Revista O Poder - Edição 19

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ANO III Nº 19 | FEVEREIRO 2014 | R$ 8,50 A REVISTA DOS GRANDES LEITORES ARAKEN FARIAS Presidente Estadual do PSL/RN defende uma reforma política baseada no interesse da sociedade BLACK BLOCK Os manifestantes sem rosto no palco dos protestos MÉTODO APAC Com humanização é possível diminuir a escalada da violência

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Fevereiro/2014 O PODER! | 3

índice

O PODER [email protected] DIRETOR Gleydson Batalha EDIÇÃO Zenaide Castro 84 9981 3942 DIAGRAMAÇÃO E PROJETO FAÇA! COMUNICAÇÃO E DESIGN 84 3086 4815 GRAFICA Unigráfica TIRAGEM 5.000 exemplares COMERCIAL 84 8875.0668/ 9480.5096 CAPITAL InTELECTuAL (CNPJ: 10.989.231/0001 23) Av. Rodrigues Alves 682 - Petrópolis - Natal-RN

A direção não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados

6 COTIDIAnOFRASES EM DESTAQUE

19 zEnAIDE CAsTROO PODER DOS NEGÓCIOS

21 sIMOnE sILvASOCIAL

22 DICA DE vIAGEMTARCÍSIO GURGEL/CURITIBA

ENTREvISTA / ARAkEN FARIAS8 CAPA

Artigos5 CRIsTOvAM BuARQuEA REvOLUÇÃO É O MEIO

14 nEY LOPEsA NOvA IGREJA DE FRANCISCO

20 JOAnILsOn DE PAuLA REGOAFINAL, O QUE É O “NOvO” NA POLÍTICA?

sIsTEMA APACA RECUPERAÇÃO É

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Editorial

Mês de novidadesFEvEREIRO ChEGOu MuITO rápido e com o calor do nosso verão, vieram também as especulações políticas de quem serão os candidatos ao Governo do Estado e ao Senado Federal. Na capa desta edição de O Poder o presidente do PSL Estadual, advogado Araken Farias, fala sobre acordão, renovação e sua pré-candidatura a governador do Rio Grande do Norte. A revista O Poder tem abordado mensalmente assuntos po-lêmicos e, ao mesmo tempo, atuais como a matéria assinada pela jor-nalista Simone Silva, na edição passada, sobre traição virtual, que está se tornando comum em nossa sociedade. Nesta edição, entrevistamos o cientista social Rodrigo Bezerra, que faz uma análise crítica sobre as manifestações que têm ocorrido em todo o Brasil e a violência agregada a esses movimentos. Temos também uma matéria sobre a humaniza-ção nos presídios, proporcionada pela APAC (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado), instalada no município de Macau/RN, na qual é o próprio preso quem gerencia e fiscaliza os processos judiciais. Falamos também de uma das maiores paixões femininas, os sapatos. Neste segmento, Natal será a capital do calçado entre os dias 11, 12 e 13 de março, com a realização da segunda edição da 40 graus – Feira de Calçados e Assessórios, que ocorrerá no Centro de Convenções. visi-tamos mais uma vez um bar que está se tornando referência quando o assunto é culinária regional, o Bar do Suvaco, famoso pelo caranguejo e pela paçoca. Em seu artigo mensal, o senador Cristovam Buarque fala de um tema bastante pertinente que é sobre Revolução e o advogado Ney Lopes entra na seara da religião, abordando as mudanças que o Papa Francisco está promovendo na Igreja Católica. Na coluna O Poder dos Negócios, a jornalista Zenaide Castro destaca a sanduicheria Gourmet Burguer, que abrirá em breve a sua primeira franquia em Mossoró. Te-mos, ainda, o tradicional artigo do advogado Joanilson de Paula Rego, a coluna social de Simone Silva, as dicas de viagem do médico Tarcísio Gurgel e a dica de livro. Boa leitura!

GLEyDSON BATALhADIRETOR DA REvISTA O PODER

E SÓCIO DA CAPITAL INTELECTUAL LTDA.

revista O PODer: artigOs, matérias, entrevistas e cOlunas

vOltaDOs Para a classe POlÍtica e fOrmaDOres De OPiniãO.

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Foto de capa: CEDIDA

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Artigo

a revolução

é o MeioPor cristovaM buarqueProfessor da Universidade de Brasília e Senador pelo PDT/DF

nÃO FAz MuITO, os fins justificavam os meios usados para realizar as revo-luções e a construção da igualdade jus-tificava o sacrifício da liberdade. Mais recentemente, os propósitos sociais foram sacrificados em nome da plena liberdade comercial.

Para surpresa, as populações foram às ruas manifestar radical desconten-tamento com o estado das coisas. Mas esses movimentos têm carecido de objetivos transformadores e utópicos claros. Passam a impressão de que seus diversos objetivos parciais não carregam propósitos de transformação social. É como se a revolução estivesse no meio e não nos fins. Uma revolução sem classe social vanguardista, sem líder condutor, sem partido, realizada pela desilusão, descontentamento e desespero com a realidade atual, sem proposta de outra realidade a ser colocada no lugar. Por isso, os movimentos não se enquadram

nos modelos conhecidos.É por desconhecer o que acontece

que surge a tentação de negar a exis-tência da revolução em marcha que se caracteriza, sobretudo, pela mobilização de pessoas pela internet. Com os ins-trumentos tradicionais de análise, é im-possível entender este processo e nada indica que novos instrumentos lógicos estejam surgindo entre os intelectuais ou os políticos.

A perspectiva é de um longo tem-po de instabilidade social, decorrente não apenas de raras marchas de 100 mil, mas por cinco mil marchas de 200 pessoas. Número incapaz de derrubar governos, mas suficiente para desorga-nizar a estrutura social sem ameaçar a estrutura política.

O que caracterizavam as revoluções com os velhos propósitos era desorgani-zar o tecido social para mudar o poder político e implantar um novo projeto

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social. Agora é extravasar o descontenta-mento social com centenas de pequenas reivindicações para mudar as prioridades.

