Revista Escola do Mar - A Caminho de Anhatomirim
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A Caminho de
Anhatomirim….
Revista
Escola do Mar
de Florianópolis
Parceria:
PREFEITURA MUNICIPAL
DE FLORIANÓPOLIS
SECRETARIA MUNICIPAL DE
EDUCAÇÃO DE FLORIANÓPOLIS
S obre a revista ...
A Revista “Escola do Mar - A caminho de Anhatomi-
rim” nasceu como um Projeto de Extensão de alunas do
curso de Oceanografia da Universidade Federal de
Santa Catarina e foi construída com a ajuda da Escola
do Mar de Florianópolis e de professores e alunos de
escolas públicas do município.
Para elaborarmos a revistinha e deixarmos o seu conte-
údo o mais próximo possível do que é observado, fize-
mos saídas de escuna juntamente com as escolas e com
integrantes da Escola do Mar.
Esperamos que vocês aprendam e se divirtam com as curiosida-
Autoras:
Mirela B. Serafim, Nadine Zvinokievicz e Sullen L. Lehmkuhl
Projeto de Extensão do Curso de Bacharelado em Oceanografia,
UFSC
Todos os direitos reservados. É proibida a duplicação ou reprodução deste
volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios
(eletrônicos, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão das autoras.
LEHMKUHL, Sullen Lourenço
SERAFIM, Mirela Barros
ZVINOKIEVICZ, Nadine
Florianópolis; 2012
É a ciência que estuda a biodiversidade
marinha e as características físicas, químicas e
geológicas dos oceanos e de regiões próximas à costa que
estejam de alguma forma, relacionadas ao meio marinho.
Estuda os processos e interações que ocorrem nesses am-
bientes e entre esses ambientes.
Você sabe o que
é Oceanografia?
OOceanografia na UFSCceanografia na UFSCceanografia na UFSC
O curso de bacharelado em Ocea-
nografia da Universidade Fedeal de Santa
Catarina teve sua primeira turma ingressa
no ano de 2008.
Tem como objetivo a formação de
oceanógrafos com visão crítica e criativa
para a identificação e resolução de pro-
blemas, com atuação empreendedora e
abrangente no atendimento às demandas
da sociedade brasileira.
A Escola do Mar de Flo-
rianópolis é um projeto da Secretaria
Municipal de Educação que trabalha com
educação marinha e costeira em nossa cidade.
Está localizada na praia do Forte, no norte da Ilha de
Santa Catarina. Atende a crianças, adolescentes, jo-
vens e adultos da rede municipal de ensino.
Realiza uma série de atividades relacionadas
ao mar e a áreas litorâneas, contribuindo para a sus-
tentabilidade da Ilha. O papel da Escola do Mar é de
extrema importância, pois faz com que tenhamos co-
nhecimento sobre a nossa região, o que é essencial pa-
ra que possamos a valorizar.
E o melhor de tudo...
As atividades são fora
das salas de aula, em em em
contato direto com a na-contato direto com a na-contato direto com a na-
tureza!tureza!tureza!
Navegando com Navegando com Navegando com
a Escola do Mara Escola do Mara Escola do Mar
O roteiro de navegação da Escola do Mar, com a
Escuna Capitão Noronha e desembarque na Ilha de Anha-
tomirim, inclui passagem próxima a uma fazenda de ma-
ricultura (criação de organismos aquáticos no mar), à For-
taleza de São José da Ponta Grossa (na Praia do Forte) e
à Ilha do Francês. A Ilha de Ratones Grande e a Baía
dos Golfinhos também podem ser avistadas.
