revista dada ed.37
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372012
saiba mais sobre a origem e o sucesso da revista dada
como tudo começou
produção fotográfica exclusiva homenagem aos nossos anunciantes
amigos do peito
edição especialcinco anos
abrilmaio5sábado dia 28 abril, 17h00, festa do vinho
‘às cinco, um brinde aos 5 anos revista dada’
domingo dia 29 abril, 17h00
produção fotográfica ‘a melhor mãe do mundo’
cinco
ano
s
Traga os seus filhos e venha passar um momento divertido!
A revista DADA convida mães e filhos para uma produção fotográfica no nosso espaço na Festa do Vinho (Pavilhão Interior).
apoios
Vitor Neno photo studio
Marco Sereno consultor de imagem
convite
4 • revista dada
sum
ário rubricas
dada Revista de lazer e divulgação cultural distribuição gRATuITA
propriedade Potenciais publisher Fátima Machado Rebelo diretor António Dias coordenadora de edição Rosa Belda
colaboradores Ana Benavente, Margarida Serrão, Renato J. Campos, Rogério Coito, Sónia Parente, Teresa Rolho, Vera Alves
colaboram nesta edição gonçalo gaspar, Joana Leal, Renato V. Campos, Vasco Casimiro, Vitor Neno periodicidade bimestral
redação e sede Rua Nova da Boa Vista, 1 2070 - 105 Cartaxo contribuinte 510148123 projeto gráfico e paginação Potenciais
tiragem por edição 5 000 exemplares impressão SoARTeS, artes gráficas, Lda número de registo 125185 depósito legal 262622/07
www.revistadada.com | [email protected] | 243 779 057 / 918 717 072
interdita a reprodução total ou integral de textos e imagens por quaisquer meios e para quaisquer fins
Esta revista foi escrita segundo as novas regras do acordo ortográfico
11 economia, em trocos!
12 mudar de vida Depois da tempestade vem a bonança
14 montras Sugestões dia da mãe
19 e nós... As discussões
21 destrava línguas O porquê dos erros…
42 o cartaxo e a sua história Dâmaso Xavier dos Santos Lavrador e Liberal
47 a esfera Escravos da aparência
nesta edição editorial
Há meia década, Fátima Rebelo e Joana Leal lançaram um projeto inovador no Cartaxo. A DADA é uma revista que pretende ser uma lufada de ar fresco no panorama jornalístico da região. Atraiu novos leitores, promoveu o comércio local e as gen-tes desta terra que é a nossa. Entretanto, o mundo mudou bastante. A crise que toda a gente fala abateu-se sobre a sociedade. Atra-vessamos tempos difíceis mas, temos que confessar, estas palavras arrepiam-nos. Que-remos que tudo mude para melhor e é esse o nosso objetivo: contribuir, à nossa medida, para o progresso da região, ajudando os nos-sos anunciantes a dar a conhecer melhor os seus negócios e a promover as caras que fa-zem o concelho andar para a frente.
Foi esse espírito que presidiu ao trabalho fotográfico que destacamos nesta edição. Quisemos agradecer aos empresários que nos apoiam desde o início mas, igualmente, dar o exemplo de pessoas que acreditam em dias melhores, não se deixando abater.
Esta é, portanto, uma DADA especial. Alterá-mos, ligeiramente, o aspeto gráfico da revista e conversámos com algumas personalidades, leitores e distribuidores sobre o impacto des-te projeto editorial na região.
Vamos estar a celebrar os cinco anos da revis-ta na Festa do Vinho, por isso, está convidado a aparecer no pavilhão municipal de exposi-ções no Cartaxo, no sábado, 28 de abril, às cinco horas para um brinde ao quinto aniver-sário da revista DADA!
Ainda nesta edição, deixe-se envolver pelas cores da primavera que abundam nas nossas páginas de montras e continue a visitar o nosso site em www.revistadada.com, ou seja nossa amigo em facebook.com/fbrevistadada.
22 dada 5 anos geNTe que goSTA De NóS
opinião 24 Renato Campos 45 Vasco Casimiro 46 Gonçalo Gaspar 50 Ana Benavente
e ainda
9 DADA SEM MEDOS 49 Programa – Festa do Vinho 2012
Fazem parte das forças vivas da região. Leia o que têm a dizer sobre a nossa revista
6 entrevista FátiMA REBELO
REVISTA dada
ASSINE JÁ!
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Faça a sua assinatura em www.revistadada.com ou envie-nos o seu pedido por email para: [email protected]
Em papel – 1 ano, 6 edições 12 euros + OFERTA 2 EDIÇÕES EXTRA
OFEREÇAUMA
ASSINATURA
a melhor prenda para
o dia da mãe!A revista continua gratuita, só paga os portes de envio
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
Como tudo começou
26 dada 5 anos AMIgoS Do PeIToProdução fotográfica exclusiva de homenagem aos nossos anunciantes
36 dada 5 anos SAI uMA DADA Se FAz FAVoR!São autênticos colaboradores desde o primeiro número contribuindo na distribuição da revista
António Dias
6 • revista dada
como tudocomeçou
Fátima Rebelo tem 41 anos e uma filha chamada DADA. tudo começou
por mero acaso. Aliás, a vida da fundadora desta revista que tem nas
mãos, está repleta de acasos. Fique pois a conhecer um pouco melhor a
mentora deste projeto editorial, há cinco anos sempre consigo
Como surgiu a DADA?Numa das minhas idas a Lisboa deparei-me com um projeto editorial, chamado Convi-da, que me interessou bastante. A revista tem distribuição gratuita em alguns bairros de Lisboa, conteúdos leves, publicidade dos comerciantes, alguns artigos jornalísticos, contactos, informações úteis, entre outros pormenores. Achei que fazia todo o sentido criar um projeto idêntico no Cartaxo.
Mas era um sonho fazer uma revista deste género?Não. Eu comecei por estudar Direito, em Lisboa, mas acabei por querer mudar. Não me identifiquei com o curso e depois tomei conhecimento do currículo do curso de Co-municação Social, no iSLA, em Santarém. Agradou-me a variedade de disciplinas, des-de o jornalismo, ao design, passando pelo tratamento de imagem, marketing, fotogra-
fia, comunicação empresarial, entre outras. Achei o curso com uma enorme abrangência e foi aí que decidi estudar jornalismo. Ao fim de algum tempo acabei por fundar o jornal académico Slogan, que durou até eu sair do instituto. O projeto permitiu-me pôr em prá-tica aquilo que andava a aprender, ao mesmo tempo que começava a tomar o gosto na área editorial. Saí do iSLA e fui parar a um pólo de empresas, onde fui convidada para produzir uma publicação interna e ainda passei por uma empresa de design e comunicação onde estava antes de decidir avançar com a dada. Em to-dos os lados fui muito feliz e todos os lugares me ajudaram a crescer profissionalmente e a perceber que gostava desta área.
Foi complicado colocar de pé a DADA?Um pouco. Quando tive a ideia, no final de 2006, comecei por delinear o projeto, na altu-
entrevistafátima rebelo
|texto António Dias
revista dada • 7
ra com o nome provisório de ViVA, elaborei um número zero, com o qual fui vender o projeto aos comerciantes do Cartaxo. Sabia que, sem publicidade, seria impossível so-breviver. Quando consegui reunir o apoio financeiro suficiente, desafiei uma colega de curso e amiga, a Joana Leal, para me apoiar e acabámos por lançar a revista em abril de 2007. O projeto teve um ótimo acolhimento na comunidade em geral e isso deu-nos âni-mo para continuar.
Qual o segredo do sucesso?A gratuitidade conta muito. Mas penso que o formato pequeno, facilmente trans-portado dentro de uma mala, um saco, os artigos interessantes e a ampla distribuição em locais chave, possibilitaram que a revis-ta tenha sido acolhida com muito agrado pela grande maioria das pessoas. Depois os anunciantes começaram a ter bastante retorno e isso ajudou, ainda mais, a impul-sionar a revista. A relação de proximidade também é essencial. Aliás, o nosso primei-ro entrevistado foi o Rui Silva, um atleta muito querido da região, que as pessoas conhecem e admiram. Queríamos mostrar que também somos da terra.
dada 5 anos
lançamento revista dada centro cultural do cartaxo abril 2007
8 • revista dada
Há uma atenção especial com os anunciantes...Sim, é verdade. Sabemos que os leitores são muito importantes, mas sem publicidade seria impossível sobreviver. Estimamos os nos-sos anunciantes, como se fossem da família. E, de facto, são. Não nos limitamos a colar anúncios, mas procuramos estabelecer uma relação o mais próxima possível de forma a entender as necessidades deles com as possi-bilidades do mercado. Queremos que os seus negócios brilhem! É isso que permite que haja retorno. Atualmente temos anunciantes satis-feitos que comentam como vêm desaparecer produtos das suas lojas só porque foram pu-
blicitados na dada. É esse feedback que mantém o nosso projeto vivo, coe-rente e de qualidade. Tanto que, muitos dos nossos anunciantes estão presentes nas nossas páginas também porque gostam, apreciam e reconhecem o mérito de fazerem parte da revista. É
uma questão de imagem institucional, o que muito nos apraz e demonstra como há já em-presários que vêm a publicidade como mais do que uma forma de anunciar e vender coi-sas, mas sim como um forma de passar uma imagem de seriedade de confiança, vestindo também a nossa camisola.