Neste clima de uma revolução com propósitos diluídos, conforme os grupos que se manifestam, sem um propósito de classe nem líderes partidários surgirá a tentação da repressão como forma de combater os movimentos. Mas os mo-vimentos se organizam por uma forma desorganizada, quase espontânea, em que cada pessoa tem uma trincheira em casa sob a forma de computador conec-tado. As forças da repressão não terão êxito porque foram organizadas para os velhos padrões. Da mesma forma que os exércitos tradicionais perderam guer-ras para a guerrilha tradicional, a polícia tradicional perderá para esta guerrilha cibernética.

Resta aceitar os movimentos e ten-tar entender as causas dos descontenta-mentos, dos desesperos, dos desencan-tos. E de preferência fazer isto contente, porque esta revolução que não enten-demos é a manifestação do fracasso do que se entendia ser a utopia, e espe-rando e observando o que está aconte-cendo e que não cabe dentro de nossos esquemas. Até que, provavelmente, de dentro dos próprios “neo-revolucioná-rios”, surjam alternativas sociais utópi-cas e convincentes.

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Cotidiano

6 | O PODER! agosto/2013 6 | O PODER! setembro/2013 6 | O PODER! janeiro/2014

“Fez tudo sozinho, atropelou colegas”.ATOR JOsé DE ABREu, QuE FEz A DOAÇÃO DE R$ 1 MIL PARA AJu-DAR nO PAGAMEnTO DA MuLTA DE JOsé DIRCEu, REFERInDO-sE AO PREsIDEnTE DO sTF, MInIsTRO JOAQuIM BARBOsA, sOBRE O

JuLGAMEnTO DO MEnsALÃO - JORnAL DE hOJE

“Eu me senti uma mercadoria”.

MéDICA CuBAnA RAMOnA RODRIGuEz, QuE ABAnDOnOu O MAIs MéDICOs AO DEsCOBRIR QuAnTO GAnhARIA AO FAzER PARTE DO PRO-

GRAMA nO BRAsIL - REvIsTA vEJA

Como é que as finanças estão em equilíbrio se a governadora começou a atrasar os salários e

seu próprio secretário de finanças dá entrevista dizendo que o Rn está quebrado tecnicamente?

DEP.EsTADuAL,MÁRCIA MAIA sOBRE A MEnsAGEM AnuAL DE ROsALBA CIARLInE nA AssEMBLEIA LEGIsLATIvA - JORnAL DE hOJE

“A morte do nosso companheiro José Lacerda deixa uma lacuna

dolorosa e um profundo sentimento de tristeza em toda

a imprensa do Rn”.nOTA DA TCM sOBRE A MORTE DO CInEGRAFIsTA

JOsé LACERDA, víTIMA DE LATROCínIO, EM MOssORó JORnAL DE FATO

“se o sTF achar que tem culpa, é porque tem culpa”.

Ex-PREsIDEnTE FERnAnDO hEnRIQuE CARDOsO DIzEnDO ACREDITAR nA IsEnÇÃO DO sTF nO CAsO DO MEnsALÃO

MInEIRO - TRIBunA DO nORTE

“se não disse não, também

não disse sim”. EMPREsÁRIO FERnAnDO

BEzERRA, sOBRE As EsPECuLAÇõEs EM TORnO DA suA CAnDIDATuRA DO GOvERnO DO EsTADO DO

Rn - JORnAL DE hOJEvA

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Capa

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Advogado, pós-graduado em Direito Processual Civil, Presidente Estadual do PSL/RN, ex- Coordenador Geral do Procon-RN e bisneto do Professor Severino Bezerra de Melo, secretário de Educação do Estado, responsável por uma das maiores e mais importantes obras realizadas no Rio Grande do Norte, a construção das escolas públicas, que teve como marco a construção do Colégio Estadual do Atheneu Norte Riograndense.

araKen Farias

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Como o senhor avalia o quadro Políti-co do Rio Grande do norte?

O momento é de descontentamento e total descrédito com os políticos atu-ais. O povo não acredita mais nas falsas promessas, que só aparecem durante o período de campanha e como um passe de mágica desaparecem no dia seguinte às eleições. O que esperar de nossa de-mocracia e de nosso sistema político? Os políticos de hoje, em sua grande e expressiva maioria, precisam do Estado para sobreviver, não para realizar. Em primeiro lugar, morreram as ideias, aca-bou-se o ideal partidário, onde o conflito programático era a síntese da mudan-ça e da possibilidade de novos tempos. Aqui, partido serve exclusivamente para alguém se eleger. Nada mais que isso. A festa da democracia é linda, cívica e emocionante. Mas precisamos de um pouco mais do que eleições. Precisamos mudar a nossa historia, evitando a per-petuação de algumas poucas famílias no poder, com filhos se elegendo, e nada mudando. Precisamos manter a espe-rança e não permitir que a nossa liber-dade seja afrontada, pelos crimes sem punição. Pior é o sentimento de tristeza que nos bate fundo na alma. A impotên-cia tomou conta da esperança.

O que o senhor espera deste processo democrático que são as eleições?

Não só eu, mas toda a sociedade es-pera grandes mudanças, pois não pode-mos mais continuar com a geração de políticos que são a mesma coisa há mais de 40 anos, de filhos que subsistem aos pais, numa verdadeira dança das cadei-ras. hoje, se não for filho de alguém, suas chances eleitorais são bem mais difíceis; temos que evoluir e esta evolução tem que partir do eleitor, mudando a classe política do nosso estado, elegendo no-vos nomes que se comprometam com a coletividade e não com os interesses pessoais. Esperamos a condição dos novos políticos em fazerem políticas de estado e não eleitoreira, com capacida-de de corrigir os problemas, de tal forma que permitam ao Estado atuar eficiente-mente em suas ações (reforma politica).

ultimamente tem se falado muito so-bre o pacto pela governabilidade, o

que o senhor acha deste pacto?Sinceramente, não acredito em pacto

pela governabilidade no Rio Grande do Norte, vindo dos que governaram este estado nos últimos 50 anos. Na medida em que um estado é constituído por po-líticos egoístas, voltados exclusivamente para satisfazer suas ambições pessoais, não podemos falar em governabilidade e dificilmente haverá um bom governo. Só é possível falar em pacto de gover-nabilidade se comparar à atual situação com a ideal. Se pensarmos em reforma politica, garantindo que os governantes governem no interesse dos governados; se continuarmos a governar no interesse próprio ou de grupos específicos o bom governa jamais existirá.

