Revista Bahia Indústria Maio/Junho 2015
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Transcript of Revista Bahia Indústria Maio/Junho 2015
ISSN 1679-2645
Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SIStema FIeB
Bahia
aNo XXII Nº 237 maI/juN/2015
Tecnologia dealTa performance
Inauguração de Centro de Supercomputaçãoposiciona o SENAI Cimatec na vanguarda científica
ediTorial
Excelência comprovada e atestadaReconhecido nacional e internacionalmente pelo
nível de excelência no atendimento às demandas
da indústria por qualificação, inovação e serviços
especializados, o SENAI Cimatec acaba de se conso-
lidar como um dos principais centros de tecnologia
do país com a inauguração do Centro de Supercom-
putação para Inovação Industrial, onde está insta-
lado o supercomputador Cimatec Yemoja.
Mais rápido da América Latina e um dos mais
velozes do mundo, o Cimatec Yemoja chegou para
introduzir a Bahia no universo das pesquisas em
computação de alto desempenho. Ele será utilizado
prioritariamente em pesquisas na área de geofísica,
mas também irá atender a indústria de petróleo e
gás e a comunidade acadêmica.
Em números, o Cimatec Yemoja é capaz de rea-
lizar 404 trilhões de operações por segundo. Sua
capacidade de memória RAM é equivalente à de 40
mil microcomputadores convencionais e seu siste-
ma operacional é composto de 1.716 processadores,
enquanto que um PC comum tem apenas um, para
citar apenas alguns dados mais relevantes.
A escolha do centro tecnológico do SENAI baiano
se deu após uma análise detalhada por parte da BG,
parceira do SENAI Cimatec e principal investidora
nesta iniciativa. A expectativa era identificar na
América Latina um centro com capacidade de entre-
ga de projetos de alta complexidade e esta análise
detalhada levou os executivos da empresa ao SENAI
Bahia, conforme explicou o presidente da BG Amé-
rica do Sul, Nelson Silva.
O investimento previsto para o Centro de Super-
computação para os próximos três anos é de R$ 60
milhões e inclui a aquisição de outro supercomputa-
dor de alta performance. Os recursos preveem ainda
investimentos em infraestrutura e pesquisa. Com
este segundo equipamento será possível executar
pesquisas avançadas em campos complexos como os
do pré-sal, em especial, priorizará o estudo e a otimi-
zação da tecnologia Full Waveform Inversion ((FWI)
para o processamento de dados sísmicos 3D e 4D de
dimensões industriais. O segundo supercomputador
abrirá espaço, ainda, para estudos avançados nas
áreas de biomedicina, robótica, processamento de
Além de sediar um dos mais modernos centros de supercomputação do continente, o SENAI Cimatec também foi escolhido pela Intel para ser um dos 50 centros em todo o mundo a integrar o Intel Parallel Computing Centers
Diretor regional
do SENAI Bahia,
Leone Peter,
na inauguração
do Centro de
Supercomputação
do SENAI
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imagens e energias alternativas.
Além de sediar um dos mais
modernos centros de supercom-
putação do continente, o SENAI
Cimatec também foi escolhido
pela Intel para ser um dos 50 cen-
tros em todo o mundo a integrar o
Intel Parallel Computing Centers
(Centro de Computação parale-
la da Intel – IPCC). Com isso, a
Bahia também passará a atuar no
desenvolvimento de aplicações
de ponta e na formação de recur-
sos humanos especializados em
computação de alto desempenho.
O ingresso no IPCC dará ao
SENAI-Ba acesso a recursos fi-
nanceiros e tecnológicos e con-
tribuirá para consolidá-lo como
referencial de excelência na mo-
dernização e otimização em pro-
cessamento de alto desempenho
(HPC, na sigla em inglês).
O futuro no SENAI Bahia é
muito promissor. O impacto que
esta revolução em forma de bites
e bytes irá promover, ainda está
para ser escrito.
4 Bahia Indústria
SindicatoS filiadoS à fiEBSindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação e
tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria
do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] /
Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de ÓleoS VegetaiS
e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da cerVeja e de BeBi-
daS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão, PaSta de madeira
Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do trigo, milho,
mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de minera-
ção de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conStrução do eStado da Bahia,
[email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS,
detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS
de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto.
antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da
Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFeitaria da cidade do SalVador, [email protected]
/ Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS SintéticaS do eStado da Bahia, [email protected] /
Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Produ-
toS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da
Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS QuímicoS Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS
do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mÁrmoreS, granitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS, SorVeteS, SucoS, concentradoS e lioFilizadoS do eStado da
Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS e deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do eS-
tado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia,
[email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução ciVil de itaBuna e ilhéuS, [email protected] / Sindicato daS
indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eS-
tado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica
e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de tele-
comunicaçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material
elétrico de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eS-
tado da Bahia, [email protected] / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
daS indúStriaS de coSméticoS e de PerFumaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFa-
toS de PlÁSticoS, BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS, [email protected] / Sindicato Patronal daS indúStriaS
de cerâmicaS VermelhaS e BrancaS Para conStrução e olariaS da região SudoeSte e oeSte da Bahia [email protected] Sindicato
da indúStria de aduBoS e corretiVoS agrícolaS do nordeSte (Siacan) [email protected] / Sindicato nacional da indúStria da
conStrução e reParação naVal e oFFShore (SinaVal) [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de PaniFicação e conFeitaria
do eStado da Bahia, [email protected]
filiada à
Bahia
fiEBPRESIDENTE Antonio ricardo Alvarez Alban. 1° VICE-
-PRESIDENTE Carlos henrique Jorge gantois. VICE-
-PRESIDENTES Josair Santos bastos; mário Augusto
rocha Pithon; Edison Virginio Nogueira Correia;
Alexi Pelagio gonçalves Portela Junior. DIRETORES
TITULARES Eduardo Catharino gordilho; Alberto
Cánovas ruiz; Eduardo meirelles Valente; renata
lomanto Carneiro müller; leovegildo oliveira de
Sousa; fernando luiz fernandes; Juan Jose rosario
lorenzo; theofilo de menezes Neto; José Carlos
telles Soares; Angelo Calmon de Sa Junior; Jeffer-
son Noya Costa lima; fernando Alberto fraga; luiz
fernando Kunrath; João Schaun Schnitmam. DIRE-
TORES SUPLENTES mauricio toledo de freitas; gui-
lherme moura Costa e Costa; gladston José dantas
Campêlo Waldomiro Vidal de Araújo filho; Cléber
guimarães bastos; Jorge Catharino gordilho; marce-
lo Passos de Araújo; Antonio geraldo moraes Pires;
roberto mário dantas de farias
conSElhoSCONSELhO DA MICRO E PEqUENA EMPRESA INDUS-
TRIAL Carlos henrique Jorge gantois; CONSELhO DE
ASSUNTOS FISCAIS E TRIBUTáRIOS mário Augusto
rocha Pithon; CONSELhO DE COMéRCIO ExTERIOR
Angelo Calmon de Sá Junior; CONSELhO DE ECONO-
MIA E DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Antonio Ser-
gio Alipio; CONSELhO DE INFRAESTRUTURA marcos
galindo Pereira lopes; CONSELhO DE INOVAçãO
E TECNOLOgIA José luis gonçalves de Almeida;
CONSELhO DE MEIO AMBIENTE Jorge Emanuel reis
Cajazeira; CONSELhO DE RELAçõES TRABALhISTAS
homero ruben rocha Arandas; CONSELhO DE
RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL marconi
Andraos oliveira; COMITê DE JOVENS LIDERANçAS
INDUSTRIAIS Eduardo faria daltro; COMITê DE PE-
TRóLEO E gáS humberto Campos rangel; COMITê
DE PORTOS Sérgio fraga Santos faria
ciEBPRESIDENTE reginaldo rossi. 1º VICE-PRESIDENTE
Jorge Emanuel reis Cajazeira. 2º VICE-PRESIDENTE
Carlos Antonio borges Cohim da Silva. 3º VICE-PRE-
SIDENTE roberto fiamenghi. DIRETORES TITULARES
Arlene Aparecida Vilpert; benedito Almeida Carnei-
ro filho; Cleber guimarães bastos; luiz da Costa
Neto; luis fernando galvão de Almeida; marcelo
Passos de Araújo; mauricio lassmann; Paula Cris-
tina Cánovas Amorim; hilton moraes lima; thomas
Campagna Kunrath; Walter José Papi; Wesley Kelly
felix Carvalho. DIRETORES SUPLENTES Antonio fer-
nando Suzart Almeida; Carlos Antônio Unterberger
Cerentini; décio Alves barreto Junior; Jorge robledo
de oliveira Chiachio; fernando Elias Salamoni Cas-
sis; José luiz Poças leitão filho; mauricio Carvalho
Campos; Sudário martins da Costa; CONSELhO FIS-
CAL - EFETIVOS luiz Augusto gantois de Carvalho;
rafael Cardoso Valente; roberto Ibrahim Uehbe.
CONSELhO FISCAL – SUPLENTES felipe Pôrto dos An-
jos; rodolpho Caribé de Araújo Pinho Neto; thiago
motta da Costa
SESiPRESIDENTE DO CONSELhO E DIRETOR REgIONAL
Antonio ricardo Alvarez Alban.
SUPERINTENDENTE Armando da Costa Neto
SEnaiPRESIDENTE DO CONSELhO Antonio ricardo A. Alban.
DIRETOR REgIONAL leone Peter Andrade
iElPRESIDENTE DO CONSELhO E DIRETOR REgIONAL
Antonio ricardo Alvarez Alban.
SUPERINTENDENTE Evandro mazo
DIRETOR ExECUTIVO DO SISTEMA FIEB
Vladson menezes
Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato
Unidades do Sistema FIEB
SESI – SERVIçO SOCIAL DA INDúSTRIA
Sede: 3343-1301@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429 @Responsabilidade Social: (71) 3343-1490@Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805@Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513@Itapagipe: (71) 3254-9930@Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253@Lucaia: (71) 3205-1801@Piatã: (71) 3503 7401@Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221@Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081@Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330@Eunápolis: (73) 8822-1125@Feira de Santana: (75) 3602 9762@Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326@Jequié: (73) 3526-5518@Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133@Valença: (75) 3641 3040@Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080
SENAI – SERVIçO NACIONAL DE APRENDIzAgEM INDUSTRIAL
Sede: 71 3534-8090@Cimatec: (71) 3534-8090@Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090@Feira de Santana: (75) 3229-9100 @Ilhéus: (73) 3639-9300 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-5609@Barreiras: (77) 3612-2188
IEL – INSTITUTO EUVALDO LODI
Sede: 71 3343-1384/1328/1256@Barreiras: (77) 3611-6136@Camaçari: (71) 3621- 0774@Eunápolis: (73) 3281- 7954@Feira de Santana: (75) 3229- 9150@Ilhéus: (73) 3639-1720@Itabuna: 3613-5805@Jacobina: (74) 3621-3502@Juazeiro: (74) 2102-7114@Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621@Vitória da Conquista: (77) 3424-2558
CIEB - CENTRO DAS INDúSTRIAS DO ESTADO DA BAhIA
Sede: (71) 3343-1214
sistema fieb nas mídias sociais
Editada pela gerência de Comunicação Institucional
do Sistema fieb
CONSELhO EDITORIAL mônica mello, Cleber borges e Patrícia moreira. COORDENAçãO EDITO-
RIAL Cleber borges. EDITORA
Patrícia moreira. REPORTAgEM
Patrícia moreira, Carolina men-donça, marta Erhardt, rafael Pereira, luciane Vivas e Surenã dias (estagiário). PROJETO gRá-
FICO E DIAgRAMAçãO Ana Clélia rebouças. FOTOgRAFIA Coper-photo. ILUSTRAçãO E INFOgRAFIA bamboo Editora. IMPRESSãO
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FEDERAçãO DAS INDúSTRIAS
DO ESTADO DA BAhIA
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71 3343-1280 www.fieb.org.br/bahia_indus-
tria_online
As opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessa-riamente o pensamento da fIEb.
Os projetos de lei de interesse da
indústria estão na nova Agenda
Legislativa, lançada em 25 de maio. Na
mesma data, Carlos Gilberto Farias
recebeu homenagem post mortem
Interesses da IndústrIa na pauta do LegIsLatIvo
Parceria com a
Rede Globo,
evento elegeu a
qualidade de vida
como tema
açãogLobaL
Projeto estratégico para a retomada da
indústria naval baiana teve suas obras
interrompidas, gerando efeitos
devastadores para a economia dos
municípios do Recôncavo
FIeb une parLamentares em deFesa de estaLeIro
Adoção do JOIN
levou a Engpiso
à final do Prêmio
Nacional de
Inovação
destaque nacIonaL
Inauguração do,
Cimatec Yemoja
coloca a Bahia no
mapa das
pesquisas em
computação de
alto desempenho
superveLoz
sumário mai/jun 2015
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Ilustração
Bamboo
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mArCElo gANdrA/CoPErPhoto/SIStEmA fIEb
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6 Bahia Indústria
as boas práticas de gestão da inovação imple-
mentadas com auxílio da tecnologia do Jogo
da Inovação (JOIN), desenvolvida pelo IEL/
BA, levaram a empresa baiana Engpiso à fi-
nal do Prêmio Nacional de Inovação (PNI), na catego-
ria Gestão da Inovação PME. A premiação foi realiza-
da em maio, dentro da programação do 6º Congresso
Brasileiro de Inovação da Indústria, em São Paulo.
