Resumo Bacon

download Resumo Bacon

If you can't read please download the document

description

BACON

Transcript of Resumo Bacon

A TEORIA DO CONHECIMENTO DE FRANCIS BACONPor Bruno Dutra e Jlia FitarelliDo filsofoFrancis Bacon (1561 1626) foi um renomado filsofo, poltico ingls, autor de obras como Novum Organum uma das principais publicaes da filosofia moderna - e Instauratio Magna. Em sua filosofia, Bacon defendeu uma reforma do conhecimento, dando nfase na observao e experimentao como condies categricas para a investigao cientfica. Por esta e outras contribuies, considerado por muitos como o pai fundador da cincia moderna. Seu pensamento influenciou toda uma gerao de filsofos empiristas, como John Locke, George Berkeley e David Hume. Do contextoNascido no perodo de transio entre o Renascimento e a Idade Moderna, Bacon foi fortemente influenciado pelas idias humanistas que, desde o sculo XIV, vinham se estabelecendo no continente europeu, tanto na esfera intelectual, como na esfera poltica, econmica e artstica.Ao defender que a sua verdadeira finalidade deveria residir em servir como um instrumento de domnio do homem sobre a natureza, atribuindo um papel acentuadamente pragmtico para a cincia, Bacon alinhou-se com mudanas sociais engendradas pela a expanso industrial e a reforma protestante que ocorriam na Inglaterra do sculo XVI.dolos do conhecimentoPreocupando-se em estabelecer bases seguras para o alcance do conhecimento, Bacon comeou a analisar as falsas noes, ou dolos, que so responsveis por conduzirem a equvocos ou falhas em nosso raciocnio. Esses dolos foram classificados em quatro grupos:dolos da tribo: Ocorrem por conta das deficincias do prprio esprito humano e se revelam pela facilidade com que generalizamos com base nos casos favorveis, omitindo os desfavorveis. O homem o padro das coisas, faz com que todas as percepes dos sentidos e da mente sejam tomadas como verdade, sendo que pertencem apenas ao homem e no ao universo. Dizia que a mente se desfigura da realidade. So assim chamados porque so inerentes natureza humana, prpria tribo ou raa humana.

dolos da caverna: De acordo com Bacon, cada pessoa possui sua prpria caverna, que interpreta e distorce a luz particular, qual esto acostumados. Isso quer dizer que, da mesma maneira presente na obra 'Repblica' de Plato, os indivduos, cada um, possui a sua crena, sua verdade particular, tida como nica e indiscutvel. Portanto, os dolos da caverna perturbam o conhecimento, uma vez que mantm o homem preso em preconceitos e singularidades.

dolos do foro: Segundo Bacon, os dolos do foro so os mais perturbadores, j que estes se alojam no intelecto graas ao pacto de palavras e de nomes. Para os tericos matemticos um modo de restaurar a ordem seria atravs das definies. Porm de acordo com a teoria baconiana, nem mesmo as definies poderiam remediar totalmente esse mal, tratando-se de coisas materiais e naturais posto que as prprias definies constem de palavras e as palavras engendram palavras. Percebe-se, portanto, que as palavras possuem certo grau de distoro e erro, sendo que umas possuem maior distoro e erro que outras.

dolos do teatro: Os dolos do teatro tm suas causas nos sistemas filosficos e em regras falseadas de demonstraes. Os falsos conceitos so as ideologias, essas so produzidas por engendramentos filosficos, teolgicos, polticos e cientficos, todos ilusrios. Os dolos do teatro, para Bacon, eram os mais perigosos, porque, em sua poca, predominava o princpio da autoridade os livros da antiguidade e os livros sagrados eram considerados a fonte de todo o conhecimento.

O mtodoO objetivo do mtodo baconiano formular uma nova maneira de estudar os fenmenos naturais. Para Bacon, a descoberta de fatos verdadeiros depende da observao e da experimentao regulada peloraciocnio indutivo. O conhecimento verdadeiro resultado da concordncia e da variao dos fenmenos que, se devidamente observados, apresentam a causa real dos fenmenos.Para isso, no entanto, deve-se descrever de modo detalhado os fatos observados para, em seguida, confront-los com trs tbuas que disciplinaro o mtodo indutivo: Tbua da presena:responsvel pelo registro de presenas das formas que se investigam.

Tbua de ausncia:responsvel pelo controle de situaes nas quais as formas pesquisadas se revelam ausentes.

Tbua da comparao: responsvel pelo registro das variaes que as referidas formas manifestam.

Com isso, seria possvel eliminar causas que no se relacionam com o efeito ou com o fenmeno analisado e, pelo registro da presena e variaes seria possvel chegar verdadeira causa de um fenmeno. Estas tbuas no apenas do suporte ao mtodo indutivo, mas fazem uma distino entre a experincia vaga (noes recolhidas ao acaso) e a experincia escriturada (observao metdica e passvel de verificaes empricas). Mesmo que a induo fosse conhecida dos antigos, com Bacon que ela ganha amplitude e eficcia.