Por onde passa o futuro da DADA?Pela internet. Quando criámos o nosso site – www.revistadada.com – as redes sociais eram pouco faladas, e pouca gente acreditava no online como veículo de publicidade. Hoje, há já anunciantes que querem conciliar o seu investimento com anúncios no mundo virtu-al. E há retorno, sobretudo se partilhado no facebook, por exemplo. Renovámos o site há cerca de um ano e sentimos uma mudança clara no número de visitantes. Hoje somos consultados por mais de 500 pessoas por dia. É, portanto, um caminho a seguir.
Que balanço pode fazer de meia década da DADA?(sorri, faz uma pausa, olha para o chão, pen-sa um pouco) Na altura que o projeto surgiu, comigo e com a Joana Leal, trabalhámos com o horizonte de um ano. Passaram-se cinco. Agora quero chegar aos dez anos de existência. Os tempos de facto estão maus, mas qual o caminho? Desistir? Acho que não! Os negócios têm que continuar. As lojas têm que vender porque as pessoas pre-cisam de comprar. Os leitores continuam a querer ler e é fundamental haver veículos de comunicação. Estamos cá para isso.d
lançamento revista dada abril 2007
revista dada • 9
A revista dada é prova válida de que “em tempos de crise” é possível concretizar so-nhos e lançar projectos de sucesso. É que, se bem se lembram, já há cinco anos se falava muito na crise – na que já se fazia sentir e na que ainda havia de vir. Os mais pessimis-tas, na altura, terão pensado que lançar uma revista regional gratuita, dependente de anun-ciantes, numa altura em que, nomeadamente no comércio tradicional, se viviam tempos difíceis era, à partida, uma aposta falhada. Na verdade, esta aposta foi ganha. E a vitória é partilhada por todos aqueles que, ao longo destes cinco anos, colaboram na revista.
A dada nasceu com o intuito de envolver a comunidade, a vários níveis: lúdico, cultural, informativo, comercial; dando a conhecer, gratuitamente, locais de interesse, pessoas, opiniões, eventos, entre tantas outras infor-mações e curiosidades. Esta foi a fórmula do sucesso que levou muitos empresários da re-gião a apostarem na revista, mesmo vivendo momentos de crise, porque a dada lhes dava a visibilidade merecida, não só pelos conte-údos publicados, mas também pela imagem gráfica e qualidade de impressão.
Também os leitores ficaram rendidos à qua-lidade da revista dada, mesmo aqueles que duvidaram da sua continuidade e que várias ve-
zes insinuaram que a qualidade da revista, mais dia menos dia, seria repensada por questões económicas. Cinco anos passados, a revista continua com a mesma qualidade de papel e impressão, já para não falar nos conteúdos e grafismo que conseguem sempre surpreender pela positiva, edição após edição. Daí a grande procura da revista nos pontos de distribuição, sempre que sai uma nova edição.
A aposta em projectos inovadores que sur-gem para acrescentar valor à comunidade em que se inserem pode ser ganha, mesmo em circunstâncias adversas e com parcos recursos financeiros. Haja conhecimento, persistência, orientação e empenho e os objectivos serão alcançados. A revista dada comprova-o e desafia todos aqueles que têm sonhos a lutar pela sua concretização e a ultrapassar o medo da “crise”.
dada sem medos|texto Joana Leal
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10 • revista dada
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revista dada • 11
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REViStA DADA
Nem mais! Em edição especial comemorativa dos cinco anos da re-vista DADA, é tempo também de dar os parabéns a esta revista, que tem conseguido uma notável adaptação aos diversos segmentos de leitores que constituem o seu público-alvo. Destaco aliás, a forma inovadora e interessante como esta revista tem conseguido captar sinergias derivadas de novas plataformas, como as redes sociais, para se dar a conhecer e desta forma amplificar o seu mercado. Para-béns à revista, aos seus anunciantes e aos seus leitores!
em altaPREçO DOS COMBUStíVEiS
Recentemente, o preço dos combustí-veis em Portugal atingiu novos máximos históricos. Começa a ser cada vez mais di-fícil explicar a tendência crescente destes preços no nosso pais. De facto, mesmo aplicando taxas de desconto intertem-porais, levando em conta equiparações cambiais e demais variáveis exógenas que contribuem para a formação do preço desta matéria-prima, nenhum português entende como é que o barril de Brent está a 125 dólares nos mercados internacionais, quando em 2008 estava a 160 dólares e nós tínhamos o combustível bem mais ba-rato! São contas fáceis de fazer e bastante difíceis de explicar! Em Portugal, sabemos da inércia da Autoridade da Concorrência (ou quiçá, da falta de autoridade) e que mais de metade do custo dos combustí-veis é imposto. Sabemos que as marcas praticam uma evolução assimétrica dos preços dos produtos refinados nos perío-dos de subida e de descida das cotações de crude. Sabemos que da liberalização de preços não resultou propriamente concor-rência.
todos sabemos também, o enorme impacto do preço incomportável deste recurso nos bolsos de cidadãos e empre-sas. talvez comece a fazer sentido, voltar a criar o sistema de preços máximos para os combustíveis que vigorou até 2004 e que deveria ter como referencial, o preço médio da zona euro antes de impostos. Os cidadãos agradeciam e as empresas fica-riam também, certamente, gratas por este ganho acrescido de competitividade face à concorrência externa.
em baixa
12 • revista dada
Atualmente, vivemos um clima de incerteza quanto ao futuro. Todos os dias ouvimos falar da crise, do desemprego, da recessão económica, do aumento das taxas de juro, corte nos créditos, famílias que perdem as suas casas, etc, e claro, a comunicação social não se poupa a esforços para nos lembrar que o mundo vai de mal a pior.
Claro que tudo isto é verdade e vivemos, de facto, tempos difíceis.
No entanto, se sucumbirmos a este clima de derrota, de desgraça e precariedade, estamos simplesmente a desistir, e ao desistirmos es-
tamos também a perder algo que, desde os primórdios dos tempos da existência da hu-manidade, nos tem feito andar para a frente, estou a falar da esperança.
Se olharmos para o passado da humanidade, várias foram as vezes em que vivemos tem-pos conturbados, tempos de guerra, de fome, de doença, de recessão económica. No entan-to, a esperança foi sempre o último reduto do Homem, e foi aquilo que nos fez erguer mesmo quando tudo parecia estar perdido.
Olhando para trás no tempo, após cada momen-to de crise que vivemos, seguiram-se sempre momentos de prosperidade. É como se hou-vesse um equilíbrio entre a perca e o ganho.
Se foi fácil? Não, não foi. Mas é a esperança que nos faz acreditar que o amanhã será um dia melhor.
Por isso, mantenham a esperança bem acesa dentro de vós. Acreditem e ajam em confor-midade com essa crença. Mantenham essa confiança inabalável de que tudo irá melhorar e quando derem por isso, já tudo estará melhor.
Afinal, depois da tempestade vem a bonança.
Parabéns Revista dada pelo 5º aniversário. Votos que muitos mais se sigam cheios de sucesso.
mudar de vida
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agenda maioHoje vou falar-vos das associações das cores pois
estamos a entrar na primavera e começa a altura da Mãe Natureza nos presentear com múltiplas cores de flores, um autentico arco-íris. É altura de sairmos do recolhimento do inverno.