A gestão da inovação passou a ser implementada
de forma sistemática na Engpiso desde 2013, quando
a empresa foi convidada a participar do projeto pilo-
to do JOIN. “O JOIN foi importante para fomentarmos
uma política para a elaboração do Mapa Estratégico
de Inovação da empresa. Hoje a inovação é um ne-
gócio dentro do nosso portfólio, com soluções e pro-
dutos”, relata o diretor de negócios da Engpiso, Ray-
mundo Dórea.
O empresário explica, ainda, que as ferramentas
do JOIN foram importantes para que a Engpiso con-
solidasse uma cultura de participação dos colabo-
radores nas atividades de inovação. Um exemplo é
a criação de banco de ideias no SisJOIN, software de
gestão da inovação, uma das Soluções JOIN para as
empresas.
O superintendente do IEL, Evandro Mazo, res-
salta a importância de se envolver os colaboradores
para trabalhar cotidianamente a inovação tanto de
produtos e serviços, quanto de processos. “Envol-
ver todos os funcionários é fundamental para que
por Marta Erhardt
Cliente do JoIN, Engpiso foi finalista do Prêmio Nacional de Inovação, disputado por 2 mil empresas de todo o país
Destaque nacional em inovação
Raymundo Dórea, ao lado do Mapa
Estratégico de Inovação da empresa,
destaca os benefícios do JOIN
Bahia Indústria 7
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Sobre o JOINO Jogo da Inovação – So-
lução JOIN, elaborado pa-
ra sistematizar a gestão
da inovação em empresas
de todos os portes, já foi
adotado por 40 empresas
baianas. Desenvolvida
pelo IEL, a metodologia
apresenta conceitos, boas
práticas e ferramentas que
auxiliam empresas a trans-
formarem seus negócios
com a inovação.
“Nosso objetivo é auxi-
liar a empresa para que, de
uma forma simples, prática
e vivencial, se consiga ado-
tar processos que sistema-
tizem a atividade de gestão
da inovação na empresa.
O que queremos é que as
empresas vejam a gestão
da inovação de forma tão
estratégica quanto a gestão
financeira e de produção,
por exemplo”, explica a ge-
rente de Desenvolvimento
Empresarial do IEL, Fabia-
na Carvalho.
Empresas interessadas
podem contratar a solução
JOIN em modalidades de
atendimento personaliza-
das. Mais informações es-
tão disponíveis no Portal
JOIN (www.jogodainova-
cao.com.br). Os interessa-
dos também podem entrar
em contato pelo telefone
(71) 3343-1317 ou pelo e-
-mail jogodainovacao@fieb.
a empresa se torne inovadora. É
uma conquista da equipe do IEL,
em parceria com as empresas,
que nossa metodologia promova
resultados tão positivos quanto o
da Engpiso”, destaca.
Mais de 2 mil empresas de todo
o país se inscreveram no Prêmio
Nacional de Inovação em 2014.
Deste total, 28 chegaram à final.
“É a primeira vez que uma em-
presa baiana de pequeno porte
consegue chegar a essa etapa, na
categoria Gestão da Inovação”, co-
memora Dórea, ressaltando a im-
portância de participar da premia-
ção ao lado de empresas de grande
porte, a exemplo da Votorantim,
Natura e 3M do Brasil.
Esta não foi a primeira vez que
a Engpiso chegou à fase final do
PNI. A empresa também foi fi-
nalista em 2013, mas na modali-
dade Agente Local de Inovação.
“Mostra que estamos no caminho
certo e que é possível que outras
empresas de menor porte também
sigam neste rumo. É preciso que se
acredite que a inovação é viável e
exequível para as empresas de pequeno porte”, des-
taca Dórea.
O Prêmio Nacional de Inovação, que integra a Mo-
bilização Empresarial pela Inovação (MEI), foi reali-
zado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e
pelo Sebrae, com o apoio da Financiadora de Estudos
e Projetos (Finep), do Movimento Brasil Competitivo
(MBC) e do Ministério de Ciência, Tecnologia e Ino-
vação (MCTI).
O diretor de negócios da Engpiso comemorou,
também, a participação no 2015 MIT Brazil Challenge
of Innovation Conference, evento que integrou a pro-
gramação do 6º Congresso Brasileiro de Inovação da
Indústria.
“É uma conquista para a equipe do iEL Bahia, em parceria com as empresas, que nossa metodologia, o jOin, promova resultados tão positivos quanto o da Engpiso
Evandro Mazo, superintendente do IEL-Bahia
Como resultado da gestão da inovação, Dórea aponta melhorias como a implanta-
ção da gestão de projetos, o planejamento e o controle da produção com metodologia
lean construction e o projeto para implantar a ISO 9001:2008, norma internacional que
fornece requisitos para o Sistema de Gestão da Qualidade das organizações.
A empresa, que atua há 20 anos no mercado, no segmento da construção civil, venceu
também dois editais da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb),
na área de inovação. “Esses editais possibilitaram que estreitássemos o relacionamento
com a academia, com instituições como Cimatec, Ufba e Ucsal”, ressalta Dórea.
Com esses projetos, a empresa participou, em maio, de intercâmbios de pesquisa na
Europa. Durante 15 dias, o diretor de negócios da Engpiso visitou o Instituto Europeu
de Design e a Universidade Politécnica da Catalunha, além de participar da Constru-
mat, feira da construção realizada na Espanha. Na Alemanha, visitou a Universidade
de Dresden e o Instituto Fraunhofen. Já na Itália, teve reuniões na POLI.design e parti-
cipou da Expomilão. Os contatos realizados renderam acordos de cooperação interna-
cionais para desenvolvimento de produtos e soluções na área de construção civil. [bi]
Melhorias e internacionalização
8 Bahia Indústria
ANgElo PoNtES/CoPErPhoto/SIStEmA fIEb
Os produtos e serviços oferecidos pelas enti-
dades que integram o Sistema FIEB foram
apresentados a 63 presidentes e diretores de
33 sindicatos filiados à Federação das Indústrias do
Estado da Bahia (FIEB), em cinco encontros setoriais,
realizados no auditório da instituição entre os dias 9
e 16 de junho.
“Conhecendo os produtos e serviços existentes,
os sindicatos podem identificar aqueles que são mais
importantes ou apontar a necessidade de incluir de-
terminados produtos que julgam relevantes, contri-
buindo, desta forma, para o planejamento estratégi-
co do Sistema FIEB”, destaca o diretor-executivo da
FIEB, Vladson Menezes.
“A ideia é que as informações apresentadas sejam
replicadas para as empresas associadas dos sindica-
tos participantes”, complementa a gerente de Rela-
ções Sindicais, Manuela Martinez.
O primeiro encontro, realizado no dia 9 de junho,
reuniu representantes dos setores Químico, de Celu-
lose e Plástico, que tiveram a oportunidade de conhe-
cer melhor a estrutura e atuação setorial das entida-
des que integram o Sistema FIEB – FIEB, SESI, SENAI
E IEL – e puderam identificar serviços e oportunida-
des de negócios.
Representantes das entidades integrantes do Sis-
tema FIEB apresentaram seus portfólios, que incluem
serviços de educação e qualificação profissional, ca-
pacitação empresarial, apoio à inovação e saúde/se-
gurança do trabalhador, apoio à internacionalização,
além da representação institucional e defesa de inte-
resses da indústria baiana.
“É um evento muito importante para a divulga-
ção dos serviços da FIEB. Além disso, a divisão por
setores permite uma interação maior, facilita o es-
clarecimento de dúvidas e a proposição de novas so-
luções”, avaliou Roberto Fiamenghi, presidente do
Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para
Fins Industriais, Petroquímicas e de Resinas de Ca-
fIEb realiza encontros setoriais com sindicatosrepresentantes de 33 sindicatos conheceram os serviços das entidades e contribuíram para o planejamento estratégico do Sistema fIEb
Vladson
Menezes
destacou a
importância de
conhecer as
demandas da
indústria
maçari, Candeias e Dias D’Ávila (Sinpeq).
Também participaram dos eventos líderes sindi-
cais dos setores Metalmecânico, Eletrônicos, Móveis,
Têxtil, Calçados, Construção Civil, e Alimentos e Be-
bidas. Em todos os encontros, os participantes elen-
caram, através de votação eletrônica, os serviços con-
siderados prioritários e também apresentaram as de-
mandas de cada setor. As sugestões apontadas pelos
sindicatos vão servir de insumo para o planejamento
estratégico do Sistema FIEB para 2016.
“Essa é uma excelente iniciativa e acho que deverí-
amos fazer em cada sindicato. A estrutura do Sistema
FIEB tem diversos serviços importantes e de excelen-
te qualidade, mas que acabam sendo subutilizados”,
destacou o presidente do Sindicato das Indústrias de
Sabões, Detergentes e Produtos de Limpeza e Velas
no Estado da Bahia. (Sindisabões-BA), Juan José Ro-
sário Lorenzo. [bi]
circuito
Bahia Indústria 9
por cLeber borges
Roubo de cargas em AratuComo se não bastassem todos os
problemas logísticos já conhecidos
no Porto de Aratu, que afetam a
competitividade da produção
industrial baiana, um outro vem a
público. Empresas que operam no
terminal têm sofrido com o roubo
de carga. A partir de investigações
iniciadas em 2014, a Polícia Federal
deflagrou uma operação que
resultou nas apreensões de dois
caminhões, em Minas Gerais e São
Paulo. Ficou constatado que R$ 10
milhões eram furtados por ano, há
10 anos, o que representa um
prejuízo total de R$ 100 milhões.
Segundo a PF, duas empresas
foram alvo do furto, uma de
concentrado de cobre e outra que
armazena produtos de várias
empresas. O modus operandi da
quadrilha envolvia, além do roubo
de cargas, a extorsão e intimidação
de testemunhas.
Importados e energia elevam custo industrialA alta dos insumos importados,
com a valorização do dólar, e o
aumento da energia puxaram o
aumento de 0,8% nos custos da
indústria brasileira no primeiro
trimestre do ano em relação ao
último trimestre de 2014. No mesmo
período, os preços dos produtos
industrializados no mercado
interno subiram 1,5%, o que
permitiu a recomposição das
margens de lucro das empresas,
informa estudo divulgado no dia 10
de junho, pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI). Só o
custo com energia aumentou 8,7%
no período, frente ao último
trimestre de 2014. Na comparação
com o primeiro trimestre de 2015,
teve uma alta de 28,4%.
“NuNca aNtes em períodos democráticos tivemos maturidade para fazer correções aNtes que a crise se
iNstalasse.”Joaquim Levy, ao afirmar que, no Brasil, governos eleitos não têm tradição de tomar medidas econômicas impopulares para prevenir crises.
Burocracia atrasa obras de saneamentoEtapas redundantes na análise de
projetos aumentam em 41% o prazo
para iniciar obras de saneamento
básico. Se a burocracia fosse
reduzida, os prazos de projetos de
distribuição de água, de coleta e
tratamento de esgoto no país cairiam
de 22 meses para 13 meses. O alerta
consta de estudo da Confederação
Nacional da Indústria (CNI). As
redundâncias estão em processos do
Ministério das Cidades e do Comitê
Gestor do PAC. São etapas de análise
técnica e homologação de projeto
para obtenção de financiamento,
feitas pela Secretaria de
Saneamento do ministério
e no comitê, que estão
duplicadas na Caixa
Econômica Federal. Segundo
a CNI, essas atribuições
deveriam ser só da Caixa,
gestora dos recursos para
obras de saneamento.
gENtIl
10 Bahia Indústria
sindicatos ANgElo PoNtES/CoPErPhoto/SIStEmA fIEb
Para aperfeiçoar o relacionamento dos porta-vozes dos sindicatos com a
imprensa, a FIEB promoveu, em maio, a oficina Media Training: Relacio-
namento com a Imprensa, como parte das ações do Programa de Desen-
volvimento Associativo. A consultora da CNI, Débora da Col, explicou a
importância da comunicação para o fortalecimento da imagem do sindi-
cato e orientou sobre como se relacionar com a imprensa.
O presidente do Sindicer-BA, Manuel Ventin, considerou a iniciativa
relevante na preparação dos dirigentes. “A oficina nos alertou para de-
talhes que favorecem a forma como queremos passar nossa mensagem”,
avaliou. “Devemos ter consciência da influência que exercemos na so-
ciedade e da necessidade de sermos mais ativos nesta relação”, destacou
o presidente do Sindisabões-BA, Juan Lorenzo.
Consultora da CNI, Débora da Col, falou de comunicação e imagem
quimbahia promove palestra para preparar empresas para fiscalizaçãoA partir de janeiro de 2016, os estabelecimentos
industriais deverão informar seus estoques e
produção no Sped Fiscal. Para orientar as em-
presas a se preparar para a fiscalização, o Sindi-
cato das Indústrias de Produtos Químicos para
Fins Industriais e de Produtos Farmacêuticos
(Quimbahia) promoveu, em maio, uma palestra
para discutir o Bloco K, ferramenta digital de
controle de produção e estoques que vai integrar
o Sped Fiscal. O encontro abordou os controles
gerenciais adequados à legislação e as vanta-
gens e desvantagens na escolha administrativa
e judicial para discussão de débitos fiscais.
