Revista bem estar-20130818
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Editorial
Já não está muito fácil sonhar. As obrigações do dia a diaparecem bloquear qualquer ação neste sentido. “Andopreocupado com a falta de sonhos das pessoas . Vivem umdia depois do outro, enfiadas em uma rotina”, lembra bem opsicólogo Alexandre Caprio. Tão preocupante quanto isso ésonhar sem método. A reportagem de capa desta edição sevolta a lições práticas de como organizar esses desejos meiodifusos na mente e no coração e realizar com meta, foco eforça de vontade, dentro daquilo que é possível. Boa leitura.
24
Temperaturas mais amenas no Alascadurante o verão revelam belezasnaturais antes escondidas na neve
16
Humorista Marcos Veras fala sobre otrabalho na internet, no teatro e agorana TV, em programas da Rede Globo
13
Odontologista diz que o HPV, doençacausada por vírus, pode ocasionarcâncer na cavidade bucal, mesmoem pessoas com a dentição normal
Poesia
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância
das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.
Clarice Lispector
BONDADEO altruísmo, esta capacidade de fazer o bem semesperar nada em troca, eleva o espírito e promovebem-estar Páginas 4 e 5
SENTIMENTOReportagem oferece teste capaz de medir o seu nívelde raiva. Especialistas dão dicas de como ter equilíbriopara não “explodir” Páginas 8 e 9
RELACIONAMENTOEntenda o “efeito aura”, nome dado à nossa incapacidadede avaliar, no início de uma relação, o parceiro pelo que elerealmente é Páginas 10, 11 e 12
Agência O Globo/Divulgação
Divulgação
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Guilherme Baffi
Televisão
Desejos difusos
Silvio PardoDIÁRIO DA REGIÃO
Editor-chefe
Fabrício Carareto
Editora-executiva
Rita Magalhães
Coordenação
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Editora de Turismo
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Diagramação
Claudia Paixão
Tratamento de Imagens
Edson Saito, Luciana Nardelli e
Luis Antonio
Matérias
Agência Estado
Agência O Globo
2 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
ALÉM DAS FLORES
Artigo
Kátia Ricardi de Abreu
Ela me disse entusiasmada: es-
tou fazendo arranjos, buquês, va-
sos decorativos, olha só esta foto (e
num piscar de olhos a foto apare-
ceu na tela – que beleza!). E ela
continuou teclando absurdamen-
te rápido, compartilhando comigo
todos os detalhes da sua mais re-
cente conquista: transformar so-
nho em realidade.
A professora doutora que es-
tá virando florista planejou dei-
xar de dar aulas, saturada e des-
gastada com a profissão, para se
dedicar a uma atividade que pa-
rece fazê-la sentir-se leve e feliz.
Virar a mesa, mudar o rumo
da vida envolve motivação, cora-
gem, planejamento. Eric Berne
afirmava que podemos fazer nos-
so plano de vida consciente e li-
vre de destino. O mundo está re-
pleto de histórias assim: sonhei,
fui lá e fiz! Geraldo Vandré can-
tou: “quem sabe faz a hora, não
espera acontecer”. É a revolu-
ção da alma, da carreira, do que
quisermos!
Vamos então falar das flores.
Aquelas que você colhe porque
plantou. Aquelas que você culti-
va dia após dia torcendo para
que todas as variáveis contri-
buam para o seu esplendor:
água, sol, sombra, terra, adubos,
o que mais vier!
Não vamos falar das
lamentações enfadonhas que
chegam às raias da irritação
após o período de tentativas
compreensíveis sobre a constru-
ção da infelicidade. Sim, por-
que existem pessoas altamente
capacitadas e preparadas, diplo-
madas e sacramentadas neste as-
sunto: o que fazer para as coisas
não darem certo. Quais coisas?
Tudo. O casamento, a carreira,
os relacionamentos, a vida nave-
ga sempre na contramão da feli-
cidade para elas.
Vamos falar só das flores.
Aquelas cuja semente germi-
na no âmago de cada um quan-
do não poupa credibilidade
em si para se adentrar em pro-
jetos calculadamente estuda-
dos. Aquelas flores que nos fa-
zem lembrar à generosidade
do Universo, que por meio de
tantas espécies encantam os
olhos de quem as vê, na sua
singular existência em cada es-
tação do tempo. Somos criatu-
ras nascidas para cultivar nos-
sos dons em benefício da hu-
manidade. É o que fazemos
quando colocamos no traba-
lho o prazer de trabalhar.
Não vamos falar das lutas e
labutas para ganhar dinheiro a
qualquer preço, sem respeitar a
ética das relações com os nossos
semelhantes e com a natureza,
fazendo da profissão, seja ela
qual for, o caminho mais fácil
para a amargura de uma cons-
ciência pesada e endividada.
Com a conta bancária em crédi-
to, mas com a conta moral em
débito é possível ser feliz?
Vamos continuar a falar de-
las, das flores! Da parte boa de
cada um que floresce quando en-
contra sua vocação para a vida,
quando descobre a paixão de
acordar a cada manhã para fazer
o que gosta e voltar para casa tra-
zendo cansaço e realização em
todos os sentidos, inclusive fi-
nanceiro, que neste caso se tor-
na mera consequência.
E assim, tricotei longamente
sobre os planos da mais jovem
empresária no ramo das flores,
a professora doutora que se can-
sou de alunos que não querem
aprender, de provas que não
quer mais aplicar nem corrigir.
No final da nossa conversa
virtual, pedi permissão para
ela: “posso escrever algo sobre
sua história? Posso falar das
flores e da sua coragem de mu-
dar o rumo da sua carreira pro-
fissional?” Ela sorriu larga-
mente e disse: “sobre as flo-
res? Claro... mas então aprovei-
te e escreva que eu estou soltei-
ra e que quero mudar também
sobre isso, quem sabe alguém
se interessa por este detalhe”.
Foi então a minha vez de abrir
um largo sorriso. A mudança
estava acontecendo muito
além das flores. E você, leitor?
Também abriu um sorriso nes-
te momento? �
Virar a mesa, mudar o rumo da vida envolve motivação, coragem, planejamento
KÁTIA RICARDI DE ABREUpsicóloga 5 especialista emanálise transacional. Maisinformações no sitewww.katiaricardi.com.br
Quem é
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 3
As religiões sempre defenderam o altruísmo como
instrumento de elevação espiritual. Agora, até a
ciência começa a comprovar que ajudar o
próximo faz bem à saúde física e emocional
Somos maioresquando somos úteis
Bondade
4 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Gisele [email protected]
Todo mundo certamente já
ouviu falar em altruísmo. Mas
será que sabe o significado real-
mente desta palavra? Altruís-
mo significa ajudar os outros
sem esperar qualquer tipo de re-
compensa. É o sentimento de
bondade desinteressada, que
coloca outra pessoa ou propósi-
to acima de si próprio.
Altruísmo não é caridade.
A palavra foi criada em 1830 pe-
lo filósofo francês Augusto
Comte (1798-1857), fundador
da sociologia e do positivismo
para caracterizar o conjunto
das disposições humanas que
inclinam os seres a se dedicar
aos outros. Ou seja: é o contrá-
rio do egoísmo.
E ser altruísta, garantem os
especialistas, nos faz crescer in-
terna e externamente. Quando
reconhecemos as necessidades
alheias, sentimos nossa percep-
ção do mundo ampliar. A vida
tem significados maiores quan-
do somos úteis, nos sentimos
mais ativos socialmente e nos
tornamos pessoas melhores.
A sabedoria através dos tem-
pos tem constatado que dar aos
outros também é um presente pa-
ra si, pois a lei do retorno, uma
das leis universais, prevê que tu-
do o que fizermos ou desejarmos
aos outros volta para nós. Na cul-
tura ocidental, a Bíblia traz a pará-
bola do bom samaritano e diz: “é
melhor dar do que receber”. A ex-
pressão foi generalizada e “bom
samaritano” passou a designar
qualquer pessoa que se preocupa
com os outros, que age sempre a
favor do bem, que procura ajudar
em qualquer circunstância, sem
falsos interesses. Por sua vez, Bu-
da, no oriente, ensinava que “a ge-
nerosidade traz abundância, puri-
fica o coração e a mente e propor-
ciona a maior felicidade”.
E já existem pesquisas que
comprovam que ajudar aos outros
fazbem à saúde físicae emocional.
O psicólogo norte-america-
n o A b r a h a m M a s l o w
(1908-1970) concluiu que o
comportamento altruísta é refle-
xo do bem-estar psicológico do
indivíduo. De acordo com Mas-
low, a pessoa “totalmente huma-
na” é aquela que reflete o “bodi-
satva” (ser iluminado) oriental.
Essa pessoa é compassiva por
entender que toda a vida está in-
terligada e não ninguém deve ja-
mais vivê-la de forma isolada.
Ele afirmava que o altruísmo, a
compaixão, o amor e a amizade
significam o desabrochar das se-
mentes com as quais todos os se-
res humanos nasceram.
“É como se fosse uma práti-
ca da solidariedade constante”,
diz o psiquiatra Ururahy Boto-
si Barroso, dirigente espírita.
O altruísta não vive apenas de
praticar gestos de solidarieda-
de como ajudar desabrigados
em uma situação de calamida-
de. Ele vai atrás delas e tem is-
so por hábito. “Altruísmo é o
amor na sua plenitude, em que
você rompe com o instinto do
egoísmo”, complementa.
“Quando pensamos no al-
truísmo, a intenção é boa e os
efeitos são sempre positivos, já
que não existe o risco do benefí-
cio determinar o enfraquecimen-
to daquele que recebe (excluído,
é claro, o caso de esmolas dadas a
esmo e que, como regra, estão
mesmo é a serviço de aplacar os
sentimentos de culpa de quem
dá)”, diz o psiquiatra Flávio Gi-
kovate, psicoterapeuta, conferen-
cista e escritor, autor de livros co-
mo “O Mal, O Bem E Mais
Além - Egoístas, Generosos e Jus-
tos”, “A Liberdade Possível” e
“Ensaios sobre o Amor e a Soli-
dão” (todos pela MG Editores).
No altruísmo, aquele que re-
cebe se beneficia e o uso positi-
vo daquilo que recebe pode lhe
ajudar a recuperar a saúde, a
aprender mais ou recuperar
uma vida digna de trabalho.
Aquele que ajuda pode experi-
mentar um grande prazer por
ter dado algo de si, por ter sido
realmente útil. Pode, com pro-
priedade, experimentar o ge-
nuíno prazer de dar, já que não
existe o risco de prejudicar
aquele que recebe. “Neste caso,
e só nesse, cabe a máxima fran-
ciscana de que ‘é dando que se
recebe´”, afirma.
Mas o que torna uma pessoa
altruísta, afinal? Um estudo fei-
to pela Universidade da
Califórnia, nos Estados Unidos,
coordenado pelo professor de
antropologia Chris Kiefer, des-
cobriu, nas pessoas entrevista-
das, que “altruístas naturais”
cresceram em um lar carinhoso.
As pessoas criadas por famílias
onde não existia amor, ou onde
o amor era distribuído de forma
injusta, eram menos generosas -
lhes faltava confiança e apresen-
tavam um grau de altruísmo e
saúde mental bastante inferior.
O pesquisador estudou também
pessoas que se tornaram altruís-
tas apesar de infâncias desfavo-
ráveis. Algumas se sentiam alie-
nadas na juventude, porém,
mais tarde, devido a uma expe-
riência que os converteu, desco-
briram quem eram e qual sua
missão. Outros souberam supe-
rar uma infância infeliz por
meio de um difícil processo de
autodesenvolvimento, pelo qual
compreenderam que seu cresci-
mento e realização implicavam
na preocupação com o próximo.
Segundo Kiefer, a transforma-
ção resulta na “união do intelec-
to com a emoção”.
O esforço e tempo dedica-
dos a fazer o bem pode levar à
ideia de que o altruísmo tam-
bém pode prejudicar. Mas não
são poucos os estudiosos que
mostram que ajudar os outros,
mesmo por meio de tarefas
mais estressantes, pode, ao con-
trário, acrescentar vários anos
à nossa vida.
“Quando nos dedicamos vo-
luntariamente a essa situação,
os efeitos do estresse são diferen-
tes dos efeitos do estresse causa-
do pelo trabalho, independente
da própria vontade, que rara-
mente podemos controlar”, diz
Kenneth R. Pelletier, psicólogo
clínico da Faculdade de Medici-
na da Universidade Stanford.
Herbert Benson, professor ad-
junto de medicina da Faculda-
de de Medicina de Harvard, ga-
rante que ocorre justamente o
oposto do estresse. “Nós relaxa-
mos”, afirma. “O metabolismo,
a pressão arterial, os batimentos
cardíacos e a respiração dimi-
nuem, assim como a ansiedade,
a depressão e a irritação.”
“Quando a pessoa chega
nesse nível, se beneficia pelo
que ela é propriamente e não
apenas o que faz pelo bem cole-
tivo”, diz Ururahy Barroso. E
esse é, justamente, na visão de-
le, o propósito de tudo: chegar-
mos ao ponto de ter uma visão
da vida interligada. �
Altruísmo é o amor na suaplenitude, em que você rompecom o instinto do egoísmo Ururahy Botosi Barroso, psiquiatra
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 5
Traçar metas a curto,
médio e longo prazo e
não perder o foco
estão entre as ações
necessárias para você
realizar tudo aquilo
que está preso
na sua mente e
no seu coração
Gisele [email protected]
O sonho é certamente a força mo-
triz que impulsiona o coração. Ele
garante a energia necessária para al-
cançar um desejo ou uma paixão. O
problema é que apenas sonhar não
traz o resultado. É preciso mais que
isso. São necessárias ações contí-
nuas. Mas quais ações?
Grande parte das pessoas hoje es-
tá insatisfeita com a vida que leva e a
dificuldade encontrada para mudar
isso faz com que até deixem de so-
nhar. E quando questionada sobre o
que espera do futuro, muita gente
não sabe dizer com clareza o que
quer. “Quero dinheiro” ou “quero
ser bem sucedido” são respostas co-
muns, mas imprecisas. É preciso tra-
çar metas claras, pois elas servirão
de bússolas, que guiarão suas atitu-
des na direção dos seus objetivos.
Pretende ter sucesso? Estabeleça
em que área: “quero ser presidente
da minha empresa”, por exemplo.
Quer dinheiro? Diga: “quero ganhar
R$ 10 mil por mês”. É fundamental
você estabelecer prazos realistas pa-
ra isso. Quanto tempo vai precisar
realmente? Um ano? Cinco anos?
Mas seja realista.
Você já sentiu alguma vez a sensa-
ção de quase? Quase conseguiu um
emprego, quase fechou um negócio,
quase terminou os estudos, quase
conseguiu emagrecer, quase obteve
uma promoção. O que será que faz as
coisas quase darem certo na sua vi-
da? As dificuldades, que, aliadas a
um dia a dia conturbado, fazem com
que as pessoas abandonem seus anti-
gos sonhos e projetos.
No livro “Transforme Seus So-
nhos em Vida” (ed. Gente), o escritor
Eduardo Shinyashiki, palestrante e es-
pecialista em desenvolvimento das
competências de liderança e prepara-
ção de equipes, diz que, para construir
uma vida diferente, “você precisa dei-
xar de lado os hábitos, as desculpas e
as falsas bases que o distanciam de
seus sonhos e expandir seu poder pes-
soal para fazer acontecer." Como? Con-
seguindo ouvir sua voz interior, ter fo-
co, atenção e concentração para reali-
zar. "Reconhecer aquilo que queremos
mudar e identificar o comportamento
automático que nos limita é um passo
muito importante para atingirmos
nossas metas...”, completa.
“Ando preocupado com a falta de
sonhos das pessoas. Tem pouca gente
sonhando. Vivem um dia depois do
outro, enfiadas em uma rotina. Quan-
do pergunto nas palestras quem tem
metas e sonhos: menos de 10% levan-
tam a mão", diz o psicólogo cognitivo
comportamental Alexandre Caprio.
