Revista Rostos Online N06

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NÚMERO 06 JULHO-AGOSTO 2012 TEB TEATRO DE ENSAIO DO BARREIRO 50 anos de vida uma história escrita com a palavra AMOR

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A «Revista Rostos on line» é um projecto, inovador que visa estabelecer a ponte entre a nossa experiência no jornalismo digital, com a nossa edição diária – Rostos on line – e o trabalho que vamos realizando com as edições impressas. Entramos no jornalismo do futuro, estabelecendo a ligação entre «jornalismo on line» e «jornalismo off line». A «Revista Rostos on line» vai contar com cerca de 80 mil leitores. A «Revista Rostos on line» é a primeira revista on line editada, no mundo do jornalismo na região de Setúbal.

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NÚMERO 06JULHO-AGOSTO 2012

TEBTEATRO DE ENSAIO

DO BARREIRO

50 anos de vida

uma história escrita com a

palavra AMOR

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PRODUÇÃO DE SENTIDOS

A vida associativa é uma marca da sociedade portuguesa, um pouco por todo o país, são milhares de voluntários que de forma activa, diária e permanente, contribuem para manter abertos espaços onde se promove a formação desportiva e cultural.O Barreiro desde o século XIX tem tido na acção associativa uma referência das suas vivências locais, demonstrando quoti-dianamente que “nem só de pão vive o homem”.

O desenvolvimento e crescimento das associações na vida lo-cal, durante o século XIX e XX, encontraram as suas raízes na palavra SOLIDARIEDADE. Foram construídas de raíz sedes so-ciais, abriram-se Bibliotecas, promoveu-se o teatro e a música, estimulou-se a prática desportiva.As associações eram espaços de intervenção cívica, funciona-vam como a segunda casa das famílias, eram um ponto de en-contro e a porta que se abria aos que chegavam, numa fase na procura de emprego, noutra fase na procura de casa.As associações sempre foram espaços dinâmicos e lugares de envolvimento dos cidadãos, de forma solidária, para atingirem objectivos comuns, que se organizavam quer em cooperativas, quer em sociedade filarmónicas, clubes recreativos ou despor-tivos.O associativismo abria espaços de esperança e democracia, mesmo nos tempos de ditadura, afirmando-se como universida-des populares, escolas de formação humanista.Quem não recorda os comboios da pedra do Barreirense, da SFAL, do Ginásio da Baixa da Banheira, momentos que muitos guardam na memória, unindo famílias e vontades.Este um tempo em que o associativismo se escrevia com a pa-lavra SOLIDARIEDADE.

Depois, após o 25 de Abril, fortaleceram-se essas dinâmicas, nasceram novas associações e novo tipo de associações.O Poder Local também rasgou novos caminhos e passou a as-sumir um papel activo na dinamização de actividades desporti-vas, recreativas e culturais.As associações continuaram a marcar a vida local de forma acti-va, mas, pouco a pouco, pelas mais diversas razões, em muitas actividades o voluntariado passou a ser substituído por recurso ao pagamento de técnicos ou profissionais.

Apesar de continuarem a viver dos seus próprios meios e dinâ-micas, em algumas situações, para manter a vida da associa-ção era essencial o recurso aos subsídios institucionais.A SOLIDARIEDADE marca do voluntariado começa a ser substi-tuída pela SUBSÍDIO DEPENDÊNCIA.Não é que as associações existam porque têm subsídios, mas muitas das suas actividades, só são possíveis manter se conta-rem com apoios institucionais.

Actualmente, com as dificuldades existentes, o corte de apoios, que nunca foram excessivos, mas eram essenciais, colocam as associações perante um novo cenário, muitas lutam pela SO-BREVIVÊNCIA.

São estes os três “esses” que marcam a vida associativa nos séculos XIX e XX, e neste começo do século XXI – Solidariedade, Subsídio -dependência e Sobrevivência.

Penso que, de novo, é urgente retomar o caminho da SOLIDA-RIEDADE, dando mais voluntariado e galvanizando os associa-dos e as comunidades para os valores do associativismo e im-portância do associativismo no desenvolvimento local.Todos os dias, apesar de todas as dificuldades, continuam a existir milhares de voluntários que de forma activa mantêm vi-vas centenas de associações, contribuindo para a formação de jovens, promovendo actividades recreativas, desportivas e cul-turais, dando aos dias um sentido dinâmico e criativo.