Coalizão metal-mecânica reúne-se em SalvadorOs integrantes da Coalizão dos Sindicatos da In-
dústria Metal-Mecânica do Nordeste participa-
ram de reunião, em abril, na sede do Sindicato
das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Ma-
terial Elétrico (Simmeb). O primeiro encontro do
grupo em 2015 discutiu as expectativas quanto
às negociações trabalhistas frente ao atual cená-
rio econômico e as dificuldades enfrentadas pelo
setor no recebimento pelos produtos fornecidos.
“A coalizão busca a promoção de ações conjun-
tas para a solução de problemas comuns”, desta-
cou o presidente do Simmeb, Alberto Canovas.
Sinprocim promove curso para certificação no Selo de qualidadeEmpresas inscritas no processo de Certificação
no Selo Qualidade Sinprocim-Ba (SQS) partici-
param, dia 29 de maio, de curso promovido pelo
Sindicato das Indústrias de Produtos de Cimen-
to no Estado da Bahia. O selo será concedido às
empresas que possuem padrões de excelência
em seu processo de fabricação e gestão. A enge-
nheira Maria Lívia Costa, da Cristal Consultoria,
responsável pelo núcleo operacional do selo,
conduziu o curso.
O presidente do Sinprocim, José Carlos Soares,
acredita que o selo vai contribuir para fortalecer o
segmento, a partir da melhoria da qualidade.
FIeb promove oficina de media training
qualidade do ar em ambientes internos é tema de seminário Atento à importância da aplicação da legislação relativa à qua-
lidade do ar em ambientes internos para assegurar a saúde das
pessoas, o Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e
Tratamento de Ar do Estado da Bahia (Sindratar-Ba) promoveu, no
dia 26 de maio, o 1° Seminário Qualidade do Ar Interno (QAI) de
Capacitação de Fiscais, no SENAI Cimatec. O objetivo foi capacitar
os agentes fiscalizadores.
Segundo o presidente do Sindratar, Rogério Lopes de Faria, a
iniciativa partiu da demanda das empresas associadas, solicitando
uma ação no cumprimento da Portaria Nº 3.523, do Ministério da
Saúde, que determina a aplicação do Plano de Manutenção Opera-
ção e Controle (PMOC). “O Sindratar buscou diálogo com os órgãos
fiscalizadores para definir quais medidas poderiam ser tomadas
para melhor atender às exigências da portaria”, afirmou.
Bahia Indústria 11
salvador sedia Intercâmbio setorial de Laticínios
mArCE
lo g
ANdrA/C
oPEr
Pho
to/S
IStE
mA f
IEb
Paulo Cintra (D), Ricardo Alban e Adhvan Furtado
Sindvest. Tomou posse
em maio a nova
diretoria do
Sindicato da
Indústria do
Vestuário
de Feira de
Santana e Região
(Sindvest). O empresário e vice-
presidente da FIEB, Edison Virginio Nogueira, vai liderar
a entidade até 2018. Segundo
ele, um dos principais desafios
da nova gestão é retomar o
projeto do Polo de Distribuição
das Indústrias de Confecção de
Feira de Santana (Policon).
Moveba. A diretoria reeleita
do Sindicato da Indústria
do Mobiliário
(Moveba) tomou
posse em maio
para mandado
até 2018. O
presidente
da entidade, João Schnitman, destacou
como principal desafio dar
continuidade ao projeto de
criação do Polo Moveleiro. A
ideia é que as empresas unam
forças para alcançar benefícios
em logística e redução de
custos. Schnitman destacou,
ainda, a meta de ampliar a base
de associadas e a atuação no
interior.
Simmefs. O fortalecimento da
parceria com a FIEB é o foco da
diretoria reeleita do Sindicato
das Indústrias Metalúrgicas,
Mecânicas e de Material
Elétrico de Amélia Rodrigues,
Feira de Santana e São Gonçalo
dos Campos (Simmefs). O
Salvador sediou, em maio, o Intercâmbio de Lideran-
ças Setoriais da Indústria de Laticínios. O encontro
nacional reuniu, na FIEB, presidentes de sindicatos
industriais de laticínios de vários estados. Os dirigen-
tes discutiram os principais desafios e soluções para
o setor e conheceram as ações do Sistema FIEB para
os sindicatos. “Esta é uma iniciativa estratégica de
discussão de temas comuns. Neste sentido, é impor-
tante que o sindicato busque o apoio disponível nas
entidades de representação parceiras”, considerou
Paulo Cintra, presidente do Sindileite-Ba, que apre-
sentou as boas práticas do sindicato.
O presidente da FIEB, Antônio Ricardo Alban,
participou do encerramento e falou da atuação do
sindicato baiano. “Tudo tem mais foco quando atua-
mos com dedicação e o Sindileite tem trabalhado com
este afinco”, destacou.
O intercâmbio faz parte das iniciativas do Progra-
ma de Desenvolvimento Associativo (PDA), parceria
entre CNI, Federações e Sebrae. Este foi o terceiro in-
tercâmbio de 2015. Em abril, presidentes de Sindica-
tos da Indústria de Vestuário de todo o país estiveram
reunidos na sede da Federação das Indústrias de Mi-
nas Gerais (FIEMG).
sindicato realiza
um trabalho
constante de
visitas técnicas às
empresas, apresentando
serviços e benefícios oferecidos
pelo Sistema FIEB. O presidente
reeleito, Luiz Kunrath, lidera a
entidade até 2018.
Sinditabaco. Ampliar
as ações de relacionamento
institucional está entre as
prioridades da nova diretoria
do Sindicato das Indústrias
de Tabaco (Sinditabaco-BA),
empossada em abril, para
mandato de dois anos. “Vamos
estreitar relações com
instituições para
discutir questões
tributárias que
impactam o setor
e com órgãos
reguladores, como
a vigilância sanitária”,
destacou a presidente eleita,
Ana Cláudia Mercês.
Sindibrita. Apoiar as
empresas associadas a
atravessar o momento de crise
pela qual passa a cadeia da
construção civil é a prioridade
da diretoria do Sindicato
da Indústria de Mineração
de Pedra Britada da Bahia
(Sindibrita-BA), empossada em
abril para mandato até 2018. De
acordo com o presidente
reeleito, Fernando Jorge Carneiro,
as empresas estão
retraídas por conta
do atual cenário e
este é o desafio para
os próximos anos.
eleições
12 Bahia Indústria
por Marta Erhardt
Agenda legislativa da Indústria, que reúne Projetos de lei que impactam no setor, foi lançada em evento comemorativo do dia da Indústria
a indústria baiana tem
interesse convergente
com o Projeto de Lei nº
19.123/2011, que dispõe
sobre a criação do Programa No-
ta Fiscal Baiana. Ele é uma das
26 proposições que integram a
segunda edição da Agenda Legis-
lativa da Indústria, lançada pela
Federação das Indústrias do Esta-
do da Bahia (FIEB), na noite de 28
de maio, como parte das comemo-
rações pelo Dia da Indústria, cele-
brado em 25 de maio.
A publicação reúne os Projetos
de Lei em tramitação na Assem-
bleia Legislativa da Bahia que im-
pactam, positivamente ou não, o
setor industrial e que terão acom-
panhamento ao longo do ano. “Ao
trazer para o debate Projetos de
Lei de elevada importância para
o setor produtivo, este documento
permite um exercício saudável da
democracia, contribuindo para
o aperfeiçoamento das institui-
ções”, destacou o presidente da
FIEB, Antônio Ricardo Alban.
Os Projetos de Lei – que tratam
de questões que interessam ao
setor, relacionadas às áreas tri-
butária, econômica, social, traba-
lhista, de política urbana e meio
ambiente – foram analisados pelo
Comitê de Assuntos Legislativos
da FIEB, em parceria com os 44
Sindicatos filiados e os Conselhos
Temáticos da Federação.
Além de trazer um resumo do
projeto e apresentar em que fase
de tramitação ele se encontra, o
levantamento indica o posiciona-
mento da indústria em relação à
proposição. “A integração entre
a Assembleia e o setor produtivo
é positiva, pois vamos discutir o
que é importante para o setor. Vi-
vemos um momento difícil, de cri-
se econômica, crise política, crise
moral e, diante disso, nós preci-
samos unir forças no sentido de
levantar essa área tão importante
que é o setor produtivo”, avaliou o
deputado estadual e presidente da
Assembleia Legislativa da Bahia,
Marcelo Nilo.
Diálogo com o Legislativo
Bahia Indústria 13
Lançamento
da Agenda
legislativa
(acima) e
homenagem a
Carlos gilberto
Farias
fotoS VAltEr PoNtES/CoPErPhoto/SIStEmA fIEb
A programação comemorativa do Dia da indústria também foi mar-
cada pela entrega da Medalha Mérito Industrial Luiz Tarquínio, em
homenagem in memoriam a Carlos Gilberto Farias, que presidiu a
FIEB no período de abril a novembro de 2014, quando veio a falecer.
“Carlos Gilberto Farias foi um companheiro que realizou um
trabalho profícuo para o desenvolvimento da indústria baiana e
brasileira”, destacou o presidente da FIEB, Antônio Ricardo Alban.
Familiares de Carlos Gilberto, entre eles, a esposa Elizabeth e os
filhos Carlos Graco, Christianne e Karine, participaram da soleni-
dade, que contou com a apresentação de um vídeo sobre a trajetória
de vida do ex-dirigente. Foi o filho de Farias, Carlos Graco Gondim
Farias, quem recebeu a condecoração das mãos do presidente da
FIEB. Já o diploma do mérito industrial Luiz Tarquínio foi entregue
a ele pelos vice-presidentes da entidade, Carlos Gantois, Alexi Por-
tela Júnior, Edison Virgínio Correia, Josair Bastos e Mário Pithon,
além do presidente do Centro das Indústrias da Bahia (CIEB), Re-
ginaldo Rossi.
“O estado da Bahia deu a Carlos Gilberto a oportunidade de mos-
trar não somente sua capacidade técnica, mas também sua capaci-
dade de aglutinar as pessoas. Não foi à toa que ele veio a presidir
um órgão tão importante como a FIEB”, pontuou Augusto Farias,
irmão do homenageado, em discurso de agradecimento.
A Medalha Mérito Industrial Luiz Tarquínio foi criada em 1973,
com o objetivo de premiar personalidades que tenham contribuído
para o desenvolvimento da indústria na Bahia. Os últimos agracia-
dos com a insígnia foram Armando Monteiro Neto, Jorge Lins Freire
e Victor Gradin, todos em 2010.
Também participaram da solenidade o secretário estadual de
Ciência, Tecnologia e Inovação, Manoel Gomes de Mendonça Neto,
representando o governador Rui Costa; e o diretor do escritório Sal-
vador Cidade Global, Jorge Khoury, que representou o prefeito ACM
Neto. Natural de Juazeiro, Khoury ressaltou o espírito empreende-
dor de Carlos Gilberto Farias. [bi]
Mérito industrial para Carlos Gilberto Farias
Ricardo Alban entregou a medalha a Carlos graco Farias
14 Bahia Indústria
Reduzir os custos de pro-
dução e tornar-se mais
competitivo é um objetivo
comum a todo empresário,
visando à saúde financeira do seu
empreendimento. E foi o que bus-
cou a diretoria da Kordsa Global
quando deu ao então estudante de
logística do SENAI e controlador
de estoque na empresa, Dario So-
brinho, a missão de desenvolver
um projeto capaz de reduzir os
custos do seu parque industrial.
Em parceria com o especialista
em suprimentos da Kordsa, Aure-
omar Mendes, Dario desenvolveu
um projeto que vem revolucionan-
do o sistema de controle de ma-
teriais da empresa. Vencedor do
Theoprax 2014, na unidade SENAI
Dendezeiros, o projeto ganhou,
recentemente, o All Stars Awar-
ds, premiação interna da Kordsa.
Concorrendo com os 30 melhores
projetos apresentados pelas nove
unidades da companhia em todo o
mundo, o trabalho baiano foi des-
taque e recebeu menção honrosa.
inOvaçãO pREmiaDaProjeto do SENAI dendezeiros, vencedor do theoprax 2014, vira referência internacional em solução logística
por rafaEl pErEira
“Nosso projeto recebeu reconhecimento em nível
mundial pela sua relevância e deverá ser implanta-
do nas demais unidades”, pontuou Dario. “Durante
a premiação, o nosso diretor operacional elogiou o
projeto não só pelo seu caráter inovador, mas por ser
um projeto de chão de fábrica. Após sua implantação,
a cultura do chão de fábrica mudou o que, para ele, é
o maior ganho que a empresa pode ter”, avaliou.
REDUÇÃO DE CUSTOSMas, evidentemente, a parte financeira também
foi levada em consideração. Como já foi dito, a moti-
vação foi reduzir custos. E eles conseguiram. O des-
critivo financeiro do projeto apresentou um retorno
de caixa para a empresa de aproximadamente R$ 600
mil, já na sua implementação, só com as devoluções
dos materiais do primeiro 5S.
