Revista espirito livre_035_fevereiro2012
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Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 02
l icença
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 03
Editorial
Organi zar um evento não é tarefa fáci l .
Quem j á organi zou eventos, mesmo
pequenos e de expressão l ocal , sabe que
não é uma tarefa si mpl es. Organi zar o I
Fórum da Revi sta Espíri to Li vre foi mui to
grati fi cante, entretanto extremamente
trabal hoso. Ao fi nal senti aquel a sensação
de dever cumpri do, de mi ssão cumpri da.
Real mente al go mui to bom de senti r.
M as para quem não acompanhou as
notíci as do fi nal do ano de 2 01 1 , no fi nal do
mês de novembro, mai s preci samente no
di a 2 9/1 1 , a capi tal capi xaba, Vi tóri a,
recebeu a pri mei ra edi ção do Fórum da
Revi sta Espíri to Li vre. O evento foi um
sucesso e contou com a parti ci pação de
mui tos col aboradores da publ i cação, al ém é
cl aro, de vári os l ei tores que esti veram
presentes durante todo o di a, em busca de
conheci mento, i nformação de qual i dade, ou
para conhecer aquel es que fazem a Revi sta
Espíri to Li vre regul armente.
A pri nci pal moti vação para a real i zação
do fórum da Revi sta Espíri to Li vre surgi u da
necessi dade de encurtar as di stânci as entre
l ei tores e col aboradores, j á que a
publ i cação exi ste apenas como uma revi sta
di gi tal . Outra moti vação era a de l evantar
recursos para aj udar a sustentar a
produção da revi sta, al go extremamente
i mportante. Al ém di sso, a proposta era de,
ao fi nal do evento, serem reuni dos os
trabal hos apresentados durante todo o di a,
e compi l ados em uma edi ção especi al , com
a contri bui ção de textos dos pal estrantes e
parcei ros envol vi dos. Esta, portanto, a
pri mei ra de mui tas. Assi m espero.
J á estamos pl anej ando edi ções em
outras ci dades, na esperança de poder
ati ngi r um públ i co ai nda mai or de pessoas.
N as próxi mas pági nas você i rá conferi r
al guns dos pri nci pai s temas abordados
durante o evento ocorri do em Vi tóri a/ES.
Um forte abraço a todos!
João Fernando Costa Júnior
Editor
Diretor GeralJoão Fernando Costa Júnior
EditorJoão Fernando Costa Júnior
RevisãoVera Cavalcante e João Fernando Costa Júnior
Arte e DiagramaçãoHél io José S. Ferreira e João Fernando Costa Júnior
Jornalista ResponsávelLarissa Ventorim CostaES00867JP
CapaHél io José S. Ferreira
Colaboradores desta ediçãoAntônio Hermida, Cezar Taurion, Fernando Araújo, GeizaArdiçon, Gi lberto Sudré, Gustavo Freitas, Gustavo Pacheco,Hél io Ferreira, João Fernando Cosa Júnior, Ju l io Neves,Levany Rogge, Mi lton Simonetti , Ole Peter Smith, OscarMarques, Roney Medice e Wanessa Zavarese Sechim.
ContatoSite: http: //revista.espiritol ivre.orgEmai l : revista@espiritol ivre.orgTelefone: +55 27 8112-4903
ISSN Nº 2236031X
O conteúdo assinado e as imagens que o integram, são de inteira
responsabilidade de seus respectivos autores, não representando
necessariamente a opinião da Revista Espírito Livre e de seus responsáveis.
Todos os direitos sobre as imagens são reservados a seus respectivos
proprietários.
Uma mensagempara o leitor
12 PRODUÇÃO DE E-BOOKS COMSOFTWARE LIVRE • É possívelproduzir e-books de qual idadeprofissional usando somente softwarel ivre
por Antonio Hermida
15 O SOFTWARE OPEN SOURCECHEGOU PARA FICAR • Antes, umanovidade. Atualmente, consol idado,está presente na maioria das empresase já virou modelo de negócio
por Cezar Taurion
19 PORTAS ABERTAS • InclusãoSociodigital e metareciglagem,propiciam a criação de oportunidadespara o exercício da cidadania decentenas de pessoas
por Fernando Si lva de Araújo
21 PERÍCIA COMPUTACIONALFORENSE • O conhecimento tornou-seuma ferramenta de poder e vantagempara as corporações. É imperativo aproteção destes ativos do conhecimento
por Gilberto Sudré
23 A INTERNET E O MERCADO DETI • A popularização da internet tornouo mercado de TI muito competitivo. Paraobter o sucesso que se deseja nestaárea, é necessário qual ificar-se
por Gustavo Freitas
25 ALÉM DO HORIZONTE • Olhandopara o futuro a TDF quer colocar a suítede escritório LibreOffice na nuvem. Adiferença é que cada empresa poderácriar o sua própria solução
por Gustavo Pacheco
32 O COMANDO MAPFILE • O Bash4.0 trouxe muitas e boas novidades e ocomando mapfi le é uma delas. Mãos àobra para ver como e o que o Bashpode fazer por nós
por Júlio Cezar Neves
35 INFORMÁTICA EDUCACIONAL •Promoção do conhecimento einterdiscipl inaridade usando softwarel ivre. Educar com software l ivre épossível e dá muito prazer
por Levany Rogge
39 NOSSO MUNDO PODE SERMELHOR • O software l ivre pode seruma ferramenta bem interessante parapromover a igualdade e superarbarreiras entre as pessoas
por Milton Simonetti
45 O QUE É A LIBERDADE • Épreciso fortalecer o conhecimentohumano e não o conhecimentoparticular. Esta afirmativa inspira asquatro l iberdades do software l ivre
por Ole Peter Smith
50 DESENVOLVIMENTO MOBILECOM ANDROID • A plataforma Androidmantém-se como a mais usada nosdispositivos móveis. Desenvolver paraela é uma opção bem atraente
por Oscar Marques
56 AS CERTIFICAÇÕES EM TI • Semcertificação é bom, mas com ela émelhor. O mercado a cada dia torna-semais competitivo e o profissionalcertificado tem prioridade nele
por Roney Medice
58 O (BOM) USO DA TECNOLOGIANA EDUCAÇÃO • Como a Secretariade Educação de Vila Velha, ES, temconseguido sucesso no uso daTecnologia Educacional
por Geiza Ardiçon
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 04
sumário ⁄⁄edição especial
28 DESIGN EDITORIAL • O queparecia impossível está se tornandoreal idade: a quebra de paradigmas naárea de Design Editorial com o uso deferramentas l ivres
por Hélio Ferreira
09 I FÓRUM DA REVISTA ESPÍRITOLIVRE • Aberto mais um espaço paradiscussão de assuntos relevantesrelacionados a tecnologia e softwarel ivre
por João Fernando Costa Júnior
05 DEPOIMENTOS • Palestrantes edemais participantes apresentaramsuas opiniões e visões sobre o evento
por diversos autores
O evento foi um sucesso, uma parceria que iniciou o trajeto de uma grande história,certamente a Revista Espírito Livre junto com a Prefeitura Municipal de Vi la Velhaestarão consol idando uma grande marca de referência para nossa sociedade. Oevento traz inovação e interação com a comunidade de tecnologia presente no Brasi le no mundo, firmando uma expectativa a cada palestra ministrada. Sinto-me honradopor fazer parte deste grande sucesso. Muito importante poder contribuir com umfórum que trouxe ao publ ico participante palestrantes de prestigio e seriedade. Semdúvida um dos melhores eventos de tecnologia e Software Livre do nosso estado.
Fernando Silva de Araújo - Palestrante Prefeitura Municipal de Vila Velha - ES
A comunidade de Software Livre cresceu e amadureceu, assim como a revistaEspírito Livre. Já era a hora da interação dos colaboradores da revista com quem a lêpassasse das páginas para o mundo real e foi exatamente isto que aconteceu no 1ºFórum da Revista Espírito Livre. O evento foi um grande sucesso tanto de públ icocomo de assuntos lá discutidos. Ao final ficou claro que este foi só o primeiro demuitos outros pois os leitores da revista estão em várias partes do Brasi l . Parabéns aorganização pela qual idade.
Gilberto Sudré - Palestrante - ES
O maior prazer em fazer eventos de Software Livre é ver a plateia cheia deestudantes, professores, convidados, palestrantes, leigos, amigos e famíl ia . Mas temum prazer maior que é a sensação do dever (que não deixa de ser um grande prazer)cumprido. Comentei com o pessoal que trabalha aqui comigo sobre o I Fórum daRevista Espirito Livre, sobre a qual idade, a dedicação e o públ ico e tenho a certezaque todos ficaram fel izes pelos comentários e claro que no próximo alguém da ItaipuBinacional terá o prazer de participar do evento.
Marcos Siríaco - Palestrante Itaipu Binacional - PR
O I Fórum da revista Espirito Livre foi um evento de grande significância. Restaurouos debates sobre Software Livre, de modo aberto e maduro. Meus parabéns àorganização e espero ver e participar dos próximos em breve. Abraços!
Cezar Taurion - Palestrante IBM - RJ
Sobre o 1º Fórum da Revista Espírito Livre...
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 05
Na minha opinião, uma marca deste 1º Fórum da Revista Espírito Livre, foi que elese mostrou dinâmico e ági l . Todo evento tem os seus contratempos, não falo disso,falo da capacidade do Fórum em se adaptar às necessidades do públ ico presente.Palestras curtas e com temas variados, foi uma solução que gostei pois alcançou umpúbl ico maior. Foi muito bom ver o relato do uso, com sucesso, do Software Livre noensino públ ico. Não restam dúvidas que esta primeira experiência foi marcante edecisiva para futuras edições do Fórum.
Hélio José Santiago Ferreira, autor da palestra Design Editorial com ferramentas
livre – uma quebra de paradigmas - ES
Participar do I Fórum da Revista Espírito Livre foi muito satisfatório, pois tivemos aoportunidade de comparti lhar com todos os participantes as experiências daSecretaria de Educação Municipal de Vi la Velha, onde a informática educacional sevale dos softwares l ivres para o desenvolvimento dos projetos no ambiente escolar.Contamos com o Sistema Microkids, um excelente material de apoio aos professores ealunos desta rede de ensino, que busca promover a inclusão social e digital doseducandos. Foi-nos oportunizado mostrar alguns trabalhos desenvolvidos pelos alunose alunas desse Município, com exposições de maquetes que contemplam o sistemada robótica educacional propondo aprendizado sobre: Educação Ambiental e EducaçãoCultural sem ferir valores e atentando para o crescimento sustentável deste Município.
Os alunos de Vi la Velha podem estudar de forma multid iscipl inar e usar ocomputador como ferramenta de apoio ao seu processo de construção doconhecimento. Eles relatam que há empolgação, animação e mais disposição para oaprendizado cada vez que frequentam o laboratório de informática.
Os professores, pedagogos e instrutores são contemplados com oficinas eformações oferecidas, pelo Núcleo de Informática Educacional , motivando-os ao usodos softwares l ivres para fazerem uso desta ferramenta nas unidades de ensino ondetrabalham. Os professores que participaram das oficinas foram unânimes em afirmarque estas lhes foram de grande val ia abrindo horizontes para seu trabalho noambiente escolar.
Agradecemos à Revista Espírito Livre a oportunidade de parti lharmos nossasexperiências e motivar outros a fazerem uso do software l ivre na educação, pois éatravés da educação que construímos valores e mudamos paradigmas.
Levany Rogge - Coordenadora do Núcleo de Informática Educacional/SEMED- VV
Obrigado a todos os organizadores, parceiros e participantes pelo excelente espaçocolaborativo proporcionado pela 1.ª edição do Fórum da Revista Espírito Livre.Estamos com mais um evento de alta qual idade no calendário do Software Livre noBrasi l .
Gustavo Pacheco - Palestrante Prodesk - RS
Sobre o 1º Fórum da Revista Espírito Livre...
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 06
O I Fórum da Revista Espírito Livre contribuiu para nos conscientizar sobre auti l ização de softwares l ivres e sobre o potencial dos brasi leiros em desenvolversoftwares de qual idade e de código aberto. O evento proporcionou a troca deexperiência entre palestrantes e os estudantes e profissionais da área de informáticaque puderam comparecer. Parabéns aos real izadores e organizadores do evento!
Priscila Costa / Técnico em Programação Web, 4°modulo, Escola Gomes Cardim.
Dia 29/11/2011 ocorreu em Vitória, o primeiro Fórum da Revista Espírito Livre.Achei muito boas as palestras. Tinham palestras para todos os níveis: de Fi losofia eLiberdade, Mercado de Trabalho e mais especificas como por exemploDesenvolvimento para Android. O nível , o conhecimento e a experiência dospalestrantes foi excelente. Um exemplo claro disso foi a presença do Jul io Neves, umapessoa com uma experiência em TI de mais de 40 anos. Minha maior surpresa foi apresença de um representante de Itaipu, a maior Usina Hidrelétrica. Agradeço a JoãoFernando, por sua iniciativa e espero que eventos desse porte possam ser real izadosnovamente no Estado.
Jean Carlos Kenup Piumbini - Professor
Quanto ao evento, achei maravi lhoso, bem organizado, com uma variedade detemas por parte dos palestrantes e uma excelente escolha do local do evento, umlocal central e com estacionamento próprio. Isso fez muita diferença. Parabéns. Umasugestão que dou para as próximas edições é a transmissão via internet. Sei quetentaram e houveram problemas. Então é se preparar melhor, pois com atransmissão, podem ser feitas parceiras com universidades e ter o evento, viainternet, em várias local idades do Brasi l , ao mesmo tempo. Assim o alcance serámaior. Sei que não é fáci l , mas para quem organiza uma revista como a RevistaEspírito Livre, sei que é capaz e que conseguirá montar uma equipe em torno dessenovo projeto. Parabéns!
Gustavo Freitas - Palestrante - Linhares - ES
Sobre o 1º Fórum da Revista Espírito Livre...
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 07
É com grande prazer que parabenizo a Revista Espírito Livre pela real ização de umevento realmente voltado para Software Livre no Espírito Santo, com participação depessoas importantes de âmbito nacional deste seguimento, pois vieram palestrantesde vários estados como, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná, alémdos palestrantes locais, como Gi lberto Sudré. A participação dos meus alunos noevento provocou discussões sobre os assuntos durante toda semana. Pois todosficaram muito fel izes com os palestrantes e com os conteúdos apresentados. Umdeles até me falou que encontrou o tema para o TCC. Seria implantação do servidorde e-mai l EXPRESSO. Sem falar dos brindes que foram sorteados, incluindo passagenscom tudo pago para a Latinoware 2012.
Para mim o melhor de tudo foi a oportunidade de conversar com pessoasimportantes do mundo do Software Livre, pessoas essas que estão no mercado a maistrinta anos como Júl io Neves, ou estão trabalhando empresas de renome como CezarTaurion da IBM. Enfim, já estou ansioso pelo próximo evento em 2012.
Marcelo Elias - Professor do curso de redes do SESI/SENAI CIVIT e Consultor em TI,
Infraestrutura de Redes - Tecnólogo em Processamento de Dados.
As palestras sobre Linux foram inovadoras, quebrando o conceito de que porestarmos adaptados a um sistema falho temos que necessariamente usá-lo. OWindows deixou de ser a muito tempo um sistema seguro e inovador. A cada versãoas vulnerabi l idades continuam. Por ter seu código fechado pessoas do mundo inteironão podem colaborar para poder melhorá-lo. Nesse caso me resta usar o Linux poisposso confiar e o melhor é que não passarei mais "raiva" com meus trabalhosperdidos por uma tela azul ou congelada. Resta a sociedade entender que nemsempre o que usamos é inovador, e também abrir os olhos para as novasperspectivas, pois o o Linux tem a capacidade de oferecer todo o conteúdo que senecessita e ainda um pouco mais. Muitas empresas perderam "seus sistemas" por nãose adequarem as novas tecnologias, e também por não abrir mão do código. Aspalestras foram essenciais e muito bem apl icadas e dirig idas, pois resta agora mantera curiosidade e seguir cada vez mais evoluindo com o Linux.
Aleir José de Souza Júnior / Técnico em Programação Web, 4°modulo, Escola Gomes Cardim.
