Revista Economia Rio 5

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GLP. LEADING THE WAY IN HIGHLY EFFICIENT LOGISTIC FACILITIES IN CHINA, JAPAN AND BRAZIL.

GLP.LIDERANDO A EFICIÊNCIA EM

PARQUES LOGÍSTICOS NA CHINA, NO JAPÃO E NO BRASIL.

ENTRE EM CONTATO: CONTACT US: [email protected] | 55 11 3500-3700 | www.glprop.com.br

de Janeiro

ACREDITAR NO DESENVOLVIMENTOSUSTENTÁVELDO RIO DE JANEIRO.

É a GLP Investindo cada vez mais

em parques e condomínios logísticos.

We believe in Rio de Janeiro’s sustainable growth. GLP continues to invest in logistic parks and multi-tenant developments.

Presença no Rio de Janeiro: Presence in Rio de Janeiro:• GLP Campo Grande – 138.000 m2 • GLP Itatiaia – 48.000 m2 • GLP Queimados – 24.000 m2

• GLP Resende – 24.000 m2 • GLP Washington Luiz – 48.000 m2

Líder de mercado na China, no Japão e no Brasil, a GLP oferece um portfólio de 28 milhões de m2 que reúnem localização, segurança e infraestrutura completa, com altíssimo padrão de qualidade. A GLP aposta e investe no estado do Rio de Janeiro.

As a leading provider of modern logistics facilities in China, Japan and Brazil, GLP features a property portfolio of 28 million square meters with excellent location, security and comprehensive infrastructure, not to mention outstanding service quality. GLP bets on and invests in the state of Rio de Janeiro.

GLP DUQUE DE CAXIAS

350.000 m² de ABL

GLP IRAJÁ

135.000 m² de ABL

GLP PAVUNA

76.000 m² de ABL

3336_GLP_AD_ECONOMIA_RIO_42x28.indd 1 28/11/14 12:08

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GLP. LEADING THE WAY IN HIGHLY EFFICIENT LOGISTIC FACILITIES IN CHINA, JAPAN AND BRAZIL.

GLP.LIDERANDO A EFICIÊNCIA EM

PARQUES LOGÍSTICOS NA CHINA, NO JAPÃO E NO BRASIL.

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de Janeiro

ACREDITAR NO DESENVOLVIMENTOSUSTENTÁVELDO RIO DE JANEIRO.

É a GLP Investindo cada vez mais

em parques e condomínios logísticos.

We believe in Rio de Janeiro’s sustainable growth. GLP continues to invest in logistic parks and multi-tenant developments.

Presença no Rio de Janeiro: Presence in Rio de Janeiro:• GLP Campo Grande – 138.000 m2 • GLP Itatiaia – 48.000 m2 • GLP Queimados – 24.000 m2

• GLP Resende – 24.000 m2 • GLP Washington Luiz – 48.000 m2

Líder de mercado na China, no Japão e no Brasil, a GLP oferece um portfólio de 28 milhões de m2 que reúnem localização, segurança e infraestrutura completa, com altíssimo padrão de qualidade. A GLP aposta e investe no estado do Rio de Janeiro.

As a leading provider of modern logistics facilities in China, Japan and Brazil, GLP features a property portfolio of 28 million square meters with excellent location, security and comprehensive infrastructure, not to mention outstanding service quality. GLP bets on and invests in the state of Rio de Janeiro.

GLP DUQUE DE CAXIAS

350.000 m² de ABL

GLP IRAJÁ

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76.000 m² de ABL

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Diretor: Luiz Alberto BettencourtDiretora Executiva: Joyce MartinsEditora: Cristina Alves (MTb 19.683)Relações Institucionais: Thaisa BianchiDireção de Arte: VX ComunicaçãoRelações Comerciais: Leila Garcia, Jorge Abreu Fotógrafo: Marco A. BritoAdministrativo: Eliana Rodrigues e Beth PinheiroTradutor: John JardineRevisora: Denise Scofano

REDAÇÃO, PUBLICIDADE E ADMINISTRAÇÃOPensar Comunicação - Rua Miguel Pereira, 64Humaitá - CEP 22261 090 - Rio de Janeirowww.pensarcomunic.com.br(F) www.facebook.com/PensarComunicacaoTel.: +55 (21) 3970-1552 / 2507-2451

IMPRESSÃOEDIGRÁFICA

APOIO ACADÊMICO Ibmec www.ibmec.brTel.: +55 (21) 3284-4000 End: Av. Presidente Wilson, 118 Centro - Rio de Janeiro

No mercado imobiliário, olhos voltados para o Rio48

Competitiveness – All eyes on Rio in the real estate market

Coluna74...........................Ibmec Rio Informa

Ibmec Rio announces – Column

No Rio, a pé e de bonde32....................................Mobilidade

Mobility – In Rio, on foot and by tram

72.......................................Inovação

Bons negócios no caminho do Arco Metropolitano

Coluna

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..............................Horizonte 2030

Horizon 2030 – Good business opportunities along the way of Arco Metropolitano

Foreign Trade – Column

No petróleo e gás, em busca de oportunidades54.........................................Energia

Energy – On the lookout for opportunities in the Oil and Gas sector

No rastro da Jaguar Land Rover, uma nova etapa na parceria com os britânicos65.............................Projeção Global

Global Projection – In the wake of Jaguar Land Rover, a new phase in partnerships with British companies

“A cidade precisa ser agenciada, contratando a iniciativa privada, negociando rentabilidade e controlando a qualidade”

Do Brasil Colônia aos Jogos 2016, a cidade guarda os marcos do desenvolvimento econômico do país

Coluna

Serviços de referência para o investidor

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..................................

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......................

Rio Olímpico

Conhecimento

No Interior da Notícia

Centro de Referências

Olympics in Rio – “The city needs to be run by agencies, contracting private initiative, negotiating profitability and controlling quality”

Knowledge – From Colonial Brazil to the 2016 Summer Olympics, the city has preserved landmarks of the country’s economic development

Inside the News – Column

Reference of services for investors

Biotecnologia: investimento saudável, desenvolvimento vitalInnovation – Biotechnology: healthy investment, vital development

Índice

.............................Competitividade

.....................O Mundo do Comércio

Economia Rio - março 2015

Economia Rio é um projeto de branding do desenvolvimento econômico, social, político e cultural do Rio de Janeiro. Cada editoria, com suas respectivas cores, corresponde a um atribu-to de marca. Também conhecidos como valores fundamentais, estes atributos representam a essência da marca que queremos transmitir. É um conjunto de características que identificam o caráter, a personalidade e os aspectos físicos da marca Economia Rio.

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Editorial

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Economia Rio começa seu segundo ano de vida, e logo no ano em que se comemoram os 450 anos da cidade do Rio de Janeiro.

A economia da cidade, em histórico movimento, entra definitivamente na pauta dos nossos assuntos.

As grandes transformações e os enormes desafios dos Jogos Olímpicos de 2016 estão expostos pela palavra do prefeito Eduardo Paes, em entrevista exclusiva.

Sua visão sobre o papel do Estado: agenciar a iniciativa privada como móvel dos investimentos, negociando a rentabilidade dos negócios e controlando a qualidade do que terá sido entregue ao Estado.

Eis aí um eixo central desta edição, o compartilhamento de visões entre Estado e Prefeitura sobre como produzir crescimento econômico.

No centro desse olhar comum, estão as Parcerias Público-Privadas, também analisadas pelo prefeito; a abertura crucial de espaços no entorno do Rio por obra de enorme dimensão como o Arco Metropolitano, aríete de povoação, obras, indústrias, emprego e renda; e o resgate do Centro do Rio para o cidadão, a volta do bonde, meio de mobilidade histórico do carioca.

E, finalmente, uma declaração do prefeito aos que participam do MIPIM, o maior evento mundial da indústria do real estate: “a cidade está aberta aos que nela queiram investir”.

Economia Rio, neste início de 2015, já carrega a chama olímpica. Olímpica e de todos os outros grandes impactos que a cidade e o Estado vão sofrer positivamente.

É isso que os convidamos a ler.

Estado e Prefeitura dividem a mesma visão:iniciativa privada é móvel do desenvolvimento

Os editores

The State and Local Council share the same vision: priva-te initiative is the driver of development

Economia Rio began its second year of life in the year Rio de Janeiro celebrates 450 years of existence.

The city’s economy, growing historically fast, is definitively on the agenda of issues discussed.

The major transformations and enormous challenges associated with the 2016 Olympic Games are talked about by Eduardo Paes, in an exclusive interview with the city’s Mayor.

His vision of the role of the State: is to craft private initiative as an investment driver, negotiate the profitability of businesses, and control the quality of what is delivered to the State.

This is the key point of this edition, the sharing of visions between the State and local council about how to stimulate economic growth.

At the heart of this common thread are the Public-Private Partnerships, also analyzed by the Mayor. The opening up of crucial spaces throughout Rio for sizeable infrastructure works, such as the Arco Metropolitano ring road; stimulate inhabitation, other new works, industries, employment and income.

The rescue of Rio’s city center for its inhabitants, the return of the tram, a historic mode of transport in Rio, are also discussed.

And, finally, an invitation from the Mayor to those attending MIPIM, the largest event in the world in the real estate business: “the city is open to those that want to invest here”.

Economia Rio is already carrying the Olympic flame at the start of 2015. The Olympics and all the other enormous positive effects the city and state will benefit from. It is all this we invite you to read about.

The editors

março 2015 - Economia Rio

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Lorem ipsum

6 Economia Rio - Setembro 2014

Job: 39899-037 -- Empresa: Publicis -- Arquivo: 39899-037-21x28-An.Ninho-Rev.EconomiaRio_pag001.pdfRegistro: 163003 -- Data: 14:48:21 24/02/2015

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Editorial

7março 2015 - Economia Rio

Faltam pouco menos de 18 meses para os Jogos Rio 2016, mas a extensa programação olímpica e paralímpica de 2015 mostra que o ano que vem se antecipou. É hora de começar a entregar as obras e planejar a operação de instalações esportivas e da cidade para os 21 eventos-teste previstos para o segundo semestre.

Para nós, 2016 começou efetivamente em 2015, revelando mais sobre um Rio que completa 450 anos renovado em suas infraestruturas esportiva e urbana, e presenteando cariocas e visitantes com uma série de campeonatos e festejos.

A Prefeitura está alerta quanto aos prazos e custos, para que o Rio dê exemplo de Jogos dentro do orçamento e do cronograma e com economia de recursos públicos.

Em 2014, as obras evoluíram significativamente. O Parque Olímpico exibe arenas em fase adiantada de construção, como o Centro de Tênis. É lá que será o primeiro evento-teste do local, em dezembro.

As obras em Deodoro começam a mudar a paisagem da região. À medida que avança a construção do Circuito de Canoagem Slalom, é possível antever os atletas em ação, em novembro. Ainda em 2015, serão testados o Centro de Hipismo, em agosto; as pistas de BMX e mountain bike, em outubro; e o Centro de Hóquei, em novembro.

Também serão testados em 2015 a Marina da Glória, palco da vela, em agosto; e o Sambódromo, como local das competições de tiro com arco, em setembro. O calendário inclui ainda o triatlo e o ciclismo de estrada.

Agora, cada etapa do planejamento exigirá capacidade de execução da Prefeitura e de seus parceiros, culminando com a monumental operação dos Jogos. A garantia da atmosfera festiva, que é marca registrada do Rio, dependerá, ainda, da nossa capacidade de tocar a alma carioca para que ela transborde em animação e na simpatia de sempre.

2016 já começou

Joaquim Monteiro Presidente da Empresa Olímpica Municipal

Preparations for 2016 are already well underway

There are now less than 18 months to go before the start of the Rio 2016 Olympic Games, but the extensive Olympic and Paralympic program scheduled during 2015 indicates the country’s state of readiness in anticipation of the event. It is now time to finalize the infrastructure works, operation of Sporting installations and the city for the 21 test events scheduled to be held in the second semester of this year.

The year 2016 effectively begun for us in 2015, coupled with the commemorations of Rio completing 450 years, renewing its spor-ting and urban infrastructure, and presenting both local inhabitants and visitors a series of championships and parties.

The local council is aware of the project timeframes and costs, to ensure Rio is at its best for the games within both the budget and schedule, and saving the outlay of public funds.

The Works progressed significantly in 2014. The Olympic Park already has stadia at advanced stages of construction, with the tennis center almost complete.

This is where the first test event at the site will be held in December.

The works at Deodoro have started to change the landscape in the region, as the construction of the canoe slalom circuit advances, and the test event is planned for November. The Equestrian center will also be tested in August of 2015, the BMX and mountain bike circuits in October; and the Hockey center in November.

Marina da Glória, the stage for sailing events, will be tested in August; and the Sambódromo, where shooting and archery com-petitions will be held, in September. The calendar also includes trial triathlon and road cycle events.

Now, more than ever, each stage of planning will demand excellen-ce in terms of execution by the local council and its partners, culmi-nating in the monumental operation of the games themselves. A festive atmosphere is guaranteed, as this is one of Rio’s trademarks, although this will also depend on our ability to touch the hearts of locals to ensure they remain as happy and supportive as always.

Joaquim Monteiro, President of the Municipal Olympic Company

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Rio olímpico

A cidade precisa ser agenciada, contratando a iniciativa privada, negociando rentabilidade e controlando a qualidade

pensamento é rápido, encadeado, claro. Em seu segundo mandato à frente da cidade do Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes está confortável no posto. É um homem de opinião, que governa o Rio em estreita parceria com o capital privado. Encarregado

de preparar a cidade para sediar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, ele dialoga com investidores privados e faz de cada projeto uma oportunidade de mercado ao adotar o modelo das Parcerias Público-Privadas (PPPs). “Chamamos o setor privado para a parceria”, diz ele, para depois tomar emprestado uma frase do urbanista Washington Fajardo e lembrar que a cidade precisa ser agenciada, colocando também as regras para o empresário atuar: “A cidade precisa ser agenciada, estamos contratando a iniciativa privada, negociando rentabilidade e controlando a qualidade”. A fórmula está sendo usada, por exemplo, para revitalizar a zona portuária. Contra todos os prognósticos alarmistas, o prefeito, que não hesitou em derrubar o Elevado da Perimetral para reaproximar a cidade do mar, conta como abraçou o sonho olímpico e enxergou ali uma chance de revitalização pela qual o Rio de Janeiro esperava havia décadas. “A cidade fugiu permanentemente dos seus problemas”, resume. Agora, com os Jogos, a história tinha tudo para ser diferente. Era a hora de tirar o atraso das políticas públicas, emperradas há várias administrações, reconhece Eduardo Paes, em entrevista à Economia Rio. Determinado a mostrar ao mundo que no Brasil se faz bem feito, no preço e no prazo, com modelos alternativos e lançando mão de recursos privados, ele adotou um estilo business friendly de governar.

EDUARDO PAES / PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

O E diz que quer deixar um legado de obras para o carioca e a sua cidade. São R$ 24,1 bilhões, dos quais R$ 10,3 bilhões, ou 43%, vêm de investimentos privados, em 27 projetos, a maioria voltada para ações de mobilidade e desenvolvimento urbano. O prefeito lamenta, no entanto, o fato de o Rio não ter conseguido fazer a despoluição da Baía de Guanabara para as Olimpíadas. Em parte, por essa ser uma atribuição do poder público estadual; mas reconhece que faltou integração entre as esferas de governo. Uma oportunidade perdida, admitiu Eduardo Paes, nesta entrevista exclusiva.

Cristina Chacel e Luiz Alberto Bettencourt

Economia Rio - março 2015

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Rio olímpico

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ECONOMIA RIO A Prefeitura tem anunciado com orgulho o fato de mais da metade do investimento nos Jogos ser de capital privado. Cerca de 57% dos R$ 37,7 bilhões do orçamento são recursos captados por meio das Parcerias Público-Privadas, as PPPs. Por que o modelo privado é melhor?

EDUARDO PAES - Sempre que você eco-nomiza dinheiro público, está fazendo um bem enorme. Principalmente quando você traz um evento, como as Olimpíadas, que tem um legado intangível, geopolítico, de marca da cidade, mas que também signi-fica uma superoportunidade de transfor-mação. Eu queria agregar um dado a isso: dos R$ 37,7 bilhões de investimentos nos Jogos, R$ 24 bilhões vão para o legado, aquilo que fica. Alguns costumam chamar de antecipação de políticas públicas. Eu diria que é tirar o atraso de políticas públicas. Fazer coisas que vêm de muito tempo, mas que não se fazia. Então, a Olimpíada é inspiradora para essas trans-formações. E cerca de R$ 7 bilhões vão para o que a gente chama de Matriz de Responsabilidades, que a gente não faria se não fosse a Olimpíada. Esse número é mais impressionante ainda. Desses, 65% são recursos privados.

ECONOMIA RIO O Rio estaria inovan-do com as PPPs, uma vez que tanto os Jogos de Pequim, em 2008, como os de Londres, em 2012, foram majori-tariamente custeados pelos governos. Trata-se de um modelo de negócios inédito em uma Olimpíada?

EDUARDO PAES - Pela primeira vez na história, você tem uma PPP fazendo um Parque Olímpico. A Vila de Atletas do Rio é toda feita pela iniciativa privada. Eu não vou nem usar os exemplos de Atenas, Pequim. Vou usar o exemplo de Londres. Em Londres, tudo foi feito com recursos públicos. A Vila dos Atletas de Londres foi toda paga com recursos públicos. O que eu acho que isso mostra? Primeiro, que temos, aqui, governos que são business friendly, que entendem o papel e a capacidade do setor priva-do de ajudar. E o privado vai ganhar dinheiro com isso, não está fazendo

nenhum favor, nenhuma filantropia, nem ninguém espera isso do privado; ele vai ter uma boa taxa de retorno. A cidade precisa ser agenciada, estamos contra-tando a iniciativa privada, negociando rentabilidade e controlado a qualidade.

Esse modelo mostra também o poten-cial enorme da economia do Rio de Janeiro. Se o município, sozinho, viabi-lizou R$18 bilhões de dinheiro privado para as Olimpíadas, isso mostra que nós temos um marco institucional arrumado, um ambiente de negócios favorável, mas também uma pujança, uma força enorme da economia do Rio de Janeiro. Temos uma concessão com pedágio, que é a Transolímpica, temos a PPP do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que também tem a ver com mobilidade, mas a maior parte desse ganho tem a ver com a força do mercado imobiliário, do potencial constru-tivo da cidade do Rio de Janeiro.

ECONOMIA RIO O legado das obras é o trunfo para conseguir apoio popular aos Jogos, já que parte da população se frustrou com os grandes eventos, como os Jogos Pan-Americanos e a Copa do Mundo?

EDUARDO PAES - Se eu pensar só em eleição e marketing, sim. Mas não é isso. É uma entrega efetiva. A Copa do Mundo foi ano passado. Ninguém pode imaginar aqui que você constrói uma Olimpíada com 150 km de BRT, com a derrubada da Perimetral, a revitalização da zona portuária, com metrô, com piscinões da Praça da Bandeira, com dois parques olímpicos, e que tudo isso começou a ser construído no ano passado, depois de críticas da população ao modelo fracas-sado da Copa. Isso a gente fez desde o

Temos governos business friendly, que entendem o papel e a capacidade do setor privado de ajudar, e o privado vai ganhar

dinheiro, não está fazendo nenhum favor, nem ninguém

espera isso. Esse modelo mostra o potencial enorme da economia

do Rio de Janeiro

primeiro dia. A gente ganhou (o direito de sediar) as Olimpíadas em outubro de 2009. Em janeiro (de 2010), estava assinado o contrato com a (construtora) Carvalho Hosken para fazer a Vila de Atletas. A PPP do Parque Olímpico nós modelamos ao longo de 2010. Fizemos uma licitação internacional para fazer um master plan, aprovamos uma lei, licita-mos o negócio. Isso tudo começou em 2010, 2011. As obras do Parque Olímpico da Barra começaram no início de 2012. Então não é uma resposta, até porque a população apoia as Olimpíadas. Eu acho que as Olimpíadas terão apoio, porque a gente está fazendo da maneira que tem que ser feita. Se a gente ficar achando que Olimpíada e Copa do Mundo são só eventos esportivos, nós estamos fritos. São movimentos que têm um legado intangível, que têm a ver com geopolítica, com o marketing de uma cidade. E saber que brasileiro faz evento bem, isso já é fama nossa. Todo ano tem carnaval, tem réveillon, temos mulheres lindas, homens lindos, temos festa, temos café, Pelé, isso todo mundo já sabe. Acho que a oportu-nidade que esse modelo de Olimpíadas nos traz é dizer: “Olha, no Brasil, no Rio, se fazem coisas no preço, no prazo, com muito recurso privado, modelos alternati-vos, modelos de negócios alternativos.” Acho que esse é o grande ganho dos Jogos Olímpicos.

ECONOMIA RIO Essa ideia de que a participação do setor privado é fruto da força que a cidade tem para atrair negó-cios é uma visão sua de gestão pública?

EDUARDO PAES - Total. A Prefeitura do Rio, hoje, tem a maior PPP do Brasil, a segunda maior PPP do Brasil e a terceira maior PPP do Brasil e tem a maior concessão de rodovia virgem, aquela que você está fazendo, para depois implantar o pedágio. É assim que a gente gerencia a cidade. A gente entende que o papel do Estado é importante, é fundamental. Que o Estado tem um papel a cumprir. Mas se você for olhar os 120 mil servidores da Prefeitura, todos trabalham com meta, acordo de resul-tado, e ganham prêmio no fim do ano. Do gari da Comlurb e do cara que troca a lâm-pada da Rioluz aos secretários de Ciência e

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Tecnologia e de Educação. Trouxemos as boas práticas do setor privado, o chamamos à parceria e permitimos-lhe ganhar dinheiro. Isso é fundamental. Você tem que permitir que o setor privado ganhe dinheiro dentro daquilo que é aceitável. É dar um limite para ele. Se você tem um marco institucional organizado, com regras claras, as pessoas entram. Está aí, são R$ 18 bi de recursos privados nas Olimpíadas.

O Rio tem uma história de fuga permanente dos seus problemas.

O Centro degradou, fomos pra Botafogo. Botafogo degradou,

inventaram Copacabana. Vendiam Copacabana, no início do século XX, como se vende

hoje a Barra da Tijuca. Essa volta ao Centro é, na realidade, uma

sinalização urbanística

Temos no Brasil muitas experiências ruins, mas as experiências da Prefeitura do Rio são de concessões e de obras tocadas com muita decência. No meu período,

ou eles prestam o serviço, ou saem. Contrato se cumpre

ECONOMIA RIO Mas algumas con-cessões de serviços públicos no Brasil não são, exatamente, casos de suces-so. O setor de telefonia é campeão em queixas. Nos transportes, a situação é parecida. O Metrô, que já foi o orgulho dos cariocas, tem trens superlotados nos horários de pico. Por que os servi-ços privados são tão ruins?

EDUARDO PAES - Primeiro, deixa eu te contestar. O Metrô, quando era bom pra caramba, carregava 200 mil pessoas. O Metrô está carregando 800 mil. Então, esse “bom pra caramba” era para 200 mil pessoas. É igual à escola pública no Brasil de antigamente. Era uma maravilha, mas só atendia filho da classe média, cem crianças. Hoje atende 700 mil crianças. As escalas são completamente distintas. Nenhum dos serviços que você citou é da Prefeitura.

ECONOMIA RIO São serviços para o cidadão carioca...

EDUARDO PAES - Claro, não tenho dúvida disso, mas é papel do Estado saber atuar direito. O setor privado, se deixar solto, vai potencializar o ganho dele. O pior é quando o Estado resolve potencializar a sua incompetência. Então, o melhor é que você tenha o privado

ECONOMIA RIO O senhor tocou em um ponto interessante. Imagino que seja muito difícil antever a transformação do Centro do Rio, para um carioca, por exemplo, que nunca viu aquela área dis-ponível para o pedestre, com a visão que ela oferece. Isso fortalece e moderniza o Centro, a área portuária. Nesta visão de modernização, não seria compatível tornar o Rio uma cidade policêntrica, que não tenha um centro apenas, mas também outros?

EDUARDO PAES - Já dá para sentir um cheiro da revitalização da zona portuária. Na Praça Mauá, a gente já tem aquela sen-sação. A Praça XV também passa um pouco essa impressão. Mas, mais do que qualquer coisa, mais do que uma transformação física, a revitalização da Zona Portuária é a volta do Rio ao seu Centro. Quer dizer, o Rio tem uma história de fuga permanente dos seus problemas. O Centro degradou, fomos

Rio olímpico

fazendo as suas coisas, dentro de um limi-te. Você faz com que ele cumpra a regra e tenha a remuneração estabelecida em contrato. Eu acredito que esse é o melhor modelo. Porque os trens quebraram na mão do Estado brasileiro. A SuperVia, a rede ferroviária federal, estava carregan-do cem mil pessoas. As barcas, quando eram públicas, estavam quase afundan-do. Ainda tem um modelo institucional brasileiro sujeito à corrupção, ao não cumprimento de contratos. A resposta é fortalecer, não reestatizar.

ECONOMIA RIO As investigações da Operação Lava-Jato, envolvendo as grandes empreiteiras, estão afetando as obras relacionadas aos Jogos? Qual é o impacto?

EDUARDO PAES - Por enquanto, nenhum. E eu espero que termine assim; agora, é óbvio que a gente fica aqui rezan-do. O que eu posso afirmar é que aqui não teve Paulo Roberto (Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras que denunciou o desvio de recursos em contratos da Petrobras), por isso, as obras andam tão bem, são entregues no prazo e no custo, sem muitos aditivos. Acho que isso é um desafio para o Brasil. Essas empresas calculam do cocô à bomba atômica, literalmente. De saneamento a submarino nuclear. São grandes conglo-merados. Não estou aqui defendendo impunidade, acho que as pessoas têm que ser punidas pelos seus atos; mas você não pode ter uma crise sistêmica no Brasil e inviabilizar uma série de coisas em que essas empresas têm papel preponderante.

ECONOMIA RIO O VLT é um exem-plo. O consórcio que assumiu o serviço é formado, entre outras empresas, pela Odebrecht Transport, controladora da SuperVia; pela Riopar, holding da Rio Ônibus; e pela Invepar, que controla o Metrô. Que estrutura a Prefeitura está montando para fiscalizar a concessão?

EDUARDO PAES - Eu quero dizer que fiquei muito feliz quando soube que esta-vam lá as donas da SuperVia, do Metrô, dos ônibus e das barcas. Porque o VLT, na verdade, tem esse papel integrador.

O Centro é a área aonde todos vão e aonde todos esses grandes modais de transporte chegam; é o principal desti-no. O VLT integra todos esses modais. Você pode chegar de barca, que é uma concessão da CCR, e pegar o trem, que é uma concessão da Odebrecht. Você pode chegar de trem, da Odebrecht, e pegar o Metrô, da Invepar. Então é bom que todas essas empresas estejam lá. De novo: eu acho que temos no Brasil muitas experiências ruins, mas as experiências da Prefeitura do Rio são de concessões e de obras tocadas com muita decência. Espero que continue assim. Pelo menos eu garanto que, no meu período, ou eles prestam o serviço, ou saem. Contrato se cumpre. Quando uma das partes não cumpre, você tem lá uma cláusula penal, uma sanção, que se aplica, que, no limite, pode chegar à perda da concessão.

Economia Rio - março 2015

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pra Botafogo. Botafogo degradou, inven-taram Copacabana. Vendiam Copacabana, no início do século XX, como se vende hoje a Barra da Tijuca. Aí foi pro Leblon e Ipanema, dali a pouco, surgiu a Barra, nós viemos parar em Itaguaí. Então essa volta ao Centro é, na realidade, uma sinalização urbanística. O que é uma cidade ideal? Uma cidade mais adensada, com menos cresci-mento horizontal, em que o deslocamento das pessoas tem que se dar com distâncias menores. E aí, sem dúvida nenhuma, na hora em que você tem uma revitalização de outros espaços - como, por exemplo, Madureira - hoje, mesmo sem pacificar, você anima a valorização imobiliária na cidade. Na hora em que você tem serviços melhores na Zona Oeste da cidade, na hora em que você permite... Por exemplo: a cidade do Rio tinha 13 túneis, todos eles cavados no Maciço da Tijuca. O Maciço da Pedra Branca, que responde por 2/5 da população, metade do território, não tinha um túnel. Nós estamos fazendo o segun-do agora, conectando essas áreas. Então isso permite à cidade ser mais policêntrica. Óbvio que o grande Centro é este aqui, até porque ele não é centro só da cidade, é cen-tro da Região Metropolitana. Não dá para a cidade ser policêntrica sem um centro digno desse nome, de ter um protagonismo que o Centro do Rio de Janeiro merece ter. E esse protagonismo existia, mas de maneira muito degradada, desqualificada; o que a gente espera é valorizar esse Centro, resgatando a história, permitindo que as pessoas voltem a morar ali. É um pouco esse o esforço.

ECONOMIA RIO No Porto Maravilha, a ideia original era de uma ocupação mista, comercial/residen-cial. Por que não funcionou e como mudar isso para fomentar a ocupação residencial?

ECONOMIA RIO Isso envolve outras áreas que já foram residenciais?

EDUARDO PAES - Não. É restrito à zona portuária. O Rio cometeu um erro histó-rico, na década de 1960, que foi proibir a habitação no Centro. Isso foi um crime que fizeram com a cidade. E se reverteu depois, no governo Cesar Maia, inspi-rado pelo (Luiz Paulo) Conde (arquiteto e ex-prefeito do Rio); mas é óbvio que numa cidade já construída era mais difícil reverter a situação de forma lenta. Numa cidade que se constrói, como é o caso do Porto Maravilha, isso pode ser mais ativo. A tendência é que isso seja um processo de contaminação, um processo mais de médio, longo prazo. Obra de infraes-trutura, a gente está conseguindo fazer no curto prazo. E esse agenciamento é fundamental, porque, no médio, no longo prazo é que esses processos vão se con-solidando. Você tem um enfraquecimento a partir do ano passado, e este ano tam-bém, do mercado imobiliário. Quando ele aquecer de novo, vai.

ECONOMIA RIO O senhor disse que o Rio tem a tradição de empurrar com a barriga seus problemas, fugir deles...

EDUARDO PAES - É uma cidade que per-manentemente fugiu dos seus problemas. Talvez o ápice da fuga seja a Barra da Tijuca. Você cria condomínios, cerca e diz assim: “Vem pra cá que você vai criar os seus filhos trancados num lugar onde nin-guém chega perto deles. Nenhum pobre aparece, nenhuma violência acontece. Nós vamos aqui privatizar esta cidade.” E só depois de uma geração as pessoas perceberam que ninguém consegue. Que ninguém gosta de viver cercado.

março 2015 - Economia Rio

EDUARDO PAES - Regra de mercado. As condições estabelecidas para as construções residenciais e comerciais foram as mesmas. E aí você teve, pela lógica do mercado -e tem que perguntar isso ao mercado -, uma prefe-rência por fazer imóvel comercial. Deve vender mais rápido, deve dar menos trabalho, deve ganhar mais dinheiro no fim do dia. É assim que o mercado opera. A gente tem insistido na tese de que o planejamento padrão anos 1950, em que você define “é isto e é aquilo”, é muito ruim. Uma expressão que o Fajardo diz [arquiteto Washington Fajardo, presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade e do Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural] é que a melhor coisa do mundo é o agenciamento da cidade. E a primeira experiência de uma agência interessante como essa é a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Porto (CDURP). Percebendo isso, a CDURP propõe uma lei à Câmara. Aprovamos, no segundo semestre do ano passado, um conjunto de incentivos, fiscais e urbanísticos, que fazem com que seja mais lucrativo fazer apartamentos para as pessoas morarem do que salas para as pessoas trabalharem. Então, a gente acredita que, com a aprovação, esse quadro comece a ser revertido a partir deste ano, com alguns lançamentos que devem ser feitos.

ECONOMIA RIO São incentivos para construções residenciais?

EDUARDO PAES - Para residencial. Você interfere no mercado. Qual a maneira de você interferir no mercado, numa economia capita-lista, de mercado? É você dar mais incentivo. O que a gente fez foi isso: você vai ganhar mais dinheiro se você fizer apartamento do que se fizer sala comercial. Rapidinho, eles migram pra cá. Porque o (setor) privado bata-lha o lucro, ele quer saber onde pode ganhar mais dinheiro. Se você operar com essa lógica, você resolve.

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ECONOMIA RIO A maioria dos 27 projetos do chamado legado dos Jogos é de infraestrutura e mobilidade urbana. O Porto Maravilha, os BRTs, o VLT e a Linha 4 do Metrô. Por que o meio ambiente é tão secundarizado? Não seriam os Jogos uma grande oportunidade para devolver a balneabilidade à Enseada de Botafogo, ou tratar o esgoto despejado na Baía de Guanabara? Por que a Prefeitura não toma para si essa bandeira?

EDUARDO PAES - Primeiro, a gente tinha uma atribuição muito forte na despoluição da Baía de Guanabara, que era acabar com aque-la vergonha chamada Lixão de Gramacho. E a Prefeitura do Rio foi lá, em 2012, faltando quatro anos para os Jogos; depois de vários prefeitos já terem ido, terem prometido, eu fui lá e acabei com o Lixão de Gramacho. Temos, hoje, um Centro de Tratamento de Resíduos (CTR), da maneira adequada, funcionando em Seropédica. É uma conta grande para a população carioca, mas que foi paga. O segundo movimento importante que a gente fez, e talvez seja o mais importante de todos, foi o da derrubada da Perimetral. Porque, na verdade, você permite o reencontro da cidade com a sua razão de existir, que é a Baía de Guanabara. Tudo aquilo que as pessoas não veem, elas não cobram. Então a Baía de Guanabara passará a ser vista a partir do momento em que você faz o reencontro do Centro da cidade com a Baía. Essas eram duas tarefas mais específicas da Prefeitura. Mas a questão central da Baía de Guanabara é o saneamento. Infelizmente, o modelo brasileiro de saneamento é uma ação do governo do Estado. Qual o ativismo que a gente busca fazer? A gente conseguiu na Zona Oeste municipalizar o saneamento. Mais uma vez, a Prefeitura do Rio fez uma concessão. Pra você ter uma ideia, a Zona Oeste da cidade tinha 5% de esgoto tratado. Quatro anos depois da concessão, no ano que vem, vai ter 40% do esgoto tratado. E, em mais dez anos, vai ter 95% do esgoto tratado. A população não paga a mais, e a própria Cedae vai receber mais do que recebia antes da Zona Oeste. Esse é um belo exemplo para mostrar como é possível se fazer, e se dar a solução, para a Baía de Guanabara. É só replicar esse modelo. Então, essa é uma insistência permanente da Prefeitura do Rio, para que ela assuma o saneamento na cidade, e o nosso modelo seria

ECONOMIA RIO Na área da Educação, qual o legado dos Jogos? Quatro esco-las, da arena olímpica, que depois serão desmontadas e vão virar escolas munici-pais. Não é pouco?

EDUARDO PAES - Não, não. Isso é um equipamento esportivo no qual, na verda-de, a gente desenvolveu um conceito novo, que estamos chamando de arquitetura nômade, porque boa parte das arenas das Olimpíadas é provisória, para não ficar ele-fante branco. Em Londres também foi, mas aqui a gente monta como Lego e depois reconstrói e faz alguma outra coisa. O que tem relação direta com a Olimpíada na área de educação é o Rio Criança Global. Desde que a gente ganhou as Olimpíadas, incluimos aula de inglês em todos os anos do ensino fundamental. A criança sai falan-do muito mais do que “the book is on the table”. Agora, nós temos a Fábrica de Escolas. Quer dizer, vamos chegar a 40% da rede em turno único, com sete horas de aula por dia, duas de atividade extraclas-se. Ou seja, a criança fica na escola o dia inteiro, e esse é o modelo que a gente quer que prossiga. Mas isso não tem inspiração olímpica. É do dia a dia da cidade.

ECONOMIA RIO Prefeito, quando o senhor tiver cumprido seu segundo man-dato à frente da cidade, qual será o seu principal legado para o povo carioca, pelo qual gostaria de ser lembrado?

replicar, no resto da cidade, o que aconteceu na Zona Oeste. Agora, eu tenho que concor-dar com você: é uma oportunidade perdida. Porque eu usei a Olimpíada à vontade, usei para derrubar a Perimetral, para dar a solução da Praça da Bandeira... Porque a Olimpíada era inspiradora para essas transformações. Ela me inspirou para tirar o aterro de Gramacho também. Agora, naquilo que não está total-mente sob o meu controle, eu só tenho o papel de vocalizar, infelizmente. A poluição da Baía de Guanabara é uma vergonha, um escânda-lo, uma tragédia.

Rio olímpico

A poluição da Baía de Guanabara é uma vergonha, um escândalo,

uma tragédia. Uma oportunidade perdida

EDUARDO PAES - É claro que você quer ser bem avaliado, quer ser lembrado pelo mais positivo, se não para você, para os seus filhos. Mas não tenho essa paranoia. Quero ser lembrado como um prefeito que adorou os oito anos que ficou aqui. E sofreu no último dia de governo, por ter que sair. Que amava a sua cidade, que se dedicou e que fez um monte de coisas que a cidade precisava há muito tempo. E que a estátua demore muito para chegar, porque eu quero viver muito tempo ainda.

Numa mensagem aos investidores que estarão reunidos entre 10 e 13 de março no MIPIM, o mais importante encontro do setor de real estate no mundo, o prefeito Eduardo Paes garantiu que há uma boa oferta de oportunidades para este setor no Rio de Janeiro. Elas estão em áreas nobres, estruturadas e já consolidadas da cidade. A seguir, a íntegra.

“O Rio tem não só áreas de expansão, já bem definidas, como é o caso da Baixada de Jacarepaguá, mas é também uma das poucas cidades do Brasil -talvez do mundo - que resgata outras áreas já consolidadas, muito próximas de onde os empregos são gerados, a um custo muito menor, resul-tando em grandes oportunidades para o mercado imobiliário. O Centro do Rio de Janeiro, com cinco milhões de metros qua-drados, apesar de ser a área mais antiga da cidade, é, hoje, a de maior interesse imobiliário. Perto do local de trabalho, do aeroporto, com acesso aos grandes modais de transporte. A Zona Norte da cidade também se revitaliza. Áreas antes abandonadas, mas com boa infraestrutura, formam corredores de transporte que são ativos importantes, atraentes para setores médios, parcela significativa da população. O mercado imobiliário no Rio de Janeiro tem regras claras, respeita contratos e, acima de tudo, oferece muito lugar para expandir, para crescer. A cidade é um espaço onde os empreendedores, fazendo seu dever de casa, podem realizar forte ampliação imobiliária.”

RIO OFERECE OPORTUNIDADES PARA AMPLIAÇÃO IMOBILIÁRIA

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“The city needs to be run by agencies, contracting private initiative, negotiating profitability and controlling quality”EDUARDO PAES / MAYOR OF THE CITY OF RIO DE JANEIRO

His thoughts are quick, concise and clear. In his second term in office running the city of Rio de Janeiro, Mayor Eduardo Paes is comfortable in his surroundings. He is an opinionated man, who governs Rio in an ongoing partnership with the private sector. Charged with preparing the city to host the 2016 Summer Olympic and Paralympic Games, he talks with private inves-tors, making each project a market opportuni-ty by adopting the Private-Public-Partnership (PPPs) model. This approach is being used, for example, to modernize the port zone (dockland area). Contrary to all the alarmist predictions, the mayor, who did not hesitate to demolish the ring road (Perimetral) to bring the city closer to the sea, recounts how he has embra-ced the Olympic dream and sees it as a chance to revitalize Rio de Janeiro, something the city has needed for decades. “The city has continuously being running away from facing up to its problems”, he states. The Games give us the chance to change this story. It is time to bring public policies up to date, ignored and/or postponed by various previous administrations, recognized Eduardo Paes in an interview with “Economia Rio”. Determined to show the world that, in Brazil, things can be done properly, for a stipulated price, and within an established timeframe, with alternative models using priva-te funding, he has adopted a business friendly style of governance. Paes also states that he will

leave a legacy of works for both inhabitants and the city as a whole. A total of R$24.1 billion of capital expenditure has been earmarked for the Olympics, of which R$10.3 billion, or 43%, will be private investment, in 27 projects, most of which are aimed at making improvements in urban mobility and development. The mayor admits, however, that Rio missed an opportu-nity by not managing to clean up the pollution in Guanabara Bay for the Olympics. This, at least in part, because this issue falls under the umbrella of state control, but recognizes that integration is lacking between the different spheres of government. A lost opportunity, admitted Eduardo Paes, in this exclusive inter-view with Economia Rio.

