Revista GIMP Zine 001

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ENTREVISTA TUTO RIAIS DICAS Nº 01 S ETEM BR O DE 2006 WWW . O GIM P . CO M . BR Criativid ad e nas asas d a l iberdade ENTREVISTA M ozartCouto ANÁLISE Laye r Effe cts TUTO RIAL Program ação Visual

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Revista GIMP Zine O Melhor Editor de Imagens Open Source

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ENTREVISTA TUTORIAIS DICAS

Nº 01 SETEM BRO DE 2006 W W W .O GIM P.CO M .BR

Criatividade nas asas da liberdade

ENTREVISTA M ozart Couto

ANÁLISELayer Effects

TUTORIAL Program ação Visual

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Atribuição-Uso Não-Com ercial-Com partilh am ento pela m esm a licença 2.5 Brasil

Você pode :

- copiar, distribuir, exibir e executar a obra- criar obras derivadas

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Uso Não-Com ercial. Você não pode utilizar e sta obra com finalidade s com erciais .

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- Para cada novo uso ou distribuição, você deve de ixar claro para outros os term os da licença de sta obra. - Qualq uer um a de stas condiçõe s podem s e r renunciadas , de sde q ue Você obtenh a perm is s ão do autor.

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O GIM PZ INE declara não ter intere s s e de propriedade nas im agens , os dire itos sobre as m e sm as pertencem a s eus re spectivos autore s/proprietários . Esta licença não s e aplica a nenh um a im agem exibida no zine , para utilização da m e sm a

obtenh a autorização junto ao autor.

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Atrasados!?

Voltam os! Um pouco atrasados s im é verdade , q uerem os s e r um a publicação trim e stral m as todos os colaboradore s tem o tem po e scas so, e ninguém pode crucificar um trabalh o voluntário pelo atraso.

Ne sta edição de nº 1 "O pa! Agora com eça a contagem , a edição num ero 0 foi a piloto" terem os Entrevista com M ozart Couto um nom e bem conh ecido de q uem é ou foi aficionado por q uadrinh os . Ele conta um pouco de sua trajetória, dá algum as dicas de com o s eguir por e ste cam inh o difícil de s e r de s enh ista e ainda com partilh a sua experiência com GIM P.

Tem os a colaboração de Guilh erm e (Razgriz) para som ar o tim e , com tutoriais voltados a explicar um pouco além dos efe itos e ferram entas .

O Z ine e sta em constante atualização abrangendo o universo gráfico de m ane ira q ue atenda vários perfis de usuários , de sde os iniciante s ao m ais experiente s na ferram enta. Não podem os nunca e s q uecer do e spírito colaborativo q ue acerca o softw are livre .

Boa Leitura!

Anderson Prado (AndeO n)h ttp:\\w w w .ogim p.com .br

GIM PZ INE é um a publicação do site O Gim p!

Coordenação: Anderson Prado, H enriq ue BaroneDiagram ação e Arte da capa: Anderson PradoColaboradore s d e sta ed ição:M ozart Couto, Guilh erm e (Razgriz)

CAPA - Illusion Fuse

O Conteúdo as s inado, e as im agens q ue o integram , são de inte ira re sponsabilidade de s eus re spectivos autore s , não repre s entado nece s sariam ente a opinão do zine e de s eus re sponsáve is . Todos os dire itos sobre as im agens são re s e rvados a s eus re spectivos proprietários .

O que é GIM P(GNU Im age M anipulation Program ) com o s eu próprio nom e já diz, ele é um program a de m anipulação de im agens e e sta sob os term os da licença GNU (GPL).

NotaEste zine foi m ontado com o Scribus , um softw are opensource de diagram ação.h ttp://w w w .scribus .net

Editorial

:: GIM PZ INE - w w w .ogim p.com .br ed ição 01 3

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:: GIM PZ INE - w w w .ogim p.com .br ed ição 01 4

Sum ário

EEnnttrreevviissttaa:: MM oozzaarrtt CCoouuttoo ppáágg 0088

DDiiccaass:: IImm ppoorrttaanndd oo aarrqq uuiivvooss PPDDFF ppáágg 0055

AAnnáálliiss ee :: LLaayyee rr EEffffee ccttss ppáágg 0066

TTuuttoorriiaall:: PPrrooggrraamm aaççããoo VViissuuaall ppáágg 1144

TTuuttoorriiaall:: DDiissttoorrççõõee ss ee CCaarriiccaattuurraass ppáágg 1177

Você pode participar do GIM PZ INE tornando-s e colaborador, para isto registre -s e no s ite OGIM P! Entre no link contato do s ite e envie um em ail avisando sobre sua colaboração.

Sobre os Autore s

Anderson Prado (AndeO n) é m ante ne dor do s ite h ttp://w w w .ogim p.com .br form ado e m te cnólogia e m inform ática atua na áre a, e scre ve tutoriais e contribui com im age ns para proje tos da com unidade livre nas h oras vagas . andersonp_ sp@ yah oo.com .br

H enrique Barone é colunista do s ite h ttp://w w w .ogim p.com .br,e m ante ne dor do s ite h ttp://w w w .jah s h ak a.proce dural.com .br. Pos sui form ação e m criação e ge stão de am bie nte inte rne t.Atualm e nte trabalh a com de s ign e anim ação gráfica para w e b víde o.barone_ h enriqu e@ yah oo.com .br

M ozart Couto é quadrinh ista, ilustrador e artista plástico. Autodidata, atua profis s ionalm e nte nas áre as citadas de sde 19 79 . Te m vários trabalh os publicados no Bras il e e xte rior. H á três anos de scobriu o m undo dos softw are s livre s e te m e studado e utilizado e spe cialm e nte o Gim p, pas sando, s e m pre que é pos s íve l, suas e xpe riências e m tutoriais . Para m ais de talh e s sobre sua obra, vis ite : w w w .m ozartcouto.com .br

Guilh erm e (Razgriz) é Publicitário ( dire tor de arte ) de sde 2002, s e ndo que utiliza ape nas softw are livre no s e u am bie nte de trabalh o e re s idência, o m e sm o tam bém m inistra cursos sobre e dição de im age ns/program ação visual além de quando pos s ive l contribuir com a com unidade e scre ve ndo artigos e docum e ntos dive rsos .