O verdadeiro pacto pela governabi-lidade é trazer a sociedade para discutir uma reforma política, onde a sociedade possa fazer parte efetivamente das deci-sões de governo, elegendo novos políti-cos, compromissados com os interesses coletivos. A sociedade não permite mais o pacto pela demagogia daqueles que nunca fizeram e nunca farão nada pelo nosso estado.

O senhor, como presidente Estadual do PsL, vem conversando com diver-sos outros partidos. Quais são as ex-

pectativas de coligações para as elei-ções deste ano?

Estou procurando conversar com to-dos os de partidos. há mais de quatro meses venho mantendo dialogo com os partidos PEN (LUIZ GOMES), PSDC (JO-ANILSON REGO), PMN (ANTÔNIO JÁCO-ME), Pv (PAULO DAvIM) , PRP (ThOMAZ SENA), PhS (LEANDRO PRUDÊNCIO) e o PTC (MIGUEL MOSSORÓ). O que une esses partidos é o sentimento de reno-vação e o pensamento comum voltado para o Parlamento Estadual e Federal. O número de partidos poderá chegar a 10. As reuniões são realizadas todas às se-gundas e o grupo pretende apresentar um Plano de Governo para a sociedade, com propostas concretas, priorizando as ações voltadas para os serviços básicos essenciais e o setor produtivo. Espero contar com o apoio de todos para a mi-nha pré-candidatura ao Governo do Rio Grande do Norte.

se confirmada a sua candidatura ao Governo, quais são as prioridades para o Rio Grande do norte?

Os problemas são muitos, sem som-bra de dúvida, mas no momento o que mais me preocupa é a insegurança que atinge a todos nós. Não podemos mais sair ou até mesmo ficar em casa, porque não temos mais a certeza de que estare-mos seguros. Isso faz com que a socie-dade entre em pânico, por isso é preciso urgente um plano de segurança estadu-al, onde todos os poderes estejam en-volvidos, trazendo de volta a tranquili-dade social. É preciso trazer a sociedade organizada para participar das decisões de governo, priorizando efetivamente a segurança, educação e a saúde. Também é preciso organizar todo o setor produ-tivo do nosso estado, incentivando a indústria e o comercio, incrementando o turismo, elaborando um projeto de convivência com a seca e valorizan-do o pequeno produtor rural. E o mais importante: garantir o essencial para todos. É preciso sonhar e buscar todos os dias a igualdade social, onde possa-mos ter segurança, educação, saúde e diversão. “A gente não quer só comida, a gente quer comida diversão e arte, a gente não quer só comida, a gente quer saída para qualquer parte...”

“PrecisamOs manter a esPerança e nãO Permitir que a nOssa liberDaDe seja afrOntaDa, PelOs crimes sem PuniçãO. PiOr é O sentimentO De tristeza que nOs bate funDO na alma. a imPOtência tOmOu cOnta Da esPerança”.

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nOs úLTIMOs MEsEs O Brasil tem as-sistido ao embate quase que diário de policiais e manifestantes nas mais diver-sas partes do país. O movimento, que começou reivindicatório, teve início em meados de 2013, quando as pessoas fo-ram às ruas pedindo a diminuição do va-lor das passagens dos transportes coleti-vos (a Revolta do Busão), melhorias para a saúde, a educação e até a rejeição de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que restringia a atuação do Minis-tério Público nas investigações criminais contra a corrupção. Esta última foi um grande exemplo da força do apelo po-pular. Na noite de 25 de junho do ano passado, a Câmara dos Deputados rejei-tou por 430 votos a 9 e 2 abstenções, a PEC 37/2011, que atribuía exclusivamen-te às polícias Federal e Civil a competên-cia para a investigação criminal. Todos os partidos recomendaram a rejeição do texto. Mas, e depois, quando foi que o movimento popular começou a perder o apoio da sociedade?

Na opinião do cientista social, Rodri-

go Bezerra, o Brasil, como todas as partes do mundo, vive uma transição cultural muito forte. Um caldeirão de ideias efer-vescentes que deságua numa sociedade sólida pela pluralidade, seja ela demo-cracia neoliberal, social democracia ou democracia representativa, não impor-ta. O importante é saber da “liberdade democrática” como valor de identidade cultural de um povo e saber para quem está falando, como está falando e o por-quê está falando da democracia.

Rodrigo faz um balanço do atual cená-rio, iniciado no ano passado. Segundo ele, os momentos mais relevantes surgiram através de um levante do aumento das passagens, uma não atuação livre do mi-nistério público [PEC 37], o forte discurso em pauta no congresso da comissão dos direitos humanos, a crise de representati-vidade política que advém do julgamento do mensalão e a alta corrupção policial. “Esses vários pontos e outras pautas que naturalmente foram unidas nas redes so-ciais e saíram às ruas, fazendo surgir a crise da representatividade política”, relata.

Entretanto, houve um momento em que o cenário mudou. Dos protestos organizados, a sociedade começou a se recolher diante do quebra-quebra, da baderna, dos conflitos. Isso ocorreu, se-gundo conta, diante da crise de repre-sentatividade. “A crise é tão grande que os oportunistas políticos, militantes sem pauta, pseudoanarquistas começaram a assumir “o controle”. Dessa forma sur-giu o discurso que manifestação pacífica não traz resultado. Acredito que colocar camisa no rosto, agredir, quebrar patri-mônio público ou privado não seja coisa de manifestante e sim de criminoso. Os verdadeiros idealistas, líderes e huma-nistas da sociedade estão sendo coloca-dos de lado por interesse de grupos ima-turos que acreditam ou sonham estar vivendo uma revolução”, opina

O ponto crucial se deu no dia 6 de fevereiro, com a morte do cinegrafista Santiago Andrade, após ser atingido por um rojão durante uma manifestação no Rio de Janeiro. O fato deverá ser um divi-sor de águas nesse momento pelo qual

Manifestação

brasil, Mostra tua cara!

