REVISTA CIPA 438
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DESDE 1978
arço 2016 _ Ano 38Nº 438 _ R$15
www.revistacipa.com.br
CADERNONFORMATIVO DE
PREVENÇÃODE ACIDENTES
CABINES DE PINTURAComo evitar a inalação de
substâncias químicas
ENTREVISTA
JOSÉ LEANDRO DA SILVA NETOO papel do engenheiro do trabalho
AGROTÓXICOSPROTEÇÃOCONTRA
COMO GARANTIR A SEGURANÇA DOS TRABALHADORESQUE APLICAM DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
Disponível
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Trabalho em Altura
Proteção Térmica
Espaço Connado
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março_2016
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Sumário
COLUNASLegislação em SST ............................................56
Odontologia do Trabalho ..................................66
Vetor ...............................................................72
Meio Ambiente e Sustentabilidade ....................94
ENTREVISTA
ARTIGOSInstalações Elétricas ..........................................68
Ergonomia .......................................................74
NR-35 ..............................................................88
Investimentos Preventivos .................................98
SEÇÕESTá na Rede ...........................................................8
SST Global .......................................................10
Cipa Notícias ....................................................12
Fique Sabendo .................................................22
Repercussão .....................................................26
Destaque - Proseg.............................................92
Acontece .....................................................100
Vitrine ..........................................................102
Agenda ........................................................104
Leitor em Alerta ............................................106
PRESIDENTE DA ANEST
VESTIMENTASDE PROTEÇÃO
32
42 EXAMESTOXICOLÓGICOS
58 INDÚSTRIA
48 RISCOSQUÍMICOS
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Líder em equipamentos de proteção, a LEAL éespecializada também em projetos e instalaçõesde linhas de vida. Nossa equipe mapeia as
necessidades de cada cliente e implementa amelhor solução para que os trabalhadores fiquemprotegidos em conformidade com as normas NR35,sem perder a flexibilidade e a produtividade. Nosso trabalho contempla:· ART (Anotações de Responsabilidade Técnica);· Memorial de cálculo;· Projeto Executivo;· Book técnico;· Instruções de uso do sistema. Fazemos instalações para as seguintes áreas:
· Linha de Vida para Carga e Descarga· Linha de Vida em Trilho ou Cabo de Aço· Linha de Vida em Telhado· Fabricação e Instalação de Escada Marinheiro· Entre outros Na hora de projetar uma linha de vida em suaempresa, confie em quem já se mostrou a melhor.
Confiançaem alta.
(11) 2189 5333
(11) 2189 5300
LEAL.COM.BR LEAL À SUA CONFIANÇA
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Sumário
COLUNASLegislação em SST ............................................56
Odontologia do Trabalho ..................................66
Vetor ...............................................................72
Meio Ambiente e Sustentabilidade ....................94
ENTREVISTA
ARTIGOSInstalações Elétricas ..........................................68
Ergonomia .......................................................74
NR-35 ..............................................................88
Investimentos Preventivos .................................98
SEÇÕESTá na Rede ...........................................................8
SST Global .......................................................10
Cipa Notícias ....................................................12
Fique Sabendo .................................................22
Repercussão .....................................................26
Destaque - Proseg.............................................92
Acontece .....................................................100
Vitrine ..........................................................102
Agenda ........................................................104
Leitor em Alerta ............................................106
PRESIDENTE DA ANEST
VESTIMENTASDE PROTEÇÃO
32
42 EXAMESTOXICOLÓGICOS
58 INDÚSTRIA
48 RISCOSQUÍMICOS
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Líder em equipamentos de proteção, a LEAL éespecializada também em projetos e instalaçõesde linhas de vida. Nossa equipe mapeia as
necessidades de cada cliente e implementa amelhor solução para que os trabalhadores fiquemprotegidos em conformidade com as normas NR35,sem perder a flexibilidade e a produtividade. Nosso trabalho contempla:· ART (Anotações de Responsabilidade Técnica);· Memorial de cálculo;· Projeto Executivo;· Book técnico;· Instruções de uso do sistema. Fazemos instalações para as seguintes áreas:
· Linha de Vida para Carga e Descarga· Linha de Vida em Trilho ou Cabo de Aço· Linha de Vida em Telhado· Fabricação e Instalação de Escada Marinheiro· Entre outros Na hora de projetar uma linha de vida em suaempresa, confie em quem já se mostrou a melhor.
Confiançaem alta.
(11) 2189 5333
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Regulamentação da profissão de mergulhadorA Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 6.133/13, do
deputado licenciado Sergio Zveiter (PSD-RJ), que reconhece a profissão de mergulhador. O texto aprovado é um substitutivo
do relator, deputado Benjamin Maranhão (SD-PB), que considera mergulhador profissional aquele
que participa de atividades subaquáticas em ambiente hiperbárico, com fins de apoio à extração
de recursos naturais, à pesca profissional, à prestação de socorro, ao resgate de objetos e pessoas,
à construção e manutenção de unidades e estruturas submersas e à instrução de mergulho
profissional. O texto reconhece dois tipos de mergulhadores profissionais: o primeiro, do tipo raso, é
aquele cujo exercício se limita a 50 metros de profundidade. O segundo, do tipo profundo, quando
ultrapassa esse limite. Confira a matéria na íntegra no site da Cipa, seção “Legislação ”.
Aposentadoria especialA Comissão de Serviços de Infraestrutura aprovou o Projeto
de Lei Complementar 233/2003 que pode consolidar em uma
única norma todas as regras para a concessão de aposentadoria
especial. Atualmente essas regras estão dispersas em diferentes
leis, decretos e portarias. O projeto, do senador Paulo Paim (PT-
RS), foi aprovado na forma do substitutivo apresentado pelo
relator, Acir Gurgacz (PDT-RO), que acatou parte das mudanças
sugeridas pelo autor. Uma delas é a permissão para expedição
do laudo técnico-profissional por pessoa que não seja médico do
trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. O documento
também poderá ser emitido pelo Ministério do Trabalho ou pelas
delegacias regionais do trabalho. Leia a matéria completa na
seção “Legislação” , do site da revista Cipa.
Empresas culpadas por acidentesde trabalho na mira do governoA site da revista Cipa divulgou que o Governo Federal prepara
uma estratégia para alavancar as ações de empresas culpadas por
acidentes de trabalho de seus funcionários. A projeção é dobrar
até 2017 o ritmo de apresentação de processos de cobrança à
Justiça, além de priorizar os casos coletivos. A cada ano, cerca de
400 ações de cobrança, conhecidas como regressivas, são levadas
à Justiça. O número de benefícios previdenciários decorrentes de
acidente de trabalho, entretanto, é bem maior: em 2013 foram
concedidos 377 mil novos benefícios. Embora nem todos sejam
de responsabilidade do empregador, a Procuradoria-Geral Federal,
que representa o governo na Justiça, considera que o número de
processos é tímido demais. Para elevar o volume, o órgão criará
ainda este ano um grupo especializado nessas ações. A ideia é
chegar a cerca de 800 processos por ano em 2017.
Pesquisa sobre formação profissional em segurança do trabalhoO Sintesp (Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho do Estado de São Paulo) elaborou e publicou no seu portal na internet
uma pesquisa de formação profissional dirigida aos profissionais técnicos de segurança do trabalho do Estado de São Paulo, base
territorial abrangida pela entidade. O objetivo foi criar subsídios para discussões sobre a qualidade do ensino da
formação profissional e a criação de um currículo escolar que atenda aos anseios da categoria e das necessidades
relacionadas à formação profissional, frente aos desafios atuais. Dentre vários apontamentos, o estudo
destaca que a formação em técnicos de segurança do trabalho requer uma complementação. Por meio
da pergunta “após a conclusão do curso, consideraram que faltou algum tema no aprendizado?”,
54,24% dos profissionais informaram que sim, 30% responderam que não, 12% não souberam
informar e 3,24% não responderam. Saiba mais em www.revistacipa.com.br
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S S T G
L O B A L
Taxa de acidentesde trabalho em Portugal
Somente entre janeiro e julho de 2015 cerca de 76 pessoas morreram em acidenteslaborais em Portugal. Segundo a agência de notícias RTP, o país possui a maior ta-
xa de acidentes de trabalho da Europa. Os dados da ACT (Autoridade para as Condi-
ções de Trabalho) registram 135 mortes em acidentes de trabalho. Em 2015, como nos
anos anteriores, o setor de construção civil aparece como o mais perigoso.
O Ministério da Promoção do Trabalho e Emprego do Peru e o EsSalud (Seguro de
Saúde Social) assinaram um acordo interinstitucional para promover a integração
efetiva e sustentável de pessoas com deficiência ao mercado de trabalho, por meio da
aliança estratégica de serviços de emprego do Ministério com habilitação e reabilita-
ção do EsSalud. O ministro Maurate Daniel Romero disse que equipes técnicas das duas
instituições vão trabalhar juntas para concretizar a integração. “Com este trabalho em
conjunto voltado ao emprego e reabilitação, esperamos atingir em 2016 mais de 2000
pessoas com deficiência seguradas”. A CEO da EsSalud, Virginia Baffigo, salientou que
esta ação facilitará também o atendimento de demandas específicas de empregadores
que estão à procura de trabalhadores com deficiência.
A França reconheceu co-
mo uma doença ocupa-
cional um tipo de câncer do
sistema imunológico, o linfo-
ma não-Hodgkin, que afeta
principalmente os agriculto-
res expostos a pesticidas no
exercício de sua profissão.
“A exposição pode ser resul-
tado da manipulação e uti-
lização dos pesticidas, inala-
ção ou mesmo contato comculturas, áreas, animais tra-
tados ou manutenção de
máquinas para aplicação de
pesticidas”, informa o decre-
to expedido pelo Ministério
da Agricultura francês.Ain-
da segundo o comunicado,
o reconhecimento desta do-
ença permitirá que muitas ví-
timas consigam obter assis-
tência médica ligada a sua
condição e recebam uma in-
denização”, afirmou em co-
municado a associação Phy-
to-Victimes, que milita pelo
reconhecimento do impacto
dos pesticidas na saúde. Em
março do ano passado, cin-
co pesticidas, entre eles um
dos mais utilizados no mun-
do, foram qualificados como
possíveis ou prováveis cance-
rígenos pela agência do cân-cer da OMS (Organização
Mundial de Saúde). O glifo-
sato, presente entre outros no
Roundup, e os inseticidas ma-
lathion e diazinon foram clas-
sificados como prováveis can-
cerígenos para o homem pela
IARC (Agêcia Internacional de
Investigação sobre o Câncer),
com sede em Lyon, na França.
O Ministério do Trabalho da Colômbia, em parceria com a Acoset (Associação Co-
lombiana de Empresas e Serviços Temporários), desenvolveu um guia que forne-
ce técnicas básicas para promover e proteger a saúde dos trabalhadores temporários. O
material, que estabelece diretrizes para implementação do SG-SST (Sistema de Gestão
de Segurança e Saúde no Trabalho), foi formulado principalmente para que as empre-
sas que utilizam esse tipo de mão de obra saibam exatamente como prevenir possíveisacidentes e doenças ocupacionais. A medida foi tomada para tentar barrar o crescimen-
to da taxa de acidentes com trabalhadores temporários, que saltou de 10,7% em 2014
para 12,3% no ano passado, de acordo com dados do governo colombiano.
Reinserção laboral
Linfomascausadospor pesticidas
Técnicas básicas de SST
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S S T G
L O B A L
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Sesc MS oferece cursos paraprevenir acidentes de trabalho
Em Mato Grosso do Sul, no intuito de alcançar a qualidade de vida para os trabalhadores do comércio, o Sesc MSoferece cursos voltados à saúde do trabalhador para auxiliar o empresário no cumprimento de suas responsabilida-
des em face a legislação atual. Dentre as obrigações legais, estão: elaboração de PPRA (Programa de Prevenção de Ris-cos Ambientais) em conformidade à NR-9; curso de capacitação para membros de CIPA (Comissão Interna de Prevençãode Acidentes) de acordo com a NR-5; e realização de SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho),com temas voltados à saúde do trabalhador como, por exemplo, álcool, tabaco, drogas, DST/AIDS, dentre vários outros.Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (67) 3311-4300.
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Macacãocom cinto desegurança
ARTEFLEX recebe nova certificaçãopara a tecnologia Gore-Tex
Francisco de Assis Olivei-ra criou um macacão pa-
ra trabalhadores da indústriae da construção civil que sedestaca por ter já embuti-dos na própria peça os cin-tos de segurança ao trabalho.A expectativa do inventor édiminuir os custos da indús-tria com os equipamentos desegurança, ao mesmo tempo
em que o usuário terá umapeça melhor adaptada às su-as necessidades.“Uso esses macacões há maisde trinta anos: há vários mo-delos, a maioria complica-da de vestir e muito pesada.Elaborei em uma modelagemmais bem adaptada ao bióti-po do brasileiro e com os cin-tos já integrados, o que fa-cilitaria o uso e traria mais
conforto ao operário”, expli-ca Oliveira. O projeto prevêque o macacão e o cinto se- jam produzidos com tecidostecnológicos, o que garanti-rá a resistência e a segurançanecessárias ao usuário. Alémdisso, o fato de cinto e maca-cão comporem uma peça úni-ca também ajudará a reduziros custos e a facilitar o uso
correto pelos trabalhadores.De acordo com Oliveira, o“macacão de segurança” jáfoi registrado junto ao INPI(Instituto Nacional de Pro-priedade Industrial) e, des-de então, o projeto aguardaum investidor para dar inícioa produção, seja por meio davenda ou licenciamento dapatente, ou ainda por meiode sociedade.
O congresso da ISMA-BR, que acontecerá de 21 a 23 de junho em Porto Alegre (RS),oferecerá uma perspectiva multimodal cognitiva e comportamental. Os congressis-
tas serão capacitados para identificar as situações estressoras que podem levar ao ado-ecimento e criar estratégias de gerenciamento que permitam uma vida mais saudável eprodutiva. O evento terá a participação da dra. Pamela Hymel, MD, MPH (EUA), diretoramédica da Walt Disney Parks and Resorts (WDPR), onde é responsável pela integraçãode uma estratégia de saúde e bem-estar, e do dr. T. Warner Hudson, MD (EUA), diretordo Sistema de Saúde Ocupacional dos Funcionários da UCLA, a maior universidade daCalifórnia. Ambos visitarão o Brasil pela primeira vez. Informações no site http://www.is- mabrasil.com.br/congressos/congresso-2016/programa ou pelo telefone (51) 3222-2441.
Congresso de estresse e QVT
A Arteflex segue sendo a única marca brasileira a produzir calçados de segurançacom a tecnologia Gore-Tex. A empresa especializada em produtos do gênero foi
novamente auditada pelos técnicos e representantes da tecnologia, que conferiramà Arteflex um novo certificado. A Gore-Tex é uma membranamicroporosa com propriedades de impermeabilidade e trans-pirabilidade, que proporciona melhor desempenho e aumen-
ta a concentração e a segurança do colaborador. “Esse é umdiferencial que só o produto Arteflex possui. A certificaçãovem após uma rigorosa inspeção realizada pelos detentores
da tecnologia. A partir do que eles viram na nossa linha deprodução, automaticamente renovaram a licença”, ex-
plica o diretor executivo da Arteflex, Evandro Kunst.As linhas que utilizam a membrana são desenvol-
vidas para aliar a impermeabilidadeda tecnologia Gore-Tex com a al-ta resistência, gerando um calça-do confortável e seguro.
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Autuações por ausênciadas informações do Selode Conformidade
HU de Sergipe realiza 1a Sipat
O HU-UFS (Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe) realizou nosdias 27 e 28 de janeiro a primeira Sipat (Semana Interna de Prevenção de Aciden-
tes), que teve como tema “Construindo um Ambiente Seguro no HU”. O evento abran-geu palestras e entretenimento para todos os servidores do hospital. De acordo com oatual presidente da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) do HU-UFS, Ja-der Pereira Neto, a Sipat objetivou conscientizar os empregados sobre a saúde e segu-rança no trabalho. “Já foram traçados os mapas de risco do hospital para possibilitar ouso de estratégias relacionadas à prevenção de acidentes. Em março, haverá nova elei-
ção para a comissão, e espero que os colaboradores do HU continuem dando suges-tões e também prestando informações”, disse.
Por meio de uma circular, a Animaseg (Associação Nacional da Indústria de Mate-rial de Segurança e Proteção ao Trabalho) informou que o Ipem ( Instituto de Pesos
e Medidas) estava autuando as empresas fabricantes, distribuidoras e revendedoras deEPIs (Equipamentos de Proteção Individual) pela falta da divulgação das informaçõesdo Selo de Certificação no Comércio Virtual e em catálogos, banners e outros mate-riais publicitários (Portaria Inmetro 333/2012).A Animaseg informa na circular que, para expor o selo, em qualquer material publicitá-rio, as empresas precisam atender à Portaria 274/2014, que regulamenta a autorizaçãopara o uso do selo e que exige a necessidade de se fazer a “Solicitação do Uso do Seloem Material Publicitário”. O procedimento do Inmetro para a regularização pode ser con-ferido pela internet , por meio do link: http://www.inmetro.gov.br/qualidade/autSelo.asp
F o t o : A r q u i v o
I n f o n e t
Unidade hospitalar pretende promover um ambiente mais seguro
Para marcar o Dia Inter-nacional de Prevenção
às LER/DORT (Lesões por Es-forços Repetitivos e DoençasOsteoarticulares Relaciona-das ao Trabalho), celebradoem 28 de fevereiro, o Cerest(Centro de Referência em Saú-
de do Trabalhador) de Maceió(AL) promoveu uma campa-nha de conscientização sobreo tema. A iniciativa realiza-da pelo Cerest buscou alertaros trabalhadores sobre ques-tões relacionadas à ergono-mia no ambiente de trabalho,bem como a adoção de atitu-des que favoreçam o proces-so produtivo e a qualidade de
vida dos colaboradores. Alémdisso, a equipe do Cerest dis-tribuiu material informativo,repassou orientações sobre asLER/DORT, doenças ocupacio-nais causadas por as posiçõesergonômicas incorretas, e dis-ponibilizou, em parceria coma Faculdade Estácio/FAL, ses-sões de massoterapia para osservidores que atuam no pré-dio sede da Secretaria Muni-
cipal de Saúde. Durante as in-cursões pelos diversos setoresda Secretaria, a equipe desta-cou a necessidade dos traba-lhadores se manterem atentosa sintomas como desconfor-to, fadiga, sensação de pesoou diminuição de força, formi-gamento, dormência, inchaço,enrijecimento muscular e cho-ques nos membros.
Campanharessaltaprevenção
contra LER/DORT
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Guia de seleção e uso de calçados
O Grupo Setorial de Calçados de Segurança da Animaseg (Associação Nacio-nal da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho) está ela-
borando um Guia de Seleção e Uso de Calçados de Segurança, visando oferecerum instrumento de consulta para todos os profissionais de segurança e consumi-dores, para que estes possam, a partir da avaliação dos riscos de seus ambientesde trabalho, conhecer as características que o calçado de segurança deve ter pa-ra prevenir possíveis acidentes. Para ajudar a compor o material, o grupo está uti-lizando, além dos conhecimentos das próprias empresas, o suporte do Senai /RS.
Adicional deinsalubridadeem grau
máximoA Segunda Turma do TST
(Tribunal Superior doTrabalho) determinou adicio-nal de insalubridade em graumáximo a uma encarregadade limpeza de cemitério lo-calizado em São Paulo (SP).Segundo o laudo pericial, elaera responsável por limpar as
salas de velório, lavar o ba-nheiro, recolher o lixo desteslocais e varrer a parte exter-na ao redor do velório (esta-cionamento), ou seja, tinhahabitualmente contato e eraexposta à ação de agentes in-salubres de origem física, quí-mica e biológica.Contratada como auxiliar delimpeza em 1999 para tra-balhar no Cemitério Munici-
pal de Vila Formosa, ela foipromovida a encarregada em2005, no Cemitério Munici-pal da Saudade, em São Mi-guel Paulista, que atende to-da a população da zona lesteda capital paulista e recebe,em média, 200 sepultamen-tos por mês.A funcionária contou aindaque até 2003 recebia adicio-
nal de insalubridade em graumínimo. Além disso, mesmo-depois, na função de encarre-gada, além das condições deinsalubridade serem as mes-mas, ela manuseava produ-tos de limpeza para distribuiraos auxiliares, sem equipa-mentos de proteção indivi-dual, porque não havia quan-tidade suficiente para todosos empregados.
Coleta de lixo: MPT quer garantirtransporte seguro de trabalhadores
Impedir que trabalhadores que atuam na coleta de lixo sejam transportados nos estri-bos dos caminhões e garantir o cumprimento das normas regulamentadoras são os
objetivos de uma notificação expedida pelo MPT-SE (Ministério Público do Trabalho deSergipe) ao município de Aracaju, à Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) etambém à ABNT (Associação Brasileira de Normas e Técnicas).O documento emitido pelo MTP-SE foi acatado pela ABNT, que alterou a norma técnica(NBR 14599:2014) que regulamenta os compactadores de lixo. Com a correção, a enti-dade recomenda que os trabalhadores responsáveis pela coleta de lixo não sejam trans-
portados nos estribos dos veículos.Segundo o procurador do Trabalho, Raymundo Lima Ribeiro Júnior, o transporte nos es-tribos representa um grave e iminente risco à saúde e à vida dos trabalhadores. “Alémde violar o art. 235 do Código de Trânsito Brasileiro, que expressamente proíbe a con-dução de pessoas nas partes externas dos veículos, contraria gravemente os parâmetrosde segurança que regem o transporte de trabalhadores, como as NR’s 18 e 31 do MTPSe a NBR 14599 da ABNT. Por fim, ainda existe o crime previsto no art. 132, parágrafoúnico, do Código Penal. É uma situação totalmente fora da lei”, reforça.Caso a notificação não seja cumprida pelo município de Aracaju, o MPT ajuizará açãocivil pública para que o trabalho na coleta de lixo passe a ser realizado respeitando pa-drões mínimos de dignidade e civilidade.
F o t o : S h u t t e
r s t o c k
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Programa de Gestão em SST
Lançado em outubro do ano passado e com atendimento a 55 empresas, entre micro,pequenas, médias e grandes, o Programa de Gestão em SST do Sesi de Mato Grosso do
Sul ajuda as indústrias na busca por caminhos para redução de custos e levando orientaçõesaos empresários. O superintendente do Sesi, Bergson Amarilla, reforça que o trabalho é pre-ventivo, de forma a verificar eventuais necessidades de melhorias e orientar o empresário pa-ra que as faça, evitando, assim, autuações. “Fazemos algo como uma preauditoria de aten-dimento às normas regulamentadoras, verificando se estão conformes ou não. Orientamosa empresa sobre o que fazer para ficar de acordo”, disse Bergson Amarilla.Segundo a médica do trabalho e coordenadora do Programa, Adriana Sato, a atividade
é desenvolvida em cinco etapas: gestão dos programas SST, gestão dos atestados, ges-tão dos acidentes de trabalho, gestão dos afastados pelo INSS e gestão em FAP (FatorAcidentário de Prevenção)/NTEP (Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário). No ca-so das micro e pequenas empresas, o Programa busca assessorar no atendimento aosrequisitos legais estabelecidos nas NRs, legislação e eSocial, apontando melhorias a se-rem realizadas no processo produtivo e na organização do trabalho.As empresas interessadas no Programa de Gestão em SST do Sesi podem entrar em con-tato pelo telefone (67) 3384-5044 ou pelo email [email protected].
Dia Nacional deEnfrentamento à Psicofobia
O Senado aprovou o Projeto de Lei 263/2014, que visa a criação do “Dia Nacional deEnfrentamento à Psicofobia”. A ideia é que 12 de abril seja uma data para comba-
ter o preconceito contra quem possui doença ou transtorno mental. Entre as dez maiorescausas de afastamento do trabalho em todo o mundo, cinco são transtornos mentais, co-mo depressão e ansiedade, de acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria. No en-tanto, o preconceito e a falta de informação dificultam o diagnóstico, pois as pessoas evi-tam procurar tratamento porque temem o estigma de doente mental. Segundo o senadorPaulo Paim (PT-RS), esses males afligem quase um quarto de toda a população brasileira.
