Revista Makoto

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MAKOTO Revista virtual do Templo Arte do Johrei Edição de Gratidão pelo Natalício de Meishu Sama Ano I Número 01/2012

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Revista colaborativa entre diversos servidores e/ou interessados na elevação espiritual da humanidade por meio da difusão de práticas, ensinamentos e textos literários que permitam o aprimoramento da alma através da apreciação de obras de arte de alto nível.

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MAKOTO

Revista virtual do Templo Arte do Johrei Edição de Gratidão pelo Natalício de Meishu Sama

Ano I Número 01/2012

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Tão poderosa Obra Divina!

Salva vidas humanas

Pela misteriosa força da minha letra

Meishu Sama

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Makoto

Revista Virtual do Templo Arte do Johrei

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EDITORIAL

Meishu Sama ensina que a finalidade da fé

é polir a alma e purificar o coração. Para este

objetivo, existem três meios: Primeiro:

praticar ascetismo e penitência, ou padecer

infortúnios. Segundo: acumular virtudes pela

prática de atos bons. Terceiro: aprimorar a

alma através da Arte de alto nível. Desta

forma, o surgimento do projeto desta revista

Makoto - sinceridade em japonês – traz como

proposta uma revista colaborativa entre

diversos servidores e/ou interessados na

elevação espiritual da humanidade por meio da

difusão de práticas, ensinamentos e textos

literários que permitam o aprimoramento da

alma através da apreciação de obras de arte de

alto nível.

O que estou ensinando, entretanto, é uma

religião celestial, de deleite, de prazer que traz

o mesmo resultado conseguido pelos antigos

religiosos que faziam jejum, banhavam-se na

água gelada ou realizavam qualquer ritual de

sofrimento. Este ensinamento de Meishu Sama

sobre polimento da alma, assim como, sua

própria vida espiritual, apontam-nos para uma

vida religiosa absolutamente inovadora em

relação às demais religiões, uma vida de

comunhão onde o prazer e a alegria têm na arte

seu veículo primal, uma oportunidade amorosa

e bela de aprimoramento espiritual. Portanto, o

propósito deste trabalho é desenvolver a

apreciação artística, assim como a colaboração

e troca de diversos trabalhos artísticos de alto

nível espiritual entre membros e apreciadores

de arte em geral.

As colunas da revista foram pensadas para

promover a difusão dos ensinamentos de

Meishu Sama sobre a vida espiritual e a função

do belo na vida dos homens verdadeiros, como

também, partilhar informações e trabalhos de

arte em geral: literatura, arranjos florais,

música, plástica, cinema entre outros. Também

nesta revista vamos especialmente partilhar a

prática da nossa arte sagrada: O JOHREI.

Compilaremos sempre experiências de fé e

milagres nos quais o JOHREI, Luz Divina,

possibilitou transformações na vida das pessoas em

todo o Brasil e nos continentes onde está a nossa

igreja: Arte do Johrei.

Neste número um, resgatamos e apresentamos o

Ensinamento de Meishu Sama “O paraíso é o

Mundo da Arte” cuja construção do Paraíso do Céu

na Terra, objetivo central da nossa fé, é nos

apresentado como um mundo de apreciação e deleite

artístico. Conheceremos também mais sobre a

filosofia e prática de Ikebana, tem historinha para

crianças, a belíssima poesia espiritual do poeta persa

e sufi Rumi. Também, ainda nesta primeira edição

compartilharemos uma palestra belíssima do

Reverendo sobre o servir, além de trazer boas novas

sobre a expansão, a outorga de novas ministras da

Arte do Johrei e o lançamento de uma campanha

maravilhosa que vamos puxar pelo mundo todo até

2015 – Um milhão de orações Amatsu Norito.

Depois desta leitura, se você quiser nos conhecer,

deixamos nossos contatos na última sessão. Você é

bem vindo! Uma boa apreciação a todos!

A EDITORA

Caro leitor

Para o próximo número teremos a sessão de

Cartas do Leitor onde você pode colocar suas

experiências e relatos a partir da leitura da

revista, assim como trazer opiniões e

depoimentos. Escreva-nos!

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SUMÁRIO

05 ENSINAMENTO DE MEISHU SAMA

O Paraíso é o mundo da arte

06 APRIMORE-SE

Sendo servidores, vamos nos tornar semeadores do amor de

Meishu Sama

09 O CAMINHO DAS FLORES

A manifestação do belo através da flor

11 KOTOTAMA – Diário de dedicação literária

A poesia espiritual do poeta persa Jalãl-Ad-Din Muhammad

Rumi

14 JOHREI, ARTE E FÉ

Experiência com Ikebana no trabalho

Experiência com Johrei no trabalho

16 ENSINE AS CRIANÇAS

Kannon para crianças

19 APRECIE

Ukiyo-e – Arte representativa do Japão

21 O SERVIDOR

Novas Ministras

Campanha: Um milhão de Orações

Lição de Servir

Expansão 2012

25 VOCÊ É BEM VINDO

Encontre um Templo Arte do Johrei

Assista aos cultos na internet pela Justin TV

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ENSINAMENTO DE MEISHU SAMA

O PARAÍSO É O MUNDO DA ARTE

Sempre tive muito interesse pela

Arte. Como é do conhecimento de

todos os fiéis, planejei e estudei a

construção, em Hakone e Atami, de

jardins, edifícios e outras instalações

de elevado teor artístico, nunca visto

até agora. Antes, eu também me

dedicava bastante ao desenho, mas

atualmente estou tão atarefado que já

não posso fazê-lo. Mesmo assim, faço

caligrafia, componho poemas,

vivifico as flores, realizo a cerimônia

do chá e tenho grande interesse pelas

obras de belas-artes, chegando até a

comprá-las, de acordo com as

possibilidades financeiras. Às vezes,

os fiéis também ofertam objetos

artísticos, de modo que eu tenho

saciado um pouco a minha sede em

relação a eles. Também gosto de

teatro e de música japonesa e

ocidental, mas, como disponho de

pouco tempo, tenho me contentado

com o cinema e o rádio. Todos dizem

ser muito raro uma pessoa de minha

idade apreciar músicas ocidentais e

cinema; entre os americanos, parece

que isso é muito comum, mas não

entre os japoneses.

