Revista Portuária - 18 Agosto 2015

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Revista Portuária - 18 Agosto 2015

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4 • Agosto 2015 • Economia&Negócios

Editora BittencourtRua Anita Garibaldi, 425 | Centro | Itajaí Santa Catarina | CEP 88303-020 Fone: 47 3344.8600

DiretorCarlos Bittencourt [email protected]

Diagramação:Solange Alves [email protected]

Redação:[email protected]

Capa: Leandro Francisca

Contato ComercialRosane Piardi - 47 8405.8776 [email protected]

Contato Comercial (agências)Junior Zaguini - 47 [email protected]

Elogios, críticas ou sugestõ[email protected] assinar: Valor anual: R$ 300,00

A Revista Portuária não se responsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados, que são de inteira responsabilidade de seus autores.www.revistaportuaria.com.br twitter: @rportuaria

ANO 15 EDIÇÃO Nº 186AGOSTO 2015 EDITORIAL

Comercial para todo o Brasil

VIRTUAL BRAZIL Ltda+55 48 3233-2030 | +55 48 9961-5473

MAIL: [email protected]: [email protected]

Crise e oportunidade

Enquanto uns choram, outros vendem lenços. Essa é a dinâmica do mercado, mesmo diante de uma recessão global que afeta a vida de todos os setores da economia. Itajaí e região, com suas particu-

laridades, enfrentam o medo da estagnação da economia, mas ninguém quer falar em crise.

A indústria da pesca aproveita a alta do dólar para levantar a pro-dução nacional, a construção civil se segura por meio do financiamento bancário, o setor de logística dá uma apertada nos cintos, mas continua contratando. O comércio enfrenta as mesmas dificuldades sazonais, na expectativa de que as coisas esquentem no fim do ano, como sempre costuma acontecer, e o Porto de Itajaí procura apoio político para ga-rantir sua competitividade em relação aos terminais privados. E claro, as investigações da Petrobras, da operação Lava Jato, trazem um clima de desconfiança em toda a cadeia econômica que envolve a produção e distribuição de petróleo, afetando também os estaleiros e empreiteiras que prestam serviço para a maior estatal brasileira.

Nesta edição, a Revista Portuária faz um panorama da economia itajaiense em meio à recessão e mostra que a cidade, apesar do cenário não ser dos melhores, conseguiu segurar as pontas no primeiro semestre na maioria dos setores da nossa economia. O mercado local segue com toda a sua complexidade e seus labirintos, mas cada segmento procura lutar com todas as suas armas para enfrentar esse quadro, na expectati-va de que as coisas melhorem no próximo ano.

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Economia&Negócios • Agosto 2015 • 5

ÍNDICE

www.revistaportuaria.com.br

Duas vezes por semana, a Revista Portuária atualiza o blog da publica-ção, que tem sempre informações exclusivas sobre tudo o que acon-tece no mundo dos negócios no Brasil. O informativo jornalístico é en-caminhado duas vezes por semana para uma base de dados segura e criteriosamente construída ao longo de 15 anos de mercado, formada por mais de 90 mil empresas. Composto por notícias econômicas de interesse de empresários, políticos e clientes, o blog trata de todo e qualquer tema que envolva economia, especialmente aqueles voltados aos terminais portuários de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Para-ná. Se você souber de alguma novidade, tiver informações relevantes sobre temas econômicos e quiser contribuir com o trabalho da Revista Portuária, entre em contato com a reportagem no endereço eletrônico: [email protected]

Revista Portuária também está na web com informações exclusivas

30Balneário Camboriú poderá ter novo píer

turístico

38Construção civil

e serviços resistem à recessão

Complexo portuário de SCreceberá R$ 7 bi

22

Pesca trava embate contra proibições

e alta do dólar

64Prorrogação de arrendamento no Porto de Itajaí depende de burocracias federais16

Divulgação

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6 • Agosto 2015 • Economia&Negócios

A Fecomércio SC recebeu no início deste mês visita da comitiva liderada pelo taiwanês Krist Yen, diretor para o Bra-

sil do Taitra - Conselho de Desenvolvimento do Comércio Exterior de Taiwan. O convidado foi recepcionado pelo diretor executivo ad-junto da entidade, José Agenor de Aragão Júnior. O objetivo da visita foi formalizar o convite para que a Fecomércio SC organize uma missão internacional a Taiwan.

Fundado em 1970, o Taitra é o princi-pal organismo de promoção do comércio da República da China (Taiwan), na Ilha de For-mosa. Patrocinado pelo governo taiwanês, conjuntamente com associações do comércio

e da indústria locais, o Taitra auxilia empresá-rios e industriais do país asiático a competir no mercado internacional, buscando parcerias e joint ventures com empresas estrangeiras, bem como facilitando as relações comerciais com importadores de diversos países.

No dia 23 de junho deste ano, uma delegação da Fecomércio do Paraná visitou o país. Entre os meses de março e novem-bro do ano que vem, o Taitra organizará 48 eventos no complexo do Taipei World Trade Center (TWTC), como feiras e exposições li-gadas aos setores de tecnologia, inovação, automotivo, alimentação, esportes e confec-ções, entre outros.•

Diretor do Conselho do Comércio Exterior de Taiwan visita a Fecomércio

Krist Yen, o segundo à direita, ao lado do diretor

executivo da Fecomércio SC, José Agenor de Aragão Júnior,

formalizou o convite para

que a entidade organize

uma missão internacional a

Taiwan

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8 • Agosto 2015 • Economia&Negócios

ENTREVISTA: Geninho Goes

Nesta edição, a Revista Portuária entrevista Geninho Goes, o homem que leva paixão para dentro das empresas e ensina a treinar, inclusive, suas emoções

Ter sucesso não significa ter dinheiro e vice-versa

O empresário, escritor e palestrante Geninho Goes se diz um apaixonado pelo que faz e procura levar sua motivação para as empresas onde atua e também para as pessoas que prestigiam suas pales-tras. Em um período difícil para a economia do país, o paulista de 48 anos, que escolheu Balneário

Camboriú para viver, acredita que o momento pode servir para as pessoas refletirem sobre o que gostam realmente de fazer, sem medo, buscando sua realização profissional e pessoal através da paixão. Realizador do evento BNT Mercosul, Goes trará para a região em setembro o Meeting Sucesso e Dinheiro. O evento, com palestrantes renomados, terá como foco a busca pelo sucesso e pelo dinheiro, claro. Condições essas que, apesar da relação direta, Geninho Goes considera autônomas.

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Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - FlorianópolisEm Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC

ENTREVISTA: Geninho Goes

Se você for

apaixonado pelo

que você faz e ainda

conseguir ganhar

dinheiro com isso,

você está no melhor

dos mundos

Tendo sua formação inicial em turismo, como você foi se tornar palestrante e escritor motivacional? Como se deu esse processo de transição em sua car-reira?

Geninho Goes – Na verdade eu nem diria que é uma transição, pois eu sempre continuei no Turismo. Eu fui consultor do Sebrae e as minhas palestras sempre tiveram um “Q” de motivacional. Eu fui consultor aqui em Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. E a palestra sempre teve esse aspecto motivacional, mesmo sendo voltada para o Turismo. Certa vez eu fiz uma viagem para a França e descobri que o índice de pessoas que es-

tavam se separando lá era muito grande. E como eu tinha uma empresa de even-tos, eu voltei e quis fazer eventos nessa área. Mais tarde eu fui fazer parapsico-logia clínica, para entender um pouco mais sobre o com-portamento humano. E daí isso acabou me levando para a área da paixão, a paixão pelo que faz, e fui fa-lar sobre paixão nas empresas.

Você fala muito em paixão para obter sucesso no mundo dos negócios. Mas a origem dessa palavra não é nada motivadora. Passion, do latim, pode ser tra-duzido como sacrifício ou sofrimento. Somente mais tarde a palavra ganhou o sentido de forte emoção, ou desejo incontrolável. Qual a conotação da paixão da qual você tanto fala?

Geninho Goes – A gente tem que denotar a paixão

pelo que as pessoas lembram quando se fala em paixão. Às vezes se fala de sofrimento por sofrer por uma pessoa. Mas quando eu falo em paixão é exatamente aquela pai-xão que cega, que faz você só pensar no objeto de sua paixão. Você perde o fôlego, seu coração bate mais forte. Você não pensa em outra coisa. Então imagina você utilizar esse mesmo sentimento para o seu trabalho. Entendeu? Aquele trabalho que faz você focar, o seu coração disparar, você pensar naquilo entusiasmado. Então a minha ideia foi levar aquilo para dentro das empresas. Esse sentimento de paixão. Alguns especialistas garantem que uma paixão pode durar de seis meses a dois anos. Então ela acaba. Por que ela acaba? Porque você começa a ver os problemas. E no trabalho acontece a mesma coisa. No começo a pessoa está apaixonada pelo seu trabalho e depois ela deixa cair na rotina. Essa força da paixão, como um sentimento que te deixa enlouquecido por aquilo que você quer, é que eu levo para dentro das empresas. Você deve tentar manter isso no seu dia a dia, se não o seu trabalho fica muito chato.

Vemos casos de pessoas que mudaram comple-

tamente de profissão para justamente ter paixão pelo que se faz. Num mercado competitivo, e em crise, ter paixão pelo que se faz não acaba sendo meio utópico, visto que na grande maioria das vezes o que motiva é o lucro?

Geninho Goes – Quando uma pessoa faz aquilo que ela gosta, essa pessoa tem mais chance de ter sucesso. Não necessariamente ter dinheiro. Entendeu? Por exem-plo, alguém que quer dar aula de ioga. A paixão dela é aquilo, então ela vai ter sucesso. Eu não estou dizendo o quanto ela ganha, mas ela vai ter sucesso como pessoa. Ela vai sentir a realização. Agora, se você conseguir aliar as duas coisas, aquilo que você gosta com ganhar dinheiro, vai ser melhor ainda. Uma pessoa frustrada é aquela que só vai trabalhar pelo dinheiro. Vai chegar uma hora que só o dinheiro não vai completar a vida dela. Existem muitas pessoas que trabalham pelo dinheiro e acabam tendo uma

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atividade paralela, completar, um hobby que a satisfaça. Por exem-plo, um alto executivo, de repente ele está ali só por dinheiro, mas ele gosta de surfar. Então surfar passa a ser o hobby dele. Se você for apaixonado pelo que você faz e ainda conseguir ganhar dinheiro com isso, você está no melhor dos mundos. Então não digo que é uto-pia, porque também é possível isso daí. O mundo executivo, eu fui exe-cutivo de uma grande empresa por cinco anos, não é uma maravilha, não é um mundo dos sonhos não. Tem dia que dá vontade de você sair correndo. Mas eu acredito que existe um ponto de equilíbrio. É possível você dar esse tempero aí.

Publicações recentes lem-bram que o mercado não está pronto para absorver a mão de obra da geração Y, por exemplo, justamente por ser uma geração motivada muito mais pelo apren-dizado do que pela competitivi-dade. Já no caso da geração Z, a geração 100% digital, os desa-fios pessoais são o aspecto que mais motivam. Como fazer então com que as empresas, cujo foco é a competitividade, se adaptem a esse novo profissional?

Geninho Goes – Eu já não sou tão jovem assim. Quando eu comecei a trabalhar no banco, ain-da adolescente, a gente utilizava telex, não tinha computador na mesa, tinha uma máquina de es-crever. Então você veja o quanto o mundo mudou. Eu vejo que se as empresas querem evoluir, elas terão que se adaptar a essa nova geração. Não é a nova geração que vai se adaptar ao passado, são as empresas que tem que se adaptar ao presente. Hoje você vai falar de

ENTREVISTA: Geninho Goes

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uma gestão de projetos ou um modelo de negócio, anti-gamente você fazia um calhamaço com 200 páginas. Hoje existe o processo Canvas, que em uma página você conse-gue colocar o seu modelo de negócio. Então essa geração quer tudo mais rápido, muito mais objetivo. Tem muita pressa de tudo. E eu vejo que as empresas só vão ganhar com isso. Ou seja, às vezes em cinco anos você vai evo-luir o que demoraria 50 anos. Há uma troca: a experiência do passado com o dinamismo que existe no presente. É uma fase de transição. Ela é difícil, porque quem está nas empresas hoje ainda tem uma cabeça do passado. Então acaba existindo esse choque de gerações. Mas eu acredito que isso pode ser muito saudável. Tem coisas que o pes-soal de 20 anos está trazendo para as empresas que tem modernizado muita coisa. Eu acho saudável.

A gente tem vivido um momento de descon-fiança do mercado com a economia, o que deixa todo mundo em estado de alerta e as empresas com receio de investir. Na sua visão como que o empresário e as pessoas em geral devem reagir em um momento como esse?

Geninho Goes – Eu vejo que tudo depende do seg-mento. Nós estamos vivendo uma crise política e existem

vários interesses por trás disso. As pessoas estão com medo e isso faz com que parem de consumir, pois elas ficam com medo do futuro. Pensam em guardar alguma reserva caso algo muito ruim aconteça. Deixando de con-sumir, as indústrias deixam de produzir e começam as de-missões. Daí sim começa a surgir uma crise de verdade. Eu sou uma pessoa que olha para a oportunidade. O dinheiro está no mercado. Ele só está mudando de mão. Existe um setor da economia que tem dinheiro. Embora 30 milhões de brasileiros tenham ascendido para a classe média nos últimos anos, o que é muita gente, essa classe é a primeira prejudicada e a que mais consome. Por isso essas pessoas precisam continuar consumindo. Não aquele consumismo desesperado, como o americano. Mas sem o consumo a economia vai parar.