UUUm pouco de História...m pouco de História...m pouco de História... Fortalezas da Ilha de Santa CatarinaFortalezas da Ilha de Santa Catarina
As fortalezas foram projetadas e construídas pelo militar José da Silva Paes, primei-
ro governador da Capitania de Santa Catarina (nos anos de 1739 a 1743 e, depois, de 1746 a
1749), a mando de Portugal. Juntas, deveriam proteger a Ilha, atuando como base estratégica
de apoio para a manutenção do domínio português sobre a Colônia do Sacramento, tendo em
vista as disputas entre as coroas portuguesa e espanhola. O sistema defensivo da Ilha de Santa Catarina era composto pelas fortalezas de A-
nhatomirim, São José da Ponta Grossa, Santo Antônio de Ratones e Nossa Senhora
da Conceição de Araçatuba. Fortaleza de Santo Antônio de Ratones
A Ilha de Ratones Grande abriga a fortaleza
desde 1740. Entre o século XIX e início do XX, algu-
mas construções foram utilizadas para abrigar pesso-
as com doenças contagiosas e mais tarde viraram
depósitos de carvão da Marinha do Brasil. Hoje suas
construções estão todas restauradas para visitação,
onde é possível fazer trilhas ecológicas, ver exposições
fotográficas e sistemas de geração de energia pelo sol.
Os visitantes podem conhecer os principais
edifícios históricos da fortaleza através de passeios de
escuna.
Para conhecer mais: http://www.fortalezas.ufsc.br
Fortaleza de São José da Ponta Grossa
Foi construída em 1740, na Praia do Forte. Guarda
exposições de fotografias, oficinas de rendas de bilro,
exposição arqueológica, além das construções como a
fonte de água, baterias, casa do comandante e paiol
da pólvora.
Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição de
Araçatuba
Quarta e última das fortalezas projetadas por José da
Silva Paes. Foi a única defesa da baía sul da Ilha.
Ilha de Anhatomirim
Muito conhecida devido à
presença da Fortaleza de Santa
Cruz de Anhatomirim. Esta foi a
principal fortificação do antigo sis-
tema de defesa da Ilha de Santa
Catarina, construída a partir de
1739. A Fortaleza de Anhatomi-
rim foi sede do primeiro governo da
Capitania de Santa Catarina.
Também foi a primeira a ficar sob
os cuidados da UFSC (1979) e a
primeira a ser restaurada, após
anos de abandono.
O que podemos ver?
Além das construções militares de alto
valor histórico como a casa do comandante, o
quartel de tropa - onde ficavam os quartos
dos soldados e as prisões - e o paiol da pólvo-
ra, também podem ser visualizados:
Exposições culturais e artísticas na Casa do Comandante, Quartel da Tropa e no Paiol da
Pólvora.
Exposição de fotos "Fortaleza de Santa Cruz - Retrospectiva" e maquetes das demais fortale-
zas, na Casa do Comandante.
Aquário Marinho, localizado no Novo Paiol da Pólvora (temporariamente inativo).
Área de Proteção Ambiental Área de Proteção Ambiental
de Anhatomirim (APAA)de Anhatomirim (APAA)
A APA de Anhatomi-
rim, criada em 20 de maio
de 1992, situa-se no
município de Gover-
nador Celso Ramos.
Em especial,
objetiva
proteger o
boto-cinza e preservar as
fontes de água e a mata atlânti-
ca da região.
Você sabe o que é uma APA?
Área de Proteção Ambiental (APA) é
uma região geralmente extensa em
que ocorre uma significativa ocupação
humana e possui elementos vivos, não
vivos, culturais e belos, importantes
para o bem estar dos homens.
A linha amarela
elimita a área da APA de
Anhatomirim.
Baía dos Golfinhos
Famoso habitat de quase uma
centena de botos-cinza. Muito brinca-
lhões, oferecem um belo espetáculo para
os visitantes que passeiam de barco pela
região. A Baía dos Golfinhos fica na praia
de Armação da Piedade, no município de
Governador Celso Ramos.
Os oceanos cobrem aproximadamente
72% da superfície terrestre, abrigando 98% de
toda a água do planeta. A água da qual são
formados possui características próprias, com
uma grande quantidade de sais dissolvidos.
É habitado por quase todos os grupos
animais conhecidos, e por alguns vegetais, co-
mo as algas.