Pelo que puderam ver, a maior parte

do meu dia-a-dia é dedicada à Arte,

de modo que se poderia dizer que eu

levo uma vida artística.

Penso sempre que Deus me atribuiu essa característica devido à minha missão de construir o Paraíso

Terrestre, que é o Mundo da Arte. Vejamos por quê.

Até agora, estávamos no Mundo da Noite. Tratando-se de um mundo escuro, sem luz, era fácil o ser

humano cometer pecados e crimes em segredo, o que o levava, naturalmente, a gostar das coisas más:

enganar as pessoas fazê-las sofrer, ter vontade de roubar o que pertence aos outros, procurarem relações

impuras com o sexo oposto e provocar conflitos. Os próprios fatos mostram isso. Entretanto, uma vez

que estamos entrando no Mundo do Dia, tudo se tornará claro e nítido, não sendo mais possível esconder

nada. O ser humano deixará, naturalmente, de ter inclinação para o mal; tenderá, inevitavelmente, para o

que é bom e correto. Assim, é claro que sua atenção se voltará para a Arte. Tudo que se relaciona às

belas-artes, à poesia, ao canto, aos instrumentos musicais, enfim, todas as manifestações artísticas, assim

como as construções, as ruas, as cidades, os teatros, as instalações recreativas, as decorações de interior,

as vestes individuais e tudo o mais se tornará extraordinariamente belo.

Conforme o exposto, devemos entender que o Mundo de Miroku, ou seja, o Paraíso Terrestre, é o

Mundo da Arte.

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APRIMORE-SE

Boa noite a todos!

Como o tempo voa... Chegamos ao

fim do ano e parece que foi ontem que

a Arte do Johrei chegou aqui na nova

Sede. E qual é o sentimento de cada um

desde que chegamos aqui? O que

mudou para os senhores? Houve mais

graças? A alegria de servir aumentou?

Estou sempre falando nas aulas sobre o

espírito de servir, sobre nossa missão

como servidores na Obra de Meishu

Sama e o salmo de hoje chama-se

Servos de Deus. Na primeira parte

Meishu Sama diz: “Siga somente o

coração de Deus. Não se deixe atrair

pelas conversas e opiniões dos outros”.

Talvez a maior dificuldade das

pessoas que chegam aqui é entender

isso. Sempre digo que nossa dedicação

é voltada a Deus Supremo e através do

Servir, buscamos levar esperança e

alegria as pessoas que aqui chegam.

Mas tem pessoas que ainda ficam

presas num lago de lama chamado

egoísmo e não se esforçam em sair

dele. O egoísmo nos leva a tomar

atitudes pequenas, mesquinhas, onde o

tema principal é julgar, criticar e achar

que está sempre cheio de razão e os

outros sempre errados. Quando a

pessoa parar de ficar perdendo tempo

nesse nível, sua vida mudará. Uma vez

uma pessoa me procurou e disse quem

tinha um membro que ia à casa de

algumas pessoas para falar de mim.

Depois me perguntou se eu iria fazer

alguma coisa. Disse a ela que não

precisaria fazer nada, pois, tanto ela,

quanto quem

Sendo servidores, vamos nos tornar

semeadores do amor de Meishu Sama

Reverendo Dorgival Santos Silva, Presidente Mundial da Arte do

Johrei e ao lado esquerdo, o muito querido Reverendo Arouca.

PALAVRAS DO

HOKAN

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quanto quem estava e ficava falando mal já

tinham feito e eu não poderia deixar de cuidar

de quem quer ser cuidado para ficar perdendo

tempo com coisas tão pequenas. Tanta coisa a

se fazer e tanta gente a atrapalhar. Procurei

seguir o exemplo que Meishu Sama cita em

seus ensinamentos. Tem uma estória

interessante que diz assim:

Não julgue para não ser julgado

Certa vez, em uma cidade do interior de

Minas, um padeiro foi ao delegado e deu

queixas do vendedor de queijos que segundo

ele estava roubando, pois vendia 800 gramas

de queijo e dizia estar vendendo 1 quilo.

O delegado pegou o queijo de 1 quilo e

constatou que só pesava 800 gramas e mandou

então prender o vendedor de queijos sob a

acusação de estar fraudando a balança.

O vendedor de queijos ao ser notificado da

acusação confessou ao delegado que não tinha

peso em casa e por isso, todos os dias

compravam dois pães de meio quilo cada,

colocava os pães em um prato da balança e o

queijo em outro e quando o fiel da balança se

equilibrava ele então sabia que tinha um quilo

de queijo.

O delegado para tirar a prova mandou

comprar dois pães na padaria do acusador e

pode constatar que dois pães de meio quilo se

equivaliam a um quilo de queijo. Concluiu o

delegado que quem estava fraudando a

balança era o mesmo que estava acusando o

vendedor de queijos.

Nós somos um pouco assim e muitas vezes

acusamos os outros de nossos próprios vícios.

Torne-se uma pessoa que Meishu-Sama possa

utilizar facilmente. Todos nós nos tornamos

membros pensando em ser realmente utilizados

na Obra Divina e na Construção do Reino do

Céu na Terra. Em seguida temos no salmo

“Grande coração possui o homem que se dedi-

ca a Deus, servindo na grandiosa Arte da

da Salvação. Meishu Sama frisa bem a

importância de nos tornarmos pessoas

merecedoras de receber milagres através do

Johrei, através do servir. Se orarmos com

fervor pela felicidade de nosso semelhante, se

não tivermos medo ou vergonha de levantar a

mão do Johrei, com certeza, Meishu Sama

haverá de nos agraciar com os seus milagres.

Sinto muita gratidão dentro do coração pela

permissão de poder vivenciar com todos os

senhores o alvorecer de uma nova etapa da

expansão, estamos sendo diariamente

abençoados por Deus e Meishu-Sama para

superar as purificações, receber sabedoria para

estarmos preparados para uma nova fase de

nossas vidas. Aquele que conseguir semear o

Amor de Meishu Sama no seu lar, no seu

ambiente de estudo ou de trabalho, na sua

comunidade, em qualquer lugar para qualquer

pessoa, conseguirá levar o Amor de Meishu

Sama a qualquer lugar ou país, mesmo que o

idioma, os costumes ou a forma de pensar

sejam diferentes.

