Revista Elo

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A serviço da Igreja de Dourados, a Diocese do Coração Distribuição Gratuita. Venda proibida. Ano XXXV - nº 399 - Março/2016

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Março 2016

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A serviço da Igreja de Dourados, a Diocese do Coração

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A Palavra do Pastor Sobre minha ordenação Episcolpal!

Revista Elo - Março/2016 - Ano XXXV - nº 399Diretor: Pe. Marcos Roberto P. SilvaEquipe Revista Elo: Dom Henrique A. de Lima; Dom Redovino Rizzardo; Padre Jander da Silva Santos; Seminarista Éverton F. S. Manari; Estanislau N. Sanabria; Adriana dos Santos Gonçalves; Maria Giovanna Maran; Suzana Sotolani; Ozair Sanabria.Diagramação e Projeto Gráfico: Michelle Picolo CaparrózPropriedade: Mitra Diocesana de DouradosTelefone: (67) 3422-6910 / 3422-6911Site: www.diocesededourados.com.brContatos e sugestões: [email protected]ão: Gráfica Infante Tiragem: 17.530 exemplaresCapa: Foto de Edson Ribeiro - DRT/MTB 050

Índice

Expediente

Pe. Marcos Roberto P. [email protected]

Apresentação

Patrocinadores

Palavra de vida“O Reino de Deus já chegou até vós” (Lc 11,20)

Testemunho de vidaSão Nicolau de Flue

A Palavra do PapaMensagem do Papa Francisco para a Campanha da Fraternidade 2016

Opiniões que fazem opiniãoA verdade de cada um

Círculos bíblicos

Pergunte e responderemosO Ano Santo da Misericórdia fala das indulgências. Posso ser sincera? Nunca entendi o seu significado...

A Diocese em revista

Vida em FamíliaQual o valor da minha família em minha vida?

A Igreja em ServiçoCáritas Brasileira

Fatos em foco

Fique por Dentro!

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Bem vindos à edição de março da Revista Elo. Nela te-mos a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a vida de Dom Henrique Aparecido de Lima, ordenado e empossado como bispo diocesano para a nossa Igreja, no dia 30 de janeiro de 2016, em sua catedral diocesana.

A capa contempla uma linda cena: O momento em que a mãe de Dom Henrique, vai ao seu encontro já como bispo, e sentando em sua cátedra, para lhe desejar o abraço da paz pela primeira vez dele como bispo, empossado em sua diocese. Para quem deseja saber mais sobre a história de nosso pastor, bem como, seu modo de pensar, sentir e ver, terá a disposição as páginas: A Palavra do Pastor (p. 3), Vida em família (p.14), e A Diocese em Revista (p. 17). Também a página Fatos em focos (p. 18) traz, exclusivamente, as fotos de sua ordenação e posse.

Nesta revista temos motivos também para nos alegrar com a continuidade da participação de nosso bispo emérito, dom Redovino Rizzardo, que prontamente se dispôs a pros-seguir como membro da equipe Elo. Façamos proveito de sua grande capacidade de reflexão e maestria com a letras. Sua participação se encontra nas páginas Palavra de Vida (p.4), Testemunho de Vida (p. 5) e Pergunte e Responderemos (p. 13).

Não podemos também deixar de ler a mensagem do Papa Francisco para a Campanha da Fraternidade deste ano. Que certamente muito irá contribuir para nossa motivação e consciência acerca deste importante tema para a nossa huma-nidade.

A revista Elo sempre preocupada em oferecer subsídios celebrativos para nossas pequenas comunidades e paróquias, além de trazer os Círculos Bíblicos (p. 9-12), oferecerá nesta edição, uma proposta de roteiro celebrativo para as “24 horas para o Senhor” que deverá acontecer entre os dias 04 e 05 de março, em todo o mundo. Já que esta é uma das realidades concretas pedida pelo Sumo Pontífice, por ocasião do Ano Santo da Misericórdia.

E para finalizar a apresentação deste número da revista Elo, também convido a todos para conhecer e aprofundar-se um pouco mais sobre a Cáritas, através da página a Igreja em serviço, já que ela é um importante órgão de nossa Igreja Católica, que trabalha em favor dos Direitos Humanos e do desenvolvimento sustentável e solidário. Vale a pena ver.

Desejo ainda uma ótima leitura desta edição, elaborada especialmente para to-dos que querem se informar e formar-se, sempre em sintonia com a nossa diocese! Abraço Fraterno.

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Sobre minha ordenação Episcopal!A Palavra do Pastor

Dom Henrique A. de Lima, CSsRBispo Diocesano

A minha Ordenação Episcopal realizada no dia 30 de janeiro de 2016 na Catedral de Dourados, Diocese à qual fui também empossado como Bispo Diocesano, foi para mim muito frutífero. Foi um mo-mento de evangelização em todos os sentidos: para eu mesmo; para minha família, que esteve em grande número participando. Para meus amigos e tantas pes-soas de paróquias onde trabalhei como vigário, páro-co, diretor espiritual em tantas áreas etc. Para a minha Província Redentorista que compreende os estados do Mato Gross do Sul e Paraná. Para os redentoristas do Brasil. E com certeza para todos da Diocese de Doura-dos: O Clero diocesano, os diáconos permanentes, os Religiosos (as) que nos ajudam a evangelizar o povo de Deus, desta região, para os seminaristas que estão realizando sua caminhada vocacional, para todas as lideranças, em todos os sentidos pastorais, dentro da Diocese, enfim, para todo o Povo de Deus.

Para mim, + Henrique, CSsR foi um momento extraordinário na minha vida. Pois, quando fui eleito bispo, uma das coisas que eu fiquei meditando foi, onde seria a ordenação? Quando foi anunciada pela CNBB, dia 21 de outubro de 2015, Dom Redovino, CS, bispo emérito desta Diocese já me ligou, pergun-tando se eu não gostaria de realizar minha ordena-ção aqui, pois, havia um grande desejo por parte da Diocese. Na verdade eu estava sendo o sexto bispo nomeado pra esta diocese e apenas um realizou sua ordenação episcopal aqui, há muitos anos. Fiquei pensativo porque, das Paróquias que também traba-lhei, no mesmo momento estavam oferecendo seus espaços para a minha ordenação, inclusive recebi convites também das autoridades civis. Eram luga-res que eu trabalhei, conhecia as lideranças enfim, foi uma decisão difícil para mim. Porém, sabendo que iria trabalhar aqui, que o meu futuro seria aqui, de-cidi agradecer as Paróquias redentoristas e acolher a proposta feita por Dom Redovino Rizzardo, CS.

A partir daí passei a vir várias vezes para me inteirar da vida da Diocese com Dom Redovino, ou-tros padres e encaminhar os trabalhos litúrgicos da ordenação. Senti o carinho de todos comigo e a gra-tidão em ter aceitado ser ordenado aqui. Senti uma diocese envolvente e isso me fez muito bem, huma-namente e espiritualmente.

Durante os três meses de preparação para mi-nha ordenação, foi muito bonito, foi tocante. Pude sentir a força da liderança nesta diocese, nos mais variados níveis e a vontade de participar, de ajudar, fazer parte dessa história. A abertura das famílias para acolher meus familiares, parentes, amigos, li-deranças católicas de tantos outros lugares do Brasil

e também meus confrades redentoristas de várias partes do Brasil e enfim os bispos que aqui se fizeram presentes. Foi maravilho-so. Funcionou tudo muito bem. Todos foram embora felizes e dizendo como fo-mos bem acolhidos. A lin-guagem é uma só até hoje. Que festa maravilhosa.

No dia da ordenação o carinho, a espirituali-dade, a participação inclusive de todos os clérigos, das lideranças da diocese. Todo o envolvimento es-piritual foi fantástico. Uma das coisas mais lindas foi o grande número de pessoas. A Catedral e o Salão da Catedral encheram. Milhares de pessoas partici-pando através dos telões, na Praça Antônio João. Foi muito bonito o espírito orante de quem estava ali. O silêncio e a espiritualidade ecoaram como testemu-nho pra muitas pessoas. Um silêncio só, participa-ção integrada: dentro e fora da Catedral. Inclusive quando realizei a bênção, após o rito da ordenação, fiz questão de dar a bênção lá fora também. Foi mui-to tocante ver aquela multidão com seu banquinho e o seu guarda-chuva pois, chovia muito naquele dia.

São nesses e tantos outros momentos que a gente sente a Graça de Deus e sua presença em nos-so meio é quase palpável. Lembra a frase do próprio Cristo: Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome eu estou ali no meio deles. Ali era uma multidão orante, de coração contrito, no coração de Deus. Para mim foi uma experiência espiritual sem comparação.