A SOLIDARIEDADE tem que voltar a ser a força das associações, dando-lhe energias para que possam ser auto-suficientes, e, por outro lado contando com apoios institucionais para actividades que transcendem os seus espaço, ou para a concretização de melhoramentos e manutenção das suas sedes sociais, uma im-portante rede social, pontos de encontro e de socialibilidade. Num tempo conturbado e de perda de valores, acredito, que o associativismo continua a ser uma porta aberta à esperança, um caminho de acção que contribui para fazermos quotidiana-mente um mundo melhor, e legarmos aos vindouros um patri-mónio que dá sentido a uma onde o ser humano é a centro e a única razão de ser da sua existência.

Os três “S” do Associativismo

Solidariedade,Subsídio-dependência e Sobrevivência- Na hora de retomar a SOLIDARIEDADE

/// TEXTO: ANTÓNIO SOUSA PEREIRA

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4 /// REVISTA ROSTOS ONLINE - JULHO/AGOSTO

EM DESTAQUE

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REGISTOS E HISTÓRIAS – PÁGINA 5 E 6

TEB – TEATRO DE ENSAIO DO BARREIRONo ano do cinquentenário

O TEB – Teatro de Ensaio do Barreiro comemora este ano o seu 50º aniversário. Um tempo feito de emoções. Muitas alegrias. Muitos aplausos. Homens e Mulheres que propor-cionaram momentos de arte e criatividade.

UM OLHAR NA CIDADE – PÁGINA 8 E 9

David Lynx» um nome de referência na noite do BarreiroHá uma aposta na noite cada vez com mais e com melhor qualidadeBarreiro - uma noite onde existe magia

MOSAICOS DA REGIÃO – PÁGINAS 10 E 11

António de Jesus Marques De Sindicalista a Autarca – uma vida na lutados trabalhadores

“A intervenção na vida sindical deu-me experiência que me permite, ao nível de gestão e acção politica, estar à vontade nesta minha função autárquica” – refere António de Jesus Marques, um homem que dedicou a vida ao mundo sindical e agora exerce as funções de Presidente da Junta de Fre-guesia de Santo André, no concelho do Barreiro.

EM FOCO – PÁGINAS 14 A 16

16º SWtmn - 1 a 5 de agostoHerdade da Casa Branca, Zambujeira do MarDavid Guetta confirma a sua residência

. Urbanvibsz do Barreiro marcam presença no palco Meo Reggae Box. Gorillaz Sound System, Orelha Negra, DJ Ride, Beres Hammond, Half Pint e Cornell Campbell & Far East Band, E muito mais, em 3 palcos, numa semana de música para umas férias inesquecíveis!

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REGISTOS E HISTÓRIAS

TEB – TEATRO DE ENSAIO DO BARREIRO

UMA HISTÓRIA ESCRITA COM A PALAVRA

AMORGraciano Simões recorda que as origens do TEB remontam ao ano 1961, quando um grupo de jovens assíduos da SFAL – So-ciedade Filarmónica Agrícola Lavradiense, decide levar à cena uma peça de teatro pelo Natal “Era uma vez um Dragão…”.Após esta experiência o Grupo quis prosseguir a sua actividade, mas, a existência de um Grupo de Teatro na colectividade, dirigido por Mário de Oliveira, fechou as portas da velhinha aos sonhos dos jovens.Partiram então rumo ao Grupo desportivo da CUF, onde, no dia 17 de Outubro de 1962, nasceu o TEB – Teatro de Ensaio do Barreiro.Os primeiros nomes que se inscrever-am na história cinquentenária do TEB foram:Graciano Simões, Manuel Alpalhão, Tito Lívio e Filipe Cardoso.

UMA ESCOLA DE TEATRO

Começava assim a vida de um Grupo de Teatro que ao longo dos anos tem contribuído para prestigiar o teatro e o Barreiro.O TEB tem sido uma escola de teatro, con-tribuindo para abrir o caminho para a vida de actores profissionais de homens e mulheres que inscreveram sesu nomes na história do teatro português:Eduardo Galhós, Vitor Soares, Fernando Tavares, Raquel Maria, são disso exemplo.

