Revista 10 Dias No Cenáculo - Mark Finley

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Revista da campanha de oração. 10 dias no Cenáculo. Pastor Mark Finley

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  • 10 Dias no Cenculo42

    A atitude dos discpulos antes e depois do Pen-tecostes foi completamente diferente. Dez dias no Cenculo fizeram uma profunda diferena. O Evangelho de Lucas menciona que pouco an-tes da morte de Jesus suscitaram tambm entre si uma discusso sobre qual deles parecia ser o maior (Lc 22:24). Isso, sem dvida, no se assemelha des-crio de um grupo de homens que seria um exem-plo do amor de Cristo nas cidades e aldeias em que foram chamados a ir e alcanar com a mensagem da cruz. No parece ser uma comunidade de cren-tes a quem se poderia confiar o poder do Esprito Santo para transformar o mundo com sua pregao. As ambies pessoais dominavam o pensamento.

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  • recebem mais e mais do poder do Esprito. Assim a Terra iluminada com a glria de Deus.

    Por outro lado, h alguns que, em vez de apro-veitar sabiamente as oportunidades presentes, es-to indolentemente esperando por alguma ocasio especial de refrigrio espiritual, pelo qual suas ha-bilidades para iluminar outros sejam grandemente aumentadas. Eles negligenciam os deveres e privi-lgios do presente e deixam que sua luz se apague, enquanto esperam um tempo em que, sem nenhum esforo de sua parte, sejam feitos recipientes de bnos especiais, pelas quais sejam transformados e tornados aptos para o servio.

    certo que no tempo do fim, quando a causa de Deus na Terra estiver prestes a terminar, os sinceros es-foros dos consagrados crentes sob a guia do Esprito Santo sero acompanhados por especiais manifesta-es de favor divino. Sob a figura das chuvas tempor e serdia, que caem nas terras orientais ao tempo da semeadura e da colheita, os profetas hebreus predis-seram a dotao de graa espiritual em medida extra-ordinria igreja de Deus. O derramamento do Esp-rito nos dias dos apstolos foi o comeo da primeira chuva, ou tempor, e glorioso foi o resultado. At o fim do tempo, a presena do Esprito deve ser encontrada com a verdadeira igreja.

    Ao avizinhar-se o fim da ceifa da Terra, uma especial concesso de graa espiritual prometi-da a fim de preparar a igreja para a vinda do Fi-lho do Homem. Esse derramamento do Esprito comparado com a queda da chuva serdia; e por este poder adicional que os cristos devem fazer

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    Leia atentamente o seguinte texto extrado do livro Atos dos Apstolos, pginas 53-56:

    Desde o princpio, Deus tem operado por Seu Esprito Santo, mediante agentes humanos, para a realizao de Seu propsito em benef cio da raa ca-da. Isto se manifestou na vida dos patriarcas. igreja no deserto, no tempo de Moiss, tambm deu Deus Seu bom Esprito, para os ensinar (Ne 9:20). E nos dias dos apstolos Ele atuou poderosamente por Sua igreja atravs do Esprito Santo. O mesmo poder que susteve os patriarcas, que a Calebe e Josu deu f e coragem, e eficincia obra da igreja apostlica, tem sustido os fiis filhos de Deus nos sculos sucessivos. Foi mediante o poder do Esprito Santo que na ida-de escura os cristos valdenses ajudaram a preparar o caminho para a Reforma. Foi o mesmo poder que deu xito aos esforos de nobres homens e mulheres que abriram o caminho para o estabelecimento das modernas misses e para a traduo da Bblia para as lnguas e dialetos de todas as naes e povos.

    E ainda hoje Deus est usando Sua igreja para tor-nar conhecido Seu propsito na Terra. Hoje os arau-tos da cruz vo de cidade em cidade e de terra em ter-ra, preparando o caminho para o segundo advento de Cristo. A norma da lei de Deus est sendo exaltada. O Esprito do Onipotente est movendo o corao dos homens, e os que respondem a esta influncia tor-nam-se testemunhas de Deus e de Sua verdade. Em muitos lugares podem ser vistos homens e mulheres consagrados comunicando a outros a luz que lhes iluminou o caminho da salvao mediante Cristo. E enquanto deixam sua luz brilhar, como fizeram os que foram batizados com o Esprito no dia do Pentecostes,

    Refletindo Sobre o Conselho Divino

    Ainda hoje Deus est usando Sua igreja para tornar conhecido Seu

    propsito na Terra.

    O Esprito do Onipotente est movendo o corao dos homens, e os que respondem a esta influncia tornam-se testemunhas de Deus e

    de Sua verdade.

