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Revista do de Missões

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Revista do

de Missões

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Conheça nossas metas e alvo financeiro para 2018 e envolva-se com Missões Mundiais a fim de que, juntos, sigamos mostrando às nações que Cristo é o CAMINHO, a VERDADE e a VIDA.

Plantação de igrejas e batismos para a expansão do Reino

Investimento no envio e tradução de bíblias para discipulado e ensino da Palavra

Formação teológica para novos líderes

Transformação de grupos e pessoas desfavorecidas através de ações de desenvolvimento comunitário

Compartilhamento do DNA na formação de agências missionárias nos campos

Apoio à igreja sofredora em países com alta perseguição religiosa

Alvo financeiro de R$ 17 milhões para a oferta do Dia Especial

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EU SOU, ESPERANÇA ÀS NAÇÕES

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai

senão por mim.”JOÃO 14.6

Q uando Moisés foi chamado por Deus para libertar o povo de Israel do Egito, Deus lhe disse: Diga que o Eu Sou te enviou. Deus estava dando continuidade

ao seu projeto de fazer com que Israel fosse bênção a todas as nações. Por isso, Ele dizia: Eu sou o eterno, o único Deus Todo Poderoso. Foi seguindo essa orientação que Moisés fez a obra libertadora.

Jesus veio ao mundo e disse várias vezes a expressão Eu Sou. Ele a utilizou para falar daquilo que Ele faz, daquilo tam-bém que Ele pretendia fazer com as pessoas. Em todas elas, está a ideia da libertação. Nós condensamos essa ideia em nossa divisa para este ano: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim".

O mundo precisa conhecer o verdadeiro Eu Sou e entender que há esperança em Jesus. Cristo se apresentou às pessoas como resposta de Deus à humanidade. Ele é a Esperança. Por isso nós dizemos: Eu sou esperança às nações. Você que tem Jesus se tornou esperança às nações quando encontrou Cristo e decidiu segui-lo. Você pode dizer que é esperança às nações quando ora, quando contribui, quando mobiliza.

Quando você vai ao campo em uma viagem missio-nária, numa caravana voluntária, num projeto de socorro humanitário de Missões Mundiais, você é a esperança. Você pode dizer: Eu sou esperança às nações porque estou aqui, representando Aquele que é a verdadeira esperança.

Pr. João Marcos Barreto Soares Diretor executivo de Missões Mundiais

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E x p e d i e n t e

Diretor Executivo Pr. João Marcos B. Soares

Gerente de Comunicação e Marketing Danielle Lira

Jornalista Responsável Marcia Pinheiro (22582/DRT/RJ)

Redação e Revisão Marcia Pinheiro (22582/DRT/RJ)

Willy Rangel (31803/DRT/RJ)

Planejamento de Marketing Juliana Gonçalves

Tiragem 11.500 exemplares

Circulação Nacional

Impressão Gráfica Stamppa

Contato Rua José Higino, 416 - Prédio 21 - Tijuca

Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20510-412 Tel: 21 2122-1900 / Fax: 21 2122-1944

E-mail: [email protected]: www.missoesmundiais.com.br

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REVISTA DO PROMOTOR DE MISSÕES CAMPANHA EU SOU,

ESPERANÇA ÀS NAÇÕES

Esta revista integra o material da Campanha Anual de 2018 publicado pela Junta de Missões Mundiais

da Convenção Batista Brasileira

Copyright © 2018 da Junta de Missões Mundiais.

Todos os direitos reservados. Proibida a venda.

Central de Atendimento

0800 709 1900(demais localidades)

(dias úteis, 8h às 19h)

(21) 98216-7960(21) 98055-1818

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(21) 2122-1901 (21) 2730-6800

(cidades com DDD 21)

sumárioPalavra do executivo

Missões Mundiais em resultados

Você é muito importante para nós

Pessoas que se doam

Caminho, verdade e vida

Luz no campo de refugiados

Somos um. Somos nazarenos

Glossário missionário

Estudos para Pequenos Grupos

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MISSÕES MUNDIAIS em resultados

4 REVISTA DO PROMOTOR

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5MISSÕES MUNDIAIS 2018

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VOCÊ É MUITO

PARA NÓS

Dividimos com você a responsabilidadae de levar às igrejas a campanha “EU SOU, esperança às nações”.

6 REVISTA DO PROMOTOR

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N este caminho que percorre-mos para levar a verdade e a vida ao mundo, ter a sua

companhia, promotor, é essencial ao sucesso pleno da nossa missão: al-cançar o mundo para Cristo. Dividi-mos como você a responsabilidade de levar às igrejas a campanha “EU SOU, esperança às nações”.

Portanto, familiarize-se com to-do o material de Missões Mundiais que chegou às suas mãos e conver-se com o pastor de sua igreja sobre qual a melhor forma de conectá-la aos nossos campos. Mas acima de tudo, desejamos que a sua fé e a sua força sejam renovadas a cada dia.

Quando Neemias escreveu “A ale-gria do Senhor é a sua força” (Nee-mias 8.10), o povo de Deus estava re-construindo Jerusalém após voltar de 70 anos de cativeiro na Babilônia.

Eles eram ameaçados todos os dias por nações inimigas. Do mes-mo modo, há notícias ruins hoje. Mas  também temos bons motivos para nos alegrar. Notícias  que moti-vam a nossa caminhada rumo aos povos não alcançados.

1. Vivemos um grande crescimento do número de plantação de igrejas.

O especialista em igrejas Ed Stet-zer diz que elas estão sendo planta-das atualmente nos Estados Unidos mais rapidamente que as velhas es-tão morrendo. As pesquisas mos-tram que cerca de 80% das pesso-as que entram para as novas igre-jas não vêm de outras. Isso é verda-de em diversas nações também. Sig-nifica que mais pessoas estão sendo alcançadas pelo Evangelho.

Marcia Pinheiro Jornalista

2. A América Latina experimenta um despertamento em todos os segmentos.

A mudança política na Venezuela é mais uma indicação de que os go-vernos considerados ditatoriais es-tão perdendo poder. Movimentos si-milares contra a corrupção ocorrem na Argentina, no Brasil e em outros países em um momento em que as igrejas evangélicas crescem em um nível sem precedentes.

3. A Bíblia ainda é o livro mais popular de todos os tempos.

Ela também é o livro mais vendi-do e mais distribuído. Cerca de 4 bi-lhões de exemplares foram impres-sos e vendidos em todo o mundo nas últimas cinco décadas.

Não permita que más notícias roubem o seu amor por missões. Ali-mente o seu corpo espiritual todos os dias e motive outras pessoas a fa-zerem o mesmo. Somente fortaleci-dos no grande EU SOU somos capa-zes de cumprir os propósitos que Ele tem para a nossa vida.

Firmes em Cristo, podemos ficar informados e envolvidos com a cul-tura que nos cerca para podermos responder aos questionamentos do mundo que anseia por salvação. Pre-cisamos ter em mente que Jesus dis-se: “Edificarei a minha igreja; e as por-tas do inferno não prevalecerão con-tra ela” (Mateus 16.18).