Sobre o 1º Fórum da Revista Espírito Livre...
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 08
Em novembro de 2011, a
capital capixaba, Vitória, foi
palco da primeira edição do
Fórum da Revista Espírito Li-
vre. Organizado em tempo re-
corde, o evento que teve 17
palestras ao longo de todo o
dia, abriu mais um espaço de
discussão para assuntos per-
tinentes como o Software Li-
vre, mercado de trabalho,
tecnologia, Internet, entre ou-
tros.
Esta primeira edição do Fó-
rum da Revista Espírito Livre
ocorreu no dia 29 de novem-
bro de 2011, de 08h00 às
22h00, nas dependências da
FAESA - Campus I , em Vitó-
ria/ES. O evento teve suas
inscrições abertas ao públ ico
de forma gratuita e feitas an-
tecipadamente, através do si-
te oficia l do evento.
Entretanto outras tantas ins-
crições ainda foram feitas no
credenciamento do evento,
logo na chegada. O evento
teve mais de quatrocentas
inscrições efetivadas e distri -
buídas entre participantes
que passaram várias horas
trocando experiências,
aprendendo, comparti lhando
e respirando assuntos l iga-
dos a tecnologia.
O espaço cedido pela FAE-
SA nos atendeu perfeitamen-
te, bem como toda a infra
II FFóórruumm ddaa RReevviissttaaEEssppíírriittoo LLiivvrreepor João Fernando Costa Júnior
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 09
apresentaçãoGustavo Pacheco, durante sua palestra sobre oLibreOffice
estrutura disponível . Dois au-
ditórios foram uti l izados ao
longo do evento. A Itaipu Bi-
nacional e a Prefeitura Munici-
pal de Vi la Velha apoiaram
ativamente ao evento, envi-
ando palestrantes e fornecen-
do suporte para que tudo
ocorresse da melhor manei-
ra. A Prefeitura de Vitória
bem como o SERPRO
também acreditaram no
evento.
Foi um dia bastante produ-
tivo e que identificou novas
possibi l idades. A real ização
do evento abriu oportunida-
des para alunos que al i esta-
vam, ampl iando seus
horizontes. Palestrantes de di-
versas partes do Brasi l e do
mundo comparti lharam com
os presentes, suas experiênci-
as, seu saber.
E este foi o primeiro de ou-
tros tantos! O projeto do
evento foi desenhado para
que ocorra em diversas cida-
des, de forma itinerante,
adaptando-se a real idade lo-
cal . Já está em fase de plane-
jamento o segundo fórum
que acontecerá dia 29 de
maio de 2012. Outras duas
edições já estão sendo pensa-
das ainda para 2012: uma
edição em setembro e outra
em novembro. A dinâmica do
evento também faci l i ta, já
que a proposta visa apresen-
tar palestras menores, abrin-
do espaço para vários
palestrantes, com temáticas
e focos distintos, possibi l i tan-
do atingir uma gama ainda
maior de participantes.
Por dar abertura a um pú-
bl ico tão amplo, o públ ico-al-
vo do evento é formado por
universitários, professores,
pesquisadores e estudantes
das mais diversas áreas,
bem como por empresários,
profissionais e técnicos do
setor, diretores, técnicos da
área governamental , pesso-
as da comunidade de
Software Livre, movimentos
sociais, gestores públ icos, re-
presentantes de organiza-
ções não governamentais,
órgãos municipais, estadu-
ais e federais e pessoas inte-
ressadas na área de
informática/computação,
educação e comunicação.
O Fórum da Revista Espíri -
to Livre tem, portanto, como
objetivos reunir a comunida-
de estadual e nacional inte-
ressada em
desenvolvimento, apl icação
de software l ivre e de código
aberto, tecnologia e Internet.
Dessa maneira, visa compar-
ti lhar experiências e conheci-
mento, de modo a estimular
o uso crescente dos softwa-
res l ivres, tecnologias e pa-
drões abertos, o
aprimoramento de tecnologi-
as, a difusão da fi losofia de
comparti lhamento e criação
colaborativa e coletiva. Além
disso, objetiva-se também
estreitar a comunicação en-
tre colaboradores e leitores
da Revista Espírito Livre, per-
mitindo que se crie um es-
paço bastante proveitoso de
debates e discussão. A publ i -
cação é construída através
da colaboração no envio de
materiais disponíveis em
Creative Commons por pes-
soas de todo o Brasi l e do
mundo, e por isso o evento
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 10
apresentação
Evento atraiu entusiatas e simpatizantes do GNU/Linux
espera criar um espaço onde
ambos - leitores e colabora-
dores, possam se conhecer,
trocar experiências, apren-
der e desenvolverem-se jun-
tos.
Tivemos inúmeros sorteios
de l ivros, canecas, entre ou-
tros brindes, ao longo do in-
tervalo das várias palestras.
Ao término do evento foram
sorteadas duas viagens para
Foz do Iguaçu/PR, para a pró-
xima edição da Latinoware,
evento que ocorre na respec-
tiva cidade paranaense. Cor-
tesia da Itaipu Binacional ,
uma das apoiadoras do
evento.
Ao final do evento o mate-
ria l dos palestrantes que es-
tiverem dispostos a ceder o
conteúdo para publ icação é
reunido e editado numa edi-
ção especial da Revista Espí-
rito Livre. O que você está
lendo é o resultado da pri-
meira edição do fórum.
Você que não participou
da primeira edição, não per-
ca a chance de estar nas
próximas edições. O evento
é gratuito, mas as vagas são
l imitadas.
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 11
apresentação
Hélio S. Ferreira, um dos palestrantes presentes no evento e um dos atuais
diagramadores da Revista Espírito Livre
João Fernando C. Júnior (ao centro) responsável pela Revista Espírito Livre e
organizador do evento, juntamente com os ganhadores das passagens para Foz
do Iguaçu/PR
JOÃO FERNANDO COSTA JÚNIOR é
professor universitário, especialis-
ta em Informática na Educação e
mestrando em Educação. Editor-
chefe e responsável pela Revista
Espírito Livre, membro da The
Document Foundation, Comunidade
LibreOffice e ALTA.
Depois de correr para
a rodoviária (depois
de duas horas de pro-
va), pegar o guichê fechan-
do, entrar no último ônibus
e acordar em Vitória, chegar
ao campus foi meu primeiro
alívio. A chuva atrasou um
pouco o evento e, bem, mi-
nha ideia era apresentar os
softwares, o método de con-
versão e conversar um pou-
co com o públ ico. A verdade
é: eu estava um caco.
O públ ico não fugiu com a
chuva, pelo contrário, apare-
ceu em bom número e, ape-
sar de estar um pouco
nervoso com o atraso (por
conta de meu horário de
voo) ocasionado por ela,
acho que a coisa toda fluiu
bem, começando pela orga-
nização. O João, mesmo na
correria e tensão de corren-
tes de uma estreia desse
cal ibre para sua (nossa) re-
vista, conseguiu dar conta
de tudo, acomodar a todos
e, o mais difíci l , me enviar
ao aeroporto a tempo (o
que foi miraculoso, por si
só).
Da palestra, posso dizer
que, apesar do meu nervo-
Produção de e-books noformato epubQuando se juntam LibreOfficeWriter e sua extensãoWriter2epub,
com o Sigil, o Calibre, o Lucidor e uma boa dose de criatividade, o
resultado são e-books de qualidade.
por Antonio Hermida
e-book
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 12
O autor durante sua palestra no 1º Fórum da RevistaEspírito Livre
sismo natural relacionado a
microfones, meu cansaço e
aquele frio na barriga que
sempre aparece quando es-
tou de frente para mais de
20 pessoas, não fui mal .
Por não ter ideia de qual se-
ria o meu públ ico, optei por,
em vez de slides de apre-
sentação, fazer uma de-
monstração prática de
como o processo de editora-
ção de um e-book se dá, fa-
lar sobre as barreiras que
ainda existem quando o ter-
mo "software l ivre" aparece
e de como o Sigil, tem su-
prido necessidades editori -
a is de todo tipo e tamanho
de editora. Após uma breve
apresentação do formato
(suas pecul iaridades, estru-
tura, capacidades e proje-
ções de futuros previsíveis,
tanto no projetor, como no
Nook) , aproveitei o fato de
estar falando para jovens
estudantes e ressaltar a au-
sência de mão de obra nes-
se mercado em franca
expansão, do tipo profissio-
nal que está sendo requisi -
tado (e é escasso), e a
partir daí, entrei nos softwa-
res na medida em que os
processos iam decorrendo
para, no fim, responder a al-
gumas perguntas.
Como eu disse, saí de
uma prova, corri para a ro-
doviária, passei a noite ao
lado de um senhor que al-
ternava entre roncos e seu
mp3 player (que tocava o
mesmo disco do Roberto
Carlos no repeat) . . . aí, taxi ,
chuva e alguns contratem-
O Calibre pretende ser uma solução de e-biblioteca completa. Com ele, além de
gerenciar as coleções de e-books, pode-se fazer a conversão de vários
formatos diferentes para os formatos de e-book, LRF e EPUB. Para tal, basta
apertar um botão na sua interface gráfica. Encontramos o Calibre para as
plataformas GNU/Linux, OS X e Windows.
Muito parecido com os tradicionais editores de texto, o Sigil é um editor de e-
books. Com ele é possível a criação de arquivos no formato epub. Outros
recursos deste software livre: completa compatibilidade com as especificações
EPUB; recurso que permite visualizar o livro, o código ou os dois juntos;
suporte a edição WYSIWYG; recurso para importar TXT, HTML e arquivos epub;
suporte a SVG e vários outros.
e-book
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 13
Existem inúmeras ferramentas de qualidade e que podem ser utilizadas
profissionalmente na produção de obras digitais.
Hermida, no seu dia a dia faz uso regular das ferramentas apresentdas em sua
palestra.
e-book
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 14
pos. Apresentei a "palestra"
e corri para o aeroporto (ti -
nha que fazer outra prova
no dia). Bem, o porquê de
eu estar citando essa jorna-
da (que mais parece um fi l -
me qualquer com Chevy
Chase) é o fato de que mi-
nha única queixa foi não ter
podido continuar no evento
até seu encerramento. Pelos
feedbacks que l i ao longo
do dia seguinte, pelas pes-
soas com quem travei con-
tato e pela organização e
préstimo que presenciei , du-
vido muito que não tenha-
mos outra edição ainda
maior no ano que vem e, se
eu não for palestrar, certa-
mente quero assistir.
ANTÔNIO FABIANO HERMIDA: Ex
assistente editorial da editora
Zahar (www.zahar.com.br),
responsável pelo departamento de
e-books e novas mídias. Atual
gerente de produção para livros
digitais, Simplíssimo Livros
(www.simplissimo.com.br).
O tema Open Source,há alguns anosatrás, era um dos te-
mas mais quentes no mun-do da TI . Eventos e maiseventos ocorriam sobre o te-ma. Participei de dezenas eaté mesmo escrevi , em2004, um l ivro abordando oassunto. Tive a satisfaçãode colaborar com diversosprojetos de TCC de muitosalunos. Mas hoje, já não es-tá mais entre os temas maisdebatidos. Há anos que nãovejo um simples TCC abor-dando Open Source. . .E a ex-pl icação é simples: Open
Source já está assimi lado eem uso em praticamente to-
das as empresas e portantojá é paisagem. Basta verum simples número: o diretó-rio Sourceforge, um dos mai-ores repositórios de projetosde software Open Source
tem mais de 324.000 proje-tos e mais de 4,5 mi lhõesde downloads por dia. Al-guns softwares e projetosOpen Source como Linux,Apache e Eclipse já são lu-gar comum.
Como fui convidado paraparticipar do 1º Fórum da
Revista Espirito Livre, de-dicado ao Open Source,achei que seria interessanterevisitar o tema escrevendoum post mostrando como es-
tá o Open Source hoje e oque se espera para os próxi-mos anos.
É indiscutível a presençae influência do Open Source
na industria de software. Éinevitável sua entrada emqualquer empresa. O custode entrada é zero: bastaacessar um repositório e fa-zer um download. Mi lharesde softwares estão a umsimples cl ique de distânciade qualquer um. Não é deespantar que em muitasempresas existem muitossoftwares Open Source vo-ando abaixo da tela do ra-dar dos CIOs. Portanto,ignorar Open Source não é
OOpen Source já fazparte da paisagemO software Open Source chegou para ficar. Depois de ser só uma
novidade, amadureceu, buscou a excelência em qualidade, e já é
um modelo de negócio.
por Cezar Taurion
open source
Espírito Livre Especial · Março/2012 15
uma boa estratégia. É me-lhor e mais seguro desenharuma política para sua ado-ção.
Observei , ao longo destesanos, que os debates acirra-dos no início do movimentoOpen Source, onde os aspec-tos ideológicos falavammais alto, e que se imagina-va que o mundo seria Open
Source por simples decre-tos, estão muito mais racio-nais hoje em dia. A maioriados profissionais sabe queOpen Source não é softwarede domínio públ ico, mas simdepende de regras legaisbem definidas. Existem simregras de l icenciamento ecopyright envolvidos. Algu-mas, como a GPL, definemregras bem claras de recipro-cidade, onde todo e qual-quer software derivado deum software baseado emGPL também deve ser l icen-ciado sob GPL. A l icençaGPL impede que um projetoOpen Source seja apropria-do por alguma empresa e setorne um software comerci-al .
Marcas, patentes ecopyrightsOs aspectos legais que en-volvem Open Source não po-dem ser ignorados. Porexemplo, a marca registradaou trade mark. Existem vári-os casos concretos de usode trade mark em Open
Source. Um deles é o Linux,cuja marca pertence a LinusTorvalds. A Apache Software
Foundation define claramen-
te como e quando umsoftware pode ser considera-do um projeto Apache. Naprática, a l icença Apache
permite que um software de-rivado de um projeto Apa-
che seja comercial izado,mas esta comercial izaçãonão pode ser feita sob o no-me Apache. Um outro exem-plo é o Android, projetoOpen Source criado inicia l -mente pelo Google. Qual-quer um pode adaptá-lo,customizá-lo e redistribui-lo.Como a concorrência nomercado de equipamentosmóveis é extremamente acir-rada, a possibi l idade de sur-girem versões Android
muito diferentes entre si e,pior, incompatíveis, é muitogrande. Assim, para garantira compatibi l idade entre ascentenas de smartphones eoutros dispositivos queusam este sistema, o Goo-gle criou um mecanismo detrade mark que permite queo software seja comercial iza-do sob a marca Android ape-nas se estiver aderente aum documento chamado An-
droid Compatibility Definiti-
on Document (CDD) epassar por testes do Com-
patibility Test Suite (CTS).Copyrights e patentes fo-
ram outras discussões queforam muito quentes há al-guns anos atrás. Copyright
protege a propriedade inte-lectual como expressão deuma ideia, não a ideia emsi . As l icenças Open Source
expressam copyright emseu bojo. Por exemplo, a l i -cença Apache 2.0 diz clara-mente: "Grant of Copyright
Licence. Subject to the
terms and conditions of this
licence, each contributor
hereby grants to you a per-
petual, worldwide, nonex-
clusive, no-charge, royalty
-free, irrevocable copyright
licence to reproduce, prepa-
re derivative works of, publi-
cly display, publicly
perform, sublicence, and
distribute the work and such
derivative works in source
or object form" . Portanto,existe copyright sim, mas asregras do l icenciamentoobrigam o proprietário da
"Mesmo para os softwares
Open Source, existem regras
de licenciamento e copyright
envolvidos"
open source
Espírito Livre Especial · Março/201 2 16
propriedade intelectual (PI )a cedê-la, para poder ser l i -cenciada como Apache. Des-ta forma ninguém se tornadono da PI .Patentes já embutem pro-
teção a invenções que po-dem ser ideias, produtos ouprocessos. As l icenças Open
Source também embutemregras claras quanto às pa-tentes. Se novamente voltar-mos atenção à Apache 2.0
veremos que ela também ex-pl icita como cuidar das pa-tentes, garantindo que elasse tornem royalty-free paraqualquer um que as use. Omesmo acontece com a l i -cença da comunidade Eclip-
se, a Eclipse Public Licence
(EPL). A questão das paten-tes ainda é uma questão emaberto. Como os softwaressão produtos cada vez maiscomplexos, a possibi l idadede intercessões entre códi-gos Open Source e códigosfechados é grande e volta emeia vemos alguns l itígiospipocando por aí. Para miti -gar estes efeitos, foram cria-das inciativas como o Patent
Commons Project, criado pe-la Linux Foundation
_http://va.mu/TkP2. Tambémvimos a própria Google ad-quirindo a Motorola Mobi l i typara se apossar de mais de25.000 patentes e agora emagosto de 2011 comprando1.023 patentes da IBM paraproteger o sistema Android
de eventuais guerras de pa-tentes. Al iás, a IBM em 2005cedeu 500 de suas patentesà comunidade Open Source,
exatamente para evitar al-guns possíveis confl i tos comoutros sistemas fechados.Mas, a opção de algum
desenvolvedor ou empresade colocar seu software sobas regras Open Source é so-berana. Ele o faz por algu-ma motivação, seja elatangível ou intangível . Aeterna discussão dos mode-los de negócio, ou seja, co-mo ganhar dinheiro comOpen Source vem à tona. Al-gumas empresas descobri-ram, com oamadurecimento do merca-do, que uma alternativa quetem se tornada bastante co-mum é a chamada opção dedual l icencing, onde osoftware Open Source conti-nua distribuído l ivremente,mas ao mesmo tempo co-mercial iza versões mais so-fisticadas, estas sobl icenças tipicamente comer-cia is. O usuário paga ape-nas pelas funcional idadesadicionais e paga porque re-conhece valor nelas. Na prá-tica vimos que aumentou aconscientização que os mo-delos comerciais e Open
Source não são antagôni-cos, mas podem conviverem sinergia.