ECONOMIA RIO – The local council has proudly announced the fact that more than half the investment in the Olympic Games will be private capital. Approximately 57%, of the R$37.7 billion Olympic budget, will be funded through Private-Public-Partnerships, PPPs. Why is the private model better than one paid for with public funds?

EDUARDO PAES – It is always a good thing to save on public spending. This is particularly true when you bring an event, such as the Olympics, which has an intangible legacy, geopolitical benefits, and in terms of the city’s name and

recognition, but that also represents an ama-zing opportunity for transformation. I would like to add a fact to this: of the R$37.7 billion of investment in the Games, R$24 billion will be in legacy features, works that will remain in place. Some people call this an anticipation of public policies, but I would say it is catching up on a delay in terms of implementing the same. Doing things that have been shelved for so long, so the Olympics is a real catalyst in these transformations. And approximately R$7 billion will be spent on what we call the Matrix of Responsibilities, which would not even exist if not for the Olympics. This figure is even more impressive when considering 65% will be privately funded.

ECONOMIA RIO – Rio de Janeiro will be adopting an innovational approach using PPPs, as both the 2008 games in Peking, and London in 2012 were largely funded by the country’s respective governments. Is this thus a first for this business model at an Olympics?

EDUARDO PAES – This will be the first time in history that a PPP will be used to build the Olympic park. The Athletes’ Village in Rio will be entirely funded by the private sector. I will not even refer to the examples of Athens or Peking, but London is interesting. Everything in London was paid for with public money. The Athletes’

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Village in London was publicly funded, and what does this show us? First, that we have business friendly governments here, which understand the role and capacity of the private sector to help, and the later makes money in this way, it is not just doing us a favor or being philanthropic, which we do not expect from the private sector, and the rates of return will attractive. This model also shows the enormous potential of the eco-nomy in Rio de Janeiro. If the municipality alone attracts R$18 billion of private funding for the Olympics, this shows that not only do we have a suitable institutional set up, a favorable business environment, but also enormous strength in Rio de Janeiro’s economy. We have a concession with tolls along the Transolímpica, we have a PPP for the LRV (Light Rail Vehicle), which will also help improve urban mobility, although most of the gain is linked to the strength of the real estate market, and the potential for construction in the city of Rio de Janeiro.

ECONOMIA RIO – Is the legacy of works that will remain after the games the trump card in terms of garnering support among the local population for this event, bearing in mind that a great deal of frustration has accumulated and cri-ticism been made related to recent experiences at large sporting events, such as the Pan-American Games and World Cup?

EDUARDO PAES – Only if I think about this in the context of an election and/or marketing. But this is not the case, as it is an effective delivery method. The World Cup was last year. Nobody here can imagine that you build the infrastructure for an Olympics with 150 km of BRT, by demolishing a ring road, modernizing the port area, extending the metro system, building swimming pools in Praça da Bandeira, two Olympic parks, but all this was begun last year after criticism from the population related to the ‘failed’ model used for the World Cup. We have done this from day one. We won the right to host the Olympics in October 2009. In January 2010, we signed a contract with (homebuilder) Carvalho Hosken to build the Athletes’ Village. The model used in the PPP for the Olympic Park was drawn up during 2010. We held an international tender offer for the master plan, approved a law, and contracted out the business. All this began in 2010 and 2011. The works on the Olympic Park in Barra

began at the beginning of 2012. So there is no real answer to this question, as the population obviously supports the Olympics. And I think the games will be supported going forward, as we are doing what needs to be done in the circumstances. If we believe that the Olympics and World Cup are just sporting events, we are in deep trouble. They are movements that have an intangible legacy, as well as a geopolitical effect, in terms of the marketing of our city. The knowledge that Brazilians are good at putting on events is widely accepted, and we are already famous for this. Every year we see this at Carnival, New Year, in the beautiful people, we know how to party, and we have great coffee, Pelé, as everyone knows. I think that the opportunity that this model for the Olympics gives us is a chance to say: “Look, in Brazil, and particularly in Rio, things are done on time for the agreed price, with a lot of pri-vate funding, different models, and alternative business models”. I believe that this is the main advantage related to the Olympic Games in Rio.

ECONOMIA RIO – Is the idea that the par-ticipation of the private sector is fruit of the strength the city has to attract business a vision of your public management?

EDUARDO PAES - Absolutely. The local council in Rio currently has the largest PPP in Brazil, the second and third largest PPPs, as well as the biggest concession for new highways, the one you are talking about, prior to implementing a toll road system. And this is the way we manage the city. We understand the role of the State is important, fundamental. We also understand that the State has a role to play, but if you look at the 120,000 public sector workers in this city, all work with targets, in a result-based system, and are rewarded for this at the end of the year. From a street sweeper at Comlurb, to the person that changes the lamp bulbs at Rioluz to the Ministries for Science and Technology and Education. We brought good practices from the private sector; we call this sector a partner and allow it to make money. This is fundamental. You have to allow the private sector to make money within acceptable boundaries, and we have to establish limits for this. If you have an organized institutional segment, with clear rules, people will invest. And this is why we have R$18 billion of private funding for the Olympics.

ECONOMIA RIO – But the concessions for public services in Brazil are not exactly exam-ples of success. In the area of telephony, where expansion is so crucial, the operators are the champions in terms of complaints and lawsuits, which is also true in transport. The population that uses trains and ferries is dissatisfied with the services provided and the fares charged. The metro, which was once the pride of Rio, when run by the State, currently provides a second-rate service, with overcrowded trains at peak hours. Why are these privatized services so poor?

EDUARDO PAES - First, I have to disagree. The Metro, when it was at its best carried 200,000 passengers a day, a figure that has risen to 800,000. So this ‘excellent’ service was provided to 200,000 passengers. This is just like the public schools in Brazil of old. They were also great educational institutions, but only taught students from the middle classes, one hundred children, and they now have 700,000 students. The scales are entirely distinct, and none of the services you cited are run by the local council.

ECONOMIA RIO – They are services for the citizens of Rio...

EDUARDO PAES – Of course, that is not in doubt, but it is the role of the State to know how to offer these services properly. The pri-vate sector, if left alone, will make the most of the potential. The worst-case scenario is when the State decides to make the most of its incompetence. So, the best case is when you have the private sector doing its job within sti-pulated limits. You ensure it complies with rules and regulations and earn the remuneration established in the contract. I believe that this is the best model. Why do trains breakdown in the hands of the Brazilian State? SuperVia, the federal rail network, was carrying 100,000 passengers. The ferries were almost sinking when they were public. There is still a Brazilian institutional model subject to corruption when not complying with contracts. The answer is to strengthen, not nationalize again.

ECONOMIA RIO – Pcking up on corruption, up to what point are the investigations into the Lava-Jato operations involving some of the lar-

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gest Brazilian construction companies affecting works related to the Games? What is the impact on the schedule and execution of these works?

EDUARDO PAES – None to date. And I hope it continues this way, although obviously we are all praying for this not to happen. What I can say is that we do not have a Paulo Roberto (Paulo Roberto Costa, former director of Supplies at Petrobras who denounced the redirecting of funds associated with Petrobras contract), and for this reason the works are ongoing, will be delivered on time, for the price agreed, or with minimal additions. I think that this is the chal-lenge facing Brazil. These companies operate in areas from sewerage to atomic bombs, literally, sewerage plants to nuclear submarines, as they are the biggest conglomerates in the country. I am not here defending impunity, as I believe people should be punished for their wrongful acts, but you cannot have a systemic crisis in Brazil and make a series of things unfeasible in areas that these companies play a decisive role.

ECONOMIA RIO – The LRV is an example. The consortium that won the servisse service includes, among other companies, Odebrecht Transporte, which controls SuperVia; Riopar, the holding company for Rio Ônibus; and Invepar, which controls the Metrô. All these service providers are poorly rated by the population. What structure is the local council setting up to supervise, control, monitor, and even cancel concession rights, if these companies fail to provide adequate services?

EDUARDO PAES – I want to say that I was extremely happy when I found out that the owners of SuperVia, Metrô; the bus and ferry services are all actively engaged. In fact, the LRV plays a central role in terms of integration. The city center is where everyone goes and all these modes of transport get there, as it is their main destination, and the LRV integrates all these modes of transport. You can arrive by ferry, which is a CCR concession, to catch a train, a system run by Odebrecht. You can arrive by train (Odebrecht), and catch the Metro, run by Invepar. So it is a good thing that all these companies are here. Once again: I believe that we have had a lot of bad experiences in Brazil, but our experience locally in Rio are with concessions and works handled efficiently

and well. I hope it continues this way. I can at least guarantee that, during my term in office, these transport companies either provide the services required or they leave, once contracted they must adhere to the terms agreed on. When either of the parties fails to comply, there is a penal clause that takes effect, a sanction that applies, which, when used to the limit, can lead to the loss of a concession.

ECONOMIA RIO – You touched on an interes-ting point. I imagine that it must be extremely difficult to foresee the transformation of Rio’s city center, for a local inhabitant, for exam-ple, who has never seen these areas open to pedestrians, with the vision they offer. This strengthens the momentum behind the moder-nization of the center, and the port area. Given this vision of modernization, would it not be compatible to make Rio a polycentric city, with not just one center but several?

ECONOMIA RIO – The occupancy rate in the new port development area is largely made up of commercial enterprises, when the original idea was for mixed commercial/residential use. To what do you attribute this reality? What did not work, and how could this trend be reversed to attract residential occupation?

EDUARDO PAES – Market forces. The condi-tions established for residential and commercial buildings were the same. And here you there-fore see market forces at work, and you would have to ask the players in this sector why there is a preference for commercial developments. These projects probably sell faster, are less work to build, and perhaps even make more money at the end of the day. This is how the market operates. We have insisted on a thesis of planning standards from the 1950s, based on what you define things in a certain way, is not the best approach. A statement made by Fajardo (architect Washington Fajardo, president of the National Heritage for Humanity Institute in Rio and the Municipal Council for the Protection of Cultural Heritage) said that the best thing in the world is agencies monitoring the city. The first experience of an agency such as this getting involved is CDURP, the Company for Urban Development in the Port Area. Aware of the aforementioned situation, CDURP proposed a law in the state legislature, which we approved

in the second semester of 2014, creating a series of fiscal and urban planning incentives that made building new apartments for residential use more profitable than offices for commercial use. As such, we believe that this new law will lead to a reversal in this trend this year, with several projects expected to be launched.

ECONOMIA RIO – So these are incentives for residential constructions?

EDUARDO PAES – Residential, yes. If you interfere in the market, how do you do so in a capitalist market economy? You have to offer more incentives. What we did was this: you make more money if you build apartments than office buildings. Construction companies very quickly migrate to this segment, as the private sector is all about profit, and needs to know where it can make more money. If you operate according to this logic, you can successfully resolve these sorts of issues.

ECONOMIA RIO – Does this involve other areas that were already residential?

EDUARDO PAES - No. This is restricted to the new port development area. Rio made a historic mistake in the sixties, which was to prohibit living in the center. This was a crime, and one that was later reversed during Cesar Maia’s government, inspired by Luiz Paulo Conde (the former mayor’s architect), but obviously in a city that has already been built this is a much harder and slower pro-cess. When building a city, as is the case in the Porto Maravilha, you can implement this policy more effectively. The trend is that this will be a process of contamination over the medium to long term, although we can ensure this faster for infrastructure works. It is this control by agencies that is now fundamental, as in the medium to long term these processes will consolidate the market. We saw a weakness in the real estate market starting last year, which has continued into this year, but it will definitely heat up again.

ECONOMIA RIO – You said that Rio has a tradition of ignoring its problems, running away from them...

EDUARDO PAES – Rio is a city that has always run away from its problems. Perhaps the apex in terms of this flight was Barra da Tijuca.

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Condominiums were built and then surrounded protectively, based on the following approach: “Come here and raise your children locked away in a place where nobody will get close to them. No poverty in the area, no violence. We have virtually privatized a part of the city”. It was only after a generation that people realized that nobody can or even wants to live boxed in this way.

ECONOMIA RIO – Most of the 27 projects related to the so-called legacy of the Games involve infrastructure and urban mobility. The Porto Maravilha, BRTs, LRV and Line 4 of the Metro. Why has the environment been shoved so much into the background? Would the Games not represent a great opportunity to develop the possibility of bathing along the Botafogo bay, or treat the waste discharged into Guanabara Bay? Why does the local council no take this into its own hands, as it is one that affects local inhabitants directly?

EDUARDO PAES - First, we have taken an acti-ve interest in cleaning up Guanabara Bay, which was mainly to deal with the shameful Lixão de Gramacho (landfill). The local council was there in 2012, four years before the Games, after several different mayors had made false promises, and we closed down Lixão de Gramacho. We now have a suitable waste treatment center (CTR) in Seropédica. This was huge bill for the inhabi-tants of Rio, but one that was paid. The second important movement we made, and perhaps the most important of all, was demolishing the ring road (Perimetral), as it actually allows the city to connect with the sea again, in Guanabara Bay. People do not complain about things they do not see, and Guanabara Bay will now be in full view when the city meets the sea again. These were two of the local council’s more specific tasks. But the key issue concerning Guanabara Bay is sewa-ge. Unfortunately, the Brazilian waste disposal model is run by the state government. How are we dealing with this actively? We managed to take municipal control of waste treatment in Zona Oeste. Once again the local council of Rio offered a concession. Just to give you an idea, Zona Oeste of the city had 5% of its waste treated, a figure that rose to 40% after the concession was granted, and we expect this to reach 95% after 10 years. The population pays no more, and Cedae gets more than it received before from Zona

Oeste. This is a great example of what can be achieved, and a possible solution for Guanabara Bay. We really only need to replicate this model. So, this represents the continued insistence being made by the local council in Rio to take over waste treatment in the city, and our model would be to replicate this in the rest of the city what was achieved in Zona Oeste. Now, I have to agree with you on one point: we have missed a great opportunity. However, I am using the Olympics as much as I can, to demolish the ring road, find a solution for Praça da Bandeira... as the Games are the motivating factor in making these trans-formations. They also inspired me to remove the Gramacho landfill as well, but this is not totally under my control, I can only play a vocal role, unfortunately. The pollution in Guanabara Bay is a great shame, a scandal, a tragedy.

ECONOMIA RIO – What is the legacy of the Games in the area of Education? Four schools in the Olympic arena, which will become municipal institutions? Is this not far too little in an area with such high strategic value in terms of human and social development?

EDUARDO PAES - No, no. This is sporting equi-pment that, in fact, we developed a new concept for, that we are calling nomad architecture, as most of Olympic arenas are temporary, to ensure they do not become white elephants. This was also the case in London, but we are building a system here rather like Lego, which can be rebuilt into something else. What is directly related to education as far as the Olympics are concerned is Rio Criança Global. Since we won the right to host the Games, inspired by them, we have included English classes in all years of primary education. Children now leave primary school saying a lot more than “the book is on the table”. We now have the School Factory, with the aim of having 40% of the national public school system studying full time, with seven hours of classes a day and two hours of extracurricular activities. Children will thus be at school all day, and this is the model that we want to adopt, but this was not an Olympic inspiration, it is more a day-to-day reality in the city.

ECONOMIA RIO – Mr. Mayor, now you have won a second mandate to run the city, what do you think your main legacy will be for the local people, something you would like to be remembered for?

Cristina Chacel e Luiz Alberto Bettencourt

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EDUARDO PAES – I am not driven by this sort of thing, no. I obviously would like to be well rated, and remembered positively, if not byour generation then by our children. But I am not paranoid about this type of recognition. I want to be remembered as a mayor that adored his eight years in office, and suffered on his last day having to leave, as someone who loves his city, dedicated himself to it, and achieved a lot that the city has deserved for a long time. I also hope my statue takes a long time to arrive, as I plan to live a lot longer.

Rio offers opportunities for expansion in the real estate market

For investors gathering between March 10 and 13 at MIPIM, the most important meeting in the real estate sector in the world, held in Cannes, France, Mayor Eduardo Paes has assured he will offer new opportunities in Rio de Janeiro in upscale, structured and consolidated areas in the city. The message, aimed at entrepreneurs in this business sector, was sent through Economia Rio, as follows.

“Rio not only has extremely well defined areas of expansion, as is the case in Baixada de Jacarepaguá, but is also one of the few cities in Brazil - and perhaps the world - that rescues other already consolidated areas close to where jobs are created, at a much lower cost, resulting in great opportunities in the real estate market. The center of Rio de Janeiro, in an area of five million square meters, as well as being the oldest in the city, is currently the most interesting for the real estate market. Close to the main job market, and airport, with access to all the main modes of transport, Zona Norte (the North Zone) is another area in the city currently being modernized. Previously abandoned areas, but with excellent infrastructure, these were transport corridors that represent such crucial assets, attractive to small and medium-sized businesses (SMEs), represen-ted by a significant number of the population. The real estate market in Rio de Janeiro has clear-cut rules, respects contracts and, above all, offers plenty of room to expand, and to grow. The city is a space where construction companies and homebuilders, doing their homework, can take advantage of an excellent opportunity to expand their real estate portfolios.

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udo começou em 1502, quando uma esquadra portuguesa que percorria o litoral do Brasil Colônia chegou à Baía de Guanabara, cenário paradisíaco, com vegetação exube-

rante, praias de areias brancas e águas cristalinas. O verdadeiro interesse de Portugal pela região só ocorreu, no entanto, em 1555, após a invasão dos franceses, que vislumbraram neste pedaço do paraíso o lugar perfeito para fundar a França Antártica, desafiando o domínio da América Latina, estabelecido entre Portugal e Espanha pelo Tratado de Tordesilhas.

Dez anos depois da ameaça francesa, foi fundada a cidade do Rio de Janeiro, que se desenvolveu na área do Morro do Castelo. Enquanto o Rio se urbanizava, a capital da Colônia era Salvador, na Bahia, por onde eram escoados o ouro e a produção agrícola enviada para Portugal. Mas as atividades no porto carioca foram aumentando de importância, à medida que a cidade era procurada pelas embarca-ções que vinham do Oriente para reabastecimento, reparos e reali-zação de negócios.

T

Do Brasil Colônia aos Jogos 2016 Cidade guarda os marcos do desenvolvimento econômico do país

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avenida central, atual Rio Branco - um ano após a inauguração da instalação de iluminação incandescente, 1906 - Foto: acervo imS

Celia Abend

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Economia Rio - março 2015

Em 1763, a capital é transferida para o Rio e, a partir daí, a cidade assume o papel de centro de decisões políticas e econômicas, atravessando o período colonial, o reinado de D. João VI, os dois governos imperiais e a República, até 1960, com a transferência da capital para Brasília, no Planalto Central.

A perda do status político de capital levou o município a um período de dificuldades e transformações, na busca de novas opor-tunidades de desenvolvimento. Foi com base nessa tradição histórica, em sua forte produção cultural, na sua beleza natural exuberante e na condição de ser uma das maiores metrópoles do mundo que o Rio reencontrou seu eixo de crescimento, alinhado aos setores produtivos ligados, principalmente, ao comércio, ao turismo e aos serviços. Com 6,3 milhões de habitan-tes, o Rio de Janeiro hoje tem o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) entre os municípios do Brasil (R$ 220 bilhões), sendo que quase 90% dele é resultado da participação do setor terciário.

Palco de tantos acontecimentos que leva-ram a antiga colônia portuguesa a se transformar numa das maiores potências mundiais, o Rio de Janeiro mantém pre-servados prédios, monumentos e conjun-tos arquitetônicos que marcaram diversos momentos da história do Brasil. A revista

Economia Rio se junta às comemorações dos 450 anos da cidade contando a his-tória do Rio sob o ponto de vista de seus ciclos de desenvolvimento.

Na base de tudo, a cana-de-açúcar e o ouro

Como porta de entrada do país e centro de decisões políticas, o Rio viveu todas as fases da economia. No período colonial, manteve o cultivo da cana-de-açúcar, principal produto de exportação para Portugal, concentrado entre a bacia de Jacarepaguá e Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade. Dessa época, a cidade guarda algumas fazendas preservadas na região, como Viegas, Taquara e Pau D´Água. Na região portuária, o Cais do Valongo rece-bia os escravos que chegavam da África para trabalhar nos engenhos.

“Dessa época, a cidade conta com um conjunto de obras civis, militares e reli-giosas. O Rio, apesar de ter seu núcleo urbano, mantinha vários caminhos até Santa Cruz, que ficava estrategicamen-te localizada para estabelecer elos com Parati, por onde era escoado o ouro, e as Minas Gerais. O principal acesso se dava por São Cristóvão e seguia por onde hoje é a Avenida Dom Helder Câmara”, conta o arquiteto Washington Fajardo,

presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), órgão ligado à Prefeitura do Rio.

O presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), Sérgio Magalhães, lembra que, em meados do século XVIII, a Coroa Portuguesa determinou a abertura da Estrada Real, ligando as cidades mineiras onde eram extraídos ouro e diamantes a Parati, o primeiro porto de escoamento das riquezas brasileiras para Portugal. Logo depois, o caminho foi estendido para o Rio. “O caminho do ouro, que levava dois meses para chegar a Parati, foi encurtado para menos da metade. A capital deixa de ser Salvador para ser o Rio de Janeiro. Foi o primeiro grande movimento econômico ocorrido em favor do Rio”, avalia ele.

Numa cidade cujo núcleo urbano crescia e cuja produção açucareira demandava a utilização de muita água, a questão dos recursos hídricos já se impunha. A primeira grande obra pública de abastecimento ocorreu com a captação das águas do Rio Carioca, que nasce na Floresta da Tijuca, e sua condução até o Centro, por meio do aqueduto que hoje é marca registrada do Rio: os Arcos da Lapa. Dali eram abas-tecidos diversos chafarizes e tanques na região, como os do Largo da Carioca, da Praça XV, da Rua do Riachuelo e da Glória.

Vista aérea da Praça mauá em 1921 - Foto: acervo imS

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Com a chegada da Corte, a modernização

A chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, em 1808, teve um impacto bastante importante no desenvolvimento do Rio de Janeiro. De Colônia, o país passou a integrante do Reino Unido de Portugal. A presença da Corte levou à construção de edifícios residenciais e palácios, prédios para os serviços públi-cos, incremento do comércio e maior investimento nos projetos urbanos.

Se Portugal se fixou no Rio, a Inglaterra, aliada na guerra contra Napoleão Bonaparte, tinha outros planos para a permanência da Família Real no Brasil. “Os ingleses tinham um plano estratégi-co geopolítico em que o Rio era apenas a porta de entrada. Eles planejaram construir uma nova sede da Colônia no Planalto Central, com a abertura de estradas radiais e vias fluviais não só para as diversas regiões do país, como para toda a América Latina”, conta o presidente do IAB.

O chamado Plano Sábio está descrito em detalhes no discurso do primeiro-ministro britânico Mr. William Pitt (1804-1806), conhecido como O Novo, proferido

em 1806, no Parlamento da Inglaterra. Aproveitando a aliança com Portugal, ele propunha criar o Império da América Meridional na região central do Brasil, apoderando-se, inclusive, das possessões espanholas. A capital se chamaria Nova Lisboa, estaria ligada por estradas reais a locais como Pará, Rio de Janeiro e Olinda (Pernambuco).

Planos de domínio pelos ingleses à parte, D. João VI, herdeiro de Portugal, se fixou no Rio e imprimiu novo ritmo à economia brasileira, criando instituições financeiras e de ensino e pesquisa, fundamentais para qualquer projeto de independên-cia de um país. Durante sua permanên-cia, criou os ministérios da Fazenda, do Interior, da Guerra e da Marinha, o Jardim Botânico, o Banco do Brasil, a Casa da Moeda, a Junta Geral do Comércio, o Supremo Tribunal, a Academia de Belas Artes e o Colégio de Medicina e Cirurgia, entre muitas outras realizações.

Com a mudança de Colônia para Império, a cidade entrou no ciclo do café, prin-cipal atividade econômica do país. É dessa época, devido à necessidade de escoamento da produção, a criação de um porto com características modernas e os primeiros projetos de logística, com

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a criação dos armazéns e galpões por-tuários e sua ligação com as primeiras linhas de trem.

“Devemos ao engenheiro André Rebouças os primeiros estudos de logística realiza-dos no Rio. Ele tinha acesso ao Imperador e, além da Doca D. Pedro I (onde hoje funciona o Galpão da Cidadania), o pri-meiro armazém do Porto, também criou o sistema de reservatórios do Rio D´Ouro, em Nova Iguaçu, a base do que é, hoje, o sistema de abastecimento de água do Rio de Janeiro”, lembra Fajardo. Também é dessa época o complexo de Oficinas de Locomoção da Estrada de Ferro D. Pedro II, no Engenho de Dentro, que se conso-lidou como o maior ponto de reparos e construção de trens da América Latina. Conhecido como Pátio do Engenhão, o local, em ruínas, está sendo revitalizado pela Prefeitura como parte do legado dos Jogos Olímpicos de 2016.

A economia cafeeira, no entanto, não era sustentável. O plantio sem controle levou à devastação da Floresta da Tijuca e, com o passar do tempo, a cidade ficou sem água. No Segundo Império, D. Pedro II decide desapropriar a área e promover o replantio; ela até hoje é considerada a maior floresta urbana plantada do mundo.

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Vista aérea da Praça mauá em 2015 - Foto: custódio coimbra

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As transformações de Pereira Passos

Após a Proclamação da República, o Rio experimenta mudanças radicais na política, na economia e no urbanismo. Eleito prefei-to, o engenheiro Francisco Pereira Passos (1902-1906) promove o que ficou marcado na história da cidade como o “bota-abai-xo”, demolindo cortiços e eliminando áreas insalubres, com a expulsão da população mais pobre para o subúrbio. O motivo era econômico: o Porto do Rio era conhecido como “porto sujo” e o Rio como “cidade da morte”, devido à alta incidência de doenças contagiosas, como febre amarela, varíola e sarampo. O prefeito também rasgou o centro até o mar para construir a Avenida Central, atual Avenida Rio Branco.

“Outros dois nomes devem ser acrescen-tados à história da modernização do Rio. O engenheiro Lauro Muller, construtor da Avenida Central e executor das melhorias do Porto, e o presidente da República Rodrigues Alves (1902-1906). Muller foi responsável por dar ao Porto do Rio uma escala econômica compatível com um gran-de país. E o presidente apoiou as ações de reurbanização e saneamento na cidade”, observa Magalhães.

Ele lembra também que foi nessa época que a cidade se expandiu para a Zona Sul, che-gando à avenida Atlântica, em Copacabana.

“Foi aí que o mar foi incorporado à cidade. Até então, os prédios importantes, como o Palácio do Catete, ficavam de costas para ele. Isso trouxe para os habitantes mudan-ças radicais de hábitos, e o mar passou a ser lugar terapêutico e de prazer”, conta o presidente do IAB. Foi assim que se criou para todo o país o conceito de praia pública, fazendo do carioca um privilegiado cidadão, com novo modo de vida, com aproveita-mento máximo dos espaços públicos. “Só que, além das lindas praias, o Rio era uma capital. Por isso, não nos transformamos num simples balneário, mas numa grande e importante metrópole.”

O prefeito do “bota-abaixo” também deixou uma relevante herança cultural. “Pereira Passos investiu nas obras culturais para criar uma imagem urbana para o país, até então, eminentemente agrário”, lembra o presiden-te do IRPH. Essa marca de Pereira Passos pode ser vista no conjunto de edifícios da Cinelândia, com sua arquitetura eclética.

A consolidação do estilo urbano ocorreu a partir dos anos 1920. O movimento moder-nista de 1922 em São Paulo teve reflexos importantes no Rio, que então já tinha um grupo de intelectuais para chamar de seu. Nessa época surgem nomes que viriam a marcar mundialmente a imagem do Rio como vanguarda da arquitetura e do urba-nismo, como Affonso Eduardo Reidy (autor

do projeto do Museu de Arte Moderna), Oscar Niemeyer e Lúcio Costa.

Também em 1922, a cidade recebeu um evento internacional, a Exposição do Centenário da Independência do Brasil, que levou os administradores a promover o desmonte completo do Morro do Castelo para instalação de novos prédios e abertura de ruas, onde foram instalados os pavilhões da mostra. São dessa época os edifícios do Museu da Imagem e do Som (MIS) e da Academia Brasileira de Letras, réplica do Petit Trianon, de Versailles, depois doado à academia pelo governo francês. O bairro surgido após o Centenário ganhou o nome de Castelo.

Na década de 1930, durante o Estado Novo do presidente Getúlio Vargas, a capital do Brasil passa por reformas modernizantes e mais próximas do processo de industriali-zação que o país começava a experimentar. São dessa época os prédios públicos do Ministério da Fazenda e do Ministério da Educação, conhecido como Palácio Gustavo Capanema, joia da arquitetura brasileira.

Os bondes deram lugar aos automóveis e ônibus

Nos anos 1950, o Brasil entra na era do automóvel. No Rio, o sistema de transporte coletivo de bondes, considerado em deca-dência pela população, começa a ser subs-tituído pelos ônibus, chamados lotações. O Morro de Santo Antônio sofre desmonte para o Centro ser rasgado, para facilitar o acesso por carros. “Foi um movimento sem qualquer planejamento, que abandonou um sistema por trilhos que deveria ter sido revi-talizado”, lamenta Fajardo.

Ao deixar de ser capital, em 1960, o Rio começou a perder poder e dinheiro com a transferência dos serviços públicos para Brasília. Mas jamais perdeu a condição de capital cultural, ditando moda e comporta-mento e sendo ainda a principal porta de entrada do país. “O Rio era um sonho para o Brasil e para o mundo. Esse glamour já vinha sendo divulgado pela rádio Nacional, instalada no edifício A Noite desde o início do século, pelos programas com os cantores do rádio e pelas radionovelas. A produção

Pão de açúcar, outeiro da Glória e bairro da Glória, vistos de Santa Teresa, Rio de Janeiro, c. 1885 Foto: acervo imS

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Empresas de diversos setores aderiram às comemorações dos 450 anos do Rio de Janeiro, lançando linhas especiais ou aplicando em seus produtos a marca criada pela Prefeitura. A Fiat, por exemplo, lançou a linha especial Novo Uno Rio 450, na versão 1.0, com rodas de liga leve, que trará o símbolo do aniversário na traseira e na lateral do carro. Já a TAM, maior empresa aérea do país, incluiu a marca na fuselagem de aeronaves que operam na ponte aérea.

A centenária Confeitaria Colombo usou sua tradição na culinária portuguesa e criou os pastéis de nata Lapa (abóbora e carne seca) e Castelo (bacalhau), homenageando dois tradicionais e históricos bairros cariocas. O Shopping Rio Sul, um dos mais antigos da cidade, instalou e mantém em sua fachada, desde outubro de 2014, um painel de 600 metros quadrados com ilustrações que identificam o estilo de vida dos cariocas e pontos turísticos. O Grupo Miolo lançou edição limitada de vinhos tinto e branco e de espumante próprios para serem consumidos nos dias quentes do verão carioca, com rótulos que marcam as paisagens mais conhecidas do Rio de Janeiro: o Pão de Açúcar e o Corcovado.

De vinhos a automóveis, a marca dos 450 anos

artística da emissora foi o embrião para o desenvolvimento das atividades cultu-rais e de entretenimento, hoje reunidas na indústria criativa, uma das locomotivas da economia do futuro e da qual o Rio está na dianteira”, lembra ele.

Nos anos 1970, o Brasil era um país rico e tinha uma economia bem diversificada. Mas aconteceu a crise mundial do petróleo e as atividades portuárias do Rio entraram em decadência. Além disso, para facilitar o acesso dos automóveis à região central da cidade, foi construído o elevado da Perimetral. “O elevado foi responsável pela degradação urbana da área e pelo apa-gamento do Porto do Rio”, conta Fajardo. Em 2013, a Prefeitura demoliu a Perimetral para revitalizar a área histórica da Praça XV, dentro do projeto Porto Maravilha, em andamento desde 2009.

Atualmente, o Rio vive um período pós-in-dustrial, no qual o setor terciário, focado em atividades das áreas de serviço, comércio, turismo e indústrias criativas é o maior gera-dor de riquezas e de empregos. “Embora não seja mais um setor forte na cidade, a indústria foi muito importante para o Rio porque favoreceu a construção de grandes obras. Hoje é preciso cuidar desse patrimô-nio surgido ao longo destes 450 anos e per-mitir a criação de novos ciclos econômicos que combinem com as vocações do Rio”, diz o presidente do IRPH.

Um novo olhar para a cidade

Para celebrar o jubileu da Cidade Maravilhosa, a Prefeitura do Rio criou uma extensa progra-mação, que envolve mais de 300 iniciativas, nas categorias passeios, presentes, artes, música, seminários, festivais e esportes. Todo o calendário comemorativo pode ser encontrado no portal www.rio450anos.com.br.

“Queremos que o carioca olhe sua própria história e a história da cidade, de seu bair-ro, de sua rua. Que ele possa olhar com orgulho para a experiência civilizatória ao longo destes 450 anos. Acreditamos que, dessa forma, com a cidade mais mobilizada, vamos realizar um grande evento durante os Jogos Olímpicos de 2016. E fortalecere-

mos a marca do Rio internacionalmente”, explica o diplomata Marcelo Calero, secre-tário municipal de Cultura e presidente do Comitê Rio450, responsável por criar a programação comemorativa e estabelecer as parcerias com instituições da sociedade civil e empresas.

A inspiração do calendário dos 450 anos é a campanha do IV Centenário, realizada em 1965, que conseguiu uma mobilização da população carioca sem precedentes. O slogan “Cidade em Transe”, criado na época para falar de uma cidade que passava por mudanças profundas, levou o designer Aloísio Magalhães a criar uma marca geo-métrica que conquistou os cariocas e foi

incorporada à vida da cidade. Nos 400 anos do Rio, os desfiles de Carnaval tiveram o jubileu como tema, a Filarmônica de Viena se apresentou no Maracanãzinho e a pro-gramação comemorativa se estendeu pelo ano inteiro.

“Naquele momento, a população se mobi-lizou afetiva e efetivamente. Àquela altura, o Rio tinha deixado de ser capital federal e passara a ser Estado da Guanabara, uma experiência cidade-estado inédita no Brasil. Discutia-se o papel que a cidade deveria assumir. Somos a capital cultural do país e, se hoje mantemos esse título, é muito por conta dos debates e reflexões surgidos por ocasião do IV Centenário”, afirma Calero.

Fachada do Shopping Rio Sul: Referências a pontos turísticos da cidade que comemora seus 450 anos

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Período colonial

1. Casa da Fazenda do Viegas – Rua Marmiari, 221, Senador Camará – construída em meados do século XVIII, representa o período em que a produção de açúcar era a principal atividade econômica no Brasil. O Rio ainda tem algumas antigas fazendas de engenho preservadas;

2. Cais do Valongo – Praça Jornal do Commercio, Gamboa - Criado em 1811 para desembarque e comércio de escravos, recebeu mais de 500 mil africanos vindos do Congo e de Angola. Em 1843, passou por remodelação para receber a Princesa das Duas Sicílias, Teresa Cristina Maria de Bourbon, noiva do futuro imperador do Brasil, D. Pedro II. O nome então mudou para Cais da Imperatriz. Em 1911, com as refor-mas urbanísticas realizadas na cidade, foi aterrado. Cem anos depois, redescoberto durante as obras de revitalização do Porto, tornou-se um monumento preservado e aberto;

3. Arcos da Lapa – Praça Cardeal Câmara, Lapa – Concluído em 1750, o Aqueduto da Carioca foi a primeira grande obra pública para abastecimento de água na cidade. Conduzia as águas do Rio Carioca até os chafarizes e tanques, entre eles o chafariz da Glória e o do Mestre Valentim, na Praça XV. Em 1896, foi convertido em via para passagem dos bondes de Santa Teresa;

4. Praça XV – Centro – Um dos principais palcos da história do Brasil, a Praça XV atravessou os períodos colonial, imperial e republi-cano. Inicialmente chamava-se Largo do Carmo e depois recebeu o nome de Largo do Paço, pela presença do Paço Imperial, residência de governadores, vice-reis e da Família Real Portuguesa. A Praça XV foi a principal porta de entrada para o país. Seu conjunto arquitetônico também conta com o Arco do Teles, o chafariz do Mestre Valentim e as igrejas do Carmo (antiga Sé) e a da Ordem Terceira do Carmo.

Reinado

1. Jardim Botânico – Rua Jardim Botânico, 920 e 1008 - Inaugurado em 1808, iniciou suas atividades com a missão de aclimatar o cultivo das especiarias do Oriente (baunilha, canela, pimenta e outros). Depois,

foi o lugar de experiências com a Camellia sinensis, da qual se extrai o chá preto, com o objetivo de produzir sementes e mudas para exporta-ção. Atualmente, é importante polo de pesquisa e educação e uma das mais importantes áreas de lazer e contemplação da cidade;

2. Museu Nacional – Quinta da Boa Vista, s/nº, São Cristóvão – Mais antiga instituição científica do Brasil e maior museu de história natural e antropológica da América Latina, foi criado por D. João VI, em 1818, funcionando inicialmente no Campo de Santana. Originalmente chamado Museu Real, serviu para promover o progresso cultural e econômico do país e foi incorporado à Universidade do Brasil em 1946. Hoje funciona no mesmo local onde viveu a família real por muitos anos. No Palácio da Quinta da Boa Vista, nasceu D. Pedro I e foi reali-zada a 1ª Assembleia Constituinte Republicana.

Império

1. Galpão da Cidadania – Avenida Barão de Teffé, 75, Saúde - A Doca D. Pedro II foi construída em 1871, com projeto do engenheiro André Rebouças, e foi o primeiro armazém da região portuária do Rio de Janeiro, utilizado para escoamento da produção agrícola, especial-mente o café. Os galpões da Gamboa representam um período em que o Rio executa seus primeiros planos de logística, conjugando o trans-porte ferroviário e a atividade portuária. Atualmente funciona no prédio de 14 mil metros quadrados o Centro Cultural da Ação da Cidadania;

2. Pátio do Engenhão – Rua Arquias Cordeiro, em frente ao Estádio Olímpico Nilton Santos, Engenho de Dentro - Inaugurado em 1871, o complexo de Oficinas de Locomoção da Estrada de Ferro D. Pedro II foi construído em terreno da Fazenda Engenho de Dentro, para reparos e construção de vagões, trens e equipamentos necessários à operação ferroviária, em pleno desenvolvimento. Abandonado por anos, o local agora está sendo revitalizado pela Prefeitura do Rio e será transformado na Praça do Trem. O novo espaço integrará o Passeio Olímpico Engenhão, que será entregue à população até 2016.

República

1. Cinelândia – Praça Floriano, Centro - Popularmente conhecido como Cinelândia, o espaço representa a melhor expressão do urbanis-mo acadêmico no Rio de Janeiro, junto com a Avenida Central, atual Avenida Rio Branco. Resultado da ação modernizadora do prefeito Pereira Passos na primeira década do século passado, a Cinelândia

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Alguns marcos históricos e urbanísticos que represen-tam os ciclos econômicos do Rio de Janeiro, em seus 450 anos de história.