HH aallll dd ee IImm aaggee nnss ppáágg 2266

TTuuttoorriiaall:: DDiissttoorrççõõee ss ee CCaarriiccaattuurraass ppaagg 1177

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Dicas

Ire i explicar com o abrir arq uivos PDF e PostScript no GIM P do W indow s (E no linux? Bom s e foi fe ito a instalação padrão do s eu s istem a Linux o

GIM P s era capaz de abrir e ste s arq uivos na m aioria das veze s , caso contrário instale o gh ostscript nele).

Um a breve explicação:

PostScript é um a linguagem de scritiva dos objetos contidos num a página utilizada para de screver para o dispos itivo de im pre s s ão ou para o m onitor. Na form a im pre s sa ou digital.

PDF - Portable Docum ent Form at, form ato de arq uivo criado pela Adobe . Perm ite incluir texto, im agens , tabelas num arq uivo q ue pode s e r protegido ele funciona independente do aplicativo, h ardw are , e s istem a operacional usados para criá-los .

Faça o dow nload do program a AFPL Gh ostscript (Ele é um

interpretador para PostScript e PDF) vá no s ite h ttp://w w w .cs .w isc.edu/~ gh ost/

A últim a versão, pode s e r obtida direto ne ste endereçoftp://m irror.cs .w isc.edu/pub/m irrors/gh ost/AFPL/gs854/gs854w 32.exeou ainda em s ite s com o Superdow nloads .

Instale o arq uivo geralm ente ele ira apontar para "c:\arq uivos de program as \gs"

Após a instalação você tem 3 opçõe s para fazer o Gh ostscript funcionar com o GIM P.

1º Crie um path do executável. Não entrare i em detalh e s va de google e procure com o fazer na versão de s eu s istem a operacional.

2º Procure pelo arq uivo "gsw in32c.exe" ele e stara ge -ralm ente em "c:\arq uivos de program as \gs \gs8.51\bin"copie ele para o diretorio W indow s .

Im portando arquivos PDFPor Ande rson Prado (Ande On)

3º O m e sm o procedim ento anterior só q ue copie o arq uivo para E:\Arq uivos de program as \GIM P-2.0\bin

Pronto agora o GIM P é capaz de abrir PDF e EPS.

Vam os ver com o funciona a abertura, ele pode

configurar a re solução, tam anh o suavização e ainda podem os e scolh er a q uantidade de paginas q ue s e rão im portadas com o im agens , elas s e rão abertas em janelas s eparadas . Você ainda pode abrir com o cam ada, m as tem q ue s e r 1 página por vez s enão o Gim p im portará em um a nova janela.

Veja o GIM P não pode salvar com o PDF, m as depois de

im portar pode salvar o arq uivo com outro form ato inclus ive eps , ps (PostScript).

Detalh e : A h abilidade de salvar em PostScript e stava pre s ente no GIM P m e sm o ante s de instalar o Gh ostscript, agora para abrir é nece s s ário a instalação do Program a.

Bom e spero q ue e sta dica tenh a s ido útil

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Análise

Q uem conh ece o Ph otos h op e tam bém trabalh a com o Gim p, ou re solveu experim entá-lo. Pode ter procurado ne ste , algo e q uivalente às O pçõe s de

m e sclagem do softw are da Adobe , com o brilh o externo (outer glow ), brilh o interno (inner glow ), contorno (contour), sobrepos ição de gradiente (gradient overlay), sobrepos ição de cor (color overlay) e satin. (Figura 1)

No Gim p podem os ch egar ao re sultado de s s e s efe itos com uso de algum as técnicas . Um a saída m ais prática é usar um Script ch am ado Layer Effects . q ue pode s e r baixado no repos itório de plugins do Gim p. O Layer Effects e stará disponível na categoria Script-fu. (figura 2).

Algum as pe s soas pensam q ue precisarão trabalh ar com com andos de texto ao usarem os scripts do Gim p. M as , na verdade todos os scripts pos suem interface gráfica

O Layer Effects , as s im com o os outros efe itos Script-fu, funciona adicionando novas cam adas acim a daq uela q ue você e stá trabalh ando.

Nas figuras abaixo você confere o funcionam ento de s s e s efe itos .

Strok e

Bevel and Em boss

Color O verlay

Layer effects Por H e nrique Barone

Figura 1

Figura 2

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Análise

Drop Sh adow

Gradient O verlay

Inner Glow

Inner Sh adow

O uter Glow

Pattern O verlay

Satin

Na figura do o efe ito Gradient Overlay foi usada a opção Blend M ode em Custom . Poderem os obter e ste re sultado tam bém com o uso de m áscara.

Este conjunto de filtros funciona em texto e objetos com canal alph a. Lem bre -s e q ue para para adicionar canal alph a, basta clicar com o botão dire ito do m ous e na cam ada e depois em "adicionar canal alph a". Este procedim ento não funciona com im agens em form ato GIF q ue trabalh a com core s indexadas . Scripts de Gim p não precisam de instalação, basta s e rem colocados no diretório correto.

O Script pode s e r baixado em :h ttp://registry.gim p.org/plugin?id=69 88

Após baixar o arq uivo, de scom pacte -o e coloq ue no diretório de plugins do Gim p: ...\GIM P-2.0\s h are \gim p\2.0\scripts

um s im ples objeto com canal alfa

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Entrevista

Mozart Couto De s e nh ista e Ilustrador, com vasta e dive rs ificada produção, quadrinh ista pre m idado, já publicou s e us quadrinh os e m várias e ditoras bras ile iras nas últim as duas décadas e no e xte rior. M ozart, raram e nte traba-lh ou com pe rsonage ns fixos e s im e m H q s avulsas ou série s de s ua autoria s e ndo a m ais conh ce cida, “A Casa Dos H orrore s ” publicada pe la re vista de Te rror Calafrio, nos anos 80.Te m parte de sua obra de dicada a publicaçõe s inde pe nde nte s , e m parce ria com outros quadrinh istas tais com o “O Dile m a de Gilvath ” ( série e m s e is e diçõe s , e scrita por Alvim ar Pire s): “Crônicas da Província” , e “Lolita Dom ingue z” (álbuns , e scritos por W ande r Antune s), e “BIOCYBERDRAM A” (s e rie e m três volum e s , e m produção, e scritas por Edgard Franco). Nos Eua, De s e nh ou ave nturas de Turok : H ulk ;Th or, M ulh e r M aravilh a e outros . No Bras il, m ais re ce nte m e nte , publicou pe la Escala Editora, as m ini-s érie s “Silve r Gun” , e “Os Gue rre iros de H a-Kan” , além de re vistas didáticas sobre técnicas de de s e nh o.