O problema dos sonhos é eles es-
tarem relativamente distantes ou fo-
ra do alcance. Imagine que o sonho
esteja em cima de uma nuvem, no
céu. Você está aqui, na terra. Olha
para ele lá em cima. Gostaria de es-
tar lá, mas não tem a menor ideia do
que fazer para chegar lá. Isso pode fa-
zer com que a pessoa passe a acredi-
tar que seus sonhos são só sonhos.
Talvez por isso muitas desistam.
“Existem sonhos realistas, que vo-
cê é capaz de realizar se colocar ener-
gia, motivação e planejamento, e traba-
lhar em cima deles”, diz a psicóloga
Kátia Ricardi de Abreu, especialista
em análise transacional. O mesmo não
é possível com os que são fantasiosos.
“Sonhar com o possível é a nos-
sa melhor possibilidade”, diz a
psicóloga Karina Younan.
Possivelmente, assim co-
mo a maioria das pes-
soas, você deve possuir
hábitos, comporta-
mentos e vícios que
podem atrapalhar
sua jornada rumo à
realização dos seus so-
nhos. Os principais en-
traves geralmente são a pre-
guiça, falta de comprometimen-
to, desorganização, gastos desnecessá-
rios, entre outros. E geralmente não
admitimos esses defeitos e tentamos
escondê-los até de nós mesmos.
“Os motivos que levam as pessoas
a desistir dos sonhos são os mais varia-
dos”, diz a psicóloga Patrícia Nunes
Abbud. “Só não esqueça que grandes
conquistas não dependem apenas de
grandes atitudes. Elas têm origem nas
pequenas ações que podemos realizar
no dia a dia. Certamente as dificulda-
des vão surgir, mas as pessoas que con-
seguem atingir seus sonhos não desa-
nimaram diante dos problemas.”
Com a ajuda desses especialistas,
confira outras dicas que vão ajudá-lo a
“presidir” seu próprio destino.
Do sonhoà realidade
Atitude
Coloque o coração e a razão juntosnesse sonho. “Estabeleça o que quercomo prioridade e parta para a ação”, diz apsicóloga Kátia Ricardi de Abreu. Issopossivelmente significa que você vai ter dedeixar de fazer muita coisa e passar a fazeroutras para conseguir atingi-lo. “Nãodesista diante dos obstáculos que irãosurgir. É possível até que você tenha deredefinir o sonho, dar um novo formatopara ajustá-lo à realidade”, explica. Muitasvezes, idealizamos uma coisa, masquando partimos para a ação descobrimosque ela não é viável. A saída é redefinir,mas não desistir
Parta para a ação
6 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
A melhor forma de realizar um sonho éolharmos para dentro de nós, de nossaspossibilidades e daí estabelecermos uma busca”,diz a psicóloga Karina Younan. Um exemplo?Podemos sonhar com coisas difíceis, como seruma personalidade famosa, um atleta desucesso. Mas não podemos sonhar ter umaaltura diferente, ou outra raça. Entre o sonho e apossibilidade de conquista deve haver uma ajudada razão e da ponderação
Trace metas
Tenha força de vontade
Mantenha o foco
Sonhe com o possível
“Para perseguir um sonho, nós precisamos traçar umplano para chegar até ele. Devemos construir uma escada,degrau por degrau, mas o projeto dessa escada deve virantes. Se não projetamos a escada, erramos seu tamanho esua direção”, diz o psicólogo Alexandre Caprio. As metas sãoa matéria-prima de nossa escada. Devemos traçar metas apequeno, médio e longo prazo. “Apenas 3% da populaçãomundial realmente traça objetivos e metas em suas vidas”,explica. Você deve dar passos sólidos e possíveis na direçãode seu sonho. Precisa definir o que irá fazer a curto, médio elongo prazo. Seu sonho é ser um profissional no exterior?Quais os passos para chegar até a imagem que vê em seussonhos? Você precisará se qualificar? Seria interessante umcurso de inglês? É preciso pensar (e planejar) tudo isso
O maior aliado do sonho é a força de vontade. Semela, dificilmente conseguiremos atingir nosso sonho.Pode ter certeza que pelo caminho vão surgir váriasdistrações para que você desista da sua jornada.Também não vão faltar pessoas para dizer que você estásonhando muito alto e que não vai nunca conseguir. “Sebuscou esse desejo do fundo da alma, você encara adescrença dos outros, dificuldades e privações sem se
abater”, diz a psicóloga Karina Younan �
Mesmo que tenhamos estabelecido o que queremos, definidometas para atingir o sonho, a falta de foco é um grande empecilho. “Émuito importante não perder esse foco”, recomenda a psicólogaPatrícia Nunes Abbud. Se você quer enriquecer de maneira lícita, porexemplo, é preciso focar no trabalho e dar seu melhor a cada dia. Sesonha com um relacionamento amoroso, é bom não ter umaexpectativa muito alta e querer um ator de Hollywood. Comece aprestar atenção nas pessoas que estão ao seu redor e tenha emmente que seu foco é o relacionamento, sem ter uma expectativamuito alta e sim real
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 7
Homens e mulheres
manifestam sua ira
de maneira
diferente. Veja se
você está a ponto
de “explodir”
e o que fazer para
encontrar o
equilíbrio entre
razão e emoção
Teste seunível de raiva
Sentimento
Aumente seu autocontrole
para conseguir conter
seus impulsos
Aumente seu lado racional
para conseguir avaliar situações
também pela lógica
Abra mão da necessidade
de ter razão e veja que isso não
é importante
Nãodeixe a “água ferver”. Se o
climaestiver esquentando, mude o
assuntoousaia decena
Mantenhaa respiração na
regiãodoabdômen inferior e
propositalmentediminua oseu ritmo
Fonte: Marcelle Vecchi, psicoterapeuta
comportamental neurolinguista
Administresua ira
8 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Elen [email protected]
Homens e mulheres po-
dem sentir raiva em diversos
momentos da vida, quando a
emoção bloqueia a razão. Co-
mo resultado, surgem ações im-
pulsivas e descontroladas. Mas
a raiva pode se manifestar tam-
bém de forma mais introspecti-
va e incômoda.
Os dois sexos geralmente
comportam-se de maneiras di-
ferentes quando sofrem um ata-
que de nervos ou quando são
colocados em situações que ti-
ram a estabilidade emocional.
Uma pesquisa do Centro Psico-
lógico de Controle do Estresse,
em Campinas, destaca que a
mulher tende a segurar a raiva,
enquanto o homem tem lá
seus dias de fúria. Nenhum
dos comportamentos é reco-
mendável.
Segundo a terapeuta em pro-
gramação neurolinguística Mar-
celle Vecchi, o ideal seria que to-
dos conseguissem encontrar um
equilíbrio entre emoção e razão.
“A raiva é um sentimento pu-
ramente emocional. Quando a
sentimos, bloqueamos nossa ra-
zão, por isso agimos de forma im-
pulsiva e muitas vezes descontro-
lada. Há situações em que só a
emoção toma conta do cenário, e
se essa emoção for negativa a pon-
to de agredir nossas crenças reagi-
mos com raiva”, diz.
Para Marcelle, as mulheres
são mais propensas à raiva se
comparado aos homens, devido
a questões hormonais por altera-
ções que acontecem com mais
frequência e intensidade. Mas
acredita que, quando as crenças
e os valores são colocados em jo-
go, os dois ficam suscetíveis à
raiva com discussões, silêncios,
agressões verbais ou físicas, e
até casos mais extremos que aca-
bam resultando em crimes.
De acordo com o “Manual da
Raiva” (editora Thomas Nelson
Brasil), escrito pelos psicólogos
norte-americanos Les Carter e
Frank Minirth, a raiva é uma
emoção comum a qualquer pes-
soa, mas pode se manifestar de
formas diferentes e em indiví-
duos com perfis nada semelhan-
tes. Segundo a obra, tímidos, ex-
trovertidos, perfeccionistas e de-
sencanados demonstram raiva
de formas diversas.
“Essas reações indepen-
dem do sexo, é mais uma ques-
tão de saúde emocional”, com-
plementa a terapeuta de Rio
Preto. Isso porque a raiva é um
sentimento que agride dois ní-
veis, emocional e físico, pois é
responsável por alterar a
frequência cardíaca ao aumen-
tar a fabricação de adrenalina e
cortisol, este último caracterís-
tico no estresse.
Cultivar a raiva e guardá-la
a longo prazo em todas as situa-
ções que ela surgir pode provo-
car complicações não somente
emocionais, mas também físi-
cas, como dores no estômago e
de cabeça, alteração na pressão
arterial e mal-estar geral.
A medicina chinesa, segun-
do Marcelle, faz uma associação
direta entre a raiva e o fígado.
“Se temos raiva, agredimos nos-
so fígado, e se nosso fígado não
estiver com suas energias circu-
lando adequadamente, ficamos
com raiva mais facilmente.” �
A impaciência me domina com maisfrequência do que gostaria
Tenho facilidade em incorrer empensamentos repletos de crítica
Quando estou insatisfeito comalguém, costumo cortar todacomunicação ou me isolar
Sinto-me incomodado quando minhafamília ou meus amigos nãocompreendem minhas necessidades
Fico muito tenso quando tenho delidar com uma tarefa que exige muito demim
Sinto-me frustrado quando vejo quealguém tem menos dificuldade em fazero mesmo que eu
Quando algum evento importantese aproxima, fico pensandoobsessivamente em como lidarcom a situação
Às vezes, mudo meu próprio caminhopara evitar encontrar alguém de quemnão gosto
Quando discuto algum assuntocontroverso, é comum minha vozassumir um tom mais persuasivo
Posso aceitar uma pessoa queadmite os próprios erros, mas tenhodificuldade em lidar com pessoas quese recusam a assumir as própriasfraquezas
Na verdade, quando converso sobrealgo que me irrita, não gosto de ouvir umponto de vista diferente
Tenho dificuldade em perdoarquando alguém erra comigo
Quando alguém mal informado meconfronta, já começo a pensar naresposta enquanto a pessoaainda está falando
Às vezes, o desânimo me fazquerer desistir
Posso ser bastante agressivo paraalcançar objetivos profissionais oumesmo jogando apenas por diversão
Tenho dificuldades emocionais emlidar com as injustiças da vida
Apesar de saber que não é certo, àsvezes, culpo outras pessoas pelos meusproblemas
Quando alguém fala mal de mimabertamente, minha reação inicial épensar em como me defender
Às vezes, falo coisas sobre certaspessoas sem me importar como issopode afetar a reputação delas
Sou capaz de agir com um sorrisono rosto mesmo estandofrustrado por dentro
O sarcasmo é um recurso que usobastante para expressar meu humor
Quando alguém está claramente irritadocomigo, não hesito em criar um conflito
Às vezes, enfrento períodos dedepressão ou desânimo
Sou conhecido por minha atitude de“não estou nem aí” em relação àsnecessidades dos outros
Quando estou em posição deautoridade, às vezes, falo de modo rudeou duro demais
O autocontrole pode ser treinado, o que não blinda ninguémde continuar sentindo emoções não desejadas, mas minimiza eensina a lidar melhor com a raiva. “É possível evitar os impulsose controlar nossas reações”, destaca a terapeuta emprogramação neurolinguística Marcelle Vecchi
Outro foco da raiva é a necessidade de sentir que está coma razão e que todos concordam com seu ponto de vista ouabordagem discutida. Quanto mais emocional é o indivíduo, maisintensas são as emoções, positivas ou não, o que, no caso daraiva, exige mais exercício racional para diminuir sua intensidade
De acordo com pesquisa do Centro Psicológico deControle do Stress, de Campinas, a mulher tende a guardarmais seus momentos de raiva para que não seja tachadacomo histérica ou muito estressada. Os homens tambémguardam, mas quando “esvaziam” a raiva acabamfazendo isso até de forma mais agressiva
Avalie seu grau de nervosismo
Resultado:
Apartir dedez frasesassinaladas, amanifestação da raivaé maisconstanteque odesejado. Se
forammais 15, háumadificuldadepara lidar comdecepções e irritações, sendomais vulnerável aos
malefíciosemocionais causados pela raiva.Mas fiqueatento, a raivapode ser controlada
Fotos: Stock Images/Divulgação
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 9
Pessoas sob “efeito aura” projetam expectativas demais no parceiro e não conseguem avaliar
uma pessoa pelo que ela realmente é. Comportamento aumenta o risco da desilusão
Gisele [email protected]
A maioria das pessoas ainda
está aprisionada pela ideia de
que só é possível haver felicida-
de se existir um grande amor.
Não importa muito se a relação
amorosa é limitante ou tediosa.
Para elas, qualquer coisa é me-
lhor do que ficar sozinho. Acre-
ditam que o fundamental é ter
alguém ao lado - e o restante se
constrói ou se modifica como
num passe de mágica. Busca-se
então desesperadamente o
amor pelo medo da solidão. A
pessoa amada não é percebida
com clareza, mas através de
uma névoa que distorce o real.
Na ânsia de encontrar um
alguém para amar, muita gen-
te se deixa enganar pelo que o
psicanalista Paulo Sternick
chama de “efeito aura”, ou se-
ja, apegar-se à impressão ini-
cial que se tem de alguém -
uma visão muitas vezes turva-
da pela atração física, por isso
não muito “confiável”.
O “efeito aura” é o famoso
“pars pro todo” no latim, ou to-
mar-se a parte pelo todo.
“Vamos combinar que sen-
tir tremores ou palpitações e
corar à presença do parceiro
não são os únicos critérios pa-
ra se concluir que tal pessoa
é o tesouro da sua vida”, ex-
plica Sternick. “Esses indí-
cios são apenas a primeira
instância de avaliação. É fun-
damental uma segunda, que
inclui saber melhor quem o
outro é e como é seu caráter.”
Infelizmente, não há escu-
do contra o “efeito aura”, es-
ta ilusão causada pelo desta-
que de um aspecto positivo
do objeto supostamente ama-
do e sua extensão à pessoa co-
mo um todo.
Pessoas são complexas, ain-
da que possamos esperar dos se-
res de quem gostamos um prin-
cípio unificador que possamos
chamar de caráter. Na verdade,
o verdadeiro amor começa com
o amor do caráter, e por não se
observar esse fato simples e bá-
sico que há tantos sofrimentos
e desencontros na vida.
Muitas pessoas carregam o
desejo de amar e acreditam
que só lhes falta o personagem
principal, e acabam não sele-
cionando realmente o parcei-
ro. Ficam procurando alguém
que se encaixe em seus sonhos,
suas fantasias. Assim, correm
o risco de sofrer com desencon-
tros e frustrações. Não querem
amar o outro, mas um persona-
gem de seus sonhos travestido
de pessoa real.
Não existe um parceiro
ideal, existem parceiros possí-
veis e reais em seus aspectos po-
sitivos e negativos. Amor é mui-
to mais tolerar o outro do que
propriamente estar o tempo to-
do apaixonado por ele. “Quan-
do se tolera o outro e se aceita
viver perto dele mantendo o in-
teresse, o desejo, o afeto e o cui-
dado, isso é amor. O resto é alu-
cinação, ou romantismo de iní-
cio de relação”, diz Sternick.
Escolha
“Se o relacionamento possui
bom começo, com tudo indo tran-
quilo, a tendência é a coisa seguir
bem”, diz o psicólogo clínico Ail-
ton Amélio, professor do Institu-
to de Psicologia da USP. Isso sig-
nifica escolher alguém por quem
se tenha atração e que seja compa-
tível. Não se casar com uma pes-
soa que acaba de sair de um rela-
cionamento, e que não esteja em
condições psicológicas, que pos-
sa estar querendo usar você como
tábua de salvação. “É ilusão
achar que vai conseguir mudar o
outro. A pessoa, movida pela pai-
xão, pode até adotar um novo pa-
drão de comportamento no iní-
cio, mas com o tempo volta a ad-
quirir os velhos hábitos.”