“Este foi o único projeto que teve retorno financei-
ro aplicado e executado no Theoprax de 2014. E os
valores são consideráveis. A empresa já sente os re-
sultados claramente”, explicou o professor do SENAI
e orientador da equipe na realização do trabalho no
Theoprax, José Emanuel Rebouças Ferreira. Os ou-
tros estudantes do SENAI integrantes da equipe que
desenvolveu o projeto são Leila Silva, Elizabete Via-
no, Marco Silva e Thiago Silva.
O projeto foi posto em prática na empresa em ju-
nho de 2014. A equipe buscou inspiração para sua
realização em duas tecnologias já
conhecidas mundialmente: o Six
Sigma, que é um conjunto de téc-
nicas e ferramentas para melho-
ria de processos, e o Kanban, que
permite um controle detalhado de
produção, com informações sobre
o tempo dedicado a cada etapa do
processo industrial.
Juntando as duas tecnologias,
eles implementaram o chamado
Kanban Eletrônico, um sistema
informatizado, capaz de acompa-
nhar todas as etapas da produção.
E inovaram quando conectaram a
invenção ao sistema de gestão e
controle de tráfego da empresa –
área responsável pelo controle de
entrada e saída de materiais em
cada oficina da Kordsa.
“Com ele, a partir do momento
que o mecânico retira a peça do
armário e dá baixa, o painel no al-
moxarifado identifica a movimen-
tação e pode iniciar alguma outra
ação a partir daí, como solicitar
compra ou reposição do item”,
explicou Aureomar Mendes. Esta-
Bahia Indústria 15
Dario Sobrinho,
ao lado de
Aureomar
Mendes (D),
é autor de
projeto
va criado um modelo de controle
multissetorial inédito na empresa,
que acabou virando referência.
O projeto foi inicialmente im-
plementado na oficina de tecela-
gem. Devido ao seu sucesso, hoje
já está em todas as seis oficinas da
fábrica. “Estamos falando de eli-
minação de desperdício de peças e
de tempo, além do fim da má ges-
tão dos processos. Este projeto es-
tá promovendo uma mudança de
cultura na empresa. É um ganho
VAltEr PoNtES/CoPErPhoto/SIStEmA fIEb
TheoPrax0 quê • O TheoPrax é uma metodologia de origem alemã, que tem o objetivo de incrementar a motivação na aprendizagem, fazendo com que estudantes analisem problemas reais e proponham soluções para serem aplicadas nas empresas. onde e como • A iniciativa é uma parceria do SENAI-BA e o Instituto Fraunhoffer-ICT. Como primeiro Centro Theoprax fora da Alemanha, o SENAI desenvolve os projetos nas unidades Cimatec, Cetind, Dendezeiros, Feira de Santana, Ilhéus, Vitória da Conquista e Barreiras, unindo teoria e prática no processo de aprendizagem e melhorando a qualidade da formação e qualificação profissional voltada para a indústria. quem faz aqui • Os projetos são desenvolvidos por alunos dos cursos técnicos e de graduação. Com base nas competências necessárias para o projeto, é definida a equipe e o professor orientador, que realiza visita técnica para conhecer a necessidade da empresa e, com base nos requisitos do cliente, é desenvolvida uma solução e elaborado o planejamento para execução do projeto. A solução e o planejamento são apresentados e, após a aprovação, é assinado um contrato de serviço. para quem • Para as empresas. Além de terem acesso a soluções criativas e de baixo custo para seus problemas, o método permite conhecer jovens capacitados para recrutamento de futuros funcionários.
intangível, que vai se perpetuar”,
conclui Aureomar Mendes.
Com matriz na Turquia, a Kord-
sa Global tem nove filiais no mun-
do, sendo a unidade baiana a úni-
ca do Brasil. Ela conta com aproxi-
madamente 400 funcionários e é a
segunda empresa que mais impor-
ta no Polo Industrial de Camaçari.
Boa parte da sua matéria-prima
vem da China e seu principal ne-
gócio é a produção de nylon e fios
de poliéster. [bi]
16 Bahia Indústria
ANgEl
o P
oNtE
S/C
oPEr
Pho
to/S
IStE
mA f
IEb
O Cimatec Yemoja tem capacidade
para realizar 404 trilhões de
operações por segundo
COmputaçãO DEaLta pERfORmanCE
Bahia Indústria 17
mais rápido supercomputador
da América Latina e um dos
mais velozes do mundo foi
inaugurado no dia 27 de maio,
em Salvador. O Cimatec Yemo-
ja (nome original de Yemanjá,
na língua iorubá) está instala-
do no Centro de Supercompu-
tação para Inovação Industrial
do SENAI Cimatec, entidade do Sistema FIEB. O
Cimatec Yemoja introduz a Bahia no universo das
pesquisas em computação de alto desempenho.
Com capacidade para realizar 404 trilhões de
operações por segundo (TFlops), ele será utilizado
prioritariamente em pesquisas em geofísica, mas
beneficiará a comunidade acadêmica, a indústria
de petróleo e gás e a sociedade em geral. Por meio
de extensão, ele pode ser acessado de qualquer
parte do mundo, contribuindo com pesquisas em
outros países.
A companhia de óleo e gás BG Brasil é realizado-
ra e parceira do SENAI Cimatec na aquisição do su-
percomputador e também em um programa de P&D
por clEbEr borgEs
bahia ganha centro de referência global com o Cimatec Yemoja, o mais rápido supercomputador da América latinaCOmputaçãO DE
aLta pERfORmanCE
18 Bahia Indústria
(pesquisa e desenvolvimento) em
geofísica, submetidos à aprovação
da Agência Nacional do Petróleo,
Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP). “Nós procurávamos um
centro que fosse capaz de entregar
projetos de alta complexidade e,
depois de uma análise detalhada,
chegamos à conclusão de que o
SENAI Cimatec era o melhor local
para a instalação do supercompu-
tador. Estamos muito satisfeitos
com essa escolha”, afirma o presi-
dente da BG América do Sul, Nel-
son Silva.
PRé-SAlPresente no Brasil desde 1994, a
BG Brasil atua nas áreas de explo-
ração e produção de óleo e de gás
natural liquefeito em mais de 20
países. No pré-sal da Bacia de San-
tos, a BG Brasil tem participação
em quatro blocos e é operadora de
10 blocos da Bacia Barreirinhas, na
Margem Equatorial do Maranhão.
Conforme destaca o presidente
da FIEB e do Conselho do SENAI
Bahia, Antônio Ricardo Alban, o
Cimatec Yemoja não está na Bahia
por acaso. “O SENAI Cimatec é,
hoje, um dos três principais cen-
tros de tecnologia e inovação do
país. Esta não é uma avaliação
apenas nossa, é também de todos
os parceiros com os quais atuamos
em busca de uma indústria mais
moderna e competitiva”.
Para viabilizar o Centro de Su-
percomputação para Inovação In-
dustrial do SENAI Cimatec serão
investidos R$ 60 milhões ao longo
de três anos, incluindo equipa-
mentos (com destaque para um se-
gundo supercomputador, ver p. 19),
infraestrutura, pesquisa e gastos
operacionais. Neste projeto, está
sendo implantado um centro de
excelência de nível internacional
em computação de alto desempe-
nho, voltado para a indústria de
óleo e gás, que contribuirá para
o desenvolvimento de estudos em
campos complexos, como os do
pré-sal.
“A complexidade dos campos
do pré-sal nos impulsiona a bus-
car soluções cada vez mais inova-
doras. O supercomputador é, defi-
nitivamente, parte desse esforço
e nos auxiliará nas atividades
da indústria de óleo e gás. Nosso
objetivo é produzir inovação no
Brasil, fomentando conteúdo local
de base tecnológica globalmente
competitiva”, ressalta o CEO da BG
América do Sul, Nelson Silva.
O projeto dará prioridade ao
estudo e otimização da tecnologia
chamada Full Waveform Inversion
(FWI) para o processamento de da-
dos sísmicos 3D e 4D de dimensões
industriais no pré-sal. A iniciativa
será conduzida pelo consórcio In-
ternational Inversion Initiative,
liderado pela BG Brasil. Serão cola-
boradores nas pesquisas a Univer-
sidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN), a Universidade de
British Columbia (Canadá) e o Im-
perial College London (Inglaterra),
referências mundiais em FWI.
De acordo com o diretor regio-
nal do SENAI Bahia, Leone Peter
Andrade, um dos diferenciais do
Centro de Supercomputação é per-
mitir futuramente o acesso de em-
presas de pequeno e médio porte
a pesquisas na área. A utilização
de softwares de modelagem com-
putacional, em geral, é custosa,
demanda conhecimento especia-
lizado e muito tempo de desenvol-
vimento. “Com sua capacidade de
escala, o Centro de Supercompu-
tação adquirirá os principais sof-
twares e ofertará às empresas so-
luções adequadas à sua realidade
financeira”, avalia.
O supercomputador e as inciati-
vas de pesquisas em FWI também
vão capacitar recursos humanos e
impulsionar a indústria, oferecen-
do soluções tecnológicas que irão
otimizar a identificação e extração
de recursos naturais do subsolo
para superar os desafios das ope-
rações no pré-sal.
Solenidade de
lançamento do
Centro de Su-
percomputação,
no Cimatec
mArCElo gANdrA/CoPErPhoto/SIStEmA fIEb
*segundo o Top500.org
Cimatec Yemoja em números
Esse montante daria para comprar 10.800 modernos PCs (R$ 3 mil cada)PCs (R$ 3 mil cada)
R$milhõesmilhões32,432,432,4
Um PC convencional Um PC convencional Um PC convencional conta com apenas 600conta com apenas 600conta com apenas 600
milhões demilhões degigabytes para armazenamento
22
Cada PC conta com apenas umapenas um
ProcessadoresProcessadores
1.7161.7161.7161.716
Existem apenas outros Existem apenas outros Existem apenas outros Existem apenas outros 3 supercomputadores, 3 supercomputadores, todos estão no Brasil
da AméricaLatina1º1º1
Tem quase duas vezes Tem quase duas vezes o poder do 2º colocadoo poder do 2º colocado
ºmaior do mundo em desempenho*desempenho*124124124º124º
Equivalente a 40.000 microcomputadores microcomputadores convencionais
mil gigabytesmil gigabytesmil gigabytesmil gigabytesde memória RAMde memória RAM
132132
O Yemoja proporciona redução no número de poços perfurados, aumento no sucesso exploratório e no volume das descobertas, em função da sua maior precisão
Além do Cimatec Yemoja, será implantado futuramente,
no SENAI Cimatec, um segundo supercomputador, este,
voltado para estudos em biomedicina, robótica, proces-
samento de imagens e energias alternativas. Com ele,
será possível desenvolver competências nas mais mo-
dernas técnicas de modelagem computacional, transfor-
madoras da produtividade industrial. Diversas áreas se
beneficiarão, a exemplo da indústria automobilística, a
eletrônica computacional, o agronegócio e a indústria
farmacêutica, que pesquisará formulações químicas de
novos produtos.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI),
a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o SENAI Na-
cional, o Governo da Bahia (por meio da Fapesb) e a Intel
também são parceiros do projeto de supercomputação,
que tem como diferencial facilitar o acesso de empresas
de pequeno e médio porte a pesquisas avançadas.
Segundo o coordenador do Centro de Supercomputa-
ção para Inovação Industrial do SENAI Cimatec, Renato
Miceli, o supercomputador Yemoja será utilizado para
executar programas que demandem alta capacidade de
processamento, memória e comunicação. Ele afirma que
o Centro de Supercomputação atuará simulando mode-
los científicos complexos para resolver problemas de
aplicação industrial, gerando tecnologias propulsoras
do desenvolvimento e inovação industriais.
Dada a complexidade e volume de dados processados
pelo supercomputador, a tecnologia trazida para garan-
tir o melhor desempenho é dos processadores Intel Xeon
e Xeon Phi™, especialmente desenvolvidos para aplica-
ções que fazem uso massivo de processamento paralelo
(uma forma de computação em que vários cálculos são
realizados simultaneamente) e tirem proveito dos seus
avançados mecanismos de vetorização (transformação
de imagens em representações numéricas).
“Com esse centro o SENAI Cimatec proverá ao Brasil
não só profissionais capacitados como recursos de com-
putação em alto desempenho, necessários para promo-
ver um salto de eficiência no segmento de óleo e gás bra-
sileiro”, comenta Fernando Martins, diretor-executivo
da Intel Brasil.
O sistema utilizado é o SGI®ICE X™ que fornece um
Mais um supercomputador será adquirido
processamento com alto desempenho, juntamente com
uma alta eficiência de refrigeração e perfil de consumo
de energia. “A implantação do nosso sistema vai trazer
benefícios diretos para o setor de petróleo e exploração
de energia, permitindo que os pesquisadores possam
realizar análises altamente sofisticadas e a visualização
de dados sísmicos”, afirma Jorge Titinger, diretor-execu-
tivo da SGI.
Bahia Indústria 19
20 Bahia Indústria
O Cimatec Yemoja será disponibi-
lizado também para a comunida-
de acadêmica. O Centro de Super-
computação está preparado para
atuar junto a grupos de pesquisa,
brasileiros e do exterior, no mape-
amento e resolução de problemas
científicos com o uso de super-
computação. No que diz respeito
à prestação de serviços tecnoló-
gicos, existe uma carência muito
grande em engenharia assistida
por computador, em especial para
desenhos complexos.