Peritos doINSS fechamacordo com
o governoO
governo federal assinouno dia 17 de feverei-
ro com a ANMP (AssociaçãoNacional de Médicos Peritos)dois termos de acordo – sala-rial e de reposição – que as-seguram o final efetivo domovimento grevista iniciadopelo INSS (Instituto Nacional
do Seguro Social) e a recu-peração do trabalho perdido.O compromisso estabelece oatendimento de todas as pe-rícias médicas não realizadasdesde o início da greve, em4 de setembro do ano passa-do, e a reposição das horasnão trabalhadas nas agênciasdo INSS. Em contrapartida, ogoverno, além de suspendernovos cortes de ponto, fará
a devolução dos valores des-contados. A reposição dashoras não trabalhadas ocor-rerá em até seis meses. Mes-mo depois que os médicosanunciaram a volta ao tra-balho “em estado de greve”no dia 25 de janeiro, o aten-dimento vinha ocorrendo deforma parcial. Após o acor-do, o atendimento foi total-
mente normalizado. Com ofim da greve, o Instituto es-tima que 1,3 milhão de pe-rícias deixaram de ser reali-zadas no período. Porém, aANMP chegou a calcular que2,2 milhões de atendimen-tos não haviam sido feitosdurante a greve. A catego-ria terá um reajuste salarialde 27,9%, em quatro parce-las, a serem pagas até 2019.
F o t o :
D i v u l g a ç ã o
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EM TRÂMITE
Aposentadoria por invalidezpara servidor com doenças graves no fígadoA Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou a concessão de apo-sentadoria integral por invalidez aos servidores públicos federais portadores de doenças graves do fígado, como he-patites crônicas, cirroses e tumores, entre outras.A medida está prevista no Projeto de Lei 5659/09, do Senado, que inclui a hepatopatia grave no rol de enfermidadesque geram aposentadoria integral. A regra vale para os servidores públicos civis da União, das autarquias e das fun-dações públicas federais regidos pela Lei 8.112/90. O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado ain-da pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
F o t o s : S h u t t e r s t o c k
TST
Empresa terá de pagar pensão a vigilanteA Primeira Turma do TST (Tribunal Superior do Trabalho) negou provimento a agravo pelo qual a uma empresa de vigilânciapretendia discutir, no TST, o pagamento de indenização e pensão mensal vitalícia a um vigilante que teve um dedo da mão am-putado num acidente de carro ocorrido quando pegava carona para ir ao trabalho.O caso aconteceu em Nova Prata (RS). Como não existia transporte público para chegar ao posto bancário onde pres-tava serviço diariamente, o vigilante pegava carona com um funcionário do banco. Numa dessas viagens, o motoristabateu o carro em um caminhão e o vigilante passou por uma cirurgia onde teve que amputar o quarto dedo da mãodireita, exatamente o dedo do gatilho, ficando incapacitado para exercer a profissão.Diante do contexto, o juiz julgou que não havia outra forma para os vigilantes chegarem ao local de trabalho e era de conhe-cimento da empresa a prática da carona. Na opinião dos ministros, o quadro descrito no processo permite concluir que a em-presa foi negligente ao não se preocupar com o transporte de seu funcionário. A empresa deveria pagar pensão vitalícia de21% da remuneração do trabalhador mais indenização por danos morais no valor de R$ 45 mil pela redução da capacidadelaborativa. A sentença foi mantida no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região.
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SERÁ INDENIZADO
Acidente de trajetoUm trabalhador estava a caminho do local ondeseria homologada a rescisão de seu contrato detrabalho quando sofreu acidente de percurso quelhe gerou lesão na face, apesar de não ter sofridonenhum dano mais grave ou incapacitante. O ca-so foi analisado pelo juiz Daniel Gomide Souza,
que acolheu o pedido e constatou que, no mo-mento do acidente, o reclamante estava sendoconduzido pelo empregador até o local onde se-ria a homologação da rescisão contratual, situa-ção que caracteriza o denominado “acidente detrajeto”, no qual o empregador é responsável pelodano causado ao trabalhador. Por essas razões, aempresa foi condenada a pagar indenização pordanos morais, fixada em R$ 3 mil.
PENSÃO VITALÍCIA
Pedreiro que caiu de andaime tem direito a benefícioUm pedreiro entrou com uma ação na Justiça do Trabalho de Mato Grosso do Sul pedindo indenização por danos materiais e ex-trapatrimoniais decorrentes de um acidente de trabalho ocorrido em dezembro de 2011. Ele caiu de um andaime e sofreu fraturano cotovelo direito. Após passar por cirurgia, o laudo médico apontou incapacidade parcial permanente para trabalhos braçais com
levantamento manual de cargaspesadas e esforços estáticos edinâmicos com o membro supe-rior direito e que o pedreiro nãopoderia mais trabalhar na mes-ma função. A 2ª Vara do Traba-
lho de Dourados condenou aempresa ao pagamento de in-denização por danos extrapatri-moniais no valor de R$ 10 mil eR$ 8,8 mil por danos materiais,além de pensão mensal vitalíciaequivalente a 55% da remunera-ção (correspondente à perda dacapacidade laborativa do traba-lhador), reconhecida pelo juiz apartir da data de realização daperícia, em setembro de 2014.
EM PLATAFORMA
Empresa é condenada por acidente de trabalhoA 7ª Turma do TRT-RJ 1ª Região (Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro) deferiu o pagamento de indenização de R$ 20mil, por danos morais, e R$ 5 mil, por danos estéticos, a um trabalhador que teve parte do rosto e pescoço queimados em um incên-dio ocorrido em uma plataforma de propriedade de uma empresa de perfurações. O obreiro, que exercia a função de soldador naempresa, sofreu o acidente de trabalho em 2014, enquanto realizava um corte com maçarico. A soltura de uma válvula ocasionou o
incêndio, que resultou em queimaduras, atingindo um total de 8% da superfície corporal. O juiz condenou a tomadora e a presta-dora de serviços, especializada em projetos, moldagem, usinagem e ferramentaria, respectivamente.
DEVE SER RECONHECIDA
Surdez unilateralA surdez, independentemente de sua abrangência (bilateral, parcial ou total),desde que a partir de 41 decibéis, deve ser considerada em concursos públi-cos como critério para disputa das vagas destinadas a deficientes. O enten-dimento, unânime, é do Órgão Especial do TST (Tribunal Superior do Traba-lho), com base no Decreto 3.298/99 e na Convenção Internacional sobre osDireitos das Pessoas com Deficiência. O colegiado então determinou a rein-
serção do autor de uma ação, que tem surdez unilateral,na lista de candidatos com deficiência aprovadosem concurso público do TRT (Tribunal Regionaldo Trabalho) da 12ª Região. Classificado emnono lugar nas vagas destinadas a pessoascom deficiência para o cargo de técnico judi-ciário, o candidato havia sido eliminado e im-pedido de tomar posse porque o TRT-12 nãoreconhecia a surdez unilateral como deficiência.
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Febre chikungunya geraafastamentos longos dotrabalhoEm Pernambuco, os profissionais de
saúde têm notado um número cada vez
maior de pessoas que buscam as UPA
(Unidades de Pronto-Atendimento) e
os hospitais, apresentando os sintomas
da febre chikungunya. A enfermidade,
que, assim como a dengue e a zika,
é transmitida pelo mosquito Aedes
aegypti, provoca dores nas articulações e
inflamação nas mãos, punhos, joelhos etornozelos. Esses sintomas, muitas vezes,
impedem os pacientes de trabalhar.
As dores duram, em média, dez dias, e
a febre em torno de 48 horas. Mesmo
depois de curado, o paciente pode
continuar sentindo dores pelos próximos
meses e, em alguns casos, até anos.
Por isso, funcionários têm precisado
passar mais tempo de licença médica.
Existem casos que colaboradores que
necessitaram de mais de 15 dias deafastamento para poder se recuperar e
ainda voltaram com queixas da doença,
que ao atingir a fase aguda, impossibilita
a pessoa de fazer as atividades do dia a
dia Estudos realizados em outros países,
que já sofreram com a chikungunya,
mostram que até 50% dos moradores
de uma mesma comunidade onde
o vírus c ircula adoecem num
período entre três e seis meses.
Fonte: G1/Pernambuco
Empresas no combate aoAedes aegypti “O setor empresarial pode, e deve, dar
uma importante contribuição na luta
contra o Aedes aegypti com algumas
medidas simples e eficazes de combate a
focos e também na disseminação de uma
cultura de prevenção entre funcionários
e fornecedores”, explica Paulo Zaia,
diretor da AGSSO (Associação de Gestão
de Segurança e Saúde Ocupacional). O
primeiro passo é incluir o combate aos
criadouros doAedes aegypti nas políticas desaúde e segurança ocupacional e nomear
alguém responsável por estabelecer um
plano com metas e acompanhar as ações.
O envolvimento de todos os funcionários
é fundamental. Outra medida importante
é manter registros dos focos encontrados
identificar padrões de comportamento
que permitam uma ação corretiva. Da
mesma forma, o médico do trabalho deve
reportar ao coordenador da campanha a
quantidade de casos entre os funcionários.O responsável pelas ações de combate
ao mosquito deve envolver as equipes da
CIPA e do RH, comunicação e marketing
para que informações, treinamentos
e campanhas internas motivem os
funcionários a participar e fazer sua
parte tanto na empresa, como em casa.
“A Sipat é uma boa oportunidade para
se abordar o combate ao mosquito da
dengue”, sugere Zaia.
Fonte: Revista EXAME.com
RS tem novosuperintendente regionaldo Trabalho e EmpregoTomou posse no dia 22 de
fevereiro o novo superintendente
regional do Trabalho e Emprego
no Rio Grande do Sul, CláudioFernando Brayer Pereira. Presente
no evento, o ministro do Trabalho
e Previdência Social, Miguel
Rossetto, destacou a missão
do Ministério em oferecer com
eficiência um conjunto de serviços
públicos que são conquistas
históricas dos trabalhadores
brasileiros. Pereira é servidor
da Secretaria da Agricultura e
Irrigação do Rio Grande do Sule tem experiência como gestor
público desde 2001. Foi prefeito
de Santa Vitória do Palmar por dois
mandatos, presidente do Instituto
Rio-Grandense do Arroz e chefe
de Gabinete da Superintendência
do IBAMA no estado. Ele assume a
superintendência com mais de 300
funcionários e o desafio de atender
a todo o estado principalmente nas
áreas de promoção do emprego
e qualificação de trabalhadores.
“Seguiremos fazendo as ações
de fiscalização, mas entendemos
que esse é um momento de
nos concentrarmos em medidas
que promovam o emprego e
contribuam para a qualificação
dos trabalhadores. Precisamos
ser protagonistas nessas áreas”,
afirmou o novo superintendente.
Fonte: MTE
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fevereiro_2016
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entrevista
Presidente da Anest destaca as ações da entidadepara a valorização e capacitação dos profissionais
ENGENHARIA DESEGURANÇA DOTRABALHO NO BRASIL
JOSÉ LEANDRO DA SILVA NETO
por Débora Luz
F o t o : A s s e s s o r i a d e I m p r e n s a / C r e a - G
O
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março_2016
F
undada em novembro de 1984, na esteira das Dire-tas - Já, a Anest (Associação Nacional de Engenha-ria de Segurança do Trabalho), com sede em Brasília(DF), trabalha principalmente três campos de atu-
ação: a) realização de parcerias estratégicas; b) ca-pacitação dos engenheiros de segurança do trabalho, no Brasil,bem como das entidades regionais; e c) prestação de serviços àsociedade brasileira. A Associação está organizada de forma fe-derativa. Segundo José Leandro, seu mandato está pautado naampliação das 12 entidades regionais em engenharia de segu-rança do trabalho: Abraest, AEST/PB, AEST/RN, Aespe, Apiest,Agest, Atest, Aestec, Apaest, Asmest, Ares e Amaest. Para fa-lar sobre a atuação da Anest, bem como do papel do EST (En-genheiro de Segurança do Trabalho), esta edição, a revista Cipa traz como entrevistado o presidente da Anest (Associação Na-
cional de Engenharia de Segurança do Trabalho), José Leandroda Silva Neto, engenheiro de Segurança do Trabalho, engenhei-ro mecânico, pós-graduado em Gestão de Qualidade e Produ-tividade, e fundador e atual diretor técnico da CL Engenharia.Na Anest, José Leandro assumiu a presidência em dezembro de2014 e cumprirá mandato até o final deste ano.
Quais ações da Anest previstas para 2016?
Está em andamento, mas em fase final, a construção das re-gionais dos Estados de Rondônia e Acre e há articulações emoutros Estados para estruturação orgânica das entidades regio-nais. Outro ponto a considerar é quanto a formação de câma-
ras especializadas em engenharia de segurança do trabalho nosConselhos Regionais de Engenharia, pois são as principais estân-cias na fiscalização da EST no Sistema Confea/Crea. É por meioda fiscalização do Crea de cada Estado que atuamos em defe-sa da engenharia de segurança do trabalho e da sociedade. AAnest, sempre em parceria com uma de suas filiadas, organi-za anualmente o Conest (Congresso Nacional de Engenhariade Segurança do Trabalho). Ano passado realizamos em Goi-ânia (GO) junto com a Agest. Em 2016 teremos o 18º Conestem Porto Velho (RO) em parceria com a regional daquele Esta-do. Ainda em maio deste ano promoveremos a III Conast (Con-
ferência Nacional de Segurança e Saúde do Trabalho) no Ser-viço público em parceria com a Ares (Associação Riograndensede Engenharia de Segurança) na cidade de Novo Hamburgo(RS). Atuamos no fortalecimento das entidades regionais, fa-zendo parcerias em cursos e palestras aos profissionais de ESTfiliados às nossas regionais e também proporcionando espaçode divulgação de matérias e eventos em nosso site. Buscaremospromover cursos e palestras para as nossas filiadas, de forma agarantir reciclagem dos profissionais. Para o ano de 2016 já te-mos programados cursos de PCMAT e Aerodispersóides para omunicípio de Teresina (PI), que serão realizados conjuntamen-te com Apiest, e em Natal (RN) os cursos de PCMAT e NR-10,
em parceria com a Aest/RN. Teremos ainda eventos preparató-rios para o 18º Conest em todas as regiões do País em parce-ria com a entidades regionais.
Há alguma questão antiga que pretendereforçar este ano?
Prevemos para este ano efetuar articulações políticas com oConselho Federal de Engenharia e Agronomia, ministérios doGoverno Federal para formulação de políticas públicas para aEST. A Anest luta insistentemente para a abertura de concursosde auditores do MTE para profissionais especialistas (engenheirosde segurança do trabalho e médicos do trabalho), pois enten-demos que, com ingressos de profissionais de outras formaçõesprofissionais, ou seja, que não são especialistas, o nível de atu-ação do MTE caiu vertiginosamente no âmbito da fiscalização.
Qual a sua análise sobre os cursos de
engenharia de segurança do trabalho?
De uma forma geral precisamos reformular o curso de pós-graduação em EST, pois é a mesma grade desde 1985. Temosque fazer a inclusão de tecnologias, utilizar novas formas deaprendizado com a utilização de outras ferramentas, acrescen-tar à carga horária disciplinas necessárias para os nossos dias atu-ais. É preciso cobrar das universidades que possuem cursos depós-graduação a utilização de laboratórios de higiene do traba-lho e de ergonomia. Temos necessidades urgentes de lançar nomercado brasileiro profissionais com capacidade de gestão de
sistemas. Outra questão importante é que não tem como tra-tar dos nossos cursos de pós-graduação sem vinculá-los ao Sis-tema Nacional de Educação de responsabilidade do MEC (Mi-nistério da Educação), pela nossa carta magna a Constituição.Nisso, temos duas vertentes a considerar: a primeira de nos-sa responsabilidade sociedade civil organizada, Anest e outrasentidades que atua em defesa da Engenharia de Segurança doTrabalho. A segunda é de total responsabilidade do Governopor meio do MEC. Neste sentido a Anest criou a Andest (As-sociação Nacional dos Docentes nos Cursos de Engenharia deSegurança), exatamente para cuidar da qualidade dos cursos de
pós-graduação em EST, promover mudanças necessárias que anossa sociedade necessita.
Qual o papel de um engenheiro de
segurança do trabalho?
Esta pergunta é muito interessante, uma vez que de um mo-do sintético, em um primeiro momento acredita-se que o en-genheiro de segurança “tem que desenvolver suas atividadesmeramente com o intuito de atender ao disposto nas normasregulamentadoras”. Por outro lado, se esta pergunta for feita aempresários, em regra geral, as atribuições dos engenheiros desegurança é meramente “legal”. A resposta seria: “tenho um
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entrevistaengenheiro de segurança do trabalho em minha empresa pordeterminação legal.” Na verdade, as atividades e rotina do dia adia do engenheiro de segurança do trabalho no Brasil tem evo-luído bastante e em minha opinião, será sem dúvida, uma das
profissões mais disputadas e respeitada no mercado de traba-lho. O profissional necessita “enxergar” a empresa/ órgão emque trabalha, inicialmente, de uma forma holística, de modo quepossa fazer em um primeiro momento, uma leitura em busca doentendimento geral do processo, ou seja, como funcionam e seintegram seus processos de obtenção, transformação e entre-ga dos seus produtos e de seus serviços para, a partir desta lei-tura, avançar de forma minuciosa e detalhista nas relações detrabalho, bem como no envolvimento dos trabalhadores comas máquinas e equipamentos, com o processo, com as relaçõesde trabalho cliente interno e externo, ou seja, o conhecimento
profundo do engenheiro de segurança do trabalho da integra-ção e cadeia dos processos e do negócio da empresa através damissão e visão do negócio, aliado as relações interpessoais levao profissional a um nível de excelência a ponto de entender deforma clara e segura, qual é de fato o seu papel na estrutura eno processo onde o mesmo atua.
Como é rotina de um engenheiro do trabalho?
Coordenar e efetuar análises de projetos a fim de atuar na“concepção” do mesmo; recomendar e alterar o ambiente detrabalho, visando mitigação e ou eliminação dos riscos de aci-dentes e ambientais, e doenças ocupacionais; validar sistemas
de combate a incêndios; analisar escopos técnicos; emitir lau-dos e pareceres; elaborar manuais, normas, procedimentos eprogramas de treinamentos em SST na busca pela padroniza-ção dos métodos de trabalho; participar na especificação e de-senvolvimento dos materiais de segurança, uniformes e EPIs,adequando-os as necessidades e condições de riscos; implan-tar atividades e rotinas pertinentes às NRs; desenvolver PCMSO(Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), PPRA(Programa de Prevenção de Riscos Ambientais); implantar pro-grama de coleta seletiva e reciclagem; participar ativamente daCipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes); responsa-
bilizar-se pela interface externa com a comunidade dentro doescopo de segurança.
O PROFISSIONAL NECESSITA “ENXERGAR” A EMPRESA/ ÓRGÃO EM QUE TRABALHA(...) DE UMA FORMA HOLÍSTICA
Quais as maiores dificuldades do profissional? É a falta de compreensão dos empresários em relação aos
custos-benefícios da segurança do trabalho. Existem empresasem que a atuação dos profissionais se limita a atender à legis-
lação; não entendem que a segurança do trabalho faz parte deseu negócio. A empresa ou instituição ainda não perceberamque de fazer gestão em segurança, saúde e meio ambiente co-mo forma de evitar passivos trabalhistas e ambientais. Os enge-nheiros de segurança do trabalho ficam presos a estas questõeslegais e não conseguem desenvolver seus potenciais.
Fale sobre leis e normas voltadas para a profissão.
A nossa legislação é muita boa, e considero uma das me-lhores do mundo. Constantemente as nossas normas regu-lamentadoras e as NBRs (Normas Brasileiras/ABNT) são re-
formuladas com a participação da sociedade organizada. Aaplicação da nossa legislação necessita de atuação concre-ta da fiscalização do MTE, pois atualmente ela é inoperan-te, composta em sua maioria por profissionais “leigos” emSST, os chamados “auditores flex”. Temos também outrasquestões, como a NR-15 do ano de 1978, que precisa ur-gentemente de revisão de alguns anexos, principalmente osde número 11,12 e 13, pois não atendem as demandas doBrasil de hoje. Não é mais possível os profissionais da SSTconviverem com o anexo 13, por exemplo, pois é uma por-ta escancarada para os maus profissionais da SST que atu-am principalmente como peritos judiciais.
Como está o mercado para os profissionais do setor?
Está ascensão no Brasil. Pela necessidade de cumprimentode preceitos legais é uma profissão que está a cada dia comuma boa demanda. É preciso fazer gestão em SST para ga-rantir a eficácia do eSocial e dos benefícios às empresas queinvestem em SST. A engenharia de segurança do trabalhotem uma relação muito importante para o desenvolvimentodo País, trabalhando sempre a prevenção como forma de re-duzir o número de acidentes e doenças ocupacionais, fatordeterminante para diminuir dias parados com afastamento
de trabalhadores, e retirar o Brasil da quarta pior posição doranking de acidentes do trabalho do mundo. n
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Legislações e
norma técnicaestabelecem ouso e a qualidadedesses EPIs
U
tilizados com o objetivo decombater pragas, contro-lar doenças e aumentar aprodução, os agrotóxicossão aplicados no Brasil em
larga escala. Relatório do Inca (InstitutoNacional do Câncer), divulgado em abrilde 2015, sobre o uso nas lavouras e seusimpactos ao meio ambiente e à saúde,aponta o País como o maior consumidormundial. Na lida diária com essas substân-cias, milhões de trabalhadores rurais estãoexpostos aos seus riscos, tornando os EPIs(Equipamentos de Proteção Individual) aúnica forma de garantir o trabalho seguro.
Para se ter ideia, em dez anos, a ven-
da de pesticidas no mercado agrícolabrasileiro aumentou de R$ 6 bilhões paraR$ 26 bilhões. Atualmente, o País ultra-passou a marca de um milhão de tonela-das, o que equivale a um consumo mé-dio de 5,2 kg de agrotóxico ao ano porpessoa. A variedade dessas substânciastambém é grande, cerca de 450 são au-torizadas para uso na agricultura. Sendoque, dos 50 produtos mais comercializa-dos, 22 são proibidos na União Europeia.
As consequências negativas dos agro-
por Adriane do Vale
F o t o : A Z R
SEGURANÇACONTRA AGROTÓXICOS
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Joaquim GonçalvesMachado Neto,
engenheiroagrônomo e de
segurançado trabalho
tóxicos são amplas, pois atinge a popu-lação em geral, afinal contaminam osalimentos consumidos, o meio ambientee principalmente os trabalhadores, que
os manuseiam e fazem a aplicação. Doponto de vista dos agravos à saúde po-dem ser mencionados: distúrbios endó-crinos (na tiroide, suprarrenal, e algunsmimetizam diabetes), distúrbios neuro-lógicos, distúrbios respiratórios (váriossão irritantes pulmonares), intoxicaçõesagudas e crônicas, má formação fetal demulheres gestantes, neoplasia (que cau-sa câncer), entre outros.
Segundo o engenheiro agrônomo e de
segurança do trabalho Joaquim GonçalvesMachado Neto, professor titular em eco-toxicologia dos agrotóxicos e saúde ocu-pacional do Departamento de Fitossani-dade da Unesp/FCAV (Universidade doEstado de São Paulo/Faculdade de Agrá-rias e Veterinárias), campus Jaboticabal, SP,os agrotóxicos são classificados como ris-co químico. Sendo que o método de ava-liação de risco de intoxicação difere mui-to do utilizado para avaliar os compostosquímicos manuseados na área industrial
ou urbana, listados no anexo 11 da NR-15 – Atividades e Operações Insalubres.