O RECONHECIMENTO

As Velhacarias de Scapin, de Molière, é a sua peça de estreia, emOutubro de 1962, no Grupo Desportivo da CUF (hoje Casa da Cultura da Quimiparque/Baía Tejo).Ao longo da sua história foram representadas 32 peças. Nos anos 60 e70, o trabalho do TEB recebeu prémios para a encenação e interpretação de várias

peças, entre elas:Ratoeira, Caíram do Céu Três Anjos, Roberta e João Gabriel Borkman. A crítica do teatro sublinha a qualidade do trabalho, abrindo as portas para que o TEB marca-se presença na Rádio Televisão Por-tuguesa, e também recebendo o de Amélia

Rey Colaço, para representar no palco do Teatro Nacional D. Maria II.Em 1971, a peça Forja, de Alves Redol, é igual-mente premiada pelo SNI, no Concurso Nacional. O filho de Alves Redol sublinhou que - “esta é a Forja que o meu pai gostaria de ter visto”.

O TEB – Teatro de Ensaio do Barreiro comemora este ano o seu 50º aniversário. Um tempo feito de emoções. Muitas alegrias. Mui-tos aplausos. Homens e Mulheres que proporcionaram momentos de arte e criatividade.

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REGISTOS E HISTÓRIAS

NA BUSCA DO PRÓPRIO ESPAÇO

A vida do TEB não foi fácil, saltitando de casa em casa, da Casa da Cultura, para o Clube 22 de Novembro, até ao ano do seu incêndio, em 1978.Seguiu-se um percurso de procura de um lugar do Grupo Desportivo da CUF até à SDUB “Os Franceses”.Por fim, no ano 2000, encontra a Oficina de Teatro Mário, uma garagem da Rua Con-

selheiro Joaquim António de Aguiar, que é transformada numa sala de espectáculo, tendo por base um protocolo celebrado com a Câmara Municipal do Barreiro.«É Urgente o Amor» é o seu mais recente trabalho. Para assinalar os 50 anos de vida está a ensaiar «A Boda dos Pequenos Bur-gueses» que espera estrear nodia 17 de outubro deste ano, data do seu 50º aniversário.Este ano no Feriado Municipal, pelo trabalho

cultural em prol do teatro de amadores de-senvolvido ao longo de 50 anos, a Câmara Municipal do Barreiro atribuiu ao TEB - Teatro de Ensaio do Barreiro o Galardão Barreiro Reconhecido 2012 – Área da Cultura, Artes e Letras.

Uma história escrita com a palavra AMOR. Um caminho percorrido com verticalidade de quem faz o que gosta, como gosta, com criatividade e inventado a vida.

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FIXANDO NO TEMPO

LUIS GOMES LANÇA ROMANCE

QUE PROPÕEUMA REFLEXÃO

SOBRE A «INCERTEZA

DA VIDA»

Luis Gomes, Empresário, Mediador de Seguros, 53 anos, natural de Alhos Vedros, no concelho da Moita. Desde criança que sente motivação

para a escrita, e ao longo da sua vida foi cultivando esse seu amor à escrita.Publicou o seu romance, intitulado «Os Quanta e Eu», lançado no decorrer da 41ª Feira do Livro de Alhos Vedros.

UMA HISTÓRIA SIMPLES QUE DIVERTE

Em conversa com o «Rostos» refere que o seu romance “é uma história banal, é uma história de ascensão e queda, uma história um tanto ao quanto descon-certante”.“Este meu livro fundamentalmente constitui uma ale-goria, quem o ler vai sentir que é uma história simples que diverte. Quem ler para se divertir e se interrogar sobre o que diz respeito o romance, verá que é uma alegoria sobre o sentido da vida, levando a pensar sobre o que é que faz que a vida seja como é, sobre o que é o livre arbítrio.” – sublinha.Interrogámos se no romance existe algum personagem que se identifique com o autor, Luis Gomes respondeu: “Comigo ninguém. Serei o narrador, claro, que está omnipresente, é uma pessoa concreta, com o pseu-dónimo Sebastião Soromenho, que sabe os detalhes da história e vai contar vai história”.

UMA HISTÓRIA NA MARGEM SUL

“É uma história que acontece aqui na zona, nesta margem sul, porque o projecto do Sebastião Soro-menho, define o seu projecto como ligado à Margem Sul.” – refere.Recorda um prefácio que escreveu, num dos seus livros de Sebastião Soromenho, no qual referenciou a obra da Geógrafa, Maria Alfredo da Cruz, que estudou a Margem Sul do Estuário do Tejo, numa obra que define os concelhos desta margem, de Alcochete a Almada, e, onde encontrou a sua visão sobre a margem sul.

