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    K ARL R AHNER  JOSEPH R ATZINGER 

    Revelação e TradiçãoTradução portuguesa de Belc!or "or#$l!o da S!l%a& 'e!ta do or!g!#al ale(ão

    Offenbarung und Überlieferung, pu)l!cado por *erlag Herder& +re!)urg !( Bre!sgau&,-./0

     Nihil obstat P0 +re! *ale#t!( de São Paulo& O0+010 "ap0& Censor 

    São Paulo& 2 de outu)ro de ,-.3

     Imprimatur 4 J0 La'a5ette& Vigário Geral 

    São Paulo& 6 de outu)ro de ,-.3

    Ed!tora Herder& São Paulo& ,-.7

     Em homenagem a H  ANS    !S  VON  " A#$HASA! ,

     %or o&asi'o de seu se(ag)simo ani*ersário natal+&io0

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    Os nmeros entre &ol&hetes 8#9 indi&am o in+&io da página na edi-'o portuguesa de Herder . S'o %aulo, /0123 4oram a&res&entados a estaedi-'o eletr5ni&a para possibilitar a &ita-'o a&ad6mi&a da obra3 Os t+tulos7ue pre&edem imediatamente ao nmero perten&em 8 página em 7uest'o3 Osnmeros do +ndi&e &orrespondem ao original

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    :N;I"EPre'es so)re o "o#ce!to de Re%elação0000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000,

     :oseph !at;inger E?a(e do Pro)le(a do "o#ce!to de Trad!ção00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000/

    PRI1EIRA PARTERe%elação e Trad!ção& E#sa!o de A#

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    PREFÁCIO

    "o(paradas co( as gra#des (o#ogra'!as teolDg!cas& e#tre as ua!s se !#clue( osFlt!(os %olu(es da coleção !#t!tulada es )!)l!ogr

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     9arl !ahner 

    OBSER*AUES SOBRE O "ON"EITO ;E R E*ELAVO

    8,9 E()ora a co#de#ação de u(a eres!a por parte da Igrea sea legt!(a e usta&so) o po#to de %!sta ecles!

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    !sto a Igrea #ão da%a u(a resposta clara0 ;a%a@a o 1oder#!s(o& por$( 'alsa& prec!p!tada& e?te(porW#ea e e( se#t!do dec!d!da(e#te er$t!co0

    X e%!de#te ue este pro)le(a e sua de%!da solução tQ( u(a !(portW#c!a'u#da(e#tal #o co#'ro#to e#tre o "r!st!a#!s(o e a cultura (oder#a& a!#da ue !sto #ãosea& de ord!#es !stDr!cas& e o percorre Ele prDpr!o aparece#do e#car#ado e#treos o(e#s0 O escW#dalo est

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    "o( e'e!to& se a teolog!a catDl!ca e#s!#a e p>e e( pr

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    tra#sce#dQ#c!a& ou sea& do ;eus tr!#o& Pa!& +!lo e Espr!to Sa#to& e( sua poss!)!l!dadede %!r a (a#!'estar@se #a tra#sce#dQ#c!a do o(e( e #a sua !stDr!a0

    E#ua#to& por co#segu!#te& a !stDr!a se a)re tra#sce#dQ#c!a& o +!lo e#%!a oEspr!to0 E#ua#to a tra#sce#dQ#c!a co#strD! a !stDr!a& o Espr!to real!a a E#car#açãodo Logos0 E#ua#to o aparec!(e#to de ;eus #a !stDr!a e?pressa a !(poss!)!l!dade de

    se co#ser%ar oculto o ue $ su(a real!dade& o *er)o E#car#ado $ re%elado co(o a auto@e?pressão do Pa! #a *erdade0 E#ua#to a %!#da de ;eus e#tre #Ds #o (e!o de #ossae?!stQ#c!a s!g#!'!ca o Seu e o #osso a(or& $ re%elado o %neuma so) este aspecto dea(or0

    Mua#do #Ds 'ae(os a e?per!Q#c!a da u#!ão tra#sce#de#tal e a)soluta do ;eusco#osco& co(part!la#do de Sua %!da e ace!ta#do@a por graça dele (es(o& sa)e(os&(ed!a#te o #osso ato de '$& o ue s!g#!'!ca(os& ao 'alar(os so)re a Tr!#dade de ;eus eao e?pr!(!r(os& de (odo )re%e e suc!#to& a 'or(al!dade e o co#teFdo da '$ cr!stã& dasua Re%elação& da !stDr!a desta Re%elação0 Sa)e(os o ue s!g#!'!ca(os& ua#do #os

    'ae(os )at!ar #estes #o(es e( #o(e do Pa!& do +!lo e do Espr!to Sa#to0839 Ao ue at$ au! esta)elece(os& e( traços gera!s e r

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    !stDr!a dos o(e#s #ão co#sta de 'atos (ortos& (as de 'atos cuo se#t!do represe#ta u(ele(e#to !(porta#te e( cada co#u#tura !stDr!ca0

     Não e?!ste #e#u(a relação o)et!%a de u( o)eto e( part!cular ou de u(a 'rase#a %!da tra#sce#de#tal do o(e( a)erto para ;eus& para o ;eus tr!#o e eter#o0 O ue $(a!s e o ue 'u#da(e#ta todos os dog(as da +$& co(o co#d!ção (es(a de sua

     poss!)!l!dade& e& a#tes de tudo& o ue os 'a real pala%ra de ;eus $ o segu!#te oor!o#te da %!da so)re#atural ou a lu da +$ e( s! (es(a @ co(o d!ra(os e(l!#guage( trad!c!o#al e s!(ples @ pressup>e ue se ace!te( e se %alor!e( as pala%rasda Trad!ção0

    "o( tudo !sto& Y ace#tue(o@lo (a!s u(a %e Y #ão esta(os d!e#do ue estatra#sce#de#tal e apr!orst!ca a)ertura do o(e( para o ;eus da %!da eter#a e da

     part!c!pação a)soluta possa ser e( s! (es(a a#!stDr!ca& #e( ue co#dua a u(adesorde( (st!ca ue co#s!st!r!a #u(a !#trospecção !#d!%!dualst!ca al!e#ada da!stDr!a0 Ao co#tres& co( a 8-9 culpa& co( os a)usos0 Ela $!stDr!a usta e pecadora& u(a %e ue o o(e( $ simul iustus et pe&&ator & esta#do a!stDr!a da culpa e a da sal%ação de'!#!t!%a(e#te l!gadas at$ ao d!a do uo '!#al0