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    47Humildade e Sacrifcio

    as suas peties ao Senhor da seara no tempo da chuva serdia. Em resposta, o Senhor, que faz os relmpagos, lhes dar chuveiro de gua (Zc 10:1). Ele [...] far descer a chuva, a tempor e a serdia, no primeiro ms (Jl 2:23).

    A menos, porm, que os membros da igreja de Deus hoje estejam em viva associao com a fonte de todo o crescimento espiritual, no estaro prontos para o tempo da ceifa. A menos que mantenham suas lmpadas espevitadas e ardendo, deixaro de receber a graa adicional em tempos de especial necessidade.

    Apenas os que esto a receber constantemente novos suprimentos de graa tero o poder proporcio-nal sua necessidade diria e sua capacidade de usar esse poder. Em vez de aguardar um tempo futuro, em que, mediante uma concesso especial de poder espi-ritual, recebam uma habilitao miraculosa para con-quistar almas, rendem-se diariamente a Deus para que os torne vasos prprios para o Seu uso. Aprovei-tam cada dia as oportunidades do servio que encon-tram a seu alcance. Diariamente testificam em favor do Mestre, onde quer que estejam, seja em alguma humilde esfera de atividade no lar ou em algum setor de utilidade pblica. H para o consagrado obreiro uma maravilhosa consolao em saber que mesmo Cristo, durante Sua vida na Terra, buscava diariamen-te Seu Pai em procura de nova proviso da necessria graa; e saa dessa comunho com Deus para fortale-cer e abenoar a outros. Vede o Filho de Deus curva-do em adorao a Seu Pai! Conquanto seja o Filho de Deus, robustece Sua f por meio da prece, e mediante a comunho com o Cu traz a Si mesmo fora para re-sistir ao mal e ministrar s necessidades dos homens. Como o Irmo mais velho de nossa raa, conhece as necessidades dos que, cercados de enfermidades e vivendo num mundo de pecado e tentao, desejam

    contudo servi-Lo. Ele sabe que os mensageiros que acha por bem enviar so homens fracos e falveis; mas a todos que se dedicam inteiramente ao Seu servio, promete auxlio divino. Seu prprio exemplo uma garantia de que a diligente e perseverante splica a

    Deus em f f que leva a uma inteira confiana nEle e consagrao sem reserva Sua obra ser eficaz em trazer aos homens o auxlio do Esprito Santo na bata-lha contra o pecado.

    Todo obreiro que segue o exemplo de Cristo estar apto a receber e empregar o poder que Deus prome-teu Sua igreja para a maturao da seara da Terra. Manh aps manh, ao se ajoelharem os arautos do evangelho perante o Senhor, renovando-Lhe seus vo-tos de consagrao, Ele lhes conceder a presena de Seu Esprito, com Seu poder vivificante e santificador. Ao sarem para seus deveres dirios, tm eles a certeza de que a invisvel atuao do Esprito Santo os habilita a serem cooperadores de Deus.

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    A menos, porm, que os membros da igreja de Deus hoje estejam em viva associao com a fonte de todo o crescimento

    espiritual, no estaro prontos para o tempo da ceifa.

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    Uma consagrao mais

    profunda

    Algo extraordinrio aconteceu no Cenculo. O Esprito Santo trouxe uma profunda convico a cada um dos discpulos que ali oravam. luz do eterno sacrif cio de Cristo na cruz, eles reconhe-ceram que a prpria entrega era superficial. Com-

    preenderam que Deus estava ape-lando para uma consagrao mais profunda. Entenderam a superficia-lidade de sua entrega pessoal causa de Cristo, abriram o corao pleni-tude da operao do Esprito Santo e consagraram a vida a fazer totalmente

    Sua vontade. Deus tinha ento os canais abertos para, por intermdio deles, derramar o Santo Esp-rito. Essa entrega absoluta vontade de Deus tam-bm prepara o corao para receber a plenitude do derramamento do Esprito Santo. A chuva serdia ser derramada no corao que a Ele se render.

    Enquanto voc reflete, com orao, nas pergun-tas a seguir, pea a Deus que o ajude a se entregar mais completamente a Ele.

    1. Est o Esprito Santo procurando me convencer a abandonar alguma coisa em minha vida neste momento?

    2. H alguma coisa que valorizo muito e que Deus pode estar me pedindo para abandonar?

    3. Leia todo o Salmo 51 e pergunte a Deus o que Ele deseja lhe ensinar enquanto o l. Medite especial-mente nos seguintes versos do Salmo 51:

    Cria em mim, Deus, um corao puro e re-nova dentro de mim um esprito inabalvel. No me repulses da Tua presena, nem me retires o Teu Santo Esprito. Restitui-me a alegria da Tua salvao e sustenta-me com um esprito volun-trio. Ento, ensinarei aos transgressores os Teus caminhos, e os pecadores se convertero a Ti (Sl 51:10:13).