O PRINCIPIO DA INCERTEZA DA VIDA

Sublinha Luis Gomes, que o título do seu romance – “Os Quanta e Eu”, está relacionado com a física, com os estudos de Stephen Hawking, sobre Física Quântica, pois coloca a reflexão sobre– “o principio da incerteza, o principio da incerteza da vida, e leva a perguntar-nos dentro dessa incerteza se nós temos algum poder de decisão, algum livre arbítrio, se afinal temos alguma influência no destino”.“No fundo o romance apresenta uma alegoria, essa alegoria, é aquilo que fica como pergunta ao leitor sobre a incerteza d avida” – sublinha.

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UM OLHAR NA CIDADE

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UM OLHAR NA CIDADE

«DAVID LYNX»UM NOME DE REFERÊNCIA NA NOITE DO BARREIRO

HÁ UMA APOSTA NA NOITE CADA VEZ COM MAIS E COM MELHOR QUALIDADE . Barreiro - uma noite onde existe magia

“Desde sempre estive envolvido na noite do Barreiro, foi aqui que vivi as melhores emoções, esta era uma noite onde existe magia nocturna” – refere David Lynx ao «Rostos» e acrecenta que – “há uma aposta por parte dos estabelecimentos, que dão vida à noite barreirense, de cada vez, desenvolve-rem a sua actividade com mais e com melhor qualidade”.

«David Lynx»é um nome que anima a noite do Barreiro. Um apaixonado pela música e pelas emoções. Num breve diál-go com o «Rostos» revela uma poucoi da sua actividade e fala da noite do Barreiro.

PAIXÃO PELA MUSICA QUE TORNOUDAVID LINCE NO D´LYNX.

Como iniciou a sua actividade de DJ?“Foi a paixão pela musica que tornou David Lince no D´LYNX. Sempre fui interessado pela mistura e composição de sons, um gosto que despertou em mim desde cedo.Comecei por experimentar a área de vjay, participando em espectáculos por todo o país, depois formei-me em barmen, e tive a oportunidade de trabalhar em locais de prestigio como o Queens e a Casa do Castelo, no Algarve. Foi no Algarve que tive o primeiro contacto com equipamen-to de DJ, bastante motivado pelo DJ Petethezouk e vibe.Em 2009 procurei formação na escola PRODJ, onde tirei o curso de DJ com nomes reconhecidos neste universo, como Viriato Muata e Mr. Sanches.

LEVAR AO RUBRO O FESTIVAL FESTA DO AVANTE

Quais os seus habituais locais de actuação?Como D´LYNX tenho uma intensa actividade, no meu cur-riculum constam participações nacionais e internacionais, no Nobel Club, ARRABIDA KLUB KASTELO, BAR DO PEIXE, Niram ART Bar ( Madrid ), LIPS BAR SETUBAL,DOSETLARGE, BAIRRAZZA, LISNAVE - B. ALTO LX e em varias FNAC’s do país.Posso referir que no ano de 2010 e 2011, D´LYNX marquei a diferença, ao levar ao rubro o festival FESTA DO AVANTE,

foi uma presença que vincou o meu nome e o lançou neste mercado de trabalho.De momento o LYNX continua a marcar pontos altos na noi-te, actualmente empenho-me em trabalhos como free lan-cer, e nas várias presenças penso que continuo a dignificar o nome que adoptei D´LYNX, que já é uma referência.

BARREIRO - UMA NOITE ONDE EXISTE MAGIA NOCTURNA

Qual é a sua opinião sobre a noite no Barreiro? Desde sempre estive envolvido na noite do Barreiro, foi aqui que vivi as melhores emoções, esta era uma noite onde existe magia nocturna.Actualmente passado 10 anos de viver a noite do Barreiro, penso que há uma aposta por parte dos estabelecimentos, que dão vida à noite barreirense, de cada vez, desenvolve-rem a sua actividade com mais e com melhor qualidade. Para mim, a nossa região tem grande harmonia na sua noite, tem espaços perfeitos para realizar espectáculos de grande nível. A localização do Barreiro e as suas paisagens como, por exemplo, a Avenida da Praia são únicas.