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conta com alguns dos prédios mais importantes da cidade, entre eles o Theatro Municipal, o Museu Nacional de Belas Artes, a Biblioteca Nacional e o Centro Cultural da Justiça Federal e o Palácio Pedro Ernesto. Entre 1924 e 1927, foram ali construídos diversos cinemas, fazendo do local um intenso polo artístico e cultural;

2. Copacabana Palace – Com projeto inspirado nos hotéis da Riviera francesa, o Copacabana Palace foi construído por Octavio Guinle, por sugestão do presidente da República, Epitácio Pessoa. Copacabana era apenas uma praia desconhecida. Na década de 1930, seu Golden Room foi inaugurado, tornando-se a primeira casa de shows da América Latina. Por seus palcos passaram Ella Fitzgerald, Dionne Warwick, Josephine Baker, Marlene Dietrich, Ray Charles e Nat King Cole. Entre seus hóspedes, membros da realeza, presidentes, astros do cinema e da música, esportistas, políticos, executivos que visitam a cidade e persona-lidades importantes em vários campos de atuação. Nomes como Santos Dumont, Gene Kelly, Orson Welles, Nelson Mandela, princesa Diana, príncipe Charles e Arturo Toscanini figuram no livro de ouro de um dos hotéis mais famosos do mundo;

3. Edifício A Noite – Praça Mauá, 7 – Centro - primeiro arranha-céu da cidade, com 22 andares, esse prédio de 1929 foi a sede da rádio Nacional, emissora que lançou as bases da cultura de massa, valorizando os artistas brasileiros e incentivando a produção nacional. É considerado um ícone do art déco na cidade.

4. Centro Cultural Banco do Brasil – Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – O prédio de linhas neoclássicas foi inaugurado em 1906 para ser a sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro. Na rotunda do edifício, funcionava o pregão da Bolsa de Fundos Públicos. Na década de 1920, passou a ser a sede do Banco do Brasil. Em 1989, reformado, passou a abrigar o CCBB, o museu e centro cultural mais visitado do Brasil;

5. Centro Cultural Light – Avenida Marechal Floriano, 168, Centro - Exemplar bem preservado da arquitetura industrial do início do século 20, foi sede da empresa canadense distribuidora de energia elétrica no Rio de Janeiro. Atualmente, abriga o Centro Cultural Light, com exposi-ções temporárias e acervo relativo aos serviços prestados pela empresa;

6. Universidade Federal do Rio de Janeiro – Avenida Pasteur, 250, Urca – A primeira universidade do país foi criada em 1920, com o nome de Universidade do Rio de Janeiro. Em 1937, passou a se chamar

Universidade do Brasil e, a partir de 1965, UFRJ. Ela agregou as facul-dades de Medicina e Direito e a Escola Politécnica, que funcionavam de forma independente. A criação da universidade representou um marco para a real independência do Brasil, já que no período colonial, Portugal proibia o ensino superior no país. Com a chegada da Família Real ao Rio, a Corte autorizou os primeiros cursos superiores, mas de caráter estritamente profissionalizante;

7. ABL – Avenida Presidente Wilson, 203, Centro – Diferentemente da maioria dos pavilhões na Exposição pelo Centenário da Independência de 1922, o da França foi erguido como construção definitiva. No ano seguinte, foi doado pelo governo francês à Academia Brasileira de Letras. O edifício é uma réplica do Petit Trianon, construído em 1763 nos parques de Versailles, no estilo Luis XVI;

8. Ministério da Fazenda – Avenida Presidente Antônio Carlos, 375 – Centro – Edifício que representa o estilo arquitetônico adotado na época do Estado Novo, na esplanada do Castelo. Inaugurado em 1943, funciona até hoje como sede regional do Ministério;

9. Estação D. Pedro II (Central do Brasil) – Praça Cristiano Otoni, s/nº - Centro – Estação ferroviária mais importante da cidade, foi construída em 1937 pelo governo federal no lugar onde já funcionava um ponto de embarque e desembarque de passageiros da Estrada de Ferro D. Pedro II. Seu estilo art déco e o relógio no alto da torre se destacam na paisagem do Centro do Rio;

10. Aeroporto Santos Dumont – Praça Salgado Filho, s/nº - Considerado por muitos o aeroporto mais bonito do mundo, foi o primeiro de porte da então capital do país, inaugurado em 1936. A Estação Central de Passageiros foi concluída em 1945, após concurso nacional vencido pelos arquitetos Maurício e Milton Roberto. O salão é envidraçado, permitindo ver a paisagem da Baía de Guanabara, e tem um painel sobre a história da aviação do artista plástico Paulo Werneck;

11. Esplanada do Morro de Santo Antônio – Avenidas República do Chile e República do Paraguai, Centro – O plano viário da área surge com o desmonte do Morro de Santo Antônio. A região abriga prédios de empresas estatais (BNDES, Petrobras e antigo BNH, além da Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro) que representam o período áureo do chamado milagre brasileiro da década de 1970.

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Rio’s 450th anniversary - From Colonial Brazil to hosting the 2016 Olympic Games, the city still has all the landmarks of the country’s economic development

It all began in 1502, when a Portuguese squa-dron sailing along the coast of Brazil arrived in Guanabara Bay, a natural paradise with its exuberant vegetation, white sandy beaches and crystalline water. Portugal’s real interest in the region only began in 1555, after the French invasion, who saw this little piece of paradise as the perfect place to found França Antártica (French Antarctic and Southern Lands), chal-lenging the domination of Latin America esta-blished by Portugal and Spain in the Tordesilhas Treaty.

The city of Rio de Janeiro was founded ten years after the French threat, and developed in the area of Morro do Castelo. While Rio urbanized, the Colony’s capital was Salvador, in Bahia, where the gold and agricultural produce was exported to Portugal. However, activities at the port in Rio increased in importance, as the city was used by vessels from the West for resupplying, repairs and doing business.

The capital was transferred to Rio in 1763 and, from that point onward, the city became the center of political and economic decisions throughout the colonial period, the reign of D. João VI, the two imperial governments and the Republic, until 1960, when the capital was transferred to Brasília, and the Planalto Central.

The loss of Rio’s political status led to a period of difficulty and transformation in the munici-pality, as it tried to find new opportunities for development, mainly based on its historical tradition, significant cultural status, and natu-ral beauty and for being one of the largest metropolitan centers in the world. In this way, Rio reencountered its drivers of growth, aligned with the productive sectors, particularly com-merce, tourism and services. With 6.3 million inhabitants, Rio de Janeiro currently has the second highest GDP (Gross Domestic Product) among the municipalities in Brazil (R$220 billion), of which almost 90% is the result of it being the stage to so many developments that led to old Portuguese colony becoming one of the most powerful countries in the world. Rio de Janeiro maintains and preserves buildin-gs, monuments and architecture from these

eras throughout Brazil’s history. The magazine “Economia Rio” has associated itself with the city’s 450-year anniversary, by telling the story of Rio from the point of view of its cyclical deve-lopment, which is primarily based on sugarcane and gold. As the main port of entry into the country, and political decisions, Rio experienced all the country’s economic phases. During the colonial period, it cultivated sugar cane, the main export product to Portugal, concentrated between the Jacarepaguá Basin and Santa Cruz, in the city’s West Zone (Zona Oeste). The city has kept and preserved some of the plantations from this time in the region, such as Viegas, Taquara and Pau D ́Água. In the Port region, the Cais do Valongo (quay/pier) was where slaves arrived from Africa. “The city still has various civil, military and religious works from this era. Rio, although it has an urban center, maintains various routes to Santa Cruz, which were strategically located to establish links with Paraty, from where the gold was exported from, as well as Minas Gerais. The main access was São Cristóvão and went through what is today Avenida Dom Helder Câmara”, states the architect, Washington Fajardo, president of the Rio Heritage of Humanity Institute (IRPH), and entity with ties to the Brazilian Architects’ Institute (IAB), and president Sérgio Magalhães, who remembers that, in the middle of the 18th century, the Portuguese crown opened up the Estrada Real (Royal Road), linking the mining cities where the gold and diamonds were to Parati, the first port to export the wealth from Brazil to Portugal. Immediately after, this was extended to Rio. “The gold route, which took two months to get to Parati, was cut in half. The capital was transferred from Salvador to Rio de Janeiro in the first major economic movement favoring Rio”.

In a city with urban growth and expanding production of sugar cane, there was demand for a lot of water, and the question of hydric resources arose. The first large public work to supply water was capturing supplies from the Carioca river, with its spring in the Tijuca Forest and channeling this to the Center, using an aqueduct that is now one of Rio’s landmarks: Arcos da Lapa. This source provided water for

various fountains and tanks in the region, such as Largo da Carioca, and Praça 15. With the arrival of the Royal Court, the modernization

The arrival of the Portuguese Royal Family in Brazil, in 1808, had an extremely important impact on the development of Rio de Janeiro. From being a Colony, the country became an integral part of the United Kingdom of Portugal. The presence of the court led to the construction of residential buildings and palaces, other buil-dings to house public services, the expansion of commerce, and increased investment in urban projects.

If Portugal became a fixture in Rio, England, its ally in the war against Napoleon Bonaparte, had other plans for the permanence of the Royal Family in Brazil. “The English also had a strategic geopolitical plan based on which Rio was just the port of entry. They planned to build a new colonial base in Planalto Central, with the opening of radial highways and waterways not just to other regions in the country, but also throughout Latin America”, states the president of the IAB.

The so-called Sábio Plan was described in detail is the speech given by British Prime Minister Mr. William Pitt (1804-1806), known as the New, and proposed to the English Parliament in 1806. Taking advantage of the country’s alliance with Portugal, the Plan proposed the creation of the America Meridional Empire in the central region of Brazil, including the empowerment of Spanish possessions. The capital would be called Nova Lisboa, and linked with royal roads top laces such as Pará, Rio de Janeiro and Olinda (Pernambuco).

Leaving aside the English plans to dominate, D. João VI, the heir from Portugal, established himself in Rio, giving the country a new eco-nomic beat by creating financial, learning and research institutions, fundamental to any pro-ject related to a country’s independence. During his time in Rio, he created the ministries of Finance, Homeland, the Armed Forces (Military and the Navy), Jardim Botânico (Botanical Gardens), Banco do Brasil, and the Royal Mint

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(Casa da Moeda), the Chamber of Trade and Industry (Junta Geral do Comércio), Supreme Court (Supremo Tribunal), Fine Arts Academy) Academia de Belas Artes and the College of Medicine and Surgery) Colégio de Medicina e Cirurgia, among others.

With the change of the Colony to the Empire, the city entered into the coffee cycle, as the country’s main economic activity. At this time, due to the need to transport production, a port was created with modern characteristics and the first logistics projects, with storage space and warehouses in the dockland area linked ligação com as “We owe engineer André Rebouças the first studies of logistics made in Rio. He had access to the Emperor and, as well as Doca D. Pedro I (now Galpão da Cidadania), the port’s first warehouse, he also created the system of reservoirs along the Rio D ́Ouro, in Nova Iguaçu, the base for what is currently the water supply system in Rio de Janeiro”, remem-bers Fajardo. Also at this time, the D. Pedro II complex of Railway Transport Workshops, in Engenho de Dentro, was consolidated as the largest for repairing and building trains in Latin America. Known as Pátio do Engenhão, the location, which was in ruins, is being saved by the local council as part of the 2016 Olympic Games legacy 2016.

However, the coffee economy was not sustai-nable, as planting with no controls led to the complete devastation of Tijuca Forest (Floresta da Tijuca) and, as time went by, the city’s water supply dried up. During the second Empire, D. Pedro II decided to take back the land and replant the area, which is still today considered the largest planted urban forest in the world.

The transformations made by Pereira Passos

After the Proclamation of the Republic, Rio experimented with radical changes in policies, in terms of the economy and urbanism. Elected mayor, the engineer Francisco Pereira Passos (1902-1906) promoted what was characterized in the city’s history as “bota abaixo” (knock it down reform), by demolishing slums and unhe-althy areas, and moving the poorer population out into the suburbs. The main reason for this was economic: the Port of Rio was known as the “dirty port” and Rio as “the city of death”, due to the high incidences of contagious diseases, such as yellow fever, measles and smallpox.

The mayor also tore up the center to the sea to build Avenida Central, now Avenida Rio Branco.

“Another two names should be added to the story of Rio’s modernization. The engineer Lauro Muller, who built Avenida Central, and the executor of port improvements, and pre-sident of the Republic, Rodrigues Alves (1902-1906). Muller was responsible for giving the Port of Rio an economic scale compatible with that of a major trading country. And the president supported the re-urbanization and sanitation projects in the city”. The IAB presi-dent also remembers that it was at this time that the city expanded into Zona Sul (the residential south zone), reaching Avenida Atlântica, in Copacabana. “It was here that the land close to the sea was reclaimed. Until then, the important buildings, such as Palácio do Catete, were on the seafront, and this move led to radical changes in lifestyles for local inhabitants, and the sea became a therapeutic place for leisure activi-ties”, says the president of the IAB. It was in this way that the concept of public beaches was introduced, making Rio inhabitants privileged citizens with a new lifestyle, as they were able to take full advantage of these public spaces. “As well as its beautiful beaches, Rio was also a capital. For this reason, Rio became not just a beach resort but also a large and important metropole”.

The mayor of “knock it all down” also left an important cultural legacy. “Pereira Passos invested in cultural works to create an urban image of the country, which until then had been predominantly agrarian”, states the president of IRPH. This move by Pereira Passos can be seen in the series of buildings at Cinelândia, and the architecture

The consolidation of urban style started in the 1920s. The modernist movement in 1922 in São Paulo had a significant reflex on Rio, which already had a group of intellectuals at the time it could call its own. At this time new names appeared that would have a global effect on the image of Rio as a vanguard of architecture and urbanism, such as Affonso Eduardo Reidy, and Oscar Niemeyer (who designed the Museum of Modern Art). Also in 1922 the city hosted an international event, the Centenary Exhibition of Brazilian Independence, which led the organi-zers to completely demolish Morro do Castelo for the construction of new buildings and to

open up streets, where they built exhibition pavilions. The Museum of Image and Sound (MIS) was built at this time together with the Brazilian Academy of Languages (Academia Brasileira de Letras), a replica of Petit Trianon in Versailles, later gifted to the academy by the French government. The district that remained after the Centenary Exhibition was named Castelo.

In the decade of the 1930s, during the New State of President Getúlio Vargas, the capital of Brazil underwent modernizing reforms and closer to those of the process of industrialization that the country had begun to experiment with. It was at this time that public buildings such as the Ministries of Finance and Education were built, known as the Palácio Gustavo Capanema, the jewel of Brazilian architecture.

The trams gave way to cars and buses. In the 1950s, Brazil entered the era of the automo-bile. In Rio, the collective transport system of trams, considered in decay by the population, was gradually substituted by buses, called “lotações – packed to capacity”. Morro de Santo Antônio was demolished to open up the city center for easier access by cars. “This was a movement with absolutely no planning and that abandoned a rail system that should have been revitalized”, laments Fajardo.

After being replaced as the country’s capital in 1960, Rio began to lose power and money with the transfer of public services to Brasília. However, it never lost its place as the country’s cultural capital, dictating fashion and behavior and even remaining the main port for the country’s imports. “Rio was a dream for Brazil and the world. The city’s glamour had been a part of Rádio Nacional, installed in Edifício A Noite since the beginning of the century, in programs with radio singers and in radio soaps. The radio’s artistic production was the embryo for the development of cultural and leisure activities, now reunited in the creative industry, one of the future economic growth drivers and that Rio is spearheading”.

Brazil was a wealthy country and had a well-diversified economy in the 1970s, but this was before the world oil crisis and Rio’s port activi-ties fell into decline. In addition, to facilitate the access of cars to the city’s central region, an elevated ring road was built. “The ring road

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was responsible for massive urban degradation in the area, and the port of Rio falling into disuse”, says Fajardo. In 2013, the local council demolished the Perimetral to modernize the historic area around Praça 15, within the scope of its ‘Porto Maravilha’ project, which began in 2009.

Rio is currently in a post-industrial period, in which the tertiary sector, focused on servi-ce activities, commerce, tourism and creative industries is the largest generator of wealth and jobs. “Although not a strong sector in the city, industry was extremely important to Rio, as it favored the construction of large works. The important thing today is to look after this heritage, which has a history going back 450 years, and allow new economic cycles to develop that combine with the city’s vocations.

To celebrate the jubilee of the Wonderful City (Cidade Maravilhosa), the local council of Rio has created an extensive program with more than 300 initiatives, in categories such as trips, presents, arts, music, seminars, festivals and sports. The complete commemorative calendar can be found on the site: www.rio450anos.com.br.

“We want inhabitants in Rio to look back at their own and the city’s histories, including those of their neighborhood and street. They should be able to look back with pride at the experience of civilization seen here over the last 450 years. We believe that, in this way, with the city more mobilized, we will host a great event during the Olympic Games in 2016. And we will strengthen the Rio brand internationally”, explains the diplomat Marcelo Calero, municipal secretary of Culture and president of Committee Rio450, responsible for the creating the commemorative programing and establishing partnerships with institutions in society.

The inspiration for the commemorative calen-dar of Rio’s 450-year anniversary is the IV Centenary campaign, held in 1965, which managed to mobilize the local population in an unprecedented manner. The slogan “Cidade em Transe – City in Transition”, created at the time to evoke a city that was undergoing profound changes, led designer Aloísio Magalhães to create a geometric logo that won the hearts of the population and was incorporated into the city’s life. At the 400-year celebrations in

Rio, the Carnival parade used the jubilee as its theme, the Philharmonic Orchestra from Viena played at Maracanãzinho, as part of an extensive commemorative program. “At that time, the population was mobilized effectively and emotionally. At that stage, Rio was no longer the federal capital and had become the State of Guanabara, in what was a completely new city-state experience in Brazil. The city’s new role was under discussion, as it was the country’s cultural capital and, if we still hold this title, it is because of the debates and reflections made during the IV Centenary”, states Calero.

Some historic and urban landmarks that repre-sent the economic cycles in Rio de Janeiro, during its 450 years of history.

Colonial Period

1. Casa da Fazenda do Viegas – Rua Marmiari, 221, Senador Camará – constructed in the middle of the 18th century, represents the period in which sugar production was the main economic activity in Brazil. Rio still has some preserved sugar cane plantations and processing mills;

2. Cais do Valongo – Praça Jornal do Commercio, Gamboa – Built in 1811 for the disembarkation and trading of slaves, this pier saw more than 500,000 Africans arrive from the Congo and Angola. It was remodeled in 1843 to receive Princesa das Duas Sicílias, Teresa Cristina Maria de Bourbon, the fiancée of the future emperor of Brazil, D. Pedro II, changing its name to Cais da Imperatriz, before being buried in 1911, due to the urban reforms under-taken in the city. The quay was rediscovered one hundred years later during the modernization of the Port area, becoming a preserved monu-ment open to the public;

3. Arcos da Lapa – Praça Cardeal Câmara, Lapa – Completed in 1750, the Carioca Aqueduct was the first large public work to supply water to the city. It provided the city water from the Carioca River, to the fountains and tanks, inclu-ding Chafariz da Glória and Mestre Valentim, in Praça 15, before it was converted in 1896 into a bridge for trams running up to the nei-ghborhood Santa Teresa;

4. Praça XV – Center – One of the main

stages of Brazil’s history, Praça XV has seen several colonial periods, as well as imperial and republican. Initially called Largo do Carmo and later Largo do Paço, due to the presence of the Paço Imperial, residence of governors, vice-kin-gs, and the Portuguese royal family. Praça XV was the main entry point into the country. Its different architectural styles include the Arco do Teles, Chafariz do Mestre Valentim and the churches of Carmo (formerly Sé) and the Third Order of Carmo (Ordem Terceira do Carmo);

Kingdom

1. Botanical Gardens - Jardim Botânico – Rua Jardim Botânico, 920 to 1008 - Inaugurated in 1808, the Botanical Gardens opened with a mission to acclimatize the cultivation of oriental species (vanilla, cinnamon, peppers and others). It was later the place used for experiments with Camellia sinensis, from which black tea is made, with the aim of producing seeds and seedling plants for export. It is currently an important center of research and education and one of the best-known areas for leisure and reflection in the city;

2. The National Museum - Museu Nacional – Quinta da Boa Vista, s/nº, São Cristóvão – The oldest scientific institution in Brazil, and the largest natural history and anthropological museum in Latin America, was created by D. João VI in 1818, initially in Campo de Santana. It was originally called the Museu Real, and ser-ved to promote cultural and economic progress in the country, before being incorporated into the University of Brazil in 1946. It is now hou-sed in the same building where the royal Family lived for many years, in Palácio da Quinta da Boa Vista, where D. Pedro I was born, and the 1st Republican Constituent Assembly was held;

Empire

1. Galpão da Cidadania – Avenida Barão de Teffé, 75, Saúde – The Doca D. Pedro II was built in 1871, designed by the engineer André Rebouças, and was the first warehouse in the Rio de Janeiro’s port region, which was used to export agricultural production, particularly coffee. The Gamboa warehouses represent a period when Rio implemented its first logistics plans, linking railroads with port operations. It currently houses the Cultural Center for Citizen Action (Centro Cultural da Ação da Cidadania)

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in a building with 14,000 square meters of floor space;

2. Pátio do Engenhão – Rua Arquias Cordeiro, in front of the João Havelange Olympic Stadium, Engenho de Dentro - Inaugurated in 1871, the complex of workshops for Rail Transport along the D. Pedro II Iron Road built on land belon-ging to Fazenda Engenho de Dentro, was used for repairs and building of wagons, trains, and all the necessary equipment to operate a railro-ad developing at full steam ahead. Abandoned for years, the area is now being modernized by the local council of Rio and will be transformed into Praça do Trem, and this new space will be part of Passeio Olímpico Engenhão, which will be opened to the public by 2016.

Republic

1. Cinelândia – Praça Floriano, Centro – Popularly known as Cinelândia, this space representes the best expression of academic urbanismo in Rio de Janeiro, together with Avenida Central, now Avenida Rio Branco. The result of modernization by mayor Pereira Passos in the first decade of last century, Cinelândia has several of the most important buildings in the city, including Theatro Municipal, the National Museum of Fine Arts (Museu Nacional de Belas Artes), the National Library (Biblioteca Nacional), the Federal Justice Culture Center (Centro Cultural da Justiça Federal) and Palácio Pedro Ernesto. Several cinemas were also built here between 1924 and 1927, making the area a center for artists and culture;

2. Copacabana Palace – Based on a design inspired by hotels on the French Riviera, cons-truction work on the Copacabana Palace hotel was begun in 1926 by Octavio Guinle, at the suggestion of the then president of the Republic, Epitácio Pessoa. Copacabana was only an unk-nown beach at that time. The hotel’s Golden Room was inaugurated in the 1930s, becoming the first venue for shows in Latin America, and artist such as Ella Fitzgerald, Dionne Warwick, Josephine Baker, Marlene Dietrich, Ray Charles and Nat King Cole all performed there. Among the guests were members of royal families, presidents, film and music stars, sports persona-lities, politicians, executives visiting the city and other important personalities in various fields. People like Santos Dumont, Gene Kelly, Orson Welles, Nelson Mandela, Princess Diana, Prince

Charles and Arturo Toscanini have all signed the gold guest book at one of the most famous hotels in the world;

3. Edifício A Noite – Praça Mauá, 7 – Centro – the city’s first skyscraper, with 22 floors, was built in 1929 and the headquarters of Rádio Nacional, the broadcaster that launched cultural programs for the masses, prioritizing Brazilian artists and stimulating national production. It is considered an icon of art deco architecture in the city.

4. Centro Cultural Banco do Brasil – Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – this building with its neoclassic lines was inaugurated in 1906 as the headquarters of the Rio de Janeiro Trade Association. The floor trading on the stock market for Public Funds was held around the domed building, and in the 1920s it became the main office of Banco do Brasil. It was moderni-zed in 1989 to house the CCBB, the most visited museum and cultural center in Brazil.

5. Centro Cultural da Light – Avenida Marechal Floriano, 168, Centro – a fine exam-ple of well-preserved industrial architecture at the beginning of the 20th century, was the main office of the Canadian electricity distribution company in Rio de Janeiro. It currently hou-ses the Centro Cultural Light, with temporary exhibitions and archives of files, photos and documents related to the services provided by the company;

6. Federal University of Rio de Janeiro – Avenida Pasteur, 250, Urca – the first university in the country was set up in 1920, called the University of Rio de Janeiro. It was renamed the University of Brazil in 1937, and UFRJ from 1965. It has faculties of Medicine, Law and a Polytechnic School, all of which work independently. The setting up of the university represented a landmark in terms of Brazil’s real independence, as during the colonial period, Portugal prohibited higher education in the country. With the arrival of the royal family in Rio, the Court authorized the first courses in higher learning, although strictly professional in nature;

7. ABL – Avenida Presidente Wilson, 203, Centro – different to most, the French Pavilion at the Centenary Independence Exhibition in 1922 was built to remain in place after the

event, when it was gifted by the French gover-nment to the Brazilian Academy of Languages. The building is a replica of Petit Trianon, built in 1763 in the parks of Versailles, in Luis XVI style;

8. Ministry of Treasure – Avenida Presidente Antônio Carlos, 375 – Centro – a building that represents the architectural style adopted during the New State era, on the Castelo esplanade. Inaugurated in 1943, it is now the regional headquarters for the Finance Ministry;

9. Estação D. Pedro II (Central do Brasil) – Praça Cristiano Otoni, s/nº - Centro – the most important railway station in the city, was built in 1937 by the federal government where there was already an embark and disembark platform for passengers using the D. Pedro II Railroad. Its art deco style clock at the top of the tower is a highlight in Rio’s city center landscape;

10. Santos Dumont Airport – Praça Salgado Filho, s/nº - Considered by many as the most beautiful airport in the world, was the first of any size in what was then the country’s capital, was inaugurated in 1936. The Main Passenger Terminal was completed in 1945, after a natio-nal competition won by architects Maurício and Milton Roberto. The entrance and waiting area are glassed in, allowing passengers to appre-ciate the view of Guanabara Bay, and it has a panel about the history of aviation by plastic artist Paulo Werneck;

11. Esplanada do Morro de Santo Antônio – Avenidas República do Chile and República do Paraguai, Centro – the highway plan of the area appeared after the demolition of Morro de Santo Antônio. The region also has state company buildings (BNDES, Petrobras and the former BNH, as well as the Metropolitan Cathedral of São Sebastiao of Rio de Janeiro), which represents the zenith of a period called the Brazilian miracle in the 1970s.

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31março 2015 - Economia Rio

And it all began with the arrival in Guanabara Bay….

Time line

1502 – Discovery of Guanabara Bay

1555 – French Invasion

1565 – Founding of the city of Rio de Janeiro

1567 – Transference of the city to Morro do Castelo

1750 – Inauguration of Arcos da Lapa (Lapa’s Arches)

1763 – Rio, capital of the Portuguese colony

1808 – Arrival of the Portuguese Royal Family

1815 – Rio, capital of the United Kingdom and Portugal, Brazil and the Algarve

1858 – Inauguration of the Iron Road (Estrada de Ferro) D. Pedro II, linking Rio de Janeiro, São Paulo and Minas Gerais

1909 – Construction of the Municipal Theater, which began under mayor Pereira Passos and built in record time. At the time, the city was

already run by Serzedelo Correa

1912 – Inauguration of the Sugar Loaf tram

1922 – Demolition of Morro do Castelo and the centenary exhibition of Brazil’s Independence

1923 – Inauguration ofthe hotel Copacabana Palace

1931 – Construction of Christ the Redeemer (Cristo Redentor)

1936 – Inauguration of Santos Dumont airport

1937 – Opening of the National Fine Arts Museum (Museu Nacional de Belas Artes), in the new Escola Nacional de Belas Artes buil-ding with archives brought by D.João VI, when he disembarked with the Royal Court in 1808. The collection was later expanded on with works from the French Mission

1950 – Inauguration of Maracanã stadium

1955 – Holding of the 36th World Eucharist Congress

1960 – Creation of the State of Guanabara and transfer of the country’s capital to Brasília

1965 – Commemoration of the city’s IV

Centenary and inauguration of Parque do Flamengo

1974 – Inauguration of the Rio-Niterói Bridge

1975 – Merger of the states of Rio de Janeiro and Guanabara

1977 – Inauguration of the passenger terminal at Galeão International Airport

1992 – United Nations Conference on the Environment and Development (ECO 92)

2009 – Rio wins the right to host the 2016 Olympic Games

2011 – Rediscovery of the Valongo Quay, when work started on Porto Maravilha

2012 – United Nations Conference on Sustainable Development (Rio+20)

2013 – World Youth Day

2014 – The World Cup

2016 – Olympic Games

Celia Abend

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no interior da notícia

No interior da NotíciaInside the News

Macaé quer atrair mais turistasQue Macaé é considerada a capital nacional do petróleo, todos já sabem. Agora, a gestão municipal e represen-tantes da rede hoteleira e de gastrono-mia estão desenvolvendo ações para que a cidade também se torne um destino para o turismo de lazer.

A proposta é elaborar um calendário de eventos no município e desempenhar ações de comunicação para divulgar a imagem de Macaé.

O projeto utilizará ainda as campanhas já existentes, como a “#eucurtomacae”, em hotéis, restaurantes e agências de turismo, além de divulgar eventos que já fazem sucesso com o público local. Entre eles, o Festival de Cultura e Gastronomia de Macaé, o Festival da Sardinha e o chorinho, que deve ser transformado em uma marca para a cidade.

“A integração com representantes do setor irá aumentar a corrente de valoriza-ção e o carinho por Macaé, uma cidade que tem serra, lagoa e mar, além de um roteiro cultural enriquecedor. A necessi-dade agora é estabelecer esse conceito em conjunto com a classe empresa-rial”, disse o secretário de Comunicação, Antônio Luiz Pinheiro Santos.

Macaé wants to attract more tourists

Most people already know that Macaé is considered the national oil capital. The city’s municipal authorities and represen-tatives from hotel chains and gastronomy are now also planning to implement mea-sures to ensure the city becomes a tourist and leisure attraction.

The proposal is to create a calendar of events in the municipality and take publi-city and communications measures to develop the image of Macaé over other cities and states.

The project will also utilize already exis-ting campaigns, such as “#eucurtomacae”, in hotels, restaurants and travel agencies, as well as promoting events already suc-cessful with the local public, including the Festival of Culture and Gastronomy in Macaé, the Sardine Festival and Chorinho, which will become major landmark events in the city.

“The integration with representatives of the sector will increase the chain of appre-ciation and value for Macaé, a city that has countryside, a lagoon, and the sea, as well as an enriching cultural environment. The need now is to establish this concept with the business community”, says the municipal secretary of Communication, Antônio Luiz Pinheiro Santos.

Mais turismoPara fomentar ainda mais o turismo flu-minense, o governo do Estado está pro-movendo seminários em cinco regiões, que vão até abril. Os encontros vão reunir empresários e representantes das prefeitu-ras da Costa Verde, Serra Imperial, Costa do Sol, Agulhas Negras e Vale do Café.

“A ideia é discutir uma série de assuntos, entre eles o cadastramento da rede hote-leira, o marketing turístico das cidades e a capacitação de mão de obra. Queremos ampliar as perspectivas turísticas dos muni-cípios fluminenses”, disse o secretário de Turismo, Nilo Sérgio Félix.

More tourism

To promote tourism even more in the region of Rio de Janeiro, the state government is holding seminars in five regions, which will run through to April. The meetings will gather entrepreneurs and representatives from local authorities in Costa Verde, Serra Imperial, Costa do Sol, Agulhas Negras and Vale do Café.

“The idea is to discuss a series of issues, including the registering of hotel chains, the marketing of tourism in cities, and qualifying the local work force. We want to expand the outlooks for tourism in municipalities in Rio”, says the secretary of Tourism, Nilo Sérgio Félix.

Economia Rio - março 2015

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no interior da notícia

Conceição de Macabu investe em qualificação

Tarifa zero em Maricá

Ciências exatas em mandarim

O prefeito de Conceição de Macabu, Claudio Linhares, assinou contrato com a Sociedade Além-Paraibana de Educação (SAPE), que irá ministrar os cursos de qualificação profissio-nal na cidade. A novidade é que os cursos serão custeados pela prefeitura.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Luiz Aurélio Imbiriba da Rocha, a empresa contratada par-ticipou do processo de licitação e venceu. “Os cursos serão pagos integralmente pela prefeitura, e visam a preparar e qualificar a mão de obra local para futuro aproveitamento nas empresas que vierem a se instalar na Zona Especial de Negócios (ZEN) de Conceição de Macabu”, anunciou. Ao todo, serão 70 vagas em cursos, como de Eletricista e Soldador.

Maricá é a terceira cidade no Estado e a primeira com mais de 100 mil habitantes a oferecer a tarifa zero de transporte, por meio da Empresa Pública de Transportes (EPT), autarquia municipal. O serviço funciona 24 horas por dia, por toda a extensão da cidade. Qualquer um, morador ou não, pode usar os ônibus, sem nenhuma cobrança de passagem ou qualquer tipo de cadastro, nos desloca-mentos no município. O investimento da pre-feitura até o momento foi de R$ 4,8 milhões.

Nos primeiros 28 dias de operação, foram transportados mais de 201 mil passageiros, em mais de 1,5 mil viagens e mais de 86 mil quilômetros percorridos.

O governo do Estado inaugurou em fevereiro a primei-ra escola pública do país com foco em ciências exatas e proficiência em mandarim e inglês. Fruto de parceria entre a Secretaria de Educação e a Universidade Normal de Hebei, na China, o Colégio Estadual Matemático Joaquim Gomes de Sousa – Intercultural Brasil-China funciona na Casa da Princesa, em Niterói, e é a 27ª unidade do programa Dupla Escola.

Outro diferencial da escola é o Ensino integrado, no qual as disciplinas e os professores trabalham de maneira articulada e conectada. Para este ano, 900 estudantes se inscreveram para con-correr às 72 vagas de 1º ano do ensino médio em tempo integral.

“Essa unidade é um marco para a educação brasileira, uma vez que possibilita a formação integral do jovem. A China é uma economia global poderosíssima, e os países que consegui-rem levar o idioma para dentro de sua economia sairão na frente”, disse o secretário de Educação, Antônio Neto.

A escola terá nove salas de aula, dois laboratórios de idiomas, dois laboratórios de games on-line, laboratório de Informática, auditório, biblioteca, sala de música, sala de ginástica, áreas de convi-vência, piscina, cozinha com refeitório e recepção. No todo, foram investidos R$ 21,4 milhões na reforma e em aquisição de equipamentos.

Conceição de Macabu investing in labor qualifications

The mayor of Conceição de Macabu, Claudio Linhares, signed a contract with the Além-Paraibana Education Society (SAPE), which will offer professional qualification courses in the city. The news is that these courses will be paid for by the local council.

According to the secretary of Economic Development, Labor and Income, Luiz Aurélio Imbiriba da Rocha, the company hired took part in the public tender offer process, and won. “The courses will be fully paid for by the local council, and they aim to prepare and qualify local labor for future work in the companies that set themselves up in the Special Business Zones (ZEN) in Conceição de Macabu”. There will be a total of 70 places on the courses, designed to teach trades to be electricians and welders, among others.

Free Public Transport in Maricá

Maricá is the third city in the state, and the first with more than 100,000 inhabitants, to offer free public transport, through its Public Transport Company (EPT), the municipal autar-chy. The service will be available 24 hours a day, throughout the city. Anyone, resident or not, can use the bus service free without having to regis-ter first, within the municipality. The local council has invested R$4.8 million in this project to date.

In the first 28 days of operations, more than 201,000 passengers used the service, on more than 1,500 trips and over a distance of 86,000 kilometers.

Exact Sciences in Mandarin

The state government inaugurated the first public school in the country in February focused on Exact Sciences and proficiency in Mandarin and English. The fruit of a partnership between the Secretary of Education and Hebei Normal University (HNU) in China, the Joaquim Gomes de Sousa State Mathematical College – Brazil-China Intercultural works out of Princesa House in Niterói, and is 27th unit in the Twin School program.

The other differential of the school is Integrated Teaching, in which the subjects and teachers work in a flexible and interconnected manner. For this year, 900 students enrolled for the 72 places available in the first year of full-time high school.

“This unit is a landmark in Brazilian education, as it makes the integral education of youth possible. China is a powerful global economy, and the countries that manage to bring the language into their economies will be the ones that get ahead”, says the secretary of Education, Antônio Neto.

The school will have nine classrooms, two language laborato-ries, two on-line games rooms, and information technology lab, auditorium, library, music room, gymnasium, living areas, swimming pool, kitchen with a refectory and reception. A total of R$21.4 million was invested in the modernization and purchase of facilities and equipment.

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mobilidade

ão é uma volta ao passado, por-que tudo, afinal, é moderno e novo em folha. Não é sequer

o resgate de um modo antigo de ir e vir, porque o ritmo é o da urgência dos dias que correm, tão diferentes daqueles em que a cidade tinha muito menos gente e o tempo era mais generoso, permitindo cumprimen-tar o passageiro que viajava ao seu lado, trocar um dedo de prosa, ou simplesmente flanar pelas ruas ou olhar o céu. Mais de um século separa o Rio dos bondes da metró-pole engarrafada por carros e ônibus e que agora festeja a chegada de seu mais novo sistema de transporte coletivo – o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). E ele vai se integrar

N à paisagem da cidade no momento em que o carioca também está prestes a redesco-brir o prazer de usar os passeios públicos, principalmente na Praça XV, recuperando a visão da Baía de Guanabara. O reencontro com o mar.

Mais rentável, confortável, agradável, silen-cioso e, ainda por cima, menos poluente, o VLT aponta para uma solução de mobilidade que remonta à história da expansão urbana da cidade do Rio de Janeiro. Os bondes, assim chamados pelo povo no fim do sécu-lo XIX, em alusão aos blocos de tíquetes ilustrados, impressos nos Estados Unidos e intitulados “bonds” (designação em inglês

para “títulos”), reinaram no Brasil até os anos 1960. Devemos a eles a chegada a Copacabana, com a abertura do Túnel Velho e a inauguração do tráfego sobre trilhos em 1892. No Rio de Janeiro, a extensa rede atravessou a Zona Sul, o Centro, a Zona Norte e arrabaldes. Era o transporte cole-tivo da cidade até 1965, quando o modal cedeu definitivamente lugar aos veículos motorizados, favorecendo a implantação das indústrias de automóveis e autopeças.

“Destruíram a rede de bondes do Rio de Janeiro! Um crime!”, lamenta o arquiteto Alfredo Britto, morador de Santa Teresa e aguerrido defensor dos bondes.

Economia Rio - março 2015

No Rio, a pé e de bondeCristina Chacel

Bonde na Praça onze - Foto: augusto malta/instituto Light

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mobilidade

35março 2015 - Economia Rio

Foi a Alfredo Britto que, há 34 anos, em 1981, o então presidente do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Aloisio Magalhães, encomendou um estudo com a finalidade de tombar o sistema de bondes de Santa Teresa, o único que sobreviveu ao desmonte dos anos 1960. Magalhães morreu no ano seguinte, antes de ver a proposta realizada; ela acabou encampada por Darcy Ribeiro, então vice-governador do Estado, naquele mesmo ano de 1982.

“O VLT, no fundo, é o bonde. O bonde é a van-guarda do presente”, sentencia Alfredo Britto.

O surgimento do VLT, aliás, deverá coincidir com a volta à cena dos bondinhos de Santa Teresa, fora dos trilhos desde o acidente de 2011. A previsão da Secretaria Estadual de Transportes é de que, até o ano que vem, o serviço volte a ser prestado.

Circuito integrado

A rede do VLT é pequena, mas o circuito, nobre. São 28 quilômetros, do Centro à zona portuária, totalmente remodelada pelo proje-to Porto Maravilha, o novo xodó da cidade. O VLT vai funcionar em seis linhas, com 32 trens fabricados pela Alstom, em La Rochelle, na França. A cada 400 metros, um ponto de embarque e desembarque, no total de 38 paradas, e, ainda, quatro estações de valida-ção de bilhetes e acesso à integração Central, Barcas, Rodoviária e Santos Dumont. O pla-nejado é que, da rede de VLT, o passageiro alcance metrô, trens, barcas, teleférico, BRTs e ônibus, utilizando o Bilhete Único Carioca.