    Refletindo Sobre o Conselho Divino

    Leia atentamente o seguinte texto extrado do li-vro Testemunhos Para Ministros, pginas 506-508:

    Pedi ao Senhor chuva no tempo da chuva ser-dia; o Senhor que faz os relmpagos, lhes dar chuvei-ro de gua (Zc 10:1). E far descer a chuva, a tempor e a serdia (Jl 2:23). No Oriente, a chuva tempor cai no tempo da semeadura. Ela necessria para que a semente possa germinar. Sob a influncia de ferti-lizantes aguaceiros, brota o tenro rebento. Caindo perto do fim da estao, a chuva serdia amadurece o gro e o prepara para a foice. O Senhor utiliza es-ses elementos da natureza para representar a obra doEsprito Santo. Como o orvalho e a chuva so dados primeiro para fazer com que a semente germine, e ento para amadurecer a colheita, assim dado o Esprito Santo para levar avante, de um estgio para outro, o processo de crescimento espiritual.

    O amadurecimento do gro representa a termina-o do trabalho da graa de Deus na alma. Pelo po-der do Esprito Santo deve a imagem moral de Deus ser aperfeioada no carter. Devemos ser completa-mente transformados semelhana de Cristo.

    A chuva serdia, amadurecendo a seara da Ter-ra, representa a graa espiritual que prepara a igreja para a vinda do Filho do Homem. Mas a menos que a chuva tempor haja cado, no haver vida; a ra-magem verde no brotar. Se a chuva tempor no fizer seu trabalho, a serdia no desenvolver a se-mente at a perfeio.

    A chuva serdia ser derramada no corao que a Ele se render.

    O amadurecimento do gro representa a terminao do trabalho

    da graa de Deus na alma.

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    55Alegria e Gratido

    O Esprito Santo encheu o corao dos discpulos de alegre louvor. Eles no mais enfrentariam o futuro com temor, pois a confiana havia sido aumentada grandemente. O Salvador havia perdoado os peca-dos. A culpa no mais existia. A vida havia sido trans-formada pelo poder do Esprito. O melhor Amigo estava destra do trono de Deus para suprir todas as necessidades. Tinham ento um motivo para can-tar. A vida dos discpulos transbordava de gratido pelo Cristo que os havia redimido. Lucas registra essa alegre expresso de gratido e louvor nas seguintes palavras: Diariamente perseveravam unnimes no templo, partiam po de casa em casa e tomavam as suas refeies com alegria e singeleza de corao, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos (At 2:46, 47).

    Os discpulos estavam cheios de espanto e ad-mirao. A alegria transbordava-lhes do corao cheio de gratido.

    O testemunho do coxo que havia sido curado por Pedro porta do templo, pelo poder de Cristo, revela esse transbordante louvor de um corao agradecido. As Escrituras apresentam o seguinte relato, evidenciando que uma nova fora flua pe-los tornozelos e pernas do homem: De um salto se ps em p, passou a andar e entrou com eles no templo, saltando e louvando a Deus. Viu-o todo o povo a andar e a louvar a Deus. Cristo havia trans-formado a vida daquele homem de maneira to marcante que a nica resposta lgica para ele era o louvor e a gratido. Seu testemunho brotou de um corao cheio de gratido. Ele no conseguia esconder sua apreciao por Aquele que tanto ha-via feito por ele.

    O testemunho de uma vida cheia de alegria quase irresistvel.

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    podiam se alegrar em meio ao sofrimento, regozi-jar-se quando perseguidos e cantar hinos de louvor enquanto estavam na priso. Imagine a resposta do carcereiro de Filipos quando ouviu Paulo e Silas, meia-noite, orando e cantando hinos a Deus.

    Presos com correntes, encarcerados numa priso escura e sombria, eles se regozijavam na bondade de Deus. Isso evidentemente causou uma profunda impresso nos prisioneiros, pois o relato sagrado declara que os demais companheiros de priso escutavam (At 16:25). O carcereiro tambm ficou impressionado com a f por eles demonstrada. Quando o terremoto destruiu completamente a priso, o carcereiro imaginou que os prisioneiros j haviam fugido, provavelmente obrigando-o a pagar com a prpria vida por essa fuga. Ficou sur-preso ao constatar que Paulo e Silas ainda estavam l, com todos os demais prisioneiros. Impressio-nado com a bondade daqueles dois seguidores de Cristo, o carcereiro entregou a vida a Ele. H algo poderoso em uma vida que transborda de alegria, gratido e louvor. A alegria um dos frutos do Esprito, e de um corao cheio de alegria fluem constantemente a gratido e o louvor.

