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Projeto de revisão da NBR 7256 Tratamento de Ar em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS) Requisitos para Projeto e Execução das Instalações 3. Definições Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições: 3.1 Ar de exaustão: ar retirado do ambiente por meios mecânicos e rejeitado ao exterior. 3.2 Ar de retorno: ar retirado do ambiente por meios mecânicos; pode ser recirculado ou rejeitado ao exterior 3.3 Ar insuflado: ar suprido a um ambiente por meios mecânicos 3.4 Ar recirculado: parte do ar de retorno que volta à unidade de tratamento de ar para ser reprocessado. 3.5 Área compartimentada: área de uma edificação separada horizontal e verticalmente do restante desta através de paredes, portas, janelas e outros elementos passivos corta fogo, apresentando um determinado tempo requerido de resistência ao fogo. 3.6 Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS): qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde à população, em regime de internação ou não, qualquer que seja seu nível de complexidade. (Resolução ANVISA RDC n 0 50). 3.7 Filtro Absoluto: filtro com eficiência igual ou superior a 85% para partículas de 0,3 micrometro pelo teste DOP. 3.8 Filtro HEPA (High Efficiency Particulate Air filters): filtro Absoluto A3, com eficiência igual ou superior a 99,97% pelo teste DOP. 3.9 Registro (damper) corta fogo: dispositivo instalado em sistema de distribuição de ar projetado par fechar automaticamente em presença de calor de forma a interromper a migração do ar e restringir a passagem de chama. Um registro corta fogo e fumaça combina os requisitos de ambas as funções. 3.10 Registro (damper) corta fumaça: dispositivo instalado em sistema de distribuição de ar para controlar o movimento da fumaça. Pode ser utilizado como registro corta fogo quando sua localização atende a ambas as funções e obedece aos requisitos de ambas as funções. 3.11 Registro de fechamento estanque: registro que operando com pressão diferencial de 100 Pa quando 100% aberto, apresenta, fechado, um vazamento inferior a 10 m 3 /h por m2 de área frontal nominal. 3.12 Rotas de fuga: saídas e/ou caminhos devidamente sinalizados e protegidos, a serem percorridos pelas pessoas para um rápido e seguro abandono do local em emergências. 3.13 Tratamento de ar: processo que envolve uma ou mais das seguintes funções: insuflação, exaustão, renovação, movimentação, filtragem, resfriamento, desumidificação, umidificação e aquecimento do ar. 1

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Projeto de revisão da NBR 7256Tratamento de Ar em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS)

Requisitos para Projeto e Execução das Instalações

3. Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:

3.1 Ar de exaustão: ar retirado do ambiente por meios mecânicos e rejeitado ao exterior.

3.2 Ar de retorno: ar retirado do ambiente por meios mecânicos; pode ser recirculado ou rejeitado ao exterior

3.3 Ar insuflado: ar suprido a um ambiente por meios mecânicos

3.4 Ar recirculado: parte do ar de retorno que volta à unidade de tratamento de ar para ser reprocessado.

3.5 Área compartimentada: área de uma edificação separada horizontal e verticalmente do restante desta através de paredes, portas, janelas e outros elementos passivos corta fogo, apresentando um determinado tempo requerido de resistência ao fogo.

3.6 Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS): qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde à população, em regime de internação ou não, qualquer que seja seu nível de complexidade. (Resolução ANVISA RDC n0 50).

3.7 Filtro Absoluto: filtro com eficiência igual ou superior a 85% para partículas de 0,3 micrometro pelo teste DOP.

3.8 Filtro HEPA (High Efficiency Particulate Air filters): filtro Absoluto A3, com eficiência igual ou superior a 99,97% pelo teste DOP.

3.9 Registro (damper) corta fogo: dispositivo instalado em sistema de distribuição de ar projetado par fechar automaticamente em presença de calor de forma a interromper a migração do ar e restringir a passagem de chama. Um registro corta fogo e fumaça combina os requisitos de ambas as funções.

3.10 Registro (damper) corta fumaça: dispositivo instalado em sistema de distribuição de ar para controlar o movimento da fumaça. Pode ser utilizado como registro corta fogo quando sua localização atende a ambas as funções e obedece aos requisitos de ambas as funções.

3.11 Registro de fechamento estanque: registro que operando com pressão diferencial de 100 Pa quando 100% aberto, apresenta, fechado, um vazamento inferior a 10 m3/h por m2 de área frontal nominal.