Edifique sua igreja envolvendo-a com ações que promovem a volta de Cristo.

7MISSÕES MUNDIAIS 2018

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Igrejas apaixonadas por missões usam de

todo o seu amor, criatividade e dedicação

para envolver outras pessoas com a nossa

causa: anunciar o Grande Eu Sou ao mundo.

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Caminho da vitória“Deus já tem abençoado bastante nossa campanha. Todo ano, na época do aniver-sário do nosso município, 15 de março, é realizada uma gincana esportiva. Em 2017, nossa igreja participou pela primeira vez com uma equipe de jovens e adoles-centes. Ao todo, foram 15 equipes, e ape-sar de alguns não acreditarem em nós, graças a Deus ficamos em segundo lugar. E a bênção vem agora: a equipe já tinha entrado na gincana pensando que, se ven-cesse, iria doar o valor para missões. E pa-ra a glória de Deus eles venceram.”

Ítalo Sérgio SouzaTIB Conceição de Macabu/RJ

Criatividade missionária“Todos os anos realizamos a campanha de Missões Mundiais. Buscamos a cada ano formas diferenciadas para arrecadar nossa oferta especial. Em 2017, foi com muita alegria que realizamos a Feira das Nações, com a participação efetiva de to-das as classes da Escola Bíblica Domini-cal. Compartilho com os irmãos para que saibam que existe um povo no entorno de Brasília que está vivo e anunciando a vol-ta de Cristo.”

Élida Lucio de SouzaPIB Valparaíso de Goiás/GO

Vida para os refugiadosAs Mensageiras do Rei da nossa igreja mobilizaram os membros em prol da crise humanitária que atin-ge 65 milhões de pessoas no mundo. Elas organi-zaram o Culto dos Refu-giados. O objetivo foi pro-mover missões, ou seja, como diz o quinto ideal da organização: ‘Aceitarei a responsabilidade da Gran-de Comissão’. E  o mais importante foi mostrar como a igreja pode ajudar com orações, testemunho e boa recepção em apre-sentar o único e verdadei-ro refúgio que eles podem encontrar, o Senhor Jesus Cristo. A oferta levantada nas bancadas dos países foi integralmente para Mis-sões  Mundiais.

Camila dos Santos PereiraIB Braz Cubas, Mogi das Cruzes/SP

Bonecas missionárias“Minha mãe, Camila Ferreira de Farias, tem 87 anos, ama missões e é adotante desde os anos 1990. Na época, ela fazia o envio da oferta através do valor que meu pai lhe dava. Em 2007, quando meu pai fi-cou doente, ela ficou muito abatida e tris-te, e para mantê-la ocupada, a psicóloga e a médica recomendaram que ela tivesse uma distração. Ela sempre gostou muito de trabalhos manuais e fazia bonecas pa-ra presentear netas e amigas, daí resolveu fazê-las para vender e direcionar parte do dinheiro para acrescentar à oferta de mis-sões. Em 2017, Deus convocou meu pai às mansões celestiais, com quem ela foi casada durante quase 70 anos.

Ao se perceber cheia de encomendas, minha mãe tomou uma decisão que nos surpreendeu: embora seja pensionista, ela passou a sustentar as doações para o Programa de Adoção Missionária (PAM) com a venda das bonecas. É difícil enu-merar quantas bonecas ela já fez, mas ela separa o dinheiro da oferta, retira o dízimo, e o restante é entregue para o programa de missões da igreja local. As encomen-das nunca faltam. Sempre que ela oferece a boneca para alguém, vai logo explicando que elas ajudam a sustentar ‘missionários no estrangeiro’. Minha mãe leva de oito a dez dias para finalizar cada boneca que, como ela sempre diz, ‘tem que ser perfei-ta, porque elas são missionárias’.”

Francisca Antônia Ferreira FariasSIB São Luís/MA

9MISSÕES MUNDIAIS 2018

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Direto do campo, missionários trazem relatos de como o Grande Eu Sou age abrindo caminho para a sua Verdade transformar vidas.

CAMINHO, VERDADE E VIDA

Ferida curada

C onheci a história de uma mulher que foi abusada pelo próprio pai quando ela tinha quatro anos de idade. Ao completar sete anos, esse mesmo pai

a vendeu por uma garrafa de bebida alcoólica, e a menina viveu em um prostíbulo até a adolescência, quando ficou grávida e tiraram-lhe o bebê.

Quando ela pensou que estava saindo dessa situação de escravidão, começou a namorar um homem que achava que era bom, mas acabou levando-a para outro país para continuar sendo explorada. Hoje ela está recuperada.

Como falar para uma vítima ou alguém próximo a ela que Deus pode mudar aquela situação? Não é necessário muito, simplesmente a mensagem da Palavra, crendo que é suficiente a fim de que essas pessoas entendam que precisam de Jesus. O sangue de Jesus é suficientemente bom para curar qualquer ferida.

Luiza RossiFrente de Combate ao Tráfico Humano

Caminho que transforma

M anico é uma criança de 4 anos que chegou ao PEPE em Moçambique. Tem origem humilde, e os pais trabalham na informalidade para so-

breviver. Ele tem uma irmã dois anos mais velha, a quem os pais incumbiam de cuidar de Manico quando eles iam trabalhar. Mas ela não conseguia fazer isso direito, pois ainda era muito novinha.

Um dia, Manico dormia enquanto a irmã preparava algo para ele comer, mas ela não conseguia despertá-lo. Até que encontrou uma solução desagradável para acor-dá-lo: abriu a chaminé de casa, derramou óleo em cima da criança e ateou fogo. Manico teve queimaduras que o fizeram perder os dedinhos da mão esquerda.

Quando Manico chegou ao PEPE, ele não tinha mar-cas no corpo, mas na mente e no coração. Para nós do PEPE, foi muito difícil trabalhar com esta criança porque ele não aceitava um abraço ou que conversassem com ele, pois sentia que era rejeitado pela família e que assim deveria ser com a sociedade. E os pais não o levam diaria-mente ao PEPE, vamos buscá-lo em casa.

Em várias províncias de Moçambique há meninos que passaram por situação de falta de cuidado dos pais, e hoje somos a bênção que Deus dá a essas famílias. Que-remos ser a voz da esperança através da qual o Senhor quer dar vida a essas crianças e seus lares.

Cremos que Jesus transformará a vida de Manico e outras crianças.

David Fernando Panganhecoordenador do PEPE em Moçambique

O caminho de uma igreja na Itália

C hegamos a Vigevano, no norte da Itália, em no-vembro de 2015, nove meses depois que a mis-são havia sido iniciada por outro casal de missio-

nários, Manoel e Raquel Florêncio.A nossa missão principal era solidificar o trabalho

com o fim de plantar a igreja naquela cidade. Por  isso, no primeiro ano focamos o nosso ministério no fortaleci-mento dos crentes que começaram a missão, enfatizan-do o compromisso com o Reino e mostrando-lhes que é possível crescer e multiplicar. Depois, começamos a dar passos mais largos, enfatizando o crescimento e a multi-plicação como sendo resultados naturais de uma igreja que caminha na dependência de Deus.O caminho percorrido durante a plantação da igreja em Vigevano até aqui não tem sido fácil, pois são muitas as barreiras que enfrentamos no dia a dia. Mas nada disso desanima os cerca de 20 irmãos que hoje sempre dizem com alegria: "Somos uma igreja em Vigevano". Um tes-temunho que mostra como Deus está agindo em nós e através de nós para que possamos mostrar aos italianos que Jesus é o caminho, a verdade e a vida.