Quero mais uma vez agradecer cada um, cada uma que se envolveu de uma forma ou de outra, para que tudo isto acontecesse de maneira tão bela. Quero agradecer de modo particular a Dom Redo-vino que, mesmo abalado com sua saúde, fez todo o esforço, sem reservas, para que tudo pudesse con-tribuir para o melhor. Muito obrigado Dom Redovi-no. Muito obrigado aos clérigos (padres e diáconos permanentes), aos religiosos (as), aos seminaristas, as lideranças e todo o povo de Deus da Diocese de Dourados. Esta marca histórica, com certeza, eu levarei por toda a minha vida. Parabéns a todos. Muito obrigado pelo carinho!

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Palavra de Vida

“O Reino de Deus já chegou até vós” (Lc 11,20)

Pe. Fábio Ciardi

Era isso que o povo he-breu do tempo de Jesus estava esperando. Foi isso que Ele começou a anunciar logo no início de sua caminhada pelos povoados e cidades: “O Reino de Deus está próximo” (Lc 10,9). E pouco depois: “O Reino de Deus já chegou até vós”; “O Rei-no de Deus está no meio de vós” (Lc 17,21).

Na pessoa de Jesus, era o próprio Deus que vinha para o meio de seu povo e retomava em mãos a história com deci-são e com força, para condu-zi-la à sua meta. Os milagres realizados por Jesus eram os sinais disso.

No trecho do Evangelho em que se encontra esta Pa-lavra de Vida, Ele acabara de curar um homem mudo, li-bertando-o do demônio que o mantinha aprisionado. Era a demonstração de que Ele vie-ra para vencer o mal, todo mal, e para instaurar finalmente o Reino de Deus.

Na linguagem hebraica, esta locução “Reino de Deus” indicava a ação de Deus em favor de Israel, libertando-o de toda forma de escravidão e de todo mal, guiando-o rumo

rece até hoje. Mas, para fazer o sonho se tornar realidade, Chiara convidava os jovens a viver o amor mútuo, na certe-za de que agindo assim, eles haveriam de ter entre eles “o próprio Cristo, o Todo-podero-so. E Dele vocês poderão esperar tudo”.

Sim, é Ele o Reino de Deus.

E qual é a nossa parte? Fazer com que Ele esteja sem-pre presente entre nós. Então, continuava Chiara, “será Ele mesmo que trabalhará com vocês nos seus países de origem, por-que Ele voltará de algum modo ao mundo, a todos os lugares em que vocês se encontrarem, tendo--se tornado presente por meio do amor recíproco entre vocês, da unidade de vocês. E Ele os ilumi-nará a respeito de tudo o que ti-verem de fazer, Ele os orientará e sustentará, será a sua força, o seu ardor, a sua alegria. Por meio Dele o mundo ao redor de vocês se con-verterá à concórdia, toda divisão será recomposta. Portanto: amor entre vocês e amor semeado em muitos cantos da terra, entre os indivíduos, entre os grupos, en-tre os países, com todos os meios, para que se torne realidade a in-vasão de amor da qual hoje tanto se fala, e cresça em consistência, inclusive pela atuação de vocês, a civilização do amor que todos esperamos. É a isso que vocês são chamados. E verão coisas grandes”.

à justiça e à paz, inundando--o de alegria e de bem; aquele Deus que Jesus revela como “Pai” misericordioso, amoroso e cheio de compaixão, sensí-vel às necessidades e aos so-frimentos de cada um de seus filhos.

Também nós temos ne-cessidade de escutar o anúncio de Jesus: “O Reino de Deus já chegou até vós”.

Olhando ao nosso redor, muitas vezes temos a impres-são de que o mundo está do-minado pelo mal, de que os violentos e os corruptos aca-bam prevalecendo. Às vezes nos sentimos à mercê de forças contrárias, de eventos amea-çadores que nos sobrepujam. Sentimo-nos impotentes dian-te de guerras e catástrofes am-bientais, de massacres e mu-danças climáticas, de migra-ções e de crises econômicas e financeiras.

Justamente aqui se situa o anúncio de Jesus, convidan-do-nos a crer que Ele, desde já, está vencendo o mal e estabe-lecendo um mundo novo.

No mês de março de 25 anos atrás, falando a milhares de jovens, Chiara Lubich con-

fiava a eles o seu sonho: “Tornar o mundo melhor, como se fosse uma única família, como se per-tencesse a uma única pátria, a um mundo solidário, ou melhor, a um mundo unido”. Naquele tempo isso parecia uma utopia – como pa-

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São Nicolau de FlueTestemunho de Vida

O santo mais popular e padroeiro da Suíça, Nicolau foi um cristão fervoroso e um solda-do destemido, sempre pronto a atuar na defesa e pela grandeza da pátria.

Nascido a 21 de março de 1417, numa família nobre, mas empobrecida, em Unterwald, quando jovem manifestou o dese-jo de ser monge ou eremita. Não pôde realizar então sua vocação, pois seus pais precisavam dele para as lidas no campo, e lhe pe-diram que casasse. A esposa, de nome Doroteia Wyss, era uma jo-vem também muito religiosa, que se tornou mãe de dez filhos, cinco homens e cinco mulheres. Dois deles chegaram a ser governado-res do Cantão, desincumbindo-se do cargo com honra e eficiência. Um terceiro, que estudou em Pa-ris, tornou-se sacerdote, doutor em teologia. Um dos netos, Conra-do Scheuber, morreu em conceito de santidade.

Com intensa participação na vida política de seu país, em momentos de crise social, Nicolau participou de várias expedições militares, lutando pela emancipa-ção e pela liberdade dos Cantões que passaram a formar a Suíça. Aos 50 anos, era tão grande seu prestígio de homem correto e va-loroso, que seus concidadãos in-sistiram para que aceitasse a chefia do Estado – coisa que ele recusou, porque pensou que havia chegado o momento de realizar sua antiga vocação religiosa.

Foi assim que, no dia 16 de outubro de 1467, depois de pôr em ordem seus negócios e de di-vidir seus bens, Nicolau vestiu uma longa túnica e, com um bas-tão de peregrino numa das mãos e o terço na outra, despediu-se de seus parentes e amigos e se dispôs a iniciar uma vida totalmente vol-tada para Deus. Com o consenti-

mento da esposa, passou a viver na oração e na penitência, numa cabana que ele mesmo construiu em Ranft, num local ermo e soli-tário. Por travesseiro tinha uma pedra e, como cama, uma tábua dura. A admiração que seus conci-dadãos sempre lhe votaram trans-formou-se então numa profunda veneração, sobretudo quando se soube que, durante os vinte anos que passou na solidão, não tomou nenhum alimento senão a Eucaris-tia.

Eis como o Pe. Osvaldo Is-ner, pároco de Kerns, descreveu o fato no livro-tombo da paróquia, em 1488: «Onze dias depois que Ni-colau começou a se abster de alimen-tos naturais, me procurou para per-guntar se devia parar ou continuar. Em seus membros não restava senão pouca carne, pois tudo estava desseca-do até a pele. Quando vi e compreendi que isso não podia provir senão da boa fonte do amor divino, aconselhei-o que persistisse na prova tão longamente quanto lhe fosse possível suportar sem perigo de morte. Foi o que fez: desde esse momento até a sua morte – quer dizer, por volta de vinte anos e meio – continuou a se abster de qualquer alimento corporal. Ele me confessou que, quando assistia à missa e o padre comungava, recebia uma força que lhe permitia permanecer sem comer e sem beber, pois de outro modo não poderia resistir».

A oração e o recolhimento a que Nicolau se entregava dia e noite não o impediam de manter sempre um contato vivo e salutar com a situação social e política de sua terra. Pacificador e inimigo da violência, sempre que necessário deixava seu eremitério e acorria para onde as necessidades o cha-mavam, como, por exemplo, nas ameaças de guerra internas e ex-ternas. Apesar de nunca fugir dos compromissos, inclusive nos cam-pos de batalha, ele optou sempre

pelo diálogo e pela reconciliação entre as partes envolvidas. Se a Suíça é hoje um país neutro e pa-cífico, que dificilmente se envolve em guerras ou conflitos interna-cionais, deve-se em grande parte à influência do «Irmão Klaus”, como era, e continua sendo, chamado por todos os suíços.

Foi conselheiro espiritual e moral de uma multidão de pes-soas, que o procuravam constan-temente em busca de conforto e apoio.

Eis como um antigo manus-crito sintetiza a atuação de Nico-lau: «Retirar-se do mundo não signi-ficou para Nicolau o fim de sua ação histórico-política. Foi, antes, o início de uma fase ainda mais comprometi-da. Nicolau fora juiz e conselheiro em seu Cantão, deputado na Dieta Fede-ral de 1462 e recusara o cargo de chefe de Estado. O seu influxo nos assuntos federais se demonstrou no Tratado de Paz Perpétua com a Áustria, em 1473. Evitando a guerra civil, fortaleceu a unidade da Suíça, o que lhe valeu o título de “Pai da Pátria”. Em 1481, quando o Cantão Unterwald queria separar-se de Lucerna e de Zuri-que – o que poria fim à existência da Confederação – um emis-sário da Assembleia, que se dispunha a homologar a ruptura, levou a notícia ao ermitão de Ranft. Ni-colau passou a noite redi-gindo um projeto de constituição que, no dia seguinte, foi aprova-do por unanimidade pela mesma Assembleia, restabelecendo para sempre a unidade e a paz».