3.12 Rotas de fuga: saídas e/ou caminhos devidamente sinalizados e protegidos, a serem percorridos pelas

pessoas para um rápido e seguro abandono do local em emergências. 3.13 Tratamento de ar: processo que envolve uma ou mais das seguintes funções: insuflação, exaustão,

renovação, movimentação, filtragem, resfriamento, desumidificação, umidificação e aquecimento do ar.

3.14 Vazão de ar: variação do volume de ar por unidade de tempo, sempre referida ao ar na condição padrão, que corresponde a Nível do mar, temperatura de 21ºC e 0 kg/kg de umidade específica e cuja densidade é de 1,204 kg por m3.

4. Condições gerais

4.2 As instalações de tratamento de ar devem controlar, nos termos desta Norma, os seguintes parâmetros ambientais:- Condições termo-higrométricas- Grau de pureza do ar- Renovação e movimentação do ar- Nível de ruído

5. Critérios de projeto relativos à saúde, ao conforto e à segurança

5.1 Condições termo higrométricas

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O controle das condições termo higrométricas é necessário para, além de propiciar condições gerais de conforto para os pacientes e profissionais da área de saúde,

a) manter condições termo higrométricas ambientais favoráveis a tratamentos específicos; b) inibir a proliferação de microorganismos, favorecida por umidade alta;c) propiciar condições especificas de temperatura e / ou umidade para operação de equipamentos especiais.Os valores de temperatura e umidade para os diversos ambientes estão estipulados na Tabela 1 (Anexo A)

5.2 O risco de infecção 5.2.1 Certos agentes infecciosos podem permanecer indefinidamente em suspensão no ar; 99,9 % dos agentes microbiológicos presentes no ar de EAS podem ser retidos em filtros finos de alta eficiência, por formarem grumos e se aglomerarem com poeiras em colônias. Em certas áreas críticas a utilização de filtros A3 (HEPA) é obrigatória.

5.4 Filtragem do ar

A categoria e a eficiência mínima de filtragem requeridas estão estipulados na Tabela 1 (Anexo A)em função da classe de risco e/ou dos procedimentos desenvolvidos nos diversos ambientes.

5.5 Renovação, recirculação e movimentação do ar

5.5.1 A renovação do ar ambiente com ar novo de boa qualidade proveniente do exterior é necessária para reduzir a concentração de poluentes transportados pelo ar, principalmente os que não são retidos pelos filtros de partículas, como odores e gases.

5.5.2 A vazão mínima de ar exterior estipulada, quando insuficiente para manter o equilíbrio térmico do ambiente ou prover a taxa mínima estipulada para a movimentação de ar no ambiente, poderá ser complementada por ar recirculado, sujeito, no entanto às seguintes restrições: 5.5.2.1 Todo o ar recirculado deve ser filtrado, junto com o ar exterior, com o grau de filtragem estipulado nesta Norma para o ambiente.

5.5.2.2 Somente poderá ser utilizado para recirculação ar proveniente do próprio ambiente, ou de ambientes de mesmo nível de risco, pertencentes à mesma zona funcional, providos do mesmo nível de filtragem e desde que admitido na entrada do condicionador.

5.5.2.3 Não é permitido recircular ar contaminado por emanações de vapores nocivos, material radioativo, etc. Nestes casos é exigida a exaustão mecânica de todo o ar insuflado, que deve ser rejeitado ao exterior.

5.5.3 De modo geral, as entradas e saídas de ar devem promover a movimentação do ar ambiente sempre no sentido da área mais limpa para a área mais contaminada do ambiente.

5.5.4 Nas salas de cirurgia, em particular, devem ser obedecidos os seguintes critérios de movimentação do ar:

5.5.4.1 A insuflação do ar deve ser projetada de forma a reduzir o mais possível a indução do ar ambiente, sendo o ar preferivelmente introduzido na parte central do recinto com o mínimo de turbulência.

5.5.4.2 O ar de retorno deve ser captado por grelhas situadas na periferia do recinto. A maior parte do ar retirado (aprox. 70%) deverá ser tomado por grelhas situadas a junto ao piso, e o restante, por grelhas a proximidade do forro. Havendo um sistema separado de exaustão, as grelhas de exaustão serão sempre as situadas junto ao piso.