A IMAGINAÇÃO É O LIMITE

Que projectos no futuro pensa desenvolver com esta sua actividade?De momento vivendo com muita garra o meu projecto, pos-so afirmar que David lynx efrenta a noite com entusiasmo e vingando como discojoker, mas futuramente, tenho a certe-za que vou criar umas musicas, para correr na rádio e na ca-beça dos portugueses, porque, sei, a imaginação é o limite.

www.wix.com/davidlynxoficial/oficial

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António de Jesus Marques, exerce a função de Presidente da Junta de Freguesia de Santo André, desde o

dia 25 de Outubro de 2010.Ao assumir este cargo tinha pela frente uma “difícil tarefa” pois substituía no cargo o ve-terano autárquico João Raio, homem com forte ligação à comunidade e reconhecido como um “dinossauro do mundo autárquico”.António de Jesus Marques já mantinha al-guma ligação à vida autárquica, eleito na Assembleia de Freguesia de Santo André e integrando o executivo da freguesia, na função de Secretário.

PRIMEIRO EMPREGONAS BOMBAS DO ALBINO MACEDO

António de Jesus Marques, nasceu em Pa-lhais, no dia 28 de Julho de 1945, foi ali que viveu a sua infância, uma terra que recorda – “era uma comunidade com cerca de 1000 pessoas, tinha na altura duas colectividades – Sporting Clube de Palhais e o Recreativo de Palhais. Eu vivi de perto a fusão das duas colectividades. As pessoas eram todos amigos uns dos outros.”Filho de Operários. Seu pai Tanoeiro na CUF e a mãe Corticeira. Tinha seis irmãos.“Por volta dos dez anos, quando fiz a 4ª clas-

MOSAICOS DA REGIÃO

ANTÓNIO DE JESUS MARQUES

DE SINDICALISTA A AUTARCA – UMA VIDA NA LUTA DOS TRABALHADORES

“A intervenção na vida sindical deu-me experiência que me permite, ao nível de gestão e acção politica, estar à vontade nesta minha função autárquica” – refere António de Jesus Marques, um homem que dedicou a vida ao mundo sindical e agora exerce as funções de

Presidente da Junta de Freguesia de Santo André, no concelho do Barreiro.

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MOSAICOS DA REGIÃO

se, comecei a trabalhar. O meu primeiro emprego foi nas Bombas do Albino Macedo, na bomba que existia junto à Boleira do Parque” – refere.

UM PEQUENO CRAQUE DO FUTEBOL

Aos 18 anos iniciou a sua actividade pro-fissional na CUF. Para trás deixou o mundo do futebol, que iniciou no Sporting Clube de Palhais, mas que percorreu diversos clubes no Grandolense, no Sarilhense 1º de Maio, no Santoantoniense, no Futebol Clube «Os Belenenses”.“Eu gostava de praticar desporto, era um pequeno craque do futebol “ – recorda.Cumpriu o Serviço Militar no Hospital Militar da Estrela, ligado aos Serviços de Saúde, no âmbito de análises Clinicas.

CUMPRIDO O SERVIÇO MILITARREGRESSOU À SUA EMPRESA A CUF

Cumprido o Serviço Militar regressou à sua empresa a CUF, onde exerceu funções no Sector Químico e posteriormente no Sector Têxtil.Frequentou a Escola Alfredo da Silva, como trabalhador-estudante, onde conclui o Curso de Quimica.Na CUF foi convidado para integrar a equipa que instalou a Fábrica das Fibras Sintéti-cas, chegando a fazer parte e assumiu a Coordenação do Gabinete de Estudos da Zona Têxtil.“O Gabinete de Estudos tinha como objectivo organizar a produção de 10 mil pessoas” – sublinha.

ABRIL ABRIU AS PORTAS AO MUNDO DO SINDICALISMO

A Revolução do 25 de Abril abriu as portas ao mundo do sindicalismo.Recorda que despertou para as lutas sindi-cais antes do 25 de Abril, quando se discutia a possibilidade dos trabalhadores “ocupa-rem” os sindicatos que estavam dominados por pessoas ligadas ao regime.“Acompanhei estas lutas com pessoas como Ercilia Talhadas, o Edmundo, que discutía-

mos a possibilidade de eleger uma Direc-ção do Sindicato Têxtil de Setúbal que fosse afecta aos trabalhadores, como aconteceu no Têxtil de Lisboa com o Manuel Lopes” – recorda.“Era um tempo marcado por muito medo. Havia um medo terrível. Mas mexíamos al-guma coisa” – sublinha.