Erro de cálculoRelacionamento
10 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Amor e dependência: não confunda
Basear as escolhas amorosas
em status ou mesmo em aparên-
cia é algo que pode trazer mui-
ta insatisfação. É preciso dar a
chance a si mesmo e ao outro
de relacionar-se com o que o ou-
tro é e não com aquilo que se
planeja viver com o outro. Para
fazer isso, é preciso tempo para
conhecer o outro e disposição
para relacionar-se com o outro
como ele é.
É importante conhecer-se e
saber em que momentos da vi-
da se está mais vulnerável e sus-
cetível a esse tipo de situação.
“Uma relação construída ape-
nas no ideal daquilo que o ou-
tro possa proporcionar está fa-
dada a acabar, ou no sacrifício
de uma das partes, que acabará
se anulando pela relação, o que
pode fazer com que se tenha
um relacionamento infeliz pa-
ra ambos”, diz a psicóloga Gise-
le Lelis Vilela.
Uma relação é construída a
partir de enfrentamentos, co-
nhecimento e crescimento de
um e de outro na relação, além
dos projetos em comum. “Bus-
que não criar tantas expectati-
vas diante da aparência ou do
status, isso não diz quem o ou-
tro é”, orienta a psicóloga. “Dê
a chance de conhecer o outro e
de saber que ele pode, sim, ser
diferente de você e contribuir
muito para o crescimen-
to da relação. Enten-
da que, quanto maio-
res as expectativas
com relação ao que
você acha que deva
ser uma relação, maio-
res podem ser suas frus-
trações com relação a
ela”, completa. (GB)
Há uma grande diferença entre
escolher livremente uma pessoa pa-
ra se relacionar e precisar de uma
pessoa para se sentir bem. Com
frequência, as pessoas confundem
dependência com amor. A necessi-
dade de encontrar alguém elimina
por completo a naturalidade com
que isso deveria acontecer, assim
como afeta seriamente o processo
de escolha.
Se você precisa estar acompa-
nhado a qualquer custo, terá gran-
de chance de estar com a pessoa
errada quando a certa surgir. Pro-
vavelmente, ela nem será notada
quando isso acontecer, já que seu
foco será sua relação atual.
“Tomemos como exemplo uma
mulher que mal conhece um ho-
mem e já deposita nele todas suas
expectativas. Ela tenta ‘apressar’ as
coisas dentro de sua mente, objeti-
vando amenizar o sofrimento que
sua condição - no caso, a de se sen-
tir sozinha - gera em si mesma. A
ansiedade em tentar resolver a situa-
ção o mais rapidamente possível for-
ça uma espécie de trapaça das fases
naturais da relação”, diz o psicólo-
go cognitivo-comportamental Ale-
xandre Caprio.
Claro, não é possível conhecer
uma pessoa em todos os seus aspec-
tos em pouco tempo. Por isso, to-
das as características ainda desco-
nhecidas no pretendente são preen-
chidas com expectativas.
“A pessoa então supõe que o ou-
tro tem todos os atributos que tor-
nará a relação possível e passa a de-
positar nisso a sua felicidade, e
seu alívio em, finalmente, pres-
tar suas justificativas familiares
e sociais”, reforça Caprio. “É co-
mo uma pessoa que espera rece-
ber uma indenização que
ainda está em trâmite na
justiça e já faz planos e
realiza gastos contando
com essa quantia.” (GB)
Dê tempoao tempo
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 11
Precisar de outra pessoa parase apresentar como alguémcompleto ou inteiroinevitavelmente leva a umprocesso de dependência, edependência não é escolha Alexandre Caprio, psicólogo
Crençascausam ‘pressa’ nabusca doparceiroSegundo o psicólogo Ale-
xandre Caprio, este comporta-
mento que leva ao “efeito aura”
pode ter início na infância, du-
rante a formação de conceitos e
crenças. “A criança é uma ver-
dadeira antena de captação. Em
meio a conversas da mãe com as
amigas em chás, festas, na mesa
da cozinha, ela ouve constante-
mente histórias sobre as agru-
ras e tragédias de quem se sepa-
rou. Também aprende que a
mulher tem tempo para se esta-
bilizar no casamento. Quase co-
mo um prazo de validade.”
Pensamentos como “não po-
de passar dos trinta” ou “ela já
está ficando velha para dar fi-
lhos a um homem” vão se acu-
mulando e pesando pouco a
pouco, como a areia de uma am-
pulheta que se esgota na parte
superior e vai se acumulando
na parte de baixo. Todos nós
queremos ser aceitos em nossos
grupos sociais, a começar pela
família. Por isso, ressalta Ca-
prio, um desconforto sombrio
e desconhecido começa a to-
mar conta à medida que a ida-
de avança sobre as histórias
aprendidas e repetidas no passa-
do. Sozinha, a pessoa sente-se
em débito consigo mesma e
com todos ao seu redor. Uma
mescla de vergonha e rejeição
começa a tomar forma e cresce
como uma erva daninha, geran-
do a pressa e o desconforto que
a fará procurar qualquer pessoa
que possa ao menos amenizar
essa sensação tão desagradável.
Essas crenças, claro, são ex-
tremamente prejudiciais, por-
que lançam a pessoa em um ci-
clo de relacionamentos instá-
veis. Quando passa a cobrar do
pretendente uma postura ou
comportamento que ele não
tem e nem pode oferecer, tenta-
se moldar seu comportamento.
E é nesse ponto que os atritos co-
meçam. Uma fala muito co-
mum nas brigas é que o outro
mudou e que, no começo, ele
não era assim. Mas em muitos
casos o indivíduo nunca mu-
dou. O que o fazia parecer dife-
rente eram as expectativas lança-
das e subentendidas nele que,
dia a dia, foram se chocando
com a realidade. Essa queda da
ilusão para a realidade é que
cria a impressão de mudança e
também a desilusão. Depois des-
sa desagradável descoberta, ten-
ta-se desesperadamente modifi-
car a natureza do cônjuge, para
aproximá-lo da imagem ideal.
“Precisar de outra pessoa pa-
ra se apresentar como alguém
completo ou inteiro inevitavel-
mente leva a um processo de de-
pendência, e dependência não é
escolha”, diz o psicólogo. “Não
podemos ser metade. O conceito
de que só o outro pode nos com-
pletar, nos preencher e tornar pos-
sível nossa paz, equilíbrio e aceita-
ção nos tira o poder de conquistar
todas essas coisas”, completa.
Cabe a você ser feliz e a
mais ninguém. Não transfira es-
se privilégio a quem não dará o
mesmo valor que você. Quando
estiver bem consigo mesmo e
desvencilhado das cobranças e
pressões alheias, terá a verda-
deira oportunidade de conhe-
cer alguém especial e viver
uma vida cheia de belas histó-
rias para contar.
“Temos hoje uma valoriza-
ção grande com relação a sta-
tus, com relação àquilo que o
outro possui em termos mate-
riais. Nossa sociedade tem valo-
rizado as relações de consumo,
mais o ter do que o ser. Muda-
ram-se as referências com rela-
ção aos critérios de escolha, in-
clusive amorosa”, diz a psicólo-
ga Gisele Lelis Vilela.
Há, na verdade, segundo ela,
uma idealização daquilo que a
posição social, o status ou mes-
mo o nome podem proporcio-
nar. No entanto, sabemos que,
no dia a dia, a longo prazo, aqui-
lo que inicialmente era visto co-
mo qualidade no parceiro passa
a incomodar. As escolhas in-
fluenciadas pelo que o outro po-
de proporcionar estão fadadas a
situações de frustração ou até
mesmo significar sacrifício para
uma das partes, que acaba se
anulando para manter a relação.
Conhecer realmente o ou-
tro e suas características exige
tempo e disponibilidade para
entrar em contato com aquilo
que o outro é, e não com expec-
tativas do que ele seja. � (G B)
12 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Trinta por cento das pessoas com câncer na boca têm menos de 40 anos,
nunca fumaram, têm a dentição normal e não são alcoólatras,
contrariando o que dizia a literatura médica poucos anos atrás
Silvio PardoOdontologista
Trinta por cento das lesões
cancerizáveis da boca são causa-
das por HPV
Atépoucosanos,a literaturaas-
sociava câncer oral com pessoas
com mais de 50 anos, fumantes, al-
coólatras de bebidas destiladas e
pessoasquetinhamtraumaderepe-
tição na cavidade oral (raízes resi-
duais, restaurações com pontas,
dentes quebrados e próteses remo-
víveis mal adaptadas).
Pois saiba que esse quadro foi
alterado, e muito!Pesquisas recen-
tes de vários centros oncológicos,
entre eles o Hospital A.C. Camar-
go, responsável por 74% da produ-
ção científica sobre o tema no Bra-
sil, sinalizam para mudança desse
perfil. Atualmente, 30% das pes-
soas com câncer na cavidade bu-
cal temorigempelo HPV,têm me-
nos de 40 anos, muitos nunca fu-
maram, têm a dentição normal e
nãosãoalcoólatras.Segundo opes-
quisador Luiz Paulo Kowalski,
dentre os que desenvolvem cân-
cer na garganta, a contaminação
por HPV alcança 80%.
Estima-se que, no Brasil, ha-
ja cerca de 500 mil a 1 milhão de
casos novos por ano da infecção
pelo HPV, enquanto são registra-
dos 80 mil casos de aids, 200 mil
a 500 mil casos de herpes e 100
mil casos de sífilis.
A transmissão pelo HPV é ba-
sicamente de forma sexual. Tan-
to os homens quanto as mulheres
estão envolvidos na cadeia
epidemiológicadainfecçãoesãoca-
pazes, ao mesmo tempo, de serem
portadores assintomáticos, trans-
missores e vítimas da infecção pelo
HPV. Nesse sentido, os fatores de
risco estão claramente associados
com o comportamento sexual. Os
mais importantes são idade preco-
ce no início das primeiras relações
sexuais, número elevado de parcei-
rossexuaisaolongodavidaeconta-
tos sexuais com indivíduos de alto
risco (no caso dos homens, contato
frequente com mulheres que prati-
cam prostituição; no caso das mu-
lheres, relação com homens com
múltiplas parceiras sexuais).
Há muitos tipos de HPV, mais
de 100, mas os que mais provocam
tumores na cavidade oral e orofa-
ringesãootipo 16e o18.Oprimei-
ro é responsável por 90% das lesões
de orofaringe. Esses dois tipos de-
sencadeiam o câncer nas mucosas
em que se instalam, sempre no re-
vestimento externo dos órgãos.
Uma característica do carci-
noma por essa doença sexual-
mente transmissível é que ele de-
mora a aparecer e, às vezes, as le-
sões nem sequer se manifestam.
O que é ótimo para o quadro clí-
nico dos pacientes, porém dificul-
ta o diagnóstico pelos profissio-
nais da área de saúde, médicos e
dentistas, quando de suas visitas
de rotinas. De forma que, quan-
do surgem, as lesões são facilmen-
te visualizadas ao exame clínico
oral e, então, facilmente diagnos-
ticadas e podem ser tratadas.
Os dentistas conseguem de-
tectar as lesões nas bochechas,
ponta da língua, nas gengivas, no
assoalho e no céu boca. Começam
com algo parecido como uma afta
que não desaparece, mudam para
pequenas feridas ou verrugas que
até podem sangrar. Mas se não
sarar em até duas semanas, é pre-
ciso buscar a avaliação profissio-
nal. Quando evolui mais, fica
com aspecto de couve-flor.
Visualmente, o aglomerado de
célulasmalignascausadopelopapi-
lomavirus se assemelha a qualquer
outro tipo tumor – por isso só uma
biópsia pode confirmar a culpa do
HPV. Seja qual for o resultado, o
tratamento segue o padrão indica-
doaoutrostiposdetumores.Seale-
são é pequena, é feita sua remoção,
se é grande, segue-se um protocolo
de preservação do órgão para evitar
uma grande mutilação.
Já existem vacinas disponí-
veis em clínicas particulares con-
tra alguns tipos de HPV, a biva-
lente, que só protege contra al-
guns variantes que causam o cân-
cer, e a quadrivalente, que inclui
os tipos 1 e 11, causadores das ver-
rugas genitais.
Apartirdemarçode2014,ava-
cina contra HPV estará disponível
na rede pública. Serão vacinadas
meninas de dez e 11 anos; de 2015
emdiante,sóasdedezanos.Foies-
colhidaessa faixaetáriaparagaran-
tir que as meninas estejam imuni-
zadasantesdoiníciodequalquerti-
po de atividade sexual.
Sabemos o quão impactante
do ponto de vista populacional a
doença por HPV é significativa.
Sabemos também, contudo, que
ações em todos os níveis de pre-
venção são muito importantes,
desde a vacina e proteções sexuais
para evitar o contágio até o conhe-
cimento sobre suas manifestações
sistêmicas e orais para o seu diag-
nóstico precoce e tratamento apro-
priado. Portanto, faça sua parte!
Proteja-se, vacine-se, evite a expo-
sição aoagente, não hesite em visi-
tar os profissionais de saúde co-
mo médicos e dentistas, eles aju-
darão muito nessa luta contra o
câncer causado pelo HPV. �
HPV e câncer bucalGuilherme Baffi 8/8/2013
Stock Images/Divulgação
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 13
Gloria Pires comemora 50 anos vivendo sua primeira personagem homossexual
Agência Estado
Esta semana é de festa para
Gloria Pires, que completa 50
anos de idade no dia 23 de agos-
to. A atriz, que cresceu diante
das câmeras de televisão, come-
mora suas cinco décadas de vi-
da com um trabalho muito ou-
sado nas telonas. Ela interpreta
pela primeira vez uma homos-
sexual em uma produção am-
bientada no Rio de Janeiro dos
anos 1950. Além de encarar ce-
nas de sexo com outra mulher
em "Flores Raras", que acaba
de estrear nos cinemas de todo
o país, Gloria atua falando em
outro idioma, o inglês.
Para muitos, o rosto dela é
quase como o de uma pessoa da
família, afinal Gloria Pires está
presente em nossas casas há 45
anos, desde que estreou na no-
vela "A Pequena Órfã" (1968).
Ela é dona de uma trajetória re-
cheada de bons papéis, como a
Maria de Fátima de "Vale Tu-
do" (1988) e a Norma de "Insen-
sato Coração" (2011),atuação
que lhe rendeu o prêmio de me-
lhor atriz, na categoria televi-
são, concedido pela Associação
Paulista de Críticos de Arte
(APCA). "Em todas as persona-
gens que caíram na minha
mão, eu procurei contar o que
interessava e aprender com
elas", comenta Gloria.
Dedicando-se cada vez mais
ao seu amadurecimento profis-
sional, a atriz revela por que
considera Lota o papel mais ou-
sado de sua carreira e por que te-
ve de enfrentar uma série de de-
safios para interpretá-la. Vale
ressaltar que "Flores Raras" tem
como foco o romance entre Eli-
zabeth Bishop - poeta norte-
americana vencedorado Prê-
mio Pulitzer em 1956 - e a arqui-
teta Lota de Macedo Soares,
que idealizou e supervisionou a
construção do Parque do Fla-
mengo, no Rio de Janeiro.
Gloria interpreta Lota. "Ce-
nas de sexo são sempre descon-
fortáveis para nós, atores. Mas
essa história não poderia ser
contada sem essas cenas", diz a
atriz, que afirma que o fato de a
personagem ser homossexual
não era um problema e, sim,
uma solução. "Eu busco desa-
fios. São quarenta e tantos anos
fazendo telenovelas. Quando es-
se convite veio para mim, dei
pulos. Foi um presente".
No entanto, ela tinha uma
grande preocupação na execu-
ção desse trabalho. "A questão
de o filme ser falado em inglês
foi complicado e me preocupa-
vam mais as cenas de emoção.
Filmar em uma língua que não
é a sua é muito difícil", explica
Gloria, que já morou um ano
nos Estados Unidos e também
contou com a ajuda de uma pro-
fessora durante as filmagens.