O professor explica que na NR-15, pa-ra os produtos da área industrial, o crité-rio de aceitabilidade de risco químico éo limite de tolerância baseado na quan-tificação da concentração do compostono ar do ambiente onde o trabalhadorrealiza as suas atividades. No caso dosagrotóxicos, a principal via de exposiçãoé a dérmica e, em muito menor propor-
ção, a via respiratória. Portanto, o critériode aceitabilidade de risco de intoxicaçãocom os agrotóxicos é baseado na toxici-dade crônica e nas exposições dérmicase respiratórias do trabalhador, quantifi-cadas diretamentena superfície do
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Vestimentas de proteção
corpo em condições normais de trabalho.Dessa forma, a avaliação de risco ser-
ve para classificar as condições de tra-balho em seguras (salubre) ou inseguras
(insalubre), com base em um critério deaceitabilidade de risco, obtido por meiode cálculos que comparam a toxicidadecrônica de cada agrotóxico com as ex-posições avaliadas sobre e sob os EPIs.
O risco de intoxicação com os agrotóxi-cos, de acordo com o professor, dependediretamente da toxicidade de cada produ-to e, principalmente, da exposição do tra-balhador. “Acredito que o principal focode controle do risco deve ser a exposição,
com medidas de segurança preventivas ede proteção coletiva e individual, realiza-das basicamente com os EPIs”, enfatiza.
O uso dos EPIs sempre foi indicadocomo medida de segurança nas diver-sas normas referentes à proteção dostrabalhadores. Na área rural, a primeiranorma sobre o uso de EPIs foi a NRR4,que fazia parte das cinco NRRs (Normas
Regulamentado-ras Rurais), apro-vadas em 1988 e
revogadas em março de 2005, quandofoi editada a NR-31 (Trabalho na Agri-cultura, Pecuária, Silvicultura, Explora-ção Florestal e Aquicultura).
Para o professor Machado, no aspectonormativo sobre a eficiência dos EPIs pa-ra proteção contra os agrotóxicos, o Brasilestá à frente dos demais países, inclusive
dos desenvolvidos, pois em 2010 o MTE(Ministério do Trabalho e Emprego) regu-lamentou que a emissão do CA (Certifica-do de Aprovação) para as vestimentas deproteção só pode ocorrer se atenderemaos requisitos da norma ISO 27065:2011– Requisitos para Vestimentas de ProteçãoUtilizadas na Aplicação de Pesticidas Líqui-dos, uma medida extremamente impor-
O RISCO DE INTOXICAÇÃO VARIA DE ACORDO COM AEXPOSIÇÃO E DA TOXICIDADE DE CADA PRODUTO
tante para a rápida melhoria da eficiên-cia desses EPIs comercializados no Brasil.
Afinal, como frisa Diego de Melo Dan-tas, técnico de produtos/vestimentas da
SP Equipamentos, essa norma determinaensaios de penetração e permeação aosagrotóxicos, comprovando a eficiência equalidade mínima, de acordo com os pro-cedimentos estabelecidos, realizados emlaboratórios acreditados.
As vestimentas de proteção são a pri-meira lembrança quando se refere à se-gurança dos trabalhadores. Elas são de fá-cil acesso, pela ampla disponibilidade nomercado, têm custos razoáveis e oferecem
comodidade de uso. Entretanto, Macha-do alerta que a utilização também envol-ve cuidados que, se não tomados, podemgerar problemas, como a necessidade dedescontaminação e capacitação dos tra-balhadores para o uso correto.
O diretor da Nexus EPI, Douglas Ro-sa Pascual, reforça que o uso corretonecessita de orientação, assim como a
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Diego de MeloDantas, da SPEquipamentos
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•Possui 9 normas pré-definidas, inclusive normasinternacionais ( ANSI S1.25 / IEC 651);
•Maior capacidade de armazenamento
com 120.000 dados;
•Armazena dados em 50 eventos;
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•Emissão de relatórios, histograma e gráfico;
•Função de Decibelímetro com ponderação A,C e Z;
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Vestimentas de proteção
forma de lavagem das vestimentas. “Denada adianta o trabalhador utilizar cor-retamente o conjunto e não fazer a hi-gienização adequada do mesmo. Além
disso, o nível de proteção a ser garan-tido ao trabalhador também dependeda utilização dos demais EPIs obrigató-rios nas atividades com agrotóxicos.”
Existem peças complementares de pro-teção à exposição dérmica, também im-portantes para a maior segurança dotrabalhador que geralmente são luvas ebotas de borracha, avental e perneiras.Todos devem ser confeccionados commateriais impermeáveis. Já para a prote-
ção da exposição respiratória, são usadosrespiradores descartáveis ou reutilizáveis,com filtro de carvão ativado.
O nível de proteção oferecido aos tra-balhadores expostos a agrotóxicos pe-las vestimentas é adequado, segundo oprofessor, mas depende muito das condi-ções de trabalho, normalmente condicio-nada a diversos fatores locais, como a in-tensidade de exposição. Ele ressalta queas vestimentas confeccionadas em teci-
dos de algodão efibra sintética, tra-
tados com compostos hidrorrepelentes,não são impermeáveis e mesmo quandosão utilizadas as vestimentas impermeá-veis, o nível de proteção depende do usocorreto. A proteção também está ligada àseleção do modelo mais adequado à ex-posição, nas condições específicas de tra-balho, ao procedimento de lavagem, ao
tipo de cultura e de operação, pois, nasatividades em que a superfície dos tecidoshidrorrepelentes tem contato com a vege-tação, ou com algum outro material, sereduz muito a hidrorrepelência.
Estudo e pesquisa
O Laberg - Laboratório de Ecotoxicolo-gia dos Agrotóxicos e Saúde Ocupacio-nal, do Departamento de Fitossanidade,da Unesp/Jaboticabal, foi criado em 1989
juntamente com a disciplina de mesmonome, do curso de graduação em agro-nomia. Ele realiza pesquisas, ensaios eprestação de serviços à comunidade na
área de segurança no trabalho com agro-tóxicos. Entre as principais pesquisas estãoas vestimentas utilizadas para a reduçãodas exposições aos agrotóxicos.
Os pesquisadores, segundo o profes-sor Machado, trabalham com dois tiposde materiais que compõem as vestimen-tas de proteção: os confeccionados commateriais impermeáveis como borrachas,para luvas, calçados (botas), aventais etc.e os hidrorrepelentes, que são tecidos
compostos com algodão e fibras sintéti-cas (poliéster ou poliamidas em diferen-tes proporções). Em geral, os princípios deproteção desses materiais são por imper-meabilidade e hidrorrepelência dos agro-tóxicos e das caldas de pulverização.
As pesquisas são realizadas em condi-ções de campo e de laboratório. Nas decampo, são feitas avaliações quantitati-vas da eficácia dos conjuntos de peçasdos EPIs em condições de uso pelos tra-balhadores no campo, sejam eles novos
ou após dez, vinte ou trinta usos e lava-gens. A eficácia é avaliada pela reduçãodas exposições dérmicas que atingem ocorpo dos trabalhadores sobre e sob osEPIs por meio de vestimentas amostrado-ras, usadas sobre e sob os EPIs, em tem-pos ou pessoas diferentes.
As vestimentas amostradoras são retira-das após determinados períodos em queo trabalhador realiza sua atividade nor-malmente, acondicionadas de forma cor-
reta e transportadas para o laboratório,onde os agrotóxicos coletados, nas vesti-mentas amostradoras, são quantificadose os valores utilizados para calcular a efi-cácia do conjunto de EPIs, além da ava-liação de risco de intoxicação.
A eficácia dos EPIs é calculada pela re-dução percentual da exposição dérmicaavaliada sobre e sob os mesmos. Com es-sas avaliações são quantificadas as expo-sições dérmicas nas partes do corpo dostrabalhadores (cabeça mais pescoço, face,
A EFICÁCIA DO EPI É AVALIADAPELA REDUÇÃO DA EXPOSIÇÃO
Douglas RosaPascual, diretorda Nexus EPI
F o t o : S h u t t e r s t o c k
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Vestimentas de proteção
mãos, braços, tórax atrás, tórax frente, co-xas mais pernas atrás, coxas mais pernas
frente e pés). As exposições nestas par-tes do corpo são fundamentais para indi-car os EPIs mais adequados.
A recomendação de uso de EPI deveiniciar com a peça que protege a partedo corpo com maior exposição dérmica,depois a segunda de maior exposição eassim por diante, até reduzir a exposiçãodérmica total, de acordo com a necessi-dade, para tornar a condição de trabalhosegura. A exposição total é obtida pela so-
ma das exposições nas partes avaliadas.As análises no laboratório com as pe-ças desses EPIs são realizadas por meio dediversos estudos estabelecidos em nor-mas da ISO (International Organization for
Standardization), para avaliar a proteçãopor impermeabilização ou hidrorrepelên-cia de cada tipo de material.
Os requisitos de eficiência dos EPIs estãoestabelecidos na norma ISO 27065:2011e estão contidos na tabela na página 40,para os conjuntos mais comumente uti-
lizados no trabalho com os agrotóxicos,que são os classificados no nível 2, con-
feccionados com materiais hidrorrepelen-tes (tecidos) e com as partes com maiorproteção, como as pernas, com materiaisimpermeáveis.
Esses requisitos são aplicados para ava-liar a proteção química (impermeabilidadee hidrorrepelência) e resistência física dosmateriais e de cada tipo de costura utiliza-da nas peças e para o conjunto dos EPIs.
Também são aplicados nos EPIs essesrequisitos após determinados números
de lavagens em condições de laborató-rio, de acordo com um dos procedimen-tos de lavagem estabelecidos na normaISO 6330:2000. Assim, o número deusos dos EPIs contidos nas etiquetas dasvestimentas (geralmente 30) atende aesses requisitos. Entretanto, em condi-ções de uso no campo, a proteção podeser reduzida em função do procedimen-to de lavagem adotado pelo agricultor,pelo tipo de cultura e atividade realiza-da, entre outros.
Desenvolvimento tecnológicoO diretor da AZR Equipamentos
de Proteção Individual e presiden-
te do ABNT/CB-32 para Vestimentas
Agrícolas, Marcelo Macedo, comenta
que antigamente eram utilizadas ape-
nas vestimentas impermeáveis, mas
devido ao desconforto térmico que
causavam aos trabalhadores, muitos
não as utilizavam. No entanto, na
década de 1990, foram desenvolvi-
das e introduzidas as vestimentas hi-drorrepelentes, que trouxeram maior
conforto térmico e consequentemen-
te maior índice de utilização.
As vestimentas impermeáveis, nor-
malmente confeccionadas em forma
de macacões são feitas de materiais
totalmente impermeáveis, que têm
nessa característica a grande van-
tagem, pois bloqueiam todo tipo
de líquido. Porém, não permitem a
troca térmica do usuário com o meio
externo, o que as tornam muito quen-tes. Além disso, alguns materiais im-
permeáveis são descartáveis, o que
eleva os custos de utilização.
Já as vestimentas hidrorrepelen-
tes, conforme explica o presidente
do CB-32 para Vestimentas Agrícol-
as, são feitas de tecido 100% algo-
dão ou tecido misto de algodão mais
poliéster, com aplicação de um pro-
duto hidrorrepelente, que protege
contra todo tipo de névoa química,porém, não impermeabiliza o teci-
do, assim, não perde sua proprieda-
de de troca térmica, oferecendo ma-
ior conforto durante as atividades.
Essas vestimentas, de acordo com
Macedo, geralmente são produzidas
em peças separadas (camisa, calça,
boné árabe) e algumas partes, co-
mo as calças, podem conter reforços
de PVC para maior proteção mecân-
ica ou contra líquidos concentrados.
OS EPIS IDEAIS DEPENDEM DO TIPO DE CULTURA E DASATIVIDADES REALIZADAS PELO TRABALHADOR AGRÍCOLA
F o t o : A Z R
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março_2016
Outra vantagem é poder lavá-las, em
média, 30 vezes, antes de perderem o
tratamento hidrorrepelente. O Brasil é
pioneiro no desenvolvimento e na fa-
bricação dessas vestimentas e expor-ta para diversos países.
O trabalho agrícola no País sem-
pre teve importância econômica
muito relevante. Porém, a falta de
regulamentação que classificasse os
agrotóxicos e os riscos potenciais
aos trabalhadores fazia com que as
vestimentas utilizadas não os pro-
tegessem contra os agentes tóxic-
os. Dessa forma, o gerente de mar-
keting América Latina da DuPont,Etore Tomaz Frederici, ressalta que
a promulgação da Lei 7.802, em
1989, foi um marco nessa área, pois
delimitou os padrões de segurança
ao meio ambiente e ao trabalhador.
“Por essa lei, o empregador deve
cumprir com responsabilidades am-
bientais, além de ter o dever de pro-
videnciar equipamentos adequados
e de boa qualidade para proteção e
segurança do trabalhador agrícola.”
Se por um lado a legislação pro-
porcionou maior segurança aos
trabalhadores, por outro, contri-
buiu para maiores avanços na fa-bricação dos EPIs. Frederici men-
ciona que as vestimentas devem
ser confeccionadas com materiais
que conciliem a proteção contra os
agentes químicos com os padrões
de conforto e ergonomia.
Materiais mais leves e com alta resi-
stência química vêm sendo desenvol-
vidos ao longo do tempo, conforme o
gerente demarketing da DuPont, pa-
ra que a proteção seja cada vez maisalta e seja otimizada a relação entre
segurança, conforto e ergonomia. “O
nível de proteção requerido apresen-
ta uma forte relação com a compo-
sição e estrutura do material da vesti-
menta, ou seja, exposições intensas
e riscos agravados podem reque-
rer equipamentos de proteção mais
espessos e pesados”, alerta.
Frederici menciona que atualmente
existem materiais “respiráveis”, como
o Tyvek, que permitem a passagem
de ar e não de líquidos químicos, ca-
racterística que garante maior confor-
to em situações de muito calor, bemcomo umidade. Ele ainda lembra que
odesign da vestimenta também é um
fator importante para a mobilidade e
desenvoltura do trabalhador.
Para o diretor da Nexus EPI, Dou-
glas Rosa Pascual, as normas para es-
sa área, que são recentes no País, são
de fundamental importância para a
qualidade dos produtos. “Com elas, a
exigência para os fabricantes cresceu
bastante, fazendo com que a perfor-mance aumentasse, trazendo vários
benefícios ao trabalhador.”
Importância do uso
A importância das vestimentas e
demais EPIs se traduz na única for-
ma que o trabalhador do campo
tem para se prevenir contra intoxi-
cações e acidentes que podem co-
locar suas vidas em riscos e a uti-
foto A foto B F o t o : A Z R
Uso das vestimentas amostradoras da exposição dérmica sobre (A) e sob ( B) o conjunto de EPI usado para a proteção do trabalhador
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Vestimentas de proteção
lização é necessária, conforme o
gerente do Departamento Técnico
do Grupo Balaska, João Luis Corre-
ia Leite, em todas as etapas de usodos defensivos agrícolas, desde o
início do preparo da calda até a lim-
peza dos equipamentos de pulveri-
zação após a aplicação.
O nível de proteção, segundo ele,
está totalmente ligado à definição
do EPI adequado ao risco, portanto,
quando se fala de segurança na apli-
cação de defensivos agrícolas, de-
ve-se considerar os seguintes aspec-
tos: exposição, toxicidade e risco.
Após a identificação dos riscos,
Leite explica que as vestimentas re-
cebem etiquetas contendo infor-
mações como: nível de proteção,procedimento e número de lava-
gens. Além disso, o fabricante é
obrigado a fornecer um manual de
instruções contendo resultados dos
ensaios e explicações sobre a lava-
gem e conservação das vestimentas.
E com base em análises de risco, o
gerente destaca que é possível men-
surar a necessidade da utilização de
vestimentas e EPIs específicos para
proteção de todo o corpo nas ativi-
Requisitos Itens da ISO
27065
Testes de desempenho específico Requisitos
M a t e r i a l
h i d r o - r e p e l e n t e
5.2.2Resistência à penetração
de líquido (ISO 22608:2004)< 5%
5.4
Resistência à tração
(ISO 13934 -1) – Longitudinal> 180 N
Resistência à tração
(ISO 13934 -1) – Transversal> 180 N
5.5
Resistência ao rasgamento
(ISO 9073 - 4) – Longitudinal> 10 N
Resistência ao rasgamento
(ISO 9073 - 4) – Transversal> 10 N
C o s t u r a
S i m p l e s 5.2.2 Resistência à penetração
na costura (ISO 22608)< 5%
6.4Resistência da costura à tração (ISO 13935-
2)> 180 N
M a t e r i a l i m p e r m e á v e l
d a c a l ç a
( I
m p e r m e á v e l r e s i n a d o )
5.3.1Resistência à permeação
(ISO 6529, Método A)
Até 30 min.
Perm. < 2,5 µg/cm2/min
5.4
Resistência à tração
(ISO 13934 -1) – Longitudinal> 180 N
Resistência à tração
(ISO 13934 -1) – Transversal> 180 N
5.5
Resistência ao rasgamento
(ISO 9073 - 4) – Longitudinal> 10 N
Resistência ao rasgamento
(ISO 9073 - 4) – Transversal> 10 N
C o n j u n t o
c o m p l e t o
7.2 Critérios de inspeção Atender todos os itens
7.2 Teste de desempenho prático Atender todos os itens
7.3.1Teste de pulverização em baixo nível
(ISO17491-4 Método A)
Mancha < 3 x 1cm2
da área de calibração
dades de pulverização, aplicação de
agrotóxico e fumigação em áreas de
plantio e colheita de diversas culturas.
Leite salienta que o não seguimen-to de todas as instruções e limitações
de uso e/ou o não uso da vestimenta
durante todo o tempo de exposição,
pode afetar a saúde do usuário, colo-
cando em risco a sua vida ou geran-
do danos permanentes.
Como há uma grande quantida-
de de agrotóxicos em uso no Bra-
sil, uma pergunta necessária é se as
vestimentas protegem os trabalha-
dores de todos os tipos emprega-
Requisitos para os materiais, costuras e conjuntosde equipamentos de proteção individual contra agrotóxicos
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março_2016
dos nas lavouras. Segundo Marcelo
Macedo da AZR, a resposta é sim,
porém, em algumas aplicações,
quando as concentrações são muito
altas e consequentemente há umasaturação de umidade no ar (como
em estufas), são indicados os equi-
pamentos impermeáveis.
No entanto, os equipamentos hi-
drorrepelentes possuem diversos mo-
delos desenvolvidos para cada tipo de
aplicação, por exemplo, com trator e
com pulverizador costal. Além de mo-
delos desenvolvidos para tipos de cul-
turas específicas como, por exemplo,
vestimentas para fumo, para tomate,para flores e outras. “Nesses casos,
o material das vestimentas é sempre
o mesmo, o que muda é a modela-
gem e alguns reforços extras de acor-
do com a necessidade de cada cultu-
ra ou aplicação”, detalha.
Ainda sobre esse questionamen-
to, Frederici informa que um estudo
escrito por Anugrah Shaw (NASDARF,
2013) mostrou que as regulamen-
tações da indústria química dos Esta-
dos Unidos, Canadá e alguns paíseseuropeus acordaram que a exposição
a riscos agrotóxicos não é específica
para cada substância química. Assim,
são permitidos estudos genéricos de
exposição para determinação do ri-
sco. Em outraspalavras, as ve-
stimentas são te-
stadas e certificadas de acordo com
a intensidade de exposição e não pa-
ra tipos específicos de agrotóxicos.
“Vale ressaltar que, antes de deter-
minar qual é o EPI mais adequado ao
serviço, devem ser analisadas as ca-
racterísticas de proteção necessárias e
oferecidas por cada modelo de equi-
pamento”, frisa Frederici.
Cumprimento da legislação
O uso de EPIs pelos trabalhado-
res expostos a agrotóxicos é muito
efetivo nas grandes e médias propri-
edades agrícolas, segundo o profes-
sor Machado. O grande problema é
o uso por pequenos produtores ru-
rais. “Esse é o grande desafio de to-
dos os agentes evolvidos na área de
agrotóxicos. Geralmente é uma agri-
cultura de baixa tecnologia, baixo nívelde formação educacional e de baixos
recursos financeiros. Podem até ter
consciência do risco de intoxicação da
exposição aos agrotóxicos, mas não
têm condições financeiras suficientes
para a aquisição, capacitação de uso e
manutenção”, alerta o professor.
A produção agrícola com utilização
de agrotóxicos é muito grande no
Brasil, o que significa que muitos tra-balhadores estão expostos aos riscos
de contaminação. Para produtores e
empresas que valorizam a saúde de
seus colaboradores, a escolha dos EPIs
é muito importante, o que fomenta
a comercialização de vestimentas no
País. Mas, por outro lado, Frederici sa-
lienta que a fiscalização da utilização
de vestimentas de proteção adequa-
das ainda não cobre com vigor todo
o território nacional. “Essa separaçãoentre a legislação e a sua fiscalização
faz com que a comercialização de ve-
stimentas de proteção no Brasil não
acompanhe exatamente o tamanho
do mercado agrícola”, diz.
Marcelo Macedo também acredita
que utilização de EPIs no meio rural
ainda não é unanimidade. Ele desta-
ca que, por muito tempo, existiu a au-
sência de uma norma específica para
vestimentas, mas a ISO 27065 preen-
cheu essa lacuna. Dessa forma, comuma legislação eficiente e uma norma
adequada, o único ponto que ainda
há dificuldades, em sua opinião, é a
falta de fiscalização por parte do MTE
para exigir o uso efetivo. n
João Luis CorreiaLeite, gerente doDepartamentoTécnico doGrupo Balaska
8/17/2019 REVISTA CIPA 438
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Legislação
MAIS ATENÇÃO AO VOLANTE
Entra em vigorobrigatoriedade
de examestoxicológicos
para motoristasprofissionais
A Lei 13.103/15, mais conhecida como a “Lei dos Caminhoneiros”,completa em março o primeiro ano em vigor e, um de seus tópi-cos principais, que impõe a realização de exames toxicológicos naadmissão e demissão de motoristas profissionais, provocou tantarepercussão que, somente agora, um ano depois, passa a ser obri-
gatório. A medida foi regulamentada em novembro, com a publicação da Porta-
ria nº 116, do MTPS (Ministério do Trabalho e Previdência Social), que estabele-ceu as diretrizes para a realização dos exames.A partir do dia 2 deste mês, todos os motoristas profissionais do transporte de
cargas e também os motoristas do transporte rodoviário coletivo de passageirosprecisarão se submeter ao exame toxicológico de larga janela de detecção, ouseja, que identifica o uso de drogas e outras substâncias psicoativas nos últimos90 dias. A exigência, inclusive, se estende também a todos os motoristas dascategorias C, D e E, por conta da Deliberação nº 145/15 do Contran (ConselhoNacional de Trânsito), que revoga a Resolução 425/12 e determina a apresenta-ção do exame toxicológico junto aos demais exames médicos e mentais obriga-
por Ana Claudia Machado
8/17/2019 REVISTA CIPA 438
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dezembro_2015
tórios tanto para emissão como pararenovação da CNH (Carteira Nacionalde Habilitação) nessas categorias.
A medida faz parte de um conjunto
de ações do governo para tentar miti-gar um perigo que ronda as estradasdo País. Não é novidade que, por con-ta das jornadas exaustivas ao volante,muitos caminhoneiros acabam utilizan-do o famoso “rebite”, droga sintéticaderivada de anfetaminas que ajuda areduzir o sono e causa dependência. Asubstância foi proibida há quatro anose, como consequência, os condutores
passaram a consumir drogas ainda maisfortes, como a cocaína e o crack.
Para se ter uma ideia da gravidade doproblema, uma pesquisa divulgada no
final de fevereiro pela CNT (Confedera-ção Nacional do Transporte), que traz in-formações gerais sobre o perfil dos ca-minhoneiros, apontou que 45,6% dosmais de mil profissionais entrevistadosem todo o País receberam oferta de al-gum tipo de droga ou substâncias ilícitaspara se manterem acordados durante otrabalho. Desse total, 26,5% chegarama experimentá-las. Ainda de acordo com
os dados divulgados, o rebite continuasendo a droga mais oferecida, mas a co-caína aparece em segundo lugar, segui-da da maconha e do crack. Em nota, o
presidente da entidade, Clésio Andrade,afirmou que o levantamento faz parte justamente de uma ação que visa apri-morar as campanhas de combate ao usode drogas, tornar a direção mais segurae reduzir o número de acidentes.