    A alegria de Jesus

    O testemunho de uma vida cheia de alegria quase irresistvel. Pessoas cticas esto mais interes-sadas em ver uma demonstrao do evangelho em uma vida cheia de alegria que em ouvir um sermo. Todo professo cristo deve sempre perguntar a si mesmo: As minhas atitudes revelam a alegria que h em Jesus s pessoas que esto ao redor? Eles

    Transformados no Cenculo

    Os discpulos passaram por uma transforma-o no Cenculo, e o corao tambm se encheu de gratido. Assim como o coxo, experimentaram o poder do Cristo vivo em sua vida. Compreende-ram a magnitude do que o Salvador havia feito por eles na cruz. Entenderam mais profundamente o significado de Seu imenso sacrif cio. Ao descre-ver essa experincia pela qual eles passaram no Cenculo, Ellen White afirma:

    O Esprito veio sobre os discpu-los, que expectantes oravam, com uma plenitude que alcanou cada corao. O Ser infinito revelou-Se em poder Sua igreja. Era como se por sculos esta influncia esti-vesse sendo reprimida, e agora o Cu se regozijasse em poder derramar so-bre a igreja as riquezas da graa do Esprito. E, sob a influncia do Es-prito, palavras de penitncia e con-fisso misturavam-se com cnticos de louvor por pecados perdoados. Eram ouvidas palavras de gratido e de profecia. Todo o Cu se incli-nou na contemplao da sabedoria do incomparvel e incompreensvel amor. Absortos em admirao, os apstolos exclamaram: Nisto est a caridade! (1Jo 4:10). Eles se apos-saram do dom que lhes era repar-tido. E que se seguiu? A espada do Esprito, de novo afiada com poder e banhada nos relmpagos do Cu, abriu caminho atravs da increduli-dade. Milhares se converteram num dia (Atos dos Apstolos, p. 38).

    Os discpulos nunca se cansavam de falar so-bre o amor de Jesus. Eram eternamente gratos por Seu sacrif cio. Mesmo nos mais angustiantes mo-mentos da vida, eles no deixavam de falar sobre a grandeza da salvao em Cristo. Era por isso que

    Mesmo nos mais angustiantes momentos da vida, eles no deixavam

    de falar sobre a grandeza da salvao em Cristo.

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    veem o louvor e a gratido refletidos em minha vida? Os crentes do Novo Testamento irradiavam a alegria de Jesus.

    Ao escrever igreja de Filipos, o apstolo Paulo afirmou: Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, alegrai-vos (Fp 4:4). Aos efsios, ele sugeriu que expressassem sua alegria falando uns aos outros com salmos, entoando e louvan-do de corao ao Senhor com hinos e cnticos espirituais (Ef 5:19). Aos colossenses, o aps-tolo aconselhou: Perseverai na orao, vigian-do com aes de graas (Cl 4:2). Esses cristos recm-convertidos mudaram o mundo no s pelo que ensinaram, mas por sua maneira de vi-ver. As palavras piedosas coincidiam com a vida religiosa que viviam.

    O esprito de gratido no dependia de tudo estar correndo bem em sua vida. No louvavam a Deus apenas quando eram prsperos e saudveis. Louvavam ao Senhor em todo o tempo, pois, mesmo nos piores momentos, tinham sempre al-gum motivo para louvar e agradecer. Recordo-me do que aconteceu a Matthew Henry, um pregador ingls do sculo 19, que em certo dia foi roubado. Mais tarde, naquele dia, ele escreveu em seu di-rio: Eu fui roubado hoje e Te agradeo primeira-mente porque nunca havia sido roubado antes; em segundo lugar, porque, embora tenham me tirado a carteira, no me tiraram a vida; em terceiro lugar, porque, mesmo que tenham me levado tudo, no era muito; e, em quarto lugar, por ter sido eu quem fui roubado, e no eu quem roubou.

    Que testemunho! Quando nos queixamos das circunstncias da vida, estamos, na verdade, culpando a Deus de ser injusto. A confiana nos

    Quando nos queixamos das circunstncias da vida, estamos, na verdade, culpando a Deus de

    ser injusto.

    momentos dif ceis da vida revela a crena em um Deus que est no controle do Universo e guiando ativamente nossa vida. Muitas coisas que nos acon-tecem so injustas e totalmente incorretas. Entre-tanto, mesmo em meio s mais dolorosas e terrveis experincias, podemos nos alegrar em um Salvador cujo amor nunca nos abandonar e que um dia cor-rigir tudo o que est errado. Deus derramar o San-to Esprito no poder da chuva serdia sobre aqueles que descobriram o segredo de depositar nEle toda confiana mesmo nos momentos mais dif ceis da vida. Se descobrirmos como louv-Lo nos momen-tos escuros da vida, receberemos os aguaceiros da chuva serdia pela manh. Se pudermos cantar nas horas escuras, experimentaremos o frescor de um novo dia na plenitude do poder do Esprito.