    Isto #ão e?clu! a e?!stQ#c!a de u(a autQ#t!ca !stDr!a da Re%elação #a !stDr!ageral da u(a#!dade0 Ta#to ue& para o cr!stão& por e?e(plo& u(a d!acrt!ca d!st!#ção&#a !stDr!a %eterotesta(e#t

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    ue a aprese#ta& atra%$s do (!lagre& aos o(e#s ca(ados a crer0 Re'!ro@(e Re%elação prese#te #o seu portador ue $ o prDpr!o Pro'eta0 ;o ue a#tes e?puse(os&co#clu!r@se@< ue a teolog!a dos preW()ulos e a da '$ são !dQ#t!cas0 Por !sso te( raão ateolog!a 'u#da(e#tal& ua#do& 'ree#te(e#te& trata da analsis fidei& e( seu W()!to

     prDpr!o& supo#do@se ue ela o 'aça& co#s!dera#do a '$ e a ace!tação da Re%elação e( sua

    u#!dade 'u#da(e#tal0 O aspecto tra#sce#de#tal da ace!tação da Re%elação e a +$ são a(es(a co!sa 'u#da(@se a()as #a co#st!tu!ção do o(e( gratu!ta(e#te (arcada pela part!c!pação o#tolDg!ca e pelo co(pro(!sso l!%re do o(e( co( este aspectoe?!ste#c!al do ser0

    A des(!tolog!ação  Entmthologisierungsfrage& para a teolog!a catDl!ca&co#cret!a@se e resu(e@se #a capac!dade de cog#osc!)!l!dade do (!lagre0 ;a

     pergu#tar@se $ poss%el u(a autQ#t!ca e?per!Q#c!a tra#sce#de#tal de ;eus& < ue !stoser!a co(o ue u( co(part!lar do !(part!c!p

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     poder de (ed!ação0 Ele e?!ste #a pala%ra& #o s!#al l!tFrg!co& #a co(u#!dade ecles!al& #oo'c!o& #a !(age(& e( su(a& at$ (es(o #as co!sas pro'a#as0 Não o)sta#te a plural!dadee d!%ers!dade desta (ed!ação& pode aco#tecer ue& e( d!'ere#tes $pocas e lugares& deacordo co( os desg#!os da graça& (es(o #o No%o Testa(e#to& a o)r!gator!edade ecog#osc!)!l!dade da F#!ca (ed!ação te#a a sua !stDr!a pecul!ar0 Tal !stDr!a da

    Re%elação& tor#ada de'!#!t!%a e( "r!sto& #o W()!to do Flt!(o e eter#o e'o&  podeta()$(& co#'or(e d!spos!ção d!%!#a& re'let!r@se #a tres0 E( tudo o ue d!sse(os& pude(os ape#as !#d!car algu(as perspect!%as de solução de u( pro)le(a ue desde oste(pos do 1oder#!s(o $ atual& (as ue& co#tudo& te( s!do de certo (odo postergado01es(o por este peue#o e?e(plo& ao ual podera(os acresce#tar o de (u!tos outros

     pro)le(as teolDg!cos a!#da #ão soluc!o#ados& %e(os co(o custosa e le#ta(e#te a%a#çao tra)alo teolDg!co0 X #ecess

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    Ao e?pr!(!r eu !lustre +aculdade "atDl!ca de Teolog!a da #!%ers!dade de1u#ster o (eu pe#orado e cord!al agradec!(e#to pela d!st!#ção ue (e outorgou&'aço@o co( a co#sc!Q#c!a de ue ta()$( os oper

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     :oseph !at;inger 

    E=A1E ;O PROBLE1A;O "ON"EITO ;E TRA;IVO

    PRI1EIRA PARTE

    Revelação e TradiçãoEnsaio de análise do conceito de Tradição

    I Y Pos!ção do Pro)le(a

    8,/9 O (odo co(o "r!sto& Pala%ra e?pressa da Re%elação& per(a#ece prese#te #aH!stDr!a e %a! ao e#co#tro dos o(e#s perte#ce uelas uest>es 'u#da(e#ta!s& e(

    tor#o das ua!s se d!%!d!u a "r!sta#dade oc!de#tal& #o s$culo da Re'or(a0 A luta pre#de@se !d$!a de Trad!ção& pela ual a Igrea catDl!ca procurou e?pr!(!r certa 'or(a deco(u#!cação da Re%elação& ao lado da outra co#t!da #a Sagrada Escr!tura0 Isto& co( o'!( de des'aer u( duplo protesto0 A Trad!ção des!g#a%a pr!(e!ro as ca(adas&onsuetudines e&&lesi=& ta!s co(o a sa#t!'!cação do do(!#go& a oração %oltada para oOr!e#te& o costu(e de euar& as %es e outras pres] Seos B!spos tQ( poder de so)recarregare( as !greas co( !#F(eras prescr!ç>es e deo#erar as co#sc!Q#c!as& por ue& e#tão& a Sagrada Escr!tura pro)e tão 'ree#te(e#teue se 'aça( (a#da(e#tos u(a#os e se escra%!e( os o(e#s Porue ca(a ela a

    2 X o ue se %Q clara(e#te pela l!sta de traditiones 'e!tas #o te(po do "o#cl!o de Tre#to0 "'0 a #ota 66da segu#da parte desse l!%ro0

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    estas co!sas de doutr!#a de Sata#

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    O "o#cl!o de Tre#to& e( seu estudo so)re& a Trad!ção& te%e d!a#te dos olos osdo!s po#tos de %!sta co#tr

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     Não o)sta#te tudo !sto& a !stDr!a da co#tro%$rs!a #ão se dete%e& #o decurso dosuatro s$culos ue se segu!ra( Re'or(a0 ;uas d!'ere#tes te#dQ#c!as se destaca( #asrelaç>es e#tre o Protesta#t!s(o e o "atol!c!s(o e e#tre suas respect!%as teolog!as0 ;eu( lado& u(a rad!cal!ação de cada grupo #os prDpr!os po#tos de %!sta0 "ada grupo& a

     part!r de e#tão& 'e sua !stDr!a prDpr!a e dese#%ol%eu@a e( d!reção oposta u( ao outro0

