO DE SUBIREM AO OCTÓGONO
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LUTADORES PERDEM ANTES M ESMO DE SUBIREM AO OCTÓGONO
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O MUNDO DO MMA
OCTÓGONOA ‘’jaula’’ tem oito lados. Foi criada pelo fundador do Ultimate Fighting Championship (UFC), Rorion Gracie. Ela é produzida com materiais que não machucam os atletas. Grade: 1,8 m de altura do piso até a estrutura em cimaPiso: 1,2 m do chão e 9 m de comprimentoJuízes: responsáveis em avaliar as lutas e dar as notas.
LUTADORES PERDEM ANTES M ESMO DE SUBIREM AO OCTÓGONO
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Como professor e ex-preparador físico de Judô, Jiu-Jitsu e MMA, ele alerta para os métodos. “Eles não são saudáveis e a literatura é inequívoca e controversa ao apresentar os riscos à saúde, promovidos por esta prática. Inclusive, a American Medical Association (1998) reportou o caso de três colegiais norte-americanos, lutadores de Wrestling¹, que morreram em 1997, em consequência da utilização de métodos de redução de peso corporal’’. A nutricionista do Centro de Saúde Escola da Uepa, Valdjane Costa, explica as consequências no organismo. “A dieta é leve, mas não pode ser demais. Eles tiram água, sucos, retiram o máximo de líquido, tiram bastantes carboidratos e ficam mais na proteína. A proteína dá aquela sensação de perda de peso rápida, mas não elimina gordura. Isso causa a sensação de desmaio e fraqueza articular”. O endocrinologista e professor da Universidade, Fernando Flexa Ribeiro Filho, frisa que atletas tem se colocado entre a vida e a morte. “A pessoa perde muita água. Só tem como
perder peso em dias e horas perdendo água. Os riscos de terem AVC, palpitações cardíacas, ataque cardíaco são naquele momento em que tudo pode acontecer”. Internacionalmente - A pesquisa foi apresentada em forma de pôster, no Congresso do Colégio Americano de Medicina Esportiva, em San Diego, Califórnia. Além de professor da Uepa e autor da dissertação, Rubens é mestrando em Desempenho Esportivo no Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Os resultados finais serão divulgados em uma revista científica de nível internacional ainda no primeiro semestre de 2016. ¹O Wrestling é conhecido como luta livre, que opõe dois adversários. Trata-se de um esporte considerado agressivo que, à semelhança da arte marcial Vale Tudo, utiliza técnicas de combate, como atirar o adversário às cordas, torções, chaves, pontapés, murros, entre outros.
Saber Amazônia 13
PERDA DE PESO PODE GERAR
CATEGORIAS DO MMA
O UFC tem sete níveis diferentes de peso para cada lutador.
até 70 kg
Peso LevePeso Meio Médio
até 77 kg
até 84 kg
até 93 kg
até 120 kg
Peso MédioPeso Meio Pesado
Peso Pesado
Peso Moscaaté 57 Kg
Peso Galoaté 61 Kg
Peso Penaaté 66 Kg
ARRITMIAS CARDÍACAS (PALPITAÇÕES): perda de eletrólitos (potássio e sódio) das células. Elementos essenciais na atividade de contração dos músculos. O suor excessivo altera as batidas cardíacas. O coração não consegue bombear o sangue. ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC): o sangue fica com menos água, viscoso e favorece o AVC. DESORDENS PSICOLÓGICAS: ansiedade, raiva e depressão são ocasionadas pelo estresse físico e mental que o corpo passa.
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Queijos artesanais: delícias ameaçadas pela contaminação
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Profª. Ana Oliveira: Uepa implanta cursos em áreas estratégicas do estado. Foto Bianca Almeida.
Profª Vitória traçou perfil dos produtores e causas de contaminação. Foto Arquivo Pessoal
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Venda do queijo na feira do município de Conceição do Araguaia. Foto Arquivo Pessoal
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Após a ordenha, 75% dos entrevistados afirmaram que soltam os animais no pasto para a alimentação, enquanto 25% dos produtores não oferecem nenhum tipo de alimentação, portanto em desacordo com a legislação vigente. Segundo a legislação (BRASIL, 2011), os animais devem ser mantidos em pé, pelo tempo suficiente para que o esfíncter (abertura) do teto volte a se fechar. Para isso, recomenda-se oferecer alimentação no cocho(tronco de madeira cavado) após a ordenha para evitar que haja contaminação microbiana em função do esfíncter ainda permanecer aberto.