Nicolau morreu em Sa-chseln, a 21 de março de 1487, no mesmo dia em que com-pletava 70 anos de vida. Foi beatificado em 1669 e canoni-zado em 1947. Sua memória é celebrada pela Igreja no dia 21 de março e, como herói da pátria, no dia 25 de setembro.

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A Palavra do Papa

Mensagem do Papa Francisco para a Campanha da Fraternidade 2016

Queridos irmãos e irmãs do Brasil!Em sua grande misericórdia, Deus não se

cansa de nos oferecer sua bênção e sua graça e de nos chamar à conversão e ao crescimento na fé. No Brasil, desde 1963, se realiza durante a Quaresma a Campanha da Fraternidade. Ela propõe cada ano uma motivação comunitária para a conversão e a mudança de vida. Em 2016, a Campanha da Fraternidade trata do saneamento básico. Ela tem como tema: «Casa comum, nossa responsabilidade». Seu lema bíblico é tomado do Profeta Amós: «Quero ver o direito brotar como fonte e a justiça qual riacho que não seca» (Am 5,24).

É a quarta vez que a Campanha da Fraternidade se realiza com as Igrejas que fazem parte do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC). Mas, desta vez, ela cruza fronteiras: é feita em conjunto com a Misereor, iniciativa dos católicos alemães que realiza a Campanha da Quaresma desde 1958. O objetivo principal deste ano é o de contribuir para que seja assegurado o direito essencial de todos ao saneamento básico. Para tanto, apela a todas as pessoas convidando-as a se empenharem com políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Comum.

Todos nós temos responsabilidade por nossa Casa Comum, ela envolve os governantes e toda a sociedade. Por meio desta Campanha da Fraternidade, as pessoas e comunidades são convidadas a se mobilizar, a partir dos locais em que vivem. São chamadas a tomar iniciativas em que se unam as Igrejas e as diversas expressões religiosas e todas as pessoas de boa vontade na promoção da justiça e do direito ao saneamento básico. O acesso à água potável e ao esgotamento sanitário é condição necessária para a superação da injustiça social e para a erradicação da pobreza e da fome, para a superação dos altos índices de mortalidade infantil e de doenças evitáveis, e para a sustentabilidade ambiental.

Na encíclica Laudato si’, recordei que «o acesso à água potável e segura é um direito humano essencial, fundamental e universal, porque determina a sobrevivência das pessoas e, portanto, é condição para o exercício dos outros direitos humanos» (n. 30) e que a grave dívida social para com os pobres é parcialmente saldada quando se desenvolvem programas para prover de água limpa e saneamento as populações mais

pobres (cf. ibid.). E, numa perspectiva de ecologia integral, procurei evidenciar o nexo que há entre a degradação ambiental e a degradação humana e social, alertando que «a deterioração do meio ambiente e a da sociedade afetam de modo especial os mais frágeis do planeta» (n. 48).

Aprofundemos a cultura ecológica. Ela não pode se limitar a respostas parciais, como se os problemas estivessem isolados. Ela «deveria ser um olhar diferente, um pensamento, uma política, um programa educativo, um estilo de vida e uma espiritualidade que oponham resistência ao avanço do paradigma tecnocrático» (Laudato si’, 111). Queridos irmãos e irmãs, insisto que o rico patrimônio da espiritualidade cristã pode dar uma magnífica contribuição para o esforço de renovar a humanidade. Eu os convido, principalmente durante esta Quaresma, motivados pela Campanha da Fraternidade Ecumênica, a redescobrir como nossa espiritualidade se aprofunda quando superamos «a tentação de ser cristãos, mantendo uma prudente distância das chagas do Senhor» e descobrimos que Jesus quer «que toquemos a carne sofredora dos outros» (Evangelii gaudium, 270), dedicando-nos ao «cuidado generoso e cheio de ternura» (Laudato si’, 220) de nossos irmãos e irmãs e de toda a criação.

Eu me uno a todos os cristãos do Brasil e aos que, na Alemanha, se envolvem nessa Campanha da Fraternidade Ecumênica, pedindo a Deus: «ensinai-nos a descobrir o valor de cada coisa, a contemplar com encanto, a reconhecer que estamos profundamente unidos com todas as criaturas no nosso caminho para a vossa luz infinita. Obrigado porque estais conosco todos os dias. Sustentai-nos, por favor, na nossa luta pela justiça, o amor e a paz» (Laudato si’, 246). Aproveito a ocasião para enviar a todos minhas cordiais saudações com votos de todo bem em Jesus Cristo, único Salvador da humanidade e pedindo que, por favor, não deixem de rezar por mim!

Vaticano, 22 de janeiro de 2016.

Franciscus PP.

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Vestida de hábito, freira surpreende com acrobacias

no gelo

A Igreja é Notícia

Papa Francisco e Ronaldinho convocam o

segundo “Futebol pela paz”

O governo chinês removeu 18 cruzes na província de

Zhejiang

Mensagem da CNBB sobre o combate ao Aedes Aegypti

“Tu me restauraste a saú-de e me deixaste viver”

(Is 38,16b)

O Conselho Epis-copal Pastoral (CON-SEP), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, reunido em Brasília-DF, nos dias 3 e 4 de fevereiro de 2016, con-clama toda a Igreja no Brasil a continuar e intensi-ficar a mobilização no combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, do vírus zika e do chikungunya. Com um grande mutirão, que envol-va todos os setores da sociedade, seremos capazes de vencer estas doenças que atingem, sem distin-ção, toda a população brasileira.

No dia 03 de fevereiro de 2016 Papa Francisco e o famoso jogador brasileiro Ronaldinho, entre outros, convocaram a nova edição dos jogos inter-religiosos pela paz, o qual acontecerá

no dia 29 de maio, no Estádio Olímpico de Roma. A iniciativa do Futebol pela Paz nasceu em abril de 2013, quando o Santo Padre recebeu as seleções de futebol da Argentina e da Itália que fizeram um jogo beneficente.“O Futebol pela Paz quer demonstrar que somos capazes de fazer paz com o jogo, com a arte. Convido todos a este jogo”, afirmou o Santo Pa-dre.

Um novo viral causou sensação na Internet no mês de janeiro: o vídeo de uma freira fazendo patinação artística no gelo. Um jovem chamado David Fico gravou o vídeo com seu celular, colocou-o na Internet. Em um post publicado em seu blog, David contou a história: ele levou sua irmã de sete anos para patinar e, de repente, chegou um grupo de dez religiosas. “Uma das freiras começou a fazer acrobacia (pulando e dando voltas no ar). A minha irmã pediu que lhe ensinasse alguma manobra. Todo mundo estava olhando para ela… mas por quê? Porque não esperavam ver freiras sorrindo, divertidas e felizes. Isto é o que realmente me comoveu. Este sentimento de felicidade pura que brilha nelas”, escreveu.

As autoridades cristãs dizem que não está cla-ro se a retirada já estava programada ou é uma nova onda de perseguições. As autoridades da província de Zhejiang começaram mais uma vez a retirar cru-zes das igrejas, 18 só neste ano. Depois de retirar mais de 1.500 cruzes católicas de igrejas católicas e protestantes em Zhejiang desde o final de 2013, a campanha parecia ter abrandado em setembro do ano passado. Enquanto isso, as autoridades insis-tem que as suas ações são voltadas às construções ilegais, não contra a religião, informou o Zenit (Site oficial da Santa Sé) no último dia 5 de fevereiro.

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Opiniões que fazem opinião

Rubem AmoresePresbítero da Igreja Presbiteriana

do Planalto, em Brasília

A verdade de cada umSe Deus quiser, 2016 será, para mim, o ano

da verdade. Sou de uma geração em que a verdade importava. E vivo à procura da verdade das coisas. Uma busca meio instintiva e, talvez, quixotesca. A penumbra da política, da ciência encomendada, da ideologia, dos partidarismos, dos modismos, das religiões, das certezas, tudo isso me tira o conforto: Verdade? Mentira?

Parece que a geração atual não se incomoda tanto com isso. Num dia, o ovo faz mal, no outro, é saudável. Ontem, o aspartante derretia o cérebro e hoje é reabilitado. Café é veneno. Café faz bem. E o chocolate? E o Kit de primeiros socorros nos carros? E o indispensável extintor de incêndio? E a verda-de?