Um dos principais objetivos
do Centro de Supercomputação
é oferecer para a indústria brasi-
leira um serviço de qualidade em
modelagem computacional, que
permita ao mesmo tempo acelerar
o processo de desenho e prototipa-
gem de produtos e reduzir custos.
Alinhada com estas ações está a
formação de recursos humanos
em computação de alto desempe-
nho, desde técnicos e adminis-
tradores de sistemas até mestres e
doutores, para satisfazer deman-
das da academia e da indústria
por profissionais nessa área.
Além de sediar projetos para
melhorar a competitividade da
indústria de óleo e gás, os ganhos
para a economia regional são evi-
dentes. Por estar localizado na
Bahia e em um centro tecnológico
como o SENAI Cimatec, que tem
forte relacionamento com a indús-
tria baiana, os ganhos para o ecos-
sistema empresarial local são di-
retos. Nele, poderão ser desenvol-
vidos projetos para implementar
inovações tecnológicas, aumentar
a produtividade e reduzir custos
associados à produção.
Outro ponto de destaque é a
capacidade que um equipamento
deste porte possui de facilitar a
criação de inovações disruptivas,
ou seja, inventos capazes de gerar
grandes evoluções tecnológicas. O
Centro de Supercomputação pos-
sui uma incubadora de empresas
que abrigará indústrias nascentes,
as quais podem explorar os conhe-
cimentos gerados pelos pesquisa-
dores e os transformar em produ-
tos de mercado.
Embora disponível para todas
as áreas do conhecimento, o Cen-
tro de Supercomputação do SENAI
CIMATEC possui uma linha espe-
cífica de pesquisa e formação de
pessoas em tecnologias para ex-
ploração e produção de petróleo e
gás natural. Na Bahia há um gran-
de parque industrial, potencial
usuário desta tecnologia. A cadeia
de produção de energia eólica, a
indústria automotiva e o segmen-
to petroquímico, dentre outros,
também poderão se beneficiar do
centro de computação.
Para a comunidade, o Centro de
Supercomputação do SENAI Cima-
tec estará disponível por meio de
grupos de pesquisa e de projetos
de empresas e instituições.
Acesso a acadêmicos e a serviços de modelagem computacional
Parceiros e
autoridades
no Centro de
Controle do
Yemoja
mArCE
lo g
ANdrA/C
oPEr
Pho
to/S
IStE
mA f
IEb
Bahia Indústria 21
Nuno Simões,
diretor de
assuntos
corporativos
da Intel
mArCElo gANdrA/CoPErPhoto/SIStEmA fIEb
A Intel selecionou o Centro de
Supercomputação para Inovação
Industrial do SENAI Cimatec, na
Bahia, como um dos integrantes
de seu programa Intel Parallel
Computing Centers (Centro de
Computação Paralela da Intel -
IPCC). Apenas 50 centros de todo o
mundo fazem parte do programa.
Ao se tornar um IPCC, o SENAI-
-BA junta-se a um seleto grupo de
instituições de alto nível, que in-
clui ETH Zürich, Lawrence Berke-
ley National Laboratory, Univer-
sidades de Stanford e Wisconsin,
Georgia Institute of Technology,
Centro de Computação Avançada
do Texas, Universidades de Bristol
e Edimburgo. No Brasil, os centros
de supercomputação da UNESP e
UFRJ já fazem parte do programa,
conforme destaca o gerente do Nú-
cleo Estratégico do SENAI, Luis
Alberto Breda.
“O Centro de Supercomputação
do SENAI Bahia, que hospeda o
maior supercomputador da Amé-
rica Latina, é uma adição impor-
tante ao programa de centros de
computação paralela da Intel, que
conta com apenas 40 instituições
no mundo, três delas no Brasil. Os
IPCCs são voltados para o desen-
volvimento de aplicações de ponta
e formação de recursos humanos
especializados em computação de
alto desempenho”, destaca Fer-
nando Martins, diretor-executivo
da Intel Brasil. “A Intel vê grandes
oportunidades para a computação
de alto desempenho no Brasil, e
a chegada de mais um centro de
supercomputação ao nosso pro-
grama comprova a excelência do
Senai da Bahia ingressa no programa global IPCC
trabalho que está sendo realizado
no país”, complementa.
As inovações recentes em com-
putação paralela, envolvendo
sistemas com processadores mul-
ticore (com mais de um núcleo),
estão abrindo novas oportunida-
des para o processamento de alto
desempenho (HPC, na sigla em in-
glês) em diversas áreas do conhe-
cimento. Os IPCCs estão focados
no desenvolvimento e aprimora-
mento de software para aumentar
a escalabilidade (possibilidade
de crescimento) de aplicações de
HPC. Ao incentivar o avanço do
processamento paralelo (forma
avançada de computação em que
vários cálculos são realizados si-
multaneamente), as instituições
integrantes do programa buscam
acelerar descobertas em diferen-
tes áreas da pesquisa científica.
Como integrante do IPCC, o
SENAI-BA tem um papel funda-
mental em construir as bases para
que o Centro de Supercomputação
se torne uma referência de exce-
lência na otimização e moderniza-
ção de código HPC em plataformas
Intel, explorando as novas fun-
cionalidades tanto da família de
processadores Intel Xeon quanto
do Intel Xeon Phi, extraindo o má-
ximo desempenho. Além da pes-
quisa, outro objetivo estratégico
é a formação de mão de obra local
especializada em HPC.
Ao entrar para o IPCC, o SENAI-
-BA terá acesso a recursos como fi-
nanciamento, hardware, software
e suporte técnico. [bi]
22 Bahia Indústria
Realizado com o apoio de 40 parceiros, sendo seis
indústrias, entidades públicas, instituições de
ensino e empresas, a 22ª edição do Ação Global
aconteceu no SESI Piatã e contabilizou 23.315 atendi-
mentos, no dia 30 de maio. Promovido em parceria
com a Rede Globo, o evento recebeu 7.772 visitantes.
A maior demanda da população foi pelos serviços de
saúde, que somaram 10.602 atendimentos, seguidos
pelos de educação (6.731) e cidadania (2.680).
O Ação Global 2015 teve como tema este ano Qua-
lidade de Vida. O superintendente do SESI Bahia,
Armando Neto lembrou que este é um dos eixos de
atuação do SESI, ao lado da educação, que promove
ações para estimular mudanças no estilo de vida, no
ambiente de trabalho e por meio de ações educativas.
“A ideia fundamental é estimular as pessoas à ado-
ção de práticas saudáveis no seu dia a dia, de forma
que possam viver mais e melhor”, destacou.
A gerente de Marketing da Rede Bahia, Alessandra
Franco, ressaltou que a parceria com o SESI já dura 22
anos. “O SESI é um grande parceiro, comprometido
com todas as ações propostas e nós buscamos esta as-
ANgElo PoNtES/CoPErPhoto/SIStEmAfIEb
Ação global reafirma compromisso socialA edição 2015 do evento, que ocorreu simultaneamente em todo o brasil, recebeu 7.700 visitantes em Salvador
sociação de forças pelo grande poder de aglutinação
de parceiros que o SESI tem”, explica. Ela também
destacou a importância de realização do Ação Global:
“Mesmo que seja apenas por um dia, o Ação Global
dá acesso à população a serviços que no dia a dia não
é fácil acessar”. O presidente do Tribunal Regional
do Trabalho da 5ª Região, Valtércio de Oliveira, par-
ticipou da abertura do evento. O TRT e a Associação
dos Magistrados da Justiça do Trabalho participaram
com um estande, orientado a população.
ARTISTAS E TAlK SHOWO ator Érico Brás, que faz o personagem Jurandir,
em Tapas & Beijos, e a atriz Maria Joana, da série Ma-
lhação visitaram o Ação Global em Salvador. Érico
participou, ao lado do cardiologista Lucas Andrade,
da nutricionista Luciana Oliveira e do professor de
Educação Física Diogo Andrade de um talk-show so-
bre saúde e qualidade de vida, mediado pelo apresen-
tador da Rede Bahia, Darino Sena. Na oportunidade,
os participantes do evento tiveram a oportunidade
de encaminhar perguntas e tirar dúvidas sobre boas
práticas de saúde e qualidade de vida.
Brás, que pela segunda vez participa do Ação Glo-
bal em Salvador, destacou a importância de artistas
participarem de eventos como este. “É de imensa
importância a presença dos artistas nesses eventos,
porque incentiva a população. Eu sempre participo.
Além disso, é sempre bom estar em Salvador, minha
terra”, contou.
Para a população, o dia foi de lazer e uma opor-
tunidade de usufruir da diversidade de serviços ofe-
recidos pelo Ação Global. A auxiliar administrativa
Rosangela Santana, que participou pela primeira vez
do evento, aproveitou para tirar foto 3x4, cortar o ca-
belo de sua filha mais nova e se divertir com a feira de
turbantes. A estudante, Drielle de Araújo, de 17 anos,
aproveitou para fazer sua primeira Carteira de Traba-
lho e o CPF. [bi]
Serviços de
saúde foram
os mais
procurados
na edição
do evento
deste ano
Bahia Indústria 23
foto: mArCElo gANdrA/CoPErPhoto/SIStEmA fIEb
até meados de 2014, o estaleiro Enseada Indús-
tria Naval, em Maragogipe, chegou a empregar
7 mil trabalhadores. Hoje, emprega 300, núme-
ro suficiente apenas para manter o seu espaço físico
e equipamentos. Com 82% das obras concluídas, o
empreendimento espera receber os R$ 600 milhões
restantes do total de R$ 1,6 bilhão financiado junto ao
Fundo da Marinha Mercante, com repasses da Caixa
e Banco do Brasil. O projeto está praticamente parado
desde que a Operação Lava Jato ganhou as manche-
tes nacionais.
A situação gerou efeitos devastadores para a eco-
nomia do Recôncavo, especialmente para os municí-
pios de Maragojipe, Salinas da Margarida, Saubara,
Santo Antônio e Nazaré. Para defender a viabilização
do estaleiro, a FIEB reuniu, em 25 de maio, em sua
sede, representantes da bancada baiana no Congres-
so Nacional. “A Bahia precisa se colocar acima das
diferenças partidárias para abraçar esse projeto es-
tratégico para a retomada da nossa indústria naval”,
frisou o presidente da FIEB, Ricardo Alban.
Para o presidente do Enseada Indústria Naval,
Fernando Barbosa, é essencial que a Caixa e BB li-
berem os recursos do financiamento. Ele lembrou
que o acionista maior do Enseada – a Odebrecht – se
comprometeu a dar aval para os R$ 600 milhões que
faltam. Outra prioridade é conseguir dos clientes
Sete Brasil e Petrobras o compromisso de manter as
encomendas com o estaleiro, dentro das condições
estabelecidas. “Mudanças podem inviabilizar o em-
preendimento”, assinalou.
INICIATIVA ElOGIADAA iniciativa da FIEB foi elogiada pelos parlamen-
tares. “A FIEB tem dado contribuição importante
para superar obstáculos ao crescimento da Bahia. É
essencial solucionarmos a questão do estaleiro”, afir-
mou o senador Walter Pinheiro (PT).
Para a senadora Lídice da Mata (PSB) a situação
supera diferenças partidárias. “Essa é uma questão
de interesse da Bahia e a FIEB foi feliz ao compre-
ender isso”. O deputado federal Lúcio Vieira Lima
Presidente da
FIEB, Ricardo
Alban, no
encontro com
a bancada
federal
Em defesa do EnseadafIEb reuniu bancada federal baiana para ato em defesa do Enseada Indústria Naval, que está com 82% das obras físicas concluídas
(PMDB) concorda. “Precisamos mostrar que nosso
estado está unido em torno do problema”. Para o de-
putado Cláudio Cajado (DEM) a solução para o caso se
dará em um âmbito mais abrangente, envolvendo os
demais estaleiros paralisados no país.
O 1º vice-presidente da FIEB, Carlos Gantois re-
forçou a importância da união dos parlamentares.
“Temos que encontrar uma fórmula de garantir que
os projetos para o Estado tenham continuidade, in-
dependentemente da crise“. Já o presidente do CIEB,
Reginaldo Rossi, disse que a Bahia deve se pronun-
ciar com veemência na defesa de seus interesses. [bi]
24 Bahia Indústria
conselhos
Ferramenta simplifica acesso a informações sobre comércio exteriorO Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apresentou, no dia 2 de junho, o novo Sistema de
Consultas sobre Tarifas, Regras de Origem e Serviços dos Acordos Comerciais Brasileiro, o Capta 2. O lançamento ocorreu
em Brasília e, simultaneamente, foram enviados às federações de indústria dos estados representantes do ministério para
apresentar a ferramenta. Na Bahia, os novos recursos do Capta 2 foram discutidos durante reunião dos Conselhos de
Comércio Exterior (Comex) e de Portos da FIEB . Para o coordenador do Comex, Angelo Calmon de Sá, a ferramenta vai
facilitar a vida dos exportadores e importadores brasileiros ao simplificar o acesso a informações sobre tarifas, países com
os quais o Brasil mantém acordos bilaterais, entre outras.