    Por outro lado& a d!stW#c!a (a#t!da e#tre a()os poss!)!l!ta (a!or o)et!%!dade e( seus ulga(e#tos recprocos0 E?!ste& '!#al(e#te& de parte a parte& u( re#o%ado es'orço por superar as 'ro#te!ras co( %!stas a u( e#co#tro0

    Mue(& e#tre os "atDl!cos& e(pree#deu o (a!s s!g#!'!cat!%o passo para cegar au(a %!são #o%a do pro)le(a da Trad!ção& (ed!a#te a superação de pos!ç>es u#!latera!se a#t!@re'or(!stas& 'o!& e( #ossos d!as& o teDlogo dog(ie Heilige S&hrift und die $radition, +r!)urgo& ,-.2& pr!#c!pal(e#te as p0-,@,[30236@2720 E#tre os tra)alos a#ter!ores escr!tos por Ge!sel(a## so)re o(es(o te(a $ de part!cular !(portW#c!a o segu!#te  >as 9on;il *on $rient ber das VerhDltnis der 

     Heiligen S&hrift und der ni&htges&hriebenen $raditionen, !# 10 S"H1AS&  >ie mndli&heÜberlieterung, 1u#!ue& ,-/3& p0 ,2C@2[.0

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    X '

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    aos a#se!os dos Re'or(adores0 ;esta (a#e!ra& toda esta a#es o !(porta#te art!go ποκαλυπτωἀ de A0 OEPKE& !# $hKN$ & III& p0/./@/-30

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    u( l!%ro0 Ela $ u(a real!dade %!%a0 E?!ge o(e#s %!%os ue a rece)a(& ue s!r%a( delugar de sua prese#ça0

    Repet!#do o ue at$ au! d!sse(os& pode(os a'!r(ar ue a Re%elaçãoso)ree?cede de 'ato a Escr!tura& e( do!s se#t!dos

    a e( se#t!do asce#de#te& ela at!#ge se(pre& co(o real!dade procede#te de ;eus&

    o ag!r d!%!#o so)re as cr!aturas\ ) co(o real!dade ue se d< ao o(e( por (e!o da '$& ela at!#ge !gual(e#te aEscr!tura0

    ;esta d!'ere#ça e#tre a Escr!tura e a Re%elação resulta clara(e#te ue& de todo!#depe#de#te(e#te da uestão se a Escr!tura $ ou #ão $ a F#!ca 'o#te (ater!al& e( r!gor&#u#ca e?!ste para o cr!stão a  sola S&riptura0 Isto& co(o '!cou d!to& era claro& e(

     pr!#cp!o& para os gra#des Re'or(adores e co(eçou a ser esuec!do #a ca(adaortodo?!a protesta#te0 A Escr!tura #ão ) a Re%elação0 X& s!(& e( Flt!(a a#es de G0 S"HRENK & art0 γραφή – γράμμα& !# $hKN$ & I&

     [email protected] e a p03.30

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    t!rada de :oel  C& ,@/0 E( todos estes casos& aparece a era !#staurada por "r!sto co(oresposta espera#ça #o ad%e#to de u( te(po 'uturo ue& e( Flt!(a a#es& tor#a@se claro 8279 ue& ao

    redu!r@se a Escr!tura aos escr!tos do A#t!go Testa(e#to& #ão se est< ape#as usa#dou(a ter(!#olog!a a#t!ga ue ter!a s!do adotada por 'alta de escr!tos propr!a(e#te#eotesta(e#t

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     Neste co#te?to& a a#es segundo aEscr!tura& ua#do se apro'u#da (a!s este assu#to0

    Este (es(o te(a pode ser co#s!derado so) outro aspecto0 E ter@se@< e#tão dadou( passo a (a!s para a 're#te0 A ace!tação 8C[9 da Re%elação& pela ual apl!ca(os a #Dso "r!sto@e%e#to& %e(& #a l!#guage( da B)l!a& so) o #o(e de '$0 Ass!( tal%e see#te#der< (a!s clara(e#te de ue (a#e!ra& #o No%o Testa(e#to& a '$ s!g#!'!ca a !#@a)!tação de "r!sto0 Se ad(!t!r(os ue #a Escr!tura a prese#ça da Re%elação te( o(es(o se#t!do ue a prese#ça de "r!sto& e#tão tere(os de 'ato dado u( passo ad!a#te0

    Ora& #a Escr!tura& e#co#tra(os a prese#ça de "r!sto aprese#tada de duas (a#e!ras0 Elaaparece& de u( lado& co(o < %!(os& !de#t!'!cada co( a '$  Ef  C&,3& #a ual cada u(e#co#tra "r!sto e se ade#tra #ele& pe#etra#do #o d!#a(!s(o de sua 'orça sal%adora0 Por outro lado& a '$ se oculta ta()$( so) a e?pressão paul!#a "orpo de "r!sto& o ue uer d!er ue a co(u#!dade dos '!$!s Y a Igrea Y 'u#da a prese#ça de "r!sto #este (u#do0

     Nela "r!sto reF#e os o(e#s e os 'a partc!pes de sua prese#ça d!#W(!ca,-0To(adas u#tas& estas duas #oç>es s!g#!'!ca( o segu!#te a '$ $ a adesão #t!(a

     prese#ça de "r!sto& real!dade de "r!sto prese#te& da ual a Escr!tura #os d< teste(u#o&se(& co#tudo& se identifi&ar de (odo #e#u( co( ela0 ;a resulta ue a prese#ça daRe%elação se relac!o#a esse#c!al(e#te co( a '$ e co( a Igrea& real!dades estasue& co(o %!(os& estão estre!ta(e#te l!gadas e#tre s!0

    *olta(os ass!( ao ue 'o! a'!r(ado #a pr!(e!ra tese& a sa)er& ue a Re%elaçãoso)ree?cede a Escr!tura e( duplo se#t!do e( relação a ;eus& por seu lado asce#de#te&e e( relação ta()$( ao o(e( ue a rece)e0 Esta asserção ue& a pr!#cp!o& de!?a(osu( ta#to %aga e#co#tra(o@la esse#c!al(e#te co#cret!ada #a real!dade o)et!%a do"r!st!a#!s(o0