E, ainda que não tenha verdadeira confiança

no Johrei que ministra se investir todo o seu

empenho neste sentido, sua alma vai ganhar

tanto brilho, sua espiritualidade vai se elevar

tanto, vai ganhar tanta força e energia que nem

a própria pessoa vai acreditar.

Meishu Sama diz em um de seus

ensinamentos que não existiu no mundo pessoa

mais feliz que ele. Por isso estava sempre

agradecendo a Deus tão precioso dom. Qual a

causa da sua felicidade? Ele dizia que desde

criança, gostava de proporcionar alegria aos

outros. Portanto, essa maneira de agir sempre

foi uma característica peculiar da sua

personalidade e, em todos os momentos, vinha

praticando-a quase como um “hobby”. Vivia

constantemente pensando e procurando

descobrir meios pelos quais Ele podia tornar

felizes os seus semelhantes. Para atingir este

nível, precisamos nos tornar pessoas que

Meishu Sama possa utilizar facilmente.

Aqueles que possuem "gá" muito forte são

difíceis de ser utilizados por Meishu Sama. É

difícil lidar com pessoas com "gá" forte. É

PALAVRAS DO

HOKAN

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preciso ter muita sabedoria para utilizá-las. Ou

seja: normalmente, é uma tarefa bastante

difícil.

É por isso que Meishu-Sama diz: "A

obediência em primeiro lugar". Não é em

segundo lugar. Não há nada que supere a

obediência. O importante é sempre pensar do

fundo do coração com o sentimento de

obediência: "Meishu Sama, me utilize, por

favor!

Ter “gá” forte não é ruim. Mas temos que ter

sabedoria em utilizar tanta energia para gerar

resultados positivos. Muitas pessoas, por falta

de sabedoria, utilizam para destruir, atrapalhar,

com isso, perdem grande oportunidade de

crescer espiritual e materialmente.

Percebe-se ai a importância de saber falar,

saber ouvir e saber ousar. Dia 19 de dezembro

as 10h, realizaremos o Culto do Natalício de

Meishu Sama. Gostaria que ao preencherem

seus formulários, não percam tempo com

coisas que não valem à pena. Pensem forte em

algo que querem concretizar ano que vem.

Agradeça o que conquistou este ano, agradeça

as purificações e principalmente, o que

aprendeu com tudo isto. Não perca tempo

lamuriando... Agradeça. Mantenha-se focado

em seus objetivos. Não fique parado

reclamando.

Também não entrem em desespero com

relação à gratidão, agradeça se tiver a

permissão de oferecer seu donativo com todo

amor do seu coração, se não tiver permissão,

saia do nível de ficar apenas pedindo e crie um

objetivo claro e sincero, para poder ter a

permissão de semear para colher.

Eu pedi a todos os Ministros e responsáveis

de unidades e núcleos, que não puderem vir

aqui na Sede no culto do natalício que me

mandassem uma mensagem para que eu lesse

aos senhores no dia.

Após o Culto, serão entregues alguns

presentes as crianças aqui presentes, e aos

adultos serão entregues presentes também, mas

estes deverão ser entregues a uma criança que

vocês não conhecem alguém que vocês vão

saber quando virem na rua ou em qualquer

outro lugar.

Fiquem tranquilos. Vocês saberão para quem

entregar.

Vou finalizar com um ensinamento que

ilustra bem o que disse sobre o preenchimento

do formulário do Natalício:

De Olho nas Metas

Era uma vez um cocheiro que dirigia uma

carroça cheia de abóboras. A cada solavanco

da carroça, ele olhava para trás e via que as

abóboras estavam todas desarrumadas. Então

ele parava, descia e colocava-as novamente no

lugar. Mal reiniciava sua viagem, lá vinha

outro solavanco e... Tudo se desarrumava de

novo. Então ele começou a ficar desanimado e

pensou: "jamais vou conseguir terminar minha

viagem! É impossível dirigir nesta estrada de

terra, conservando as abóboras arrumadas!".

Quando estava assim pensando, passou à sua

frente outra carroça cheia de abóboras e ele

observou que o cocheiro seguia em frente e

nem olhava para trás: as abóboras que

estavam desarrumadas organizavam-se

sozinhas no próximo solavanco. Foi quando

ele compreendeu que, se colocasse a carroça

em movimento na direção do local onde queria

chegar, os próprios solavancos da carroça

fariam com que as abóboras se acomodassem

em seus devidos lugares.

Assim também é a nossa vida: quando

paramos demais para olhar os problemas,

perdemos tempo e nos distanciamos das nossas

metas. Que tenham uma vida cada vez mais

abençoada.

PALAVRAS DO

HOKAN

À esquerda a Reverenda Mariza Moreira e o Reverendo Dorgival numa fantástica viagem missionária da Arte do

Johrei Brasília

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O CAMINHO DAS FLORES

IKEBANA

A MANIFETAÇÃO DO

BELO ATRAVÉS DA FLOR

Encontrei este poema de Nidai Sama e ele

expressa toda beleza das ameixeiras em flores na

primavera: “As flores não falam.

Silenciosamente, elas desabrocham, despedem-

se de si mesmas e, sem nos apercebermos,

frutificam e planejam a prosperidade da semente,

seguindo a Lei do Universo. Não se orgulham,

nem se envaidecem. Elas continuam a viver

natural e silenciosamente, e, ao mesmo tempo,

bela e esplendidamente”.

É muito importante as pessoas estimar e amar

as flores como joias preciosas, com muita

dedicação. É muito natural o desejo de

ornamentarem com flores, fazendo lindos

arranjos nos ambientes de suas casas e local de

trabalho No arranjo feito com inteligência, amor

e gratidão, sentimos a beleza e a elevação

própria dele. O arranjo de Meishu Sama é assim,

livre e espontâneo, mas observa rigorosamente o

ponto fundamental; parece que não existe forma,

mas não foge a ela. Ao fazer uma Ikebana

devemos colocar sentimento em tudo, amor,

sinceridade, calma e delicadeza. Pois é através

desses sentimentos que as pessoas melhoram

muito, porque se alguém consegue ser

despertado no amor à Natureza, consegue

também se harmonizar com a vida. Meishu

Sama disse: “Vamos, através da flor, construir o

Paraíso Terrestre”.