Eu torço pela desmoralização pública das mentiras e dos mentirosos. Sejam eles mestres, jor-nalistas, pastores, cientistas, políticos, governos, magistrados ou presidentes.

Abro o jornal e encontro a informação de que uma família americana resolveu deixar o filho deci-dir se será menino ou menina. E ele, agora com dez anos, ainda está em dúvida. Os pais dizem que ele está feliz. Só reclamam da discriminação no colégio, quando ele resolve que, naquele dia, é uma menina.

Melhor consultar o caderno de ciências. Cos-tumam ser mais verdadeiros. Um estudo realizado na Universidade de Essex, na Inglaterra, diz que não existem mulheres heterossexuais. De acordo com os pesquisadores, elas sempre são bissexuais ou gays, mesmo que afirmem o contrário.

Melhor mudar para a política. E leio: “Um dia a história revelará que não houve mensalão; que o mensa-lão não existiu”. Procuro outra notícia e leio: “Não há corrupção no meu governo”. Mas, mas...

Melhor voltar para o meu por-to seguro: o meio evangélico. Ah, o mundo dos discípulos de Jesus!

Mas, espere, vejo pastores vendendo água do Jor-dão para curar artrite. Será? Sal grosso para inveja? Azeite da Terra Santa para orações fortes? Templo de Salomão em São Paulo? Será?

Melhor procurara um belo sermão de inspira-ção na internet. “Tenho vergonha da Igreja evangélica; não quero mais ser chamado de evangélico”. Ai, ai!

Hoje, todos têm a sua verdade. E fazem ques-tão de dizê-la. Muitas vezes, sem cuidado, sem te-mor. Mesmo entre nós.

Parece que estamos vivendo o tempo de Isaí-as: “O direito se retirou e a justiça se pôs ao longe. A ver-dade anda tropeçando pelas praças, e a retidão não pode entrar. Sim, a verdade sumiu, e quem se desvia do mal é tratado como presa” (Is 59.14-15).

A velocidade e a quantidade das informações que recebemos e a consequente fragmentação do nosso conhecimento nos levam a relativizar tudo. E acabam por nos empurrar para uma “equidistân-cia” quase cínica de tudo o que se apresente como fato, como verdade. Confesso que me deixei angus-tiar ao ver o ladrão sendo tratado como herói e ban-dido como referência nacional. Com direito a ser sufragado nas urnas como representantes do povo.

Então, na minha angústia, procurei por Deus em oração e lhe perguntei: “Senhor, a verdade mor-reu? Perdeu-se na escuridão de uma geração rebelde?”. E o ouvi dizer ao meu coração: “Por que você está aflito e me pergunta isso? Não estamos nós dois, aqui, conver-sando? O que mais seu coração deseja? Ande, você, na minha presença”.

Eu entendi. Aquietei-me. E dormi em paz.

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Círculos Bíblicos

Acolhida: Preparar ambiente com a Palavra, plantas e folhagens.

Animador/a: A Igreja há muito tempo está nos alertando a res-peito da degradação do planeta, nossa casa comum. Desde o Papa João XXIII todos os Papas escre-veram sobre essa questão. Ago-ra vamos nos debruçar de forma responsável, sobre o tema de eco-logia. Iniciemos cantando:Bom é poder estar aqui...

ABRINDO OS OLHOS PARA VERAnimador/a: “Na grandeza e na beleza das criaturas, contempla--se, por analogia, o seu Criador” (Sab 13, 5). Devemos contemplar a natureza como um livro aberto onde Deus revela o seu amor e o seu poder. Leitor/a 1 – São Paulo nos ensina que o Deus invisível se torna vi-sível, através da sua criação, das suas obras (Rm 1, 20). Contem-plemos a natureza como um con-vite eloquente de louvor e adora-ção ao nosso Criador.

Leitor/a 2 – Devemos zelar pela natureza. Se ela nos faz perceber a grandeza e o poder de Deus, devemos protegê-la. Vamos can-tar agradecendo a Deus por tudo o que Ele nos dá. Todos: Canto: Obrigado Senhor.

ORAÇÃO INICIALAnimador/a: Rezemos o Salmo 103, respondendo com fé e con-vicção:Todos: Ó Senhor, quão variadas são as vossas obras! Feitas todas com sabedoria, a terra está cheia das coisas que criastes.

Leitor/a 1: Salmo 103, 1-9Leitor/a 2: Salmo 103, 10-18Leitor/a 3: Salmo 103, 18-22

Canto: Quero louvar-te, sempre mais e mais...

ESCUTANDO A PALAVRAAnimador/a: Jesus nos alerta que devemos confiar na providência divina. O cuidado de Deus sobre nós vai além das nossas limita-ções, apesar de nossas preocupa-ções.Canto: Toda Bíblia é comunicação...

Leitor/a 1: Mateus 6, 25-30 Animador/a: Depender de Deus é a maior oportunidade de fazer-mos a experiência do seu Amor. Tudo Ele criou e dispôs para o nosso bem. A natureza deve ser, para nós, um grande sinal do seu cuidado e do seu Amor. Cuidar da natureza é também uma forma de retribuirmos esse amor incon-dicional de Deus por nós.

PARTILHANDO A PALAVRALeitor/a 1: As mudanças climáti-cas são um problema global com graves implicações ambientais, sociais, econômicas e políticas, constituindo-se em um dos prin-cipais desafios para a humanida-de.

Leitor/a 2: O ser humano como criatura deste mundo, tem di-reito a viver e ser feliz e, além disso, possui uma dignidade especial. Não podemos deixar de considerar os efeitos da degradação ambiental, do modelo atual de desenvolvimento e da cultura do descarte, sobre a vida das pessoas.

Animador/a: A Bíblia ensina que cada ser humano é criado por amor, à imagem e semelhança de Deus (cf. Gn 1, 26). Esta afirmação mostra-nos a imensa dignidade da pessoa humana, que “não é so-mente alguma coisa, mas alguém, ca-paz de se conhecer, de se possuir e de livremente se dar e entrar em comu-nhão com outras pessoas” (Laudato si). O amor especial que o Criador tem por cada ser humano “confe-re-lhe uma dignidade infinita”.

Canto: Irmão sol com irmã lua (Pa-dre Zezinho)

REZANDO A PALAVRAAnimador/a: Rezemos com toda a Igreja do Brasil a Oração da Campanha da Fraternidade:

Oração da CF 2016Deus da vida, da justiça e do amor, Tu fizeste com ternura o nosso planeta, morada de todas as espécies e povos. Dá-nos assu-mir, na força da fé e em irmanda-de ecumênica, a corresponsabili-dade na construção de um mun-do sustentável e justo, para todos. No seguimento de Jesus, com a Alegria do Evangelho e com a op-ção pelos pobres. Amém

ASSUMINDO A PALAVRAAnimador/a: Irmãos, que o Amor que nos une, nos faça responsá-veis pela natureza que Deus nos deu para cuidar. Cuidar da natu-reza é um gesto de amor ao irmão.

BÊNÇÃO FINALQue o Senhor vos abençoe e vos guarde, que Ele mostre a sua face e tenha compaixão, que Ele vol-va o seu olhar e vos dê a paz. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

Canto Final: Hino da CF 2016.Abraço da paz.

1º EncontroEspiritualidade Ecológica

Março de 2016 9

Page 10: Revista Elo

2º EncontroA tenda de Deus e a natureza

Círculos Bíblicos

Acolhida: Preparar um altar com a Bíblia em destaque, um crucifi-xo e se possível o cartaz da Cam-panha da Fraternidade, ou ao me-nos o tema da CF numa frase.

Animador/a: Irmãos e irmãs, se-jam bem vindos! A Graça de Nos-so Senhor Jesus Cristo, o Amor do Pai e a Comunhão do Espírito Santo estejam com todos vocês. Estamos vivenciando um tempo especial em nossa Igreja que é a preparação para a Páscoa do Se-nhor. Saudemo-nos uns aos ou-tros dando boas vindas com um forte abraço. Façamos o sinal da cruz cantando. Em nome do Pai...

Canto: HINO DA CF 2016 Eis, ó meu povo o tempo favorá-vel da conversão que te faz mais feliz; da construção de um mun-do sustentável, “Casa Comum” é teu Senhor quem diz:Quero ver, como fonte o direito a brotar, a gestar tempo novo: e a justiça, qual rio em seu leito, dar mais vida pra vida do povo.

ABRINDO OS OLHOS PARA VER Animador/a: O tema do nosso en-contro de hoje, “A Tenda de Deus e a Natureza”, nos faz recordar que o Verbo do Pai fez sua mora-da no meio da humanidade. Ele veio habitar conosco, assumindo sobre si a condição humana.