    60 A ess6n&ia da $radi-'o

    8C,9 A tra#s(!ssão ao po%o de ;eus do "r!sto@e%e#to ue $ a Re%elação e uete( sua )!@prese#ça #a '$ e #a Igrea& 'a@se atra%$s da pregação0 Pregação $ a e?@

     pos!ção  Aus@legung  do duplo aspecto da Re%elação #o A#t!go e #o No%o Testa(e#to0E !sto de duas (a#e!ras

    a ela $ a e?pos!ção do A#t!go Testa(e#to& lu do "r!sto@e%e#to e para o "r!sto@e%e#to\

     ) a part!r do %neuma e da co#d!ção prese#te da Igrea0

    Este Flt!(o aspecto $ poss%el& po!s "r!sto #ão est< (orto0 Est< %!%o0 Não $

    ape#as o "r!sto de o#te(0 X ta()$( e a fortiori o "r!sto de oe e de a(a#ã& o "r!sto%!%o e prese#te e( sua Igrea& ue $ seu "orpo e #a ual o seu espr!to opera0,- H0 S"HLIER & ;!e K!rce #ac de( Br!e' a# d!e Epeser& !# >ie Beit der 9ir&he, +r!)urgo& ,-.2&

     p0,/-@,7.0

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    Isto poder< ser (elor co(pree#d!do& se part!r(os da essQ#c!a da Igrea0 "o(o#os e#s!#a o No%o Testa(e#to& a (e#sage( de Jesus $ a#tes de tudo u(a (e#sage(escatolDg!ca& co( %!stas ao re!#o de ;eus& #ão co( %!stas Igrea0 O 'ato de e?!st!r aIgrea #ão se op>e a esta (e#sage(& (as es de"r!sto& u(a segu#da poss!)!l!dade0 Ass!(& a at!%!dade dos ;oe depo!s de Pe#tecostes

    apo#ta& #ão para a Igrea& (as para o re!#o de ;eus0 I#'or(a(@#os os  Atos dos Ap?stolos ue os ;oe #ão se ocupara( pr!(ord!al(e#te e( (!ss!o#ar os po%os0Es'orçara(@se& a#tes& (u!to (a!s e( co#%erter Israel& cr!a#do& deste (odo& asco#d!ç>es pr$%!as para a !(pla#tação do re!#o0 ;e !#c!o& u(a s$r!e de o)stes& lu da analogia fidei

    a  E(iste uma teologia *eterotestamentária do Antigo $estamento ue o e?egetadedu de seu co#teFdo !#ter#o e ue se dese#%ol%e e( u(a s$r!e de ca(adassuperpostas0 Segu#do ela& os te?tos a#t!gos de%e( ser rel!dos e de #o%o e?postos ludos #o%os aco#tec!(e#tos0 O 'e#(e#o da apl!cação dos te?tos s s!tuaç>es #o%as& dodesdo)ra(e#to da Re%elação (ed!a#te #o%a 8CC9 aprese#tação do A#t!go Testa(e#to&estrutura es de E0 PETERSON& ;!e K!rce& !# $heologis&he $ratate, 1u#!ue&,-/,& p0 6[-@62-\ H0 S"HLIER & >ie Ents&heidung fr die Heidenmission in der r&hristenheit >ie Beit der 9ir&he, p0 -[@,[30 Parece@(e certo ue #e( a a#ogmati, 1ogF#c!a& ,-.2& p0,C6@,/2 e a )!)l!ogra'!a a 'or#ec!da\ G0 %0R A;& $heologie des Alten $estaments, II& 1u#!ue& ,-.[& p0CC2@CC-\ C-.@6[,0

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    u#!dade da analogia fidei220 Tal%e& part!#do dau!& se possa esclarecer o ue s!g#!'!ca aanalogia fidei  e#tre Os do!s Testa(e#tos0 A teolog!a #eotesta(e#t

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    2 ra! o carG& II,-C,& p076@,,.0 HARNA"K  d!& #a p0 73& #ota C& o segu!#te O CPnon era& de !#c!o& a regra da '$0 AEscr!tura est< ce#trada #a %erdade0 Se( dF%!da #e#u(a& sua autor!dade 'u#da@se sol!da(e#te #oA#t!go Testa(e#to e #as pala%ras do Se#or0 Y Mue ass!( te#a pe#sado ta()$( a Idade 1$d!a eue au!& al$( da re*elatio  da ual 'alare(os #a 2 parte deste l!%ro& a  fides& so)repo#do@se S&riptura& esta)elece a 'or(a esse#c!al do co#ce!to de Trad!ção 'o! o ue te#te! de(o#strar e( (euart!go Kesen und Keisen der au&toritas im Ker des heiligen "ona*entura, !# >ie 9ir&he und ihre

     Qmter und StDnde +estga)e Kard!#als +r!#gs& pu)l!cado por "ORSTEN@+ROTZ@LIN;EN& "ol#!a& ,-.[& p0 /7@320

    2/ Estas !d$!as #ão pode( ser dese#%ol%!das (a!s detalada(e#te au!& co(o ser!a de desear& u(a %eue& e( r!gor& esta(os procura#do ape#as 'u#da(e#tar o co#ce!to de Trad!ção0 E( raão da )re%!dade

    ue (e !(pus& co#te#te!@(e ape#as& #as teses precede#tes& co( e?pla#ar o assu#to at$ ao po#to e(ue '!casse pate#te a relação e#tre a Trad!ção e a Igrea c'0 as teses 6 e /0 Para se descer a (a!oresdetales& de%er@se@!a a#al!sar ta()$( o co#ce!to de Igrea& ue supo(os co#ec!do do le!tor0 Para !sto&c'0 a #ota .& o#de c!ta(os #osso l!%ro so)re o O'c!o e a u#!dade da Igrea0 E#co#tra(@se a algu(aso)ser%aç>es so)re o assu#to de ue ora trata(os0

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    a'!#al& u( pro)le(a !#te!ra(e#te secu#d

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    littera S&riptur= ou do se#t!do l!teral !stor!ca(e#te '!?