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passa o Brasil, com rumos ainda desco-nhecidos. O jornalista e colunista Alex Medeiros, em artigo publicado no Jornal de hoje do dia 12 de fevereiro, intitulado “Os caminhos pós-Santiago”, relata que “a tragédia sempre esteve anunciada, desde quando as hordas de baderneiros e os militantes orientados para promo-ver o caos espantaram das ruas os con-tribuintes que ocuparam o Brasil em 21 de junho de 2013 pedindo mudanças ur-gentes no país. Naquela que foi a maior

manifestação popular inter-regional da história recente, que levou milhões às ruas de inúmeras cidades, a sociedade brasileira já parecia discernir sobre o ele-mento político a ser refutado no apelo nacional. E gritou ‘sem partidos’”.

O momento atual fala sobre ma-nifestações, rolezinhos, black block. Termos até então desconhecidos da maioria da população, hoje fazem parte do cotidiano da sociedade que acom-panha atônita demonstrações de vio-lência, muitas vezes, gratuita, mas que geram prejuízos irreparáveis, como o que ocorreu com a morte do cinegrafis-ta Santiago Andrade.

O cientista social Rodrigo Bezerra diz que o protesto em forma de “rolezi-nho” é uma resposta à perda do “espaço público” em relação ao privado e a in-versão de conceitos. “As manifestações sempre irão ocorrer, com partidos ou sem partidos. O importante é compre-ender que a sociedade é a força de suas escolhas”. E cita movimentos que foram significativos e ajudaram a escrever no-vas páginas na história do País, como os movimentos estudantil, feminista e contra as armas nucleares nos anos 60, 70 e 80. O fora Collor, nos anos 90, e atu-almente a defesa dos animais, do meio

ambiente, da violência contra a mulher, entre outras. “Essas manifestações, to-das de cara limpas, com argumentos de caráter coletivo, organizada, criativa e com agendamento, têm resultado. Des-sa maneira acredito que o cidadão bra-sileiro ainda saia às ruas, porém não sei se alcançaremos o poder de manifesto igual a junho de 2013”, conclui.

“Acredito que colocAr cAmisA no rosto, Agredir, quebrAr pAtrimônio público ou privAdo não sejA coisA de mAnifestAnte e sim de criminoso”.(rODrigO bezerra)

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Justiça

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Método aPac acredita que huManização do PresoPode diMinuir a violência

a recuPeração é

Possível

“quAndo vim pArA A ApAc mudei A minhA formA de pensAr, o meu modo de Agir, A minhA dignidAde”. (franciscO alessanDrO lOPes - recuPeranDO)

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A violência tem sido o principal tema das manchetes dos jornais. Pior que ser assunto na imprensa é o fato de estar ao nosso lado, pro-vocando a sensação de angústia, medo, pânico. Fala-se muito em violência e faz-se pouco em mecanismos reais para combatê-la. A impres-são é que faltam ideias que possam, senão fre-ar, pelo menos amenizar o problema.

Pensando nisso, um grupo lançou, em se-tembro de 2010, aqui no Rio Grande do Nor-te a Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC), sistema no qual o próprio preso é quem gerencia alguns procedimentos internos e quem também fiscaliza o andamen-to dos processos judiciais. A iniciativa, que vem sendo desenvolvida no município de Macau, é definida como ‘Metodologia Apaqueana’. visa à humanização e à ressocialização do apenado.

Segundo o vice-presidente da APAC Macau, Cleber Costa, a Associação opera como entida-de auxiliar dos Poderes Judiciário e Executivo, respectivamente na execução penal e na admi-nistração do cumprimento das penas privativas de liberdade nos regimes fechado, semiaberto e aberto. “A principal diferença entre a APAC e o Sistema Prisional Comum é que na APAC os pró-prios presos (recuperandos) são corresponsáveis pela sua recuperação e têm assistência familiar, espiritual, médica, psicológica e jurídica presta-da pela comunidade”, explica Cleber, acrescen-tando que a segurança e disciplina do presídio são feitas com a colaboração dos recuperandos, tendo como suporte os funcionários, voluntários e diretores da entidade, sem a presença de poli-ciais e agentes penitenciários.

Atualmente o grupo trabalha com 20 recu-perandos, sendo 15 no regime fechado e cinco no regime semiaberto. “Nossa capacidade é de 26 recuperandos, sendo 20 no regime fechado e seis no regime semiaberto”, destaca. A ideia é ampliar o método para outros locais do RN. De acordo com o vice-presidente, já existem gru-pos embrionários em Natal, Parelhas, Currais Novos, Mossoró e Açu, mas ainda existe dificul-dade em sensibilizar o gestor público para que possa dar o apoio logístico necessário.

Além do grupo, formado por voluntários que atuam na área administrativa/financeira, a

APAC possui funcionários remunerados – uma pessoa encarregada da disciplina e segurança e quatro inspetores de segurança. “Grupos re-ligiosos católicos, evangélicos e espíritas dão apoio espiritual desenvolvendo atividades re-gulares de evangelização. Também contamos com o apoio de psicólogos, psiquiatras, tera-peutas e professores”, afirma.

O Tribunal de Justiça, através do Progra-ma Novos Rumos na Execução Penal, grande responsável pela implantação da APAC no RN, presta um auxílio importante, principalmente na viabilização de convênios financeiros com as prefeituras. O Ministério Público também se mostra receptivo ao método, principalmente os membros que têm a oportunidade de co-nhecer ‘mais de perto’ a experiência”, afirmou Cleber.

Além do alto índice de reintegração à so-ciedade, que chega a 90%, segundo dados do TJRN, o sistema de operação resulta em custos que são reduzidos a um terço do que é gasto atualmente no formato tradicional de deten-ção. A APAC do RN foi a primeira instalada no Nordeste. Depois de Macau, existem grupos embrionários em Natal, Parelhas, Currais No-vos, Mossoró e Açu, mas é preciso sensibilizar o gestor público para que possa dar o apoio logístico necessário para a criação da APAC em determinado município.