Seus vários ambientes com diferentes
características servem de abrigo para toda a
biodiversidade que há neles. Os habitats mais
comuns são os BENTÔNICOS (junto ao fundo)
e os PELÁGICOS
(coluna d’água).
Oceanos ou Mares?
Oceanos são grandes
reservatórios de água
e possuem pouca in-
fluência do continen-
te. Já os mares são
águas com caracterís-
ticas parecidas com
as dos oceanos, mas
são rodeados e influ-
enciados pelo conti-
nente.
Você sabe o que é
Biodiversidade??
“Bio” significa
“vida” e “diversidade” é o
mesmo que “variedade”.
A biodiversida-
de reúne toda a varieda-
de de vida, tanto animal
quanto vegetal.
Divisão dos oceanos.
É o ambiente bentônico formado por ROCHAS, situado no
limite entre o OCEANO e o continente. Pode ser considerado um
ECOSSITEMA, do qual faz parte uma grande diversidade de seres
marinhos, como ESPONJAS, crustáceos, ANÊMONAS, mexilhões
e MACROALGAS.
Esse ambiente sofre influência das MARÉS, que sobem e
descem todos os dias, uma a duas vezes ao dia, deixando os orga-
nismos que estão ali expostos ao sol e à ação das ondas. Assim, as
ESPÉCIES precisam se adaptar a essas diferentes condições e, por
isso, distribuem-se “em camadas”, ou seja, os organismos
mais resistentes, que aguentam mais tempo fora da água,
ocupam a área mais alta do COSTÃO (ex.: CRACAS). Ou-
tros organismos não suportam ficar fora da água por muito
tempo (ex.: anêmonas, pepinos-do-mar); então, habitam as regiões
mais baixas.
Ordem dos Cetáceos
São os golfinhos, botos, toninhas e baleias.
Como todos os mamíferos, os cetáceos possuem sangue
quente, amamentam seus filhotes e respiram ar periodicamente
por pulmões. Passam a vida inteira na água!
As baleias francas se diferenciam dos golfinhos por possuí-
rem dois orifícios nasais e não terem dentes.
Os golfinhos podem estimar distâncias e detectar o tama-
nho e forma de objetos através da ecolocalização.
Desde 1986, é proibida a pesca, a caça, perseguição ou cap-
tura de cetáceos nas águas brasileiras.
Qual é a diferença entre boto,
golfinho e toninha?
A resposta é...
Nenhuma! Todos os termos se referem a ma-
míferos que passam toda a sua vida na água
e que possuem dentes.
Mamíferos Marinhos E n -
contrado desde a América Cen-
tral até o Sul do Brasil, princi-
palmente em baías costeiras e
em estuários (encontro entre rio
e mar). Costumam passar a vida
inteira no mesmo local!
Vivem em grupos e são
muito sociáveis. A maioria se ali-
menta de peixes, lulas e, ocasio-
nalmente, de crustáceos. Chegam
a nadar a 60 km/h e dão saltos de
até 5 metros. Pescam em grupos
e se comunicam por toques e
sons.
A fêmea dá luz a apenas
um filhote, após um ano
de gestação. O filhote é rosado e
o adulto é cinza.
A presen-
ça da espécie foi
um dos motivos
para a criação da
APA de Anhato-
mirim.
Para conhecer mais:
www.institutobotocinza.org
Pretas com
“ m a n c h a s ”
brancas e a-
m a r e l a d a s
que, na verda-
de, são peque-
nos crustáceos ciamídeos, conheci-
dos como “piolhos-de-baleia”.
São dóceis e nadam lenta-
mente. As fêmeas, quando acom-
panhadas de filhotes, adoram apa-
recer próximo à praia. Produzem
um “jato de água” de
até 8 metros, que
nada mais é do que
ar quente que sai
rapidamente do pul-
mão.
Durante o inverno, as balei-
as escolhem as águas mais quen-
tes para se reproduzirem, nadan-
do muitas vezes até Santa Catari-
na.