A atriz australiana Miranda
Otto veio ao Brasil para enca-
rar a parceria em cena com Glo-
ria. Ela dá vida a Elizabeth
Bishop. "Amei o Rio, assim co-
mo a vida e a estética dos cario-
cas. Percebi que os brasileiros
lidam com as coisas de uma for-
ma diferente e gostei muito dis-
so", conta Miranda, conhecida
por suas atuações em "Guerra
dos Mundos" (2005), "O Se-
nhor dos Anéis - O Retorno do
Rei" (2003) e "O Senhor dos
Anéis - Duas Torres" (2002).
O filme, dirigido por Bruno
Barreto, entrou na vida de Glo-
ria há 17 anos, quando Lucy
Barreto comprou os direitos do
livro "Flores Raras e Banalíssi-
mas" e procurou a atriz para fa-
lar sobre Lota. "Não tinha mui-
to material sobre ela, que não
gostava de fotos, mas achei li-
vros que retratavam como Lota
falava e agia. Ela tinha intimi-
dade com os peões das obras, ro-
lava uma camaradagem mascu-
lina", diz a atriz.
A produção foi rodada no
ano passado, mas seu lançamen-
to coincide com discussões so-
bre homoafetividade em toda a
sociedade. "Acho que o filme é
um advogado não da causa, mas
do bom senso e do respeito, pois
mostra de forma simples a vida
de duas pessoas do mesmo sexo
que se amam. Desmistifica o uni-
verso gay", aponta Gloria.
"Flores Raras" custou R$ 13
milhões e abriu o Festival de
Cinema de Gramado deste ano.
Gloria, inclusive, foi a atriz ho-
menageada na abertura com o
Troféu Oscarito. O filme tam-
bém promete projetar a brasilei-
ra mundo afora. Foi vendido
para vários países, como Alema-
nha, Coreia e Escandinávia.
Nos Estados Unidos, a produ-
ção será lançada em novembro
em cinco cidades e a ideia dos
produtores é que o longa-metra-
gem concorra em categorias do
Globo de Ouro e, posteriormen-
te, a uma vaga entre os indica-
dos ao Oscar. �
Virada na carreiraPerfil
Divulgação/Estadão Conteúdo
TV - 14 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Na gringaMorando nos Estados Unidos desde junho deste
ano, parece mesmo que Tom Cavalcante não tem pla-
nos de voltar tão cedo ao Brasil. Lá, ele está produ-
zindo um curta-metragem de comédia intitulado "Pi-
zza Me, Mafia", com a participação de Joe Stevens
("Bravura Indômita"). Em princípio, a ideia do hu-
morista é lançar o vídeo somente fora do país.
RepetecoVinte e quatro anos depois de mediar o "Roda Vi-
va" (TV Cultura), Augusto Nunes está de volta
ao programa de entrevistas. A partir do dia 26,
ele retorna à bancada da atração. Criado em
1986, o jornalístico ficou famoso por abrir espa-
ço para a apresentação de ideias, conceitos e aná-
lises sobre temas diversos.
Para o futuroAparentemente inspirados pelo rentável "Porta dos
Fundos", de Fábio Porchat e Gregorio Duvivier,
Paulinho Serra e Bento Ribeiro devem dar uma for-
ça ao recém-criado canal de humor "Amada Foca",
no YouTube. Com o fim da MTV no Grupo Abril, a
dupla e outros artistas do casting da emissora pas-
sam a engatilhar novos projetos.
Mais tensãoFabinho (Humberto Carrão) não para de armar em
"Sangue Bom" (Globo). Nos próximos capítulos, es-
tão previstas cenas em que Salma (Louise Cardoso)
e Gilson (Daniel Dantas) descobrirão que o rapaz
furtou folhas de um talão de cheque e revirou um co-
fre. Imediatamente, Gilson deverá ligar ao banco pa-
ra prevenir-se de um golpe.
PreparativosCorre nos bastidores que a Eyeworks-Cuatro Ca-
bezas está preparando um programa de varieda-
des para a nova MTV, sob o comando da Viacom.
O primeiro passo é testar alguns apresentadores.
No Brasil, a produtora é responsável pelo "CQC",
"A Liga" e "Mulheres Ricas", resultados de uma
parceria com a Band.
Na filaAo agendar a estreia da trama de Carlos Lombar-
di, "Pecado Mortal", para outubro, a Record conse-
guiu definir o fim das gravações de "Dona Xepa".
Até setembro, os atores da novela seguem traba-
lhando em seus respectivos núcleos. Nas próxi-
mas semanas, eles receberão um bloco com os últi-
mos capítulos do folhetim.
Na fila (2)Por falar em "Pecado Mortal", Fernando Pavão, ator
de "Máscaras" e "Poder Paralelo", estará na novela.
Desta vez, ele interpretará Carlão, um homem casa-
do com Patrícia (Simone Spoladore) e conhecido na
vizinhança pelo seu bom humor e pela sua simpatia.
No entanto, o personagem guarda alguns mistérios
e fala pouco sobre seu passado.
Outras telasO sucesso de Mateus Solano na pele do vilão Félix,
em "Amor à Vida" (Globo), tem chamado a atenção
dos produtores de cinema. Ao que tudo indica, ele
deverá encarar o "Tremendão" Erasmo Carlos na te-
la grande. Mas essa não seria a primeira vez do galã
em longas-metragens. Em 2008, o ator fez "Linha de
Passe", de Walter Salles e Daniela Thomas.
CabalaDepois de inserir temas relacionados ao espiritismo
em suas tramas mais recentes, como "Amor Eterno
Amor" e"Escrito nas Estrelas", a novelista Elizabeth
Jhin tratará de cabala em sua próxima história. Ain-
da sem data de estreia definida, a trama irá ocupar o
horário das 18h, na Globo.
Somente seuAlec Baldwin não ficou sem emprego com o fim da
série "30 Rock" (Sony). O ator está agora negociando
a apresentação de um programa semanal no canal a
cabo norte-americano MSNBC, possivelmente às
sextas-feiras em horário nobre. Fora das telas, ele foi
ainda cogitado para ser candidato a prefeito da cida-
de de Nova York neste ano.
Muito dinheiroSimon Cowell, do "The X Factor" (Fox), e Ho-
ward Stern, do "America's Got Talent" (Sony), en-
cabeçam a lista das personalidades mais bem pa-
gas da televisão norte-americana, segundo a revis-
ta Forbes. De acordo com a publicação, entre ju-
nho de 2012 e junho de 2013, cada um deles eles
teria ganhado US$ 95 milhões.
Seguindo a ondaO filme o "Mágico de Oz" pode virar série pelo ca-
nal CBS, nos Estados Unidos. Segundo o site
"Deadline", os produtores de "Elementary" (Uni-
versal), Carl Beverly e Sarah Timberman, são os
responsáveis pelo projeto. A ideia da dupla é fazer
uma adaptação da trama retratada no longa-metra-
gem de Victor Fleming, inserindo os personagens
em um hospital de Nova York.
Seguindo a onda (2)Outro que deve chegar às telinhas em breve é "O
Exorcista". Morgan Creek, detentor dos direitos da
marca, quer fazer um seriado inspirado no livro ho-
mônimo de William Peter Blatty, que também deu
origem ao filme. O projeto ainda está no início e ain-
da não há emissora confirmada nem atores escalados.
EscolhidaAmber Tamblyn, da série "House" (Universal), é a atriz es-
colhida para viver a filha lésbica de Charlie Harper, inter-
pretado por Charlie Sheen, em "Two and a Half Men"
(Warner). Sua personagem entrará na 11ª temporada, ao
tentar carreira de atriz em Los Angeles. Nos Estados Uni-
dos, a série voltará ao ar no próximo dia 26de setembro.
Sem futuro"Magic City", a série sessentista sobre máfia do canal
Starz, não terá segunda temporada. De acordo com o site
"Deadline", o canal decidiu cancelar a série protagoniza-
da por Jeffrey Dean Morgan ("Watchmen" e "Grey's Ana-
tomy") e a "bond girl" Olga Kurylenko. A atração foi cria-
da por Mitch Glazer, o mesmo do filme "O Novato".
Melhor da TVA produção do programa "Metrópolis", da TV Cultura.
Tanto dentro como fora do estúdio, a equipe da atração,
que funciona como uma agenda cultural, atrai a atenção
por estar sempre em sintonia com as novidades. Nomes
como Bibi Ferreira, Daniela Mercury e Rosi Campos
renderam bons momentos recentemente.
Pior da TV
A "viagem cósmica" da personagem Nicole (Marina
Ruy Barbosa) em "Amor à Vida" foi de uma breguice
sem tamanho. No chamado "outro lado", a noiva foi ro-
deada por efeitos especiais lisérgicos, que marcaram o
momento em que ela, diante de um espírito sem rosto
em vestes esvoaçantes, decidiu voltar à Terra para as-
sombrar seus algozes, no caso o noivo Thales (Ricardo
Tozzi) e a amante dele, Leila (Fernanda Machado). Co-
menta-se até que foi um "castigo" pelo fato de a atriz ter
se negado a cortar os lindos cabelos ruivos.
Fique LigadoAgência Estado
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 15 - TV
Marcos Veras conta como é se equilibrar entre os três canais
onde atua simultaneamente: a TV, o teatro e a internet
Agência Estado
Ir ou não para a TV aberta é
um dos dilemas de muitos hu-
moristas que fazem sucesso na
internet e nos teatros Geralmen-
te eles são desencorajados pelo
fato de algumas emissoras se es-
quivarem de assuntos polêmi-
cos. Esse, entretanto, nunca foi
um problema para o humorista
Marcos Veras. Sucesso na rede
mundial de computadores com
a trupe do "Porta dos Fundos",
o ator também pode ser visto
diariamente no "Encontro com
Fátima Bernardes" e, aos sába-
dos, no "Zorra Total", ambos
programas da Rede Globo.
"A pressão por ibope não me
atinge nem um pouco. A audiên-
cia da manhã tem uma média.
Nós (do 'Encontro com Fátima
Bernardes') estamos dentro des-
sa média e, muitas vezes, acima
dela. Temos de nos preocupar é
com o conteúdo", diz Veras.
O atual reconhecimento na
Rede Globo não veio de graça.
O ator começou na televisão fa-
zendo figuração no extinto "Xu-
xa no Mundo da Imaginação"
(2002) e nas telenovelas da Re-
de Record. Após um pequeno
papel em "Amore Intrigas"
(2007) e duas temporadas como
apresentador de um programa
de vendas no canal Shoptime,
ele finalmente foi escalado para
uma participação no programa
"Por Toda a Minha Vida"
(2008). No ano seguinte, já era
membro fixo do elenco do hu-
morístico "Zorra Total".
O convite para integrar a
equipe do "Encontro com Fáti-
ma Bernardes" viria apenas em
2011, quando a própria jornalis-
ta o viu sendo entrevistado por
Angélica, no programa "Estre-
las", também da Globo, e apro-
vou suas piadas. O humorista
confessa que já estava de olho
no novo projeto de Fátima an-
tes de ser convidado. "Logo
que eu soube do programa, co-
mentei com amigos meus reda-
tores e diretores, que estavam
envolvidos na criação,que eu ti-
nha interesse de fazer parte da
equipe. Depois, soube que a
própria Fátima já havia pensa-
do no meu nome", lembra
O ritmo desenfreado de gra-
vações na TV e na internet tam-
pouco tirou Veras do teatro: ele
viaja o Brasil comas peças "Falan-
do a Veras", que tem supervisão
de Fábio Porchat, e "Atreva-se",
que é dirigia por Jô Soares. "Eu
também não sei como eu dou
conta de tantos projetos. Acho
que ajuda o fato de eu gostar de-
mais do que faço", confessa.
A seguir, Veras avalia seus úl-
timos trabalhos na televisão, re-
flete sobre a boa fase do humor
no Brasil e revela as gafes que já
cometeu ao vivo no "Encontro
com Fátima Bernardes".
Pergunta - Como surgiuo convite para participar do"Encontro com Fátima Ber-nardes"?
Marcos Veras - Logo que
eu soube do programa, comen-
tei com amigos meus redato-
res e diretores, que estavam
envolvidos na criação, que eu
tinha interesse em fazer parte
da equipe. Depois, soube que
a própria Fátima já havia pen-
sado no meu nome. Eu e ela
nos reunimos para conversar
e nos demos bem desde o pri-
meiro bate-papo.
Pergunta - Você já sabiade antemão como seria a suaparticipação?
Veras - Mais ou menos. Sa-
bíamos que teria humor no pro-
grama, mas fomos descobrin-
do, aos poucos, como seria esse
humor. O legal é que hoje já te-
mos vários quadros de humor
no "Encontro", como matéria
na rua, paródia musical, esque-
tes e dinâmicas de palco.
Pergunta - Qual o maior de-safio de colaborar com um pro-jeto como este?
Veras - É o fato de ser um
programa diário. Fazer um pro-
grama diferente todo dia é desa-
fiador. São muitos assuntos,
muitas pautas e gravações. Fa-
zer humor pela manhã é outro
desafio.
Pergunta - A pressão poribope lhe atinge de algumaforma?
Veras - Nem um pouco!
Nem a mim nem a ninguém
da equipe. A audiência de ma-
nhã tem uma média. Nós esta-
mos dentro dessa média e,
muitas vezes, acima dela. Te-
mos de nos preocupar é com o
conteúdo, com os assuntos a
serem discutidos e em fazer
um programa de qualidade.
Hoje, o "Encontro" é um pro-
grama consolidado.
Pergunta - Como é traba-lhar com a Fátima?
Veras - A Fátima é uma mu-
lher fora de série. É inteligente,
parceira e muito generosa. E is-
so não é uma opinião só minha,
mas de toda a equipe. A Fátima
conseguiu reunir um time mui-
to competente e unido para fa-
zer este programa.
Pergunta - Como funcionaa sua participação? Você ela-bora algo de acordo com o te-ma pautado ou funciona maisno improviso?
Veras - Na verdade, existem
as duas coisas. A participação
do humor entra em determina-
dos assuntos. Sabendo disso,
decidimos se será com matéria
na rua, com link ao vivo ou
com esquete. Em cima dessa de-
cisão, a liberdade de improvisa-
ção é total. Já, quando não há
nenhum quadro de humor pre-
visto para entrar no ar, aí, sim,
toda a minha participação é
100% improviso, durante o ba-
te-papo no programa.
Pergunta - Houve algumagafe ou situação inusitadaneste primeiro ano de progra-ma ao vivo?
Veras - Sim. Um dia, o Carli-
nhos Brown entrou de surpresa
no programa e eu perguntei se
ele tinha trazido a caxirola, um
instrumento que ele inventou
para a Copa (do Mundo), mas
HUMORISTAONIPRESENTE
Entrevista
Nenhum denós esperava.Foi muitorápido. Nãotemos nemum ano ainda Sobre o sucesso instantâneo doPorta dos Fundos
TV - 16 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
que foi proibido. Eu não sabia
dessa proibição. Ele me respon-
deu numa boa, mas os colegas
me zoaram muito depois.
Pergunta - Diversos humo-ristas questionam o formatodo "Zorra Total". Até o "Portados Fundos" já fez piadas so-bre isso. Como você avalia oprograma?
Veras - O "Zorra Total" é
um programa popular, ou seja,
feito para o povo. Tem o hu-
mor de bordão, que todos repe-
tem na rua. Ele faz um humor
clássico na TV, que já foi reali-
zado por outros programas, co-
mo o "Balança Mas Não Cai" e
o "Planeta dos Homens", entre
outros. Então, diria que é um
programa clássico e com um
elenco extraordinário.
Pergunta - Você está atual-mente na TV aberta, no teatroe com o "Porta dos Fundos".
Como faz para dar conta dostrês projetos?
Veras - Eu também me faço
essa pergunta (risos). Só sei
que vou fazendo e vai dando
certo. Acho que ajuda o fato de
eu gostar demais do que faço e
de me divertir muito fazendo
esses trabalhos. Claro, que tam-
bém conto com uma ajuda mui-
to grande das produções de to-
dos esses projetos.