Por outro lado eu vejo que tem um lado bom em tudo isso. Por exemplo, vai ser uma peneira. Só fica no mercado quem é bom. O empresário vai ter que cuidar mais dos ne-gócios dele, com mais estratégia, mais planejamento, mais cuidado com o dinheiro. O profissional vai ter que ser bom, ele vai ter que se adaptar, se aperfeiçoar para continuar no mercado. Quem não for bom, acaba saindo. Voltamos exatamente naquela história de que, quem não gostar do que faz, ou não fizer bem feito, vai ser colocado para fora do mercado. Quem sabe essa não seja a grande mudança que vá acontecer. É uma fase de mudança. A gente não tem como ignorar, ou desprezar o momento difícil, mas eu vejo como uma mudança de postura. Quando tudo está bem, as pessoas comemoram. Às vezes nem analisam que aquilo vai dar retorno, se não vai dar retorno. Mas quando a crise chega você precisa pensar, usar mais o seu tempo para ser mais estrategista. Nós temos o hábito de querer

ENTREVISTA: Geninho Goes

Não é a nova geração

que vai se adaptar

ao passado, são as

empresas que tem

que se adaptar ao

presente

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as coisas a curto prazo, gastamos mais tempo executando do que planejando. Quando na verdade você deve plane-jar mais e executar em menos tempo. Então eu vejo que o empresário precisa passar por uma mudança de compor-tamento.

Você foi diretor de marketing e vendas do Beto Carrero World por cinco anos. O que essa experiência te trouxe como profissional e como pessoa?

Geninho Goes – Você conviver numa grande empre-sa traz a experiência de saber lidar com grandes números, com a pressão do dia a dia, com o desafio de cumprir me-tas, desafio de você ter ali mil colaboradores que depen-dem do sucesso do trabalho em conjunto. Aí você começa a entender qual é a função de uma grande empresa, a função do empresário de proporcionar trabalho para to-das essas pessoas. É uma responsabilidade muito grande. Então para mim, profissionalmente, foi um avanço. E como pessoa, por incrível que pareça, o meu maior aprendizado foi saber trabalhar melhor o meu lado razão, porque to-

dos nós temos a emoção, a paixão é uma emoção. Daí eu aprendi em alguns momentos colocar o meu coração na gaveta, porque no mundo empresarial o que vale é o lucro. Não adianta também ser todo mundo apaixonado se a em-presa não estiver com lucro. Os grandes departamentos de gestão de pessoas atuam para que as pessoas produzam mais. Falam que a área de gestão de pessoas é linda, que é tudo maravilhoso, mas o objetivo é gente motivada para produzir mais e melhor. É esse o objetivo. Então lá, no Beto Carrero, eu aprendi a colocar o coração na gaveta e, em algumas decisões, ser mais racional. Eu acho que isso é uma coisa que eu levo para sempre.

Em sua apresentação você salienta o fato de ter

começado a trabalhar com apenas 11 anos. O que você pensa sobre o trabalho na tenra idade e o que significou para a sua vida o fato de ter trabalhado des-de muito pequeno?

Geninho Goes – Dizem alguns que é um período da vida que é roubado, pois não volta mais esse tempo. Eu não sou a favor de se começar tão cedo, mas eu acredito que com 14 anos se poderia trabalhar quatro horas por dia. É melhor essa criança estar fazendo uma atividade do que estar na rua. Vejo que 11 anos é muito cedo, mas eu não me arrependo em nenhum momento. O que eu pude desfrutar depois me valeu muito em função de ter come-

ENTREVISTA: Geninho Goes

O profissional vai ter

que ser bom, ele vai

ter que se adaptar e

se aperfeiçoar para

continuar no mercado

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çado tão cedo. Você enten-deu? Não sou a favor da exploração da mão de obra infantil, não fui explorado porque foi um desejo meu. Eu comecei numa mercearia perto da minha casa, depois fui trabalhar numa empre-sa metalúrgica, depois em um supermercado. Com 14 anos eu já trabalhava no Bradesco, era escriturário no banco e saí de lá com quase 18 anos de idade. Então com 14 anos tinha carteira assinada, se alguém falar que é exploração de mão de obra infantil, foi o governo que deixou, porque aceitava (risos). Mas para mim foi bom. Eu acho que cada um tem a sua história. A pessoa que começa a trabalhar com 25 anos de idade, aos 30 anos vai ter só cinco anos de experiência e a experiência conta muito para qualquer pessoa. Quanto mais você pratica, melhor você vai ser.

Você é um dos idealizadores

do BNT Mercosul. Como surgiu esse projeto e quais as suas pers-pectivas para esse evento que promove o turismo na-cional e o negócio entre empresas de vários países?

Geninho Goes – A ideia da BNT era divulgar a região sul do Brasil para o país, turisticamente, fazendo dele um encontro de negócios. Hoje ele faz isso no Mercosul. Então nós temos a BNT que acontece em Itajaí, no Beto Carrero e em Balneário Camboriú. Temos um evento que nós le-vamos empresários do Brasil para o Peru e para o Chile e hoje é o evento que mais traz profissionais do Mercosul para o Brasil. Então a ideia é promover o produto turístico nacional para agentes de viagem. É uma feira de negócios que chega a receber mais de seis mil empresários.

O que falta para que o turismo de Itajaí possa

deslanchar? Falta iniciativa dos nossos gestores polí-ticos para que esse potencial possa ser mais explora-do?

Geninho Goes – Eu vejo Itajaí com bons olhos. Itajaí hoje é uma cidade muito mais bonita. A marina vai tra-

zer um turismo de muita qualidade para a cidade. Já estão surgindo novos hotéis, me parece que são cinco grandes hotéis sen-do construídos em Itajaí. Os restaurantes são mui-to bons. O turismo é um conjunto de coisas. Não tem o turismo só de lazer,

você tem o turismo de negócios, o turismo náutico. Eu vejo que nós estamos numa região que é muito forte na atividade turística. Hoje as pessoas vêm pra Balne-ário Camboriú, mas vão para o Beto Carrero, vão para Bombi-nhas, para a Unipraias. E Itajaí está no meio de tudo isso. Então eu tenho certeza que Itajaí está se construindo para ser um polo turístico, que faz parte de uma região. Hoje com uma hora de viagem você conhece muita coisa e Itajaí está se preparando para fazer parte disso. A infraestrutura da cidade tem melhorado consi-deravelmente.

O que você tenta passar para as pessoas que as-

sistem suas palestras? O foco é o sucesso profissional ou o sucesso na vida?

Geninho Goes – Ser feliz é muito relativo. Mas o mais importante mesmo é que você consiga tocar a vida das pessoas em todos os sentidos, tanto no profissional quanto no pessoal. Não adianta você cuidar só da sua saú-de profissional e saúde financeira, se você não cuida de sua família, não cuida de sua saúde física. Eu acho que o conjunto é importante. O ser humano sempre vai ter a sensação de que está lhe faltando algo. A gente tem isso. Nunca está feliz. Mesmo que esteja tudo bem, tem aquela sensação de que falta alguma coisa. Por isso eu procuro tocar a vida das pessoas em todos os sentidos, destacando a saúde pessoal e a saúde profissional. A gente fala muito de não misturar trabalho com a vida pessoal. Como é que se faz isso? Você é único. Não tem como falar “olha, fica bem aí que eu vou trabalhar”. Não tem como. Eu vejo que a pessoa tem que cuidar de sua vida em vários pontos. E a

Deixando de consumir

as indústrias

deixam de produzir

e começam as

demissões. Daí sim

começa a surgir uma

crise de verdade

“„

ENTREVISTA: Geninho Goes

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paixão pode ser a paixão pela sua vida, a paixão por você, pelo seu trabalho.

Parte do meio acadêmico costuma torcer o nariz

para a programação neurolinguística (PNL) e também para as palestras motivacionais e a literatura de au-toajuda. O que você costuma responder para os seus críticos?

Geninho Goes – Eu vejo que cada pessoa tem algo que desperta dentro de si. Para alguns pode ser vendo um filme, você pode ler um livro, pode ser o conselho de um amigo. Às vezes a religião pode despertar o que há de melhor dentro de você. Cada pessoa vai despertar o que há de melhor em si de uma forma diferente. Eu sou uma dessas alternativas, entende? Você não vai agradar todo mundo, né? Nunca foi o meu objetivo agradar todo mun-do. Não tento ser Jesus Cristo (risos).

No dia 12 de setembro a sua empresa, BNT Fei-ras e Eventos, realiza o Meeting Sucesso & Dinheiro.

Quais os objetivos desse evento?Geninho Goes – Eu quero reunir um pouquinho de

tudo que eu aprendi na minha vida. A gente vai trabalhar com sistema de crenças. Tem muita gente que não tem sucesso financeiro porque foi vendida aquela ideia, desde a infância, de que o rico não entra no céu, de que dinheiro não dá em árvore, de que é difícil, é preciso trabalhar mui-to. São as crenças limitantes. Por isso chamei três pessoas: O Luiz Fernando Garcia, especialista em treinar diretores e presidentes de empresas; o Gustavo Cerbasi, um dos mais bem-sucedidos profissionais de finanças pessoais do país, autor do livro “Casais inteligentes enriquecem juntos”; e Carlos Wizard, que é o dono do grupo Multi, líder mun-dial no ensino de idiomas e cursos profissionalizantes e que em 2014 entrou para a lista de bilionários da revista Forbes. Consegui reunir três nomes para falar de dinheiro, mas também das crenças. Ter dinheiro é mais uma postura mental. São histórias que podem inspirar outros empreen-dedores. As informações sobre o evento estão todas dispo-níveis no site www.sucessoedinheiro.com.br.•

ENTREVISTA: Geninho Goes

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16 • Agosto 2015 • Economia&Negócios

A articulação para conseguir a prorrogação ante-cipada do arrendamento de berços do Porto de Itajaí pela APM Terminals está concentrada em Brasília. A movimentação, que consiste numa

intensa negociação com a Secretaria de Portos, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e a Advocacia

Geral da União (AGU), agora envolve também o Tribunal de Contas da União (TCU). Ao tribunal, foi solicitado um parecer prévio sobre a situação do contrato entre o porto e a arrendatária.

A medida visa prevenir que a AGU defina a prorroga-ção da concessão por mais 25 anos e seja posteriormente

Pressão em Brasília para prorrogar

arrendamento da APM

COM PERDA DE 25% DA RECEITA DIRETA, PORTO DE ITAJAÍ RECORRE À ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO E AO TCU

Victor M

irand

a

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Rua Brusque, 337 - Itajaí - SC

surpreendida com alguma irregularidade apontada pelo TCU. Mesmo assim, a solução para o

impasse pode demorar em fun-ção da burocracia e não há

prazo para a análise co-meçar.

“O problema está na visão do que está escrito e o fato concreto. Uma em-presa quer investir R$ 165 milhões aqui. O

cofre público não vai colocar nenhum tostão,

mas aí vem o entendi-mento jurídico de tudo que é

lado”, lamenta Antônio Ayres dos Santos Junior, superintendente do Porto

de Itajaí, que não tem ideia de quando o parecer do TCU deverá sair.

Principal fonte de recursos do município de Itajaí, o porto passa por um momento complicado com a ida

da chamada Linha Asiática para o terminal privado Portona-ve, em Navegantes, a partir de agosto, o que afeta direta-mente os cofres públicos itajaienses. Essa preocupação tem motivado a movimentação política em Brasília para garantir a igualdade de competição no mercado entre o único por-to público municipalizado do Brasil e o terminal privado do outro lado do rio Itajaí-Açu. Os deputados catarinenses, os governos municipal e estadual, juntamente com a superin-tendência do Porto de Itajaí, estão empenhados na tarefa.

O contrato atual com a APM Terminals vai até 2022 (2019 com a possibilidade de prorrogação por mais três anos), prazo que inviabilizaria o investimento que a empresa pretende fazer no Porto de Itajaí. “Há um claro desequilíbrio financeiro e, por isso, estamos pleiteando junto a AGU a an-tecipação desse processo para que esse investimento possa ser feito, dando à empresa o prazo necessário para que ela recupere esse investimento”, ressalta Ayres.

A ideia é que se aplique a nova Lei dos Portos (12.815/13), que prevê a renovação por mais 25 anos, ga-rantindo os investimentos e equilibrando a competitividade do porto que está entre os 120 maiores do mundo em ope-rações.

Para Marcelo Werner Salles, engenheiro civil do Porto de Itajaí, o problema é a burocracia e a desigualdade com que a legislação trata o público e o priva-do, no que tange a questão portuária. “O erro é de conceito. A autoridade portuária fica com toda a res-ponsabilidade e o cus-to para a manutenção do canal de acesso ao porto. A empresa que atua como arrendatá-ria paga várias taxas, tem vários custos que o TUP, que é o terminal privado, não tem. Isso afeta diretamente a competitividade entre empresas que atuam exatamente no mesmo ramo de atividade”, considera Salles.