Luiz Cláudio e Denise Martelettomissionários na Itália

10 REVISTA DO PROMOTOR

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Ela começou a dizer que se

sentia muito oprimida,

‘possuída por espíritos malignos’.

Comecei então a falar sobre

verdades bíblicas com ela.”

Pare e viva!

L uis tem 58 anos de idade, dos quais 34 passou morando nas ruas, inge-riu muito álcool e se envolveu com outras drogas. A mãe dele, hoje com mais de 80 anos, orou todos os dias em que o filho passou fora de casa,

longe da família e de Deus. Cada vez que Luis passava em casa era para roubar e comprar mais drogas. Essa vida o colocava cada vez mais em um abismo que o afastava do Senhor. Até que um dia ele quase morreu.

O próprio Luis conta que estava na rua e começaram a bater nele, jogaram gasolina e atearam fogo. Ele viu o fogo vindo e não se lembra ou entende como não se queimou. Isso ficou em sua mente e coração.

Certa vez, um amigo de Luis, que já passou pelo Programa de Ajuda, Reabilitação e Esperança (PARE) e que se chama William, falou com ele sobre esse projeto. William levou o Luís até o PARE, e logo Luís começou a frequentar a pré-internação e os cultos. Finalmente ele foi internado e começou o processo de deixar as drogas, deixar o álcool.

Eu me lembro como se fosse hoje de um dia que Luís fez um exame de sangue para ver como estava o nível de álcool. Ele voltou, olhou para mim com um sorriso enorme e disse: “Este é o meu exame”. Estava lá: “Álcool: zero”. Depois de mais de 30 anos to-mando álcool, essa foi a vitória do Luís. O Senhor transformou a vida dele, que hoje é um homem de Deus preparando para voltar para casa, conseguir um trabalho, ser reabilitado.

Carmen Lígiamissionária na Colômbia

Verdade que liberta da opressão

P roduzir um programa de televisão, como o seriado Caminho de  Volta em Guiné-Bissau, demanda muito tempo e trabalho. Já fiquei 72 horas sem dormir para entregar episódios que iriam ao ar nos dias seguintes.

E por causa disso, várias vezes não conseguia interagir com as pessoas que mandavam mensagens pela internet.

Um dia, eu estava tão atarefada com um prazo muito apertado, e uma menina começou a mandar mensagem desde cedo – eu não a co-nheço –, mas o trabalho não permitia responder naquela hora. À noite, vi o celular e havia muitas mensagens dela, e mesmo ainda trabalhando, pa-rei para responder.

Ela escreveu: “Estou precisando da sua ajuda. Quero um conse-lho”. Parecia desesperada. Aí eu pensei: “Deve ser de alguma igreja, sabe que sou missionária e me pede ajuda”. Foi então que respondi: “Tudo bem, você é de que igreja?”. Ela disse: “Não, sou muçulmana”. Na mesma hora, parei tudo e foquei no problema dela.

Ela começou a dizer que se sentia muito oprimida, “possuída por espíritos malignos”. Comecei então a falar sobre verdades bíbli-cas com ela, sobre o poder de ser feito filho de Deus, crer em Jesus com o coração. Viramos a noite, ensinei a fazer a oração de entrega, e foi uma batalha espiritual tão grande que ficou tão intensa e senti meu corpo cansa-do a ponto de eu apagar na minha cama.

Quando acordei, havia uma mensagem dela: “Serei eternamente grata a você. Se alguma coisa me atormenta, eu digo para sair em nome de Jesus”.

Renata Santosmissionária em Guiné-Bissau

11MISSÕES MUNDIAIS 2018

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ENVIADOS PELO

Recebemos diariamente dos campos missionários histórias que nos mostram que vale a pena investir em missões. Elas nos motivam a querer ir além, vivendo os sonhos de Deus para alcançar as nações.

Transformado pelo amor e pela Palavra

J uan Manuel é filho de mãe solteira, criado sem con-trole, pois ela sai para trabalhar de madrugada e só volta à noitinha. Eles moram em uma região de ex-

trema pobreza no Paraguai. Sem saber o que fazer para controlar o jeito agressivo de Juan, de apenas 5  anos, a mãe decidiu matriculá-lo no PEPE.

Tímido, inseguro e agitado. Assim era Juan quando chegou ao PEPE. Parecia um animal selvagem. Somente após muita insistência das missionárias-educadoras, ele entrou para a sala. Estava sempre carrancudo, fechado… Juan não aceitava receber abraços. Mas nossas missio-nárias-educadoras não desistiram dele. Faziam todas as tentativas possíveis de demonstração de carinho.

Certo dia, ao ouvir a história bíblica de Daniel, os olhos de Juan se arregalaram, e ele foi correndo falar com a missionária: “Professora, já sei! Se Deus mandou anjos para cuidar de Daniel, ele pode também enviar anjos gran-des e fortes para não deixar que o meu tio chegue perto de mim”.

Após esse dia, a coordenação do PEPE descobriu a raiz de toda a agressividade de Juan. Fazia dois anos que o menino era abusado por um tio.

No PEPE, ele recebeu cuidado, amor e proteção. E en-controu no Senhor, o pai que nunca teve.

Hoje, Juan Manuel tem 14 anos, traz sempre um gran-de sorriso no rosto, é membro da igreja, estuda meio perío-do, e auxilia em uma unidade do PEPE no Paraguai. A mãe de Juan também já teve um encontro com o Senhor.

12 REVISTA DO PROMOTOR

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Dependente da verdade

O cigarro é responsável por uma em cada 10 mortes no mundo, segundo a Organi-zação Mundial de Saúde. Contra este mal

que escraviza vidas em todas as partes do mundo, a Palavra de Deus também é viva e eficaz.

Nossa missionária Sônia Tomaz teve a grata surpresa de receber das mãos de uma senhora vá-rios pacotes de cigarro. A mulher estava decidida a assumir um compromisso verdadeiro com Je-sus e foi movida pelo Espírito Santo a abandonar o fumo, além de outras práticas que não agradavam ao Senhor.

A missionária conta que Dominique a procurou para dizer que um milagre aconteceu em sua vida e não sente mais o desejo de fumar. Ela chegou à Igreja Batista de Morlaix, na região da Bretanha, há mais de um ano e era muito viciada no cigarro. Mal terminava o culto e ela já estava do lado de fora fu-mando. Nossos missionários oraram sem cessar para que ela abandonasse este vício. E finalmente Dominique decidiu entregar os pacotes de cigarro que ainda tinha em casa.