Ace s s e m : w w w .m ozartcouto.com .br Para conh e ce r m ais trabalh os do

De s e nh ista.

GIMPZ INE - Com o você com e -çou a carre ira de de s enh ista?

M ozart Couto - Eu com pre i num a banca um a revista de q uadrinh os publicada em Curi-tiba, com 100% de produção de autore s bras ile iros , e nela e stava aberto um e spaço para novos q uadrinh istas . Então envie i um a H q s q ue tinh a ( eu e stava com 21 anos na época e de sde os 16 fazia h q s de form a am adora), o editor gostou do m eu traço e convidou-m e a colaborar. As s im com ece i e e stou até h oje , 27 anos depois , produzindo.

GIMPZ INE - Quais foram suas principais influências no início de sua carre ira?

M ozart Couto - Quadrinh os am e -ricanos de Ficção Científica e de terror (Revistas “Creepy” e tam bém a revista “19 9 4”, q ue e ram publicadas nos EUA; e um pouco de super h e róis . M as , de sde q ue com ece i a ler q uadrinh os , já obs e rvava bem os e stilos e gostava de vários gêneros , inclus ive os nacionais , de Terror. Pos so dizer q ue s em pre tive um a influência bem

divers ificada.

GIMPZ INE - Que cons elh os daria para quem quer trabalh ar com o de s enh ista na área de quadrinh os?

M ozart Couto - Olh a, para s e ter um a bas e sólida m e sm o, tem q ue aprender as técnicas conven-cionais de de s enh o, conh ecer e explorar m ateriais , e praticar m uito. De s enh ar de tudo, já q ue para fazer q uadrinh os a gente tem q ue saber de s enh ar m uitas coisas diferente s tais com o: arq uitetura; m áq uinas; anatom ia h um ana e de anim ais; roupas , vegetação... e por aí vai. Então, tem q ue ter um a bas e , pelo m enos um conh ecim ento e um a prática razoável; agora, tem m uita gente q ue não tem is so e cons egue e spaço em m ercados cobiçados , valendo-s e de arti-fícios (tipo: trabalh ar utilizando fotos e/ou usando efe itos digitais q ue ench em os olh os de q uem vê) q ue s e encaixam nos m o-dism os vendá-ve is . Então a coisa é até m e io frustrante em certos casos m as o ideal m e sm o é q ue a pe s soa tenh a um a bas e sólida pra não pas sar vergonh a q uando ti-

ver q ue de s enh ar “ao vivo”, ou as sum ir um trabalh o “pe sado”, para provar q ue tem com pe -tência m e sm o.Eu diria, s intetizando, q ue é preciso ter paciência e pers everança, ante s de tudo. E o talento nato, porq ue s em e s s e não dá.

Entrevistam os M ozart Couto Por Ande rson Prado (Ande On)

Ilustração de abe rtura de “A Casa dos H orrore s ”

Auto-retrato

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Entrevista

GIMPZ INE - E nas dem ais áreas qu e um profis s ional de de s enh o pode atuar os cons elh os s e riam diferente s?

M ozart Couto - Ach o q ue s e riam s em pre os m e sm os : e studo, pers e -verança, prática... ante s de tudo, tem q ue ter talento aq uela percepção e special e a capacidade de pas sar para o m e io utilizado o q ue e stá s endo percebido, som ando-s e a is so, a criatividade .

GIMPZ INE - Em que editoras nacionais e internacionais você já trabalh ou?

M ozart Couto - Nacionais trabalh e i em q uas e todas q ue publicaram q uadrinh os nacionais nos anos 80: Grafipar (Curitiba); Vecch i (R io de Jane iro); D'Arte (SP); Pre s s Editorial (SP); Nova Sam pa (SP); Abril Cultural (SP); Escala(SP)... A m aioria já fech ou por causa das cris e s econôm icas pelas q uais nos so país pas sa h á décadas e q ue dificulta m uito um inve stim ento a longo prazo

em áreas com o a dos q ua-drinh os .

GIMPZ INE - Você trabalh ou para editoras de quadrinh os fam osas com o a M arvel e DC qual o ganh o que isto pro-porciona? Realm ente existe prazos curtos e a m u ita exigências por lá?

M ozart Couto - Sinceram ente , eu só pas s e i stre s s . O único grande ganh o q ue tive foi confirm ar pra m im m e sm o q ue eu não tinh a nada a ver com aq uele tipo de m ercado e com o gênero de q uadrinh os q ue publicam lá. A m aioria dá m uito valor a is so, m as , com o eu já aprendi q ue as coisas são m uito

relativas , não dou tanto valor as s im .O s prazos são curtos s im . Eu de s enh ava 24 páginas , em tam anh o A3, super detalh adas , em m enos de duas s em anas . Não cons eguia ter prazer trabalh ando as s im .As exigências variam de editor para editor. Alguns trabalh os fluem com facilidade , outros podem s e r m ais com plicados devido a e s sas exigências . M as com igo is so foi raro.

GIMPZ INE - Você tam bém publicou na Europa, não? Foi diferente?

M ozart Couto - De certa form a s im porq ue lá, pode -s e fazer coisas diferente s . O m ercado é m uito variado então é m ais e stim ulante . M as os prazos são apertados tam bém . Eu de s e -nh ava as 48 páginas (lápis e arte -final), q ue com põem um álbum , em pouco m enos de três m e s e s .M as pude variar de e stilo e vendi m aterial m eu (texto e

de s enh os de m inh a autoria), o q ue nos EUA s eria praticam ente im pos s í-vel. Na Europa, é com um projetos pe s soais s e rem ace itos e publicados por editore s cons iderados “grande s ” e por outros .