Comam discute logística reversaA reunião do Comam, de maio, discutiu Logística
Reversa de Eletroeletrônicos com a presença do
gerente de Sustentabilidade da Associação Brasileira
da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Ademir
Brescansin. A Abinee é responsável pela logística
reversa da linha verde e prevê firmar acordo setorial
para adotá-la também para os produtos
eletroeletrônicos. Um dos pontos discutidos na
reunião foi o fato de a Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS) não especificar quais produtos
deveriam ser contemplados no Sistema de Logística
Reversa (SLR) e o fato de também de não estabelecer
o índice de reciclabilidade dos eletroeletrônicos, o
que dificulta o processo de reciclagem. A PNRS
estabeleceu duas metas progressivas a serem
cumpridas em até cinco anos. Já foram assinados
acordos setoriais para as embalagens de óleos
lubrificantes e de lâmpadas (fluorescentes de vapor
de sódio Hg e de luz mista).
Crise hídrica é debatida na FIEBA preocupação com o risco de uma crise hídrica na
Bahia, a exemplo do que aconteceu em São Paulo,
levou os Conselhos de Infraestrutura (Coinfra) e de
Meio Ambiente (Comam) da FIEB a promoverem
reunião conjunta, no dia 13 de maio. O coordenador
do Coinfra, Marcos Galindo, explicou que além de
dar início a um diálogo produtivo com as entidades
estaduais, o objetivo foi saber como o estado tem se
preparado para o enfrentamento da questão. Já o
coordenador do Comam, Jorge Cajazeira, pontuou
que a reunião também visou à proposição de uma
agenda positiva entre indústria e estado. O principal
tema abordado foi a situação dos reservatórios de
Sobradinho, que com cerca de 22% de sua
capacidade, atingiu o menor índice registrado em
toda sua história para o mês de maio.
As agendas tributárias federal e estadual voltadas
para micro, pequenas e médias empresas foram
discutidas durante o seminário Tributação para
Pequenos Negócios: Entendendo e Praticando,
realizado no auditório da FIEB, no dia 26 de maio.
Promovido pelo Conselho de Assuntos Fiscais
(Caft) e voltado para empresários, advogados e
profissionais de contabilidade, o seminário
também debateu a tributação extrafiscal e
questões tributárias polêmicas das micro,
pequenas e médias empresas (MPME). Na abertura
do evento, o 1º vice-presidente da FIEB, Carlos
Henrique Jorge Gantois, ressaltou a necessidade de
o estado assumir um maior planejamento para
realizar ampla reforma tributária. O presidente do
CIEB, Reginaldo Rossi, também manifestou
preocupação com a complexidade de tributos que
pesam sobre as MPME. O vice-presidente da FIEB e
coordenador do Caft, Mário Augusto da Rocha
Pithon falou sobre “Tributação Extrafiscal –
Função Social do Estado”.
seminário discutiu tributação para pequenos negócios
Representantes
da FIEB e de
órgãos ligados
à gestão
de tributos
participaram do
encontro
ANgElo PoNtES/CoPErPhoto/SIStEmA fIEb
Bahia Indústria 25
O Centro das Indústrias da
Bahia (CIEB), entidade que
integra o Sistema FIEB, lan-
çou em maio, em Salvador e Feira
de Santana, o programa Rede de
Parceiros, clube de benefícios vol-
tado para as empresas industriais
associadas à entidade. A iniciati-
va tem como objetivo oferecer às
associadas e seus funcionários,
produtos e serviços com descontos
e condições especiais.
Serão oferecidos às empresas
associadas preços diferenciados
para serviços como certificação
digital, seguros e treinamentos.
Já para os colaboradores e diri-
gentes de empresas, há parcerias
com farmácias, instituições de
cursos superiores, escolas de lín-
guas estrangeiras, academias de
ginástica, cinemas, clubes, den-
tre outras.
Além de beneficiar as associa-
das do CIEB, que contarão com um
portfólio de produtos e serviços de
qualidade, o programa fortalece
as empresas parceiras, ao estimu-
lar o bom ambiente de negócios.
Criado em 1966, o CIEB atualmen-
te possui 709 indústrias associa-
das, na capital e interior.
No lançamento da Rede de Par-
ceiros, que contou com a presença
do 1º vice-presidente da FIEB, Car-
los Gantois, o presidente do CIEB,
Reginaldo Rossi, disse que é preci-
so mudar o foco das políticas eco-
nômicas, que priorizam o capital
rede de Parceiros beneficiará indústriasPrograma prevê clube de benefícios para as empresas associadas ao Centro das Indústrias do Estado da bahia (CIEb)
Reginaldo
Rossi,
presidente do
CIEB, lançou
a Rede de
Parceiros
em Salvador
e Feira de
Santana
ao invés do trabalho. “Precisamos
entender a importância de o Bra-
sil ter uma indústria competitiva”,
afirmou Rossi.
É o que faz o Sistema FIEB, lem-
brou Reginaldo Rossi, destacando
a criação ou ampliação de centros
profissionais em localidades do
interior, colaborando para formar
e qualificar trabalhadores espe-
cializados e também com a oferta
de serviços tecnológicos. Dessa
forma, contribui para descentra-
lizar espacialmente a indústria
baiana, criando no interior um
ambiente de negócios favorável à
implantação de indústrias.
Além disso, destacou que o
CIEB tem atuado na defesa dos in-
teresses do setor industrial, citan-
do como exemplo as negociações
empreendidas com a CNI para am-
pliar a abrangência do Supersim-
ples. “Temos que criar condições
para que o empresário acredite
no potencial do interior, mas pa-
ra que isso aconteça precisamos,
além de mão de obra qualificada,
ter boas estradas, ferrovias e aces-
so a portos”, completou Rossi.
O lançamento da Rede de Par-
ceiros aconteceu no auditório da
FIEB e contou com palestra de
Fábio Martins, da Projek Consul-
toria, empresa que integra o pro-
grama. Ele abordou o tema Como
Reduzir o Custo da Minha Empre-
sa, destacando a importância de
as pequenas empresas, nos mo-
mentos de crise econômica, tro-
carem os cortes de custos tangí-
veis (salários, energia, telefonia,
água etc) por cortes de despesas
intangíveis, como o retrabalho, o
desperdício de tempo e a inefici-
ência, a partir da padronização
de processos. “Com isso, a em-
presa pode reduzir de 10% a 15%
os seus custos, sem abrir brechas
para os concorrentes”, afirmou o
consultor.
O CIEB promove o intercâmbio
entre o Sistema FIEB, sindicatos
patronais, demais entidades re-
presentativas do empresariado da
Bahia e os poderes públicos. [bi]
ANgElo PoNtES/CoPErPhoto/SIStEmA fIEb
26 Bahia Indústria
indicadores Números da Indústria
transformação industrial tem retração de 6,4%o desempenho da bahia foi o sétimo pior dentre os 14 estados pesquisados pelo IbgE
uma queda de 6,4% na ta-
xa anualizada marcou a
produção física da indús-
tria de transformação na
Bahia, em abril de 2015. Houve um
declínio em relação à taxa anuali-
zada registrada em março de 2015
(-5,6%), o que deixou a Bahia em
8º lugar no ranking dos 14 esta-
dos que participam da Pesquisa
Industrial Mensal da Produção
Física (PIM-PF-R), do qual apenas
três apresentaram desempenho
positivo: Mato Grosso (2,4%), Goi-
ás (2,2%) e Espírito Santo (0,3%).
Os outros estados registraram
resultados negativos: Amazonas
(-13,1%), Paraná (-7,6%), Rio de Ja-
neiro (-7,1%), Minas Gerais (-7,0%),
São Paulo (-6,9%), Rio Grande do
Sul (-6,7%), Bahia (-6,4%), Ceará
(-5,0%), Santa Catarina (-4,2%),
Pernambuco (-1,8) e Pará (-0,6%).
Na Bahia, dos onze segmentos
pesquisados, apenas quatro apre-
sentaram resultados positivos:
Produtos Químicos (3,6%), Celulo-
se e Papel (2,6%), Couro e Calçados
(2,8%) e Borracha e Plástico (0,1%).
Em sentido contrário, apresenta-
ram retração os segmentos: Equi-
pamentos de Informática (-50,8%),
Metalurgia (-16,7%), Refino de Pe-
tróleo e Biocombustíveis (-11,6%),
Bebidas (-7,5%), Minerais não me-
tálicos (-6,5%), Veículos automoto-
res (-3,0%) e Alimentos (-0,7%).
Na comparação de abril de 2015
com igual mês do ano anterior, a produção física da
Indústria de Transformação baiana apresentou ex-
pressiva queda de 13,5%. Apenas dois dos 11 segmen-
tos industriais da Bahia apresentaram resultados po-
sitivos: Veículos automotores (1,4%, devido à maior
fabricação de automóveis) e Couro e Calçados (0,7%,
com a produção maior de tênis em material sintético).
Puxando a queda do agregado, apresentaram re-
tração os segmentos: Equipamentos de Informática
(-63,0%, queda na produção de computadores pesso-
ais de mesa - PC Desktop - e gravador ou reprodutor
de sinais de áudio e vídeo - laptops, notebook, han-
dhelds, tablets e semelhantes); Metalurgia (-33,4%,
menor produção de barras, perfis e vergalhões de co-
bre e de ligas de cobre, lingotes, blocos ou placas de
aços ao carbono e fio-máquina de aços ao carbono);
Bebidas (-14,1%, recuo na fabricação de cervejas e
chope); Refino de petróleo e biocombustíveis (-20,9%,
redução na fabricação de óleo diesel, gasolina auto-
motiva, naftas para petroquímica e óleos combustí-
veis); Bebidas (-16,3%); Alimentos (-13,4%, queda na
produção de farinha de trigo, manteiga, gordura e
óleo de cacau, carnes de bovinos
frescas ou refrigeradas e cacau
ou chocolate em pó); Minerais
não metálicos (-12,4%); Celulose
e Papel (-6,0%); Produtos Quími-
cos (-1,5%) e Borracha e Plástico
(-0,5%).
QUADRIMESTRETendo em conta o acumulado
do primeiro quadrimestre deste
ano, em comparação a igual perío-
do de 2014, verifica-se uma queda
de 12,8% na produção da indús-
tria de transformação baiana. Tal
desempenho foi determinado pelo
resultado dos seguintes segmen-
tos: Equipamentos de Informática
(-66,4%, com recuo na fabricação
de computadores pessoais de me-
sa e gravador ou reprodutor de si-
nais de áudio e vídeo - laptops, no-
JAN
JUL
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral; base = 100 (média 2012)
BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2012 - 2015)
115
110
105
100
95
90
85
80
75
70
2012
20142013
2015
Bahia Indústria 27
tebook, handhelds, tablets e semelhantes); Refino de
petróleo e biocombustíveis (-35,2%, menor produção
de óleo diesel, óleos combustíveis, naftas para petro-
química e gasolina automotiva); Metalurgia (-24,3%);
Bebidas (-16,1%, menor produção de cervejas, chope
e refrigerantes); Minerais não metálicos (-11,2%, que-
da na produção de elementos pré-fabricados para
construção civil de cimento ou concreto, massa de
concreto, ladrilhos, revestimentos e azulejos de cerâ-
mica); Alimentos (3,3%); Produtos Químicos (-2,2%) e
Borracha e Plástico (-0,5%).
Por outro lado, no primeiro quadrimestre houve
expansão da produção nos segmentos: Veículos Au-
tomotores (31,8%, impulsionado não só pela maior
produção de automóveis e painéis para instrumentos
de veículos automotores, mas também por uma bai-
xa base de comparação, já que esse segmento recuou
28,2% nos quatro primeiros meses de 2014.); Celulose
e papel (8,2%, por apresentar aumento na fabricação
de pastas químicas de madeira); e Couro e Calçados
(4,8%, aumento na fabricação de tênis).
O setor industrial (brasileiro e baiano) registra
um primeiro quadrimestre desaquecido. Do ponto de
vista estadual, o desempenho negativo de abril ain-
da é reflexo da parada da RLAM, que responde por
quase um terço do VTI da Indústria de Transforma-
ção. Por outro lado, cumpre registrar o movimento de
recuperação do segmento de Automóveis (+31,8% no
acumulado do ano), após o bem sucedido lançamen-
to de novo modelo de carro. Quanto às perspectivas
para 2015, há poucos elementos para uma recupera-
ção expressiva da indústria nacional. A estimativa de
bahia: pim-pf de abril 2015
Indústria de Transformação -13,5 -12,8 -6,4
refino de petróleo e biocombustíveis -20,9 -35,2 -11,6
produtos químicos -1,5 -2,2 3,6
veículos automotores 1,4 31,8 -3,0
alimentos -13,4 -3,3 -0,7
celulose e papel -6,0 8,2 2,6
borracha e plástico -0,5 -0,5 0,1
metalurgia -33,4 -24,3 -16,7
couro e calçados 0,7 4,8 2,8
minerais não metálicos -12,4 -11,2 -6,5
equipamentos de Informática -63,0 -66,4 -50,8
bebidas -16,3 -16,1 -7,5
Extrativa Mineral -2,4 -3,8 -1,4
VArIAção (%)
SETORES ABR15/ABR14 JAN-ABR15/ MAI14-ABR15/ JAN-ABR14 MAI13-ABR14
Fonte IBGe; elaboração Fieb/SdI
mercado é de queda da atividade industrial de 3,2%
este ano, com alguma recuperação em 2016 (+1,5%).