Pergunta - Você esperava osucessodo"PortadosFundos"?
Veras - Nenhum de nós es-
perava. Foi muito rápido. Não
temos nem um ano ainda.
Pergunta - Em sua opinião,qual foi o segredo do "Portados Fundos"?
Veras - Acho que são vários
os segredos: a liberdade da in-
ternet, o roteiro muito bem es-
crito, um elenco de comedian-
tes diferentes uns dos outros, o
fato de sermos um grupo de
amigos e a direção primorosa
do Ian SBF. Tudo isso, junto,
fez o sucesso.
Pergunta - Sua esposa, aatriz Júlia Rabello, também es-tá na equipe do "Porta dosFundos". Como é trabalharem família?
Veras - Além do "Porta dos
Fundos", estamos juntos tam-
bém na peça "Atreva-se", dirigi-
da pelo Jô Soares. Como nós
dois trabalhamos e viajamos
muito, ter dois trabalhos em
que podemos estar juntos ajuda
a matar a saudade, a namorar.
E nós nos damos muito bem no
trabalho, nossa química é co-
mentada até entre os amigos.
Pergunta - Sua carreira contacomumainusitadapassagemco-mo apresentador de um progra-ma de televendas. O que você le-vou dessa experiência?
Veras - Hoje eu penso: "Agora
eu posso fazer qualquer coisa (ri-
sos)". Ali, era ao vivo, na base do
improviso e com ponto eletrôni-
co, mas foi legal. Eu não tenho
medo de fazer mais nada.
Pergunta - Você tambémestá viajando com a peça "Fa-lando a Veras". O que é possí-vel abordar no teatro, que nãodá para falar na TV aberta ouna web?
Veras - O teatro, para mim,
é sagrado. É a arte do ator. O
"Falando a Veras" é um show de
humor, onde eu posso falar do
que quiser e da maneira que eu
quiser. Até porque eu sou o do-
no do projeto. Já a web se apro-
xima do teatro, quando pensa-
mos em abordar assuntos mais
polêmicos. Ao contrário da TV,
que tem de ter mais cuidado, já
que aquilo vai atingir um núme-
ro maior de pessoas. �
Eu tambémme faço essapergunta.Só sei quevou fazendoe vai dandocertoSobre como faz para trabalhar
na internet, na TV e no teatro
ao mesmo tempo
TV Globo/Divulgação
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 17 - TV
Prostituição, luxo e marketing são os ingredientes de “O Negócio”
Agência Estado
Três mulheres determina-
das e estratégias de marketing
são a base do roteiro da série
brasileira "O Negócio", que es-
treia dia 18, às 21h, no canal
por assinatura HBO. Logo no
primeiro episódio, o telespecta-
dor vai ver que se trata de uma
atração para adultos, recheada
de cenas eróticas. Karin, perso-
nagem de Rafaela Mandelli,
surge em cena mostrando deta-
lhes de sua rotina como garota
de programa de alto padrão e as
dificuldades dessa profissão.
"A série conta a história de
três mulheres profissionais,
que resolvem fazer uma revolu-
ção financeira na área em que
elas trabalham: a prostituição",
resume um dos criadores do se-
riado, Luca Paiva Mello.
Bonita, porém, não tão jo-
vem, Karin é preterida por seu
cafetão, Ariel (Guilherme We-
ber), no que ela chama de "o
grande evento da prostituição
de luxo paulistana". Ele dá pre-
ferência às garotas de 18 e 19
anos. O negócio entre os dois é
rompido e Karin tem uma vi-
são empresarial, que resolve co-
locar em prática.
Assim, ao longo dos 13 epi-
sódios da série, ela vai se tornar
uma empreendedora. "Meu in-
teresse em fazer esse trabalho é
muito grande porque mostra
um outro lado dessas meninas.
Elas querem estar nesse negó-
cio e as três se completam por
serem totalmente diferentes",
declara Rafaela Mandelli.
Tanto a personagem de Ra-
faela quanto a de Juliana Schal-
ch (Luna) aparecem bem defini-
das no capítulo de estreia, que
termina deixando no ar a per-
gunta: como elas vão promover
as estratégias de marketing ao
vender sexo? "A minha persona-
gem entra no segundo episó-
dio. Ela é a mais nova das três e
mais impulsiva. Sua imaturida-
de vai dar o ritmo perfeito ao
trio", adianta a atriz Michelle
Batista, que dá vida a Magali.
"O Negócio" quer mostrar a
profissão mais antiga do mun-
do de uma forma diferente. De
acordo com Juliana, as três ga-
rotas de programa investem
muita energia naquilo que fa-
zem, apesar de ser um caminho
tortuoso e cheio de intempé-
ries. "Esse desejo delas de fazer
acontecer é o que é mais gosto-
so", diz ela.
As atrizes não fizeram labo-
ratório. A preparação foi feita
com a direção de elenco porque
as jovens retratadas na história
são garotas iguais a qualquer
uma que se pode encontrar nas
ruas, shoppings e baladas paulis-
tanas. Elas têm ensino superior,
moram em bairros nobres e se
vestem muito bem. Por isso,
não ter contato com garotas de
programa foi uma exigência da
produção para que as atrizes
não tornassem suas persona-
gens estereótipos de prostitutas.
"Elas vendem o corpo, mas
são de alta classe", avisa Julia-
na, que revela que buscou em
algumas produções cinemato-
gráficas a devida inspiração pa-
ra construir Luna. "Natalie
Portman, no filme 'Closer -
Perto Demais', tem muita iden-
tificação com o que eu quero
passar. A gente traz uma certa
bagagem do que viu e do que
leu a respeito desse universo.
Não é um assunto novo, o desa-
fio é fazer com outra aborda-
gem", completa atriz.
A série pretende propor
uma reflexão sobre o desejo de
ter poder Além de belas, as pro-
tagonistas são muito inteligen-
tes e querem provar que são po-
derosas. Mesmo sendo garotas
de programa, Karin, Luna e Ma-
gali vão tomar as rédeas de suas
vidas. "Elas se apropriam das es-
tratégias de marketing para en-
caminhar o produto delas no
mercado", aponta o Luca, que
conta também que, para desen-
volver o roteiro, foi necessária a
consultoria de profissionais de
marketing e entrevistas com ga-
rotas de programa de luxo.
As gravações de "O Negó-
cio" foram feitas todas em São
Paulo e somam 189 locações.
Entre os ensaios e as gravações,
as atrizes e a produção passa-
ram cinco meses mergulhados
no projeto, trabalhando cerca
de 12 horas por dia. O elenco
conta também com os atores
Gabriel Godoy e João Gabriel
Vasconcelos, além de participa-
ções especiais.
"O Negócio" é a quinta pro-
dução nacional da HBO Latin
America, que desde 2004 lan-
çou "Mandrake", "Filhos do Car-
naval", "Alice" e "Mulher de Fa-
ses". O primeiro episódio da sé-
rie estará disponível no site
www.hbomax.tv após a estreia
na TV. No final de semana do
lançamento do seriado, entre os
dias 16 e 18 de agosto, os canais
HBO estarão com o sinal aberto
em várias operadoras, como
Sky, Net, ClaroTV e Vivo. �
Estreia
Novo tipo de ‘programa’
Karin (Rafaela Mandelli)- É a idealizadora do negócioe a mais racional das três.Aos 31 anos, ela estádeterminada a não precisarmais dos cafetões. Seuplano é guardar dinheiropara poder se "aposentar"
Luna (Juliana Schalch) -Jovem de Campinas (interiorde São Paulo), ela mentepara a família, fingindo terum namorado e um emprego"normal" na capital paulista,quando na verdade seprostitui em uma boate
Magali (MichelleBatista) - É a mais ingênua eimatura das três. Ao semudar para São Paulo,descobre como ter uma vidasofisticada ao oferecer sexoem troca de hospedagensem hotéis e jantares emrestaurantes de luxo
Perfil dasprotagonistas
HBO/Divulgação/Estadão Conteúdo
TV - 18 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Programa especial com 22 episódios conta a história da telenovela no Brasil
Agência Estado
Há quem o rejeite, enquan-
to outros o veem como uma ho-
menagem por uma carreira de
glórias e êxitos. Independente-
mente das preferências pes-
soais, o termo "Damas da TV"
atravessa gerações, indicando
nomes que ganharam respeito
e admiração durante os 50 anos
de novela diária no Brasil. Vin-
te e três atrizes desse gabarito
são as estrelas de um especial
homônimo, que o canal Viva
começa a exibir no dia 28 próxi-
mo, às 21h.
"O público vai conhecer a
história da televisão por inter-
médio desses ícones da teledra-
maturgia brasileira. Afinal, a
maioria das entrevistadas come-
çou a carreira com a novela diá-
ria no Brasil", revela Leticia
Muhana, diretora do Viva, fa-
zendo referência à primeira no-
vela exibida diariamente:
"2-5499 Ocupado", de Dulce
Santucci, que estreou em 22 de
julho de 1963, na extinta TV
Excelsior.
A protagonista desse marco
no país, Glória Menezes, é uma
das eleitas pelo idealizador e
produtor Hermes Frederico pa-
ra falar sobre seu trabalho em
"Damas da TV". Além da mu-
lher de Tarcísio Meira, Fernan-
da Montenegro, Regina Duar-
te, Marieta Severo, Marília Pê-
ra e Eva Wilma, todas elas com
pelo menos 40 anos de carreira,
revelam casos e relembram os
bastidores de seus trabalhos de
sucesso. As entrevistas são in-
tercaladas com imagens de ce-
nas e fotos de acervo, em forma-
to de documentário biográfico.
"É prazeroso viajar no tem-
po, afinal a tarefa de relembrar
tem muita força. Sendo assim,
posso dizer que foi divertido
participar do programa e resga-
tar histórias, personagens, difi-
culdades e prazeres dos primei-
ros aprendizados. Foram tem-
pos de desafios e conquistas im-
portantes", diz Regina Duarte
sobre sua participação. Ainda
de acordo com a atriz, o título
de "dama" não lhe incomoda.
"Pensando bem, na verdade,
não é mesmo o que somos? Pio-
neiras e desbravadoras, inven-
tando, nos anos 1950, 1960 e
1970, um jeito de vivenciar com
dignidade uma profissão que,
até pouco tempo atrás, não era
regulamentada?", questiona.
Na opinião de Frederico, o
termo é "um respeito pelo traba-
lho, pela carreira, pelo tempo e
pela dignidade profissional".
Após realizar com o GNT a sé-
rie "Grandes Damas", que ho-
menageava atrizes de teatro, o
produtor teve vontade de reali-
zar uma nova empreitada. "Eu
tinha cinco anos quando vi
'2-5499 Ocupado' e a comoção
foi total. Nesses anos, quase to-
das as principais atrizes estão
ainda trabalhando. Daí, com os
50 anos da telenovela diária, ti-
ve a ideia de fazer o programa".
Ao todo, são 22 episódios de
25 minutos cada. As conversas
com as atrizes giram em torno
de memórias, tanto profissio-
nais quanto afetivas, que cada
uma delas tem de seus respecti-
vos trabalhos. Muitas falam so-
bre as técnicas interpretativas e
como a arte de atuar evoluiu
nas últimas décadas. "Na mi-
nha opinião, o trabalho de uma
boa atriz deve ser um pouqui-
nho de inspiração e talento e
muito de estudo, esforço e dedi-
cação", orienta Eva Wilma. �
Canal Viva
Damasda TV
Div
ulg
ação/Esta
dão
Conte
údo
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 19 - TV
Depois de
16 anos de MTV,
Cazé Peçanha
se “reencontra”
nos temas
sociais
complexos
apresentados
em “A Liga”,
da Band
Agência Estado
O rosto de Cazé Peçanha
permaneceu associado à MTV
durante anos. Não poderia ser
diferente: entre idas e vindas, o
apresentador acumulou 16
anos na emissora musical, on-
de esteve à frente de inúmeras
atrações e foi responsável pela
criação de bordões antológicos,
como o "na cara", do extinto
"Teleguiado". Sua presença no
programa "A Liga", da Band,
mostra que os tempos de VJ fa-
zem parte do passado. Mais ma-
duro, ele agora mostra ao públi-
co temas sociais complexos de
uma forma diferenciada.
Para ele, sua atual missão é
bastante enriquecedora. "O
maior desafio de 'A Liga' é vol-
tar para casa. A produção dos
programas é longa, mas eu costu-
mo levar bem mais tempo que is-
so, meses até para reequacionar
o mundo à luz das novas expe-
riências que vivi", desabafa.
A trajetória profissional de
Cazé não deixa de ser bastante
peculiar. Carlos José de Araújo
Pecini - seu nome de batismo -
foi descoberto em 1994 em
uma seleção que buscava uma
nova cara para a MTV. Aprova-
do, tornou-se o VJ mais conhe-
cido da emissora na ocasião, o
que lhe garantiu um convite pa-
ra ingressar na Rede Globo, em
1999. Amargou 15 meses na ge-
ladeira até a estreia do "Socieda-
de Anônima" (2001), uma espé-
cie de game show com desco-
nhecidos. Mesmo com críticas
positivas e algumas parcas vitó-
rias no ibope no confronto com
o programa comandado por Sil-
vio Santos, no SBT, a atração
não deslanchou e Cazé foi cata-
pultado para quadros periódi-
cos no "Fantástico".
Meses depois, ele estava no-
vamente de volta à MTV. "É
sempre difícil participar de um
projeto que acaba não vingan-
do", comenta ele, que agora es-
tá com 45 anos.
Cazé também chegou a ser
sondado para liderar a bancada
do "CQC" antes de o humorísti-
co estrear na Band, proposta
que recusou. Porém, no ano
passado, disse sim ao convite
para ingressar em "A Liga".
Pergunta - Qual o maior de-safio de "A Liga"?
Cazé Peçanha - É voltar pa-
ra casa. A produção dos progra-
mas é longa: costuma levar de
quatro a seis semanas. Já as gra-
vações duram de um a quatro
dias. Mas eu costumo levar
bem mais tempo que isso, me-
ses até para reequacionar o
mundo à luz das novas expe-
riências que vivi.
Pergunta - Alguma histórialhe marcou?
Cazé - A de um rapaz que
era morador da favela do Pio-
lho (zona sul de São Paulo).
Quando o incêndio começou,
ele estava em sua casa e dois vi-
zinhos disseram que o imóvel
da sua mãe, que também mora-
va na comunidade, estava pe-
gando fogo com ela dentro. Ele
correu para lá e vasculhou tudo
para tentar salvá-la. Sofreu vá-
rias queimaduras para, ao sair,
descobrir que não só a sua mãe
nunca esteve lá, como, durante
o incêndio, a sua casa havia si-
do roubada. Quando eu o en-
contrei, ele estava todo queima-
do e sem nada. Mas ele não ti-
nha perdido suas coisas no in-
cêndio: tinha sido roubado.
Pergunta - Você já mudoude posicionamento em rela-ção a algum assunto apósacompanhá-lo no programa?
Cazé - Então, não é simples-
mente que eu mude de opinião
a cada programa que fazemos,
mas que eu elabore ainda mais
aquela questão. Os temas que
abordamos em "A Liga" costu-
mam ser muito complexos.
Quando você tem a oportunida-
de de conhecer as histórias e as
pessoas de perto, você acaba
aprimorando sua visão sobre
aquela situação.
Pergunta - Em 2013, "A Li-ga" ganhou três novos apresen-tadores: a ex-modelo MarianaWeickert, a jornalista Rita Ba-tistae o ex-VJ China. O que elesacrescentam à atração?
Cazé - Cada um deles é de
um estado do país e de diferen-
tes universos de atuação. Isso
dá uma riqueza enorme para o
conteúdo final. Cada um de
nós tem uma percepção diferen-
te dos temas abordados no pro-
grama.
Pergunta - O que mais "ALiga" traz de novidades natemporada deste ano?
Cazé - A estética está ainda
mais bacana, com o uso de câme-
ras 5D e uma edição muito ágil.