Incentivo à mudança
Diante desse cenário, “a exigênciado exame toxicológico parece inevitá-
8/17/2019 REVISTA CIPA 438
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Legislação
vel para tentar controlar a situação”,opina Marcelo Teza, gerente comercialdo laboratório Psychemedics Brasil, comescritório na capital paulista e listado
entre os credenciados ao MTPS e aoDenatram para a realização do exameexigido pela legislação.
Segundo ele, o procedimento é in-dolor para o paciente, pois é feita ape-nas a coleta de fios de cabelo, pelos ouunhas. A partir da análise dessas amos-tras, o exame consegue detectar se oindivíduo utilizou algum tipo de droganos últimos três meses, como a cocaí-na (crack e merla), maconha e deriva-
dos, morfina, heroína, ecstasy (MDMA,MDA e MDE), ópio, codeína, anfeta-minas e metanfetaminas (rebite), an-fepramona, femproporex e mazindol.
“A realização do exame e a identifica-ção de alguma dessas substâncias psi-coativas não constitui por si só a inapti-dão do motorista”, explica o executivo.
“O exame consegue apontar a quanti-dade de droga encontrada, ou seja, épossível determinar se o consumo foi le-ve, moderado ou grave”, diz Teza. Esse
fator é relevante porque, se por acasoalgum motorista tiver ingerido medica-mentos sob prescrição, que possuamem sua composição algum elementodetectado pelo exame, haverá a possi-bilidade de defesa, pois os exames po-sitivos são submetidos à avaliação deum médico, que emitirá um laudo deaptidão, ou não, do condutor.
De acordo com o executivo, para evi-tar fraudes, todas as amostras passam
por um rigoroso processo de cadeiade custódia que inclui testemunhas e,além disso, o material coletado é acon-dicionado em embalagens invioláveis.“Nosso laboratório é acreditado pa-ra exames toxicológicos de cabelo pe-lo College of American Pathologists
(CAP), que por sua vez é a certifica-
ção específica para toxicologia do In-
ternational Laboratory Accreditation
Cooperation (ILAC )”, enfatiza Teza.Entre as vantagens apontadas para
esse tipo de exame, além da eficáciacomprovada, está a facilidade de trans-porte. “Como o material não é pere-cível ou contaminante, como a urinaou o sangue, as amostras podem serarmazenadas sem refrigeração e des-pachadas via correio sem problemas”,afirma o executivo. Isso, segundo ele,é extremamente importante porque,no caso da Psychemedics, que realizaa análise das amostras em seu labo-
ratório central, localizado na Califór-nia (EUA), há uma grande preocupa-ção com o processo logístico.
Igualmente autorizado a realizar osexames toxicológicos de larga janelade detecção, o laboratório Labet, se-diado no Rio de Janeiro, também enviaremessas de amostras para os Estados
O PROCEDIMENTO É INDOLOR PARA O PACIENTE, POIS É FEITAAPENAS A COLETA DE FIOS DE CABELO, PELOS OU UNHAS
8/17/2019 REVISTA CIPA 438
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dezembro_2015
Unidos, pois as análises são feitas pe-la matriz Quest Diagnostics, localiza-da no Kansas. Segundo José Martins,presidente da Labet, “o prazo para o
transporte entre o centro de operaçõesem São Paulo e o laboratório norte-a-mericano é de apenas 8 horas”.
Além da agilidade, o nível de con-fiabilidade dos testes alcança a marcade 100% devido à acreditação CAP/ FDT, que analisa equipamentos, pes-soas envolvidas, sistemas, processos einsumos, de forma que os exames se- jam totalmente precisos. Para manteresse padrão de qualidade e seguran-
ça, garantido pela acreditação inter-nacional, Martins afirma que o grupoestá atento ao aumento da demandae, por conta disso, procurou fortale-cer sua infraestrutura. “A Labet e aQuest Diagnostics iwnvestiram maisde R$ 40 milhões para atender cer-ca de dois milhões de exames toxi-cológicos por ano. O montante foiaplicado principalmente na amplia-ção do laboratório, na contrataçãode mais de 200 funcionários e em
um sistema de informática que inte-gra, em tempo real, toda a cadeia decustódia”, declara.
Críticas
Apesar de a medida ter como ob- jetivo a mudança de comportamen-to dos motoristas, visto que o uso dedrogas e demais substâncias psicoa-tivas tem se tornado um problemade saúde pública e de insegurança
nas estradas do País, a forma comoo tema está sendo tratado pelas au-toridades do governo tem motivadocríticas entre os diversos atores en-volvidos na questão.
A Anamt (Associação Nacional deMedicina do Trabalho), por exemplo,elaborou um posicionamento públi-co logo após a divulgação da Portaria116, enfatizando que o uso de álcoole outras drogas psicoativas é um pro-
blema a ser enfrentado, mas não semconsiderar um debate mais abrangen-te. “O controle, a prevenção e o tra-tamento dos dependentes químicos
devem ser contínuos e elaborados apartir de ampla discussão”, alega adoutora Marcia Bandini, diretora dedivulgação da Anamt. Segundo ela,“a entidade entende como legítimoo fato de o poder público procurarestabelecer normas mais rígidas pa-ra combater o uso de substâncias ilí-citas. Em contrapartida, é preciso quehaja rigor técnico e ético”.
A exemplo da Anamt, a NTC&Lo-
gística, que congrega e represen-ta diversas transportadoras rodoviá-rias, também considera importantediscutir melhor a nova medida, porconta de diversos fatores. “A entida-de é a favor de todo e qualquer re-curso que preze pela preservação davida e segurança nas estradas. Porém,a forma como essa matéria foi regu-lamentada, tanto pelo MTPS quantopelo Contran, deixa muitas dúvidassobre a praticidade do exame”, de-
clara Narciso Figueiroa Júnior, asses-sor jurídico da NTC.
Segundo ele, trata-se de um as-sunto delicado, que pode trazer, noscasos de exames toxicológicos paraadmissão e demissão de motoristas,problemas na relação entre emprega-dores e empregados, por conta dosprazos, das despesas do exame (quecusta R$ 350, em média), e possíveisconstrangimentos morais. “Há ain-
da a preocupação com o pós-exa-me, pois não ficou claro qual será oprocedimento com um colaboradorque seja declarado dependente quí-mico. Quem cuidará do tratamentodele?”, questiona Figueiroa. Diantede tais ponderações, a entidade acre-dita que, “para uma regulamentaçãouniforme do exame toxicológico pre-cisaria ser feita uma reflexão de for-ma conjunta, interministerial”. n
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Legislação
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dezembro_2015
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Riscos químicos por Francisco Carlos
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março_2016
CONTAMINAÇÕESNAS CABINESDE PINTURA
Especialista aponta os principaisprocedimentos para evitar ainalação de substâncias tóxicas
Presentes nas linhas de produção do setor automobilístico, na indús-tria noveleira e em estaleiros, os profissionais que exercem ativida-des de pintura e acabamento estão expostos à captação de monóxi-do de carbono (CO) por conta do compressor utilizado como fontede ar respirável. Esse tipo de substância pode causar desde uma le-
ve tontura ou até mesmo a morte, dependendo da concentração, pois não pos-sui odor, cor e é pouco sensível pelo organismo, devido ao rápido processo de
intoxicação que acomete as células - principalmente as do cérebro.Esses trabalhadores também são expostos aos vapores do solvente e
aerossóis desprendidos da tinta durante a pintura, que podem causar dores decabeça e desencadear problemas respiratórios crônicos a longo prazo – comorinite, sinusite e asma. Segundo Claudinei Machado, diretor técnico da Breathe,
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Riscos químicos
empresa espe-cializada em sis-temas de ar res-
pirável, existem estudos do Centers
for Disease Control and Prevention
(CDC/NIOSH) que relacionam casosde câncer de pele e escrotal ao usodo ar comprimido com misturas de are óleo mineral.
De acordo com o especialista, acontaminação se dá, também, pe-
los microrganismos captados na at-mosfera ou proliferados na rede dear comprimido, causando diversas en-fermidades relacionadas a bactérias,vírus e fungos contidos no ar compri-mido e filtros sem inspeção.
Isocianatos
Outra ameaça aos trabalhadores des-se setor, apontada por Claudinei Ma-chado, são os isocianatos, componen-
tes encontrados em catalisadores damaioria dos primers (bicomponentes),acabamentos e vernizes usados paraacelerar a cura e a secagem das tintas.
A exposição ocorre principalmen-te durante a pulverização em cabinesfechadas, etapa em que a névoa deisocianatos pode ser inalada e causarproblemas respiratórios crônicos. “Otrabalhador exposto a esta substânciatem cerca de 80 vezes mais probabi-
lidade de desenvolver asma”, explicaMachado. “O risco é grande, pois qua-se todas as oficinas usam tintas e verni-zes contendo endurecedor isocianato”,destaca. Ainda segundo ele, é impor-tante lembrar que as tintas à base de
água também podem conter isociana-tos o contato com a pele e olhos tam-bém pode ocorrer durante a pesageme mistura desses produtos.
Para lidar com o risco, a utilizaçãode equipamentos de proteção respira-tória (EPRs) são imprescindíveis, poisgarantem que o aerodispersóide nãoatinja as vias respiratórias, pele e olhos.Os primeiros sintomas da exposição aoisocianato incluem uma ou mais dasseguintes características: corrimentonasal e coriza constante; feridas re-correntes e lacrimejamento; aperto nopeito, ocorrendo muitas vezes fora do
horário de trabalho; tosse persistente;arrepios gripais; respiração com chiadoe falta de ar. Obviamente, não quer di-zer que os sintomas acima, isolados, esem o acompanhamento de um médi-co de saúde ocupacional ou profissio-
Claudinei Machado,
diretor técnico da
Breathe
OS PRINCIPAIS AVANÇOS EM EPIS FORAM OS FILTROS COMMAIOR ÁREA DE TROCA GASOSA E FILTRAGEM MAIS EFICIENTE
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Riscos químicos
nal da área, serão indicadores de ex-posição ao produto químico.
A americana OSHA (Occupational
Safety & Health Administration) exige ouso desse tipo de dispositivo para garan-tir que o nível de CO não ultrapasse 10ppm ou, ainda, que o compressor pos-sua controle de temperatura adequado,de modo que impeça a formação de CO.
No Brasil não existe uma normativaespecífica ou folhetos orientativos pa-ra os riscos em cabines de pintura. Masa norma brasileira que orienta sobre ospadrões técnicos mínimos exigidos paraa qualidade do ar respirável é a ABNTNBR 12543, de 1999, que determina osEquipamentos de Proteção Respiratória.
Procedimentos seguros
Para garantir mais segurança aos tra-balhadores envolvidos nesses proces-
sos laborais, Machado afirma que cadaorganização já possui seus próprios pa-drões de segurança, porém, todos de-vem estar relacionados ao PPR (Progra-ma de Proteção Respiratória) elaboradopela Fundacentro. Outros documentose outras normativas podem ser acres-centados às rotinas de trabalho, masutilizar o PPR como espinha dorsal é
uma excelente recomendação - alémde ter força de lei.Em relação aos equipamentos de
proteção respiratória (ERP) voltadosaos trabalhos com pintura, o mercadooferece inúmeras opções. No entanto,o equipamento adequado vai depen-der do tipo de tinta e solventes utiliza-dos, das medidas de proteção coletivana cabine de pintura, além das medi-ções pontuais realizadas no interior dacabine, pois elas indicam quantitati-
vamente as concentrações dos riscos.Somente a partir desse levantamentoinicial será possível determinar o fatorde proteção exigido para o trabalho e,consequentemente, dimensionar o ti-po de EPR mais adequado. Entre EPRsmais comuns para trabalhos em pintu-ra estão a peça facial filtrante (PFFs),máscara semi-facial ou facial comple-
ta com cartuchos e capuz com linha dear comprimido.Com as novas tecnologias chegando
ao mercado a todo momento, destacaMachado, os principais avanços na áreade EPIs para este segmento foram osfiltros com maior área de troca gasosae filtragem mais eficiente; o tamanhodos equipamentos estão cada vez maisadequados ao perfil do rosto dos tra-balhadores; o peso de alguns tipos deproteção respiratória tem diminuído; o
A CONTAMINAÇÃO TAMBÉM SE DÁ PELOS MICRORGANISMOSPROLIFERADOS NA REDE DE AR COMPRIMIDO
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março_2016
TRABALHADORES ESTÃO EXPOSTOS ÀINALAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS TÓXICAS
fator de proteção desses equipamentostem melhorado continuamente.
Para que se possa evitar possíveisriscos de acidentes nestes ambientes,
o departamento de saúde e seguran-ça do trabalho deve tomar como nor-te a utilização do Programa de Prote-ção Respiratória da Fundacentro (PPR),dessa forma a empresa consegue criarseu próprio programa de proteção res-piratória de acordo com os riscos am-bientais e produtos utilizados.
Controle e prevenção
De acordo com o PPR da Fundacentro,
no controle das doenças ocupacionaisprovocadas pela inalação de ar conta-minado com poeiras, fumos, névoas,fumaças, gases e vapores, o objetivoprincipal deve ser minimizar a conta-minação do local de trabaIho. Isto de-ve ser alcançado, tanto quanto possí-vel, pelas medidas de controle coletivo(por exemplo: enclausuramento, confi-namento da operação, ventilação localou geral, ou substituição de substân-cias por outras menos tóxicas). Quan-
do estas medidas de controle não sãoviáveis, ou enquanto estão sendo im-
plantadas ou avaliadas, devem ser usa-dos respiradores apropriados.
Conforme a Fundacentro, o em-pregador deve fornecer o respirador,
quando necessário, para proteger asaúde do trabalhador; fornecer o res-pirador conveniente e apropriado pa-ra o fim desejado; ser responsável peloestabelecimento e manutenção de umprograma de uso de respiradores paraproteção respiratória; permitir ao em-pregado que usa o respirador deixar aárea de risco por qualquer motivo re-lacionado com o seu uso; investigar acausa do mau funcionamento do res-
pirador e tomar providências para sa-ná-la. Se o defeito for de fabricação, oempregador deverá comunicá-lo ao fa-bricante e a SSST (Secretaria de Segu-rança e Saúde no Trabalho).
Por outro lado, o trabalhador devefazer uso do respirador fornecido deacordo com as instruções e treinamen-to recebidos; guardar o respirador demodo conveniente para que não se da-nifique ou deforme; se observar que orespirador não está funcionando bem,
o trabalhador deverá deixar imediata-mente a área contaminada e comuni-
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Riscos químicos
O EMPREGADOR DEVE ESTABELECER O USO CORRETODOS RESPIRADORES EM SITUAÇÕES DE ROTINA
car o defeito ao responsável pela área.Quanto aos procedimentos operacio-
nais, o empregador deve estabelecer ouso correto dos respiradores em situ-ações de rotina e de emergência. Có-pias destes procedimentos, que devemser lidos e revisados periodicamente,devem estar disponíveis aos usuários.Já os procedimentos para o uso roti-neiro dos respiradores devem ser es-
critos e cobrir o programa completode uso de respiradores, bem como in-cluir as informações necessárias para oseu uso correto, contendo: treinamen-to dos usuários; ensaios de vedação;distribuição dos respiradores; limpeza,guarda e manutenção; inspeção; moni-toramento do uso; monitoramento dorisco; além da política da empresa naárea de proteção respiratória.
Embora não seja possível prever todasas situações de emergência e de salva-
mento para cada tipo de operação in-dustrial, é possível saber muitas condi-ções nas quais será necessário o uso derespiradores. Pode-se chegar a escolhade equipamentos apropriados para umasituação concreta por meio da análisecuidadosa dos riscos potenciais devidosa enganos na condução do processo in-dustrial, ou a defeitos e falhas no fun-cionamento. Os procedimentos escritos
para emergência ou salvamento devemdefinir os prováveis respiradores a seremusados, considerando os materiais e assubstâncias, os equipamentos, a área detrabalho, o processo e as pessoas envol-vidas em cada operação.
Com base nesta análise preliminar,também é possível verificar se os res-piradores disponíveis podem propor-cionar a proteção adequada quandoos usuários tiverem de entrar no am-biente da área potencialmente perigo-
sa. Existem situações em que as limita-ções do respirador podem impedir queos usuários entrem em uma atmosferaIPVS (ambientes onde haja o risco po-tencial de atmosferas inflamáveis ouexplosivas, por exemplo).
O procedimento deve ser revistopor alguém que esteja familiarizadocom o processo em particular ou coma operação. Deve-se levar em conta
as ocorrências passadas que exigiramo uso de respiradores para situaçõesde emergência e de salvamento, e asconsequências que resultaram do seuuso. Também devem ser levadas emconta falhas do respirador, falta deenergia, ocorrência de reações quími-cas não controláveis, fogo, explosãoe falhas humanas, bem como os ris-cos potenciais que podem resultar douso desses respiradores para emer-gência e resgate.n
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Coluna
Imparcialidade prevista em lei
Conclusãopericial deve selimitar ao que foipedido nos autos
I
maginemos a seguinte situação: no sentido de avaliar a necessida-
de de pagamento (ou não) de adicional de insalubridade para umempregado, determinado perito judicial é nomeado pelo juiz paraverificar se há insalubridade por ruído no respectivo ambiente labo-ral. Em sua avaliação, o perito percebe que o reclamante do proces-so não faz jus ao adicional de insalubridade por ruído. No entanto,observa que, por trabalhar próximo a um armazenamento de com-bustível, o reclamante faz jus ao adicional de periculosidade. Deve operito relatar em seu laudo a existência da periculosidade, uma vezque foi nomeado para avaliar apenas a insalubridade?
O art. 139 do atual Código de Processo Civil (art. 149 do novo CPC,vigente a partir de março/2016) nos ensina que o perito é um auxiliar
do juiz. Daí presumimos que as condutas relativas à defesa da impar-cialidade que o juiz adota devem ser aproveitadas pelo perito. Algu-mas dessas condutas, inclusive, são expressas em lei:
Art. 460 do atual CPC: “É defeso (proibido — grifo nosso) ao juizproferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida,bem como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto di-verso do que lhe foi demandado”.
Na mesma linha vem a nova carta processual (vigente a partir demarço/2016).
MARCOS HENRIQUE MENDANHA
Médico especialista em medicina do trabalho, medicina legal e perícia médica,advogado especialista em direito do trabalho e perito judicial
Legislação em SST
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março_2016
Art. 492 do novo CPC: “É vedado ao juiz pro-ferir decisão de natureza diversa da pedida, bemcomo condenar a parte em quantidade superiorou em objeto diverso do que lhe foi demandado”.
O que o legislador quis, por meio desse artigo,foi inibir o que a doutrina chama de “decisão ex-
tra petita ”, ou seja, sentença na qual o juiz conce-de ao autor coisa diversa da que foi requerida. Porexemplo: o advogado do reclamante solicita ape-nas o pagamento das horas extras não quitadas,mesmo tendo direito também à percepção de umeventual adicional de férias. Nesse caso, esse adi-cional de férias não será concedido ao reclamantepelo fato de não ter sido feito o pedido pelo seuadvogado, em sua petição inicial.
Toda vez que o magistrado, pelo seu próprio ar-bítrio (de ofício), concede a alguma das partes algoque esteja além daquilo que lhe foi pedido na peti-ção inicial, sua imparcialidade configura-se maculada,salvo quando exista previsão legal para tal conduta.
Se ao juiz não foi dado o direito da decisão extrapetita, por que o perito (como auxiliar do juiz que é)teria direito ao “laudo pericial extra petita”? Não con-cordamos com essa possibilidade pelo mesmo motivo já narrado: macula a imparcialidade (nesse caso, doperito). Nesse mesmo sentido veio a decisão abaixo:
Ementa: Recurso de revista. Sumaríssimo.
Pedido de adicional de periculosidade. De-ferimento de adicional de insalubridadecom base na causa de pedir e no laudo pe-ricial. Impossibilidade. 1) O TRT consignouque “os pedidos deduzidos pelo autor dademanda devem ser interpretados restriti-vamente, para garantir ao réu o seu direitode defesa deduzido exatamente quanto à pretensão do seu oponente. Entretanto, nocaso de correta indicação de causa de pe-dir, mas equivocado o pedido, desde que
não tenha havido prejuízo no direito dedefesa, deve-se relevar e apreciar o pedi-do na forma correta. É o caso dos autos,o reclamante atuou na função de mecâ-nico e indicou como nocivo em suas ativi-dades o contato com óleo diesel. Emboratenha se referido a adicional de periculosi-dade em passagem da petição inicial, outranão poderia ser a pretensão senão a per-
cepção do adicional de insalubridade, dian-te do agente agressor indicado, a reclama-da compreendeu a postulação e contra elaapresentou defesa. Realizada a prova téc-
nica, após vistorias e diligências no local detrabalho, o perito apurou que o reclaman-te, na função de mecânico, trabalhou emcondições insalubres, em razão do conta-to manual com hidrocarbonetos aromáti-cos (óleo diesel), utilizados para a limpezadas peças, sem a utilização de luvas. Tendoo perito apurado a insalubridade em razãodo mesmo agente agressor indicado na ini-cial (óleo diesel), a MM Juíza, corretamen-te, condenou a empregadora no pagamen-
to do adicional respectivo, considerando ser ele o detentor do conhecimento técni-co, a quem cabe o correto enquadramen-to do tipo de nocividade. Portanto, rejeitoa alegação de cerceamento de defesa, poraplicação do princípio do aproveitamentodos atos processuais, desde que não cau- sem dano ou impeçam a defesa”. 2) Ape- sar de ter apresentado defesa, toda a ar-gumentação da contestação vem calcadana inexistência de ambiente perigoso, na-da tendo a reclamada se referido à insalu-
bridade. E nem poderia, visto que o pedidoé claro quanto à condenação a emprega-dora ao pagamento de adicional de peri-culosidade. Assim, restam configuradas aextrapolação do pedido e a limitação àscondições de defesa da reclamada. 3. Vio-lação do art. 5º, LV, da Constituição Federalcaracterizada. (RR-1192-10.2010.5.15.0087)
Assim, repousamos nosso entendimento no sen-tido de que o perito deve limitar-se àquilo que cons-ta nos autos, e que fora estabelecido como sua atri-
buição pelo juiz (a quem o perito verdadeiramenteauxilia). Se o magistrado solicita informações sobrea insalubridade que hipoteticamente acomete em-pregado, mas o trabalho pericial descobre apenasa existência de periculosidade, e isso é atestado nolaudo pericial por vontade exclusiva do perito, atri-buímos ao expert um favorecimento incontestávelde uma das partes do processo (o trabalhador) emdetrimento da outra (o empregador). n
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Indústria por Thiago Santos
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SEGURANÇANO TRABALHO
COM CALDEIRASCuidados nafabricação,manutenção eoperação dessesequipamentos
Com funções que vão do co-zimento de ingredientes eesterilização de equipa-mentos à geração de ener-gia, as caldeiras são utili-
zadas em diversos ramos de atividade.
Amplamente empregados em segmen-tos da indústria alimentar, esses equipa-mentos são fundamentais ainda nos ra-mos têxtil, de cimento, de petróleo, demadeira, na indústria hoteleira, em hospi-tais, no setor naval e, até mesmo, em usi-nas nucleares, dentre outras atividades.
Para todas essas funcionalidades, ascaldeiras operam por meio do aque-cimento de líquidos e acumulação devapor. A pressão gerada nesse proces-
so resulta em risco de explosão em ca-sos de má utilização ou de dimensio-namento equivocado da caldeira. Poresse motivo, todo cuidado na fabrica-ção, manutenção e operação dessesequipamentos é vital para garantir asegurança dos trabalhadores.
Esses riscos variam, principalmente,em função do tamanho da caldeira edo grau de automação do equipamento.O engenheiro mecânico e de seguran-ça do trabalho Adalberto Dias oferece o F
o t o : S h u t t e r s t o c k
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Indústria
exemplo de caldei-ras pequenas, comcapacidade de ge-
rar até mil kg/h de vapor e pressões detrabalho de até dez bars. “[Nessas cal-deiras], nas quais os gases quentes pro-venientes da combustão circulam em tu-bos, a falta de controle do nível de águapode causar explosões”, diz.