“Estimamos uma demanda de 300 mil passa-geiros/dia e a tarifa projetada é de R$ 3,50,

como a dos ônibus. O VLT é um transporte complementar, que oferece conforto. É silen-cioso, tem ar-condicionado, embarque em nível, acessibilidade plena e um potencial turístico enorme! Vai passar pelo Museu de Arte do Rio, pelo Museu do Amanhã e pelo Aquário, e chegar ao Aeroporto Santos Dumont”, explica Gustavo Guerrante, subsecretário de Projetos Estruturantes da Secretaria Especial de Concessões e Parcerias Público-Privadas.

O sistema será operado pelo consórcio forma-do pela OPT (Odebrecht Transport), Invepar (operadora do metrô e da Linha Amarela), CCR (concessionária da Ponte Rio-Niterói), Riopar (Rio Ônibus) e a RAPT, operadora francesa de transportes sobre trilhos. Explica Guerrante:

“Trata-se de uma PPP patrocinada, em que o consórcio investe R$ 1,15 bilhão. A concessão é de 25 anos. Como o custo operacional é alto, de R$ 100 milhões/ano, a Prefeitura entra com a contrapartida de R$ 5,9 milhões/mês e o retorno ao investidor virá da receita tarifária, até se pagar.”

Light comemora revitalização

Outrora a todo-poderosa controladora dos bondes do Rio de Janeiro, guardiã da memória daquele Rio antigo, a Light está animada com os bons ventos que sopram. Gerente do Instituto Light, Paulo Bicalho compara o papel desbravador que os bondes tiveram no pro-cesso civilizatório da cidade ao novo ciclo de desenvolvimento, que tem na zona portuária um símbolo da mudança. Com sede na rua Marechal Floriano, antiga Rua Larga, vizinha do Palácio Itamaraty e na franja do que hoje

é o Porto Maravilha, a Light sentiu na pele a crescente degradação e foi pioneira na revita-lização da área:

“A abertura da Avenida Presidente Vargas dividiu o Centro, formando uma barreira invi-sível. O lado da Praça XV se desenvolveu. O nosso lado, uma região de história muito rica da cidade, sofreu com a degradação urbana e social. Já vínhamos trabalhando na revitaliza-ção da rua Larga, mas a conquista para sediar os Jogos Olímpicos deu outra dimensão a esse esforço. Mudou tudo. A região portuária começa a ser arejada com a circulação de pessoas, nasce um novo bairro, e o VLT vai ter esse papel indutor de desenvolvimento que os bondes tiveram no passado. As pessoas vão ter motivação para visitar a região, vão sair e entrar, e o fluxo de entrada vai animar os mui-tos pontos culturais que temos aqui, inclusive o (centro cultural) da Light”, prevê Bicalho.

“Com seu aspecto característico, seu espaço democrático e sua tradição, o bonde foi por muitas décadas um símbolo da cidade litorâ-nea, um espaço onde tudo podia acontecer. Durante esse tempo, era o transporte coletivo por excelência, permitindo a qualquer pessoa ir, de qualquer ponto da cidade, aonde bem entendesse. As linhas de bonde interligadas cobriam absolutamente toda a zona urbana do Rio e seus subúrbios mais próximos”, narra a pesquisadora Elisabeth von der Weid, no trabalho “O bonde como elemento de expansão urbana no Rio de Janeiro”. Ela pesquisou a história do bonde e seu impacto na vida do carioca. No projeto, desenvolvido pela Fundação Casa de Rui Barbosa, ela registra a disputa acirrada pelos serviços de bonde numa cidade que tinha tudo a desbra-var. Era o progresso chegando....

anúncio de xarope para tratar de bronquite exibido nos bondes do Rio desde 1920

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mobility

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In Rio, on foot and by tram

It is not a trip down memory lane as; after all, it is modern and brand new. It is not even the rescue of an old transport mode of getting to and fro, because the pace and urgency these days is different to that when the city had far fewer people, and time was more generous, allowing people to greet the passengers travelling with them, exchange a line of prose, or simply look at the view out of the windows or at the sky. More than a century separate the Rio of trams from the metropolis jammed with cars and buses, and that now commemorates the arrival of its newest system of collective transport – the LRV, Light Rail Vehicle. This new mode of public transport will integrate the city landscape at a time when local inhabitants (cariocas) are also ready to rediscover the pleasure of going on public outings, particularly to Praça XV, recovering the view of Guanabara Bay, meeting up with the sea again.

More profitable, comfortable, pleasurable, silent and, what is more, less polluting, the LRV repre-sents a solution for mobility that tells the story of urban expansion in Rio de Janeiro. The trams (bondhinos), as they were called at the end of the 19th century, alluding to the blocks of illustrated tickets printed in the United States and entitled ‘“Bonds”’ (“in English), reigned in Brazil until the 1960s. We owe them the opening up of Copacabana, through the new Túnel Velho, and the inauguration of transit on rails in 1892. In Rio de Janeiro, the extensive tram network crossed the residential south zone (Zona Sul), and Center, to Zona Norte and surrounds. It was the city’s collective transport until 1965, when trams gave way definitively to cars and buses, favoring the implementation of auto and auto parts industries.

“They destroyed the tram network in Rio de Janeiro! Which was a crime!” laments architect Alfredo Britto, resident of Santa Teresa and who adamantly defends the tram system.

It was Alfredo Britto who, at 34, in 1981, with the then president of the Institute of National Artistic and Historic Heritage (Iphan), Aloisio Magalhães, ordered a study to list the tram system in Santa Teresa, the only survivor since the system was taken apart in 1960. Magalhães died the following year, before seeing their proposal realized; and it was finalized by Darcy Ribeiro, then the vice-governor of the State, in the same year of 1982.

“The LRV, at heart, is our tram, which is merely a vanguard of the present”, states Alfredo Britto.

The implementation of the LRV should also coincide with the return of the trams in Santa Teresa, which have been off the rails since an accident in 2011. The forecast made by the State Secretariat of Transport is for the tram service to return before the end of next year.

Integrated Circuit

The LRV network is small, but the circuit is sizeable, as it extends 28 kilometers, from the center of the port zone, which is being completely modernized in the Porto Maravilha project, and will be the city’s new jewel in the crown. The LRV will operate with six lines, 32 trains made by Alstom, in La Rochelle, France. There will be platforms every 400 meters, and a total of 38 stops, with four stations to validate tickets and access integration - Central, Barcas (Ferries), Rodoviária (Bus Station) and Santos Dumont airport. The plan is for the LRV network to take passengers to the metro, trains, ferries, cable car, BRTs and buses, using the Bilhete Único Carioca (single travel pass).

“We estimate demand will reach 300,000 passengers a day and the fare is likely to be R$3.50, the same as for a bus. The LRV is complementary transport that offers comfort, silence air-conditioning, ground level access, full accessibility and enormous tourist poten-tial! It will run past Rio’s Museum of Art, Museum of Tomorrow and the Aquarium, reaching Santos Dumont”, explains Gustavo Guerrante, under-secre-tary of Structural Projects at the Special Secretariat of Concessions and Public-Private Partnerships.

The system will be operated by the consortium made up of OPT (Odebrecht Transportes), Invepar (the operator of the metro and Linha Amarela), CCR (concessionaire of the Rio-Niterói bridge), Riopar (Rio Ônibus) and RAPT, the French operator of transport on rails. Explains Guerrante:

“This project is really a subsidized PPP, in which the consortium invests ahead, R$1.15 billion, for a concession over a term of 25 years. As the operating cost is high, at approximately R$100 million/year, the local council will put up R$5.9 million/month and the return on investment will be from fares, until the initial investment is paid off.”

Light commemorates revitalization

Once the all-powerful controller of the trams in Rio de Janeiro, guardian of the memory of old Rio, Light is happy about the favorable developments being made in the city. Manager of Instituto Light, Paulo Bicalho compares the pioneering role the trams played in the process of civilizing the city to this new cycle of develo-pment, the change of which is represented by the port zone project. Based in Rua Marechal Floriano, former-ly Rua Larga, and neighboring Palácio Itamaraty on the edge of what is now Porto Maravilha, Light felt the rising level of degradation over the past decades and was one of the pioneers in modernizing the area:

“The opening of Avenida Presidente Vargas divided the Center, forming an invisible barrier. The Praça XV side saw development but our side, a region rich in terms of the city’s history, suffered from urban and social degradation. We have been working on moder-nizing our offices at Rua Larga, but winning the right to host the Olympic Games added another dimension to these efforts, changing everything. The port region was opened up and people began to circulate, a new district was born, and the LRV will have this role of inducing development that the trams played in the past. People will be motivated to visit the region again, coming and going, and this flow will help highlight a lot of the cultural locations we have here, including Light’s cultural center”, forecasts Bicalho.

“With its characteristic aspect, its democratic space and tradition, the tram was for decades a symbol of the beach resort, a place where anything could happen. During this time, it was the best collective transport, allowing anyone to go anywhere in the city whenever they pleased. The interlinked tram lines covered absolutely all the urban zone in Rio and its closest suburbs”, states the researcher Elisabeth von der Weid, in her study “The tram as an element of urban expansion in Rio de Janeiro”. She researched the history of the trams and their impact on life for inhabitants in Rio (cariocas). In the project developed by the Casa de Rui Barbosa Foundation, she records the bitter dispute for the tram services in a pioneering city with everything to offer. It was progress arriving....

Economia Rio - março 2015

Cristina Chacel

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Bons negócios no caminho do Arco Metropolitano

om seu mais novo trecho inaugurado no ano passado, o Arco Metropolitano do Rio de Janeiro, rodovia constru-ída em torno da Região Metropolitana para desafogar

o tráfego de veículos nas principais vias que cruzam a cidade, é hoje uma das melhores áreas para a atração de investimentos no Estado. Às margens da rodovia, há espaço para instalação de indústrias, empreendimentos hoteleiros e de lazer e com-plexos logísticos. A equipe da Economia Rio visitou a região, acompanhada do diretor executivo da Câmara Metropolitana de Integração Governamental (CIG) do Rio, Vicente Loureiro, e entre-vistou autoridades locais para compreender as transformações na região e mapear oportunidades.

Cálculos preliminares da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro (Sedeis) dão conta de que existem R$60 bilhões em investimentos, entre previstos e em execução, para o entorno do Arco, que totaliza quase 150 km. Alguns trechos já estavam construídos: a duplica-

Economia Rio - março 2015

CAlexandre Gaspari

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março 2015 - Economia Rio

ção da BR-101 Sul, em Itaguaí; o trecho da BR-116 entre Duque de Caxias e Santa Guilhermina, em Magé, operado pela Concessionária Rio-Teresópolis (CRT); e a BR-493, que liga Santa Guilhermina a Manilha, em Itaboraí, onde encontra a BR-101 Norte. Em toda essa região, foram inicialmente identificados 58 quilômetros quadrados potenciais para a instalação de distritos industriais, cuja implantação é de responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio (Codin).

Em julho de 2014, foi inaugurado o “trecho virgem” do Arco, de cerca de 70 quilômetros. A partir de agora, será possível interligar as rodovias fede-rais BR-101 (Rio-Santos e Rio-Vitória), BR-040 (Rio-Belo Horizonte-Brasília) e BR-116 (Rio-São Paulo e Rio-Salvador), além de rodovias estaduais. Com essa nova etapa, começa um trabalho de mapeamento de oportunidades da região a partir da criação do Plano Diretor da Região Metropolitana do Rio. O projeto, que custará entre US$10 milhões e US$11 milhões e está previsto no financiamento de quase US$1 bilhão do Banco Mundial ao governo do Estado, deverá estar con-cluído até meados de 2016.

Integrar vocações econômicas e sociais é um dos maiores desafios da Câmara Metropolitana de Integração Governamental, órgão do governo flumi-nense responsável pela gestão de questões envolvendo a Região Metropolitana do Rio. Contudo, esse trabalho será feito em parceria com as cidades, reforça o diretor executivo da Câmara, Vicente Loureiro. “Se não trabalharmos com as prefeituras, a pressão de fiscalização pode se pulve-rizar. Não se faz gestão do território sem a participação das prefeituras. O controle do dia a dia é uma missão municipal. Trabalhar articuladamente, criar condições e acudir condomínios industriais vai ser muito importante para alavancar tudo isso. Senão, os investimentos se deslocam para outras áreas mais vantajosas ou mais desembaraçadas”, frisa Loureiro.

O novo trecho do Arco, inaugurado em 2014, que atravessa os municípios de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Japeri, Seropédica e Itaguaí, desbrava uma região do Rio de Janeiro desconhecida até mesmo por muitos cariocas. A preocupação do governo estadual agora é garantir o apro-veitamento econômico da área, com a ins-talação de indústrias e empresas em geral, além de manter atenção redobrada para evitar a ocupação urbana desordenada, com instalação de moradias precárias.

Uma outra preocupação da Câmara é com as chamadas “terras de engorda”, ou seja, terrenos mantidos por proprietários interessados exclusivamente na valoriza-ção imobiliária em torno do Arco. Nesse caso, acredita Loureiro, a aplicação de sanções pelas prefeituras e pelo governo estadual é fundamental. Só essas sanções podem garantir uma viabilidade econômica e social da região, ele entende. “Se não houver uma política restritiva e tributária, isso se perde. É ‘terra de engorda’. Se não precisar vender, o proprietário não vende”, diz o diretor da Câmara Metropolitana. Uma parte das áreas também tem ativida-de de pecuária extensiva.

Vicente Loureiro sugere duas ações imedia-tas para evitar a manutenção das “terras de engorda”: a aplicação de impostos progres-sivos por parte das prefeituras em áreas sem ocupação econômica e a desapropriação de terrenos por parte do governo do Estado. “Há o ‘Braço Cruzado Futebol Clube’ em algumas áreas. Por isso, primeiro, devemos incentivar as prefeituras a aplicar imposto progressivo. Depois, fazer a desapropria-ção, via condomínio industrial, via Codin. Alavancar a propriedade e chamar o par-ceiro privado para fornecer a infraestrutura, oferecendo depois aos investidores terrenos com todas as condições para a instalação da atividade industrial. A ação coercitiva do Estado vai ter de ocorrer.”

Um caso emblemático citado por Loureiro é o de um grande proprietário de terras em Itaguaí. Segundo o diretor da Câmara Metropolitana, a área, completamente

regularizada, tem cerca de três quilô-metros quadrados. Contudo, permanece sem uso. Já na época de construção do Arco, que atravessa as terras, o pro-prietário teria dificultado o processo de desapropriação.

Considerando áreas planas nos municípios de Itaguaí, Seropédica e Japeri – nas quais Loureiro sugere a possibilidade de for-mação de uma “conurbação industrial”–, há cerca de 40 quilômetros quadrados disponíveis para instalação de fábricas e ocupação urbana. Outros 22 quilômetros quadrados, também para ocupação mista, estão livres na Cidade dos Meninos, em Duque de Caxias. Também em Caxias, a área da antiga Fazenda Penha Caixão, com três quilômetros quadrados, no entron-camento do Arco com a rodovia estadual RJ-085, é outra área considerada atrativa para investimentos empresariais. Sem falar em Capivari (Caxias), Santa Rita (Nova Iguaçu) e nas proximidades da cidade de Queimados, que não é atravessada pelo Arco, mas pode ser beneficiada economi-camente por ele.

Uma vocação logística

Como o trabalho da Câmara Metropolitana será realizado em parceria direta com as prefeituras da região do Arco, os municí-pios integram a linha de frente na análise das vocações e no levantamento inicial de possibilidades de negócios, bem como na atração de investimentos. E em pelo menos três das cidades atravessadas pelo novo trecho do complexo viário – Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Itaguaí –, as prefeituras locais identificaram o segmento logístico como um dos futuros destaques na ocupação econômica da região.

“O Arco desperta nossa vocação logística. Estamos próximos do Porto do Rio e do aero-porto internacional. Há acesso por mar possível em nossa cidade, bem como ferroviário. Além disso, o Arco facilita o acesso à Via Dutra”, lista o secretário municipal de Planejamento, Habitação e Urbanismo de Duque de Caxias, Luiz Edmundo da Costa Leite.

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A Câmara Metropolitana de Integração Governamental foi criada pelo Decreto-lei 44.905, assinado pelo governador Luiz Fernando Pezão em 11 de agosto de 2014. Além dela, foi criado o Grupo Executivo de Gestão Metropolitana. O objetivo da entidade é estabelecer parâmetros para políticas públicas que garantam o desenvolvi-mento sustentável da Região Metropolitana do Rio, hoje com 21 municípios. O diretor executivo, Vicente Loureiro, explica: “A decisão de criar a Câmara deve-se ao fato de que é preciso ter uma estratégia metropolitana. A intervenção não pode ser apenas na esfera municipal.” No papel de gestor desse projeto, Loureiro explica que o enfoque será, principalmente, nos temas de saneamento, mobilidade, segurança e uso do solo.

Após a criação da Câmara, está sendo lançado um edital para a contratação de três ser-viços financiados com recursos do Banco Mundial: um plano estratégico para a Região Metropolitana; um trabalho de aerofotometria para fornecer uma base cartográfica atualizada da área e a criação de um sistema de informações geográficas que permitam a gestão integrada do desenvolvimento urbano da região.

Em março, será enviado à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) um projeto de lei que amplia os poderes da Câmara e cria uma autarquia intergovernamental que decidirá as concessões de serviços compartilhados. Todos os municípios da região estarão representados nesse órgão, embora o governo do Estado e a prefeitura do Rio tenham a maioria dos votos.

O secretário menciona dois investimen-tos em logística na cidade que podem deslanchar com o Arco. Um deles é o da Global Logistic Properties (GLP); o outro, da BZ Log, do Grupo Gávea. No total, calcula Leite, já foram confirmados cerca de R$ 500 milhões em investimentos em Caxias por causa do complexo viário. Isso sem falar na nova fábrica da Rio de Janeiro Refrescos (Coca-Cola), que será instalada em Santa Cruz da Serra, entre a BR-040 e a BR-116, e terá recursos de R$1 bilhão.Pelo fato de Caxias ter sua economia extremamente ligada ao setor de petróleo e gás natural, Leite destaca a preocupação em diversificar as vocações econômicas do município. “Vemos também algumas possibilidades em tecnologia, com a implantação de um parque industrial para pesquisa e inovação”, disse. Outro foco é o setor de biotecnologia. “Muitas empresas desse segmento estão instaladas na Ilha do Fundão (na cidade do Rio de Janeiro), onde não há mais espaço. E Caxias está perto de tudo”, conclui.

Na vizinha Nova Iguaçu, as característi-cas topográficas da região cortada pelo Arco e a proximidade com a Reserva Biológica (Rebio) do Tinguá são fatores a serem considerados para determinar vocações, frisa Loureiro. A Reserva do Tinguá é uma unidade de conservação sob cuidados do Instituto Chico Mendes (ICMBio), do governo federal.

O secretário municipal de Urbanismo, Habitação e Meio Ambiente de Nova Iguaçu, Giovanni Guidone, explica: “O Arco divide nossa cidade em dois ‘peda-ços’. Ao norte, a área é muito voltada à preservação ambiental. Ao sul, o Arco atravessa duas áreas urbanas, Vila de Cava e Santa Rita, mas apenas essa segunda tem vocação industrial.”

Na área norte, há diversos sítios de pequeno porte, destinados, sobretudo, a diversão de fim de semana de pesso-as de menor renda. Assim, apesar da limitação para expansão industrial, a proximidade com a Reserva do Tinguá pode ser um vetor para exploração do ecoturismo. “Acredito em um turismo de fim de semana, com apelo ecológico. É uma região muito carente de lazer. Por outro lado, como as propriedades são muito fragmentadas, isso dificulta um processo maior de transformação da área”, afirma o diretor da Câmara Metropolitana.

Já em Santa Rita, onde o Arco cruza a rodovia estadual RJ-111, estão instala-das algumas grandes indústrias, como a Niely, de produtos cosméticos, adquiri-da recentemente pela L’Oreal. Contudo, devido à densa ocupação urbana, de um lado, e a Rebio do Tinguá, de outro, no caminho para Adrianópolis, os espaços para expansão são restritos. “De acordo com o Plano Diretor de Nova Iguaçu, Santa Rita tem vocação para empresas de logística e indústrias não poluentes, de porte médio. Infelizmente, não temos extensas áreas livres e planas, como há em Seropédica”, lamenta Guidone.

Por essa razão, o secretário afirma que a principal reivindicação da prefeitura é a construção de um acesso ao Arco em Vila de Cava, área urbana, essencial-mente residencial e já razoavelmente ocupada. “Estamos desenvolvendo um projeto e verificando a necessidade de desapropriações. Contudo, essa nova alça facilitaria a chegada e a saída dos moradores. Nada impede a instalação de indústrias naquela região, mas há poucos terrenos disponíveis”, explica.

Perto dali, a MRS Logística, operado-ra ferroviária de carga, está instalan-do um terminal em Queimados, que deverá receber investimentos de R$600 milhões, de acordo com informações da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico do Rio. O objetivo da compa-nhia, explica Vicente Loureiro, é criar uma plataforma multimodal ferroviária e rodoviária. Para isso, será necessário construir alças de acesso ao Arco.

Logística é também uma das principais vocações econômicas a serem explo-radas em Itaguaí, de acordo com o secretário municipal de Planejamento e Captação de Recursos e interino de Obras e Urbanismo do município, Victor Aquino. “Temos recebido consultas de

Há lugares vocacionados para a indústria e aqueles

vocacionados para a vida urbana

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O trecho final do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro – que compreende a parte da rodovia federal BR-493 que liga o distrito de Santa Guilhermina, em Magé, a Manilha, em Itaboraí, passando pelo município de Guapimirim – deverá ficar pronto somente em 2017. Essa é a previsão que consta no último balanço do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, do governo federal, de dezem-bro de 2014.

Sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do Ministério dos Transportes, as obras de duplicação e asfaltamento do trecho de 25 km devem custar cerca de R$405 milhões. O consórcio que vai realizar as obras é formado pelas empresas Encalso, Sobrenco, CTesa e Concresolo e foi con-tratado sob o Regime Diferenciado de Contratação (RDC) – criado inicialmente para as obras da Copa do Mundo 2014 e para os Jogos Olímpicos Rio 2016, a fim de agilizar as contratações. O RDC acabou estendido a obras do PAC.

Segundo informações do DNIT, o canteiro de construção já está pronto e os projetos relativos à obra estão em andamento. A terra-planagem foi suspensa no início deste ano devido ao embargo de jazida mineral pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), ligado ao Ministério de Minas e Energia, mas havia expec-tativa de retomada em março.

Já é possível, hoje, ir do trecho Norte da BR-101 para a BR-116 (Rio-Teresópolis, que também integra o Arco) pela BR-493 e vice-versa. Entretanto, a rodovia ainda tem mão dupla e não apresenta boas condições de conservação. Com a futura implantação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, espera-se aumento considerável do fluxo de caminhões na região. E sem as obras na BR-493, essa frota correria o risco de circular na cidade do Rio de Janeiro para acessar a Rodovia Presidente Dutra, piorando ainda mais as condições de tráfego urbano. O Arco afasta esse problema.

Última etapa ficará pronta em 2017

empresas de logística interessadas em se instalar na cidade. E no que se refe-re a vocações econômicas, a área do Arco é considera uma Zona Especial de Negócios (ZEN), ideal para a criação de um ‘porto seco’ e galpões de logística”, detalha.

Banhada pela Baía de Sepetiba, que tem vocação turística, Itaguaí também espera atrair condomínios residenciais, seja para moradia permanente, seja para veraneio. “O Condomínio Alphaville já está adquirindo uma grande área ao lado do Arco Metropolitano”, conta Aquino. “A expansão urbana de Itaguaí se dá principalmente para o lado do Arco. Para o outro lado, são terras da Petrobras, 10 milhões de metros qua-drados, e do porto. Então, a cidade pode crescer somente para o Arco ou para o Mazomba, que é uma área rural, mas que não tem o atrativo que o Arco tem”, confirma Loureiro, da Câmara Metropolitana.

O Porto de Itaguaí, administrado pela Companhia Docas do Rio de Janeiro, é outro grande atrativo. Uma das principais vias para escoamento de minério de ferro do Brasil para o exterior, o porto tem aumentado sua movimentação de

contêineres. Segundo informações de Docas, a área tem “grande aptidão para movimentar granéis e carga geral”. Está em estudo a formação de Parcerias Público-Privadas (PPPs) visando à instalação de novos terminais de carga, descarga e tancagem de granéis sólidos e líquidos, área de apoio intermodal e um truck center, além de um distrito industrial naval.

Drones contra a ocupação desordenada

Vicente Loureiro afirma que, além da ocupação econômica, Estado e muni-cípios devem acompanhar de perto a movimentação de pessoas na região em torno do Arco. O diretor da Câmara Metropolitana identifica algumas áreas que requerem cuidados especiais, não somente por pressões endógenas – a partir de comunidades já instaladas –, mas também por pressões exógenas, criadas a partir das facilidades de acesso com o novo complexo viário.

Dos diversos pontos sensíveis à ocupa-ção desordenada, há alguns que estão no radar da Câmara. Capivari, em Duque de Caxias, no entroncamento com a BR-040, é um deles, por ser uma região

já habitada. Vila de Cava, em Nova Iguaçu, chama a atenção pelo mesmo motivo. A região, que abrange Carlos Sampaio e Austin, em Nova Iguaçu, poderá sofrer pressões no futuro, segun-do Loureiro. E a área entre o centro de Japeri e Engenheiro Pedreira, bairro da mesma cidade, também deverá ser observada de perto.

Para vencer a grande extensão das áreas – e, com ela, a dificuldade de fiscalizar a ocupação –, Loureiro conta que está sendo fechado um convênio com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) para o uso de drones na região do Arco. Os equipamentos serão utilizados para a criação de uma base cartográfica precisa da área, mas tam-bém poderão ser os “olhos” da Câmara e das prefeituras para evitar surpresas futuras com ocupações inesperadas.

“Há um trauma na cabeça das pessoas de que tudo vira favela. Não é bem assim. Há lugares vocacionados para a indústria e aqueles vocacionados para a vida urbana. O povo não é bobo, não vai instalar barracos em qualquer lugar. Tem de haver alguma sinergia, alguma lógica. Por isso sou otimista no controle dessa situação”, explica Loureiro.

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DUQUE DECAXIAS

NOVAIGUAÇU

JAPERI

ITAGUAÍ

SEROPÉDICA

ITAGUAÍ, ENTRE O PORTO E O TURISMOO Arco Metropolitano chega, enfim, à rodovia federal BR-101 Trecho Sul, que liga o Rio de Janeiro a Santos, em São Paulo. Além da ocupação industrial, facilitada pela proximidade com o Porto de Itaguaí, a região tende a atrair empreendimentos imobiliários, pois se localiza próximo à Baía de Sepetiba, que atrai muitos turistas, e a caminho de Angra dos Reis e Paraty, balneários do Sul Fluminense. A prefeitura informa que há negociações para a instalação de um condomínio Alphaville no local.

JAPERI E ENGENHEIRO PEDREIRA O Arco Metropolitano corta o município de Japeri praticamente ao meio, colocando, de um lado, a área central da cidade, bem próxima ao Arco, e, do outro, o distrito de Engenheiro Pedreira, também bastante ocupado. Aqui, acredita-se que a grande expansão será urbana, aumentando o adensamento de moradores nessa região. A nova estrada também facilita o acesso ao Japeri Golfe Clube, uma das poucas áreas para a prática desse esporte no Estado.

CAPIVARI Localizado próximo ao entroncamento do novo trecho do Arco Metropolitano e a rodovia federal BR-040, que liga o Rio de Janeiro a Belo horizonte e Brasília, o bairro já abriga unidades industriais, como a Sadia e a Frescatto, ambas do setor alimentício. Com áreas livres e outras ocupadas por pequenos sítios de recreio e de pequena produção agrícola, Capivari é atrativo para a instalação de mais indústrias, bem como de empresas de logística.

FAZENDA PENHA CAIXÃO Área com cerca de 3 milhões de metros quadrados, localizada no entroncamento do Arco Metropolitano com a rodovia estadual RJ-085, que liga o distrito industrial de Xerém ao município de Belford Roxo, em área onde a prefei-tura daquela cidade pretende instalar um distrito industrial. O fácil acesso ao Arco e a possibilidade de chegar à BR-040 pela RJ-085 tornam a região atrativa para novos empreendimentos industriais e logísticos.

CIDADE DOS MENINOSCom aproximadamente 22 milhões de metros quadrados, a região é considerada uma das mais promissoras do “trecho virgem” do Arco Metropolitano para a instalação de indústrias e também para moradia, caracterizando uma ocupação mista.

DISTRITO INDUSTRIAL DE JAPERIPróximo à junção do Arco Metropolitano com a rodovia federal BR-116 (Dutra) está instalado o Distrito Industrial de Japeri. Já existem companhias instaladas na região, mas acredita-se que, com a inauguração do Arco, novas empresas se interessem por ocupar a área, pelo fato de estar na rodovia que liga o Rio de Janeiro a São Paulo e também pelo acesso rodoviário facilitado à cidade do Rio, evitando o trânsito urbano.

NOVA IGUAÇU, SÍTIOS DE RECREIOPouco após a divisa com Duque de Caxias, essa região é ocupada, sobretudo, por pequenos sítios de recreio. Por sua característica topográfica – há várias colinas cortando a área –, e devido à proximidade com a Reserva Biológica do Tinguá, a ocupação econômica tende a ser mais tímida, voltada, sobretudo, ao turismo ecológico e à melhoria das condições dos sítios já instalados, para atração de um novo público, além do local.

VILA DE CAVA A preocupação nessa região, que já abriga um bom número de moradias e tem certo grau de urbanização, é evitar uma ocupação desordenada. Nesse sentido, o desafio é controlar as pressões tanto endógenas, de necessi-dade de expansão da própria localidade, quanto exógenas, de populações atraídas para a área por causa do acesso facilitado pelo Arco Metropolitano. Também há planos de instalação de um parque de lazer para a população local.

SANTA RITA Trecho em que o Arco Metropolitano corta a rodovia estadual RJ-111. Já estão instaladas empresas como Condor, de armas não letais; Furnas e Cepel, do setor elétrico; e Niely, de cosméticos. Contudo, é uma região bem próxima à Reserva do Tinguá, o que restringe a ocupação industrial. A prefeitura de Nova Iguaçu acredita que o espaço poderá ser ocupado por pequenas e médias indústrias e empresas de logística.

ACESSO A QUEIMADOS Próximo ao município de Queimados, uma linha de trem operada pela MRS cruza o Arco Metropolitano. Com a rodovia, a empresa tem planos de instalar uma plataforma logística na região, integrando os modais ferroviário e rodoviário. Para isso, o governo do Estado já estuda a instalação de alças de acesso ao Arco. A linha é contígua ao ramal ferroviário da SuperVia, companhia de trens urbanos da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

FLORESTA NACIONAL MÁRIO XAVIER Entre o Arco Metropolitano e a rodovia federal BR-465 (antiga Rio-São Paulo) está localizada a floresta de Mata Atlântica ocupa uma área de quase 5 milhões de metros quadrados e é protegida por lei. Na época da construção do Arco, foi necessária uma adaptação em um dos viadutos da estrada para preservar a reprodução da Physalaemus soaeri, espé-cie de rã encontrada apenas nessa localidade.

A “NOVA JUNDIAÍ” Área com extensas faixas de terra planas, boa parte delas ocupada por pecuária extensiva. Por essa característica – e também pela expectativa de uma futura ligação entre o Arco Metropolitano e a Avenida Brasil, a maior via expressa da cidade do Rio de Janeiro –, a região é considerada a de maior potencial econômico do Arco, com possibilidade de repetir o modelo de ocupação industrial e logística aplicado na cidade de Jundiaí, no Estado de São Paulo.

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Arco Metropolitano

Economia Rio - março 2015

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DUQUE DECAXIAS

NOVAIGUAÇU

JAPERI

ITAGUAÍ

SEROPÉDICA

ITAGUAÍ, ENTRE O PORTO E O TURISMOO Arco Metropolitano chega, enfim, à rodovia federal BR-101 Trecho Sul, que liga o Rio de Janeiro a Santos, em São Paulo. Além da ocupação industrial, facilitada pela proximidade com o Porto de Itaguaí, a região tende a atrair empreendimentos imobiliários, pois se localiza próximo à Baía de Sepetiba, que atrai muitos turistas, e a caminho de Angra dos Reis e Paraty, balneários do Sul Fluminense. A prefeitura informa que há negociações para a instalação de um condomínio Alphaville no local.

JAPERI E ENGENHEIRO PEDREIRA O Arco Metropolitano corta o município de Japeri praticamente ao meio, colocando, de um lado, a área central da cidade, bem próxima ao Arco, e, do outro, o distrito de Engenheiro Pedreira, também bastante ocupado. Aqui, acredita-se que a grande expansão será urbana, aumentando o adensamento de moradores nessa região. A nova estrada também facilita o acesso ao Japeri Golfe Clube, uma das poucas áreas para a prática desse esporte no Estado.

CAPIVARI Localizado próximo ao entroncamento do novo trecho do Arco Metropolitano e a rodovia federal BR-040, que liga o Rio de Janeiro a Belo horizonte e Brasília, o bairro já abriga unidades industriais, como a Sadia e a Frescatto, ambas do setor alimentício. Com áreas livres e outras ocupadas por pequenos sítios de recreio e de pequena produção agrícola, Capivari é atrativo para a instalação de mais indústrias, bem como de empresas de logística.

FAZENDA PENHA CAIXÃO Área com cerca de 3 milhões de metros quadrados, localizada no entroncamento do Arco Metropolitano com a rodovia estadual RJ-085, que liga o distrito industrial de Xerém ao município de Belford Roxo, em área onde a prefei-tura daquela cidade pretende instalar um distrito industrial. O fácil acesso ao Arco e a possibilidade de chegar à BR-040 pela RJ-085 tornam a região atrativa para novos empreendimentos industriais e logísticos.

CIDADE DOS MENINOSCom aproximadamente 22 milhões de metros quadrados, a região é considerada uma das mais promissoras do “trecho virgem” do Arco Metropolitano para a instalação de indústrias e também para moradia, caracterizando uma ocupação mista.

DISTRITO INDUSTRIAL DE JAPERIPróximo à junção do Arco Metropolitano com a rodovia federal BR-116 (Dutra) está instalado o Distrito Industrial de Japeri. Já existem companhias instaladas na região, mas acredita-se que, com a inauguração do Arco, novas empresas se interessem por ocupar a área, pelo fato de estar na rodovia que liga o Rio de Janeiro a São Paulo e também pelo acesso rodoviário facilitado à cidade do Rio, evitando o trânsito urbano.

NOVA IGUAÇU, SÍTIOS DE RECREIOPouco após a divisa com Duque de Caxias, essa região é ocupada, sobretudo, por pequenos sítios de recreio. Por sua característica topográfica – há várias colinas cortando a área –, e devido à proximidade com a Reserva Biológica do Tinguá, a ocupação econômica tende a ser mais tímida, voltada, sobretudo, ao turismo ecológico e à melhoria das condições dos sítios já instalados, para atração de um novo público, além do local.

VILA DE CAVA A preocupação nessa região, que já abriga um bom número de moradias e tem certo grau de urbanização, é evitar uma ocupação desordenada. Nesse sentido, o desafio é controlar as pressões tanto endógenas, de necessi-dade de expansão da própria localidade, quanto exógenas, de populações atraídas para a área por causa do acesso facilitado pelo Arco Metropolitano. Também há planos de instalação de um parque de lazer para a população local.

SANTA RITA Trecho em que o Arco Metropolitano corta a rodovia estadual RJ-111. Já estão instaladas empresas como Condor, de armas não letais; Furnas e Cepel, do setor elétrico; e Niely, de cosméticos. Contudo, é uma região bem próxima à Reserva do Tinguá, o que restringe a ocupação industrial. A prefeitura de Nova Iguaçu acredita que o espaço poderá ser ocupado por pequenas e médias indústrias e empresas de logística.

ACESSO A QUEIMADOS Próximo ao município de Queimados, uma linha de trem operada pela MRS cruza o Arco Metropolitano. Com a rodovia, a empresa tem planos de instalar uma plataforma logística na região, integrando os modais ferroviário e rodoviário. Para isso, o governo do Estado já estuda a instalação de alças de acesso ao Arco. A linha é contígua ao ramal ferroviário da SuperVia, companhia de trens urbanos da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

FLORESTA NACIONAL MÁRIO XAVIER Entre o Arco Metropolitano e a rodovia federal BR-465 (antiga Rio-São Paulo) está localizada a floresta de Mata Atlântica ocupa uma área de quase 5 milhões de metros quadrados e é protegida por lei. Na época da construção do Arco, foi necessária uma adaptação em um dos viadutos da estrada para preservar a reprodução da Physalaemus soaeri, espé-cie de rã encontrada apenas nessa localidade.

A “NOVA JUNDIAÍ” Área com extensas faixas de terra planas, boa parte delas ocupada por pecuária extensiva. Por essa característica – e também pela expectativa de uma futura ligação entre o Arco Metropolitano e a Avenida Brasil, a maior via expressa da cidade do Rio de Janeiro –, a região é considerada a de maior potencial econômico do Arco, com possibilidade de repetir o modelo de ocupação industrial e logística aplicado na cidade de Jundiaí, no Estado de São Paulo.

Horizonte 2030

43março 2015 - Economia Rio

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ITAGUAÍ Área (km²): 275,877 População estimada (2014): 117.374 Densidade demográfica (habitantes/km²): 395,45 Produto Interno Bruto – PIB a preços correntes (2012): R$ 3,698 bilhões Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM (2010): 0,715 (Alto desenvolvimento)

SEROPÉDICA Área (km²): 283,762 População estimada (2014): 82.090 Densidade demográfica (habitantes/km²): 275,53 Produto Interno Bruto – PIB a preços correntes (2012): R$ 991,753 milhões Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM (2010): 0,713 (Alto desenvolvimento)

JAPERI Área (km²): 81,869 População estimada (2014): 99.141 Densidade demográfica (habitantes/km²): 1.166,37 Produto Interno Bruto – PIB a preços correntes (2012): R$ 1,026 bilhão Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM (2010): 0,659 (Médio desenvolvimento)

NOVA IGUAÇU

Área (km²): 521,249 População estimada (2014): 806.177 Densidade demográfica (habitantes/km²): 1.527,60 Produto Interno Bruto – PIB a preços correntes (2012): R$ 10,665 bilhões Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM (2010): 0,713 (Alto desenvolvimento)

DUQUE DE CAXIAS Área (km²): 467,620 População estimada (2014): 878.402 Densidade demográfica (habitantes/km²): 1.828,51 Produto Interno Bruto – PIB a preços correntes (2012): R$ 27,121 bilhões Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM (2010): 0,711 (Alto desenvolvimento)

MAGÉ Área (km²): 388,496 População estimada (2014): 233.634 Densidade demográfica (habitantes/km²): 585,13 Produto Interno Bruto – PIB a preços correntes (2012): R$ 5,512 bilhões Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM (2010): 0,709 (Alto desenvolvimento)

GUAPIMIRIM Área (km²): 360,766 População estimada (2014): 55.626 Densidade demográfica (habitantes/km²): 142,70 Produto Interno Bruto – PIB a preços correntes (2012): R$ 561,4 milhões Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM (2010): 0,698 (Médio desenvolvimento)

ITABORAÍ Área (km²): 506,55 População estimada (2014): 227.168 Densidade demográfica (habitantes/km²): 506,55 Produto Interno Bruto – PIB a preços correntes (2012): R$ 3,097 bilhões Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM (2010): 0,693 (Médio desenvolvimento)

Horizonte 2030

Economia Rio - março 2015

Extensão 72 quilômetros

Investimento R$ 1.552.172.159,67

Início da obra Maio de 2009

Término da obra Junho de 2014

Construtoras responsáveis Odebrecht

Andrade Gutierrez Carioca Engenharia

Queiroz Galvão

Acessos principais BR-040/BR-116 (Duque de Caxias–Rio-Petrópolis/Rio-Teresópolis) RJ-085 (Caxias–Xerém-Belfort Roxo) RJ-111 (Nova Iguaçu–Santa Rita/Adrianópolis) RJ-093 (Estrada entre Engenheiro Pedreira e Japeri) RJ-125 (Miguel Pereira) BR-116 (Via Dutra – São Paulo) BR-465 (Seropédica – antiga Rio-São Paulo) BR-101 Sul (Itaguaí – Rio-Santos)

Características específicas O Arco conta com 4.310 postes com placas de energia solar acopladas e lâmpadas de LED. É uma das maiores estradas do mundo com uso de fonte de energia renovável. A luz solar é captada pelas placas e convertida em energia elétrica, que, armazenada em baterias, alimenta as luminárias à noite. Equipadas com sensores, as lâmpadas se apagam com a luz do dia.