    Quando somos cativados por Sua graa, ma-ravilhados diante do Seu amor e comovidos por Sua bondade, no haver coisa alguma que possa destruir a alegria e a paz interior que Ele nos con-cede. Poderemos sentir dor, mas, no ntimo, ha-ver um acmulo de alegria que nos ergue e nos anima. Poderemos passar por angstias e aflies, mas rios de alegria inundaro nosso ser. O que Ele fez, est fazendo e far por ns manter a alegria em meio s tormentas da vida.

    No Cenculo, os discpulos abriram o corao imensa alegria que h em Jesus, enchendo-se de gratido e louvor.

    Com orao, reflita nas perguntas a seguir:

    1. H alguma coisa em sua vida que lhe roubou a alegria que Jesus deseja que voc tenha? Por qu?

    2. Dedique alguns momentos para refletir sobre tudo o que voc tem em Cristo. Quais so as maiores ddivas que Ele lhe concedeu?

    3. Outros podem ver a alegria de Jesus refletida em sua vida?

    4. A alegria, a gratido e o louvor so sentimen-tos ou escolhas?

    5. Como voc pode ser grato mesmo quando no sente estar agradecido?

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    Leia com ateno o seguinte texto extrado do li-vro Testemunhos Para Ministros, pginas 509-512:

    Podem as circunstncias parecer favorveis a um abundante derramamento dos chuveiros da graa. Mas Deus mesmo deve ordenar que caia a chuva. No devemos, portanto, ser remissos nas spli- cas. No devemos confiar na atuao comum da providncia. Devemos orar para que Deus descer-re a fonte da gua da vida. E ns mesmos devemos receber gua viva. Oremos, pois, com corao con-trito e com maior fervor para que agora, no tempo da chuva serdia, os chuveiros da graa sejam der-ramados sobre ns. Em todas as reunies em que estivermos presentes, nossas oraes devem ser fei-tas no sentido de que, agora mesmo, Deus conceda fervor e nimo a nosso corao. Ao irmos ao Senhor em busca do Esprito Santo, Este produzir em ns mansido e humildade, bem como consciente con-fiana de que Deus nos conceder a aperfeioadora chuva serdia. Se com f orarmos pela bno, rece-b-la-emos conforme Deus nos prometeu.

    A contnua concesso do Esprito Santo igreja repre-sentada pelo profeta Zacarias por meio de outro smbolo, que contm uma admirvel lio de encorajamento para ns. Diz o profeta: E tornou o

    anjo que falava comigo, e me despertou, como a um homem que despertado de seu sono, e me disse: Que vs? E eu disse: Olho, e eis um castial todo de ouro, e um vaso de azeite no cimo, com as suas sete lmpadas; e cada lmpada posta no cimo tinha sete canudos. E, por cima dele, duas oliveiras, uma di-reita do vaso de azeite, e outra sua esquerda. E falei e disse ao anjo que falava comigo, dizendo: Senhor meu, que isto? E respondeu e me falou, dizendo: Esta a palavra do Senhor a Zorobabel, dizendo: No por fora, nem por violncia, mas pelo Meu

    Esprito, diz o Senhor dos Exrcitos. E, falando-lhe outra vez, disse: Que so aqueles dois raminhos de oliveira que esto junto aos dois tubos de ouro e que vertem de si ouro? Ento Ele disse: Estes so os dois ungidos, que esto diante do Senhor de toda a Ter-ra (Zc 4:1-4, 6, 12 e 14).

    Das duas oliveiras, o leo dourado era conduzi-do atravs de tubos de ouro para o bojo do castial e da para as lmpadas de ouro que iluminavam o santurio. Da mesma sorte, dos santos que permane-cem na presena de Deus, Seu Esprito transmitido aos instrumentos humanos que se consagram ao Seu servio. A misso dos dois ungidos comunicar luz e poder ao povo de Deus. para receber bno para ns que eles esto na presena de Deus. Como as oliveiras esvaziam-se nos tubos de ouro, assim pro-curam os mensageiros celestes comunicar tudo que de Deus receberam. Todo o tesouro celestial aguarda que o peamos e recebamos; e, medida que recebe-mos a bno, devemos naturalmente transmiti-la a outros. assim que as lmpadas sagradas so alimen-tadas, e a igreja se torna portadora de luz no mundo.