Para conhecer mais:
www.baleiafranca.org.br
Eubalaena australis
Baleia Franca
Sotalia guianensis
Boto-cinza
Essa atividade foi retirada do site www.baleiafranca.org.br e foi elabo-
rada pela equipe de educação ambiental do Projeto Baleia Franca.
Essa atividade foi retirada do site
www.smartkids.com.br
Descubra
quem não
faz parte do
conjunto
Encontradas desde o México
até o Brasil. Podem viver em terra,
rios ou mares. Em seu cardápio
estão inclusos crustáceos e peixes.
Nadam muito rápido e são
ativas do anoitecer ao amanhecer.
Durante o dia cos-
tumam dormir en-
tre pedras ou raízes
de árvores, onde
também fazem suas
tocas.
Formam grupos ge-
ralmente com uma
fêmea adulta e filhotes jovens. O
macho só se junta à fêmea em épo-
cas de reprodução.
Physeter catodon
Cachalote
Visitando a Ilha de Anhatomirim é
possível ver o esqueleto de um Cachalote no
Quartel da Tropa!
Eles são mais parecidos com os golfinhos
do que com as baleias! Isso porque são cetáceos e
possuem dentes. Medem até 18 metros.
Alimentam-se de muitos animais, como: lulas
gigantes, raias, peixes e crustáceos.
Lontra longicaudis - Lontra
Muito discretas, não gos-
tam de se exibir saltando como a
maioria dos
golfinhos.
Formam
pequenos
grupos, ge-
ralmente de
uma mesma família.
Sua cor pode variar entre
tons de marrom, cinza e amarelo.
Possuem mais de 200 den-
tes e se alimentam de peixes pe-
quenos, lulas e camarão.
Para conhecer mais:
www.projetotoninhas.org.br
Pontoporia blainvillei -
Toninha
Você sabia que...
Redes de arrasto de fundo são
artefatos de pesca que podem
causar sérios danos aos orga-
nismos que vivem no fundo dos
mares? Possuem forma de saco
e são arrastadas no fundo do
mar. Quando puxadas para a
superfície, capturam a maioria
dos animais que atingem.
São utilizadas na pesca do ca-
marão na região da APAA, mas
muitos outros organismos tam-
bém acabam sendo retidos aci-
dentalmente. Já foram encon-
trados: peixes de fundo, tarta-
rugas verdes, algas e até o nos-
so mascotinho... o boto-cinza.
Esse tipo de pesca é proibido
na região da APAA entre 1º de
março a 31 de maio, para evi-
tar que camarões jovens sejam
capturados.
Crustáceos
Xiphopenaeus kroyeri
Camarão sete barbas
Crustáceo encontrado desde o
Estados Unidos até o sul do Brasil
em profundidades de até 30 metros.
Os jovens vivem em estuários
(encontro de rios com mares). O má-
ximo de sua reprodução é de feverei-
ro a março.
As sete barbas facilitam a sua
alimentação.
Possuem grande importância
econômica, assim como o camarão-
branco (Litopenaeus shmitti) e o rosa
(Farfantepenaeus paulensis).
Maricultura
Cultivo de organismos marinhos em seus habitats na-
turais. Os cultivos mais importantes são os de mexi-
lhões (mitilicultura), ostras (ostreicultura) e cama-
rão (carcinicultura).
Vem se desenvolvendo muito rápi-
do no Brasil e é no Estado de
Santa Catarina que se concen-
tra grande parte do cultivo
de moluscos bivalves (ostras
e mexilhões), devido às boas condições oceano-
gráficas. Somos o 2º maior produtor da América
Latina!
Pesca Artesanal
A pesca artesanal do camarão sete barbas e branco é muito
forte na região da APA de Anhatomirim.
As comunidades Costeira e Caieira vi-
vem dessa atividade e 70% da população
de Governador Celso Ramos depende da
pesca. O principal método utilizado é o
caceio (rede suspensa na coluna d’água,
recolhendo camarões). Muitos pescadores artesanais na região da
APA que utilizam o caceio acabam sendo prejudicados pela pesca
de arrasto motorizada.
mexilhão
ostra
Caceio
Equinodermos
São animais marinhos que
possuem um corpo com simetria
radial (vários eixos de simetria
corporal - pedaços iguais).