Comercialização do queijo em feira livre de Redenção-PA. Foto Arquivo Pessoal
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Castelinho, um patrimônio no coração do bairro do Telégrafo
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Castelinho, um patrimônio no coração do bairro do Telégrafo
Saber Amazônia 19Foto Mácio Ferreira
Foto Arquivo SECULT/PA
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Linha do tempo com a história do Castelinho
1893
Início das obras do prédio, no governo de Lauro Nina So-dré, com o objetivo de criar uma peni-tenciária estadual. Com o término do mandato, obras foram paralisadas.
1932a
1933Durante o governo de Joaquim Magalhães Barata, as obras foram retomadas e aproveitados os alicerces da antiga penitenciária para a construção de um grupo escolar que se chamaria Augusto Montenegro.
1936
A Polícia Militar resolveu transformar o local em um Batalhão de Caçadores, visto que o prédio era insuficiente para abrigar um grupo escolar e que as dependências não atendiam às necessidades da pedagogia moderna. A transformação teve ajuda do engenheiro Francisco Bolonha.
1956a
1957Prédio deixou de abrigar o Batalhão para abrigar a Imprensa Oficial do Estado ou ‘Campos do Diário’, como era chamado na época.
1961
No governo de Aurélio do Carmo, o prédio passou por nova adaptação, passando a funcionar como a Escola Estadual Manuel Magalhães Barata.
1966
O colégio deixa o prédio e este passa a abrigar um conjunto composto por três blocos edificados no terreno do antigo Magalhães Barata. Nesta fase, asfaltaram as ruas que dão acesso ao monumento: do Una, Municipalidade e as travessas Djalma Dutra e José Pio.
1987
Na gestão do governador Jader Barbalho foi instalada no local a Fundação Educacional do Pará (F.E.P), com o curso de Pedagogia criado pelo decreto 2.136 de 10 de fevereiro de 1984. Provavelmente, o acréscimo do mezanino e das divisórias ocorreu nesse período. Ainda neste governo, já em 1993, a FEP foi transformada em Uepa e o prédio da Reitoria passou a abrigar somente a parte administrativa da Universidade.
Diasatuais
Nestas duas instalações, castelinho e no prédio que dá acesso à rua do Una, funcionam a administração da Uepa, além das coordenações dos cursos de Pedagogia, Letras - Língua Portuguesa e Letras - Libras, sala de videoconferência, sala multiuso, Educação a Distância, Grupo de Pesquisa Núcleo Educacional Paulo Freire e ambulatório.
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O que é?Segundo o artigo nº 216 da Constituição Federal, considera-se Patrimônio “as formas de expressão; os modos de criar; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; além de conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico”.
O X da questão sobre patrimônios:
Patrimônio HistóricoBem material, natural ou imóvel que possui significado e importância artística, cultural, religiosa, documental ou estética para a sociedade. Foram construídos pelas sociedades passadas e por isso representam fonte de pesquisa. Ex: Teatro da Paz, Colégio Gentil Bittencourt.
Patrimônio CulturalSão os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: as formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver. Ex: Carimbó, Círio de Nazaré.
Prédios TombadosSão aqueles registrados pelo poder público com o objetivo de preservar, através da aplicação da lei, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico e ambiental para a população, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados.
Patrimônio MaterialCidades, edificações, documentos, objetos, espaços onde se dão manifestações artístico-culturais, complexos urbanos e demais logradouros de referência histórica, paisagística, artística, arqueológica, paleontológica, ecológica e científica.
Patrimônio ImaterialTodas as criações humanas que não teriam necessariamente uma base física, ou pelo menos ela não seria o princípio definidor. Nessa dimensão, estão as formas de expressão (canções, danças e teatro) de uma coletividade, suas maneiras de fazer determinados processos (culinária e artesanato), de viver, de agir (celebrações), de formular seu conhecimento através do pensamento, dos costumes e das instruções.
Foto Cláudio Santos/Ag. Pará
Foto Carlos Sodré/Ag. Pará
Foto Lucivaldo Sena/Ag. Pará
Foto Eliseu Dias/Ag. Pará
Foto Geraldo Ramos/Ag. Pará
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Gal
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Enviesua foto
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Na página anterior, (acima)emissoras de rádio se preparam para a divulgação do Listão dos Aprovados. Abaixo, caloura de Medicina, se emociona com a aprovação.
Ao lado, calouras do curso de Letras - Libras comemoram em frente a Uepa.
Abaixo, Juarez Quaresma, reitor da Uepa, junto a Associação Atlética Búfalos da Medicina, recepcionam os calouros.
Fotos Bianca Almeida.