O Conselho Estadual de Direitos humanos e Cidadania (COEDhUCI), entidade da qual Cleber Costa é membro, em uma de suas reuniões ple-nárias resolveu encampar a ideia colocando-a como uma das metas de sua atuação a amplia-ção da metodologia para as principais cidades do Rio Grande do Norte.

As APACs são filiadas à Fraternidade Brasilei-ra de Assistência aos Condenados (FBAC), fun-dada em São José dos Campos/SP, em 1995, sob a presidência do advogado e jornalista e Mário Ottoboni, hoje com sua sede em Itaúna/MG. É a entidade que congrega, orienta, fiscaliza e zela pela unidade e uniformidade das APACs do Bra-sil e assessora a aplicação do Método APAC no exterior. Está filiada à Prison Fellowship Inter-national – PFI, organização consultora da ONU para assuntos penitenciários.

“A ApAc ApAreceu como umA possibilidAde pArA que eu tirAsse o meu regime em um lugAr melhor. Aqui nA ApAc é tudo diferenciAdo. me fez vAlorizAr mAis A vidA e As pessoAs que estão Ao meu lAdo”. (nestOr ÁlvarO De araújO netO - recuPeranDO)

“no presídio, os fAmiliAres são trAtAdos como bichos. Aqui nA ApAc são trAtAdos como seres humAnos”. (franciscO clÁuDiO carDOsO Da silva - recuPeranDO)

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Artigo

Por ney loPesJornalista, advogado, ex-deputado federal e professor de direito constitucionalwww.blogdoneylopes.com.br

agiu mal”, disse, em julho de 2013.Pacientemente, o Papa esperou o

momento certo. há poucos dias trocou quatro dos cinco nomes da comissão de cardeais que supervisiona o Banco do vaticano. Um dos afastados é o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer. Outro é o cardeal italiano Tarcisio Bertone, secre-tário de Estado de Bento XvI e cuja ges-tão foi marcada por alguns dos maiores escândalos da história recente da Santa Sé. Os substitutos são homens cujas tra-jetórias de vida sacerdotal parecem estar próximas da orientação de uma Igreja mais aberta e menos apegada a intrigas.

Dentre as mudanças, estão o endu-recimento de penas para corrupção e crimes financeiros, colaboração com a Justiça italiana para investigar as irre-gularidades e auditorias internacionais para verificar as contas da Igreja.

Confirma-se o tom de brincadeira do Pontífice, ao falar pela primeira vez no vaticano: “parece que os colegas cardeais foram buscar o Papa no fim do mundo”, em uma referência à cidade de Ushuaia, na Argentina, – também conhe-cida como o Fim do Mundo - localizada na Ilha da Terra do Fogo.

Ele realmente veio do fim do mundo para construir a nova Igreja de Francisco.

A CADA DIA O PAPA FRAnCIsCO surpreende o mundo, com posições lú-cidas e de extrema habilidade no trato de temas controvertidos, que envolvem dogmas da Igreja. As mudanças de estilo foram percebidas desde a sua primeira aparição no balcão da Basílica. Na oca-sião houve “choque” entre o Pontífice e seu o cerimonial. O Papa apareceu à multidão apenas com a batina branca, sem os demais itens exigidos pelo rígido protocolo do vaticano.

O jornalista Gerson Camarotti, no exce-lente livro “Segredos do Conclave”, recen-temente lançado, descreve no estilo de re-pórter e escritor, detalhes do que acontece nos bastidores do vaticano, sobretudo na eleição do atual Pontífice. Camarotti foi o único jornalista, que desde o início do pro-cesso de sucessão de Bento XvI, informava em suas matérias, que o cardeal Jorge Ma-rio Bergoglio seria eleito papa.

No seu primeiro documento oficial, o Papa Francisco se colocou a favor de profundas mudanças na Igreja Católica. Certos vaticanistas avançaram além do normal, chegando a admitir que refor-mulasse alguns dogmas. Os sinais são de que o Pontífice preservará, como não poderia deixar de ser, as verdades da fé, contidas na Bíblia e na tradição, por não se tratarem de novas invenções.

Os alicerces do Pontificado de Fran-cisco se resumiram em pontos essenciais, inseridos em sua exortação apostólica.

O principal deles foi o desejo de abrir a Igreja, superar a burocracia do vatica-no, através de maior participação dos

bispos nas decisões centrais. Nota-se no Papa uma preocupação com a injustiça e a pregação constante da Doutrina Social da Igreja. Ele repete sempre que a Igreja não pode se calar, ao declarar que “vive-mos numa economia que mata. Longe de mim propor um populismo irrespon-sável, mas a economia não pode mais re-ceitar remédios que se tornam venenos”.

Como previu Camarotti, em seu livro, o Papa Francisco pouco a pouco enfren-ta temas delicados e de difícil condução, como a chamada “Caixa Preta” do Banco do vaticano, quase falido. Observe-se que para destituir recentemente a direção do Banco, Francisco antecedeu a sua decisão de uma “ternurada” no chamado clero conservador ao condenar o aborto com rigor: “É horrível até mesmo pensar que há crianças, vítimas do aborto, que jamais verão a luz do dia”, disse ele num trecho do discurso, em que falou sobre os direi-tos da infância. Deu sinais de que não irá rever a condenação da Igreja ao aborto.