Victor M

irand

a

O cofre

público não

vai colocar

nenhum

tostão, mas

aí vem o

entendimento

jurídico de

tudo que é

lado

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18 • Agosto 2015 • Economia&Negócios

Atendendo a uma solicitação do prefeito de Itajaí, Jandir Bellini (PP), o governador de Santa Catarina, Rai-mundo Colombo (PSD), realizou uma audiência no final do mês de julho com o ministro da Advocacia Geral da União (AGU), Luís Inácio Lucena Adams, em Brasília, para tratar do assunto. Colombo ainda prometeu enviar uma solicitação a Edinho Araújo, ministro-chefe da Secretaria dos Portos, para que seja feita a prorrogação do arrenda-mento para a APM Terminals, bem como as obras da Ba-cia de Evolução, também atravancadas pela burocracia.

A Frente Parlamentar Catarinense também tem acompanhado a questão, visto que o sucateamento do Porto de Itajaí pode comprometer a economia de Santa Catarina. O deputado federal Décio Lima (PT) explica que existem três caminhos a serem seguidos nessa negocia-ção. A Antaq acompanha o resultado da auditoria feita para avaliar a questão do equilíbrio econômico financei-ro, na tentativa de prorrogar o contrato com a APM. O

segundo é a questão da nova Lei dos Portos que prevê o arrendamento por 25 anos para empresas operarem nos portos públicos e o terceiro seria a realização de uma nova licitação, que encerra o contrato com a APM Termi-nals, indenizando a empresa pelos sete anos que ainda faltam. “Esse terceiro caminho entrou para dar peso po-lítico”, admite Lima (a indenização poderia ultrapassar a quantia de R$ 100 milhões de reais).

O deputado considera que os quase 70 terminais portuários criados a partir da nova lei dos portos e toda a competitividade existente no setor tem sido positiva para a economia brasileira. Quanto aos percalços gerados em função da burocracia e também da concorrência entre o público e o privado, Décio afirma que as coisas precisam ser vistas sob outro ângulo: “Precisamos dar igualdade de condições para os dois lados. Se enfraquecermos o lado de cá, as linhas não saem apenas de Itajaí, podem sair do Brasil e operar em outros países”, salienta.

Articulação política Divulgação

Frente Parlamentar Catarinense se reuniu em julho com o prefeito Jandir Bellini (PP) para tratar do Porto de Itajaí

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Economia&Negócios • Agosto 2015 • 19

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20 • Agosto 2015 • Economia&Negócios

A desigualdade de competição entre o público e o privado deve levar o Porto de Itajaí a perder 25% de sua receita direta. Um percentual menor do que se acredita-va quando a mudança foi anunciada, que era entre 40% e 50%. Com a saída da Linha Asiática, a estimativa que hoje é de um faturamento de R$ 6 milhões por mês, deve cair para R$ 4,5 milhões. A previsão de receita para 2015 de R$ 72 milhões (de acordo com os dados do Portal da

Transparência) deve cair para R$ 66 milhões, con-siderando-se o impacto fi-nanceiro sobre os últimos quatro meses do ano. A partir deste mês, o lado itajaiense opera apenas com quatro linhas.

No entanto, calcu-lar o impacto financeiro em uma cadeia tão com-plexa não é fácil. Tanto que nem o Porto de Itajaí ou mesmo a prefeitura possuem dados mais con-

cretos sobre isso, considerando-se a geração de emprego, renda e receitas provenientes da atividade portuária. “Exis-te uma cadeia muito complexa. Por isso o que podemos saber com certeza é o impacto sobre a nossa receita dire-ta, que é de 25% com a saída da Linha Asiática”, ressalta Marcelo Salles.

Um levantamento feito pela Superintendência do Porto calculou que cada contêiner mo-vimentado geraria R$ 1,6 mil, considerando-se o ISS (imposto arrecadado pelo município), os custos de operação, transporte, armazenagem e logísti-ca. O valor contabiliza também as principais fontes de arrecadação do Porto de Itajaí: a Tabela 1 (que é a taxa gerada pelo uso do ca-nal do porto) e as taxas de arrendamento e utilização da área pública. •

Porto perde 25% de sua receita direta

Victor M

irand

a

O que

podemos

saber com

certeza é

o impacto

sobre a nossa

receita direta,

que é de 25%

com a saída

da Linha

Asiática

„Marcelo Salles, engenheiro

civil do Porto de Itajaí

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Economia&Negócios • Julho 2015 • 21

Victor M

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22 • Agosto 2015 • Economia&Negócios

O governo de Santa Catarina anunciou R$ 7 bilhões em investimen-tos públicos e privados a serem aplicados nos próximos três anos na cadeia portuária. Os investimentos fazem parte do programa

SC Acelerando a Economia - Edição Portos. Foram assinados protocolos de intenções para dois centros de distribuição em Itajaí, que tendem a impulsionar a atividade logística, e também protocolos com grandes em-presas que passarão a operar pelos portos catarinenses.

O valor é resultado da soma dos investimentos públicos em obras dos governos federal e estadual no complexo portuário de SC com o montante de R$ 2,7 bilhões a ser aplicado por 10 empresas exportadoras e importadoras em ampliações de suas unidades catarinenses.

Governo e empresas vão injetar R$ 7 bilhões na cadeia logística catarinense

AÇÕES FAZEM PARTE DO SC

ACELERANDO A ECONOMIA,

RESULTADO DE UMA AGENDA POSITIVA

QUE VEM SENDO CONSTRUÍDA

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Economia&Negócios • Agosto 2014 • 23

O ministro da Secretaria dos Portos, Edinho Araújo, e a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, participaram do encon-tro atendendo convite do governador Raimundo Colombo e do secretário de Estado da Fazenda, Antonio Gavazzoni. Investidores, empresários e lideranças políticas e da cadeia portuária integraram o público no Teatro Pedro Ivo.

Apesar de não estar dentro das iniciativas apresenta-das na ocasião, o ministro de Portos Edinho Araújo prometeu se empenhar na busca de alternativas legais para a extensão do contrato de arrendamento do terminal de contêineres do Porto Público à atual arrendatária, a APM Terminals, bem como assegurar os recursos para a segunda fase das obras da nova bacia de evolução.

"Vivemos um momento de ajuste, de recessão, de crise financeira e econômica. Mas o governo de Santa Catarina se destaca buscando saídas e soluções. Isso é fundamen-tal. Não podemos ficar só reclamando, mas temos sim que propor caminhos. A crise é maior para os que estão inertes", defendeu o ministro Edinho Araújo.

Pela manhã, o ministro sobrevoou os portos catarinen-ses e elogiou o que viu. "É uma estrutura impressionante, es-petacular. São portos com características distintas, que têm muita importância para o Estado e também para todo o país. Santa Catarina tem uma vocação portuária, esse é um setor com história, com passado, com presente e, com certeza, com um futuro promissor", destacou.

Entre as novas medidas práticas do governo estadual, foi anunciada a instituição de um grupo de trabalho que irá elaborar o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) da Baía da Babitonga. O trabalho será coordenado pela Secretaria de Estado do Planejamento, com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável e a Fundação Esta-dual do Meio Ambiente (Fatma). Previsto na Política Nacional do Meio Ambiente e no Estatuto das Cidades, o ZEE é um instrumento de planejamento e ordenamento territorial que deve assegurar a conservação dos recursos naturais e garan-tir seu uso racional.

Outra medida foi a assinatura de um protocolo de co-operação técnica entre a Secretaria de Estado da Fazenda, a Fatma e o BRDE. O objetivo é desenvolver ações conjuntas e compartilhar informações para garantir agilidade na aná-lise dos processos relacionados ao licenciamento ambiental, otimizar o acesso ao crédito para financiamentos de projetos voltados a implantação ou expansão de empreendimentos portuários ou retroportuários, portos secos e centros logísti-cos industriais aduaneiros. A parceria tem validade de dois anos.

"Não podemos ficar só reclamando, mas temos sim que propor caminhos. A crise é maior para os que estão inertes"

Edinho Araújo

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Também foi anunciado que o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável, fará um diagnóstico das importações e exporta-ções realizadas pelos portos brasileiros, classificando-as por atividades e setores produtivos, associando às características da cadeia produtiva catarinense e à vocação dos portos ca-tarinenses. Este diagnóstico identificará os principais clientes dos portos catarinenses e será disponibilizado aos gestores do setor, para que tenham informações qualificadas para identificar e conquistar novas oportunidades de negócios.

"O que buscamos é uma sinergia entre investimentos públicos e privados para destacar ainda mais a vocação ca-tarinense portuária para todo o Brasil", explicou o secretário de Estado da Fazenda, Antonio Gavazzoni, lembrando que dos R$ 3 bilhões em investimentos em infraestrutura pre-vistos pelo programa Pacto por SC para este ano, 10% são para obras e ações no complexo portuário catarinense, o que representa R$ 303 milhões.

Novos investimentos privadosForam assinados novos protocolos de intenções com

10 empresas para a instalação ou ampliação de atividades no Estado. Somados os investimentos das diferentes compa-nhias, serão R$ 2,7 bilhões em três anos, o que deve gerar

645 novos empregos diretos. Veja abaixo os projetos: Bombardier Recreational Products – empresa ca-

nadense que implantará um centro de distribuição em Join-ville e realizará por Santa Catarina as importações de seus equipamentos, como motos aquáticas e quadriciclos.

Eurocorp Energias Renováveis – instalará indústria em Otacílio Costa para produção de pellets de madeira, con-siderado um biocombustível renovável e limpo.

Irmãos Fischer S.A. – está expandindo sua capa-cidade produtiva para implantação de uma nova linha de produção no município de Brusque.

Blue Cycle Distribuidora Ltda. – implantará um centro de distribuição em Itajaí e realizará por Santa Catarina a importação de bicicletas e acessórios.

Menegotti Indústrias Metalúrgicas Ltda. – vai ex-pandir a fábrica de Jaraguá do Sul, onde produz máquinas e equipamentos para a construção civil. A empresa anunciou também a ampliação da unidade de usinagem de Schore-der.

Móveis Katzer Ltda. – vai expandir e modernizar a fábrica de móveis de São Bento do Sul.

Fibervita Processamento de Alimentos – vai im-plantar uma nova linha de produção de fibras alimentares dietéticas em Chapecó.

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Eletropoll Eletrodutos Metálicos Ltda. – vai expandir a indústria de painéis elétricos e conexões me-tálicas, com novas instalações em Corupá.

JTI Processadora de Tabaco do Brasil Ltda. – anunciou expansão da indústria de processamento e exportação de fumo instalada em Pouso Redondo.

Indústria de Linhas Triche Ltda. – a empresa de Brusque vai iniciar expansão da atividade de fabrica-ção de produtos têxteis no município.

CompetitividadeOs seis principais portos catarinenses – Laguna,

Imbituba, Itajaí, Navegantes, São Francisco do Sul e Ita-poá – também apresentaram o que cada um tem de melhor a oferecer nos quesitos infraestrutura e logística. Segundo maior polo portuário em total de cargas trans-portadas por contêineres do Brasil, Santa Catarina movi-mentou US$ 21 bilhões em 2014, somando importações e exportações. Os dados são da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Mais de 18,8 milhões de toneladas passaram pela infraestrutura portuária catarinense em 2014, o que cor-responde a 18,6% do total de contêineres movimenta-dos em todo o Brasil. O secretário Gavazzoni lembrou que as 18 milhões de toneladas transportadas por con-têineres em 2014 também representam um crescimento de 132% sobre o volume registrado no Estado em 2009,

quando 8,1 milhão de toneladas foram transportadas por contêineres pelos portos catarinenses.

A superioridade catarinense está também na agi-lidade: 99% das cargas desembaraçadas pela Receita Federal são liberadas pela Fazenda de SC em até oito minutos. Como o sistema catarinense é online, estas cargas são fiscalizadas eletronicamente.

SC Acelerando a EconomiaA programação SC Acelerando a Economia é resul-

tado de uma agenda positiva que vem sendo construída com o apoio das equipes da Fazenda, do Planejamento, da Infraestrutura, do Desenvolvimento Econômico, da Fatma e da Casa Civil. "Nosso objetivo é identificar se-tores importantes do Estado que, em um momento de crise, possam ser incentivados para continuarem produ-zindo e crescendo, movimentando a economia catari-nense", explicou o secretário da Fazenda.

Em junho, também dentro da iniciativa, foi lan-çado o programa SC+Energia, que incentiva o investi-mento em energias alternativas, principalmente as con-sideradas limpas e renováveis, como Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs), eólica, solar e biomassa. Entre as medidas do programa, estão incentivos fiscais para novos investi-mentos em energias renováveis e reforço de pessoal nas equipes que trabalham com licenciamento ambiental.•

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Mercado Coluna

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turis-mo (Fecomércio) de Santa Catarina pretende licitar até o fim do ano a construção do novo prédio do

Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), que vai atender as cidades de Itajaí e Balneário Camboriú. O empreendimento será construído na avenida Osvaldo Reis, que liga as duas cidades. O prédio, onde também vai ficar a faculdade Senac, deve começar a ser construído no pri-meiro semestre de 2016.

O anúncio foi feito em Balneário Camboriú pelo pre-sidente da Fecomércio, Bruno Breithaup, durante um jan-tar oferecido pela entidade para apresentar a empresários e representantes do setor os produtos e serviços da Feco-mércio, Sesc e Senac. O evento foi realizado na sede do Sindicato do Comércio Varejistas e Atacadista de Balneário

Camboriú (Sincomércio). Durante o encontro, o pre-

sidente do Sincomércio, Hélio Dagnoni, destacou a impor-

tância dos investimentos da Fecomércio na região para estimular a qualifica-ção profissional e oferecer novos serviços aos comer-ciários. A Fecomércio já

tem aprovada a construção de uma escola modelo do Sesc,

que só depende da definição de um terreno.