5.5.4.3 Grelhas de retorno e exaustão devem ser providas de tela de retenção de fiapos, facilmente removíveis para limpeza sem o auxílio de ferramentas.

5.5.5 As vazões mínimas de ar exterior, de ar total e de exaustão estão estipulados na Tabela 1 (Anexo A).

5.6 Pressurização e fluxos de ar entre ambientes

5.6.1 O sistema de tratamento de ar deve evitar fluxos de ar indesejáveis entre os ambientes, mantendo gradientes de pressão interna, dos ambientes de maior exigência de assepsia para os de menor exigência. 5.6.2 Um diferencial de pressão em relação aos ambientes vizinhos é obtida insuflando no ambiente vazão de ar maior ou menor que a retirada por meios mecânicos, para pressão positiva ou negativa respectivamente. Nenhum gradiente de pressão poderá ser mantido no entanto enquanto as portas estiverem abertas, ou se houver outras aberturas permanentes.

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5.8 Proteção contra incêndio

5.8.3 Sistemas de tratamento de ar implementados em EAS dotados de sistema ativo de controle de fumaça ou de sistema de pressurização de escadas de segurança, devem ser projetados como um sistema único, considerando as interferências intrínsecas na movimentação do ar em operação normal e/ou em emergência destes. Devem ser projetados conforme estabelecido nas Normas Brasileiras sobre os assuntos, tal como a NBR 14888 para pressurização de escadas de segurança, ou conforme Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros local.

5.8.4 Quando houver circulação forçada de ar em áreas integrantes de rotas de fuga, esta deve ser projetada de maneira a minimizar a passagem de fumaça e/ou gases tóxicos para a rota de fuga em caso de sinistro, a fim de garantir condições seguras de evasão.

5.8.5 Toda abertura e passagem de dutos e tubulações do sistema de tratamento de ar, em paredes, entre-pisos, e divisões solicitadas a resistência contra fogo e/ou fumaça deve ser protegida de forma a manter a integridade da física da barreira em caso de incêndio, com o mesmo grau de proteção prevista para a barreira contra a passagem de fogo, calor, fumaça e gases.

6.1 Filtros do ar

Tabela 2Classificação e métodos de teste para filtros de ar

Classe de Filtros Eficiência ( % )

GROSSOSG1 50 Eg 65G2 65 Eg 80G3 80 Eg 90G4 90 EgF5 40 Ef 60F6 60 Ef 80

FINOS F7 80 Ef 90F8 90 Ef 95F9 95 Ef

ABSOLUTOS A1 85 Edop 94,9A2 95 Edop 99,96

A3 (HEPA) 99,97 Edop

Nota Filtros Grossos e Finos

Classificados de acordo com a norma EN 779:2002 Eg - Eficiência gravimétrica para pó sintético padrão Ashrae 52.1 Arrestance Ef - Eficiência para partículas de 0,4μm

Filtros Absolutos: Classificados de acordo com a RN-005-97 da SBCC, Anexo CEdop - Eficiência para partículas de 0,3μm de acordo com a norma U.S.Military Standard 282 (Teste DOP)

6.1.2 Os filtros Absolutos devem ser fornecidos com certificado de teste individual de integridade.

6.1.3 Os filtros Absolutos devem ter meio filtrante repelente à umidade, como definido na norma USA-MIL STD 282. Na instalação de filtros A3 (HEPA) devem ser previstas as condições necessárias à realização do teste de verificação da estanqueidade e integridade da instalação dos filtros, conforme item 6.2 da Recomendação Normativa n0 RN-005-97 da SBCC. Para os outros filtros Absolutos, o procedimento de teste deverá ser previamente acordado entre usuário e fornecedor.

6.1.4 Os estágios de filtragem devem ser dispostos como segue:

- o primeiro estágio deve ser instalado na entrada do condicionador, de forma a pré filtrar todo o ar a ser tratado, exterior e recirculado;

- o segundo estágio deve ser instalado no lado pressurizado do duto, a jusante de umidificadores; - o terceiro estágio deve ser instalado no lado pressurizado do duto, o mais perto possível do ambiente

tratado, preferivelmente no próprio terminal de insuflação.

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6.1.7 O grau de saturação dos segundo e terceiro estágios de filtragem deve ser monitorado por manômetro diferencial medindo a perda de carga do ar, com sinalização do limite admissível. O manômetro deve ser instalado permanentemente.