OAS Camargo Corrêa

Delta/Oriente

MUNICÍPIOS ATRAVESSADOS PELO ARCO METROPOLIANO DO RIO

FICHA TÉCNICA

Fontes: iBGE, Secretaria de Estado de Governo do Rio de Janeiro e atlas Brasil 2013 – Programa das nações Unidas para o Desenvolvimento

ARCO METROPOLITANO DO RIO DE JANEIRO (Trecho novo)

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Horizon 2030

Good business opportunities along the way of Arco Metropolitano

With the newest section inaugurated last year, Arco Metropolitano in Rio de Janeiro, the ring road built around the Metropolitan Region to ease the traffic situation along the main routes that cross the city, and thus reduce congestion, is now one of the best areas to attract invest-ment in the state. There is room alongside the carriageways to install new offices, industries, hotels, as well as leisure and logistics com-plexes. The “Economia Rio” team visited the region, together with executive director of the Metropolitan Chamber of Governmental Integration (CIG) in Rio de Janeiro, Vicente Loureiro, and interviewed various local autho-rities to understand the transformations in the region and map out opportunities.

Preliminary calculations by the Secretariat of State Development for the Economy, Energy, Industry and Services in Rio de Janeiro (Sedeis) show that a total of R$60 billion of investment in the area is either planned or underway around Arco, which is 150 kilometers in length. Some sections have already been built: the expansion to a dual carriageway of BR-101 Sul, in Itaguaí; the BR-116 section between Duque de Caxias and Santa Guilhermina, in Magé, operated by the Concessionaire Rio-Teresópolis (CRT); and BR-493, which links Santa Guilhermina with Manilha, in Itaboraí, at the BR-101 Norte. A total of 58 square kilo-meters was originally identified throughout the region as having the potential to install industrial districts, the implementation of which is the responsibility of the State of Rio’s Industrial Development Company (Codin).

The ‘virgin stretch’ of the Arco was inaugurated in July 2014, of approximately de 70 kilome-ters, and it is now possible to link the federal highways BR-101 (Rio-Santos and Rio-Vitória), BR-040 (Rio-Belo Horizonte-Brasília) and BR-116 (Rio-São Paulo and Rio-Salvador), as well as state highways. Because of this new stage, work began on mapping out opportunities in the region based on the Master Plan for the Metropolitan Region in Rio. The project, which will cost between US$10 million and US$11 million, with financing of almost US$1 billion expected from the World Bank to the state government, is scheduled to be completed in the middle of 2016.

To integrate economic and social vocations is one of the main challenges of CIG (Câmara Metropolitana de Integração Governamental), the governmental body in Rio responsible for the management of questions involving the Metropolitan Region of Rio. However, this work will be done in partnership with the cities, emphasizes the Chamber’s executive director, Vicente Loureiro. “If we do not work with the local authorities, the pressure of supervision cannot be spread out and delegated. You cannot manage a territory without the involvement of the local authorities. The day-to-day control is a municipal task, while working flexibly and efficiently to create the necessary conditions to assist industrial condominiums will be extremely important to leverage all this. If we fail to do this, the investments will be made in other more advantageous areas or ones less tied up with red tape”, states Loureiro.

The new section of Arco, inaugurated in 2014 and that crosses the municipalities of Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Japeri, Seropédica and Itaguaí, runs through a relatively unknown region of Rio de Janeiro, even by most local inhabitants. The state government’s main concern now is to guarantee the economic use of the area, with the setting up of industries and companies in general, as well as redoubling attention to avoid disorderly urban occupation, with the invasion of precarious local housing communities.

Another of the Chamber’s worries is with the so-called “fat lands”, or land maintained by owners interested exclusively in real estate appreciation around Arco. In this case, according to Loureiro, the application of sanctions by the local council and state government is fundamental. Only this type of measure can guarantee the economic and social feasibility of the region. “If there is no restrictive and/or tax policy we will lose this economic advantage. It is the fat lands. If they do not need to sell, the owners do not”, says the director of the Metropolitan Chamber. Some of these areas also have extensive cattle raising activities.

Vicente Loureiro suggests two immediate actions to avoid the maintenance of “fat lands”: the implementation of progressive

taxes by the local councils in unoccupied economic areas and the appropriation of land by the state government. “There is the ‘Braço Cruzado Futebol Clube – sit back and watch club’ in some areas. For this reason, we should first motivate the local councils to implement a progressive tax. We should then encourage the appropriation of land, via industrial con-dominiums through Codin. Leverage the land and call on private partners to provide the infrastructure, later offering investors land with all the conditions necessary to use it for industrial activity. This type of coercive action by the state will be required.”

An emblematic case cited by Loureiro is that related the owner of a substantial amount of land in Itaguaí. According to the director of the Metropolitan Chamber, the area, fully regularized, is approximately three square kilometers. However, it is not currently being used for anything, and during the construction of Arco, which crosses the land, the owner tried to block the appropriation of land, making the whole process more difficult.

Considering the flat areas in the municipalities of Itaguaí, Seropédica and Japeri – where Loureiro suggests the possibility of setting up an “industrial conurbation”, there is appro-ximately 40 square kilometers available for factories and urban occupation. Another 22 square kilometers, also suitable for mixed use, is free in Cidade dos Meninos, in Duque de Caxias. Also in Caxias, the area of the old Fazenda Penha Caixão (farm), of three square kilometers, near the road junction with Arco and state highway RJ-085, is another area considered attractive for investment in business. And this is not including Capivari (Caxias), Santa Rita (Nova Iguaçu) and the areas surrounding the city of Queimados, which is not crossed by Arco, but benefit eco-nomically because of it.

A vocation for logistics

As the work of the Metropolitan Chamber will be carried out in direct partnership with the local authorities in the region of Arco, the municipalities make up a frontline in

março 2015 - Economia Rio

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Horizon 2030

46 Economia Rio - março 2015

the analysis of vocations and drawing up the initial list of possible business activities, as well as in attracting investment. In addition, in at least three of the cities crossed by the new highway complex – Duque de Caxias, Nova Iguaçu and Itaguaí, the local councils have identified the logistics segment as one of the leading candidates for the economic occupation of the region.

“Arco underscores our vocation for logistics. We are close to the port of Rio and the interna-tional airport. There is access by sea possible in our city, as well as a railroad. In addition, Arco facilitates access to Via Dutra”, lists the municipal secretary of Planning, Housing and Urbanism in Duque de Caxias, Luiz Edmundo da Costa Leite.

The secretary mentions two investments in logistics in the city that could take off with the Arco. One is Global Logistic Properties (GLP); the other BZ Log, run by Grupo Gávea. In total, calculates Leite, confirmed investment in Caxias stands at around R$500 million as a direct result of Arco. This is without conside-ring the new factory Rio de Janeiro Refrescos (Coca-Cola), which will be built in Santa Cruz da Serra, between BR-040 and BR-116, with total funding of R$1 billion.

Because the economy in Caxias has Strong ties with the O&G sector, Leite voices a concern about diversifying the economic vocations in the municipality. “We also see possibilities in technology, with the implementation of an industrial park for research and innovation”. Another focal point is the biotechnology sector. “Many companies in this segment work at Ilha do Fundão (in the city of Rio de Janeiro), where there is no more room. And Caxias is close to everything”, he concludes.

In the neighboring Nova Iguaçu, the topogra-phical characteristics of the region crossed by Arco, and the proximity to the Tinguá Biological Reserve (Rebio) are factors that should be taken into consideration when determining vocations, states Loureiro. The Tinguá Reserve is a conserva-tion unit cared for by the Chico Mendes Institute (ICMBio), run by the federal government.

The municipal secretary of Urbanism, Housing and the Environment in Nova Iguaçu, Giovanni Guidone, explains: “Arco divides our city into two ‘parts’. To the north, the area is the focus of environmental protection. To the south, Arco crosses two urban areas, Vila de Cava and Santa Rita, but only the latter has an industrial vocation”.

In the area to the north, there are various small landholdings generally used on the weekends by people from the lower-income classes. As such, and given the limitation for industrial expansion, its proximity to the Tinguá Reserve, it could be seen as a vector to explore ecotourism. “I believe in weekend tourism based on nature and the ecology, and this is a region with little in the way of leisure. On the other hand, as the properties are fragmented, this makes any more extensive transformation process in the area more difficult”, says the director of the Metropolitan Chamber.

In Santa Rita, where Arco crosses the state highway RJ-111, there are already some large industries, such as Niely, which makes cosmetic products, and was recently acqui-red by L’Oreal. However, due to the dense urban occupation on the one side, and Rebio do Tinguá on the other, the areas for expansion are restricted on the way to Adrianópolis. “According to the Master Plan for Nova Iguaçu, Santa Rita has a vocation for medium-sized logistics companies and non-polluting industries. Unfortunately, we do not have extensive free and flat areas, as we do in Seropédica”, says Guidone.

For this reason, the secretary affirms that the main assertion made by the local authority is the construction of an access road to the Arco in Vila de Cava, an urban area, essentially residential and reasonably well occupied. “We are developing a project, and checking the need for appropriations. However, this new link would facilitate inhabitants and visitors getting in and out of the area. There is nothing stopping industries moving into the region, but there are very few land lots available”, he explains.

Close by, MRS Logística, a cargo railroad operator, is building a terminal in Queimados, for an estimated investment of R$600 million, according to information from the State Secretariat for Economic Development in Rio. The company’s aim, explains Vicente Loureiro, is to create a multimodal rail and road termi-nal, for which it will be necessary to build link roads to access Arco.

Logistics is also one of the main economic vocations being explored in Itaguaí, according to the municipal secretary of Planning and Fundraising for Urbanization Works in the municipality, Victor Aquino. “We have received requests from logistics companies interested in setting up in the city. And in terms of economic vocations, the Arco area is considered ZEN (Zona Especial de Negócios – Special Business Zone), ideal for the creation of a ‘dry port’ and logistics warehouses”, he adds.

Bathed in Sepetiba Bay, which has a vocation for tourism, Itaguaí also expects to attract residential condominiums, for either perma-nent residence or summer (second) homes. “Condomínio Alphaville is already acquiring a large area alongside Arco Metropolitano”, says Aquino. “The urban expansion in Itaguaí is mainly being seen near Arco, as on the other side are lands owned by Petrobras, 10 million square meters, and a port. As a result, the city can only grow towards Arco or Mazomba, which is a rural area, but not as attractive as Arco”, confirms Loureiro, of the Metropolitan Chamber.

The Port of Itaguaí, operated by the Companhia Docas do Rio de Janeiro, is another huge attraction. One of the main transport hubs for iron ore exports from Brazil, the port has also increased its handling of containers. According to information from Docas, the area has “enormous potential to handle grains and general cargoes”. The setting up of Public-Private-Partnerships are currently under study with the aim of installing new terminals for the shipping and storage of bulk and liquid cargoes, an intermodal support area and a truck center, as well as an industrial shipping district.

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Horizon 2030

47março 2015 - Economia Rio

Drones against disorderly occupation

Vicente Loureiro states that, as well as econo-mic occupation, the state and municipalities should also closely monitor the movement of people in the region around Arco. The director of the Metropolitan Chamber identifies some areas that will require special care, not only from endogenous pressure, from the commu-nities already living there, but also exogenous pressure created by the ease of access offered by the new road complex.

Of the diverse points sensitive to disorderly occupation, some are on the Chamber’s radar. Capivari, in Duque de Caxias, on the road junction with BR-040, is one of them, as it is already inhabited. Vila de Cava, in Nova Iguaçu, draws attention for the same reason. The region of Carlos Sampaio and Austin, in Nova Iguaçu, could come under pressure in the future, according to Loureiro. And the area between the center of Japeri and Engenheiro Pedreira, the district with a city of the same name, will also have to be closely observed.

To stop any unplanned extension of these areas – and, with it the difficulty of monito-ring occupation –, Loureiro says he is finali-zing an agreement with the State University of Rio de Janeiro (UERJ) for the use of drones in the Arco region. This equipment will be used to create a precise map of the area, but that can also be used as an “eye in the sky” for the Chamber and local authorities to avoid any surprises in the future related to unexpected occupation.

“People are traumatized that everything will turn into a slum (favela). And this is just not the case. There are places with a vocation for industry and others for urban life. People are not stupid, and will not set up temporary dwellings just anywhere, there has to be some synergy, some logic. For this reason we are optimistic that we can control this situation”, explains Loureiro.

The Metropolitan Chamber of Governmental Integration was created by Decree number 44,905, signed by Governor Luiz Fernando

Pezão on August 11, 2014. In addition, the Executive Group for Metropolitan Management was set up, with the aim of establishing the parameters for public policies to guarantee sustainable development in the Metropolitan Region of Rio, which currently comprises 21 municipalities. The executive director, Vicente Loureiro, explains: “The decision to set up the Chamber was due to the fact that we need a metropolitan strategy. Intervention cannot be solely confined to the municipal sphere”. In the role of project manager, Loureiro explains that the primary focus will be on issues such as sanitation, mobility, safety and land use.

After the Chamber was set up, the terms and conditions (edital) were drawn up for contracting three services financed with funds from the World Bank: a strategic plan for the Metropolitan Region; an aerial photo survey to provide an accurate cartographic base of the area and create a system of geographic information that will allow for the integrated management and urban development of the region.

A Bill will be sent to the Legislative Assembly in Rio (Alerj) in March to expand the Chamber’s powers and create an intergovernmental autarchy that will decide on the shared con-cessions and services. All the municipalities in the region will be represented in this entity, although the state government and mayor of Rio will have majority voting power.

The last phase will be ready in 2017

The final section of the Arco Metropolitano in Rio de Janeiro – which includes part of federal highway BR-493 linking the district of Santa Guilhermina, in Magé, with Manilha, in Itaboraí, passing through the municipality of Guapimirim – will only be completed in 2017. This is the forecast made in the last analysis of the Accelerated Growth Plan (PAC) 2, by the federal government in December 2014.

The responsibility of the National Department of Transport Infrastructure (DNIT), under the Ministry of Transport, the works to expand and asphalt the 25-kilometer section will cost

in the region of R$405 million. The consor-tium that will carry out the work comprises of Encalso, Sobrenco, CTesa and Concresolo, and was contracted out under the Differentiated Contracting Regime (RDC) – initially created for works related to the 2014 World Cup and 2016 Summer Olympic Games, as a way to speed up the contracting process. RDC ended up being extended for PAC works.

According to information from the DNIT, the construction worksite is already built and rela-ted projects underway. The levelling work was suspended at the start of this year due to an embargo on a mineral deposit by the National Department of Mineral Production (DNPM), linked to the Ministry of Mines and Energy, but is expected to recommence in March.

It is already possible to travel along the North section of BR-101 along BR-116 (Rio-Teresópolis, that is also included in the Arco) by BR-493 and vice-versa. However, the highway is still single carriage and not in a very good state of repair. With the future implementation of the Rio de Janeiro Petrochemcial Complex (Comperj), in Itaboraí, the flow of truck traffic is expected to increase significantly in the region. And, without the works on BR-493, this route runs the risk of traffic circulating in the city of Rio de Janeiro to access the Presidente Dutra Highway, making urban congestion even worse. The Arco gets rid of this problem.

Alexandre Gaspari

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DUQUE DECAXIAS

NOVAIGUAÇU

JAPERI

ITAGUAÍ

SEROPÉDICA

ITAGUAÍ, BETWEEN THE PORT AND TOURISM Arco Metropolitano finally arrives at the southern section of federal highway BR-101, which links Rio de Janeiro with Santos, in São Paulo. As well as industrial occupation, facilitat-ed by the proximity to the Port of Itaguaí, the region tends to attract real estate projects, as it is located close to Sepetiba Bay, which attracts a lot of tourists, and is on the route to Angra dos Reis and Paraty, seaside resorts in Sul Fluminense. The local authorities have stated that there are ongoing negotiations to build an Alphaville condominium in the area.

JAPERI AND ENGENHEIRO PEDREIRA Arco Metropolitano cuts the municipality of Japeri practically in half, with the center of the city on one side, near Arco, and the district of Engenheiro Pedreira, also heavily occupied on the other. It is believed that urban expansion will be focused here, increasing the density of housing in the region. The new road also facilitates access to Japeri Golf Club, one of the few places available to practice this sport in the state.

CAPIVARI Located near the road junction with the Arco Metropolitano and federal highway BR-040, which links Rio de Janeiro with Belo Horizonte and Brasília, the neighborhood already has industrial units, such as those operated by Sadia and Frescat-to, both in the food sector. With free areas and others occupied by small landholders for leisure or small agricultur-al production, Capivari is an attractive place to install more industries, as well as logistics companies.

PENHA CAIXÃO FARMIn an area of approximately three million square meters, located on the road junction linking Arco Metropolitano with state highway RJ-085, between the industrial district of Xerém and the municipality of Belfort Roxo, the local council of that city intends to build an industrial district. The easy access to Arco and the possibility of reaching BR-040 using RJ-085 make the region attractive for new industrial and logistics undertakings.

CIDADE DOS MENINOSIn an area of approximately 22 million square meters, the region is considered one of the most promising “virgin tracts” along the Arco Metropolitano for both residential and industrial use, characterizing a mixed occupation.

INDUSTRIAL DISTRICTThe Industrial District of Japeri is close to the road junction with Arco Metropolitano and federal highway BR-116 (Dutra). There are already companies operating in the region, but it is believed that with the inauguration of Arco, new companies will show an interest in moving into the area, due to the fact that it is on the highway linking Rio de Janeiro with São Paulo, as well as the easy road access to the city of Rio, avoiding urban transit.

NOVA IGUAÇU, SMALL LANDHOLDINGSJust after the municipal line between Duque de Caxias, this region is mainly occupied by landholders that use their small lots for recreational use. Due to its topographical characteris-tics – there are various ranges of hills running through the area, and its proximity to the Tinguá Biological Reserve, the economic occupation tends to be minimal, and is largely devoted to ecological tourism and improving the conditions of the already existing landholdings, to attract a new public other than just locals.

VILA DE CAVA The main concern in this region, which already has a number of residences and a degree of urbanization, is to avoid any disorderedly occupation. In this sense, the challenge is to control the endogenous pressures with the location’s need to expand, as a new population is being attracted to the area because of the easy access provided by Arco Metropolitano.There are also plans to install a leisure park for the local population.

SANTA RITA The section of the Arco Metropolitano that crosses state highway RJ-111, already has companies installed there like Condor, non-lethal weapons; Furnas and Cepel, from the power sector; and Niely, cosmetics. However, it is a region very close to the Tinguá Reserve, which restricts industrial occupation. The local administrative authority of Nova Iguaçu believes that the space could be occupied by small and medium-sized industries (SMEs), and companies from the logistics sector.

ACCESS TO QUEIMADOS A railroad operated by MRS crosses Arco Metropoli-tano near the municipality of Queimados. With the railroad, the company has plans to build a logistics platform in the region, integrating rail and road trans-port. For this purpose, the state government is already studying the installation of access points to Arco. The line adjoins the SuperVia railroad, the urban train company in the metropolitan region of Rio de Janeiro.

MÁRIO XAVIER NATIONAL FOREST The Mário Xavier National Forest (Flonamax) is located between Arco Metropolitano and federal highway BR-465 (the old Rio-São Paulo road link). The forest of Atlantic vegetation covers almost 5 million square meters and is protected by law. When the Arco was built, it was necessary to adapt one of the highway’s elevated viaducts to preserve the reproduction of Physalaemus soaeri, a species of frog found in this area.

NEW JUNDIAÍ An area with extensive tracts of flat land, mostly used for cattle ranching. Based on this characteristic – and the expectation that there will be a future link between Arco Metropolitano and Avenida Brasil, the main highway in and out of the city of Rio de Janeiro, the region is considered as having great economic potential due to Arco, with the possibility of replicating the model of industrial and logistics occupancy seen in the city of Jundiaí, in the state of São Paulo.

Horizon 2030

48 Economia Rio - março 2015

Arco Metropolitano

Page 49: Revista Economia Rio 5

DUQUE DECAXIAS

NOVAIGUAÇU

JAPERI

ITAGUAÍ

SEROPÉDICA

ITAGUAÍ, BETWEEN THE PORT AND TOURISM Arco Metropolitano finally arrives at the southern section of federal highway BR-101, which links Rio de Janeiro with Santos, in São Paulo. As well as industrial occupation, facilitat-ed by the proximity to the Port of Itaguaí, the region tends to attract real estate projects, as it is located close to Sepetiba Bay, which attracts a lot of tourists, and is on the route to Angra dos Reis and Paraty, seaside resorts in Sul Fluminense. The local authorities have stated that there are ongoing negotiations to build an Alphaville condominium in the area.

JAPERI AND ENGENHEIRO PEDREIRA Arco Metropolitano cuts the municipality of Japeri practically in half, with the center of the city on one side, near Arco, and the district of Engenheiro Pedreira, also heavily occupied on the other. It is believed that urban expansion will be focused here, increasing the density of housing in the region. The new road also facilitates access to Japeri Golf Club, one of the few places available to practice this sport in the state.

CAPIVARI Located near the road junction with the Arco Metropolitano and federal highway BR-040, which links Rio de Janeiro with Belo Horizonte and Brasília, the neighborhood already has industrial units, such as those operated by Sadia and Frescat-to, both in the food sector. With free areas and others occupied by small landholders for leisure or small agricultur-al production, Capivari is an attractive place to install more industries, as well as logistics companies.

PENHA CAIXÃO FARMIn an area of approximately three million square meters, located on the road junction linking Arco Metropolitano with state highway RJ-085, between the industrial district of Xerém and the municipality of Belfort Roxo, the local council of that city intends to build an industrial district. The easy access to Arco and the possibility of reaching BR-040 using RJ-085 make the region attractive for new industrial and logistics undertakings.

CIDADE DOS MENINOSIn an area of approximately 22 million square meters, the region is considered one of the most promising “virgin tracts” along the Arco Metropolitano for both residential and industrial use, characterizing a mixed occupation.

INDUSTRIAL DISTRICTThe Industrial District of Japeri is close to the road junction with Arco Metropolitano and federal highway BR-116 (Dutra). There are already companies operating in the region, but it is believed that with the inauguration of Arco, new companies will show an interest in moving into the area, due to the fact that it is on the highway linking Rio de Janeiro with São Paulo, as well as the easy road access to the city of Rio, avoiding urban transit.

NOVA IGUAÇU, SMALL LANDHOLDINGSJust after the municipal line between Duque de Caxias, this region is mainly occupied by landholders that use their small lots for recreational use. Due to its topographical characteris-tics – there are various ranges of hills running through the area, and its proximity to the Tinguá Biological Reserve, the economic occupation tends to be minimal, and is largely devoted to ecological tourism and improving the conditions of the already existing landholdings, to attract a new public other than just locals.

VILA DE CAVA The main concern in this region, which already has a number of residences and a degree of urbanization, is to avoid any disorderedly occupation. In this sense, the challenge is to control the endogenous pressures with the location’s need to expand, as a new population is being attracted to the area because of the easy access provided by Arco Metropolitano.There are also plans to install a leisure park for the local population.

SANTA RITA The section of the Arco Metropolitano that crosses state highway RJ-111, already has companies installed there like Condor, non-lethal weapons; Furnas and Cepel, from the power sector; and Niely, cosmetics. However, it is a region very close to the Tinguá Reserve, which restricts industrial occupation. The local administrative authority of Nova Iguaçu believes that the space could be occupied by small and medium-sized industries (SMEs), and companies from the logistics sector.

ACCESS TO QUEIMADOS A railroad operated by MRS crosses Arco Metropoli-tano near the municipality of Queimados. With the railroad, the company has plans to build a logistics platform in the region, integrating rail and road trans-port. For this purpose, the state government is already studying the installation of access points to Arco. The line adjoins the SuperVia railroad, the urban train company in the metropolitan region of Rio de Janeiro.

MÁRIO XAVIER NATIONAL FOREST The Mário Xavier National Forest (Flonamax) is located between Arco Metropolitano and federal highway BR-465 (the old Rio-São Paulo road link). The forest of Atlantic vegetation covers almost 5 million square meters and is protected by law. When the Arco was built, it was necessary to adapt one of the highway’s elevated viaducts to preserve the reproduction of Physalaemus soaeri, a species of frog found in this area.

NEW JUNDIAÍ An area with extensive tracts of flat land, mostly used for cattle ranching. Based on this characteristic – and the expectation that there will be a future link between Arco Metropolitano and Avenida Brasil, the main highway in and out of the city of Rio de Janeiro, the region is considered as having great economic potential due to Arco, with the possibility of replicating the model of industrial and logistics occupancy seen in the city of Jundiaí, in the state of São Paulo.

Horizon 2030

49março 2015 - Economia Rio

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50 Economia Rio - março 2015

competitividade

os últimos dez anos, o Estado do Rio de Janeiro voltou a atrair a atenção dos investidores do

mercado imobiliário por causa das pro-fundas transformações por que passa sua economia.

Desde a descoberta de reservas gigantes de petróleo na camada do pré-sal e o consequente aumento dos investimentos no setor de petróleo e gás, passando pelos impactos positivos de projetos de infraes-trutura para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, o Estado vem mudando positivamente sua realidade e tem sido o destino de empresas do setor de real estate.

“Esse cenário contribuiu para que o setor imobiliário fosse diretamente beneficia-do nos últimos anos, e as perspectivas são promissoras”, avalia a presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin), Conceição Ribeiro.

No mercado imobiliário, olhos voltados para o Rio

Região do Porto Maravilha está entre as mais procuradas

“O mercado imobiliário do Rio de Janeiro demonstra grande potencial“, afirma Daniel Cherman, presidente da Tishman Speyer no Brasil.

A Tishman Speyer entregou o Port Corporate – primeiro edifício corporativo dentro do projeto Porto Maravilha – no fim do ano passado, com investimento de R$300 milhões. Atualmente, a empresa está investindo mais R$1 bilhão em outros projetos na região do Porto Maravilha, incluindo um novo empreendimento cor-porativo que está sendo erguido no terreno do Pátio da Marítima. A primeira fase desse novo projeto, desenhado pelo conceitua-do escritório internacional de arquitetura Foster + Partners, foi iniciada em 2014. Já estão sendo feitas as fundações do edifício e sua previsão de entrega é no segundo semestre de 2016. Outros empreendimen-tos estão em fase de desenvolvimento.

“Desde a chegada da Tishman Speyer ao mercado do Rio de Janeiro, sempre acre-ditamos que fazia todo sentido investir na região central da cidade, tendo em vista a excelente infraestrutura urbana disponível. Além disso, ali está localizada grande parte dos escritórios e das empre-sas”, afirma Cherman.

“Há uma tendência de movimentação de empresas nacionais e estrangeiras que desejam aproveitar este momento para consolidar as operações e migrar para escritórios mais eficientes. Algumas dessas companhias já atuam no Rio de Janeiro, com escritórios espalhados por vários endereços. Outras estão chegando à cidade”, observa.

Para Renato Botelho, diretor comercial da Rio Negócios, agência de atração e promo-ção de investimentos da Prefeitura do Rio, a oferta de novos escritórios na região do Porto Maravilha, projeto de revitalização da zona portuária da cidade, amplia a

Port corporate Tower, no Porto maravilha. Foto: Divulgação / Tishman Speyer

Cassiano Viana

NCom pré-sal e Jogos Olímpicos, oportunidades se multiplicam em vários municípios

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competitividade

51março 2015 - Economia Rio

capacidade de atração de negócios da capital carioca.

“O Porto Maravilha vai trazer uma qualida-de de instalações rara, com imóveis corpo-rativos de alto padrão”, diz. “A localização privilegiada também contribui. O Porto Maravilha está próximo da região central e conta com fácil acesso aos dois aeroportos que servem a cidade: Santos Dumont e Tom Jobim”, completa.

Além da região do Porto Maravilha, o executivo destaca a valorização da área no entorno do BRT Transcarioca, corredor de transporte de alta capacidade que vai cortar transversalmente a cidade do Rio, passando por 27 bairros, da Barra da Tijuca à Ilha do Governador, passando pela Ilha do Fundão e chegando ao Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão).

“Os terrenos do entorno certamente pas-sarão por forte valorização nos próximos anos”, vislumbra.

“A Zona Norte é outra área que tem boas oportunidades, seja em imóveis comer-ciais, seja em residências. Existe um déficit habitacional, e há mais facilidade para o financiamento imobiliário”, afirma Leonardo

Schneider, vice-presidente do Secovi Rio, o sindicato da habitação que reúne condomí-nios, administradoras e imobiliárias.

Ele destaca também o potencial da Zona Oeste do Rio. “Além do miolo da Barra da Tijuca, onde acontecerão os eventos espor-tivos de 2016, Jacarepaguá é outra região que está sendo contemplada com novos empreendimentos e tem absorvido uma parcela significativa da população carioca”, afirma Schneider.

“Seguramente, o Rio oferece boas opor-tunidades no longo prazo”, afirma André Rosa, diretor de transações da JLL, antiga Jones Lang LaSalle.

As oportunidades não se restringem à capital

“Existem oportunidades em todo o Estado do Rio de Janeiro”, diz Leonardo Schneider.

“As Olimpíadas deverão trazer novamente grande visibilidade internacional ao país e, especialmente, ao Rio, proporcionando um estímulo ao mercado imobiliário. Os projetos de mobilidade urbana e revitalização de bairros trazem nova dinâmica à cidade e estimulam projetos imobiliários em áreas que não seriam viáveis no passado”, explica o executivo da JLL.

Além dos projetos no Porto Maravilha, a expansão do mercado de galpões logísticos, novos edifícios comerciais e diversos projetos de hotéis e retrofits de empreendimentos já existentes sustentam a atratividade do mer-cado imobiliário no Estado do Rio.

Expansão do e-commerce puxa investimentos

Outro segmento que tem crescido é o de gal-pões e terrenos para projetos built-to-suit (construções sob medida), marcadamente para setores de logística e de bens de con-sumo. Nesse caso, a expansão do mercado de e-commerce - que cresce 20% ao ano no Brasil - tem sido decisivo. Muitas empresas têm redesenhado suas malhas logísticas para garantir redução nos prazos e maior confia-bilidade na entrega dos seus produtos. Com isso, ajudam a impulsionar a demanda por

galpões. O Estado do Rio de Janeiro recebeu 300 mil m² de novos galpões em 2014.

“Do total de novo estoque de galpões que chegou ao mercado em 2014, 16% estão concentrados no Estado do Rio de Janeiro, principalmente nas regiões de Queimados e Duque de Caxias. Estes, em conjunto com o bairro da Pavuna, hoje concentra o maior volume de galpões do Estado”, detalha André Rosa. A JLL também estima que o estoque da região de Seropédica deva passar de 900 mil m² em 2017, igualando-se ao de Duque de Caxias.

“O segmento de logística vem crescen-do nos últimos anos, impulsionado pelo aumento do consumo e pela necessidade das empresas de terem mais eficiência na distribuição dos produtos. Acreditamos que essa tendência deva manter-se por muito tempo”, afirma Mauro Dias, presi-dente da Global Logistic Properties Brasil.

Para consolidar sua presença no Rio de Janeiro, a companhia está desenvolvendo o GLP Duque de Caxias, com potencial de 350 mil m², na Rodovia Washington Luiz. O projeto será o segundo maior parque de

andré Rosa, da JLL: oportunidades no mercado de galpões

mauro Dias, presidente da Global Logistic Properties: crescimento com aposta em logística

Com pré-sal e Jogos Olímpicos, oportunidades se multiplicam em vários municípios

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52 Economia Rio - março 2015

logística do Brasil, atrás apenas da unida-de de Guarulhos, em São Paulo.

“Acreditamos que esse projeto será um importante fator de atração de empresas que buscam aumentar eficiência e qualidade em suas operações logísticas e melhorar o nível de serviços para atender o crescente mercado da Região Metropolitana do Rio de Janeiro”, comemora Dias.

Além da unidade de Duque de Caxias, a companhia conta com outros sete parques logísticos no Estado. Um deles é no bairro da Pavuna, onde há um parque logístico de 76 mil m² totalmente locado. Ele tem fácil acesso pela Rodovia Presidente Dutra, está perto do aeroporto e a 16 km do Centro da cidade.

Há ainda outros projetos relevantes da com-panhia no bairro de Irajá, com potencial de desenvolvimento de mais de 135 mil m², e em Campo Grande, com 138 mil m², totalmente locado para um dos principais players do setor de e-commerce do país.

“Temos outros empreendimentos menores, como os de Itatiaia, Queimados e Resende”, completa o executivo. “Para nós, o Rio de Janeiro é um dos mercados mais importan-tes”, conclui.

Arco Metropolitano é outro vetor para crescimento

Segundo Viktor Andrade, sócio líder em tran-sações imobiliárias da EY no Brasil e América do Sul, existe uma demanda sólida de longo prazo no Rio de Janeiro.

“O Rio é bem avaliado e um dos principais alvos dos aportes de investidores estran-geiros”, afirma.

Andrade explica que, apesar da alta concen-tração de indústrias e empresas, o Rio tem uma escassez muito grande de escritórios corporativos, com taxas de vacância histori-camente baixas e estoque velho de imóveis.

“Isso significa que o mercado tem uma demanda muito mais forte que a oferta. Com isso, sempre que se lança um novo empreendimento, ele é vendido rapidamente, gerando, muitas vezes, um retorno acima da média do mercado mundial”, explica.

Fora da cidade do Rio de Janeiro, as opor-tunidades estão em municípios geralmente ligados à indústria de petróleo, como Macaé e Cabo Frio, de acordo com Viktor Andrade.

No entanto, segundo ele, é preciso um olhar atento para a requalificação imobiliária, devido à melhoria da condição econômica de cidades da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, como Nova Iguaçu e Duque de Caxias.

Andrade lembra as oportunidades que sur-gem a partir da consolidação do projeto do Arco Metropolitano:

“Sem sombra de dúvida, o Arco terá forte impacto no mercado imobiliário, facilitando o acesso e o desenvolvimento de novos pro-jetos”, explica.

O executivo da EY lembra que pesquisa realizada pela consultoria no ano passado e apresentada a empresários e investidores estrangeiros do setor imobiliário revela oti-mismo com o setor. “Grande parte afirmou que não teme perder dinheiro ou ter recuo de seus investimentos. Estão satisfeitos com os resultados no Brasil e, sobretudo, no Rio de Janeiro”, afirma.

competitividade

A participação brasileira no MIPIM, principal evento mundial do mercado imobiliário realizado há 26 anos na França, cresceu de forma considerá-vel. Historicamente, o Brasil tinha uma representação tímida no evento, com cerca de 25 empresários, em média. Em 2013, esse número mais do que dobrou, chegando a 70 participantes. Em 2014, foram mais de 150, um recorde. Para este ano, a expectativa é de que o número de brasileiros no MIPIM se man-tenha. Junto à delegação empresarial estarão também membros do governo do Estado e da Firjan, a federação das indústrias do Rio.

"Este é um ano desafiador para o Brasil, por causa do cenário econômico. Por isso, a internacionalização de empresas e projetos torna-se ainda mais importan-te. As companhias brasileiras, sobretudo as do mercado imobiliário, já enxergam as novas oportunidades que um evento como o MIPIM proporciona", afirma Marcelo Vitali, da OrBiz, consultoria especializada em relações internacionais e que representa oficialmente o MIPIM no Brasil. Ele também chama atenção para o destaque que o Rio ganhou no encontro, sobretudo pelo fato de a cidade ter sido uma das sedes da Copa do Mundo Fifa 2014 e estar para rece-ber os Jogos de 2016. Um dos pontos que também atrai as atenções para o Rio são os projetos urbanos estruturan-tes, como o Porto Maravilha e o Arco Metropolitano.

O MIPIM é a melhor plataforma interna-cional para a promoção de projetos de desenvolvimento urbano, acesso a fon-tes de capital e atração de investimen-tos. Neste ano, estarão representadas mais de 2 mil empresas de 93 países, além de cerca de 4.300 investidores glo-bais.Todos à procura de bons negócios. É justamente esse o público que está no radar da delegação brasileira no evento.

BRASIL AMPLIA PARTICIPAÇÃO NO MIPIM

Daniel cherman, presidente da Tishman Speyer: Rio tem grande potencial

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53março 2015 - Economia Rio

competitiveness

All eyes on Rio in the real estate market

The state of Rio de Janeiro has attracted the atten-tion of real estate investors in the last ten years, largely due to the significant transformations the local economy has undergone.

Since the discoveries of gigantic oil reserves in the pre-salt layers off the coast of Rio, and the resul-tant increase in investment in the oil & gas sector, coupled with the positive effects of the infrastructure projects designed for the World Cup in 2014, and those under construction for the 2016 Summer Olympic Games, the state has become a primary destination for investors in the now burgeoning real estate sector.

“This scenario contributed to benefitting the real estate sector in the last few years and the outlook for the future is promising”, according to the president of the State Industrial Development Company in Rio de Janeiro (Codin), Conceição Ribeiro.

Her opinion is shared by specialists in this market.

“The real estate market in Rio de Janeiro, as well as having been positive for the balance sheet over the past few years, also has enormous potential going forward”, states Daniel Cherman, president of Tishman Speyer in Brazil.

Tishman Speyer delivered Port Corporate – the first corporate building in the Porto Maravilha Project – at the end of last year, for an investment of around R$300 million. The company is currently investing more than R$1 billion in other projects in the region of Porto Maravilha, including a new corporate undertaking being built on the Pátio da Marítima land lot. The first phase of this new project, designed and planned by the international architectural firm, Foster + Partners, was initiated in 2014, and the fou-ndations are already being laid, with the launch date scheduled in the second semester of 2016. Other undertakings are still at the development stage.

“Since Tishman Speyer entered the market in Rio de Janeiro, we have believed that it makes the most sense to invest in the central region of the city, given the excellent urban infrastructure available. In addition, this area is where most corporate office buildings are located “, says Cherman.

“There is a current trend for national and foreign companies wanting to take advantage of the existing market conditions to move and consolidate their operations by migrating to more efficient offices. Some of these companies already operate in Rio de Janeiro, with several different office addresses or in older buildings. Others are arriving in the city now”, he adds.

For Renato Botelho, commercial director of Rio Negócios, the local council agency set up to attract and promote investment in the region, the supply of new office space in Porto Maravilha, the project to modernize the city’s dockland area, expands on the capacity to attract business to the state’s capital city.

“Porto Maravilha will bring a rare quality in terms of the installations it will provide, with extremely high-standard corporate facilities, and the area’s priviledged location also helps. Porto Maravilha is close the Central Region, and with easy access to the two airports that serve the city: Santos Dumont and Tom Jobim”.

As well as Porto Maravilha, the executive highli-ghts the appreciation in the area around the BRT Transcarioca, the high-capacity transport corridor that will transversally cross the city of Rio, running through 27 districts, from Barra da Tijuca to Ilha do Governador, including Ilha do Fundão and the international Tom Jobim airport (Galeão).

“This land has certainly appreciated significantly over the last few years”.

“Zona Norte is another area that offers great opportunities, both in the commercial and residential real estate segments. There is currently a housing deficit and home loans are now easier to obtain”, states Leonardo Schneider, vice-president of Secovi Rio, the housing union that unites condominiums, administrators, and real estate agents.