UMA VIDA INTEIRA DEDICADA À LUTA DOS TRABALHADORES

“Após o 25 de Abril fui integrado numa Di-recção dos Têxteis de Setúbal, no ano de 1975.” – refere.No ano de 1976, no Congresso da Federa-ção dos Sindicatos Têxteis foi eleito para a Direcção da Federação, onde se manteve em funções durante 37 anos, assumindo a responsabilidade da Contratação Colectiva.Na sua actividade de sindicalista recorda que coordenou equipas de importantes mo-vimentos grevistas, no Vale do Ave, e muitas lutas do sector Têxtil, Vestuário e Calçado “Foi uma vida inteira dedicada à luta dos trabalhadores. Em todas as lutas eu estava lá, na defesa dos direitos dos trabalhadores na negociação dos Acordos. Foi uma vida preenchida. Estive em todas as lutas que se travaram neste país.” - sublinha.

MEMBRO DO CONSELHONACIONAL DO PLANO

Recorda que a sua participação na vida sindical levou a integrar, durante dez anos o Conselho Nacional do Plano, num tempo em que aquele órgão foi presidido por Aníbal Cavaco Silva.“Integrei esse órgão como representante da CGTP. Foi uma experiência muito inte-ressante” – sublinha.Representou, igualmente, a CGTP, no ICP, participando numa Comissão de Estudo sobre os perfis do Sector Têxtil.

UMA EXPERIÊNCIA SINDICALAO NÍVEL INTERNACIONAL

Na sua vivência sindical, manteve ligações ao nível internacional. Estudou na URSS, na

Escola Superior dos Sindicatos Soviéticos. Tendo sido o representante da CGTP, no 1º de Maio de Moscovo, em 1984.Ao longo da sua actividade de sindicalista chefiou diversas delegações quer à União Soviética, quer à RDA, Finlândia, Grécia, Tur-quia, Checoslováquia e Bulgária, Espanha, Itália, França e Bélgica.“Esta actividade ao nível internacional deu--me uma riqueza muito grande e um grande conhecimento do Movimento Sindical Inter-nacional” – sublinha.

UMA REVOLUÇÃO QUE MARCOU A HUMANIDADE

Na sua opinião, a Revolução Soviética foi de grande importância para o Movimento Operário, dando um contributo para que – “o mundo pudesse evoluir para uma situação em que a riqueza fosse melhor distribuída, e até abrir as portas para construir outro tipo de sociedade. Foi uma Revolução que marcou a humanidade”.Recorda que a União Soviética fez uma transi-ção de um sistema Feudal para um processo de industrialização, enquanto outros países do Leste viveram no sistema capitalista.Na sua experiência em contacto com a União Soviética, recorda com emoção as visitas que fez a Gorki, ou ao Mausoléu de Leni-ne – “impressionou-me porque ele foi um homem que marcou uma época”.“O que vivi nestes países, posso dizer que foi uma experiência positiva, onde sempre fui bem tratado e acarinhado. Ali, o que pode ter existido foi uma falta de ligação aos trabalhadores e às populações.” – refere.

VIDA AUTÁRQUICA UMA NOVA OPÇÃO

Hoje na vida autárquica, António de Jesus Marques, mantém ainda ligações ao mundo sindical, onde mantém amizades e dá o seu contributo.“A intervenção na vida sindical deu-me expe-riência que me permite, ao nível de gestão e acção politica, estar à vontade nesta minha função autárquica” – refere.

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12 /// REVISTA ROSTOS ONLINE - JULHO/AGOSTO

FIXANDO NO TEMPO

Luis Santos

LANÇA O LIVRO“ENTRE-TANTO, O MUNDO!”

Luis Santos, natural de Alhos Vedros, 51 anos, exerce funções de professor na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal.

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FIXANDO NO TEMPO

No âmbito das iniciativas enqua-dradas na 41ª Feira do Livro de Alhos Vedros, lançou o seu livro, um

ensaio literário – “Entre-tanto, o mundo!”.

ACEITEI O DESAFIO DE LANÇAR ESTE LIVRO

“É um livrinho que faz a junção de um conjun-to de textos, escritos em vários blogues, que foram crescendo, uns mais a título individual, outros colectivamente com outros amigos. Agora, fiz a compilação dos textos que fui pro-duzindo, respondendo a um repto de Leonel Coelho, que é o organizador mor da Feira do Livro de Alhos Vedros, que este ano quis ter

os autores locais representados na Feira. Recordo que esta é uma Feira do Livro com história que realiza a sua 41ª edição, e pe-rante o convite, aceitei o desafio de lançar este meu livro” – sublinha Luís Santos.