Eficiência e custoAprendemos outras coisasao longo destes anos. Ima-ginava-se que os softwaresOpen Source gerassem ine-rentemente códigos maiseficientes que os fechados.Todos podiam ler o códigofonte e fazer aval iações ecorreções. Na prática ascomparações foram feitas,muitas vezes de forma emo-cional , comparando-sesoftwares de comunidadesengajadas e com liderançasfirmes como Linux e Apa-
che, com produtos comerci-ais que apresentavammuitos defeitos como o Win-dows e o Explorer. Mas, aolongo dos anos verificou-seque existem muitos softwa-res fechados de altíssimaqual idade, desenvolvidospor métodos altamente so-fisticados envolvendo inten-sos testes de quality
assurance. Hoje sabe-seque um projeto Open Sour-
ce é de alta qual idade se for
"Os softwares Open Source não
geram inerentemente códigos
mais eficientes que os
fechados"
open source
Espírito Livre Especial · Março/201 2 17
bem gerenciado e tiver umacomunidade altamente en-gajada. O mesmo acontececom softwares comerciais.Se forem bem gerenciados edesenvolvidos por processosque enfatizem a qual idade,seu código será de alto ní-vel .
Aprendemos também quenem sempre um softwareOpen Source é sempre maisbarato que um software co-mercial . No auge inicia l dosdebates, de forma simpl ista,comparava-se apenas o cus-to de aquisição de produtos,o que inevitavelmente leva-va a um software distribuídogratuitamente a ser vence-dor em qualquer compara-ção. Mas com o correr dotempo e amadurecimentodo mercado observou-seque deveríamos compararTCO (Total Cost of Ow-
nership ou Custo Total dePropriedade) e neste caso,algumas vezes os softwaresOpen Source não eram osmais baratos.
Não existe almoço grátisMas a maior l ição que apren-demos foi que não devemosmisturar ideologia comOpen Source. As decisõestecnológicas devem ser ba-seadas em fundamentos só-l idos que maximizem ovalor e a eficiência para osnegócios e os órgãos públ i -cos. Um questionamentoque sempre me preocupoufoi que Open Source seriaeticamente mais saudávelque softwares comerciais.
Não concordo com esta vi-são. Na verdade, Open Sour-
ce é um modelo dedesenvolvimento colaborati -vo, que permite criar novosmodelos de negócio, algunsdos quais que podem dispen-sar vendas de l icença e su-portar o negócio baseadosexclusivamente em vendasde serviços como suporte eeducação. Outros modelosbaseiam-se em dual licen-
cing e outros em vendas in-diretas, como o modelofreemium , que cede algoem troca de vendas de ou-tros produtos como propa-ganda. No fim do dia nãoexiste almoço grátis.
A conclusão? Open Sour-
ce chegou para ficar. Faz par-te da industria de software eestá permeada por todas as
empresas. Muitos dos negó-cios inovadores da Internetsão baseados em Open
Source como Google e Face-book por exemplo. Assim,não existe mais espaço paraguerras ideológicas, maspara definirmos cenáriosonde os modelos Open
Source e comerciais convi-vam em sinergia.
open source
Espírito Livre Especial · Março/2012 18
Segundo Cezar Taurion, o Open Source chegou para ficar.
CEZAR TAURION: Gerente de Novas
Tecnologias Aplicadas / Technical
Evangelist da IBM Brasil.
Profissional e estudioso de
Tecnologia da Informação desde
fins da década de 70. Autor de
diversos livros sobre Open
Source/Software Livre.
PPOORRTTAASS AABBEERRTTAASS
por Fernando Silva de Araújo
inclusão digital
Espírito Livre Especial · Março/2012 19
Inclusão Sociodigital e a meta reciclagem, proporcionam a criação de
oportunidades para que um sem número de brasileiros passem a
exercer o direito básico da cidadania.
m plena era do conhecimento e informação, ações de Inclusão
Digital representam um canal privi legiado para criação de
oportunidades, preparação para o mercado de trabalho e finalmente
para geração de renda e exercício da cidadania. Compare a
possibi l idade de um trabalhador permanecer empregado com
conhecimentos digitais e outro sem estes conhecimentos, ou ainda a
possibi l idade de um jovem conseguir seu primeiro emprego tendo
passado pela inclusão digital e outro sendo um excluído digital .
Inclusão Digital e Social não deve ser considerada apenas como a
disponibi l ização de acessos à Internet e consequente instrução básica
para acesso à tecnologia, mas sim promover a inovação, iniciação
digital e profissional nos mais diversos conteúdos de conhecimento
com acesso orientado e gratuito.
www.s
xc.hu
Os resíduos eletrônicos
ocupam o posto mais alto
entre a categoria de detritos
com o maior crescimento do
mundo. O Brasi l também
contribui para o l ixo tecnoló-
gico. A estimativa é de que
mais um milhão de computa-
dores é jogado fora anual-
mente. Mas pouca gente
sabe o que fazer com o que
ficou obsoleto. Deixar guar-
dado? Vender ou dar de en-
trada em um equipamento
novo? Doar ou simplesmen-
te jogar fora?
Nos l ixões uma parte é re-
aproveitada, mas outra,
composta de substâncias pe-
rigosas, como metais pesa-
dos (mercúrio, chumbo,
cádmio e cromo) e gases
que provocam o efeito estu-
fa, vão ser descartadas na
natureza, contaminando ter-
ra, água e ar.
Computadores fora de
uso devem ser doados. Des-
tine o equipamento antigo
para quem possa uti l izá-lo
ou para instituições sociais
que trabalhem com Inclusão
Digital . O que se tornou inú-
ti l para você pode fazer dife-
rença para mi lhões de
pessoas.
A meta reciclagem nada
mas é do que a reapropria-
ção de tecnologia objetivan-
do a transformação social .
Esse conceito abrange diver-
sas formas de ação: da cap-
tação de computadores
usados e montagem de labo-
ratórios reciclados usando
software l ivre, até a criação
de ambientes de circulação
da informação através da in-
ternet.
A partir de uma parceria
com a Escola Aberta, trouxe
os alunos para dentro do es-
paço, onde estão aperfeiço-
ando os conhecimentos e
reciclando peças e computa-
dores que são doados a ou-
tras instituições ou estão à
venda no Bazar Digital . São
monitores, mouses, HD’s, te-
clados e diversas outras pe-
ças.
Fernando Silva de Araújo durante sua descontraída palestra no 1º Fórum da
Revista Espírito Livre
inclusão digital
Espírito Livre Especial · Março/2012 20
FERNANDO SILVA DE ARAÚJO:
Coordenador de Educação
Profissional e instrutor de
informática da Prefeitura Municipal
de Vila Velha nos Programas Escola
Aberta e Mais Educação da UMEF
Alger Ribeiro Bossois.
PPEERRÍÍCCIIAACCOOMMPPUUTTAACCIIOONNAALL FFOORREENNSSEEpor Gilberto Sudré
perícia forense
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 21
A sociedade está presenciando um
acirramento na competição científica e
econômica. Atualmente o conhecimento
tornou-se uma grande ferramenta de poder e
uma vantagem competitiva para as
corporações. O valor dos ativos das empresas
está sendo transferido dos recursos materiais
para o capital intelectual . Assim, da mesma
maneira que precisamos proteger os ativos
físicos, existe a necessidade de proteção para
os ativos do conhecimento, na maioria das
vezes armazenados em meios digitais.
Com o valor estratégico emonetário sendo transferidopara os ativos digitais, esta-mos acompanhando um realcrescimento de um outro ti -po de crime. Agora não maiscontra os ativos materiaismas sim contra os ativosimateriais ou digitais. Se hácrime precisamos de ferra-mentas para investigar e pu-nir seus causadores.
Os del itos digitais normal-mente são real izados contraos computadores, seus peri-féricos, as redes de comuni-cação e os apl icativos. Estescrimes podem ser classifica-dos de acordo com o tipo deviolação como por exemploo uso do equipamento ou in-formação, à propriedade, àsegurança e à disponibi l ida-de. Alguns destes crimes po-dem ser encontrados nonosso dia a dia como a pira-taria (programas de compu-tador, l ivros, fi lmes emúsicas), uso indevido deimagens pessoais, a fraudeeletrônica (senhas, acesso eestel ionato), o vírus de com-putador, o furto de dados euso indevido de marcas. Ati -tudes que causam muitosprejuízos e transtornos as vi-timas.
Uma ideia equivocadaque ainda é muito comum éque a legislação hoje dispo-nível não pode ser apl icadaa estes crimes digitais. Nemsempre. É verdade que preci-samos de um aprimoramen-to e novas leis para omundo virtual mas diversosdel itos digitais cometidos po-
dem ser enquadrados na le-gislação hoje vigente comoa calúnia, a difamação, aameaça, a pedofi l ia , a viola-ção de direitos autorais, aFalsidade ideológica e mui-tos outros.
Qual a dificuldade então?No mundo virtual as evidên-cias são muito mais voláteise relativas o que torna bas-tante complexa a ação dereunir as provas necessári-as, com val idade jurídica, pa-ra tipificação do crime.
Esta é uma das funçõesdo perito forense. Um profis-sional capacitado para reu-nir provas que respondam aperguntas relacionadas aosuposto crime como porexemplo: Quem cometeu epor que? O quê e onde foi re-al izado? Quando e como?
Um fato fundamental éque as provas sejam coleta-das de forma profissional eimpessoal , sem deixar, em hi-pótese alguma, que elemen-tos subjetivos influenciem noparecer profissional . Uma pro-
va pericia l mal feita acarretaa impossibi l idade de ser uti l i -zada como embasamento natomada de decisões, ou seja,uma prova legal obtida porderivação de uma prova i le-gal , a torna também ilegal .
A tecnologia, principal-mente a Internet, trouxe me-lhorias enormes para osnegócios, mas também criouum novo terreno para os cri-minosos. Devido a isto serácada vez mais necessário otrabalho do Perito/Investiga-dor Forense Computacional .Como já era de se esperar,as técnicas de anál ise e in-vestigação evoluem a cadadia mas a sofisticação doscrimes também.
"Uma das funções do perito
forense é reunir provas que
respondam as diversas
perguntas relacionadas ao
suposto crime"
perícia forense
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 22
GILBERTO SUDRÉ: Professor,
consultor e pesquisador da área
de Segurança da Informação,
privacidade e infraestrutura de
redes. Comentarista de Tecnologia
da Rádio CBN. Articulista do Jornal
A Gazeta, Revista ES Brasil, entre
outros.
Aárea de Tecnologia da
Informação (TI) evo-
luiu muito nos últi -
mos anos. Ela não é mais
um mundo dividido em
software ou hardware e sim
um universo com "n" especi-
al idades que se multipl icam
numa velocidade espantosa,
principalmente com a popu-
larização da internet.
O Brasi l já é o 5º país
com mais usuários de inter-
net no mundo (3,6% do to-
tal ) , mesmo tendo apenas
37% de sua população com
acesso a rede mundial de
computadores. Com essa po-
pularização mundial da inter-
net, várias tecnologias
surgiram e estão mudando
o mercado de TI , entre elas
destaco:
- Computação móvel
- E-commerce
- Conceito de Web 2.0
- Blogs
- Wikis
- Redes sociais
- Ferramentas colaborati -
vas
Diante dessas novas tec-
nologias e das mudanças
ocorridas no setor de TI , a
pergunta é "Você está quali-
ficado a trabalhar com TI?" .
A resposta do mercado é
não e que faltam profissio-
Mudanças no mercado de TIcom a popularização da internet
Poucas áreas evoluem de maneira tão rápida quanto a de
Tecnologia da Informação. Novas tecnologias surgem quase que
diariamente. Diante de mudanças tão profundas será que estamos
mesmo qualificados para trabalhar com TI?
por Gustavo Freitas
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 23
mercado de trabalho
nais qual ificados para traba-
lhar com TI no Brasi l .
Alguns estudos estimam
em mais de 100 mil vagas
abertas a espera de um pro-
fissional de TI qual ificado pa-
ra o novo mercado de
trabalho.
Mas por que tantas vagas
em aberto? Por que tanta fal-
ta de mão de obra qual ifica-
da?
A baixa procura por cur-
sos de tecnologia, a tendên-
cia em se procurar cursos
superiores da área de Huma-
nas e a alta taxa de evasão
(82%) são alguns motivos
que podemos destacar.
O primeiro passo é quali-ficar-se
As vagas estão disponí-
veis, então procure qual ifi -
car-se. As opções são várias:
curso técnico, tecnólogo, gra-
duação, pós-graduação, certi -
ficação e cursos específicos.
Com qual ificação, você po-
de preencher uma das vagas
em aberto, ou melhor, pode
escolher em qual empresa
pretende trabalhar.
ConclusãoAs oportunidades não são
para todos! Elas são para os
que estão preparados!
Pense nisso, mas não fi-
que muito tempo pensando,
já que a necessidade do se-
tor é urgente.
Gustavo Freitas apresenta sua palestra durante o 1º Fórum da Revista Espírito
Livre. Enfatiza que, se queremos atuar no mercado de TI, devemos estar bem
preparados e qualificados
mercado de trabalho
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 24
GUSTAVO ANDRÉ DE FREITAS:
Problogger, consultor para criação,
desenvolvimento e monetização de
sites e blogs. Bacharel em Sistemas
de Informação, pós graduado em
Planejamento educacional e
docência do ensino superior e
professor universitário.
Olhos para o futuro:aTDFe o LibreOffice Online
Depois de firmar posição como a principal solução para edição de
documentos no formato OpenDocument com o LibreOffice, a TDF
mira agora nas aplicações em nuvem.
por Gustavo Pacheco
Espírito Livre Especial · Fevereiro/201 2 25
l ibreoffice
Após pouco mais de um ano de atividades da The Document
Foundation (TDF) , já é possível mensurar os avanços estratégicos e
técnicos que foram desenvolvidos sobre o LibreOffice. A maior parte desse
avanço diz respeito à incorporação de novos recursos ao pacote de
aplicativos. Nesse período, o LibreOffice [1] evoluiu para uma aplicação mais
rápida e funcional, resultado, principalmente, das mudanças na estrutura
de desenvolvimento do projeto, através da aceleração das contribuições e
da expansão da base de desenvolvedores.
Hoje, o LibreOffice constitui -
se como a principal solução
de edição de documentos
no formato OpenDocument.
Não apenas se considera-
mos o uso tradicional da apl i -
cação, instalada sobre um
sistema operacional local
mas, também, se aval iar-
mos o enorme potencial da
API do LibreOffice. Essa API
permite adicionar, a qual-
quer desenvolvimento, o po-
der das funções das
apl icações e a flexibi l idade
de um padrão aberto de ar-
mazenamento de dados.