Breithaup disse que, desde que assumiu a presidência da Fecomércio, tem procura-do devolver à região tudo aquilo que as duas cidades contribuem para o siste-ma. O presidente desta-cou ainda que até o fim deste ano será entregue a nova unidade do Sesc de Ita-jaí que é um empreendimento orçado em R$ 27 milhões em construção. O novo empreendimento está localizado ao lado do local onde funciona a escola modelo do município.

A escola modelo funciona em tempo integral e os alunos têm aulas de ensino técnico, esportes, cultura e música. “Nosso objetivo maior é a educação”, disse Brei-thaup. O presidente destacou ainda a importância da unidade do Sesc instalada há pouco mais de um ano em Balneário Camboriú, que atende os comerciários bem no Centro da cidade. ‘“Nosso compromisso é fazer com que Balneário Camboriú e Itajaí recebam unidades a altura do desenvolvimento desta região”, completou.

Os serviços oferecidos pela entidade são direcio-nados principalmente para os comércios e os filhos dos comerciários. Em caso de sobra de vagas, elas são abertas para a comunidade, que paga um valor diferenciado de mercado. •

Senac terá prédio modelo na Avenida Osvaldo Reis

Bruno

Bre

itha

up

Hélio Dagnoni

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Escrito pela jornalista Lilian Philippi, neta mais velha do empresário Rogério Philippi, o livro Rogério Phili-ppi & Cia Ltda: Os primeiros 50 anos conta a história

da empresa familiar que já passou por três ciclos econô-micos e se reinventa a cada nova oportunidade. Tradição, perseverança e comprometimento são os principais moti-vos que levaram a empresa Rogério Philippi & Cia Ltda aos 50 anos de fundação.

Com formação familiar, a empresa nasceu da socie-dade de dois irmãos e hoje conta com três gerações da família Philippi. Rogério Ernesto Philippi, que em 1965 fun-dou a empresa junto com seu irmão mais velho, Jair Phili-ppi, hoje administra ao lado de seus quatro filhos e sócios os dois terminais retroportuários da empresa. “Toda essa parte de movimentação de contêineres eu devo aos meus filhos, são eles que tocam essa empresa e neles tenho total confiança”, comenta Rogério.

Atualmente a empresa conta com dois terminais re-troportuários em ambas as margens do rio Itajaí-Açu, nas cidades de Itajaí e Navegantes. Ao todo são 120 mil m² de

área total, com 3, 3 mil m² de armazéns cobertos, mais de 600 tomadas para manutenção e monitoramento de con-têineres refrigerados, oito empilhadeiras de grande porte para movimentação de contêineres e mais 11 empilhadei-ras para movimentação de cargas e pequenas unidades. Localizados nas principais vias de acesso das cidades de Itajaí e Navegantes, os terminais da Rogério Philippi & Cia Ltda facilitam na hora de prestar apoio logístico para o Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açu. Em Navegantes a empresa está fixada na BR 470, próxima à BR 101 e a 5, 5 km da Portonave. Já em Itajaí ela está localizada na avenida Governador Adolfo Konder ao lado da BR 101, sua distância da Teconvi é de 3,4 km.

Suas raízes fortes fazem da Rogério Philippi & Cia Ltda referência em tradição e qualidade em ambas as mar-gens do Itajaí-Açu. Pioneira na retroárea das cidades onde atua, a empresa começou suas atividades no setor de ar-mazenagem de contêineres e mercadorias por acaso, mas foi com planejamento e força de vontade que se tornou uma das empresas de maior credibilidade do mercado. •

Mercado Coluna

28 • Agosto 2015 • Economia&Negócios

Rogério Philippi & Cia Ltda lança livro para comemorar seus 50 anos

O terminal retroportuário mais antigo de Itajaí comemora seu jubileu de ouro com lançamento de um livro que conta a história de seus primeiros 50 anos

Rogério Philippi, fundador da empresa

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Economia&Negócios • Agosto 2015 • 29

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A Associação de Distribuidores e Atacadistas Ca-tarinenses (Adac) recepcionou associados, seus familiares, colaboradores, clientes e fornecedo-

res para comemorar o 20º aniversário da entidade. O

evento aconteceu no Fazzenda Park Hotel, em Gaspar, e teve como objetivo o reencontro de amigos e con-fraternização. Além de proporcionar troca de conheci-mentos e experiências.•

Associados se reúnem para comemorar 20 anos da Adac

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30 • Agosto 2015 • Economia&Negócios

Mercado Coluna

A BC Port apresentou aos vereadores de Balneário Camboriú o projeto do Porto de Entretenimento.A apresentação foi uma solicitação do vereador Ro-

berto Souza Junior (PMDB) que teve a iniciativa de tentar trazer para a cidade a construção deste complexo.

“A implantação deste Porto de Entretenimento vai trazer mais dinamismo ao comércio, ao turismo e à eco-nomia local”, disse.

A ideia original envolve estender o molhe da Barra Sul por 370 metros e dragar o canal para permitir a atra-cação de até dois navios ao mesmo tempo, sendo um na parte interna e outro na parte externa da estrutura. Anu-almente, mais de 100 escalas passam pelo Sul em direção ao Uruguai e à Argentina, sem parar em nenhum dos ter-minais turísticos de Santa Catarina.

Balneário Camboriú pode ganhar porto de entretenimento

O maior atracadouro, na parte interna do canal, permitiria até a parada do Allure of the Seas, navio da companhia Royal Caribbean que é hoje o maior do mundo em atividade, com 362 metros de comprimen-to, e que ainda não pode ser recebido em nenhum porto turístico do país por falta de espaço.

O autor do projeto é André Guimarães Rodri-gues, bacharel em ciências náuticas e prático em Ita-jaí. Segundo ele, a atracação em Balneário Camboriú é possível e viável. O local escolhido fica protegido de ventos e ondas e tem pouca influência de correnteza, já que o rio Camboriú tem baixa vazão se comparado, por exemplo, ao Itajaí-Açu, onde manobram os na-vios que atracam nos terminais de Itajaí e Navegan-tes. “Balneário poderá se transformar em uma Dubai”, disse o autor do projeto durante a apresentação na Câmara.

O custo do projeto está estimado em cerca de R$ 250 milhões de reais e será financiando pela ini-ciativa privada. O local deverá abrigar lojas, restau-rantes, área alfandegária, escadas rolantes e Posto da Marinha do Brasil. A prefeitura municipal de Balneá-rio deverá entrar com os trâmites burocráticos para a concretização da obra.

Por unanimidade, os vereadores presentes op-taram por marcar um próximo encontro para discutir o projeto com mais aprofundamento.•

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GDC Alimentos forma segunda turma de mecânica industrial

Para muitos a chance de concluir um curso profissio-nalizante é apenas a possibilidade de aumento sala-rial, mas para a turma de recém-formados no curso

de mecânica industrial da empresa GDC Alimentos é mais do que isso. Segundo os colaboradores Mário Wisintainer Neto e Felipe Antonio Machado, a oportunidade de fazer um curso de qualificação, antes de qualquer benefício fi-nanceiro, garante o conhecimento e o reconhecimento da empresa.

“Essa é uma das melhores ideias que uma empresa pode ter, levar o funcionário a estudar e se qualificar. Para mim, isso é o correto, ao invés de trazer mão de obra de fora, a GDC escolheu preparar quem está aqui dentro e tem conhecimento e vontade de aprender”, lembra Felipe Machado.

O curso foi oferecido pela empresa em parceria com o Senai, por meio do meio do Programa Nacional de Aces-so ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Para criar a turma, a GDC Alimentos abriu um processo seletivo, que contou com uma prova teórica e prática. Funcionários de

vários setores da fábrica de alimentos e da unidade de em-balagens participaram da seleção. As aulas começaram em junho do ano passado e foram 320 horas de aula prática e teórica, direcionadas para a atividade de mecânica.

Este é o segundo curso na área de mecânica ofere-cido pela GDC Alimentos. O primeiro foi em 2007. Uma iniciativa considerada pelo Diretor Industrial da Gomes da Costa, Adão Pereira de Sá, como um case de sucesso, pelo aproveitamento dos funcionários na atividade naque-la época. “Queremos seguir sempre apostando nisso, a companhia acredita que o caminho é esse. Esses funcio-nários formados no curso estão preparados para assumir uma posição dentro das diversas atividades da mecânica industrial”.

A cerimônia de entrega dos certificados do curso de mecânica industrial realizada no auditório da indústria, no bairro Cordeiros, em julho. Vinte e um funcionários rece-beram a certificação na solenidade, que contou com a par-ticipação de representantes do Senai, da GDC, familiares e amigos.•

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A carne suína de Santa Catarina deve aumen-tar o roteiro de exportações nos próximos meses. Em audiência no fim de julho em Bra-

sília o governador Raimundo Colombo e a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, definiram para o mês de setembro, uma agenda de negócios na Coreia, com o objetivo de conquistar mais um mercado in-ternacional para o setor.

“É um dos maiores consumidores da carne suína do mundo, e Santa Catarina tem condições de oferecer um produto com o reconhecimento dos principais órgãos de controle da condição sanitária animal”, aponta o governador Raimundo Colombo.

A ministra Kátia Abreu propôs mobilizar, além das autoridades, líderes do setor, para explicar aos investidores coreanos como ocorre todo o proces-so de produção da carne suína em Santa Catarina. “Eles precisam conhecer a qualidade com que San-ta Catarina produz. Cuidado que rendeu ao Estado esse status sanitário que é decisivo na hora de ven-

der para o mercado externo”, reforça a ministra.Recentemente, Santa Catarina conquistou o

Certificado de Zona Livre de Peste Suína Clássica. O documento foi concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e reconhece o Estado como uma referência em qualidade e defesa sanitária para todo o mundo. O certificado é mais um diferencial na conquista de novos mercados.

A produção anual de carne suína gira em tor-no de 850 mil toneladas no Estado. Com um reba-nho efetivo estimado em 7,9 milhões de cabeças, Santa Catarina é responsável por 27% da produção nacional, cerca de 3,48 milhões de toneladas, e aproximadamente 35% das exportações brasileiras de um total de 505 mil toneladas em 2014. No ano passado, o Estado exportou 159 mil toneladas de carne in natura e produtos industrializados no valor de US$ 548 milhões. Os principais destinos foram Rússia, China, Angola, Cingapura, Chile, Japão, Uru-guai e Argentina.•

Governo discute abertura do mercado coreano para a carne suína de SC

32 • Agosto 2015 • Economia&Negócios

Mercado Coluna

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TRANSPORTE DE CARGAS FRACIONADAS E LOTAÇÕES28 anos transportando com agilidade e rapidez

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A Azimut Yachts lançou recentemente para o mercado brasileiro um dos maiores iates de luxo já construídos no Brasil. A filial brasileira do maior fabricante de iates

de luxo do mundo, apresentou para autoridades, clientes, im-prensa e convidados a imponente Azimut 83 – uma grandiosa embarcação de mais de 25 metros, três pavimentos, o maior flybridge da categoria, quatro suítes, além de conforto e alto padrão em cada detalhe. O evento, que comemorou também os cinco anos de operação do estaleiro no país, contou com a presença da vice-presidente do Grupo Azimut, Benetti Giovan-na Vitelli.

Em uma emocionante cerimônia, o CEO da Azimut do Bra-sil, Davide Breviglieri, ao lado de sua diretoria, destacou aos presentes o crescimento da marca no país e algumas das novi-dades. “Durante os cinco anos de operação no Brasil já aumen-tamos de dois para seis a nossa gama de produtos, ampliamos a fábrica recentemente e apostamos na profissionalização do mercado através de cursos às tripulações. Somos hoje o primei-ro estaleiro do país a receber a certificação ISO 9001 o que ga-rante a qualidade dos iates produzidos no Brasil com o mesmo padrão italiano”.

A vice-presidente do Grupo Azimut, Benetti Giovanna Vitelli, que veio da Itália exclusivamente ao evento, falou da excelência dos produtos e serviços no mundo e reforçou a soli-dez e o crescimento significativo da empresa no Brasil. “Tenho o orgulho de dizer que somos o número 1 do mundo em pro-dução de iates, conforme apontado pelo Global Order Book/ Show Boats International 2015. No Brasil, nos diferenciamos por apresentarmos um produto único e de alta qualidade que atende as exigências dos consumidores brasileiros o que justifi-ca o sucesso neste mercado de grande potencial náutico”.

Além da grande estrela da noite, a Azimut 83, os con-vidados puderam conhecer de perto outras três embarcações também produzidas na filial brasileira: os iates de 42, 60 e 70 pés. A noite encerrou com a apresentação da cantora italiana Mafalda Minnozzi.•

Iate de mais de 25 metros é lançado oficialmente ao mercado brasileiro

Fotos: Acione Cassaniga

O Prefeito de Itajaí Jandir Bellini, a Secretária de Estado de Desenvolvimento Regional de Itajaí Eliane Neves Rebello Adriano, o CEO da Azimut do Brasil Davide

Breviglieri e o Secretário Municipal Onézio Gonçalves.