As estrelas-do-mar e os ou-
riços são bons exemplos.
Estrelas do Mar
São equinodermos carnívoros (que
se alimentam de outros animais) que são
predadores ativos em cultivos de molus-
cos.
São animais bentônicos, ou seja, passam a maior parte do tempo de
sua vida junto ao fundo e, por isso, são muitas vezes capturados de forma
acidental pela pesca de arrasto.
Astropecten marginatus (estrela-do-mar)
Ouriços-do-mar
Equinodermos muito presentes nos
costões rochosos. Alimentam-se de algas.
Echinometra lucunter
Moluscos São animais de corpo mole, geral-
mente protegidos por conchas.
Podem viver em ambientes aquáticos, de
água doce ou marinha, ou terrestres, como os ca-
racóis que encontramos em nossos jardins.
Classificamos eles como Gastrópodas
(quando uma concha protege o seu corpo, como
nos caramujos), Bivalves (duas conchas
que se encaixam, como ostras e mariscos) e Ce-
falópodes (sem conchas, mas possuem uma ca-
beça bem desenvolvida, como as lulas e os polvos).
Mexilhão ou Marisco (Bivalve) - Perna perna
Muitos pescadores da região da APA de Anhatomirim vi-
vem da criação intensiva desse animal.
Possuem uma estrutura no interior do pé, chamada bisso,
que serve para fixação do organismo nas rochas. É por essa mes-
ma estrutura que se prendem às cordas em que são criados.
São filtradores de água e podem indicar se o ambiente está contaminado, pois
muitos poluentes ficam retidos nesses animais.
Lula (Cefalópode) - Lolliguncula brevis
Muito visadas pela pesca local. A espécie é encontrada geral-
mente próximo à costa onde as temperaturas variam entre 15 e 32° C.
Imita a forma de algas para evitar predadores e a forma, cor e o jeito de nadar de
pequenos peixes, camuflando-se no cardume para obter alimento.
Seu alimento predileto são os crustáceos, mas de vez em quando também comem
peixes, lulas e poliquetas (vermes com o corpo em forma de anéis).
Servem de alimentos para os golfinhos.
PPPeixeseixeseixes São animais vertebrados (que possuem vér-
tebras), com corpo alongado, barbatanas ou
nadadeiras, guelras ou brânquias
(órgãos que servem como pulmões, aju-
dando a pegar o oxigênio que está na á-
gua), e que são cobertos por escamas.
Peixes Ósseos – TELEÓSTEOS
São os peixes que possuem
suas espinhas mais rígidas com cál-
cio, como os nossos ossos.
Palombeta (Chloroscombrus
chrysurus), Anchoveta
(Centengraulis edentulus) e Espada
(Trichiurus lepturus) são as espé-
cies mais pescadas na Baía Norte.
Palombeta (Chloroscombrus chrysurus)
Anchoveta (Centengraulis
edentulus)
Espada (Trichiurus lepturus)
Você sabia…
O Cavalo-marinho é uma espécie
de peixe! Para se movimentar ele balança
as nadadeiras que tem nas costas e conse-
gue mexer seus olhos um de cada vez!
Vivem em locais mais quentes e se
alimentam de pequenos vermes,
moluscos e crustáceos.
O macho é quem car-
rega o filhote em uma bolsinha
até o momento de seu nasci-
mento.
1) Tipo de simetria
do corpo dos Equi-
nodermos.
2) Ambiente bentô-
nico formado por
rochas, onde vivem
muitos organismos
como cracas, ouri-
ços e anêmonas.
3) O organismo que vive associado ao fundo é um organismo
______. Dica: Ver onde fala sobre estrela-do-mar.
4) Tipo de rede utilizada na pesca do camarão e que captura,
acidentalmente, muitos outros organismos.
5) Vermes marinhos com o corpo em forma de anéis e que ser-
vem de alimento para lulas.