Leitor/a 1: Por outro lado, esse tema, nos coloca no foco central da Campanha da Fraternidade, “Casa Comum, nossa respon-sabilidade”, que junto às de-mais igrejas nessa Campanha Ecumênica, nos leva à consciên-cia da preservação do planeta, como dom preciosíssimo do Criador e morada de todas as espécies e povos.

Oração da CF 2016Deus da vida, da justiça e do amor, Tu fizeste com ternura o nosso planeta, morada de todas as espécies e povos. Dá-nos assu-mir, na força da fé e em irmanda-de ecumênica, a corresponsabili-dade na construção de um mun-do sustentável e justo, para todos.No seguimento de Jesus, com a Alegria do Evangelho e com a op-ção pelos pobres. Amém.

ESCUTANDO A PALAVRAAnimador/a: O Papa Francisco nos exorta em sua Encíclica Lau-dato si, que é preciso cuidar dos espaços comuns, dos marcos vi-suais e das estruturas urbanas que melhoram nosso sentido de pertença, a nossa sensação de en-raizamento, o nosso sentimento de “estar em casa”, dentro da ci-dade que nos envolve e une. (LS 151)

Leitor/a 2: A Palavra de Deus que vamos ouvir, nos mostrará com mais clareza ainda, que a Aliança de Deus com a humanidade vai além dos espaços que nos envol-vem, porque está acima do tem-po, é a plena realização.

Canto: Louvor e glória a ti, Se-nhor, Cristo, Palavra de Deus. (2X)

Leitor/a 3: Leitura do Livro do Apocalipse de São João 21,1-5.

PARTILHANDO A PALAVRA a) Ao falar do “novo céu e da nova terra”, qual é o sonho de Deus para com a humanidade?

b) Se queremos participar dessa nova relação dada por Deus, qual deve ser o nosso comportamento com as pessoas, espécies e o pla-neta?

ASSUMINDO A PALAVRAAnimador/a: Segundo o Papa Francisco, a pessoa humana cres-ce, amadurece e santifica-se tanto mais, quanto mais se relaciona, sai de si mesma para viver em comunhão com Deus, com os ou-tros e com todas as criaturas. (LS 240)

c) Ouvindo o chamado através da Campanha da Fraternidade, qual o compromisso que como família, ou pequena comunidade pode-mos assumir?

REZANDO A PALAVRAAnimador/a: Rezemos o Pai-Nos-so (versão ecumênica)Pai nosso que estás nos céus. San-tificado seja o teu nome, venha a nós o teu reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia dá--nos hoje, perdoa-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoa-mos a quem nos tem ofendido. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!

BÊNÇÃO FINALQue Deus nos abençoe, nos guarde e nos livre de todo mal. Pai, Filho e Espírito Santo...

Canto: à escolha...

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3º Encontro“Rio de água viva”

Círculos Bíblicos

Acolhida: Preparar Bíblia, vela e jarra com água.

Animador/a: Em nome de Deus, Uno e Trino, sejam todas e todos bem vindos para o nosso Encon-tro Bíblico! Cantemos o Sinal da Cruz.

Canto: “Eu te peço desta água...”

ABRINDO OS OLHOS PARA VERAnimador/a: Água é um bem precioso! É dom de Deus, dádi-va da natureza, e fonte de Vida! É também um bem raro e escas-so. Afinal, só 3% de toda água do Planeta, é doce e potável. Água é Vida! Não há Vida sem água!

Todos: “Atenção! Todos os que estão com sede; venham buscar água! Venham também os que não têm dinheiro: bebam sem pa-gar, gratuitamente!” (Is 55,1).

Leitor/a 1: Água não tem fronteiras; é patrimônio comum da humanidade. A água também não é mercadoria; não pode ser vendida! É direito de todo ser humano; é dom gratuito de Deus! Somos abençoados! 12% de toda a água doce do mundo estão no Brasil. Não nos falta água! O que nos falta, sim, é o cuidado, a pai-xão, o carinho pela água!

Todos: “Beba a água de sua pró-pria cisterna; a água que jorra do seu poço! Não derrame pelas ruas a água de suas nascentes, nem pelas praças a água dos seus riachos! Seja bendita a sua fonte! (Pr 5, 15 - 16. 18a).

ORAÇÃOTodos: Senhor, fonte de Água Viva, que tenhamos sempre cuida-do, carinho e compaixão com nos-so irmão e irmã! Cuidado, carinho

e compaixão também com a Mãe - Terra, berço de vida! Que tenhamos ar puro para respirar, fogo quente para aquecer, água limpa para beber e terra boa para plan-tar, morar e viver; a fim de que brote, por toda parte, Vida Abun-dante, dom do Senhor! Amém!

ESCUTANDO A PALAVRAAnimador/a: Na Leitura Bíblica de hoje, São João lembra o “Pa-raíso Terrestre”, no início da hu-manidade. O Paraíso é um Jardim bem irrigado, com água abun-dante. Isto é, com abundância de vida para todos e todas!

Leitor/a 1: “Deus colocou a ÁR-VORE da VIDA no meio do Jar-dim. Um rio saía de Éden para regar o Jardim, e de lá se dividia em quatro braços!”(Gn 2, 9 - 10).

Animador/a: No Apocalipse, João fala de um novo “Paraíso Terrestre”, mil vezes melhor. A antiga maldição já não existe!

Leitor/a 2: “E nunca mais haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor. Sim! As coisas antigas desaparece-ram!” (Ap 21, 4)“O Anjo mostrou para mim um rio de água viva. O rio brotava do trono de Deus e do Cordeiro, Jesus!” (Ap 22, 1)

Animador/a: É a “Terra sem Ma-les”, sonhada também pelos po-vos indígenas Guaranis.

Canto de Aclamação

Leitor/a 3: Leitura do Apocalipse 22, 1-5.a) Nesta leitura, o que mais cha-mou sua atenção? Por quê?b) “Quando a fonte está seca, sabemos o valor da água!”. Que acha disso?

ASSUMINDO A PALAVRALeitor/a 2: FAÇA SUA PARTE!- Denuncie desmatamentos, pró-ximos a nascentes! - Preserve ou recupere nascentes de água!- Não ligue o esgoto a algum ria-cho!- Não jogue lixo nos córregos!- Não use veneno/agrotóxicos que poluem terra, água e ar!- Evite desperdício de água e de luz!- Plante árvores, ervas medici-nais, flores no quintal!- Só jogue na água o que peixe pode comer!O que vou fazer?

Todos: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca!” (Am 5, 24)

Oração da CF 2016Todos: Deus da vida, da justiça e do amor, Tu fizeste com ternura o nosso planeta, morada de todas as espécies e povos! Dá-nos assu-mir, na força da fé, e em irmanda-de ecumênica, a corresponsabili-dade na construção de um mundo sustentável e justo para todos. No seguimento de Jesus, com a alegria do Evangelho, e com a op-ção pelos pobres. Amém!

Dezena do Terço!

BÊNÇÃOAnimador/a: Que Deus, o Bom Pastor, nos conduza para as “fon-tes de água viva” e nos abençoe! Amém!

Canto Final (abraço)

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Círculos Bíblicos

4º EncontroDeus dá vida a seu povo

Acolhida: Colocar sobre a mesa um crucifixo, a Bíblia e um cartaz com as figuras de estradas, cami-nhos, placas de trânsito indican-do curvas, “conversão” à direita ou à esquerda.

Animador/a: Caros irmãos e ir-mãs, sejam todos bem-vindos! Neste encontro vamos pedir a gra-ça de Deus sobre nós, a fim de to-marmos consciência do mal que o pecado provoca, em nós mesmos, no próximo e no mundo e na na-tureza. Invoquemos a Santíssima Trindade, traçando sobre nós o sinal do cristão. Em nome do Pai...

Canto: Tu anseias, eu bem sei, a sal-vação, tens desejo de banir a escuri-dão. Abre, pois, de par em par, teu coração e deixa a luz do céu entrar!Deixa a luz do céu entrar...

ABRINDO OS OLHOS PARA VERAnimador/a: A Quaresma é um tempo em que Deus nos convida à uma profunda conversão. Po-rém, que ela não seja somente da boca para fora, mas que brote de um coração sincero, que não de-seja mais permanecer afastado de Deus. Santo Agostinho diz: “Um homem sem Deus é um peregrino sem meta, um questionado sem resposta, um lutador sem vitória, um moribundo sem vida”. Se de-sejamos a vida plena, precisamos nos aproximar do Senhor. Deve-mos permanecer fiéis, mesmo na dor, como Jesus.

Leitor/a 1: Rezemos com o Salmo 30Todos: Exultaremos e nos alegra-remos, Senhor, pela vossa com-paixão.

Leitor/a 1: Senhor, sede para mim uma rocha de refúgio, uma forta-leza bem armada para me salvar.Leitor/a 2: Haveis de me guiar e dirigir, por amor de vosso nome, porque sois minha defesa. Em vossas mãos entrego meu espíri-to; livrai-me, ó Senhor, Deus fiel.