Enfrentou o poderoso monsenhor Núnzio Scarano, acusado de lavagem de dinheiro e ex-contador de alto esca-lão no vaticano, preso na última semana e acusado de evasão de divisas. O Papa não usou meias palavras para condenar as práticas ilícitas: “Faz mais barulho uma árvore que cai do que um bosque que cresce. Se ouvem os ruídos dos escânda-los. Agora mesmo temos um. Escândalo de transferência de 10 ou 20 milhões de dólares de monsenhor. É preciso reco-nhecer que ele agiu mal, e a Igreja tem que dar a ele a punição que merece, pois

a nova igreja de Francisco

CEDIDA

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INFIDELIDADE vIRTUAL

16 | O PODER! Fevereiro/2014

Paixão FeMininanatal recebe Feira de calçados e acessórios

COREs, FORMATOs, MODELOs, con-forto. É isso que toda mulher busca em uma das principais paixões femininas na hora de compor um look. Os sapatos estão fazendo história com a diversidade atual. Nas vitrines podemos apreciar uma infini-dade de modelos que provoca muitas dú-vidas na hora de escolher e comprar.

No mês de março, Natal será a capital do sapato. Isto porque a cidade recebe a segunda edição da 40 Graus – Feira de Calçados e Acessórios. A mostra, que ocorre nos dias 11, 12 e 13 de março, no Centro de Convenções de Natal, será vol-tada ao lojista, que poderá conferir as novidades em calçados e acessórios de mais de 150 marcas, situadas nos nove polos calçadistas do Brasil. Com o ob-jetivo de atender o público das regiões Norte e Nordeste do Brasil, a Merkator Feiras e Eventos e os sindicatos parceiros criaram a 40 Graus, que teve sua primeira edição em 2013. Nesta segunda edição da feira, serão 23 horas de funcionamen-to. Nos dias 11 e 12 de março, a feira ocor-re das 10h às 18h, e no dia 13 no horário será das 10h às 17h.

Turismo de evenTos em alTa na cidade

Segundo o diretor da Merkator Fei-ras e Eventos, Frederico Pletsch, Natal foi escolhida por atender um dos principais pontos da filosofia da empresa, o turis-mo de negócios. “Estamos praticando a nossa filosofia de unir negócios e lazer e também de oportunizar ao calçadista a expansão de seus negócios nessas regi-ões, que estão apresentando crescimento significativo nos últimos anos”, afirma o empresário. A Merkator Feiras e Eventos também realiza outras duas feiras calça-distas: o Salão Internacional do Couro e do Calçado (SICC) e a Zero Grau – Feira de Calçados e Acessórios, em Gramado/RS.

Moda

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janeiro/2014 O PODER! | 17

Para este ano, o evento aumenta em cerca de 20% em sua quantidade de expositores. Com isso, os lojistas que visitarem o Centro de Convenções de Natal terão ainda mais opções de modelos e linhas em calçados e acessórios. Serão mais de 30 novas indústrias que leva-rão suas marcas a 40 Graus, pensando nos mercados das regiões Norte e Nordeste. “Estamos registrando adesões de vários polos nacionais. O nosso mix estará bem diversificado”, ressalta Frederico Pletsch.

Atualmente, as regiões Norte e Nordeste concen-tram uma população total de 60.642.415 habitantes, segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O Norte conta com 8,4% da população e o Nordeste, 27,8%. “Juntas, as duas regiões representam populações superiores à da maioria dos países da Amé-rica Latina, por isso a importância de uma mobilização especial dos fabricantes para estar mais perto dos clien-tes e entender cada vez melhor a cultura regional”, diz.

A expectativa dele é que o crescimento no número de expositores também se reflita no aumento de visi-tantes da feira. “É importante destacarmos que o even-to não está crescendo apenas em números, mas em qualidade. Os novos expositores que estão chegando produzem calçados e acessórios de alto nível, e respon-dem por marcas conhecidas em todo o Brasil”, destaca.

A 40 Graus também conta com o apoio dos sindica-tos da indústria de calçados das cidades de Três Coroas, Igrejinha, Dois Irmãos, Estância velha, Ivoti, Novo ham-burgo, Parobé e Sapiranga, localizadas nas regiões do vale dos Sinos e do vale do Paranhana, no Rio Grande do Sul, que integram um dos mais importantes polos calçadistas do Brasil.

FOTOS: AREZZO, PICCADILLy E GRENDENE

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18 | O PODER! outubro/2013

Gastronomia

A CuLInÁRIA BRAsILEIRA tem mui-to de história e cultura, recheada com diversos temperos, ingredientes e ele-mentos que deixam os pratos saborosos e com gostinho de “quero mais”. Comer é um ato social. Quer algo que agregue mais do que uma mesa farta? Se a co-mida vier harmonizada com a bebida apropriada, então, o momento torna-se ainda mais especial e prazeroso.

Se falarmos sobre a gastronomia bra-sileira, listamos uma infinidade de pratos que muito representam esse enorme país. E se nos voltarmos à cozinha regio-nal, lembramos sabores bem familiares.

As práticas alimentares do brasi-leiro mesclam a influência do colo-nizador europeu, dos índios nativos e dos escravos africanos. Por isso, o Brasil possui uma gastronomia tão di-versificada. A atual culinária regional brasileira é resultado da articulação entre ingredientes disponíveis, téc-

nicas culinárias utilizadas no preparo e, principalmente, da criatividade de quem manipula os alimentos.

O Nordeste, região de clima privile-giado, possui uma série de iguarias do mar como camarões, caranguejos, cava-las, lagostas, pescadas, ostras e sururus. A carne de sol é outra vedete da culinária nordestina. Alguns desses ingredientes são base na preparação dos pratos pre-feridos pelos clientes do Bar do Suvaco.

O estabelecimento, que funciona em Nova Parnamirim e no Tirol, foi desta-que na edição nº 18 da revista O Poder, quando contamos um pouco da história do bar e como surgiu o inusitado nome, que logo caiu no gosto do natalense. As especialidades da casa são o tradicional caranguejo, o camarão e a paçoca.

Mesmo em endereços diferentes, o estilo, o cardápio e o atendimento permanecem os mesmos. Segundo Alberto Júnior, o proprietário do Bar

do Suvaco, a única diferença é que no Tirol foram incluídos três pratos, entre os quais a lagosta gratinada. Tanto em Nova Parnamirim como na rua Ânge-lo varela, no Tirol, o estabelecimento conquistou os públicos A, B e C. A no-vidade para o primeiro semestre deste ano será a abertura do espaço vIP para os dias de jogos. Em um ano em que os apaixonados por futebol irão “respi-rar” Copa do Mundo, o bar certamen-te conquistará os torcedores que não perdem uma partida.