UM ENCONTRO COMMEMÓRIAS RECENTES

“O livro tem vários capítulos, desde uma escrita mais literária, até a uma escrita mais ensaística, mais filosófica, por assim dizer, onde vai dando conta, de alguma forma de um conjunto de projectos em que participei, por exemplo o Movimento Internacional Lusó-fono, que integrei a Comissão Organizadora do Movimento, assim como à Revista «Nova Águia» que é uma revista associada a esse movimento.Tenho, também, desenvolvido vários projec-tos com amigos, por exemplo, com o Luís Gomes, tivemos um projecto blogue, onde escrevíamos textos, produzidos por nós, que se chamava o «Largo da Graça».Também uma revista digital, que ainda hoje está on line, que é produzida a partir de Alhos Vedros, mas com representação de todo o espaço lusófono, que se chama «Estudo Geral».Digamos que o livro é um pouco um encon-tro com essa memórias recentes que estão presentes.” - refere

CONCEPÇÕES FILOSÓFICAS PRÓPRIAS

“Neste livro procuro transmitir uma men-sagem, que tem por base um conjunto de conceitos chave, em torno de uma temática lusófona, que tem a ver com esta nossa he-rança da língua portuguesa, uma temática que me toca.Depois, tem um desenvolvimento, em torno de um tema mais espiritualista, que é feito com base numa abordagem mais literária,

onde procuro fazer uma abordagem histórico- religiosa ou talvez trans-religiosa, porque é feita a partir de uma análise do fenómeno religioso.Nos textos editados na revista «Estudo Geral», aparecem algumas concepções filosóficas próprias, alguma produção de pensamento próprio, são textos onde talvez transpare-çam um conjunto de ideias que se cruzam com a política, com a filosofia de uma forma geral, porque são temas mais académicos, relacionados com o meu exercício profissio-nal.” – salienta Luis Santos.

UM LIVRO QUE PERMITEPENSAR SOBRE A VIDA

“De alguma forma, no seu conjunto o livro é um pouco isto, são os projectos em que tenho participado e que tenho dado corpo, onde vou desenvolvendo linhas de pensa-mento próprias, que vou partilhando com amigos, através da net, que se estendem pelo mundo inteiro.Nós temos muitos contactos com o Brasil, com Angola, com Moçambique, com os países da língua lusófona, que partilham os seus escritos na revista «Estudo Geral».É um livro que nasce de um pensamento próprio, tão próprio quanto possível, por-que o pensamento é sempre de coisas que também vêm de outros, que nós damos um determinado sentido e fazemos as nossas sínteses, dando o nosso próprio colorido.É um livro que permite pensar sobre a vida, pensar sobre o mundo, e que se presta a ser um ponto de partida para a conversa, no sentido que conversa é fazer versos com…”Luis Santos, já editou vários livros, de diver-sos géneros, sendo este insere-se no grupo das obras que editou no campo da ensaística.“Este vem na sequência de outros dois an-teriores, sendo os três, talvez, uma trilogia” – refere.

«Neste livro procuro transmitir uma mensagem, que tem por base um conjunto de conceitos chave, em torno de uma temática lusófona, que tem a ver com esta nossa herança da língua portuguesa, uma temática que me toca.»

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14 /// REVISTA ROSTOS ONLINE - JULHO/AGOSTO

EM FOCO

16º SWtmn - 1 a 5 de agostoHerdade da Casa Branca, Zambujeira do Mar

David Guettaconfirma a sua residência

. Urbanvibsz do Barreiro marcam presença no palco Meo Reggae Box. Gorillaz Sound System, Orelha Negra, DJ Ride,Beres Hammond, Half Pint e Cornell Campbell & Far

East Band, e muito mais, em 3 palcos, numa semana de música para umas férias inesquecíveis!No passado dia 26 estivemos presentes na apresentação do SWtmn 2012, abriram-se as portas do

Armazém F no cais Sodré e fomos recebidos com a música dos Orelha Negra.Ao todo, o SWtmn já conta com dezasseis anos de história. Ao longo destes anos a música tornou-se o ponto alto de cada verão cúmplice de amizades e de novas sensações. Mais do que um festival, o

SWtmn tornou-se num dos locais mais emblemáticos das gerações que por ali foram passando.