He also notes the potential of Zona Oeste in Rio. “In addition to having its center in Barra da Tijuca, where sporting events will be held in 2016, Jacarepaguá is another region that is being conside-red for new real estate undertakings, and that has absorbed a significant number of local inhabitants”, adds Schneider.

“Without doubt, Rio offers great long-term opportu-nities”, affirms André Rosa, director of transactions at JLL, formerly Jones Lang LaSalle.

But these opportunities are not restricted to the capital.

“There are opportunities throughout the State of Rio de Janeiro”, says Leonardo Schneider.

“The Olympics will provide enormous international visibility for the country, and particularly Rio, as well as a stimulus for the real estate market, as the urban mobility and district modernization projects will give the city new dynamics, and be a driving force for real estate projects in areas where these types of undertakings were not feasible in the past”, explains the JLL executive.

Besides the projects in Porto Maravilha, an expan-sion of the warehousing and logistics segments in the state will be seen, together with new commercial buildings and various hotel projects and retrofits of already existing buildings sustaining the attractive real estate market in the State of Rio.

Expansion of e-commerce will drive invest-ments

Another segment that has grown is warehousing and land lots for built-to-suit projects (tailor made constructions), notably for the logistics and consumer goods sectors. In this case, the expansion in e-com-merce – which is rising by an average of 20% a year in Brazil – has been decisive: as a lot of companies have redesigned their logistics segments to gua-rantee shorter delivery times and more reliability in terms of product handling to the end consumer. This has helped drive demand for warehouse space. A total of 300,000 m² of new warehouse space was built in the State of Rio de in 2014.

“Of the total new stock of warehouses that was marketed in 2014, 16% was concentrated in the State of Rio de Janeiro, particularly in the regions of Queimados and Duque de Caxias, which, together with Pavuna, now concentrate the highest volume of warehouses in the state”, says André Rosa. JLL estimates that the stock in the Seropédica region will reach 900,000 m² by 2017, equaling Duque de Caxias.

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competitiveness

54 Economia Rio - março 2015

“The logistics segment has been growing fast over the past few years, driven by the increase in consumption and companies’ needs to have more efficient product distribution systems. We believe that this trend will continue going forward”, affirms Mauro Dias, president of Global Logistic Properties Brasil.

To consolidate its presence in Rio de Janeiro, the company is developing GLP Duque de Caxias, with a potential 350,000 m², along the Washington Luiz highway. The Project will be the second largest logistics park in Brazil, only behind their unit at Guarulhos, in São Paulo.

“We believe that this project will be an important factor in attracting companies seeking to improve the efficiency and quality of their logistics opera-tions, and improve the level of services to meet rising market demand in the metropolitan region of Rio de Janeiro”, adds Dias.

As well as the Duque de Caxias unit, the company has another seven logistics parks in the state. One of these is in the neighborhood of Pavuna, where it has a logistics park of 80,000 m², and that is 100% rented out. This facility has easy access to the Presidente Dutra highway, is close to the airport, and 16 km from the city center.

The company’s other main projects are in Irajá, with a development potential of more than 130,000 m², and Campo Grande, with 138,000 m², fully rented out to one of the main players in the Brazilian e-commerce sector.

“We also have other smaller projects, such as the ones in Itatiaia, Queimados and Resende”, says the executive. “For us, Rio de Janeiro is one of the most important markets”, concludes Dias.

Arco Metropolitano provides another vector for growth

According to Viktor Andrade, lead partner in real estate transactions at EY in Brasil and South America, there is a solid level of long-term demand in Rio de Janeiro.

“Rio is well recognized and rated, and is one of the main targets for foreign direct investment (FDI)”, he affirms.

Andrade explains that, with its high concentration of industries and companies, Rio currently suffers from a critical scarcity of office space, historically low vacancy rates, and a overweight stock of old (often dilapidated) properties.

“This means that market demand is much higher than the actual supply. As a result, a new project sells out fast as soon as it is launched, often generating an above-average return compared with the global market”.

Outside the city of Rio de Janeiro, the opportunities are most often in municipalities with ties to the oil industry, such as Macaé and Cabo Frio, says Viktor Andrade.

However, according to him, a careful eye should be kept on real estate requalification, due to the improvement in economic conditions in cities in the Metropolitan region of Rio de Janeiro, such as Nova Iguaçu and Duque de Caxias.

Andrade highlights the opportunities that have ari-sen from the consolidation of the Arco Metropolitano project:

“Without a shadow of doubt, the Arco has had a powerful impact on the real estate market, by facili-tating access and the development of new projects”, he explains.

The EY executive also remembers that a survey carried out by the consultancy firm in 2014, during an event held at the Copacabana Palace Hotel for foreign real estate entrepreneurs and investors, showed real optimism about the sector. “Most of those present affirmed that they did not expect to lose money or have to sell out their investments. They are satisfied with the results being achieved in Brazil, and particularly in Rio de Janeiro”.

Brazil with more presence at Mipim

Brazil’s participation in Mipim, the main global event in the real estate market, and held for the last 26 years in France, has grown substantially. Historically, Brazil was poorly represented at the event, with only an average of 25 entrepreneurs attending, a figure that has almost doubled over the years, reaching 70, and that rose to a record of 150 in 2014.

Expectations for this year are that the number of Brazilians at Mipim will be maintained at last year’s level, together with business delegations, members of the state government and Firjan, the Rio federation of industry.

“This is a challenging year for Brazil due to the eco-nomic scenario. Given this, the internationalization of companies and projects has become even more important. The Brazilian companies, particularly in the real estate market, have already clearly seen the opening up of opportunities that an event like Mipim offers”, states Marcelo Vitali, da OrBiz, a consultant specialized in international relations and who officially represents Mipim in Brazil. He also notes that Rio benefits at the event, mainly due to the fact the city hosted the FIFA World Cup in 2014 and will hold the 2016 Summer Olympic Games. One of the points that also draws attention to Rio are the urban infrastructure projects, such as Porto Maravilha and Arco Metropolitano.

Attracting some of the most influential players in the international real estate sector, MIPIM is the best global platform to promote urban develop-ment projects, access capital resources from around the world and attract investments. This year’s event will be attended by more than 2,000 companies from 93 exhibiting countries, and approximately 4,300 global investors looking for attractive busi-ness opportunities.

This is exactly the profile of the public on the radar of the Brazilian delegation at the event.

Cassiano Viana

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Responsabilidade corporativa

55março 2015 - Economia Rio

Entre os dias 27 e 28 de janeiro, o Centro de Pesquisas Global da GE no Brasil, localizado na Ilha do Bom Jesus, sediou um encontro de cerca de 150 executivos da América Latina. Sob o comando de Reinaldo Garcia, presidente e CEO da GE na América Latina, as lideranças discutiram as perspectivas para 2015, as demandas e opor-tunidades da empresa na região em diversos segmentos, inclusive na área de pesquisa e inovação.

Between January 27 and 28 of 2015, GE Brasil’s Global Research Center, located on Ilha do Bom Jesus, hosted a meeting for around 150 executives from Latin America. Headed up by Reinaldo Garcia, president and CEO of GE in Latin America, the leaders discussed the outlook for 2015, the demands and opportunities for GE in the region in various segments, including research and innovation.

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56 Economia Rio - março 2015

Energia

NO PETRóLEO E GáS, EM BuSCA DE OPORTuNIDADES

A participação brasileira em eventos como a Offshore Technology Conference (OTC) é um instrumento importan-te para mostrar aos investidores estrangeiros o potencial da indústria nacional e ampliar a competitividade dos fabricantes locais

Cassiano Viana

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Energia

57março 2015 - Economia Rio

e olho nas encomendas globais da indústria de petróleo e gás nos próximos anos, as principais empresas brasileiras do setor marcam presença, mais uma vez neste ano, na

Offshore Technology Conference (OTC), o maior e mais importante evento do segmento no mundo, que acontece de 5 a 8 de maio, em Houston, nos Estados Unidos.

Por ser voltado ao desenvolvimento de recursos offshore nos campos de perfuração, exploração, produção e proteção ambiental, a feira reúne as principais empresas da cadeia produtiva de petróleo e gás.

“O imenso potencial geológico encontrado no Brasil, em termos de reservas de petróleo, e a produção de dois milhões de barris/dia já seriam argumentos suficientes para atrair empresas e investimentos estrangeiros para o Rio”, explica Marcelo Vertis, subsecretário de Energia, Logística e Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro. “No entanto, por meio de parcerias com fornecedoras mun-diais da cadeia de suprimentos, queremos aumentar a competitividade dos fabricantes nacionais para concorrer, não só no Brasil, mas também no oeste da África e no Golfo do México, com sul-coreanos, japoneses e quem quer que seja. Onde houver uma oportunidade, haverá uma empresa brasileira”, ressalta.

Vertis lembra que o Rio conta com mecanismos institucionais e agências de desenvolvimento preparados para auxiliar na decisão de empresas que queiram se expandir ou se instalar no Estado. São a AgeRio, agên-cia de fomento vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços (Sedeis), e a Codin, que é a companhia de desenvolvimento industrial.

Para o secretário executivo do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Milton Costa Filho, outro fator que atrai empresas e investimentos é o pré-sal, que já registra produção diária de 700 mil barris.

“A indústria de petróleo e gás trabalha com visão de longo prazo no mundo inteiro, não pode ficar presa a conjunturas pontuais e de curto prazo. O Brasil tem enorme potencial de consumo, um parque industrial consolidado, uma democracia sólida. Esse conjunto de fatores transfor-

DFoto: Divulgação iBP / cortesia Tn Petróleo

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Energia

58 Economia Rio - março 2015

ma o Brasil e, em particular o Rio, em uma região altamente atrativa para investimen-tos”, ressalta o executivo.

“O Brasil continua sendo um player impor-tante no setor de petróleo. O mercado ainda é próspero em oportunidades. Muitas empresas globais – principalmente de pequeno porte – buscam primeiramente um parceiro no mer-cado local para dar início às suas operações no mercado brasileiro”, explica Antonio Batista, coordenador de Petróleo e Gás do Sebrae/RJ. “Dentro desse contexto, empresas brasileiras estão indo a Houston para prospectar e nego-ciar parcerias visando a ampliar seus portfólios de produtos e serviços e de olho na transferên-cia tecnológica”, afirma.

Pelo quinto ano consecutivo, o Sebrae/RJ está organizando uma missão de pequenas empresas fornecedoras do Estado do Rio de Janeiro à OTC. Este ano, o grupo reunirá 20 empresas e cerca de 30 profissionais, além de instituições, como a Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan), a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) e representantes do governo do Estado do Rio, via Sedeis.

A missão do Sebrae/RJ fará uma visita guiada à feira, com técnicos especializados, partici-pação em eventos paralelos (como o reali-zado pela Câmara Brasil-Texas) e encontros de negócios.

Batista lembra que, no ano passado, foi organizado, durante o evento, um encontro de negócios entre as empresas da missão com empresas norte-americanas. “Ajustamos o modelo que já implantamos com sucesso nas feiras de petróleo do Brasil. Isso deu muito certo. De um total de 20 empresas, a metade voltou de Houston com prospecção iniciada no encontro, e ao longo do ano a conversa se concretizou em negócios”, come-mora. “Contabilizamos mais de R$1 milhão de contratos para as pequenas empresas brasileiras. Se considerarmos todo o processo de aprendizado e competências obtidas, esse valor é muito maior”, observa.

Para o ano de 2015, o Sebrae/RJ planeja uma missão à feira UTC de Bergen – que tem foco específico em subsea. A iniciativa está rela-cionada ao trabalho do cluster subsea do Rio de Janeiro. “Estamos analisando, ainda, a participação nas seguintes feiras: Europe Offshore, em Aberdeen (Escócia), e Europort,

em Roterdã (Holanda), devido ao foco no setor naval”, diz o executivo do Sebrae/RJ.

“O Rio de Janeiro é a capital brasileira do petróleo e o Estado do Rio é responsável por mais de 70% da produção nacional. Dessa forma, as principais decisões e negócios das grandes empresas do setor petróleo e gás no país também acontecem no Rio”, lembra Glícia Carnevale, gerente de Estratégias de Mercado Petróleo e Gás da Firjan. “Ainda que o ritmo seja reduzido, a operação con-tinua concentrada no Estado; permanecem a exploração do pré-sal, o desenvolvimento tecnológico e a inovação presentes no Parque Tecnológico da UFRJ e o potencial de merca-do subsea”, observa.

A primeira missão empresarial organizada pela Firjan para a OTC foi em 2011. Desde 2012, a Firjan é a única federação de indús-trias do país a participar com um estande, o que denota a importância do setor de petró-leo e gás para o Estado.

“A participação no evento permite identificar novas tecnologias e formar parcerias estra-tégicas, além do mapear novos mercados a partir do contato com clientes e fornecedo-res”, diz a gerente da Firjan.

Organizado desde 2000 pelo IBP, o Pavilhão Brasil da OTC este ano comemora 15 anos. Nesse período, mais de 120 empresas e entida-des do setor já marcaram presença no pavilhão.

Este ano, 50 empresas brasileiras estarão lá. São fornecedores de bens e serviços, fabricantes de equipamentos, sistemas, entidades do setor (Onip e Firjan) e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

“Nos anos 2000, quando o Brasil começou a participar do evento, estávamos vivendo um momento importante do setor no país, com a recente abertura de mercado. Foi quando surgiu uma grande oportunidade para empresas de bens e serviços nacionais”, lembra o secretário executivo do IBP, Milton Costa Filho. “A participação do Brasil na OTC deu visibilidade a essas companhias”, avalia.

Em 2005, o IBP fechou parceria com a Agência Brasileira de Promoção à Exportação e Investimentos (Apex) para estimular a

o subsecretário marcelo Vertis aposta na competitividade dos fabricantes nacionais Foto: Divulgação/Sedeis

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59março 2015 - Economia Rio

participação de mais empresas brasileiras em eventos internacionais. “A exposição dessas empresas no mercado internacional fomenta a competitividade e as prepara para atuar em um segmento de forte concorrência. O Pavilhão Brasil na OTC tem importância estratégica de apresentar a expertise e a tecnologia brasileiras para outros mercados”, explica o executivo.

Desde 2012, o IBP faz parte do board da OTC e integra a organização dos diversos eventos da franquia: Houston, Ártico, Ásia e Brasil.

A OTC Brasil, que será realizada de 27 a 29 de outubro, no Rio de Janeiro, terá este ano o tema “O Atlântico: de Leste a Oeste - Um Oceano de Inovações”. Durante três dias, o evento irá abordar temas de exploração e desenvolvimento de petróleo e gás relacio-nados a geologia e tecnologias do subsolo, sistemas de perfuração e poços offshore, estruturas flutuantes e produção submarina avançada, entre outros.

“A ideia é reunir os principais especialistas do mundo, representando todos os aspectos da indústria de petróleo e gás offshore. O objetivo é elaborar uma conferência global e bastante abrangente”, afirma o executivo do IBP, que há 32 anos realiza a maior e mais importante feira de negócios de petróleo e gás na América Latina e uma das maio-res no mundo: a Rio Oil & Gas Expo and Conference. No ano passado, a Rio Oil & Gas levou mais de 47 mil pessoas e 1,3 mil empresas ao Riocentro.

“A realização da OTC no Brasil, e especifi-camente no Rio de Janeiro, representa um reconhecimento, no cenário internacional, do nosso alto desenvolvimento em termos de tecnologia offshore”, avalia Costa Filho. “O evento é realizado em Houston há 40 anos. Há quatro, a organização decidiu exportar o formato para países que estavam despontan-do no segmento, como o Brasil. A prova disso é que a Petrobras acabou de ganhar o Prêmio OTC Distinguished Achievement Awards, pelo desenvolvimento e aplicação de solu-ções tecnológicas inovadoras no segmento offshore mundial”, avalia, acrescentando que a realização de eventos desse porte traz impactos positivos diretos para a economia local, gerando riqueza e emprego na região.

Presente no país desde 1994, a BG Brasil é a maior produtora privada de petróleo e gás do país. No pré-sal da bacia de Santos, a empresa tem participação em campos que incluem grandes descobertas, como os de Lula, Iracema, Iara, Sapinhoá e Lapa. Na bacia de Barreirinhas, a empresa é opera-dora de dez blocos localizados na margem equatorial brasileira do Estado do Maranhão, arrematados em leilão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 2013.

Em entrevista à revista Economia Rio, Nelson Silva, presidente da companhia, confirma a importância estratégica do Brasil para o portfólio global do BG Group. “Aqui encontramos um ambiente de negócios de segurança jurídica e respeito aos contratos, fundamentais para a realização de grandes investimentos e a condução de projetos de longo prazo. Sempre acreditamos no Brasil e temos muito orgulho do que construímos ao longo desses 20 anos”, disse.

Que balanço a BG Brasil faz desses 20 anos de atuação no país?

Nelson Silva – Esse foi um período de muito aprendizado e conquistas. Temos uma

produção superior a 130 mil barris de óleo equivalente por dia, levando em considera-ção apenas a parte que cabe à BG Brasil nos blocos exploratórios do pré-sal operados pela Petrobras na bacia de Santos. Trabalhamos também para construir um legado de longo prazo para a sociedade, com um investi-mento substancial em programas voltados à educação científica em escolas públicas, além dos patrocínios da Orquestra Sinfônica Brasileira, do Museu de Arte do Rio, do Museu do Amanhã e no esporte olímpico de alta performance. Além disso, investimos em pesquisa e desenvolvimento por meio de par-cerias com universidades e empresas brasilei-ras, para a geração de inovação tecnológica.

Quais os planos e a visão de futuro da companhia no país?

Nelson Silva – Os nossos negócios con-tinuarão crescendo, lastreados na excelên-cia técnica, na segurança operacional e na responsabilidade socioambiental, por meio de parcerias com os mais diversos entes governamentais, como fizemos nas duas últi-mas décadas. Foram mais de US$ 8 bilhões investidos desde 1994 e hoje são cerca de US$ 3 bilhões por ano, sempre buscando gerar inovação tecnológica que faça frente

“O Brasil tem importância estratégica”Entrevista: Nelson Silva, Presidente da BG Brasil

Divulgação / BG Brasil

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aos desafios da indústria e gere resultados ainda mais positivos e sustentáveis para os brasileiros.

O Brasil continua atraente para inves-timentos no setor de óleo & gás?

Nelson Silva – O Brasil tem importância estratégica para o portfólio global do BG Group, tanto pela carteira de projetos de petróleo e gás, quanto pelo fácil acesso a mercados mundiais de petróleo. Aqui encon-tramos um ambiente de negócios com segu-rança jurídica e respeito aos contratos, o que é fundamental para a realização de grandes investimentos e projetos de longo prazo. Sempre acreditamos no Brasil e temos muito orgulho do que construímos nesses 20 anos.

Qual a importância e o papel das parcerias com a cadeia local de forne-cedores?

Nelson Silva – Acreditamos que as par-cerias são fundamentais para o sucesso de qualquer empreendimento. Estamos satis-feitos com a Petrobras como operadora e com os demais parceiros no pré-sal. Em Barrerinhas, na margem equatorial, será a vez de mostrarmos a nossa capacidade como operadores. Também buscamos colocar em prática a máxima das parcerias de suces-so, principalmente em projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I), que são essencialmente colaborativos e baseados no modelo de inovação aberta. Com ele, esti-mulamos parcerias que aproximam academia e indústria para transformar conhecimento científico em soluções práticas. Uma das vantagens de trabalhar em parceria é que ela promove inovação; combina, por exemplo, as diferentes habilidades de empresas e institui-ções e acelera o processo de desenvolvimen-to e a implementação e comercialização de novas tecnologias. É a partir dessas parcerias que podemos criar novos negócios de base tecnológica na cadeia de fornecedores bra-sileira e permitir que esses empreendimentos aumentem os níveis de conteúdo local.

Qual a previsão de inauguração do Centro de Pesquisas da Ilha do Fundão?

Nelson Silva – As obras do Centro Global de Tecnologia estão na fase final, mas ainda não há data prevista para a inauguração.

Qual a importância desse centro para a estratégia de crescimento da com-panhia? Qual será o perfil do trabalho desenvolvido lá?

Nelson Silva – Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I) é um pilar estratégico no negócio da BG Brasil e do BG Group. Já contamos com um corpo técnico de cien-tistas de renome mundial, com experiência de trabalho junto à academia e aos forne-cedores no desenvolvimento de soluções para atender aos desafios tecnológicos do setor de petróleo e de gás. Esse time fica no

escritório da BG Brasil e conduz atualmente mais de 30 projetos. As principais áreas de pesquisa e desenvolvimento do BG Group são relativas às atividades de exploração e produção, como geologia, geofísica, petrofí-sica, engenharia de reservatórios, engenharia submarina, integridade de ativos e robótica, gestão de carbono e eficiência energética, entre outros. No Brasil, nosso objetivo é propiciar um ambiente frutífero para desen-volver pesquisa e inovação, contribuindo para a estruturação de uma cadeia local de fornecedores de alto valor tecnológico, e con-vertendo resultados bem-sucedidos de P,D&I em legado para a indústria de petróleoe gás e para o país. Até 2025, estão previstos US$ 1,5 bilhão em investimentos em pesquisa e desenvolvimento no Brasil.

o futuro centro Global de Tecnologia da BG, na ilha do Fundão. Divulgação/BG Brasil

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61março 2015 - Economia Rio

On the lookout for opportunities in the Oil and Gas sector

Brazil’s participation in events such as the Offshore Technology Conference (OTC) is an important way of showing foreign investors the real potential of the country’s national industry, and increasing the competitiveness of local manufacturers.

With an eye on global orders in the O&G indus-try over the next few years, the main Brazilian companies in the sector will once again be present this year at the Offshore Technology Conference (OTC), the largest and most impor-tant event in the segment in the world, and that will be held between May 5 and 8 in Houston, USA.

As the OTC is all about the development of offshore resources in fields for drilling, explora-tion, production and environmental protection, the fair gathers together the main companies in the O&G production chain. “The immense geo-logical potential found in Brazil, in terms of oil reserves, and the production of two million bar-rels/day would already be sufficient arguments to attract foreign companies and investments to Rio”, explains Marcelo Vertis, undersecretary of Energy, Logistics, and Industrial Development in the State of Rio de Janeiro. “However, through partnerships with global suppliers in the supply chain, we want to increase the competitiveness of national manufacturers to operate, not just in Brazil, but also West Africa and the Gulf of Mexico, with South Koreans, the Japanese and whoever else. There will be a Brazilian company wherever there is an opportunity “, he adds.

Vertis remembers that Rio has institutional mechanisms and development agencies prepared to help companies make decisions that want to expand or set up in the state. These entities inclu-de AgeRio, the development agency linked to the Secretariat of Economic Development, Energy, Industry and Services (Sedeis), and Codin, the state industrial development company.

For the executive secretary of the Brazilian Institute of Oil, Gas and Bio Combustible Fuels (IBP), Milton Costa Filho, another factor that attracts companies and investment is the pre-salt reserves, which have already registered daily production of 700,000 barrels.

“The O&G industry operates with a long-term vision throughout the world, and nobody is restricted to one-off or short-term factors. Brazil has enormous consumer potential, has a consolidated industrial park, and a solid democracy.

This series of factors transforms Brazil, and particularly Rio, into an extremely attractive region for investments”, underscores the exe-cutive. “Brazil is still an important player in the O&G sector. The market still offers a lot of opportunities, and many global companies – notably the smaller ones – first want to find a local partner to start up their operations in the Brazilian market”, explains Antonio Batista, the Oil and Gas Coordinator at Sebrae/RJ. “Within this context, Brazilian companies are going to Houston to look for and open nego-tiations with potential partners with the aim of expanding their product and service portfolios and with an eye on the transference of techno-logy”, he adds.

For the fifth consecutive year, Sebrae/RJ is organizing a mission of small and medium-sized (SME) supply companies in the State of Rio de Janeiro to go to OTC. This year’s group com-prises of 20 companies and approximately 30 professionals, as well as the institutions like the State Federation of Industry in Rio (Firjan), the National Organization of the Oil Industry (Onip) and representatives from the State government of Rio, via Sedeis.

The Sebrae/RJ mission will make a guided tour of the fair with specialized technicians, participate in parallel events (as done by the Brazil-Texas Chamber of Commerce), and attend business meetings.

Batista remembers that a business meeting was organized during last year’s event between the companies on the mission and American counterpart companies. “We adjusted the model that we have already successfully used at the oil fairs in Brazil, and this worked extremely well. Of a total of 20 companies, half came back from Houston with fledgling proposals initiated at the meeting, which were fleshed out into business deals during the year. We signed more

than R$1 million in contracts for the Brazilian SMEs. If we consider the entire learning process and skills obtained, this value is much higher”, adds Batista.

In 2015, Sebrae/RJ plans a mission to the UTC fair in Bergen – which focuses specifi-cally on subsea activities and business, in an initiative related to the subsea cluster work in Rio de Janeiro. “We are still analyzing going to the following fairs: Europe Offshore, in Aberdeen (Scotland) and Europort, in Rotterdam (Holland), due to their focus on the shipping sector “, says the executive of Sebrae/RJ.

“Rio de Janeiro is the oil capital in Brazil, and the state of Rio is responsible for more than 70% of national production. Given this, the main decisions and business of large companies in the O&G sector in the country are also made and conducted in Rio”, says Glícia Carnevale, manager of Oil & Gas Market Strategies at Firjan. “Even if the pace may have slowed down, the ongoing operations concentrated in the state are still related to pre-salt exploration, technological development and the innovation present in the Technological Park at UFRJ and the potential subsea market”, he notes.

The first business mission organized by Firjan to the OTC was in 2011, and since 2012, Firjan has been the only state federation of industry in the country to have a stand there, which denotes the importance of the O&G sector for the state.

“Taking part in the event allows us to identify new technologies, form strategic partnerships, as well as map new markets based on contact with clients and suppliers”, says the manager at Firjan.

Organized since 2000 by the Brazilian Institute of Oil, Gas and Bio Combustible Fuels (IBP), the Brazil Pavilion at the OTC this year marks the fifteenth year it has attended the event. During this period, more than 120 companies and entities in the sector has been present at the pavilion.

A total of 50 Brazilian companies will be atten-ding this year, including suppliers of goods

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and services, manufacturers of equipment and systems, sector entities (Onip and Firjan) and the National Agency for Oil, Natural Gas and Bio Combustible Fuels (ANP). “In the 2000 decade, when Brazil first took part in the event, we were experiencing an important moment for the sector in the country as a whole, with the opening up of the market.

This was when a great opportunity opened up for national goods and services companies”, remembers the executive secretary of IBP, Milton Costa Filho. “Brazil’s participation at the OTC gave these companies more visibility”.

In 2005, IBP entered into a partnership with the Brazilian Agency for Promoting Exports and investments (Apex) to stimulate the participa-tion of more Brazilian companies at internatio-nal events. “The exposure of these companies to the international market made them more competitive and prepared them to operate in a highly competitive segment. The Brazil Pavilion at the OTC has a strategic importance in terms of presenting local expertise and technology to other markets”, explains the executive.

IBP has been on the board of the OTC since 2012, and has helped organize several events under the franchise: Houston, Artic, Asia and Brazil. OTC Brasil, which will be held between October 27 and 29 in Rio de Janeiro, has the theme “The Atlantic: from East to West - An Ocean of Innovations”. The event will be for three days, dealing with issues such as the exploration and development of oil and gas in relation to geology and underground (subsoil) technologies, drilling systems and offshore wells, floating structures, advanced submarine production, among other things.

“The idea is to bring the main global specialists together, representing all aspects of the offsho-re O&G industry. The aim is to hold a wide-ran-ging global conference”, states the IBP executi-ve, who has held the largest and most important O&G business fair in Latin America for 32 years, and one of the biggest in the world: Rio Oil & Gas Expo and Conference. Last year, Rio Oil & Gas was attended by more than 47,000 people and 1,300 companies at Riocentro.

“The holding of the OTC in Brazil, and specifi-cally in Rio de Janeiro, represents recognition

in the international scenario of our advanced development in terms of offshore technology”, says Costa Filho. “The event has been held in Houston for 40 years, and four years ago the organization decided to export the format to countries that were leading the way in the segment, such as Brazil. The proof of this is that Petrobras just won the OTC Distinguished Achievement Award, for the development and application of innovative technological solutions in the global offshore segment “, adding that the holding of events of this size has a direct and positive impact on the local economy, gene-rating wealth and employment in the region.

“Brazil is of enormous strategic impor-tance”

Interview with Nelson Silva, President of BG Brasil

With a presence in the country since 1994, BG Brasil is the largest private producer of oil & gas in the country. In the pre-salt layers in the Santos Basin, the company has stakes in blocks that include sizeable discoveries such as: Lula, Iracema, Iara, Sapinhoá and Lapa. In the Barreirinhas Basin, the company is the operator of 10 blocks located along Brazil’s northern equa-torial margin in the state of Maranhão, for which it made the winning bids for at an auction held by the National Agency for Oil, Natural Gas and Bio Combustible Fuels (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) in 2013.

In an interview with the magazine “Economia Rio”, Nelson Silva, the company’s president confirmed that Brazil plays an important stra-tegic role in BG Group’s global portfolio. “It is here that we find a safe business and legal environment, where fundamental contracts are respected to make and operate large-scale investments in long-term projects. We have always believed in Brazil, and are proud of what we have built up here over the past 20 years”.

What has BG Brasil achieved in terms of performance the last 20 years operating in the country?

Nelson Silva – This was a critical learning period for us, with many conquests. We now have production of more than 130,000 barrels of oil equivalent per day (boed), and this is only

taking into account part of what BG Brasil owns in the exploratory pre-salt blocks operated by Petrobras in the Santos Basin. We have also worked to construct a long-term legacy for society by making a substantial investment in educational programs in public schools, as well as sponsorship of the Brazilian Symphony Orchestra, Rio’s Museum of Art, the Museum of Tomorrow, and high-performance Olympic sport. In addition, we invest in research and developments through partnerships with uni-versities and Brazilian companies to generate technological innovation.

What are the company’s plans in and futu-re vision of Brazil?

Nelson Silva – Our business will continue to grow as a result of the technical excellence, operational safety and socio-environmental responsibility, built through the diverse part-nerships between governmental bodies, as we have done in the last two decades. We have invested more than US$8 billion since 1994 and capex currently runs at around US$ 3 billion per year, Always seeking to develop and generate technological innovation that can cope with the challenges in the industry and generate even more positive and sustainable results for us.

Is Brazil still attractive as an investment in the O&G sector?

Nelson Silva – Brazil plays an important strategic role in BG Group’s global portfolio, both in terms of its oil and gas projects, as well as the easy access it provides to world oil markets. Brazil offers a safe business and legal environment and respects contracts, which is fundamental to making large-scale investments and long-term projects. We have always belie-ved in Brazil and are proud of what we have built over the past 20 years.

What is the importance and role of the company’s partnerships with the local supply chain?

Nelson Silva – We believe that the partnerships are fundamental to the success of any undertaking. We are satisfied with Petrobras as an operator and our other partners in the pre-salt projects. In the frontier Barreirinhas Basin, along Brazil’s northern equatorial margin, we will show our capacity as

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63março 2015 - Economia Rio

an operator. We also seek to put into practice the maximum of successful partnerships, particularly in R,D&I projects (Research, Development and Innovation), which are essentially collaborative and based on the open innovation model. In so doing, we stimulate partnerships that bring toge-ther the academic and industry to transform scientific knowledge into practical solutions. One of the advantages of working in partnership is that it promotes innovation; combining, for example, the different skills of companies and institutions, the-reby accelerating the process of development and the implementation and commercialization of new technologies. And is through these partnerships that we create new business based on technology in the supply chain in Brazil, thus allowing these undertakings to increase the levels of local content.

What is the estimated timeframe for the inauguration of the Research Center on Ilha do Fundão?

Nelson Silva – The Works on the Global Technology Center are now at their final stages, but we still have not established a date for the inauguration.

What is the importance of this center to the company’s strategic growth? What will the profile of work to be developed there be?

Nelson Silva – Research, Development and Innovation (R,D&I) is a strategic pillar in terms of BG Brasil’s business and of the BG Group. We already have a world-renowned technical group of scientists, with work experience together with academia and suppliers to develop solutions to meet the technological challenges faced in the O&G sector. This team is based in BG Brasil’s office, and is currently working on more than 30 projects. The main areas of R&D at the BG Group are related to exploration and production activities, such as geology, geophysics, petro

physics, engineering of reserves, submarine engineering, integrity of assets and robotics, the management of carbon and energetic effi-ciency, among others. In Brazil, our objective is to provide a fruitful environment to develop research and innovation, contributing to the structuring of a local chain of suppliers with high technological value, and converting suc-cessful R, D&I results into a legacy for the O&G industry and the country. We expect to invest US$1.5 billion in research and development in Brazil through to 2025

Cassiano Viana

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o mundo do comércio

64 Economia Rio - março 2015

O Mundo do ComércioForeign Trade

Consulado Britânico lança marca comemorativa

O diplomata Jonathan Dunn acaba de assumir o cargo de cônsul-geral do Reino Unido. Dunn ficará responsável por acompanhar os preparativos e a realiza-ção dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

A missão diplomática britânica apresen-tou também sua marca, inspirada na do Rio450, em comemoração ao aniversário da cidade. Além de apoiar as ações cultu-rais promovidas pelo Conselho Britânico (British Council), como “Shakespeare 450”, o Consulado Britânico do Rio de Janeiro é encarregado de estabelecer parcerias e ações de relacionamento entre o Brasil e o Reino Unido.

As principais atividades da representa-ção diplomática no Rio, entre outras, são o compartilhamento de experiência na organização de grandes eventos espor-tivos realizados no Reino Unido, o inter-câmbio comercial em diversas áreas, com destaque para os setores de petróleo e gás e da indústria naval, e a promoção de oportunidades na área de Educação, por meio de programas, como a Bolsa Chevening e o Ciência sem Fronteiras.

British Council launches commemorative logo

Diplomat Jonathan Dunn has just been sworn in as the Consular General of the United Kingdom. Mr. Dunn will thus be responsib-le for monitoring the preparations and holding the 2016 Olympic and Paralympic Games in Rio.

The British diplomatic mission also presented its logo, inspired on Rio450, to celebrate the city’s 450th birthday. As well as supporting the cultural activities promoted by the British Council (BC), such as “Shakespeare 450”, the BC in Rio de Janeiro is res-ponsible for establishing partnerships and actions between Brazil and the United Kingdom.

Among the main activities involved in any diplomatic representation in Rio are sharing experiences in terms of the organization of large spor-ting events held in the UK (2012 Olympics), commercial interexchange in various areas, notably Oil&Gas, and the shipping business, as well as promoting opportunities in the area of Education, through programs such as the Chevening Scholarship and Science without Borders - Ciências Sem Fronteiras - among others.

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o mundo do comércio

65março 2015 - Economia Rio

Empresa italiana abrirá hotel de luxo em Ponta Negra

Maricá está colhendo os resultados da partici-pação na feira de investimentos imobiliários Eire, em Milão, no ano passado. Na ocasião, a cidade foi apresentada como polo atrativo para novos investimentos, especialmente em infraestrutura e turismo.

Um dos retornos obtidos foi o anúncio da implan-tação de um hotel de luxo em Ponta Negra. O empreendimento pertence ao grupo hotelei-ro italiano Massoli, cujo portfólio inclui, entre outros, o La Pergola, propriedade rural encravada entre as cidades italianas de Lazio e Umbria.

O hotel em Ponta Negra deverá ter em torno de 80 suítes de luxo e ficará em uma encosta próxi-ma ao farol que dá nome ao bairro. Assim como no La Pergola e em outros cinco hotéis da empre-sa, o grupo Massoli planeja instalar também uma enoteca no seu novo projeto em Maricá. Para o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico de Maricá, Lourival Casula, a chega-da de um empreendimento desse porte compro-va que a estratégia de mostrar a cidade como hot spot de investimentos no Brasil está sendo bem-sucedida.

A luxury Italian hotel set to open in Ponta Negra

Maricá is reaping the results of having taken part in the Eire real estate investment fair, held in Milan last year. On that occasion, the city was presented as an attractive business area for investment, particularly in infrastructure and tourism.

One of the returns resulting from this trip was the announcement that a luxury hotel will be built in Ponta Negra by the Italian hotel group, Massoli, which has a portfolio including, among others, La Pergola, in a rural setting nestled between the Italian cities of Lazio and Umbria.

The hotel in Ponta Negra should have around 80 luxury suites and will be built on the cliffs close to the lighthouse that the district was named after. Just as at the La Pergola, and the group’s other five hotels, Massoli also plans to have an extensive wine cellar at its new project in Maricá. For the municipal secretary of Economic Development in Maricá, Lourival Casula, the startup of an undertaking of this magnitude undersco-res the city’s strategic approach promoting itself as a “hot spot” for investment in Brazil is succeeding.

PEIEX prepara empresas para o comércio exterior

O Instituto Gênesis da PUC-Rio fechou parceria com a Apex-Brasil – agência do governo brasileiro vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – para lançar o primeiro núcleo do Projeto Extensão Industrial Exportadora (PEIEX) no Rio de Janeiro.

O programa atua nas empresas partici-pantes, promovendo melhorias em seus produtos, seus processos e sua gestão, elevando o nível de competitividade e preparando-as para atuar no mercado exterior. O objetivo do PEIEX é estimular a competitividade e promover a cultura exportadora nas empresas brasileiras, qua-lificando e ampliando os mercados para as indústrias iniciantes em comércio exterior.

O projeto faz parte da política industrial do governo federal, por meio do Plano Brasil Maior, idealizado com o intuito de aumentar a competitividade da indústria nacional a partir do incentivo à inovação tecnológica e à agregação de valor. A partir de uma análise técnica, o PEIEX oferece diagnóstico gratuito às empresas, identificando ameaças e oportunidades e, posteriormente, apresenta soluções aos empreendedores. Ao mesmo tempo, o projeto indica aos agentes econômicos o esforço de médio e longo prazos que se deve empreender no sentido de operar mudanças no padrão de competitividade da região atendida, fundamentado no tra-balho de gestão.

Para participar do projeto, o empreendi-mento precisa ter somente um pré-requi-sito: potencial de exportação. “Não há restrições de setor. A ideia é que a empresa chegue à gente quando se sentir pronta para atingir público no exterior”, explica Luiz Felipe O’Reilly, relações internacionais da incubadora. Estima-se que cerca de 140 empresas sejam atendidas em um ano.

PEIEX prepares companies for foreign trade

The Gênesis Institute at PUC-Rio fina-lized a deal with Apex-Brasil – the Brazilian government agency linked to the Ministry of Economic, Industrial, and Foreign Trade Development – to launch the first research group in the Industrial Export Extension Project (PEIEX) in Rio de Janeiro.

The program operates with participant companies making improvements to their products, processes and manage-ment, raising their levels of competiti-veness, and preparing them to operate in foreign markets. The aim of PEIEX is to stimulate competitiveness and pro-mote export culture among Brazilian companies, qualifying and expanding the markets for industries starting out in the area of foreign trade.

The project is part of the federal government’s industrial policy, throu-gh Plano Brasil Maior, created with the aim of increasing the competiti-veness of national industry through stimulating technological innovation and aggregating value. Based on a technical analysis, PEIEX offers a free diagnostic to companies, identifying threats and opportunities before, later, presenting solutions. At the same time, the project indicates the mid-to-long-term efforts that should be made by the economic agents to make the chan-ges necessary in terms of competitive-ness in the region, based on business management.

There is only one pre-requisite to taking part in the project: the company must have the potential to export. “There are no restrictions on the sector. The idea is that the company comes to us when it feels it is ready to tar-get a foreign market “, explains Luiz Felipe O’Reilly, international relations manager at the business incubator. It is estimated that approximately 140 companies will be helped in one year.