Omundo realTomemos como modelo o de-
senvolvimento de sistemas
corporativos. Um exemplo
do mundo real é o que fize-
mos na Corag (Companhia
Rio-grandense de Artes Grá-
ficas) . A Corag é a empresa
que recebe e publ ica todos
documentos oficia is do Rio
Grande do Sul no Diário Ofi-
cia l do Estado. Quando inici -
amos o projeto, o
recebimento das publ ica-
ções era real izado, há quase
uma década, no formato
RTF. Estava claro que, de-
pois de tantos anos, uma
mudança efetiva nesse fluxo
de trabalho já era considera-
da necessária e desejada.
Foi iniciado, então, o de-
senvolvimento do sistema
S-DocNet [2], onde o LibreOf-
fice exerce um papel funda-
mental . Através da interface
web do S-DocNet, os arqui-
vos são recebidos pelo siste-
ma desenvolvido em PHP e
enviados automaticamente
para o LibreOffice. O LibreOf-
fice verifica se todos os crité-
rios de formatação do
documento estão corretos e
imediatamente devolve es-
sa informação para o S-Doc-
Net. Caso o documento não
esteja em conformidade,
uma mensagem é exibida
no navegador do usuário
com essa informação. Se o
documento está correto, o Li-
breOffice gera um arquivo
XML da publ icação que é in-
corporado automaticamente
ao sistema de confecção do
Diário Oficia l , a lém de infor-
mações de saída para que o
S-DocNet calcule o valor a
ser pago pela publ icação. O
resultado dessa etapa foi
uma melhoria significativa
em aspectos fundamentais
do serviço prestado pela
companhia: rapidez na con-
fecção do jornal , exatidão
nas contabi l izações de cus-
tos e padronização da im-
pressão. Este é um exemplo
básico de que a uti l ização
do LibreOffice vai muito
além do uso comum.
LibreOffice na nuvemVamos imaginar, então, um
cenário onde todo esse po-
der computacional seja inte-
grado aos conceitos do
momento: apl icações em
nuvem e mobi l idade.
Google e Microsoft estão
investindo no conceito há
algum tempo. Agora, é ne-
cessária uma alternativa l i -
vre e suficientemente
madura para o mercado. A
maioria das organizações,
sejam elas públ icas ou pri-
vadas, deseja ampl iar sua
Em palestra no 1º Fórum da Revista Espírito Livre, Gustavo Pacheco fala sobre
a importância do LibreOffice para a manipulação de documentos no formato
Open Document
Espírito Livre Especial · Fevereiro/201 2 26
l ibreoffice
disponibi l idade através da
nuvem. No, entanto, a dis-
cussão sobre que tipo de im-
plementação recai ,
invariavelmente, no debate
sobre quem terá acesso às
informações e como isso
acontecerá. A TDF preenche-
rá essa lacuna com o Libre-
Office Online, permitindo
não apenas que as organiza-
ções construam a sua pró-
pria solução em nuvem
mas, também, disponibi l izan-
do um código auditável para
isso.
No aspecto técnico, o Li-
breOffice Online é baseado
na tecnologia de renderiza-
ção no navegador que foi de-
senvolvida com a GTK+ 3.2.
Ou seja, não é uma tecnolo-
gia que está vinculada unica-
mente ao LibreOffice, mas
sim um recurso que pode
ser adicionado a qualquer
apl icativo que uti l ize a
GTK+ e que seja compi lado
adequadamente para uti l i -
zar o backend Broadway [3].
Esse trabalho, desenvolvido
por Alex Larsson durante o
ano de 2011, vem tendo
avanços significativos nos últi -
mos meses. Os últimos testes
que fizemos com a GTK+ em
desenvolvimento permitem
renderizar aplicações em
qualquer navegador. Antes,
essa possibil idade restringia-
se ao Mozil la Firefox. Já no la-
do do LibreOffice, Michael Me-
eks fez o desenvolvimento da
adaptação do código ao uso
do backend Broadway [4]. O
código, ampl iado e modifica-
do, foi incorporado ao códi-
go principal do LibreOffice
em meados do mês de no-
vembro.
As novidades são ótimas,
todavia, há um longo cami-
nho pela frente. A versão
3.5.0, prevista para feverei-
ro de 2012, trará apenas
um protótipo do LibreOffice
Onl ine. Há muito trabalho a
ser feito, especialmente nos
aspectos de autenticação,
armazenamento de dados,
reconhecimento de disposi-
tivos e impressão. Minha ex-
pectativa particular é
continuar trabalhando nos
testes do LibreOffice Onl ine
até o final do ano. Pretendo
que a continuidade desse
trabalho resulte em docu-
mentação úti l para o desen-
volvimento do projeto e,
naturalmente, na ampl iação
do trabalho que venho de-
senvolvendo com as Exten-
sões do LibreOffice.
[1] http://va.mu/TkmL
[2] http://va.mu/TkmM
[3] http://va.mu/Auz
[4] http://va.mu/TkmN
Espírito Livre Especial · Fevereiro/201 2 27
l ibreoffice
Gustavo Pacheco salienta que o LibreOffice constitui-se como a principal
solução de edição de documentos no formato OpenDocument
GUSTAVO BUZZATTI PACHECO: É
diretor da ProDesk Consultoria e
Treinamento. Foi coordenador
adjunto da Associação
SoftwareLivre.Org na gestão 2006-
2008 e é membro da The Document
Foundation.
DDeessiiggnn EEddiittoorriiaallccoomm ffeerrrraammeennttaass lliivvrreess::uummaa qquueebbrraa ddee ppaarraaddiiggmmaasspor Hélio José Santiago Ferreira
design editorial
Espírito Livre Especial · Fevereiro/201 2 28
esign Editorial é uma especial idade do Design Gráfico
que engloba todo tipo de publ icação. Um catálogo,
uma revista, l ivro ou jornal , são exemplos de publ icações que
precisam de um projeto gráfico. Uma publ icação, qualquer que
seja ela, atinge o públ ico leitor através do seu design, que
procura harmonizar layout, cor, hierarquia de informação, etc.
Assim, diagramar ou fazer o layout de uma página, não é
somente agrupar textos e imagens. É preciso técnica,
conhecimento, talento, sentimento, dedicação e o domínio de
ferramentas para edição. E é justamente sobre essas ferramentas
que falaremos mais adiante.
No Design Editoria l destaca-mos três áreas principais:-Design de Livros: A históriado l ivro se confunde com ahistória da humanidade. Aimportância deste veículona transmissão do conheci-mento é reconhecido por to-dos. O Design Gráfico foidefinido a partir do Designde Livros.-Design de Revistas: Uma re-vista é um periódico, pois éeditada com o mesmo título,mas com conteúdo diferenteem intervalos regulares detempo. As revistas são umdos dois principais gruposde periódicos. Um bom pro-jeto gráfico faz toda a dife-rença para o sucesso deuma revista. O design deuma revista deve ser dinâmi-co, não pode ser monótono,deve despertar a curiosida-de do leitor em querer des-cobrir o que virá na próximapágina.-Design de Jornais: O jornalé o exemplo mais conheci-do de um periódico. Umbom projeto gráfico de umjornal deve contemplar faci l i -dade de leitura e um layoutpouco complexo. Um jornalvai ser l ido no mesmo dia,de forma rápida, então deveser de fáci l leitura. Ao con-trário das revistas, que nor-malmente são mensais, osjornais são – em sua maioria– diários e a equipe de dia-gramação sofre uma pres-são maior.
Por sua vez, um paradig-ma, é um modelo, um pa-drão. Muitas vezes um
paradigma é aceito por to-dos sem contestação, sim-plesmente é aceito comoverdade e pronto. No casodo Design Editoria l temosum pouco disso, principal-mente quando o assunto es-tá relacionado a programasde computador. Usam-se de-terminados softwares poranos a fio, e mentes tão cria-tivas, muitas vezes, não sedão ao trabalho de parar pa-ra peguntar se não haveriaoutra solução. Se nãohaveria outro programa quefizesse o mesmo trabalho,que fosse mais barato, maisfáci l de usar, l ivre, bom,interessante, que fosse "aminha cara" ou fosse "feitopra mim". Usam-se determi-
nados softwares e pronto, éo que importa.
Para mentes criativas einquietas, que queiram ex-perimentar coisas novas,que não se conformam, quebuscam algo novo e vibran-te, há boas notícias: exis-tem no mercado desoftwares para design gráfi -co, outras opções, foraaquelas que o mercado im-põe. Fogem ao padrão poisnão estão l igadas a nenhu-ma empresa. São softwaresde qual idade, profissionais,l ivres e gratuitos. GIMP,INKSCAPE e SCRIBUS, opçãode qual idade para profissio-nais exigentes.
Hélio Ferreira apresenta sua palestra sobre Design Editorial com
ferramentas livres durante o 1º Fórum da Revista Espírito Livre, em
Vitória, ES. Mentes criativas e inquietas não podem se deixar levar
pelos paradigmas impostos, muitas vezes, pela indústria de software.
design editorial
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 29
INKSCAPEO Inkscape é uma ferramen-ta de desenho vetorial , decódigo aberto, usada paracriar e editar gráficos SVG.Quem usa o Inkscape, tem àsua disposição uma interfa-ce WYSIWYG (What You See
Is What You Get) , intuitiva esimples, mas sem ser espar-tana.
Com o Inkscape é possí-vel manipular diretamente ocódigo fonte SVG, assim,qualquer pessoa pode saberse o código está de acordocom os padrões determina-dos pelo W3C. O projetoInkscape está em plena ativi -dade, e periodicamente élançada uma nova versão es-tável . Atualmente a versãoestável disponível é a 0.48.
Assim como outros progra-mas de desenho vetorial , oInkscape oferece a possibi l i -dade de criar formas bási-cas (el ipses, retângulos,estrelas, polígonos e espi-rais) além de permitir a pos-sibi l idade de transformar emanipular essas formas bási-cas.
Com o Inkscape, tambémé possível manipular objetoscom mais precisão, ajustan-do nós e curvas. Essas fun-ções são indispensáveis emsoftwares de desenho vetori-a l e permite ao artista criarcom muito mais l iberdade.O Inkscape possui um editorde XML onde é possível mo-dificar as propriedades dosobjetos.
Com o Inkscape, tambémé possível trabalhar com tex-
tos e imagens bitmap, o for-mato padrão é o PNG. O usode fi l tros e extensões, permi-te uma série de efeitos quepodem ser apl icados tantoem imagens como em tex-tos.
Todas essas característi -cas fazem do Inkscape umsoftware extremamente flexí-vel e de uso profissional . Asua estrita conformidadecom os padrões W3C permi-te a portabi l idade de ima-gens para muitas apl icaçõese plataformas.
GIMPGIMP significa: GNU Image
Manipulation Program , ouno bom português: Progra-ma de Manipulação de Ima-gens GNU. O GIMP fazexatamente o que seu nomediz, manipula imagens. As-sim, ao contrário do Inksca-pe, o GIMP é específico paratrabalhar com mapas debits. Com ele é perfeitamen-te possível editar fotos e cri-ar gráficos profissionaispara a web. Artistas digitais
de várias partes do mundotem usado o GIMP para criarverdadeiras obras primas.
Com o GIMP é possível re-al izar desde trabalhos pro-fissionais de arte digital , atéum simples trabalho de es-cola. Pode ser usado por fo-tógrafos profissionais, mastambém pode ser usado emcasa para pequenas corre-ções em fotografias. Sua in-terface, com três janelas,pode causar um certo incô-modo no início, mas a adap-tação não é difíci l . Naverdade, a curva de apren-dizado do GIMP não é acen-tuada.
O GIMP é um software l i -vre, escrito e mantido porvoluntários e é distribuídosem custo. Mas, neste caso,não vale o comentário: "seé de graça não presta", mui-to pelo contrário, a qual ida-de dos gráficos geradospelo GIMP o coloca em péde igualdade com os maisconhecidos softwares pro-prietários para edição deimagem.
Logotipo do Inkscape Wilber é o mascote do GIMP
design editorial
Espírito Livre Especial · Fevereiro/201 2 30
O GIMP surgiu como umprojeto de dois estudantesde Ciência da Computação,Spencer Kimball e Peter Mat-
tis, em 1995. Em pouco tem-po ele já tinha se tornadoum programa para ediçãode imagens bem popular. Ho-je, o GIMP conta com desen-volvedores e colaboradoresespalhados por todo o mun-do, sendo um exemplo mar-cante de que é possívelfazer software de qual idadede maneira colaborativa.
Atualmente o GIMP é usa-do por um sem número depessoas ao redor do mundo.Uma característica que fazdo GIMP um software bemconhecido, é que, além dasua qual idade, existem ver-sões do software para Linux,Windows, Mac OS X, dentreoutras.
SCRIBUSO Scribus é um software l i -vre para criar layout de pági-nas. Aqui podemos entendero termo "layout de páginas"como diagramar. Assim, emoutras palavras, o Scribus éum software l ivre que é usa-do para diagramação. Essepoderoso programa surgiupequeno e simples em2001, e de forma rápidacresceu e se tornou uma op-ção profissional para o de-sign editoria l .
O Scribus é multiplatafor-ma, existem versões para Li-nux, Mac OS X e Windows.
Com uma interface amigá-vel e intuitiva, o Scribus éuma ferramenta val iosa pa-
ra todos aqueles que bus-cam um software queentende a l inguagem da in-dústria gráfica e é capaz degerar arquivos extremamen-te confiáveis. Por isso o Scri-bus oferece suporte aoespaço de cor CMYK, permi-te gerenciamento de cores egera arquivos PDF de modofáci l e rápido.
O formato de arquivo doScribus é aberto e baseadoem XML. Isso significa quearquivos gerados no Scribuspodem ser abertos em umsimples editor de texto. Semdúvida uma vantagem sobreos arquivos proprietários,que precisam de um softwa-re específico para serem li -dos.
Sendo traduzido para 25idiomas, o Scribus dá mos-tras da sua importância e pe-netração no mercado desoftwares gráficos. Com eleé possível criar folhetos, ca-
tálogos, cartões de visita, l i -vros, revistas, jornais eboletins informativos, ou to-do e qualquer tipo de docu-mento com os quais sepode comunicar.
__ www.inkscape.org
__ www.gimp.org
__ www.scribus.net
O Scribus possui uma versão estável e outra instável. Acima vemos o "splash"
da versão instável
design editorial
Espírito Livre Especial · Fevereiro/201 2 31
HÉLIO S. FERREIRA: Engenheiro
por formação. Atua como
consultor em Software Livre,
ministrando cursos e palestras.
Como designer colabora nas
revistas Espírito Livre e Segurança
Digital. Membro da The Document
Foundation.
por Júlio Cezar Neves
OOccoommaannddoommaappffiillee
bash
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 32
Por ser ainda desconhecido da maioria dos programadores, vou mostrar para os leito-
res da revista Espírito Livre uma das novidades (e foram muitas) que surgiram com o
Bash 4.0. A partir dessa versão foi incorporado o comando intrínseco (builtin) mapfile,
cuja final idade é ler l inhas da entrada primária (stdin) para dentro de um vetor indexado,
sem loop ou substituição de comando. Sua sintaxe é a seguinte:
mapfile [OPCS] [VETOR]
Onde os dados recebidos irão para o vetor VETOR. Caso ele não seja especificado, a
variável do sistema, MAPFILE, se incumbirá de receber esses dados.
As principais opções OPCS, são:
- EPA! Isso deve ser muito rápido!
- E é. Faça os testes e comprove! Veja só como ele funciona:
Ju l io Neves fala ao
públ ico presente no
1º Fórm da Revista
Espírito Livre
Obteríamos resultado idêntico se fizéssemos:
Porém isso seria mais lento porque a substituição de comando é executada em um
subshell. Uma outra forma de fazer isso que logo vem à cabeça é ler o arquivo com a
opção -a do comando read . Vamos ver como seria o comportamento disso:
Como deu para perceber, foi l ido somente o primeiro registro de frutas porque este
formato de read , precisa receber todos os dados que serão l idos para o vetor vet . Paraconsertar isso poderíamos fazer:
Mas aí a performance será pior até do que a anterior, pois também usa substituição de
comandos e ainda por cima usa a instrução cat que não é builtin .