Leitor/a 3: Exultarei e me alegra-rei pela vossa compaixão, porque olhastes para a minha miséria e ajudastes minha alma angustiada.Leitor/a 4: Senhor, em vós con-fio. Meu destino está em vossas mãos. Mostrai semblante sereno ao vosso servo, salvai-me pela vossa misericórdia.

ESCUTANDO A PALAVRAAnimador/a: Movido de compai-xão, Deus vem salvar e resgatar o seu povo. Suas promessas, Ele as cumpre todas em Jesus, que cura, exorta, ensina, liberta e chega ao ponto máximo do amor: doa sua vida, na cruz, para nos resgatar da morte eterna. Vejamos quão grande amor o Pai dispensa a nós, pela Palavra!

Canto: Tua Palavra é lâmpada para os meus pés, Senhor. Lâmpada para os meus pés, Se-nhor, luz para o meu caminho. (bis)

Leitor/a 1: Ouçamos Deus que nos fala pelo profeta Isaías 35,1-7

PARTILHANDO A PALAVRAa) Deus promete a seu povo que vai tirá-lo da prostração e libertá-lo de muitos males. Quais são os males de hoje,

que afligem o povo de Deus?b) Onde ou em quem temos pro-curado o remédio para tantos males?

REZANDO A PALAVRAAnimador/a: “Deus está mais uma vez tomando a iniciativa de se aproximar de cada um de nós e nos chama a uma maturidade de vida, para que nossas palavras sejam sustentadas por um viver que busque a coerência e atitudes concretas...” (Papa Francisco). Rezemos juntos, pedindo a Deus a graça de nos convertermos e sermos instrumentos de conver-são para os outros:Todos: “Tende piedade de mim, Senhor, segundo a vossa bonda-de. E conforme a imensidão de vossa misericórdia, apagai a mi-nha iniquidade. Livrai-me total-mente de minha falta e purificai--me do meu pecado” (Salmo 50). Ouvi, Senhor, o clamor dos teus filhos, que desejam unir seus so-frimentos ao sofrimento de Jesus Cristo, e alcançar de Ti o perdão e a alegria eterna. Amém!

Canto: Ensina teu povo a rezar, Ma-ria mãe de Jesus.

ASSUMINDO A PALAVRAc) Tenho confiado nas promessas de Deus? Como posso manifestar esta confiança em gestos concre-tos?

Animador/a: Rezemos Todos a Oração da CF 2016 que está no encontro anterior.

BÊNÇÃO FINAL Animador/a: Pela intercessão de Nossa Senhora, Mãe da Miseri-córdia, abençoe-nos a Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. AmémCanto: Hino da CF 2016

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Pergunte e Responderemos

Dom Redovino Rizzardo, csBispo Emérito

O Ano Santo da misericórdia fala das indulgências. Posso ser sincera? Nunca entendi o seu significado...

Envie sua pergunta para: [email protected]

Mariana, não é só você que tem esta dificuldade. Aliás, por terem sido mal interpretadas, as indulgências foram uma das causas que, em 1517, levaram Lutero a se separar da Igreja Católica. Se for verdade o que Lutero afirmava, havia não pouco exagero em alguns eclesiásticos católicos. Segundo ele, alguns padres, para obter dinheiro para a construção da Basílica de São Pedro, em Roma, garantiam que, a cada moeda caída na caixa das ofertas, uma alma saía do Purgatório... Era uma época em que, pelo menos e sobretudo pelo povo mais simples, as indulgências eram muito mais estimadas do que outros valores apresentados pelo Evangelho, como a justiça, a solidariedade e a fidelidade.

Sobre as indulgências, eis o que ensina o “Catecismo da Igreja Católica”, publicado no dia 11 de outubro de 1992, pelo Papa São João Paulo II: «Para compreender esta doutrina e esta prática da Igreja, é preciso admitir que o pecado tem uma dupla consequência. O pecado grave priva-nos da comunhão com Deus e, consequentemente, nos torna incapazes da vida eterna; esta privação se chama “pena eterna” do pecado. Por outro lado, todo pecado, mesmo venial, acarreta um apego prejudicial às criaturas, que exige purificação, quer aqui na terra, quer depois da morte, no estado chamado “purgatório”. Esta purificação liberta da chamada “pena temporal” do pecado. Essas duas penas não devem ser concebidas como uma espécie de vingança infligida por Deus do exterior, mas antes, como uma consequência da própria natureza do pecado. Uma conversão que procede de uma ardente caridade pode chegar a total purificação do pecador, de tal modo que não haja mais nenhuma pena» (Nº 1472).

Para mim, a parte mais importante da explicação dada pelo “Catecismo” é a última afirmação, que é simplesmente a tradução de uma verdade trazida ao mundo por Jesus: «A caridade cobre uma multidão de pecados» (1Pd 4,8). Por isso, o que vale na vida cristã (inclusive – mas não só – para lucrar as indulgências) é a nossa conversão que, na prática, consiste em colocar acima de tudo a vivência do amor, tanto em nosso relacionamento com Deus como com os irmãos.

No parágrafo seguinte, o “Catecismo” explica um pouco mais o que dissera no número anterior: «O perdão do pecado e a restauração da comunhão com Deus implicam na remissão das penas eternas do pecado. Mas permanecem as penas temporais do pecado. Suportando pacientemente os sofrimentos e as provas de

todo tipo e, chegada a hora, enfrentando serenamente a morte, o cristão deve esforçar-se para aceitar, como uma graça, essas penas temporais do pecado; deve aplicar-se, por meio de obras de misericórdia e de caridade, como também pela oração e por diversas práticas de penitência, a despojar-se completamente do “velho homem” para revestir-se do “homem novo”» (Nº 1473).

Mariana, quando reza o “Creio”, você afirma: «Creio na comunhão dos santos». É um ato de fé na presença e na participação em nossa vida dos irmãos e irmãs que já estão na Eternidade. Pois bem, as indulgências nos dão a graça de fazer nossos os méritos e a intercessão deles, bem como de ajudar aqueles que precisam do “Purgatório”, como explica o “Catecismo”: «Na comunhão dos santos, existe certamente entre os fiéis já admitidos na posse da pátria celeste, os que expiam as faltas no purgatório e os que ainda peregrinam na terra, um laço de caridade e um amplo intercâmbio de todos os bens. Nesse admirável intercâmbio, cada um se beneficia da santidade dos outros, bem para além do prejuízo que o pecado de um possa ter causado aos outros. Assim, o recurso à comunhão dos santos permite ao pecador contrito ser purificado, mais cedo e mais eficazmente, das penas do pecado» (Nº 1475).

Esta “comunhão dos santos” tem o seu fundamento nas graças adquiridas por Jesus, com sua morte e ressurreição, como lembra João logo no início de seu Evangelho: «Todos nós recebemos de sua plenitude graça sobre graça» (Jo 1,16). Uma verdade que o “Catecismo” explica deste modo: «Esses bens espirituais da comunhão dos santos também são chamados o tesouro da Igreja, que não é uma soma de bens comparáveis às riquezas materiais acumuladas no decorrer dos séculos, mas é o valor infinito e inesgotável que têm junto a Deus as expiações e os méritos de Cristo, nosso Senhor, oferecidos para que a humanidade toda seja libertada do pecado e chegue à comunhão com o Pai» (Nº 1476).

Pergunta feita por: Mariana Vaz dos Santos

Março de 2016 13

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Na minha vida, a família sempre foi muito importante. Costumo dizer, até hoje, que a base que minha família deu pra mim foi o sustentáculo para tudo aquilo que já vivi como jovem, seminarista, profissional em várias áreas, na minha vida religiosa consagrada, na minha vida sacerdotal e em todos os trabalhos assumidos depois de ordenado: vigário, pároco, administrador diocesano de Jardim-MS, vigário provincial, reitor de santuário, provincial e agora bispo da diocese de Dourados-MS.

A minha formação familiar foi fundamentada, em primeiro lugar, pela educação familiar, espiritual e pela espiritualidade. Porque digo educação espiritual? Minha mãe, que sempre teve um dom espiritual espetacular, sempre nos ensinava tudo sobre Deus e o seu significado. Ela nunca rezava o terço por rezar como obrigação. A criança, às vezes entende as coisas desta maneira! Ela sempre tinha uma explicação do porquê rezar o terço. Eu e meus irmãos, quando ainda crianças, entendíamos e queríamos rezar o terço. Ela explicava o porquê ir à missa. Explicava o valor da missa, o sentido do espírito comunitário e de comunhão com outras pessoas: vizinhos, colegas de escola, os necessitados, enfim fazia-nos entender que não estávamos sozinhos no mundo, que todos são filhos do mesmo Deus Pai, o Criador de todas as coisas e que logo no mundo somos todos irmãos.