O vermelho está associado com saúde e vitali-dade, também tem a ver com raiva, com perigo ou “parar” (semáforo.) Por sua vez temos a pa-lavra “cruz vermelha” que nos traz à mente a energia do serviço e da ajuda. O verde é espe-rança. também se diz por vezes que a pessoa está esverdeada, está com náuseas e com ar in-feliz. O azul em geral é visto como a cor favorita de todos. É uma cor de paz, mas pode indicar associações com a solidão e com a depressão por isso se usa o termo “blue” quando alguém está triste ou melancólico. O Amarelo é a cor da felicidade, sabedoria e imaginação embora associado com covardia e com outros atributos indesejáveis. O preto a cor do mistério.
a magia das cores na nossa vida
todos estes significados foram gravados no nosso inconsciente em épocas remotas para que mais tar-de viessem à tona e pudessem ser trabalhadas. Se tiver uma cor favorita e “usa” e “abusa” dela , ou se odeia intensamente uma cor, será interessante des-cobrir o motivo desse magnetismo desequilibrado quer na rejeição quer na atração. As cores devem ser todas usadas com harmonia para ajudar no equilíbrio do nosso corpo energético que tem uma influência muito importante no nosso ser.
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14 • revista dada
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revista dada • 19
as discussões
e nós...
Não existe um manual para a discussão perfeita. Quando uma discussão acontece é porque uma parte (ou ambas) não está satis-feita, sente-se magoada/o ou zangada/o.
É comum a zanga ou a mágoa surgir por má perceção da situação ou da atitude do outro. Só quando se consegue escutar é que, na maior parte das vezes, fica claro que hou-ve uma má interpretação do outro ou nossa que deu origem à discussão.
É muito fácil começar por contrapor: “a culpa é tua”, “mas tu também fizeste...”, ou “tu fizeste primeiro...”. É o caminho ideal para a agressão mútua, tornando-se a comu-nicação num tiroteio cruzado, em que cada um culpa o outro pelas coisas que deveria ter feito ou dito. A meio do tiroteio deixam de se ouvir e passam a estar mais centrados em magoar. Altura em que as balas passam a granadas. Não há espaço para o entendi-mento do outro. Só zanga e raiva.
Quando, ao contrário, se começa por ex-plicar a forma como foi compreendida determinada atitude do outro e como a mes-ma nos magoou, evita-se chegar à troca das granadas, pois iniciar assim dá espaço para que o outro explique porque o fez ou disse.
Expressões como: “Eu percebi que...”, “Quando disseste aquilo senti-me magoa-do”, “Não percebi porque...”, “Explica-me porquê...”, dá lugar a que cada um fale sem atropelar o outro.
Conseguir ouvir, sem disparos de parte a
parte, os motivos e as justificações, é o passo fundamental para entender o que motivou a discussão. Podem assim conversar e evitar que volte a ocorrer.
A zanga pode ser boa, pois só nos zangamos com quem é importante! A zanga também é um sinal de investimento na relação, quando se é capaz de a utilizar de maneira positiva para melhorar a relação e não para atacar gratuitamente o outro.
Saber escutar pacientemente o que o ou-tro tem para nos dizer é a melhor forma de discutir. E quando se escuta, normalmente surgem surpresas agradáveis. Escutem.
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revista dada • 21
o porquê dos erros…
destrava línguas
Ao contrário da fala que é aprendida de forma natural, a leitura e escrita, requerem a passa-gem por um sistema de ensino formal.
Embora o português seja uma língua alfabé-tica que pretende representar os sons, muitas vezes fá-lo de forma ambígua. Vejamos um pequeno exemplo: se a criança não dominar o som /s/, irá ter dificuldade em escrever corretamente as palavras; sesta, cintura, poça, passeio e máximo, pois pode ser represen-tado de várias formas. Mas se ao contrário pensarmos na letra ‘S’ (letra e som são dife-rentes), podemos ter dois sons o som /s/ de sapo, e o som /z/ como em casa, quando esta mesma letra aparece entre vogais. Já fi-cou confuso?
O porquê dos erros reside exatamente no facto de muitas crianças não conseguirem fa-zer o exercício de corresponder sons e letras. Como nem sempre há uma correspondência linear é essencial o desenvolvimento da Cons-ciência Fonológica. Esta é a competência que permite perceber que uma palavra é um con-junto de letras, que se divide em (sílabas) e
dentro destas existem os sons (fonemas) que depois vão corresponder às letras (grafemas), fazendo-se a correspondência grafo – foné-mica (relação letra – som).
Estas capacidades permitem-nos não só aprender a leitura e escrita com sucesso, co-mo também corrigir os erros.
A criança pode confundir vários sons, sem que isto signifique que tem problemas de audição, muitas vezes necessita de desen-volver competências para melhor dominar o funcionamento da língua. Conta também a memória (auditiva, visual etc.) por isso, para ajudar o seu filho, não há nada melhor que o treino e o contacto com os sons da língua. Promova a leitura diária e a escrita espontâ-nea (recados, lista de compras, convites). E quando detetar erros pergunte-lhe que outra letra poria naquele lugar, levando-o a refletir sobre o erro.
A aprendizagem requer diversão, por isso músicas infantis, rimas e lenga-lengas são re-comendáveis.
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Teresa Rolho Terapeuta da Fala [email protected] |962 212 098
22 • revista dada
jovens, as famílias e as empresas. A dada é um destes projetos. Desejo, sinceramen-te, os melhores sucessos à revista e quero deixar aqui um reconhecimento especial à Fátima Rebelo pela sua entrega, profis-sionalismo e perseverança em tempos tão complicados. Ela é a prova de que não há sonho que não se concretize com trabalho. Parabéns!”.
“a dada é importante para a região”
mário silvestre comandante dos bombeiros municipais do cartaxo
“Confesso que não sou o leitor mais assíduo da dada, até porque tenho sempre muita coisa para fazer. Ela chega aqui ao quartel através de outras pessoas e acabo por ler. Fico sempre muito contente quando são abordados assunto do Cartaxo, sobretudo quando são ligados aos soldados da paz. Mas, é sempre bom haver projetos editoriais que
gente que gosta de nós
|texto António Dias
São leitores da DADA e fazem parte das forças vivas da região. Eis o que
têm a dizer sobre a nossa revista
“parabéns!”paulo varanda
presidente da câmara municipal do cartaxo
“A revista dada surgiu como um projeto inovador no panorama da comunicação so-cial escrita no concelho e na região e assim se tem mantido ao longo destes cinco anos. inovador na relação com a comunidade, na escolha dos temas, com especial atenção a assuntos ligados ao ambiente, cultura e à região e inovador até na relação com os anunciantes, propondo novos modos de presença publicitária, o que lhe conseguiu garantir a sustentabilidade financeira. Tudo isto aliado a uma linha gráfica atraente, que convida à leitura e contribui para que cada edição seja uma surpresa sempre espera-da, agradável e interessante. O concelho precisa de projetos ganhadores que, com espírito positivo e ambição, possam con-tribuir para concretizar o sonho que penso ser de todos: um Cartaxo cada vez mais ativo, orgulhoso de si, capaz de se afir-mar como espaço de atratividade para os
©V
itor
Nen
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revista dada • 23
dada 5 anos
ajudam outros profissionais, que deem voz a pessoas que, se calhar, não eram conhecidas. Sei que a revista tem muitos leitores e isso é prova do sucesso, certo?”
“desde o primeiro número que me habituei a ir pro-curá-la nos locais onde é distribuída”
filomena fonsecadiretora da escola secundária do cartaxo
“Considero a dada uma revista eclética re-lativamente aos temas, com um excelente aspeto gráfico, um ar moderno que não fica mal perante uma revista até de nível mundial. Os temas são sempre muito interessantes, desde o primeiro número que me habituei a ir “procurá-la” nos locais onde é distribuída.
Penso que é bastante importante para o Car-taxo ter a dada, revista que divulga quer as atividades quer as personalidades da terra, sem nunca entrar nas informações pessoais e sem fazer distinção ideológica”.
“espero que continue em força”
jorge tavares diretor do agrupamento escolar marcelino mesquita do cartaxo
“Conheço a revista há vários anos e tem-me surpreendido sempre no modo como aborda os temas e na variedade de assuntos que tra-ta. É muito importante uma região, qualquer que ela seja, ter um meio de comunicação so-cial generalista, com a qualidade da dada: no
grafismo, no papel e até no formato. Tenho uma família em casa que adora a revista, que a coleciona e a partilha. Na escola e à minha volta vejo que ela tem impacto nas pessoas, que a devoram num instante. É por isso pro-va do sucesso que alcançou nos seus cinco anos de existência. Espero que, no futuro, o projeto continue em força, que não se esque-ça das atividades do nosso agrupamento, que mostre o trabalho das pessoas da nossa terra que é tão importante”.