Ítalo Trumbini, Júlio Tedesco, Ewaldo Buschle, Alberi Kmack e Ivo Roveda

O CEO da Azimut do Brasil Davide Breviglieri e o presidente da Associação Náutica Catarinense

para o Brasil (Acatmar) Mané Ferrari.

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36 • Agosto 2015 • Economia&Negócios

Arbitragem e mediação são temas novos ainda para a maioria das pessoas, principalmente no sul do Brasil, onde a prática ganha espaço aos

poucos. Mas Itajaí já conta com uma câmara especiali-zada na solução de conflitos e consequente diminuição de processos judiciais, que lotam o Poder Judiciário de todo o país.

A Câmara de Arbitragem e Mediação de Santa Ca-tarina (Camesc) na cidade foi inaugurada no último mês. De acordo com a advogada Polyana Trevisan, que inte-grará a equipe, na maioria das vezes, os procedimentos iniciam pela mediação. Ela explica as principais diferen-ças entre os dois temas:

“A arbitragem é usada quando as pessoas buscam solucionar um conflito elegendo um árbitro, ou seja, uma terceira pessoa, para chegar a decisão desse litígio. Já no caso da mediação, a situação é um pouco diferente, onde o mediador irá tentar compor uma solução para o caso, sem tender para uma das partes, e caso não seja alcança-da uma solução, é iniciado o processo arbitrário”.

As principais diferenças entre mediação/arbitragem e os processos judiciais que estamos acostumados a ver são a celeridade (prazo máximo de seis meses para re-solução), especialidade (árbitros com conhecimento na

área) e o sigilo, de acordo com o presidente da Camesc, Jair Bondicz. le lembrar que essas medidas não são usa-das em casos de processos criminais ou questões de Di-reito da Família, por exemplo.

A demanda é voltada geralmente para resolver ca-sos na parte contratual das empresas dos mais diversos setores. Os mais comuns estão no ramo da construção civil. Na Camesc, as partes deverão obrigatoriamente ser representadas por advogados.

A Camesc de Itajaí será composta por 20 membros, entre árbitros e mediadores do município, representantes de entidades como ACII, CDL e OAB. A sede da câmara fica na rua Antônio Manoel Moreira, 52, bairro Fazenda. Em Santa Catarina, poucos municípios, como Florianópo-lis, Joinville, Blumenau, possuem câmaras de mediação e arbitragem.

Os métodos alternativos de solução de conflitos ganharam força no último ano com a Nova Lei da Arbi-tragem( Lei n. 13.129/2015) que foi sancionada em 26 de maio de 2015 e a Lei da Mediação, 13.140/2015, sendo sancionada pela presidente Dilma Rousseff e publicada no dia 29 de junho, no Diário Oficial da União. Ela esta-belece que todos os conflitos podem ser mediados, até mesmo na área da Administração Pública.•

Itajaí agora conta com Câmarade Arbitragem e Mediação

Mercado Coluna

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Terminal Barra do Rio recebe seu guindaste

Mercado Coluna

Economia&Negócios • Agosto 2015 • 37

O Terminal Portuário Barra do Rio, locali-zado às margens do rio Itajaí-Açu em Itajaí, recebeu no dia 30 de julho de

bordo do navio P.Fenix um guindaste móvel (Harbour Mobile Crane) do tipo LHM 500 da marca alemã Liebherr.

O guindaste pesa 455 toneladas e tem capacidade de içar até 140 toneladas. O mes-mo será utilizado nas operações do próprio ter-minal, que será inaugurado ainda no segundo semestre de 2015.

O transporte e seguro do guindaste, do porto de Suape até as instalações do Barra do Rio em Itajaí, foram coordenados pela Easylog Serviços e Logística Ltda em parceira com a Co-nexão Marítima.•

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38 • Agosto 2015 • Economia&Negócios

ESPECIAL

Avançando recessãona carreira no meio da

CONSTRUÇÃO CIVIL E SERVIÇOS RESISTEM À DESACELERAÇÃO DA ECONOMIA EM ITAJAÍ

A desconfiança do mercado com a econo-mia tem afetado a vida de muitos profis-sionais, deixando no ar uma preocupação com relação ao desemprego e com o futuro

das carreiras nos mais diversos ramos. Apesar dis-so, Itajaí deu mostras no primeiro semestre de que está segurando as pontas na maioria dos setores, se considerarmos os índices de pessoas com cartei-ra assinada de janeiro a junho de 2015. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, os ramos da construção civil, pesca e serviços contra-taram mais do que demitiram em Itajaí.

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Economia&Negócios • Agosto 2015 • 39

ESPECIAL

Num balanço geral feito pela Revista Por-tuária, com base nos dados do Caged, nossa economia tem se mostrado mais estável do que os demais municípios da região. Para se ter uma ideia, as empresas itajaienses contrataram de ja-neiro a junho 27.906 pessoas, enquanto 27.173 funcionários se desligaram, o que representa um saldo positivo de 733 postos de trabalho. Já na microrregião o cenário é um pouco diferente. Fo-ram 66.500 admitidos enquanto 66.129 foram desligados, gerando um déficit de 2.629 vagas.

Apesar do momento não ser dos melhores,

muitos estão otimistas com relação à retomada do crescimento econômico nos próximos meses. Para isso as empresas estão buscando profissionais cada vez mais especializados e proativos de modo a ga-rantir a sobrevivência no mercado. Para o professor Ovídio Pereira da Silva Jr, coaching profissional e coordenador do curso de Engenharia de Produção da Univali, existe sim uma crise de confiança do mercado, mas a produção não pode e não vai pa-rar. “Os ajustes são necessários para a retomada do nosso crescimento e as empresas estão investindo em tecnologia e em profissionais para garantir a continuação de suas atividades”, garante.

A psicóloga e consultora de recursos humanos Fabiana Vieira avalia que a as empresas estão dimi-nuindo o ritmo de contratações, no entanto, vários setores estão mantendo a reposição das vagas de trabalho e alguns praticamente não estão tomando conhecimento da crise, como é o caso das empre-sas do ramo de exportação e também de logísti-ca. “Claro que nem todos os setores estão sendo afetados, mas existe uma tendência de queda para o setor de serviços e também no comércio”, alerta Fabiana.

Segundo Ovídio, Itajaí tem conseguido se manter, com auxílio de vários fatores, entre eles a alta do dólar que auxilia as exportações. O desta-que é para as empresas do setor alimentício que atuam na cidade, como a BR Foods e a JBS, entre outras ligadas ao mesmo segmento. “A indústria de alimentos praticamente não está sendo afetada, assim como a área de saúde e parte das empre-sas do ramo de prestação de serviços”, ressalta o professor.

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ESPECIAL

40 • Agosto 2015 • Economia&Negócios

O comércio local e alguns setores da área de serviços apresentam maior dificuldade em Itajaí. Especificamente no primeiro, é necessário considerar a sazonalidade, pois o segmento normal-mente se aquece e contrata mais no final de ano. Para o presidente da Associação Intersindical Patronal de Itajaí, Marcelo Petrelli, o setor do comércio tem sofri-do nos últimos meses com a recessão e quem atua na área precisa ficar de olho nas oportunidades que são mais escas-sas nessa época do ano. “Conversando com os empresários, nós percebemos a carência de aprimoramento e qualifica-ção”, considera Petrelli.

A alta do dólar também afeta diretamente o comércio exterior, com a redução das importações e a desace-leração da economia tem impactado as concessionárias de veículos. Já o mes-mo não acontece com a construção civil que admitiu no primeiro semestre 1.587 profissionais, ao mesmo tempo em que teve 1.366 desligamentos, um saldo positivo de 221 contratações. Segundo Petrelli, isso se deve ao financiamento para a compra de imóveis. “Os bancos estão segurando mais a construção ci-vil. Mas a desaceleração da economia continuar com certeza o setor será afe-tado”, alerta.

Diante dos indicadores econô-micos, garantir o seu lugar ao sol no mercado de trabalho exige uma procura constante por capacitação, mesmo por-que existe uma oscilação muito rápida no mercado de trabalho. “Uma carreira que estava super em alta há seis meses pode não estar hoje. Nesse momento eu não recomendaria os cursos na área de petróleo e gás, em função da crise da Petrobras”, exemplifica Fabiana.

No entanto, a consultora conside-ra que cada profissional deve construir a sua carreira de acordo com as suas afi-nidades. “A pessoa precisa fazer o que ela ama. Aí sim será um profissional em alta”, conclui Vieira.

Dificuldade versus oportunidade

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Os momentos difíceis da economia são im-portantes para rever os conceitos sobre a vida pro-fissional em todos os segmentos do mercado. Em função do prenúncio de crise, as empresas procu-ram profissionais especializados na área financei-ra, no ramo de tecnologia, engenharia e produção para garantir a própria sobrevivência. “O profissio-nal tem que ficar atento para se readequar à reali-dade e garantir a sua permanência no mercado de trabalho”, ressalta Fabiana.

O coaching profissional e a consultora de RH concordam que as carreiras nas áreas de tecno-logia, financeira e logística aparecem em alta no mercado. Em meio ao turbilhão de informações catastróficas sobre a nossa economia, as empresas procuram profissionais especializados em busca de soluções para as dificuldades encontradas.

Aos 37 anos, Marcos José Turini, percebendo uma estagnação em sua carreira, trocou o posto de supervisor de logística na empresa ENIVIX SA,

em um armazém geral da empresa em Itajaí (onde atuou por cinco anos), para se tornar gestor de dis-tribuição da WME Comercial, do ramo de peças, acessórios e bicicletas importadas. “Surgiu o convi-te de um cliente que operava com a minha empre-sa de montar uma operação própria de armazena-gem e distribuição. Foi então que eu visualizei uma nova etapa profissional, na área de distribuição e venda direta para os clientes”, explica.

Formado em administração, com pós-gra-duação em logística e comércio exterior, Turini considera que o seu ramo está passando por um momento de acomodação. “O setor de logística é muito amplo e está sentindo a estagnação do mercado, mas ainda existem vagas. No ano pas-sado, por exemplo, sobravam vagas, pois não en-contrávamos profissionais capacitados. Eu precisa-va contratar e dar treinamento. Já nesse primeiro semestre só os melhores profissionais estão sendo contratados”, salienta.

Acreditando na economia de Itajaí e prevendo uma retoma-da do crescimento em 2016, a WME pretende investir ainda mais na região. Tanto que boa parte dos estoques em Vitória (ES), sede da empresa, devem ser transferidos nos próxi-mos meses para Itajaí. Exemplo de como o se-tor logístico da região continua sento atrati-vo. “Ainda existe um campo a ser explorado na área de logística. Por isso temos carên-cia principalmente de profissionais nas áreas de gerência e supervi-são”, garante Turini.•

Cuidando da carreira em tempos difíceis

ESPECIAL

42 • Agosto 2015 • Economia&Negócios

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44 • Agosto 2015 • Economia&Negócios

A Petrobras recebeu no fim de julho mais R$ 69 mi-lhões decorrentes do esquema de propina desco-berto pela Operação Lava Jato. A devolução ocorreu

na sede da estatal, no centro do Rio de Janeiro, em uma cerimônia com a presença do ministro da Justiça, José Edu-ardo Cardozo, do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e do presidente da Petrobras, Aldemir Bendine.

Os recursos devolvidos equivalem a 80% de um total dos US$ 29 milhões (R$ 86,9 milhões) repatriados pelo Ministério Público Federal (MPF) da Suíça e que foram devolvidos pelo ex-gerente da estatal Pedro Barusco, em decorrência de acordo de delação premiada no âmbito das investigações em andamento.

Os outros 20% referentes ao total repatriado ficarão à disposição da Polícia Federal para possíveis indenizações que vierem a surgir após a ação condenatória. Os recursos repatriados dizem respeito a propinas recebidas por Barus-co, de 1999 a 2012, decorrentes de contratos com a em-

presa holandesa SBM, fornecedora de navios-plataforma.Essa é a segunda devolução feita à Petrobras desde

a deflagração da Operação Lavo Jato. Em 11 de maio, a estatal brasileira recebeu a devolução de R$ 157 milhões referentes também a desvios decorrentes de propina envol-vendo novamente o ex-gerente da estatal Pedro Barusco.

O presidente da Petrobras informou que durante a cerimônia foi assinado outro contrato para a devolução de mais recursos repatriados no âmbito da Lava Jato, mas não soube dizer o valor total. "[Os números] ainda estão sendo finalizados e são várias as ações ainda em fase de consoli-dação”, explicou Aldemir Bendine.

“O que esses criminosos fizeram além de barbara-mente saquear os recursos da empresa foi retirar da so-ciedade brasileira o seu orgulho. Com esse sinal, a gente pretende reverter esse quadro e permitir que possamos de novo ter o orgulho, recupera nosso orgulho”, completou Rodrigo Janot.•

Lava Jato: Petrobras recebe mais R$ 69 milhões desviados

Fonte: Agência Brasil

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Economia&Negócios • Agosto 2015 • 45

A Petrobras registrou lu-cro líquido de R$ 531 milhões no 2º trimestre

de 2015. O resultado, de acor-do com a companhia, é 90% inferior ao período anterior e reflete maiores despesas ope-racionais que compensaram o aumento do lucro bruto.

O resultado operacional ficou em R$ 9,5 bilhões, o que representa 29% menos que no trimestre anterior. O valor, in-formou a Petrobras, em parte, é em função do reconhecimen-to de despesa tributária de IOF de R$ 3,1 bilhões.