    Esta a obra que o Senhor deseja que cada alma esteja preparada para fazer neste tem-po, quando os quatro anjos seguram os quatro ventos para que no soprem at que os servos de Deus sejam selados em suas testas. No h tempo agora para agradar a si mesmo. As lm-padas da alma devem ser espevitadas. Devem ser supridas com o leo da graa. Deve-se to-mar toda precauo para evitar toda decadn-cia espiritual, para que o grande dia do Senhor no nos surpreenda como um ladro de noite.

    Refletindo Sobre o Conselho Divino

    Deve-se tomar toda precauo para evitar toda decadncia

    espiritual, para que o grande dia do Senhor no nos surpreenda

    como um ladro de noite.

    Se com f orarmos pela bno, receb-la-emos

    conforme Deus nos prometeu.

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    Imagine a reao dos discpulos diante da gran-de comisso. A tarefa parecia muito pesada. O man-dado de levar o evangelho a todo o mundo parecia impossvel. Como poderia um pequeno grupo de discpulos causar qualquer impacto significativo so-bre o poderoso Imprio Romano? A sociedade de Roma no 1 sculo era dominada por intrigas polti-cas, materialismo desenfreado, orgulho, extrema avareza, imoralidade ostensiva e muita superstio religiosa. Submersa em sua tradio milenar, Jerusa-lm tambm no parecia ser um territrio frtil para as perspectivas do evangelho. Aqueles primeiros seguidores de Cristo devem ter-se perguntado se o mandado de Jesus de ir por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura era sequer remota-mente possvel de ser cumprido (Mc 16:15).

    A grande comisso e a grande

    promessa

    Felizmente, a grande comisso veio acom-panhada de uma grande promessa. Disse Jesus: Foi-me dada toda a autoridade nos Cus e na Terra. Portanto vo e faam dis-cpulos de todas as naes (Mt 28:18, 19, NVI). E acrescentou: Mas recebero po-der, quando o Esprito Santo descer sobre vocs, e sero minhas testemunhas, tanto

    em Jerusalm, como em toda a Judeia e Sa-maria, e at os confins da Terra (At 1:8, NVI).

    Os discpulos deviam testemunhar na fora do

    medida que os discpulos proclamavam a mensagem da graa redentora, os coraes se entregavam ao poder dessa

    mensagem. A igreja viu conversos vindo para ela de todas as direes.

    Esprito, no em sua prpria fora. Deviam ir cheios do Esprito, fortalecidos pelo Esprito e guiados pelo Esprito. A presena e o poder do Esprito Santo em sua vida o que lhes daria xito.

    Qual foi o resultado do derra-mamento do Esprito no dia de Pentecostes? As boas-novas de um Salvador ressuscitado foram leva-das at as mais longnquas partes do mundo habitado. medida que os discpulos proclamavam a men-sagem da graa redentora, os cora-es se entregavam ao poder dessa mensagem. A igreja viu conversos vindo para ela de todas as dire-es. Extraviados converteram-se de novo. Pecadores uniram-se aos crentes em busca da Prola de grande preo. Alguns que haviam sido os mais ferrenhos inimigos do evangelho tornaram-se seus campees. Cumpriu-se a profecia: O que dentre eles tropear [...] ser como Davi, e a casa de Davi [...] como o anjo do Senhor (Zc 12:8). Cada cristo via em seu irmo uma revelao do amor e benevolncia divinos. S um inte-resse prevalecia; um elemento de emulao absorveu todos os outros. A ambio dos crentes era revelar a semelhana do carter de Cristo, bem como trabalhar pelo desen-volvimento de Seu reino (Atos dos Apstolos, p. 48).

    O poder do Esprito Santo foi derramado no dia do Pentecostes para capacitar os discpulos a levar o evangelho ao mundo. O Esprito Santo deu po-der ao testemunho dos discpulos, e os resultados foram surpreendentes: coraes foram tocados, vidas transformadas. Trs mil foram batizados em

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    apenas um dia. Esse impulso evangelstico conti-nuou ocorrendo, e outros milhares foram acres-centados igreja em poucos anos. Atos 4:4 traz o seguinte registro: Muitos, porm, dos que ouviram a palavra, a aceitaram, subindo o nmero dos ho-mens a quase cinco mil. Atos 6:7 declara: Crescia a palavra de Deus, e em Jerusalm se multiplicava muito o nmero dos discpulos. Segundo Atos 9:31, novas igrejas foram estabelecidas na Judeia, na Galileia e em Samaria, e elas se multiplicavam. O evangelho transps barreiras culturais, nacionais e lingusticas. Pedro foi miraculosamente guiado para dar testemunho a Cornlio, um centurio romano que estava em busca da verdade, e Filipe explicou os mistrios da cruz a um influente oficial etope. Na verdade, o livro de Atos dos Apstolos bem poderia ser chamado de Atos do Esprito Santo.