Era muito legal porque a gente conseguia aprender a respeitar as pessoas, assim como todas as coisas, a natureza, os animais, a água, a mata, enfim tudo aquilo que nos rodeava.

A gente foi crescendo, se formando neste contexto de vida. Eu sou o mais velho dos sete filhos. Fui percebendo a minha vocação brotar a partir dos 06 anos. A partir dos 11 anos, foi ficando mais claro esse desejo dentro de mim. Desde muito criança, minha mãe gostava de ouvir a Rádio Aparecida e os programas de bênção do Pe. Victor Coelho de Almeida, CSsR um grande missionário redentorista,

amoroso a tudo que pertencia a Deus. Todos os dias a gente ouvia a Consagração a Nossa Senhora Aparecida às 15h e a hora do Ângelus às 18h. Isso era sagrado. Era muito bom, muito gostoso. Havia um clima de paz e harmonia entre nós muito bom.

Meu pai era um homem sério nas coisas, porém não entendia muito de religião. Aprendeu com minha mãe e ao longo da vida foi aprendendo de modo um pouco arredio, pois como já disse se essa formação não vem desde criança, outras coisas tomarão o lugar da espiritualidade. Porém, morreu numa santidade incrível.

Toda a base estudantil, faculdades como Filosofia e Teologia, entre tantas outras formações e espiritualidades que recebi, ao longo da minha vida, só vieram firmar aquilo que já tinha recebido de minha família. Por isso sempre incentivo aos pais que não esperem seus filhos aprender alguma coisa sobre Deus quando forem para catequese. Pode ser muito tarde! Eles não vão com aquele desejo de aprender sobre Deus e saber amá-lo com sabedoria. Muitas outras coisas já invadiram esses espaços e quando chega o momento de aprender a parte espiritual já é tarde, quando não até demais. Aí vão quebrar a cabeça pela vida afora até entenderem a importância de Deus em sua vida, se conseguir entender. A cabeça e o coração da criança são puros. Por isso a pureza de Deus precisa chegar antes no coração da criança. Isso ajudará a encarar os desafios da vida que virão nas mais variadas formas.

Gosto de refletir e dizer que a ‘Família é Berço de Vida e Fé’. Nela inicia tudo. Quando Deus entra primeiro, dificilmente vai dar errado. Porém, é preciso apresentar-lhe um Deus amoroso e não carrancudo e que castiga. Isto não ajuda na formação da criança. Aliás, prejudica e muito.

Por isso tenho incentivado as famílias a terem sempre um olhar atento e amoroso aos filhos, não somente em dar coisas, mas sim o verdadeiro amor, o amor de Deus. Isso vai ajudá-los a se inteirar com o mundo, de modo mais carinhoso, amoroso, respeitoso. Isso ajudará a termos um futuro com esperança para as próximas gerações.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo: para sempre seja louvado!

Dom Henrique A. de Lima, CSsRBispo Diocesano

Vida em família

Qual o valor da minha família em minha vida?

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O QUE É CÁRITAS?“CÁRITAS” vem da pala-

vra caridade. É o Órgão da Igreja Católica que atua na defesa dos Di-

reitos Humanos e do desenvolvimento sustentável solidário, na perspectiva de políticas públicas e na mística ecuménica.

MISSÃO DA CÁRITASA Cáritas, que leva em seu nome e em sua

missão o próprio amor, é motivada na ação cotidiana a traduzir esse amor a partir da solidariedade para com as pessoas mais empobrecidas. Com quase 60 anos de história no Brasil, somos uma rede solidária de mais de 15 mil agentes, a maioria voluntária, com ação por todo o país. Nos últimos 10 anos, pudemos auxiliar mais de 300 mil famílias, contribuindo para a transformação de suas vidas e devolvendo a elas a esperança de novas conquistas.

ONDE ESTÁ A CÁRITAS?A Cáritas está presente nos 5 continentes

atuando em 200 países e territórios. No Brasil a Cá-ritas foi criada em 12 de novembro de 1956 enquan-to organização-membro da Cáritas Internacional.

Nacionalmente, a Cáritas é um organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Está organizada em uma rede com 178 entidades-membro, 12 regionais e uma sede nacional em Brasília - DF.

CÁRITAS DIOCESANA DE DOURADOSNa Diocese de Dourados, a Cáritas foi criada

no dia 23/03/2003.Projeto de Geração de Trabalho e Renda(Crédito Rotativo Solidário):São créditos destinados ao apoio a projetos

familiares, associativos e comunitários de produção de bens e serviços e das necessidades básicas das pessoas envolvidas. Por meio do Fundo Rotativo Solidário, investem-se recursos monetários na comunidade, através de apoio a projetos. Os prazos de reembolsos são mais flexíveis e mais adaptados às condições das famílias. O acesso é facilitado, o que democratiza o crédito, além de estimular o desenvolvimento local sustentável de forma solidária.

Desde o ano de 2005 até a presente data já foram concluídos e encerrados 115 projetos de geração de renda, através do crédito rotativo solidário administrado pela Cáritas Diocesana de Dourados.

Atualmente a Cáritas Diocesana de Dourados conta com 88 projetos em andamento, dentre eles: Horticultura, agroindústria de doces, Aviários, Venda de Vestuário, Confecção de roupas.

Alguns projetos:

Cáritas Diocesana de Dourados: Cúria Diocesana de Dourados, fone: 3424-6721, 3422-6910 e 9618-4727; e-mail: [email protected]

Horário de abertura: de segunda a sexta, das 13h às 17h.

Apoio a Campanhas Emergências no Brasil e no Mundo(SOS Xanxerê, SOS Enchente Rio Acre, SOS Nepal,

SOS Síria, SOS Filipinas etc)

Venda de Vestuário/Artesanato/ Pintura

Produção de Hortaliças

Cáritas Brasileira

Maria Giovanna MaranEquipe da Coordenação Diocesana de

Pastoral

A Igreja em serviço

Março de 2016 15

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A Diocese em Revista

Subsídio Celebrativo:“24 horas para o Senhor” - 04 e 05 de março

Tema: “Deus rico em misericórdia” (Ef 2,4)1. ACOLHIDA Animador/a 1: Irmãs e irmãos, em união com toda Igreja, estamos reunidos, para juntos celebrarmos as “24 horas para o Senhor”. A misericórdia de Deus não é uma ideia abstrata, mas uma realidade concreta, pela qual Ele revela o seu Amor como o de um Pai e de uma Mãe que se comovem pelo próprio filho até o mais íntimo do ser. A Igreja, Casa da Miseri-córdia, manifestação do Deus mi-sericordioso, do Deus da alegria e do perdão, abre as portas para o encontro pessoal com o Senhor. Como filhos e filhas que suplicam a misericórdia nos ajoelhemos para acolher o Santíssimo Sacra-mento, cantando.

2. SAUDAÇÃO INICIALPresidente: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. T.: Amém.

Pres.: Irmãos e Irmãs, que o Deus nosso Pai, cheio de bondade e mi-sericórdia, abra vossos corações para a Sua Palavra e vos conceda a paz, atenda às vossas orações e vos reconcilie com Ele e com os ir-mãos e irmãs. T.: Bendito seja Deus que nos reu-niu no amor de Cristo.Entoa-a se o Hino da Misericórdia

Animador/a: O perdão das ofen-sas torna-se a expressão mais evi-dente do amor misericordioso. O perdão é o instrumento colocado nas nossas frágeis mãos para al-cançar a serenidade do coração.Façamos nosso ato de arrependi-mento e sintamos o abraço do Pai que acolhe o pecador.Canto: Abraço de PaiOração:Pres.: Ó Deus, Pai de ternura e

compaixão, que pela morte e res-surreição de vosso Filho Jesus Cris-to trouxestes a vida em abundân-cia para todos, olhai vosso povo aqui reunido, aberto à conversão e necessitado de misericórdia e per-dão, Por Cristo, nosso Senhor. T.: Amém. Canto de louvor

3. ESCUTAR A VOZ DA MISERI-CÓRDIAAnimador/a 1 : Para sermos capa-zes de misericórdia, devemos pri-meiro pôr-nos à escuta da Palavra de Deus. Isso significa recuperar o valor do silêncio, para meditar a Palavra que nos é dirigida. Na Sagrada Escritura, a misericórdia é a palavra chave para agir o amor de Deus para conosco. Ele torna visível e palpável o seu amor.Efésios, 2, 1-10 Salmo 25 (cantado)

Aclamação ao Evangelho: Lc 15, 3-10 ou Lc 15, 11-32 Reflexão do EvangelhoSilêncioPreces.

Animador/a 4: A misericórdia é apresentada como a força que tudo vence, enche o coração de amor e consola com o perdão. Não é apenas o agir do Pai, mas torna-se o critério para individualizar que são os seus verdadeiros filhos. Somos chamados a viver a misericórdia, porque, primeiro, foi usada mise-ricórdia para conosco.