No primeiro trimestre deste ano, a Petrobras registrou lucro líquido de R$ 5,3 bilhões. O valor foi 1% inferior ao mes-mo período do ano passado.

De acordo com a com-panhia, o resultado refletiu o aumento da despesa finan-ceira líquida da companhia, principalmente, em função da depreciação do real em relação ao dólar.•

Lucro da Petrobras diminui 90% no 2º trimestre do ano e fica em R$ 531 milhões

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46 • Agosto 2015 • Economia&Negócios

ArtigoArtigo

Construção civil: engrenagem essencial

à economia

Por Carlos Humberto Metzner Silva, presidente do Sinduscon de Balneário Camboriú e Camboriú

A crise político-econômica que atinge o Brasil afeta diversos setores. E no meio de toda

esta retração econômica, o Sindus-con de Balneário Camboriú tem a grata satisfação de saber que a cons-trução civil respondeu pela criação de 876 vagas de emprego no primei-ro semestre deste ano em Balneário Camboriú, segundo os registros do Serviço Social da Indústria. Enquan-to isso, a cidade teve o pior primei-ro semestre dos últimos cinco anos, com o fechamento de 1.019 postos de trabalho. O número de vagas fe-chadas neste ano aumentou 76% com relação ao ano passado, quando 580 pessoas foram desligadas de seu trabalho.

A construção civil emprega cer-ca de seis mil trabalhadores em Bal-neário Camboriú. Se considerarmos que cada uma destas pessoas é um

chefe de família, o setor é responsá-vel pelo sustento de mais de 20 mil pessoas na cidade. Ao lado do turis-mo, é um mercado importante para o desenvolvimento do município e das pessoas que vivem nele.

Balneário Camboriú tem uma das construções civis mais moder-nas no mundo, o setor se destaca no país porque investe constantemente na modernização de seus processos construtivos. Isto gera oportunidade de aprendizagem, crescimento pro-fissional e, ao mesmo tempo, eleva o valor desses imóveis, gerando impos-tos, renda, movimento no comércio e desenvolvimento para a cidade.

O setor tem investido cada vez mais na qualificação da sua mão de obra para continuar sendo destaque em Balneário Camboriú e tornando melhor a vida de quem mora e visita a nossa cidade.•

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Economia&Negócios • Agosto 2015 • 47

ArtigoArtigoTermo de compromisso,

sigilo e confiabilidade nas relações de emprego

Afinal, tal termo seria válido? Estaria o empregador seguro em admitir tal procedimento?

Conforme preceitua o artigo 444 da CLT, as relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação entre as partes interessadas desde que não haja violação à Lei.

Entendemos que empregadores podem e devem garan-tir sigilo de informações de sua empresa, pactuando com seus empregados contratos específicos de sigilo e confiabilidade de determinadas questões, sem que haja referida nulidade.

Recentemente, o TRT/SC (12ª Região) decidiu favoravel-mente a um empregador, afirmando não haver nulidade contra-tual no termo lavrado, tendo em vista ser o empregado pessoa esclarecida, e que por livre e espontânea vontade aceitou as disposições do termo, momento em que o assinou, sendo que foi observado ainda o fato de que a atividade exercida era de extrema confiança.

Além disso, o funcionário poderia sair e laborar em outra concorrente, desde que não fosse com aqueles que por ventura tivessem relação negocial com a empregadora anterior, e que não utilizasse das informações privilegiadas para captação de clientes, pois prejuízos financeiros poderiam ser gerados à em-presa.

Desta maneira, conclui-se pela plena validade do docu-mento, bem como sugere-se que contenha as seguintes conside-rações: a) função exercida compatível com o sigilo imposto, de-vendo haver pagamento (contraprestação) a fim de compensar o referido sigilo; b) Proporcionalidade entre a contraprestação e a multa em caso de descumprimento; c) Prazo para cumprimento do contrato e delimitação de território.•

Cássia Cristina da SilvaOAB/SC 23.809-BSócia do escritório Silva e Silva Advogados Associados. Bacharel em Direito pela Universidade Gama

Filho do Rio de Janeiro em 1992.Pós-Graduação: 2004 – Universidade Gama

Filho/RJ. Título: Especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho.I Ciclo Mato-Grossense de Direito Processual –

2002 – Cuiabá/MT.Curso de técnica em elaboração de contratos a

luz do novo Código Civil – 2004.Juíza da Câmara Eclesiástica de Sinop/MT –

2001 a 2006.Palestrante de cursos de Direito Comercial e

Direito do Trabalho no CDL em Cuiabá/MT – 2001 a 2004Advogada atuante há 21 (vinte e um) anos nas

áreas de Direito do Trabalho, Direito Sucessório e Direito Empresarial de forma geral, em nível extrajudicial e judicial.

A taxa média de juros do cheque especial subiu 0,18 ponto percentual na apuração feita em agosto pela Fundação de Proteção de Defesa do

Consumidor de São Paulo (Procon-SP). Os juros ficaram em 11,67% ao mês, percentual superior ao verificado em julho (11,49%). Das sete instituições bancárias pes-quisadas, quatro elevaram as taxas na comparação com o mês anterior. Os juros médios para empréstimo pesso-al se mantiveram em 6,23% ao mês.

A maior taxa no cheque especial é do Santander (14,24%). O banco elevou a taxa de 13,74%, verificada no mês passado, para 14,24%, uma variação de 3,64%. Foi a maior alta neste mês. A Caixa Econômica Federal registrou a segunda maior elevação em agosto, uma alta de 3,6%. A taxa passou de 9,99% ao mês para 10,35% ao mês.

O Bradesco e o Itaú também aumentaram as taxas para o cheque especial. No primeiro caso, houve varia-ção de 0,36%, e a taxa subiu de 11,26% para 11,3% ao mês. No Itaú, os juros aumentaram de 11,29% para 11,63% ao mês. Os demais bancos mantiveram os juros para cheque especial do mês anterior.

A melhor taxa para empréstimo pessoal é ofereci-da pela Caixa Econômica Federal (4,6%) e a mais alta é a do Santander (7,99%). Apenas o Banco do Brasil ele-vou a taxa nesta linha de crédito em agosto, passando de 5,46% para 5,5% ao mês, uma variação de 0,73% em relação a julho.

O levantamento foi feito no dia 3 de agosto nas seguintes instituições: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Safra e Santander. É con-siderada a taxa do empréstimo pessoal para o período de 12 meses e de 30 dias para cheque especial. Os da-dos coletados referem-se às taxas para máximas cobra-das de cliente não preferenciais, independentemente do canal de contratação.•

Taxa média do cheque especial sobe

e do empréstimo pessoal fica estável

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Com queda nas vendas e na produção, o setor de veícu-los só deve se recuperar no fim do primeiro semestre de 2016, segundo previsão da Associação Nacional de

Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). “Retomada um pouco mais sustentável nós estamos imaginando no fim do segundo trimestre do próximo ano”, informou o presidente da entidade, Luiz Moan, durante divulgação do balanço das montadoras.

De acordo com o presidente da Anfavea, as dificulda-des enfrentadas pelo governo para aprovar medidas do ajuste fiscal obrigaram os empresários a mudar perspectivas. “Tínha-mos uma visão mais otimista, porque consideramos que, no mês de junho, teríamos o ajuste fiscal totalmente concluído”, acrescentou.

As vendas de veículos registraram retração de 19,4% no acumulado de 2016. Nos primeiros sete meses do ano pas-sado, foram vendidas 1,6 milhão de unidades, enquanto nos primeiros sete meses de 2015 foram comercializados 1,3 mi-lhão de veículos.

Apesar da queda no acumulado do ano, em julho as vendas de veículos subiram 5,7% na comparação com junho. Segundo o balanço, foram licenciadas 189,9 mil unidades em julho, contra 179,6 mil em junho. Na comparação com o ano passado, o resultado é de queda de 21,6% nas vendas.

Luiz Moan explicou que, para os próximos meses, a tendência é que as vendas se estabilizem no mesmo patamar registrado desde o início de 2015. “Na média dos próximos cinco meses, esperamos que, de agosto a dezembro, tenha-mos uma performance igual à média dos primeiros sete meses deste ano”, destacou.

DemissõesCom menor produção, deve continuar a redução no

número de postos de trabalho das montadoras. “Temos um excedente de pessoal nas fábricas. Neste momento, por exem-plo, temos funcionários em lay-off e férias coletivas, o que de-monstra claramente esse excedente", afirmou o presidente da Anfavea.

Montadoras de veículos preveem recuperação só para meados de 2016

48 • Agosto 2015 • Economia&Negócios

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Rua Manoel Vieira Garção, 10 – Sala 204 - Esq. Dr. José Bonifácio MalburgCep: 88301-425 – Centro- Itajaí – SC – Edifício PHD

Segundo o levantamento, no último dia 31os fabricantes de veículos haviam concedido fé-rias coletivas ou suspendido o contrato de traba-lho por lay-off de 7 mil funcionários. Entre junho e julho, foram fechadas 1,2 mil vagas no setor. Em 12 meses, a retração no número de empregos chegou a 14,5 mil.

Moan adiantou que, para evitar novas dis-pensas, cada vez mais empresas devem aderir ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE). Com o programa, os trabalhadores têm redução de 15% na jornada de trabalho e nos salários. As remu-nerações ganham complemento de metade da redução salarial (7,5%), com verba do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). No início deste mês a Rassini Automotive, fábrica de autopeças de São Bernardo do Campo (SP), fechou o primeiro acor-do do tipo.

Fonte: Agência Brasil

Luiz Moan, presidente da Anfavea

Economia&Negócios • Agosto 2015 • 49

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50 • Agosto 2015 • Economia&Negócios

Santa Catarina registra aumento de 3,19% nos emplacamentos de julho

Apesar da recessão, as vendas de veículos subiram 3,19% em julho, comparativa-mente ao volume de junho de 2015. Em

relação a julho de 2014, houve uma queda de 28,50%. No total, 14.881 unidades, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, foram emplacadas em julho de 2015. Os números do Brasil também apontam aumento de 7,08% na comparação entre junho e julho deste ano.

Os dados foram divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores de Santa Catarina (Fenabrave-SC), entidade que representa 650 concessionárias de veículos de todo o Estado. No segmento de carros de passeio e utilitários leves, houve um aumento de 3,33% nas vendas de julho, comparativamente a junho deste ano. Segundo o levantamento da Fenabra-ve-SC, 9.286 carros foram licenciados em julho de 2015. Quanto ao segmento de motos, as vendas tiveram queda de 0,50% em julho, em relação ao mês anterior.

Contudo, o resultado ainda pode ser come-morado graças às ações que motivaram a comer-cialização de automóveis e comerciais leves no mês de julho. Entre as ações destacadas estive-ram o Festival do Consorciado Contemplado e o Salão Auto Caixa, ambos direcionados a estimular a aquisição de veículos no país.

Nos dias 17 e 18 deste mês da Fenabrave-SC promove o maior evento automotivo do Estado, o 8º Congresso Estadual Fenabrave-SC na cidade de Blumenau. Na programação estão palestras que trarão dados do mercado, soluções para a sair da crise de forma criativa e aumentar as vendas utili-zando ferramentas digitais. •

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Economia&Negócios • Agosto 2015 • 51

O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, debateu com o deputado estadual Nikolas Reis (PDT) ações para estimular o desenvolvimento econômico e social das regiões de Ita-

jaí e Navegantes. No encontro, ocorrido em Brasília, o parlamentar valorizou o apoio de Dias na tentativa de retomada das obras de infraestrutura da Via Expressa e da nova Bacia Evolução, que vão atender os complexos portuários da região.

Dias ressaltou a importância estratégica dessas obras para a geração de empregos, além de defender que o Brasil passa por um momento de ajustes. “Alcançamos um patamar e somos agora a sétima maior economia do planeta. Por isso, precisamos estar preparados para uma nova etapa que promova a expansão da economia na-cional e a integração com

outros mercados”, afirmou o ministro. O ministro citou também as futuras melhorias na rodovia que

liga as cidades de Irani e Concórdia, pois, segundo ele, facilitará a movimentação de cargas. “Todas essas ações são fundamentais, pois ampliam os canais de escoamento das riquezas da região”, disse.

O deputado considera essas intervenções, que contam com investimentos oriundos de recursos federais, fundamentais para fo-mentar a indústria e o comércio, além de ajudar a superar os garga-

los brasileiros. “Essas dificuldades acabam onerando os exportadores e os importadores, pois geram atrasos e gastos adicionais”, jus-tificou.

Reis defendeu ainda que o apoio do governo vai fomentar a competitividade entre os terminais portuários brasileiros, estimular a qualidade dos serviços e diminuir os entraves burocráticos.•

Ministro e deputado discutem investimentos para infraestrutura em Itajaí

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ArtigoArtigo

Brasil-Holanda: maior integração

52 • Agosto 2015 • Economia&Negócios

Dados da CBS Statistics Nether-lands mostram que as expor-tações da Holanda cresceram

quase seis vezes na última década em direção ao Brasil, “um mercado em forte crescimento”, segundo a agên-cia, à frente da China e Cingapura, cujas importações aumentaram quase quatro vezes, entre os países fora do círculo da União Europeia. A parti-cipação das exportações para países não pertencentes à UE nas exporta-ções totais de produtos holandeses subiu de um quarto para mais de um terço no período.