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Neste ano, alunos da rede estadual de ensino superaram o quantitativo de aprovados da rede privada. Ao lado, imagens da comemoração nas escolas públicas.
Fotos Advaldo Nobre / Ascom Seduc
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Equipe de alunos que estão na Holística, atualmente. Foto Miguel Alves
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Há cinco anos, a Holística, Empresa Júnior de Engenharia e Tecnologia da Uepa faz consultoria a micro e pequenas empresas com foco nas áreas de Engenharia Ambiental,
Engenharia de Produção, Design, Engenharia Florestal e Tecnologia de Alimentos. A ideia é apresentar uma solução inovadora para quem busca crescer no mercado profissional dentro do Estado do Pará.
Em 2015, a Holística deu um novo passo na qualificação dos serviços ao integrar o Movimento Empresa Júnior Estadual, da Confederação Brasileira de Empresa Juniores – Brasil Júnior. A partir de então, entrou num processo de capacitação profissional para atender o público e fomentar ideias inovadoras no Estado.
A empresa é formada por 13 acadêmicos de cursos distintos do Centro de Ciências Naturais e Tecnologia (CCNT). Por um preço abaixo do oferecido no mercado, presta serviços de análise econômica de produto, avaliação e perícias florestais, criação e identidade visual, mapeamento de processos, plano de controle ambiental, entre outros.
Os estudantes passaram por treinamentos promovidos pela Brasil Júnior. Além de capacitar, a finalidade é criar uma federação estadual formada por pelo menos cinco empresas juniores paraenses, que terão como foco a interação entre os empreendimentos juniores, desenvolvimento e o fortalecimento das demais empresas.
“Acredito ser um importante passo que a Holística está dando. Federar o estado e ser reconhecida pela Brasil Júnior nos dá motivação e segurança da importância que é fazer parte de uma empresa júnior, que hoje forma alunos diferenciados para o mercado. A empresa é composta por diversos alunos que prestam serviços para micro e pequenas empresas. O valor cobrado é bem abaixo do mercado. Esse é um dos nossos diferenciais”, enfatiza a presidente da Holística, Amanda Casimiro, 23 anos, estudante do 4° ano do curso de Engenharia Ambiental da Uepa.
A Holística foi fundada em junho de 2010. Não possui fins lucrativos e conta com um corpo de membros formado por alunos selecionados e o professor orientador, Marcio Franck, vice-diretor do CCNT.
Expansão e Qualificação do Mercado Empreendedor no Pará
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A Holística funciona no Centro de Ciências Naturais e Tecnologia (CCNT) da Uepa, localizado na travessa Eneas Pinheiro, nº 2626. Site: holisticauepa.wix.com/empresajr
Imagens do Encontro da Federação Paraense de Empresas Juniores.
Foto
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ENGENHARIA FLORESTAL
• Manejo Florestal
• Silvicultura
• Avaliação e Perícias Florestais
DESIGN
• Criação ou reformulação de Identidade Visual, entre outros serviços na área gráfica
• Gestão de redes sociais, com o desenvolvimento de conteúdo relacionado ao marketing digital
• Tecnologia de Produtos Florestais
• Arborização e Paisagismo
• Projeto de Produto• Mídias Sociais • Desenvolvimentos de portfólio
entre outros meios para exposição de trabalhos
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
• Planejamento e Controle de Produção
• Gestão de Estoques e Suprimentos • Previsão de Demandas
• Logística
• Gestão Total da Qualidade• Plano de Negócio• Plano de Marketing | Pesquisa
de Mercado
ENGENHARIA AMBIENTAL
• Cadastro Ambiental Rural• Estudo de impacto de vizinhança
• Plano de Controle Ambiental
• Projeto de Engenharia Ambiental • Plano de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos
TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
• Aproveitamento de matérias-primas oriundas do setor pesqueiro, agrícola, pecuário e vegetal
• Desenvolvimento de produtos alimentícios prontos e semi-prontos
• Análises físico-químicas, microbiológicas e sensoriais
• Elaboração de manual de boas práticas de fabricação
• Reaproveitamento de resíduos de alimentos.
SERVIÇOS OFERECIDOS PELA HOLÍSTICA
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Transformar a vida de crianças por meio da música. Em 1995, talvez nem passasse pela cabeça do então aluno do curso de Educação Artística com habilitação em Música - atual Licenciatura Plena -, Carlos Augusto Pinheiro Souto, que esta seria sua grande missão anos mais tarde. Hoje, como professor da Uepa, ele exerce a função com maestria à frente do projeto Trilhos Sonoros. A iniciativa é desenvolvida na cidade de Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, onde cursa o doutorado em Teologia pela Faculdades EST.