O especialista apresenta, ainda, ou-tros procedimentos manuais de opera-
ção desse tipo de caldeira que geramriscos ao trabalhador: o manuseio decombustível sólido para alimentaçãoda caldeira, a exposição ao calor quepode gerar queimaduras e a produtosquímicos utilizados para o tratamentoda água de alimentação, entre outros.
“São riscos frequentes para esse tipo
de caldeira, utilizada, geralmente, emnegócios de menor porte, como tintu-rarias, lavanderias, clubes e fabricantesde conservas”, afirma Dias. Os funcio-
nários responsáveis pelas caldeiras des-sas empresas, muitas vezes, desempe-nham outras funções além da operaçãodo equipamento, ampliando esses ris-cos, de acordo com o engenheiro.
Conforme os equipamentos expan-dem sua capacidade, também aumentaa sua automação, diminuindo os riscosde falhas de operação. A maior capaci-dade, entretanto, faz crescer o tamanhoda caldeira. “Nesses casos, são neces-
sárias escadas, passarelas e acesso a lu-gares altos para se alcançar equipamen-tos de controle e de segurança. Essascaracterísticas fazem aumentar o riscode acidentes por queda”, explica Dias.“Essas caldeiras, que produzem até dezmil kg/h de vapor, exigem, no mínimo,dois operadores por turno.”
OS OPERADORES DEVEM ESTAR PLENAMENTEHABILITADOS PARA LIDAR COM QUAISQUER IMPREVISTOS
Fernanda Speck Dias,engenheira civil ede segurança dotrabalho
O engenheiro acrescenta, dizendoque o grau de automação da caldeiraé influenciado pelo tipo de combustí-vel utilizado. “Quando o combustível é
sólido, lenha em toras por exemplo, afunção do operador é principalmentealimentá-la manualmente. Já quandoé utilizado combustível líquido ou ga-soso, as caldeiras apresentam um graude automação bem maior, funcionan-do praticamente sem supervisão cons-tante”, esclarece o engenheiro.
Assim, na medida em que a caldeiravai aumentando de tamanho, tambémvai crescendo a sua automação com os
controladores e supervisores de pres-são, de alimentação de combustível, denível de água, de consumo, de ventila-ção e exaustão, de descarga de fundoetc. Soma-se a isso um CPD (centro deprocessamento de dados), instalado emsala própria, tornando o gerenciamen-to mais eficiente e seguro, sem muitodeslocamento do operador. “Dessa for-ma, hoje em dia não se admite mais cal-deiras novas sem automação”, afirma.
Capacitação
Em face a tantos riscos, a capacitaçãodos profissionais responsáveis por lidardiretamente com as caldeiras é funda-mental. Fernanda Speck Dias, enge-nheira civil e de segurança do trabalho,concorda: “a construção, manutençãoe inspeção das caldeiras devem ser sem-pre confiadas a um profissional de en-genharia mecânica ou naval”, comenta.
Já os operadores devem estar plena-
mente habilitados para lidar com quais-quer imprevistos. “Os principais cuida-dos a observar são o conhecimento doequipamento e o treinamento tanto te-órico quanto prático no equipamentooperado, sendo que, detectada qual-quer anomalia, o departamento de ma- F
o t o : A r q u i v o / C i p a
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nutenção deve ser informado imedia-tamente ou, em casos mais graves, oequipamento deve ser paralisado e des-ligado para averiguações”, explica Fer-nanda. Os profissionais responsáveispor essas manutenções e averiguaçõesdevem preencher a documentação deregistro de segurança da caldeira paraquaisquer informações futuras, de acor-
do com a engenheira.Toda caldeira a vapor deve estar obri-gatoriamente sob operação e contro-le do profissional operador de caldeiraque satisfaça às exigências do item Ado Anexo I da NR-13 (Norma Regula-mentadora 13). A norma abrange tam-bém uma série de precauções quanto àoperação das caldeiras.
Riscos
A caldeira é um equipamento produ-
tivo e necessário,mas que também,como qualquer
outro equipamento industrial, ofere-ce certos perigos. Os principais riscos
de operação de uma caldeira estão re-lacionados à temperatura e pressão. Ovapor dentro da caldeira está sob pres-são e tem um poder enorme de explo-são. Esse gás está confinado e vai sendocomprimido. Quanto maior a força decompressão, mais energia a caldeira po-de gerar. Só que, quando acontece umafissura no equipamento ou uma descon-tinuidade mecânica na parte onde o gásestá contido, a tendência é que todo ovapor saia, ao mesmo tempo, pelo mes-
mo orifício, configurando uma explosão.Existem também outros riscos asso-
ciados ao equipamento, como o aque-cimento do ambiente e o risco de in-cêndio associado ao combustível dacaldeira. É um risco do agregado, quepode ser eletricidade, GLP, gás natural,lenha, óleo diesel e outros.
Também existem riscos associados à
manutenção. São peças pesadas, quenormalmente obrigam o içamento pormeio de talha ou ponte rolante, geran-do o risco de quedas e esmagamentos.Também há os problemas com espaçosconfinados, claustrofóbicos, onde o su-primento de ar pode ser insuficiente ouaté mesmo possuir substâncias tóxicas.As caldeiras aquatubulares, por exem-plo, necessitam de um maior aparatode segurança e manutenção, até por-que utilizam pressões mais elevadas e
CALDEIRAS AQUATUBULARES NECESSITAM DE MAIORAPARATO DE SEGURANÇA E MANUTENÇÃO
Adalberto Dias,engenheiro mecânicoe de segurança dotrabalho
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a superfície de evaporação de fluidosé maior.
Ao comparar o número de aciden-tes com o número de equipamentos
existentes, a porcentagem é pequena.O fato é que um acidente de caldeiracausa sempre muitos estragos, tantona parte material quanto na perda devidas. Não se pode ver essa questãoapenas estatisticamente.
Esse tipo de acidente é extrema-mente perigoso para todo o sistemaindustrial. No Brasil, o número de aci-dentes não é alto, mas, quando acon-tecem, são significativos.
Segurança e operação
De acordo com a Norma Regulamen-tadora 13, toda caldeira deve possuirmanual de operação atualizado, emlíngua portuguesa, em local de fácilacesso aos operadores, contendo, nomínimo, procedimentos de partidas eparadas, parâmetros operacionais derotina, procedimentos para situações deemergência e procedimentos gerais desegurança, saúde e de preservação do
meio ambiente. Os instrumentos e con-troles devem ser mantidos calibrados eem boas condições operacionais. Emrelação à qualidade da água, a norma
também estabelece que esta deve sercontrolada e tratamentos devem serimplementados, quando necessários,para compatibilizar suas propriedadesfísico-químicas com os parâmetros deoperação da caldeira. Estes tratamen-tos são obrigatórios em caldeiras clas-sificadas como categoria A.
As inspeções devem ser realizadaspor um profissional habilitado e in-cluem as inspeções de segurança inicial,
periódica e extraordinária. De acordocom especialistas, a inspeção de segu-rança inicial deve ser feita em caldeirasnovas, antes da entrada em funciona-mento, no local de operação, incluin-do exame interno, seguido de teste deestanqueidade e exame externo. A ins-peção de segurança periódica deve serexecutada nos prazos de 12 meses pa-ra caldeiras das categorias A, B e C;15 meses para caldeiras de recupera-ção de álcalis de qualquer categoria;
e 24 meses para caldeiras da categoriaA, desde que aos 12 meses sejam tes-tadas as pressões de abertura das vál-vulas de segurança.
Empresas que possuem Serviço Pró-prio de Inspeção de Equipamentos po-dem estender seus períodos entre inspe-ções de segurança para 24 meses paraas caldeiras de recuperação de álcalis, 24meses para as caldeiras das categorias Be C, 30 meses para caldeiras da catego-
ria A e 40 meses para caldeiras especiais.
Legislação
As empresas que operam caldeirasdevem seguir a NR-13, bem como ou-tras normas vigentes, de acordo como doutor em engenharia mecânica Fla-vio Maldonado Bentes, chefe do Ser-viço Técnico da Fundacentro/RJ (ór-gão de pesquisa da carreira de ciênciae tecnologia do Poder Executivo Fede-ral, vinculado ao Ministério do Traba-
lho e Previdência Social). “Por força delei, conforme preconiza o artigo 157 daCLT (Consolidação das Leis Trabalhis-tas), cabe às empresas cumprir e fazercumprir as normas de segurança e me-dicina do trabalho, instruir os empre-gados por meio de ordens de serviço,quanto às precauções a tomar no sen-tido de evitar acidentes do trabalho oudoenças ocupacionais, adotar as medi-das que lhes sejam determinadas pelo
órgão regional competente e facilitar oexercício da fiscalização pela autoridadecompetente, todos itens incluídos pelaLei nº 6.514, de 1977.”
“É importante observar as responsa-bilidade das empresas perante o cum-primento das normas de segurança emedicina do trabalho. O texto é bemespecífico e deixa claro que essas nor-mas são determinadas pelo órgão re-gional competente. Atualmente, asNormas Regulamentadoras são elabo-
AS EMPRESAS QUE OPERAM CALDEIRAS DEVEM SEGUIRA NR-13, BEM COMO OUTRAS NORMAS VIGENTES
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radas de modo tripartite, sob a coorde-nação do Ministério do Trabalho e Pro-vidência Social”, afirma Bentes.
Com relação à fiscalização da aplica-
ção dessas normas, ela é feita pelos au-ditores fiscais do trabalho. “No meu pon-to de vista não há justificativa para que aNR-13 não seja atendida por completo.
ACIDENTE NO VALE DO PARAÍBAEm janeiro deste ano, em Jacareí (interior de São Paulo), a explosão de uma caldeira em uma fábrica da
Heineken resultou na morte de quatro trabalhadores e feriu um quinto. O acidente ocorreu durante a
manutenção do equipamento, mas as razões, de acordo com a cervejaria, só deverão ser esclarecidas após a
conclusão de uma perícia científica.
“Pelas informações vinculadas nos meios de comunicação, entende-se que a explosão ocorreu na parte do fogo,
que compreende queimadores, câmara de combustão, tubos, dutos, filtros, chaminé e outros acessórios” , explicaa engenheira Fernanda Speck Dias. “Deve ter ocorrido alguma falha de operação e automação, ou ainda defeito
em alguma válvula automática solenóide, provavelmente a principal que abre ou fecha a alimentação do gás para
o queimador, pois com certeza havia acumulo de gás nas partes citadas, sendo que a ventilação da câmara de
combustão é responsável pela eliminação de eventuais restos de combustíveis gasosos não queimados”, esclarece.
Para a especialista, é o típico acidente que ocorre na maioria dos casos com caldeiras a gás ou a óleo,
principalmente com câmara de combustão e gases presentes já aquecidos, tanto caldeiras horizontais
como verticais.
Os requisitos gerais, de instalação, ope-ração, bem como de inspeção de segu-rança devem ser atendidos em sua totali-dade”, completa o especialista.
De acordo com Bentes, empresá-rios e profissionais do setor devem es-tar atentos a possíveis mudanças quepoderão ocorrer na legislação em bre-
ve. “Algumas partes da NR-13 estãoem discussão na CNTT (ConfederaçãoNacional dos Trabalhadores em Trans-portes e Logística) e serão modificadas
provavelmente ao longo deste ano”,diz. A norma passou por uma atuali-zação recente pela portaria do MTE Nº594 de 28 de abril de 2014. n
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Coluna
Saúde oral
Doençastransmissíveis:
o mal que entra e sai pela boca
JOÃO RODOLFO HOPP
Cirurgião-dentista do trabalho; graduado pela FOB-USP; especialista em periodontia;especialista em odontologia do trabalho – CFO – Resolução 022/2001; mestre em trabalho,saúde e ambiente (Fundacentro/SP); e diretor científico do departamento de odontologia
do trabalho da APCD-ABCD. [email protected]
Odontologia do Trabalho
Prezados leitores, em tempos de mobi-
lidade globalizada, fazendo com que
doenças epidêmicas ganhem status de
pandemias, e de novas formas de relacio-
namento afetivo, onde as pessoas “ficam”
umas com as outras, após uma breve apro-ximação social, a boca, mais especificamente
a saliva, é citada como meio de propagação de
algumas dessas doenças visíveis no cenário midiá-
tico. No entanto, pouca ênfase é dada sobre como e
o porquê da saliva ser um veículo de propagação e infecção
indivíduo-indivíduo para determinadas doenças bacterianas e virais.
Destacando-se as principais doenças causadas por vírus circulantes na
corrente sanguínea, temos: a influenza (gripe causada por inúmeros ví-
rus); a febre amarela; a zica e a dengue (causadas pelos vírus da família
Flaviviridae, gênero Flavivirus); a chikugunya (causada pelo CHIKV, per-
tencente à família Arbovírus, gênero Alphavirus); a AIDS (causada pe-
lo HIV, que é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae);as hepatites A, B, C, D e E (causadas pelos vírus HAV, HBV, HCV, HDV e
HEV, respectivamente); e os tumores (benignos e malignos) de pele e das
mucosas, chamados de “papilomas” (causados pelo HPV, pertencentes
a uma família com mais de 150 tipos diferentes de vírus); entre outras.
Ainda que algumas das doenças como a gripe, a febre amarela e
as hepatites A e B sejam passíveis de prevenção, através da imuniza-
ção por vacinas, e que, somente a hepatite do tipo A e, mais recente-
mente, a febre zica sejam consideradas doenças transmissíveis, indiví-
duo-indivíduo, pela via oral, algumas considerações sobre a cavidade
bucal devem ser observadas, minimizando-se os riscos, ainda que re-
motos, da propagação destas doenças.Para tanto, precisamos retornar, mesmo que de maneira condensada,
a alguns conceitos anatômicos e fisiológicos que tratamos ao princípio
desta coluna, quando falamos sobre os motivos da relevância da cavi-
dade oral (revista CIPA, ed. 384) no organismo humano.
Um dos importantes aspectos que vincula, diretamente, a cavidade
oral à transmissão de doenças, no caso específico as viróticas, é o fato
desta região do organismo humano possuir um delgado epitélio, que
recobre mucosas densamente vascularizadas, com a presença natural
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de artérias e veias situadas muito próximas às super-
fícies das mucosas – a exemplo do plexo sublingual,
ilustrado na Figura 1, frequentemente usado como
via de absorção rápida de medicamentos ministrados.
Paralelo a esta característica natural da profusa vas-
cularização, temos o fato de a que cavidade bucal é
uma das áreas do corpo que mais sofre os impactos
causados por agentes agressores, sejam eles físicos(traumas térmicos e mecânicos da mastigação e por-
te de aparelhos protéticos – Figura 2), ou químicos (pH
dos alimentos e subprodutos da flora bacteriana) ou
biológicos (microrganismos como fungos, bactérias e
vírus), estando ela, a boca, sujeita aos inúmeros trau-
mas que provocam desde pequenos até extensos fe-
rimentos, que funcionam como “portas” entre o meio
externo e o interior de nosso corpo, como é o caso das
aftas e periadenites, como ilustra a Figura 3 (A e B).
Segundo os resultados do Projeto SB-2010 (MS),
em seu relatório de 2011, a população brasileira apre-senta sangramento gengival em 27% na faixa etária
de 12 anos, sendo de 33,8% entre os 15 e 19 anos,
de 45,8% entre os 35 e 44 anos, e de 18,1% nas
pessoas com 65 e 74 anos de idade, o que nos le-
va a afirmar que a população, em geral, é portado-
ra de algum tipo de inflamação gengival, com varia-
dos graus de manifestação das Doenças Periodontais
(CID K05). A mesma fonte aponta que os portadores
da cárie dental (CID K02) alcança 36% da população
com 15 a 19 anos e há uma prevalência de 10% nos
indivíduos compreendidos na faixa etária dos 35 aos
44 anos. Esses quadros levam a visíveis inflamações e
infecções dos tecidos moles e duros da cavidade bu-
cal, como ilustra a Figura 4 (A e B), e também a le-
sões intraósseas, subjacentes aos dentes (Figura 5).
Pelo fato dessas situações bucais aumentarem o po-tencial desse mecanismo de troca bidirecional, com a
entrada e saída de sangue através dos vasos sanguí-
neos da cavidade bucal, como ilustra a Figura 6, justi-
fica-se a preocupação quando o assunto é relativo às
doenças transmitidas por vírus, que podem ser trans-
mitidos pelo sangue disseminado no líquido salivar,
nas inúmeras situações nas quais há contato da sali-
va alheia com “vias vasculares abertas” (inflamações
e infecções bucais), durante o ato de beijar e também
na prática do sexo oral, configurando um verdadei-
ro “jogo de azar”, no contrair ou não tais doenças.Somando-se essas às inúmeras outras razões vin-
culadas à nossa saúde bucal, recomenda-se que, ao
notar algum sangramento gengival persistente, seja
durante o uso do fio e/ou escova dental, consulte um
cirurgião-dentista, informando-lhe o fato, para que
sejam sanadas as possíveis causas das inflamações,
tornando mais seguras nossas indispensáveis mani-
festações afetivas. Até a próxima edição!nFig. 8
FIGURA 1: Plexo vascular sublingual – ventre da língua e soalho da boca
FIGURA 2 : Ferimento na mucosa, embaixo da prótese parcial removível (“ponte-móvel”), por trauma físico-químico-biológicoFIGURA 3 : Afta minor ou afta de micukulics (A); e periadenite ou afta major, também chamada de doença de Sutton (B)
FIGURA 4 : Doença Periodontal com sangramento ao toque (A) e Cáries em estágio avançado com exposição da polpa dental (B)
FIGURA 5 : Lesão intraóssea inicial, causada pela exposição pulpar (seta 1) e Lesão intraóssea avançada, com presença de fístula (seta 2)
FIGURA6: Ilustração esquemática dos risco de contágio pelo sangue extravasado no interior da cavidade bucal, misturado à saliva
Fig. 2
Fig. 1 Fig. 3 Fig. 4 Fig.5
Fig. 6
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Artigo
PROTEÇÃO DAS MÃOS
CONTRA ARCOS ELÉTRICOSDúvidas sobre a especificação dos EPIs adequadosexpõem trabalhadores a sérios riscos
por Aguinaldo Bizzo de Almeida, Cristina Perez, Marcio Bottaro e Maria do Carmo Chies
Instalações elétricas
A utilização das vestimentas antichamas para atividades
de manutenção de instalações elétricas foi uma das
principais alterações ocorridas com a revisão da NR-10 em2004, sendo que após 11 anos dessa obrigatoriedade le-
gal, a proteção aos efeitos do risco de arco elétrico é con-
siderada condição intrínseca, tornando-se portanto, obri-
gatória a utilização deste EPI.
Verifica-se a consolidação da utilização das vestimentas
antichamas pelos profissionais da área elétrica, principal-
mente do conjunto composto de calça e camisa, porém a
proteção da face ainda não está totalmente sedimentada
para atividades em baixa tensão.
A proteção das mãos ao risco de arco elétrico é um dos
fatores que mais gera dúvidas quanto a sua especificação.Diante disso, notamos frequentemente sua utilização de
forma incorreta, fator que expõe muitos trabalhadores a
sérios riscos de lesões.
Análise detalhada
Salientamos que para proteção ao risco de arco elétrico
deve-se prioritariamente adotar medidas de proteção co-
letivas como: medidas de engenharia, construção das ins-
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talações elétricas seguras, buscando desta forma a prote-
ção do trabalhador, dos seus equipamentos e a manutenção
dos processos produtivos.
Ressalta-se que mais de 80% de todos os acidentes elé-
tricos industriais são resultado de arco elétrico e, por con-
sequência, a combustão de roupas inflamáveis, sendo que,
no Brasil, devido à característica construtiva das instalações
elétricas, onde os projetos não contemplam a proteção aorisco de arco elétrico, a utilização do EPI é condição intrín-
seca para proteção dos trabalhadores.
A especificação do EPI para proteção das mãos ao ris-
co de arco elétrico deve ser precedida de análise de risco
específica, onde deve-se considerar que normalmente as
mãos são os membros do corpo expostos ao maior nível de
energia incidente, visto que estão mais próximas do ponto
de ocorrência do arco elétrico, principalmente em ativida-
des em contato direto com instalações elétricas energiza-
das de baixa tensão, condição predominante na realidade
laboral dos profissionais da área elétrica.
Deve-se ressaltar que o nível de energia incidente tem co-mo parâmetro intrínseco a distância de trabalho em relação
ao ponto do arco elétrico, pois pode-se afirmar que o nível
de energia incidente e inversamente proporcional ao qua-
drado da distância, vide equação básica na teoria do mo-
delo de Ralph Lee, que baseia-se na máxima energia de ar-
co incidente, conforme equação abaixo:
Assim, a proteção das mãos é obrigatória, pois normal-
mente a maior dificuldade ocorre devido a argumentação
da dificuldade de maneabilidade de componentes elétri-
cos e eletrônicos em instalações elétricas de baixa tensão,
devido a características das luvas existentes.
Obrigatoriedade legal
O uso do EPI deve atender as prescrições legais do MTE,
sendo que atualmente não existem luvas antichamas tipifi-
cadas para riscos térmicos provenientes do arco elétrico e,
portanto, não há como obter um CA (Certificado de Apro-
vação). Dessa forma, sob a ótica legal, as mesmas não de-
vem ser utilizadas.
O uso de luvas isolantes de borracha, em conjunto com
luvas de proteção de couro, é obrigatório em todas as ati-
vidades onde houver o risco de choque elétrico por conta-
to direto e indireto (salvo situações específicas) e, dessa for-
ma, a proteção das mãos deve ser feita com o uso de luvas
isolantes de borracha e luvas de cobertura de couro, ape-
sar das mesmas não possuírem CA específico para este fim.
Infelizmente, ocorrem inúmeros acidentes com gravesqueimaduras nas mãos em profissionais da área elétrica,
devido o não uso de luvas isolantes de borracha sobrespos-
tas de luvas de couro, ou pelo uso inadequado de somente
luvas antichama (sem CA) buscando –se maior conforto e
maneablidade, entretanto, essa pratica é inadequada, ex-
pondo os profissionais da área elétrica ao risco de queima-
duras por arco elétrico, e principalmente ao risco de cho-
que elétrico por contato direto em instalações elétricas sem
a segregação mínima (Grau IP 2X ).
Assim, a proteção das mãos aos efeitos do arco elétrico
deve ser feita com a utilização de luvas isolantes de bor-
racha sobrepostas de luvas de cobertura de couro, que nu-ma possível exposição a arco elétrico serão os EPI que atu-
arão como proteção.
Ensaios de avaliação dos EPIs
A avaliação da Resistência ao Arco Elétrico (Arc Rating ),
de tecidos e outros materiais, está pautada em normas téc-
nicas, que trazem orientações sobre os arranjos de ensaio,
incluindo instrumentação, equipamentos e tratamento de
dados. Esta avaliação é a base para a classificação dos ris-
cos e categorias de proteção dos EPIs. A categoria de riscos
é definida em regulamentos no Brasil pela Portaria número121/2009 do MTE (alterada pela portaria 295/2011), que
tem como base as premissas de segurança da NFPA 70 E.
Entre os produtos analisados em laboratório, por meio de
ensaios de arco aberto, estão os equipamentos para prote-
ção das mãos (luvas):
❖ ASTM F 2675: 2013, Standard Test Method for
Determining Arc Ratings of Hand Protective Products
Developed and Used for Electrical Arc Flash Protection.
E i =793. I bf .V .t
D2
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Artigo
O TC78 da IEC trabalha atualmente no desenvolvimen-
to da norma internacional por meio do grupo de projeto
PT-78-13-1, “Electric arc performance ofhandprotectione-
quipment”, que tem como base a norma norte-americana.
Os fundamentos dos ensaios de luvas são os mesmos apli-
cados a tecidos, com um arranjo de ensaio parecido, com-
portando até dois pares de luvas e utilizando sensores inter-
calados entre os mesmos. O princípio de avaliação também
é o mesmo aplicado a tecidos, sendo os indicadores de re-
sistência mais comuns o ATPV (ArcThermal PerformanceValue ) e EBT50 (BreakopenThreshold Energy ).