Quem aprecia uma Ikebana está purificando a

visão. Sente vontade de passear, ver a natureza.

O espírito primário gosta da beleza. Quando

olhamos o belo expandimos o espírito ao mesmo

tempo em que afasta o espírito secundário. Este

sentimento já está no arranjo. Ninguém consegue

fazer uma Ikebana se não for com amor,

sinceridade, calma e delicadeza. Nervosa e com

pressa a pessoa não consegue fazer um arranjo

bonito.

Interessante onde tem um arranjo, o

ambiente fica calmo, os problemas vão

sendo resolvidos, é um milagre...

É uma grande verdade que, casa onde tem

flor, deixa sempre afastado o espírito

secundário. O Ikebana como toda arte

japonesa deve muito ao budismo, à religião,

à ligação do ser humano com Deus e com a

natureza.

Numerosas versões existem para explicar

a origem desta arte tão sutil. Mas, segundo

os Anais Históricos do Oriente, o berço da

arte floral foi a Índia legendária. Conta-se

que, certa vez, Gautama Buda, vendo caído

no chão um galho florido de rosas, quebrado

pelo vento, teve tanta piedade das flores que

chamou um dos discípulos e pediu-lhe que

colocasse as rosas num vaso com água, a fim

de que vivessem um pouco mais. “A vida é

uma dádiva divina – disse Buda – e a

suprema beleza das flores vivas deve ser

prolongada o mais possível”. Desde então, os

budistas passaram a cuidar carinhosamente

das flores que encontravam caídas nos

campos ou nos jardins, e a fazer com elas

singelos arranjos florais em homenagem a

Buda. Eu aprecio muito fazer arranjos

florais. Todas as Ikebana dos quartos e salas

da minha casa, eu mesmo faço questão de

preparar.

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Minha esposa e minha empregada recebem, em

casa, aulas de cerimônia de chá (tchá-no-yu).

Quando o professor vem à minha casa para

ministrar aulas, eu preparo pessoalmente um

arranjo floral para a ocasião. (Meishu Sama). Ele

nos ensina que devemos vivificar o sentimento

das flores, conversando com elas:

- Como você absorve bem a água!

As flores não se sentem felizes se não damos

vida a seus sentimentos. Não se sentindo felizes,

logo murcham. Conversem com ela. Ainda que

haja algum galho cuja direção não esteja de seu

inteiro agrado, verão que no dia seguinte ele terá

adquirido um aspecto diferente. Vocês ignoram o

caráter das flores e se excedem em arranjá-las

tecnicamente, coisa que elas detestam.

Meishu Sama diz que em se tratando de flores,

jamais forço, ou seja, arranjo-as de maneira mais

natural possível. Por isso, eles se enchem de vida

e duram mais. Se mexermos muito, eles morrem,

e não há nenhuma graça nisso.

Observar os fenômenos que sucedem àquilo

que tem vida é muito interessante. Não só as

flores, mas também as árvores tem uma força

magnífica. Todas as flores e plantas do jardim de

Hakone são podadas por mim. Quando corto

errado ou podo demais, não procuro corrigir, pois

a própria árvore se ajeita da melhor forma.

Meishu Sama também orienta que fazer o arranjo

com pouco material, como se fosse uma pintura.

Outro ponto a considerar é usar o menor

volume de flores possível. Quanto menos flores e

galhos dispensáveis melhor o efeito. Tem gente

que mistura uma enorme variedade de flores: não

há, porém, nenhum encanto nisso. Fazer um

arranjo é o mesmo que pintar um quadro com

flores.

Ministra Maria de Lourdes Simões é

responsável pela Difusão Arte do Johrei de

Recife – PE.

AS FLORES EXERCEM INFLUÊNCIAS

POSITIVAS NO MUNDO ESPIRITUAL

As flores lindas, as paisagens bonitas, tudo

isso Deus não criou à toa, foi criado justamente

para alegrar os homens. Mesmo as coisas

deliciosas também foram criadas para alegrá-los.

Por isso, os que comem as comidas sem sabor, e

se vestem mal, estão contrariando a vontade de

Deus. Edificar o Paraíso, que é o mundo da

Verdade, do Bem e do Belo... E o que é

exatamente o Belo? Morar numa casa bonita,

vestir roupas elegantes, comer bem... Isso é o

belo, não acham? A prova mais relevante é a de

que o espírito do mal odeia as flores.

É por esse motivo que eu digo que se deve

enfeitar as salas com flores. Como podem ver, há

flores enfeitando o tokomona; oferecer flores aos

mortos também esse sentido. As flores exercem

influências positivas ao mundo espiritual. Na

minha casa, há flores praticamente em todos os

cantos. Em breve gostaria de apresentar um

artigo sobre a flor. A causa do núcleo que não

progride é o que foi citado; pensando assim,

entenderão melhor.

Meishu Sama

Maio de 1945

Esta ikebana foi vivificada por Meishu Sama

Page 12: Revista Makoto

11 | P á g i n a

KOTOTAMA – Diário de dedicação literária

A POESIA

ESPIRITUAL

DO POETA

PERSA JALÃL-

AD-DIN

MUHAMMAD

RUMI

Nesta sessão queremos

compartilhar três poemas do poeta,

jurista e teólogo mulçumano persa do

século XIII, Rumi. Seu nome, cujo

significado é “Majestade da religião”,

não deixa a desejar diante da grande

obra literária, filosófica e doutrinária

que desenvolveu, a qual se distanciava

da religião mulçumana ortodoxa. Suas

orientações partiam de uma tolerância

ilimitada, pensamento positivo,

caridade e consciência através do amor,

uma prática espiritual absolutamente

inovadora para o povo mulçumano em

sua época. Seus ensinos dirigiam-se no

sentido de promover a pacifica

tolerância com pessoas de todas as

crenças e idéias.