“há famílias que nos visitam por terem lido sobre o museu na dada”
pedro passos canavarropresidente da fundação
passos canavarro, santarém
“Quando a dada publicou um artigo sobre a Fundação Passos Canavarro [edição agos-to/setembro de 2011], tive conhecimento de algumas famílias que nos vieram visitar porque tinham lido sobre o nosso museu na revista. Fiquei muito contente na altura e percebi a importância que a revista tinha junto dos leitores e da região. É sempre de louvar este tipo de projetos, pela sua qua-lidade, variadade de assuntos, atenção que dão às gentes da nossa terra e publicidade que fazem à nossa cultura e património, sobretudo a quem nos visita, que, às vezes, num café ou num consultório, ou de pas-sagem por aqui, fica a conhecer um pouco mais sobre a região. Nos nossos dias, com a crise de que tanto se fala, fico contente por persistirem revistas como esta que trás até nós o que de melhor acontece. Con-fesso que desconhecia a dada há algum tempo, mas agora gosto muito”.
24 • revista dada
Renato Campos, Economista A revista dada comemora 5 anos, por isso,
muitos parabéns pela efeméride !
É um facto que o público-alvo da revista não se restringe ao Cartaxo, mas a um território mais envolvente, particularmente, abrangendo Santarém. A sua edição tem sido um sucesso, malgrado o mercado onde opera não estar fácil. Tal como o país, também a região ribatejana, atravessa uma crescente recessão económica com graves consequências sociais.
Se outrora esta região mostrou algum dina-mismo, de anos para cá, parece ter entrado numa letargia. Não têm surgido investimen-tos empresariais de vulto; o tecido produtivo é cada vez mais assente em micro empresas com poucas hipóteses de sobrevivência; o capital industrial tem sido progressivamente
substituído pelo “capital financeiro especu-lativo”; o associativismo empresarial é débil e não consegue concretizar no terreno es-tratégias de competitividade; nos territórios municipais, para além das antigas “zonas industriais”, não foram até hoje concretiza-dos os megalómanos Parques de Negócios e, incompreensivelmente, as tradicionais zonas comerciais das cidades foram abandonadas. Em resultado disto, as falências sucedem-se, o desemprego sobe em flecha, o consumo vai caindo, as medidas de combate ao desempre-go tardam em aparecer e a degradação social das populações não augura nada de bom.
Mas, de forma alguma, a região pode continu-ar neste “deixa andar”. Perante a inoperância dos autarcas e dos políticos e a frustração dos agentes de desenvolvimento face às inadiáveis necessidades de financiamento que lhe são negadas, urge concertar estratégias de parceria que possibilitem que a região, se assuma como um território de potencialidades e que, princi-palmente, acredite mais no seu futuro.
Sabemos que a crise é enorme e não mostra provas de abrandar. Mas se não se souber agir agregando vontades, então a região vai entrar num torpor de empobrecimento do qual se-rá muito difícil recuperar. Neste processo, os municípios e os agentes económicos en-volvidos, deverão saber encontrar parcerias, liderando este processo com pragmatismo e, fundamentalmente, assumirem-se como a parte mais importante da solução e nunca o pior do problema.
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26 • revista dada
amigos do peitotrabalhamos para os leitores. Sem eles, a DADA não existiria. Mas sem
anunciantes, seria impossível sobrevivermos. Esta é a homenagem aos
nossos anunciantes que, desde o primeiro dia, nos apoiam:
uma produção fotográfica exclusiva. Fica o nosso agradeci-
mento e a promessa de continuarmos a fazer sempre melhor
a cada edição que sai para as bancas
Edite Costa, proprietária da perfumaria Es-palhAromas, chega ao Centro Cultural do Cartaxo (CCC), onde decorreu esta sessão fotográfica, um pouco nervosa. Apesar de o negar no início, acaba por afirmar: “não gosto lá muito de tirar fotografias”. Exibe a outra muda de roupa que trouxe, faz per-guntas e mostra-se interessada. “Então mas o que é que vou ter que fazer? Algumas po-ses? Eu fico sempre tão mal! Raramente tiro fotos, mesmo quando vou a casamentos!”,
confidencia. Convidámos para esta produ-ção fotográfica, sete anunciantes que, desde o início, nos apoiam neste projeto editorial. É um presente pelos cinco anos de cola-boração, amizade e confiança mútua que queremos celebrar. E todos aceitaram!
Pode ter sido complicado para Cecília Ta-vares, da Boutique 2070, “sempre avessa a fotografias”, mas até foi fácil e divertido para o casal Romana e Miguel Cruz, da
sessão fotográfica • bastidores | produção Potenciais |fotÓgrafo Vítor Neno | luzes Vítor Lima | texto António Dias | local centro cultural do cartaxo
loja Marias & Migueis. Sorriem, abraçam-se e trazem a filha pequena consigo, com quem trocam piropos. Apesar de algum constrangimento inicial, ambos aproveitam esta oportunidade para mostrar o seu lado jovem e divertido.
Uma agradável surpresa foi Raquel Mon-teiro, da Ourivesaria Monteiro, que se mostrou uma verdadeira top model à frente da câmara. O fotógrafo nem precisou de dar indicações. Bom, talvez ao início. Mas, após atingir a velocidade cruzeiro, Raquel Mon-teiro fez o que quis e lhe apeteceu. “isto é giro”, atirou. Mexeu no cabelo, fez poses, ora de mão na cintura, ora sentada, em pé, com sorriso rasgado e ar bem disposto. Ela é bem disposta por natureza. “Tento ser. Sou assim”, admite.
Maria do Carmo, da loja Carmy, com o seu ar calmo, seguiu as nossas indicações e agora pode descobrir como de facto é mais fotogé-nica do que imaginava. “Achei a ideia muito gira, apesar de ter sempre algum receio em tirar fotografias. Mas era um desafio interes-sante e eu gosto de arriscar”, disse, com um largo sorriso.
Adélia Machado e a filha, Filipa Heitor, da ►
LABCartaxo, estavam em vantagem por trabalharem juntas. Mãe e filha, empresá-rias, funcionárias, amigas e agora modelos (quase) profissionais. Aceitaram o convite, verdade seja dita, ambas com um nadinha de vergonha. “A experiência foi positiva”, garantiu Filipa, a filha, mas “cansativa”, advertiu Adélia, a mãe. Ao fim de alguns (muitos) minutos de posições, mais ou menos divertidas, Adélia, questiona a neces-sidade de tantas fotografias. As explicações do fotógrafo deixaram-na com um sorriso no rosto. Maria do Carmo também per-gunta, às tantas: “é mesmo preciso tanta fotografia?”. Claro que sim, respondemos nós! Queremos captar os melhores ângulos dos nossos anunciantes!
Finalmente, Mário e Luísa Jordão, da media-dora de seguros Viasegura, apareceram no CCC calmos, sorridentes e curiosos com a sessão fotográfica. Marido e mulher ouvem os conselhos do fotógrafo e participam, com alguma timidez, até “porque esta é a primei-ra vez que vivem esta experiência”. Durante quase meia hora, sentam-se, levantam-se, abraçam-se, olham para a câmara e tentam seguir as indicações. Ficam curiosos por ver o resultado. Pois, eis o trabalho final. Espe-ramos que seja do agrado de todos.
dada 5 anos
sessão fotográfica • bastidores | produção Potenciais |fotÓgrafo Vítor Neno | luzes Vítor Lima | texto António Dias | local centro cultural do cartaxo
28 • revista dada
edite costa
“a dada é um dos melhores investimentos que fiz”
revista dada
“Sempre fui um pouco renitente em investir em publicidade. Mas, um dia, quando a re-vista me convidou para um passatempo, um concurso de montras de lojas do Cartaxo, fiquei tão surpreendida com o sucesso que acabei por mudar de ideias. E nunca mais me arrependi” confessa Edite Costa. Hoje, a empresária sabe que anunciar na revista dada “é um dos melho-res investimentos” que faz.
perfumaria espalharomas
Há cerca de onze anos, Edite Costa era em-pregada de escritório. O marido, empresário, sugeriu-lhe montar o seu próprio negócio. “Não tinha experiência alguma, nem sabia o que havia de fazer. Um dia, ele passou por uma loja que estava por alugar e, sem me dizer nada, alugou o espaço. Quando chegou a casa apenas me informou que eu tinha agora um negócio. Fiquei surpreendida, mas serena”. Depois do primeiro impacto, tudo começou a correr melhor. Fez formações, especializou-se no setor dos perfumes, produtos de beleza e maquilhagem e, atualmente, é uma ‘expert’ no assunto. Hoje faz aquilo que mais gosta.
revista dada • 29
►
cecília tavares
“os produtos que aparecem na dada esgotam logo”
boutique 2070Cecília tavares estudou moda no iADE, em Lisboa. “Era um sonho ser estilista, mas isso acabou por não acontecer”, recorda a lojista. “Surgiu a possibilidade de trabalhar numa lo-ja de roupa no Cartaxo e acabei por aceitar”. Mal sabia ela que, um dia, seria ela a dona daquele espaço. “As antigas proprietárias de-cidiram desfazer-se do negócio e acabei por ficar aqui”. Deu-lhe o seu “cunho pessoal”, com “novas roupas, novas formas de apresen-tar os produtos na montra” e uma visão do negócio que lhe permitiu “criar uma cliente-la frequente”. O segredo, diz, “é conhecer as pessoas e adaptar o nosso negócio às clientes, nas quantidades, nos produtos que se vendem e, sobretudo, não crescer mais do que aquilo que podemos”, sugere.
revista dada
“Depois do primeiro número da DADA, achei que o projeto era interessante e resolvi tam-bém fazer publicidade”, conta a dona da boutique 2070. A relação permanece até hoje. E a razão é simples: “sei que tenho retorno”, garante a empresária. Cecília tavares assegura que, a cada edição, tem exemplos claros do alcance que a revista tem nos leitores. “Os produtos que publicito nas páginas acabam, muitas vezes, por esgotar. Ou, então, são os mais procurados. E isso deixa-me satisfeita pe-lo investimento que faço e que, assim, quero continuar a fazer”, concluiu.