O ATPV é resultado de um processamento de dados e re-
gressão logística sobre informações oriundas da compara-
ção da energia transmitida pelo material da luva aos calo-
rímetros sob ela posicionados, com base na curva de Stoll ,
uma estimativa de possibilidade de queimadura de segun-
do grau em função da energia, normalmente dada em cal /
cm². A esta comparação é atribuída uma condição logísti-
ca, queima ou não-queima, e anexada uma energia inci-
dente, medida pelos calorímetros adjacentes. No caso do
EBT50, a avaliação é baseada na presença ou não de furosnas luvas após a submissão ao arco, utilizando-se as mesmas
premissas estatísticas atribuídas na determinação do ATPV.
Com a parceria firmada entre a Petrobras e a Universida-
de de São Paulo, representada pelo Instituto de Energia e
Ambiente (IEE), em fevereiro de 2013 foi iniciado um pro-
jeto de pesquisa e desenvolvimento para criação de um la-
boratório nacional para avaliação da proteção de vestimen-
tas e materiais contra efeitos térmicos de arcos elétricos.
Atualmente, o projeto está em fase de validação para en-
trar em operação ainda em 2016. O laboratório incorpora,
além dos dispositivos para análise de tecidos, vestimentas e
protetores faciais, o dispositivo de ensaio de luvas.
Bases normativas
Desde a introdução da NFPA 70 E, as luvas isolantes de
borracha e as de proteção de couro são utilizadas em ativi-
dades com eletricidade para minimizar os riscos de aciden-
tes ao choque elétrico. Nos anos 1990, trabalhos com ele-tricidade eram muitas vezes realizados sem a luva isolante.
As principais razões eram a dificuldade do manuseio com
partes pequenas e o alto custo das mesmas.
Os efeitos do arco elétrico não eram considerados em tra-
balhos com eletricidade nesta época, somente em 1994, nos
Estados Unidos, a OSHA publicou a 29 CFR 1910.269, que
obrigou o setor elétrico a implementar as vestimentas anti-
chamas que tinham como principal objetivo não aumentar
a extensão da lesão em um evento de um arco elétrico. Es-
te fato fez com que a NFPA 70 E e a NESC mudassem e in-
cluíssem os trabalhos seguros com eletricidade que envol-vessem eventos de arco elétrico, além do choque elétrico.
No Brasil, em 2004, com a revisão e publicação da NR-10,
foi introduzido no item 10.2.9.2 que vestimentas de traba-
lho deveriam ser adequadas às atividades considerando-se
a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromag-
néticas. A definição de inflamabilidade significava que as
vestimentas não poderiam entrar em ignição e aumentar a
lesão quanto expostas aos riscos de arcos elétricos e tinha
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como objetivo a proteção dos membros superiores e inferiores.
As normas de ensaios aos riscos de arco elétrico para vestuário foram desen-
volvidas na década de 1990, porém as luvas para este risco não foram sequer
consideradas. O único requisito na época era de que as luvas isolantes deveriam
ter uma certa espessura para passar nos testes de tensão elétrica.Com a evolução das normas de ensaios e estudos de arco elétrico, o comi-
tê da NFPA 70 observou que os acidentes fatais e ferimentos devido a ocorrên-
cia de arco elétrico também aconteciam na baixa tensão em equipamentos que
estavam segregados para choque elétrico e que as mãos eram também uma
parte do corpo atingida. No ano 2000, a ISSA ( International Social Security As-
sociation), na Alemanha, publicou o primeiro estudo sobre proteção das mãos
ao efeito de um arco e, como esperado, se constatou que as mãos foram uma
das piores partes do corpo atingidas, pois estavam sempre mais próximas do da
energia incidente de um curto circuito.
Em 2012, a NFPA 70E incluiu a terminologia luvas para proteção ao arco elé-
trico, e se assumiu que a proteção das mãos para este risco térmico deveria serfeita através da utilização da luva isolante e da luva de cobertura de couro com
uma espessura mínima determinada. Foi utilizado como padrão uma espessu-
ra mínima de 0,7 milímetros para proteção até 8 cal / cm². O problema com es-
ta inclusão era então garantir que as luvas de cobertura utilizadas tivessem essa
espessura mínima e que as mesmas fossem feitas de couro puro. Muitas luvas
de coberturas apresentam outros componentes na sua manufatura, podendo
fundir no momento de um arco elétrico.
Num futuro próximo, a norma de referência americana ASTM F 2675 será ob-
jeto de estudo da Comissão de Riscos Térmicos, onde será criada uma norma
brasileira equivalente. Outro fato importante, que ajudará em um entendimen-
to maior a respeito da proteção das mãos aos efeitos do risco de arco elétrico,
virá com as pesquisas que serão realizadas no Laboratório Nacional de Arco Elé-trico, no Instituto de Energia e Ambiente (IEE).
No Brasil, são utilizadas luvas isolantes de borracha há muitos anos, onde des-
taca-se a Salisbury, empresa norte-americana líder mundial em proteção elétri-
ca em borracha, pioneira no desenvolvimento da luva isolante de borracha pa-
ra trabalho em linhas energizadas. A experiência acumulada em mais de 100
anos trouxe enorme contribuição no desenvolvimento do conhecimento nes-
ta área. Desde 2005 a empresa realiza os ensaios de resistência ao arco elétri-
co nas luvas, tendo contribuído de forma decisiva para a elaboração da norma
ASTM F2675, que trata do assunto da proteção das mãos contra arco elétrico.
No Brasil, desde 1994 a Salisbury e representada pela LEAL.n
Aguinaldo Bizzo de Almeida, Eng. Eletricista – Seg. Trabalho – Membro do GTT- NR10, Dire-tor da DPST – Desenvolvimento e Planejamento em Seguranca do Trabalho
Cristina Perez, gerente de Produtos LEAL
Marcio Bottaro, coordenador do projeto do laboratório pelo IEE/USP
Maria do Carmo Chies, Gerente América Latina Westex by Milliken
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Coluna
Um problemade saúde pública
Empresas precisamintensificar ocombate ao
mosquitoaedes aegypti
Em 21 de janeiro de 2015, durante a crise da hídrica, o ministrode Minas e Energia, Eduardo Braga, citou em uma entrevista a
famosa frase “Deus é brasileiro e vai fazer chover”. Um ano depois,
o Brasil enfrenta uma nova crise, desta vez o foco é a doença zika eos casos de microcefalia em bebês. Será que vamos ouvir essa frasede novo dita por alguma autoridade?
A dura verdade é que o Brasil e seu povo estão abandonados à pró-pria sorte. Todas as ações governamentais têm sempre um duplo sen-tido, o da politicagem suja que quer manter os favores dos poderosose dos amigos do rei ou da rainha. Independente de tudo isso, a açãopopular tem que ser vigorosa nesse momento. A doença zika parecenão ser tão branda como pareceu de início e tem tomado proporções
LÚCIA SCHULLER,bióloga e mestre em saúde pública
Vetor
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catastróficas, se expandindo para a América Latina.O mais grave de tudo isso é a associação do vírusà síndrome de Guillain Barre, ainda não totalmentecompreendida pelos especialistas e infectologistas.
O que a população deve fazer para se defen-der? A primeira ação é manter a visão afinada pa-ra observar e estancar quaisquer focos do mosqui-to aedes aegypti , responsável pela transmissão dadengue, da zika e da chikungunya. As recentes re-portagens mostradas pela televisão indicam que apopulação ainda está alienada em relação às medi-das para conter o avanço das doenças. Em uma dasreportagens, a agente de saúde conversava com aspessoas da casa que se diziam bastante conscien-tes do problema e que tomavam o maior cuidado,
no entanto, foram encontrados na mesma visita vá-rios locais onde a infestação poderia se instalar eque não estavam sendo observados pelos cidadãos.
Do ponto de vista do trabalho do técnico de se-gurança, que hoje também abrange as funções detécnico em meio ambiente, se faz necessária umacooperação muito grande por parte de todos oscolaboradores. O treinamento e conscientizaçãonesse momento são vitais para as empresas quepodem sofrer muitas perdas pela ausência de fun-cionários doentes e pela insatisfação e medo dosque não foram infectados.
As empresas são comunidades menores, que po-dem ser abrangidas com o uso de técnicas de trei-namento e de ações voltadas a eliminar focos decriação de mosquitos. Nesse momento, entra emação um profissional mais conhecido como “matabaratas” ou “mata mosquitos”. Na realidade, eleé um profissional de controle de pragas que, damesma forma que o técnico de segurança estudae previne os acidentes, o técnico em pragas urba-nas estuda e previne a presença de insetos. Des-sa forma, ele é responsável por um pente fino im-
portante, que depende do engajamento total detodos, face à gravidade da situação.Numa residência, os focos mais comuns são pra-
tinhos de plantas, garrafas, entulho, plástico, ralos,mas uma empresa também tem tudo isso e muitomais, começando pelas redes pluviais. Muitas or-ganizações ainda têm grelhas que passam por so-bre essas redes, que vão acumulando resíduos eágua.Outro local importante são as áreas de des-
carte de resíduos não orgânicos. Lá são acumula-dos resíduos plásticos, papelão e inúmeros outrosdejetos cuja forma podem transformá-los em cria-douros potenciais de mosquitos.
Outro ponto muito importante, que normalmen-te não é lembrado, são as estações de fixação deiscas para ratos ou cochos para ratos. Normalmen-te essas estações são instaladas ao rés do chão equalquer sujeira e água entram na estação. Aí te-remos dois prejuízos: um decorrente do estrago daisca, o que afugenta os ratos; o outro é a inunda-ção total e parcial do interior do cocho. Essa jun-ção de água parada e matéria orgânica passa a serum ponto ideal e importante para a colocação dosovos dos mosquitos, sejam de que espécie for. É
necessário ressaltar ainda o ambiente interno úmi-do, quente e escuro que facilita a presença dos in-setos. Como geralmente as estações externas pa-ra ratos são colocadas em toda a área da fábrica,é criado um anel de possibilidades de criação domosquito da dengue e outras espécies.
Possíveis soluções
Em relação às canaletas de águas pluviais, a so-lução implica em trabalho manual, com a retiradados resíduos e limpeza dos dutos. A possível cober-tura dos dutos com placas, deixando apenas aber-
turas que seriam teladas, é uma forma preventivade encarar o problema. Já em relação aos resídu-os fabris, é necessário organizá-los de tal formaque não entrem em contato com a água da chu-va para não servirem de abrigo aos insetos. A or-ganização e retirada eficiente desses resíduos é achave da solução e da prevenção dessas situações.
O terceiro fator é um pouco mais complicado, masexequível. Esses cochos ou postos de iscas devemficar suspensos ou apoiados em uma base para im-pedir ou diminuir a entrada de água nesses locais.
Além dessas medidas, há inúmeras outras quepodem ser acionadas, tais como limpeza de calhas,remoção de entulhos, lavagem das caixas d’água esua cobertura, entre outras ações. Todas elas, noentanto, envolvem basicamente limpeza e organi-zação, que por sua vez eliminam as chances de dis-seminação e procriação do mosquito.
Vamos à luta, por que ainda temos muitos me-ses de infestação pela frente. n
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CUIDADOS COM ACOLUNA VERTEBRALSaber os porquês da prevenção possibilita não somente aaprendizagem, mas a mudança de comportamento
por Conceição Freitas
ErgonomiaArtigo
N o dia 8 de março o mundo todo celebra o Dia Interna-cional da Mulher. Essa data foi adotada pelas Nações
Unidas para lembrar as conquistas sociais, políticas e eco-nômicas das mulheres. Como se trata de uma data come-morativa destinada à reflexão sobre vários temas e atitudes,quero registrar aqui uma sugestão: falar de ergonomia. Po-rém, quero discorrer o tema sobre os cuidados com a colu-na vertebral “só para as mulheres” no ambiente de trabalho,com o objetivo de reforçar os conhecimentos já adquiridos
e/ou uma nova abordagem sobre esse tema.O cantor e compositor Erasmo Carlos, numa de suas famosasmúsicas – “Mulher (sexo Frágil)”, faz uma crítica a esse pa-radigma, como pode ser observado logo no primeiro verso:
Dizem que a mulher é o sexo frágil
Mas que mentira absurda
Eu que faço parte da rotina de uma delas
Sei que a força está com elas
No sentido de bravura para superar os desafios do cotidiano,
F o t o s : S h u t t e r s t o c k
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março_2016
sem dúvida que concordamos com o ilustre cantor e com-positor. Mas, existem contrapontos que precisam ser mui-to bem discutidos e difundidos entre as mulheres. O fa-to é que, sem saúde não existe a menor possibilidade da
mulher vivenciar o seu cotidiano de maneira a ter condi-ções físicas e emocionais para superar os enormes desa-fios que surgem a todo instante. Tanto no trabalho comona vida familiar e social.
Dados da OMS
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 80%da população será acometida de dores nas costas em al-gum momento da vida. Diante dessa realidade, não sódolorosa, sem trocadilho, como também, em muitos ca-sos, incapacitante, temos motivos de sobra para dar uma
atenção especial ao assunto.São múltiplas as causas de adoecimento da coluna verte-bral, porém, o escopo desse artigo é sobre as posturas in-corretas no trabalho, e aí surgem as seguintes indagações:❖ Quais são as posturas corporais de riscos adotas pelas
mulheres no mundo corporativo que afetam ou afeta-
rão a saúde da coluna vertebral?
❖Como eliminar ou minimizar as suas causas?
❖Os alongamentos associados à prática regular de
atividade física de fato contribuem para a saúde da
coluna vertebral?
❖Tensões emocionais e sedentarismo desencadeiam
também as posturas incorretas? Mas, antes de adentrar nas questões patológicas e cau-sais, identifico como necessário um breve referencial te-órico, o qual recomendo que seja reproduzido para astrabalhadoras, para que elas entendam e conheçam, demaneira geral, a estrutura da coluna vertebral, sua impor-tância e a necessidade de cuidados. Saber os porquês daprevenção possibilita, não só a aprendizagem, mas prin-cipalmente a mudança de comportamento.
Referencial teórico
A - Coluna vertebral→ Estrutura:→ Além das 33 a 34 vértebras, discos intervertebrais e li-gamentos, também os músculos, veias, tórax e abdomefazem parte da estrutura ampliada da coluna vertebral.→ A extensão da coluna vertebral (33 a 34 vértebras) ini-cia-se desde a base craniana até o quadril; dividida emcinco regiões:
Coluna cervical (7 vértebras);
Coluna torácica (12 vértebras);
Coluna lombar (5 vértebras);
Coluna sacral (Fusão de 5 vértebras);
Coluna coccigeana formada pelo cóccix ( Fusão de 4 a5 vértebras).
→ Medula Espinhal ou NervosaOutro fator importante que destacamos sobre a coluna ver-tebral é que cada vértebra possui um canal vertebral para apassagem da médula espinhal e seu envoltório, assim comonervos e raízes. A medula se conecta ao cérebro e demaismembros e outros órgãos do corpo. Ela produz impulsos docérebro coordenando atividades e funcionamento do corpo.→ Discos intervertebraisOs discos intervertebrais são estruturas fibroelásticas for-
madas por duas partes: núcleo pulposo ou líquido viscoso.→ Anel fibroso (tecido cartilaginoso).Estão posicionados entre as vértebras. Possuem as funçõesde amortecer o impacto entre as vértebras, possibilitando acondição de um eixo maleável que associados às muscula-turas permitem os movimentos da coluna vertebral.→ Os discos intervertebrais devem ser preservados pa-ra evitar aceleração de seu desgaste e gerar a famo-sa vilã hérnia de disco, quando há a ruptura de ânulo fi-
A coluna vertebral possui formato retil íneo e, quando analisada de perfil , possui 4 cur vaturas fisiológicas: lo rdose cerv ical, ci fose dorsal,lordose lombar e sacral
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Artigo
broso e o seu núcleo pulposo (líquido viscoso), que seespalha e comprime a raiz nervosa, desencadeando do-res na região atingida.
B - Patologias na coluna vertebral
→ Hérnia de disco (dano da medula espinhal, risco de fi-car paraplégico)→ Existem diversas patologias que podem acometer a co-luna vertebral, oriundas dos músculos, ligamentos, ner-vo ciático, discos intervertebrais, que podem ocorrer de
formas isoladas ou combinadas.→ O que é mais crítico sobre o adoecimento da colunavertebral é que vai além da dor ou limitações de movi-mentos. Havendo a compressão da médula espinhal,que impossibilita seu funcionamento, existe a possibili-dadde de gerar incapacitação física (deficiência) adqui-rida e, por consequência, a paralisia de membros e pos-síveis compromentimentos no funcionamento de órgãos.Segundo o doutor Rui Mercúrio, “se houver compres-são extensa da medula nervosa, o paciente poderá fi-car paraplégico, além de perder o controle da micção
ou de evacuação”.→ Regiões da coluna vertebral que podem apresentar al-terações nas suas curvaturas:→ Hiperlordose - Aumento da curvatura da coluna lom-bar e cervical.→ Hipercifose – Aumento da curvatura da coluna torácica.
Vícios posturais e o dano à coluna vertebral
Os vícios posturais atuam de forma incisiva (negativamen-
te) na coluna vertebral, por serem continuamente repeti-tivos. A constância de sua prática torna-se um hábito (océrebro acostuma-se e passa a considerá-la como umacondição normal), e também os incômodos (dores) pas-sam a ser normais. A pessoa se habitua a conviver coma situação fazendo uso de analgésicos ou até antiinfla-mátórios e, na maioria das vezes, sem nenhum controle.Até o momento em que as dores passam a ser insupor-táveis, e que limitem ou paralisem os movimentos de fa-to, aí a extensão dos danos pode ser incalculável.
Dados estatísticos apontam que pessoas cada vez mais jo-vens estão sendo acometidas de dores nas costas. Aquelaideia de que é um sintoma que só acomete os mais velhos já ficou para trás. No entanto, infelizmente a consciênciapostural ainda não faz parte de nossa cultura. Um exem-plo disso é o uso da tecnologia, especialmente tablets esmartphones, pois muitas pessoas acessam esses dispo-sitivos com uma postura totalmente errada, o que com-promete principalmente a coluna cervical (hiperlordose).A seguir, descrevo uma relação de posturas incorretas,partindo da premissa que o posto de trabalho encontra-
-se com as recomendações ergonômicas adequadas. Des-sa forma, focaremos apenas no comportamento.
Uso de calçados com saltos altos
→ Efeitos nocivos para a coluna vertebral
Saltos altos de uso contínuo prejudicam a coluna verte-bral com efeito principalmente na coluna lombar. Quan-to mais alto o salto, mais acentuada a curvatura da colu-na lombar se tornará, o que pode se transformar numa
Hérnia de disco, uma das patologias da coluna cervical
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hiperlordose (chamada popularmente de “bumbum em-
pinado”) de consequência direta, que comprime os dis-cos intervertebrais e provoca o risco da hérnia de disco.→ Efeitos também para os membros inferiores que pode-rão interferir na boa postura da coluna vertebral:c Joelhos, panturilhas e tornozelos
Danos também são causados nos joelhos devido ao de-senvolvimento, além da medida dos músculos da parteda frente das coxas. O peso excessivo afeta a estruturados joelhos, ocasionando dores e desgaste desnecessá-rio de seu mecanismo. Os músculos da panturrilha e ten-dem a encurtar (perdem a condição esticar e encolher),
interferindo na forma correta de andar . c Pé e dedos
Sua estrutura também é afetada pelo uso de calçado comsalto alto. Uma das patologias que exemplificaremos é oque foi divulgado na mídia sobre o afastamento da Xuxado trabalho. Segue o trecho da reportagem (2014) escri-ta por Vivian Elias, na revista VEJA: “Salto alto: Doença causada pelo uso prolongado docalçado afastou Xuxa da televisão - Um boletim médico
confirmou que a apresentadora Xuxa precisou se afastar
da televisão para tratar uma doença que atingiu o seupé esquerdo, a sesamoidite, causada principalmente pe-lo uso prolongado de sapatos de salto alto. A recupera-ção, que será de no mínimo seis meses, inclui repouso einterdição do calçado”.→ Medidas corretivas ou preventivas
FRecomenda-se evitar o uso de saltos e com o formatoque comprimam a estrutura do pé e dedos. Essa condi-ção também evita joanete na parte externa do dedão eo arqueamento dos dedos.FDiariamente promover alongamentos, se possível no
trabalho e em casa.FQuando não for possível evitar o uso diário de saltos(no máximo 6 cm de altura), deve-se variar as alturascom frequência e, em casa, fazer uso de sandálias (ras-teira) com antiderrapante.FNa ocorrência de dores, consultar um ortopedista. Lem-bre-se: quanto mais tempo conviver com o incômodo,sem o devido tratamento médico, maiores serão as chan-ces de gerar ou agravar alguma patologia.
Apoiar o telefone entre a cabeça e ombro afeta diretamente a coluna cer vical
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ArtigoApoiar o telefone entre a cabeça e o ombro
→ Efeitos nocivos para a coluna cervical
Afeta diretamente a coluna cervical, causada pela compres-
são desigual entre as vértebras e discos intervertebrais, alémde lesões musculares pelas tensões contínuas na região. Acabeça na posição neutra (ereta) pesa em torno de 6kg, e acurva para um dos lados pode até quadriplicar o peso , porconta da ação da gravidade. As consequências inclum des-de o sintoma da dor, fadiga muscular até alteração da sensi-bilidade, que pode afetar os ombros, braços, mãos e dedos.→ Medidas corretivas ou preventivas
FManter a cabeça ereta e segurar o telefone com uma dasmãos, mantendo os ombros relaxados.FCaso a demanda de atendimento telefônico aumente, é
necessário reavaliar o posto de trabalho para atender as re-comendações da NR-17 (Ergonomia).
Pescoço de texto ou “text neck ”
Cabeça e coluna cervical projetadas para frente – postu-ra incorreta no uso de tablets , notebooks , smartphones ou semelhantes.→ Efeitos nocivos
F Nevralgia occipital: ocorrem “fortes dores na cabeça”, quese confudem com a própria dor de cabeça .Como os nervos occipitais, localizados na coluna cervical(parte de trás do pescoço), são originados da medula es-
pinhal, ramificados pelo couro cabeludo. Quando apresen-tam danos, os sintomas vão desde a percepção da “sensi-bilidade” do couro cabeludo, dores na cabeça ou até dorpor trás de um olho.F Coluna cervical (hiperlordose): as consequências podemser desde o sintoma da dor, perda da força muscular do pes-coço até alteração da sensibilidade, que afeta os ombros,braços, mãos e dedos.FImportante: Com base no instituto de pesquisas Surgical
Tchnology International, do Reino Unido, a cabeça na po-sição ereta (neutra) pesa ao redor de 6kg. Quando inclina-
da (em torno de 60º) a pressão sobre as vértebras e discosintervertebrais passa a ser de aproximadamente 30kg (hi-percarga).→ Medidas corretivas ou preventivas
F Eliminar a postura fletida (inclinada) da cabeça. Deve-semanter o centro da tela do equipamento posicionado na al-tura dos olhos. A cada 50 min de uso, pausa de 10 min esempre manter a cabeça na posição ereta.FRealizar alongamentos na região do pescoço - diariamente.
F Ao sentir dores na cabeça, couro cabeludo sensível ou atéincômodo por trás de um olho, consultar o médico neu-
rologista/ ortopedista.
Sentar-se de maneira incorreta: na ponta da cadeira; sobre
uma das pernas (pernas cruzadas)
→ Efeitos nocivos
F Desgaste tanto das articulações, discos intervertebrais,quanto dos grupos musculares das costas, quadril (baciaou pelve), joelhos e pés.F Essas posturas também dificultam a circulação sanguíneae podem ocasionar a formação de varizes.→ Medidas corretivas ou preventivas
F
Sentar-se de maneira correta:Nádegas sobre o assento. Pés apoiados no chão ou sobreum suporte. Os joelhos a 90º. Evitar a compressão da parteposterior das coxas sobre o assento e a parte posterior dos joelhos não deve ser pressionada pela borda do assento.F Braços encostados ao corpo. Ângulo de 90º formado en-tre o braço e antebraço, que devem ser apoiados sobre al-guma superfície (mesa ou braços da cadeira) .FCostas apoiadas no encosto da cadeira. Ângulo entre o
Postura incorreta no uso de tablets ou smartphones
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Artigoassento é recomendável ficar entre 100º a 110º. Respeitara leve curvatura (lordose) da coluna lombar.F Alternar as posturas: sentar, em pé e andar. Alongar-se.