Souto, ao lado da esposa e dos dois filhos, ministra, de forma gratuita, aulas de música todos os sábados - de manhã e à tarde - a aproximadamente 80 crianças e adolescentes que vivem em situação de vulnerabilidade social nas comunidades gaúchas de Mato Grande, Tia Cleusa e Minha Terra. O grupo participa de aulas de violino, viola, violoncelo, trombone, trompete, saxofone, sanfona, teclado e teoria musical. Os que mais se destacam integram a Orquestra Infanto-Juvenil Trilhos Sonoros, que já arrancou aplausos do público em eventos internacionais, como o Fórum Mundial de Educação.
“O projeto ressignifica a vida dessas crianças, que tocam em lugares nobres da cidade, em eventos internacionais, e são aplaudidas. Existe uma ressignificação de vida, não só para a criança, mas para a própria família e para a Uepa. Os professores licenciados carregam todo o aprendizado e experiência. A Uepa não forma apenas para atuação local e regional, mas para o mundo, e isso dignifica a Instituição, pois os professores conseguem se inserir em outras culturas e influenciar. É um forte exemplo de como a Uepa tem sido feliz na condução de suas propostas de trabalho”, afirma Augusto Souto.
A vontade de fazer mais pelo social acompanha Souto desde a graduação na Uepa, quando participou do projeto de extensão Arte Nova, com crianças e adolescentes do bairro do Barreiro, em Belém. Este foi o primeiro contato com a periferia. Como professor, ele desenvolveu outros projetos junto à comunidade, desta vez no bairro do Benguí. O mais emblemático foi o Alunos de Música Empreendedores (AME). Durante seis
anos (2004-2010) e em parceria com a coordenação de Licenciatura em Música da Uepa, os alunos testavam na prática sua futura profissão e, dali, retiravam conteúdos para artigos acadêmicos, trabalhos de conclusão de curso, objetos de pesquisa, entre outros. Quando ingressou no mestrado em Educação, no sul do País, não foi diferente, e Souto aprofundou as pesquisas sobre música na periferia com a Orquestra Vila Lobos, de Porto Alegre.
“Levei a experiência de seis anos do trabalho que desenvolvia em Belém, e, em 4 de fevereiro de 2011, nasceu o projeto Trilhos Sonoros de uma constatação e de uma necessidade de desenvolver algum trabalho para crianças e adolescentes em estado de vulnerabilidade. Apresentei a proposta para filhos de catadores de lixo e começamos com onze crianças e onze flautas doces. As aulas e os ensaios são na minha casa, onde permanecem até hoje. A minha pesquisa de doutorado está vinculada ao Trilhos Sonoros”, conta.
O projeto Trilhos Sonoros já se tornou referência no ensino de música gratuito na cidade de Canoas e, inclusive, foi aprovado em editais de incentivo da Prefeitura do município, o que possibilitou a compra de instrumentos e de roupas. Mas ainda não é o bastante! O projeto deverá continuar mesmo quando o doutorado do professor estiver concluído e, para isso, já está em prática o Intercâmbio Solidário, no qual os alunos de Belém poderão trocar experiências e contribuir com o trabalho iniciado por Souto em Canoas.
Enquanto isso, só resta agradecer e contribuir com formação de pequenos talentos. “A contribuição da Uepa para este trabalho é muito rica, pois está lidando com transformação de vida e quem está garantindo isso é a Universidade, quando me permite ficar estudando e me dá a oportunidade de contribuir com a felicidade dessas crianças. Isso não tem preço”, finaliza.
Deu música nos pampas gaúchos
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Parceria promove treinamento e aperfeiçoamento de estudantes em pesquisa sobre sustentabilidade na Amazônia
Por Carlos Capela*
Biodiversidade amazônica é tema de projetos de pesquisa. Foto Tamara Saré
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Aulas práticas ministradas pelo profº Capela no Laboratório de Qualidade Ambiental (LQA) . Foto Divulgação.
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Agrônomo pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e mestre em Ciências Ambientais numa parceria entre a UFPA/EMBRAPA/MPEG. Atualmente, é pró-reitor de Gestão e Planejamento da Uepa e professor ligado ao Departamento de Engenharia Ambiental.Fo
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Tenha seu material publicado. Envie seu artigo
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Ecossistema amazônico é objeto de estudo entre instituições parceiras. Foto Ascom IDEFLOR.
36 Saber Amazônia
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Belém, urbana e ribeirinha, cidade onde crenças, saberes e conhecimento convivem todos os dias.
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Ag. P
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