Sua principal obra é Dísticos

Espirituais, uma obra em seis volumes

considerada por alguns como um dos

maiores trabalhos de poesia mística da

literatura. Segundo Erich Fromm, Rumi

foi “um dos maiores humanistas e

místicos mulçumanos” antecipando os

valores do humanismo renascentista

ainda na idade média. Para Rumi, o

conhecimento de Deus é obtido através

do coração, órgão fundamental, e não

através do intelecto ou conhecimento

racional. Ele dizia que na gota de sangue

do coração encontra-se o dom de uma

joia que Deus não destinou nem aos

mares nem aos céus. Assim, para ele a

única forma de alcançar a união e

compreensão de Deus, parte da

purificação do coração através da

humildade e do desapego, ele diz: Sabes

por que teu espelho não reflete? Porque

a ferrugem não foi retirada de sua face.

Fosse ele purificado de toda ferrugem e

mácula, refletiria o brilho do sol de

Deus. Muito interessante não? Mais

ainda é o poema inicial que

coincidentemente chama-se Sama e

reflete a prática de comunhão com Deus

através de uma dança que imita o

movimento das esferas. Sem dúvida é um

trabalho que merece nossa atenção,

carinho e pesquisa.

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I SAMA

Viemos girando

do nada,

espalhando estrelas como pó.

As estrelas puseram-se em círculo

e nós no centro dançamos com elas.

Como a pedra do moinho,

em torno de Deus

gira a roda do céu.

Segura um raio dessa roda

e terás a mão decepada.

Girando e girando

essa roda dissolve

todo e qualquer apego.

Não estivesse apaixonada,

ela mesma gritaria - basta!

Até quando há de seguir esse giro?

Cada átomo gira desnorteado,

mendigos circulam entre as mesas,

cães rondam um pedaço de carne,

o amante gira em torno

do seu próprio coração.

Envergonhado ante tanta beleza

giro ao redor da minha vergonha.

Ouve a música do samá.

Vem unir-te ao som dos tambores!

Aqui celebramos:

somos todos Al-Hallaj dizendo: “Eu sou a

Verdade!”

Em êxtase estamos.

Embriagados sim, mas de um vinho

que não se colhe na videira;

O que quer que pensem de nós

em nada parecerá com o que somos.

Giramos e giramos em êxtase.

Esta é a noite do sama

Há luz agora.

- Luz ! Luz!

Eis o amor verdadeiro

que diz a mente: adeus.

Este é o dia do adeus.

- Adeus ! Adeus !

Todo coração que arde

nesta noite

é amigo da música.

Ardendo por teus lábios

meu coração

transborda de minha boca.

Silêncio!

És feito de pensamento, afeto e paixão.

O que resta é nada

além de carne e ossos.

Por que nos falam

de templos de oração,

de atos piedosos?

Somos o caçador e a caça, Outono e primavera,

Noite e dia,

O Visível e o Invisível.

Somos o tesouro do espírito.

Somos a alma do mundo,

livres do peso que vergasta o corpo.

Prisioneiros não somos

do tempo nem do espaço

nem mesmo da terra que pisamos. No amor fomos gerados.

No amor nascemos

Page 14: Revista Makoto

13 | P á g i n a

III

Vem,

Te direi em segredo

Aonde leva esta dança.

Vê como as partículas do ar

E os grãos de areia do deserto

Giram desnorteados.

Cada átomo

Feliz ou miserável,

Gira apaixonado

Em torno do sol.

II A EVOLUÇÃO DA FORMA

Toda forma que vês

Tem seu arquétipo no mundo sem-lugar.

Se a forma esvanece, não importa,

Permanece o original.

As belas figuras que viste,

As sábias palavras que escutaste,

Não te entristeças se pereceram.

Enquanto a fonte é abundante,

O rio dá água sem cessar,

Porque te lamentas se nenhum dos dois se detém?

A alma é a fonte,

E as coisas criadas, os rios.

Enquanto a fonte jorra,

Correm os rios.

Tira da cabeça todo o pesar

E sorve aos borbotões a água deste rio.

Que a água não seca, ela não tem fim.

Desde que chegaste ao mundo do ser,

Uma escada foi posta diante de ti,

Para que escapasses.

Primeiro foste mineral; depois tornaste planta, e

mais tarde, animal.

Como pode ser isto segredo para ti?

Finalmente foste feito homem,

Com conhecimento razão e fé.

Contempla teu corpo, um punhado de pó, vê como

perfeito se tornou!

Quando tiveres cumprido tua jornada,

Decerto hás de regressar como anjo;

Depois disso, terás terminado de vez com a terra, e

tua estação há de ser o céu.

Passa de novo pela vida angelical, entra naquele

oceano, e que tua gota se torne o mar, cem vezes

maior que o mar de Oman.

Abandona este filho que chamas corpo e diz

sempre Um; com toda a alma.

Se teu corpo envelhece que importa? Ainda é

fresca tua alma.

(Poemas Místicos, Ed. Attar, 1996)

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14 | P á g i n a

JOHREI, ARTE E FÉ

Embora nunca tenha feito o

curso, sempre tive a curiosidade de

observar e admirar os arranjos. De

maneira simples, mas com carinho

venho confeccionando em minha

casa, há alguns anos. Esta prática

estendeu-se ao meu local de

trabalho.

Certo dia, enquanto ministrava

Johrei em um colega, pude

constatar que exatamente no lugar

onde estava exposto o Ikebana,

estava ali Kannon me observando.

Fiquei imensamente feliz e

encorajada a sempre manter flores

naquele local.

Na semana seguinte, após o

final de semana para minha

surpresa, notei que não havia

sequer uma só flor no vaso,

restavam apenas folhas. Intrigada

com o fato eu percorri examinando

todas as lixeiras para ver se na

minha ausência alguém tivesse

jogado no lixo, nada encontrei.

Porém não desisti em manter o

Ikebana, pelo contrário, poderia

deixar de comprar algo para mim,

para casa, mas as flores eu iria

manter. Nesta mesma semana

tornei-me responsável em cuidar de

um Altar improvisado para Kannon

numa sala dentro da própria

empresa.

Fiquei uma semana mais ou

menos cuidando do Altar, porém

não fazendo o arranjo naquele

local. Segunda-feira (07/09),

portando as flores para os dois

arranjos, ao chegar a empresa,

percebi que tinha esquecido de

levar a esponja floral que faria o

arranjo para o altar. Sendo assim,

eu deveria levar em

consideração a Lei da Ordem,

usaria o hanadome para o altar e no

dia seguinte faria no setor.