    Testemunhar: o propsito do

    derramamento do Esprito

    Quando a igreja tem pouco interesse em teste-munhar, h poucas evidncias do poder do Esp-rito Santo. Por que Deus haveria de derramar Seu Esprito, na plenitude de Seu poder, se Seu povo tem pouco interesse em testemunhar? O poder do Esprito Santo no um fim em si mesmo. A pro-metida chuva serdia deve cumprir a misso de le-var o evangelho ao mundo. A orao que no man-tm o foco no testemunho pode levar ao fanatismo egocntrico. O estudo da Bblia sem o testemunho pode levar ao formalismo da justificao prpria.

    Os fariseus oravam e estudavam as Escrituras por horas a cada dia, mas condenaram Jesus morte. Por qu? Por uma simples razo: em sua vida egosta no havia lugar para um Messias altrusta.

    Em contraste, o testemunho faz o egosmo mor-rer de fome. A orao sincera, o fervoroso estudo da

    Bblia e o testemunho fervoroso so as chaves para todo reavivamento genuno. O propsito fundamen-tal da orao e do estudo da Bblia nos aproximar de Jesus para que Ele possa confiar a ns o poder do Esprito Santo e, como resultado, haver um tes-temunho poderoso. A chuva serdia no ser derra-mada para glorificar o eu. No ser derramada para transformar complacentes membros de igreja em testemunhas fervorosas. a obra da chuva tempor do Esprito convencer-nos do pecado e capacitar-nos para enfrentar o inimigo e reorganizar as prioridades a fim de podermos testemunhar. A chuva serdia cair ento para finalizar a obra da graa de Deus em nossa vida e no mundo. O conselho dado a ns :

    A menos, porm, que os mem-bros da igreja de Deus hoje estejam em viva associao com a fonte de todo o crescimento espiritual, no estaro prontos para o tempo da ceifa. A menos que mantenham suas lmpadas espevitadas e ar-dendo, deixaro de receber a graa adicional em tempos de especial necessidade.

    Apenas os que esto a receber constantemente novos suprimentos de graa tero o poder proporcio-nal a sua necessidade diria e sua capacidade de usar esse poder. Em vez de aguardar um tempo futuro, em que, mediante uma concesso especial de poder espiritual, rece-bam uma habilitao miraculosa para conquistar almas, rendem-se diariamente a Deus para que os tor-ne vasos prprios para o Seu uso. Aproveitam cada dia as oportunida-des do servio que encontram a seu alcance. Diariamente testificam em favor do Mestre, onde quer que es-tejam, seja em alguma humilde es-fera de atividade no lar ou em algum setor de utilidade pblica (Atos dos Apstolos, p. 55).

    A orao que no mantm o foco no testemunho pode levar ao fanatismo egocntrico.

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    No Cenculo, os discpulos comprometeram-se a levar o evangelho ao mundo. As agendas pessoais foram deixadas de lado para cumprir a agenda de Cristo. Os planos pessoais foram abandonados para concretizar o grande plano de Cristo. As ambies humanas foram deixadas para trs para que pudes-sem levar avante a nica ambio de Cristo, que redimir a humanidade. Tinham paixo por partilhar ao mundo as novas do amor de Cristo que havia transformado a vida deles.

    Um nico desejo absorvia todos os outros: cumprir a comisso de Cristo e proclamar o evangelho ao mundo.

    Qual seu maior desejo na vida? Seu maior an-seio que o poder do Esprito Santo o capacite para testemunhar? Costuma partilhar regularmente sua f com outros? Se o condenassem em um tribunal

    por partilhar a f e por testemunhar das boas-novas de Jesus, haveria evidncia suficiente para conden- lo? O Esprito Santo ser derramado no poder da chuva serdia sobre aqueles que esto testemu-nhando de Jesus para que a obra de Deus na Terra seja finalizada e possamos ir para o lar. seu dese-jo reorganizar as prioridades em sua vida e fazer o compromisso de tornar-se uma testemunha mais fiel em favor de Jesus? Est disposto a permitir que o Esprito Santo o use da maneira que desejar para testemunhar para Ele? Deseja colocar de lado os compromissos pessoais e consagrar sua vida nica coisa que realmente importa no final de tudo, que conquistar os perdidos e lev-los a Jesus? As circuns-tncias da vida so diferentes para cada um de ns. A famlia e as responsabilidades no trabalho no so as mesmas. Nem todos podem fazer a mesma coisa. Simplesmente, diga a Deus que seu maior anseio partilhar o amor de Deus com outros e permita que Ele dirija sua vida.

    O testemunho faz o egosmo morrer de fome.