6.1.8 Uma placa deve ser afixada junto a cada estágio de filtragem, claramente anotada com as seguintes informações: fabricante e modelo, classe, eficiência de filtragem e norma de ensaio, tipo de média filtrante, vazão de ar e correspondente perda de carga inicial, e pressão diferencial máxima admissível. A data da última substituição do filtro deverá ser anotada na mesma placa.

6.2 Condicionadores de ar

6.2.2 Ventiladores

6.2.2.1 Os ventiladores de insuflação devem ser instalados entre o primeiro e o segundo estágio de filtragem.

6.2.2.2 A condensação de umidade no ventilador deve ser evitada.

6.2.2.3 A carcaça do ventilador deve ter, preferivelmente, porta de inspeção permitindo a limpeza interna.

6.2.2.5 Deve ser previsto comando para acionamento manual a distância que permita desligar os ventiladores de insuflação, retorno e exaustão, posicionado em local de fácil acesso.

6.3 Umidificadores

6.3.1 Os umidificadores devem ser instalados a montante do segundo estágio de filtragem. Devem ser de fácil acesso para manutenção e monitoração. Somente materiais a prova de corrosão devem ser utilizados.

6.3.2 Umidificadores a água de qualquer tipo somente podem ser instalados se comprovado o grau adequado de assepsia da água, não sendo admissível uma concentração de mais de 1000 UFC/litro. Caso a água seja tratada por meios químicos, a não toxicidade do ar umidificado deverá ser permanente comprovada.

6.3.3 Umidificadores do tipo de bandeja aquecida não são admissíveis por permitir a permanência de água morna estagnada, potencial caldo de cultura de micro organismos, quando a umidificação é desativada.

6.3.4 No caso de umidificadores a vapor, o vapor não poderá conter hidrazina ou outras substâncias anti corrosão nocivas à saúde.

6.3.5 O arraste de gotículas de água ou a condensação de umidade em partes do sistema a jusante do umidificador não é admissível. Deve se prover para tanto:a) uma distribuição homogênea do vapor;b) espaçamento entre o dispositivo de umidificação e as partes do sistema a jusante suficiente para garantir a completa mistura do vapor com o ar, de forma a resultar em umidade relativa do ar umidificado não superior a 90%, e evitar qualquer possibilidade de condensação;c) pressão suficientemente alta a montante da válvula de controle de vapor (preferivelmente superior a 1 bar manométrico) e drenagem suficiente da tubulação de vapor;d) fechamento automático das válvulas de controle da umidificação quando o ventilador é desligado;b) instalação de eliminador de gotas em caso de pulverização direta de água no ar.

6.7 Dutos de ar

6.7.1 Dutos de insuflação, retorno e ar exterior

6.7.1.1 Deve-se localizar o equipamento de tratamento de ar o mais próximo possível dos locais condicionados a fim de se evitar longos trechos de dutos de insuflação e retorno.

6.7.1.6 Registros motorizados de fechamento estanque, fechados durante as paradas do sistema, devem ser instalados de forma a evitar a possibilidade de ocorrer qualquer transporte de ar através dos dutos, por força do vento, ou por diferenças de densidade ou de pressão, que possa contaminar o ar de ambientes de nível de risco 3. Tais registros somente são necessários se os dutos não forem providos de filtros A3 (HEPA) nos terminais

6.7.1.7 Registros manuais de fechamento estanque devem ser instalados imediatamente a montante do terceiro estágio de filtragem para permitir a verificação ou substituição dos filtros com o sistema em operação sem risco de contaminar o ambiente tratado.

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6.7.2 Dutos de exaustão

6.7.2.1 Dutos de exaustão, mesmo nos trechos em depressão, não podem atravessar ambientes, ou forros de ambientes de nível de risco 2 ou 3.

6.7.2.2 Os trechos contaminados destes dutos devem ser o mais curto possível.

6.7.2.3 Ar proveniente de áreas de medicina nuclear e de salas altamente contaminadas não pode ser recirculado e deve ser conduzido por sistema de exaustão separado e descarregado diretamente no exterior, como exigido nesta Norma e em regulamentos de proteção radiológica.