30 • revista dada
raquel monteiro
“a dada é um veículo fundamental para publicitar os meus produtos”
ourivesaria monteiro | om2Raquel Monteiro é responsável pela OM2, uma das ourivesarias mais modernas do Car-taxo. Localizada no centro da cidade, “aposta, sobretudo, no cliente mais jovem”, afirma. Foi esse o intuito, refere, da nova loja. “Quando decidi criar este novo espaço [vinda de uma família de ourives], achava que fazia falta um local que satisfizesse a procura de uma clientela mais moderna. Queria, sobretudo, apostar em novos designers portugueses que eram pouco ou nada conhecidos na região”. A ideia revelou-se um sucesso. As montras re-cheadas de nomes até então desconhecidos, atraíram o público que se habituou à quali-dade, à simpatia e ao serviço da ourivesaria. Raquel Monteiro critica uma certa apatia que a sociedade vive, a fraca aposta dos responsá-veis pelo comércio local, mas acredita que “os tempos maus vão passar”.
revista dada
“Para mim, a DADA é um veículo fundamental para publicitar os meus produtos”, afirma. O público que lê a revista é exatamente aquele que eu quero que vá à minha loja e tenho tido razão”, revela. Raquel Monteiro explica que “os produtos que são anunciados, em deter-minada edição, são os que logo a seguir mais se escoam”. Prova que o retorno vale a pena.
revista dada • 31
mário e luísa jordão
“a presença de um anúncio da viasegura na dada é sinónimo de prestígio”
viasegura
Casados, com dois filhos de 8 e 11 anos, Mário e Luísa investiram num negócio de família. “O meu avô e pai foram mediadores de seguros”, recorda ele. Quando casaram, Luísa Jordão acabou por também participar no negócio, e quando surgiu a hipótese de criar uma empre-sa não hesitaram. “Uma concorrente vendeu o seu património e percebemos que era a oportunidade perfeita para investirmos numa marca própria”. No fundo, formalizaram algo que já vinha de gerações. “Se um dos nossos filhos quiser seguir o negócio ficaremos con-tentes, mas não os obrigamos a nada”, revela a empresária. O futuro passa pela aposta em novas áreas de negócio. “A crise assusta mui-ta gente, mas o caminho é a privatização de quase todos os setores, incluindo o da saúde, e como tal essa é uma área onde acreditamos que podemos crescer”.
revista dada
“Para nós, a presença de um anúncio da Viasegura é sinónimo de prestígio”, come-ça por explicar Luísa Jordão. “Sinceramente, nem procuramos com este investimento tra-zer mais clientes. Sempre considerámos que é importante marcarmos presença na revista como forma de mostrarmos o nosso valor, a nossa importância e a atenção que prestamos às empresas da nossa região”, explica. ►
32 • revista dada
maria do carmo alves
“mais publicidade na dada é sinónimo de mais vendas”
carmY
A vida de Maria do Carmo tem sido uma aven-tura, recheada de projetos interessantes. tudo começou numa fábrica de malas e sapatos, que existia no Vale de Santarém. “Comecei por ajudar a minha mãe que trabalhava lá. Produzíamos acessórios de grandes desig-ners e estilistas que eram vendidos em lojas no mundo inteiro”, gaba-se. A unidade fabril acabou por fechar, “fruto da concorrência chinesa”. Lembrou-se, depois, de investir na mesma área, mas numa loja. “Percebia do as-sunto, o Cartaxo tinha e tem uma localização perfeita, entre Azambuja e Santarém, e que eu considerava ideal para poder abarcar toda a região”, explica. E lá está, a Carmy. “Fomo-nos adaptando aos tempos, introduzindo outros acessórios e, agora, algumas peças de roupa. trato cada cliente como uma amiga e acho que esse é um dos segredos do sucesso”, assevera. No passado mês de março, a loja ce-lebrou 25 anos de existência. “O tempo voa!”, suspira.
revista dada
Maria do Carmo é uma das pessoas que acre-ditou, desde o início, no nosso projeto. “Quis arriscar porque sei que mais publicidade é si-nónimo de mais vendas. Não havia nada do género no Cartaxo e achei que tinha tudo pa-ra ter sucesso. E assim foi”, revela, contente. Passados cinco anos, a comerciante reconhece que a parceria tem sido perfeita e quer conti-nuar. “Criei laços com a DADA, gosto de ler a revista, reconheço-lhe a qualidade do grafis-mo, dos textos, das imagens, da cor, do papel. Não tenho qualquer reparo a fazer”, remata.
dada 5 anos
revista dada • 33
►
adélia machado e filipa heitor
“investir na dada é apoiar um projeto local”
labcartaxo“A LABCartaxo existe há 26 anos”, começa por contar Adélia Machado. Já passou por muitas mudanças, “normais para qualquer negócio”, alega a proprietária do laboratório de análises clínicas. “Fizemos obras, mudámos de sítio, tentamos apostar noutras áreas de interesse, já entraram e saíram empregados. Hoje, estamos estáveis, apesar de abalados com a crise”, re-sume a fundadora da empresa. Filipa Heitor, a filha, contrapõe: “acreditamos que isto vai dar uma volta. tem que dar. Apesar dos cortes orça-mentais, há áreas por explorar, como os seguros de saúde”. Atualmente, é a Filipa que toma con-ta do negócio, por iniciativa própria. “Nunca a obriguei a estudar nesta área”, garante a mãe. “Ela assim o quis. É claro que fico satisfeita e é,
para mim, uma forma de garantir a continuida-de e a segurança do negócio”, concluiu.
revista dada
Ambas as responsáveis pela LABCartaxo reco-nhecem a importância de anunciar na DADA. “É claro que o objetivo não é, propriamente, an-gariar mais clientes. Até porque a maioria vem diretamente dos centros de saúde, hospitais e empresas”, explica Adélia Machado. O intuito, revela, “é vestir a camisola de um projeto local, que, sabemos, é feito por pessoas da região e, ao mesmo tempo, ser útil em alturas de neces-sidade, porque os contactos estão na revista e a qualquer altura, alguém que precisa de nós tem o contacto nas páginas da revista”.
34 • revista dada
romana e miguel cruz
“a dada é a companheira perfeita do negócio”
revista dada
“Ela era mais desconfiada”, segreda Miguel. “A princípio, ela até nem queria muito fazer publicidade, mas eu insisti na ideia, porque sabia que era uma forma de projetar a nossa marca para outras partes do concelho”. Ainda apostaram na distribuição de folhetos mas o retorno era nulo. “Com as produções feitas na DADA, onde até o nossos filhos aparecem, os leitores e os nossos clientes têm uma forma de conhecer os produtos que, em consequên-cia, esgotam garantidamente. Fiquei, por isso, convencida”, responde, assertivamen-te, Romana. “Pelo caminho o nosso rebento passou a ser conhecido como modelo e até já dá autógrafos”, brincam. Ambos reconhecem os “maus tempos que o país atravessa”, mas acreditam que “o caminho só pode ser para a frente. E a DADA é a companheira perfeita. Sabemos que podemos contar com a equipa da revista para mostrarmos os nossos produ-tos. Sem ela, seguramente teríamos menos impacto”, assegura Miguel Cruz.
maria & migueis
O nome Marias & Miguéis diz tudo: uma lo-ja de roupa para rapazes e raparigas, dos 0 aos 16 anos. Criada há sete anos, a empresa foi um escape e uma salvação para Romana. “Estava desempregada na altura e sentia-me muito em baixo. O meu marido tentava-me animar mas eu estava muito deprimida. Até que ele sugeriu criar um negócio. No início não acreditei que tivesse alguma viabilidade, mas ele foi insistindo até que me conseguiu convencer”, diz, lançando um sorriso cúmplice a Miguel Cruz. “Acabei por me reinventar co-mo lojista”. Hoje, Romana sente-se realizada e todos os dias acorda com outra motivação. “Dou atenção a todos os pormenores: à mon-tra, aos produtos e à sua relação qualidade/preço, aposto em marcas boas e baratas, co-mo a Mayoral, e ganhei uma nova vida”.
revista dada • 35
sessões fotográficas | Potenciais/ Vitor Neno
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Vitor Neno é fotógrafo e fotojornalista, tem colaborado com diversos jornais e revistas a nível nacional, tais como o Record, Público, Revista Espaço & Design e empresas como a Casa das Peles, CNEMA, Easy Contact, Buss e Agências de Comunicação.