Em pé – Apoiar-se em uma das pernas ou cruzá- las→ Efeitos nocivos
FDesalinhamento dos grupos musculares das costas. Riscode desenvolver a escoliose (curvatura para um dos lados),devido à deformidade ou contratura muscular.F Ao cruzar as pernas de pé, também as estruturas dos jo-elhos e pés são afetados.→ Medida corretiva ou preventiva
F Apoiar-se nas duas pernas, o peso do corpo será distri-buído por igual.
Sentada – Cotovelos sobre a mesa com hiperextensão dacoluna cervical e da cabeça
→ Efeitos nocivos
F Surgimento proeminente de uma curvatura logo abaixoda nuca (coluna cervical), a chamada corcova.F Acentuar a curvatura das costas (coluna torácica) -hipercifose.F Hiperextensão da cabeça e coluna cervical prejudicam osdiscos intervertebrais e músculos.→ Medidas corretivas ou preventivas
F Evitar apoiar os cotovelos sobre uma superfície que con-dicione a postura incorreta das colunas torácica e cervical.F Os ombros devem ser mantidos relaxados.
Bolsa de mulher - Excesso de peso
→ Efeitos nocivos
F Danos à coluna vertebral, fadiga por contração muscularestática. Risco de escoliose (curvatura lateral da coluna) de-vido ao uso contínuo da bolsa de um lado só.F No caso do uso de bolsas com alça de mão, ou apoiada noantebraço, os cotovelos e punho podem inflamar (tendinites).→ Medidas corretivas ou preventivas
F Transportar apenas objetos essenciais. Infelizmente mui-
tas mulheres exageram nesse quesito.F Alternar uso de ombros ou mão. Evitar apoiar a bol-sa no antebraço.F Dar preferência ao modelo com alça transversal.F Fazer uso de bolsa com rodízios quando não for possí-vel evitar o transporte de peso.F Peso da bolsa não deve ultrapassar 10% do peso dapessoa. Ex: Mulher pesando 60Kg, o limite de peso a sertransportado é de 6kg.
Objetos fora da área de alcance
→ Efeitos nocivos
FHiperflexão da coluna vertebral, riscos de lesões e/ou agra-vamento de pré-existentes, ao esticar ou inclinar-se para al-
cançar objetos. Evitar torcer o tórax por ser extremamenteagressiva à estrutura da coluna (vértebras, discos, ligamen-tos e músculos).→ Medidas corretivas ou preventivas
F Disciplina para manter os objetos de uso contínuo próxi-mos ao corpo (área de alcance ótima).F Para os objetos de uso eventual, com a extensão do bra-ço, a mão deve alcançar facilmente o objeto (área de al-cance boa).F Os objetos posicionados de forma que não fiquem nemacima da linha dos ombros nem abaixo da cintura.F
Mesmo de forma eventual, caso necessite apanhar algumobjeto no chão, não curvar-se. Utilizar sempre a flexão dos joelhos mantendo a coluna ereta.
Coluna vertebral e a mulher grávida
→ Efeitos nocivos
F Dor na coluna vertebral, concetrada principalmente na co-luna lombar devido à hiperlordose e à sobrecarga na colunalombar para sustentar o peso da mãe e do bebê.
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Artigo
F Dor no nervo ciático (principal nervo dos membros inferio-res) que, quando pressionado, pode ficar inflamado. Além
da dor (ciatalgia), outras patologias podem ser sentidas:pontadas, formigamento ou queimação.F As regiões dos membros inferiores mais afetadas são: glú-teo posterior, lateral da coxa e dedão do pé.F Risco de hérnia de disco e dificuldades de locomoção.→ Medidas corretivas ou preventivas
F Consultar orientação médica aos primeiros sinais de des-conforto.F A cada 50 min alternar posturas (sentar, ficar em pé e/ ou deslocar-se).F Sob orientação de especialistas: exercitar alogamentos e
exerícios físicos regulares.F Evitar carregar peso.F Seguir as demais orientações apresentadas nesse artigo.
Tensões emocionais e sedentarismo também desencadeiam
posturas incorretas
→ Efeitos nocivos
FEmoções e tensões frequentes e prolongadas geram es-tresse (ruim), provocando tensões nos músculos. Essa con-
dição tende a interferir na postura do indivíduo, com pre- juízos orgânicos, deformidades e dores.F Estrutura muscular comprometida devido à falta de exer-cícios físicos e alongamentos regulares podem gerar fadigamuscular, encurtamento dos músculos e a contratura mus-cular devido a processos inflamatórios.→ Medidas corretivas ou preventivas
F Praticar exercícios físicos regularmente após orientação deespecialista e liberação médica.F Alongamentos devem ser praticados antes e depois dosexercícios físicos, pois evitaam o encurtamento muscular.F A prática de exercícos físicos estimula o cérebro a liberaros hormônios seratonia e endorfina (considerados hormô-
nios da felicidade). Esses hormônios naturais propocionam,dentre vários benefícios, o bom humor, reduz o estresse,melhoram a qualidade do sono e diminuem a ansiedade.F Identificar as causas que provocam as tensões emocio-nais e buscar possíveis soluções. Esse é o melhor caminho,pois, quando valorizamos demais um problema e só nosdetemos nele, deixamos de enxergar ou identificar formasde solucioná-lo.Para concluir, nesse artigo, que dedicamos às mulheres, ex-
Falta de exercícios físicos e alongamentos regulares podem gerar fadiga muscular
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Artigo
Conceição Freitas, consultora em Gestão SSO, professora depós-graduação e especialista em direito do trabalho e ergonomia
ploramos aspectos relevantes quanto aos prejuízos advin-dos das posturas incorretas, do sendentarismo e das ten-sões emocionais para a coluna vertebral. Procuramos chamaratenção para a importância de se praticar exercícios físicos.Estamos conscientes de que nem todas as posturas in-corretas foram descritas, mas certamente elencamos asprincipais. O objetivo, claramente, é desenvolver um olhardiferenciado, ou um novo olhar para essas importantese fundamentais questões.Para você prevencionista, que tal aproveitar essa data come-morativa? A título de sugestão: você poderia abordar esse
tema através de jogos educativos, questionários ou concur-sos de paródia com a música de Erasmo Carlos “Sexo frágil”.Elas poderiam compor fazendo letras baseadas sobre as pos-turas adequadas – foram 10 títulos abordados nesse artigo. Épossível, também, fazer um levantamento de perfil das fun-cionárias da empresa, verificando quem apresenta uma lor-dose acentuada ou cifose – dando uma atenção especial àsgrávidas, que precisam ter um posto de trabalho muito bemdefinido para o caso de alguma adaptação.
A carência de informações é uma realidade. Estamos su- jeitos a ter uma legião ainda maior de doentes da colu-na vertebral, a qual já não é mais considerada uma do-ença de pessoas mais velhas, ao contrário, é a doençaque acomete pessoas cada vez mais jovens.Diante dessa realidade, a mola mestra da transformaçãoque enfatizamos é o conhecimento. Através dele, con-seguimos a conscientização e a mudança de comporta-mento. A educação postural deve ser exaustivamentetrabalhada. Precisamos criar uma memória postural ade-quada que vai além da execução de uma tarefa laboral.
Afinal, os danos causados à estrutura óssea e musculardo ser humano poderá desencadear o seu adoecimen-to e incapacitá-lo. E aí, todos nós perderemos: empre-sa, família e a sociedade. n
A memória postural adequada vai além da execução de uma tarefa laboral
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Passo a passo para baixar o
aplicativo da Revista Cipa
Se você tem iPhone (ou iPad)
Clique no ícone App Store, disponívelna tela de navegação do seu aparelho, para abrira loja oficial da Apple. No rodapé da páginaescolha a opção “Buscar” representada por umalupa. Vá ao campo de digitação, escrevaa palavra “CIPA ” e clique em “Buscar”.
Escolha a revista, clique em “Obter” e em“Instalar”. O sistema pedirá o seu “ID Apple”(a sua conta pessoal na Apple, previamentecriada) e a respectiva senha.
O download será iniciado. Terminadoo processo, abra o aplicativo e comece anavegar.
Passo
Passo
Passo
Esse processo é feito apenas na primeira vez. Serão mostradas as capas de todas
as revistas existentes do acervo até momento. Selecione a edição desejada e clique para baixá-la.Depois, a cada mês, uma nova revista será disponibilizada e você poderá acessá-la.
O que você está esperando para desfrutar desse incrível recurso?
Se você tem smartphone ou tabletcom sistema Android
Clique no ícone Play Store (Google Play) noseu smartphone.
Localize o aplicativo “CIPA ”. Para isso,basta tocar na lupa, localizada no topodireito e digitar no espaço ao lado o nomedo aplicativo. Para concluir, toque na lupa
do seu teclado virtual.
Selecione o aplicativo desejado, toque nelee clique em “Instalar”; depois “Aceitar”.
Passo
Passo
Passo
8/17/2019 REVISTA CIPA 438
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Artigo
SEGURANÇA NAS ALTURASAcidentes por quedas motivaram a criação de umanorma específica para proteção dos trabalhadores
por João Carlos Tobias
NR-35
Anteriormente tratado pela NR (Norma Regulamenta-
dora) 18, em seu item 18.13, que dispunha “medidas
de proteção contra queda em altura”, o trabalho em altura
passou a receber um tratamento diferenciado, tendo para
si uma norma específica, a “NR 35”.
Tudo isso porque em número de acidentes de trabalho nes-
sa categoria, o Brasil está em 4º lugar no mundo, segundo a
OIT (Organização Internacional do Trabalho). Ao todo, são 1,3
milhão de casos ao ano, motivados principalmente pelo des-
cumprimento de normas básicas de proteção e más condições
nos ambientes e processos de trabalho. Os acidentes em altura
representam cerca de 40% do número de acidentes no País.
Definindo requisitos e medidas de proteção aos tra-
balhadores que ganham a vida em atividades em altura,
a NR-35 foi publicada no DOU (Diário Oficial da União)
no dia 27 de março de 2012, e cria mecanismos a serem
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cumpridos nestas atividades. A norma se aplica a todo tra-
balhador que desenvolve suas atividades a dois metros de
altura do piso, nas quais haja risco de queda.
Além disso, a norma também determina que qualquer tra-
balhador que desenvolve atividades em altura deve ser trei-
nado e habilitado em cursos teóricos e práticos com dura-
ção mínima de 8 horas, onde uma cópia do certificado deveser anexada ao seu prontuário na empresa.
O curso deve ter como conteúdo programático:
a) normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em
altura;
b) análise de risco e condições impeditivas;
c) riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e
medidas de prevenção e controle;
d) sistemas, equipamentos e procedimentos de
João Carlos Tobias, graduado em administração pública,segurança do trabalho e gestão de pessoas pela FGV, dire-tor da J.I Prevent, professor de segurança do trabalho e dedesenho técnico para mecânico de aviação na Eacon (Esco-la de Aviação Congonhas) de Santos, diretor de segurançana ACAI (Associação Comercial de Itanhaém), funcionárioda Polícia Cientifica do Estado de SP há 35 anos
proteção coletiva;
e) equipamentos de proteção para trabalho em altura:
seleção, inspeção, conservação e limitação de uso;
f) acidentes típicos em trabalhos em altura;
g) condutas em situações de emergência, incluindonoções de técnicas de resgate e de primeiros socorros.
Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altu-
ra aquele capacitado, cujo estado de saúde foi avaliado, tendo
sido comprovado apto para executar essa atividade e que pos-
sua anuência formal da empresa.
Todo trabalho em altura deve preceder de uma análise de ris-
co. E quando se fala de trabalho em altura é necessário saber
distinguir as atividades desenvolvidas pelo “Acesso por Corda”,
que estão definidas pela ABNT NBR 15.475 (Qualificação e Cer-
tificação de Pessoas).
Termos e definições
O Acesso por Corda é uma técnica opcional de trabalho
em altura, que combina as mais avançadas técnicas de aces-
so a locais elevados e em ambientes confinados, utilizan-
do cordas e equipamentos específicos de descida e ascen-
são, em serviços onde há risco de queda e/ou acesso difícil.
Possibilita a diminuição no tempo dos trabalhos, gerando
um aumento de produtividade e diminuição nos custos, tudo
de acordo com os padrões de segurança estabelecidos pelas
NRs (Normas Regulamentadoras) do Ministério do Trabalho e
Emprego, e NBRs (Normas Brasileiras) aprovadas pela ABNT.
Certificação e qualificação de pessoal
Para a execução de trabalhos em altura com a técnica de
Acesso por Corda, os profissionais deverão estar fisicamente
aptos, treinados, qualificados e com conhecimentos específicos
de todos os equipamentos usados nesta atividade.
Desta forma, podemos definir claramente um diferencial nas
atividades definidas pela NR-35 (Trabalho em Altura) e ABNT
NBR 15.475 (Acesso por Corda).
Sempre que falamos em preservar a saúde e integridade fí-
sica do trabalhador, sugerimos uma parceria entre empregado
e empregador, uma vez que, sem esta união o caminho depreservação da vida fica muito mais difícil. n
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Grupo Proseg celebra jubileu de prata
A empresa tem foco em assessoria, auditoria em segurança, análisesquímicas, higiene ocupacional, medicina do trabalho, SIPATs e treinamentos
Fundada em 1991 pelo engenheiro João Messias Men-
des, o Grupo Proseg celebra 25 anos no mercado. A em-
presa busca assessorar as empresas proporcionando-lhes umambiente de trabalho saudável com administração eficiente
na área de SSTMA (Saúde Ocupacional, Segurança do Tra-
balho e Meio Ambiente), mantendo como meta permanen-
te a disseminação da mentalidade prevencionista que evita
sinistros e prejuízos.
Mantendo-se sempre atualizada em know-how , instala-
ções e recursos humanos para um satisfatório atendimen-
to na área de SSTMA, a empresa possui um alto nível de
fidelização: o tempo médio de relacionamento com ca-
da cliente é de 18 anos e as primeiras empresas atendidas
ainda permanecem na sua variada carteira desde o início.
O Grupo Proseg é hoje uma sólida empresa dedicada à
assessoria, auditoria em segurança, análises químicas, hi-
giene ocupacional, medicina do trabalho, SIPATs, treina-mentos os mais variados e atendimentos especiais.
A empresa possui em seu quadro de colaboradores pro-
fissionais com sólida experiência e em constante atualiza-
ção e reciclagem, que atendem centenas de empresas dos
mais diversos portes e segmentos, dentre eles: hospitais/
saúde, indústrias químicas (cosméticos, borracha, plásti-
co, espumas, etc.), transporte (de cargas e de passagei-
ros), metalurgia, fármacos, alimentos, construção civil,
dentre outros.
O Grupo está presente na Grande São Paulo em três
unidades: Diadema, São Paulo (Tamboré) e Santo André.
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Inovando para comemoraros próximos 25 Anos
A empresa chega em 2016 com várias novidades. Umadelas é a prestação de serviços em SSTMA voltados ao eSo-
cial, atuando em parceria com a ABPA-SP (Associação Bra-
sileira para Prevenção de Acidentes) e Gervian Engenharia.
A proposta é prestar às empresas o suporte técnico ne-
cessário para se adequarem a todos os requisitos exigidos
quando da vigência do sistema e prover o treinamento aos
profissionais do Sesmt e da Cipa responsáveis por esse setor.
Além de orientar as empresas quanto aos preparativos e pre-
enchimento correto dos múltiplos leiautes do eSocial e treina-
mentos aos funcionários, será prestada também completa as-
sistência fulltime , para o perfeito enquadramento ao sistema.
Treinamentos à distânciaCom salas de treinamento e auditórios com capacidade de
10 a 150 participantes nas suas três sedes, incluindo instala-
ções para atividades práticas em NR-33 e NR-35, a empresa
atua também in company em todo o Brasil.
Para atender individualmente profissionais de regiões dis-
tantes ou interessados em aulas a qualquer dia e horário, o
Grupo está também lançando treinamentos on-line cujos
conteúdos contemplarão, de forma dinâmica, as exigências
legais e avaliações periódicas para aferição do grau de apren-
dizagem alcançado pelos alunos.O engenheiro João Messias Mendes informa que o primeiro
curso - CIPA (NR-5) - será disponibilizado em maio deste
ano. “Depois disso, vários outros serão produzidos vi-
sando as necessidades das empresas”, antecipa.
ParceriasAlém das já existentes, novas parcerias estão sen-
do consolidadas para ampliar os servi-
ços do Grupo Proseg. Uma delas é com
a Abraetd (Associação Brasileira de Es-
pecialistas e Trabalhadores Disbáricos), que
prestará serviços de SSTMA em vários segmentos, com des-
taque aos ambientes hiperbáricos, como os tubulões pres-
surizados na construção civil pesada, por exemplo. Fruto da
ampliação dessa parceria, incluindo a Totalmat Equipamen-
tos Hiperbáricos e a Work Fire, será inaugurado ainda em
2016, em Guarulhos (SP), o primeiro Centro de Treinamento
Hiperbárico da América Latina, concebido para a formação
prática de prevencionistas atuantes nos vários setores abran-
gidos. As instalações servirão também como área para au-
las práticas de cursos de pós-graduação de universidades.
Segurança do Trabalho em MáquinasA empresa passará a atuar também em auditorias para ava-
liação do grau de adequação de máquinas à NR-12 e normas
relacionadas, inclusive para máquinas novas. Da mesma for-
ma, haverá cursos de NR-12 nos mais diversos níveis de atri-
buições e destinados aos vários segmentos produtivos. Se-
rão também realizados inventários, elaborados manuais de
máquinas e organizados programas seguros de manutenção.
Comunicação
Em comemoração aos seus 25 anos, o Grupo intensifica-rá a partir de maio a sua comunicação via Facebook (face-
book.com/GrupoProseg/) e implantará grupos infor-
mativos no WhatsApp.
A empresa está também preparando o seu no-
vo site (www.grupoproseg.com.br ), que terá mui-
tas novidades, como notícias nas áreas técni-
ca e legal, espaço especial para a área de Meio
Ambiente, e-commerce para a aquisição
de cursos e treinamentos e novas pági-
nas que exibirão atualidades e ativida-
des de interesse. n
Salim Shabib, médico do trabalho do Grupo Proseg, Elaine Reginado,enfermeira do trabalho e o engenheiro João Messias Mendes
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Coluna
Novos rumos da economia globalReflexões sobre asdecisões ajustadas
no Acordo deParis, durante a
COP 21
TELMA BARTHOLOMEU SILVA
Advogada e consultora, especialista em meio ambiente pela Escola Superior do Ministério Público de São Paulo;auditora ambiental internacional - EARA/IEMA. [email protected]
Meio ambiente e sustentabilidade
Após vários dias de negociação, os delegados dos 195 países presen-tes à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas
(COP21), realizada em Paris, em dezembro 2015, adotaram o primeiroacordo universal para luta contra as alterações climáticas e o aquecimen-to global. Desde a ECO 92, com a assinatura da Convenção-Quadro so-
bre Mudança do Clima, passando pela elaboração do Protocolo de Kyotoe de outros instrumentos, temos buscado uma estabilização das emissõesde gases causadores do efeito estufa, em níveis que evitem a interferên-cia antrópica perigosa no clima mundial.
Relembrando, o “efeito estufa” nada mais é do que o aumento da tem-peratura superficial da Terra, em escala global. Este fenômeno é ligado àemissão de poluentes na atmosfera, notadamente os denominados ga-ses de efeito estufa, sendo associado à grande presença de CO2 (dióxi-do de carbono) na atmosfera, bem como de outros gases: os hidrofluor-carbonos (HFCs); o metano (CH4); óxido nitroso (N2O), dentre outros.
O caminho tem sido longo, cheio de desafios, tanto no âmbito nacio-
nal, como internacional. No Brasil, possuímos legislação específica (Lei12.187/2009, que trata da Política Nacional sobre Mudança do Clima), pre-vendo compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a pro-teção do sistema climático, bem como medidas de redução das emissõesantrópicas de gases de efeito estufa em relação às suas diferentes fontes.
Ao longo do tempo, observou-se que nada disso tem efeito se todosos players não estiverem voltados a um mesmo objetivo e ações efetivasnão forem adotadas por diversos países. Agora, temos certeza de que oengajamento deve ser real, senão não conseguiremos atingir as metas do
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Colunaacordo firmado em Paris. Nele, há claramente um de-ver de todas as partes de realizar ações para o clima,segundo o princípio das responsabilidades comuns,mas diferenciadas, e capacidades respectivas, em vis-
ta das diferentes circunstâncias nacionais.
Comprometimento a longo prazo
Desta forma, os países industriais “devem estar nalinha de frente e estabelecer objetivos de redução dasemissões em valores absolutos”. Os países em desen-volvimento deverão “continuar a aumentar os esfor-ços” na luta contra o aquecimento global “à luz de suasituação nacional”.
O documento entrará em vigor até 2020 e, confor-me estabelecido, a cada cinco anos, os países signatá-
rios deverão rever as suas principais contribuições parao combate às alterações climáticas.Um dos objetivos essenciais do Acordo de Paris é a
criação de um mecanismo de revisão dos compromis-sos voluntários dos países, de cinco em cinco anos. Aprimeira revisão obrigatória ocorrerá em 2025 e as se-guintes deverão mostrar “uma progressão”.
Em relação ao cronograma estabelecido até 2020,os países precisam mobilizar recursos - incluindo os100 bilhões prometidos por países desenvolvidos -, re-alizar investimentos em uma economia de baixo car-bono, tomar atitudes vigorosas para promover a ação
climática, elevar o financiamento e começar a imple-mentação de seus planos climáticos.
No texto final do acordo, a comunidade internacio-nal se comprometeu a limitar a subida da temperatu-ra média global abaixo de 2ºC em relação aos níveispré-industriais, e continuar os esforços para limitar oaumento da temperatura a 1,5ºC. Para alcançar esteobjetivo, dos 195 países presentes, 186 anunciarammedidas para sustar ou reduzir as emissões de gases deefeito estufa até 2025/2030, se comprometendo complanos nacionais descritos nas chamadas INDCs (Con-
tribuições Pretendidas Nacionalmente Determinadas).
Responsabilidade compartilhada
Inicialmente, ficou estabelecido que o painel inter-governamental de peritos do clima (GIEC) deverá ela-borar em 2018 um relatório especial sobre os meiospara se alcançar a meta de 1,5ºC e sobre os efeitos des-se aquecimento. Nesse ano, os 195 países farão umaprimeira análise da ação coletiva. Verifica-se, portan-
to, que em 2018 as nações terão uma oportunidadede atualizar estes planos.
O acordo também prevê ajuda financeira às naçõesem desenvolvimento e indenizações aos países vulne-
ráveis - os insulares, quando atingidos pelos efeitos doaquecimento global, isto é, quando os mecanismos deadaptação - como sistemas de alerta meteorológico oudiques - já não conseguirem mais deter os danos irre-versíveis ligados ao degelo dos glaciares ou a subidadas águas, por exemplo.
Em cumprimento ao acordo, todos os países de-vem registrar e divulgar suas atividades para proteçãodo clima, assim como dados sobre a emissão de ga-ses-estufa. O documento aprovado entrará em vigorquando for ratificado por pelo menos 55 nações que
somem, no mínimo, 55% de todas as emissões glo-bais. Cada vez mais a redução de emissões de gasesefeito estufa é tema central de políticas públicas e es-tratégias empresariais. Os desafios são grandes e a ne-cessidade de adaptação também, mas é chegado omomento de encarar a questão de frente, tendo emvista a sobrevivência dos negócios neste “novo mer-cado” de baixo carbono.
Desta forma, precisamos pensar que uma grandemudança na produção energética se faz necessáriapara reduzir os impactos do aquecimento global noPaís. Investir em fontes alternativas de energia (eólica,
solar, oriunda da biomassa, etc) tem que deixar de seruma alternativa para se tornar a regra.