6.7.2.4 Registros automáticos de contra pressão devem ser instalados na descarga dos exaustores para impedir o refluxo do ar no duto quando da parada do exaustor.

6.7.4 Tampas de inspeção

6.7.4.1 Devem ser instaladas tampas de inspeção junto a cada cotovelo, registro corta-fogo ou corta-fumaça, detetor de fumaça, registro de regulagem e serpentina inseridos nos dutos, e no mínimo a cada 15m de duto reto.

6.7.4.2 As tampas devem ter dimensões suficientes para manutenção, ajuste ou rearme dos citados dispositivos e ser providas de juntas de vedação compatíveis com a classe de estanqueidade do duto e, se necessário, de isolamento térmico com barreira de vapor de forma a garantir a continuidade do isolamento do duto.

6.7.4.3 Grelhas removíveis de saída ou entrada de ar, de tamanho adequado, podem ser consideradas tampas inspeção.

6.7.4.4 As tampas devem ser visivelmente identificadas, através de marcações apropriadas, indicando a correta localização dos dispositivos de acionamento e/ou proteção.

6.7.7 Registros corta-fogo e fumaça

6.7.7.1 Registros corta-fogo e fumaça (dampers) devem ser instalados:

a) nas interseções ou terminações entre dutos de ar e aberturas em paredes, entre-pisos ou divisões solicitadas a resistência contra fogo e/ou fumaça

b) em todas as aberturas diretas ou dutadas entrando ou saindo de poços que enclausuram dutos de ar, que configurem quebra de compartimentação vertical ou horizontal.

c) nas tomadas de ar exterior, quando verificadas as condições indicadas em 6.6.3

6.7.7.3 Os dispositivos de acionamento dos registros devem ser selecionados e dimensionados para permitir o atendimento aos procedimentos programados na estratégia adotada para combate e proteção contra incêndio bem como para o funcionamento e sinalização adequados nas condições operacionais a que forem submetidos pela sistema.

6.7.2.4 A reabertura de registros corta fogo e fumaça fechados por dispositivos de detecção de fumaça deve se dar somente por comando manual, não sendo permitida sua reabertura automática.

6.7.2.5 A falha dos dispositivos de acionamento de registros corta-fogo e fumaça deve se dar na posição de segurança, ou seja, qualquer falha que possa ocorrer deve determinar o fechamento automático do registro.

6.7.2.6 O fechamento de registros corta-fogo e fumaça situados em dutos de insuflação deve provocar o desligamento simultâneo do exaustor a fim de evitar a admissão de ar de ambientes adjacentes. Caso o ventilador de insuflação atenda somente ao ambiente sinistrado, deve também ser desligado simultaneamente.

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Anexo A (normativo)Tabela 1 - Parâmetros de projeto

Notas AMBIENTES

(a)

Nível de rísco

(b)

Situação a controlar

(c)

Temperatura(°C)

(d)

Umidade relativa

(%)(d)

Vazão mín. de Ar Exter.(m3/h) / m2

(e)

Vazão mín. de Ar Total. (m3/h) / m2

( f)

Nível de pressão

(g)

Filtragem mínimaInsuflam

(h)

Nível de ruido dB(A)

(k)ATENDIMENTO AMBULATORIAL 45

Enfermagem(4) (5 (10)

Sala de inalação 2 AgB, AgQ 21 - 24 (op)

- 18 G4

ATENDIMENTO IMEDIATO 45Atendimento de urgências e

emergênciasSala de procedimentos invasivos 2 AgB 21 - 24 40 – 60 6 18 (+) G3 + F7Sala de emergência (politraumatismo, parada cardíaca)

2 AgB 21 - 24 40 – 60 6 18 G4

(4) (5) (10)

Sala de isolamento 2 AgB 21 - 24 (op)

- 18 G4

INTERNAÇÃO 40Internação geral

(2) Quarto para internação de TMO e outros transplantados

3 AgB 21 - 24 40 – 60 6 36 (+) G3 + F7 + A3

(2) (4) (5) (8) (10)

Quarto para paciente com infecção transmitida pelo ar

3 AgB 21 - 24 40 – 60 18 (-) G4

Internação de recém nascido(1) Berçário de cuidados intensivos

(UTI neonatal)2 AgB, TE 22 - 26 40 – 60 6 18 (+) G4

Internação intensiva (UTI/CTI) (+)Quarto ou área coletiva 2 AgB 21 - 24 40 - 60 6 18 (+) G3 + F7