Alguns indicadores ilustram as dificuldades en-
frentadas pela economia nacional: (i) inflação elevada
(o IPCA acumula alta de 4,57% no ano até abril e de
8,17% em 12 meses); (ii) constante elevação da taxa de
juros, com a Selic já alcançando 13,75%; e (iii) cresci-
mento do desemprego – segundo o IBGE, sendo que,
em abril de 2015, a taxa de desemprego foi de 6,4%,
bem acima da verificada em abril de 2014 (4,9%), para
as seis regiões metropolitanas investigadas. No caso
específico da RMS, a taxa passou de 9,1%, em abril de
2014, para 11,3%, em abril de 2015. [bi]
28 Bahia Indústria
Empresário não paga imposto. Quem paga
imposto é o consumidor”, afirmou o pre-
sidente do Centro das Indústrias do Esta-
do da Bahia (CIEB), Reginaldo Rossi, na abertura da
Conferência eSocial, realizada no dia 13 de maio, na
Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB).
Para Rossi, o empresário convive com uma alta carga
tributária e ainda é obrigado a lidar com uma infini-
dade de obrigações acessórias, cujo atendimento re-
quer uma atenção cada vez maior e, muitas vezes, a
contratação de escritórios de apoio.
“Vamos cumprir o que determina o eSocial, mas é
preciso que o governo, que nos faz tantas exigências,
dê contrapartidas na forma de bons serviços”, afir-
Exigências do eSocial preocupam pequenos e médios empresáriosfIEb e CIEb promoveram debate com entidades envolvidas na sistematização do programa que trata de obrigações acessórias
mou o dirigente do Sistema FIEB. O eSocial é um pro-
jeto federal que vai unificar o envio de informações
pelo empregador em relação aos seus empregados.
As obrigações acessórias são exigências de infor-
mações que as empresas têm de fornecer ao governo
federal, nas áreas trabalhista, fiscal, de segurança
do trabalhador e previdenciária, incluindo emissão
de guias de recolhimento, demonstrações contábeis,
folha de pagamento e movimentação de empregados.
As declarações são enviadas eletronicamente. Com
base nelas, a Receita Federal e a Previdência podem
fazer cruzamentos de dados e detectar possíveis irre-
gularidades. O cumprimento de todas elas é uma pre-
ocupação das empresas, especialmente as de micro,
Debate reuniu
a diretoria
da FIEB e
representantes
de órgãos
oficiais
por clEbEr borgEs
VAltEr PoNtES/CoPErPhoto/SIStEmA fIEb
Bahia Indústria 29
pequeno e médio portes, pois o
descumprimento, na maioria dos
casos, resulta em pesadas multas
ou, até, em alguns casos, na para-
lisação temporária das atividades.
Para o 1º vice-presidente da
FIEB, empresário Carlos Gantois,
a entrada em vigor do eSocial, pre-
vista para janeiro de 2016, preocu-
pa as empresas, especialmente as
de médio porte, que não estão abri-
gadas no Supersimples (regime
tributário diferenciado para micro
e pequenas empresas). “A FIEB e o
CIEB estão atentos a aspectos que
possam onerar tanto estas como
as empresas de menor porte. Por
essa razão, estão em permanente
contato com a Confederação Na-
cional da Indústria (CNI), visando
evitar que as obrigações acessó-
rias nos tragam aumentos de cus-
tos trabalhistas e previdenciários.
O governo entende que o eSocial
simplificará procedimentos, mas
vários aspectos ainda precisam
ser esclarecidos e é em razão disso
que estamos promovendo debates
como esta conferência”, afirmou
Carlos Gantois.
Gantois explica que o Sistema
FIEB estimula o debate do eSocial
para criar um contraponto que
resulte em uma legislação mais
madura e compatível com as exi-
gências de competitividade. “Mes-
mo com o Manual de Orientação
do eSocial, aprovado no início do
ano, nada garante que essa nova
sistemática não penalize as em-
presas. Acredito que ela precisa
ser aperfeiçoada, sob pena de mui-
tas das MPMEs serem obrigadas a
fechar as portas”, avalia Gantois,
acrescentando que “vivemos um
momento de desconforto social,
em um cenário de desaquecimen-
to econômico, no qual o governo
precisa mais que nunca fazer sua
parte, cortando gastos para poder
reduzir a carga tributária.”
Para ele, as indústrias instala-
das no Nordeste precisam receber
um tratamento diferenciado em re-
lação às políticas públicas. “Preci-
samos ter um novo pacto federati-
vo. Os desiguais têm de ser tratados
de forma desigual. Nunca teremos
uma nação equilibrada com des-
níveis regionais tão acentuados”,
afirmou o dirigente da FIEB.
O presidente do Conselho Regio-
nal de Contabilidade, Wellington
Cruz, lembra que, sem os empre-
admissãoO empregado não poderá ser admitido sem a CTPS, e o empregador terá o prazo de 48 horas para anotá-la e devolvê-la, sob pena de multa, sendo obrigatório o exame médico admissional. Cabe ao empregador cadastrar imediatamente os empregados não inscritos no PIS/PASEP
aso - aTesTado de saúde ocupacionalO ASO é um comprovante do exame clínico ocupacional, que deverá ser realizado para os seguintes casos: admissional, periódico, retorno ao trabalho, mudança de função e demissão
conTraTo de experiênciaA duração deverá ser anotada na CTPS e o prazo máximo de vigência é de 90 dias
aviso de fériasComunicar o órgão local do Ministério do Trabalho, individualmente, por meio do Evento Aviso de Férias S-2300. A data limite ainda não foi definida
caT - comunicação de acidenTe do Trabalho Ocorrendo o acidente de trabalho, independentemente de afastamento ou não, ainda que por meio período, é obrigatória a emissão da CAT - Comunicação de Acidente do Trabalho pelo empregador, sob pena de multa
afasTamenTo TemporárioO empregador deve comunicar o afastamento do empregado, bem como eventuais alterações e prorrogações. Caso o empregado possua mais de um vínculo de trabalho, a empresa deverá enviar o Evento - Afastamento Temporário S-2320 para cada um dos vínculos
desligamenToDeverão ser comunicados, individualmente, utilizando o Evento – Desligamento S-2800 referente ao empregado
aviso prévioA empresa deverá comunicar, individualmente, o Evento - Aviso Prévio S-2400 e o Evento - Cancelamento de Aviso Prévio S-2405, em caso de cancelamento
O que muda com a nova sistemática
o governo entende que o esocial simplificará procedimentos, masvários aspectos ainda precisam ser esclarecidos
“Carlos Gantois. 1º vice-presidente da FIEB e coordenador do Compem
sários, a economia para, por isso é
preciso bom senso no momento de
se criar novos mecanismos de fis-
calização, pois “muitas vezes sabe-
mos que uma multa é injusta, mas
não podemos deixar de aplicar.”
José Honorino de Macedo, che-
fe de Inspeção do Trabalho da
Secretaria Regional do Trabalho,
defendeu que a nova sistemática
irá aliviar as empresas da rotina
de cadastrar informações e docu-
mentos e dar mais confiabilidade
às informações. A conferência foi
uma realização dos conselhos da
Micro e Pequena Empresa e de As-
suntos Fiscais da FIEB. [bi]
30 Bahia Indústria
painel
Empresários participaram da iniciativa promovida pelo IEL e CoficMais de 60 representantes de empresas, entre compradores e
fornecedores, participaram do I Encontro com Fornecedores,
realizado pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL/BA) em parceria
com o Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), no
dia 3 de junho, no auditório da Federação das Indústrias do
Estado da Bahia (FIEB).
A iniciativa, promovida no âmbito do Fórum Empresarial de
Suprimentos, teve como objetivo favorecer a interação entre as
empresas, fomentando a geração de negócios, com foco na
área de Manutenção Industrial. A expectativa de negócios
futuros é de movimentar mais de R$ 17 milhões.
A abertura do evento contou com a presença do
superintendente do IEL Bahia, Evandro Mazo, do
superintendente de Desenvolvimento e Comunicação do Cofic,
Érico Oliveira e do coordenador do Fórum Empresarial de
Suprimentos, Thadeu Handam.
Empresários participam de rodada de negócios na FIEB
mArCElo gANdrA/CoPErPhoto/SIStEmAfIEb
FIEB apoia sindicatos no Planejamento Estratégico Pelo quinto ano consecutivo,
a FIEB apoia os sindicatos
filiados na elaboração dos
seus planejamentos
estratégicos. Além do suporte
na construção e implantação
do planejamento, a
Federação também colabora
para a execução dos
Planos de Ação, a fim de
ampliar a representatividade,
a sustentabilidade e a
competitividade dos
setores. A iniciativa integra
o Programa de
Desenvolvimento Associativo.
Além da elaboração e
revisão do planejamento
estratégico (Ciclo A) e da
elaboração do plano de
ação (Ciclo B), a ação inclui o
apoio no gerenciamento
e implementação de ações
estratégicas definidas
no Plano de Ação e
avaliação de resultados (Ciclo
C). Com isso, os sindicatos
que já elaboraram o
planejamento podem
construir um plano de
monitoria.
Prêmio de estágio acontece em agostoNo Dia do Estagiário,
celebrado em 18 de
agosto, o IEL vai
homenagear os agentes
envolvidos no processo
de estágio. Na data,
será realizada a 12ª
edição do Prêmio IEL
de estágio, que vai
reconhecer as empresas
com melhores práticas,
além de estudantes e
instituições de ensino
que incentivam a
prática de estágio
durante a formação
acadêmica. A
premiação será
integrada com o
Workshop de Estágio,
que contará com
palestras e atividades
culturais. As inscrições
para o evento podem
ser efetuadas pela
Agenda de Estágio, no
Facebook do Sistema
FIEB (www.facebook.
com/SistemaFIEB).
ANgElo PoNtES/CoPErPhoto/SIStEmA fIEb
Homenagem do Sindpacel • O Sindicato das
Indústrias do Papel, Celulose, Papelão, Pasta de
Madeira de Papel e Artefatos de Papel e Papelão no
Estado da Bahia (Sindpacel) homenageou dois
ex-presidentes, durante as comemorações dos 60
anos do sindicato e posse da nova diretoria. Os
ex-diretores da Federação das Indústrias Elio Régis
e José do Patrocinio Coelho, este, um dos
fundadores do Sindpacel, receberam a homenagem
das mãos do presidente reeleito da entidade, Jorge
Cajazeira. José do Patrocínio foi representado por
seu filho, Erwin Coelho.
Bahia Indústria 31
Valter Beal, presidente da comissão organizadora do 8º Cobef
ANgElo PoNtES/CoPErPhoto/SIStEmAfIEb
Pesquisas na área de engenharia de fabricação são apresentadas no 8º CobefOs resultados de mais de 350 pesquisas técnicas e científicas na
área de Engenharia de Fabricação foram apresentados e
discutidos na 8ª edição do Congresso Brasileiro de Engenharia
de Fabricação (Cobef), realizado no SENAI Cimatec, entre os
dias 19 e 22 de maio. Considerado o maior evento nacional na
área, o congresso é realizado a cada dois anos, com promoção
da Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas
(ABCM). O evento reuniu especialistas da academia e da
indústria. “Neste congresso é apresentado o que está sendo
pesquisado nas universidades. Esta é uma chance de pegar,
logo no início, o desenvolvimento de tecnologias que depois
serão utilizadas pela indústria”, avalia o presidente da
comissão organizadora do 8º Cobef, Valter Beal.
Festival SESI Música premiará os talentos da indústriaO Festival SESI Música, que será realizado de 25 a 27 de
setembro, no Centro de Cultura Amélio Amorim, em Feira de
Santana, inscreve até 10 de julho. Os candidatos poderão
concorrer nas categorias músicas inéditas e não inéditas. O
Festival é destinado aos trabalhadores da indústria e seus
dependentes diretos (filhos maiores de 15 anos e cônjuges) e
aos alunos do Ensino Médio da Rede SESI de Educação. As
inscrições podem ser feitas nas unidades do SESI na capital e
no interior. Os três primeiros lugares receberão prêmios em
dinheiro nos valores de R$ 2 mil, R$ 1 mil e R$ 700.
Equipe do SESI fez treinamento em gestão do absenteísmo na Finlândia Uma equipe composta por quatro médicos e uma engenheira
de segurança do Serviço Social da Indústria (SESI Bahia)
participou, de 1º a 10 de junho, de uma capacitação no Finish
Institute of Occupational Health (Fioh). A iniciativa fez parte
da estruturação do Instituto SESI de Inovação em Gestão do
Absenteísmo e Reabilitação, que ficará sediado na Bahia e
servirá de referência para todo o Brasil. A proposta é que o
instituto desenvolva tecnologias para a prevenção da
incapacidade para o trabalho e redução dos custos
associados, que impactam na competitividade das indústrias.
A iniciativa foi promovida pelo Departamento Nacional e vai
ampliar o portfólio de serviços do SESI às indústrias. Antes de
partir, a equipe realizou, nos dias 26, 27 e 28 de maio, um
seminário preparatório com 20 representantes de todas as
unidades do SESI Bahia, do Departamento Nacional e da
Confederação Nacional da Indústria (CNI).