Terça-feira, munida de todos os

pertences para o arranjo, ainda

assim não foi possível fazer antes

do horário de trabalho. Vencida

eu? Não. Faço na hora do almoço.

Por volta das 10h comecei a sentir,

alguém me dizia que o Ikebana que

eu iria fazer deveria conter o olhar

de Kannon. Como assim? A

intuição era firme e dizia, Kannon vê

tudo, o Ikebana deve conter o olhar

de Kannon. Percebi que era um

alerta, que responsabilidade a

minha, e na hora do almoço fiz o

melhor que podia, para transmitir o

Olhar Divino através da flor. Pouco

antes da volta ao trabalho,

comuniquei ao meu líder a

mensagem da flor. Disse a ele que

a partir daquele momento Kannon

estava no comando, apresentando

toda a verdade.

Que a partir dali não era mais

permitido errar, pois quem assim

procedesse estaria fora. Em menos

de uma hora após este fato, ele veio

até mim dizendo que Kannon já

havia começado a trabalhar, embora

ainda não pudesse me dizer do que

se tratava, e me

pediu que o

próximo

Ikebana deveria

apresentar

novamente o

mesmo Olhar de

Kannon. “A

verdade está

vindo à tona" ele

me disse.

Ministra Cidah

EXPERIÊNCIA COM IKEBANA NO TRABALHO

Page 16: Revista Makoto

15 | P á g i n a

JOHREI, ARTE E FÉ

APRIMORE-SE

No ultimo dia 08 de dezembro, tive uma experiência de fé na

empresa em que trabalho... É uma confecção e temos todos os

tipos de crenças religiosas e nunca havia conseguido falar do

Johrei por falta de tempo e porque meu horário às vezes é

diferenciado dos outros funcionários por trabalhar diretamente

com os diretores.

Neste dia foi festa de confraternização e um dos funcionários

estava passando muito mal e se contorcendo de dor de estomago

e de cabeça. Estava quase desmaiando, dizia que estava com

enxaqueca e fortes dores na nuca. Pediram-me que eu o levasse

ao pronto socorro, eu disse que levaria sem problemas, mas

decidi por em pratica os ensinamentos adquiridos em apenas 04

meses na igreja.

Na minha cabeça passou um rápido filme de tudo que aprendi nas aulas com a ministra

Cristina e com o Reverendo. Ele aceitou e conversei com ele, ministrei Johrei e fiquei quase

uma hora com ele, eu suava de forma absurda, como se tivesse saído do chuveiro, sentia o

calor das mãos muito forte, mas ao mesmo tempo via na feição dele a mudança.

Pedi todo tempo que pensasse em DEUS supremo e que não pensasse nos problemas ou

dificuldades.

Ele se levantou duas vezes para vomitar e eu neste tempo ministrei Johrei na água que ele

tomou mais tarde ele sentiu o gosto da água bem diferente... Eu apenas disse: Não coloquei

nada é apenas água e luz divina.

Mudou o semblante até conseguiu comer. Ele melhorou de forma transformadora. Ele está

com vários problemas financeiros e pessoais e como tem tido dores de cabeça constantes

estava tomando muito remédios. Sempre que consigo converso com ele e tenho percebido

que ele mudou seus pensamentos e tem se sentido bem melhor. Quando consigo sempre lhe

ministro um rápido Johrei e tenho pedido por ele em minhas orações.

Ele se interessou pelo assunto e vai conhecer em breve nossa igreja. Me senti muito feliz,

porque percebo que ele esta bem melhor e todos os dias me procura pra dizer isso e é visível

aos olhos a mudança que ele esta passando. Em uma de nossas ultimas conversas ele mesmo

disse “tenho que ser forte e o que você me disse esta me ajudando muito”. Senti que esta

sementinha logo florescerá...

Deus e Meishu Sama são maravilhosos.

Agradeço a todos por esta oportunidade.

Alexandra Cristina é membro da Arte do Johrei.

EXPERIÊNCIA COM JOHREI NO TRABALHO

Page 17: Revista Makoto

16 | P á g i n a

ENSINE AS CRIANÇAS

KANNON PARA CRIANÇAS

Vol. 01

- Filho... Quero te contar uma historinha...

- Então conta mãe... E se deita esparramado

no meu colo...

- Você conhece Vênus?

- Não!

- Oxente! Você não conhece Vênus? Fico

espantada.

Não! E ele responde com o maior sorriso

entre os dentões...

- Vênus é um planeta. Há muitos e muitos

anos atrás Kannon vinha para o planeta na

comitiva do Senhor da terra

- De Jesus?

Gaguejei. – É Pode ser... De Jesus... Só se eu

fosse louca para dizer que Jesus não era o

Senhor da terra...

- É mãe... Porque Jesus é o Senhor da terra!

Ele me explica.

- Certo. Veja... Então Kannon veio para a

terra para ajudar as pessoas a serem mais

bondosas e cheias de luz...

- Mãe, então quer dizer que ela é um ET?

- Hunrum! Balanço a cabeça. Boa sacada a

dele.

- Kannon o ET está aqui é?

Nessa hora eu vacilei, a coisa estava ficando

cada vez mais complicada para mim...

- Não! Respondi com convicção embora não

soubesse de nada, afinal não queria meter

medo no meu filho, se eu tivesse a idade dele

iria morrer de medo.

– Veja meu filho, a Kannon nasceu na

Índia...

- Na Índia? É longe né mãe?

- É meu filho... Ela nasceu na Índia num castelo muito rico como uma princesa.

Mas ela não ligava para a riqueza e vestia sempre roupas muito Simples. E nunca

comia carne porque não gostava de ver os animais sendo mortos para se comer...

- Mãe, Meishu Sama comia carne?

Page 18: Revista Makoto

17 | P á g i n a

- Sim! Meishu Sama comia de tudo...

Mas ele preferia mais legumes, peixes

e aves... Mas ele comia de tudo... Mas

voltando... Kannon era uma princesa

muito simples que queria seguir o

caminho de Buda...

- De “bounda” hahahahahhahahahha

- Não “bounda” filho. BUDA. Buda é

realmente um nome muito engraçado

para as crianças...

- E quem é Bu-da?

- Bom, aí já é outra história. Ele foi

uma pessoa iluminada, também foi um

príncipe que nasceu na Índia...