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36 • revista dada
sai uma dada se faz favor!
|texto António Dias
São autênticos colaboradores (e leitores) desde o primeiro
número. Em abril de 2007 aceitaram ajudar este novo pro-
jeto, contribuindo na distribuição de, em alguns casos, centenas de exem-
plares, em diversos pontos pela região. Hoje, fazem parte desta grande
família que é a DADA
helena vital papelaria marques vital
“às vezes levam mais que uma”
“O número que mais sucesso teve foi aquele que, há uns anos, vi-nha com uma amostra de perfume. Aí tive que controlar as entregas, porque muita gen-te pedia vários exemplares e não podia ser”, recorda Helena Vital. Desde o início que a proprietária da papelaria Marques Vital se in-teressou pelo projeto e tem estado atenta a todas as edições. “Gosto de a ler e sei que as pessoas apreciam os conteúdos. É uma for-ma de conhecer melhor as pessoas da nossa terra, as lojas, ficar a par de assuntos que não são tratados em nenhum outro meio”, opina. Também aqui as revistas desaparecem num instante. “Tenho sempre imensos clientes a perguntar pela dada”, confirma.
teresa pereirapapelaria académica
“não saiu e já perguntam pela dada”
Se, no início, po-deria haver alguma relutância em relação
ao nosso projeto editorial, depressa Teresa Pereira percebeu que a dada era também um chamariz para mais clientes. “Ainda a re-vista não saiu e já há pessoas que perguntam por ela. Muita gente sente falta, até antes de estar prestes a vir uma nova edição”, afir-ma. Como as edições saem às sextas-feiras, “raramente sobram exemplares para dar no sábado”, acrescenta. E segreda, sorrindo: “a maioria das pessoas que leva a revista é do sexo feminino, mas, muitas vezes, quando conheço bem os clientes, sugiro aos homens que a levem para as suas esposas ou filhas”.
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josé matias casa da fortuna
“muita gente acabar por descobrir coisas que nem conhecia!”
José Francisco Matias é res-ponsável por um dos principais pontos de distribuição da dada, na rua Batalhoz, e mostra-se sa-
tisfeito pela colaboração que dura desde o lançamento da revista. “Há quem leve mais que um exemplar para depois distribuir noutros sítios do concelho, como pro-prietários de café”, exemplifica. Há mais de vinte anos à frente da Casa da Fortuna, o comerciante assegura que “todos os exemplares desaparecem num ápice. Se mais tivesse, mais dava”. Ao fim deste tempo, acredita que “a dada tem muita importância na vida das pesso-as. Dá a conhecer as pessoas da terra, tem curiosidades, temas fáceis de ler e muita gente acaba por descobrir coisas da região, que nem sequer conhecia”.
paula mendes leitora e fã no facebook
“A dada rompe com a mentalidade comodista e foi esse carisma diferen-te que me chamou logo a atenção”
“Devo dizer que, desde que descobri esta revista, que a guardo religiosamen-te. O facto de ser dada deveria fazer com que recebesse um louvor. A dada rompe com a mental idade comodista e foi esse caris-ma diferente que me cha-mou logo a atenção”.
38 • revista dada
laura batistapapelaria lucio
“se tem sucesso? então não tem?!”
Laura Batista abre muito os olhos quando lhe per-guntamos pelo sucesso da dada. “Se tem suces-so? Então não tem? As pessoas estão sempre a
perguntar por ela. ‘Então já há dada’?’”, ouve com frequência. O segredo também é onde se coloca a revista. “Se a ponho num local mais visível, à entrada da papelaria, por exemplo, ela desaparece numa questão de minutos. Por isso, acabo, muitas vezes, por guardar alguns exemplares, até porque sei que há pessoas que a vão pedir”, revela.
antónia figueira quiosque da igreja
“guardo umas dez de propÓsito”
Todas as edições distri-bui mais de 200 revistas, só no seu ponto de ven-da. “Muitos dias, antes de sair, já há clientes que
me perguntam quando a revista chega. Tenho mesmo que guardar alguns exemplares por-que há pessoas que fazem questão de a ler e colecionar religiosamente”. Antónia Figueira reconhece o impacto que este novo projeto editorial tem na vida das pessoas: “muita gen-te gosta dos artigos, aborda assuntos da terra, e isso interessa aos nossos leitores”.
A REVISTA DADA ESTá nO FACEbOOk
fátima silva papelaria palmira
“coleciono todos os números”
Fátima Silva tem to-dos os exemplares da dada, exceto dois ou três números. “Não tenho a coleção in-teira porque os clientes não deixam. Foi o caso desta última edição [abril/maio] que, quando me apercebi, já tinha desaparecido toda!”, exclama, apontando para a banca. A equipa de reportagem não hesita e vai logo buscar uma, o que a deixa feliz. “Ain-da bem!”, diz, sorrindo. “Nem tinha tido tempo para a ler! Mas isto é o exemplo do sucesso da revista. Aqui em Pontével, desa-parece muito depressa”. E conta: “é como se fosse um ritual. Algumas pessoas nem chegam a entrar. Aparecem à porta, dão os bons dias e depois perguntam se já chegou a dada. Ficam logo contentes quando tenho uma para entregar”.
“opinião com futuro”penúltimas sextas-feiras de cada mês 22h às 23h BAR QUO VADiS
Um espaço para debater temas atuais e pertinentes do âmbito nacional.
REVISTA dada
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1. O que causa a filoxera, doença da vinha que chegou a Portugal em 1867?
5. Que ciência estuda a produção da uva?
3. Em que pais se encontram as caves de Mici Milestii, consideradas as maiores do mundo com 1,5 milhões de garrafas?
4. Em que ano foi publicado o primeiro livro sobre a vinha e o vinho português da autoria de Vicencio Alarte?
9. Em que ano, Carlos Paião e Candida Branca Flor cantaram no festival RtP da canção a música ‘Vinho Porto’?
7.Qual a região vitivinícola que produziu mais vinho em Portugal em 2010/2011?
8. Em que ano foi fundada a Adega Cooperativa do Cartaxo?
6. Que nome se dá a uma garrafa de vinho de 15 litros?
10. Que vinho da Quinta das Gregoças foi lançado para comemorar os 70 anos de Eusébio, o pantera negra?
Soluções: 1.Um insecto 2.Califórnia 3.Moldávia 4.1712 5.Viticultura 6.Nabucodonosor 7.Douro 8.1954 9.1983 10.Vinho do Porto
quizzzz enófilo2. Em que estado dos Estados Unidos decorre a ação do filme Sideways?
Vitivinicultura
Viticultura
Uvicultura
Um fungo Um inseto Uma bactéria
1981 1982 1983
Maine
Flórida
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Vinho do Porto Vinho Moscatel Vinho da Madeira
Magnum
Nabucodonosor
Salmanazar
1612 1712 1812
tejo Douro Alentejo
Moldávia
Roménia
Bulgária
1934
1954
1974
17. A que ano remontam as origens do vinho Commandaria, do Chipre, o vinho mais antigo fabricado no mundo?
14. Que tipo de vinho da Quinta do Vallado 2009 foi escolhido para ser servido nas Olimpíadas de Londres?
11. Qual o nome do deus romano do vinho, das festas, do lazer e do prazer?
18. Como se chama a arte do fabrico de vasilhas em madeira para armazenamento de vinho?
7.Qual a região vitivinícola que produziu mais vinho em Portugal em 2010/2011?