6) Parte do corpo que permite que os mexilhões se fixem às ro-
chas e às cordas em que são criados.
*Não utilize acentos
Peixes Cartilaginosos ou ELASMOBRÂNQUIOS
São peixes com espinhas feitas de cartilagem, um tecido
elástico e flexível como as nossas orelhas, e englobam as raias e
tubarões.
Cação, Raia ou Tubarão?
Raia e tubarão são dois tipos
diferenciados de peixe cartilaginoso.
Cação é o nome dado pelo pescador
para facilitar a venda de tubarão pa-
ra a comunidade.
Rhizopriondon porosus
Raias vivem, preferencialmente,
junto ao fundo do mar. A raia
viola está amea-
çada de extin-
ção e sua pesca
é proibida, con-
tudo ain-
da conti-
nua sendo pescada através das
pescas de arrasto e de anzol.
Raia Viola (Rhinobatos percellens) Tubarões vivem no ambiente
pelágico (coluna d’água), em sua
maioria, tendo também algumas
espécies que vivem próximas ao
fundo, onde encontram alimen-
tos.
Você Sabia?
Os ovos de tubarões
e raias são muito pareci-
dos, e podem ser encontra-
dos nas praias depois que o
jovem já deixou a estrutu-
ra. Você já viu um desses?
Vivíparos X Ovovivípa-
ros X Ovíparos
Ovíparos são aqueles que colo-
cam ovos para gerar um filhote
e este se desenvolve fora do cor-
po da mãe. Já os vivíparos têm
seu filhote desenvolvido na bar-
riga, como ocorre com os mamí-
feros. No entanto, a maioria dos
tubarões é ovovivíparo, o que
significa que os filhotes se de-
senvolvem em ovos dentro da
barriga da mãe.
Chamados de cação pelos pescadores locais, esses animais são capturados principalmente pelas redes de pesca. O tubarão-martelo é
uma espécie ameaçada de extinção, sua pes-ca é proibida, mas ainda continuam caindo
nas redes acidentalmente.
Testando seus conhecimentos:
Répteis Tartarugas Marinhas
Isso mesmo! Tartarugas são répteis, você sabia?
Sua carapaça é formada por escamas originadas da pele,
possuem membros pares geralmente com cinco dedos, são oví-
paros e possuem pulmões, por isso é necessário que subam à
superfície para respirar! É herbívora, alimenta-se de algas e
vai aos costões para se alimentar.
No Brasil podemos encon-
trar 5 espécies de tartarugas mari-
nhas. A espécie Chelonia mydas,
ou tartaruga verde é a espécie mais
encontrada no litoral de SC, porém
encontra-se ameaçada de extinção.
Esta espécie pode atingir até 1,20m
de comprimento e pesar até 350 kg.
Quando se prendem às redes elas podem não morrer na hora, es-
tando “desmaiadas por afogamento”. Assim, podem ser reanima-
das.
Florianópolis está no
corredor de passagem desses
animais, ou seja, no meio do
trajeto que elas fazem entre o
lugar que costumam ficar e o
local que usam para se reprodu-
zirem. Aqui na Ilha e nos arre-
dores elas param para se ali-
mentar e descansar. Apesar de
ser raro, já foi visto um caso de
desova na Praia do Campeche,
aqui na Ilha de Santa Catari-
na.
O Projeto Tamar em Santa Catarina auxilia na reabilitação, no Cen-
tro de Tratamento, das tartarugas machucadas pelas redes de pesca e também
daquelas que estão doentes por ingerir lixo marinho. Quando estão saudáveis são
pesadas, marcadas com uma marcação de metal (para identificá-las mais tarde,
caso sejam capturadas novamente) e é coletado um pedacinho de seu tecido para
estudo. Depois são liberadas ao mar.
Representação do ciclo de vida das tartarugas.