/// TEXTO: Marta Pereira

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EM FOCO

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A edição de 2012 não foge à regra, com um cartaz de luxo que mantém a tradição de levar à Zambujeira do

Mar alguns dos maiores nomes da música actua e não só. A essência do maior festival de verão nacional mantém-se intacta, val-orizando novos talentos e criando espaços dedicados a alguns dos estilos musicais mais procurados pelo público, conservando os palcos dedicados à electrónica e ao reggae. No Palco TMN, a aposta mantém-se virada para os pedidos mais fervorosos do público: Ben Harper, Eddie Vedder e os The Roots assumem o lugar de cabeças de cartaz, tal como David Guetta, que volta a encerrar a festa do SWtmn da melhor forma possível, vincando a sua posição de DJ internacional residente do festival.

MONTRA A ALGUNS DOS MAIS ALICIANTES NOMES DA ACTUALIDADE

Mas não é tudo. Afinal, o Palco TMN acaba por servir de montra a alguns dos mais

aliciantes nomes da actualidade: de Jes-sie J a James Morrisson, passando pelos alternativos The Vaccines, Best Coast ou Two Door Cinema Club, ainda há espaço para a descoberta de novos valores, como Ben Howard e Example, e para confirmações desejadas desde há vários anos, como Mar-celo D2, Matisyahu ou Fat Freddy’s Drop. As grandes experiências audiovisuais também estão garantidas por mais um ano, com os Gorillaz Sound System.Numa busca constante para agradar o novo público, como os mais assíduos do festival, a programação da Groovebox surge reinven-tada, dando um destaque alargado à música electrónica. Entre concertos, live acts e dj sets, por este espaço vão passar não só alguns dos DJs mais requisitados das cenas drum’n’bass e dubstep, como Borgore, Andy C ou DJ Ride, como se mantém o espaço do house, com uma noite dedicada à con-ceituada Cadenza Records com Luciano¸ Cesar Merveille e Maayan Nidam. As ban-das também assumem o seu protagonismo,

com os portugueses Orelha Negra e Best Youth a passarem pela Herdade da Casa Branca, e os norte-americanos Thievery Corporation a provarem por que são um dos nomes mais apaixonantes do trip-hop. Também as tendências mais vanguardistas deste género surgem representadas, com Four Tet e Throes + The Shine a levarem a electrónica a novos patamares.

PALCO REGGAE EMERGETAMBÉM RENOVADO

O palco reggae emerge também renovado, mudou de nome, passando a ser o Meo Reggae Box com uma nova filosofia que visa a devolução do palco aos verdadeiros amantes do movimento. O “festival dentro do festival” oferece uma programação diver-sificada, que vai de encontro aos desejos do público mais exigente. Criando momentos únicos de reunião de vários artistas lendários em palco, como Lee “Scratch” Perry e Max Romeo & The Congos, Half Pint e Cornell

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16 /// REVISTA ROSTOS ONLINE - JULHO/AGOSTO

EM FOCO

Campbell & Far East Band ou, ainda, Jah Mason e Fantan Mojah & Dub Akon Band, o Meo Reggae Box pretende renovar a tradição do seu espaço. Assim, também não faltarão as bandas nacionais como Chapa Dux e do Barreiro os Urbanvibsz. No ano em que se celebra o 50º aniversário da independên-cia da Jamaica, os artistas estão em festa e também celebram em Portugal, com os Jamaican Legends de Ernest Ranglin, Monty Alexander e Sly & Robbie a subirem ao palco

mais importante de reggae em terras lusas, com a voz de Bitty McLean de fundo.

EXIGÊNCIA CRESCENTEDE UM PÚBLICO FIEL AO FESTIVAL

Mantendo bem firme a exigência crescente de um público fiel ao festival, as melhorias no recinto também se fazem notar, para mais uma edição. Atendendo ao aumento gradual do número de festivaleiros que ano

após ano querem viver o SWtmn ao máximo, usufruindo da estadia gratuita no campismo, a segurança tem este ano uma atenção acrescida. Não só pelo aumento sensível no número de elementos destacados para o efeito, mas também através da abertura de novos arruamentos que permitirão mel-horar acessos em caso de necessidade, bem como da colocação de um elemento de se-gurança permanente em cada cruzamento. Garante-se assim o conforto dos milhares de festivaleiros que fazem da Zambujeira do Mar a sua residência durante a primeira semana de agosto.

Nomes confirmados e toda a informação em www.swtmn.pt .

O 16º SWtmn está a chamar. Vais ficar a ver ou vens viver?Abertura do Campismo a 28 de julhoHerdade da Casa Branca, Zambujeira do Marwww.swtmn.pt | Facebook Sudoeste tmn