16. Em que filme português o ator António Silva faz referência ao vinho do Cartaxo?
13. Que pais foi o maior produtor de vinho no mundo em 2011?
12. Como se chama a ciência que estuda todos os aspetos relativos ao vinho?
15. O Marquês de Pombal criou, em 1756, a primeira região de vinhos demarcada do mundo, qual foi?
Soluções: 11.Baco 12.Enologia 13.França 14.tinto 15.Douro 16.Pátio das Cantigas 17.2000 a.C. 18.tanoaria
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Ecologia
Biologia
Pátio das Cantigas
Leão da Estrela
Canção de Lisboa
Vinho do Porto Vinho Moscatel Vinho da Madeira
Rosé Verde tinto
Dionísio
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Júpiter
Carpintaria tanoaria Marcenaria
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42 • revista dada
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dâmaso xavier dos santoslavrador e liberal
o cartaxo e a sua história
Natural de Lisboa, casado e pai de três filhos, Dâmaso Xavier dos Santos Leite (1770–1844) veio para o Cartaxo onde montou um negócio, apaixonou-se pela terra e tornou-se lavrador e rendeiro de grandes propriedades agrícolas que iam dos campos de Valada até Almoster. Começou por criar gado bravo
para ter ferro próprio que no dizer de “La Voz de la Afición” dos tempos de hoje, deu origem à casta vazqueño, gerando di-ferentes gados pelos cruzamentos sementais, tornando-se num importante ganadeiro da Península ibérica. Conta-se que tinha um toiro que habituou a “comer à mesa”. No ter-raço dos Chavões tinha a mesa, o toiro subia a rampa para receber o seu mimo e depois voltava à manada.
Amigo de Garrett que lhe chamava a honra e alegria do Ribatejo, foi o primeiro presiden-te da Câmara Municipal depois do Cartaxo se emancipar de Santarém. Com o despo-letar da guerra civil entre os partidários do absolutismo que tinham como cabeça do movimento D. Miguel e os do liberalismo como bandeira D. Pedro iV, tornou-se par-tidário acérrimo dos liberais que instalaram o seu quartel-general no Cartaxo. Os seus celeiros e adegas foram abertos à causa. Deu hospedagem ao marechal Saldanha e abas-teceu as tropas em acampamento. Quando da batalha de Almoster a 18 de Fevereiro de 1834 foi um autêntico “general civil” tais eram os trilhos que calcorreava montado no seu cavalo indicando posições, o que lhe valeu depois a Ordem Militar de Torre e Es-pada de Valor, Lealdade e Mérito e o título de Comendador.
Mas a sua grande generosidade, associada
Rogério Coito Historiador
revista dada • 43
aos maus anos agrícolas e às complicações políticas conduziram-no à ruína financeira. Doente do coração, o Marquês de Niza de quem era amigo, levou-o para repousar na sua Quinta da Foz em Benavente, mas o seu estado piorava cada dia. Pediu então que o levassem aos Chavões para da varanda do terraço olhar a lezíria. Os campinos soube-ram e no dia da sua visita trouxeram gados de muitos lados que desfilaram por debaixo da varanda bamboleando os chocalhos numa autêntica sinfonia de despedida. Pela pri-meira vez as lágrimas toldaram-lhe os olhos. Voltou à Quinta da Foz, mas o seu coração já fraco, não aguentou. Trouxeram o seu cor-po para o cemitério do Cartaxo e no epitáfio escreveram a memória de um fidalgo e cava-lheiro. Mas no imaginário popular ficou para sempre a lembrança de alguém que entrou na política e ficou arruinado, mas que foi fiel aos seus ideais até ao fim.
Rogério Coito escreve de acordo com a antiga ortografia Rua 5 de Outubro, bloco C, r/c dto CARTAXOtelefone 243790765/6 fax 243790767
Director Clínico Dr Pedro José de Sousa Leal Teixeira Alves
ESPECIALIDADES MÉDICASMEDICINA GERAL E FAMILIAR, PEDIATRIA, PSIQUIATRIA, GINECOLOGIA/OBSTETRÍCIA
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A Clínica integra Serviços Médicos, Fisioterapia, Bem-Estar (Psicologia, Nutrição e Estética) e Medicinas Alternativas (Acupunctura). Procuramos facilitar o acesso à saúde eliminando as desigualdades existentes na sociedade
horário das 8h às 20h não encerra à hora de almoço
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Dâmaso Xavier dos Santos
44 • revista dada
Vasco Casimiro [email protected]
Quase quarenta anos após a revolução de abril que nos trouxe a democracia e a liberdade de expressão, posso afirmar que passamos pelos momentos mais difíceis da democracia por-tuguesa. Os portugueses, e os cartaxeiros em especial, enfrentam momentos complicados, reforçados negativamente pelo crescimento do desemprego, pela redução salarial, pelo au-mento dos preços dos transportes públicos e dos cuidados de saúde, pela maior dificuldade em aceder a um verdadeiro “serviço público” de qualidade e essencial aos cidadãos.
O nosso futuro coletivo terá que, antes de mais, assentar nos bons exemplos do pas-sado, reconhecendo, naturalmente, os erros cometidos, corrigindo o que houver para cor-rigir, mas também enaltecendo o que de bom foi feito. Tanto haveria para discutir sobre o nosso país mas centraria este breve comentá-rio no “nosso” Concelho do Cartaxo.
Há poucas semanas, o jornal “O Povo do Cartaxo” brindou-nos com duas entrevistas a personalidades políticas da nossa terra que mui-to admiro, Renato Campos e Conde Rodrigues, ambos antigos Presidentes da Câmara Munici-pal do Cartaxo eleitos pelo Partido Socialista. São, para mim, referências políticas e pessoais pela sua simplicidade e humildade, mas também pela forma desprendida como contribuíram em funções públicas para o Cartaxo.
Das duas entrevistas conclui-se facilmente que, após 1974, o Partido Socialista do Car-taxo, conjugando esforços com outras forças partidárias, foi o principal responsável pela evolução do nosso concelho, dotando-o de
infraestruturas básicas e essenciais para o seu desenvolvimento, sustentabilidade e qualida-de de vida. Mas o Partido Socialista também é o principal responsável pelo estado pre-sente do nosso concelho. Assumir toda a responsabilidade é um caminho a fazer para continuar a merecer a confiança de todos os Cartaxeiros, independentemente dos prota-gonistas que surgirão.
A breve ilação a reter do passado para o futuro é a de que, com união, entreajuda e trabalho, se consegue fazer muito, havendo a necessidade de envolver todos os concidadãos e atuando de forma pragmática, clara e transparente.
O Cartaxo do futuro só poderá ser construí-do com base num espírito coletivo e de puro altruísmo!
Os meus parabéns à revista dada pelos seus cinco anos. Votos de muito sucesso para o futuro.
opi
niã
o
passado e futuro – altruísmo coletivo
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Direct. Técnica: Maria Adélia Machado Lic. em Ciências Farmacêuticas
Ana Filipa Machado Mest. Integrado em Ciências Farmacêuticas
Filipa Gaspar Lic. em Análises Clínicas
aberto à hora de almoço 2ª a 5ª 8h00/18h30, 6ª 8h00/18h00
sábado 9h00/11h00
Vasco Casimiro [email protected]
46 • revista dada
Gonçalo Gaspar [email protected]
O atual quadro legal concede competência à câmara municipal no âmbito do apoio a ati-vidades de interesse municipal: […] Apoiar ou comparticipar, pelos meios adequados, no apoio a atividades de interesse municipal, de natureza social, cultural, desportiva, recreativa ou outra – artº64º nº4 al.b) da Lei nº 169/99, de 18 de setembro que estabelece o quadro de competências dos órgãos dos municípios.
Para cumprimento político desta com-petência, a câmara municipal do Cartaxo inscreveu no seu orçamento municipal para o ano de 2012 uma verba de valor superior a cem mil euros, para apoio a atividades de interesse municipal, ou seja, para apoio às coletividades do concelho.
A simples consagração legal desta compe-tência, bem como a inscrição de verba no orçamento municipal, não gera, só por si, na câmara municipal o dever de comparti-cipar, nem gera nas coletividades o direito a
receber qualquer atribuição efetiva de apoio financeiro ou de outra ordem.
Para isso são necessários mecanismos de obrigação efetiva que possam gerar tal di-reito – a assinatura de protocolos entre a câmara municipal e as coletividades, através dos quais as partes se obrigam, uma a pagar e a outra a receber.
Contudo, a câmara municipal do Cartaxo já fez saber que não vai assinar quaisquer protocolos com as coletividades do concelho para o ano de 2012, dado que não existe disponibilidade financeira, o que significa, por um lado, a mi-séria financeira em que se encontra a câmara municipal e, por outro, o efetivo abandono do cumprimento da sua competência em apoiar as atividades de interesse municipal, de nature-za social, cultural, desportiva e recreativa.