Vejamos como funcionam as suas principais opções (na próxima imagem).
Os comentários deste exemplo, já o tornam autoexpl icativo, exceto os últimos que
prefiro expl icar a parte, mas veja que em ambos usei - c 1 para especificar que a ação
descrita na opção -C seria executada a cada l inha do arquivo frutas (uma a uma).
bash
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 33
No exemplo em que ele exibe os índices do vetor para onde o arquivo frutas foi
carregado, devemos notar 2 coisas:
-Não foi especificado vetor, então a variável MAPFILE por padrão (default) assumiu esta
função;
-O índice sempre inserido automaticamente ao fim da linha;
No último exemplo simulamos uma barra de progresso rústica na qual cada l inha l ida
geraria um ponto ( . ) na tela. Para tal mandamos imprimir um ponto ( . ) e um jogo da velha
(#) . Esse último para tornar tudo a partir dal i como um comentário, desta forma não
aparecendo os índices que são automaticamente inseridos no final .
Para você entender melhor isso, execute o fragmento de código a seguir, que irá simular
uma barra de progresso, escrevendo um ponto para cada 10 l inhas l idas ( -c 10) :
$ printf ' %s\n' 1. . 150 |
> mapfile -c 10 -C ' printf . \# a partir daqui é comentário'
O jogo da velha (#) tem de ser protegido, para que o
Shell não "pense" que você está comentando a l inha
corrente. Protegendo-o, sua interpretação será feita
somente em tempo de execução do printf .
bash
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 34
JULIO CEZAR NEVES: Atua junto à
Diretoria do SERPRO e é professor
universitário. Analista de Suporte
de Sistemas desde 1969 e
trabalhando com Unix desde 1980.
Autor de "Programação Shell –
Linux" e do recém lançado
"Bombando o Shell".
Informática Educacional:promovendo a construção doconhecimento e interdisciplinaridadecom uso de software livre
No Brasil que dá certo, professoras e professores da rede
pública de ensino deVilaVelha, Espírito Santo, mostram que é
possível (e prazeroso) educar usando somente softwares livres.
por Levany Rogge
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 35
educação
Levany Rogge fala comentusiasmo sobre o sucesso
do uso de softwares l ivresnas escolas públ icas de
Vi la Velha, ES.
Segundo Tajra (2002), o com-
putador é definido dentro do
ambiente escolar como uma
ferramenta pedagógica ca-
paz de potenciar a aprendiza-
gem de campos conceituais
nas diferentes áreas de co-
nhecimento, de introduzir ele-
mentos contemporâneos na
qual ificação profissional e de
modernização da gestão es-
colar.
Para Valente (2002) a infor-
mática contribui como um re-
curso auxi l iar no processo de
ensino e aprendizagem, no
qual o foco é o aluno. O
enfoque da informática edu-
cativa não é o computador
como objeto de estudo, mas
como meio para adquirir co-
nhecimentos.
Tecnologia Educacional asatisfação em realizarA tecnologia educacional de-
ve ser uti l izada como um re-
curso, uma ferramenta para
a construção de conhecimen-
to. Só assim, ela cumprirá
sua verdadeira função no es-
paço escolar.
Deve promover a inclusão
social e digital . Inclusão digi-
tal não pode ser considerada
apenas o acesso ao computa-
dor ou às redes sociais, a in-
clusão digital envolve a
inclusão social . O acesso às
tecnologias pode ser conside-
rada inclusão digital a partir
do momento em que o usuá-
rio percebe esse instrumento
como um al iado na solução
dos seus problemas e conse-
gue usá-lo para benefício pró-
prio e do próximo.
NaTecnologia Educacio-nal
-Os Temas Transversais va-
lorizam a participação do alu-
no;
-O computador como recur-
so interdisciplinar e gerador
de possibi l idades e permis-
sões eficientes que interfe-
rem no processo
ensino-aprendizagem, esti-
mulando o desenvolvimento
cognitivo, afetivo e psicomo-
tor do educando como agen-
te construtor de seu
conhecimento;
-As atividades são lúdicas,
contextual izadas e organiza-
das estimulando a investiga-
ção, a comunicação e o
espírito criativo.
Material Didático de Qua-lidadeMaterial didático de qual ida-
de é essencial para qual ificar
o trabalho com as tecnologi-
as educacionais. Pensando
nisso a Secretaria de Educa-
ção de Vila Velha, no ano de
2011 implantou o Sistema Mi-
crokids, proporcionando um
eixo norteador para o uso do
computador com ferramenta
no processo ensino e apren-
dizagem.
A exemplo de outros Pro-
gramas já conhecidos, a che-
gada do Sistema Microkids
em nossos laboratórios pro-
duziu um avanço para a rede
de ensino municipal de Vi la
Velha. Com sua implantação
em nosso município, o surgi-
mento dessa nova ferramen-
ta veio para suprir uma forte
carência de material didáti -
co, especialmente no que se
refere ao uso dos recursos
tecnológicos integrados ao
ensino de diversas discipl i -
nas, tendo o computador co-
mo ferramenta de apoio na
construção do conhecimento
sugerido nos Parâmetros
Curriculares Nacionais
(PCNs) , uma vez que, o ma-
teria l propõe a interdiscipl i -
naridade, voltado para a
função social da escola, ten-
do como objetivo potencial i -
zar o aprendizado e a
educação
Uma visão do laboratório de informática em escola pública de Vila Velha, ES.O município vem usando, com sucesso, somente software livre nas atividadeseducacionais.
Espírito Livre Especial · Fevereiro/201 2 36
inclusão digital .
O material Microkids con-
templa a base dos descrito-
res das competências que se
espera do aluno, evidencia-
dos no processo ensino e
aprendizagem, e proporciona
suporte para o trabalho dos
professores, oferecendo aos
educadores, formação e su-
porte pedagógico aumentan-
do o índice de interesse e
envolvimento de alunos e
professores.
Proposta da InformáticaEducacional emVilaVelha com o SistemaMicrokids e uso dosoftware Livre
-Viabilizar a integração cur-
ricular;
-Habilitar para exercício de
autonomia;
-Estimular a pesquisa e a
prática investigativa;
-Compartilhar saberes;
-Integrar pais / alunos /
professores / equipe técnica/
comunidade escolar / socie-
dade;
-Reconhecer e valorizar a
identidade cultural das re-
giões e instituições de ensi-
no.
Avanços no ano de 2011Durante o segundo semestre
de 2011, foi possível perce-
ber a importância do efetivo
uso do laboratório de informá-
tica no processo ensino e
aprendizagem. O material di -
dático de qual idade proporci-
onou trabalhos de qual idade
e envolvimento de professo-
res e alunos com as ferra-
mentas tecnológicas.
Em resposta ao uso do ma-
teria l tecnológico Microkids,
pudemos participar do 1º Fó-
rum da Revista Espírito Livre
mostrando alguns trabalhos
desenvolvidos pelos alunos e
alunas desse município, com
exposições de maquetes que
contemplam o sistema da ro-
bótica educacional propondo
aprendizado sobre: Educação
Ambiental e Educação Cultu-
ral sem ferir valores e aten-
tando para o crescimento
sustentável do município de
Vi la Velha.
Os alunos puderam estu-
dar de forma multid iscipl inar
e usar o computador como
ferramenta de apoio ao seu
processo de construção do
conhecimento. Segundo rela-
tos, há empolgação, anima-
ção e mais disposição para o
aprendizado cada vez que fre-
quentam o laboratório de in-
formática.
As oficinas e formações
oferecidas aos professores
pedagogos e instrutores mo-
tivaram ainda mais o uso
desta ferramenta nas unida-
des de ensino onde traba-
lham. Os professores que
participaram das oficinas fo-
ram unânimes em afirmar
que estas lhes foram de
grande val ia abrindo horizon-
tes para seu trabalho no am-
biente escolar.
Diante de tantos relatos
positivos, é nosso propósito
para o ano de 2012, despon-
tar Vi la Velha como referên-
cia nacional no uso das
tecnologias educacionais,
com softwares l ivres, como
ferramenta de apoio ao pro-
cesso ensino e aprendiza-
gem, proporcionando aos
alunos e alunas deste Muni-
educação
A junção de um sistema de tecnologia educacional eficiente, com acompetência e dedicação de professores, resulta em um ensino de qualidade.
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 37
cípio o uso destas tecnologi-
as estimulando a construção
do conhecimento, promoven-
do o desenvolvimento do es-
pírito empreendedor e sua
inclusão digital e social .
Como é possível usar oSoftware Livre na escola?1. Quebrar barreiras e para-
digmas;
2 . Capacitação e formação
continuada;
3. Oficina para profissionais
da educação;
4. Motivação.
Abaixo são mostrados al-
guns trabalhos de alunos da
rede públ ica do município
de Vi la Velha. A atividade
consistia em se fazer uma
releitura de obras de pinto-
res famosos. Os alunos usa-
ram o software para pintura
KolourPaint.
educação
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 38
LEVANY ROGGE: Pedagoga com
especialização em Gestão Escolar
e também em Informática na
Educação.Atualmente coordena o
Núcleo de Informática Educacional
de Secretararia de Educação de
Vila Velha.
Reza a lenda e tam-bém a teoria de quea espécie humana sur-
giu na terra há mais de400.000 anos atrás, organi-zados em sociedade num pe-ríodo chamado PALEOLÍTICOou idade da pedra lascada.Esse período vem dos pri-meiros HOMUS ERECTUS atécerca de 12.000 anos atrás,quando já éramos HOMUSSAPIENS. A produção dos pri-meiros artefatos em pedralascada é estimada em maisde 2 milhões de anos atrás.As populações eram nôma-des e uti l izavam instrumen-
tos toscos vindos de ossos,madeiras e pedras lascadas.Aprenderam a dominar o fo-go e a uti l izar a comunica-ção através da l inguagemhá uns 500.000 anos. O fo-go e a fala foram dois impor-tantes marcos tecnológicosna evolução humana.A partir de 12.000 anos
atrás os grupos humanosaprenderam a cultivar a ter-ra, iniciando o período neolí-tico (idade da pedra pol ida)e fixando-se em agrupamen-tos, até alcançarem estágioonde desenvolveram a escri-ta, quando então é conside-
rado o fim dessa era (pedrapol ida) e o início da história,pois há registros documen-tados de fatos, costumes,confl i tos, cerimônias rel ig io-sas dentre outros. Principiaaí a idade dos metais - hácerca de seis mi l anos atrás.Aprenderam a domesticaranimais e também a arma-zenar excedentes. Inventa-ram a roda, considerada amaior invenção tecnológicada humanidade por algunsautores. Surge o Estado,sua organização, estruturae poder. O local onde presu-me-se teve origem a roda, a
SSooffttwwaarree lliivvrree ppaarraa uummmmuunnddoo mmeellhhoorrpor Milton Simonetti
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 39
filosofia
Em sua palestra Mi lton Simonetti fala sobrecomo o software l ivre pode contribuir paramelhorar o mundo
agricultura e a escrita foi on-de se encontra o atual Ira-que, entre os rios Tigre eEufrates, com os Sumérios.Mas descobertas recentesmostram que havia escritasna China há cerca de 6.000anos atras, e a agriculturaera praticada tambem nasAméricas.Interessante que as inven-
ções e descobertas tecnoló-gicas eram apl icadas euti l izadas por todos os inte-ressados, e tem-se registrosde restrições legais para ouso de técnicas e inventos apartir dos séculos XI I e XI I I ,sendo considerada a primei-ra patente propriamente di-ta - que garantiaexclusividade de uso a seuproprietario - al í pelo séculoXV. Nessa época Gutenbergchega a uma máquina quepermite a impressão de vári-as cópias de um mesmo as-sunto - estava criada aimprensa!Na l inha da evolução tec-
nológica, outra conquista im-portante foi odesenvolvimento dos moto-res a vapor, que vieramsubstituir a força humana eanimal pelas máquinas: in-dústria, transporte, agricultu-ra, todos os ramos deprodução se beneficiaramde tal evolução. Em fins doséculo XIX chega a vez dosmotores a explosão, que fa-ci l i tam ainda mais a execu-ção de tarefas que exigemesforço físico. Também evo-luem nesse período os co-nhecimentos sobre
eletricidade, desenvolven-do-se formas de usar a ele-tricidade e oeletromagnetismo em tras-portes, motores e comunica-ções. Curiosamente valelembrar que um cidadão ba-rasi leiro, Pe. Landel l de Mou-ra, desenvolveu e patenteouum modelo de telégrafosem fio, em 1904! Mas nãohouve recursos para explo-rar o invento. . .Ainda como fontes de
energia cabe dizer que o sé-culo XX viu nascer uma no-va forma de energiadominada pelo ser humano:a energia nuclear!Entretanto, se a evolução
tecnológica trouxe à humani-dade novos recursos de pro-dução de riquezas, lazer,tratamento de doenças, tro-ca de informações, para ci-tar algumas conquistas,também trouxe a apl icaçãode tecnologias e conheci-mentos em equipamentos
bél icos, contribuindo paraespalhar a dor, destruição emorte entre as civi l izações.Mas a guerra não é uma
particularidade do ser hu-mano. Estudos recentes (Ja-ne Goodal l ) sobre ocomportamento dos prima-tas, notadamente chimpan-zés, mostram que elesreal izam ações bel icosastanto externamente, em de-fesa do seu território, suaal imentação e seu grupo so-cia l quanto internamente,dentro do próprio grupo, pa-ra prevalecer sobre as fê-meas e demais machos. Nahistória da humanidade aguerra sempre esteve pre-sente, para dominar, sub-meter, defender, usurpar - esempre foi responsável pormorte e destruição, uti l izan-do todos os recursos tecno-lógicos disponíveis para tal .Na segunda guerra mundial ,por exemplo, os EstadosUnidos experimentaram os
"A evolução tecnológica trouxe
produção de riquezas, lazer,
tratamento de doenças, troca
de informações. Mas também
trouxe o aprimoramento da
industria bélica, contribuindo
para espalhar a dor, destruição
e morte"
filosofia
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 40
efeitos da bomba atômicasobre a cidade de Hiroshimae tres dias depois outra so-bre a cidade de Nagasaki !Não eram alvos mi l i tares,mas a população civi l ! Hojeestima-se que tenham morri-do, contando os mortos pe-las bombas e aqueles quemorreram em consequênciada radiação, 300 mil pesso-as! Sem contar as cidades emonumentos que foram des-truídas com bombas co-muns tais como Dresden, naAlemanha, e o Mosteiro deSão Bento, em Monte Cassi-no, na Itál ia . Mesmo após aguerra, e durante algunsanos, uma jornal ista soviéti -ca relata que praticamentetodas as mulheres de Berl inforam estupradas! Estima-se que mais de 240 mil mu-lheres moreram nesse perío-do por não conseguirsuportar o fato!Devemos então pergun-
tar: civi l ização condiz comguerra ? Ou a guerra é umato de barbárie? Mas ape-sar das guerras, o século XXtambém trouxe muita tecno-logia e muitas conquistas pa-ra melhorar as condições devida da humanidade: no con-forto, no lazer, no combatea doenças. . .Um desses avanços que
se destacam é o computa-dor. Máquinas formidáveisdesenvolvidas comercial -mente após o fim da I I guer-ra, elas uti l izam uma partefísica, elétrica, e uma partelógica, chamada programa-ção. Ou como preferem ou-
tros, hardware e software.Provavelmente se essas má-quinas houvessem sido de-senvolvidas no início domilênio passado (século X),não teríamos necessidadede lutar pelo software l ivre,pois ainda não haviam restri -ções ao uso de recursos de-senvolvidos. . .Retomando o tema do
software, para que as máqui-nas maravi lhosas - chama-das computador - operem énecessário o software, a pro-gramação que contém os se-gredos das tarefas a seremexecutadas. Dividir, somar,substituir, mudar de lugar,simples assim, mas que rea-l izadas mi lhões de vezes porsegundo alteram uma ima-gem, reproduzem um fi lme,estabelecem um canal coma Internet. Como construirtais máquinas e como mon-tar um programa que permi-ta real izar tal função - eis atarefa crucial para se alcan-
çar os resultados pretendi-dos. Esse conhecimento(como construir tais máqui-nas e como montar tais pro-gramas) é propriedade deempresas, que muitas dasvezes - mas nem sempre, énecessário que se diga, enão somente para informáti-ca - escondem os processose produtos atrás de paten-tes, que lhes permitem co-mercial izar comexclusividade um e outroproduto.Por volta de 1960 o pes-
quisador Fritz Machlup apre-sentou um estudo ondemostra a importância da in-formação na economia, ten-do-se creditado a ele acriação da expressão "So-ciedade da Informação".Nesse aspecto o professorMarcos Cavalcanti , do CRIE-COPPE/UFRJ , a lerta que nomundo em que vivemos, alógica que prevalece é a ló-gica do conhecimento, que
filosofia
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 41
exige muito mais coraçãoque força, muito mais cola-boração que segregação(transcrição minha). Cita co-mo exemplo o sequencia-mento do genoma humano,obra coletiva de milhares depesquisadores espalhadosao redor do mundo (ProjetoGenoma).