Os dados mostram ainda que as exportações holandesas de máquinas e equipamentos de transporte para países fora da UE cresceram mais do que aquelas dirigidas para os países da UE. E que houve um crescimento substancial nas exportações de má-quinas especiais para a Coréia do Sul, China, Taiwan, Japão e EUA. Mais: o Brasil emergiu como um mercado em crescimento para equipamentos des-tinados à indústria naval.

Os números mostram que há uma grande conexão entre Brasil e Holanda. Afinal, a Holanda aparece como o quinto principal parceiro co-mercial do Brasil. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, In-dústria e Comércio Exterior (MDIC), a corrente de comércio (importações/exportações) entre os dois países de 2004 a 2014 cresceu mais de 150%, passando de US$ 6,5 bilhões para US$ 16,1 bilhões.

Em 2014, o superávit brasileiro foi de US$ 9,9 bilhões. Os holandeses exportam principalmente gasolina, óleos de petróleo, adubos e fertili-

zantes, produtos químicos orgânicos, plásticos, máquinas e aparelhos me-cânicos, bebidas, queijos, ração ani-mal e genética animal e de plantas e, por outro lado, importam soja, óleos de petróleo, minério de ferro, celulo-se, carne bovina e de aves, frutas e suco de laranja.

Nos últimos tempos, porém, esse relacionamento comercial tem baixado de intensidade. Em 2014, o Brasil exportou US$ 13 bilhões FOB, registrando uma queda de 24,79% em relação a 2013 (US$ 17,3 bi-lhões). Em produtos industrializados, as vendas foram de US$ 7,4 bilhões e, em produtos básicos, de US$ 5,6 bilhões. A tendência de queda tem se mantido em 2015, pois até julho as exportações foram de US$ 5,9 bilhões FOB (variação de -29,09%), divididos entre US$ 3,47 bilhões em produtos industrializados e US$ 2,46 bilhões, em básicos.

Já as importações em 2014 fo-ram de US$ 3,1 bilhões FOB, com um crescimento de 35,11% em relação a 2013 (US$ 2,3 bilhões). Em 2015, até julho, as importações chegaram a US$ 1,6 bilhão (variação de -12,05% em relação ao mesmo período de 2014). O Brasil importou majoritariamente produtos industrializados.

Diante desses números, se a chave para a retomada do crescimen-to econômico pelo Brasil é a exporta-ção, como afirma o ministro Armando Monteiro, fica claro que o MDIC deve aproveitar o momento para procurar aumentar as vendas de produtos ma-nufaturados e básicos para a Holan-da, revertendo a atual tendência de queda.•

Por Adelto Gonçalves, jornalista especializado em comércio exterior, é doutor em Letras pela USP e autor de Direito e Justiça em Terras d´El Rei na São Paulo Colonial (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2015), entre outros

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O custo do metro quadrado da construção civil au-mentou 0,69% em julho deste ano, em compara-ção com o do mês anterior. Com a alta, o custo do

metro quadrado passou, em média, para R$ 948,47. Em junho, o valor havia fechado em R$ 942, segundo dados do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com a Caixa Econômica Federal. Em 12 meses, a taxa de inflação acumulada no setor é 5,77%.

A mão de obra ficou 0,87% mais cara, passando a custar R$ 438,63 por metro quadrado, enquanto a inflação para os materiais de construção chegou a 0,53%. O metro quadrado dos materiais passou a custar R$ 509,84.

Os estados que registraram os maiores aumentos do custo da construção em julho foram Ceará (3,26%), Distri-to Federal (3,17%), Tocantins (2,39%) e Rio Grande do Sul (2,24%). •

Fonte: Agência Brasil

Economia&Negócios • Agosto 2015 • 53

Inflação da construção civil chega a 0,69% em julho, aponta IBGE

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54 • Agosto 2015 • Economia&Negócios

O governador Raimundo Colombo e o secretá-rio de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), Carlos Chiodini, assinaram

o decreto que institui o grupo de trabalho do Santa Catarina Bem Mais Simples. O programa tem como objetivo reduzir drasticamente o tempo para abertura de empresas no Estado para no máximo cinco dias.

Durante a reunião ficou definida que a próxima etapa do programa será a Jornada da Simplificação, que consiste em 10 encontros regionais envolvendo as prefeituras, com apoio da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), Fundação do Meio Ambiente (Fatma), Junta Comercial de Santa Catarina (Jucesc), Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária, Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (Sebrae/SC), entidades de classe e con-selhos de contabilidade que vão ajudar para dissemi-nação e sensibilização do processo de simplificação.

“Estamos adotando medidas que trarão benefí-cios principalmente para as micro e pequenas empre-sas, que são os propulsores da economia de Santa Ca-tarina e merecem ser valorizadas com ações concretas

por parte do Governo, e é isso que estamos fazendo”, afirma Chiodini. Santa Catarina é também o primeiro estado do Brasil a firmar um acordo de cooperação técnica com o Ministério da Secretaria da Micro e Pe-quena Empresa.

O tempo médio para a abertura de uma empre-sa no Brasil é de 102,5 dias. Com o Bem Mais Simples o empresário levará apenas cinco dias. Para que isso se torne plausível foi montada uma força da tarefa, um grupo de trabalho que envolve, além da SDS, as Secretarias de Estado da Casa Civil, Fazenda, Saúde e Segurança Pública.

Outra medida que será adotada para acelerar a abertura de empresas é a categorização por grau de risco, respeitando a tabela de Classificação Nacio-nal de Atividades Econômicas (Cnae) que padroniza os códigos e os critérios de enquadramento usados pelos órgãos da administração tributária do país. Por meio da tabela é possível analisar as atividades que possuem baixo grau de risco e podem iniciar imedia-tamente, sem necessitar passar por uma fiscalização prévia detalhada.•

Governador assina decreto que institui grupo de trabalho do SC Bem Mais Simples

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Economia&Negócios • Agosto 2015 • 55

A Caixa Econômica Federal está revendo o modelo de financiamentos imobiliários. A partir do próximo dia 17, os clientes que têm imóveis financiados pela

Caixa com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) não poderão mais financiar outro imó-vel na mesma modalidade.

Em nota, a Caixa informou que a nova restrição atin-ge apenas 2,4% dos financiamentos disponíveis. Isso por-que dificilmente um cliente financia mais de um imóvel no banco com recursos do SBPE.

Ao longo do ano, o banco adotou diversas restrições aos financiamentos do SBPE. Em janeiro e em abril, a Caixa aumentou os juros das linhas de crédito. Também em abril, o banco reduziu, de 80% para 50% do valor, o limite máxi-mo de imóveis usados que podem ser financiados.

Por meio do SBPE, os bancos financiam imóveis no-vos ou usados com saldo da caderneta de poupança. No entanto, a aplicação financeira tem re-gistrado recordes negativos neste ano. No primeiro semestre, as re-tiradas superaram os depósitos em R$ 38,5 bilhões, o pior resultado desde o início da série histórica, em 1995.

A Caixa é a principal instituição que atua no crédito imobiliário no país, concentrando 70% dos financiamentos para o setor.

Cliente poderá financiar apenas um imóvel pela Caixa com recursos da poupança

Fonte: Agência Brasil

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56 • Agosto 2015 • Economia&Negócios

ArtigoArtigoA importância da

armazenagem

Por Mário Lanznaster, presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos

A falta de armazéns é um pro-blema estrutural com profun-dos reflexos no nível de renda

dos produtores. Como os armazéns disponíveis são insuficientes para re-ceber e estocar a produção, uma das alternativas para amenizar essa difi-culdade é a exportação dos produtos para outros países, especialmente o milho, para posterior importação de outros estados para atender as necessidades, pois o Estado é gran-de consumidor de grãos. Com esta operação Santa Catarina perde em arrecadação já que sobre o produto exportado não incide ICMS, mas na internação de produtos de outros es-tados é gerado crédito do imposto.

Essa situação penaliza os pro-dutores rurais em geral. Porém, se ele for associado a uma coopera-tiva, essa situação será outra. Um dos benefícios que as cooperativas proporcionam aos cooperados é o armazenamento da sua produção durante a safra, mantendo-a até que se oportunize a venda aos melhores preços do mercado. Essa é a grande vantagem: com armazém, o produtor vende a produção no momento mais adequado.

Com insuficiência de armazéns, o produtor é obrigado a vender o produto agrícola em plena safra, mo-

mento em que os preços estão natu-ralmente em queda em razão da alta oferta. A indústria também sofre pre-juízos porque vê a matéria prima ser exportada, sabendo que terá, mais tarde, que reimportá-la para o pro-cesso industrial, pagando mais caro. Ao final, o consumidor pagará mais pelo alimento – seja carne, leite ou cereais – e o estado, também, pelos créditos de ICMS.

Em Santa Catarina, a atual ca-pacidade de armazenamento de ce-reais é de pouco mais que 4 milhões de toneladas para uma produção es-tadual total de 6,5 milhões de tone-ladas de grãos, gerando um déficit de 40% das necessidades. O ideal, em qualquer país do mundo, é uma es-trutura de silos e armazéns para, no mínimo, 120% da produção.

As cooperativas ainda não são 100% autossuficientes, mas são, pra-ticamente, as únicas a investir nessa área e, nos últimos anos, destinaram cerca de R$ 150 milhões de reais, ampliando a capacidade instalada em 250 mil toneladas. O investimen-to é elevado, o retorno é muito lento e os encargos financeiros são altos em face da sua natureza operativa. Apesar disso, investir em armazena-mento é uma imperiosa necessidade do desenvolvimento catarinense.•

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A partir de agora, a liberação, no Porto Itapoá, das cargas

que exigem inspeção do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-to (Mapa) poderá ser feita com mais agilidade graças à abertura de uma Unidade de Vigilância Agropecuária (Uvagro) dentro do terminal. A cerimônia de inauguração da Uvagro em Itapoá foi rea-lizada com a participação de autoridades e de dirigentes de empresas exportadoras.

No evento, o superin-tendente Federal do Mapa em Santa Catarina, Jacir Massi, assinou, em con-junto com o presidente do Porto Itapoá, Patrício Junior, o contrato de cessão pelo qual o ministério instala ofi-cialmente a Unidade de Vi-gilância dentro da estrutura do terminal.

O evento contou com a presença de autoridades, sendo uma delas o gover-nador Raimundo Colombo. Nos discursos proferidos durante a cerimônia o re-conhecimento do modelo adotado pelo Porto Itapoá, baseado na eficiência e no comprometimento com clientes e colaboradores, foi ressaltado por todas as au-toridades.

As operações no Por-to Itapoá tiveram início em junho de 2011 e, desde então, toda a estrutura de

Porto Itapoá passa a contar com Unidade de Vigilância Agropecuária para agilizar cargas

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vigilância agropecuária no terminal era atendida pela equi-pe lotada no Porto de São Francisco do Sul. Mesmo assim, o atendimento dos agentes do Mapa em Itapoá sempre foi pautado pela agilidade e busca da eficiência nas inspeções e liberações das cargas. Agora, com a unidade instalada no próprio porto, este processo tende a ficar ainda mais rápido, contribuindo significativamente para que os clien-tes, especialmente exportadores, consigam mais rapidez na movimentação de suas cargas.

Patrício Junior, presidente do Porto Itapoá, lembrou, em seu discurso, os desafios diários que um terminal por-tuário enfrenta, no comprometimento com os resultados dos clientes e, ao mesmo tempo, na gestão das parcerias necessárias com os órgãos intervenientes para que todos trabalhem em prol do desenvolvimento do país.

“Hoje, estamos comemorando o fruto da parceria construída junto ao Ministério da Agricultura nos últimos quatro anos. Mesmo sem uma estrutura formal dentro do terminal, os servidores do Mapa sempre fizeram parte do time do Porto Itapoá, prestando, dentro de suas condições, o melhor serviço possível. Agora, esta eficiência deve se tornar ainda mais visível aos olhos dos clientes, que terão em Itapoá um dos menores tempos de liberação de cargas entre os portos brasileiros”, comemorou Patrício Junior.

O superintendente federal do Mapa em Santa Ca-tarina, Jacir Massi, destacou que o ministério tem exerci-do papel fundamental no controle e gerenciamento das cargas que operam nos portos brasileiros. Somado a isso vem contribuindo assiduamente com todos os recintos que utilizam o sistema de vigilância agropecuária.

Até a abertura da Uvagro-Itapoá, as cargas que exi-giam inspeção física do Ministério da Agricultura, pode-riam levar até sete dias para serem liberadas. Hoje, com a unidade instalada no Porto, a maior parte das cargas poderá ser atendida no mesmo dia da chegada do contê-iner e, em um dia, estaria pronta para o embarque. Logi-camente, as condições documentais, físicas e sanitárias da carga precisam atender as exigências do ministério, e da legislação, a exemplo do que ocorre em todos os portos brasileiros.

Patrício aproveitou a ocasião para lembrar que a estrutura da Anvisa, por exemplo, ainda carece de mais profissionais. O presidente lembrou que o Porto Itapoá está prestes a iniciar sua ampliação, o que lhe capacitará a movimentar 2 milhões de TEUs por ano. Por isso, uma ação imediata de parceria dos governos federal e estadual seria a melhor maneira de chegar a uma solução no curto prazo para o problema.•

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O ministro-chefe da Secretaria de Portos, Edinho Araújo, assinou o contrato de dragagem para re-adequação da geometria do canal de acesso ao

Porto do Rio Grande (RS), com o consórcio formado pelas empresas Jan de Nul do Brasil e Dragabrás. A licitação foi feita pelo regime de RDC – Contratação Integrada. O con-sórcio vencedor ofereceu R$ 368,6 milhões pela obra, o maior desconto em relação ao valor inicialmente estimado pela SEP, que era de R$ 376 milhões.