Visitantes marinhos
Um Elefante-marinho já foi encontrado no
manguezal de Ratones em Florianópolis. O
animal ficou preso quando a maré baixou,
mas conseguiu sair da Reserva Ecológica de
Carijós quando a maré subiu. Ele deve ter
vindo da colônia (grupo de animais da mesma
espécie) que está localizada no estado do Rio Grande do Sul.
O Pinguim-de-Magalhães (Spheniscus
magellanicus) é uma espécie de ave marinha
classificada como Quase Ameaçada. Repro-
duz-se em colônias numerosas distribuídas pela
Argentina, Ilhas Falkland (Malvinas) e Chile,
vindo em algumas épocas do ano para o Brasil.
Pinguins de Magalhães
encontrados na Lagoa da
Conceição, 2009.
Diversidade de Vegetação
Costeira Local
Restinga Plantas adaptadas ao solo arenoso, como a areia da praia, e estão acostumadas
com a grande quantidade de sal que tem a água do mar, uma vez que serão atingidas com a
variação de marés. Geralmente são plantas rasteiras com
longos caules e, quanto mais longe do mar ou do corpo de
água presente, maiores vão ficando as árvores.
Muitos animais utilizam essa vegetação, como os
caranguejos, lagartos, aves e, inclusive, as tartarugas mari-
nhas. Ajuda a manter as dunas no seu lugar, evitando que a
areia não seja levada pela ação das ondas. Também ajuda
na absorção da água da chuva, reduzindo o risco de enchen-
tes.
Manguezal Encontra-se em regiões de encontro entre águas de rio e
mar e em lagunas, desenvolvendo-se em áreas planas que
são inundadas na maré alta.
Esse ecossistema é considerado um grande “berçário” natu-
ral, pelo fato de ser o lar de muitas espécies vegetais e ani-
mais.
Mata Atlântica Encontra-se na região costeira do Brasil. Esta é a floresta mais rica do mundo em diver-
sidade de árvores e possuem por volta de 1,6 milhões de espécies de animais, incluindo os insetos.
No entanto, é o segundo ambiente mais ameaçado de extinção do mundo.
O nosso Estado é o terceiro com maior percentual de Mata Atlântica no país. Na Ilha de
Santa Catarina, a Mata Atlântica distribui-se principalmente nas encostas dos morros.
Por lei é um bem de todos os cidadãos brasileiros, sendo a sua preservação um dever
de todos.
Projeto Tamar
Desde 1980 desenvolvendo pesquisas de conservação
e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas
que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção.
Coral Sol
Uma iniciativa de por fim à proliferação do Coral-Sol,
espécie que invadiu os costões rochosos do litoral bra-
sileiro e agora está ameaçando a vida de muitos orga-
nismos que vivem nos mesmos locais.
Baleia Franca
O projeto busca garantir a sobrevivência e a recupe-
ração populacional da baleia franca em águas brasi-
leiras, agindo principalmente na região entre a Ilha de
Santa Catarina e o Cabo de Santa Marta.
Projeto Ilhas do Sul
Nasceu dentro da Universidade Federal de Santa Ca-
tarina e tem como objetivos principais: estudar os ani-
mais marinhos dessas Ilhas, analisar como eles se distri-
buem e analisar o funcionamento das Unidades de
Conservação (Ucs).
Projeto Vizinhos do Arvoredo
Trabalha na conscientização das pessoas em relação
às áreas marinhas protegidas e à conservação do am-
biente marinho através da divulgação de dados cien-
tíficos sobre a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo.
CONHEÇA ALGUNS PROJETOS E ONGS
DE SANTA CATARINA HICKMAN, C.P.JR.;ROBERTS, L.S.;LARSON, L. Princípios inte-
grados de Zoologia. 11ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2004.
RIBEIRO-COSTA, C.S.; ROCHA, R.M. Invertebrados: Manual de
Aulas Práticas. Ribeirão Preto: Holos, 2006.
PEREIRA, R.C.; SOARES-GOMES, A. Biologia marinha. 2ª. ed.
Rio de Janeiro: Interciência, 2009.
CONFIRA AQUI SUAS RESPOSTAS