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    tra)alo0 Au! sD serão tratados algu#s po#tos do de)ate tr!de#t!#o& co( o '!( dea(pl!ar(os (a!s o or!o#te de #ossas re'le?>es0

    +u#da(e#tal para a co(pree#são dos de)ates e( pauta& )e( co(o do ;ecretode'!#!t!%o do "o#cl!o& parece@(e ser o ;!scurso do "ardeal Legado "er%!#!& datado de,7 de 'e%ere!ro de ,/6.& 86,9 cuas l!#as gera!s se pate#te!a( ta#to #o ;ecreto co(o

    e( outras dec!s>es co#c!l!ares2

    0Te( o d!scurso de "er%!#! o ($r!to de (ostrar as l!#as d!retr!es do ;ecreto de(a#e!ra (a!s clara do ue aparece( estas #a Flt!(a redação do (es(o& o#de elas sed!lue( (u!to de%!do a u(a s$r!e de %ar!adas !(pl!caç>es0 X a!#da de gra#de au?l!o

     para o e#te#d!(e#to do re'er!do d!scurso u(a carta dos "ardea!s Legados ao "ardealAle?a#dre +ar#ese& de 27 de 'e%ere!ro de ,/6.0 Esta carta re%ela co#teFdo !dQ#t!co Y $certa(e#te !#sp!rada pelo (es(o "er%!#! Y e o'erece a!#da algu#s outrosesclarec!(e#tos0 "er%!#! suste#ta& #o c!tado d!scurso& ue e?!ste( trQs pr!#cp!os e'u#da(e#tos de #ossa '$

    , Os l!%ros sagrados escr!tos so) a !#sp!ração do Espr!to Sa#to02 O E%a#gelo ue Nosso Se#or #ão escre%eu& (as e#s!#ou oral(e#te e!(pla#tou #os coraç>es0 Parte do E%a#gelo 'o! escr!ta (a!s tarde pelosE%a#gel!stas& e#ua#to (u!ta co!sa 'o! s!(ples(e#te co#'!ada aos coraç>es dos'!$!s0

    C Porue o +!lo de ;eus #ão !a per(a#ecer se(pre e#tre #Ds& e#%!ou ele oEspr!to Sa#to ue a%er!a de re*elar os (!st$r!os #o #t!(o dos '!$!s e de e#s!#ar  Igrea toda a %erdade at$ ao '!( dos te(posC0

    86C9 Nu(a segu#da redação (a!s detalada do d!scurso& estas (es(as !d$!as sãodese#%ol%!das (a!s a(pla(e#te0 A le(os ue a Re%elação se aprese#tou de (odod!'ere#te e( d!%ersos te(pos

    /  Nos Patr!arcas& cua '$ $ atestada #a Escr!tura& a ue ca(a(os de A#t!goTesta(e#to0

    M E( Jesus "r!sto ue !(pla#tou o seu E%a#gelo #ão por escr!to& (as oral(e#te&#ão in &harta& (as in &orde0 ;as co!sas ue e(a#ara( de "r!sto 7u= a Cristoemanarunt  algu(as 'ora( escr!tas& outras per(a#ecera( #os coraç>es dos

    respe!to do "o#cl!o de Tre#to& c'0& so)retudo& al$( do estudo 'u#da(e#tal de J E;IN& o art!go de E0ORTIGES& Es&riture et $raditions apostoli7ues au Con&ilie de $rente& !# !S! C. ,-6-& p0 23,@2--\K0 ;0 S"H1I;T& Studien ;ur Ges&hi&hate des 9on;ilis *on $rient, Tu)!#ga& ,-2/& p0 ,/2@2[-02 O d!scurso #os 'o! tra#s(!t!do e( duas redaç>es0 A pr!(e!ra& (a!s curta& e#co#tra@se #as Atas do"o#cl!o& !# C$ & *& ,,0 A segu#da 'a parte do d!iarium& III& !# C$ & I& p06760Mua#to ao co#teFdo& os do!s te?tos se co(pleta(0 Na a#es sãoco(paradas e#tre s!& de (odo a 'aere( u( todo0 So)re a pos!ção de "er%!#! #o "o#cl!o& c'0 H0JE;IN& Ges&hi&hte des 9on;ils *on $rient, II  +r!)urgo& ,-/3& p0C7@6[0 A descr!ção do dese#rolar !stDr!co dos de)ates aca@se e( JE;IN& op &it3, p062@72 e supo(o@la co#ec!da do le!tor& de %e ueser%e de )ase para a a#ominus Noster non s&ripsit, sed ore do&uit et in &ordibus illud planta*it,

    &uFus e*angelii nonnulla e*angelist= s&ripto mandarunt, multa 7uo7ue reli&ta sunt in &ordibushominum3 $ertium, 7uia non semper filius >ei &orporaliter nobis&um mansurus erat, misit SpiritumSan&tum, 7ui in &ordibus fidelium se&reta >ei re*elaret et e&&lesiam 7uotidie et us7ue&onsummationem s=&uli do&eret omnem *eritatem, et si 7uid in mentibus hominum dubii o&&urrisset,de&lararet3

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    o(e#s 7u=dam in &ordibus hominum reli&ta fuerunt 0 Todo o E%a#gelo de"r!sto& ue co#sta desta dupla (odal!dade& 'or(a te#do co(o pr!(e!ro pr!#cp!oo A#t!go Testa(e#to o se&undum prindipium fidei nostr=3

    T ;a surge o terce!ro pr!#cp!o tertium autem porue o +!lo de ;eus #ão !r!a per(a#ecer se(pre e#tre #Ds& e#%!ou ele ao (u#do o Espr!to Sa#to ue a%er!a

    de e?pl!car os (!st$r!os de ;eus e tudo o ue 'osse a!#da o)scuro para oso(e#s60;e (odo se(ela#te& a c!tada carta ao "ardeal +ar#ese 'ala de do!s passos due

     passi3 ( $ ue a Re%elação de Nosso Se#or #ão 'o! total(e#te escr!ta& (as per(a#eceu e( parte co#t!da #os coraç>es dos o(e#s e #a Trad!ção da Igrea0 O outro86C9 passo co#s!ste e( co#'!r(ar uello ce sugger!to lo Sp!r!to Sa#to !# la "!esa(a?!(e (ed!a#t! ! co#c!l!& doppo lfAsce#s!o#e !# c!elo del S!g#ore/0

     Nota(os logo ue& co#trar!a(e#te ao ue esper

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    !(poss!)!l!dade esta de(o#strada por São Paulo e pelos pr!(e!ros s$culos cr!stãos& $au! clara(e#te re%elada0