18 | O PODER! Fevereiro/2014

Proprietário, Alberto Oliveira do Nascimento

O sabor regional

no cardapio do

Bar do SuvacoO sabor regio

nal

no cardapio do

Bar do Suvaco

BAR DO suvACO

TirolTerça a sábado – 11h à meia-noiteDomingo – 11h às 18h

nova Parnamirim Terça a sexta – 14h à meia-noiteSábado e domingo – 11h às 20h

FOTO

S : C

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Fevereiro/2014 O PODER! | 19

O Poder dos Negócios

Por zenaide castroJornalista [email protected]

DELíCIA DE BuRGuERA Sanduicheria Gourmet Burguer, em Capim Macio, agora funciona todos os dias, das 18h à 01h. Além disso, a sanduicheria está em processo de expansão, com a abertura de franquias. A primeira em Mossoró já em fase de conclusão das obras, com previsão de inauguração até o final de março. A Gourmet Burguer se destaca pelos diferenciados lanches gourmet, com hambúrgueres artesanais e linhas de sanduiches com pão francês, lanches leves com wraps e saladas, menu degustação e ainda os sucos cremosos e sobremesas. No final de 2013, a casa também agregou ao cardápio outras novidades, como a linha de sanduiches gratinados - os Croques Mousieur. Parabéns ao empresário JOsé nEWTOn nóBREGA e o chef WELDER ALBuQuERQuE pelas novidades. www.gourmetburguer.com.br. vale a pena provar essa delícia.

RECAnTO nATuREzAA Fazendinha Recanto Natureza abrirá suas porteiras para os turistas que visitam Natal. O lançamento dessa nova opção para o turismo familiar ocorre no 5º Fórum de Turismo do RN, com a apresentação da proposta aos agentes de viagem e guias de turismo. A partir de março, todas às quartas-feiras, o espaço estará aberto aos turistas para day use, das 10h às 16h, com toda a estrutura de lazer (piscinas, campo de futebol, parque rústico, cama elástica, mini fazenda, casa de taipa), atividades recreativas e buffet regional. A Fazendinha Recanto Natureza está situada a apenas 20 minutos de Natal, na estrada de Macaíba, por trás, da estação de rádio da Marinha. www.fazendinharn.com.br.

As RELíQuIAs DE ChIRIBOGARelíquias – Patrimônio Arquitetônico do Nordeste do Brasil é o novo livro-álbum do fotógrafo FERnAnDO ChIRIBOGA. A obra reúne mais de 250 páginas com fotografias de edificações seculares de nove estados da região Nordeste. Um verdadeiro testemunho da história do Brasil. Além das belas fotos, o livro possui textos em português e inglês Leila Maria Medeiros de Chiriboga, esposa do fotógrafo.

PELOTÃO sChuLTzO Pelotão Schultz entrou em campo nos dias 11 e 12 de fevereiro, em Mossoró e Natal, respectivamente, trazendo para os agentes de viagem uma capacitação e mostrando as ferramentas utilizadas pela operadora, que tem sede em Curitiba/PR. Desde 2013 a Schultz vem ampliando a sua atuação na região Nordeste, firmando parcerias com algumas agências de viagem. As principais bandeiras da empresa são a valorização dos agentes de viagem e a luta travada contra as On-line Travel Agency (O.T.A.). No comando do WorkShultz estavam a Executiva de Contas do RN, sIMOnE LIns, e o Gerente Regional Nordeste, CLísTEnEs sILvEIRA DE ALMEIDA.

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DIvULGAÇÃO

uP!No dia 7 de fevereiro foi a realizada a entrega do primeiro up! vendido em Natal, pela via Costeira vW. A procura pelo modelo está grande, segundo a concessionária. O up! é comercializado em quatro versões: take up!, move up!, high up! e a top: red, white e black up! . O modelo é vendido a partir de R$ 26.900,00. Quer conhecer os modelos? www.nacionalvw.com.br ou www.viacosteiravw.com.br.

LUZ JUNIOR

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ULG

ÃO

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Artigo

MuITO sE TEM DITO que as pessoas querem uma renovação não apenas de nomes, mas uma renovação política sin-cera, verdadeira, a partir da fidelidade ao conceito de República, que signifi-ca coisa pública, e não propriedade de poucos.

Primeiro, o conceito de propriedade não cabe neste tema, porque a Nação, e muito menos o Estado, não podem ser entendidos como propriedade de nin-guém, nem de muitos, nem de poucos, cabendo substituí-lo, no decorrer do as-sunto, pelo conceito de representativi-dade, para significar que algumas pesso-as possam falar em nome de todos, pois por eles foram escolhidos para representá-los.

Com um deta-lhe importan-

tíssimo. A população como um todo, delega, logo de início, à maioria dos elei-tores, a missão de escolher. Ou seja, os eleitores são os primeiros representan-tes do desejo do povo, apurado através da manifestação da maioria.

E como ficam as minorias? Estas, po-dem se fazer representar através do voto proporcional, compondo assim um de-senho, teoricamente, muito bom.

Até porque o exercício do Poder vai ser exercido de forma interdependente e harmônica, através dos 03 (três) Pode-res imaginados por Montesquieu.

Este mesmo quadro, contudo, para funcionar sem proprietários do Poder,

sem donos do Poder, deve fi-car atento às exigências

complementares da rotatividade

Por joanilson dePaula rêgoAdvogado

das lideranças, do rodízio do Poder e da alternância de pessoas nele investidas, como a única possibilidade real de reno-vação, de assunção do novo, de mudan-ças indispensáveis à sobrevivência.

É preciso, contudo, atenção para o tipo e o ritmo das mudanças. Não se trata apenas de mudar por mudar, trans-formando as instituições e as pessoas em algo descartável. Não confundir a neces-sidade do pensamento novo, da atitude nova, das pessoas que ainda não exerce-ram mandato, com o desprezo por tudo aquilo que não é novidade, transforman-do a idéia do novo em superficialidades de modismos passageiros.