- Ahhhh aí ele se casou com Kannon?

- Não meu filho, Buda é antes de

Kannon. Ai que negócio complicado

contar história mítica para as crianças!

Depois fiquei pensando em explicar tudo direitinho para

ele, mas as perguntas só complicavam... Kannon

certamente era antes de Buda, mas a esta altura tudo que

eu queria fazer era tentar terminar de contar a história...

- Mas ele se casou?

- Sim. Casou e teve filhos. Deixa-me contar logo a

história de Buda pra você entender... Buda era um

príncipe. Quando ele ia nascer os magos avisaram ao pai

dele que ele iria ajudar muitas pessoas, então os pais

dele nunca deixaram ele ver nada de ruim para que ele

um dia se tornasse um rei. Mas um dia ele pediu a seu

empregado para vestir as roupas dele e fugiu do castelo

para ver como era a vida lá fora e aí que a primeira coisa

que ele viu foi uma pessoa no chão com dores e muito

espantado ele perguntou: O que é isso? E o empregado

disse: - É uma pessoa doente... Todas as pessoas um dia podem ficar doentes...

- Mãe, ele nunca ficou doente? Caraca, que pergunta genial, eu nunca tinha me feito esta

pergunta antes... Mas eu respondi: - Não! Com muita segurança.

Veja meu filho, ai ele continuou caminhando e viu um homem pedindo esmolas e ele

perguntou: O que é aquilo? E o empregado respondeu: É um homem que vive na pobreza,

todos um dia podem ficar pobres e assim ele continuou andando até que viu um homem

morto e também perguntou ao homem: O que este homem tem? E ele disse: Ele está morto!

Page 19: Revista Makoto

18 | P á g i n a

Todos um dia podem morrer. Então Buda fugiu

do castelo e foi viver na floresta para entender

melhor aquelas coisas. Um dia quando ele

estava sentado embaixo de uma árvore ele

entendeu porque as pessoas sofrem...

Kannon queria seguir este caminho, mas o pai

dela queria que ela se casasse... Um dia ela

ficou braba e sentou no chão e ficou meditando

muitos dias...

- E ela não morreu? - Não. Ela fez jejum!

- E o que é jejum?

- É quando você deixa de comer por um tempo

para meditar. Jesus fez um jejum de 40 dias...

- Ahhhh e com os olhos bem grandes, ficou

pensando...

- Então o pai dela desistiu que ela se casasse e

ela foi para a floresta meditar... Um dia quando

ela também ficou iluminada como Buda,

ela estava quase saindo do planeta para

mergulhar na alegria, quando escutou um

grito: ahhhhh Então ela olhou para trás...

E viu que tinham pessoas sofrendo no

mundo e prometeu que não ia sair do

planeta enquanto tivesse uma pessoa

sofrendo... Por isso que ela se chama

Kannon, que significa aquela que observa

os gritos do mundo. Depois de um tempo,

ela subiu no topo do Monte Sumeru que

fica no centro do universo para ver se as

coisas tinham melhorado, mas começou a

chorar porque via que não tinha como

ajudar todos ao mesmo tempo, então os

budas viram o sentimento dela e na

mesma hora ela explodiu em mil pedaços

para ficar com mil braços e poder ajudar todas as pessoas... Fim! - Só? Ele me

perguntou quase dormindo...

- Só? Devolvi a pergunta e fiquei esperando ele me perguntar mais... Parece que tinha

sido muito fantástico para cabecinha dele. Lentamente ele fechou os olhos e dormiu

um soninho bem gostoso... Abençoado por Kannon.

Page 20: Revista Makoto

19 | P á g i n a

APRECIE

Ukiyo-e: Arte representativa do Japão por Meishu Sama

Técnica de gravura

em madeira é a arte

representativa do

Japão. Considerando-

se, contudo a mesma

variedade existente

hoje no mundo inteiro

pode-se afirmar que

atualmente constitui

uma expressão

artística internacional.

Em especial no Japão

há pessoas que

demonstram interesse

algum por este tipo de

arte, não só já

ouviram falar de

Utamaro, Hokussai e

Hiroshigue, mas

também tiveram a

oportunidade de ver

trabalho destes

artistas, fazendo parte

do cotidiano da vida

japonesa, através de

“posters”, selos e

desenhos de caixas de

fósforos. Daí a razão

da existência de

inúmeros

apreciadores de

Ukiyo-e. Embora seja

uma arte bastante

respeitada, poucos são

os que a conhecem

profundamente.

Quase ninguém

imagina, por

exemplo, em que

período histórico

apareceu nem a

técnica empregada na

sua criação.

Mulher amamentando o filho, Utamaro.

Domingo, Utamaro.

Surgiu, no Japão, por volta de

1704, em Plena Dinastia Edo.

Foi uma técnica de madeira,

iniciada por Hishikawa

Moronobu e desenvolvida

também por outros pintores

populares e bem diferente

daquela até então apreciada e

protegida pelas elites. Durante

esses trezentos anos, evoluiu

bastante passando por inúmeras

transformações. Tem como

característica principal cenários

relacionados com o cotidiano do

povo, a vida nas aldeias e

povoados. Neste aspecto dá para

ser notada claramente a

diferença entre a cultura imposta

pelas elites e as manifestações

populares.

Para as classes elevadas não interessavam a vida e os costumes do povo.

Tinha valor somente aquilo que impunham como gosto ou preferência,

através de artistas protegidos. Entretanto, na época da Dinastia Edo, apesar

da pouca importância que lhe era atribuída, o povo começou a representar a

força econômica do país e passou a ser uma classe social em franco

desenvolvimento.

Page 21: Revista Makoto

20 | P á g i n a

Cenas acima e abaixo da ponte Ryogoku de Utamaro Kitagawa

Embora vivesse ainda oprimida pelo feudalismo e

politicamente pelas autoridades, foi adquirindo poder

econômico próprio e, como consequência natural,

canalizou-o para o divertimento e o lazer.

Pintura de Utagawa Hiroshigue.