E software, elemento-cha-ve na operação de geringon-ças tecnológicas do mundoatual , também precisa sermontado colaborativamen-te, proporcionando maiorese melhores resultados paraa humanidade. Essa corren-te inicou-se com RichardStalmann por volta de 1983,quando a necessidade mos-trou que o código fechadonão lhe permitia resolverproblemas simples com umaimpressora. Ele então criouo movimento do software l i -vre, procurando coletivamen-te desenvolver soluções queaprimorassem e modernizas-sem as técnicas existentes.
Software Livre NÃO ésoftware grátis: a l iberdadevem de quatro princípios bá-sicos que devem ser atendi-dos para alcançar talclassificação: a l iberdade deexecutar o programa, a l iber-dade de estudar e melhorarseu código, a l iberdade deredistribuir cópias e a l iber-dade de real izar melhorias ecomparti lhar as melhorias re-al izadas! Legalmente há vá-rias formas de se fazer isto:l icença GNU, copyleft, GPL,etc, porém as quatro l iberda-des precisam estar garanti-
das!Com essa garantia, pode-
se dizer que o Software Li-vre agrega interessados (édesenvolvido por comunida-des); comparti lha informa-ções e conhecimento,mostrando como problemasde programação são solucio-nados; contribui como fontede informação para dissemi-nar conhecimento; admite aparticipação de voluntários -embora possa ser desenvol-vido por profissionais remu-nerados; traz maissegurança para quem vai uti -l izá-lo, pois permite ao de-senvolvedor conhecer o queestá executando o códigoapl icado. Também permiteao usuário propor e real izarmelhorias ao código; temmais robustez e confiabi l ida-de por ter sido examinado etestado por uma ampla ga-ma de pessoas. Não embutecódigos secretos ou mal aca-bados, pois são faci lmente
descobertos, dando trans-parência à sua uti l ização;favorece a economia nos in-vestimentos, pois seu custofica sendo menor; estimulaa mão de obra local , pois ascorporações irão demandaratendimento e suporte; per-mite a qualquer pessoa co-laborar, independemente desexo, raça rel ig ião ou qual-quer outro critério de anál i -se; economiza divisas, poisnão exige remessa de paga-mentos de l icenças e cha-ves para o exterior. Alémdessas e de outras vanta-gens, também se tem ocontrole e domínio sobre osarquivos e resultados gera-dos por esse programas,pois a diagramação de suasaída (lay-out) pode ser ob-servada a partir do seu có-digo, não exigindofidel idade quanto ao forne-cedor para abrir este ouaquele arquivo. Nesse as-pecto o governo federal
filosofia
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 42
vem desenvolvendo um pre-cioso trabalho, onde os da-dos são definidos de formapadronizada, conforme des-critos no documento chama-do "e-ping" .
Deve-se tomar alguns cui-dados, com certeza, para seimplantar o software l ivreem uma organização, sobrisco de se passar por umagrande decepção: primeirodeve haver regras para a uti-l ização dos softwares (regu-lamentação), segundo temque haver suporte, pois dúvi-das e busca de recursossempre irão aparecer. Tam-
bém é conveniente oferecertreinamento prévio a quemvai uti l izá-lo, minimizandoquestões e contratemposque virão a surgir. E por fimdemonstrar as vantagens desua uti l ização, pois assim aspessoas o usarão com maissimpatia, entendendo quenão se trata apenas de maisuma forma de economia.
Como dever de casa fica apergunta: aqui no EspíritoSanto como está a apl icaçãoda Lei 4711/2002, que deter-mina a preferência pelosoftware l ivre pelas instânci-as públ icas do nosso estado?
Esse trabalho foi pratica-mente retirado da Internet,e abaixo transcreve-se osendereços que foram uti l iza-dos (talvez falte algum, mascoisa mínima. . . )
http: //www.dw-world.de/dw/article/0, ,3737598,00.htmlhttp: //www.educacional .com.br/reportagens/expo500/rep_patentes.asphttp: //antropoides.no.sapo.pt/pexterna.htmhttp: //www.diariol iberdade.org/index.php?option=com_content&view=article&id=4654:a-origem-das-guerras-&catid=263:reflexoes-do-companheiro-fidel&Itemid=21http: //www.kaosenlared.net/noticia/a-origem-das-guerrashttp: //www.embaixada-americana.org.br/HTML/i jse0309p/horgan.htmhttp: //rodolfovasconcel los.blogspot.com/2010/08/nagasaki-ha-65-anos-faltava-01-dia-para.htmlhttp: //pt.wikipedia.org/wiki/Jane_Goodal lhttp: //www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/mesopotamia/mesopotamia1.phphttp: //guiadoestudante.abri l .com.br/estudar/historia/escrita-chinesa-pode-ser-mais-antiga-mundo-433533.shtmlhttp: //tipografos.net/escrita/sumerio.htmlhttp: //pt.wikipedia.org/wiki/Sum%C3%A9riahttp: //www.suapesquisa.com/pesquisa/sumerios.htmhttp: //pt.wikibooks.org/wiki/Civi l iza%C3%A7%C3%B5es_da_Antiguidade/Civi l iza%C3%A7%C3%A3o_Sum%C3%A9riahttp: //www.historiadomundo.com.br/sumeria/http: //www. infoescola.com/historia/sumerios/http: //guiadoestudante.abri l .com.br/estudar/historia/sumerios-inventores-historia-433550.shtmlhttp: //viagem.uol .com.br/ultnot/2009/03/05/ult4466u527. jhtmhttp: //www.brasi lescola.com/historiag/paleol itico.htmhttp: //viagem.uol .com.br/album/guia/serradacapivara_album. jhtm?abrefoto=5http: //www.roma.templodeapolo.net/ver_fato_historico.asp?Cod_periodo=78&Video=Os%20celtas%20Galatas%20e%20o%20imp%C3%A9rio%20romano&Imagens=Os%20celtas%20Galatas%20e%20o%20imp%C3%A9rio%20romano&periodo=Idade%20do%20Ferro&1=http: //pt.wikibooks.org/wiki/Civi l iza%C3%A7%C3%B5es_da_Antiguidade/As_primeiras_conquistas_do_Homemhttp: //www.gnu.org/phi losophy/why-free.htmlhttp: //www.fsf.org/http: //www.fsf.org/campaigns/priority-projects/http: //www.softwarel ivre.gov.br/http: //www.fsfla.org/svnwiki/about/what-is-free-software.pt.htmlhttp: //www. latinoware.org/http: //ansol .org/http: //www.campus-party.com.br/2011/software-l ivre.htmlhttp: //www.rau-tu.unicamp.br/nou-rau/softwarel ivre/document/?code=107http: //www.planejamento.gov.br/secretaria.asp?cat=75&sub=107&sec=7http: //softwarel ivre.datasus.gov.br/index.php?id=9http: //www. l inuxsolutions.com.br/noticias/governo-admite-dificuldades-para-implantar-software-l ivre.htmlhttp: //br-l inux.org/faq-softwarel ivre/http: //www.gnu.org/l icenses/l icense-l ist.pt-br.htmlhttp: //www.softwarel ivre.ceara.gov.br/http: //www.softwarel ivre.rj .gov.br/
filosofia
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 43
MILTON JOSÉ LYRIO SIMONETTI:
Analista de sistemas, pós-
graduado pela UFES, professor
universitário, servidor público na
área de informática desde 1994 e
militante do software livre.
http: //www.softwarel ivre.ba.gov.br/http: //www.celepar.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=351http: //www.softwarel ivre.pe.gov.br/portal/http: //www.softwarel ivre.goias.gov.br/http: //culturadigital .br/blog/2011/07/18/software-l ivre-e-pol itica-do-governo-de-tarso-genro/http: //www.saocarlos.sp.gov.br/index.php/uti l idade-publ ica/incentivo-ao-uso-software-l ivre.htmlhttp: //www.secitec.mt.gov.br/TNX/download.php?id=363http: //pt.wikipedia.org/wiki/Patentehttp: //pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_TRIPshttp: //pt.wikipedia.org/wiki/Propriedade_Intelectualhttp: //pt.wikipedia.org/wiki/Direito_autoralhttp: //pt.wikipedia.org/wiki/Fritz_Machluphttp: //pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_da_informa%C3%A7%C3%A3ohttp: //guiadoestudante.abri l .com.br/estudar/historia/medicina-idade-media-doutor-sinistro-433440.shtmlhttp: //seer.ufrgs.br/aedos/article/view/9830/5643http: //evolucaomedicina.blogspot.com/http: //pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Landel l_de_Mourahttp: //upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/11/Tree_of_l ife_SVG.svghttp: //governoservico.es.gov.br/LeisES/documentos/0174112002.dochttp: //pt.wikipedia.org/wiki/História_do_mundohttp: //pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rvore_fi logen%C3%A9ticahttp: //hypescience.com/cidade-anterior-a-invencao-da-roda-revelada/http: //criatividadeapl icada.com/2007/02/04/anatomia-das-grandes-invencoes/http: //www.coladaweb.com/historia/pre-historiahttp: //pt.wikipedia.org/wiki/Paleol%C3%ADtico_Inferiorhttp: //pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A9-hist%C3%B3riahttp: //pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_tecnologiahttp: //www.cdcc.usp.br/ciencia/artigos/art_19/roda.htmlhttp: //www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/roda/roda-6.phphttp: //scriptures. lds.org/pt/biblemaps/9?sr=1http: //gguerras.wordpress.com/2007/09/07/19/http: //www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-77012003000100003http: //pt.wikipedia.org/wiki/Guerrahttp: //economia. ig.com.br/brasi l+tem+receita+recorde+com+royalties+em+janeiro/n1238149630023.htmlhttp: //www.hottopos.com/regeq9/bronislaw.htmhttp: //economia. ig.com.br/empresas/industria/com+fim+da+patente+viagra+custara+metade+do+preco/n1237655910376.htmlhttp: //www.profcarlospereira.com/downloads/sistinfor/SociedadedoConhecimento.pdfhttp: //www.youtube.com/watch?v=aRRpWgxXRd0http: //www. l ingnet.pro.br/pages/producao/entrevistas/marcos-cavalcanti-ufrj .php#axzz1edmOP7Pehttp: //br-l inux.org/faq-softwarel ivre/http: //pt.wikipedia.org/wiki/Wikihttp: //pt.wikipedia.org/wiki/Software_l ivrehttp: //pt.wikipedia.org/wiki/Stal lmanhttp: //wikimediafoundation.org/wiki/P%C3%A1gina_Principal
filosofia
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 44
O que é a tal da liberdade?por Ole Peter Smith
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 45
filosofia
Apesar do crescimento dos movimentos de Software
Livre presenciados na última década, ainda evidenciamos uma
certa estagnação por motivos variados que vão desde a falta de
compreensão a respeito do movimento até as formas como o
próprio movimento se organiza. Nosso objetivo é discutir sobre o
que vem acontecendo, tentando propor nesse breve texto um
ponto de vista sobre o movimento e comunidades de Software
Livre, destacando seus pontos fortes e seus pontos fracos.