Aposentada, Dominique é considerada por todos os amigos como uma pessoa muito culta. Ela trabalhou no Museu d’Orsay, em Paris, como tradutora. Estudou vários idiomas, inclusive o por-tuguês, na Universidade de Sorbonne, uma das mais conceituadas do mundo, que também fica na capital francesa.

A caminhada de Dominique com Cristo come-çou quando ela soube da presença de nossos mis-sionários na igreja em Morlaix. Ela decidiu partici-par de estudos bíblicos e reuniões de oração na casa de Gerson e Sônia Tomaz.

Logo após largar o vício, Dominique manifestou o desejo de ser batizada.

Cada conversão que ocorre na França é uma grande conquista. Por toda sua história ligada ao Iluminismo e cercada de grandes filósofos, a Fran-ça é considerada como um país que valoriza a ra-zão e sua visão de Deus é completamente religio-sa, ou seja, ir à igreja é apenas um hábito, assim como se fosse um clube, uma forma de socializa-ção. Dominique poderia continuar como a maioria, vivendo o intenso secularismo europeu e acredi-tando que Deus não passa de uma lenda. Mas por-que há pessoas que ofertam e oram por nossos missionários, esta aposentada pôde finalmente ter um encontro com a verdade que liberta.

Marcia Pinheiro Jornalista

Conheça outras histórias de vida, acesse missoesmundiais.com.br/campanha e invista em Missões Mundiais.

Coragem para testemunhar

N o Sul da Ásia, num país onde prevalece o hinduísmo, um pastor plantou uma igreja e já contava com oito mem-bros. Seu trabalho de evangelização começou logo de-

pois que aceitou a Cristo como Salvador. As pessoas começa-ram a ver naquele homem não o que ele falava, mas como ele agia. Uma grande força atraía as pessoas até ele, era o amor de Jesus em sua vida.

Muitas pessoas se achegavam a esse pastor dizendo: “Eu quero conhecer o seu Deus. Ele é um Deus verdadeiro”.

Mas num determinado dia, esse irmão recebeu a visita de 60 homens em sua casa. Eles o levaram para uma praça públi-ca, rasparam metade do seu cabelo e começaram a espancá-lo. Nosso amigo pastor foi colocado em cima de um jumento e hu-milhado. Naquele momento, ele só se lembrava de quando Je-sus foi levado para a morte em cima de um jumento.

Ele foi duramente açoitado e, ao ver a cena, a polícia não fez nenhum tipo de investigação; simplesmente o levaram para a prisão. Na cadeia, ele não conseguia comer; estava preocu-pado com seus quatro filhos principalmente com as duas me-ninas, porque no Sul da Ásia as mulheres são exploradas em situações de prostituição.

Tempos depois, o pastor foi solto. Seu caso foi parar na te-levisão, e jornais e nossos missionários na região o procuraram para oferecer cuidado e ajuda. Foi um encontro de oração e para conversar. A dor maior daquele homem era não poder falar de Jesus ao seu povo. Com tantas necessidades físicas e financei-ras para se recuperar de tamanho trauma e fazer sua igreja cres-cer, aquele homem fez um único pedido aos nossos missioná-rios: “Peça ao seu povo que ore por mim e minha família”. Ele queria aumentar a sua fé, a sua coragem e voltar para a sua vila para continuar anunciando-lhe o caminho, a verdade e a vida.

Nosso missionário Fabio Costa confessa que se sentiu en-vergonhado, pois estava ali disposto a ajudar financeiramente. E  aquele pastor, ao se despedir do Pr. Fabio, segurou-lhe pelo braço e disse: “Diga à igreja brasileira que a minha igreja, mesmo debaixo dessa perseguição toda, vai orar por ela, para que des-perte e tenha coragem para testemunhar onde está, porque no Brasil não há perseguição”.

13MISSÕES MUNDIAIS 2018

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LUZ NO CAMPO DE

REFUGIADOSAo final de 2016, havia cerca de 65,6 milhões de pessoas forçadas a deixar seus locais de origem por diferentes tipos de conflitos, segundo a ONU.

14 REVISTA DO PROMOTOR

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H á quatro anos, Missões Mundiais mantém uma missionária em um país do Oriente Médio para atuar

com refugiados de guerra e realocados. As ações desenvolvidas se concentram em quatro etnias: os curdos, os yazidis, os kakais e shabaks, formados por quatro tri-bos curdas de regiões e religiões diferentes. Os curdos, os kakais e os shabaks são mu-çulmanos, e os yazidis são da religião de mesmo nome. Neste contexto, o foco são crianças e mulheres.

“Hoje os órfãos não são apenas as crian-ças que perderam seus pais, mas também as mulheres que perderam seus maridos. Como nunca puderam trabalhar, muitas hoje se encontram sem uma direção, não sabem o que fazer para sobreviver”, diz a missionária Haná Santiago.

Ela explica que, no Oriente Médio, as mulheres não têm a mesma liberdade para trabalhar que têm as mulheres do Ocidente.

Lá, trabalhamos com mulheres que fo-ram resgatadas do Estado Islâmico. Elas recebem tratamento psicológico durante 10  dias. Neste período, expõem seus trau-mas e chegam a revelar histórias fortíssi-mas de quando estiveram sob o poder de fundamentalistas islâmicos.

“Temos uma jovem de 23 anos que viu seu filho de 2 anos ser morto por um sol-dado islâmico. Não sabemos ainda o que Deus irá fazer, mas entendemos que o Se-nhor tem um propósito para a vida dessas mulheres e por isso elas chegaram até a nós”, conta Haná.

A missionária relata que os yazidis são o povo que mais sofreu com a invasão do Es-tado Islâmico. Por serem conhecidos como adoradores do diabo, isso acaba fazendo deles o foco da destruição. Por conta deste misticismo, eles são hoje o povo mais per-seguido do Oriente Médio. E Deus tem nos apresentado os refugiados yazidis para se-rem cuidados e possam conhecer o verda-deiro caminho, verdade e luz.

Durante uma das visitas de voluntários da área de saúde que foram ao Oriente Mé-dio apoiar nossas ações, mais de mil refu-

giados receberam atendimento. Ao  final, o grupo conheceu uma jovem yazidi que chegou ao campo juntamente com o filho, ambos bem doentes. A mãe dela havia sido brutalmente morta por soldados islâmicos e, por conta disso, aquela moça estava com sérios problemas psicológicos e de saúde.

“Como falar de esperança para uma pessoa que perdeu a mãe de forma tão trágica? A única coisa que eu podia fazer naquele momento era abraçá-la”, confes-sa a missionária.

Haná também pediu a Deus para que Ele mostrasse àquela jovem o verdadeiro amor. Missionária, médica e tradutora choraram juntas. Então a jovem foi embora e, durante 15 dias, Haná orou por ela até que decidiu visitá-la e ver se precisava de algo. Quando chegou ao acampamento de refugiados, imediatamente foi reconhecida pela jovem, que correu em sua direção para abraçá-la e beijar suas mãos. Ao fim da visita, o tradu-tor perguntou o que Haná havia feito por ela, pois nunca tinha visto uma yazidi tratar uma pessoa branca com tanto amor. E a missio-nária disse que simplesmente havia orado e abraçado ela. O tradutor insistiu em dizer que Haná deveria ter feito algo grandioso pela yazidi. E Haná disse: "Não fiz nada. Mas o meu Deus fez".