Pintura de Hiroshigue

Assim se estabeleceu a base da formação de uma cultura popular no Japão. Pode-se dizer então, que,

a partir dessa época, o povo tomou o comando do grande navio chamado cultura do Japão. Embora

sem intenções, artísticas, foi este artesanato simples e popular que determinou o surgimento do

Ukiyo-e como a notável arte da xilogravura, cuja influência está presente não só em manifestações

artísticas japonesas, mas também do mundo todo.

Page 22: Revista Makoto

21 | P á g i n a

CULTO DE NATALÍCIO DE MEISHU SAMA

SEDE MUNDIAL

NOVAS MINISTRAS

Depois de uma semana intensa de

dedicação na Sede Mundial, aconteceu

no dia 16 de dezembro às 10h o Culto

Especial de Natalício de Meishu Sama

com o intuito de receber caravanas de

outros estados. Nesta ocasião foram

outorgadas quatro novas ministras da

Arte do Johrei: Haydée Osório, Sandra

Noschese, Marines Massucci e Patrícia

Linda imagem com uma

maravilhosa chuva de luz no

momento em que o Reverendo

Wilson Goya finaliza o ritual da

outorga. A nova Ministra Sandra

desce do altar as lágrimas de tanta

emoção.

Andrade de Oliveira que terão pela

frente uma longa caminhada de serviço e

amor na a humanidade na Obra Divina. A cerimônia de entrega de Komyo

(Luz Divina) foi emocionante. Outras

quatro Ministras da Arte do Johrei

participaram da cerimônia colocando os

Jyosho nas novas sacerdotisas.

Page 23: Revista Makoto

22 | P á g i n a

UM MILHÃO DE ORAÇÕES

Nós, seguidores de Meishu Sama, de todas

as partes do mundo, vamos nos unir e até o

ano 2015 e rezar UM MILHAO DE

ORACOES (*). Vamos, então, nós todos,

juntos:

A. Durante os próximos três anos na Igreja

ou em casa ou em qualquer lugar rezar

diariamente uma Amatsu Norito ou o

mantra Kan-Nagara-Tamati-Hae-Masse (**)

B. Distribuir copias desta folha pela Internet,

correio, fax ou em mãos para, no mínimo,

três membros e/ou simpatizantes do Johrei.

Sua participação através destas orações

diárias durante três anos consecutivos gerará

a energia necessária para a manifestação desta

prece no Mundo Divino possibilitando assim

sua materialização no Plano Físico.

(**) este mantra “Kan-Nagara-Tamati-Hae-

Masse” = “Seja feita a Sua vontade (meu

Deus)” pode substituir a Amatsu Norito para

quem não dispõe da Amatsu Norito ou quando

o tempo for escasso.

Arlenet Suarez

Representante da

Arte do Johrei – Venezuela

VENEZUELA

Page 24: Revista Makoto

23 | P á g i n a

LIÇÃO DE SERVIR

O significado do Avental

Nas ocasiões de entrevista com Meishu Sama,

sempre procuro usar quimono e avental. Parece que

isto causa estranhezas nas pessoas e, certo dia, um

membro me perguntou: Reverendo, o normal para

mim é uma pessoa tirar o avental quando vai se

encontrar com alguém mais importante, Mas o senhor

faz o contrário, quando vai se encontrar com Meishu

Sama, faz questão de vestir o avental, por quê? Então,

lhe respondi: Para vocês, pode ser que eu seja um

mestre, mas, perante Meishu Sama, não passo de um

simples aprendiz, de um principiante. Estou sempre

procurando não perder esse sentimento. Apresentar-

me a Meishu Sama vestindo o avental é uma forma de

eu expressar esse sentimento.

REVERENDO SHIBUI

A liderança

Em todos os campos da vida é necessário organizar nossa forma de lidar.

Criar maneiras de proceder, para que o nosso desempenho nos trabalhos venha a nos fortalecer.

Planejamento em tudo; devemos ter. Transportando esta visão para a realidade do nosso ser.

Vamos criar uma comparação? Com posso colocar minha liderança em ação, se em mim ainda

não tenho administração?

Preciso mudar a compreensão, para encontrar o caminho certo da evolução.

Só poderei chegar ao reino dos céus, se de mim retirar todo o véu.

A correta liderança é a energia que vem de Deus.

Uma chave de verdade é a humildade, auxilia retirar de si o orgulho e a vaidade.

Quem tem liderança é comparado a uma criança, pois trabalha com confiança e esperança.

Liderança não combina com autoritarismo, postura que leva o líder ao abismo.

Só conseguirá ser um líder verdadeiro, aquele que a si mesmo liderar por inteiro.

A melhor atitude de um líder está no servir, exemplo maior para o liderado seguir.

E assim o liderado passa a ser liderança, momento em que nasce a criança, que foi gerada com

responsabilidade e perseverança.

Page 25: Revista Makoto

24 | P á g i n a

EXPANSÃO 2012

Não precisa falar muito. As imagens dizem por si só. A inauguração da Arte do Johrei no Congo

Democrático levou 343 pessoas a conhecerem a fé messiânica num culto cheio de beleza e muito

sentimento de gratidão a Deus por seu amor. Pessoas em muitos cantos do mundo clamam e aguardam

pela salvação e a Luz Divina está começando a atuar com toda a força.

. INAUGURAÇÃO DA ARTE DO JOHREI

CONGO DEMOCRÁTICO – ÁFRICA

Page 26: Revista Makoto

25 | P á g i n a

VOCÊ É BEM VINDO

São Paulo

Vila Prudente

Santa Cecília

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Mogi das Cruzes

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EUA

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Cazenga/ Hoje ya renda

Luanda Norte/ Dundo

Luanda Norte/ Chiluata

Luanda Norte/ Calonda

Luanda Norte/ Mukita

Venezuela

Caracas

Peru

Lima

Argentina

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ENCONTRE UM TEMPLO ARTE DO JOHREI NO BRASIL E EXTERIOR Sede Mundial - São Paulo

Rua Ibitirama, 629, Vila Prudente Tel: (11) 42274401

http://www.artedojohrei.org.br/

E-mail: [email protected]

Skype: artedojohrei.brasil

DIFUSÃO DA FÉ

Page 27: Revista Makoto

26 | P á g i n a

ASSISTA AOS CULTOS NA INTERNET PELA

JUSTIN TV

http://www.justin.tv/aartedojohrei/videos

Page 28: Revista Makoto

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