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Rio pode se tornar a capital de seguros e resseguros da América Latina

A Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) pretende transformar o Rio na capital dos seguros e resseguros da América Latina. O primeiro passo para essa missão será a instalação do novo Conselho Empresarial da instituição, o de Seguros e Resseguros, sob a presidência do diretor-gerente da Bradesco Seguros, Marco Antônio Gonçalves.

“Temos infraestrutura e profissionais capacitados para atenderem à demanda de mão de obra exigida pelo mercado. Outro ponto favorável e atrativo é que aqui estão localizadas as sedes das maio-res entidades representativas das segura-doras, resseguradores e corretoras, como a Superintendência de Seguros Privados (Susep), que normatiza e fiscaliza a ativi-dade no país, além das grandes segurado-ras e resseguradoras que estabeleceram aqui suas matrizes”, disse ele.

Gonçalves revela também que o conse-lho vai trabalhar em prol do crescimento da atividade no país, funcionando como encaminhador de temas para entidades representativas do setor. Para ele, o conse-lho deve congregar novas ideias e suges-tões para enriquecer debates sobre temas que possibilitem o crescimento e a maior representatividade desse segmento no PIB nacional.

Rio could become the capital for insuran-ce and reinsurance in Latin America

The Rio de Janeiro Commercial Association (ACRJ) intends to trans-form Rio into the capital of insuran-ce and reinsurance in Latin America. The first step in this mission will be the installation of the Institute’s new Business Advice service, Insurance and Reinsurance, presided over by the director-manager of Bradesco Seguros, Marco Antônio Gonçalves.

“We have the qualified professional infrastructure to meet the demand for labor required in this market. Another favorable and attractive point is that the main offices of the largest entities representing global insurance/reinsu-rance companies are located here, such as the Superintendence Body for Private Insurance (Susep), which governs and supervises the activity in the country, as well as the main insu-rance and reinsurance companies that have set up shop here”, says Marco.

Mr. Gonçalves also reveals that the advice service will work together to help increase growth in this activity in the country, working to channel issues to the representative entities in the sector. For him, the advisory service should gather new ideas and suggestions to feed the debates about areas that will both stimulate growth and increase the segment’s share in terms of national GDP.

Rede de inteligência comercial

A Subsecretaria de Relações Internacionais (SSRI) firmou uma parceria com a UniLasalle-RJ para a criação de um projeto de pesquisa em Comércio Exterior. O objetivo é prospec-tar novos mercados para o Rio de Janeiro e mapear como a Assessoria de Comércio e Investimentos pode apoiar setores estratégicos do Estado .

Como resultado da parceria, estudantes de Relações Internacionais da UniLasalle serão capacitados em pesquisa e organização de informações internacionais, elaboração de documentos oficiais e de estudos analíticos e prospectivos . Serão estudadas as parcerias comerciais internacionais do Rio de Janeiro, mercados-alvo, mercadorias e regiões produ-toras do Estado, portos de destino e embarque e variações mercadológicas, a fim de apoiar o planejamento e a execução de políticas públi-cas voltadas para a promoção de exportações.

A Unidade de Inteligência em Comércio Exterior, a ser inaugurada em 2015, funcionará na sede da UniLasalle-RJ, em Niterói.

Intelligent Commercial NetworkThe undersecretary of International Relations (SSRI) entered into a partnership with UniLasalle-RJ to set up a new research project in Foreign Trade. The aim of this work is to find new markets for Rio de Janeiro, and map out the way the Foreign Trade Advisory Committee can support the state’s strategic sectors .

As a result of the partnership, students of International Relations at UniLasalle will research and organize international information, before drawing up official documents, as well as pros-pective and analytical studies . Rio de Janeiro’s international commercial partners will be studied, its target markets, the main merchandize and producing regions in the state, the ports it ships from and to and, and market trends, for the purpose of supporting, planning and executing public policies designed to promote exports.

The Foreign Trade Intelligence Unit will be inau-gurated in 2015, and will be based at UniLasalle-RJ in Niterói.

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Projeção Global

67março 2015 - Economia Rio

m dezembro do ano passado, quan-do a Jaguar Land Rover lançava a pedra fundamental de sua fábri-

ca de R$ 750 milhões em Itatiaia, no Sul Fluminense, a presidente da Codin, Conceição Ribeiro, presente à cerimônia, garantiu à Economia Rio: “Outras empresas vão querer saber por que a JLR escolheu o Rio para fazer sua primeira fábrica nas Américas. Isso vai impactar todo o setor e a cadeia econômica do Reino Unido.” No evento, estiveram pre-sentes o CEO global da JLR, Ralf Speth, e o governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão.

Cerca de dois meses depois, o sonho de atrair cada vez mais empresas britânicas para o Brasil - e para o Rio - está mais perto de tornar-se realidade, com a instalação do Brazil Business Hub (BBH), evento que a

Economia Rio também acompanhou de perto, em Midlands, no interior da Inglaterra. A mis-são do hub é construir pontes entre empresas de manufatura e engenharia do Reino Unido e do Brasil, aumentando o volume de negócios entre os países e beneficiando, claro, o Estado do Rio de Janeiro e sua indústria.

Quando decidiu vir para o Brasil e instalar aqui sua primeira fábrica integralmente da JLR (ela tem joint ventures na China e na Índia), a empresa contou com a parceria do governo do Estado do Rio e da Codin. O processo durou cerca de 14 meses. “Assessoramos todas as etapas, ajudando a identificar o local ideal, com as características necessá-rias. Trabalhamos também questões relacio-nadas a incentivos e burocracias”, resumiu Conceição Ribeiro. Além de produzir 24 mil veículos por ano e gerar empregos diretos

No rastro da Jaguar Land Rover, uma nova etapa na parceria com os britânicos

e indiretos, a JLR vai transferir tecnologia e atrair uma cadeia de fornecedores.

Agora, a iniciativa do hub é um passo adiante. É a primeira vez que o governo britânico, por meio de sua agência UK Trade & Investment (UKTI), apoia uma operação privada com o propósito de ampliar as relações comerciais e os investimentos diretos em um mercado no exterior. O BBH vai identificar oportunidades de investimentos e parcerias.

“Por mais que o Brasil seja um país de que os britânicos gostam, ele ainda é mais reconhe-cido pelo futebol, pelas praias e pela natu-reza exuberante e menos pelo conteúdo e pela produção nacionais. Quando se trata de mercado emergente, o empresário britânico pensa mais em China e Índia do que no Brasil para fazer negócios ou expandir-se. Ainda há

Economia Rio acompanha lançamento do Brazil Business Hub

EAndrea de Carvalho

Evento de lançamento do Hub - Foto: Brazil Business Hub

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Projeção Global

68 Economia Rio - março 2015

muito desconhecimento sobre as oportunida-des do mercado brasileiro. A criação do Brazil Business Hub vem preencher essa lacuna de informação, mas principalmente de conexão. Nosso trabalho consiste em facilitar a identifi-cação de parceiros locais, distribuidores, joint

ventures e empresas para fusão e aquisição, além de apoiar a instalação das companhias britânicas no Brasil. Entendemos que o país representa hoje uma grande oportunidade, com um mercado enorme e sofisticado, mas ainda há grandes desafios tecnológicos. E, nesse ponto, as empresas britânicas podem ajudar”, explica Philip Gray, diretor-geral do BBH.

Segundo ele, a iniciativa se diferencia de outras plataformas de facilitação de negó-cios por ter um foco específico: a cadeia de suprimentos dos setores de petróleo e gás, automotivo, aeroespacial, de engenharia civil e hospitalar. São segmentos nos quais o Estado do Rio de Janeiro é líder ou para cuja produção nacional contribui larga-mente. Na agenda do BBH estarão even-tos de negócios, organizações de missões empresariais do Reino Unido para o Brasil e estudos e análises estratégicas, além de suporte físico para reuniões, seminários e workshops sobre a indústria brasileira para potenciais parceiros britânicos.

O local escolhido para a instalação do hub também é parte da estratégia. Ele funcio-nará no moderno e amplo prédio do UK Manufacturing Resource Centre, que tem como missão promover a excelência da rede de supply chain da engenharia britânica.

Além da UKTI, o Brazil Business Hub conta com outro parceiro de peso: a GTMA – a asso-ciação que congrega mais de 300 das grandes empresas britânicas do setor de engenharia, design de processos e manufatura.

Paul Noon, diretor da UKTI para a região de West Midlands (onde o hub foi instalado), lembra que hoje a balança comercial entre Reino Unido e Brasil é de aproximadamente 5 bilhões de libras esterlinas por ano, um valor pequeno quando comparado a de outros mer-cados. Ele acredita que esse volume pode tri-plicar até 2020/2025, chegando a 15 bilhões de libras esterlinas por ano.

“Hoje, apenas cerca de 400 empresas bri-tânicas fazem negócios ou têm presença no Brasil. Esperamos que, com a iniciativa do hub, esse número passe para quatro mil empresas. Demanda e oportunidades existem, o que pre-cisamos é facilitar o entendimento sobre o mer-cado brasileiro para os empresários britânicos”, explica Noon, da UKTI.

Para o Rio de Janeiro, o especialista acredita que as oportunidades são ainda maiores: “O Rio é o destino mais conhecido do Brasil e todo mundo quer visitá-lo. Somam-se a isso as inúmeras oportunidades que o pré-sal, as grandes obras de infraestrutura e os proje-tos de mobilidade urbana oferecem para as empresas de maquinário e engenharia. Sem contar o polo automotivo do Estado e as empresas fornecedoras de peças para avia-ção, como é o caso da GE, que funciona como âncora para o setor aeroespacial. Queremos fazer parte disso, colocando empresas bri-tânicas e locais para encontrarem as melho-res soluções, com as quais todos possam ganhar”, afirma ele.

A expectativa do hub é de atender, este ano, até 20 empresas britânicas interessadas em se instalar ou fazer negócios no Brasil. Pelo número de executivos presentes no lança-mento do hub – cerca de 80 –, a projeção soa bastante factível.

Não é à toa que a JLR estava lá e foi uma das empresas que participaram dos painéis sobre “Doing Business in Brazil”. A experiência da JLR tem tudo para ser replicada em solo brasileiro.

O trem que nos levava para o lançamento do Brazil Business Hub tinha como parada final Stratford-upon-Avon, destino turístico famoso por ser a cidade natal de William Shakespeare. Alcester, onde o hub está instalado, fica apenas a duas estações de lá. A cidade, importante ponto de comércio durante o Império Romano, ainda preserva construções que remontam aos períodos medievais Tudor, Georgiano e Victoriano. Nessa parte da Inglaterra, cravada no meio do país, e por isso chamada Midlands, os legados histórico, literário e cultural se juntam aos de progresso e desen-volvimento da Revolução Industrial.

Entre o fim do século XVIII e meados do XIX, as transformações nos processos de manufatura e as inovações nos métodos de produção que aconteceram nessa região mudaram radicalmente o padrão de vida das pessoas e do comércio mundial. Por causa das manufaturas, fábricas de equipamentos pesados e de precisão e indústrias automotiva, de design avançado e de engenharia de ponta, Midlands ficou conhecida como “A oficina do mundo”.

Ainda hoje, a região conserva esse papel de vanguarda na indústria. Midlands é o berço de ícones, como Rolls Royce, Jaguar Land Rover e Aston Martin - fabricante britânica de carros esportivos de luxo, dos fil-mes de James Bond. Mas não só. Estão lá também a JCB, líder mundial em maquinários para construção pesada, demolição e agricultura, e a BAE System, destaque no setor de defesa.

Os tradicionais black cabs que circulam em Londres também são confeccio-nados lá, hoje pela chinesa Geely, que adquiriu os bens da então London Taxi Company em 2013. A Goodyear, Dunlop e Michelin também mantêm ali parte da produção mundial de pneus. Junto com as grandes âncoras, Midlands reúne milhares de pequenas e médias empresas fornecedoras de peças, serviços, engenharia e design. Desde 2010, a região registra cres-cimento anual de 56% ao ano, um dos maiores de todo o Reino Unido. É nesse ambiente diversificado e dinâmico que o Brazil Business Hub (BBH) foi lançado. O local não poderia ser mais adequado.

Um lugar simbólico

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Projeção Global

69março 2015 - Economia Rio

Em Itatiaia, no Sul Fluminense, começa a ser erguida a primeira fábrica 100% da Jaguar Land Rover fora do Reino Unido. Não é pouco. A gigante tem joint ventures na China e na Índia, mas foi no Estado do Rio de Janeiro que ela decidiu ter unidade própria, num investimento de R$ 750 milhões. O programa fede-ral Inovar-Auto, com incentivos para o setor, e as amistosas negociações com o governo do Estado, com a prefeitura de Itatiaia e com o Senai foram os res-ponsáveis por mais esse investimento relevante para a economia fluminense. O lançamento da pedra fundamental da fábrica, em dezembro último, foi acom-panhado pela Economia Rio. Agora, de Londres, em entrevista exclusiva, o exe-cutivo Julian M. Hetherington, da JLR, dá mais detalhes sobre o projeto.

Como aconteceu o processo de escolha do Rio para sede da primei-ra fábrica integralmente da Jaguar Land Rover fora do Reino Unido?

Julian M. Hetherington – A Jaguar já opera no Brasil há mais de 20 anos e hoje temos uma participação de 50% do mercado de SUV premium no país. É o maior market share que temos no mundo. Um em cada dois veículos desse porte que roda no Brasil é um produto Jaguar Land Rover. Em 2011, começamos a analisar qual seria o melhor lugar para

a localização de uma fábrica no país. Em 2012, o governo federal lançou o progra-ma Inovar-Auto, o que ajudou a formular nosso plano de investimento e cresci-mento. O Brasil é um mercado muito interessante para a Jaguar, onde as vendas da linha Premium Luxury crescem acima de outras linhas do mercado auto-motivo em geral. Trata-se de um cres-cimento de 40% ao ano. Identificamos que a oportunidade de crescimento seria tão significante que justificaria a insta-lação de uma fábrica. O Rio entrou no nosso radar em 2012, quando conhece-mos o então governador Sérgio Cabral, num evento durante os Jogos Olímpicos de Londres. Na nossa primeira conversa, ele já disse: “Julian, se a Jaguar for para o Brasil, ela vai ter que ir para o Rio”. A decisão de escolher a localização mais adequada para a instalação da empresa foi um processo que tomou tempo, mas, sem dúvida, o tratamento que a Jaguar recebeu do governo do Estado do Rio, desde as primeiras conversas, fez toda a diferença. Hoje eu já me considero um carioca. Nos últimos 15 meses, eu tenho viajado para o Rio todo mês.

A JLR também tem joint ventures na China e na Índia. Qual a diferença entre esses mercados emergentes e o do Brasil?

Julian M. Hetherington – Nossa intenção é produzir no Brasil para o mer-cado local, da mesma forma que o que produzimos na China é para atender a China. O Brasil é o nosso maior mercado na América Latina, é nisso que estamos focados. A nova fábrica em Itatiaia terá uma capacidade instalada para a produ-ção de 24 mil veículos por ano e todas essas unidades serão para atender exclu-sivamente ao mercado brasileiro.

Quando os senhores instalaram a fábrica no Brasil também levaram em conta outras oportunidades de mercado da América Latina?

Julian M. Hetherington – A Jaguar Land Rover é uma empresa tradicio-nalmente centrada no Reino Unido e, de lá, nós atendemos 170 mercados

globalmente. Mas quando um mercado atinge determinado tamanho e, parti-cularmente quando as condições locais são favoráveis ao crescimento, há uma vantagem em se instalar no país. O Brasil tem hoje um mercado em expan-são, com poder aquisitivo. Isso certa-mente leva a uma crescente demanda por produtos da linha Premium SUV, o que representa uma grande oportuni-dade para a JLR.

O que foi determinante para a escolha do Rio?

Julian M. Hetherington – A escolha da melhor localização é uma equação muito complexa, que envolve uma série de considerações para o sucesso do negócio como, por exemplo, acesso a porto, estradas, infraestrutura, terreno adequado, fornecimento de água e ener-gia e acesso à cadeia de fornecedores. É preciso achar um local que ofereça um crescimento sustentável para o projeto no longo prazo. Para a JLR, também era importante saber que seríamos vis-tos como um empregador importante, como uma empresa que vai contribuir para o desenvolvimento da economia local, como prevê a diretriz política do programa do governo federal. Quando decidimos pelo Rio, estávamos muito confiantes também na forte relação que tínhamos desenvolvido com o governa-dor Sérgio Cabral, com o secretário Julio Bueno e com o hoje governador Luiz Fernando Pezão. Essa foi uma relação muito forte desde o início, pois eles conheciam o nosso negócio e entende-ram nossas necessidades.

Quais foram os critérios técnicos que levaram a JLR a optar por Itatiaia?

Julian M. Hetherington – Nós passa-mos praticamente seis meses avaliando detalhes e condições de diversos locais. Durante esse período, nosso time de real estate avaliou mais de 60 terrenos, não somente no Rio, mas também em outros estados que participavam da con-corrência. No Estado do Rio, analisamos cerca de 20 terrenos, e Itatiaia estava

“O tratamento que recebemos no Rio fez toda a diferença”

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Projeção Global

70 Economia Rio - março 2015

na nossa lista final. Nossa escolha levou em conta a viabilidade do terreno, os acessos a infraestrutura, rodovias, mão de obra qualificada e a proximidade com organizações como Senai, uma vez que investimos intensamente em treinamento e qualificação de mão de obra para que o projeto seja sustentável no longo prazo. O relacionamento estreito que desenvol-vemos com a administração municipal também foi muito importante. Em termos de logística, o terreno que escolhemos fica bem próximo da Rodovia Presidente Dutra e a prefeitura está construindo uma nova via de acesso, o que vai facilitar ainda mais nossa distribuição no futuro. Outro fator que também pesou na decisão foi a construção de uma linha ferroviária de transporte de mercadorias pela MRS. Essa linha passa a 200 metros do nosso terreno e poderá levar os veículos pro-duzidos em Itatiaia para toda nossa rede de revendedores. Além disso, facilita o recebimento de peças e componentes de nossos fornecedores.

Como avalia o trabalho de facilitação por parte do Governo do Rio para a instalação da JLR no Estado?

Julian M. Hetherington – Quando um investidor procura um país, principalmen-te quando ele não fala a língua local, é importante que encontre o maior número de facilidades e soluções possíveis num só local, o que chamamos de one-stop-shop. Poder contar com uma autoridade local, uma agência de investimentos que ajude em todo o processo e faça a cone-xão com os agentes municipais apropria-dos faz toda a diferença. No Rio, tivemos um ótimo suporte por parte da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, do secre-tário Julio Bueno e da Codin. Eles nos conectaram com todas as organizações necessárias, como o Senai, e também com as autoridades municipais para termos o suporte necessário para nossa instalação e nossas operações.

Como a chegada da JLR pode impactar a economia e a cadeia de fornecedores locais?

Julian M. Hetherington – Qualquer ati-vidade industrial depende intensivamente de capital humano. Quando começamos uma nova operação, temos que recrutar uma série de profissionais no curto prazo e, para isso, precisamos ter acesso à mão de obra qualificada. Pretendemos recrutar localmente, mas também consi-deramos atrair profissionais qualificados de outras regiões do país. Também vamos investir pesadamente em capacitação e qualificação e, nesse sentido, lançamos o primeiro Centro Educacional da Jaguar Land Rover fora do Reino Unido, onde vamos treinar jovens entre 16 e 25 anos para atividades da indústria automotiva. O Senai será nosso parceiro. Na fábri-ca, vamos empregar diretamente cerca de 400 profissionais e calculamos que mil novos empregos serão gerados indi-retamente pela cadeia de fornecedores locais. Acreditamos que o impacto das nossas operações também atinja outras regiões do país, que podem servir como fornecedores. Seguindo as diretrizes do Inovar-Auto, vamos contribuir por meio de transferência de tecnologia, já que a produção da nossa linha Premium requer componentes específicos que ainda não são fabricados ou não estão disponíveis no Brasil. Por exemplo, cada veículo da linha Premium conta pelo menos com seis air bags, enquanto a maioria dos carros fabricados no Brasil tem nenhum ou apenas dois air bags. Outro exem-plo são os faróis bi-xenon e os de LED para uso diurno que ainda não existem no mercado brasileiro. O envelopamento dos painéis de controle em couro (painel de instrumentação) também não existe ainda no Brasil, e seremos os primeiros a desenvolver esses componentes no mer-cado local. Enfim, o que diferencia nossos veículos é o nível avançado de tecnolo-gia que utilizamos na fabricação. Vamos transferir essa tecnologia para nossa base de fornecedores locais. Além disso, quere-mos trazer para o Brasil parte dos nossos fornecedores globais.

Qual a previsão de crescimento das vendas da JLR com a nova unidade no Rio e como ela vai influenciar na produção nacional?

Julian M. Hetherington – Nossa pre-visão é de que a demanda do mercado brasileiro para a linha Premium Luxury vai ser de cerca de cinco milhões de unidades por ano até 2020. Hoje, nossa participação nesse mercado é de ape-nas 2%. A previsão é aumentar nossa participação no mercado brasileiro em até 15% ao ano até 2020, com diversos produtos da linha Premium Luxury. Para isso, a fábrica de Itatiaia terá capaci-dade de produzir até 24 mil veículos por ano. Quando começamos a operar na China, o país respondia por uma fatia estreita do nosso mercado, e hoje responde por 26% das vendas (2014). Nosso projeto no Brasil vai na mesma direção. Hoje temos 42 concessionárias no Brasil, e acreditamos na expansão dessa rede, podendo passar de 50 nos próximos anos.

Como o senhor vê o lançamento do Brazil Business Hub pelo ponto de vista da indústria britânica?

Julian M. Hetherington – O hub é uma iniciativa importante não só para o Brasil, mas também para a indústria e os negócios britânicos. Ambos os mercados têm a ganhar com a geração de empre-gos e oportunidades. Nós, britânicos, vemos o Brasil como um país muito receptivo a investimentos internacionais e novos negócios. O país ainda tem um volume de importação e exportação relativamente baixo em comparação ao seu PIB. Acho que isso tem gerado uma postura mais amigável, mais aberta ao mercado internacional. Penso que, prin-cipalmente para o setor automotivo e toda a cadeia de fornecedores e serviços, investir no Brasil é uma excelente alter-nativa. Também vejo grandes oportuni-dades para o setor aeroespacial, tanto no Brasil como no Rio, que já conta com a fábrica de turbinas da GE, por exemplo. Particularmente, considero o Estado do Rio um ótimo lugar para se fazer negó-cios e gosto de me ver como um trainee carioca.

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Global Projection

71março 2015 - Economia Rio

In the Wake of Jaguar Land Rover, a new phase in partnerships with the British‘Economia Rio’ follows the launch of the Brazil Business Hub

In December of last year, when Jaguar Land Rover laid the foundation stone for its new R$750 million manufacturing plant in Itatiaia, Sul Fluminense, the president of Codin, Conceição Ribeiro, who attended the ceremony, guaranteed “Economia Rio”: “Other companies will want to know why JLR chose Rio to set up its first manufacturing plant in the Americas. This will have an impact on the sector as a whole, and the economic chain in the United Kingdom”. Also at the event were the global CEO of JLR, Ralf Speth, and the governor of Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão.

Approximately two months later, the dream of attracting more British companies to Brazil – and Rio – is coser to becoming a reality, with the installation of the Brazil Business Hub (BBH), an event that “Economia Rio” also followed closely, in the Midlands of England. The mission of the hub is to build bridges between manufacturing and engineering companies in the United Kingdom and Brazil, increasing the volume of business between the countries and benefiting, quite clearly, the State of Rio de Janeiro and its industry.

When JLR management first decided to come to Brazil and set up its fully-owned plant (the company has joint ventures in China and India), it did so in partnership with the State government of Rio and Codin, and the process took around 14 months. “We advised at all stages, helping to identify the ideal location, with all the neces-sary characteristics. We also worked on questions related to incentives and bureaucracies”, summed up Conceição Ribeiro. As well as producing 24,000 vehicles per year and creating direct and indirect jobs, JLR will also transfer technology and attract a chain of suppliers.

The initiative of the hub is now a step ahead. It is the first time that the British government, through its agency UK Trade & Investment (UKTI), has supported a private operation for the purpose of expanding commercial relationships and direct investment in a foreign market. BBH will identify opportunities for investment and partnerships.

“As much as Brazil is a country that the British like, it is also recognized more for football, beaches and its beautiful nature than for national content and

production. When dealing with emerging markets, British businesses tend to think more of China and India than Brazil to make deals or expand. There is still a vast amount unknown about the opportunities in the Brazilian market. The creation of Brazil Business Hub will help fill this vacuum of information, although it will mainly network. Our work consists of facilitating the identification of local partners, distributors, joint ventures, and companies for mergers and acquisitions, as well as support the installation of British companies in Brazil. We understand that the country now represents a great opportunity, with a huge and sophisticated market, but there are also enormous technological challenges. And, concerning this point, the British companies can help”, explains Philip Gray, director general of BBH.

According to him, the initiative is different to any other platform designed to facilitate business, as it is focused specifically on: the supply chain in the O&G sector, automotive, aerospace, civil and hospital engineering. These are segments in which the State of Rio de Janeiro is either a leader or contributes hugely to national production. On the agenda at BBH are business events, organizing corporate missions from the United Kingdom to Brazil, studies and strategic analyses, as well as physically supporting meetings, seminars and workshops about Brazilian industry for potential British partners.

The local chosen to install the hub was also part of the strategy, as it is in the modern and expansive building called the UK Manufacturing Resource Centre, with the mission of promoting excellence in the supply chain of British engineering.

As well as UKTI, Brazil Business Hub also has ano-ther heavyweight partner: GTMA – the association that includes more than 300 of the largest British companies in the sector of engineering, design of processes and manufacturing.

Paul Noon, director of UKTI for the West Midlands region (where the hub was installed), remem-bers that the trade balance between the United Kingdom is currently approximately 5 billion pou-nds sterling per year, a tiny figure when compared to other markets. He believes that this volume

could triple before 2020/2025, reaching 15 billion pounds sterling a year.

“Today only about 400 British companies do busi-ness with or have a presence in Brazil. We hope that, with the initiative of the hub, this number will rise to 4,000 companies. Demand and oppor-tunities exist, which is what we need is to facilitate understanding about the Brazilian market for British businesses”, explains Noon, of UKTI.

For Rio de Janeiro, the specialist believes that the opportunities are even more: “Rio is the most known destination in Brazil and everyone wants to visit it. Add to this the innumerous opportunities associated with the pre-salt discoveries, what the large infrastructure works and urban mobility projects offer machinery and engineering compa-nies. And this is excluding the automotive sector currently present in the state and parts supply companies for the aviation sector, such as GE, that work to anchor the aerospace sector. We want to be part of this, placing British and local companies in positions to find the best solutions, in what would be a win-win situation,” he states.

Expectation is that the hub will attend up to 20 British companies interested in installing them-selves or doing business in Brazil in 2015 alone. Based on the number of executives present at the hub launch – approximately 80 – this projection sounds eminently feasible.

There is good reason that Jaguar Land Rover (JLR) was there and was one of the companies that par-ticipated in the panels on Doing Business in Brazil. JLR’s experience has everything to be replicated on Brazilian soil

A symbolic place

The final destination of the train that took us to the launch of Brazil Business Hub was Stratford-upon-Avon, a tourist destination famous for being the city where William Shakespeare was born. Alcester, where BBH is installed, is only two stops down the line. The city, an important trading location during the Roman Empire, still preserves constructions that date back to medieval, Tudor, Georgian and Victorian times. In this part of England, nestled

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Global Projection

72 Economia Rio - março 2015

in the middle of the country, which is why it is called the Midlands, the historic, literary and cultural legacies are combined with the vestiges of progress and development related to the Industrial Revolution.

Between the end of the XVIII century and middle of the XIX C, the transformations made in manu-facturing processes and innovations seen in pro-duction methods in this region radically changed people’s standard of living and global trade. As a result of its manufacturers, heavy equipment plants and precision engineering facilities, the automobile industry, advanced design and state-of-the-art engineering, the Midlands was known as the “Workshop of the World”.

Even today, the region plays its role of a van-guard in terms of industry, as the Midlands is the birthplace of icons like Rolls Royce, Jaguar Land Rover and Aston Martin – manufacturers of luxury British sports cars, and James Bond films. But this is not all, as the world-leader in heavy construction machinery, demolition and agricul-ture, JCB, is also there, along with BAE System, a well-known company in the defense sector.

The traditional black cabs circulating in London are also manufactured in this region, now by the Chinese company, Geely, which acquired the assets of the London Taxi Company in 2013. Goodyear Dunlop and Michelin also maintains part of its global tire production in the area. Together with these main players, the Midlands is home to thousands of small and medium-sized companies (SMEs) supplying parts, services, engi-neering and design. Since 2010, the region has registered an annual growth rate of 56%, one of the highest in the United Kingdom. It is in this diversified and dynamic environment that the Brazil Business Hub (BBH) was launched, and the location could not be more appropriate.

“The welcome we received in Rio made all the difference”

The first manufacturing plant fully owned by Jaguar Land Rover outside the United Kingdom is under construction in Itatiaia, Sul Fluminense. This is no mean feat, as the giant auto player

has joint-ventures in China and India, but it was the State of Rio de Janeiro where it decided to open its own unit, for an investment of R$750 million. The federal program, Inovar-Auto, offe-ring incentives for the sector, and the business friendly negotiations with the state government, the local authorities in Itatiaia, and Senai, were all largely responsible for this further significant investment in the local economy. The foundation stone was of this manufacturing plant was laid in December 2014, and followed by “Economia Rio”. Now, in an exclusive interview in London, JLR executive, Julian M. Hetherington, provided more details about the project.

How did the process unwind in choosing Rio as the base for the first fully owned Jaguar Land Rover manufacturing plant outside the United Kingdom?

Julian M. Hetherington: Jaguar has already been operating in Brazil for more than 20 years, and we currently have a 50% market share in the premium SUV segment in the auto market, which is the largest we have in the world. One in every two vehicles sold in this segment in Brazil is a Jaguar Land Rover product. We began to analyze where the best location in the country would be for a new plant in 2011. The Federal government launched its Inovar-Auto incentive program in 2012, which helped to formulate our investment plan and growth. Brazil is an extremely interesting market for Jaguar, as sales in the Premium Luxury line are growing faster than in the auto market in general, at around 40% per year. We identified that the growth opportunity would be significant enough to justify the setting up of a manufacturing plant. Rio came on our radar in 2012, when we first met the then governor, Sérgio Cabral, at an event during the London Olympic Games. During our first conversation, he said: “Julian, if Jaguar comes to Brazil, it will have to be to Rio”. The decision to choose the most suitable location for the company was a long drawn out process, but, without doubt, the treatment Jaguar recei-ved from the State government in Rio, from the outset, made all the difference. I now consider myself a local, as I have visited Rio every month for the last 15 months.

JLR also has joint-ventures in China and India. What is the difference in these emer-ging markets to Brazil?

Julian M. Hetherington: Our intention is to manufacture for the local market in Brazil, in the same way as in China. Brazil is our largest market in Latin America, and this is where we are focused. The new plant in Itatiaia will have an annual installed production capacity for 24,000 vehicles, and all these units will be exclusively to meet the expected demand levels in the Brazilian market.

When you decided to build your plant in Brazil, where you also taking into account the market opportunities in Latin America?

Julian M. Hetherington: Jaguar Land Rover is a company traditionally based in the United Kingdom and we deal with 170 global markets from there. However, when a market reaches a certain size and, particularly when the local conditions are favorable for growth, there is a distinct advantage in setting up in a country. The market in Brazil is currently expan-ding, as is consumer purchasing power. This certainly leads to rising demand for products in the Premium SUV line, which represents a great opportunity for JLR.

And what was the determining factor in choosing Rio?

Julian M. Hetherington: The choice in terms of the best location is a very complex equation, which involves a series of considerations for the success of the business, such as, for example, access to a port, highways, infrastructure, suitable land, water supply, energy and access to the supplier chain. We need to find a location that offers sustainable growth for the project over the long term. For JLR, it was also important to know that we would be seen as an important employer, as a company contributing to the development of the local economy, as defined in the federal government’s program policy directives. When we decided on Rio, we were also confident about the strong relationship we had developed with governor Sérgio Cabral, secretary Julio Bueno and the current governor, Luiz Fernando Pezão. This was a strong tie from the outset, as they all know our business, and understand our needs and requirements.

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Global Projection

73março 2015 - Economia Rio

What were the technical criteria that led JLR to opt for Itatiaia?

Julian M. Hetherington: We spent practically six months evaluating the details and conditions of several locations. During this period, our real estate team looked at more than 60 land lots, not only in Rio, but also in other competing states. We analyzed around 20 locations in the State of Rio alone, and Itatiaia was on our short list. Our final choice took into account the feasibility of the land, access to infrastructure, highways, a qualified work force, and the proximity to organizations like Senai, as we needed to invest heavily in training and qualifying employees for the project to be sustainable over the long term. The direct relationship that we developed with the municipal authorities was also important. In terms of logistics, the land we chose is close to the Presidente Dutra highway, and the local council is building a new access road that will facilitate our distribution even more in the future. Another factor that also weighed on our final decision was the cons-truction of a railroad for cargo transport by MRS. This line runs 200 meters past our land and can take vehicles produced in Itatiaia to our network of dealerships across the country. In addition, it facili-tates the incoming supplies of parts and components from our suppliers.

How do you evaluate the work done to faci-litate your job by the government of Rio in terms of installing JLR in the state?

Julian M. Hetherington: When an investor looks for a country, particularly when we don’t speak the local language, it is important to find the highest number of facilities and possible solutions in one location, which we call a ‘one-stop-shop’. We need somewhere where we can count on the local autho-rity, an investment agency that will help throughout the process, and where we can make all the con-nections we need to with the appropriate municipal agents, as this makes all the difference. In Rio, we have had an enormous amount of support from the State Secretariat of Economic Development, run by Julio Bueno, as well from Codin. They have connec-ted us with all the organizations necessary, such as Senai, as well as the municipal authorities to provide the support necessary to set up our operations.

Will the arrival of JLR have an impact on the economy and chain of local suppliers?

Julian M. Hetherington: Any industrial activity depends a great deal on human capital. When we start up a new operation, we have to recruit a range of professionals in the short term, and we thus need access to qualified labor. We intend to recruit locally, but we will also consider attracting qualified professionals from other regions throu-ghout the country. We will also invest heavily in training and qualifying employees and, in this sense, we launched the first Jaguar Land Rover Educational Center outside the United Kingdom, where we will train youngsters between 16 and 25 to work in the auto industry. Senai will be our partner. The plant will create around 400 direct jobs, and we calculate another 1,000 new jobs will be created indirectly in the local supply chain. We believe that the impact of our operations will also reach other regions in the country, which may well also serve as suppliers. According to the directives of Inovar-Auto, we will contribute by means of the transference of technology, as the production of our Premium Line requires specific components that are not currently made or available in Brazil. For example, each Premium Line vehicle has at least six air bags, while most of the cars manufactured in Brazil have either two or none at all. Another example are the bi-xenon and LED lights for daylight driving that do not exist in the Brazilian market. The finishing of our control panels in leather (instrument panels) is another new production activity in Brazil, and we will be the first to develop these components in the local market. Overall, what differentiates our vehicles is the advanced level of technology that we use in our manufacturing process. We will transfer this technology to our base of local suppliers. In addition, we want to bring some of our global suppliers to Brazil.

What is the forecast in terms of JLR’s sales growth with the new unit in Rio, and how will that influence national production?

Julian M. Hetherington: We believe that the demand for Premium Luxury Line vehicles in the Brazilian market will be approximately five

millions units a year through to 2020. Our market share in this market is currently only 2%, but we believe we can grow this market share to by up to 15% a year until 2020, with the range in our Luxury Premium Line products. For this reason, the manufacturing plant in Itatiaia will have the capacity to produce up to 24,000 vehicles a year. When we began our operations in China, the coun-try only represented a small slice of the pie in our market, but now accounts for 26% of sales (2014). Our project in Brazil will go in the same direction, as we currently have 42 dealerships in the country, and believe we can expand this network to , more than 50 in the upcoming years.

How do you see the launch of the Brazil Business Hub from the point of view of British industry?

Julian M. Hetherington: The hub is an impor-tant initiative not only for Brazil, but also for UK industry and British business. Both markets should be able to take advantage of this by creating new jobs and opportunities. When we came to Brazil we found a country extremely receptive to international investment and new business. The country still has a relatively low volume of imports and exports, compared with its GDP. I think that this has generated a more friendly stance, and one more open to the international market. I also believe that, particularly for the auto sector and the associated supply and services chains, investing in Brazil is an excellent alternative. I also see great opportunities for the aerospace sector, both in Brazil and in Rio, which already has a turbine plant run by GE, for example. I personally consider the State of Rio an excellent place to do business and I like to see myself as a “trainee-carioca”.

Andrea de Carvalho

Page 74: Revista Economia Rio 5

inovação

74 Economia Rio - março 2015

“O Rio de Janeiro tem tudo para tornar-se a capital latino-americana da saúde”, garante o empreendedor Eduardo Cruz, eleito pela publi-cação Healthcare Management um dos 100 profissionais mais influentes da área de saúde do país. Cruz é fundador e CEO da Axis Biotec, holding que patrocina e gerencia investigação, desenvolvimento e negócios inovadores nos setores de saúde e vida.

Em entrevista exclusiva à revista Economia Rio, ele explicou que a biotecnologia é um setor órfão na América Latina. “Nenhuma cidade até o momento se mobilizou para assumir a liderança no setor. E o Rio de Janeiro apresenta uma vantagem competitiva, por reunir as con-dições necessárias para assumir o cargo: é hub de conhecimento científico, pois concentra em seu território as mais importantes universida-des e centros de pesquisa do país; é detentor de sólida experiência em gestão público-priva-da e investe, de forma pioneira, em ambientes institucionais propícios ao desenvolvimento e à produção de conhecimento, a exemplo de Farmanguinhos, Bio-Manguinhos e, é claro, do Polo Bio-Rio, o primeiro Parque Tecnológico de Biotecnologia da América Latina.

A indústria de biotecnologia constitui um setor de alta tecnologia, fortemente ligado às descobertas e ao desenvolvimento cien-

tífico, em que a competitividade das empre-sas depende, essencialmente, do domínio de conhecimentos especializados e da eficácia em processos de P&D. Pelo fato de ser uma indústria altamente globalizada, mesmo as empresas de biotecnologia com foco de atuação local sentem, desde muito cedo, os efeitos da competição internacional.

Um estudo sobre biotecnologia, elabora-do pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), estima que, em 2030, as inovações na área de biociência poderão contribuir com até 35% da fabricação de produtos químicos, 80% dos produtos farmacêuti-cos e de diagnóstico e 50% da produção agrícola mundial.

Com a crescente demanda do setor públi-co, a indústria da saúde depende cada vez mais das políticas governamentais nas esferas municipal, estadual e federal. Elas são decisivas no que diz respeito à oferta de financiamento e estímulo à inovação e à produção. No âmbito nacional, des-taca-se a Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE), adotada em 2004 e, mais tarde, em 2008, suce-dida pela Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP).

Biotecnologia: Investimento Saudável, Desenvolvimento Vital

No Estado do Rio de Janeiro, o Grupo Executivo do Complexo Industrial das Ciências da Vida do Estado do Rio de Janeiro – GECIV-RJ - é hoje o principal articulador do desenvolvimento da bio-tecnologia. Composto por Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, Instituto Vital Brazil, Pesagro, Faperj, BioRio, Sebrae/RJ e as universidades, o GECIV-RJ se mobiliza, desde sua criação em 2011, para elabo-ração, desenvolvimento e implantação de políticas estaduais de fortalecimento do complexo produtivo e de inovação em ciên-cias da vida.

Em janeiro, a presidente Dilma Rousseff san-cionou o artigo 143 da Medida Provisória 656/2014, que autoriza a entrada de capital estrangeiro no setor de saúde. Com a mudança, empresas de fora do país pode-rão instalar ou operar hospitais (inclusive filantrópicos) e clínicas, além de executar ações e serviços de saúde. Atualmente, o capital estrangeiro está restrito aos planos de saúde, seguradoras e farmácias. O tema, apesar de recém-anunciado, gera contro-vérsia entre investidores e associações liga-das à saúde coletiva.