Serão removidos aproximadamente 18 milhões de m³ de sedimentos, mantendo a profundidade do canal in-terno em 16 metros e do canal externo em 18 metros. O consórcio terá um prazo de seis meses para elaboração e aprovação dos projetos Básico e Executivo e de dez meses para executar a obra.

“Garantir a dragagem permanente nos portos pú-blicos significa melhorar as condições operacionais e de acesso e dar total segurança aos operadores”, afirmou o ministro Edinho Araújo.

Edinho lembrou que, somente este ano, a secretaria está investindo cerca de R$ 1,5 bilhão na dragagem de cinco importantes portos brasileiros: Santos, Paranaguá, Rio Grande, Rio de Janeiro e Vitória.

O diretor Presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli, participou da solenidade como convidado e destacou a importância da dragagem. “O Porto de Rio Grande está no coração do Mercosul e tem grande potencial de crescimento, pela sua profundidade. Com a dragagem, o Porto ganhará em com-petividade, beneficiando a economia do Estado e do País”, afirmou.

O Porto de Rio Grande é administrado pela Superin-tendência do Porto de Rio Grande(SUPRG), uma autarquia criada pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul. É o segundo porto do país em exportações e o quarto maior em movimentação geral de cargas. A perspectiva, segun-do o superintendente do Porto Janir Branco, é de aumento desta capacidade. •

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Ministro assina contrato de R$ 368 mi para dragagem no Porto de Rio Grande

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A Imbituba Logística Portuária (ILP) começou a mo-vimentar coque verde de petróleo por meio do shiploader. A utilização da máquina para realizar

o embarque da carga reduz a emissão de partículas do material no ar no momento da movimentação, consis-tindo em um ganho ambiental considerável.

Além disso, o shiploader tem uma capacidade de operação de até mil toneladas por hora, o que garante maior agilidade e rapidez no embarque da carga. Os testes foram realizados no dia 30 de julho e já no dia seguinte a operação iniciou.•

Porto de Imbituba começa a movimentar coque com shiploader

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APM Terminals Itajaí bate mais um recorde de produtividade

A APM Terminals, responsável pela movi-mentação de cargas no Porto de Itajaí, atingiu mais um recorde de produtivida-

de, alcançando média de 126,58 movimentos por hora durante a operação do cargueiro Mer-cosul Manaus. Foram utilizados três equipamen-tos, dois portêineres (guindastes Ship to Shore) e um MHC (Mobile Harbour Crane), na operação realizada em julho.

"Nosso comprometimento com eficiência operacional e segurança é a maior marca da APM Terminals Itajaí. Isto justifica duas quebras

de recorde em um curto período de tempo e o reconhecimento como uma operação altamente produtiva”, destacou o gerente comercial da em-presa no Brasil, Felipe Fioravanti.

O recorde anterior de produtividade do terminal era de 125,28 MPH, estabelecido em abril com o uso de quatro equipamentos (dois portêineres e dois guindastes tipo MHC). “O que chama atenção é que, desta vez, mesmo com apenas três guindastes, superamos a marca anterior. Entregamos média superior a 43 movi-mentos por hora por equipamento”, finalizou.•

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O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) passa a receber, a partir de agosto, navios com rota para o oeste e sul da África. Com

o novo serviço, o terminal oferece atendimento ple-no para clientes que têm negócios naquelas regiões, com embarques e desembarque semanais.

Se antes o terminal operava apenas no trans-bordo de cargas, agora oferece atendimento dire-to, gerando comodidade ao cliente. “Nós estamos ampliando a possibilidade do cliente em utilizar os portos de origem e destino, sem precisar descarre-gar a carga em outro local que não seja o seu des-tino final”, explica o diretor superintendente da TCP, empresa que administra o terminal, Juarez Moraes e Silva.

Outro fator positivo do novo serviço é a eco-nomia gerada para exportadores que utilizam a rota para negócios de exportação, principalmente, de commodities como frango congelado, fubá e açúcar.

O novo serviço também diminui o tempo de espera para que os exportadores possam despachar suas cargas, com escalas semanais em Paranaguá. “Antes, o navio fazia escalas quinzenais no porto vi-zinho. Agora, o exportador conseguirá fazer a venda

TCP inicia atendimento direto de exportação à África

semanalmente, reduzindo custo de armazenagem e me-lhorando o seu fluxo financeiro”, analisa Moraes e Silva.

A estimativa é a de que o terminal tenha um vo-lume de 600 contêineres por semana. “O armador que usava o serviço indireto se torna mais competitivo, ofe-recendo ao cliente a opção do embarque direto com re-dução no custo”, finaliza.

O serviço contará com a participação dos armado-res CMA CGM, NileDutch e Hamburg Sud e escalará os seguintes portos Africanos: Durban, Port Elizabeth, Cape Town, Luanda e Pointe Noire.•

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As dificuldades na economia global afetam vários setores, uma vez que todos querem apertar o cin-to para enfrentar a estagnação do mercado. Mas a

indústria da pesca em Itajaí se mostra otimista para uma boa virada de 2015 para 2016, depois de enfrentar meses de dificuldade. De acordo com a Secretaria Municipal da Pesca e Aquicultura de Itajaí, o segmento emprega mais de 25 mil pessoas na região, produzindo por ano cerca de 100 mil toneladas de pescado, o que faz de Itajaí um dos maiores polos pesqueiros da América Latina.

Presidente do Sindicato dos Armadores e da Indús-tria da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi), Giovani Monteiro considera que a grande questão está na relação entre os armadores, que buscam a matéria prima do mar, a indús-tria que processa o pescado e os órgãos fiscalizadores da atividade. “Temos toda essa cadeia atrelada. Se não tem mercado, não tem demanda e a indústria quebra. Mas para nós, que trabalhamos com captura, o mercado tem se mantido estável”, explica Monteiro, que é armador.

Já a indústria da pesca não quer ouvir falar em crise.

Para o diretor da empresa Vitalmar e presidente da Câma-ra de Desenvolvimento da Indústria da Pesca do sistema Fiesc, Dario Vitalli, a palavra crise tem que ficar dos portões pra fora de sua empresa. “Somos fruto da dificuldade e dela crescemos inicialmente como uma empresa pequena. E hoje empregamos muita gente”, avalia o empresário, que emprega cerca de 400 pessoas.

Um aspecto positivo é que a alta do dólar acaba in-centivando o produto nacional e equilibrando a disputa com os produtos importados. O setor reclama da falta de barreiras alfandegárias para incentivar a produção nacio-nal. No entanto, Monteiro lembra que existe um espaço importante para os produtos importados. “A gente não produz peixe suficiente todo o tempo. Por isso há a neces-sidade de importar para que a produção da indústria não fique ociosa”, explica Monteiro.

Para o professor Jairo Ferracioli, professor de econo-mia da Univali, a alta do dólar é uma chance para que a produção nacional ganhe mais espaço no mercado. A dificuldade diante desse cenário está justamente no

Alta do dólar e restrições ambientais: em tempos difíceis setor pesqueiro sobrevive

REGULAMENTAÇÃO DO SEGMENTO E DIVERGÊNCIAS COM ÓRGÃOS FISCALIZADORES CAUSAM ENTRAVES PARA A INDÚSTRIA

Indústria da pesca emprega cerca de 25 mil pessoas

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controle da inflação, que pode complicar as coisas para a indústria nacional. “Dependendo do patamar da infla-ção e do preço do dólar, que vai encarecer o importado, o mercado nacional pode crescer e ganhar espaço nas exportações”, ressalta o economista.

Ferracioli chama atenção para o próprio consu-mo do brasileiro, que pode vir a comer mais peixe em função dos aumentos constantes nos preços das carnes bovina, suína e do frango.

Pesquisa e fiscalizaçãoHá anos o setor pesqueiro discute com o governo

federal a regulamentação da atividade. A proposta do segmento seria um modelo de fiscalização compartilha-do, como existe em outros países, para que o mercado da pesca não sofra com os entraves da burocracia e das instruções normativas que, segundo Vitalli, muitas vezes não possuem embasamento científico. “Entre a onda e as pedras nós somos o marisco. Também precisamos ser ouvidos para que não sejam tomadas decisões unilate-rais”, frisa Dario Vitalli.

Monteiro fala em perseguição por parte dos fis-cais federais agropecuários, que estariam prejudicando imensamente o setor. “O problema é que não se tem

Dario Vitalli é diretor da Vitalmar e presidente da Câmara de

Desenvolvimento da Indústria da Pesca do Sistema Fiesc

pesquisas permanentes para que possamos fazer como ou-tros países fazem, delimitando cotas de espécies. Sabemos que os recursos não podem ser explorados livremente e é por isso que o Sindipi incentiva a captura de forma sustentá-vel”, ressalta o presidente do sindicato.

Em janeiro desse ano, os pescadores itajaienses reali-zaram um protesto que interrompeu a circulação de embar-cações no rio Itajaí-açu. Um navio de cruzeiro com cerca de 1,8 mil passageiros foi impedido de sair por mais de dois dias, bloqueado por cerca de 200 pequenos barcos de pes-ca. A manifestação era contra a portaria 445, do Ministério do Meio Ambiente, que proibia a pesca de 90 espécies que estariam ameaçadas de extinção. A manifestação obteve re-sultado, pois a portaria foi revogada diante da alegação de que o órgão não estaria pautado em pesquisas ou estudos, mas em reivindicações de ONGs internacionais.

Jairo Ferracioli considera que há uma desorganização em relação à política do setor. “Os órgãos federais baixam portarias, mudam regras aqui e ali, sem critérios, sem ne-nhuma pesquisa. O que falta é pensar o setor a longo pra-zo”, conclui o economista.

Operação PoseidonEm 10 de abril do ano passado a operação da Polícia

Federal, com o apoio técnico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), deflagrou a Operação Poseidon, visando coibir a prática de crimes relacionados à industrialização de peixes, captura ilegal e troca de espécies na rotulagem do produto. Sete empresas sediadas em Itajaí, Navegantes e Itapema foram autuadas. Como resultado da operação, a desconfiança do mercado impactou financeira-mente as indústrias, causando muitas demissões.

Uma das empresas atingidas foi a Vitalmar. Dario con-sidera que foi uma atitude desastrosa por parte da fiscali-zação e se defende dizendo que sua empresa não cometeu nenhuma infração legal. “O linguado é uma família de várias espécies, como é, por exemplo, o tubarão. Não vendemos uma coisa dizendo que é outra. Mas diante da interpretação deles, nós acatamos uma série de exigências e isso nos trou-xe problemas significativos”, lamenta Vitalli.

Monteiro também sai em defesa das empresas que foram alvo da operação Poseidon. “Das sete empresas, até agora, mais de um ano depois, nada foi comprovado. Fize-ram a análise e até agora não provaram. Mas fato é que essa operação foi muito ruim para a imagem do setor de pesca”, afirma o presidente do Sindipi.•

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ArtigoArtigo

A importância da inovação para o desenvolvimento

econômico

Em momentos desfavoráveis, como a atual crise econômica, investir em inovação se torna

o diferencial para se manter no mer-cado competitivo. Aliada à gestão estratégica, a inovação nada mais é, inicialmente, que uma cultura. O modo de pensar é determinante para a implantação da cultura inovadora. O investimento em conhecimento e inovação foi o caminho escolhido por todos os países desenvolvidos nas últimas duas décadas.

Em Santa Catarina, o governo estadual elegeu a inovação como pilar estratégico para o desenvolvi-mento. A principal política pública para tornar o Estado pioneiro neste tema é a construção dos 13 Centros de Inovação, que irão concentrar conhecimento e empreendedo-rismo. A busca é pela redução da defasagem em relação aos outros países e ampliação de vantagens nas áreas econômicas em que já somos líderes. Estamos preparando Santa Catarina para a economia do conhecimento, gerando riquezas e mais empregos.

Recentemente, os Centros de Inovação de Santa Catarina foram citados em publicação do SRI Inter-

national, um dos mais respeitados institutos de pesquisa do mundo, fundado na Universidade de Stan-ford, na Califórnia (EUA). O artigo, publicado pelo diretor executivo do Centro para a Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do SRI, Peter Kant, elogia ainda a iniciativa da Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), co-ordenadora do projeto, em treinar líderes para a gestão dos Centros de Inovação.

Estão em obras os Centros de Inovação de Lages, São Bento do Sul, Jaraguá do Sul, Itajaí, Chapecó, Joaçaba e Tubarão. O projeto prevê também construção de unidades em Criciúma, Joinville, Blumenau, Florianópolis, Brusque e Rio do Sul. Santa Catarina será beneficiada com a criação de negócios de valor agre-gado e dinamização da economia.

Nosso trabalho está apenas começando. Estamos construindo o modelo de gestão para cada re-gião, uma parceria entre o governo, instituições de ensino e sociedade. Santa Catarina é destaque na cultu-ra empreendedora, queremos que seja também na cultura da inovação e conhecimento. •

66 • Agosto 2015 • Economia&Negócios

Por Carlos Chiodini, secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável

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