GIMPZ INE - Você pensa em voltar a fazer quadrinh os?

M ozart Couto - Eu e stou s em pre fazendo q uadrinh os junto a outros trabalh os na área de ilustração. Term ine i recentem ente um álbum “Lolita Dom inguez” q ue conta a h istória incrível da filh a de um a prostituta cubana e de s eu ine scru-puloso pai, e scrita pelo rote irista W ander Antune s , com q uem já fiz um outro álbum - “Crônicas da Província” . Estou ainda produzindo, com Edgar Franco, a trilogia “BIOCYBERDRAM A”, q ue é um a aventura atualís s im a sobre o de stino da h um anidade e as pos s ibilidade s para alguns m e ios reais de h ibridização do s e r h um ano com anim ais e m áq uinas; e ainda cons igo s em pre um tem po para tocar adiante

Biocybe rdram a I (acim a e s que rda) publicado pe la Editora Ope ra Graph ica.

Biocybe rdram a II (a s e r publicado)

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Entrevista

“Vila do O uro”, um a novela gráfica e scrita e de s enh ada por m im e q ue s e pas sa na Capitania das m inas do ouro, as M inas Gerais no Século XVIII. Vale colocar aq ui, q ue e stou colorizando e s sa H Q no GIM P e, breve, disponibilizare i na m inh a página um “preview ” em PDF. M as não penso em viver m ais exclu-s ivam ente de q uadrinh os . M e sm o porq ue não h á m ercado no Bras il para is so e não tenh o o m ínim o intere s s e em de s enh ar Com ics , ou copiar m angás .

GIMPZ INE - Que trabalh os você e stá fazendo ultim am ente?

M ozart Couto - (pergunta re spondida acim a).

GIMPZ INE - Você é um artista extrem am ente versátil. Sabem os qu e u sa de sde o tradicional lápis e papel e qu e tam bém em prega o u so da tecnologia. Quais as vantagens e as

de svantagens entre um a e outra?

M ozart Couto - Sem dúvida nenh u-m a, na arte digital, a m aravilh a das m aravilh as ch am a-s e “Ctrl+ Z ” (no PC e suas corre spondente s no M AC). M as é um dram a s e a gente tiver q ue e scolh er. Na arte tradicional, tem os um a liberdade de visualização m aior, não precisam os de e star plugados num a tom ada nem gastar m uito pra fazer coisas m uito boas , porém , a inform ática ve io pra m udar m e sm o o m undo e suas pos s ibilidade s são infinitas . Eu ainda e stou engatinh ando na área, m as pra-ticam ente só trabalh o com o s istem a digital atualm ente . Pela m inh a expe -riência, h á detalh e s e nuanças q ue obtem os com o uso de certos m ateriais q ue só cons eguim os na arte convencional, e o m e sm o acontece no s istem a digital. Então, o negócio é usufruir dos dois m e ios , m as penso q ue o digital vai predom inar daq ui pra frente .

GIMPZ INE - A tecnologia parece qu e dom inou totalm ente o m undo da anim ação, h oje vem os m u itos de s enh os em 3D, você acredita que isto ocorrerá com ilustração e quadrinh os?

M ozart Couto - Já acontece . E vem cre scendo. M as já vi casos de artistas q ue com eçaram no 3D e depois m udaram para a ilustração 2D digi-tal. Eu particularm ente , ach o inte -re s sante m e sclar os dois , ou s eja: cenários , m áq uinas e algum as for-m as orgânicas em 3D com figuras h um anas pintadas em 2d – porq ue eu ach o m uito fe ios os bonecos 3D, exceto q uando s e m odela as figuras h um anas , ou anim ais e vegetais , em softw are s q ue perm item um trabalh o bem detalh ado, com m e sa digita-lizadora, tipo um Z -Brus h . M as ach o m uito trabalh oso e não m e atrai, em bora m e im pre s s ione .

Capa de “Lolita Dom inguez” -W ander Antune s (texto) M ozart Couto(de s enh os) e Raúl Treviño (cor)

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Entrevista

GIMPZ INE - Quando foi qu e surgiu s eu intere s s e de u sar o Softw are Livre GIMP?

M ozart Couto - Eu tenh o um a paixão por program as de edição de im agens , e fico experim entando todos , então, um dia, ach e i o Gim p num s ite de dow nloads e baixe i. A a partir daí, com ece i a saber tam bém sobre pro-gram as livre s , O pen Source , Linux, e fui gostando da idéia. Pens e i as s im : is so pode cre scer m uito e eu vou pegar a coisa relativam ente no início, então vai valer a pena entrar ne s sa. E e stou s eguindo e s sa vertente , porq ue s em pre goste i de idéias q ue diferem dos padrõe s e sta-belecidos com o os únicos , os ideais .

GIM PZ INE - Na sua opinião quais problem as qu e existe no GIMP para u so profis s ional?

M ozart Couto - Tem várias coisas : Ainda não s e pode trabalh ar em CM YK. Deveria s e r pos s ível trabalh ar m e -lh or os textos m elh orar o Fre e Type; Ter m ais recursos e s istem as am igáve is de criar form as e trabalh ar com elas; Faltam efe itos efe itos em layers (já

instalei e utilize i um plugin inte -re s sante para is so, m as o program a tinh a q ue ter is so nele m e sm o.Na m inh a área, Ilustração Artística Digital, eu diria q ue são problem as m ais ligados a facilidade de uso de certas ferram entas para distorcer par-te s s elecionadas de im agens; rota-cionar s em perdas ... e o fato de não poderm os redim ens ionar e configu-rar m elh or os pincéis nativos no GIM P é um problem a s e rís s im o! Eu diria inace itável para um program a com o o GIM P. Is so tinh a q ue s e r re solvido o m ais rapidam ente pos s í-vel! M as tem m uitas coisas q ue já

e stão prontas , ou s eja: funcionam bem . A ferram enta “INK ” (tinta) é algo excelente para de s enh ar. Com ela pode -s e fazer arte -final em de -s enh os fe itos a lápis e "e scaneados". Acredito q ue com a im plem entação dos perfis de core s na versão 2.4, pelo m enos o problem a com o CM YK deve s e r re solvido. Penso q ue um a integração m aior entre de s envolvedore s e usuários (não s e i no exterior com o é is so) poderia ajudar m uito às coisas evoluírem m elh or. Penso q ue um program a de s s e tipo tem q ue ter a participação de ARTISTAS PRO -FISSIONAIS e EXPERIENTES

q ue usam program as de tratam ento de im agens junto com os program a-dore s , porq ue e s s e s não têm conh e -cim ento artístico, e os artistas precisam dele s para fazer acontecer as coisas na área da program ação.