(2) Quarto para isolamento de TMO e outros transplantados

3 AgB 21 - 24 40 – 60 6 38 (+) G3 + F7+ A3

(2) (4) (5) (8) (10)

Quarto para isolamento de paciente com infecção transmitida pelo ar

3 AgB 21 - 24 40 – 60 18 (-) G4

Internação para tratamento intensivo de queimados - UTQ

(1) (4) (5)

Quarto ou enfermaria (para pacientes não expostos)

2 AgB, TE 26 - 30 60 – 70 18 (+) G3 + F7

(1) (4) (5)

Quarto ou enfermaria (para pacientes expostos)

3 AgB, TE 26 - 30 60 – 70 18 (+) G3 + F7+ A1

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Tabela 1 - Parâmetros de projeto (continuação)

Notas AMBIENTES

(a)

Nível de rísco

(b)

Situação a controlar

(c)

Temperatura(°C)

(d)

Umidade relativa

(%)(d)

Vazão mín. de Ar Exter.(m3/h) / m2

(e)

Vazão mín. de Ar Total. (m3/h) / m2

( f)

Nível de pressão

(g)

Filtragem mínimaInsuflam

(h)

Nível de ruido dB(A)

(k)APOIO AO DIAGNÓSTICO E TERAPIA 45

Patologia clínica(11) (12)

Laboratório - nível de segurança NB 2 1 AgB, AQ 21 - 24 40 – 60 6 18 G3

(4) (5) (8) (9) (11)

Laboratório - nível de segurança NB 3(cabines de segurança biológica)

3 AgB, AQ 21 - 24 40 – 60 18 (-) G3 + F8

(4) (5) (8) (9) (11)

Laboratório de biologia molecular (cabines de segurança biológica)

3 AgB 21 - 24 40 – 60 18 (-) G3 + F8

(11) Banco de tecidos(cabines de segurança biológica)

3 AgB 21 - 24 40 – 60 6 18 (+) G3 + F8

(2) Banco de tecidos(músculos, ossos, etc.)

3 AgB 21 - 24 40 – 60 15 45 (+) G3 + F7 + A3

Imagenologia(14) Salas de comando e componentes

técnicos1 EQ 21 - 24 40 – 60 6 12 G3

(14) Hemodinâmica –sala de exame 2 AgB, EQ 21 - 24 40 – 60 6 18 G3 + F7Sala de exame de endoscopia / colonoscopia

1 AgB, AQ 21 - 24 40 – 60 6 18 G3

(4) (5) (8) (10)

Sala de exame de broncoscopia 2 AgB, AQ 21 - 24 40 – 60 18 (-) G3

(14) Salas de exame (outras) 1 EQ 21 - 24 40 – 60 2 18 G3 (4) (5) Sala de preparo de equipamentos e

materiais de endoscopia1 AgB, AQ 21 - 24 40 – 60 18 (-) G3

Anatomia patológica e citopatologia(4) (6) Sala de macroscopia (descrição e

lavagem, área de armazenamento de peças)

1 AgB, AgQ 24 (-) -

(4) (6) Sala de necropsia 1 AgB, AgQ 36 (-) -Medicina nuclear

(4) (5) (15)

Laboratório de manipulação e estoque de fontes em uso

1 AgR 21 - 24 40 – 60 18 G3

(4) (5) (15)

Laboratório de radioimunoensaio 1 AgR 21 - 24 40 – 60 18 G3

(14) Sala de exame (gama-câmara e cintilógrafo)

1 AgR, EQ 21 - 24 40 – 60 6 18 G3

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Tabela 1 - Parâmetros de projeto (continuação)

Notas AMBIENTES

(a)

Nível de rísco

(b)

Situação a controlar

(c)

Temperatura(°C)

(d)

Umidade relativa

(%)(d)

Vazão mín. de Ar Exter.(m3/h) / m2

(e)

Vazão mín. de Ar Total. (m3/h) / m2

( f)

Nível de pressão

(g)

Filtragem mínimaInsuflam

(h)

Nível de ruido dB(A)

(k)Centro cirúrgico (+)

Sala de indução anestésica 1 AgB, AgQ 21 – 24 40 – 60 6 18 G4(1) (2)