    A!#da u(a o)ser%ação relat!%a ao te?to a ue %!(os #os re'er!#do0 E( #e#u(dos do!s po#tos por #Ds c!tados #o estudo da Trad!ção& !sto $& #e( #o ele(e#to co#t!do#o pr!(e!ro #e( #o aprese#tado #o terce!ro pr!#cp!o& '!gura a Trad!ção co(o *erbal3

    E( a()os os casos& ao co#tre&reto sobre a Eu&aristia   >en;0& 73C se lQ Sa&rosan&ta Snodus,

    . C$ & *& ,6 e ,/0 ( e?a(e pro'u#do das au&toritates& uer da Escr!tura& uer e#tre os Sa#tos Padres&ue& #este part!cular& são 'a%ores )!)l!ogr

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     sanamRdo&trinam tradens, 7uam semper &atholi&a E&&lesia ab ipso :esu Christo >omino Nostro et eius apostolis erudita, at7ue a Spiritu San&to illi omnem *eritatem indies suggerente Jo ,6&,. edo&ta retinuitR

    Au! a ação prDpr!a do "o#cl!o $ descr!ta co(o tradere  e a este tradere  $atr!)udo u( duplo 'u#da(e#to0 ;e u( lado& o e#s!#o de Jesus e dos ApDstolos0 Note@

    se ue este po#to correspo#de ao E%a#gelo segu#do a co#cepção de "er%!#!0 E decerto (odo ta()$(& pela c!tação de Jesus e dos ApDstolos& se reco#ece a dupla(odal!dade do E%a#gelo co(o escr!to e co(o !#ser!do #os coraç>es0 ;e outro lado& oe#s!#o dado pelo Espr!to Sa#to ue co#du %erdade in dies& !sto $& #o de0 correr dote(po 'uturo0

    O outro te?to ue pode ser adu!do au! co(o pro%a do ue a'!r(a(os& e#co#tra@se #o PreW()ulo do ;ecreto so)re o  PurgatDr!o  >en;0& -7C0 A se lQ  RCatholi&a

     E&&lesia, Spiritu San&to edo&ta, e( Sa&ris #itteris et anti7ua %atrum traditione in sa&risCon&iliis et no*issime in ha&333 Snodo do&uerit 0 A descr!ção da ação prDpr!a do

    "o#cl!o co(o tradere  e#co#tra@se a!#da #as declaraç>es so)re o Sacra(e#to daE?tre(a@#ção  >en;0& -,[0+!#al(e#te& a trpl!ce d!%!são de!?a@se !#s!#uar #as e#trel!#as do ;ecreto so)re a

    Trad!ção& e()ora o)scurec!da e d!luda por u(a s$r!e de acr$sc!(os e c!taç>es a elead!c!o#ados por outros (ot!%os0 O ;ecreto da Trad!ção& co( e'e!to 8639

    / +ala do E%a#gelo pro(et!do pelos Pro'etas #a Escr!tura& e re'ere@se a esta e(se#t!do estr!to& uer a#tes& uer depo!s do A#t!go Testa(e#to0

    M +ala da pro(ulgação por "r!sto do E%a#gelo ue 'o! tra#s(!t!do pelosApDstolos so) dupla 'or(a& oral e escr!ta0 ;esta (a#e!ra& o ue #ão ocorre #o

    e?e(plo de "er%!#!& aparece au!& a#tes de tudo& o co(po#e#te p#eu(atolDg!cou#!do co( o co(po#e#te apostDl!co& a po#to de se d!st!#gu!re( duas(odal!dades de Trad!ção apostDl!ca a ue re(o#ta a "r!sto e a ue re(o#ta aoe#%!o do Espr!to Sa#to0 Pode@se ass!( esta)elecer ue& e( opos!ção ao esue(ade "er%!#!& < u( certo processo de histori&i;a-'o ue sal!e#ta a relação co( oco(eço !stDr!co e !gual(e#te parece deslocar o ace#to da trad!ção real para a*erbal3

    T  No eplogo desta parte do ;ecreto da Trad!ção ue %!(os a#al!sa#do& de #o%o $co#s!derada a !d$!a da Sagrada Escr!tura0 O co#ce!to de Trad!ção $& e#tão&

    'or(ulado e( de'!#!t!%o e descr!to co(o *el oretenus a Christo *el a SpirituSan&to di&tatas et &ontinua su&&essione in E&&lesia &atholi&a &onser*atas3 Are'erQ#c!a aos ApDstolos $ o(!t!da0 Pode@se #a %erdade co#s!derar tudo !sto co(ou(a %olta ao ue 'o! d!to a#tes0 E%!de#te(e#te& a trad!ção d!tada pelos ApDstolos$ c!tada de #o%o0 A e?pressão &ontinua su&&essione  !#s!#ua@o0 "o#tudo&

     per(a#ece se(pre a!#da certa !#deter(!#ação& '!ca#do a)erta a poss!)!l!dade dese e#co#trar au! o %estg!o do terce!ro co(po#e#te de "er%!#! o pr!#cp!o

     p#eu(

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    Re%elação ue& e%!de#te(e#te& era co#ec!do ta#to de "er%!#!& ua#to dos Sa#tosPadres e teDlogos (ed!e%a!s-

    A#tes de e?a(!#ar(os !sto& de%e(os esclarecer rap!da(e#te os pr!#c!pa!s(ot!%os ue !#sp!rara( o ;ecreto tr!de#t!#o so)re a Escr!tura e a Trad!ção& de!?a#do#ele u( ta#to e#co)erta a co#cepção pessoal de "er%!#!0 Mue op!#!>es de teDlogos terão

    !#ter%!#do au!& cega#do a ser& e( parte& !(pressas #o te?to de'!#!t!%o ue resultou docoteo de (u!tos pro#u#c!a(e#tos d!%ersos (a e?pos!ção detalada deste po#toe?or)!tar!a do W()!to de #ossa a#

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    escr!to so)re o (es(o assu#to por Ser!pa#do para uso dos Padres "o#c!l!ares0Ser!pa#do 'ala das Trad!ç>es escr!tas& !#ser!das #a Escr!tura& co(o as cle as #ão re'er!das #a B)l!a e ue ora são apostDl!cas ou or!u#das de"o#cl!os u#!%ersa!s e ace!tas por toda a Igrea& ora são part!culares e (u!to %ar!es na Escr!tura0 Trad!ção #ão s!g#!'!ca o#ão@escr!to0 E?!ste uer de#tro da Escr!tura& uer 'ora dela0 Isto #os co#du a outra

     pergu#ta e( ue co#s!ste para os re'er!dos Padres a essQ#c!a da trad!ção& se o ue aco#st!tu! #ão $ o 'ato de #ão ser escr!ta,C0 E( outros ter(os co(o pode a trad!ção ser de'!#!da pos!t!%a(e#te& se ela #ão pode ser su'!c!e#te(e#te deter(!#ada pela !d$!a