GIM PZ INE - Você já im aginou um a funcionalidade qu e não existe nos program as proprietários nem nos livre s da categoria qu e poderia s e r im plem entada? “Pode inventar” .

M ozart Couto - Não, ach o q ue nada novo; Teria q ue pensar m elh or, com m ais calm a sobre is so, m as fico so-nh ando com um outro program a livre q ue trabalh as s e com o o Gim p, m as e specialm ente voltado para a Ilustração Digital artística, com pin-céis realistas com o os do Corel Painter; ou q ue fos s e pos s ível usar pincéis do tipo citado no próprio Gim p (m elh or ainda). Aí é q ue eu penso parece q ue os de -s envolvedore s não atinam para is so q ue pode h aver um a dem anda ne s sa área porq ue não deve s e r tão

Ilustração para livro para-didático

Ilustração para Livro de contos de terror.

Página de “Guerre iros de H a-k an”

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Entrevista

com plicado as s im fazer, já q ue atualm ente tem aparecido vários program as “FREE”, para w indow s , fe itos por um a pe s soa só, às veze s , e q ue tem alguns pincéis superiore s artisticam ente até aos do Ph otos h op, q ue tem pincéis m ais “s im uladore s ” do q ue “reais ” . Ach o q ue o Gim p ainda não é levado suficientem ente a sério pelos profis s ionais da ilustração 2D. O q ue vem os usualm ente nos s ite s , s ão trabalh os de am adore s ou usuários com uns q ue re solvem tudo m uito bem com alguns cliq ue s do m ous e , então de ixam os de antever as pos s ibilidade s im ensas do program a.

GIMPZ INE - O que você ach a da filosofia do Softw are Livre? Você já sabe qu e livre não quer dize r grátis?

M ozart Couto - Sim , s e i q ue h á m uita diferença entre e s sas duas expre s sõe s para q uem e stá lendo e s sa entrevista e não conh ece o as sunto ou não s e aprofundou ainda, ach o q ue e s s e s dois link s s ão bons para s e inte irar sobre o tem a:O que é softw are livre:h ttp://br-linux.org/linux/faq -softw arelivreO que é Linux:h ttp://br-linux.org/linux/faq -linuxCom o e screvi ante s , eu gosto de coisas q ue fogem do convencional ,m as o s e r h um ano acaba s e enrolando e s eguindo os m e sm os vícios daq uilo q ue q ueria fazer de m odo diferente . Eu ach o extraordinária a idéia de você s e r livre para usar e até m odificar o program a q ue e stá utilizando. Penso q ue a pe s soa q ue sabe atuar não só com o usuário, m as com o agente transform ador do SO , ou dos program as usados nele, deve s e s entir m uito poderoso...e livre!A idéia errada do “grátis ”, a m eu ver, atrapalh a m uito a filosofia da liberdade .Penso q ue os usuários tinh am q ue

pensar em atuar m ais , inclus ive finance iram ente , ajudando no de s envolvim entos dos program as , além de experim entar e s em pre contribuir de algum a form a. M as defendo tam bém q ue ninguém deva s e r obrigado a is so. Quem q uis e r s e r só usuário, deve ter e s s e dire ito, e q uem q uis e r aprofundar, já tem em m ãos um s istem a propício para is so. Aí é q ue eu ach o o grande diferencial do Gnu/Linux e dos O pen Source para os proprietários .

GIMPZ INE - A outros softw are s livre s qu e você já experim entou ou e sta u sando no m om ento? O que você ach ou dele s?

M ozart Couto - Eu tenh o utilizado vários program as GNU/LINUX, no próprio Linux e utilizo tam bém as versõe s para W indow s , do Gim p; do Ink scape; BR-O ffice; Th underbird; Firefox; Scribus ... e stou s em pre m exendo num e noutro. Eu torço para q ue e s s e m ovim ento cre sça e s e fortifiq ue porém , ach o q ue m uitas barre iras devem s e r q uebradas ainda.

GIMPZ INE - O que você ach ou sobre a iniciativa do GIMPZ ine?

M ozart Couto - Ach e i um a ótim a. Quanto m aior divulgação, m elh or. Precisam os conh ecer as pe s soas ligadas ao Gim p, aprender m ais e m ais e o zine s e rá um e spaço m uito bom pra is so. Espero q ue pos sa ter nele, m ais tarde , um e spaço para obras fe itas no gim p, para o m e io digital e para o im pre s so, contando entre elas H istórias em q uadrinh os , cartuns , ilustraçõe s , etc.

GIMPZ INE - Fique livre para expor o que qu is e r.

Bom , vou preferir m ostrar, com algum as im agens , o q ue o Gim p pode oferecer.

De scrição das im agens :

1-Auto-retrato, trabalh ado sobre um a foto, utilizando-s e pince is nativos sobre um fundo onde foi aplicado o script-fu “efe ito de tecido” . ( veja no inicio da Entrevista o Auto-retrato).

2-Utilização da ferram enta “Tinta”, sobre um de s enh o a lápis prévio, "e scaneado" e utilizado com o bas e (plano de fundo) no Gim p.

2 - im agem editada no GIM P

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Entrevista

3- Três faze s de um a im agem (pintura digital) toda criada no Gim p, s em de s enh o prévio a lápis e "e scaneado".

3.1 - Bas e inicial da pintura. 3.2 - Segunda fas e . Inicio de aplicação de detalh e s

3.3 - Ilustração term inada.

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Tutorial

Program ação visual (m ódulo 1) Por Guilh e rm e (Razgriz)

A gora vam os ver com o criar identidade visual dos nos sos cliente s . Lem bre -s e q ue o nos so cliente NÃO é o consum idor final, m as s im a pe s soa q ue nos

contrata para vender conce ito, ideologia e/ou produto."