O Acordo de Paris envia um sinal poderoso e semvolta: “agora é o momento de investir na economiade baixas emissões”. Por todo o exposto, chegou a ho-ra de analisar e avaliar a forma como estamos desen-volvendo nossas atividades. É o momento de auditara empresa, ouvir opiniões, tomar decisões e prepararestratégias para o futuro. Seremos cada vez mais co-brados quanto às soluções e alternativas ambiental-mente corretas e, em contrapartida, também devemos
exigir acesso a créditos e financiamentos específicos.Fica claro, portanto, que as mudanças climáticas noBrasil precisam ser tratadas como temática de estraté-gias de desenvolvimento do nosso próprio negócio enão mais como um assunto de importância apenas deagenda pública relativa ao futuro. A partir do Acordode Paris, a questão ambiental deve se tornar balizadorados investimentos. Todos os setores devem se ajustar.E você, o que tem feito sobre isso na sua empresa? n
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março_2016
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Artigo
CAMINHOS PARA A RESILIÊNCIA
EM EMERGÊNCIAS E CRISESIntroduzir uma cultura de colaboração permitirá parcerias eficientes
por Antonio Celso Ribeiro Brasiliano
Investimentos preventivos
Os casos recentes ocorridos no Brasil, exemplificando os doterminais portuários, em Cubatão e Santos, e o de Minas
Gerais, deixam claro a falta de resiliência das empresas e tam-bém das nossas várias instituições públicas, o que nos leva aconcluir que no País não existe uma cultura no sentido de co-laboração e integração de processos, experiências e otimiza-ção de recursos para investimentos preventivos e mitigatórios.
Os riscos não possuem e não reconhecem fronteiras. Se- jam os naturais, os provocados pelos homens ou cyber -desas-tres, os efeitos cascateantes podem ser sentidos a um oceanode distância. O mundo já é uma aldeia interconectada, ondeos ataques terroristas na África, na Europa e no Oriente Mé-dio; os desastres naturais relacionados à mudança climática; osdesastres na saúde das doenças infecciosas cada vez mais im-põem custos tanto humanos como econômicos. A comunida-de global é impactada de forma direta com os efeitos destesriscos. Imagine as empresas, comunidades próximas, parceirosde negócios diretos? A pergunta é: “como podemos prevenirou mitigar os efeitos colaterais dos eventos catastróficos em
um ambiente cada vez mais complexo e em rápida evolução?”.A ONU, através do GAC (Conselho da Agenda Global) , no
ítem Resiliência e Riscos, advoga quatro principais atividadespara as empresas, as organizações e os governos construiremresiliência a níveis nacionais e globais. Essas recomendaçõesresultam de um estudo detalhado de entidades que provaramser resilientes nos desastres recentes, incluindo o terremoto noNepal, em 2015, o surto de Ebola, em 2014, e o terremoto noChile, em 2010, junto com uma avaliação de dados de quatrofontes, incluindo a Organisation for Economic Cooperation and-
Development, o U.N. Office for the Coordination of Humanita-
rian Affairs , o World Bank e o Zurich Insurance Group. São elas:
1.Esclarecer as funções e as responsabilidades: Durante
uma crise, é crucial ter delineados e compreendidos clara-
mente os cargos e responsabilidades dos resposnsáveis e
executivos sêniores e consultores para a gestão de inciden-
tes e de riscos. A confusão cercando o “quem está no co-mando” ou “quem possui autoridade” gasta tempo e recur-
sos cruciais, o que torna a resposta e a recuperação menos
eficientes e eficazes. A necessidade para funções bem de-
finidas torna-se maior quando uma organização enfrenta
desastres novos ou de rápido início, como aqueles resultan-
tes de cyber-ataques. Pré-determinar, treinar e exercitar as
funções, as capacidades e os planejamentos ajuda a asse-
gurar a prontidão ao risco da organização. A gestão de su-
cesso de crises complexas também requer uma capacida-
de para adaptabilidade e flexibilidade. Os gestores de crises
devem ser capazes de ajustar e pré-estabelecer planos con-
forme necessários, dadas as características únicas das crises.2. Desenvolver Características de Liderança de Crises: As
organizações que se posicionam com sucesso para respon-
der e se recuperarem de grandes eventos também pos-
suem, consistentemente, uma liderança eficaz – as qua-
lidades e as ações daqueles com autoridade e influência
podem autorizar suas entidades a serem resilientes. Tais lí-
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março_2016
deres são decisivos e estáveis em face da incerteza e pres-
são. Eles tomam decisões de forma prioritária e em tempo
hábil, e se comunicam transparentemente. Reconhecendo
que eles não podem abordar rscos sozinhos, estimulam os
outros e são claros sobre que assistência precisam. Eles en-tendem quando um desastre requer que quebrem regras
que possam prevenir ou atrasar as ações. Os líderes que são
eficientes durante e depois de uma crise são aqueles que
ganharam confiança durante suas demonstrações de aber-
tura, transparência e responsabilidade. São vistos como ho-
nestos e contra a corrupção. Por exemplo, uma avaliação
atribuiu muito da recuperação eficaz do Chile, do terremo-
to de 2010, à liderança “tecnocrata transparente e basea-
da em regras” da nação – e às suas práticas institucionais,
incluindo o Estado de Direito. Outro exemplo é o discurso
do Primeiro Ministro norueguês Jens Stoltenberg no adven-to dos ataques terroristas na Noruega, em julho de 2011,
o qual demonstrou como a liderança, durante uma crise,
pode resultar significantemente tanto na confiança eleva-
da no governo, como no cumprimento da responsividade
e das expectativas dos cidadãos. Esses exemplos também
salientam a função da construção de significados – isto é,
a capacidade dos líderes de extraírem sentido de um even-
to adverso e articular um caminho adiante para o público
em um estado de emergência.
3. Fazer uso das perícias: Quando confrontados com uma
emergência sem precendentes, os gestores estratégicos da
crise devem ser capazes de identificar e mobilizar rapida-mente a perícia mais relevante e confiável para auxiliar a
compreender e responder à crise. Os sistemas de gestão
de conhecimento e as redes de perícia precisam ser esta-
belecidas rapidamente e através de múltiplas fronteiras dis-
ciplinares, profissionais e setoriais. Compreender as implica-
ções da crise além das consequências imediatas e antecipar
os caminhos potenciais do efeitos em cascata, requeren-
do estruturas adequadas, que possibilitem perícias adicio-
nais para suportarem a tomada de decisão. Por exemplo,
o SAGE (Scientific Advisory Group in Emergency) do Rei-
no Unido é um grupo de apoio independente que fornece perícia científica para a gestão de crises complexas e sem
precendentes para o gabinete do Reino Unido. O acesso a
tais “multiplicadores de força” de perícia poderá ajudar tan-
to as entidades públicas, como as privadas a entenderem e
abordarem os aspectos únicos de uma crise. Possuir aces-
so a uma perícia especializada é especialmente crucial para
crises novas ou multi-facetadas em evolução – como o Ter-
remoto no Grande Leste do Japão, o qual impactou o rea-
tor nuclear de Fukushima e fez com que muitas empresas
lutasse com quais decisões tomar.Um exemplo brasileiro foi
a com o desastre da plataforma P-36 da Petrobrás, em mar-
ço de 2001, quando o Presidente Reichstul assumiu a linha
de frente da crise e contratou empresas especializadas in-ternacionais para fornnecerem pareceres técnicos sobre as
causas do acidente. Isto deu transparência e credibilidade
para a Petrobrás, vencendo a crise.
4. Criar uma cultura de gestão de riscos integrados e de
parcerias das múltiplas partes interessadas: Outro valor ins-
titucional necessário é o reconhecimento do escopo dos
cenários de riscos e a necessidade das parcerias com as vá-
rias instituições públicas e também privadas. Uma cultura
de gestão de riscos – as crenças, as normas e os valores que
sustentam as ações diárias – devem envolver toda a organi-
zação. As organizações não podem mais se permitir a pos- suir riscos segregados com políticas e procedimentos dife-
rentes e por executivos e instituições diferentes. Todas as
partes de uma organização devem colaborar de forma in-
tegrada na gestão de riscos através de um planejamento
integrado, por causa do potencial dos riscos de possuírem
consequências cascateantes. Os riscos são interconectados
e possuem vasos comunicantes!Os domínios físicos e virtu-
ais – por exemplo, já não existem. As empresas devem po-
suir uma Inteligência em Riscos, com uma visão holística.
As pessoas e as organizações devem reconhecer o impe-
rativo de contribuir para a resiliência e também devem sa-ber o que e como podem contribuir. Nenhuma entidadeúnica – pública ou privada – possui toda a autoridade, re-cursos ou perícia necessários para assegurar a sua resiliên-cia contra eventos catastróficos. Ao invés disso, a resiliênciaprecisa de abordagens colaborativas. As parcerias público--privadas que cultivam as principais competências de cadasetor possuem uma função crítica a desempenhar no for-talecimento da capacidade de resiliência e na maximizaçãodos benefícios do investimento no monitoramento de ris-cos, no planejamento da continuidade comercial e na pre-
paração contra o desastre. Instilar uma cultura de colabora-ção permitirá parcerias eficientes antes, durante e depois dosdesastres. Este é o nosso grande desafio, é a nossa grandequebra de paradigama!n
Antonio Celso Ribeiro Brasiliano, doutor em Scienceet Ingénierie de L’Information et de L’Intelligence Straté-gique, pela Université East Paris - Marne La Vallée – Paris– França, e diretor presidente da Brasiliano & Associados
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Pilz do Brasil inauguranovas instalaçõesEM MEIO À CRISE ECONÔMICA NACIONAL, EMPRESA AMPLIA NEGÓCIOS NO PAÍS
F o t o : O s í r i s B e r n a d i n o e S o m a I m a g e n s
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março_2016
No dia 15 de fevereiro, a Pilz do Brasil, empresa do segmen-
to de automação industrial segura, realizou a cerimônia de
inauguração das novas instalações da empresa. O evento con-
tou com a presença de Renate Pilz, presidente global da com-panhia; Klaus Stark, vice-presidente em vendas; Pedro Medina,
diretor geral da Pilz do Brasil; Hitoshi Hyodo, secretário munici-
pal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São
Bernardo do Campo (SP); além dos principais clientes.
“O objetivo e a filosofia da empresa é tornar o ambiente fabril
seguro e funcional para os seus funcionários”, afirmou Renate
Pilz durante a cerimônia.
A empresa aproveitou o momento para apresentar sua nova li-
nha de montagem de painéis elétricos e retrofit de máquinas in
house . A subsidiária brasileira é a primeira entre as demais que
fará a montagem de painéis e adequação em máquinas de acor-
do com as normas internacionais e nacionais (NR-12) com o obje-tivo de evitar impactos na produção do cliente e diminuir custos.
O prédio, portanto, foi totalmente reformado e adequado pa-
ra o novo negócio da companhia.
A Pilz agora possui 700 m² disponíveis para adequação de má-
quinas e montagem de painéis elétricos. As novas instalações
contam com um auditório de treinamentos para 40 pessoas e
um showroom com demonstração de um robô Comau ajusta-do com o SafetyEYE (sistema seguro de câmeras tridimensio-
nais) e painéis demonstrativos com produtos.
Pilz
Como empresa familiar, a Pilz tem uma tradição de 65 anos.
Sua proximidade ao cliente é vivenciada em todos os setores -
a Pilz convence pela consultoria pessoal, alta flexibilidade e ser-
viço confiável. Mundialmente, 24 horas por dia, em 31 filiais e
escritórios, bem como 21 parceiros comerciais em todos os con-
tinentes. Mais de dois mil colaboradores garantem que o capi-
tal mais valioso de sua empresa – seus colaboradores – possam
trabalhar de modo seguro.Técnico, pessoal, ecológico e econômico – estas são as quatro
dimensões da segurança, que a marca Pilz oferece como “men-
sageiro da segurança” ao homem, máquina e meio ambiente.
A Pilz do Brasil fica na Av. Piraporinha, 521 – Planalto, em São
Bernardo do Campo (SP). n
O prédio da Pilz do Brasil, localizado em São Bernardo do Campo (SP),foi reformado e adequado para receber o novo negócio da companhia
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Defender PlusControlador pré-programado com sistema de segurança desenhado especificamente para melhorar o desempenho e a segurança de prensasdobradeiras. O produto é indicado somente para dobradeiras hidráulicas e elétricas com duas velocidades, rápida para aproximação da dobra,e lenta de 10mm/s para execução da dobra. Certificado CE e TÜVe atende as normas EN12622/ NR-12. Gerencia todasas funções de segurança relacionadas ao controle emonitoramento da máquina, como proteções móveis,parada de emergência, escorregamento, velocidade eposição do avental/ferramenta.www.schmersal.com.br
Decibelímetro digitalDecibelímetro digital com LEQ – nível de ruído
equivalente contínuo. O aparelho, DEC-500,possui display LCD multifunção com iluminação,
memória para 30 medições, converte os dadosregistrados para Excel, vem com microfonede eletreto de 1Ž2 polegadas, e tem saída
RS-232. Tem entrada de alimentação externa6VDC/100mA, saída AC/DC, saída de alarme,realiza medições Lp, Lmax, Leq (integração) eLn. E apresenta resolução de 0,1 dB; precisãode ± 1dB; ponderação de frequência A, C e F(Flat); ponderação de tempo rápido ou lento;
congelamento de leitura e registro de dados emtempo real. www.instrutherm.com.br
Luvas de poliamidaAs luvas de poliamida com borracha nitrílica Vonder se diferencia pelospigmentos antiderrapantes de nitrilo na palma e face palmar dos dedos,
proporcionando excelente aderência, além de punho tricotado emelastano e acabamento em overloque. É indicada para proteção das mãos
no manuseio de peças escorregadias, atividades de carga e descarga demateriais, em manutenções industriais, montadoras e autopeças e trabalhosque exijam aderência com excelente tato. Possui certificado de aprovação –
CA: 35.451. www.vonder.com.br
Apoio Dobrável AntebraçoFixado no tampo da mesa, o apoio é a solução ideal para prevenção de lesõescausadas pela má postura dos braços. Base em aço super resistente, com apoiodobrável e em espuma macia. www.airmicro.com.br
Trava quedasRetrátil -
Cabo de 10 Metrosem Aço
Produto com cabo de aço de 10 m decomprimento e 5 mm diâmetro, carcaçado Trava Quedas em polipropileno na corpreta, conector inferior de giro de 360º de
abertura de 17 mm. Aplicação: equipamentode segurança em trabalho com diferença denível onde haja risco de quedas e necessite demovimentação horizontal e vertical.www.athenascintos.com.br
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abril_2015
Veja a programaçãoem nosso site.
[email protected]) 3222-906351) 9664-3988
www.nneventos.com.br
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Junho e Julho
2016
8 DE MARÇO
Curso: NR-10 Atualização e
Anexo IV - NR 16 - Atividades
e Operações Perigosas com
Energia Elétrica
Local: Porto Alegre (RS)
Realização: NN EVENTOS
Informações (51)
3222.9063/3395.4731
www.nneventos.com.br
8 E 9 DE MARÇO
Curso: Perito Grafotécnico
Local: São Paulo (SP)
Realização: Vendrame
Consultores
Informações
Tel: (11) 2262-4733
www.vendrame.com.br
9 A 11 DE MARÇO
Curso: NR-35 - Avançado para
Trabalho em Altura - Formação
de Multiplicadores Internos
Local: Porto Alegre (RS)
Realização: NN EVENTOS
Informações
(51) 3222.9063/3395.4731
www.nneventos.com.br
12 E 13 DE MARÇO
Curso: NR-33 – Treinamento
avulso (16h)
Local: Itapecerica da Serra (SP)
Realização: Rochacara Ecofire
Informações:
(11) 4666-4046
com.br
www.rochacara.ecofire.com.br
14 DE MARÇO
Curso: Responsabilidade
Civil e Criminal Decorrente de
Acidente do Trabalho
Local: São Paulo (SP)
Realização: Vendrame
Consultores
Informações:
Tel: (11) 2262-4733
www.vendrame.com.br
15 DE MARÇO
Curso: Articulações
do PCMSO com demais
documentos da SST
Local: Porto Alegre (RS)
Realização: NN EVENTOS
Informações
(51) 3222.9063/3395.4731
www.nneventos.com.br
15 DE MARÇO
Curso: Perícia Judicial
e Assistência Técnica em
Insalubridade e Periculosidade
Local: São Paulo (SP)
Realização: Vendrame
Consultores
Informações
Tel: (11) 2262-4733
www.vendrame.com.br
15 E 16 DE MARÇO
Curso: Avaliação da Exposição
Ocupacional a Vibrações
Local: Porto Alegre (RS)
Realização: NN EVENTOS
Informações (51)
3222.9063/3395.4731
www.nneventos.com.br
16 DE MARÇO
Curso: Elaboração e
Impugnação de Laudos
Periciais em Insalubridade e
Periculosidade
Local: São Paulo (SP)
Realização: Vendrame
Consultores
Informações
Tel: (11) 2262-4733
www.vendrame.com.br
17 E 18 DE MARÇO
Curso: Técnicas de Análise
de Riscos
Local: São Paulo (SP)
Realização: Vendrame
Consultores
Informações
Tel: (11) 2262-4733
www.vendrame.com.br
17 A 19 DE MARÇO
Curso: NR-20 Específico
(16h)+ Didática (8h) =
Formação de Multiplicadores
Internos
Local: Porto Alegre (RS)
Realização: NN EVENTOS
Informações
(51) 3222.9063/3395.4731
www.nneventos.com.br
19 DE MARÇO
Curso: NR-35 – Treinamento
avulso
Local: Itapecerica da Serra (SP)
Realização: Rochacara Ecofire
Informações:
(11) 4666-4046
www.rochacara.ecofire.com.br
21 DE MARÇO
Curso: Proteção Respiratória -
Conceitos de Seleção, Inspeção,
Higienização, Manutenção e
Guarda de Respiradores e Filtros
- PPR Fundacentro
Local: Porto Alegre (RS)
Realização: NN EVENTOS
Informações
(51) 3222.9063/3395.4731
www.nneventos.com.br
22 DE MARÇO
Curso: Elaboração e
Implantação do PPR - Faça o
PPR (Programa de Proteção
Respiratória)
Local: Porto Alegre (RS)
Realização: NN EVENTOS
Informações (51)
3222.9063/3395.4731
www.nneventos.com.br
23 DE MARÇO
Curso: NR-12 | Gestão
Prática – Entendimento para a
Implementação dos Requisitos
Local: São Paulo (SP)
Realização: Vendrame
Consultores
Informações
Tel: (11) 2262-4733
www.vendrame.com.br
23 DE MARÇO
Curso: Ensaio de Vedação
Qualitativo e Quantitativo -
Critérios e Aplicação Prática
Local: Porto Alegre (RS)
Realização: NN EVENTOS
Informações (51)
3222.9063/3395.4731
104 www.revistacipa.com.br
8/17/2019 REVISTA CIPA 438
http://slidepdf.com/reader/full/revista-cipa-438 105/108
2016
www.nneventos.com.br
24 DE MARÇO
Curso: Sou Profissional de
Segurança do Trabalho, e agora?
Local: São Paulo (SP)
Realização: Vendrame
Consultores
Informações
Tel: (11) 2262-4733
www.vendrame.com.br
28 E 29 DE MARÇO
Curso: Gestão de
Manutenção Industrial e PCM
Local: Porto Alegre (RS)
Realização: NN EVENTOS
Informações
(51) 3222.9063/3395.4731
www.nneventos.com.br
28 A 30 DE MARÇO
Curso: Interpretação e
Implementação – SGQ – ISO
9001
Local: São Paulo (SP)
Realização: Vendrame
Consultores
Informações
Tel: (11) 2262-4733
www.vendrame.com.br
30 DE MARÇO
Curso: Prova Pericial
em Segurança e Higiene
Ocupacional
Local: Porto Alegre (RS)
Realização: NN EVENTOS
Informações
(51) 3222.9063/3395.4731
www.nneventos.com.br
31 DE MARÇO
Curso: Aposentadoria
Especial e PPP
Local: Porto Alegre (RS)
Realização: NN EVENTOS
Informações
(51) 3222.9063/3395.4731
www.nneventos.com.br
31 DE MARÇO
Curso: eSocial e Seu Impacto
na SST
Local: São Paulo (SP)
Realização: Vendrame
Consultores
Informações
Tel: (11) 2262-4733
www.vendrame.com.br
1 A 4 DE ABRIL
Petzl Ropetrip 2016 -
International Rope Acces
Challenge and Symposium
Local: Salt Lake City (EUA)
Informações:
(19) 3434-0535
http://www.spelaion.com/
5 E 7 DE ABRIL
Curso: PPRA Elaboração,
Implementação e Auditoria
Local: Porto Alegre (RS)
Realização: NN EVENTOS
Informações
(51) 3222.9063/3395.4731
www.nneventos.com.br
5 A 7 DE ABRIL
FIEMABRASIL – Feira de
Negócios e Tecnologia em
Resíduos, Águas e Efluentes
Realização: Fundação PROAMB
Local: Bento Gonçalves (RS)
Informações:
Tel.: (54) 3055-8700
www.fiema.com.br
6 DE ABRIL
Curso: eSocial - Efeitos
na SST e como as Empresas
Precisam se Preparar
Local: Porto Alegre (RS)
Realização: NN EVENTOS
Informações
(51) 3222.9063/3395.4731
www.nneventos.com.br
8 E 9 DE ABRIL
Curso: Técnicas de
Comunicação para Segurança
do Trabalho - Estratégias
especiais para os diferentes
cenários de atuação do Técnico
em Segurança
Local: Porto Alegre (RS)
Realização: NN EVENTOS
Informações
(51) 3222.9063/3395.4731
www.nneventos.com.br
13 DE ABRIL
Curso: Atualização para a
implementação da Norma
Regulamentadora 26/GHS e
ABNT NBR 14725-4:2014
Local: Porto Alegre (RS)
Realização: NN EVENTOS
Informações
(51)3222.9063/3395.4731
www.nneventos.com.br
14 A 16 DE ABRIL
Curso: NR-12 - Aspectos
Legais, Aplicação, Gestão para
Implantação e Manutenção
+ Didática = Formação de
Multiplicadores Internos
Local: Porto Alegre (RS)
Realização: NN EVENTOS
Informações
(51) 3222.9063/3395.4731
www.nneventos.com.br
18 E 19 DE ABRIL
Curso: Elaboração do Plano
de Gestão da NR-36
Local: Porto Alegre (RS)
Realização: NN EVENTOS
Informações (51)
3222.9063/3395.4731
www.nneventos.com.br
25 A 29 DE ABRIL
Curso: NR-10 – Treinamento
avulso (40h)
Local: Itapecerica da Serra (SP)
Realização: Rochacara Ecofire
Informações:
(11) 4666-4046
com.br
www.rochacara.ecofire.com.br
27 A 30 DE ABRIL
Curso: Atualização
e Revisão das Normas
Regulamentadoras
Local: Porto Alegre (RS)
Realização: NN EVENTOS
Informações (51)
3222.9063/3395.4731
www.nneventos.com.br
105março_2016
8/17/2019 REVISTA CIPA 438
http://slidepdf.com/reader/full/revista-cipa-438 106/108106
www.revistacipa.com.br
A foto e o texto foram enviados pelo técnico em segurança do
trabalho Cláudio Miyahira Gilio, de Osasco (SP).
Esta é uma seção especial da revista Cipa para publicar fotos, encaminhadas por
leitores, de situações de riscos e de ambientes inapropriados a que trabalhadores
possam estar expostos. Ao se deparar com um flagrante dessa natureza, envie sua fotoe comentários. As imagens serão publicadas mediante informação, no envelope ou no
correio eletrônico, do nome completo, endereço, e-mail, RG e profissão do leitor.
*CORRESPONDÊNCIA PARA A SEÇÃO LEITOR EM ALERTA
R. Felix de Souza, 305/307 - V. Congonhas - CEP 04612-08 0 - São Paulo (SP) [email protected]
Na imagem ao lado aparecem
duas pessoas executandotrabalhos de instalação de
fachada a uma altura de,
aproximadamente, cinco
metros, sem nenhuma
utilização de equipa-
mentos de proteção.
8/17/2019 REVISTA CIPA 438
http://slidepdf.com/reader/full/revista-cipa-438 107/108107
abril_2015
8/17/2019 REVISTA CIPA 438
http://slidepdf.com/reader/full/revista-cipa-438 108/108