Ole Peter Smith fala
sobre o conceito de
l iberdade
Primeiramente, Software Li-vre é uma confluência entreduas áreas científicas, a In-formática e a Fi losofia, numcontexto de Liberdade. Umaconstelação tradicionalmen-te de opostos, sendo que en-volve o difíci l encontro entreas ciências humanas e as ci-ências exatas. Um encontrorecheado de contradições eembates em que ambos oslados se defendem como for-ma de afirmação de seucampo de conhecimento,deixando que preconceitosinterfiram nesta relação econsequentemente afetan-do a produção do conheci-mento.Pode-se de forma breve e
pouco aprofundada definiras ciências como sendo "osconhecimentos acumuladospela humanidade", fruto daconstrução de grandes cére-bros que se destacaram du-rante séculos. Encarandonesta perspectiva, são umpatrimônio da humanidadee como tal não são passíveisde serem vendidos. Tanto astecnologias e o conhecimen-to das áreas exatas, como oconhecimento produzido pe-la fi losofia, surgiram com ointuito de enriquecer - e porque não dizer salvar - as so-ciedades humanas. Sua apl i -cação, consciente eequi l ibrada, com certeza me-lhorou as condições dos se-res humanos, não somenteargumentando o patrão dequal idade de vida dos maisabastados, mas tambémconseguindo melhorar as
condições para os cidadãosmenos abastados. Esse de-senvolvimento, claro, é umprocesso, mas basta abrir ol ivros de história, para verifi -car que houve progresso, emuito.Informática, uma das áre-
as caçulas das ciências, éuma área de suma importân-cia para a humanidade, po-dendo ser caracterizadacomo um implemento neces-sário à comunicação e auto-matização no sentido emque permite a real ização deum trabalho de forma efici -ente, faz uma diferençaimensa não somente nas so-ciedades humanas de hoje,mas mais ainda fará uma di-ferença maior nas socieda-des humanas no futuro. Nãosó num contexto técnico-fi -nanceiro, mas também numcontexto fi losófico-social .Portanto, podendo ao mes-mo tempo permitir às empre-sas gerar mais rendas(imediatas e futuras), mastambém tem um papel soci-
al fundamental para as so-ciedades de hoje: a dissemi-nação de conhecimentos.Nesta perspectiva, pode-
se ressaltar o papel funda-mental da educação comoum investimento indispen-sável , que uma sociedadefaz no seu futuro. Sendo im-prescindível cobrar, queeducação - de qual idade - édever do qualquer governoque preza o futuro.Por ser a Informática uma
ciência chave no futuro dassociedades humanas, preci-samos fortalecer um núcleoconsiderável que defenda emantenha conhecimento ohumano, e não conhecimen-to particular. Esta afirmativainspira os 'quatro manda-mentos' do Software Livre:posso executar, ler, a lterare redistribuir o código fonte.Claro, uma simpl ificação doconceito de l iberdade, adap-tado à área de informática.Porém, um conceito alta-mente inspirado, pois aomesmo tempo a área incen-
"Há de se ressaltar o papel
fundamental da educação como
um investimento indispensável
que uma sociedade faz
no seu futuro"
filosofia
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 46
tiva a disseminação dos co-nhecimentos (os softwares)e fornece o meio disso: a in-ternet, publ icação de conhe-cimento via sites, emai l egrupos de discussão. Umamistura altamente potente!Isso leva a uma discussão
vindo na direção oposta, dasáreas humanas, da fi losofia:Que é l iberdade? Como defi-no? Uma resposta, porémsimpl ista, é enfatizado no l i -beral ismo: 'sou l ivre, poisposso fazer o que eu quero' .Uma visão isolada - uma l i -berdade individual . Não te-ria muito graça ser ' l ivre'sozinho; queria dividir mi-nha ' l iberdade' com minhafamíl ia, parentes e amigos.E em consequência, com asfamíl ias, parentes e amigosdeles. Assim formamos umconceito de l iberdade social ,onde a maior parte possíveldos bens conquistados sãoatingíveis para o maior par-
te possível da nossa socieda-de. Liberdade social não étodos serem iguais, mas simtodos terem oportunidadesiguais.Liberdade social , claro, já
impl ica deveres, nenhum di-reito sem dever de respeitaro direito do outro. O ditadodo povo brasi leiro: 'meu di-reito começa onde terminao seu' , é um passo na dire-ção da civi l ização, porémpermite que 'por força supe-rior' tenhamos direitos de va-riados 'tamanhos' . Creio,que o desafio humano é ga-rantir um tamanho cada vezmaior para qualquer um dosseus cidadãos, sem impediro destaque dos seus maisprodutivos, dos seus maisinovadores.No mundo de hoje, ainda
resta muito para o alcancedeste tipo de l iberdade, ouseja estas qual idades de vi-da. Aqui no Brasi l a lcança-
mos bastante qual idade devida para os mais afortuna-dos, porém ainda resta umgrande deficit social . E, cla-ro, há lugares muito piores,pensemos somente em Áfri-ca com seus problemasimensos. Porém, já temos a'faca pela garganta' , nãopodemos enfatizar apenasmodelo de l iberdade social ,pois até a humanidade co-mo um todo, insere-se nummaior: a mãe natureza (atéagora, não conseguimos al-terar a ordem do univer-so. . . ) . Sem ela, não existiránossos netos ou bisnetos. Oque nos força a consideraruma l iberdade mais ampla(ou restrita?): l iberdade am-biental : temos responsabi l i -dade com o ambiente - queno contexto de Software Li-vre, leva à conceito de su-ma importância: TI Verde.Um assunto em parte igno-rado em Software Livre, po-rém mencionamos aRobótica, uma abordagemde extrema val ia por seu fo-co técnico-socio-ambiental .Assim, criamos uma es-
cada de l iberdades: indivi-duais, sociais e ambientais.Mas veja como é interes-sante colocar a palavra 'Li -berdade' em contextosdiferentes. Software Livreinsere-se no Pensamento Li-vre. Que significa 'Livre' emrelação à pensamentos? Li-vre de que? Todo conheci-mento é paradigmático. Oque quer dizer, que que ébaseado em paradigmas.Até a Matemática não se
"Creio, que o desafio humano é
garantir um tamanho cada vez
maior para qualquer um dos
seus cidadãos, sem impedir
o destaque dos seus mais
produtivos, dos seus
mais inovadores"
filosofia
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 47
prova. A Matemática é base-ada em seus axiomas - emessência um sinonimo de pa-radigmas: verdades ' inquesti -onáveis' - a partir destes seprova o resto, através da de-dução. Assim, Matemática éuma ciência que nunca preci-sou de se refazer, pois sem-pre é especificado sobrequal premissas - axiomas -que os resultados obtidostem val idade. Um bom exem-plo é a axioma de Eucl ides,base da Geometria Eucl idia-na: 'Duas retas paralelasnunca se intersecionam'.Mas pensemos, nos dois la-dos da estrada no quadro naparede, Paralelos, eles se in-tersecionam no infinito. AMatemática, de certo devedar conta disso; o que leva adesenvolver uma Matemáti-ca, Geometria não-Eucl idia-na, não refazendo tudo, massim revisando todos os resul-tados obtidos na GeometriaEucl idiana. Quais usam nasua essência esse axioma -e quais não? Pode-se concre-tizar isto com um muro; decerto se retiro alguns ti jolosdo seu fundo, partes do mu-ro cairá.Como sempre, a Matemá-
tica da uns exemplos concre-tos (das exatas), que vale apena considerar num contex-to mais fi losófico; pensamen-to l ivre é pensamentopermitindo o contínuo ques-tionamento dos seus para-digmas, pois todos somosprodutos não somente deuma genética, mas tambémde uma influência social , cul-
tural . Mais cedo que apren-demos as coisas, mais difíci lsão elas para questionar. Emais, paradigmas são cria-dos num contexto da real ida-de cotidiana e numareal idade moral . O contextocotidiano muda com o tem-po, e o moral , a inda, deviaser substituído com a ética.Podemos tomar o exem-
plo de dublagem na televi-são. Porque se faz isso? Aresposta é, que começou fa-zer isso quanto a televisãonasceu, pelo motivo que amaior parte da populaçãoera de analfabetos, não podi-am ler as legendas. Hoje emdia esse paradigma mudoude contexto. Após 10 anosna educação brasi leira creioque posso afirmar: a área decondições mais precária,sem nenhuma dúvida, é oensino de línguas estrangei-ras. Um fator significante cri-ando esse fato, com certezaé a dublagem de programasde televisão, fi lmes, etc. As-sim, prejudicando seriamen-
te uma geração inteira debrasi leiros, que precisarãocada vez mais domínio delínguas estrangeiras na suacomunicação com o restodo mundo. O contexto doparadigma mudou. Não po-demos afirmar que el imina-mos por total oanalfabetismo, porém pode-mos afirmar que na socieda-de brasi leira é uma parteinsignificante da populaçãoque não se adaptariam aosistema das legendas.Pensamento Livre, é isso,
ser sempre consciente dosseus paradigmas - o quenão necessariamente impl i -ca descarta-los. Pois a pos-tura certa a frente dequalquer informação e co-nhecimento é a do questio-namento. Ser crítico, porémde modo construtivo.E qual a importância do
movimento Software Livrenisso? Certamente, Softwa-re Livre enfoca duas áreasl ibertadoras para as socie-dades humanas, a informá-
"Que significa 'Livre' em
relação à pensamentos? Livre
de que? Todo conhecimento é
paradigmático. O que quer
dizer, que que é baseado em
paradigmas"
filosofia
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 48
tica providenciando uma in-fraestrutura fundamental ea Fi losofia Livre o meio sen-sato de apl icar isto as socie-dades humanas:Comunicação e difusão deconhecimentos, através dadisponibi l ização dos mes-mos sem discriminação in-discriminatória, para toda asociedade. Com sua estrutu-ra informatizada - e assimglobal izada - as comunida-des de software l ivre tem is-so a oferecer: Disseminaçãode ideias e conhecimentos.A maioria dos nós, mem-
bros das comunidades deSoftware Livre, somos oriun-dos da área de informática,essencialmente 'nerds' . Faze-mos discussões de nerds,discursos de nerds, pales-tras de nerds, até textos denerds (este é um destes. . . ) .Mas porque a sociedade de-
ve dar atenção à Software Li-vre? Respondendo, porquepodemos produzir qual idadede vida para a sociedade. Enão somente para nósnerds, pois a nossa área - In-formática - é uma ciênciauniversal (como a Matemáti-ca e a Fi losofia), apl icadaem todas as áreas científi -cas. Sendo conhecimento,nos delega um dever superi-or: passar esse conhecimen-to para frente, de formamais úti l para a sociedadecomo um todo, não somentepara os outros nerds. Para fa-zermos realmente contribui-ções significantes parasociedade, precisamos mem-bros/contribuintes/adeptosde todas as áreas: professo-res, advogados, médicos,historiadores, etc, etc. Paraatrair esses membros danossa sociedade, precisa-
mos discutir mais do quesomente se o melhor siste-ma operacional é Ruindows,Apple, Debian ou Ubuntu -discutir cada vez mais Fi lo-sofia e Pensamento Livre.Monopól ios e difusão de
conhecimento, numa l ingua-gem também acessível paraos não-nerds, aproveitando-os cada vez mais no desen-volvimento contínuo dosSoftwares Livres. Afinal , cri -ar softwares somente paracriar softwares, não deveser o fim deste trabalho,pois assim sendo não trariaa satisfação necessária,nem refletiria a luta dosadeptos ao Software Livre.Precisamos entender cadavez mais como os usuáriosuti l izam os softwares l ivres.Quais suas necessidades?Para responder estas per-guntas, precisamos compre-ender mais as áreas deapl icação, o que somentepodemos fazer envolvendocada vez mais as diversasáreas de apl icação. O que,de certo, nos enriquecerá,enriquecerá os outros, enri-quecerá as sociedades hu-manas, o motivo de tudo,até as nossas próprias exis-tências.
filosofia
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 49
"A maioria dos nós, membros das comunidades de Software Livre, somos oriun-
dos da área de informática, essencialmente nerds".
OLE PETER SMITH: dinamarquês,
nascido em Copenhague. Mestre de
Engenharia (MAT/DTU, 1990), PhD
em Matemática (MAT/DTU, 1996).
Systems Administrator (MAT/DTU,
1997-2002). Professor Adjunto (IME
/ UFG). Membro do ASL-GO. Membro
fundador e Presidente do SLOG.
DDeesseennvvoollvviimmeennttoo mmoobbiillee ccoommAAnnddrrooiiddpor Oscar Marques
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 50
mobile
Oscar Marques durante suapalestra no 1º Fórum da RevistaEspírito Livre
Gostaria de mandar um olá a todos os leitores e
leitoras da Revista Espírito Livre, para mim é uma honra poder
escrever algo para vocês. Recebi o convite do João Fernando para
palestrar no 1 º Fórum da Revista Espírito Livre com grande alegria,
pois foi uma oportunidade de voltar ao Espírito Santo. Tenho boas
lembranças deste Estado, principalmente das suas praias, que
conheço desde que era criança.
Atualmente estou trabalhando com projetos de Mobilidade
que envolvem tecnologias como: Android, Tizen, PhoneGap, SL4A,
além das linguagens Python e PHP para Android. Minha palestra foi
sobre a plataforma Android, na oportunidade falei desde a criação do
Android até os projetos atuais. Então, vamos lá!
O Android é uma pilha de softwares que in-cluem: o sistema operacional, o middleware
(Dalvik VM) e os apl icativos. O Android não éum projeto nativo do Google. Em 2005 a em-presa Android Inc foi comprada pelo Googletendo o Andy Rubin como responsável pelodesenvolvimento da tecnologia. Em Novem-bro de 2007 foi criado o Open Handset Al l ian-ce, uma organização formada por 84empresas que se juntaram para acelerar ainovação e criação de soluções moveis paraas pessoas. O Google esta presente no OHAjunto com outras empresas como Samsung,Ebay, Telefonica, China Mobile, Vodafone,LG, Toshiba, NEC, ARM, Dell , Intel , nVidia eetc. . .O SDK (Kit de Desenvolvimento do Softwa-
re) foi l iberado para todos em Novembro de2007. T-Mobile G1 foi o primeiro celular comAndroid em Setembro de 2008. O plano do
Google é:
- Fazer Cloud Computing mais acessível ;- Manter a conectividade ampl iada;- Fazer o cl iente - smartphone - mais po-
deroso.Os apl icativos desenvolvidos podem rodar
simultaneamente. O usuário pode escolherentre os apl icativos e é possível manter ser-viços rodando em background. Caso você jádesenvolva para Android, você pode publi -car seus apl icativos usando o Market, oudownload no seu site e também usar umapp store de terceiros. Se o Market não teagradar, publ ique você mesmo em seu site!Envie o app para seu servidor e use o MIME
Type correto: application/vnd.android.packa-ge-archive .Devemos configurar o servidor web para
evitar problemas na hora do usuário baixaro apl icativo para ser instalado.
Algumas características do Android:
- Mais de 400 mil apl icativos;- 12 mi lhões de l inhas de código:
-3 mi lhões em XML;-2 .8 mi lhões em C;-2 .1 mi lhões em Java;-1.75 mi lhões em C++.
A bibl ioteca do C Android é Bionic C (de-rivada do BSD).Os layouts para mobile são estudados e
uma larga escala de telas é desenvolvidacomo capacitivas, resistivas e diversos te-clados/touchscreen . Com o Android hoje épossível criar interfaces 2D e 3D. Existeaparelhos ainda com GPS, acelerômetro ebússola. Os sensores são fantásticos e per-mitem os usuários l idarem com jogosincríveis devido a alta interação entre estese o hardware do aparelho. O mercado dejogos para mobiles vem crescendo ampla-mente e existem várias engines l iberadaspara criar jogos móveis.A base do Android usa a versão 2.6 do
kernel Linux (android.kernel. org) . Algunsserviços do kernel:- Segurança (recentemente foi portado o
SELinux para Android);- Gerenciamento de memória;- Gerenciamento de processo;- Pi lha de rede;- Modelos de drivers.
O kernel ainda possui suporte para::
- GoldFish (CPU Virtual executando ins-truções ARM);- YAFFS2 (Sistema de Arquivo de Alta
performance para uso em dispositivos flashNAND) ;- Bluetooth (Falhas consertadas relativas
a headsets, debugging e acesso a contro-les).O sistema de arquivos YAFFS2 é open
source, ótimo para Forense (os dados ficamal i bastante tempo. . . ) . É mais rápido queYAFFS, JFFS e usa pouca memmória RAM,suporta muitas geometrias (Flash Mem) eresolve erros automaticamente (porém issol imita o tempo de vida úti l do SD) . As ver-sões atuais do Android não usam maisYAFFS2 e sim ext4 .
mobile
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 51
E ocorreram melhorias no:
- Escalonador - foi modificado e possui al -goritmos de time keeping;
- IPC Binder - processos que dão serviçosa outros processos;
- Ashmem - memória comparti lhada en-tre processos.
Para l idar com armazenamento de da-dos, o Android usa SQLite, SharedPreferen-ces, cartão SD, memoria interna econexões de rede.
Para manter comunicação de rede, o
Android oferece o seguinte suporte a
essas tecnologias:
- GSM/EDGE;- IDEN;- CDMA;- EV-DO;- UMTS;- LTE;- Bluetooth;- 3G;- Wi-Fi e WiMAX.E para envio de mensagens ele usa SMS
e MMS.Os processos de update no Android são deresponsabilidade das Telco/Fabricantes. Qual
quer um pode "forkar" o Android Open Source Project.Você pode contribuir, registrarse e
submeter modificações e melhorias na tecno
logia.
Quando os updates estão l iberados pelaoperadora de telefonia ocorre o que chama-mos de OTA (Over The Air) . Os dados trafe-gam da Base Station até o seu celular comos arquivos que deverão ser atual izados noaparelho. Podemos também fazer um pro-cesso Manual (procedimento trabalhoso eque necessita de conhecimentos técnicos)ou se necessário, podemos fazer Flash/Fac-tory Reset, onde o aparelho retorna as confi-gurações de fábrica.
Para navegar nas páginas, ele vem como webkit padrão mas existem versões debrowsers adaptados a ele como o Firefox eOpera Mobi le. É bom que as paginas da
web estejam já preparadas para l idar comnavegadores móveis. A W3C recomenda auti l ização de HTML5 e CSS3.
As versões do Android seguem
nomes de bolos, . Vejam as versões e
suas melhorias:
- 1.5 : Cupcake (Abri l de 2009, com a úl-tima revisão oficia l a maio de 2010)
- Primeiro Android no Brasi l ;- Copiar e colar;- Widgets;- Upload de vídeos para YouTube e Pi-
casa.- Teclado on screen.
- 1.6 : Donut (Setembro de 2009, com aultima revisão oficia l a maio de 2010)
- Pequena atual ização;- Caixa de busca e voz;- Novo Market;- Suporte CDMA;- Indicador de uso de bateria.
- 2 .1 : Eclair ( Janeiro de 2010, com a úl-tima revisão oficia l a maio de 2010)
- Android ganha as massas;- Conexão com Twitter e Facebook;- Novidades na câmera;- Melhoras no teclado virtual , d icio-
nário e contatos;- Suporte a HTML5;- Multi touch;- Efeitos 3D;- Galeria de fotos melhorada;- Múltiplas contas.
- 2 .2 : FroYo (Frozen Yogourt - Maio de2010, com a última revisão oficia l a ju lhode 2010)
- Android fica mais rápido;- J IT Compi lador;- Hotspot móvel ;- Suporte ao flash ;- Múltiplos teclados e línguas.
- 2 .3 : Gingerbread (versão atual lança-da em 6 de dezembro de 2010)
mobile
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 52
- Interface redefinida e novos elemen-tos;
- Teclado novo para digitar melhor;- Copiar e colar com toques;- NFC;- Chamadas na Internet.
- 3.0 : Honeycomb (Lançada especial -mente para tablets em Janeiro de 2011)
- Focado em tablets;-Multitarefa, notificações, customiza-
ções e widgets;- Bluetooth tether;- Suporte ao Protocolo de Transferên-
cia de Imagem/Vídeo.Um vídeo bem interessante mostrando a
evolução da tecnologia pode ser visto em:http://va.mu/Tk7a
Ao desenvolver aplicativos para
Android, devemos pensar no seguinte:
- Conheça seu público;- Simplifique as funcionalidades quando
puder, mantenha-se organizado;- Mantenha intuitivo e amigável, entenda
que você tem meros segundos para ganharou perder um usuário.