"O cliente"

Quando ele nos procura, ele q uer geralm ente pelo m enos um a de stas coisas abaixo:

1. Criar a identidade da em pre sa pertencente à ele ou para a q ual ele trabalh a. 2. Rem odelar a identidade visual pré-existente . 3. Colocar um produto no m ercado (criação da identidade visual do produto, além de prom over a divulgação do m e sm o). 4. Repos icionar a m arca e ou produto no m ercado. 5. Decretar a "m orte" do próprio produto (afim de colocar outro em s eu lugar) ou atacar produto da concorrência (geralm ente fe ito de m ane ira indireta). 6. Fazer o planejam ento da e stratégia de m ark eting das peças criadas .

Com o avanço das ferram entas ditas "cas e iras" tanto de edição de im agens até de s enh o vetorial e carte s iano (3d), todos viram os "diretore s de arte". M as q ue p*** é e s sa?! Para explicar is so, vam os prim e iro m ostrar a e strutura bás ica de um a agência de publicidade .

1. Atendim ento: Não... não é o q ue você e stá pensando, para is so já inventaram os ... e s q ueçam h e h e , vam os lá. O s profis s ionais do atendim ento são o elo de com unicação entre o CLIENTE e a CASA, ou s eja, é dever do atendim ento de sde "vender o pe ixe" da agência, além de traduzir tudo o q ue a criação q uer transm itir ao cliente , interpretar o briefing (o briefing nada m ais é do q ue tudo o q ue o cliente q uer, colocado em um docum ento e scrito pelo executivo de contas *(e s s e é o term o m ais apropriado para o profis s ional do atendim ento) na linguagem da agência. Tam bém é dever do m e sm o participar do Brainstorm (reunião sobre com o objetivo de s e obter idéias para re solver o "problem a" do nos so cliente exposto no briefing).

2. Criação: Is so m e sm o, é onde a "m ágica acontece", aq ui nós tem os por ordem h ie rárq uica (is so tecnicam ente não existe).

* Diretor de criação: Ele é o re sponsável pelo s etor de criação, a re sponsabilidade do m e sm o é supervis ionar o trabalh o fe ito pelos dem ais profis s ionais , a palavra final sobre cada peça (aprovação ou reprovação) tam bém é dele, caso algo não saia com o planejado com relação a um a peça, a re sponsabilidade é dele (a m enos q ue todos saibam q ue ficou um a M ... e o cliente tenh a aprovado).

* Diretor de arte : Es s e é parte de um a dupla (raram ente trabalh a sozinh o). O trabalh o dele é com as im agens e é subordinado direto ao diretor de criação, s endo livre parar criar, porém o trabalh o final tem q ue pas sar pelo crivo do superior ante s de ir para a rua.

* Redator: Com pleta a dupla com o profis s ional citado acim a, é ele q uem cuida dos textos da peça, porém não existe um "padrão", já q ue os m e sm os podem opinar na área q ue com pete ao outro e etc. Este tam bém é subordinado ao diretor de criação, porém geralm ente o diretor de arte e e ste ch egam a um denom inador com um , s endo q ue apenas q uando is so acontece é q ue o diretor de criação avalia o conce ito.

* As s istente de criação: Este é o "faz tudo", ele e stá subordinado ao redator e ao diretor de arte , além de cum prir as tarefas delegadas pelo diretor de arte e ou redator, tam bém prepara os arq uivos para gráficas , além de outras funçõe s q ue podem s e r relevante s ou não.

* O cara do cafézinh o.

3. Pe s q uisa e planejam ento: São as pe s soas "m enos loucas" da casa, elas são as re sponsáve is por planejar a e stratégia de m ark eting do cliente , bem com o contratar s e rviços de pe s q uisas diversos a fim de coletar dados sobre a vida de m ercado do cliente q uando nece s sário (note q ue cliente s grande s pos suem s eu próprio dpto de m ark eting, o q ual é re sponsável por is so e pelo gerenciam ento da cam panh a do m e sm o).

4. Produção. Sua função é bas icam ente cotar preços entre gráficas e dem ais suprim entos nece s s ários . O bviam ente q ue procura o preço para cada coisa o m ais barato pos s ível.

5. Dpto de M ídia: Bas icam ente é ele q uem decide em q ue em is soras de TV o com ercial do cliente X irá aparecer e q uantas veze s , dependendo da verba. Ele é q uem controla o uso da verba em s i tam bém no q ue s ito im pre s sos (em alguns casos apenas). É tam bém re sponsabilidade DELE fazer com q ue a fita ch egue a em is sora e q ue o com ercial e/ou spot de rádio s eja exibido no h orário e dia determ inados . Ele tam bém é re sponsável por e scolh er q uando e onde no q ue s ito internet.

6. Trafego: Sabe tudo o q ue acontece na agência, é ele q uem controla os prazos e m antém o atendim ento inform ado à re spe ito do andam ento de determ inado trabalh o para cliente x ou y.

O s dem ais departam entos não são nece s sários aq ui, para poupar tem po podem os pros s eguir, com o pudem os obs e rvar, é um m undo à parte e o cliente é apenas o "com eço". É im portante de ixá-lo feliz e é is so o q ue im porta. Na realidade não intere s sa s e a cam panh a vai ou não s e r boa, na prática é o cliente q uem paga e a palavra final é s em pre DELE, afinal o dinh e iro é q uem m anda.

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Tutorial

"CR ISE de id entidade"

Com o dito anteriorm ente , nos outros artigos , procuram os form ar apenas A NOSSA identidade visual, agora e stam os tratando de criar um a para o NOSSO cliente .

Esta nova identidade inevitavelm ente terá re s q uícios da sua, m as is so não é m otivo para preocupação, ao contrário! As s im você poderá ade q uar ao q ue o cliente de s eja transm itir alguns dos teus valore s , porém é im portante s em pre lem brar q ue o s e rviço não é para VOCÊ e s im para q uem contratou.

Na reunião de brainstorm (caso h aja um a, s eja com o próprio cliente caso você não trabalh e em agência ou com o executivo de contas), procure entender ao m áxim o o cliente , procure pelos gostos pe s soais do m e sm o, tente entender de todas as form as o q ue ele transm ite .