Dom Pedro II, na visão do Ricardo Arnt, nos mostra que foram necessários quarenta e nove anos para que saísse-mos do Império para a República, de uma forma consolidada, mesmo esta sofrendo ameaças de desestruturação, através das revoltas dos Farrapos, da Ca-banagem, da Sabinada e da Balaiada.

No Brasil, a dialética entre o velho e o novo, teve o seu contraponto nos Go-vernos de Fernando henrique e de Luiz Inácio Lula da Silva. E continua no Gover-no da Presidenta Dilma Roussef. Foram pontes, passagens. Precisamos, agora, prosseguirmos nos passos em direção ao novo. E no Rio Grande do Norte?

20 | O PODER! Fevereiro/2014

aFinal, o que é “o novo”, na Política?

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Social

Por siMonesilvaColunista [email protected]

A jornalista ELAInE vLÁDIA já movimentando a agenda da imprensa para mais uma edição do “Tô na Mídia”, evento que reúne os comunicadores e coleguinhas de redação para a sua ressaca de carnaval. A data vem sendo pensada com carinho para agregar o maior número de pessoas. Uma coisa é certa divulgação não vai faltar!

Por falar em jornalista, o conde TOInhO sILvEIRA prepara um grupo para visitar os Emirados Árabes, sobretudo Dubai. A turma é formada em sua maioria por profissionais do segmento de eventos e alguns coleguinhas (incluindo essa colunista) com opções de viajar em duas datas: janeiro e março. A organização da excursão fica a cargo da ótima TerraBella Turismo, de vanessa Gurgel.

Nome forte da MPB, Oswaldo Montenegro volta a Natal no dia 29 de março, desta vez com show inédito da turnê “3x4”, que traz ao palco sua performance vocal com o seu talento como instrumentista. A apresentação será no Teatro Riachuelo, onde os ingressos já estão disponíveis.

Idealizado pela empresária AnnE vIEIRA e com produção de Paulo Capistrano, a primeira edição do Noivas e Eventos foi um mega sucesso. Ocorrido no villa hall, via Costeira, reuniu profissionais de vários segmentos em mais de 40 stands e teve entrada gratuita. Os desfiles, sorteios e apresentações musicais atraíram muitas noivas que fecharam contrato lá mesmo com os prestadores de serviços, que ofereceram descontos especiais. Agora, Anne vieira, que possui um buffet em Candelária, já se prepara para um novo evento.

RIhAnnA poderá se apresentar em Natal, na Arena das Dunas, durante a Copa. A cantora caribenha faria uma série de apresentações pelo país durante a competição esportiva, privilegiando as capitais com jogos. Será?

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O colunista do Seridó, o querido Carlos Magno Dantas reuniu em clima verde amarelo em torno de sua tradicional Feijoada da Amizade. Ao som da cantora Dodora e da banda do amigo Cardoso recebeu dezenas de personalidades numa tarde agradável no Felicitá, ocasião em que comemorou seu aniversário, 31 anos de colunismo e o lançamento do site.

A sociedade potiguar testemunhou um casamento de sonho. Juliana Protásio e Luiz Carlos Barreto trocaram alianças na bela residência da Redinha, sob a Ponte Newton Navarro. Receberam nos jardins da mansão 350 convidados que ficaram deslumbrados com a décor do lugar, assinada por Luciano Almeida que mesclou o chique ao rústico numa feliz e rica harmonização.

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CuRITIBA, CAPITAL DO PARAnÁ, denominação proveniente do Guarani,, significa “Muito pinhão”. Tem sido desta-cada nos ultimos tempos pela qualidade de vida e eficiência turística, além da sua mobilidade urbana. visitá-la ou revê-la sempre traz emoções e contentamen-to. Dispondo de uma rica rede hoteleira e de pousadas que agradam a todas as preferências de opções e tarifas, não é difícil entender as preferências por este

destino. Seu melhor impacto, indubita-velmente, é o seu verde, dotado de um índice cinco vezes maior por habitante, por dados recomendados pela OMS. Com destaque para o encantador Par-que Tanguá, Passeio Público, Jardim Bo-tânico - uma harmonia da natureza com a criatividade humana em termos de ar-quitetura e estrutura física. Pontos turis-ticos entre outros destacamos inúmeros como os Teatros Guaíra, Paiol, Ópera de

Por tarcisio gurgel Médico e [email protected]

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S: C

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POR GEORGE CÂMARA - vEREADOR (PCdoB)Neste livro, o jornalista Paulo Moreira Leite, que foi diretor de

Época e redator-chefe de veja, entre outras publicações, ousa afirmar que o julgamento do chamado Mensalão foi contradi-tório, político e injusto, por ter feito condenações sem provas consistentes e sem obedecer à regra elementar do Direito, se-gundo a qual todos são inocentes até que se prove o contrário.

Os acusados estavam condenados - por aquilo que Moreira Lei-te chama de opinião publicada, que expressa a visão de quem tem acesso aos meios de comunicação, para distinguir de opinião pública, que pertence a todos - antes do julgamento começar. Naquele que foi o mais midiático julgamento da história brasileira e, possivelmente, do mundo, os juízes foram vigiados pelo acompanhamento diário, on-line, de todos os seus atos no tribunal. Na socie-dade do espetáculo, os juízes se digladiaram, se agrediram, se irritaram e até cochilaram aos olhos da multidão, como num reality show.

Dica de Livro

Dica de viagem

CURITIBATURISMO ORGANIZACIONAL MODELO

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Arame, Rua 24 horas - um must para se conhecer, Torre Panorâmica, no Bairro das Merces. Tudo nessa cidade faz o seu per-fil para não apenas seus habitantes, mas para turistas que, como eu, encontram nessa harmonia gente de várias partes do mundo, natureza, alegria, qualidade de serviços, tudo fazendo um encantamento para sempre voltar... e assim fiz....

A OuTRA hIsTóRIA DO MEnsALÃO - As Contradições de um Julgamento Político Autor: Paulo Moreira Leite

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