Em pauta

Redação

Page 75: Revista Economia Rio 5

O PORTO DO AÇU JÁ ESTÁ EM OPERAÇÃO

Localizado no Norte Fluminense, o Porto do Açu já recebeu os primeiros navios de grande porte em seus terminais e está preparado para atender as demandas de empresas do setor de óleo e gás.

www.prumologistica.com.br

Um eficiente complexo portuário para solucionar problemas de infraestrutura do Brasil de forma integrada, eficiente e segura.

90 km² de retroárea

150 km da Bacia de Campos

+1 milhão ton de minério embarcados

17 km de cais

innovation

75março 2015 - Economia Rio

Biotechnology: Healthy Investment, Vital Development

“Rio de Janeiro has everything to become the Latin American of health”, guarantees the entrepreneur Eduardo Cruz, elected by the publication Healthcare Management as one of the 100 most influential profes-sionals in the area of health in the country. Cruz is founder and CEO of Axis Biotec, a holding company that sponsors and manages investigations, development and innovatio-nal business in the sectors of health and life.

In an exclusive interview with the magazine “Economia Rio”, he explained that biotechnology is an orphan sector in Latin America. “No city to date has mobilized itself to assume leadership in this sector. Rio de Janeiro has a distinct competitive advantage in this area. This is mainly because it has the conditions necessary to assume the task: is a known hub of scientific knowledge, as it concentrates the most important universities and research centers in the country in its territory; has a proven track record and experience in public-private projects, and makes pioneering investments in institutional environ-ments designed to suit development and the production of knowledge. One example is the Bio-Rio Complex, the first Technological and Biotechnology park in Latin America.

Rhe biotechnology industry is an extremely high-tech sector, with strong ties to discoveries and scientific deve-lopment, and one in which the competitiveness of the companies involved depends, essentially, on the dominion of specialized knowledge and the efficiency of R&D processes. Based on the fact that it is also a highly glo-balized industry, even biotech companies focused on local operations, feel the effects of international competition virtually from the outset.

A study on biotechnology carried out by the Organization for Economic Cooperation and Development (OCDE), esti-mated that, in 2030, innovations in the area of bioscience could contribute up to 35% of the manufacture of chemical products, 80% of pharmaceutical and diagnostic products, and 50% of world agricultural production.

Within Rio de Janeiro State, Grupo Executivo do Complexo Industrial das Ciências da Vida do Estado do Rio de Janeiro (Executive Group for the Industrial Complex of Life Sciences) – GECIV-RJ - is currently the main organizer of development in the field of biotechnology. Comprised of the State Secretariat of Economic Development, the

Secretariat of Science, Technology and Innovation, the Vital Brazil Institute, PESAGRO, FAPERJ, BIORIO, SEBRAE/RJ and the State Universities, GECIV-RJ was set up in 2011, since when it has been tasked with mobili-zing the preparation, development and implementation of state policies to strengthen the industrial production and innovation complex in life sciences, as well as proposing other complementary measures.

Dilma Rousseff sanctioned a law that allows for foreign investment in the Brazilian healthcare industry. This new law (Law 13,097 of January 20, 2015), allows the participation of foreign capital and foreign companies in the Brazilian healthcare industry, removing the current restrictions in terms of control and operations (including operation of general hospitals, clinics etc.). The new law also clarifies that human genetic laboratories, pharmaceu-tical laboratories engaging in the production and supply of healthcare products and medications, and clinical analysis, anatomic pathology and imaging test laboratories are not subject to the constitutional ban on foreign investment in the Brazilian healthcare industry.

Newsroom

Page 76: Revista Economia Rio 5

ibmec Rio informa

76 Economia Rio - março 2015

Ibmec Rio informa – Ibmec Rio announces

Ibmec/RJ cria a Coordenação de Mercado e Inovação

Movimento Arte Expressa promove mais uma intervenção urbana em Niterói

O Ibmec/RJ anunciou a criação da Coordenação de Mercado e Inovação (CMI). O coordenador do Centro de Empreendedorismo Ibmec (CEI), Marco Aurélio de Sá Ribeiro, está à frente desse novo departamento, que visa integrar o aluno do Ibmec ao mercado, por intermédio de empresas juniores, apoio pedagógico, orientação profissional e programas internacionais.

Os departamentos que fazem parte da Coordenação de Mercado e Inovação são os seguintes: Centro de Empreendedorismo Ibmec, Ibmec Carreiras (sob a coordenação de Ruth Duarte), Apoio Acadêmico (sob a respon-sabilidade de Clarice Dahis) e Convênios Internacionais (sob a coordenação de Ana Paula Del Pretti).

Niterói está se transformando em museu a céu aberto, graças à parceria entre a Ibmec Social, empresa júnior do Centro de Empreendedorismo Ibmec (CEI), do Ibmec-RJ, e a Prefeitura de Niterói. No dia 20 de dezembro, eles fizeram no bair-ro do Barreto a terceira intervenção do Movimento Arte Expressa. Na ocasião, o artista plástico Luciano Caetano faz a pintura do banco, ao vivo. Além da pin-tura comum, há uma cobertura com tinta antipichação, que previne a degradação da arte no banco, além de protegê-lo contra a ação da chuva.

O programa sociocultural financiado pelo Ibmec Social, por meio de empresas parceiras sem custo algum para a cida-de, cria um novo espaço de exposição de obras artísticas na cidade de Niterói, valorizando a arte urbana e os artis-tas locais, usando o mobiliário urbano localizado em espaços públicos para incentivar a disseminação das artes plás-ticas, a partir de intervenções em bancos de madeira distribuídos pelo município. Durante um ano, o banco pintado por um artista plástico vai enfeitar as ruas e vai estabelecer um diálogo entre os artistas e os cidadãos.

Ibmec/RJ creates Market Coordination and Innovation

Ibmec/RJ announced the setting up of Center of Coordination for the Market and Innovation (CMI). The coordinator of Ibmec’s Center for Entrepreneurship (CEI), Marco Aurélio de Sá Ribeiro, is heading up this new department, which aims to integrate Ibmec students with the market, through smaller companies, pedagogical support, professional guidance and international programs.

The departments that make up the Center of Coordination for the Market and Innovation are: Ibmec’s Business Center, Ibmec Carreers (coordinated by Ruth Duarte), Apoio Acadêmico (Academic Support the responsibility of Clarice Dahis) and International Agreements/Accords Convênios Internacionais (coor-dinated by Ana Paula Del Pretti).

Movimento Arte Expressa - Express Art Movement promotes another urban inter-vention in Niterói

Niterói is gradually becoming an open-air museum, thanks to the partnership between Ibmec Social, a junior company attached to the institution’s Center for Entrepreneurship (CEI), at Ibmec - RJ and the local council in Niterói. On December 20, a third intervention was carried out by the Express Art Movement in the district of Barreto. On this occasion, plastic artist, Luciano Caetano, painted a park bench. As well as normal paint, he also used a layer of anti-graffiti paint, which helps prevent any degradation of the bench, as well as against the climate, and particularly rain.

The sociocultural program financed by Ibmec Social, through its partner compa-nies, and at no cost to the city, creates a new space to exhibit works of art in Niterói, with a focus on urban art and local artists. Urban facilities and fixtures in public spaces are used to stimulate the dissemination of plastic art, and interven-tions using wooden park benches by the municipality. A bench is painted for a year by a plastic artist, which both makes the streets more attractive and establishes a dialogue between artists and citizens.

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ibmec Rio informa

77março 2015 - Economia Rio

Nova graduação em Engenharia Mecânica no Ibmec/RJ em 2015

Ibmec customiza pós-graduação em Regulação de Mercado de Capitais para a CVM

O Ibmec/RJ recebeu autorização do Ministério da Educação (MEC) para abrir a graduação de Engenharia Mecânica. A Escola de Engenharia do Ibmec/RJ foi inaugurada em 2012, com a abertura do curso de Engenharia de Produção, e ampliada com a chegada do curso de Engenharia Civil, no ano passado. Todos os cursos dessa área são oferecidos no campus Barra.

A graduação em Engenharia Mecânica é fortemente voltada às necessidades reais do mercado. Desta forma, o engenheiro mecânico estará apto a atuar nas indús-trias de base (mecânicas, petroquímicas, siderúrgicas etc.) e de produtos ao con-sumidor, no setor de instalações/presta-ção de serviços, em centros de pesquisa, consultorias, escritórios e outros.

O Ibmec Barra possui modernas insta-lações e laboratórios para a prática de disciplinas na área de Engenharia. No ano passado, o departamento adquiriu uma impressora 3D, que está ajudando os alunos nos projetos acadêmicos.

O Departamento de Soluções Corporativas do Ibmec lançou, no dia 21 de janeiro, a pós-graduação lato sensu em Regulação de Mercado de Capitais, customiza-da exclusivamente para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autarquia vin-culada ao Ministério da Fazenda. A CVM tem poderes para disciplinar, normalizar e fiscalizar a atuação dos diversos integran-tes do mercado. Seu poder de normalizar abrange todas as matérias referentes ao mercado de valores mobiliários.

O evento de lançamento contou com a presença do presidente da CVM, Leonardo Gomes Pereira, e da superin-tendente administrativo-financeira da CVM, Tânia Ribeiro, além de outros exe-cutivos da autarquia. Representando o Ibmec estavam o diretor acadêmico, pro-fessor Antônio Carlos Kronemberger; o diretor executivo do Ibmec RJ, professor José Luiz Trinta; e o gerente de Soluções Corporativas do Grupo Ibmec Educacional S.A., professor Fernando Amaro.

Com duração de 18 meses, as aulas da pós-graduação acontecerão semanalmen-te no Ibmec Centro, no Rio de Janeiro. No conteúdo programático constam as disciplinas de Direito, Contabilidade e Auditoria, Finanças Quantitativas, Mercado Financeiro e de Capitais, entre outras. Os 35 alunos foram escolhidos após análise curricular e entrevista. A maioria dos funcionários da CVM sele-cionados para participar do curso é de engenheiros, economistas e contadores. Com 460h/aula, a pós-graduação tem como coordenador acadêmico o professor Álvaro Vilarinho e como coordenador téc-nico o professor José Niemeyer.

New degree in Mechanical Engineering at Ibmec/RJ in 2015

The Ministry of Education (MEC) authorized Ibmec/RJ to offer a new degree course in Mechanical Engineering. The School of Engineering at Ibmec/RJ was inaugurated in 2012, when it first offered a cou-rse in Production Engineering, before expanding with a course in Civil Engineering in 2014. All the courses in this area are offered on the campus in Barra.

The degree in Mechanical Engineering is designed to deal with real market needs. In this way, Mechanical Engineering students will be qualified to work in primary industries (mechanics, petrochemical, steel, etc.), as well as consumer products, in the sector of services installations/provision, research centers, consultancy firms, offices, among others.

Ibmec Barra has modern installations and laborato-ries to practice the subjects in engineering courses. The department acquired a 3D printer last year, which is helping students with their academic projects.

Ibmec customizes post-graduate courses in Capital Market Regulations for the CVM

The Department of Corporate Solutions at Ibmec launched a post graduate latu senso course in Capital Market Regulations on January 21, customized exclusively for the Brazilian Securities Commission (CVM), an autarchy linked to the Ministry of Finance in Brazil. The CVM has powers to discipline, regulate and supervise the operations of almost all market players in the financial sector. Its power to regulate covers all issues related to the stock market.

The launch event was attended by the president of the CVM, Leonardo Gomes Pereira, the Administrative-Financial Superintendent of the CVM, Tânia Ribeiro, as well as other executives. Ibmec was represented by the Academic Director, professor Antônio Carlos Kronemberger, Executive Director of Ibmec RJ, professor José Luiz Trinta, and professor Fernando Amaro, the manager of the Corporate Solutions at Grupo Ibmec Educacional SA.

The post-graduation course will be over a period of 18 months, and classes held weekly at Ibmec Centro, in Rio de Janeiro. The subject material includes law, accoun-tancy and auditing, quantitative finance, capital and market finance.

Capital, among others. The 35 students chosen were selected after analyzing CVs and holding interviews. Most employees at the CVM selected to take the course have academic backgrounds in engineering, economics and accounting. With 460 hours of classes, the course is run by academic coordinator professor Álvaro Vilarinho, together with technical coordinator profes-sor José Niemeyer.

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ibmec informa

78 Economia Rio - março 2015

Profissionalismo, cooperação e espírito empreen-dedor. Não há dúvidas de que essas são caracte-rísticas muito valorizadas pelas grandes empresas na busca por jovens talentos. De acordo com a pesquisa Empresa dos Sonhos dos Jovens, realizada anualmente pela Cia de Talentos - con-sultoria com 25 anos de experiência no mercado -, foco em resultados, capacidade analítica e tra-balho em equipe são as qualidades mais pedidas no recrutamento de empresas.

Mas para os membros do Centro de Estudos de Mercado de Capitais (CEMEC), empresa júnior que pertence ao Centro de Empreendedorismo do IBMEC (CEI), tais competências são colocadas em prática muito antes do ingresso oficial no mercado de trabalho.

São quatro as principais áreas de estudo desenvol-vidas pelo CEMEC: Finanças Corporativas, Mesa de Operações, Office e Análise Macroeconômica. Para a empresa, tal distribuição tem como objeti-vo a interação entre os estudos e a complemen-taridade de informações. Por isso, a participação dos membros em todas as áreas existentes, seja por meio do trabalho direto ou da elaboração de projetos integrados, é incentivada pelos diretores.

Professionalism, cooperation and entrepreneurial spirit. There is no doubt that these are extremely valuable cha-racteristics for large companies on the lookout for young talent in the job market. According to a survey: Empresa dos Sonhos dos Jovens (The Dream Company for Youngsters), which is conducted annually by Cia de Talentos – a con-sultancy firm with 25 years of experience in the market, produced the results that analytical ability and teamwork are the most sought after qualities by companies recruiting in the country.

However, for the members of the Center of Capital Market Studies (CEMEC), the junior enterprise run by IBMEC’s Business Center (CEI), these skills can be identified and put into practice well before officially entering the job market.

There are four main study areas developed by CEMEC: Corporate Finance, Trading Desk, and Macroeconomic Office and Analysis. For the company, the purpose of this distribution is to foster interaction between the study groups and complement other information available. As such, the participation of members in all the existing areas, either

Além das áreas de estudos, o CEMEC realiza dois eventos: a Semana de Finanças, conjunto de palestras sobre temas financeiros relevantes da atualidade, e o Jogo Financeiro, simulação de um pregão viva-voz com alunos do ensino médio; eles recebem uma explicação introdutória sobre o mercado de ações e são divididos em grupos para iniciar o processo de negociação.

Para Guilherme Pinhel, presidente da empresa, a qualificação do perfil dos participantes é tra-balhada desde o recrutamento. “Fazemos um processo seletivo rigoroso, com o intuito de desa-fiar os candidatos e garantir que eles tornem-se aptos a assumir as responsabilidades esperadas pela empresa”, aponta Pinhel. “Os selecionados são alocados de acordo com seus perfis e com-petências específicas”, completa ele.

O crescente interesse de empresas e organiza-ções em firmar parcerias é exemplo do reconhe-cimento externo que os membros do CEMEC querem consolidar. Somente na sua última edi-ção, a Semana de Finanças teve na sua lista de palestrantes nomes de peso, como Carlos Langoni, José Isaac Peres e Carlos Eduardo Loyo.

À frente dos projetos externos da empresa, Guilherme Castro reforça que a cultura organiza-cional do CEMEC - que visa habilitar os estudan-tes a lidar com situações adversas e adaptá-los ao mercado de trabalho - é um grande diferencial nas parcerias. “É comum ver um membro ir diretamente para um estágio ou emprego, mui-tas vezes em empresas parceiras nossas ou do Ibmec. Queremos que cada vez mais empresas olhem para o CEMEC quando estiverem à procu-ra de jovens profissionais”, disse ele.

Na opinião de Fabiana Zuritta, gerente de atração da Cia de Talentos, tal cobrança é essencial para criar senso de responsabilidade, vivência de ges-tão e visão de cliente, que é muito aproveitada quando o jovem entra no mercado de trabalho. “É uma experiência complementar à formação acadêmica, por ter um caráter mais prático. Não basta somente ter a participação no currículo; é a vivencia que realmente faz a diferença”, explica.

through direct work experience or in integrated projects, is encouraged by the directors.

As well as the different study areas, CEMEC holds two events: the Finances Week, together with lectures on financial market issues relevant today, and the Financial Game, which is a simulation of a live floor trading session with high-school students; and for which they receive an introductory explanation about the stock market are divided into groups before they begin their simulated trading.

For Guilherme Pinhel, the company’s president, the profile qualification of participants is worked on since recruitment. “We conduct a rigorous selection process, with the aim of challenging the candidates and thus guaranteeing that they are capable, willing and able to assume the responsibilities expected of them by the company”, says Pinhel. “The candidates selected are allocated according to their profiles and specific skills “, he adds.

The increase in interest from companies and organizations in entering into partnerships is an example of external recognition that the members of CEMEC want to consolidate.

The list of speakers at the last edition of Finances Week was impressive, with names like Carlos Langoni, José Isaac Peres and Carlos Eduardo Loyo.

In light of the company’s external projects, Guilherme Castro reinforces that the organizational culture of CEMEC – which aims to train students to deal with adverse situations and adapt to the labor market – is a huge differential in these partnerships. “It is commonplace to see a member go directly into a trainee position or job, often with partner companies or Ibmec. We want to companies to look more at CEMEC when looking for young professionals “.

In the opinion of Fabiana Zuritta, manager of attracting new talent at Cia de Talentos, this type of training is essential in creating a sense of responsibility, management and client vision, which is used a lot when youngsters enter the job market. “It is a complementary experience to their academic background, and more practical in nature. It is not enough to just put this type of experience on your curricu-lum; as living and working it really makes the difference”, Fabiana explains

A bet on young talent

uma aposta nos jovens talentosRedação

Newsroom

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Visões do mercado

79março 2015 - Economia Rio

O Rio de Janeiro vive momento singular de atra-ção de investimentos e ampliação de negócios. São centenas de projetos de pequeno, médio e grande portes, que revolucionam e diversificam o perfil econômico do Estado, para além da economia do petróleo. A AgeRio participa desse movimento virtuoso, transformando oportuni-dades em projetos sustentáveis e atendendo às demandas, com menor burocracia, fundings ade-quados e taxas atrativas.

Por operar somente no Estado, podemos estar mais perto dos empresários, com visão aguça-da quanto às perspectivas de desenvolvimento, identificando vocações regionais, customizando produtos para todos os segmentos da economia e atendendo da micro à grande empresa, além de conduzir o bem-sucedido programa de micro-crédito produtivo orientado nas comunidades pacificadas do Rio de Janeiro.

Sintonizados com a estratégia do governo esta-dual, e contando com seu irrestrito apoio, temos contribuído com o desenvolvimento, exercendo nossa missão não só por meio de operações financeiras e acompanhamento técnico, mas,

Rio de Janeiro is currently going through a positive phase in terms of both attracting investment and expanding its business sectors. There are hundreds of small, medium and large projects underway and in the pipeline, which revolutionize and diversify the State’s economic profile away from what was previously dominated by the O&G sector. AgeRio has participated in this virtuous cycle, transforming opportunities into sustainable projects and meeting the rise in demand with less bureaucracy, and adequate funding levels at attractive interest rates.

As the agency only operates in the State of Rio, we are closer to the entrepreneurs with sharp eyes related to the outlook for new developments, identifying regional vocations, cus-tomizing products for all segments of the economy and dealing directly with micro and large corporations, as well as successfully implementing a productive microcredit program aimed at the pacified communities in Rio de Janeiro.

In harmony with state government strategy, and with its unconditional support, we have contributed to Rio’s development, carrying out our mission not only through

também, em parceria com os municípios flumi-nenses na modernização da gestão administra-tiva e nos investimentos em infraestrutura, que potencializam as vocações locais.

Tudo está sendo possível porque a Agência permanece atenta às oportunidades e passa por uma transformação, ancorada em seu Programa Modernizar para Competir, que visa torná-la mais eficiente, para desempenhar papel rele-vante no contexto estadual, como alternativa atraente e confiável para empreendedores, e um braço operacional da política de desenvolvimento do governo estadual. Reformulamos processos internos, criamos indicadores de desempenho, realizamos concurso público e definimos nova marca, novo site, novo estatuto e novo plano de cargos e salários, além de implantar regime de alçadas e comitês de crédito e um arrojado plano de tecnologia da informação.

Faz parte desse contexto o compromisso com a transparência, credibilidade e aplicação das melhores práticas voltadas ao aprimo-ramento contínuo da gestão. Nesse sentido, a AgeRio busca sua classificação de risco

junto às agências internacionais emissoras de rating, como forma de fortalecer e ampliar as suas ações no âmbito das intermediações financeiras internas e externas.

Como passo inicial, já nos submetemos a avalia-ção de risco de crédito por parte da Fitch Ratings que atribuiu o nível de risco BBB-, na escala internacional de curto e longo prazos, e AA- na avaliação nacional, conferindo àAgeRio o concei-to de grau de investimento. Essas classificações colocam a AgeRio em condições de adequada credibilidade como tomadora de crédito tanto no mercado nacional como no internacional.

Diante do desafio que vem motivando nosso corpo funcional, de tornar a AgeRio ainda mais necessária à sociedade deste Estado, continuare-mos diversificando programas e democratizando o processo de concessão de crédito, ganhando escala, para ser uma Agência de Fomento cada vez mais voltada para o futuro.

financial operations and technical support/supervision, but also in partnership with the local regional municipalities in the modernization of administrative management and investments in infrastructure, which act as the drivers of local vocations.

All this is possible because the Agency remains attentive to the opportunities and has undergone a transformation, anchored in its Modernize to Compete Program (Programa Modernizar para Competir), with the aim of making it more efficient and to play the relevant role in a state context, as an attractive and reliable alternative for businesses, and the operational arm of the state government’s policy for development. We have reformulated internal processes, created performance indicators, held public competitions and defined a new brand, site, statute, and plan for jobs and salaries, as well as implementing a regime of credit jurisdictions and committees in a wide-ranging plan for information technology.

Part of this new scenario is a commitment to transparency, credibility and the application of best practices aimed

at continuously streamlining management. In this sense, AgeRio sought its risk classification with international rating agencies, as a means of strengthening and expanding on its actions within the scope of internal and external financial intermediation.

As a first step, we have already submitted ourselves for a credit rating from Fitch Ratings, which attributed a BBB- on the short and long-term international scales, and AA- natio-nally, thus awarding AgeRio investment grade. These ratings put AgeRio in the right conditions in terms of credibility as an issuer in both the national and international markets.

In light of the challenge motivating our employees, of making AgeRio even more necessary to society in the state, we continue to diversify programs and democratize the process of granting credit, thus gaining scale, to ensure our growth as a financing and investment Agency in and for the future.

Modernize to Compete

Modernizar para Competir

José Domingos Vargas Presidente da AgeRio - Agência Estadual

de Fomento

José Domingos Vargas President of AgeRio - State Investment Agency

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centro de Referências

80

Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços (SEDEIS)Secretariat for the Development os Economics, Energy, Industry and Services www.rj.gov.br/web/sedeis Address: Av. Rio Branco, 110 – 20º, 21º e 22º andares - Centro, Rio de Janeiro Tel.: +55 (21) 2332-8413

Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin) Rio de Janeiro State Industrial Development Company - www.codin.rj.gov.br Address: Av. Rio Branco, 110/ 19º e 34º andares - Centro - Rio de Janeiro Tel.: +55 (21) 2334-1400

Agência Estadual de Fomento (AgeRio) Development Agency in the State Rio de Janeiro - www.agerio.com.br Address: Av. Rio Branco 245, 3° andar - Centro, Rio de Janeiro Tel.: +55 (21) 2333-1212

Rio Negócios International Promotion Agency for the city of Rio de Janeiro - www.rio-negocios.com Address: Rua da Candelária, 9 - 10º andar - Centro, Rio de Janeiro Tel.: +55 (21) 3031-4001

Subsecretaria de Relações Internacionais (SSRI) - Secretaria da Casa Civil Department of International Relations - www.rj.gov.br/web/casacivil/ Address: Rua Pinheiro Machado, s/no -Prédio Anexo - 3o Andar - Laranjeiras, Rio de Janeiro Tel.:+55 (21) 2334-3511

Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) Brazilian Trade and Investment Promotion Agency - www.apexbrasil.com.br Address: SBN Quadra 2, Lote 11, Ed. Apex-Brasil - Brasília, DF Tel.: +55 (61) 3426-0202

Federação das Indústrias do Rio (Firjan) Federation of Industries of the State of Rio de Janeiro - www.firjan.org.br Address: Av. Graça Aranha, 1 - Centro, Rio de Janeiro Tel.: +55 (21) 2563-4196

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) The Brazilian Development Bank - www.bndes.gov.br Address: Av. República do Chile, 100 - Centro, Rio de Janeiro Tel.: +55 (21) 2172-7447

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae RJ) Brazilian Service of Support for Micro and Small Enterprises www.sebrae.com.br/uf/rio-de-janeiro Address: Rua Calógeras, 23 - Centro, Rio de Janeiro Tel.: 0 800 570 0800

Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomercio RJ) Federation of Commerce of the State of Rio de Janeiro - www.fecomercio-rj.org.br Address: Rua Marquês de Abrantes, 99 - Flamengo, Rio de Janeiro Tel.: +55 (21) 3138-1113

Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (FETRANSPOR) Federation of Passenger Transport Companies in the State of Rio de Janeiro - www.fetranspor.com.br Address: Rua da Assembléia, 10 - Centro, Rio de Janeiro Tel.:+55 (21) 3221-6300

ORBIZ - Desenvolvimento de Negócios e Projetos Internacionais: www.orbiznet.com.br Address: Rua Estela, 505 - bl. H, cj. 202 - São Paulo, SP Tels.: +55 (11) 3266-3631 / 3266-4961 Ramo de Atividade: Apoio a empresas em seu processo de internacionalização, visando ao desenvolvi-mento de negócios e parcerias comerciais. Estudos de mercado, organização de missões comerciais, identifica-ção de potenciais parceiros e clientes. Business Area: Orbiz acts as a facilitator, assisting our clients from Brazil and overseas in strategic deci-sions on how to establish and operate in new environments. Provides consulting services and strategic advice in the development of international business, the establishment of partnerships, and in the planning and implementation of economic development projects.

Brazilian Global Investment: www.gbrinvest.com Address: Av. Roque Petroni Jr, 1089 Cj 213 - Centro Profissional Morumbi Shopping, SP Tel.: +55 (11) 3624-0505 / 3624-0905 Ramo de Atividade: Consultoria, execução e gestão completa de projetos de investimentos produtivos. Consultoria em planejamento tributário, societário e relações governamentais. Business Area: Consultancy, complete range of services related to the execution and management of pro-ductive investment projects, tax and corporate planning, and government relations.

JFA Consulting Ltda.: www.jfaconsulting.com.br Address: Rua 7 de Setembro, 124 - Centro, Rio de Janeiro Tel.: +55 (21) 3852-7282 Ramo de Atividade: Consultoria na área de comércio internacional para empresas brasileiras e estrangei-ras que querem instalar, desenvolver ou encontrar produtos e serviços no mercado brasileiro. Especializada na área de óleo e gás. Business Area: Consultancy in the area of international trade for Brazilian and foreign companies that want to install, develop or find products and services in the local market, specializing in the area of Oil & Gas.

BRASCA LTD: www.brasca.no Address: Rua Odilon Duarte Braga, 82/202 - Recreio dos Bandeirantes - RJ (Project Office Brasil) Área de atuação: Empresa estabelecida na Noruega, especializada em viabilizar negócios e acordos entre empresas da Escandinávia e do Brasil, principalmente na área de óleo e gás. Oferece transferência de tecno-logia, internacionalização da produção, parceiros estratégicos. Business Area: consulting firm aimed at helping companies find new and innovative ways to operate to achieve strategic advantage, assisting Scandinavian companies to expand and grow their businesses towards Brazil and the Mercosur trade block.

Berbat Curio e Oliveira Advogados Associados: www.berbatcurio.com.br Address: Av. Pastor Martin Luther King Jr., 126, Bloco 2.000 Sala 1.015 - Del Castilho, Rio de Janeiro Tels.: +55 (21) 2439-0558 / 7012 Ramo de Atividade: Assessoria tributária especializada em benefícios fiscais estaduais e federais. Business Area: Specialized tax advisor related to state and federal benefits.

MGB Consultoria Empresarial: www.mgbconsultoria.com Address: Av. Luis Carlos Prestes, 180 - 3º andar - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro Tel.: +55 (21) 2112-4999 Ramo de Atividade: Desenvolvimento e aplicação de simulações empresariais, “business games” e vivên-cias estruturadas ao ar livre combinando competências de treinamento em gestão de negócios, gestão de processos - operacionais e de suporte – e comportamento gerencial. Business Area: Development and application of business simulations and structured outdoor experiences combining skills in business management, process management - operational and support – and managerial behavior.

ConsultoriasAssociações, Federações e Setor Público Consultancy Firms Associations, Federations and the Public Sector

Serviços de referência para o investidor Reference of services for investors

Economia Rio - março 2015

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Bilateral Chambers of Commerce in RioCâmaras de Comércio Bilaterais no Rio

Federação das Câmaras de Comércio Exterior Foreign Trade Chambers Federation - www.fcce.org.br Address: Av. General Justo, 307, 6º andar - Centro, Rio de Janeiro Tel.: +55 (21) 3804-9289

Secretaria Geral das Câmaras de Comércio Exterior (ACRJ) Secretariat of the Foreign Trade Chambers - www.acrj.org.br/camaras Address: Rua da Candelária, 9º, 11º e 12º andares - Centro, Rio de Janeiro Tel.: +55 (21) 2514-1229

Câmara Brasil-Alemanha German Chamber of Commerce - www.ahkbrasilien.com.brAddress: Av. Graça Aranha, 1 - Centro, Rio de JaneiroTel.: +55 (21) 2224-2123

Câmara de Comércio AmericanaUS Chamber of Commerce - www.amchamrio.com.brAddress: Praça Pio X, 15 / 5º andar - Centro, Rio de JaneiroTel.: +55 (21) 3213-9200

Câmara de Comércio e Indústria Brasil-ChinaChina-Brazil Chamber of Commerce - www.ccibc.com.brAddress: Rua Senador Dantas, 71 - 12° andar - Centro, Rio de JaneiroTels.: +55 (21) 2532-5877 / 2240-8648

Câmara de Comércio Noruega-Brasil Norwegian-Brazilian Chamber of Commerce (NBCC) - www.nbcc.com.brAddress: Rua Lauro Muller 116 suite 2.405 - Botafogo, Rio de JaneiroTel.: +55 (21) 3544-0047

Câmara Britânica de Comércio e Indústria no BrasilUK Chamber of Commerce and Industry in Brazil - www.britcham.com.brAddress: Av. Graça Aranha, 1 - 6º andar - Centro, Rio de JaneiroTel.: +55 (21) 2262-5926

Câmara de Comércio Suécia-BrasilSweBras Rio Chamber of Commerce - www.webrasrio.com.brAddress: Praia do Flamengo 344, 9° andar - Flamengo, Rio de Janeiro

Câmara de Comércio França-Brasil France-Brazil Chamber of Commerce - www.rio.ccfb.com.br Address: Av. Presidente Antonio Carlos, 58 - Centro, Rio de Janeiro Tel.: +55 (21) 2220-1015

Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria do RJItaly-Brazil Chamber of Commerce and Industry - www.camaraitaliana.com.brAddress: Av. Graça Aranha, 1, 6º andar – Centro, Rio de JaneiroTels.: +55 (21) 2262-9141 / 2262-2996

Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Rio de JaneiroJapan-Brazil Chamber of Commerce and Industry - www.ccijr.org.brAddress: Rua Senador Dantas, 80, Sala 1.401 - Centro, Rio de JaneiroTel.: +55 (21) 2524-7361

Câmara Portuguesa de Comércio e IndústriaPortugal-Brazil Chamber of Commerce and Industry - www.camaraportuguesa-rj.com.brAddress: Av. Graça Aranha, 1 / 6º andar - Centro, Rio de JaneiroTel.: +55 (21) 2533-4189

Câmara de Comércio Brasil-Índia Brazil-India Chamber of Commerce - www.ccbrasilindia.org.brAddress: Rua do Carmo 11, 7º andar - Centro, Rio de JaneiroTel.: +55 (21) 2221-4603

Câmara de Comércio Brasil-HolandaHolland-Brazil Chamber of Commerce - www.hbcc.com.brAddress: Rua da Candelária, 11º andar, sala 1101 - Centro, Rio de JaneiroTel.: +55 (21) 99154-5071

centro de Referências

81março 2015 - Economia Rio

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centro de Referências

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Empresa Olímpica Municipal Municipal Olympic Enterprise www.cidadeolimpica.com/empresaolimpica Address: Rua Ulysses Guimarães 2016 - Cidade Nova - RJ Tel.: + 55 (21) 2016-1930

GE www.ge.com.br Av. das Nações Unidas, 14.171 - Vila Gertrudes - SP Tel.: + 55 (11) 3067-8379

Prefeitura de Maricá www.marica.rj.gov.br Address: Rua Álvares de Castro, nº 346 - Centro - Maricá - RJ Tel.: + 55 (21) 3731-1196 | 2637-1925

Prefeitura de Macaé www.macae.rj.gov.br Address: Av. Presidente Sodré, 534 - Centro - RJ Tel.: + 55 (22) 2791-9008

UniLasalle-RJ www.unilasalle.edu.br/rj Address: Rua Gastão Gonçalves, 79 - Pé Pequeno - Niterói - RJ Tel.: + 55 (21) 2199-6600

Instituto Gênesis - Incubadora de Empresas PUC-Rio www.genesis.puc-rio.br Address: Rua Marquês de São Vicente 255 - Edifício Dom Jaime de Barros Câmara - Gávea - RJ Tel.: + 55 (21) 3527-1371

Consulado Britânico www.gov.uk/government/world/organisations/british-embassy-brazil.pt Address: Praia do Flamengo, 284/2º andar - Flamengo - RJ Tel.: + 55 (21) 2555 9600

Secretaria de Estado de Turismo www.rj.gov.br/web/setur Address: Rua Acre, 30 - Centro - RJ Tel.: + 55 (21) 2334-5646 / 2334-6144

Secretaria de Estado de Educação - SEEDUC www.rj.gov.br/web/seeduc Address: Rua Professor Pereira Reis, 119 - Santo Cristo - RJ Tel.: + 55 (21) 2380-9055

CEMEC www.cemecrj.com Address: Av. Presidente Wilson 118/Sala 508 - Centro - RJ Tel.: + 55 (21) 4503-4311

Cia de Talentos www.ciadetalentos.com.br Address: Avenida das Nações Unidas, 11.541 - 4º andar - Brooklin - SP l Tel.: + 55 (11) 5112-3232

Comitê Rio450 www.rio450anos.com.br Address: Rua São Clemente, 117 A, Botafogo - Rio de Janeiro Tel.: +55 (21) 2245-2026

Instituto dos Arquitetos do Brasil - IAB www.iab.org.br Address: Rua do Pinheiro, 10, Flamengo - Rio de Janeiro Tel.: +55 (21) 2557-4480/4192

Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) www0.rio.rj.gov.br/patrimonio Address: Rua Gago Coutinho, 52, 3º andar, Laranjeiras – Rio de Janeiro Tel.: +55 (21) 2976-6626/6617

Câmara Metropolitana de Integração Governamental – Secretaria de Estado de Governo do Rio de Janeiro www.rj.gov.br/web/segov Address: Rua Pinheiro Machado, s/nº, 4º andar, Laranjeiras – Rio de Janeiro – RJ Tel.: +55 (21) 2334-3326 / 2334-3562

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) – Ministério dos Transportes www.dnit.gov.br Address: SAN Q.03 Bl. A - Ed.Núcleo dos Transportes - Brasília - DF Tel.: +55 (61) 3315-4000

Secretaria Municipal de Planejamento, Habitação e Urbanismo – Prefeitura Municipal de Duque de Caxias www.duquedecaxias.rj.gov.br Address: Alameda Bartolomeu de Gusmão 85, Jardim Primavera – Duque de Caxias – RJ Tel.: +55 (21) 2773-0120 / 2773-0202

Secretaria Municipal de Urbanismo, Habitação e Meio Ambiente – Prefeitura Municipal de Nova Iguaçu www.novaiguacu.rj.gov.br Address: Rua Athaíde Pimenta de Moraes, 528, Centro – Nova Iguaçu – RJ Tel.: +55 (21) 2668-6976 / 3770-6080

Secretaria Municipal de Planejamento e Captação de Recursos – Prefeitura Municipal de Itaguaí www.itaguai.rj.gov.br Address: Rua General Bocaiúva, 636, Centro - Itaguaí - RJ Tel.: +55 (21) 2688-1165 Ramal 233

Concessionária Rio-Teresópolis S/A (CRT) www.crt.com.br Address: Praça Eng. Pierre Berman, Bongaba - Magé - RJ Tel.: +55 (21) 2777-8300

Porto de Itaguaí/Companhia Docas do Rio de Janeiro www.portosrio.gov.br/itaguai/ Address: Estrada Prefeito Wilson Pedro Francisco, S/N – Itaguaí, RJ Tel.: +55 (21) 3781-1940

Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro – CDURP www.portomaravilha.com.br Address: Rua Sacadura Cabral, 133 – Saúde – Rio de Janeiro Tel.: +55 (21) 2153-1400

Instituto Light www.light.com.br Address: Av. Marechal Floriano, 168 - Bloco 1, 2º andar, Corredor D - Centro - Rio de Janeiro Tel.: +55 (21) 2211-2910

Brazil Business Hub www.brazilbusinesshub.com Address: GTMA Manufacturing Resource Centre Springfield Business Park, Adams Way, Alcester, Warwickshire B49 6PU United Kingdom Tel.: +44 0 121 392 8996

Jaguar Land Rover www.jaguarlandrover.com.br Address: Av.Ibirapuera 2332, Torre I, 10º andar -Cj 101/102 Moema - 04028-002 - São Paulo - SP-Brasil

BG Brasil www.bg-group.com/brasil Address: Av. República do Chile, 330, 25º andar, Torre Oeste, Centro - Rio de Janeiro Tel.: + 55 (21) 2134-8463

Tishman Speyer Properties br.tishmanspeyer.com Address: Av. das Nações Unidas, 12.901 - Torre Norte, 34° andar - São Paulo Tel.: +55 (11) 2182-9595

JLL www.jll.com.br/brazil/pt-br/ Address: Av. Presidente Wilson, 113, 10º andar, Centro - Rio de Janeiro Tel.: +55 (21) 2277-2700

Secovi Rio www.secovirio.com.br Address: Av. Almirante Barroso, 52 - 9º Andar, Centro - Rio de Janeiro Tel.: +55 (21) 2272-8000

GLP - Global Logistic Properties www.glprop.com.br Address: Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 510 - 6º Andar -São Paulo, SP Tel.: +55 (11) 3500-3700

EY www.ey.com.br Address: Praia de Botafogo, 370, 9° andar - Botafogo, Rio de Janeiro Tel.: +55 (21) 3263-7462

IBP www.ibp.org.br Address: Av. Almirante Barroso, 52 - 26° Andar - Centro – Rio de Janeiro Tel.: +55 (21) 2112-9000

Axis Biotec www.axisbiotec.com.br Address: Av. Carlos Chagas Filho, 791, Cidade Universitária - Ilha do Fundão - Rio de Janeiro Tel.: +55 (21) 3035-695

B2W Companhia Digital www.b2wdigital.com Address: Rua Coelho e Castro, 60 - Parte - Saúde - Rio de Janeiro Tel: +55 (21) 2206-6000

Fontes CitadasSources Cited

Economia Rio - março 2015

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