LEIA e rele ia o briefing q uantas veze s forem nece s sárias .

PRESERVE as core s solicitadas pelo cliente , a m enos q ue s e perceba um a discrepância incom ensurável de acordo com os objetivos propostos .

Nunca envie o arq uivo fonte ao cliente (XCF ou SVG, etc), A M ENOS QUE:

* Ele tenh a PAGO (no caso de você não trabalh ar pra agência ou não for autorizado o envio); * Você receba um a ordem expre s sa do s eu em pregador; * ELE TENH A PAGO E ELE M ESM O VÁ CUIDAR DA IM PRESSÃO .

Note q ue a m arca s e rá TUDO para e ste cliente , nada m ais poderá fugir do padrão de core s e tonalidade s utilizados na confecção da m e sm a. Não s e e s q ueça q ue a m arca DEVE e TEM QUE "dizer" tudo o q ue o cliente faz E É para o publico alvo do m e sm o (consum idor final).

Jogue FORA todas as tuas IDEOLOGIAS q uando for criar para o cliente , ele não é VOCÊ e m uito m enos PARENTE, AM IGO OU O QUE FOR. Não s e ENVOLVA, s e não concorda com o s e rviço, NÃO PROM ETA E M UITO M ENOS FAÇA.

Um a m ini-fórm ula bás ica para um a logom arca decente :

CONCEITO + CO R SÍM BOLO + AUTO PROPAGANDA

* CONCEITO : É a ch ave para um bom com eço, conce ito é a linh a de pensam ento do q ue s e de s eja dizer e ou fazer, é o q ue "m ove" as coisas (ideologia = conce ito);

* COR SÍM BOLO : Nada m ais é do q ue a q ue ditará a ação

do olh ar do público-alvo q uando a logom arca e stiver cum prindo o papel dela. Para explicar is so m elh or, vam os ver um exem plo bem bás ico:

Um a cade ia de "junk food" (com ida lixo insaudável poluída fe ita com ... e s q uece) utiliza as s eguinte s core s em sua m arca e dem ais peças : VERM ELH O VIVO E AM ARELO . Até aq ui nada dem ais até cons iderarm os q ue o verm elh o é um a cor q uente e o am arelo tam bém , am bas dão a nós s ensação de agitação e fom e . Veja q ue ne sta rede , q uando entram os , q uerem os com er o m ais depre s sa pos s ível e q uando term inam os de com er s entim os um a nece s s idade q uas e q ue incontrolável de ir em bora (os m ais ligados já devem saber q ual é a rede citada).

* AUTO -PROPAGANDA: Se o trabalh o de m ark eting for bem fe ito, apenas o s ím bolo da logom arca s em os dizere s já vai e star cravado na m ente do "consum idor", com o por exem plo podem os citar a cruz católica ou a "suástica", q ue e rroneam ente dizem os q ue "H itler e Goebels" criaram . Na realidade ela é um s ím bolo da religião H INDU, q ue nada tem a ver com o nazism o ou coisa parecida.

M uito bem , já é h ora de trabalh arm os um pouco, porém ante s de pros s eguirm os , caso você não tenh a lido m eus artigos anteriore s e ou não tenh a experiência com o Gim p, sugiro fazer is so agora m e sm o ante s de continuar a le itura de ste docum ento.

Se o s eu caso for o citado acim a, por favor cliq ue no link fornecido abaixo:

* h ttp://vivaolinux.com .br/artigos/us erview .ph p?login=razgriz

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Tutorial

"Breifing"

M uito bem , vam os agora viver um a s ituação com um em um a agência.

Ao dpto de criação:

CLIENTE: Constantin Film sJOB N: 666STATUS: AUTORIZ ADO

Briefing

O e stúdio cinem atográfico "Constantin Film s" de s eja entrar no m ercado, para tanto nece s s ita q ue toda a sua program ação visual s eja confeccionada. Com o objetivo prelim inar o cliente solicitou q ue um a logo s eja confeccionada para reunião com o dpto de m ark eting a fim de definir e stratégia e aprovação do layout por parte do m e sm o.

Peças por h ora solicitadas :

01 Logom arca

Dead line : 1 dia útil.

Agora q ue já tem os o nos so Briefing fictício, podem os com eçar um ps eudo "brainstorm ".

O atendim ento não declarou as core s preferenciais , então podem os agir ao nos so contento.

A princípio isto pede um a ação m ais "convencional" envolvendo elem entos do cinem a, s endo q ue s e pode trabalh ar com liberdade com pleta, já q ue não h ouve solicitaçõe s extras ou pedidos e speciais no briefing. Dada a s ituação, ach o por bem inovar s em perder o conce ito já fornecido pelo cinem a em s i.

Com o isto não irá para cliente algum e ou gráfica, vam os criar algo de baixa re solução e tam anh o m edianam ente s im ples , com o 500 x 500.

Norm alm ente as logos são vetorizadas para perm itir m aior flexibilização, porém nada im pede q ue você crie com um editor de im agens , contanto q ue o tam anh o s eja grande (2800x2800 por exem plo) e e steja no form ato fonte (xcf), porém nada im pede q ue o arq uivo s eja am pliado caso você o faça em tam anh o m enor.

Eis aq ui o nos so exem plo de logom arca pronta.

No próxim o m ódulo:

Uso s evero dos softw are s m ais utilizados em um a agência, conce itos sobre criação e a "rich a" entre atendim ento e criação, além de e rros e acertos no q ue s ito e stratégia e pe s q uisa.

Espero q ue s e faça bom uso de ste docum ento.

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Tutorial

Se você q uer brincar de distorcer um a figura ou, até m elh or, um a foto de alguém , ou fazer um a caricatura, vá ao m enu, Filtro e utilize o filtro “Distorçõe s>Deform ação Interativa” .

Selecione a foto q ue q uis e r distorcer ou apenas parte dela e ative o filtro.

Um a caixa de interação aparecerá com um a im agem no lado e s q uerdo o preview , onde você atuará com o m ous e ou com a caneta digital distorcendo a foto s elecionada.

Es s e preview é pe q ueno e m uitas veze s fica m e io com plicado q uando q uerem os trabalh ar em regiõe s m enore s da im agem detalh ando. Espero q ue , futuram ente , os de s envolvedore s aprim orem is so fazendo com q ue e s sa caixa de interação apre s ente um a área de preview bem m aior.