(3)Sala de cirurgia 2 AgB, AgQ 18 - 22 45 - 55 15 75 (+) G3 + F8

(1) (2) (3)

Sala de cirurgia especializada (ortopedia, neurologia, cardiologia, transplante)

3 AgB, AgQ 18 - 22 45 - 55 15 75 (+) G3 + F7+A3

Sala de apoio às cirurgias especializadas

2 AgB 21 – 24 40 – 60 6 18 (+) G3 + F7

Área de recuperação pós anestésica 1 AgB 21 – 24 40 - 60 6 18 G4 Centro obstétrico

Área de indução anestésica 1 AgB, AgQ 21 – 24 40 – 60 6 18 G4(1) (2)

(3)Sala de parto cirúrgico 2 AgB, AgQ 18 - 22 45 - 55 15 75 (+) G3+ F8

Área de recuperação pós anestésica 1 AgB 21 – 24 40 – 60 6 18 G4 Hemoterapia e hematologia

(1) Sala para processamento de sangue 1 TE 20 - 24 40 – 60 6 18 G3Radioterapia

(14) Sala de simulação 1 EQ 21 - 24 40 – 60 6 18 G3Salas de terapia (braquiterapia invasiva) 2 AgB 21 - 24 40 – 60 6 18 (+) G3 + F7Salas de terapia (braquiterapia não invasiva)

1 AgB 21 - 24 40 – 60 6 18 G3

(14) Salas de terapia (bomba de cobalto, acelarador linear e ortovoltagem)

1 EQ 21 - 24 40 – 60 6 18 G3

Diálise(4) (5) Sala de reprocessamento de

dializadores 1 AgQ 18 (-) G3

APOIO TÉCNICO 50(16) Cozinha

Nutrição enteralSala de manipulação e envase 1 AgB 21 - 24 40 – 60 6 18 G4

LactárioÄrea para preparo e envase de fórmulas lácteas e não lácteas

1 AgB 21 - 24 40 – 60 6 18 G4

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Tabela 1 - Parâmetros de projeto (conclusão)

Notas AMBIENTES

(a)

Nível de rísco

(b)

Situação a controlar

(c)

Temperatura(°C)

(d)

Umidade relativa

(%)(d)

Vazão mín. de Ar Exter.(m3/h) / m2

(e)

Vazão mín. de Ar Total. (m3/h) / m2

( f)

Nível de pressão

(g)

Filtragem mínimaInsuflam

(h)

Nível de ruido dB(A)

(k)Farmácia

(4) (5) Sala para preparo e diluição de germicidas

1 AgQ 18 (-) G3

(4) (5) Sala de limpeza e higienização de insumos para manipulação parenteral

1 AgB 18 (-) G3

(11) Sala de preparo de quimioterápicos(Cabine de segurança biológica)

1 AgQ 21 - 24 40 – 60 6 18 (-) G3

Sala de manipulação parenteral 3 AgB 21 – 24 40 – 60 6 18 (+) G3 + F7+ A3

Central de material esterilizado(4) (6) Área para recepção, descontaminação e

separação de materiais1 AgB, AgQ 18 (-) -

(4) (6) Área para lavagem de materiais 1 AgB 18 (-) -(4) (6) Área para preparo de materiais e roupa

limpa1 AgB 18 -

(4) (6) Área para esterilização física 1 AgB 36 (+) G3(4) (6) Área para esterilização química líquida 1 AgB, AgQ 18 (-) -(13) Sala de esterilização gasosa

Sala de aeração p/ ETO3 AgB, AgQ 75 (-) -

Sala de armazenagem e distribuição de materiais e roupa esterilizados

1 AgB 21 – 25 30 – 60 6 12 (+) G3

APOIO LOGÍSTICO 50Processamento de roupa

(4) (7) Sala para recebimento, pesagem, classificação e lavagem (área suja)

3 AgB 30 (-) -

(7) Sala de processamento (centrifugação, secagem, costura, passagem, separação, dobragem, armazenagem e distribuição (área limpa)

- - 30 -

(4) (6) Sala do gerador de ozônio 1 AgQ 18 (-) -Revelação de filmes e chapas

(4) (6) Sala de revelação (câmara escura) 1 AgQ 18 (-) -(4) (6) Sala do gerador de ozônio 1 AgQ 18 (-) -