    O Esprito Santo ser derramado no poder da

    chuva serdia sobre aqueles que esto testemunhando

    de Jesus para que a obra de Deus na Terra seja finalizada

    e possamos ir para o lar.

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    Todas as demais bnos

    Leia atentamente o texto a seguir, extrado do livro Testemunhos Para Ministros, pginas 511, 512, 174-176:

    A dispensao em que vivemos deve ser, para os que pedem, a dispensao do Esprito Santo. Pedi-Lhe a bno. tempo de sermos mais dedicados em nossa devoo. -nos confiado o trabalho rduo, mas feliz e glorioso, de revelar Cristo aos que se acham em trevas. Somos chamados para proclamar as verdades especiais para este tempo. Para tudo isto, essencial o derramamento do Esprito Santo. Devemos orar para esse fim. O Senhor espera que Lho peamos. Ainda no empreendemos essa tare-fa com todo o corao.

    Que posso dizer a meus irmos em nome do Senhor? Que medida de nossos esforos foi feita de acordo com a luz que ao Senhor aprouve dar? No podemos depender da forma ou do maquinismo ex-terno. O que precisamos da vivificadora influn-cia do Esprito Santo de Deus. No por fora, nem por violncia, mas pelo Meu Esprito, diz o Senhor dos Exrcitos (Zc 4:6). Orai sem cessar e vigiai, tra-balhando de conformidade com vossas oraes. Ao orardes, crede, confiai em Deus. Estamos no tempo da chuva serdia, tempo em que o Senhor dar libe-ralmente o Seu Esprito. Sede fervorosos em orao, e vigiai no Esprito.

    Essa bno prometida, se requerida pela f, traria todas as outras bnos em sua esteira, e deve ser dada liberalmente ao povo de Deus. Pelas astutas ciladas do inimigo parece a mente do povo

    de Deus ser incapaz de compreender e apropriar-se das promessas de Deus. Parecem pensar que ape-nas escassos chuviscos da graa devem cair sobre a alma sedenta. Tem-se o povo de Deus acostumado a pensar que deve confiar em seus prprios esfor-os, que pouco auxlio deve ser recebido do Cu; e o resultado que pouca luz tm eles a comunicar a outras almas que esto perecendo no erro e nas trevas. A igreja por muito tempo se tem contenta-do com um pouco das bnos de Deus. No tem sentido a necessidade de alcanar os exaltados pri-vilgios para eles comprados a um custo infinito.

    Sua fora espiritual tem sido fraca, sua experincia de carter definhado e defeituoso, e esto desquali-ficados para a obra que o Senhor gostaria que fizes-sem. No esto habilitados a apresentar as grandes e gloriosas verdades da santa Palavra de Deus, que convenceriam e converteriam almas por interm-dio do Esprito Santo. O poder de Deus espera seu pedido e recepo. Uma colheita de alegrias ser feita pelos que semeiam a santa semente da verda-de. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltar, sem dvida, com alegria, trazen-do consigo os seus molhos (Sl 126:6).

    Pela atitude da igreja tem o mundo recebido a ideia de que o povo de Deus realmente um povo sem alegria, de que o servio de Cristo no atrati-vo e de que a bno de Deus concedida aos que a recebem a pesado custo. Demorando-nos sobre as provas e ampliando as dificuldades, representamos mal a Deus e a Jesus Cristo, a quem Ele enviou; pois o caminho do Cu tornado sem atrativos pela es-curido que se acumula ao redor da alma dos cren-tes, e muitos se afastam, desapontados, do servio

    Refletindo Sobre o Conselho Divino

    A igreja por muito tempo se tem contentado com um pouco das bnos de Deus.

    Orai sem cessar e vigiai, trabalhando de conformidade com vossas oraes.

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    de Cristo. Mas sero crentes os que assim apresen-tam a Cristo? No, pois os crentes confiam na pro-messa divina, e o Esprito Santo tanto confortador como reprovador.

    O cristo deve edificar todo o fundamento se quiser construir um carter forte e simtrico, se quiser ser bem equilibrado em sua experincia religiosa. dessa maneira que o homem ser pre-parado para atender aos reclamos da verdade e da

    A igreja por muito tempo se tem contentado com um pouco das bnos de Deus.

    Uma colheita de alegrias ser feita pelos que semeiam a santa semente da verdade.

    justia, como so apresentados na Bblia; pois ele ser sustentado e fortalecido pelo Esprito Santo de Deus. Aquele que cristo verdadeiro combina grande ternura de sentimentos com grande firmeza de propsito, com inamovvel fidelidade a Deus; em caso algum se tornar traidor de sagrados depsi-tos. Quem dotado do Esprito Santo tem grande capacidade do corao e do intelecto, tendo uma fora de vontade e propsito invencveis.

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