Pergunta - Você estrou naMTV em 1994. Como chegouà televisão?
Cazé - Eu participei da pri-
meira "seleção pública" de
VJ?s que a MTV fez, que se
chamava "MTV Pega Para
Criar". Foi um concurso que
teve 7 mil pessoas inscritas em
São Paulo, Belo Horizonte,
Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Você se inscrevia e, se sua fi-
cha fosse selecionada, passava
por uma entrevista presencial.
Se fosse aprovado na entrevis-
ta, fazia um teste de vídeo.
Pergunta - Você ficou an-sioso para o teste?
Cazé - Eu ficava treinando,
assistindo aos programas do
Thunderbird e da Astrid (Fon-
tenelle). Era a época em que vo-
cê ainda tinha que colocar Bom-
bril na antena da televisão para
conseguir que a MTV pegasse.
Pergunta - O ano de 2013marca o fim da MTV como ca-nal aberto e sua reformulaçãocomo canal pago. Como vocêavalia essa atual fase daemissora?
Cazé - Eu fiquei feliz em sa-
ber que a MTV vai continuar a
ser exibida. É um canal diferen-
ciado. Sempre foi inovador,
sempre esteve na vanguarda es-
tética, lançando moda e sendo
celeiro de novos talentos. Acho
que o canal tem um papel im-
portantíssimo. É bom saber
que a MTV vai continuar a
cumprir esse papel.
Pergunta - Do que você sen-te saudade dos tempos de VJ?
Cazé - Sinto muita saudade
de fazer programas ao vivo, co-
mo o "Teleguiado".
Pergunta - Por quê?Cazé - Quando você faz um
programa ao vivo, há uma res-
posta imediata do público. Por
ser em tempo real, não tem co-
mo mascarar os erros e a pala-
vra de ordem é improviso. Vo-
cê precisa saber como lidar
com as situações conforme elas
vão aparecendo. Isso é muito
gostoso e desafiador.
Pergunta - Da sua estreiaem 1994 até a sua saída noano passado, o que você viumudar no mercado musical?
Cazé - A grande mudança
que aconteceu foi a chegada da
internet. Antes era mais difícil
mostrar seu trabalho e conquis-
tar espaço. Hoje, todos têm
acesso aos meios de produção e
distribuição dos seus projetos.
Ficou tudo mais democrático e
competitivo.
Pergunta - Você teve umacurta passagem pela RedeGlobo. O que você levou des-sa experiência?
Cazé - Foi uma experiência
muito rica. Pela primeira fez,
eu precisei montar toda uma
equipe para tocar um programa
grande e complexo. Participei
da criação do seu conceito des-
de o início, junto com Zé Lavig-
ne (José, diretor) e a turma do
"Casseta & Planeta" (Cláudio
Entrevista
'O maior desafio évoltar para casa'
TV - 20 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Manoel, Hélio de La Peña e
Bussunda). Além de trabalhar
com uma equipe, cujos inte-
grantes eram pessoas muito
próximas a mim, o que fez des-
sa época um momento muito
prazeroso
Pergunta - E teve um ladonegativo?
Cazé - É sempre difícil par-
ticipar de um projeto que aca-
ba não vingando. Aprendi
que são muitos os fatores que
determinam o sucesso de um
programa. Não é simplesmen-
te reunir uma equipe de gran-
des profissionais e ter uma es-
trutura boa que faz um proje-
to dar certo. Existe sempre o
imponderável.
Pergunta - Você foi sonda-do para ser da bancada do"CQC" antes de o programaestrear. Por que não aceitou?
Cazé - Eu estava muito fe-
liz na MTV e com a equipe
com a qual eu trabalhava.
Não era o momento para tro-
car de emissora.
Pergunta - Além de "A Li-
ga", tem outros planos paraeste ano?
Cazé - Estou fazendo um
projeto no Nat Geo (canal), on-
de apresento uma programação
especial sobre o cérebro, que se
chama "Noites Mentais". A pre-
visão de estreia é para setembro.
Pergunta - Pensa em tra-balhar por trás das câme-
ras algum dia?Cazé - Eu sou sócio do Mar-
co Pavão e do Thiago Martins
na Estricnina, produtora de ani-
mação responsável por sucessos
como "Fudêncio" e "Infortúnio
com a Funérea", ambos exibi-
dos pela MTV. Produzir um
programa aumenta muito suas
possibilidades de atuação. �
Band/Divulgação/Estadão Conteúdo
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 21 - TV
MALHAÇÃO - 17H45
Segunda-feira - Renata discutecom Verônica. Damáris decideusar as roupas de Nice. Gianeconta para Bento que era elaquem o beijava enquanto ele dor-mia, e Caio fica com ciúmes. Ma-lu mostra o closet de Amora noprograma de Sueli. Renata desis-te de contar a verdade para Érico.Érico se recusa a ouvir o queVerônica tem a dizer e decide ficarcom ela. Bento afirma a Gilsonque quer ficar sozinho. Érico afir-ma a Verônica que não vai se de-cepcionar com ela. Fabinho conse-gue entrar na festa de Karmita,
mas é expulso por Camilinha.Terça-feira - Fabinho se enfure-ce com Camilinha. Odila e Rose-mere não concordam com o pe-dido de demissão de Renata.Brenda afirma que Xande vaiajudá-la a continuar casadacom Perácio. Malu e Amora seenfrentam. Áurea fala para Tinae Pau de Jacu que eles só serãofelizes depois que saírem da ca-sa de Bárbara. Renata se recu-sa a falar para Érico o motivo desua demissão.Quarta-feira - Fabinho pede parafalar com Malu, e Bárbara se irri-
ta. Bento se comove com o sofri-mento de Amora. Fabinho pedeajuda a Malu. Glória elogia Nel-son, e Perácio fica arrasado. Wil-son exige que Charlene confirmese teve um caso com Bento. Na-tan revela para Érico e Maurícioque Verônica é Palmira Valente.Quinta-feira - Verônica pede paraconversar com Érico. Wilson dis-cute com Charlene e Isaura fla-gra os dois. Érico fica revoltadocom Verônica. Nancy conta pa-ra Nice e Lucindo sobre Gládis.Salma repreende Socorro poranular sua vida por causa de
Amora. Bento fica chateado pornão conseguir mostrar para Gia-ne a foto de sua campanha comMalu. Isaura ameaça impedirque Charlene fique com a guar-da de Pedrinho. Amora ameaçaFabinho. Verônica pede paraconversar com Érico.Sexta-feira - Érico se sensibilizacom a explicação de Verônica.Bento fica chateado ao ver Gia-ne sair com Caio. Bluma flagraCamilinha com Natan. Damárisdiz a Lucindo que vai cozinhar pa-ra ele e Tina na casa de Bárbara.Vinny pede para Charlene matri-
cular Pedrinho em seu colégio.Malu pergunta para Amora, nafrente dos repórteres, por queela ameaçou Fabinho.Sábado - Amora consegue desviara atenção da imprensa para Ma-lu. Bento pensa em conversarcom Malu sobre Fabinho. Maurí-cio apoia o relacionamento deVerônica e Érico. Cardoso exigeque Lara expulse Maurício de suacasa. Irene pede para Plínio levá-la para ver Fabinho. Fabinho en-contra Pixinguinha, e Giane o vê le-var o animal para Nestor. Amora eBento se beijam.
Segunda-feira - Valdirene e Már-cia comemoram o pedido de casa-mento de Ignácio. Ciça conseguepegar o celular de Ninho. Alejan-dra pressiona Félix para conse-guir mais dinheiro. Ciça telefonapara Paloma, mas Ninho a inter-cepta antes que ela revele o seuparadeiro. Niko e Eron contam pa-ra Amarylis que entraram com umpedido para adotar uma criança.Lutero pede para Atílio ajudá-lo adenunciar Félix. Márcia compra ovestido de casamento de Valdire-ne na loja de Edith. César flagraPatrícia e Michel na sala dos médi-cos. Edith e Félix firmam um acor-do para o retorno dela à mansão.Eron e Amarylis decidem fazeruma nova tentativa de fertiliza-ção, e Niko se surpreende. Pilardescobre que Félix pagou para Edi-th voltar para casa. Paulinha con-fronta Alejandra.Terça-feira - Ciça repreende Pauli-
nha por contrariar Alejandra, en-quanto Ninho elogia a menina. Val-direne passa a noite com Ignácio,deixando Carlito arrasado. Edithse recusa a ficar no mesmo quar-to de Félix. Michel não resiste àsinvestidas de Silvia. Patrícia nãodeixa Guto se aproximar dela.Atílio se preocupa com o que Gigipossa exigir do ex-marido. Pilarafirma a César que vai se separardele, se confirmar que ele tem ou-tra mulher. Ignácio convida Valdi-rene e Márcia para almoçar comsua mãe. Niko presencia a fertili-zação de Amarylis. Ninho decidelevar Paulinha à praia.Quarta-feira - Ciça orienta Pauli-nha a tentar fugir quando chegar àpraia. Eudóxia não gosta de Valdi-rene. Félix revela para Vega o en-dereço do cartório onde Atílio secasou com Márcia. Joana deixa oapartamento que dividia com Per-séfone. Thales vê Nicole e não
consegue ficar com Leila. Luteroestranha que Aline seja amiga deBernarda. Atílio decide denunciarFélix. Aline garante a César quenão deixará Pilar descobrir o casoentre eles. Valdirene e Carlito fi-cam juntos novamente. Ninho le-va Paulinha à praia e ela tenta pe-dir socorro em um quiosque.Quinta-feira - Ninho consegue im-pedir Paulinha de pedir ajuda. Ale-jandra vai embora com Ciça, quefica apavorada. Ninho tranca Pau-linha no quarto. Atílio é preso de-pois de uma denúncia de Félix, eVega comemora. Valdirene cha-ma Carlito e Gina para seremseus padrinhos de casamento.Alejandra dá um jeito em Ciça eavisa a Ninho que não deixaráPaulinha atrapalhar seus planos.Pérsio se recusa a atender umapaciente, e Lutero o recrimina.Alejandra ameaça fazer algo con-tra Bruno se Paulinha não coope-
rar. Ninho fica arrasado por brigarcom a filha. Michel e Patrícia com-binam de ficar juntos. César des-cobre que Félix pode ter superfatu-rado alguns contratos do hospitale Aline incentiva o médico a afas-tar o filho de seu cargo.Sexta-feira - Félix chora por serobrigado a sair do hospital. Atíliodescobre que Márcia o denuncioue fica triste. César pede para Eronocupar o lugar de Félix. Amarylistem um sangramento e fica arrasa-da. Eron flagra Michel e Patríciadentro do carro e os repreende.Valdirene se despede de Ignácio ecorre para se encontrar Carlito.Eudóxia critica Ignácio por nãocontar o seu segredo para Valdire-ne. Um pescador encontra Ciça de-sacordada. Alejandra avisa a Ni-nho que eles viajarão disfarçados.Eron e Amarylis dormem juntos.Perséfone anuncia no refeitórioque Joana e Luciano estão juntos,
e Ordália se preocupa. Patrícia pe-de para Guto sair de seu aparta-mento. Félix implora que Pilar oajude a voltar para o hospital.Sábado - Pilar exige que Félix voltepara o hospital e discute com Cé-sar. Félix avisa a Alejandra que Pa-loma descobriu o plano de levarPaulinha para o Peru. Bruno co-menta com Paloma que não con-fia em Félix. Guto sofre com as in-sinuações de Patrícia. Silvia ficaarrasada com o desprezo de Mi-chel. Perséfone decide sair commais um pretendente e Daniel fi-ca chateado. Paloma tenta con-vencer César a reconsiderar suadecisão sobre Félix. Ciça é monito-rada no hospital em estado grave.Lutero avisa a Bernarda que Félixé perigoso. Valentim descobreque Alejandra está no Rio de Ja-neiro e que vai viajar com Pauli-nha para o Peru. Paloma e Brunoviajam para o Rio de Janeiro.
FLOR DO CARIBE - 18H15
A emissora não disponibilizou os capítulos.
Segunda-feira - Ben, Vera e Anitacuidam de Sofia. Paulino perde alista com os exercícios de Vitor, eFábio a encontra na quadra do co-légio. Maura se impressiona comseu novo cliente. Abelardo recebeum adiantamento de Maura e ficasatisfeito. Giovana finge gostarde ter sido escolhida como a voca-lista do coral. Flaviana percebeSofia com ciúmes de Ben. Sofiavê Anita e Ben entrarem no salãode Serguei e vai atrás, achandoque var desmascarar o segredodos dois.
Terça-feira - Sofia reage surpre-sa, disfarça e se prontifica a in-tegrar o grupo para ajudar Ben.Flaviana se atrapalha ao pas-sar as orientações para Soraiapelo telefone. Caetano e Abe-lardo jogam videogame juntos.Guilherme e Clara temem queGiovana apronte na apresenta-ção do coral. Abelardo fica cha-teado com Caetano e sai. Semdinheiro, Giovana conta que se-guirá os passos de sua tia, eRonaldo se preocupa. Flavianarecebe uma mensagem de Mar-
tin. Sofia decide estudar comBen. Paulino confessa que es-tá com medo de invadir a esco-la. Luciana flagra Sofia dormin-do nos braços de Ben.Quarta-feira - Ben explica seu en-volvimento com Sofia para Lu-ciana. Maura decide comprarum perfume para tentar seduzirseu cliente. Vitor foge quandovê Fábio na quadra, e o profes-sor corre atrás dele. Lucianadescobre que Flaviana recebeua mensagem que deveria serpara Anita e corre para o lugar
do piquenique. Caetano denun-cia Abelardo para Maura. Mar-tin se surpreende ao encontrarFlaviana no lugar de Anita.Quinta-feira - Martin destrata Fla-viana, que promete se vingar. Cae-tano humilha Abelardo. Vera termi-na o bolo para a festa de Maura.Giovana garante a Guilherme eClara que cantará no sarau. Bendesabafa com Frédéric sobre es-tar apaixonado. Anita cai num bar-ranco ao fugir de Martin. Ben se ir-rita com a falta de interesse de So-fia por Anita. Maura se preocupa
com sua festa. Ben procura Anitapela estrada. Anita pede socorroa Martin para sair do barranco.Sexta-feira - Martin não sabe co-mo salvar Anita. Fábio se preocu-pa com o atraso de um dos joga-dores do time de vôlei. Aurélio pe-de para Paulino ajudá-lo a com-pletar um jogo no videogame.Maura finge não perceber o assé-dio de Dino. Ronaldo, Vera, JoãoLuiz e Fábio procuram por Ben,Anita e Martin na mata. Ben con-segue soltar Anita e pede paraela pular para sair do barranco.