Para e s s e prim e iro exem plo, usare i um de s enh o de um rosto bem com um , isto é: s em m uitas variaçõe s nas proporçõe s .

Distorçõe s e Caricaturas com filtro "Deform ação Interativa"Por M ozart Couto

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Abaixo você pode ver com o é a caixa do filtro Deform ação Interativa.

Em Configuraçõe s , ao e scolh er “m over” podem os em purrar, ou arrastar os pixels, distorcendo parte s da im agem . Aum entar cria um efe ito de “inch aço” enq uanto “encolh er” cria um efe ito contrário; redem oinh os h orário e anti-h orário giram , distorcendo a im agem . Para de sfazer q uais q uer deform açõe s us e “rem over” .Abaixo, em “Raio da deform ação” atuam os na área em q ue a deform ação abrangerá; Quando m aior o valor, m aior o raio de deform ação. Em “Quanto deform ar” atuam os na força da

distorção. Quanto m aior o valor, m ais intensa s e rá a distorção.Ao ativar a caixa “Bilinear” h á um a suavização

no re sultado das deform açõe s dos pixels . Em “Superam ostragem Adaptativa” aum enta-s e a q ualidade do “antialias ing” nas deform açõe s . Sem pre deve s e r utilizado para q ue a im agem não fiq ue com um aspecto de “detonada”pelas atuaçõe s do filtro em s eus pixels .“Profundidade m áxim a” é a profundidade em pixels do antialias ing.“Lim ite ” é o lim ite para aplicação do antialias ing. Experim ente com calm a para conh ecer bem o filtro. Abaixo, podem os confe -rir a m e sm a im agem do rosto do h om em , com s etas apontando os pontos onde foram utilizadas as ferram entas m over, aum entar, encolh er e rem over. q ualidade do “antialias ing” nas deform açõe s . Sem pre deve s e r utilizado para q ue a im agem não fiq ue com um aspecto de “detonada” pelas atuaçõe s do filtro em s eus pixels .“Profundidade m áxim a” é a profundidade em pixels do antialias ing.“Lim ite ” é o lim ite para aplicação do antialias ing.

Experim ente com calm a para conh ecer bem o filtro.

Abaixo, podem os conferir a m e sm a im agem do rosto do h om em , com s etas apontando os pontos onde foram utilizadas as ferram entas m over, aum entar, encolh er e Rem over.Abaixo, tem os o re sultado final, s em as s etas .

Tutorial

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Nesta página verem os efe itos de distorçõe s num rosto fem inino onde a atuação do filtro torna-s e um pouco m ais delicada s e q uis e rm os m anter a suavidade q ue , geralm ente, é um a característica da m ulh er.

A partir do de s enh o ao lado, num e stilo realista, partim os

para distorçõe s livre s .

Tutorial

Page 20: Revista GIMP Zine 001

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As s etas m ostram os pontos onde foram aplicadas as ferram entas

“m over”,“aum entar” e “Dim inuir”

Es sas distorçõe s podem variar a s eu gosto. Us e e abus e dos

efe itos .

Tutorial

Page 21: Revista GIMP Zine 001

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Diferente das distorçõe s aleatórias , nas caricaturas , é preciso deform ar determ inadas características do m odelo s em m udar-lh e as principais fe içõe s , aq uelas q ue o diferenciam de outras pe s soas . Para is so, é im portante com eçar obs e rvando bem e s sas características ...

Por exem plo: obs e rvam os o tam anh o e a form a do nariz; do q ue ixo; da boca; a distância entre os olh os; o form ato e dim ensõe s dos m e sm os e etc. E distorcem os as proporçõe s , geralm ente exagerando o q ue já é exagerado e dim inuim os m ais o q ue é pe q ueno. É im portante, principalm ente, detectar bem aq uilo q ue m ais caracteriza o m odelo e trabalh ar nis so.

Tutorial

Page 22: Revista GIMP Zine 001

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Para os iniciante s , talvez s eja intere s sante m arcar com s etas os

pontos “ch ave s ” característicos para aplicar as deform açõe s , com o vem os

na figura ao lado.

Tutorial

Page 23: Revista GIMP Zine 001

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Para nos sos exem plos ficarem m ais explícitos , de ixem os os de s enh os e pas s em os às m odificaçõe s em fotos . No prim e iro caso, foram fe itas poucas m udanças nas fe içõe s do cientista fam oso. Apenas foi exagerada a curvatura da sobrancelh a dire ita, um aum ento na região do lábio superior, no bigode , e um leve afinam ento nas parte s laterais do rosto. Aum entam os tam bém as form as de sua cabele ira tão característica.

Tutorial

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Seguindo as regras citadas anteriorm ente , além das distorçõe s caricaturais , s em afetar a beleza da m odelo, foram aplicados filtros de textura em toda a im agem e o filtro “Pintura a Óleo” ( M enu> Filtros> Artísticos).

A m e sm a técnica anterior foi utilizada aq ui, realçando o q ue o m odelo já tem de m ais realçado e dim inuindo outros pontos . Em s eguida, o m e sm o filtro “Pintura a Óleo” foi aplicado para dar um aspecto m ais artístico m enos “foto realista” à im agem final e tam bém para corrigir alguns pontos onde a distorção s em pre afeta os pixels .

Tutorial

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Nes sa últim a im agem , não só os efe itos “Deform ação interativa” foram aplicados , m as tam bém efe itos de “textura de tela”, “pintura a óleo”, e retoq ue s com as ferram entas “Convolver” e “Subexpos ição”, além de toq ue s com pincel de pintura.

Tutorial

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H all de Im agens

Banana TransgênicaAutor: Lucas Filh oGaleria: h ttp://w w w .ogim p.com .br/m odules/m yalbum /ph oto.ph p?lid=9 8

UplinkAutor: Gustavo VasconcelosGaleria: h ttp://w w w .ogim p.com .br/m odules/m yalbum /ph oto.ph p?lid=7

Praia2Autor: Adriana Rus soGaleria: h ttp://w w w .ogim p.com .br/m odules/m yalbum /ph oto.ph p?lid=76