Assim, pergunta-se – para que serve a ins-crição de tal verba no orçamento camarário? Erro ou mentira?
A cultura, o desporto e as atividades recre-ativas desenvolvidas pelas coletividades, acabam de ser abandonadas pela câmara municipal do Cartaxo, liderada pelo PS.
Contudo a força do associativismo po-pular, pelo seu dinamismo, criatividade e atualidade, continuarão a desenvolver o seu importante contributo social.
opi
niã
o
associativismo perde apoios do poder local
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revista dada • 47
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escravos da aparência
a esferaSónia Parente Psicóloga Clínica Mestre em Psicologia [email protected]
Na sociedade atual, a sobrevalorização da aparência gera pressões em busca dos padrões de perfeição impostos. Basta olharmos para a publicidade na televisão, folhear revistas, ob-servar outdoors para percebermos que somos invadidos com imagens de modelos de beleza e perfeição que ficam no nosso inconsciente.
O culto ao corpo ideal e a busca eterna da juventude são muito valorizados. É natural que, por vezes ao olharmos para o espelho, sintamos vontade de mudar alguma coisa em nós que pouco tempo depois passa, mas cada vez há mais pessoas que procuram um ideal de beleza e que ficam presas a modelos que são praticamente inalcançáveis. Nem todos podemos ter as medidas perfeitas e o esfor-ço para atender às pressões da perfeição pode levar ao esquecimento da singularidade pró-pria de cada sujeito. Cada pessoa tem as suas próprias características físicas bem como de personalidade. A insatisfação constante com a aparência em busca das medidas perfeitas revela que não existe autoaceitação e, por isso, se tem uma baixa autoestima, como se só ti-vesse valor se estiver dentro desses padrões.
O culto da aparência de uma forma tão marcante pode levar a vários tipos de trans-tornos alimentares, que na nossa cultura encontram várias formas de expressão: as constantes dietas mágicas, exercício físico em excesso, medicamentos milagrosos com efeitos secundários terríveis, cirurgias estéti-cas exageradas, e no extremo a anorexia e a bulimia, doenças que se têm vindo a tornar elas próprias sintomas da nossa sociedade (abordadas no próximo artigo).
Cuidarmos de nós e da nossa aparência é saudável mas é importante sabermos aceitar-mo-nos como somos, sem ficarmos presos a modelos de corpos ideais em detrimento de sermos nós mesmos. De nada adianta preocuparmo-nos exageradamente com a aparência pois se não existir uma autoaceita-ção a insatisfação manter-se-á.
Comemoramos este mês cinco anos da re-vista dada e tenho a satisfação de a ter visto nascer e crescer. Parabéns!
48 • revista dada
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Festa do VinHo 2012 PROGRAMA
27 abril a 1 maio Pavilhão Municipal de Exposições
27 de abril 09h00 ii Concurso de Vinhos Engarrafados do tejo 18h00 Abertura do Certame 19h30 Sessão Oficial de Abertura 21h00 Espetáculo com o Grupo Os Charruas 02h00 Encerramento do Certame
28 de abril 11h00 Abertura do Certame - na zona das tasquinhas 17h00 Orquestra de Acordeões da Sociedade Filarmónica Cartaxense 17h00 ás Cinco um brinde aos 5 anos da Revista DADA 17h30 Prova de Vinhos para a Restauração 19h00 Prova de Vinhos para o Público 20h00 Festival de Folclore 02h00 Encerramento do Certame
29 de abril 09h00 Feira Rural – Parque Central da Cidade 11h00 Abertura do Certame 15h00 Orquestra Filarmónica de Vale da Pinta 17h00 Sessão Fotográfica ‘A Melhor Mãe do Mundo’ A Revista DADA convida mães e filhos para uma produção fotográfica no seu espaço na Festa do Vinho (pavilhão interior) 19h00 Prova de Vinhos para o Público 21h00 Atuação do Cantor Jorge Manuel 00h00 Encerramento do Certame
30 de abril 11h00 Abertura do Certame 14h00 Desfile das Vindimas nas ruas do Cartaxo crianças do 1ºciclo 15h00 Seminário “O Poder Local, o Vinho e o Mundo Rural” Entrega dos prémios do concurso de Vinhos da Campanha 2011/12 do Melhor Vinho à Produção do Concelho do Cartaxo e da Região do tejo Auditório Municipal – Quinta das Pratas 18h15 Cerimónia do V Aniversário da AMPV Entrega dos Prémios Prestígio da AMPV Prémio Entidade do Vinho 2011 Personalidade do Vinho 2011 – Quinta das Pratas 18h30 Prova de Vinhos para Novos Consumidores 20h30 Vinha, Vinho e Fado 4 primeiros finalistas do i Concurso de Fado Amador do Concelho do Cartaxo promovido pela Rádio Cartaxo e O Povo do Cartaxo 02h00 Encerramento do Certame
1 de maio 11h00 Abertura do Certame 15h00 Grupo Coral Agrupamento Marcelino Mesquita 17h00 Corrida de touros – Praça de touros do Cartaxo 19h30 Provas de Vinho para o Público 20h30 Espetáculo musical 23h00 Encerramento do Certame
50 • revista dada
o que torna uma terra ‘viva’?
Uma terra não se torna nem mais viva nem melhor quando cresce. Durante muitos anos o lema dos responsáveis políticos autárquicos tem sido “quanto maior, melhor”. E mostram-se os nú-meros de habitantes que crescem, os bairros que proliferam, as casas que se constroem. Claro, os autarcas ganham mais quando se passa de vila a cidade.
Esse crescimento torna, só por si, a terra um lugar mais vivo, com mais qualidade de vida? Na minha opinião, a resposta é NÃO.
Uma terra torna-se mais viva quando as pessoas são a sua prioridade. Quando os espaços são pen-sados para elas. Quando há mais serviços que lhes são dedicados. Quando se respeitam e se levam a sério na sua identidade e nas suas necessidades. Quando é a qualidade de vida das pessoas “que mais ordena”. Quando se criam condições para alargar horizontes, das viagens a novos saberes.
Jardins, cine-teatro, lugares de convívio, tempo para conversar e para conviver, momentos de fes-ta e de alegria, associações – económicas, sociais, culturais, desportivas – iniciativas, desde o apoio aos animais abandonados à recuperação do pa-trimónio, da Eco-Cartaxo à história dos lugares e das pessoas, são esses os “indicadores” duma ter-ra amiga dos seus habitantes e em que gostamos de viver.
Bem sei que os tempos têm estado virados do avesso – o que interessava era tudo MUitO, GRAN-DE, ViStOSO e RáPiDO. isso não nos torna mais felizes, está provado. Não quero um Cartaxo que seja uma periferia de Lisboa, vazia de pessoas que só se encontram, ao fim de semana, nas compras em grandes superfícies.
Gosto do pequeno comércio – alguém se lem-bra da “mercearia da Paz”, da “loja do Pereirica” – desculpe, Sr. Pereira – da taberna do toni ou da sapataria do “Constantino”?
É essa identificação que nos faz sentir “em casa” e, quando estamos longe, ter saudades da nossa terra e das pessoas que são, também, um pouco “nossas”.
Nostalgias de primavera? NÃO.Vêm estas observações a propósito dos 5 anos
(uma proeza!) da revista DADA que tem sido um elo de ligação entre as pessoas, o pequeno co-mércio e a vida económica, cultural e cívica do Cartaxo. E que encontra eco no nosso distrito.
Quando desaparece o prémio “Rui Silva”, re-volto-me com a Câmara. Há dinheiro para coisas tão inúteis (como aquele horrível e quase invisível monumento de pedra à entrada do jardim – um arco cujo significado nunca percebi), o novo par-que de estacionamento central continua fechado e matam-se inciativas cheias de significado huma-no – modestas, aliás – como foi o caso do prémio Rui Silva?
Não terá chegado a altura de refletirmos sobre o que é realmente importante para o nosso bem estar individual e coletivo, para estreitarmos rela-ções entre nós? Há pouco tempo ouvi, dita por um filósofo francês, que “o crescimento não pode ser infinito num planeta finito”. Dá que pensar.
A DADA faz parte do mundo em que me sinto feliz. Parabéns pelos 5 anos de vida (difícil, bem o sei). Apesar da crise. Porque tenho a consciên-cia que somos donos do nosso futuro, se assim o quisermos. Não o temos sido ao longo da histó-ria? Entre derrotas e vitórias, o mais importante é LUtAR e não sermos indiferentes. Porque se o formos, ficamos sozinhos.
Ana Benavente, Socióloga
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