Revelação de filmes e chapas(4) (6) Sala de revelação (câmara escura) 1 AgQ 18 (-) -

Notas para a Tabela 1

(a) Listagem e nomenclatura dos ambientes: conforme Resolução ANVISA RDC 50 de 21/02/2002

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(b) Nível de risco Conforme seção. 5.3 desta Norma

(c) Situação a controlar: AgB - Agente Biológico AgQ - Agente Químico AgR – Agente Radiológico TE - Terapias ou processos especiaisEQ – Condições especiais para funcionamento do equipamento (consultar o fabricante)

(d) Sem indicação – controle não exigido(e) Vazão por m2 de piso

Sem indicação – ver Notas na 1a coluna da Tabela (f) Vazão por m2 de piso

Adotar a vazão resultante do balanço térmico se for superior à estipulada(g) Pressão relativa aos ambientes vizinhos

(+) positiva(-) negativasem indicação – neutra

(h) Estágios de filtragemCategoria– conforme Tabela 1 desta NormaInstalar estágios de filtragem como indicado em 6.1.5

(k) Nível de ruído máximo em dB(A), no centro do ambiente pronto para operar porém não ocupado, medido a 1,50 m do piso.

(1) Temperatura controlável a critério da equipe médica dentro da faixa estipulada. Instalar na sala, em local de fácil leitura pela enfermagem, indicadores da temperatura e da umidade.

(2) Manter pressão diferencial mínima de 2,5 Pa. Instalar na sala, em local de fácil leitura pela enfermagem, indicador do diferencial de pressão. A instalação de sistema reversível da pressão da sala, a critério da equipe médica a fim de possibilitar a mudança de uso da sala, não é recomendada.

(3) Nos centros de cirurgia que operam 24 horas por dia, a vazão de ar poderá ser reduzida para 50% do estipulado, para conservação de energia nos períodos em que a sala não for utilizada. Nestas condições a pressão positiva estipulada deverá permanecer inalterada a fim de manter as condições de assepsia da sala.

(4) Prover exaustão forçada de todo o ar da sala, com descarga para o exterior.

(5) Ar de reposição suprido por insuflação de ar exterior, filtrado como indicado.

(6) Ar de reposição proveniente dos ambientes vizinhos.

(7) Área sujaAr de reposição induzido do exterior.Instalar filtros de fiapos nas grelhas de exaustão

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Área limpa Prever anteparos de radiação para as calandras

Prever coifas com exaustão para as calandrasPrever suprimento de ar exterior em vazão suficiente para: - repor a exaustão das calandras; - evitar pressão negativa na sala;- manter as condições ambientais nos limites estipulados na norma NR15 do Ministério do Trabalho e Emprego.

(8) Se o ar de exaustão não puder ser descarregado em condições seguras com indicado em 6.6.4, deverá ser provido de filtros A3, instalados como indicado na seção 6.1.6 desta Norma.

(9) Manter pressão negativa mínima de 40 Pa. Instalar na sala, em local de fácil leitura, indicador do diferencial de pressão.

(10) Opcionalmente: Recirculação admissível nas seguintes condições:- Recircular apenas para a própria sala- Prover um mínimo de 2 ren/h de ar exterior- Instalar filtros adicionais F7 + A3 na insuflação, providos de dispositivo de segurança de manutenção, conforme item 6.1,6. desta Norma

(11) Aumentar vazão de ar exterior se necessário para reposição do ar de exaustão dos equipamentos de laboratório e cabines de segurança biológica.

(12) Se a sala for área vestibular de laboratório de nível de segurança NB 3, recomenda-se substituir filtros G3 por G3+ F7.

(13) Atender aos requisitos da Portaria Interministerial No 482 de 19/04/99.Observar: - ETO altamente tóxico, carcinogênico, facilmente inflamável e explosivo. - O sistema de exaustão deve ser totalmente independente. - Instalações elétricas e ventiladores devem ser a prova de explosão - O ar de exaustão deve ser descarregado em local seguro. (14) Alterar, se necessário, as condições de temperatura e umidade de acordo com o especificado no manual do fabricante dos equipamentos.

(15) Atender aos requisitos da norma CNEN NE 3.05

(16) Obedecer à NBR 14518. Quando houver sistema mecânico de reposição do ar de exaustão por ar exterior, este deverá ter filtragem G4 e ser insuflado na área de preparação de alimentos.

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