    #egat!%a de algo #ão@escr!to0H< u(a s$r!e de respostas para esta pergu#ta0 O prDpr!o Ser!pa#do d< a segu!#tede'!#!ção $raditiones, ho& est Apostolorum seu san&torum %atrum san&tae et salutares&onstitutiones,63 1a!s clara a!#da $ a a'!r(ação de "er%!#!& c!tada por 1assarell!0 Ao)eção do B!spo de "!ogg!a ue adu!a a op!#!ão de Agost!#o de ue tudo o ue $#ecesses desta Flt!(a p

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     prese#ça atua#te da Pala%ra re%elada& #a e?!stQ#c!a cr!stã0 Trad!ção $& #outros ter(os& ae'!ces ue a au&toritas da Igrea aprese#ta co(o de'!#!t!%as&!#d!ca#do u(a #t!(a relação e#tre a Trad!ção e a institutio &hristiana ,70

    8/C9 Pode(os agora reto(ar ao #osso po#to de part!da e dar resposta pergu#taue propr!a(e#te s!g#!'!ca a 'Dr(ula ad nos us7ue per*enerunt  O)et!%a(e#te #ão setrata au! de u( !stor!c!s(o ue a 'Dr(ula parece e?pressar0 Ao co#tretraditionibus e&&lesi=, 'e%ere!ro ou (arço de ,/6.0

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    cr!stã e( co#creto #o te(po prese#te da Igrea& da institutio &hristiana& ue coloca aEscr!tura e( pr!(e!ro lugar e ue co(o tal& !sto $& co(o %!da decorre#te da Escr!tura& $'u#da(e#tal(e#te apostDl!ca& e()ora ta()$( sue!ta a (uda#ças co(o tudo o ue $%!%o0

    C0 A $radi-'o e o dogma e&lesiásti&o

    (a segu#da s$r!e de (ot!%os $ e?pressa #o ;ecreto pela  f?rmula traditionestum ad fidem tum ad mores pertinentes0 Se& co(o %!(os& a !d$!a de Trad!ção aparece(u!to l!(!tada na7uilo ue os Padres co#c!l!ares ca(a( &onsuetudines,obser*ationes, institutiones& por outro lado& o Procurador do "ardeal de Augs)urgo&"laud!o Lea5& SJ& se 'e o porta@%o de u(a e?pressão ue& e( opos!ção s traditiones&=remoniales esta)eleceu usta(e#te o se#t!do da trad!ção co#t!da #a '$0 Seu tratadoso)re a Trad!ção& co(posto para uso dos Padres co#c!l!ares& !#clu! ta()$( a 'Dr(ula

    ue 'o! adotada pelo "o#cl!o0 A se d! >eni7ue multas *eritates tum ad fidem tum ad mores pertinentes E&&lesia no*it, 7uas S&riptura aperte et e(presse non &ontinet 0  Elec!ta co(o e?e(plos as pala%ras persona, essentia, trinitas& #o Tratado da Sa#tss!(aTr!#dade\ &onsubstantialitas& #a "r!stolog!a do Logos\ duas #atureas& u(a sD Pessoa&re'ere#tes ao dog(a de'!#!do pelo "o#cl!o de "alced#!a0 E a!#da "r!sto& +!lo F#!code 1ar!a& duas %o#tades #a F#!ca Pessoa de "r!sto& u(a al(a rac!o#al al$( do espr!tod!%!#o e( "r!sto& A#a& (ãe de 1ar!a& o costu(e de 'aer s!#a!s da cru& a sa#t!'!caçãodo do(!#go& a (a#e!ra de rear co( 'ace %oltada 8/69 para o Or!e#te& tudo !sto& !d$!as e'atos da trad!ção co#c!l!ar e da p!edade cr!stã,-0

    "er%!#! ue apro%ou o d!scurso de Lea5& de 2C de 'e%ere!ro de ,/6. 2[& pded!'!c!l(e#te co#c!l!ar esta pos!ção co( a sua& e?pressa #a < c!tada carta ao "ardeal+ar#ese& o#de& co(o %!(os& ele d! ue o Espr!to Sa#to 'alou #a Igrea e& depo!s daAsce#são do Se#or& 'ala a!#da ma(ime medianti i &on&ilii2,0  Ele a %!u pu)l!ca(e#tesu)l!#ado o 'ato de ue auele (a!s ue a Igrea %!%a represe#ta e( relação

     pala%ra (era(e#te escr!ta #ão se re'er!a e #ão se re'ere ape#as *ita instituenda  ou&co(o ele pre'ere& chre(o#!al!a0 Re'ere@se ta()$( essentialia fidei ue& a#tes detudo& ple#a(e#te se e?pressa( #a Trad!ção0 Ta()$( au!& co(o se %Q& o !#teressedo(!#a#te #ão est< #a aprese#tação !stor!c!sta do assu#to& a part!r do !#c!o da Igrea&(as #a !d$!a de ue a !#'luQ#c!a da Trad!ção& so)retudo atra%$s da pra?e co#c!l!ar& $ de

    'u#da(e#tal !(portW#c!a para a '$& para a doutr!#a cr!da& e #ão ape#as para a p!edade%!%a ou a &=remonialia3

    X3 O  sentido do >e&reto tridentino

    Se recap!tular(os o ue at$ agora d!sse(os& %ere(os ue #o co#u#to 'ac!l(e#tese pode( reco#ecer trQs d!'ere#tes co#cepç>es teolDg!cas u#!das e#tre s! #o te?to

    ,- "T& =II& /2C0 LEJAb )ase!a@se e%!de#te(e#te e( l!stas de trad!ç>es co#'ecc!o#adas #auele te(po0

    "'0 E"K & ;RIE;O& "ANO& BOTO& NOGAROLA0 "'0 a este respe!to& b0 "ONGAR & Trad!t!o#sapostol!ues #o# $cr!tes et su''!sa#ce de lfEscr!tures& !# Istina, . ,-/- p02,-@C[. e pr!#c!pal(e#te a p