Animador/a 1: Tantas vezes, como parece difícil perdoar! E, no entan-to, o perdão é o instrumento colo-cado nas nossas frágeis mãos para alcançar a serenidade do coração, deixar de lado o ressentimento, a raiva, a violência e a vingança são

condições necessárias para se vi-ver feliz.

Animador/a 2: A Pessoa de Jesus não é senão Amor, um Amor que se dá gratuitamente. O seu relacionamento com as pes-soas, que se abeiram dele, mani-festa algo de único e irrepetível.

Animador/a 3: Jesus revela a na-tureza de Deus como a de um Pai que nunca se dá por vencido enquanto não tiver dissolvido o pecado e superada a recusa com a compaixão e a misericórdia.

Animador/a 4: O Papa Bento XVI diz: “Tornai-vos, dia após dia, ho-mens e mulheres da misericórdia de Deus! A misericórdia é a veste de luz que o Senhor nos doou no Batismo.Canto: Prometi no meu Santo Ba-tismo, ou Sim eu Quero.

Animador/a 1: São João Paulo II afirma que na palavra Misericórdia, se encontra sintetizado e nova-mente interpretado para o nosso tempo o inteiro mistério da redenção. A pessoa humana não tem necessidade de nada senão da Divina Misericórdia daquele amor que quer bem, que tem compaixão, que levanta o homem acima da sua fraqueza rumo as infinitas alturas da santidade de Deus.

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A Diocese em Revista

Como nos motiva o próprio diretório e o livro dos encontros da CFE/2016: ‘com alegria e ani-mados pelo Espírito Santo, cujo agir consiste em unir, chamar, congregar, superar barreiras e unir pessoas de boa vontade ao redor de objetivos comuns’, a Campanha da Fra-ternidade Ecumênica 2016 mais uma vez quer trabalhar entre nós o zelo pela natu-reza, nossa casa co-mum. Ela nos alerta que cada um de nós é responsável pelo bem do planeta, co-meçando pelo quintal de minha casa, de sua casa, de nossas casas. “Se cada um varrer a frente de sua casa, toda a rua ficará limpa e as-sim a cidade e o planeta”, lembra um provérbio popular (cf. Dom Murilo Krieger, CSJ – Revista O Mensageiro/março 2016 p.5)

O ponto central é o sanea-

Mensagem do bispo diocesano para a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016

4. ORAÇÃO DO ANO DA MISERI-CÓRDIAAnimador/a 2: Neste Ano Santo, somos chamados a fazer a experiên-cia de abrir o coração àqueles que vivem nas mais variadas periferias existenciais. Neste Jubileu, a Igreja é chamada a cuidar destas feridas, aliviá-las com o óleo da consolação, enfaixa-las com a misericórdia e a solidariedade. Não nos deixemos cair na indiferença que humilha, no hábito que anestesia o espírito e impede de descobrir a novidade, no cinismo que destrói. Abramos os nossos olhos para ver as misérias do mundo, as feridas de tantos irmãos e irmãs privados da própria digni-dade e sintamo-nos desafiados a es-cutar o seu grito de ajuda (MV.15). Canto: Renova-me Senhor!

5. MOMENTO MARIANOAnimador/a 3: O Papa Francisco nos convida a olhar para Maria, a Mãe de Misericórdia. A doçura do seu olhar nos acompanhe neste Ano Santo, para podermos todos nós redescobrir a alegria da ternura de Deus. Ninguém, como Maria, co-nheceu a profundidade do mistério de Deus feito homem. Na sua vida, tudo foi plasmado pela presença de misericórdia feita carne. A Mãe do Crucificado Ressuscitado entrou no santuário da misericórdia divina, porque participou intimamente no mistério do seu amor (MV.24)Canto Mariano.

Animador/a 2: Com o olhar fixo em Jesus e no seu rosto misericordioso, podemos individualizar o amor à Santíssima Trindade. A missão, que Jesus recebeu do Pai, foi ao revelar o mistério do amor divino na sua ple-nitude. “Deus é amor” (1 Jo 4, 8.16) afirma-o, pela primeira e única vez em toda a Escritura, o Evangelista João. (Motivar o abraço da reconciliação enquanto se entoa o canto final)Tão Sublime Sacramento

6. BÊNÇÃO DO SANTÍSSIMOCanto Final

Tema: Casa Comum, Responsabilidade de todos.Lema: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça como

riacho que não seca” (Amós 5,24).

ACONTECEU...

Despedida de Dom RedovinoDia 24 de janeiro - Catedral

mento básico em todos os sen-tidos. Para isso precisamos nos unir, de fato, inclusive com ou-tras denominações religiosas, como propõe a CFE/16 para to-car todas as pessoas, indepen-dente de classe ou religião.

Vamos buscar refletir duran-te essa quaresma em família, na sua rua, no seu bairro sua comu-nidade, em união com outras denominações religiosas, para des-pertar cada vez mais o zelo com nossa casa comum, responsabi-lidade de todos, com o lema muito bonito: “Quero ver brotar o direito como fonte e

correr a justiça qual riacho que não seca”. (Amós 2,24)

Deus abençoe a todos e boa reflexão quaresmal!

Dom Henrique A. de Lima, CSsRBispo Diocesano de Dourados-MS

Março de 2016 17

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Fatos em foco

Ordenação Episcopal e Posse de Dom Henrique30 de janeiro - Catedral

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Datas Significativas

Agenda Diocesana

AniversariantesReligiosos/as Padres e Diáconos

Fique por dentro!

04/ 05 – Assembleia Diocesana do SAV, no IPAD14/18 – Retiro do Clero, em Bonito18/19 – Escola Catequética Diocesana, no IPAD 19 – Festa do Padroeiro na Paróquia São José, em

Ponta Porã

20 – Domingo de Ramos21 – Segunda-feira Santa24 – Quinta-feira Santa – Ceia do Senhor25 – Sexta-feira Santa – Paixão do Senhor –

Aniversário de ordenação episcopal de Dom Redovino

26 – Sábado Santo27 – Páscoa da Ressurreição

21 – Encontro do clero – Missa do Santo Crisma na Catedral

29/30 – Assembleia da Vida Religiosa Consagrada, no IPAD

Mensagem do bispo diocesano para Páscoa de 2016

Queridos irmãos e irmãs. Ao viver com dignidade aquilo que nos propõe a quaresma e inclusive a CFE/16, o zelo pela Casa Comum, nós podemos celebrar a festa mais significativa de nossa vida cristã: a Páscoa! Expressão da libertação do ser humano das trevas à luz. Luz que liberta e dá-nos o sentido da vida. A vida voltada cuidadosamente para Deus. Esse momento, deve ser sempre fundamental em nossas vidas: meditar com alegria e a certeza da Paz definitiva. Como o próprio Cristo nos mostra: A morte não é um fim e sim um meio de se chegar a Deus, depois de todas as experiências boas, do sentir-se amado por Deus, através do servir a nossos irmãos e irmãs. Jesus sempre viveu muito isso em sua vida terrena. Se Ele se entregou numa cruz porque muito amou-nos. Um amor sem limites. Um Deus apaixonado e capaz de dar a sua vida para nos trazer a libertação verdadeira: o perdão de nossos pecados. Dando-nos a oportunidade de poder voltar-nos para Deus. Ter a oportunidade de rece-ber a sua misericórdia e retomar o caminho do bem com fé, esperança e caridade: amor!

Feliz Páscoa para todos e Deus os abençoe!

Dom Henrique A. de Lima, CSsR!Bispo Diocesano de Dourados-MS

Nascimento01 - Pe. Junior César C. da Silva 10 - Diác. Heitor Espíndola 11 - Pe. Laurindo Zeni, sac 12 - Diác. José Alberto Ferreira Neves 13 - Fr. Bernardo Dettling, ofm 23 - Pe. Marcos Roberto P. Silva 25 - Fr. Rogério Viterbo de Souza, ofm 29 - Pe. Salvador Tomio, sac 30 - Diác. Luiz Wanderlei Schluchting

Nascimento04 - Ir. Marina Alegria do Cristo Servo, fpss10 - Ir. Selma Lúcia Kunz, fpcc11 - Ir. Ilza Ravazzoli, ascj12 - Ir. Maria da Gloria da Misericórdia do Pai, fpss14 - Ir. Jeferson Hugen, Irmão Marista26 - Ir. Maurilia Carra, isj29 - Ir. Leisa Azeinade Lima, stsProfissão dos Votos03 - Ir. Selma Lúcia Kunz, fpcc19 - Ir. Maria da Divina Pastora, ssvm19 - Ir. Maria Virgem Menina, ssvm19 - Madre Maria dos Anjos, ssvm29 - Ir. Leisa Azeinade Lima, sts

Março de 2016 19

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