Pois o Android foi criado para rodar em di-versos aparelhos.Vejamos algumas resoluções possíveis:Existem 4 tamanhos gerais:
- Pequeno (2-3 polegadas);- Normal (3-5 polegadas);- Largo (4-7 polegadas);- Extra Largo (7-10 polegadas) - tablets
somente.
Existem 4 resoluções gerais:- ldpi (100-120 dpi);- mdpi (120-160 dpi);- hdpi (160-240 dpi);- xhdpi (240-320 dpi).
Ao criar aplicativos, lembre-se disso:- Crie seu design para múltiplos tamanhos;- O projeto vai levar mais tempo;- Porém seu apl icativo será melhor.Para desenvolvermos no Android vamos
precisar de alguns apl icativos tais como An-
droid SDK, Ecl ipse, NetBeans e o MotoDEVStudio. O Android SDK, possui : Emulador deAndroid (root) , ferramentas CLI ( l inha decomando) tais como: aapt (Android asset
packaging tool) , adb (Android debug brid-
ge) , a id l (Android IDL compiler) , emulator(Android Emulador) e ampla documenta-ção/exemplos de apl icativos.O emulador de Android possui l imitações
tais como: sem suporte para receber/real i -zar l igações, câmera, entrada de áudio, de-tectar o estado de conexões e parasituação da bateria e também não tem su-porte para Bluetooth .Ao usar o adb vemos que ele é uma fer-
ramenta poderosa pois faz conexãosmartphone x PC (over USB) e funciona naestação de trabalho como cliente/daemon
conversando com o daemon adbd. O dae-
mon roda como root nos emuladores, pode-mos dar comandos (dd, ls, mount, cat, ps,
uptime, uname, strings etc. . . ) e eles nospermitem enviar/receber arquivos usandocomandos.Para iniciar o desenvolvimento devemos
instalar o plugin ADT no Ecl ipse.Um apl icativo é composto de um ou mais
activities. A activity é usualmente uma telado apl icativo, entretanto, ela pode ser tam-bém invisível e uma activity é designadacomo a principal (entry point) do apl icativo.Vejamos o android.app.Activity:
mobile
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 53
E cada aplicação devemos lidar com:
- AndroidManifest.xml;- Activities;- Views;- Layouts.
E além disso podemos lidar com:
Intents & IntentReceivers;
Services;
Notifications;
ContentProviders.
O AndroidManifest.xml é o local onde podemos colocar as permissões que o apl icativonecessita para funcionar:
A interface nativa do Android é feita com Java e XML.
Podemos usar views na nossa interface, alguns exemplos:
- android.widget. ListView;- android.widget.DatePicker;- android.widget.Button ;- android.widget. ImageView.
A Intent uma simples mensagem de objeto que representa a ' intenção' de real izar al-go. Uma Intent é uma descrição abstrata de uma operação a ser real izada. Vejamos:
import android. app. Activity;
public class MyActivity extends Activity
public void onCreate( Bundle savedValues)
super. onCreate( savedValues) ;
setContentView( R. layout. main) ;
<?xml version=" 1. 0" encoding=" utf- 8" ?>
<manifest xmlns: android=" http: //schemas. android. com/apk/res/android"
package=" com. my_domain. app. helloactivity" >
<application android: label=" @string/app_name" >
<activity android: name=" . HelloActivity" >
<intent- filter>
<action android: name=" android. intent. action. MAIN" />
<category
android: name=" android. intent. category. LAUNCHER" />
</intent- filter>
</activity>
</application>
</manifest>
mobile
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 54
android.content. Intent:
- VIEW_ACTION;- EDIT_ACTION;- PICK_ACTION;- WEB_SEARCH_ACTION;- SYNC_ACTION;- etc. . .
e
android.app.ApplicationContext:
- startActivity(Intent);- getSystemService;- createDatabase;- openDatabase;- deleteDatabase;- etc. . .
Na questão relativa a segurança,o mes-mo "bla bla bla" falado de sempre! Tenhacuidado com . apks desconhecidos, tambémtenha cuidado com sua conta do Gmai l ! Osmalwares para mobile são conhecidos co-mo Malware Next Generation \o/. Os atacan-tes estão focando agora dispositivosmóveis pelo seu grande uso e também portratar-se de uma tecnologia relativamentenovas para alguns, sendo um campo férti l
para sucessos nos ataques.Quanto ao mercado, hoje vemos o se-
guinte: nos EUA o Android é mais vendidoque o iPhone. Setenta mi l smartphonescom Android são vendidos por dia. Existemmuitos projetos para tablets e jogos! (Coro-na SDK, LimeJS, PhoneGap etc. . . Hoje exis-tem mais de 1,6 bi lhões de unidades decelulares de todo o mundo (aumento de38%) e cerca de 296 milhões de smartpho-nes/ano – 19% do total (aumento de72,1%).No Brasi l , de cada 10 celulares, 1 é
smartphone e os usuários possuem em mé-dia, 25 apl icativos instalados. Os apl icati -vos mais populares no Android são oGoogle Maps, seguido pelo Facebook.Vemos uma substituição massiva de
computadores por tablets e smartphones ea comutação de novas tecnologias comosistemas de entretenimento e navegaçãopara carros, geladeiras e outras tecnologi-as.O Android também consegue ser execu-
tado e emulado no Linux, MacOS e tambémtem grande portabi l idade para rodar em
outros dispositivos como a Be-agleBoard, Pandaboard e etc. . .
Já existem projetos paraAndroid portado como An-droid-x86 Project, 0xdroid epandroid.O melhor para mim no
Android é conseguir portá-loem iPhone e mostrar para osMac fãs.Abraços!
mobile
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 55
Na questão relativa a segurança, o mesmo bla bla bla de sempre! Tenha
cuidado com os .apks desconhecidos, também tenha cuidado com sua conta do
Gmail!
OSCAR MARQUES: Atua na Divisão
de Segurança da Informação do
SERPRO, no Rio de Janeiro. Também
leciona o curso de Android na Linux
Solutions e é Consultor Móvel da
Prefeitura do Rio de Janeiro para o
projeto “Mobilidade na Copa do
Mundo e Olimpíada”.
AAss CCeerrttiiffiiccaaççõõeess eemmTTIIpor Roney Medice
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 56
certificações
Roney M edi ce durantesua pal estra sobreCerti fi cações em TI
Em um mercado altamentecompetitivo, é primordial que o profissionalde TI possua certificação para comprovaras habilidades técnicas. A área detecnologia ainda absorve profissionaisformados em outras áreas diversas detecnologia. Porém, com um curso deextensão ou especialização na área detecnologia, está cada vez mais presente nomercado de tecnologia esses profissionais.Um profissional qualificado e comcertificação, terá prioridade no mercado.
certificações
Al guns fatores l evam os i nte-ressados em escol her o Se-tor de TI para ser aprofi ssão de trabal ho, tai scomo: acredi tam ser a profi s-são do futuro, tem rel açãodi reta ou i ndi retamente comoutras profi ssões, o merca-do de TI é favorável econo-mi camente, a i nformáti caestá presente no coti di anoentre outros.
N o campo da i nformáti ca,encontram-se di versas áre-as em que o profi ssi onal po-de se especi al i zar e assi m,destacar-se tecni camenteem rel ação a outros profi ssi -onai s. É possível escol heruma certi fi cação em hardwa-re, banco de dados, seguran-ça da i nformação, gerênci ade proj etos, computação fo-rense e outras áreas afi nsde tecnol ogi a.
Quando fal amos na i mpor-
tânci a da certi fi cação do pro-fi ssi onal de TI , é comum quevári os profi ssi onai s tenhamdúvi da em rel ação a ti raruma certi fi cação ou real i zaruma facul dade. A grande di -ferença nesse caso é queuma graduação tende a daruma formação acadêmi cade conheci mento geral aoprofi ssi onal . Enquanto queuma certi fi cação, é um ates-tado de conheci mento espe-cífi co e técni co em umdetermi nado produto ou tec-nol ogi a, oferecendo i nforma-ção detal hada aoprofi ssi onal .
A necessi dade atual deuma certi fi cação do profi ssi -onal de TI está l i gada aomercado, que a cada di a, es-tá mai s exi gente em rel açãoa capaci tação destes profi s-si onai s. Anti gamente, a exi -gênci a do mercado era que
a pessoa ti vesse um nívelde graduação e l íngua es-trangei ra. Atual mente, umacerti fi cação em TI no currí-cul o é mai s que desej ável ,em determi nados casos, é adi ferença para garanti r umavaga de emprego.
Algumas certificaçõesque podemos citar disponí-veis aos profissionais de TIsão: CI SSP (Certifield Infor-
mation Systems Security
Professional) , M CSE – M CSA(certificações M icrosoft), CC-N A – CCN E (CertificaçõesCI SCO), Cobit, I TI L, LPI e asmais recentes como CH E,CH FI e CDFI (Certifield Digi-
tal Forensic Investigator –Computação Forense emiti -da pela NID Forensics Aca-
demy) .Todavia, cabe somente ao
profissional de TI em deter-minar a sua própria escolhaem estudar e se especial izarem uma determinada área,tentando a sua certificaçãoou escolhendo a formaçãoacadêmica. I ndependentede sua escolha, a questãoprincipal para um profissio-nal de TI é o eterno aperfei -çoamento e estudos denovas tecnologias.
"No campo da informática, encontram-se diversas áreas em que o profissional
pode se especializar e assim, se destacar tecnicamente em relação a outros
profissionais."
RONEY ROBERTO CUNHA MÉDICE:
Coordenador de Segurança da
Informação de um Terminal
Retroportuário no Porto de Vitória.
Consultor de Segurança da
Informação do Grupo Otto Andrade.
Perito Digital CDFI. Membro
fundador do CSA, ACFE e ISOC.
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 57
AAtteeccnnoollooggiiaaccoommooiinnssttrruummeennttooppaarraa aaeedduuccaaççããoo
por Geiza Ardiçon com fotos de Sérgio Cardoso
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 58
tecnologia educacional
Política de Tecnologia Educacional deVilaVelha é
apresentada no Iº Fórum da Revista Espírito Livre emVitória
As iniciativas desenvolvidas pela rede
municipal de Vi la Velha na área de tecnologia educacional
foram apresentadas no Iº Fórum da Revista Espírito Livre,
que reuniu profissionais e especial istas da área. O evento
foi real izado no Campus I da Faculdades Associadas
Espírito-Santense (FAESA), em Vitória. Na ocasião, alunos
das Unidades Municipais de Ensino Fundamental (UMEF)
Alger Ribeiro Bossois e Deputado Michei l Chequer
apresentaram projetos de robótica. A secretária de
educação, Wanessa Zavarese Sechim, ministrou palestra
sobre a “Política de Tecnologia Educacional” .
Estu
do
de
engre
nagens
porLeonard
oda
Vin
ci
O investimento para aquisi -
ção de equipamentos, as for-
mações continuadas para os
profissionais da área que
atuam na Secretaria Munici-
pal de Educação (SEMED) e
a reestruturação do Núcleo
de Tecnologia Educacional
da secretaria foram alguns
dos pontos destacados por
Wanessa Sechim. "Nosso fo-co é a aprendizagem do alu-no e, por isso, estamosempenhados em garantirque o processo de ensino se-ja dinâmico e, que nestecontexto, o laboratório de in-formática seja um instru-mento pedagógico. Esta já éuma realidade na rede, poisjá utilizamos softwares pe-dagógicos de forma interdis-ciplinar durante as aulas”,assegurou a secretária.
Computadores adaptadosWanessa Sechim também
destacou o acesso às tecno-
logias para os alunos especi-
ais da rede. Por meio das
Salas de Recursos Multifunci-
onais para Atendimento Edu-
cacional Especializado
(AEE), que já foram entre-
gues em oito escolas da re-
de municipal , os alunos
contam com equipamentos
eletrônicos e computadores
adaptados para atendê-los.
"Até o fim deste ano esta se-rá a realidade para alunosde 1 1 escolas e em 201 2 am-pliaremos para mais 20 uni-dades de ensino" , destacou
Wanessa.
A secretária também enfa-
tizou que "por meio dos Pro-
gramas Escola Aberta eMais Educação a oportuni-dade de aprender por meiodas novas tecnologias é leva-da para as comunidades,que têm a oportunidade departicipar de oficinas e cur-sos realizados por escolasda rede municipal" .
Além dos alunos, a tecno-
logia também tem sido am-
pl iada no administrativo da
SEMED. O Planejamento Es-
tratégico da Secretaria
(PES) também traz como
uma das ações a tecnologia
como ferramenta para oti-
mizar o trabalho dos servi-
dores. "Neste ano já
inovamos com a informati-
zação da Chamada Escolar,
facilitando e agilizando o
atendimento aos pais dos
alunos. Além disso, também
estamos trabalhando para
facilitar a comunicação en-
tre as escolas por meio des-
ta informatização" , afirmou
a secretária.
ProjetosDurante o 1º Fórum da
Revista Espírito Livre,
a lunos da rede municipal
apresentaram para os parti -
cipantes do evento, projetos
de robótica. O projeto "A
História contada em três
tempos: passado, pre-
sente e futuro" , da UMEF
Micheil Chequer, foi um de-
A secretária de Educação da Prefeitura Municipal de Vila Velha,Wanessa Zavarese Sechim, durante sua palestra no 1º Fórum daRevista Espírito Livre
"A escola e a comunidade se
integram com os
Programas Escola Abertae Mais Educação"
tecnologia educacional
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 59
les. As alunas do 9º ano,
Ana Carla Ol iveira Rocha,
Victoria Mercia e Polyana
Pratti foram as responsáveis
em expl icar para o públ ico
sobre a iniciativa, que abor-
da o incentivo ao turismo da
cidade por meio de teleféri-
co e interl iga a Prainha, on-
de a história do município
teve início, ao Morro do Mo-
reno.
"A ferramenta, portanto,faz a junção do passadocom o presente, pois os visi-tantes do bondinho poderi-am visualizar a cidade comoestá hoje. E do futuro, ao po-derem idealizar uma cidadeque crescerá ainda mais" ,destacou a professora de his-
tória Cleidimar da Si lva, que
de forma interdiscipl inar tra-
balhou no projeto ao lado de
outros professores da esco-
la.
As alunas estavam empol-
gadas e afirmaram que o
projeto garantiu que elas pu-
dessem aprender de manei-
ra diferente e dinâmica. "Ésempre muito bom apren-der de um modo diferente.Quando não é somente aulae temos a prática no nossodia a dia, aprender é maisfácil" , enfatizaram.
Já a UMEF Alger Ribeiro le-
vou para o evento o "Proje-
to de Robótica -
Desassoreamento do Rio
Jucu com a pá mecaniza-
da" . Para desenvolver o pro-
jeto, os estudantes
uti l izaram o Programa Super-
Logo durante as aulas na
unidade de ensino, dentro
do contexto de uti l ização
dos softwares pedagógicos.
A abordagem é feita por
meio de material pedagógi-
co da MicroKids. SuperLogo,
em informática, é uma l in-
guagem de programação
voltada principalmente para
crianças e jovens, como fer-
ramenta de apoio ao ensino
regular. Trata-se de um con-
junto de comandos ordena-
dos, na forma de programa,
que permitem o controle de
dispositivos robóticos.
Alunas da UMEFMicheil Chequerdemonstram seuprojeto: umteleféricointerligando aPrainha com oMorro do Moreno
Alunas da UMEFMicheil Chequer eo projeto "Ahistória contadaem três tempos:passado, presentee futuro"
Alunos da UMEFAlger RibeiroBossoisapresentaram no1º Fórum daRevista EspíritoLivre o projeto derobótica:"Desassoreamentodo Rio Jucu com apá mecanizada"
tecnologia educacional
WANESSA ZAVARESE SECHIM:
Graduada em Pedagogia /
Supervisão Escolar. Especialista
em Planejamento Educacional.
Mestranda em Educação.
Atualmente Secretária de
Educação do Município de Vila
Velha.
Espírito Livre Especial · Fevereiro/2012 60