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    de'!#!t!%o do ;ecreto so)re a Trad!ção0 #!das& (as #ão eu!paradas u(as s outras0Pelo co#tres0 Sua !d$!a $ l!(!tada pelo ad nos us7ue per*enerunt ue !#clu!

     poss!)!l!dade de %ar!ar da parte das trad!ç>es& do#de a #ecess!dade de reduç>es0"o( os ter(os  per*enire e &onser*are, a recepção por parte da Igrea $

    co#s!derada cr!t$r!o ad!c!o#al ao lado da A#t!g!dade0C0 A co#cepção ue tal%e possa(os de#o(!#ar dog(es dera( 'or(a ao te?to do ;ecreto de tal (odo ue as suasl!#as (estras der!%a( de "er%!#! e todo o te?to de%e ser e#te#d!do lu de suas !d$!as0"o#tudo& e( duas passage#s& !sto $& #o per*enerunt  e #o &onser*atas, < !#'luQ#c!a dasegu#da co#cepção& e#ua#to #o tu( ad '!de( tu( ad (ores < !#'luQ#c!a da terce!ra0

    E( 'ace destas trQs co#cepç>es das ua!s #a real!dade e?!ste( d!%ersas %ar!a#tesue& to(adas e( co#u#to& são a e?pressão das !d$!as do(!#a#tes adotadas& aparece( asteses de Bo#ucc!o e de Nacc!a#t!& tão postas e( e%!dQ#c!a por Ge!sel(a## co(ose#te#ças co#tres0 Na carta de"er%!#! ao "ardeal +ar#ese& de 23 de 'e%ere!ro de ,/6.& le(os R Chioggia, &he 7uasi 7uasi *ole*adire 7ueste traditioni essere superflue, perorando, &he tutto 7uello &he era ne&essario alla salute era

     s&ritto, et allegando etiam S3 Agostino sopra lultimo &apitulo di S3 Gio*anni a 7uesto proposito3 %ure, per non poter negare &he molte &ose, appartenenti almeno alli sa&ramenti, non &i fussero *enute e( traditione, et per &onse7uente, &he non tutte le &ose ne&essarie alia nostra salute erano s&ritte, poi&heebbe fatte molte distintioni, &on&luse, &he an&or lui a&&etta*a 7ueste, J&he in la &hiesa fusse 7ual7uetraditione apostoli&a non s&rittaLU et &on 7ueste parole di&e*a, &he se ne fa&esse il de&retoU &redo&he molti sono restati s&andali;ati di lui C$ & =& Nr0 C,/& p

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    u(a %!são (a!s !stor!c!sta& relac!o#ada co( o prolo#ga(e#to da sal%ação operada u(asD %e& ou sea& o ἑφάπαξ0 Na real!dade& de%e@se d!er ue& e()ora de u( lado ta#to a%!são prese#c!al de "er%!#! co(o ta()$( a %!são !stor!c!sta do outro grupo& seco#s!deradas !solada(e#te& cada ual de per s!& sea( per!gosas& se #ão !#suste#t

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    de%e ter '!cado claro ue o "o#cl!o de Tre#to& a despe!to do cares so)re o %erdade!ro ca(!#o a segu!r0

    e&reto tridentino sobre a $radi-'o

    Pr!(e!ro pr!#cp!o& co#'or(e"er%!#! AT i Escr!tura0

    Sacrosa#cta jcu(e#!ca et ge#eral!s Tr!de#t!#a S5#odus&!# Sp!r!tu Sa#cto leg!t!(e co#gregata& 80009 oc s!)!

     perpetuo a#te oculos propo#e#s& ut su)lat!s error!)us& pur!tas !psa E*ANGELII  !# Eccles!a co#ser%etur uodPRO1ISS1  ANTE  PER   PROPHETAS  IN  S"RIPTRISSAN"TIS&

    Segu#do pr!#cp!o& co#'or(e"er%!#! o E%a#gelo e(

     parte escr!to& e( parte!#sculp!do #os coraç>es0

    8/-9 ;O1INS   NOSTER   IESS  "HRISTS& ;EI  +ILIS&PROPRIO  ORE  PRI11  PRO1LGA*IT& ;EIN;E  PER   SOSAPOSTOLOS& TA1MA1  +ONTE1  O1NIS  ET  SALTARIS*ERITATIS  ET  1OR1  ;IS"IPLINAE& O1NI  "REATRAEPRAE;I"ARI  ISSIT PERSPI"IENSME  HAN"  *ERITATE1ET  ;IS"IPLINA1  "ONTINERI  IN  LIBRIS  S"RIPTIS  ET  SINES"RIPTO  TRA;ITIONIBS& MAE  AB  IPSIS  "HRISTI  OREAB  APOSTOLIS  A""EPTAE& AT  AB  IPSIS  APOSTOLISSPIRIT SAN"TO ;I"TANTE&

    Ser!pa#do& "er%!#! e outrossD co#s!dera( as trad!ç>esrece)!das pela Igre ad #osusue

    7uasi per manus traditae, ad nos us7ue per*enerunt

    ortodo?oru( Patru( e?e(pla secuta& o(#es l!)ros ta(*eter!s ua( No%! Testa(e#t!& cu( utr!usue u#us ;euss!t auctor& #ec #o# TRA;ITIONES IPSAS&

    Lea5 Trad!ção co#te#do#ão sD a co#suetudo (asrelac!o#ada ta()$( co( a'!des 'Dr(ula co#c!l!ar

    tum ad fidem, tum ad mores pertinentes,

    Terce!ro pr!#cp!o de"er#!#! ;epo!s da Asce#çãode "r!sto& o Espr!to Sa#toe#s!#a ta()$( os (!st$r!osde ;eus0

    TA1MA1  *EL  ORETENS  A  "HRISTO& *EL  A  SPIRITSAN"TO ;I"TATAS&

    Ser!pa#do& "er%!#!& etc0 sDsão co#s!deradas as co!sasrece)!das pela Igrea co(o

    ac!(a

    et &ontinua su&&essione in E&&lesia &atholi&a&onser*atas,

    "er%!#! Escr!tura e Trad!ção procede( a()as do (es(o

     pari pietatis affe&tu a& re*erentia sus&ipit a& *eneratur3

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    Espr!to Sa#to