ANgElo PoNtES/CoPErPhoto/SIStEmAfIEb
Maria Salomé Rafael e Josair Bastos assinam acordo
Intercâmbio entre Bahia e PortugalO VI Encontro de Negócios Bahia-Portugal: Um Futuro de
Oportunidades, promovido pela Câmara Portuguesa de
Comércio no Brasil, dias 21 e 22 de maio, no auditório da
FIEB, discutiu experiências e práticas empreendedoras em
diversas áreas. “Portugal e a Bahia são complementares. Se
dermos as mãos, acredito que podemos fazer parcerias
muito frutíferas em diversos segmentos”, ressaltou o
presidente da Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil,
Antônio Coradinho. Durante o encontro, a presidente da
Associação Empresarial da Região de Santarém
(NERSANT), Maria Salomé Rafael, e o vice-presidente da
FIEB, Josair Bastos, assinaram convênio de cooperação
para fomentar o intercâmbio na área agroindustrial.
32 Bahia Indústria
Importância da Lei Anticorrupção
jurídico
por fabiana MEndonça noguEira
Em um país que tem culturalmen-
te os atos de corrupção como um
estigma, incluir a Lei Anticorrup-
ção (Lei nº 12.846/2013) em seu
ordenamento jurídico represen-
ta importante avanço, pois trata
diretamente da conduta dos que
praticam atos lesivos contra a Ad-
ministração Pública.
Ela é aplicada a pessoas jurídi-
cas brasileiras (sociedades empre-
sárias, sociedades simples, funda-
ções, associações) ou pessoas jurí-
dicas estrangeiras com sede, filial
ou representação no Brasil, que te-
nham praticado atos lesivos: I) em
território brasileiro contra a Admi-
nistração Pública nacional ou es-
trangeira; II) no exterior contra a
Administração Pública brasileira;
e III) no exterior contra a Adminis-
tração Pública estrangeira, quan-
do realizados por pessoa jurídica
brasileira. Neste último caso, além
de processada e julgada no Bra-
sil, a empresa corruptora poderá
ainda ser processada e julgada de
acordo com a legislação do país
em que cometeu o ato lesivo.
O artigo 5º da referida lei elen-
ca um rol taxativo dos atos lesivos
que ensejam a responsabilização
objetiva da pessoa jurídica nas
esferas administrativa e civil, a
exemplo de fraudar licitação pú-
blica ou contrato dela decorrente;
prometer, oferecer ou dar, direta
ou indiretamente, vantagem inde-
vida a agente público ou a terceira
pessoa a ele relacionada.
A Lei prevê que as pessoas jurí-
dicas que cometem atos lesivos à
Administração Pública serão res-
ponsabilizadas objetivamente, ou
seja, não dependerá da demons-
tração de culpa ou intenção, bas-
tando prova do nexo entre a sua
conduta e o ato lesivo praticado
em seu interesse ou benefício. Im-
portante observar que dirigentes,
administradores ou qualquer pes-
soa, autora, coautora ou partícipe
do ato ilícito, poderá também ser
responsabilizada individualmen-
te. Neste caso, há de ser compro-
vado que a ação ou omissão ilícita
do agente foi praticada com dolo
(vontade de realizar a conduta) ou
culpa (agiu com negligência, im-
prudência ou imperícia).
As sanções estão previstas no
artigo 6º e podem ser aplicadas de
forma isolada ou cumulativa, as-
sim como podem decorrer de pro-
cesso administrativo, judicial ou
ambos. Dentre as sanções, estão
multa no valor de 0,1% a 20% do
faturamento bruto do último exer-
cício anterior ao da instauração
do processo administrativo, ex-
cluídos os tributos; publicação da
decisão condenatória em meios de
comunicação de grande circula-
ção; suspensão ou interdição par-
cial das atividades e dissolução
compulsória da pessoa jurídica.
A Lei Anticorrupção foi re-
gulamentada pelo Decreto nº
8.420/2015, que trouxe critérios
para a aplicação das penalidades
no âmbito administrativo. Assim,
além de atender a compromissos
internacionais assumidos pelo
Brasil, a lei preenche uma lacuna
no ordenamento jurídico do país.
Ampliada aplicação da Lei de ArbitragemNo dia 27 de maio de 2015 foi
publicada a Norma Federal nº
13.129, que alterou a Lei de
Arbitragem (nº 9.307/96),
ampliando o âmbito de
aplicação do instituto e
dispondo sobre a escolha dos
árbitros, quando as partes
recorrem a órgão arbitral,
interrupção da prescrição
pela instituição da
arbitragem, concessão de
tutelas cautelares e de
urgência nos casos de
arbitragem, carta arbitral e
sentença arbitral. Dentre as
alterações trazidas, é possível
citar a maior celeridade
conferida aos processos
arbitrais e a possibilidade de
sua utilização em litígios
relacionados a contratos
públicos.
Regulamentada competência na área ambientalO Decreto Federal nº 8.437,
publicado em 23/04/15,
regulamentou a Lei
Complementar nº 140/11, que
trata da cooperação entre os
entes federativos nas ações
administrativas relativas à
proteção das paisagens
naturais notáveis, ao meio
ambiente, ao combate à
poluição e à preservação das
florestas, fauna e flora, para,
dentre outros pontos, definir
os tipos de empreendimentos
ou atividades cujo
licenciamento ambiental será
de competência da União.
Fabiana Mendonça Nogueira integra a equipe da Gerência Jurídica da FIEB
Bahia Indústria 33
ideias
por hoMEro arandas
Nos últimos meses, muitos têm
criticado a terceirização no Brasil.
Mas a terceirização é uma realida-
de presente em todos os continen-
tes, em todas as cadeias produti-
vas e é responsável por milhões de
empregos formais.
Nossas empresas, até pouco
tempo, eram verticalizadas; fa-
ziam tudo nos seus “canteiros ope-
racionais”, de serviços de limpeza
ao manuseio de matérias-primas,
controle de qualidade, movimenta-
ção, embalagem e entrega do pro-
duto final. Hoje, com os avanços
tecnológicos e da especialização,
é impossível ser eficiente em todas
as atividades. Há que se buscar
produtividade, sob pena de ver
sucumbir o negócio e, com ele, os
empregos.
A terceirização tem como base
a especialização e traz ganhos de
produtividade, inovações tecno-
lógicas e novos empregos. Com
ganho para o consumidor final.
Quais os benefícios da terceiriza-
ção para os trabalhadores? Essa
questão precisa ser respondida
com clareza para a sociedade.
Hoje, o Brasil possui 12,5 mi-
lhões de trabalhadores formais
terceirizados. Para esses e para
os futuros trabalhadores dessa
modalidade de contratação, não
há uma lei que lhes dê garantias,
nem existe fronteira entre as res-
ponsabilidades das empresas con-
tratantes e contratadas. Isso gera
insegurança jurídica, inibe inves-
timentos e empregos.
Por conta dessa falta de clareza
Terceirização, apocalipse do sistema trabalhista?
da legislação, somente no Tribunal Superior do Tra-
balho existem mais de 16 mil processos trabalhistas
versando sobre a matéria, enquanto há uma discus-
são, estéril, do que é atividade meio ou atividade fim.
Essa fronteira é impossível de se precisar no mundo
atual. O que é atividade fim para uma empresa espe-
cializada, para outra é atividade meio.
A terceirização ultrapassa hoje os limites da simples
transferência de serviços de apoio e passa a integrar o
fornecimento de itens antes considerados como inte-
grantes do produto. Há um forte e crescente processo
de integração entre a produção industrial e a área de
serviços. A competição hoje se desloca da concorrên-
cia entre empresas para um novo modelo que coloca
para competirem entre si redes de produção.
O que importa é a proteção do trabalhador. Preci-
sam ser garantidos todos os seus direitos trabalhis-
tas, desde salários, 13º, férias, horas extras etc, e
benefícios e vantagens conseguidos nas negociações
coletivas. Como assegurar isto? Com uma legislação
que obrigue: somente poder se contratar serviços
especializados, de empresas especializadas, com
capital social compatível, que ao assinar contrato de
prestação de serviços especializados ofereçam ga-
rantias suplementares de seguro/fiança bancária, e
seja a empresa contratante responsável também por
fiscalizar o cumprimento das obrigações trabalhistas
e previdenciárias dos empregados da empresa que
contratou.
Onde estaria nessa nova situação a precarização
das relações de trabalho? Não devemos dar ouvidos
a argumentos do tipo: “as empresas de aviação vão
terceirizar seus pilotos, as escolas vão terceirizar to-
dos os seus professores”. Isso é terrorismo ideológico.
A precarização não decorre da terceirização, mas sim
da existência de trabalhadores na informalidade.
Não é verdade afirmar que as empresas terceiri-
zam apenas para reduzir custos. Reduzir custos não
significa prejudicar o trabalhador com o pagamento
de menores salários ou corte de benefícios trabalhis-
tas. Significa reduzir custos de produção, mediante
ganhos de especialização, eficiência e produtividade,
para oferecer ao consumidor produto de qualidade a
preço competitivo. [bi]
homero Arandas é coordenador do Conselho de Relações Trabalhistas da FIEB
Hoje, o brasil possui 12,5 milhões de trabalhadores terceirizados. para esses e para os futuros trabalhadores dessamodalidade de contratação, não há uma lei que lhes dê garantias, nem existe fronteira entre as responsabilidadesdas empresas contratantese contratadas
“
livros
leitura&entretenimento
história e tradiçãoOrganizado por Eric. J. Hobsbawn e
Terence Ranger, o livro reúne textos de
renomados historiadores. São ensaios
críticos que abrangem as culturas
ocidentais em seus diversos aspectos e
ajudam a compreender como mudanças
são fenômenos naturais em todas as
sociedades. Por outro lado, problematiza a
condição das sociedades contemporâneas,
que, quando rompem com determinadas
tradições, acabam perdendo certos
modelos de comportamento.
O Brasil biografadoAs autoras propõem uma nova história do
Brasil, ao se debruçarem sobre a “grande
história” mas também sobre o cotidiano,
a expressão artística e a cultura, as
minorias, os ciclos econômicos e os
conflitos sociais. A história que surge
dessas páginas é a de um longo processo
de embates e avanços sociais
inconclusos, em que a construção
falhada da cidadania, a herança
contraditória da mestiçagem e a violência
aparecem como traços persistentes.
A Invenção das Tradições, eric j. hobsbawm, 392 p., Paz e terra, R$ 60
Brasil: Uma Biografia, Lilia m. Schwarcz e heloisa m. Starling, 792 p., Companhia das Letras, R$ 59,90
34 Bahia Indústria
Museu multiculturalCom um acervo de artes decorativas do século XIX, o Museu
Carlos Costa Pinto reúne 3.175 exemplares, divididos em 12
coleções, entre elas, 216 peças de cristal do século XIX,
originária de Baccarat, na França, uma das mais importantes
marcas de cristal do mundo, além de porcelanas, cristais,
móveis, coleções de prataria do século 19. Às quintas-feiras, o
museu promove a Matinée do Museu, com uma programação
de clássicos do cinema, às 15 horas. No dia 25 de julho, o
espaço recebe a cantora Nairzinha, às 15 horas, com o Projeto
Cirandando Brasil, para crianças. De 20 a 24 de julho será
oferecido o curso Artes Decorativas.
dIVUlgAção
O tigre como metáforaQuestões atuais de ordem política, cultural e social são
abordadas no espetáculo O Tigre, musical solo com George
Mascarenhas e texto e direção de Deborah Moreira. O
espetáculo toma como ponto central um recorte de jornal
– Homem sobrevive a três ataques de tigre – para a construção
de uma narrativa que cruza vozes poéticas, cujos
delineamentos apontam saídas na contramão da história. O
Tigre é na verdade uma metáfora dos desafios que tentam
imobilizar os seres humanos. O texto toma como exemplo
personalidades como Martin Luther King, Mahatma Gandhi,
Bertolt Brecht, Cacilda Becker, Caetano Veloso e Gilberto Gil.
Não perca Teatro SESI, sáb e dom, às 20h. Até 26.7. Rua Borges dos Reis, 9, R.Vermelho. R$ 30 e R$ 15, gratuito para industriário. Tel: (71) 3334-6800
Não perca Museu Carlos Costa Pinto, seg a sáb, exceto ter, 14h30 às 19h. Av. Sete, 2.490, Vitória. R$ 10 e R$ 5 (meia). Informações: (71) 3336-6081
teatro
exposiçãoléo dE AzEVEdo/dIVUlgAção
Bahia Indústria 35
Enquanto você lê essa frase, o supercomputador Cimatec Yemoja já processou mais
de 900 trilhões de dados. É uma máquina que impressiona pela sua velocidade e
coloca a Bahia no seleto universo das pesquisas em computação de alto
desempenho. E isso é só o começo. O Cimatec Yemoja faz parte do Centro de
Supercomputação e Inovação Industrial do Senai Cimatec. Uma grande estrutura que
contará com outros supercomputadores e atuará em três frentes: pesquisa e
desenvolvimento, serviços tecnológicos e formação profissional. Isso significa um
grande avanço para a comunidade acadêmica, mais competitividade para a indústria
da Bahia e do Brasil, profissionais mais qualificados e crescimento para o Estado.
O supercomputador
mais rapido
da America Latina
fica na Bahia.
CIMATEC YEMOJA.
Uma revolucao na pesquisa e
no desenvolvimento do estado.