GLOBO
Resumo das novelas
AMOR À VIDA - 21 HORAS
SANGUE BOM - 19H30
TV - 22 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Segunda-feira - Beto explica paraClaritaquenão lhedeumuitaatençãoapósoencontro,poisnãoquernamo-rarninguém.Tati,AnaeVivipercebemque os meninos deixaram o banheirodo orfanato todo bagunçado. Pata,Bia, Mili e Cris vão até a sala e obser-vam toda sujeira deixada no local porMosca, Rafa e Binho. Pata fala ao ir-mão que eles precisam obedecer asregras do lugar. As chiquititas deci-dem se vingar dos meninos, mas Pa-ta não concorda Mili explica que a fai-xaqueelas colocaram no meioda sa-la é para dividir o lado das meninas edosmeninos.Moscarasgaafaixa,dizquenãoseimportacomadivisão,em-purraCriseAnaesentanosofáquefi-ca no território das meninas. Ernesti-
na escuta os gritos e corre para ver oque acontece. A zeladora promete co-locar todos decastigo.Terça-feira - Sofia reúne todas ascriançasna sala ediz estar triste coma atitude de todos. Durante o jogo daverdade,Cris revelaqueomeninoqueelaacha mais bonito éMosca. As chi-quititassearrumamparadormirquan-doBiaperguntaseCrisestáapaixona-da por Mosca. No quarto dos meni-nos Binho, Rafa e Mosca não paramdecoçaracabeça.Milicontinuaacon-tar ahistória da princesa e do plebeu.Apósas meninasdormirem,Pata per-guntacomoMilichegouaoorfanato.Amenina diz que não conheceu seuspais e que Sofia lhe contou que elachegou ao Raio de Luz em uma noite
bemestrelada.Mili contaquequandoa diretora abriu a porta lhe encontrouem um cesto sem nenhum sinal dequemtinha adeixado ali.Quarta-feira - Os meninos conti-nuam com coceira na cabeça. Rafalembraqueelescolocarampiolhosnacama das meninas e com certezaelas já pegaram. Mosca diz que nin-guém pode descobrir que foram elesque trouxeram os piolhos para o orfa-nato. Carol fica responsável por levarDaniaocolégio,poisLeticiafoi fazeral-guns exames periódicos. As meninaschegam da escola e reclamam paraCarol sobre a coceira na cabeça. Ca-rol diz que todos estão com piolhosMosca, Rafa e Binho confessam queforamelesquepassaramparaasme-
ninas. Sofia avisa as chiquititas e osmeninos que fará um jantar especialpara comemorar a chegada de Mos-ca,Rafa eBinho.Quinta-feira - Na cozinha, Binho, Pa-ta, Ana e Bia ajudam Chico a fazer ojantar Na casa da família AlmeidaCampos, Carmen conta para José Ri-cardo que o orfanato está infestadode piolho. No Café Boutique, Tobiasresolve ir embora mais cedo. Claritaestranha o jeito do amigo e perguntaseestá tudo bem.O rapaz afirma quesim. Maria Cecília desce para a loja epergunta para Clarita se é ela que iráfechar a loja. A garota diz que sim e asupervisoraestranha.Valentinaestra-nha à maneira que Gabi está A gover-nantafalaparaJuniorquesuairmães-
tá estranha. O rapaz fica preocupadoe vai falar com Gabi. A moça aperta amãodeJunior comosequisesse falaralgo.O rapaz levaa irmãparaoquartoparaqueela durma edescanse.Sexta-feira - No orfanato, Mosca, Ra-fa e Binho se questionam quem seráa admiradora secreta que enviouuma carta a Mosca. Eduarda visitaDr. José Ricardo no escritório e seconvidapara jogargolfecomoempre-sário.Noorfanato,Ernestinanãogos-ta da ideia de Carol ajudá-la a cuidardas crianças. Ernestina ordena queCarol limpe o pátio e os banheiros.Carol retruca dizendo que a divisãodazeladoranãoestásendo justa. Ta-ti, Ana e Pata conversam com Carolsobre namorados.
Segunda-feira - Rosália pede ajuda aBenitoeobeijaapaixonadamente.Da-fnesaino jornal comomulher tutti-frut-ti. Xepa faz sopa para vender pela in-ternetcomaajudadeBenito.Esmeral-dino diz a Rosália que irá ajuda-la a fi-car rica. Xepa planeja fazer algumasurpresa no aniversário de Rosália.Rosália fica determinada a reconquis-tar Vitor Hugo.Terça-feira - Esmeraldino pede aRosália que confie nele. Xepa fica re-ceosacomoplanodeBenitoempedirRosália em casamento. Xepa senteciúmesda relaçãodeRosáliacomEs-meraldino. Dafne dá entrevista parauma TV comunitária. François diz a
Rosália que Vitor Hugo voltou. Aldaconseguea listagemdosfuncionáriosque trabalharamnohospital nodiadeseuparto.Benitoaproveitaafestasur-presa de Rosália e a pede em casa-mento. Esmeraldino ajuda nos prepa-rativos da festa na Vila. Rosália diz aEsmeraldinoqueestá grávida.Quarta-feira - Esmeraldino diz aRosália que ela pode estar grávida deVitor Hugo. Pérola descobre o telefo-ne da enfermeira que trabalhava nohospitalemquefezseuparto.Matildase irritaapós perceberqueEsmeraldi-noestá comandando toda a organiza-ção da festa da Vila. Vitor Hugo é friocom Rosália e a deixa incomodada.
Lis confessaàCíntia que está apaixo-nadapor Édison. Meg chama Robérioaté sua casa para uma massagem edeixa Júlio César irritado. François vaiaté a casa de Xepa para falar comRosália.Quinta-feira - Rosália fica tensa aoser visitadaemcasapor François.Be-nito flagra François jogando charmeparaRosália.Felicianoconvenceaen-fermeiraamentirparaPérola.VitorHu-go conta toda a verdade sobreRosáliaparaLis. Felicianodiz aPérolaquepretende ir à festa da vila.Rosáliae Esmeraldino traçam um plano paraimpedirqueXepaváao jantardenegó-cios. Vitor Hugo visita Pérola e relem-
bra os bons momentos com Isabela.LisdizaÉdisonqueRosáliacontou to-daaverdade para VitorHugo.Meg dizaLadyquepretende fazerdo jantardenegóciosumareuniãosimplesepopu-lar. Robério segura Graxinha e tentausar o famoso tratamento doescovão.YasminajudaXepaaseves-tir para o jantar. Graxinha e Inocênciase agarram e se beijam após o mecâ-nico ter feito o tratamento doEscovão. Xepa vai até o salão de Ro-bériopara mudar o visual.Sexta-feira - Rosália e Benito ficamsurpresoscomonovo visualdeXepa.Aantigaenfermeiradohospital ligapa-raPérola.MatildaeXepadiscutemso-
bre o jantar. Vitor Hugo conta toda averdade sobre Rosália para Júlio Cé-sar e diz que ela pode ter engravida-do. Lis e Rosália se estapeiam atéque a filha de Xepa revela estar grávi-dadeVitorHugo.Miro tentadescobrira verdade sobre os fiscais que apare-ceram na Vila. Lis fica atordoada aosaber que Rosália está grávida de Vi-tor Hugo. Esmeraldino pede ajuda aFeliciano.CíntiamostraaÉdisonagra-vação em que Lis se declara. Lis eYasminconversamsobreRosália. Ino-cência se irrita ao ver Dafne pegandoseu lugar no show de Robério e Graxi-nha.Xepasedescontrolaapósmistu-rar champanhe comremédio.
Terça-feira - Vitória avisa a Carlito queestá levando Zico para o hospital. Gi-bão leva um tiro e pede para o irmãolevá-loparacasa.VitóriachegacomZi-coaohospitaleconversacomomédi-co. Helena e Laura concordam emnão contar para Candinha e Stela oque aconteceu com Zico. Vitória deci-depermanecer nohospital até queZi-co melhore. Leocádia tenta conven-cerGibão a ir paraohospital. Marcinasedesesperaaosaberqueseunamo-rado levouumtiro. LauraeHelenaob-servam Vitória na sala de espera dohospital.Gibão permiteque Rochinhaentre no quarto para ajudá-lo. Pupu eBelisário se preocupam comAristóbulo. Fifi fala para Dona Redon-daeAparadeiraqueGibãoestáàbei-ra da morte. Rochinha garante a Gi-bão que não contará seu segredo aninguém. Saramandaia vence o ple-
biscito. Aparadeira se surpreende aosaber que Gibão está fora de perigo.Laura vê Vitória próxima do leito deseu pai. Carlito fala que Saraman-daia venceu e Zico tenta se levantarda cama.Quarta-feira - Zicofica inconformadocom o resultado do plebiscito, e Vitó-riasepreocupacomele.Rochinhater-mina o curativo em Gibão e se sur-preende com suas asas. Cazuza eAparadeira ficam pasmos com a vi-são que Gibão teve sobre Dona Re-donda. As visitas a Zico são suspen-sas, e Carlito reage com irritação à in-quietação de Vitória. Zélia se desani-maaosaberqueamudançadonomeda cidade vai demorar a acontecer.Leocádia conversa com Rochinha so-bre Gibão. Cazuza e Aparadeira te-mem que Dona Redonda exploda nacasa deles. Stela se preocupa com o
avô.LauraconfirmacomCarlitoqueVi-tória é a amante de Zico. Zélia estra-nha a irritação de Pedro com Vitória.Marcina decide pedir Gibão em casa-mento. Zico afirma a Carlito que vaianular o plebiscito. Marcina encontraRosaliceno quarto deGibão.Quinta-feira - Marcina discute comGibão. Pedro ofende Vitória, que o es-bofeteia. Stela acredita que foi CarlitoquemlevouZicoaohospitaleeledes-conversa.Biadeixaa fazendaVilar. Ti-bérioquestionaa filhasobresuabrigacom Pedro. Vitória teme que o filhomais velho conte a verdade a Zélia.Saramandistasebolebolensesdiscu-temsobrea trocadonomedacidade.Zico decide se afastar de Vitória. Gi-bão pergunta a Aristóbulo como elese sentiu quando se expôs para a ci-dade. Aristóbulo encontra Risoleta nabiblioteca ea convidapara sair. Laura
chantageia Zico para que ele aceitesedivorciardeHelena.Aristóbulocon-ta para os pais a verdade sobre suaprimeira namorada. Vitória fala paraLeocádiaquecontouparaZicoqueZé-lia é sua filha. Carlito avisa a Vitóriaque Zico não quer mais falar com ela.Stela e Tiago pensam em como arru-mar um encontro entre Candinha e Ti-bério. Fifi vê Bia se hospedar na pen-são de Risoleta e avisa Dona Redon-da.Vitória exige falar comZico.Sexta-feira - Zico se recusa a falarcomVitória.StelaeTiagopensamempromover o encontro entre Candinhae Tibério durante o casamento de Zé-lia, enquanto todos estiverem fora dafazenda. Encolheu faz a previsão dotempo para a rádio. Dona Redondadiscute com Bia na pensão, e Risole-taacabasemachucando.Fifi espalhaa notícia sobre a visão de Gibão com
Dona Redonda. Tiago fala para Stelaque não vai mais voltar para São Pau-lo. Vitória se emociona quando Zéliafaladeseupai.CazuzaeAristóbuloseenfrentam por causa de Risoleta. Gi-bão conta para Bia como foi a visãoque teve com sua mãe. Embriagado,Carlito faladeseusnegóciosescusospara Rosalice. Zico tem alta do hospi-tal. Rochinha conversa com Gibão so-bre suas asas. Candinha se arrumapara se encontrar com Tibério. Gibãodecide não aparar suas asas e Leo-cádia se surpreende. Zico avisa a He-lenaquenãovai aocasamentodeZé-lia. Dona Redonda chega à igreja e to-dos se preocupam com sua presen-ça. Candinha e Tibério se encontram.PupueBelisáriovisitamRisoleta.Zicoentrega para Zélia, na porta da igreja,osdocumentosda impugnaçãodo re-sultadodoplebiscito.
Resumo das novelas
DONA XEPA - 22H30
XIQUITITAS - 20H30
SARAMANDAIA – 23H00
GLOBO
RECORD
SBT
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 23 - TV
Verão no Alasca revela vida selvagem e montanhas de neve
Agência O Globo
Da janelinha do avião, uma quantidade im-
pressionante de picos nevados e braços d'água vi-
sivelmente congelados captou minha atenção.
Um campo de gelo imenso denotava que já sobre-
voávamos o Alasca e não demorou muito para a
aeronave pousar em Anchorage. Eram sete e meia
da noite e, a julgar pelo sol forte, não parecia mais
que duas da tarde. O verão definitivamente estava
chegando por aquelas bandas, onde as temperatu-
ras nessa época variam entre 11 ˚C e 18 ˚C.
No dia seguinte, deixaria a cidade de trem em
direção a Seward, para embarcar no navio que
me levaria pelo gélido mar do Alasca pelos próxi-
mos oito dias. O GrandView Train funciona du-
rante os meses de verão ligando Anchorage a
Seward, o principal porto de cruzeiros do norte
do Alasca. Naquela tarde ensolarada, tivemos a
sorte de avistar pelo caminho um urso, além de
cervos e porcos-espinhos.
Anchorage também é ponto de partida para
quem quer explorar o Parque Nacional Denali e
o Monte McKinley - o mais alto da América do
Norte - em passeios guiados e trekkings; ir a Chu-
gach (outro parque nacional); ou a uma das mui-
tas geleiras nos arredores. Além dos passeios de
barco para ver "26 geleiras em um dia" vendidos
a cada esquina de Anchorage, dali também é pos-
sível tomar o Glacier Discovery Train que vai até
bem perto da geleira Spencer, uma das mais visi-
tadas da região.
Naturezagelada
Turismo
TURISMO - 24 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Mari
Cam
pos/Agência
OG
lobo
Passeio rumo às
geleiras Hunnard e
Valerie é um dos
destaques no cruzeiro
pelo Alasca
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 25 - TURISMO
Temperaturas
amenas atraem
turistas em busca
das geleiras e
do comércio
legalizado de
diamantes
Agência O Globo
Anchorage é a maior cidade
do Alasca e o principal aeropor-
to do estado. É por ali que che-
ga ou sai a maioria dos turistas
que visita a região. A alta tem-
porada vai de maio a setembro,
quando temperaturas amenas e
a presença de navios de cruzei-
ros trazem americanos e turis-
tas de outros países atraídos pe-
la pesca do salmão, pelas tri-
lhas dos parques nacionais, por
geleiras, ursos, baleias, totens e
até pelo amplo e legalizado co-
mércio de diamantes e outras
pedras preciosas, muito co-
mum no Alasca.
Apesar de movimentada pe-
lo turismo, Anchorage não dei-
xa de ter ares de cidadezinha
do interior. Um ou outro edifí-
cio alto, ocupado por alguma re-
de hoteleira, chama a atenção
dentre as muitas das casas colo-
ridas que são quase uma marca
registrada do estado. Nas ruas
largas de seu centro histórico o
fluxo de pedestres ou de veícu-
los é pequeno e tudo fecha as
portas cedo, do comércio aos
restaurantes, mesmo no auge
do verão, com o sol se pondo só
por volta da meia-noite (quase
não fica escuro nessa época). A
cidade tem um bom museu de
história e antropologia local e
uma série de outlets entre o cen-
tro e o aeroporto.
De Anchorage, partimos pe-
lo Grand View Train rumo a
Seaward, para o cruzeiro que
nos levaria pelo gelado mar do
Alasca até Vancouver, no Cana-
dá. O embarque no cruzeiro foi
pontual, rápido e sem burocra-
cias. Éramos menos de 300 pas-
sageiros a bordo, com o mesmo
número de tripulantes. Na pri-
meira noite, enfrentamos o
mar agitado no Golfo do Alas-
ca. No dia seguinte, à tarde, na
entrada da chamada "rota das
geleiras", com o mar já calmo,
era hora de os passageiros se de-
bruçarem nos deques ou nas va-
randas das cabines para obser-
var o navio atravessar um mar
repleto de gelo rumo às imen-
sas geleiras Hubbard e Valerie.
Para se aproximar de fato
das geleiras, nem foi preciso
avançar em botes zodiac, já que
o navio é de pequeno porte: bas-
tou o capitão reduzir a intensi-
dade dos motores. Enquanto o
diretor do cruzeiro, Kirk De-
tweiller, contava curiosidades
geográficas e biológicas da re-
gião, os passageiros contempla-
vam os 50 tons de azul e cinza
das geleiras cada vez mais de
perto. Pássaros de diferentes es-
pécies sobrevoavam o navio e,
nas placas de gelo ao redor do
casco, famílias de focas ensaia-
vam passeios com seus filhotes.
Com uma taça de pinot noir ca-
liforniano em uma mão e a câ-
mera fotográfica na outra, os
passageiros se deliciavam com
a paisagem, sem sequer lem-
brar do frio.