Hoje, a maior necessidade nos campos de refugiados onde Missões Mundiais atua é por voluntários, principalmente da área da saúde. E com o projeto Tenda de Brin-car, educadores também são bem-vindos. O  nosso trabalho para o Reino de Deus é orar, ofertar, mobilizar e ir.

“...trabalhamos com mulheres que foram resgatadas do Estado Islâmico. Elas recebem tratamento psicológicodurante 10 dias.”

Marcia Pinheiro Jornalista

15MISSÕES MUNDIAIS 2018

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“D esde que iniciamos nossa par- ceria com a igreja de um dos pa-íses do Oriente Médio mais fe-

chados ao Evangelho no mundo, tenho sido profundamente impactado com o testemu-nho desses queridos irmãos. Sempre que os encontro, retorno quebrantado e com um sentimento de que estou fazendo tão pouco, de que minha vida como discípulo de Jesus ainda precisa ganhar mais significado.

Não é sentimento de culpa, é consciência daquilo que autor aos Hebreus escreveu: ‘Na luta contra o pecado, vocês (eu) ainda não re-sistiram (resisti) até o ponto de derramar o próprio sangue’ (Hebreus 12.4).

Em todos os testemunhos compartilha-dos até hoje, só ouvi um que disse que nun-ca foi preso; todos já tiveram a experiência de passar pela prisão ou sofrer algum tipo de tortura por parte da polícia.”

Pr. Jessé Carvalho,

coordenador dos missionários de Missões Mundiais no Oriente Médio e Norte da África

16 REVISTA DO PROMOTOR

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J essé e outros missionários de Missões Mun-diais que atuam em contexto de perseguição religiosa têm visitado igrejas no Brasil para

compartilhar as dores e conquistas de pessoas que abrem mão da própria segurança porque sabem que o que as espera é muito maior do que qualquer ameaça. A este movimento em favor da igreja so-fredora demos o nome de NUN – Somos um. So-mos Nazarenos. Trata-se de uma campanha para que você se sinta ainda mais encorajado a orar por esses irmãos e irmãs que fazem parte da igreja so-fredora, mas não desamparada.

Há quase cinco mil anos, Deus marcou as casas dos hebreus com sangue para protegê-los contra a praga que fez cair sobre o Egito. Hoje, o grupo terrorista denominado Estado Islâmico tem mar-cado as casas de cristãos do norte do Iraque com a letra árabe NUN (que corresponde a nossa letra N), a primeira da palavra “nazareno”, como aviso de que eles devem escolher entre a conversão forçada ao islamismo, a fuga para outro país ou a morte. Moradores de casas marcadas com o NUN estão sujeitos à violência sexual, discriminação, roubos e outros tipos de abusos. Uma atitude semelhante à da Alemanha nazista, que marcava as casas dos judeus com a estrela de Davi.

Comovidas com esta situação, pessoas de todo o mundo têm assumido o compromisso de orar por aqueles que sofrem na própria carne o preço de ser um cristão. Elas decidiram assumir publicamen-te que também são NUN. São nazarenos, assim como seus irmãos da igreja sofredora.

Apesar de toda esta mobilização, a imprensa mundial mostra que o número de cristãos no Ira-que caiu de cerca de um milhão para quase zero. A maioria teria fugido para países vizinhos, mas al-guns milhares já teriam sido massacrados em suas próprias cidades, tanto no Iraque quanto na Síria.

No entanto, a igreja sofredora de outras par-tes da Ásia tem dado sinais satisfatórios de cres-cimento, sendo fortalecida por trabalhos de dis-tribuição de bíblias, formação de líderes cristãos, entre outros.

Missões Mundiais atua para levar às igrejas bra-sileiras o entendimento de que nós somos livres para clamar pela igreja sofredora. Para  mostrar ao mundo que “SOMOS UM. SOMOS NAZARE-NOS”. Mas por que “igreja sofredora” e não “igreja perseguida”?

Para o Pr. João Marcos Barreto Soares, dire-tor executivo de Missões Mundiais, a explicação é clara e cita alguns exemplos: “A igreja iraniana, na cidade de Londres, não é perseguida, mas sofre. A igreja dos palestinos na Europa não é perseguida,

mas sofre. E se somos um corpo como a Bíblia nos ensina (não apenas a igreja local, mas como um todo) e se uma parte do corpo sofre e não sentimos dor, é porque o corpo está doente e logo será aco-metido de algo mais grave. Talvez a morte chegue porque seus sensores foram desligados”, declara o Pr. João Marcos.

Missões Mundiais leva às igrejas a chance de fazer algo por estes irmãos que sofrem. Estamos disponibilizando em nossos canais de comunica-ção conteúdos sobre a igreja sofredora como ví-deos, artigos e imagens. O  NUN  também poderá estar em sua igreja. Agende com o nosso setor de Promoção ([email protected]) um congresso NUN – Somos um. Somos Nazarenos.

Nele, além de mais informações que conecta-rão você à igreja sofredora, será possível conhecer histórias de quem realmente tem experiências reais de perseguição religiosa.

Marcia Pinheiro Jornalista

SOMOS UM. SOMOS NAZARENOS

“E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.” ÊXODO 12.13

17MISSÕES MUNDIAIS 2018

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AAnimismo: crença de que tudo o que existe tem alma. O termo foi cunhado no século 19 pelo antropólogo inglês Edward Tylor, a partir do termo anima (alma, em latim). Tribos da África Subsaariana, nas Américas, no sul da Ásia e na Oceania são consideradas animistas. Entre suas características comuns estariam o culto aos espíritos dos ancestrais e a prática da magia, do curandeirismo e de sacrifícios de animais oferecidos às divindades. (fonte: Almanaque Abril, 2015)

BBatismo: é, ao lado da ceia do Senhor, uma ordenança da igreja. É um símbolo, mas sua observância envolve fé, exame de consciência, discernimento, confissão, gratidão, comunhão e culto. O batismo é administrado pela igreja, sob a autoridade do Deus triúno, e sua forma é a imersão daquele que, pela fé, já recebeu a Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Por esse ato, o crente retrata a sua morte para o pecado e a sua ressurreição para uma vida nova. (fonte: Princípios Batistas, portal Convenção Batista Brasileira)

Budismo: sistema filosófico e religioso indiano fundado por Sidarta Gautama

(563-483 a.C.), o Buda, que parte da constatação do sofrimento como a condição fundamental de toda existência e afirma a possibilidade de superá-lo através da obtenção de um estado de bem-aventurança integral, o nirvana. O budismo é uma religião que não professa a existência de nenhum deus. (fonte: Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa, 2009)

CCampanha missionária: promovida por Missões Mundiais, a campanha anual tem como objetivos mobilizar, informar e captar recursos financeiros e humanos para a manutenção do trabalho de evangelização dos povos ao redor do mundo. Possui tema, divisa e uma música oficial.

Convenção Batista Brasileira: órgão máximo da denominação batista no Brasil. É a maior convenção batista na América Latina, representando cerca de 7 mil igrejas, 4 mil missões e 1,35 milhão de fiéis. Como instituição, existe desde 1907, e é ela que define o padrão doutrinário e unifica o esforço cooperativo dos batistas do Brasil. (fonte: portal Convenção Batista Brasileira)

DDia Especial: durante o período da campanha, as igrejas batistas convocam seus membros a participar de nossas ações através de uma doação arrecadada em um dia específico, previamente marcado. A essa data chamamos de Dia Especial de Missões Mundiais, oficialmente todo segundo domingo do mês de março, mas que pode ser marcado conforme a agenda de cada igreja.

GGrande Comissão: nome dado à ordem de Jesus Cristo, relatada em Mateus 28.19-20, de levar seu Evangelho a todos os povos e nações.

HHinduísmo: terceiro dos três períodos da religião indiana, caracterizado por um extremo pluralismo de cultos, deuses e seitas. Segundo o credo, o ser humano está preso a um ciclo de morte e renascimento (samsara). As reencarnações são regidas pelo carma, preceito segundo o qual a forma como renascemos na vida atual foi definida pelo estágio

GLOSSÁRIO MISSIONÁRIOCertamente, você já ouviu um missionário ou pastor dizer algumas palavras que não são comuns ao vocabulário do nosso dia a dia, mas que são muito usadas no meio missionário e ajudam a esclarecer várias coisas. Separamos algumas destas palavras para que você compreenda ainda melhor as mensagens de nossos pastores e missionários.

18 REVISTA DO PROMOTOR

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espiritual alcançado na vida anterior. O objetivo é superar o samsara e, assim, atingir o nirvana – a sabedoria resultante do conhecimento de si mesmo e de todo o universo. As diversas divindades hindus são parte de Brahma, a essência universal. Três se destacam e compõem uma tríade divina: Brahma, o princípio criador; Shiva, o princípio destruidor e libertador; e Vishnu, o princípio protetor e preservador. É a terceira crença com mais adeptos no mundo. (fontes: Almanaque Abril, 2015; Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa, 2009)

IIgreja sofredora: toda igreja que vive em contexto de hostilidade e perseguição religiosa, seja por setores da sociedade e/ou governos.

Islamismo: religião monoteísta fundada pelo profeta árabe Maomé (570 ou 580-632), que codificou sua doutrina em um livro sagrado, o Corão, que se tornou o fundamento escrito da fé muçulmana. Os muçulmanos têm cinco obrigações a cumprir (pilares do islamismo): professar que Alá é o deus único e que Maomé é seu profeta; orar cinco vezes ao dia voltado para a cidade de Meca, na Arábia Saudita; prestar caridade; jejuar no Ramadã (nono mês do calendário muçulmano); peregrinar a Meca pelo menos uma vez na vida, caso possua condições financeiras. Os muçulmanos se dividem em duas grandes vertentes: sunitas (maioria, 85%) que aceitam como guia qualquer muçulmano proeminente, e os xiitas (minoria, 15%), que creem que apenas os descendentes diretos de Maomé podem ocupar as posições de califas ou imãs, respectivamente as autoridades máximas na política e religião. (fontes: Almanaque Abril, 2015; Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa, 2009)

JJanela 10/40: termo cunhado pelo argentino Luis Bush em 1990 para designar a área do globo terrestre entre 10 e 40 graus de latitude a norte da Linha do Equador, onde vivem dois terços da população mundial e se concentra a maior parte dos povos não alcançados.

MMissionário: pessoa vocacionada para a missão especial de testemunhar de Cristo. É qualificado espiritual, física, intelectual e emocionalmente para o cumprimento de seu chamado.

Missões Mundiais: agência missionária da Convenção Batista Brasileira, com atuação em 77 países. Criada em 1907, seu trabalho consiste na expansão do Reino de Deus além das fronteiras do Brasil.

Missões Nacionais: agência missionária da Convenção Batista Brasileira, com atuação dentro das fronteiras do Brasil.

Missionário mobilizador: pessoa que representa Missões Mundiais no relacionamento com promotores voluntários de missões nos estados, viabilizando maior envolvimento das igrejas no cumprimento da Grande Comissão.

Muçulmano: nome dado a quem segue a religião islâmica (ver “islamismo”).

NNUN: nome da letra árabe , equivalente à letra N do nosso alfabeto e que é pintada por terroristas do Estado Islâmico para identificar as casas dos seguidores de Cristo, os “nazarenos”, no norte do Iraque. Para esses cristãos, só eram dadas três opções: conversão ao islamismo, sair da cidade ou morrer. O NUN virou um símbolo em apoio aos cristãos daquela região e hoje dá nome à campanha de Missões Mundiais em prol da igreja sofredora.

PPlano Cooperativo: surgiu em 1957, durante a assembleia anual da Convenção Batista Brasileira, em Belo Horizonte/MG. Nasceu para a manutenção do trabalho geral dos batistas brasileiros e como método eficiente e bíblico para desenvolver a obra de missões. O Plano Cooperativo foi apresentado em 1957, mas só em 1959 foi colocado em prática para que os batistas brasileiros testemunhassem de Cristo “até os confins da Terra”. (fonte: portal Convenção Batista Carioca)

Povo não alcançado: grupo etnolinguístico sem nenhuma comunidade nativa de cristãos com número e recursos suficientes para evangelizar seu próprio povo sem uma assistência (transcultural) externa. (fonte: “Intercessão Mundial”, Missão Horizontes, 1993)

PAM: sigla para Programa de Adoção Missionária, meio através do qual igrejas, empresas e crentes em geral podem sustentar missionários e projetos em várias partes do mundo com suas ofertas, de maneira constante e efetiva.

PIM: sigla para Programa de Intercessão Missionária. Convicta da importância da oração como propulsora da obra de evangelização

mundial, Missões Mundiais criou o PIM para envolver pessoas, famílias, igrejas, pequenos grupos em uma rede de intercessão.

RRadical: “missionário mochileiro” que, em grupo, causa impacto nas comunidades onde atua, interagindo com as pessoas do local através de sua vida transformada e moldada conforme o caráter de Cristo. Voltado para jovens batistas de 18 a 30 anos que podem se candidatar às cinco categorias: Radical África, Radical Latino-Americano, Radical Luso-Africano, Radical Haiti e Radical Ásia.

Refugiado: termo aplicado a qualquer pessoa que, temendo ser perseguida por motivo de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas, se encontra fora do país de sua nacionalidade e que não pode ou, devido ao referido temor, não quer voltar a ele. (fonte: Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados, 1951)

SSincretismo: fusão de diferentes cultos ou doutrinas religiosas, com reinterpretação de seus elementos. (fonte: Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa, 2009)

VVoluntários Sem Fronteiras: programa de Missões Mundiais que permite aos seus participantes, os voluntários, usar dons e talentos em uma viagem ao campo, onde terá a possibilidade de conhecer projetos em qualquer um dos países com presença missionária. É possível ir sozinho, com um grupo de amigos da mesma igreja ou cidade e também em uma caravana.

Janela 10/40

19MISSÕES MUNDIAIS 2018

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J esus fez várias afirmações pro-vocativas. Esta é uma delas. Ou nós achamos que Ele é quem

diz ser, o Senhor do universo, o Filho de Deus, ou é um louco varrido. Jesus não é um louco varrido, é o Senhor do universo, o Filho de Deus. Não há meio-termo em relação a Jesus – ou você crê na totalidade do que Ele é, ou você não crê em nada.

Nesta afirmação, Jesus está di-zendo que Ele é o único caminho pelo qual o ser humano consegue chegar a Deus.

Em tempos de pluralidade, este tipo de discurso é problemático. En-tretanto, completamente verdadei-ro e necessário. Vamos pensar um pouco acerca desta frase fantástica de Jesus.

CaminhoQuando pensamos em caminho,

pensamos em chegar a algum lugar. Neste caso, a Deus. Você quer co-nhecer Deus, saber o que Ele pensa, como age? Olhe para Jesus! Cami-nhe com Jesus e você conhecerá Deus. Eles são um só!

Não há como andar com Deus e ficar onde está. Andar com Jesus pressupõe sair da área de conforto e se dar ao trabalho da caminhada.

Caminho também indica proces-so de maturação espiritual. Em ou-tro texto, Jesus afirma que é a porta (João 10.7). Entramos no Reino de Jesus pela porta – Jesus (lembre-se, não há outra forma), mas nos limita-mos à porta, e não trilhamos o ca-minho. Isto significa que muitos não crescem na fé, não amadurecem, passando suas vidas quase que in-teiras na porta. Caminhar com Jesus nos leva a amadurecer.

VerdadeA verdade não é um conceito abs-

trato; é uma pessoa – Jesus. Este é mais um problema para a forma de pensar de uma sociedade pluralista. Ao afirmarmos que a verdade não é apenas um conceito – mas a pessoa de Jesus –, estamos dando base só-lida para a construção da nossa fé, uma vez que Jesus não nos vai de-cepcionar (ao contrário de outras pes-soas e instituições). Ficar na dúvida é cruel e leva a uma ansiedade terrível.

Para ver que isso é verdade, basta olhar para os consultórios de psico-logia e psiquiatria e para o aumento dos casos de depressão e ansiedade em meio à sociedade. Jesus não nos deixa na dúvida. Por isso faz afirma-ções categóricas sobre si mesmo,

para nos firmar, nos libertar da ansie-dade do ser/não ser. Ele é! Ele salva! Ele vence!

Além disso, damos a Jesus a au-toridade para nos confrontar com ele mesmo (a medida de perfeição) para sabermos em que pé está nossa vida, nossa caminhada. Esse proces-so gera em nós uma identidade – dis-cípulos de Jesus.

VidaQue tipo de vida temos vivido?

Vida abundante? Sim, Jesus afirmou em outro momento da sua vida que poderia dar (e dá) vida abundante a todo aquele que nele crer (João 10.10). Se Jesus é a verdade, Ele pre-cisa nos confrontar com o tipo de vida que temos vivido. Vida abundan-te não depende de dinheiro, trabalho, amigos, família ou qualquer outra coisa. É plenamente possível ter vida abundante apenas com Jesus. Vida abundante é uma vida de caminhada com Jesus!

Pense sobre isso! Deus abençoe a sua reflexão.

Dinê Renê Delgado Lóta missionário em Portugal

O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim.” JOÃO 14.6

ESTUDO 1PEQUENOS GRUPOS

21MISSÕES MUNDIAIS 2018

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EU SOU, ESPERANÇA ÀS NAÇÕES

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim.” JOÃO 14.6

C onscientemente ou não, to-dos nós vivemos sob o oxi-gênio da esperança. E  esse

sentimento engloba todas as ativida-des das quais participamos.

A esperança alimenta a alma e vitamina o espírito; os pais esperam que o filho vá bem na escola, tenha saúde e se torne bem-sucedido finan-ceira e socialmente. Em um patamar maior, governos esperam que seus projetos se concretizem para, assim, trazer dividendos políticos mais tar-de. Nesse momento, a esperança de milhões de pessoas no Iraque é que a guerra termine e o país volte a ter uma vida normal como antes. Pode-ríamos ilustrar esse ponto de várias maneiras. Há  esperança em tudo e por todos os lados.

Contudo, a vida e a história mos-tram que “as esperanças” nem sem-pre se realizam. E mais: se concreti-zadas, se esgotam em sua própria concretude; por fim, a frustração retorna, a inquietude e a dor renas-cem. Ao mesmo tempo, a esperança nas nossas coisas deste mundo e nas pessoas do mesmo exige uma resiliência perene. E se as nossas esperanças produzem frutos, na pior das hipóteses poderemos sofrer a inveja e o recalque daqueles sem esperança ou frustrados em suas próprias tentativas.

Entretanto, há uma esperança que não pode falhar, nem ser rou-bada por ninguém ou coisa alguma. Trata-se da Esperança, identificada em uma pessoa que veio trazer vida, mostrar o caminho e vencer a morte. Essa pessoa se chama Jesus Cristo.

Os iraquianos poderão terminar a guerra contra o Estado Islâmico, mas o preço e as consequências da mes-ma revelam um mar infinito de de-sesperança a milhares de pessoas.

Apenas um ser neste Universo, o qual padeceu de tudo, desde rejeição, acusação, humilhação e, por fim, as-sassinato em uma cruz, se posta como alguém que pode falar sobre uma real e poderosa paz no coração. Por ter vencido a morte e nos ter en-viado seu Espírito, Jesus volta a estar conosco e nos traz esperança, eiva-da de paz, de sentido na existência, e que nos garante que há uma vida eterna, em um novo corpo, na pre-sença de Deus e de nossos queridos que crerem na mesma esperança.

Um dia, as nações verão o irrom-per dessa esperança no tempo de Deus, a volta do seu amado Filho, o qual imporá justiça, retidão e inte-gridade de caráter aos homens, aos governantes, às nações, às tribos, desde o menor até o maior. A histó-ria mostra que somente uma espe-rança que faz a diferença na alma

e que transforma o caráter do ser humano pode transformá-lo para ter uma vida que valha a pena ser vivi-da neste mundo, que caminha para seu julgamento. Somente essa es-perança poderá finalmente extirpar o egoísmo, a maldade, a corrupção, o ódio, a religião sem amor, a feiti-çaria, e destruir o poder do inimigo; essa esperança tem nome: a pessoa viva, que se aproxima de todo aque-le que a invoca e que detém todo o poder, tanto nos céus quanto na Terra. Essa esperança é Jesus Cris-to, o Salvador dos homens, aquele que é o caminho, a verdade e a vida. Aqueles que possuem e vivem com e nessa esperança, têm o dever moral, de compartilhá-la com as multidões que, constantemente, põem sua es-perança em homens e na materiali-dade dessa vida, que um dia acabará para todos.

Jarbas Ferreira assessor da Gerência de Missões

“ Por ter vencido a morte e nos ter enviado

seu Espírito, Jesus volta a estar conosco e nos

traz esperança.”

ESTUDO 2PEQUENOS GRUPOS

22 REVISTA DO PROMOTOR

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QUEM É JESUS PARA MIM?

“Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? Disse-lhe Jesus:

Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” JOÃO 14.5-6

J esus é o mesmo que, ao se apresentar a Moisés, se iden-tificou como o Grande Eu Sou.

“Eu sou o caminho”, “Eu  sou a ver-dade”, “Eu sou a vida”, “Eu sou o que sou”… Ele basta! Ele é suficiente. Ele é a água viva. Ele  satisfaz. Ele é o provedor. Ele  fala. Ele  capacita. Ele transforma. Ele salva. Ele restaura. Ele sara. Ele desfaz as obras do ini-migo e, agindo Ele, quem impedirá?

Assim como Moisés, nós pode-mos nos sentir pequenos e atemo-rizados diante dos desafios e opres-sões que estão a nossa volta, po-rém não podemos ficar paralisados e nem nos dar por vencidos, pois não somos dos que retrocedem, mas avançamos na promessa que Ele fez: “Eu estarei com você. Esta é a prova de que sou eu quem o envia”.

O Grande Eu Sou também disse quem eu sou e quem você é: somos sal da Terra e luz do mundo; somos o bom perfume de Cristo; somos ge-ração eleita; somos povo escolhido e sacerdócio do Rei.

Em várias ocasiões, as vozes das circunstâncias, dos que nos cercam ou do inimigo vão tentar

nos desconcentrar, nos enfraque-cer e, por fim, nos derrotar. Quais as vozes que parecem soar mais al-to? Estamos dando mais credibi-lidade às vozes alheias ou à voz do nosso Mestre?

É necessário fazer uma pausa pa-ra refletir individualmente. Quem Ele é para mim e quem eu sou com Ele e para Ele? Somente Cristo é a espe-rança para nossa vida, é a esperança para todo ser humano e todo o “mun-do caído”.

Em certo momento, Jesus forta-lece os seus discípulos, encorajan-do-os: “Não se perturbe o coração de vocês! Creiam! Tenham fé para hoje e fé para o porvir”.

Havia um quadro em meu quar-to com a foto de uma jovem olhando pela janela, pensativa: “Tenho medo do amanhã”. Mais abaixo no mesmo quadro, um aviso dizia à jovem: “Não temas! Eu sei o que a aguarda lá. As-sinado: Jesus Cristo”.

Olhar para aquele quadro fazia lembrar as minhas incertezas, mas confortavelmente era preenchida pe-la segurança de que meu amanhã es-tava seguro em Cristo.

Ainda hoje, muitos discípulos es-tão perturbados e precisam de um despertamento na fé. Muitos solda-dos hoje estão aflitos e inquietos, per-dendo o foco de sua missão. Lembre-mo-nos das obras que Ele já fez e de seu compromisso conosco, crendo que outras ainda maiores virão. Te-nhamos em mente e no coração que ele conta conosco para caminhar pe-la fé e sermos seus agentes, cum-prindo sua vontade, levando a espe-rança viva por onde passarmos, a fim de que o Pai seja glorificado.

Perguntas para debate ou para compartilhar:

1. O que tem me perturbado ou causado medo?

2. Como posso exercitar mais a fé para superar os medos?

3. Que obras Jesus já fez?4. O que Jesus fez em minha

vida ou como Ele a usou?

Kellen Machado Chaves Rangel missionária em Cabo Verde

ESTUDO 3PEQUENOS GRUPOS

Êxodo 3.1-15; João 4.1-13, 14.6

23MISSÕES MUNDIAIS 2018

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EU SOU, ESPERANÇA AOS POVOS ISLÂMICOS

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim.” JOÃO 14.6

N o cristianismo, é consenso de que tudo o que se sabe sobre Deus é porque Ele se deixou

ser revelado.Moisés perguntou a Deus: "Eis que

quando eu for aos filhos de Israel, e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me disserem: Qual é o seu nome? Que lhes direi?” (Êxodo 3.13). A resposta de Deus foi essa: “EU SOU O QUE SOU. Assim di-rás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êxodo 3.14).

Esta expressão, EU SOU, é usada como título para Deus, para indicar que ele realmente existia. Assim, o Deus de Israel estava confirmando sua própria existência.

Conceito de Deus no islamismo

No islamismo, Deus (Allah) é um ser distante e indiferente à vontade dos homens. Para os mais de 1,5 bilhão de muçulmanos, não há chan-ces de Allah se revelar à humanida-de, pois isso demonstraria debilidade de sua parte. Assim, para eles não há possibilidade de relacionamento íntimo com Deus. Daí a grande difi-culdade dos muçulmanos para en-tender que, em um ato de amor, o próprio Deus enviou seu Filho com o propósito de morrer em favor de toda a humanidade. Essa é, sem dúvida, a

maior dificuldade encontrada pelos missionários que atuam entre os mu-çulmanos: levá-los a conhecer em realidade o EU SOU.

Uma dificuldade antiga

Jesus se identificou aos judeus da mesma forma que Deus havia se identificado a Moisés, mas os judeus não creram, não o aceitaram; ao con-trário, muitos queriam matá-lo por conta de suas declarações conside-radas blasfemas (Marcos 14.61-64).

Jesus sabia mais do que ninguém o quanto aquele nome tinha impor-tância e que qualquer pessoa que o usasse de qualquer forma poderia pagar com a vida. Mas Cristo foi en-fático ao dizer que “antes que Abraão existisse, EU SOU” (João 8.58). Não é “eu fui”, mas “existo eternamente”.

Jesus se mostrou como o EU SOU com propósito, ou seja, aquele que se mostraria, que estaria no meio dos homens, que seria um de nós, que viria para salvar a humanidade como profetizado nas Escrituras.

Ele é a esperança das nações

O mundo islâmico vive hoje um dos piores momentos de sua his-tória. As atrocidades de grupos ter-roristas não garantem aos próprios

muçulmanos imunidade a esses ata-ques. O número de mortos por esses grupos indica que a maioria das víti-mas são os próprios muçulmanos e não outros grupos religiosos.

Síria e Iraque são nações que já se declaram sem esperança. O nú-mero de refugiados sírios e iraquia-nos já ultrapassa 5 milhões, e eles estão vivendo em condições subu-manas em nações vizinhas como Turquia, Líbano e Jordânia. A própria ONU já declarou que as crianças que vivem nos campos de refugiados são a “geração perdida”, pois, segundo a organização, o trauma vivido por elas é irreversível.

Como igreja do Senhor, devemos nos posicionar de maneira ativa em prol de quem ainda não teve um en-contro pessoal com o EU SOU. Até porque o próprio Jesus disse ser ele o único caminho, a verdade e a vida.

Como se envolver?• Orando pelos milhões de

refugiados na Síria e Iraque e também pela igreja sofredora em nações islâmicas.

• Sua igreja e/ou pequeno grupo pode colaborar com as ações de Missões Mundiais envolvidas com a igreja sofredora.

ESTUDO 4PEQUENOS GRUPOS

Caleb Mubarak missionário no Oriente Médio

24 REVISTA DO PROMOTOR

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