Anchorage e SitkaAlasca
Passagem pelo Tracy's Arm, entre
Seward e Juneau, está nos roteiros
dos cruzeiros pelo Alasca
TURISMO - 26 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
No terceiro dia a bordo fi-
zemos a primeira escala e de-
sembarque. A pequena Sitka
se revelou destino perfeito pa-
ra observação de baleias, ursos
e diversas outras espécies típi-
cas da vida selvagem do Alas-
ca, incluindo lontras, águias e
cervos. Os passeios de barco
para observação de animais
oferecidos na cidade são reali-
zados em catamarãs com gran-
des janelas de vidro por entre
fiordes e os estreitos de Sitka
Sound, Eastern Channel, Sil-
ver Bay e outros.
Sitka tem um centro bem
pequeno - com Wi-Fi grátis em
toda sua extensão - facilmente
explorado em um par de horas.
Os ursos também podem ser
vistos em cativeiro na Fortress
of the Bears, um centro de trata-
mento e reabilitação de ursos
ameaçados, que é a atração
mais visitada da cidade e costu-
ma fazer muito sucesso, princi-
palmente entre as crianças.
Atualmente são mantidos ali
cinco ursos marrons jovens.
Entre uma escala e outra a
bordo do cruzeiro, no qual to-
das as cabines têm varanda, os
passageiros participam de ativi-
dades a bordo. Há desde pales-
tras sobre história e biologia lo-
cais e aulas de culinária duran-
te o dia a espetáculos inspira-
dos em musicais da Broadway
e operetas à noite. A gastrono-
mia, com chancela Relais &
Châteaux, se estende não só aos
três restaurantes à la carte do
navio, mas também ao redor da
piscina e ao serviço de quarto
24 horas, até um jantar passo a
passo na cabine - tudo incluído
no valor do cruzeiro. �
Lojas e
restaurantes
perto do porto,
em Juneau
Animaispelo caminho
Fotos: Agência O Globo
Em Sitka ursos podem serEm Sitka ursos podem ser
observados na Fortress ofobservados na Fortress of
the Bears, um centro dethe Bears, um centro de
tratamento e reabilitaçãotratamento e reabilitação
de animais ameaçadosde animais ameaçados
Clima de interior em
casinhas de Madeira,
em Anchorage
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 27 - TURISMO
Monte Roberts, um pico
que pode ser alcançado
de gôndola, é a principal
atração da cidade
Agência O Globo
Após Sitka, o cruzeiro ru-
mou em direção à Inside Pas-
sage para o desembarque em
Juneau no dia seguinte. Ju-
neau é a capital do Alasca e
imprime em seus suvenires o
título de "mais bela capital
norte-americana". Bastante
movimentada em plena tem-
porada de cruzeiros (é comum
ver quatro navios diferentes
estacionados ali simultanea-
mente), tem boa infraestrutu-
ra hoteleira em seus bed&
breakfasts e uma quantidade
impressionante de joalherias
e outros estabelecimentos co-
merciais em seu centrinho,
que beira o porto.
A terceira maior cidade
do estado fica no continente
americano, mas não pode ser
alcançada por terra - somente
por via marítima ou aérea. As
casas coloridas de madeira
são rodeadas de áreas muito
verdes aos pés de picos neva-
dos. A atração mais famosa é
o Monte Roberts, um pico
que pode ser alcançado de
gôndola e que proporciona
uma bela vista da cidade lá
do alto. A rua principal é a
South Franklin Street, que
reúne alguns dos edifícios e
casas mais antigos da cidade
(como o Alaskan Hotel, inau-
gurado em 1913, e o antigo
Red Dog Saloon, com o bar
ainda em funcionamento),
hoje convertidos em restau-
rantes, joalherias, lojinhas de
suvenires e até mesmo de pi-
poca "gourmet".
Juneau tem ótimos mu-
seus, como o Alaska State Mu-
seum, que conta a história da
colonização e do papel da cida-
de na corrida do ouro america-
na, e o próprio Capitólio do
Alasca, com visitas guiadas
gratuitas de maio a setembro.
O cemitério Evergreen e a Ca-
sa do Governador (de 1912)
também podem ser visitados.
Para quem tem tempo de
explorar os arredores, são co-
muns os passeios à geleira
Mendenhall, a partir do cam-
po de gelo de Juneau. Como
outras geleiras da região, a
Mendenhall está retroceden-
do cerca de 30 metros ao ano e
é possível ver grandes peda-
ços de gelo flutuando no lago
que a separa do mirante no
centro de visitantes.
Mas ver essas geleiras todas
d o a l t o é m e s m o u m
programão. Não à toa, um dos
principais atrativos de Juneau
são os sobrevoos de seu imenso
campo de gelo em diminutos
hidroaviões que decolam e pou-
sam em quantidade na região
do porto. Os passeios duram
cerca de 40 minutos e abran-
gem boa parte dos cerca de
3.900 km² do campo de gelo de
Juneau, incluindo geleiras de 3
mil anos de existência, como a
Taku, o maior da região.
Juneau, a mais belacapital norte-americana
Alasca
Campo de gelo
de Juneau visto
da janela de um
hidroavião
Os trilhos
serpenteiam
entre as
montanhas
nevadas
TURISMO - 28 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Skagway, a escala seguinte, é
uma cidade ainda menor que as
outras do roteiro: lá não existe
hospital e são tão poucos mora-
dores que, em meio a casas multi-
coloridas, há apenas uma farmá-
cia, uma igreja, um mercado e as-
sim por diante. Sua principal
atração é ser um das extremida-
des da histórica ferrovia White
Pass e parte da rota Yukon que
chega até a fronteira com o Cana-
dá. Para embarcar nos antigos
trens ainda em operação, é preci-
so levar o passaporte, já que o de-
sembarque acontece em Fraser,
no lado canadense.
O trajeto é dos mais belos do
Alasca,comasinuosaferrovia(tam-
bém chamada de "ferrovia do ou-
ro")serpenteandoporentremonta-
nhas, quedas d'água, vales muito
verdes e picos nevados. Construída
em 1898 durante a corrida do ouro
de Klondike, a vertiginosa ferrovia
foi financiada pelos britânicos e até
hojeéconsideradaummarcodaen-
genharia civil internacional, com
mais de dez mil homens no total
de operários que trabalharam por
sua construção em apenas 26 me-
ses, um recorde para a época.
No ponto final da viagem, em
Fraser, uma sequência de ônibus
e vans espera pelos passageiros pa-
ra dar prosseguimento ao roteiro
a bordo do navio, que ficou anco-
rado em Skagway.
Os pacotes para quem deseja
explorar a região costumam ofe-
recer ainda outras atividades an-
tes do retorno ao navio, como es-
portes de aventura, incluindo
passeios de caiaque e trekking
(no lado canadense). �
Casas coloridas
cercadas de áreas
verdes e picos
nevados em Juneau
Sitka tem um centro pequeno
com cobertura Wi-Fi grátis
Ferrovia do ouro
Fotos: Agëncia O Globo
Skagway é ponto
de partida para
passeio de trem
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 29 - TURISMO
Cidade é internacionalmente reconhecida pela grande quantidade de totens que conserva
Agência O Globo
A última escala do cruzeiro
aconteceu na curiosa Ketchi-
kan, espremida entre o mar e as
montanhas, que alega ser a "ca-
pital mundial do salmão". O
peixe é realmente abundante
por ali - há quedas d'água onde
é possível vê-los praticamente
saltando - e a pesca movimenta
a cidade o ano todo. O porto
em pleno centro e muito bem
organizado é uma mão na roda
para o visitante explorar a cida-
de por conta própria. Tudo es-
tá perto e há ainda um serviço
gratuito de ônibus que circula
o dia inteiro entre o porto e as
principais atrações turísticas.
Ketchikan foi a primeira ci-
dade do Alasca e hoje é interna-
cionalmente reconhecida pela
quantidade expressiva de to-
tens que conserva. Alguns de-
les estão expostos ao ar livre, es-
palhados pela cidade, e outros
estão reunidos no Totem Heri-
tage Center, museu que tam-
bém conta um pouco da histó-
ria e dos mecanismos de produ-
ção desses símbolos. Mais afas-
tados, fora dos limites do cen-
tro da cidade, o Totem Bight
State Historical Park e o Sax-
man Totem Pole Park também
são boas opções de passeio para
fãs dessas imensas, históricas e
coloridas figuras esculpidas ar-
tesanalmente em madeira.
Os menos de 13 mil habitan-
tes chegam a ver sua população
quase dobrar no auge da tempo-
rada de cruzeiros. Além das lo-
jas e joalherias espalhadas pelo
centro, o turismo por ali tam-
bém gira em torno da prosaica
Creek Street, uma espécie de
Red Light District local duran-
te a corrida do ouro. Construí-
da sobre palafitas, com passare-
las de madeira ligando suas ca-
sas de madeira, essa curiosa par-
te de Ketchikan hoje reúne loji-
nhas de suvenires e galerias de
arte nas encostas da montanha
- e o museu Dolly's House, ins-
talado na antiga casa da prosti-
tuta mais famosa dali. Toman-
do um rápido funicular, chega-
se a um restaurante com vista
panorâmica da cidade.
Ainda no centro de Ketchi-
kan, o Tongass Historical Mu-
seum reúne artefatos nativos e re-
líquias dos primeiros explorado-
res da região, e também vale a visi-
ta. Nos arredores, os passeios em
caiaque são bastante comuns, as-
sim como passeios de barco ou
hidroavião aos Misty Fiords, con-
siderados monumento nacional.
Centro de Vancouver
Com dias muito longos,
com quase 20 horas de luz, o
cruzeiro pelo Alasca só termi-
nou dois dias depois e já em ou-
tro país, quando entramos na
baía da cidade canadense de
Vancouver.
Apesar de já estar fora da de-
marcação geográfica do Alasca,
e já fora dos Estados Unidos, in-
clusive, o porto de Vancouver
costuma ser o local de chegada
ou de partida da maioria dos
cruzeiros pela região. O porto
fica bem no centro da cidade e
dali não se gastam mais que 40
minutos para explorar a área a
norte, leste ou oeste. A grande
maioria dos hotéis, de B&B's e
hotéis butique a redes luxuosas
como Four Seasons e Fair-
mont, também ficam todos por
ali, facilitando o embarque e o
desembarque dos cruzeiristas.
Gostosa de caminhar, Van-
couver é fácil de ser explorada
antes ou depois do cruzeiro - e
vale a esticada. Guarda tesou-
ros históricos (como o primei-
ro relógio a vapor, exibido em
plena rua), excelentes museus
(desde a Art Gallery ao Museu
de Antropologia), diversas op-
ções de compras (dos malls do
centro às butiques luxuosas da
Yaletown), boa gastronomia e
uma onda "verde" adorável (do
gigante Stanley Park à ciclovia
que percorre toda a cidade). To-
mar um barquinho para desco-
brir os novos encantos (gastro-
nômicos, culturais e de consu-
mo) da pitoresca Granville Is-
land também é programão para
quem tem mais tempo na cida-
de. Mas essa já é outra história.
AA curiosacuriosaA curiosaKetchikanKetchikanKetchikan
Alasca
Hidroaviões partemHidroaviões partem
de Ketchkan rumode Ketchkan rumo
aos Mystic Fiordsaos Mystic Fiords
TURISMO - 30 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO
Como chegar
Do Rio a Anchorage, asempresas Delta e Americantêm tarifas a partir deR$ 3.342. Preçospesquisados para agosto
Cruzeiros
A temporada de cruzeirosacontece de maio a setembro.Os roteiros, em geral, ligamSeward, no Alasca, às cidadesde Seattle, nos EUA, ouVancouver, no Canadá, emprogramas de 7 a 12 noites. Asempresas Holland America,Royal Caribbean, Silversea eUn-Cruise Adventures temroteiros a partir deR$ 819 por pessoa
Passeios
Os passeios sãocobrados à parte na maioriados cruzeiros, mesmo noschamados all inclusive. Sãooferecidos a bordo, mastambém é possível comprar aodesembarcar nos escritórios
de informação turística de cadacidade, em geral, num pontopróximo do porto. Os roteiroscustam em média entreUS$ 80 e US$ 250 porpessoa, conforme o tipo depasseio. Os roteiros do tipo citytour nas cidades podem serfeitos por cerca de US$ 50. Ehá programas especiais comoum passeio de hidroavião paraquatro passageiros, comalmoço ao ar livre numapropriedade privada, em frenteao campo de gelo, por US$ 2mil por pessoa
Hidroavião: Voos custamentre US$ 200 e US$ 250. Osobrevoo do campo de geloem Juneau, US$ 209.wingsairways.com
Trem: O bilhete na linhaférrea WhitePass&YukonRoute custa US$ 82.wpyr.com
Barco: O passeio decatamarã para observação deanimais marinhos em Sitkacusta US$ 139.
allenmarinetours.com �
Programe-se
Totens
são a marca
registrada
de Ketchikan
Fotos: Agência O Globo
Casas são
construídas sobre
palafitas e ligadas
por passarelas
de madeira
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 31 - TURISMO
Paulo Coelho
Sobre o Talmude o Midrash
Escritor
Histórias, provérbios e reflexões do povo judeu
O escritor Arnaldo Niskier reuniu num interessante livro, “A
Sabedoria Judaica” (Ed. Vozes), algumas histórias, provérbios e
reflexões do povo judeu, tiradas do Talmud (uma coleção de 18
volumes, contendo mil anos de discussão entre rabinos e discípu-
los) e do Midrash (interpretação das Escrituras, com ênfase na éti-
ca e na tradição). Aqui vão alguns trechos:
A respostaCerta vez um homem interrogou o rabino Joshua Ben Kare-
chah:
- Por que Deus escolheu um espinhal para falar com Moisés?
O rabino respondeu:
- Se ele tivesse escolhido uma oliveira ou uma amoreira, você
teria feito a mesma pergunta. Mas não posso deixá-lo sem uma
resposta: por isso digo que Deus escolheu um mísero e pequeno
espinhal para ensinar que não há nenhum lugar na terra onde Ele
não esteja presente.
Coisas deste mundo
Uma vez, Rab Huna repreendeu seu filho, Rabbah:
- Por que não vais à conferência de Rav Chisda? Dizem que
ele fala muito bem.
- Por que devo ir? – contestou o filho. – Todas as vezes que o
fiz, Rav Chisda falou apenas das coisas deste mundo: das funções
do corpo, dos órgãos, da digestão, e de outras coisas ligadas sim-
plesmente ao físico.
E o pai disse:
- Rav Chisda fala das coisas criadas por Deus e você diz que
ele fala de coisas deste mundo? Vai e escuta-o!
A janela e o espelhoUm jovem pediu ao rabino um conselho para orientar a sua vi-
da. Este o conduziu até a janela:
- O que vês através dos vidros?
- Vejo homens passando, e um cego pedindo esmolas na rua.
O rabino mostrou-lhe um grande espelho:
- E agora, o que vês?
- Vejo a mim mesmo.
- E já não vês os outros! Repara que a janela e o espelho são
ambos feitos de vidro. Mas no espelho – como há uma fina cama-
da de prata – nele enxergas apenas a ti mesmo. Deves comparar-te
a estas duas espécies de vidro. Pobre, prestas atenção aos outros e
tens compaixão por eles. Coberto de prata – rico – só consegues
admirar teu próprio reflexo.
Definiçõessobre asabedoria judaica
Dentes: se não podes morder, é melhor não mostrar os dentes.
Aprender: aprendi muito com meu mestre, mais com os meus
companheiros, e mais ainda com os meus alunos.
Águia: uma águia não caça moscas.
Bênção: as bênçãos são bênçãos para quem abençoa, e as mal-
dições são maldições para quem amaldiçoa.
Conteúdo: não olhes a jarra, mas o que ela contém. Há jarras
novas que contêm vinho velho e delicioso, e há jarras velhas que
nem sequer contém vinho novo.
Elogio: quando você vive bastante, é acusado de coisas que
nunca fez, e elogiado por virtudes que nunca teve.
Geração: bem aventurada a geração em que o grande aprende
com o pequeno.
Honra: não é o lugar que honra o homem, mas o homem que
honra o lugar.
Calúnia: a língua que calunia mata três pessoas ao mesmo tempo:
a que profere a calúnia, a que escuta, e a pessoa sobre a qual se fala. �
32 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO