Resume Da Historia de Galicia

7/25/2019 Resume Da Historia de Galicia

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FLORENCIO VAAMONDE

R S U M

D A

H I S T O I f l

I

G H L I C I R

A C R U N A

E M P R E N T A E L I W I E I R I A D K C A R R E

Rim Real , n i ' imeio 30

» 89 g



R E S U M E DA H I S T O R I A D E G A L I C I A



FLORENCIO

V

^ 5 ^ _ _

R SUM

DA

T O I E

A C R U Ñ A

E M P R E N T A E L I B R E I R Í A D E G A R R Í ]

R u a Rea l , n ùm e r o 3 0 .

9



S u G E N I O J 3 A R K E y ^ L D A O

fôei l i i i ioi i io De aptecio



R S U M

H IS T O R I D E G L I C I

L I B R O P R I M E I R O

o es tud o da h i s to r ia u n dos m ais l i t i s

-1—1 p a ra a socieda de. A s lic iós do pa sa do

poden ser de prove i toso ins iño para o porv i r .

S en t ías e eu G al ic ia a nec es ida de de u n l ib ro ,

na nosa fa la , que puidese levar á todos o co-

ñec im ento , ind a qu e br ev e , dos sucesos qu e

hou bo no noso pa í s . D 'a h í es te mo des to e n -

sa io qu e ofrecemos ao pobo . N el a t o p ar an se

verdades , j a que non be l lezas d ' es t i lo ; para

es tas no n temos condiciós , ne n mo delos qu e

s e g u i r é .



8 R E S U M E D A H I S T O B t A B E G A L I C I A

G rande é a ma te r i a , po l -o que qu ixe ramos

poder ino l -a t r a ta r con mais es tens ión , e co a

com pete ncia qu e fa i fa lla ; tem os en t ro q u e

bon celo e mo i to am or ás co usa s da té r r a ,

po l -o que con tam os co a in du lg en c ia do be -

n in o le i to r , ao darm os ao pre lo es tes l eve s

rasgos da nosa humi ld í s ima pru ína ' .

E t r ad ic ión qu e os ce l t as , d i r ig i do s por

B r i g o . e n t r a r o n n a G a l i c i a u n l i o s t r i n t a s á

cu los an t e s da nas cenc i a do N os o Señor J e

s u c r i s t o ^ p o i d a d a r q u e f o s e n 03 p r i m e i r o s

poboa dores d ' es ta re g ió n , onde fund aron a

c idade de Brigancia (Be tanz os ) . P roc ed ían ,

de un t e r r i t o r io s i t uad o en t r e o m ar Cas p io ,

••

o Po n to E us in o , o T i r a s , e o m ar do N or t e ,

t é r ra de moi tas á rbores , po i s o mesmo nome

d e celta (cei l t ) quor dic i r morador das sel

vas .

Es la gran fami l ia pobóu var ios pa í ses da

E u r o p a d os q u e foi a r r e m p u x a d a p o l- a o l e a

da de ou t r a s r azas bá rb a r as e f e i ta r e cu a r

h as t r a os boscos e m on tañ as do O u c id en te j

d e o n d e n i n g u e n a p u i d o b a r r e r p o r c o m p r e -

to . A s s ua s l em branz as des ap a rece ron cas e

tedas, e ó ta l a inc er te za da s cou sas d 'a qu e-



L I B R O P R I M E I R O 9

les ternpos qu e hoje no n co nse rva m os d 'e le s

m a i s qu e u n h a s l i ge i r a s i nd icao iós , á pe s a r

dos t r ab a l los dos sab ios m ode rnos , oo as l u

ces da l in gü is t i c a . Sabem os , po r eso , qu e os

c e l t a s , coma todo l-os bornes dos pobo s p r i m i«

t i v o s , non t iñan mais ocupac ión que o defen-

de ren s e da s f e ra s e m an te r s e dos p rod u toa

do campo . Rend ían cu l to á d iv indade no s eu

lubre ou bosco sagrado, no medio de es t ron-

dosos as i íos , facendo despo is u n b a fo gu ei r a

en s i f ia l de regocixo, para o que escol l ían as

a l t a s Loras da no i t e . T iñ an s ace rdo tes d iv i

d idos en t r e s e r a s es : dríadas,vates e barios.

O s d ru id as i n s iña ba n a r e l i g ión e a s l e i s ,

e s t aban enca r r egados dos s ac r i f i c ios e ad imi -

n i s t r a b a n j u s t i c i a . O s v a t e s e r a n o s e n c a r r e

gados do se rv ic io mater ia l do cu l to , e os bar

dos e ra n poe tas e can tores : ca n t ab an as fa -

z a ñ a s d o s h é r o e s , g u i a b a n os g u e r r e i r o s a o

c o m b a t e e a c o m p a ñ a b a n a s v í t i m a s a o s a c r i

fic io . F o ro n es ta s nos pr im ei ro s ternpos os

p r i s one i ros de gue r r a , pe ro des po i s , no . can

to dos pr i son e i ros dero n en im olar aos m a l -

fe i to res , e a f a l t a d ' es tes á ino ce nte s . M e-

t í an-os en pa ge s de y im bio e qu e i m ab an -os



10 R E S U M E D A H I S T O R I A D E G A L I C I A

ao son do ca c to dos ba rdo s . O u t ra s vec es

sacr if i caban a v í t i in a sobre de u n a l t a r de

p e d r a d e r r a m a n d o o s a n g u e s o b o r do g e n t í o

e da s á r br es do bosco sa gr ad o . C re ía n na in -

n o r t a l i d a d e d a a l m a e m i r a b a n con d e s p r e

c io a m or t e . O s d ru id as ve s t í an t ú n i c a e

m an to de l i ño b r anco . O s dem ai s us ab an t r a

jes de l an negra á modo de sa ia e cubr ían a

cabeza c ' u nh a s o r t e de puch o . R es pe t ab an

moi to as mul le res e t iñan s inge los cos tumes .

O s eu id iom a ó dos m a i s an t ig os do m u n

do e a í nd a o noso g a rd a o se llo d ' esa l in g u a

p r i m i t i v a do pa í s como o p ro ba a co r r e s pon

de nc ia de m oi ta s da s su as voces co as do

a n t ig o pobo dos dr u id a s e os no m es de lu

g a re s qu e t e ñe n s í l aba s e ra ice s do ce l t a , co

m o

Pedrído, Carnoedo, Paderne , Fiobre,

Lam bre, Lubre, Sarandós, Aranga , Cren-

des, Meirás, e tc . e todol-os acab ado s en bre

d a p a l a b r a brío, ou brig. Pe ro onde ma ia v i

va s e cons e rva a l embranza da v ida cé l t i ca

é no g rande n i ímero de moimen tos que a ín

d a t e m o s ñ a s m o n t a ñ a s e m a r i n a s e c h á m a n -

se dolmes ( f u m a s d e g r a n d e s p e d r a s p o r t r a -

b a l l a r ) ;

menkires ( p e d r a s g i g a n t e s c a s e s p e -



L I B R O P R l M I f i l R O 1 1

t adas s ob re da cova de a lgún pe r s onage

i l u s t r e ) ¡-lunas

baladas

ou

pedras moventes;

medorras

ou

mámoas;

e sob re todo no s ta n

coñec idos castros de qu e es tá sem en tado o

nos o t e r r i t o r io .

M oi tos séculos desp ois da in va s ió n dos

ce l t a s v iñe ron po r ves p r ime i r a á G a l i c i a o s

f en i cios , famosos na ve ga do res e co m erc i an

tes da Asia . JTixeron amis tado c 'os cel tas das

nosas cos tas e espa l la ron en t re e les as luces

d a su a c iv i l i zac ión á t roq ue dos m eta s , en

es pec i a l do e s t año qu e t i r a ba n da s i l l a s S i -

s a r g a s . Ñ a s s u a s e s p i d i c i ó s m a r í t i m a s d e r o n

en facer l les com pañ a os ga l leg os qu e as í ad e -

p r e n d e r o n á g u i a l - o s b a r co s e a l e v a n t a r f a

ro s .

Despois dos fenic ios viñeron á Gal ic ia os

g r e g o s d os q u e d e s t r u i r á n á T r o i a , p o r q u e

ao to rn ar á p a t r i a non foron be n rec ib ido s

po l-os so us , e re co rre ro n os m a re s fijándose

onde mi l lo r aco l l i da l i e s daban . T ra t ados

a q u í c on b e n i n i d a d e os q u e c h e g a r o n , f u n

d a r o n r i l a s e c i d a d e s e n t r e e l a s

Hellenes

(Pon tevedra ) ; d ' e l e s p roceden moi tos nomes

de lugares e mi l l a res de voces no id ioma,



Í2 RE S UM E DA HIS TOR IA D Ü GALI CIA

Pasado tenipo, o ano 441 antes de Cristo,

o gobernó de Carbago, pódente re púbr ic ada

África, mandou á Galicia un ha grande es

cuadra

baixo o mando de Himilcon para es-

tabreceren faitorías que surtisen á metrópoli

de gado e sobre todo de estaño amarelo que

era moito

cubizado. Forou os estrangeiros

ben recibidos e tiveron as millores relaciós

c os naturas; pero logo imprincipiaron incó

modos que

trouxeron

a

guer ra para ver de

botal-os

fora, e despois de

V i t o r i a s

e reveses

os gallegos conseguiron dos invasores un

tratado de

pas que lies respetase

a

indepen

dencia e libertado. .TTeito esto ausiliaron aos

cartagineses con entusiasmo sobre todo ñas

campañas

que o gi'ande Aníbal sostuvo na

Hespaña e na Ital ia, porque aquel famoso

general soubo facerse querer d'eles e che-

gar á sel-o seu ídolo hastra o estremo de

que lie regalasen unha preciosa armadu

ra;

eles lie ajudaron á

d e 3 t r u i l -a

famosa

cidade de Sagunto, eles atravesaron os Al

pes e loitaron no Tesino, en Trebia, en Tra-

simeno e en Cannas, se cubrindo de gloria

Ss ordes de

seu geíe JBriatio

ou. Yiriato, que



L T Í 3 R 0 P R I M E I K O

m o r r e u c a l m o r r e n

03

h é r o es , m a t a n d o r o -

m aos ,

n a d e r r a d e i r a d ' e s t a s j o r n a d a s .

V e n c i d o A n i b a l e n Z a i n a , p e r d e r o n o s c a r

tag ineses a poses ión da Iber ia ; pero os ga l le

gos qu e od iab an aos romaos e t iñ a n f resca

n a m e m o r ia a s f a za ñ a s d ' a q u e l g r a n d e h o -

m e,

confederáronse c 'os lus i t ás e vaceos ,

P_ara defensa da independencia do pobo, d is -

t i n g u í n d o s e B r i d a n o u B r i g á n q u e r e c o r r e u

v i to r ios o , ao pa r de V i r i a to , a pen íns u l a i bé

r i ca vencend o aos i nv as o res . Con todo , Se r -

v i l i a n o , a t r e v e u s e á fa ce r u n h a e s p e d i c i ó n

a r r i s c a d a

e

fo i o p r im e i ro g en e ra l r om ao

q u e , co as sua s lég iós , pe ne t rou en G al ic ia

e

puxo cerco á Erizaría- ( B a i o n a ) , p e r o t i v o

qu e a l e va n ta l -o e ce l eb ra r con V i r i a to u n

t ra tado de pas ben pouco honroso .

A mor t e de V i r i a to , v i t i in a da t r a ic i ón ,

parece que a sor te das a rmas ga l legas sof reu

u n c a m b io v e n d ó s e m a l t r e i t a s p o r S e r v i l i o

Cepión . Os nosos abós de ixa ron da qu e la de

a p r e s e n t a r b a t a l l a s c a m p a s e e n c o m e n z a r o n

a g u e r r a de s o rp res as e peq ueñ os com ba tes

con qu e f ac í an ao ene m igo m oi t a s b a i x as ,

p o r q u e n o n p o d í a a r r e m a t a r d e u n tronce



14

c 'un a dv ers ar io que l ie am os t ra ba u u fato de

hornes qu e t a n pr es to l ie da ba n ca ra como

d e s a p a r e c í a n d o c a m p o . P a r a r e m a t a r c o e s te

es t ado de cous as foi de s t i na do á m an d a l - a

H e s p a ñ a U l t e r i o r D e c io J u n i o B r u t o . E s t e

dé t e rm ino u l eva l-os s eus s o ldados La s t r a

o

m ais a lon gad o confín de G al ic ia e ac ab ar d e

u n h a ve s c 'os reb eld es (ano 132 a de C . )

V en ceu aos l u s i t á s , a so lou B ra g a e i n v a -

d í u

o

no30 t e r r i t o r i o a u t u a l q u e j u s g a b a b e n

fáci l de co nq u is t ar . O pa ís fixo u a esforzó. A

p a r t e s e t e n t r io na l a t acou , pe ro en cond iciós

i so ladas , e fo i r epr imida nos comenzos pare-

c e n do a p a c i g u a r s e d e b id o á q u e B r u t o , c o n -

t e n t á b a s e c o n a b a s t e c e l - a l e g ió n , i m p ó r u n h a

pe qu eñ a pag a e p a i t a r pas e am is t ado c 'o s

pobos. B e tan zos ab r íu l l e a s po r t a s ; L a m b re

a g u a n t o u o ce r co e cap i tu lou á de r r ad e i r a -

L ibunca non opuxo r e s i s t enc i a e d ' a l í pas ou

Bru to á C inan ia que s e r e s i s t í u con he ro i ca

firmeza. O s l am br i cá s , a r r e pe n t id os , t r a t a

ba n de au s i l i a r aos c inac ens e s , pe ro B ru to

s abeo á t em po , vo lve s obre de L am b re , t ó -

m a

- a de novo e perdoa aos ven c idos , E s te

íe i to de

a r m a s

e

a

generos idad© do

romao



15

d e r o n p o r r e s u l t a d o q u e p u i d e r a p a s a r p o r

toda G a l i c i a s en s e r a t acado s e r i amen te . Fo i ,

pois, á F in i s te r re , f íxo sacr i f i c ios D O t e m p r o

de A ras o l i s , e d ' a l í pa r t í u á Roma á r ec ib i l -o

t r u n f o . P e r o G a l i c i a n o n q u e d a b a c o m p r e t a -

men te a s oba l l ada , a s í é que , aos poucos anos ,

n o v a s p a r t i d a s a p a r e c e n n o s m o n t e s , b a i x a n

á t é r r a cha , en t r a n no P o r t u g a l , onde j a s e

e r g u e r a n o u t r a s , e a g u e r r a s ig u e e n t r e v i -

t o ñ a s e d e s fe i ta s . E n v a n J u l o C e s a r d e s t r o -

z o u a o s h e r m i n i o s e e u t r o u n a C r u ñ a , a t r a

ve san do despois toda Gal ic ia : a lo i t a non se

aca bo u po r eso, e só despo is de m oi to te m -

po,

f avorecóndo l le s a fo r tuna , co ns eg u i ro s

os rom aos ce r ca r no M on te Me du l io aos d e -

r r a d e i r o s d e fe n s or es d a i n d e p e n d e n c i a q u e

se dero n á s i meamos a m or te an te s de v á

r e n s e e s cr a vo s l a ti n o s . E s t e h o m b r e d e s a s

t r e co nv er t í u á G a l i c i a en p ro v in c i a rom a

ba ixo o impe r io de A u gu s to .

Encom ezou a dom inac ión rom a en G a l i

c i a a topán dos e en pas t odo o m un do coñ ec i -

do e os n a tu ra s foronse acom odan do ás le is ,

cos tum es e id iom a dos ven ced ores . P o uc as

luces nos da a h i s to r ia do que pasou en Ga-



16 R E S U M E 1 U H I S T O R IA . D E G A L I C I A

l i c i a

na qu e l t em po . Sáb ese po r eso q ue os

ga l l ego s f avorece ron á F l a v io V es pa s i a no

en con t r a de V i t e l i o q ue l ie d i s p u ta ba a p ú r -

pura , e agradec ido aque l , despois de vence l -o

r iva l , mandou facer caminos , pontea , e ou t ras

ob ras p ú b r i c as e r ed i fi ca r Be tanzo s , dan do

á

var ias poboac iós a lgunbos pr iv i l eg ios po l -o

q u e , como honor ao Cesar , adi taron aos seus

nomes o de Flavio, com o B r i g a n c i a e L a m -

b r e q u e s e c h a m a r o n " d e n d e d a q u e l a

Flavia

Brigancia e Flavia Lum bre.

A o p rop io t empo es t end ías e po l-o m un do

a

l u s do E va ng e l i o . Sa n t i a go , filio do Z eb e -

deo , de ixou a J u d e a e a t r a v e s a n d o o s m a r e s

cheg ou na s ua p r ed i cac ión h a s t r a o moi to

famoso tempro de Arasol is o ano 36 da nosa

E r a , s e g u i d o d e i n u m e r a b r e s g a l l e g o s q u e

co nv er t i r á . Sa n N a ta n i e l , un dos s e t en t a e

dou s d i sc ípu los do Sa lva do r , p red icou des

p o i s e n B r i g a n c i a , a p a r t a n d o d o e r r o á m a -

ior ía do pobo e f i jou a sua res idencia na pe-

q u e n a c i d a d e d e Virgundo B erg on do ) e a l í

mor reu chorado e bend ic ido po l - a s s uas v i r

t u d e s , no século I . Encomezaron logo a s pe r -

seouc iós en cont ra dos c r i s t i anos , c 'os hor ro-



L I B R O P R I M E I R O 17

3

re s e m ar t i r ios , pero o c r i s t i a n i s m o non se

des va í a po r e so : s u rg í a n novos conv er t i dos ,

ed if icábans e t em pros , o rde náb ans e s ace rdo

t e s e cons agrábans e b i s pos , non habendo c i -

dade pr inc ipa l que non contase un d ' es tes ,

e

O u r e n s , T u i , I r i a ( P a d r ó n ) , C h a v e s , L u g o

Lambre e ou t r a s , goza ron d ' e s t e honor .

Eoron os p r im e i ros m ár t i r e s do noso pa í s

San Ep i f an io , b is po de T u i , Sa n C r í s p u lo ,

S a n E e s t i t u t o e o u t r o s m o i t o s q u e s u c u m b i -

ron de nd e o ano 85 ao 9 5, baix o o im pe r io de

D omic i ano ; e ma i s t a rde co r r e ron a mes ma

s or t e San M arce lo , S an ta Eu fem ia , S an ta

Mar ina e San Domic io . Por f in t runfou a fé

ca tó l ica co a conver s ión deC os t an t ino á q u e n

s e a t r i b u e a fundac ión da i r ex a pa r ro qu ia l

de San M ar t iñ o de T iob re , ao i g ua l qu e a

c r eac ión da p ro v inc i a ga l l eg a co a ca p i t a l i -

dade en Brigancia (B e tan zo s ) , no 330 ,



L I B R O S E G U N D O

imper io romao morría e ainda que T eo -

V - / dos io , nado no noso pa í s , o res taur ou

un pouco, o Oeo t i fia decr etado que os bá r

baros o arrem atasen . D ese en das re g ios

do ge lo , inundan Franza e I ta l ia , saquean a

c idade Eter na e o 4 de Outono de 4 1 1 , s u e

v o s ,

vá ndalos e a lanos sae n dos P ir ine os

6

desparrá manse po l -a Ibe r ia , chega ndo os

su ev os á G al ic ia , onde desp ois de combates

e de tratos fundan u n ta poderosa m onar quía

a prim eira do O ucidente , baixo o cetro de

Hermener ico I á quen foron sucedendo Her-

m engar io , Her mener i co I I e R equ i la que

ensanchou o seu terri torio conquistando Mé-



2 0 R E S U M E D A H I ST O R IA . D E G A L l d Í A

r i d a , L u s i t a n i a

e

Se vi l la (414) facendo cor

te d a p r im ei r a ; m or re ne la o 44 8 e sucó de l le

R i c i a r i o q u e , d es ejo so d e r e c o n q u i s t a l - a s

t é r r a s q u e c o n q u i s t a r a R e q u i l a e d e v o l v e r á

d e s p o i s a o s r o m a o s , t o m a S e v i l l a , d e r r o

t a n d o

e

m a t a n d o a o c o n d e C e n s o r io ; i n v a d e

a s V a s c o n i a s e a r e g i ó n c e s a r - a u g u s t a n a

e

t o rn a aos s eus e s t ados t r u n f an t e . V o lve á

c a m p a ñ a e n c o n t r a d o s h n n n o s e a j u d a á d e

r r o t a r A t r i a n r | £ campos ca t a l áun icos . D a

vol ta á Gal ic ia e a topa o seu re ino no maior

apog eo . P o n a co r t e en B r a g a , e en 456 in

v a d e

a

p r o v i n c i a C a r t a g i n e n s e q u e d e v o l v e

rá aos romaos; pero es tes es taban a l iados c 'os

godos de Teodor ico o que qu i s o d i s t r ae r a

R e q u i a r i o d a s su a s c o r r e rí a s n a C a r t a g i n e n

s e e m and ou aos hé ru los , a l i ados s eus t am en ,

qu e inv ad i s e n G a l i c i a , pe ro fo ron de s t ro za

dos con mor t e da m i t ad e dos que de s em ba r

ca ra n . De saf íao de novo e o suevo co nte s -

tá l l e que é l mismo i r í a l evar l l e a r e s pos t a á

To los a . T an s e gu ro e s t aba de o ve nc e r . N on

contaba con que Teodor ico acudise aos v ic i -

ños con quen e s t aba en ma las r e l ac iós ; pe ro

es te

í a i

as

pac es co

eles e

godos , romaos ,




f rancos e bu rg on do s , f o rmand o pód en te

e

moi to numeros o exé rc i to , a topan en A s to rga

o d e R e q u i a r i o , d e s v e c e s m a i s p e q u e ñ o e n

n ú m e r o , d á n d o s e s a n g u e n t a b a t a l l a n a p r a -

n n r a d o P á r a m o , á b e i r a d o O r b i g o ( 4 5 6 ) .

R eq u ia r io foi venc ido e aban don ado dos s eu s .

V o lve á G a l i c i a e p a r t e p a r a Á f r i ca en p ro

c u r a d e s o c o rr o s , p e r o u n b a t e m p e s t a d o b o t a

a nave onde é l iba en Por to , e bornes t r a ido

r e s en t r e g an -o á Teodor ico que o condena á

m o r t e . R e i n a r a n o v e a n o s , c o r t ís i m a c a r r e i -

r a p a r a e s p í r i t u t a n a l t o , como d i un i l u s t r e

h i s t o r i a d o r . D a q u e l a s u r g e a g u e r r a c i v i l,

A iul fo fa ise re i e m or re ve nc ido pol-os go

dos . U s p r o c r a m a n r e i á F r a n t a e o u t r o s á

M a l d r a s . L u g o e B e t a n z o s d e c r a r a n s e p o l -o

de r r ade i ro e o rgan izan l eg iós que s e apode

r a n d a L u s i t a n i a . S u c u m b e M a l d r a s , a s e s i

nado po l -os seus mesmos so ldados , e sucéde-

l le F r u m a r a s í com o á F r a n t a , R e m i s m u n do ,

A s or t e p ro t exe á e s t e , e F rumar , bo t ado de

L u g o e a g a c h a d o ñ a s m o n t a ñ a s , s o r p r e n d e

Betanzoa e des t rue o pobo , pero á sua mor te

en 464 de ixa á R em is m un do dono ún ico de

G a l i c i a

e

cam bia t odo de a s p e i to ,

O

r e i

casa



2 ¿ . B E S Ü M l á D A M S T O B I A D E G A L IC I A

c'unha goda e penetra no re ino o arrianismo,

habendo persecución r e l ig ios a en contra dos

catól icos.

A qu í aparece na his tor ia un ha lagó a de

case cen an os (4 69 á 5 50 ) , ao cabo dos

ca les sona C am ar ico como re i de G al ic ia ;

con ver tese ao catol icism o e sucédelJe (55 9)

Teud imir que re ina en pas has tra 570 e de i -

x a o trono á s eu filio M irón , ou M iro , borne

de grandes prendas , bon pol í t ico e guerrei -

r o,

e fervente catól ico educado por San Mar-

t iño de D um e. E s te monarca conqu istou á

B ioja e anos des pois fo i en a us i l io de Sa n

Hermenegi ldo que estaba cercado en Sevi l la

por seu pa i L eov ig i ldo , pero sendo ven c ido

recol leuse aos s ea s estados e morr eu de pe

na en 583. Herdouno seu f i l io Eborico , neno

aind a, que se pu xo baixo o amparo de L e o

v ig i ldo , pero non ben pasado un ano , Ande-

ca ,

pódente m anate , r eve lous e , pren deuno e

fixolle tom al-as ordes s agr ada s; tomou logo

por m ul ler á v iu da de M iro e procram ase

re i de G al ic ia (584 ) . L eo vi gi l do c'o ag al lo

de v in ga r Eborico entrou na G al ic ia c 'un

exérci to: o usurpador fo i vencido e desterra-




do 6 o godo quedo a dono do noso pa ís . E n

van os gal legos procramaron reí a Malárico;

en va n o re i franco Gontran m andou l les un ha

forte armada de socorro. E s ta nau fra gou

ña s costas e aquel foi ve nc ido , e así acabou

a mon arquía sue va de G al ic ia .

Os godos non dominaron Gal ic ia de unha

m aneira dire i ta non consideraron o noso r e i

no como par te inte gr an te do d'eles , sen on

como ajeito e gobernado apar te con certa in

dependen cia; pero ne n es to s opor taban os

ga l legos , tanto que houbo a lgunhas revo l tas

para sacudi l -o seujugo, e hastra Wat- iza fo i

nomeado pol-os godos re i de Gal ic ia , restau

rando un ha m onarquía que t iñan des fe i ta .

E s te puxo a corte en T ui , e re inou s ó , en

Gal ic ia , dende o 697 ao 701, ocupando des-

po is o trono que herdou de se u pai E g ic a •

mais o poder dos godos tocaba ao seu f in. Os

á ra bes cobizab an á H esp aña , entr an nela>

ganan a batal la de Jerés ou Guadalete onde

desaparece o re i Rodrigo e esténdense pol -a

penínsu la invadindo tamen á Gal ic ia ; pero

os ga l leg os erg uens e coma un só hom e, o

botan fora do pa is aq uela g en te , ajudando,




t a m e n , e n C o v a d o n g a , á P a i o

o

p r i m e i r o

a d a í l d a r e c o n q u i s t a .

Afonso I pon a co r te en L u g o e ve nc e ao s

m o u r o s e n m o i t a s b a t a l l a s . S u c e d e l le F r u e -

l a que l i e s gana a de Pon tumio . V i rna ra s u -

b rebo us e en con t r a d ' é l pa r a r e s t a u ra r , t a l

v e s ,

a m ona rqu ía g a l l eg a pe ro fo i v en c i d o e

morto: Aurel io f ixo despois o mesmo con mais

s o r t e e , a s es inado o r e i , ocupa A ure l io o t r o

no (768 ) qu e de ixa á Si lo e es te á Afo nso I I

c h a m a d o o C a s t o . M a u r e g a t o , a u s i l i a d o p o l

os cordobe ses , u su rp a l le o re in o , qu e d in l i e

fo i dad o co a ob r ig a de u n t r ib u to de cen

d o n c e l a s , e A fonso r e fuxas e en Á l av a . A

M a u r e g a t o s u c ed e B e r m u d o I , o D i á c o n o ,

q ue ga no u aos mo uros a ba t a l l a de B u b ia

( B u r e b a . p r e t o d e V i l a f r a n e a ) ;

e

despois

(791) renunc ia a coroa de Gal ic ia en Afonso

o

Cas to .

No tempo d ' es te Afonso deuse a ba ta l l a do

C a m p o d a s P i g u e i r a s n a q u e os P i g u e i r o a s ,

ro m pid a l -a s a rm a s , lo i t a ron con po las de fi-

g ue i r a , ven cend o aos mafom etas e t om ando

ape l ido do f e i t o , po i s an t e s chamábans e Pe r -

n á n d e s d e T e m e s ,

e

l i be r t an do á G a l i c i a dp



L I B K O S E O T I N C O 25

t r ib u to da s cen donc e las qu e ho je t en se po r

fábu la . Ta inen pe rde ron os m ou ros , pouc o

d e sp o is , a b a t a l la d e L u t u s c o n t r a d os g a l l e

gos . N o 808 des cobres e no B u rg o dos T a

ñ í an n os o co rpo do A p os tó l e Sa n t i a go po r

Te odo m iro , b i spo de I r í a ., Os m ou ros in v a

den de novo Gal ic ia , comandados por Abdel -

K er in e po r Mel ik , e s on venc idos en N arón

e A neé i s e des t rozad os en F u re lo s . C re as e

a o rde dos caba l e i ros de S an t i a go , m or r e

A lonso e sucéd e l le R a m iro I , pero os . as tu - ,

r í a n o s e r g u e n p e u d ó s p o r N e p o c i a n o . R a m i

ro en t r a ñas A s tu r i a s , a t aca ao r ebe lde , ven

ce e apr i soa-o , e r e le ga -o á un m os te i ro . G a

na aos mouros a famosa ba ta l l a de Crav i jo ,

e des t roza en Coi rós aos normandos que in

va d i r án o noso t e r r i t o r io . M or re en 850 e

ten por h er d ei ro á O rdo ño I , qu e for ti fica

e r epoboa a lg u n h a s da s n os as c idad es , do

m in a 'a r evol t a dos vasc ong ado s e ven ce os

m ouros que m an da ba M uza , no in t r e qu e o

conde don P ed ro acaba con ou t r a t r op a de

no rm and os . O r e i de r ro t a de novo á M uza

en A lbe id a e L a tu rc e , pe ro é venc ido é l ñ a s

be i r a s do D ou ro , t oman do o des p ique ñ as

4



28

cam pañ as que s eg u i ro n . A s u a co roa pas ou

á Afonso o M an o á q u en se l ie re v e la n os

vas cos e s on venc idos : r ep i t en a r e v o l t a ,

g a n a n a b a t a l l a d e A r r i g o r r i a g a e í a n s e

i n d e p e n d e n

tes .

M ais a for tu na do o re i c 'os

m ouros , de r ro t a á e s t e s en Po lvo ra r i a e c he -

g a h a s t r a S e r r a M o r e n a . D o m i n a s u b r e v a -

c iós e por remate ad iea , e mor re pouco des -

pois suce dén do l le n a G al ic ia e coroándose

en Sa n t i ag o , O rdoño I I , qu e t omou B e ja r e

des t roza os m ouros en Sa n Es t eb o de G o r

m a s ;

pe ro ou t ros exé rc i t o s á r abes en t r an na

G a l i c i a , ven cen aos ga l l ego s ce r ca de M o n -

doñedo e s i t i an Lugo , o ca l ce r co a l evan tan

po l -o va lo r e a s tu c i a do s eñor de B o la ño . O s

g a l l e g o s i n v a d e n a E s t r e m a d u r a e , s e g u i n d o

a campaña , a l i ados c 'os navar ros , os Condes

de Cas t e l a né ga ns e á aus i l i a los , e aqu e l e s

pe rd en por es te m ot ivo a ba ta l l a da V al da

J u n q u e i r a c a en d o p r i s i o n e i r o s os b is p o s H e r -

m ogio de Tn i , e D ulc id io de Sa lam anc a : és te

l ibe r tou se por ca r ta s , e aque l de ixo n no sen

can to á seu so br ino P a io , qu e os mo uros

m ar t i r i z a r on en Córdoba t res ano s despois

( 9 2 5 ) .

O rdo ño reforza o son cxórci ' to , o nc a-



L U i R Ó S E G U N D O 27

m í l iase á M an ch a , t a la os c am po s , d e s t r ü e

os pobos , r eco l le un bon bo t ín e v ingase dos

Condes de Cas te la ckamando-os á cor te e

m a n d a n d o - o s m a t a r n e l a . P i n a e n 9 2 4 , s u -

c é d el le P r u e l a I I , e á é s t e S a n c h o O r d o ñ e s .

Se g íu no r e ino á Sa nc ho s eu i rm án A fonao

I V

d e L e ó n , e n 9 2 9 , a j u n t á n d o s e G a l i c i a á c o -

roa d e L eó n , pe ro e s t e r e i r e n un c i a á f avor

d e R a m i r o I I . A r r e p e n t i d o , p r e t e n d e r e c o -

bra l -o t rono e o sucesor fa i l l e a r r inca l -os

o l io s .

O s g a l l e g o s t o m a n a o s m o u r o s M a d r í

e T a l a v e i r á , v e n c e n ' e n O s m a , S i m a n c a s e

Z a m o r a e p e r d e n e n G o r m a s . M o r r e R a m i r o

e n 9 5 0 e s u c é d e l l e O r d o ñ o I I I , q u e r e p r i m e

s u b r e v a c i ó s i n t e s t i n a s e t a l a L u s i t a n i a h a s -

t ra L isboa , de ixando os seus es tados da Ga

l i c ia á Sa nc ho I I cha m ado o G ordo , qu e , ao

cabo d ' u n ano (956) , u n h a r ev o l t a bo t ao do

t r o n o ,

qu e ocupa O rdoño I V o M ao , s end o

es to caus a de que Cas t e l a s e t o rna s e i n d e

p e n d e n

te .

Sa nc ho reco bra o pod er en 960 ,

v e n c e n o v a r e v o l t a e m o r r e e n v e n e n a d o .

Q ue da n de r e ge n t es do r e ino a s Co ndes as

D o ñ a T e r e i x a e D o ñ a E l v i r a d u r a n t e a m i

n o r í a d e R a m i r o I I I o .a a n a r q u í a r e i n a e n



28 R E S U M E D A H I S T O R I A D É G A L I C I A

G al i c i a : os no rm and os inv ad en o nos o t e r r i -

t o r i o ,

v e n c e n e n P o m e l o s a o b i s p o S i s n a n d o

de Com pos te la , qu e m or re g lo r io s am en te na

lo i ta , e ch eg an h a s t ra o Cebre i ro , p ero o

conde G onza lo Sánc hez de r ro t aos c om pr e ,

t a m e n t e , m á t a l l e s á s eu r e i G u n d e m a r o o u

G u n d e r e d o , e q u e i m a l l e l -a s n a v e s . O s n o -

b r e s , cans ado s da r ege nc i a , e r g ue n pendós

p o r B e r m u d o I I , e b á t e n s e e n P ó r t e l a d e

Á r e a s c o n t r a d a s g e n t e s d e R a m i r o q u e d a n

do a ba ta l l a ind ic i sa . •

A m or t e de Rami i-o de ixa á B erm ud o I I ,

d i to o Gotoso , por dono único da monarquía ,

g a l l e g a ,

p6ro

a g u e r r a c iv i l , en t r e os dou s

p r í n c i p e s , i n s p i r a r a á A l m a n z o r , o m i l l o r g e

n e r a l q u e t u v e r o n o s á r a b e s h e s p a n ó s , o d e

sojo de facer mal aos cr is t ianos, e pon cerco

a León de fend ido po l -o Conde G u i l l en G on

zalos

qu e , n u n h a sa id a que fixo, houb o de o

de s b a ra t a r . A caus a do inv e rn ó v o lve us e á

Córdoba o mouro e to rnou

á

p r i m a v e r a s i -

g u en te co as m esm as in tenc iós ; despo is do

repe t idos a s a l t o s t oma a p r a za e m or r e h e

ro icamente na lo i t a o conde Gui l l en q u e e n

camado de

f reve

fixerase

l evar

n u n h a

s i l la ao



U B I V I s l i Q U N D O

s i t io de mais per igo onde deu mos t ras de un

va lo r as i i ì a la do . O m ouro en t ra despo is en

A s te rga , Es lonza e ou t ros pobos . Ñ amen t r e s

r e v e í a n s e v a r i o s C o n d e s c o n t r a d e B e r m u d o ,

e A lm anz or av an za ca r a á Sa n t i a go , s eg ún

din , c l i amado por o lea . O te r r ib re guer re i ro

a t r av es a o M iño , toma a forta leza de Sa n

P a i o , pre to de V igo , asa l t a as C ies , defe nd i

das po l -os ga l lego s ; che ga á P a d ró n onde

do s t ru ie o sa n tu ar io , o o 10 de A go s to de

007 ap res e n ta s e an t e os m uros de Com pos

te la , pero a c idade fora abandonada e o cau

d i llo cordobés e n t r a ne la e a r ro ub a e a r r a sa

o que pode . S ig ue a s m ar in a s de B e ta nz os

e ad ia n ta so L as t ra as p r a ia s de Sau Cosme

de M aiauca , e na qu e la s an ga s mé tes e d ' ac a

ba lo p ara dar á en ten de r aos seus so ldados

que c l i ega ran n a s t ra o m ais a r re da do confia

da G al ic ia , e s in if icar ao m esmo temp o a

g ra nd ez a de H ixcm I I , en nome de quen

g o b e r n a b a . R e c u a , p o r q u e a d i a r r e a e n t r a r a

na t rop a, e os ga l leg os am eaz ab an l ie cor ta l -a

re t i r ada , e sae de Gal ic ia l evándose os s inos

d a i r e x a d e S a n t i a g o , m o i ta s a l a x o s c - c a u

t ivos ,



3 0 R E S U M E ¿ A H I S T O R I A D E G A L I C I A

M o r r e B e r m u d o d e s p oi s d e u n r e i n a d o

dis gr ae iad o de ixa nd o o t rono á u n filio de

cinco ano s qu e se ch am ou Afonso V , en 9 99 ,

ba ixo da r egenc i a do conde Mendo G onza los

e da condes a D oñ a M aio r , s u a m ul l e r . A l -

m a n z o r p r e t e n d e d e n o v o i n v a d i l - o n o so t e

r r i t o r io , pe ro o r e g en te confede rado c 'o s v a s

c o - n a v a r r o s , a t a c a - o e n O a l a t a ñ a z o r e g a n a -

H e t an a s iña l ada v i to r i a que o i nouro , doen-

t e da pó rda , de ix ou s e m or re r de f ame . N ou -

t r a nov a cam pa ña sa i o re i á e la e r ec ibe

u n b a f e r ida m or t a l no s i ti o de V i s eo , de i

x a n d o o t r o n o á B e r m u d o I I I , q u e d o m ó u

a lg ú s r evo l tos os , g u e r r e a c 'o s cas t e l an s e

n a v a r r o s , e m o r r e n a b a t a l l a d e T a m a r o n

qu ed an do o seu re ino incorporad o ao de Cas -

t e la (1027) ba ix o o ce t ro de F e rn a n d o I , e

p e r d e G a l i c i a a s u a i n d e p e n d e n c i a p a r a r e -

cob ra l - a en 1071 á mor t e de F e r n a n d o que ,

re p a r t i n d o os seu s es tados en t re os seu s fi-

l los , de ixa Gal ic ia á Garc ía . Es te pon a cor

t e e n E i v a d a v i a , r e c o s t r u e á B r a g a e d o m i n a

a s u b r e v a c i ó n d o c o n de Ñ u ñ o M e n e n d e s o

v e n c e n d o e n P e r t a l i n ; p e r o os g a l l e g o s , i r r i

t ad os po l -as de m as ías do favor i to Yer j iu la ;



SI

ch am an ao re i de Gás te la , e G arc ía , sen

te

r

qnen li e vá l e s e , em ig ra á S ev i l l a , r e c r u t a

g e n t e , e n t r a n o P o r t u g a l o n d e , v e n c i d o e

pr i s io ne i ro , pe rde a coroa qu e se c in gu e S an -

cho , e a s es inado é s t e en Zamora po r V e l l i do

Dol fos , suc éd e l le seu i rm ao Afonso V I

na do en G a l i c i a , que con qu i s tou

á

T o l e d o

e p a r t e d o P o r t u g a l á r a b e , r e p r i m e a r e v o l -

t a de R od r ig o O veques en L u g o , e da á s eu

g e n r o R a m ó n d e B o r g o ñ a o g o b e r n ó d e G a -

l i c ia c'o t í tu lo de conde . A m or te de Re im u n -

do e n t r a no po de r seu filio Afonso R ei in u u -

d e s ,

e

á Afonso V I su ce de su a filia U rra ca ,

v i u d a d o d e B o r g o ñ a e n a i d e R e i m u n d e s :

pe ro o rd en a ra aqu e l m onarca q ue , cas o de

co n tra er se g u n d a s n u cí as a filia ,fose Afon so

Re imundes e l evado á r e i de G a l i c i a , e como

di t a s eño ra m ar id a r a con A fonso o B a t a l l a

do r de A rag ó n , G a l i c i a púxos e en a rm as pa -

ra com pr i l -o orden ado por Afonso V I , m ai s

o Ba ta l l ador en t r a en G a l i c i a e gana a Mon-

ter ro so se bmi ten que re t i ra rs e logo, e o •

b i s po de San t i ago , G e lmi res , co roa ao p r ín

c ipe Afonso en 25 de Setembre de 1110, en

O om pos te la , des po is de m oi t a s t u rb u le n c i a s




q u e a i n d a s e g u i r o u a l g ú n t e m p o . D o ñ a

U r r a c a r o m p e u c ' o B a t a l l a d o r e p i d í u a u s i

l io aof i l lo . O re i e o bispo G elm ire s sa i ron

de L u g o en s on de g u e r r a pe ro fo ron v en c i

d o s e n V i l l a n d a n g o s e r e t i r á r o n s e á A s t o r g a

o bispo e á O rci l lo n o re i . G elm ires torn ou á

Com pos te l a qu e an da ba en d i s tu rb io s qu e

au m en ta ro n co a p i r a t e r í a dos m oúros ña s

no sas cos tas , co n t ra da qu e o b i spo m an do u

u n h a f ro ta que os d es t rozo u . A s tu rb ac ió s

seg ui ro n po l -a cnb iza dos no bre s , o ponco

t a i t o d o U r r a c a o 0 3 ar t i f ic ios d a i rm án

d '&a la , D oña Tcro ixa , condes a de Por tuga l .

S a n t i a g o fo rm o u n n b a c o m ú n ou i r m a n d a -

de e su br ev ou so co ntra do bispo , se ben se

a p a c i g u o u o t u m u l to . A re i n a U r r a c a d e c r a -

r o u a g u e r r a á D o ñ a T e r e i x a o o P o r t u g a l

fo i i nvad ido po l -o exé rc i t o ga l l ego mandado

por Gelmires , pero f ixosé logo a pas , r enas

cen do as tu rb u le n c i as no pa í s . P o r fin o re i

Afonso ebegou á maior idadee todo cambiou

d e ca r i s . A jun tou se á i s to o fa l lec imen to da

re in a U r ra ca . O r e i g ue r r e a c"o B a ta l l ad or

e p a i t a s e n n b a t r e g u a . A r i a s P e r e s s u b r á

ya se e o m ovim ento fracasa , Afonso de ura ra



L t B S O S E G U N D O 33

a g u e r r a a os p o r t u g u e s e s e s i t i a G u i m a -

r a e s , co r t e do conde A fonso H en r iq ue s , e ó s t e ,

p or m ed io d e E g a s M u ñ i s , d e c r a ra s e v as a ll o

do re i po l-o que o m on arca to rn a á G al ic ia ,

pero anos despois negou aque l a sua promesa

e fo i cau sa de no va g u er ra ; os po r tu gu es es

c o n A f o n s o H e n r i q u e s a v a n z a n h a s t r a a s i e

r r a s da L im ia e s on de s ba ra t ad os po l-os

c o nd e s F e r n á n P e r e s d e T r a b a o R o d r i g o

V e l a ; r e t i r a n ao s e u p a ís e p e r d e n o c a s t e -

lo de Celm e. E n 1136 es ta la en Co m poste la

ou t r a cos p i r ac ión con t r a de G e lmi res na que

é m a l t r a t a d o e f er id o . A fo nso H e n r i q u e s v o l -

ve á p ro ba r for tu na a judad o pol-os n a v a r r o s

e po l -os condes ga l lego s desc onten tos Gom es

N úñes e Pe res V e l los o , apodé ras e de Ta i e

cbega á Al la r í s onde é venc ido po l -o pr ínc i

p e F e r n a n d o S o a n e , g o b e r n a d o r d a L i m i a :

in t en t a ou t ro go lpe de man e gana a v i t o r i a

de Cernéela ; pero de sa s t re s por p a r te dos

mouros ñas suas gentes f ixeron-o volver aos

seus es tados perdendo todo o ganado na Ga -

l ic i a . A fonso V I I r e s ca t a T a i s en co m ba

te ,

e os b ispos a l í presentes amigan aos dous

pr im os , e e s t i pu l an a pa s que o po r tu gu és



31 R E S U M E D .V .niSTOBtA D E O A J . I f i t A

q u e b i

-

an tou , f achendoso co a v i to r i a de O u -

r iq u e onde se fixo re i ; pero se g u n d a ve s é

venc ido po r F e r n an d o Soane , e f r e n t e á f r en

t e o s dou s exé rc i t os na V e ig a de V a ld ev es ,

i n t e r v eñ en os b i s pos , pa i t a s e no va pas e a

i n d e p e n d e n c i a d e P o r t u g a l q u e d a r e c o n o

cida .

Sucedeu á A fons o V I I , en G a l i c i a e León ,

F e r n a n d o I I q u e t iv o g u e r r a c 'o s p o r t u g u e

ses e fixo pr i s io ne i ro á Afonso I de P o r t u

g a l . Pas ou a co roa de Fe rnando I I á A fons o

V I I I que foi am aga do de g u e r r a po l-os r e i s

d e C a s t e l a e P o r t u g a l . F a i a p a s c ' o p r i m e i -

ro :

pe rde T u i e o ut ro s po bos : despo is de

u n h a t r e g u a s i t i a B r a g a n z a , g a n a a b a t a l l a

da P ó r t e l a de V a ld ev es e t om a C hav es can •

do os po r tug ue s es acab aban de s e r de r ro t a

d o s j u n t o d e B r a g a e G u i m a r a e s p or M a r

t i n Sa nch os qu e , ao auo s igu en

te ,

g a n o u

igu a lm en te a ba t a l l a de Te j ad a co n t r a dos

m o u r o s .

A f o ns o V I I I d e i x a r a p o r h e r d e i r a s d a s

coro as de G al ic ia e L eó n as s u a s filias S a u -

cha e Dulce , en per judic io do outro seu f i l io

F e rn a n d o , r e i de G ás tela ; por m or d ' es to



L I B R O ¡ J K G U Í Í b O

:

y

35

houbo g u e r r a c iv i l que acabo u e ' un t r a t a do

pol-o que as pr i inei ras cederon os s e u 3 d i r e i -

t o s á t r o q u e d e u n h a p i n si ó n . D a q u e l a F e r

nando vo lveu a s a rmas con t r a dos á r abes , t o -

mou Córdoba e fixo t r ae r á S an t iag o no s

ho m bro s de m ouro s , os s inos que A lm an zo r

a r rouba ra . Conqu i s tou Sev i l l a , onde s e d i s -

t i n g u í u o no so g r a n d e a l m i r a n t e e t r o v a »

dor P a io G omes C ha r in o , p r im e i ro s eñor d e

ÍRianjo , e m orre en 1252 de ixa nd o fam a de

s an to e r em praz and o-o A fons o X , d i t o o Sa

bio, po l o s eu r a ro t a l e n t o . A lg ú s d in qu e

Afonao e ra nado en Ga ' i c ia fuudados , po ida

d a r , no qu er er que l i e t ivo , pos to que o

idiom a of ic ia l qu e h a s t ra da qu ela fora o la

t i no , t rocoun -o po l o ga l lego , e en ga l leg o

es c r ib íu e l mes mo as s u as i n s p i r ad í s im as

Cantigas. N o s e u r e i n a d o h o u b o a l g u n h a s

tu rb u len s i a s no noso pa í s po rque os

pobo3

qu er ía n bo ta r de s í o ju g o da t eocra c ia . -

Sucedóu l l e Sanc ho I V que veu v i s i t a l -o

sepulcro do Santo Apos tó le e sosegou

a l g a s

d i s t u r b i o s , d e i x a n d o o t ro n o á F e r n a n d o I V

o E m p r a z a d o , b a i x o do c a l r e i n a d o s e g u i r o n

con mais forza

as

r e v o l t a s p o p u l a r e s c o n t r a



$ 6 R E S U M E Í ) Á H I S T Ó R Í Á D É G A L I C I A

do señor ío dos bispos , sendo as mais impor

t a n t e s a s acaec idas na c idade de L u g o qu e

c l iegaron Las t ra despois da menor idade de

A f on so X I , a ñ a d í n d o s e á e la s o n e g a r e n s e

os

com pos te láns á recoñ eeere n . como arceb ispo

ao

f ra n c é s D o n B e r e n g u é l d e L a n d o i r a .

A m o t i n a s e M o n d o ñ e d o . t a m ó u c o n t r a d o s e u

b i s p o ,

e nes t e s t um ul to s que d u ra ro n ino ito

t e m p o c o r r e u s a n g u e d ' a b o n d o . N o i n t r e

d i s t i n g u e n s e ñ a s g u e r r a s o famoso a lm i ra n t e

J o f r e Tenor io con t r a dos a r agones es e inou?

ros ; V as co O zores de fendendo S a l v a t e r r a

cont ra dos por tugueses ; e Afonso , escude i ro

da v i l a de N eda , na t oma de A lgec i r a s .

Por mor t e de A fons o X I , Pedro I he rdou

o re in o no qu e es ta lou g u e r r a c iv i l po l -a

c u biz a do s e u i r m a n H e n r i q u e q u e , a i n d a q u e

b a s t a r d o , p r e t e n d í a

o

t ron o a judad o dos

d e s c o n t e n t o s d a s j u s t i c i a s d e D o n P e d r o .

E r a n d o p a r t i d o l e g i t i m i s t a , e n t r e o u t r o s

poderosos señ ores , o conde de Lem os , D on

F e r n a n d o R u i s d e C a s tr o ; e d o d e D o n H e n

r i q u e , A n d r a d e o B ó

e

o a rceb ispo de Sa n

t i ago D on Sue ro G omes de To ledo ,

e

foi por

j a t o o d e i r a d e i r o c o n d e n a d o

á

m o r t e

e

a s e s i -



L I B R O S E G U N D O ¡ S Í

nad o n u n h a p roces ión po l-o caba l e i ro F e r

n á n P e r e s d e D e z a C h u r r u c h a o .

M o r r e u D o n P e d r o v í t i m a d a t r a i c i ó n , e

G a l i c i a p r o c r a m a r e i ao d e P o r t u g a l r e c h a

z a n d o á D o n H e n r i q u e . E r a a a l m a d a g u e

r r a D o n F e r n a n d o R u i s d e C a s t r o , e d e s p o i s

d e m oi t a s pe rd as e s an gu e , venc ido o no bre

e n P o r t o d e B o i s , q u e d a H e n r i q u e r e c o ñ e -

cido pe r re i , m as logo se su le va T u i se be n

è reduc ido .

S u c e d e á H e n r i q u e . J o a n I , , e n 1 3 7 9 : os

h e rd e i ro s de D on Pe dro p r e t e nd en a co roa,

e o d u q u e d e L a n c a s t e r a p r e s e n t a s e ,

c

' u n h a

a r m a d a i n g l e s a , d i a n t e d a C r u ñ a d e f e n d id a

p o r A n d r a d e ; n o n a p o d e - to m a r , p e ro d e s

em barca ge n t e , en t r a en C ompos tel a e s ome-

t ea , e o s s eus s aqu ean R i b a d a v ia , e des po i s

os po r tug ue s es t oma n T u i qu e devo lven ao

se facel -a pas .

E n 139 0 m or re J o a n I , pas a ndo a co roa

á H e n r i q u e I I d e G a l i c i a ( I I I d e C a s t e l a )

q u e s e e n v o l v e e n g u e r r a c 'o P o r t u g a l e p e r

de T u i , no in t r e que P on te v ed ra se Ile s u -

b r ev a se ponend o á cabeza dos po n te ve dre -

s es o a r ceb i s po de San t i ago

D,

J o a n

García



88 H K S U M K D A H I S T O R I A Í> E G A L I C I A

M a n r i q u e . A m o t í n a n s e o s l u g u e s e s e m a t a n

o seu bispo, ten do igu a l sor te pouco desp ois

o de O urens D on F ranc i s co A fons o , que bo

t a ron á a foga r no Pozo Maimón , r e inando j a

J o a n I I .

Eu eom enz aron por da qu e la en G al ic ia os

tu m ul to s qu e de ron po r r e s u l t ado a famosa

c a n t o t e r r i b r e g u e r r a d a s i r m a n d a d e s . H e n -

r ique 1 ( I I de Cas te la ) concederá á casa de

A n d r a d e o s e ñ o rí o j u r is d i c i o n a l d o F e r r o l

co n t r a gu s to dos f e r ro lans que v í a n t r i p a -

d o s a r t i g u o s p r i v i l e g i o s . E n v a n p r o t e s to u

por e ies do acordó do re i o seu pr e c u ra d o r

P e d r o P a d r ó n e n Z a m o r a . D e s p r e c i a d a a s u a

pro t e s t a t om aron a s a rm as com andados po l-o

f ida lgo R u i X ord o . E s t e a jun tou r e s p e t a b re

exé rc i to ou m i l i c ia po pu lar do F e r r o l sob re

d a b a se d e i r m a n d a d e , p e r s e g u í u a os A n -

d ra d e s , desf ixo o cas te lo de M oech e on de

aqu eles non se a t r ev er on á l i e r e s i s t i r e

a s e u t o u o s e u c u a r t e l g e n e r a l e n P o n t e d e u -

m e. T a l movic ión po pu lar p uxo en sobresa l to

a Cor t e . J o a n I I o rde na aos p r e l a do s D . L o

pe deMendoza e D . A lva ro de I s o rna o s os e

garen o a lboro to sen rompemento nen escáu-



I .T liR O Í S E C t l N W 3 3

dalo :

es tes c i ta ron á R u i á Befcanzos p ar a v i

re n á u n acomo do pero como o fidalgo p id ise

a cabeza do f euda l non pu ido hab e r av en en

c ia re t i r á nd os e da c idad e do M and eo os pr e -

l ados .

U n mes pa s a ra cando os i rm an d i no s

t r a t a ro n de a t a ca r a com pos t e lana ca p i t a l .

Eo ron r echaza dos , r e t i r a ron pouco á pouco

e a top ánd ose á d er ru ba l -o cas te lo de M es ía

s o n s o r p r e n d i d o s p o l a s t r o p a s a r c e b i s p á s

qu e os de r ro ta com pre tam en te e fan fug.ir á

B e t a n z o s o n d e se r e fá u , a t a c a n á P o n t e d e u -

m e e t r a t a n d e d e s t r u i l - o c a s te l o. E s t a n d o

ne s to caen sob re d e les as forzas u n id a s de

Ñ u ñ o d e A n d r a d e e d o c o r r e g i d o r r e a l G a r

c í a de H oyos ,

e

t r a s s a D g u e n t a

e

porf iada

Ioi ta acabou por d a q n e l a c 'unha l ame i r a de

s a n g u e , a p r i m e i r a t e n t a t i v a d o c o m ú n d o

país co ntr a do pod er da nob reza en 14 37 ;

pe ro aque l s a ng ue de r r am ad o po l -o pobo

que combat ía po l -as suas l iber tades non fo i

e s té r e o . M e n t r a m e n t e s a a n a r q u í a s e g u í a

im pe rand o no pa í s A i rm an da de e os v i c iño?

de Com poste la b otan fora da sede ao arce bis -

p o R o d r i g o d e L u n a p o l - a s s u a s m a l d a d e s , e

co es te m ot ivo e c 'o es tad o de de sco nte nto



4 0

R E S U M Í : DA H I S T O R I A D E SAttCIA

que ha b ía , a r evo l t a soc ia l ado rm exa da , pe

ro non m or ta , vo lve á es ta la r con m ais for

za que d ' a u t e s . O s i rm an d in os en nu m ero

qu e a l g ú n e l e va á 90 . 000 ho m es , t om an

as

a rmas ba ixo da ge fa tu r a de Pedro O s òr io ,

A lons o de Lanzós

e

D ieg o d e Le m os , e da

encomezo u n h a de s as t ro s a g u e r r a c iv i l na

que G a l i c i a pa rec í a ac ab a r cons igo m es ma .

O c o n d e d e C a m i n a , D o n P e d r o A l v a r e s d e

Sou tom aio r , e r a o p r in c ip a l cau d i l l o da no -

b reza á quen s igu í an ou t ros pode ros os s eño

r e s , se ben todos é les . de u n e ou t ro ba nd o,

lo i t aban mais por medro persoa l que por ou

t ra cousa .

Camina apodéras e de Tu i ; Lopes da Pena ,

do cas t elo de L ug o ; Pe dro F e r n an d o s , de

B e tan zos ; o s condes de Lem os e de B e n a

v e n t e c o m b a te n e n O u r e n s

e

o m a r i s c a l

P a r d o d e C e la e n M o n d o ñ e d o . O s i r m a n d i

nos d es t ru en os cas te los qu e poden; son d e

r ro t ad os en Pe dr os a po r A lons o L o p e s d e

L e m o s ; e n P o n f e r r a d a p o r D o n P e d r o A l

vares Osor io , conde consor te de Lemos , e en

A l l a r í s po r Lu i s A breu ; pe ro en t roque bo

tan de Tui ao de Camina e ased ian o cas te lo



L T B B O S E G U N D O 4 1

d e P a r n b r e . P a r d o d e C e la , n a m e n t r e s , d o m i

na en Mondoñedo , V ive i ro e R ibadeu ,

A lons o de Lanzós de r ro t ado po r Pa rdo de

Ce la é de r ro t ad o de novo por D iego de A n -

d r a d e e n P o n t e d e u m e e G u n d i a n , e a p r i s o a -

d o p o r F e r n á n P e r e s P a r r a g u é s q u e o e n

t rega á Andrade e f ina despois de longo cau

t i v e r i o n a v i l a d o E u m e .

N o i n t r e m o r r e o r e i H e n r i q u 6 e a g u e r r a

tom a out ro aspe i to , Os seño res de G al ic ia

d iv íde ns e en novos b and os . U s s igu en os

pendós de Sábe la a Cató l ica e ou t ros procra-

m a n r e i n a á D o ñ a J o a n a d i t a a B e l t r a n e -

j a , m u l l e r de A fonso V de P o r t u g a l , e ou

t ros se desen tendendo da po l í t i ca , t an pres to

s igu en un pa r t i d o como de fenden o con t r a

r io , o u s e a m o s t r a n i n d e p e n d e n t e s . L o i t a b a n

por Sábe la o a rceb ispo de S an t ia g o , Aíon so

de Fo nsec a ; o b i spo de T u i , D on D ieg o de

M u r o s ; o c o n d e d e B e n a v e n t e , D o n R o d r i g o

P i m e n t e l ; o c on d e d e M o n t e r r e i , D o n S a n

cho de U l loa . P o r J o a n a e ra n o conde de

C a m i n a ; D o n J o a n P i m e n t e l , c o n d e d e A l l a -

r í s ,

i rmao do de B en av en te ; Lo pe Sá nch es

de Mosooso, conde de A l ta m ira ; Su ero de

R



il

R E S U M E D A . H I S T O R I A D E G A L I C I A

O ca ; os m ar i s ca s P a rd o de Ce la e Su e ro G o

mes de Soutomaior , e ou t ros var ios .

O s i rm an d in os de s t rue n o cas te lo de A i l a -

r í s e moi tos pasan á mi l i t a r ñas f i l as de Par

do de Cela . O conde de C am in a ap od era se

d e T u i , B a i o n a , R e d o n d e l a , P o n t e v e d r a e

P a d r ó n : o s i sa b e l in o s c e r c a n P o n t e v e d r a

qu e non poden tom ar . Ca m ina s i t i a o ca s te

lo de Te nor io e d er ro ta os i sabe l inos de F i -

gu e i r oa en Bora ; voi ve o a rceb ispo de S a n

t i ag o á ce r ca r P o n te ve d ra e non pode t am -

pouco tom al -a po l -a hero ica defensa que fi-

xo o de C am ina . O conde de B en av en te s i

t i a a C r u ñ a q u e d e f e n d e D i e g o d e A n d r a d e .

O d e B e n a v e n t e p r e n d e ao d e C a m i n a á

qu en l i be r t a o r e i de P o r t u g a l e , a s e gu ida ,

rec ob ra o de C am ina , T u i e ou t ros pobos»

s o rp rend e á G arc í a Sa rm en to : ce r ca S o-

b roso ; p r e nd e á F e rn á n de Cam ba , e pe rde

P o n t e v e d r a q u e l ie t o m a o a r c e b i sp o , p e

ro en t ro q u e cerc a e tom i . Cas t r ic an . O

P re l a do e o conde de M on te r r e i s i t i an Sa l

v a t e n e q u e s e r e n d e .

A que la gue r r a c rue l chegou á un e s t ado

imp os ibre de se de scr ib i r . Os com bate n tes



L I B R O S E G U N D O 4 3

perde n o rum bo , e nv i l ece ns e

8

l o i t au , non

po l - a i dea , s enon pa ra s e en gr an de ce r c 'o s

despoxosdos mais . Os re i s ca tó l i cos , impoten

t e s pa ra poñe l - a man ñas cous as de G a l i c i a ,

non se co idaban do que aquí pasaba porque

a d e m á i s t i ñ a n o u t r a s g u e r r a s á q u e a t e n d e r ;

pe ro a s í que v i ró n os ga l l ego s s ud iy id ido s

e q u e b r a n t a d o s , i n t e r v e ñ e n n o m e a n d o J u s

t i c ia m a i o r d o r e in o á F e r n a n d o d e A c u ñ a

e c r eando a A ud ienc i a , O s nobres des un idos

e sen forzas n en v ig o r , e co a en ga ñi fa de

m erce des foronse som etendo ao po de r re a l .

S ó P a r d o d e C e la q u e d o u b a t a l l a n d o c o n

t r a das t r opas de Cas t é l a e s os tuvo u n b a

g u e r r a de po tenc ia á po tenc ia por espac io

de t r e s ano s , b a s t ra q u e a t r a ic ión leyou a

s u a cabeza maos do v e r du go (14 83 ) .

A i n d a h o u b o d e s po i s a l g u n b a s r e v o l t a s

dos nob res , e o R e i e a R e in a aco rdaro n o

v i r p e r s o a l m e n t e á G a l i c i a , t o m a n P o n f e -

r r a d a , d a n p r o v i d e n c i a s c o n t r a d a o l i g a r

qu ía dos ñd a lgo s e e s t ab recen a Inq u i s i c ión .

A dem ocrac i a t r u n í a e o pode r a r i s toc r á t i

co case desaparece .

S á b e l a e F e r n a n d o f u n d a n o h o s p i t a l d e



4 ¡

R E S U M E Í )A H I S T O R I A Ú E G A L I C I A

S an t ia go e conceden o u t ro s beneficios p a ra

ga na l - a s s im pa t í a s do pobo que , cans ado de

ta n ta s tu rb ac iós e dese joso de aco ugo , no n

s e deca t a da t en de nc i a un i f icadora do cen

t ro que o p r i v a d a a u t o n o m í a , r e b a i x a a s u a

pe r s on a l ida de e de b i l i t a o s eu o rgan i s m o .



L I B R O T E R C E 1 R O

A

s m e d i d a s o r d e n a d a s

por

Sábe l a e

por

F e r n a n d o t r o c a n t o t a l m e n t e a s c o u s a s

de Gal ic ia . Os nobres foron á cor te para se r -

v i r e n , de ix and o p a ra s em pre os í og a res en

que foran aca tados como re i s , e a gen te deu-

s e á s a i r do pa í s en p rocu rac ión de av en tu

r a s , ou de m i l lo ra r de es tado , po i s case

t o -

dol-os a l tos cargos se deron á foras te i ros .

A í o n s o F e r n á n d e s d e L u g o c o n q u i s ta a s

i l la s C an a r i a s . J a n de N o voa , ao s e rv i c io d e

P o r t u g a l , f a i a des cobe r t a da i l l a de S an ta

H e le na , e venc e na In d i a ao famoso Za m o-

r í n , e F e r n a n d o d e A n d r a d e g a n a , e n I t a l i a ,

a ba ta l l a de S em in ara c on t ra dos f ranceses ,



40 R E S U M E D A H I S T O R I A D E O A L I C I A

Ca rlos I ce leb ra cor tes en Co m poste la e

na Cruña , que non l i e dan o r e s u l t ado que

s e p ropon ía . O conde de A n d ra d e , o ve nc e

dor de Se m ina ra , pons e ao s e rv i c io do P a p a

A d r i a n o V I e r e c o b r a a c i d a d e d e A r i m i n o

q u e t i n a t o m a d o S e g i s m u n d o M a l a t e s t a , e o

Pont í f i ce da l le o t í tu lo de pr ínc ipe de Caser

í a . A í b n s o P i t a d a V e i g a p r e n d e á F r u n c í s - '

co I de F ra u z a na ba t a l l a de P a v ía . U n l ia

e s cuadra f r ances a f a i daños en F i s t e r r a ,

Lage , Corcub ión e ou t ros pun tos e des t roza

da po r D . A lv a ro de B az án va l - l i e á e s t e o

m a r q u e s a d o d e S a n t a C r u s .

. V en ao t rono en 1556 Fe l ipe I I e p r e t en

d e o d e P o r t u g a l á m o r t e d e D . B a s t í a n . O s

condes de Lem os e de M on te r r e i i nv ad en o

P o r t u g a l con 10 . 000 in f an t e s e 1 .500 cab a -

los; V6nc en a o s p o r t u g u e s e s , e D . G a r c í a

Sarmentó , señor de t íobroso , toma- l i es Mon

zón e Melgazo .

D r a k e b r o q u e a V i g o e defóndese es ta v i -

l a he ro i ca m en te , e des po is (15S9) a p re s e n ta -

se

n a C r u ñ a

e

c e r c a - a

e

pon en moi to apre

tó , pe ro s a lv a - a o va lo r de M aio r P i t a , e o s

ing leses , , venc ido s e con rno i tas po rda s , t e -



L I B R O T E R C E I R O 4 7

ñen que r e inba rca r e fug i r . V o lv en n i a is t a r

d e s o b r e d e V i g o e d e s t r a e n e q u e i m a n p a r

te da v i l a .

Os tu rcos acometen Vigo e fan daños

e n C a n g a s . P o r t u g a l p r o c r a m a a i n d e p e n

denc ia e F e l ip e I V p ide a juda á G al ic ia . Os

g a l l e g o s e n t r a n n o P o r t u g a l a o m a n d o d e

D .

V icenc io G onzaga que cos t rue o cas t e lo

de San Lo is G onz aga e ga na a b a ta l l a de

V i l l aza , e oa rce b isp o Ca r r i l lo tom a pol -a su á

con ta P ó r te la e C as te l L ind os o .

C he ga despois a g u e r r a de suces ión pa ra

po r no t rono á Fe l ipe V e u n b a f ro ta h i s -

pano- f r ances a é des t ru ida en Redonde la . O s

i n g l e s e s t o m a n R i b a d e u e V i g o e s a q u e i n

P o n t e v e d r a . E d i fi ca n s e o s a r c e n á s d o F e

r ro l ac r ecen tados des po i s po r Car los I I I .

T en es te por suceso r á- C ar lo s I V e no seu

t e m p o s u b r é v a s e a m a e s t r a n z a d e a q u e l a r

cén a l por fa l t a de p ag as . A jún tas e en P o n

te v ed ra un corpo de exórc i to ke spa ño l por

m o r d a g u e r r a c on I n g l a t e r r a e P o r t u g a l

co n t r a de H es pa ña e a l í s t an s e ba rcos p i r a

t a s mandados po l -os G agos . O s ing l e s es a t a

can F e r ro l , e son de r ro t ado s , e . s eg u ind o



48 B E S U M E D A H I S T O R I A D E G A L I C I A

a

g u e r r a l ioubo un comba te no m ar en t r e o

F e r r o l e F i s t e r r a da f ro t a i ng l e s a co n t r a

da f ranco-bespañola , no que venceu a . p r i -

m e i r a .

Os de sac er tos dos pol í t icos e a cub iza de

N a p o l e ó n I d e r o n m a r g e a o l e v a n t a m e n t o

de H es p añ a con t r a dos f rances es en 1 8 0 8

r

e

aque la gue r r a deu luga r á s ma i s a s ombi ' o s as

f azañas . G a l i c i a nomea a s ua J u n t a s up e r io r

e s o b e r a n a d o R e i n o . A r m a m a i s d e d o u s -

cen tos mi l pa i s anos e namen t r e s que a s t r o

p a s b a t a l l a n , e le s os a t a c a n e n A u g a s R u

b r a s ,

en B ra ñ a s da Se r r a e no V iad e i ro , e

s u r g e n g e n e r a l e s co mo C a c b a m u i ñ a , o

a b a

d e C o t o v a d e , H e r b ó n , V a l l a d a r e s e o u t r o s .

O s pa i s an os vencen o enem igo en B a ra l l a s ,

ce r can Tu i , r ecobran V igo , e a judan á t r opa

á

g a n a r e a g r an v i to r i a de San Pa io , que f a i

o sa i re n de G al ic ia os im p er iá s despo is de

te r 54 .000 ba ixas nun ano escaso de lo i t a .

L ib re G al ic ia de f ranceses (1809) os g a

l l egos pe lean fora da pa t r i a e ganan a famo

sa b a t a l l a de Sa n M arc ia l ba ixo o com ando

d o g e n e r a l F r e i r é , c r u ñ é s. F e r n a n d o V I I r e -

ponse no t rono e o ss e u s e r ros da n lu g a r á



L I B R O T E R C E I R O 49

incómodos e r ev o l t a s . P o r l i e r s u b ré va s e e

pe rece a fo rcado na Cruña . Q u i roga r ebe l a s e

e fai p ro cra m are a cos t i tuc ión de 1812 e o

co rone l A cev edo s ecúnd ao n a Cru ña : ven

d e s po i s u n h a i n t e r v e n c i ó n f ra n c e s a e i m

p r i n c i p i a u n h a g u e r r a c iv i l q u e d u r a a l g ú n

temp o e a r re m at a á favor dos re a l i s t a s . O

d e s a co u g o e r a g e n e r a l ; s e g u r i d a d e p e r s o a l

non se a topab a ; os cam inos es tab an cheos

de lacirós,e a lgÚ3, coma Sopi ñ a s , a l canza ron

un h a t r i s t e ce l eb r idade ; a g r ég as e á i s t o a

h e r e n c i a q u e d e i x a F e r n a n d o a o m o r r e r e n

1833 ,

a g u e r r a c iv i l dos se te ano s en q u e

t runfa por f in o par t ido de Sábe la . Desacer -

to s dos go be rn an tes ' m o t iv an a r evo lca de

G al ic ia en 1846 de qu e son v i t i m a s Sol ía e

ou t ro s ge fes . S u rg e a g u e r r a de Á f r i ca , o

bombeo do Ca l l ao po r M ón des -N úñe s , a r e

vo lca de 1868 , a nova guer ra car l i s t a e a de

Cu ba ñas qu e G al ic ia co nt r ibu íu con ho m es

e con di ñe i ro , sen qu e es to l ie vá les e p a ra

seré ruá i s a tendida , senon que , po l -o cont ra

r io , ha s t a s e He a r r e ba t a a s ua C ap i t an í a

ge ne ra l pol-o qu e s e í o rmo u na C ru ña a f a

mos a J u n t a de de fens a , e cham ou a a t e n -

7



KO R E S U M E D A H I S T O R I A D E G Á L I C A

c ión a un ión g ra n d e qu e hu bo n o pobo ,

Tem os acabado de r e s eñ a r o qu e pas ou n a

nos a t é r r a en cada t empo , pe ro pa rec e r í a

non com pre to o nos o hu m i lde t r ab a l lo , s e

no n m enc ioná ram os os nomes dos e s c l a r e c i

dos va ros qu e en l e t ras , a r t e s e cenoias , de-

ron g lor ia ao pa í s en que foron nados .

G a l i c i a que s e puxe ra no inzo da cu l tu r a

co a colonización gr e g a , ch eg ou baixo do do

m in io de B om a á se po ner ao pa r da me -

t róp ol i , e no m edio dos hom es i lu s t re s q u e

po r d aq u el a f loreceron m erecen un lu g a r

as iñ a la do o cé lebre poe ta Teófilo Luc io , n a

t u r a l de T u i , que fo i cham ado o H ora c io do

seu sáculo , e o pa pa Sa n D ám aso , teólogo ,

h i s to r i ad or e poa t a, V en en logo , nos p e r ío

dos suevo e gó t ico , Pr i ' s c i l i ano , San Pro i toso ,

p o e t a o fu nd ad or do m onac a to g a l leg o; os

e s c r it o r e s P a s c a s i ó , P a t e r n o , W i t i m i r , B o

n i f ac io , N i t i g i s , A ñ i l a e M ai loch ; o a r t i s t a

Ba lda r io ; o s poe t a s V as con io e H ermanf r ed ;

o poe ta e p rosad or Sa n V aler io ; a be a t í s im a

E t h e r i a , i l u s t r e v i a g e i r a e e s c ri to r a ; M á s i m o ,

escr i to r e mús ico ; Conanc io ,mús ico e can tor ;

P a u lo Oros io , h i s to r ia do r e t eó logo , am igo



L I B R O i ' E K C E l R O á l

d e S a n A g u s t í n ; I d a e i o , b is p o d e C h a v e s , a u

tor da Crónica e dos Fastos consulares; e

S an to T or ib io , b i s po de A s to rg a , t eó logo ,

n a t u r a l d e B e t a n z o s .

V e n e n m a i s t a r d e P e d r o M a r tía d e H e -

zonzo, b ispo de Co nipos te la . a u to r da Salve

Begina; D o n D i e g o G e l m i r e s , p r o t e i t o r d a s

a r t e s ,

le t ras , e cencías e que f ixo loci r para o

pa í s o s m a i s g lo r ios os d í a s da s u a h i s to r i a ;

os famosos t ro va do res do Gancioneiro da,

Vaticana e os do de Baena; os g ra n d e s poe«

tas Ma c las e . Rodr igues do P a d ró n ; o conde

d e C a m i n a D . P e d r o A l v a r e s d e S o u t o m a i o r ,

que ó o pr im ei r o qu e da a coñece l -a pó lvora

na nos a pa t r i a ; o conde de M on te r r e i , q ue

t rou xo a im pr en ta á G a l i c i a ; F on s ec a , f un«

d a d o r d os e s t u d o s e n S a n t i a g o ; o g e n e a l o g i s -

t a V a s c o d a P o n t e d o B u m e ; J o a n d e G r i -

x a l b a , d e s c u b r i d o r d e M é xic o; P e d r o S a r m e n

tó de G amboa , que de t e rmina a l ong i tude no

m ar s endo o p r im e i ro que c ruza o e s t r e i t o

de Magal laes co a proa vol ta ao noso hernis*

ferio;

o p o e ta c r u ñ é s F r . G e r ó n i m o B e r m ú -

d e s , a u t o r d a

Nise lastimosa

e d a

Nise lau

reada; o e s c u l to r G r e g o r i o H e r n á n d e s ; o i n «



S 2 R E S U M E D A H I S T O R I A D E O A Í . 1C I A

s ine teologo Fi: T om ás de L em os , o conde

d e L e m o s D . P e d r o P e r n á n d e s d e C a s t r o ,

i l u s t r e e s t ad i s t a e M ecenas dos e s c r i t o r e s ;

os N odás , f amos os navegadores que e s p ro ran

o cabo de S an V icencio ; os i sp i rad os po eta s

P e d r o V á s q u e s d e N e i r a e D o n F r a n c i s c o

de T r i l l o F igue i roa , au to r é s t e do poema

Napolisea; o cé l eb re gen ea log i s t a F r . F e l ip e

da G án da ra ; o e s cu l to r F r an c i s c o M oure ; o

cé l eb re p r e l ado e j u r i s t a D . D iego Sa rm en to

de V a l l ada res ; o s poe t a s Pabro Mendoza dos

RÍOS

e Car los B ar r e i ro ; o h i s to r i a do r M a r t i s

d e P a d in ; o cé l eb re po l ig r a fo P . Fe i joo ; o f a

moso escu l tor F e l ip e de C as t ro ; o e scr i to r

Pa s ca s io de Se gu in ; o cu ra de F r u i r ne ;

o P . S a r m e n t o ; p j u r i s c o n s u l t o D . J o s é F e -

bre i ro ; o a rqueólogo D. José Corn ide ; o eco

nomis t a Labrada ; o s e s cu l to r e s D . B ie i t o

S i lv e i r a e D . J o s é G am bino ; o a s t rónom o

D . J o s é R o d r i g u e s ; o m e c á n ic o D . A n d r é s

A n t e l o ; o f a c e n d i st a D . J o a n M i g u e l C a -

amaño; o economista La Sagra; o f i lósofo don

J oan F ranc i s co de Cas t ro ; o f acend i s t a don

M a n u e l L o p e s A r a u j o ; o p u b r í e i s t a D . J o

sé

Alon so Lo pes ; o econom is ta e fun da do r



L I B R O T E R C E I R O 83

da b ib r io t e ca do Cons u lado da Cr uñ a don

P e d r o S á n c h e s V a a m o n d e ; o g e ó g ra fo F o n -

tán ; o bo tán ico D. Migue l Colmei ro ; o h i s to

r i ad or V ere a A gu ia r ; os poe t a s P as to r D iaz ,

A u r e l i o A g u i r r e , P u e n t e B r a ñ a s , e D . J o a n

B a u t i s t a A l o n so ; o h i s t o r ia d o r S a l a s Q u i r o -

ga ; o h i s to r i ado r e nov e l i s t a

D .

B i e i t o V i -

ce t t o ;

a cé lebre poe t i sa doña Rosa l ía Cas t ro ;

a escr i to ra doña Conce ic ión Arena l ; a poe

t i s a d o ñ a N a r c i s a P e r e s R e o y o ; o s a r q u e ó

logos D . A n to n io de l a Ig l e s i a e D . R am ón

B a r r o s S i v e lo ; e e n t r e o u t ro s q u e , i n d a v i v e n

e poden ser ú t i s á pa t r i a , son d inos de men

c ió n , o g r a n d e h i s t o r i a d o r D . M a n u e l M u r -

gu ia ; o n a tu ra l i s t a D . V í to r Lo pes Soane ;

os c e l e b ra d o s p o e t a s I ) . E d u a r d o P o n d a l ,

D . M a n u e l C u r r o s H e n r i q u e s , D . E m i l i o

P .

V a a m o n d e , D . V a l e n t í n L a m a s C a r v a

j a l ,

D . A l b e r t e G a r c í a P e r r e i r o ; a s e i s i m i a s

e s c r i t o r a s d o ñ a E m i l i a P a r d o B a z á n e d o ñ a

Sof ía Casanova, e os sabios arqueólogos Don

A n t o n i o L o p e s F e r r e i r o , D . L e a n d r o d e S a -

r a l e g u i e D . F e d e r i c o M a c i ñ e i r a .



L I R O

C U R T O

4 3 ESEÑADOS j a os sucesos p r i n c i p a s q u

e

t i v e r on

l u g a r

no

chan

ga l l e go ,

e

d ed i -

c ad a u n h a l en ib r anza , i n d a qu e h um i l d e ,

aos nosos héroes e g r a n d e s homes , e s t á b amos

ao cabo da t a r e f a que gus tosos поз i r a p u -

xé r amos , pero ¿haber í amos d e d e i x a r e s q u e n -

c idos

aos

qu e ,

n a

nosa

fa la ,

c an t a r on

nosa s

g lo r i a s

ou

cho r a ron

nosps

de s d i t a s ,

facendoa

r e v i v i r no mundo da s l e t r a s como d i nno s

con t i nu ado r e s d a obra do r e i sabio? P o r eso

cu idamos qu e o Resume da Historia de Ga

licia debe r í a i r s egu i do de un Eésume da

historia

da

literatura

gallega

ded i cando

á

es t e

oujeto

o

p r e s en t e

l ib ro

como

comp r e -



58 R E S U M E DA . H I S T O R I A D E G A L I C I A

mentó de aqué l t r aba l lo e seguindo o mesmo

sis tema de concis ión para

a

un id ad e do con -

j u n t o .

N o n se sab e de ce r to cal fose o pr im eir o

id ioma de G al ic ia . P o id a qu e fose o ce l

t a . O s romaos ao conqu i s ta l -o pa í s im p u x e-

ron, como of ic ia l , a sua l ingua, e os escr i to

re s ga l le go s como Ida c io , Oros io e ou t ro s ,

escr ibi ron os seus l ibros en la t in ; pero o po

bo

t i n a

u n id ioma d i fe ren te do qu e os d o

m in ab a , e aqu e l id iom a fo ise co r rom pe nd o,

l a t i n i zan do . Cheg ou u n d í a no que o l a t i n

so e ra comprendido dos sacerdotes e dos e ru

d i to s ; e os poe tas qu e, no n po día n facerse

en ten de r do pobo nu n l i n gu ax e que e s t e

descoñec ía , t iveron ncces idade de usa l -o

ga l lego ñas suas produc ios .

O pr im ei ro t r aba l lo qu e apa rece no noso

idioma ó o poema A perda de Hespaña, que

a lg ú n di qu e ó apócr i fo , e de spo is , o poe m a

Ouroana de Gonza lo H er m ig u es ; as poes ías

de Egas Muf i i s , o Canto do Figueiral d e

G u e s t o A n s u r e s , e u n h a c a n t i g a d o c o nd e

f r a n c é s R i m b a l d o d e V a q u e i r a s .

0 gal lego como idioma moi to propio para



L I B R Ó C t J A R T O 5 7

3

a l í r i ca , ponse de moda

e

a l canza o m a i s a l

t o g r a do de e s p re nd or nos s ácu los

X I I e

X I I I ,

cando a i n f ruenza l i t e r a r i a dos t r ova

d o r e s p r o v e n z á s c h e g a r a

á

G a l i c ia p o r m e

d io dos pe l eg r í s que v iñan á v i s i t a l -o s epu l

c ro de S an t ia go e po l -os caba le i ros qu e for

m ab an o luc ido cor te jo do conde R a m ó n de

B or go ña , pa i do de r r ad e i ro r e i de G a l i c i a .

A s í s e s a b e q u e t i v e m o s u n b a b r i l l a n t e p r é -

iade de poe tas , sendo seu cen t ro en Coinpos -

te la , can do c or r ía n p ar a o noso pa í s os d ía s

ma i s g lo r ios os da s ua h i s to r i a , e

03

nomes

d e P a y o G o m e s C h a iñ n o , A i r a s N u ñ e s ,

J o a n Z o r r o , B e r n a l d e B o n a v a l , M a r t i n C o

das , E s t eb o Coello , A b r i l Pe re s , P a i da C a

n a , P e r o A n n e s M a r i n o , P e r o M e o g o , J o a n

R om eu e ou t ros m oi tos , inorad os cen tos de

anos , son ho je ho norad os como m erec en

dende a des cube r t a do Cancioneiro da Vati

cana; po is ha i ca n t ig as de a l g ús d ' e s te s t r o

va do res ga l l ego s que s on de g r a n m ér i to .

Os versos dos poetas do Cancioneiro c i t a

do son doces , sen t idos e melancóa icos ,

e

n e

jes domina a no ta persoa l ,



5 8 - r e s u m e d a h i s t o r i a d e g a l i c i a

Pe lo s on to de Crecen te

U n h a p a s t o r a

T Í

a n d a r

M o i t o a l o n g a d a d a g e n t e

A lzando a voz á can t a r ,

A p e r t á n d o s e s u a s a i a

Cando sa ía l a r a ía

Do so l ñas r ibas do Sar .

E as aves que voaban

Cuando saía 1 ' a lvor ,

Todas d ' a rno res can t aban

. P e l o s r a m o s d a r r e d o r .

Mais non se i t a l que es tóvese

Que eu escoi tar poidese

Se non todo en amor .

A l í e s t i ve eu mui quedo ,

Quís fa lar a non ou se i ,

E m p e r o d i x e a g r a n m e d o

Mina señor , f a la r -vos e i

Un pouco se me asco i ta rdes

E i r - m e i c u a n d o m a n d a r d e s

Mai s aqu í non e s t a r e i .

Señor po r San ta Mar í a ,

N on es t edes ma i s aqu í ,

Mais ídevos vosa v ía

P a r e d e s m e s u r a i



LIBRO

сил кто

Оа

os

que

a q u í

e h e g a r e n ,

P i s q u e que vos a q u í a c h a r e n

B en d i r á n que ma i s ouve - h í .

A s í can t a J o a n A i r a s n u n h a be l l í s ima p a s -

to r e l a o cal a s un t o se desenvolvió ñ a s b e i r a s

do

S a r ,

composic ión

qu e

ponemos

a q u í

como

un h a amos t r a das da s u a e r a s e .

O

ga l l ego

fa i

a

e n t r a d a

n a

cor te

e

o

p r o -

p io r e i Sab io esc r ibe en ga l l e go os s eu s i n s -

p i r a d í s imos ver sos , nos de i x ando u n m o i -

inénto l i t e r a r i o ñ a s s u a s Cantigas á S a n t a

Mar í a ;

e

non

con ten to

con

t e r

dado

t a n

g a -

r r i d a amos t r a de s impa t í a po r e s t a doce l i n -

g u a — d i

Mar t í n e z

Sa l a z a r—deg r e d a ,

ou

pel-o

menos cons en t e , que os i s t r umen t o s p ú b r i -

cos ou to rgados en Gal i c i a se esc r ib i s en n a

H ng u a f a l a d a po l os seüs h a b i t a n t e s .

«Dende s daque l a—comezo s

de

s á c u l o X I I I

— h a s t r a as po s t r ime i r í a s do X V , foi v e r d a -

d e r a m e n t e cando ñoreceu o r omance g a -

l lego.»

A l i t e r a t u r a poét ica ga l i c i a n a t i r ou

á

d e -

ca i r po r mot i vo d a i n t r oducc i ón da poes ía

dan t e s c a

e

p e t r a r q u e s c a

n a

H e s p a ü a ,

pe r o



SO R E S U M E B A ¿ I á t O R I A D E S A L 1 C 1 A

un feito pol ít ico, a tendencia separatista,

su sci tou un fervon l iterar io como m anifes -

tamento do seu indiv idual i sm o, e su r ge n

no vo s poetas qu e, con Maclas á cabeza, rea -

gen contra da imitación do l ir i smo i ta l iano.

M oitas c ida des d e Ga l ic ia abrazan o part ido

d e F e r n a n d o d e P o r t u g a l c o n t r a d e H e n r i -

que II de Caste la , na esperanza de a lcanza

re n a su a indepen dencia; perdida a causa,

m oitos fidalgos ga l leg os t iver on que fug ir

ao Portugal , e entre e les iban notabres tro

vadores de quen descenderon outros non

m enos i lus tr es cuios nom es locen boje no

P arnaso por t ugués .

O nome de Maclas ebegou á se tornar co

mo s inónimo de apas ionado pol -a sua t rág i

ca morte e po l -a tenrura da s su as can t igas .

A par del br i llaron outros que ainda qua

non eran ga l leg os preferían o noso idiom a

ao propio deles para vers i f icar , e v iv ir on

nos s ácu lo s XI V e XV, coma Af onso Alva

res de V i l las and ino , Santa F e , o M arqués

de Vi l lena, e icétera; pero, como dixemos,

perdida a causa separat i s ta o decaimento l i

terar io era re su l tado inmediato; tanto m ais



L I B R O C U A R T O S í

canto que Fernando V ordenou que o gal le

go non se usas e nos documentos púbr icos e

de aq uí ve n o abandono do noso idioma por -

que o trunfo do poder real e a un idad e da

monar quía hespa ñola de ul le o golp e m ais

ru do, tendo que se redu cir á convers ación

famil iar e á algún que o outro papel de ca-

ra i ter pr ivado .

H oub o, con todo, al gú n poeta que no n se

conformou c'o uso corr ente e componía v e r

so s qu e non pubr icaba como os do soneto

que empeza

Alá

e n M o n t er r e i e n V a l d e L a s a

A

V i o l a n t e -vi b e i r a d e u n r i o

que se atr ibu íu á Camoes; e logo apar ece

Pe dr o V á sq ues de N eira i solado cu ltor do

decaído romance g al le go facendo com posi

c iones coma o son eto que s ig ue á morte de

M argar ida de A us tr ia , que pode compet ir

c'os m il lor es que baja na l in gu a de C astela:



RESUME DA HISTORIA DE ÜALÍüIA

J l E S P I C E

FlN

EM

M j r t e c r u e l , e s a t r a i d o r a s a ñ a

D o r o u b a r e d e a n c a t o a h u m a n a v i d a

¿ C o n q u e o l i o s a p o d e c h e v e r e o m p r i d a

N a S a n t a R e i n a q u e h o x o p e r d e H e s p a ñ a ?

D ' a q u e l r a n o o r q u e t e c a r c o m e o l a ñ a

C h e t i n a a m a n p a r a m a t a r e r g u i d a

¿ N o n do r a s no ut r a pa r t e e s a f e r i da

O n d e n o n fo r a a l á s t i m a t a m a ñ a ?

N o n s e t o r c e r a a q u e l f a t a l c o s t u m e ,

E a l e i que igu a la do mor ror n a sor te

O s a l t o s R e i s c ' o s b a i x o s l a b r a d o r e s

Terr ib le , en f in , o t eu poder , oh morte ,

P o i s d i a n t e d e t í R e i s e s e ñ o r e s ,

S o n n é b o a , s o m b r a , p o o , s o n v e n t o e f u m o .

P a s a n a n o s e r e a p a r e c e ú n i s t a n t e a m u

s a g a l l e g a d e s e n t e r r a d a p o r J o a n T o r r a d o ,

po l-o P . Sa rm en tó e po l-o cu ra de F r u í m e

D .

F ranc i s co Cernadas de Cas t ro . O s egún- . .

do, na sc id o en 16 95 . e finado en 17 72 , foi

t an sab io como amante de Gal ic ia , e t en for -

mosas e fác i l es p roduc ios . Cernadas de Cas

t r o nasc eu en Sa nt ia go en 1698 e m or re u en

F r u im e en 17 77 , fo i ver s if icador fecundo e

u n pa la d ín de G al ic ia á que defend ía dos



L I B R O C U A R T O G 3

a ta qu es dos que sen a coñoceren a in j ur ia

ban .

M or tos es tos t r es va tes a l i r a g a l l eg a en -

m ude ceu de todo . A c en t r a l i zac ión , os a s u n

tos da pa t r i a g r ande f ac í an o e s quencé rens o

da pequeña pat r ia e que os seus f i l los mais

i l u s t r e s a r r e ne ga s en do s eu id ioma e e s c r i -

b i r en nou t ro que non e r a o d ' e l e s . Pe ro cbe -

ga a g u e r r a de 1808 e o e s p í r i t u ga l l e go

r e a g e d e u n h a m a n e i r a e s t u p e n d a . O p ob o

t ru n f a do e s t r au ge i ro o a mov ic ión iu t e l e i -

tua l como impulsada da f rebe fa i o t r aba l la -

reu os pre lo s , e ap are cen l ib ro s , jó rn ás e

follas sol tas . j a en ga l leg o so , ou ben bi l in

g ü e s .

E s t a r e n a s c e n c i a c b e g a b a s t a a s r e v o l t a s

d o r e i n a d o d e F e r n a n d o V I I e n q u e v o l v e

á se de sv ai r , e só por acaso, e de ta rd e en

t a rde , da mos t r a s de v ida .

Pas to r D ías , g r an poe t a cas t e l án ens a i a o

vers i f ica r en ga l le go e ou t ro l -o s ig ue n no

camino que emprenderá como V icenc io Tur

n e s . D . A lbe r to C am ino , e s c r ibe s en p r e t e n -

s iós a lgunbas composic iós que se f ixeron fa

mosas como A nal chorosa e O desconaolo;




D . L u i s C o r r a l e

D .

A n t o n i o C a s t r o c u l t i v a n

i g u a l m e n t e

o

pa t r i o i d ioma;

D .

F r a n c i s c o

A n ó n

fa ise popular c 'o A Pantasma e o Ma

gosto; D . J o a n M a n u e l P i n t o s e s c ri b e A

Gaita gallega; D . J os é G arc í a Mos quera f a i

unba t r aduc ión da oda» Louvores da vida do

campo (Beatus Ule, qui procul negotiis), d e

H orac io qu e igu a l a , s e non s upe ra , o o r ig i

n a l ;

D . F r a n c i s c o F e r n á n d e s A n c i l e s e D o n

A nton io San t i ago Somoza dan s o l t a á i n s p i

r a c ió n n a l i n g u a g e d o p a í s ; D . E d u a r d o

P o n d a l e s c r i b e a c e l e b r a d a

Cam pana d' An-

llons e os Queixiimes dos Pinos; D . R i c a r d o

P u e n t e B r a ñ a s e o d o c to r D . J o s é L o p e s d e

l a V eg a ve r s if ican en ga l l eg o ; Saco A rc e ,

p r o f u n d o h u m a n i s t a , fa i a p r e c i a b r e s t r a d u

c ios de cán t icos sag rad os ; M ira s reco l le Apó

logos;

P e r e s B a l l e s te r o s a d e q u i r e u n n o m e

o mesmo c 'os seus Versos Gallegos que co as

ve r s ió s pa ra f r á s t i ca s da B ib r i a ; po rque a

nos a l i t e r a tu r a r eag í a de novo e chega a t e r

u n h a c a n t o r a i n m o r t a l , D o ñ a R o s a l í a d e

Cas t ro , que , c 'os seus

Cantares

nos que t r a

du ce á m ara v i l l a a a lm a do pobo , e co as

Fo

llas Novas, mode lo de t e n ru ra e s en t im en to ,



L I B R O C U A R T O é'o

r e s u l t a o poe t a ga l l ego de ma i s pe r s ona l ida -

d e , e n c a r n a c i ó n g e n u i n a , c e r n a d a a l m a ,

e

v id a da poes ía ga l ic ia na , e que v a l e la so la

por t oda un l i a l i t e r a tu r a .

O u t ros va t e s i l u s t r e s , f ací an o v ib r a r e n

a s c o r d as d a l i r a g a l l e g a . V a l e n t í n L a m a s

C a r v a j a l c o a s s u a s Saudades, Espinas, follas

e frotes

e a

Musa das Aldeas,

q u e

ó

a su a

úl t i m a obra e t a l ves a m i l lo r ; B ie i to L o sa

da , poe t a na tu r i s t a c ' o s Soaces d" un vello) e

D . M a r c i a l V a l l a d a r e s , D . V i c t o r i a n o A b e n -

t e ,

D . J o s é M a r í a P o s a d a e D . J o s é B i e i t o

A m ado , con fác il es ve rsos , a lzán dose n o m e

d io d ' e le s o ce ' eb ra do C ur r os H en r iqu eS j

d ig n o he rd e i ro do ce t ro de R osa l ía , que c 'os

Aires da miña térra e o Divino Saínete c o n

q u i s t a u n n o m e i m p e r e c e d e i r o . D . A u r e l i a :

n o J . P e r e i r a e n Cousas da Aldea fai un

pa no ram a an im ado da v i da e cos tumes do

c a m p o ; A l b e r t e G a r c í a F e r r e i r o , v e r s i f i c a

dor fecundo , escr ibe YoIvoretas, Chorimas e

Follas de papel, e en sai a o es t i lo épico n a

Lenda de groria qu e pod e se ja a m i l lor d a s

su as compo s ic iós. M ar t íne z Gonzá lez , a i nd a

qu e non na do en G al ic ia , poe t iza n o noso

9



(56 R E S U M E D A H I S T O R I A D E G A L I C I A

id iom a e am ós t r ase za ng a l e f ác il no s Poe

mas gallegos e n a Fiada. D . J o a n B a r c i a

Ca ba l l e ro o m e lancón ico au to r de Rimas

ten unha obra oifcima,

O Arco da Vello-,

que

ó unha jo i a e de inos t r a , ademái s da i n s p i r a

c ión do au to r , o per fe ito coñe c im ien to do

i d i o m a . D . A n d r é s M u r u a i s s o b r e s a e n o g é

n e r o p ic a re sc o ; D . H e n r i q u e L a b a r t a P o s e

n o f e st iv o ; D . J e s ú s R o d r i g u e s L ó p e z t e n

aprec i ab res t r aba l lo s , coma o poema

Coasas

das mulleres, A malla e Pasaxeiras; D o n

E l a d i o R o d r i g u e s G o n z á le z a m ó s t r a s e b o n

e leg i aco ñas Folerpas; D . G a lo Sa l inas e s

c r i b e ¡x Leuda de llorrore; D . E v a r i s t o M a r

t elo P a u m a n d om ina o gén e ro s a t í r i co e ña s

Líricas gallegas

prob ou se ré , á m ais de in s -

p i r a d o , e l e g a n t í s i m o ; D . F l o r e n c i o V a a m o n -

de fa i o p r im e iro insaio do poem a épico c 'os

Galaicos e t r a d u c e a s Odas d e A n a c r e o n t e .

O d i s c r e to D . M an ue l N úñ es G onzú les pu -

b r i c a

Salaios;

D . A m a d o r M o n t e n e g r o e s

c r i b e

Fábulas e epigramas

e o l ib ro

Muxc-

ñas; D . M a n u e l L u g r i s F r e i r é a s Soldadas;

D . H e r a c r i o P e r e s P r a c c r a Vcndima e ou-

t ros l i ndos t r aba l lo s ; D oña F i lomena D a to a



LIBRO

CUARTO

67

bel la p roduc ión Folíalos;

D.

E u g e n i o O a r r é

a s e l e g a n t í s i m a s Brétemas e Rayólas.

A d e m á i s dos poe t a s a n t e 3 c i t ad os , hou bo

ou t ros

que

pub r i ca ron t r aba l lo s d inos

de e s

t i m a

en

jo r n á s , r e v i s t a s

e

a i n d a

en

l i b r o s ;

e

os nomes

do

conde

de San

J o a n ,

D.

U r b a n o

G o n z á l e s V á r e l a ,

o

m a r q u é s

de

F i g u e i r o a ,

D . Sa lvador G o lpe , D. C a s to r E l i c e s , Don

L i s a r d o B a r r e í r o , G a r c í a de O l l o q u i , D. Ra

m ó n B a r r o s S i v e l o , L a g o G o n z á l e s ,

D. Ra

miro G ayos o ,

D.

A l fr ed o B r a ñ a s ,

D.

G u i

l l e rmo D iaz ,

D.

A n t o n io

e D.

F r a n c i s c o

de

l a I g l e s i a ,

D.

M a n u e l P a r d o

do

A n d r a d e ,

G a r c í a A c u ñ a , D. R. P e s q u e i r a C r e s p o , don

E m i l i o

A.

V i l l e l g a ,

D.

M a n u e l L e i r a s ,

don

R o g e l i o C i v e i r a ,

D.

Ces á reo Lo pes P iñ a l»

D .

A u r e l i o R i b a l t a ,

D.

L u i s G o n z á l e s

Lo

pes ,

D.

J u l i o R o d r i g u e s N e i r a ,

D.

Rafae l -

C a s t a ñ e d o ,

D.

V icenc io M .

a

F e i x o o ,

Noó Vi -

la (D. Avelino Barbeifco) , D. J u a n C u v e i ro

P i ñ o , D . A v e l in o

Chas, D.

R o g el io Lois ,£

D . M a n u e l L o i s V á z q u e z , N o r i e g a V á r e l a ,

D .

M a n u e l A m o r M e i l á n , M a r c o s S a n t o s

Nuiles

S a r m e n t ó , D. Á n g e l V á z q u e s T a b o a -

d a ,

Di

S a l v a d o r C a b ez a L e ó n ,

D,

M a n u e l




Cornel ias ,

D .

J o s é

A lgu e r o ,

D .

L u i s

R .

Seoane ,

e

de

ou t r o s

m a i s ,

non

poden

q u e d a r

e squon -

cidos e n t r e os aman t e s das l e t r a s ga l l e g a s .

Os

esc r i t o r es

cas t e l l ana

dos

t empos

dos

Fe l i p e s qu ixe ron l eva l -o noso i d ioma ao t e a -

t r o non sabemos , se ben a d i v i n amo s , c onqu e

fin,

e

en

moi tas

comed ias

d a s

qu e

e s c r i b i r on

aque l e s i n g en i o s apa r ecen escenas en g a l l e -

go;

podendo

c i t a r ,

e n t r e

e l a s ,

os

da Lindona

de

Galicia de Mon t a l v a n .

D os i n t e n t o s dos d r am a t u r g o s de Cas t e l a

na s c eu q u i z a r e s no s poe tas do noso pa í s , se

b en

con

ou t r a

i dea ,

o

pone r en

de

moda

t a l

oos tume

e

d a l i í

sa íu

o

j u g u e t e

cómico

O

Preito

do

Gallego ( b i l i n güe ) ; e logo f anse

ensa ios de l eva l - a поза fala ao t e a t r o con

i n t e i r a sepa rac ión do c a s t e l l a n . D . F r a n c i s -

co M .

a

de la I g l e s i a esc r ibe o d r am a en

dou s

a i tós

A

Fonte

do

Xaramento

qu e

é

r e -

p r e s en t ado

con

eis i to

n a

soc i edade

«L i ceo

B r i g a n t i n o » da Gruñ a en 1872; D . R a m ó n

A r m a d a Te i x e i r o , esc r ibe Non mais enmi

gración que se r e p r e s en t a en 1886 no t e a t r o

Tacón da H a b a n a , e D . Roge l i o C i v e i r a A

Orfa

de

San

Lourenzo

que

so

r e p r e s e n t a

en



L I B R O C U A R T O , S 9

Bos Aires ; Veu logo a lus A Torre de Peito

Bárdelo de D . G a lo S a l in as , p r em iado no

cerbáme da C ru ñ a en 189 0 , e es t re na do en

B e t a n z o s ;

¡Filia

do mes tno au tor , p remiado

e n P o n t e v e d r a , r e p r e s e n t a d o e n B o s A i r e s ;

o s a íne t e Peruxo da Canéela do señ or Cao ,

pos to en escena na m esma c id ad e , e A Gos-

tureira d' Aldea, comed ia n u n a i t o de M a

n u e l L u g r i s , a r r e p r e s e n t a d a n a s o c ie d a d e

« A i r e s d a m i ñ a t é r r a » d a H a b a n a , e

Pedro

Madruga, d r a m a n u n a i to p o r D . J o a n C u -

v e i r o

P i n o l ,

pubr icado en 1897 .

O u t r o s t r a b a l l o s d e

6 3 t e

gén e ro foron t a -

món p rem iados en púb r i co concur s o , ( q u e

den de que s e ce l eb ra ron na C ru ñ a en 1861

p o r i n i c i a t i v a d e D . J o s é P a s c u a l L ó p e z

Cor tón os

pri ineíro3

J ó g o s d o r a o s, o u t r a s

pobrac iós segui ron o co j tu ine ou ben de

ab r i r en ce r t ám es l i t e r a r ios ) pe ro como no n

s e a r r e p r e s e n t a r o n n e n p u b r i c a r o n , n o n p o

dem os fa l ar d 'e le s .

A l i t e r a t u r a g a l l e g a e n p r o s a e m e n o s r i

ca qu e en ve r s o , e o m a i s an t ig u o t r a b a l lo

con que conta é tal ves a t radución, da Cró

nica Troijana de B ie i to de S a in t M a u r , f ei -



7 0 RESU ME DA HISTORIA DE GALICIA

t a no sácu lo X I V por un capolan da casa de

A n d r a d e . E s t a t r a d u c i ó n e s t a s e i m p r e n t a n -

d o n a G r u ñ a p o r D . A n d r é s M a r t í n e z S a l a -

za r , e l e v ar á como pró logo nn «E s tu d io do

or ige do rom ance ga l lego» por D . M an ue l

R o d r i g u e s e R o d r i g u e s . S i g u e n á e s ta a

Historia de Iría d e J o a n R o d r i g u e s d e

P a d r ó n e a Historia Iriense d e R u i V á s -

ques que e s c r ib iron no s ácu lo X V . V en de s -

pois a t r ad uc ión do Códice de

Ga l Í3to

I I na

m e s m a c e n t u r i a e, p r o b a b r e i n e n t e n o X V I ,

a

Historia gótica

ou cronicón apócrifo de

D .

S e rvan do ; e den des d ' aque l t en ipo so P a -

b r o M e n d o z a do s R í o s n o s ác u lo X V I I I c u l

t i va a p ros a ga l l aga .

N o p res en te apa recen á r a í s da gue r r a de

1808 as Proezas de Galicia d e F e r n a n d o s

N e i r a , a lgun l ios j o m a s e a r t i g os ou fol la s

sol tas como ja d ixem os oía is a t rá s ; e pa sad o

aquel f e rvon l i t e ra r io a p rosa en l ib ros que

da e s q uen c ida l i a s t r a o s t empes p r e s en te s ,

en que aparece Gallegada' de L a m a s C a r v a

j a l , As Romanas, d e P ó r t e l a P e r e s , Gontos,

leudas e tradidos d e P r a c e r e a l g ú n o u t r o

tr a b a l l o ; e d ar ía a in d a m eno s raostras do v. j-



LIBRO CUARTO 71

da se o in fa t ig a b 'e e i lus t rad o escr i to r don

A n d r é s M a r t í n e z S a l a z a r , á q u e n t a n t o d e

be Gal ic ia , non fundase a Biblioteca Galle

ga, N e s t a . v i ró n a l u s os p r im e i ro s Coritos

da terrina, d e l í e r a c i i o P e r e s P r a c e r : . á Te-

cedeira de Bonaval,

en t r e t i da nov e la do s a

b io h i s to r i ad or e a rqueó logo D . A n to n io

L o p e s F e r r e i r o , e Pe das Burgas de D on

F r a n c i s c o A l v a r e s d e N o v o a .

Por s epa rado pubr iuá rus e a l i nda nove la

Fcrruxc de D . A ure l io R iv a l ta e O Gástelo

de Pambre

do c i tado s eñor F e r r e i ro .

Vose pois qu e o nú m ero de l ib ros en p ro

s a ga l l e ga é beu pcquono ; pe ro h a i b as t a n

te s t raballo.?, se ben de m eno s m on ta , n a

r e v i s t a Galicia fun dad a por D . Au to i l io de

la Ig le s ia e na que c 'o mesmo nom e p u b r i -

cou m a i s t a rdo M ar t ín ez üa l aza r ; na

Uns-

tración Ga llega c Asturiana, e n o u t r a a r e

v i s t a s onde ap a re cen a s U r inas de D . M a r

c i a l V a l l a da res , D oñ a Ro s a l í a do C as t ro ,

D . A n ton io o D . F r an c i s c o -de la Ig l e s i a ,

D .

F r a n c i s c o R o m e r o B l a n c o , D . J e s ú s R o

d r í g u e z L ó p e z , D . F l o r e n c i o V a a m o n d e , D o n

J u l i o Bó te lo , D , M anu e l A m or M ei l án , D on



7 2

R E S U M E D A H I S T O R I A D E G A L I C I A

G a l o S a l i n a s , D . E u g e n i o C a r r o , D . M a n u e l

L u g r i s , D . E v a r i s t o M a r t e l o , D . A l f r e d o

B r a ñ a s , D. M a n u e l B a n e t , D . F o r t u n a t o

Cruces , D . Marc i a l de l a I g l e s i a e de ou t ros "

va r ios .



ITOT S



N O T A S

L I B R O P R I M E 1 R 0

P á g . 1 1 . L i ñ . i. Castros. U n s a u t o r e s a t r i -

bu en os ca s t ro s aos ce l tas e o ut ro s aos ro-

m aos .

B a r r o s S ive lo d i q u e «son mo i tas e

i r r e c u s a b r e l - a s p r o b a s q u e a t o p a m o s n e s t e s

m oim en tos pa ra non os confund i r na s ua

t raza c 'os san tuar ios cé l t i cos e que nos au to

r iza n p a ra os de cr ar a r con toda segu r idac le

coma l iñas de for t i f i cac ión debidas ao s i s te

m a de defensa rom a. E n tod a l -as com arcas

de G al ic ia pódese ve l -o m esmo pr an ; pe ro

onde es tá mais fác i l de e i saminar

ó

ña s M a -



7 6 R E S U M E D A HISTORIA D E G A L I C I A

r i ñ as de Be tanzos , cu i a s l i ñas s im ul t á ne as

a r r incan dende da cos t a á t é r r a aden t ro ,

av i s tándose en t re s i en l iñas esca loadas .

As í vemos naque la par te o de Oza e n ia i l -o

d ' A lve dr o , p re to da C ru ña , a com binac ión

c 'o s de Cambre , San F i s , O r to , C ines , Es pe -

nu ca e G u í s am o , que f ech an en l i ña concén

t r i c a sob or da reg ión do E u m e c 'os de S an

M a r t i ñ o do P or to , M ega lo fes e P e n e en r e "

lac ión c 'os qu e s im ul ta ne an os m on tes da

Cá pela e Ca pe lad a , L as t ra se enc ad ear c 'os

d a p r o v i n c i a d e L u g o p o l- a b a n d a d a s P o n -

t e s de G arc í a Rodr igues . »

«O ge i to é ig u a l en tod a l -as reg ios de G a

licia.»

« A

c i r cu ns t a nc i a de a top a ren s e m oi t a s

veces nos desm ontes qu e ne les se fan , m oe-

da s e ou jetos p er ten ece ntes ao m un do rom ao,

abondan para jus t i f i ca r unha época pos te r io r

á dos cel tas á qu6 qu ere n a jus ta los d i tos

escr i tores .»

O s e ñ o r B a r r o s ó u n h a a u t o r i d a d e n e s t e

as un to e os seu s t r ab a l lo s son de un m ér i to

tan jus to como recoñecido. Con todo, es tamos

conformes co é l som ente en p ar te , po i s c u r



N D t A S

11

dam os , e s cudados en h i s to r i ad ore s an t ig os

e ou t ras c i r cu s ta nc ias qu e , os C as t ros , fo -

ron , no s eu o r ige , v iv e n d as ou ab r ig os dos

cel tas que, despois , os romaos acomodaron ao

seu s i s tem a de defensa con ve r t indo os en

puntos for t i f i cados e d i s f igurándoos bas tan te

cando a s neces idades ou va r i ac iós da s ua a r

t e gue r r e i r a daban pa ra e lo r azoado mot ivo .

P á g . 1 4 . L i ñ . 1 7 . hambre. E s t a v i l a ou

cid ad e qu e ta n to figurou no tem po da co n

qu i s t a rom a , e s t ab a s i t u ad a á be i r a do r í o

L a m b r e . D ' e l a h a i r u i n a s n a p a r r o q u i a d '

A m b r o a , p a r t i d o d e B e t a n z o s .

P á g . 1 5 . L i ñ . 1 5 .

Monte Medulio.

«Cal

e r a a s i t uac ión do Monte Medu l io? (d i Mar

i is d e P a d i n n a ana Historia política, religio

sa, e descritiva de Galicia). M oi tos e s c r i t o

res españó s ocu páron se en desp e ja l -a e cor

ta m en te no n f ixeron m ais qu e con fund i l -a ,

po l -o que nos desen tenderemos de todos e les .

Cu idamos que o mon te Medu l io é o chamado

Medelo, coma u n h a l egoa d ' O ure ns . T e n



7 8 R E S U M E D A H I S T O R I A D E G A L I C I A

P á g . 1 6 . L i ñ . 2 2 . Virgundo. A cida de de

V i r g u n d o c h a m a d a ta m ó n T r e u g a , T r e u -

g u e u sa e T r i g u n d o , f ijan-a mo i tos en Be r re o ;

p e r o G á n d a r a n a s u a

Historia ecresiástica

de Galicia r e d u c e a á B e r g o n d o e d i t e r m i

nan temen te que «es t á p r e to da c idade de Be-

tanzos nun lugar mui de le i toso e fé r t i l que

l a rg ue za d ' abondo pa ra que n e l pu idé ras e

refugia r , a rn u l t i tud e de ga l le go s q ue d i

Pau lo O ros io que ne l s e gua rece ron .

Conten

es t e d i l a t ado mon te moi t a s f eg res í a s , e cada

p a r t e d 'ó l l eva s eu ñam e p a r t i c u l a r , a i nd a

que á todo se l ie da o nome general de Me-

delo, con mui pouca a l t e rac ión do de Medu-

lio. A d i á r o n s e n e s te m o n t e a l g u n h a s e s t a

tu a s e asen tos d ' es teos con i se r ic iós ro m a s

que ade m os t r an o t e r s e a r r em a tad o a l í a

g u e r r a dos ga l leg os : ade m áis , os nom es de

Roma e ou t ros que se a topan ás inmediac iós

do monte , mani fes tán que es te fo i o ce lebra

do M edu l io , e qu e a lg ú s so ldados rom aos e i -

bados na campaña funda ron e s t a s poboac iós

e dé ron l l e s ó que l evan . »



N O T A S 7 9

ca i s obor d ' aque l a s r í a s do mar b r i t án i co ou

gá l ico ond e hou bo u n con ve nto da orde de

San B ie i to . s

B e r g o n d o a p a r e c e c 'o n o m e d e V r e g o n d o

en

p a p e s

d o s éc u lo X V I .




. P á g . 2 4 . L i ñ . 1 .

a

Govadonga. Se dam os

creto aos Crónicos e Nobiliarios, a jud aron á

Pa io á gana re e s t a f amos a ba t a l l a Lupo Ca l

vo,

señ or do va l le de Le ino s , c 'os seu s ho -

m e s d ' a r m a s ; o co n d e S o n a F e r n á n d e s d e

Tem es , seño r da s m ar in as de B etan zo s c 'os

seus bornes d ' a rm as ; o ca p i tán Su ni f re do

P e r n á n d e s , i r m a o d o d ito ; R o d e ri c o F e r n á n -

des d 'U l loa ; G onza lvo N úñes V a la r i co ; G us -

mán , s eñor de G ondomar , e cap i t án da gen

te de T u i , co es ta e os seu s bornes d 'ar m as ;

G a r c i L o p e s S a r m e n t ó , s e ñ o r d e B r e t o n a ;

G a r c i P e r n á n d e s d e T e m e s q u e m o r r e u n a

ba t a l l a ; So r r é s P e rn á n d e s de Sou tom or de

Sa av ed ra co a s t r op as de L ug o ; Sa nch o d e

Si lva , seño r d ' E n t r e D ou ro e M iño , con

n



8 2 R E S U M E D A H I S T O R I A D E G A L I 6 I A .

ge n t e d ' aqu e l a t é r r a ; G o t i e r de S i lv a , s eu

- i rmao; Sancho de Sandoval c 'oa seus homes

d ' a r m a s ; S a n c h o d o V a l ; F e r n a n d o d e T e

m es ;

G o n z a lo M u ñ í s d e V a l l a d a r e s ; G a r c i

F e r n a n d e s d ' H e s p a ñ a , se n i rm a o E o d r i g o

A ne s do Cam ino e s eu pa i A ta u l ío d '' H e s

p a ñ a ; F r a v o F e r r a n d e s d e C a s t r o , s e ñ o r d e

Pro en za , cuñ ado de P a io e s eu i rm ao L op e

de Lem os ; San cho D ia s d e Caa m año , s eñor

de N oia; os b ispo s d ' O u re n s e d ' I r ia ; o

c o n d e J a n O s o rio , s e ñ o r d e B a b i a e B u i r o n ,

e o u t r o s p e r s o n a g e s g a l l e g o s .

P á g . 2 4 . L i ñ . 1 3 . Tributo de cen doncelas.

A m or te de D . S i lo en 7 8 3 , despois d 'u n

r e i n a d o d e n o v e a n o s , a s u a v i u d a A d o s i n -

da e os nobres ga l l egos e a s tu r i anos p roc ra -

m ar on re i á D . Afonso I I o Cas to; pero

M au re ga to , filio bas t a rdo de F ru e l a e de

u n h a e s c r a va m oura , aus i l i ado po l -o em i r

d e Có rdoba , ocupou o t ron o de G al ic ia o

mes mo ano , ob r igan do ao r e i l eg í t imo a ru

g i r á Á l a v a . E m p e r o A b d - e l - R a m a n n o n

pr es tab a o seu apoio sen t i r a r d ' é l o m i l lo r



N O T A S

par t ido que pu idese po l -o que in ipuxo á

M a u r e g a t o a o b r i g a d e li e e n t r e g a r c a d a

ano , en conce ito de t r i b u to , cen do nc e l a s c r i s

t i a n a s , c i n c u e n t a n o b r e s e c i n c u e n t a p r e -

beas ; f e u d o t a n i r r i t a n t e q u e a i n d a q u e p a

rece ío i to lerado pol-os re is , esc i tou o sent i -

nien to do pobo cad a ve s m ais e non ta rd ó n

en t raduci rese en fe i tos a sua opos ic ión á é l

has t r a s acod i r po r compre to e s t e ve rgoños o

v a s a l a g e .

Coupo es t a g lo r i a á cas a de F ig u e i ro a , un

d e c a l e s i n d i v i d u o s e s t a b a n a m o r a d o d e

u n h a dam a co l li da no od ioso t r i b u to , a qu e

fo i l ev ad a á u n h a to r r e ch am ad a de

Peito

Formóse- e t amén do Peito do Barde que

a i n d a e i s i s t í a en sácu los pasado s n a feg res ía

de Sa rand ós , ac tua l conce llo d ' A be go nd o .

Naquela - for ta leza rec ib i ron os mouros á mo

za a s í coma ás s uas compañe i r a s de cau t ive

r i o , no m ed io da s que s ' a top aba n du as i r -

m ás do seu nov io , pero es te , sabe do r do fe i -

t o , conv ocan do á ou t ros ca t ro i rm aos seus e

ou t ro s de ud os e am igo s , sa í u á t e r l l e l -o pe

aos sa r rac eos á un h a legoa d ' aqu e l s i t io

c a n d o e s t e s c a m i n a b a n p a r a B e t a n z o s

á

en i -



Si RESUME DA HISTORIA DE OA tlCIA

ba rca l -a su a pre sa e acom etendoos va le ro sa

m en te n u n campo cbeo de f igue i ras , f e i t as

añ icos as a rmas de t an to fe r i r , esgazaron po

las d ' a qu e la s a rbórea e co e las m ata ro n á

inoi tos e fixeron fu gi l -o res to re sc at an d o as

be l las cau t ivas e co l lendo aos mafometas r i

cos despojos . E n lem bra nz a d ' es ta fazaña ,

os c inco i rmaos tomaron por amias c inco fo

l l as verdes de f igue i ra sobre d ' ouro , e cha

m á r o n s e d e n d e d a q u e l a

Figueiroa,

do nom e

da árb or e con ca les polos • a l c a n z a r a n a V i

to r ia .

Su ced eu es te famoso fe ito o pr im ei ro de

M aio de 79 1 . C ha m áb an s e os c inco hé ro es

P e d r o , S a n c h o , F e r n a n d o , S u e r o e A f o n s o ,

E ra n filloa do ge ne ra l F e r n a n d o Pe re s e de

doña Mar í a Sánches d 'U l loa , e ne tos do con

d e S o n a F e r n á n d e s d e T e m e s , e d e d o ñ a J o a -

n a F e r n á n d e s j r m á n d o r e i A f o ns o. A s i r -

m ás dos hé ro es , r e s c a t ad as po l -os s eus i r

m a o s n o c am p o d a s F i g u e i r a s , c h a m á b a n s e

M e m o r a n a e S a n c h a .

I s t o nos re f iren os h i s to r iad ore s , que a ín

d a q u e a l g ú s v a r í a n ñ a s c i r c u s t a n c i a s , e s

tá n conformes n a su s ta nc ia resp e i to do fe i -



N O T A S 8 5

to .

P e r o r e f e r e n t e a o t r i b u t o n é g a n - o m o i

:

-

tos, fundad os no s i lenc io dos c ron i s t a s á r a

bes e no u t ro s a r gu m en to s s ó lidos d 'abondo-

N efec to , pa r ece non t e r apa reuc i a de ve rda -

de que c inc ue n ta f am i l ia s nob res con s en t i -

sen cada ano o a r r in c á re n l le s as su as filias

ou i rmá s s en p r e f e r i r an t e s a m or t e . A d e

m á is ¿para qué qu er í a o re i de Córdoba cen

m u l l e r e s c r i s t i a n a s t e n d o t a n t a s n o s s e u s e s

tad os? Os au tore s á ra b es , como acabam os de

dic i r , non fa lan d 'es te suceso, qu e, á ser ve r -

d a d e i r o , b o n c u i d a d o t e r í a n d e o p u b r i c a r

po i s l i e s r epor t aba pa ra a s ua nac ión g lo r i a ,

ho nra e p ro ve i to . O s c r i s t i ano s d e da qu e la

tampouco d in nada e só ca t ro sácu los despois

o a r ceb i s po D . Rodr igo f a l a d ' e s t a con t r ibu

c i ó n d e s a n g u e s e n a l e g a r p r o b a a l g u a h a n o

seu apoio . T am én se deb e t e r p res en te que

es te p re lad o e ra m u i dado á c reer toda e ras

de p a t r a ñ a s e é f ác il q ue t om as e po r ve rd ad e

a l g u n h a c o n s e ll a o u h i s t o r i a d ' a l g u n l ib r o

de cab a l l e r í a , ca índo n u n e r r o en que c a í -

ron moi tos h i s to r i adores . Tampouco f a l t a a l

g ú n q u e d i g a q u e M a u r e g a t o p e r m i t í u o

m a t r i m o n i o d a s m u l l e r e s c r i s t i a n a s o ' o s m o u -



S 6 R E S U M E D A H I S T O R I A D E G A L I C I A

ro s e qu e d 'eso na sce u a fábu la . P o d e pol-o

t an to c r é r s e que , o t r i b u t o d as cen d onc e l a s

)

e i s i st í u ú n i c a m e n t e n a i m a g i n a c i ó n d e

D . R o d r i g o e n a do v u l g o i n o r a n t e d ' a q u e -

la idade de fe r ro .

P á g . 2 4 . L i ñ . 2 0 . Batalla do Cam po das

Figueiras. S 'ó fácil o ref uta l -o t r ib u to d a s

cen doneelas , non pasa o mesmo co a bata l la

d o C a m p o d a s P i g u e i r a s . O s h i s t o r i a d o r e s

es tán conformes no fe i to . Es te combate onde

u n pequeñ o f ato de c r i s t i anos ven ceu , de s -

po i s de u n h a lo i t a b r a v a e de s igu a l , un n i í -

m ero de m ou ros m oi to m aior , de be u ser é

u n h a s o rp res a . V as co da P o n te a s í o da á

- . en t ende r . «E ao t empo quechega ron os mou

ro s , d i , e rg uó ron se as ce lad as e co r tá ron l le - .

l as cabezas .» Pode c reer se que os mouros na

s u a íu g id a de ixas e n caba los , e l e f an t e s , a r

m a s e b a g a g e s e que r ecobras en a s ua l i be r -

t ad e os hom es , m u l l e r e s e nenos qu ee l e s ca u

t i v ab an po r onde pa s ab an , e qu e c 'o e s t a

g en te se a top ase n as du as filias d e E e rn a n

P e r e s ,

e as d 'ou t ros ca ba le i ro s ; de cal rosca-



8 7

t e ,

cer to ou non , po ida dar que vena a bouga

do t r i bu to .

R e s p e i t o d o l u g a r o n d e e s t a b a

o

campo

d a s F i g u e i r a s , t e a t r o d a b a t a l l a , v a r í a n o s

a u t o r e s . O d e u n b a Historia anónim a de

Betanzos d i : «C ontan qu e es ta b a ta l l a fo i

da da en C ach ina s ao pé da cas a de G on zá -

les e de D . Manoel de Cas t ro , s i t io chamado

a i n d a Valdoncel, po r ser á on de os mo uro s

v iñ an á bu s ca l - a s cen donce l a s , p a r a o qu e

t i ñ a n a l í a s s u a s n a v e s a p a r e l l a d a s o u g a l e

ras e a inda a l í ce rca o

j

un ga l chá m as e da s

ga l e r a s . »

Out ros a f i rman que o com bate foi á u n h a

l egoa da t o r r e Pe i to Burde lo e e s t e é o fun

da m en to de m oi tos p a ra fija l-o s i t io en S an

M i g u e l d e F i g u e i r o a . A c i ta d a Historia de

Betanzos, a d i t a : «Peito Bórdelo, d i n a l g ú s ,

e r a a t o r r e de F i gu e i r oa ; pe ro con m a i s r a

zón cu ido se ja u n h a to r re da qu e a in da se

co nse rva n ve s t ig ios da su a for ta leza na fe-

g re s í a de S a ra nd ón s , a qu e t i n a o m es mo

nom e e in da o lu g a r onde se a topa Peito

Bórdelo.»

N u n cu r ios o m anu s c r i t o , anón im o , qu e



S S R E S U M E D A H I S T O R I A D E G A L I C I A

chegó u à s nos as maos r ep í t e s e v a r i a s veceà

q u e «o v e r d a d e i r o c a m p o d a s F i g u e i r a s e o

p r i m i t i v o s o l a r d o s P i g u e i r o a s n o n e s t á n a

a ldea d ' e s t e nom e , s enon na de A rm u ñ o

( f eg res i a de Lubre , conce l lo de Bergondo) . »

Sobre d ' es to pódese ve l -a nosa Historia de

Betanzos.



L I B R O C U A R T O

P á g . 5 7 . L i ñ . 1 3 .

Pato Gómez Charino,

señor de Ria n jo . E s t e i lu s t re t rov ad or fei

a lmi r an t e de Cas t e l a e s e rv í a moi to aos

r e i s Pe rnando I I I o San to e A fons o X o Sa

bio. «Gauou -Sevilla sendo de mouros» d i

a inscr ic ión do seu sep ulc ro n a i rex a de S an

Fra nc i s co de P on tev ed ra , na cal v i l a nace u

e m q r r e u . A s i g u e n t e barcarola qu e de l i n

ser tamos dará idea do seu es t i lo poét ico:

As f roles do meu amigo

B r ios as van no na v io

E van-se as f roles

D '

aquí ben con meus ameres



R E S U M E D A . H I S T O R I A D E G A L I C I A

A s i ro r es do m eü am ado

Br ios as van en o ba rco :

E v a n -s e as f rores

D ' aqu í ben con meus amores

B r i o s a s v a n n o n a v i o

P a r a c h e g a r a o f e r i d o ,

E van-se as f rores

D ' aqu i ben con meus amores

Br ios as van en o ba rco

Pera chega r ao fos s ado

E va n- se as f rores

D '

aqu í ben con meus amores

Pera chega r ao f e r ido

E

se rv i r mi corpo ve l ido ;

E v a n -s e as f rores

D '

aqu í ben con meus amores

Pera chega r ao fos s ado

E servi r mi corpo loado;

E van-se as f rores

D aqu í ben con meus amores



Ñ O Í A S

P á g . 5 7 . L i ñ . 1 3 . Airas Núñes. E s t e t r o

v a d o r , c l é r i g o , d o m i n a b a o g é n e r o n a r r a t i v o -

V é jas e como na s ig ue n t e c an t ig a de s c r ibe

u n h a a v e n t u r a n o c t u r n a :

O m eu seño r ob i spo na Re do nd ela un d ía

D eno i t e coa g r an medo da des honra fug í a ;

Eu indo-m' aguysando por i r con e l mha v ía

A ch e i u n h a compa ña a s as b r ava e c ru a ,

Q ue me deceron logo de c ima da m ha ru ib a

A zém ela , e cá a r a l ev a r o n- na po r s ua .

E des que eu nac í ' a nunca en t r a r a en l i de ,

Pero j a fora cabo Valedol ide

Escol ta r doas mui tas que fezaron en Mol íde

E alí me lanzaron a mí n ?. : , catrua

A m á i s e s c u d e i r o s , g a g e s o C h u r r u c h a o ,

E t aaes s e rgen tos , ca non gen te de rúa .

A l í mes des bu l l a ron do t aba rdo e dos panos

E no houbero vergoña dos mis cábelos canos»

N e n m e d e r o n

p o r

e n d e g r a s n e n a b a n o s .

Le ixa ron-me qua l f uy nado no meyo de l a v í a

E un dona to t inoso que a de par es taba

O h a m a b ' a m i ñ a n a n a v e l l a í u d u d a d í a .



9 Í R E S U M E D A U t S T O Í U A D E G A L I C I A

P á g . 5 7 . L i ñ . 1 4 , Joan Zorro. P a r e c e q u e

es te t rovador fo i contemporáneo do re i Afon-

s o X I . T e n J i n d a s barcarolas. V e j a s e u n h a :

Pe la r ibe i ra do r ío sa l ido

. T r e b e l l e i , m a d r e , c on m e u a m i g o ;

A m o r

ey

migo

Que non ouvesse ;

F i z po r amigo

Que non iezese .

Pe l a r i be i r a do r í o l evado

Trebe l le i , madre , con meu amado;

A mor ey migo

Que non ouvesse ;

F i z po r amigo

Que non fezese.

P á g . 5 7 . L i ñ . 1 4 . Bemalde Bonaval. E s

t e t r o v a d o r e r a s a n t i a g u é s , d e B o n a v a l , d o

ca l lu g a r fa la ña s su as comp os ic iós. A con

t i n u a c i ó n i n s e r t a m o s u n h a :

Se vehes s ' o meu amigo a Bonava l e me v i s s e

V ede s como U 'eu d i r í a an t e qu e n r e u p a r t i s e :



t

O

í

S 08

Se vos fordes non ta rdedes

Tan muyto como soedes ;

D i r i a l l ' e u n o n t a r d e d e s

Amigo , como soedes .

D i r i a l l ' eu ; m ' am igo , s e vos a m i m u y t ' am ade s

F az ed e por m i a t an to q per boa v e n tu ra a jades


Tan muy to como s oedes ;


Amigo , como soedes .

Que leda que eu se r iase vehess ' e l f a la r migo ,

E ao p a r t i r da f a l a , d r í a - l l ' eu : m eu am igo


Tan muy to como s oedes ,


Amigo , como soedes . •

P á g . 5 9 . L i ñ . 8 . O gallego fai a entrada,

na corte. N on e r a n s o os caba l e i ros da p r i -

m e i r a nobreza os qu e t rova ban en ga l l eg o

senon os m esmos m on arc as . U n d ' es tes

A f o n s o I X d e L e ó n ( A f o n s o V I I I . p a d r e d e

S . F e rn an d o e abó de A fonso o Sab io ) t en

composic iós niui formosas sobresaíndo no



Ü i

BESUM E D A HISTORIA

Ü i

GALItí lA

g é n e ro s a t ír ic o . R e p r o d u c i m o s ' d ' é l u n b a

sá t i r a ou bur la cont ra da cobard ía .

O gene t e , po i s r eme te

Seu a l fa raz cor redor

E s t r e m e n t e s e e s m o r e c e

O coteyfe con pavor .

Vi eoteyfes orpelados

E s t a r m u y m a l e s p a n t a d o s ,

E g e n e t e s t r o s q u i a d o s ,

Cobr i an -uos a r edor ,

E granaos mal a f f i cados

P e r d í a n - n ' a c o l o r .

V i eo t ey fes de g r añón

En o meio do es t ío

Es t a r t r emendo s en f r í o

Ant ' os muros d ' Azamor ;

Ench ía - s e d ' e l e s o r í o

Q u e a u g u a d ' A l q u i v i r m a i o r.

Vi eu de eoteyfes azes

Caes s iquaces

Aves p iores cá rapazes ,

E ouve ran t a l pavor ,

Q u e os seu s pan os de race s

Torna ran d ' ou t r a co lo r .



9 5

Vi co teyfes con a rmiños

Coñecedores de v inos

Q ue r apos os dos m ar t iñ os

Q ue non t r az i an s e non

Sa i r en aos mes qu iños

E fezeron todo o peor.

Vi co teyfes e cochens

C o n m u y l o n g o s g r a ñ o e s

Que as barbas dos cabroes .

E o son do a tambor

O s d e i t a b a d o s a r c o e s

Ant ' Os pees do seu señor .

P á g . 5 9 . L i ñ . 8 . propio rei Sabio escri

be en gallego. V é jas e un f r a imen to de u n h a

d a s s u a s c a n t i g a s .

E por es to l ie demando

qu e He non u en na em en te

do qu e d iz a m aa g e n te

po rqu e soon do seu ba nd o ,

e t que ando

a loando

et por e la uou t robar ,




e t cu idando

e t bus cando

como a possa onrar .

Mas que l i es dé ga la rdoes

ben quaes e les merecen

porque me t an ma l g r adecen

meus can ta res e t meus soes ,

e t razoes

et tencoes

q u e po r el a vo u filiar;

ca feloes

. coracoes

m e u a n p o r e n d e m o s t r a r .

E a r a i a p i a da de

de como perd í meus d ias

ca r r e i r a s bus cand ' e u i a s

por da r aue r e t he rdade

i i u e r d a d ' e

l ea ldade

p e r r e n n u n c a p u d ' a c h a r

mais maldad ' e

fa l s idade

c o n q u e m e c u i d a n r n a t a r ,



N O T A S 97

Cuide i sob i r en a l t esa

Por cobra r ma io r e s t ado

E caín en ta l pobresa

Q ue moi ro des amparado ;

Con pe sa r e con dése jo

Que vos d i re i mal f adado

O que eu t eño ven o ve jo ,

P á g . 6 0 . L i ñ . é . Macias. F o i n a t u r a l d a

v i l a do P a d ró n e poe t a de m a i s m ér i t o que

o que l ie da n a l g u s c r í t i cos hespa ñó s qu e

din qu e ó ce leb rado m ais po l -o t r á g i co da

su a m or te qu e po l-o va lor da s su as po es ías .

R e p r o d u c i m o s u n h a d ' e s t a s .

C a t i v o d a m i ñ a t r i s t u r a

J a t odos p r enden e s pan to

E p r e g u n t a n : ¿ Q u é v e n t u r a

P o i q u e m e t o r m e n t a t a n t o ?

Mais non se i no mundo, amigo ,

Q u e m a i s d o m e u q u e b r a n t o

Diga des to que vos d igo :

Que eu ben se i nunca debia

Ao pensar que far sol ía .

1 3



9 8

" R E S U M E D A H I S T O R I A D E G A L I C I A

Cando o loco quer mais a l to

Sob i r , p r ende ma io r s a l t o .

P e r o q u e p r o v e s a n d e c e

P o r q u e m e d e v a p e s a r

Miña locura as í c resce

Q ue moi ro po r en t o rva r ;

P e r o m a i s n o n b a b e r e i

S inon ver e deso ja r

E por en as í d i re i :

Quen en caree soe v iber

Deseja en caree inorrer .

M i ñ a v e n t u r a e n d e m a n d a

M e p u x o á t a n d u d a d a

Q u e m e u c o r a z ó n m e m a n d a

Q ue s e j a s empre negada ;

P e r o m a i s n o n s a b e r á n

D e m i ñ a c o i t a l a s d r a d a

E por en a s í d i r án :

Can rab ioso é cousa brava

D o sen seño r s ' ó q u e t r a v a .



9 9

P á g . 6 0 . L i ñ . 2 2 . Vülasandino. D ' e s t e e

d 'ou t ros po e tas qu e non es tá p robad o fosea

ga l legos , ba i co inpos ic iós , be l l as

i'

ahondo ,

n o Cancioneiro de Baem e n o u t r a s c o le i-

c iós d e po es ía s .

I n s e r t a m o s a l g u n b a s :

D E V I L L A S A N D I N O

D es que de vos me pa r t í a ,

Lume des tes o l ios ineus ,

Po l - a f é que debo á D eus

J a m á i s p r a s e r n u n c a v i n .

T a n g r a v e s c u i t a s s u f r i n ,

Suf ro , a tendo s suf re r ,

Que pois non vos poso ver

Non sei que se ja de min.

Choran con g ran s oedade

Es tes meus o l ios ca t ivos ,

Mor tos s s on pe ro andan v ivos ,

E

m a n t e n d o l e a l d a d e ,

S e ñ o r a , g r a n c r u e l d a d e

P a r e d e s e n o l v i d a r

A quen non l i e p í a s mi r a r

S inon vos a g r an be ldado .



1 0 Ó R E S U M E D A H I S T O R I A D E G A L I C Í A

Meus o l io s andan mi r ando

N oi te e d ía á tod as p ar te s ,

B u s c a n d o p o r m u i t a s a r t e s

Como non moi ra penando;

Mai s meu co raeón pens ando

N o n l ie s qu e re da r p l a s e r

Por vos s empre obedece r

E les non ces s an chorando .

*

»

D E P E R O G O N Q A L E S D E M E N D O Z A

F R A I H E N T O

Por D eus , s eñora , non me ma tedes

Q u e e n m i ñ a m o r t e n o n g a n a r e d e s

Mui s in in f in ta e mui s in desden

V os ame i s empre ma i s que a ou t r a r en

E s i me ma tades po r vos que re r ben ,

¿A quén vos desama, que l i e f a redes?



401

D E G A R C I F É R N Á N D E S D E I E R E N A

Por l ea l se rv i r ¡ cu i tado

E u s e m p r e s e r v i r é

Son conquis to á sa lva fé

E á nior te condenado;

D e cu idado

J a m e n o n c o n v e n p a r t i r

Pois que non poso eneobr i r

Miñas coi tas ¡mal pecado

Por ende non ous s a r i a

Miña co i ta en deser

Q ue e l a ha t an g r a n pode r

Que me lo defender ía .

r

' ;

G ra n fo li a \ " .

M e ser á ce r to s in p ar . \ - .

E n c u i d a r c o n t r a c u i d a r

Por g r an ma l de mi s e r i a .

D o c u i d e i e n r i q u i n t a r

Foi ca t ivo en ipobrescer ,

V ivo e dese jo m or rer

Inda non ouso fa la r ,

O p e n s a r

E n t r o c a r



Í 0 2


Porque non poso por en

Miña g ran co i t a o lv ida r .

O mui a l to s in por que

M os t róum e por s i co n ten da ,

A t a l h e i m i ñ a v i v e n d a ,

Que non se i d ic i r ca l é ,

Ca pense i

En t rocar coma lea l

A n t e d e u d a p o r b e n m a l :

M i ñ a s c u i t a s n o n d i r e i .

•

D E D . P E D R O V E L E S D E G U E V A R A

F R A JUMENTO

Sancha Car r i l l o , s i vos o t a l an t e

E de casar , facede ora as í

Como me eu pague de vos e de mí ,

Sed vos s egura de s e r ben andan te ,

Q ue toda l - a s cous as de que me pague i

V os acha redes que eu a s cas e i

A n t e s q u e R e i n i n R e i n a n i I n f a n t e .

• i i i ¡



N 0 T A"S

D E P E D R O D E S A N T A F É

F R A I H E N T O

Pois por favor cer to se i

A todo home o mel lor ,

Por t an to , eu c r ida re i

¡Ay favor ¡Ay D eu s , f avo r

P á g . 6 1 . L i a . 1 3 . Alá en Monterei. R e

prod uc im os es te sone to , pa ra qu e se po ida

jus ga r do va lo r do mes mo.

A lá en Monte r e i , en V a l de Laca

A V io lan t e v i be i r a de un r í o ,

Tan fo rmos a en ve rdá , que 'quede i f r í o

D e ve r a lma inmor t a l en mor t a l maga :

D e u n al to e l in do copo a seda ' lac a

A Pas tora sacaba f ío á f ío ,

C ua nd o I la d is se :— m orr o, cor ta o f ío».—

— V ó l v e o , n o n c o r t a r e i , s e g u r o p a s s a . —

—¿"E como passarci , se eu acá quedo? —

Se pa s s a r , r e s po nd í , non vou s eg ur o ,

Que es te corpo sen a lma morra cedo .—

—Con a miña que l evas , t e a s eguro

Q u e n o n m o r r a s P a s t o r . — P a s t o r a e i m e d o ,

O q u e d a r m e p a r e c e m a i s s e g u r o . —

103




P á g . 6 2 . L i ñ . 1 7. Joan Torrado. D ' e s t e

poe t a con s é rvas e un Ro m an ce con m ot ivo

d a s F e s t a s M i n e r v a s á m e m o r i a d o A r c e b i s -

po de Sa nt iag o D . A lonso de F on seca o

G rande , que encomenza a s í :

Fala o corvo, escoi ten todos ,

Eu veno con a s as neg ras

Cor tando os ven tos de longo

Para chega r á e s t a s f e s t a s .

H o ge A po lo me to rno u

E n b r a n c a s a s n e g r a s p e n n a s

P a r a c a n t a r c om a o c i s n n e

A s g r a n d e z a s d e F o n s e c a .

Can ta r e i como s ouper

Po i s ve jo da miña a ldea

Cisnes que parecen corvos ,

Corvos que l i es asomel lan .

P á g . 6 3 . L i ñ . 4 . A centralización. A s n i a -

iores épocas do es pr en do r dos pobos ó c a n

do es tes s ' a topan l ib re s . G al ic ia non po dia

íur ta r se d ' es ta l e i b io lóg ica . E para que non

se nos t a c h e de pa rc i ás ve ja se o qu e u n



" N O T A S 105

i l u s t r e e s c r i t o r e s t r a ng e i ro , Teófilo B ra g a

di sobor d 'es to.

« . .. a Gralliza é a pr ov in cia m ais d u ra m e n

te su bm et id a á un ida de po l í t ica e m ais sa

c ri ficada pelo cen t r a l i s mo ad m in i s t r a t i vo ;

e l l a r e s i s t e pe l a s ua t r ad i cao ly r i ca , em que

cons e rva a s ua f e i cao e thn i cae e s s e e s p í r i t u

loca l a que chama- s o idade . . . A G ralliza s e -

g u íu a sor te da un i fi cac ión as tu ro- le on esa ,

pe rde nd o cada vez m ais os seus e lem entos

de c u l t u ra e de v id a na cion al ; A Grall iza ,

na r econ s t i tucao da s oc iedade ne o-g ó th i ca ,

era o foco da c ivi l icao pe ni ns ul ar ; aq u í v i -

nham os re i s comple ta r a sua educacao , e a

l i n gu a ga l l ega e r a p r e f e r ida p a ra a s com-

pos icoes poé t icas das Cór te3 em que se imi -

t av a a poesí a t r o ba lo r es ca , t áo de l i cada na

sua caus is t ica sent imental . A Gral l iza perde

a su a ex is te nc ia po l í t ica , e por ta l ac to ap a-

ga - s e s ua cu l tu r a . »

P á g . 6 3 . L í ñ . 20 .

Pastor Días.

E s t e i l u s

t r e escr i to r e insp i ra d í s im o poe ta , na sceu

en V ive i ro en 1812 e m or re u en L isbo a en



1ÓG RESUME DA HISTORIA DE GALICIA

P à g , 6 3 . L i n . 2 3 . Alberte Camino. E s t e

p o e t a n a s c e u n o E e r r o l o p r im e i ro de San

M a r t i n o de 1821 e finou en M ad r i o dous d e

N a d a l de 18 61 . J?o i u n dos pr ec urs or es da

renas cenc i a da poes i a ga l l ega , pe ro nunca s e

1 8 6 3 .

Eo i m in i s t ro e em ba ixad or e ocupou

ou t ros a l tos carg os po l í t icos . T iv o am is tad o

co g ra n d e poe t a V íc to r H u g o . V er si fi cou en

cas te lá , f r ancés e ga l lego . Nes te id ioma ten

unha p rec ios a Alborada qu e comenza as í :

¡ A i m i ñ a p e q u e n i ñ a

¡Qué ol ios buni tos tés ¡Qué br i ladores

¡Case sa l t a a a lma miña

¡E vendo os teus colores

Ver me parece todol -os amores

A g o r a q u e a a l b o r a d a

O s du lces paxa r iños j a can t a ron .

E de f resca orva l lada

Ñ as pe r l a s o s r am iños s e p in t a ro n ,

A g o r a , q u e d i v i n o s

Br i l a r án os t eus o l i o s c r i s t a l i nos



N O T A S 1 0 7

cu idou da im po r t anc i a qu e po de r í an t e l -os

seus versos : que imou cas i toda l -as suas

obras pouco an t e s de m or re r . D o n A nd ré s

Mar t inez Sa lazar r eco l léu de l as compos ic iós

q u e p u i d o e p u b r i c o u n a C r u ñ a , e n 1 8 9 6 , u n

l indo vo lume c 'o t i tu lo de

Alberto Cam ino.

Poesías gallegas. D ' e s t e t omamos a qu e s i

g u e :

L E X O S D É L A

¡Tevra, terrina

¡Terra, a miña

Meus amigos , t r i s t e e s tou ,

Moi t a s s oedades t eño

1

D a t é r r a que me c r iou :

¡Mal aja a sor te do deño

Que déla che me sacou , . .

Os que amor iño l i e t eedes

A o chan donde vos ro l a ron

E que lexos del vos veedes ,

Polos que en vos so af incaron

O rneu door medi redes .

Q uen nono s in t a d i r á :



R E S U M Í S Ú A H I S T O R I A C E G A L I C I A

E gar r ida ; e como ta l ,

Tenme todo apas ionado ;

P a g ó ,

po i s , ca l namorado ,

— ¿ P o r q u é t a m a ñ a t r i s t e z a ? . . .

¿Ñeras pobre a l i ?—¡E verdá . . .

—¡Po i s s i non pe rdes r i queza .

A que teer tal soedá?. . .

¿N on me l lo r aehes ?—Concedo

— ¿ Q u e n p r o t e g e r t e ala q u e i r a

T e e s ?

— D e n i n g u n h a m a n e i ra ;

E s i a i , qu e lev a n te o ded o. . .

¡E fórache a vez pr imeira . .

— P o i s s i n a d a a a t u a t é r r a

Lie t ees que agradecer ; d i :

¿Por qué á recordas as í? . . .

¿ P o r q u é c h e d a t a n t a g u e r r a ?

Es ta r t an l exos da l í? . . .

— E u cho d i re i : son am ores

Por é la o que t a l me perde :

Fe i t í zanrne as suas f rores

O s e u c h a n c i ñ o t a n v e r d e

E ai r iños consoladores .



1 0 9

Q ue ma i s que re , po r s eu ma l ,

Can to ma i s é des v i ado .

E n es t a am ar g a po r f í a

V i v i r e i s e m p r e p e n s a n d o :

¡Q ue i r a D ios que chegue o d í a

D e e n c a m i n a r m e , b u s c a n d o

Ter r a en que t an ma l me v í a

P o r q u e e u q u é r o v o l a b e n :

Cas i por e la suspi ro . . .

E qu e , s i aa ve rd á eu o m i ro :

Ela á culpa nona ten . . .

Ma i s dé ixome de quo ixa r

D a q u e s t a d e s v e n t u r i ñ a ,

Q ue afe l las m e fa i ch o ra r ;

E d i re i , por acabar ;

Q ue n a i te r r a como a miña ,



lio R E S U M E D A H I S T O R I A D E G A L I C I A .

P á g . 6 4 . L i a . 2 . D. Francisco Anón. E s t e

poe t a nas c eu en Boe l (O u te s ) , na p ro v in c i a

da Cruña o 10 de O á tono do an o 1812 e mo -

r r e u en M ad r í o 15 de A br i l de 1878 . E s t u -

d iou p ara abog ado e l icenc ióuse en d i r e i to

en 184 5 . Ao ano s ig ue nt e tomou p a r te nos

acon tec im en tos po l í ti cos de G a l i c i a . E m ig ro u

á Por tuga l de onde ío i bo t ado en 1850 po l - a

pubr i cac ión de s eu

Himno dos pobos:

r e -

c o r r e u g r a n p a r t e d o P r a n z a e I t a l i a v o l v e n -

do á H es paña o 53 , e o 66 tomou de novo á

e m i g r a c i ó n á P o r t u g a l , a b r í n d o l l e a s p o r t a s

da pa t r i a á r evoluc ión do 68 .

P o i u n g ra n am an te de G a l i c i a e nos s eu s

v e r s o s m a n e x a o l i n g u a x e co n m a e s t r í a d ' a -

bondo . V éja se como enco m eza o seu h im no

« O R e c o r d ó » :

A G A L I C I A

Como un n iño de v iche locrego

Q ue a r r andea en t r e fo l l a s a b r i s a ,

Eu con templo con maga s o r r i s a

O co r runcho onde l i b r e nac in ,



N O T A S

t i l

P á g . 6 4 . L i ñ . 4 .

D. Joan Manoel Pintos.

N a s ceu en 1811 en P o n te v e d ra e m or reu en

V igo o 29 de San Jo a n de 187 6 . TJnha d as

su as m ais in te nc ion ad as compos ic iós e o s i

g í l en te sone to :

A G A L I C I A

Ou Gal ic ia , Gal ic ia , boi de pal la

C an ta l ás t im a ten de t í o ga i t e i ro (1)

l)

Pcr soua ge protagonista da sua obra

A

Gaita

O a *

l lega.

V i n d e L i s i a a e n c a n t a d a r i v e i r a ,

A s r i q u í s i m a s v e i g a s d ' a G a l i a ,

O s j a rd ins d ' a mann i f i ca I t a l i a

Como o noso bó chan nada vin .

¿Onde es tán as dehesas f rondosas

E f lor idos hervales amenos ,

E n q u e a l e g r e s r e b u l d a n os n e n o s ,

Ou quizás namorado pas tor?

¿Onde os mágicos va l les sombr íos

Se rpen tados de f r e s cos r egue i ros ,

E n q u e e s t á n d e b r u z a d o s s a l g u e i r o s

Conv idando á fu r t i ños d ' amor?




P á g . 6 4. L i ñ . 5 , Don José Garda Mos -

quera. P o i e s t e i n s p i r ad o poe t a ou res an ,

p ro fes o r de l a t i n na c idade das Burgas . E ra

profundo h u m an is ta e filó logo . A s su as co m -

pos ic iós teñ en u n cor te c lás ico . A su a ob ra

o i t ima ó a t r ad uc ión da oda de H ora c io ,

Beatus Ule, que eneomeza as í :

A V I D A D O C A M P O

Pel i z quen v ive , ca l ' o s d ' ou t ro t empo ,

L o n x e d e b a r a f a n d a s ,

O agui l lón que che meten ó de ace i ro

E

con e l m u i ta íorza te a sob al la .

No lombo teu zor rega , ba te e mal la

P a s t a o m a i s m o n i c r e q u e f e r r a n c h e i r o ,

E ca lesquer podenco foras te i ro

Te va fa , de ve rgonza s in migaüa

A g a r i m a a l l e e i r a e s e s i n g r a t o s

Ou v íboras 'que pos tas 6 t eu pe i to

Co f e r r e t e ch e rom pen m i l bu ra tos

Se o sangue teu re fugas do teu l e i to

M a l a s n o v a s , m a d r a s t a d e i n s e n s a t o s ,

Dos f i l loa teus ó amor non tes derei to .



N O T A S 113

P á g . 6 4 . L i ñ . 1 0 . Don Antonio Santiago

Somoza. E s t e poe t a , nad o na C ru na e m or to

f a i p o u c o e n M a d r i , d i s t in g u i d o j o r n a l i s t a ,

e ra apre c iad o dos com pañe i ros no cu l t iv o

das m us as . Vé jase o sone to qu e com puxo A

memoria do inspirado autor do Desconsolo:

1 5

E lab ra os e idos qu e seu p a i l ab rab a ,

C o n x u g a d a d e s e u , l i b r e d ' u s u r a s

N i n g u e r r e i r o c l a r í n n i n m a r a i r a d o

O s e u s o n o c o n t u r b a n ,

N in a s po r t a s s ' encorva d ' o s magna tes ,

Nin pos tes l eva n-o pa t ín da cur ia .

P e ro a s r am as f ronden tes d ' a v id e i r a

C o v i d u e i r o x u n t a ,

Ou polas t ras ru i s c 'o podón t ronza ,

E p o l a s t r a s e n x e r t a m a i s r o b u s t a s .

Ou as vacas e bois desd 'o picouto

V e p a c e r n - a l l a n u r a

O u o me i qu e e s p rem eu g a rd a ñ as o l a s ,

Ou os rexelos d 'o vel lón desnuda.



114 RESUME DA HISTORIA DE GALICIA

O g i lg a ro calou ... J a non ced iño

A bróterna crarea oo o seu canto:

N in l edo j a o so l m a d ru g a t a n to

E láy ase o p i ña l ca l u n m en ino .

— O n i ñ o v a i c a c h e a r ,

t i ,

p i ca r iño ,

Q u e c h á n t a m e n o c h a n n o n s e i q u e e s p a n t o .

¡Era ó nacer do so l , do ceo encanto

¡Era a g ro r i a do p rado , o amor ino

N on l eves pau n in ped ra , va i va l e i ro

E ca l a p icafo l la p in ta rada

Sube agachado ben ó l imoei ro . . .

—¿Por qué choras r apas ? ¡A i s o r t e a i r ada

—

O g i l g a r o m o r re u — N o i t e ó r u e i r o ,

I n v e r n o s e m p r e , e b r é t e m a , e g i a d a .

P á g . 6 4 . L i ü . 1 1 .

Dtn

Eduardo Pondal.

E s t e i l u s t r e poe t a nas ce u en Pon teces o o 6

d e F e b r e i r o d e 1 8 3 5 . S e g u í u a c a r r e i r a d e

m e d i c i n a n a U n i v e r s i d a d e d e S a n t i a g o , n a

q u e e s t u d i o u t a m é n h u m a n i d a d e s t e n d o p o r

p ro fes o res de g r ego e l i t e r a tu r a l a t i na , r e s -

p e i t i v a m e n t e , a os q u e o e r a n m u i d i s t i n g u i

dos D . Sa n t i a go U s oz e o p r e s b í t e ro D . P e

d ro

Losada,

G radu ou s e de doc to r na gü e la



1 1 5

facu l tada e per teneceu aos corpos de san ida-

de da a rm ad a e do exórc i to , n os que e n t r a ra

por r igurosas opos ic iós despois de moi to br i -

l an tes exerc ic ios .

P o n d al fo i de nd e nen o ded icado á poes ía

facéndose po pu lar c 'o famoso b r in d is do

banquete democrát ico de Conjo en 185*5, po-

l -o que fo i per seguido e houbo de se r des te

r r ado á s Mar i anas . E un dos que fo rman na

pr ime i r a r i ng l e i r a da f a l anxe dos nos os p r e

cu r s o res . P u b r i c o u m oi t a s e i nu i be l l a s

composic iós en ca s te lan e en ga l le go , e de u

á e s t am pa en S an t i ag o , en 1879 , u n vo lum e

b i l i n g ü e t i t u l a d o Hum ores de los Pinos; p e

ro despo is , deu se á esc r ib i r t ín icam en te en

ga l l eg o e pu br i c ou en 1886 os Queixumes

dos Pinos qu e form an ^o tomo u ú m er o 7 da

«Bib l io t eca G a l l ega» , e en 1895

O Dolme de

Dombate e A Campana d

J

Anllóns c o r r e g i

da e au m en tad a (poi s a p r im i t i v a fo rma

p a r t e d o s Queixumes).. N a a u t u a l i d a d e o c ú

pas e en e s c r ib i r Gandreiras, Procela7"ia, e

en da l - a de r r a de i r a m an ao poema en o i t a -

v a r i m a

Os Eoas

q u e a s g e n t e s d e b o n g u s

to esperan con impacenc ia .



±Í0 R E S U M E ¿ A . H I S T O R I A D E G A L I C I A

D a j a p a s a d a j u v e n t ú , q u e r i d o s

A m igo s , e t am ón da m iña in f anc i a ;

Pa ra de min vos s e rdes e s qúec idos ,

N ad a pode o pes a r , nad a a d i s t anc i a :

P o n d a l ó u n h o m e d e v a s t í s i m a i l u s t r a

c ión , p rofundo humanis ta , e , como poe ta , un

dos m ais insp i rad os , e le ga nte s e cor rec to s .

Moi tas das suas poes ías foron t raduc idas ] á

d iv erso s id iom as . A qu e ponemos á con t i

nuac ión , t en , ademáis da sua be l leza , a c i r -

cus t anc i a de s e r é i néd i t a .

*

* *

Os cam inos , os m atos m ontes íos ,

Os gar r idos ensoños , os l inde i ros .

Os cantos saüdosos , os res íos ,

Os cómaros , os p inos , os regue i ros :

A s p romes as , o s t r un fos , o s des v íos ,

As doces esperanzas , os sende i ros ;

Todo me da s u idades e t r i ganzas ,

T o d o m e t r a e p u n g e n t e s m e m o r a n z a s .



N O T A S 1 1 7

N on pode o fe rro , no n os ternpos ido s

Meus r eco rdos bo r r a r , miña cons t anc i a ;

Pois n^es te mundo todo amor fa l l ece ,

Non esquezades quen vos non esquece .

P á g . 6 4 . L í ñ . 1 4 . O doctor D. José Lopes

de la Vega. N a s c e u n o r u e i r o d ' E s t e i r o n a

c i d a d e d e F e r r o l . S e g u í u a c a r r e i r a d a m e

dic ina e fijou a su a re s id en cia n a v i l a de

M a d r í ded ica do á sua profesión a ao cu l t ivo

das l e t r a s , dando s empre p robas do s eu moi -

to amor á Galicia á qu en dedicóu es te

S O N E T O

O u G a l i c i a , G a l i c i a , t é r r a amada ,

Fonte de bendición; f i l ia do ceo,

¿P or qu é o pe i t iñ o de dolor tes cbeo ,

E do mundo t e encon t r a s des p rec i ada?

¿ P o r q u é v i v e s t a n t r i s t e e c a l u n i a d a ,

E un puña l t es c ravado no teu seo ,

E como humi lde , enmudec ido r eo ,

O l v i d a s a t u a g l o r i a c e l e b r a d a ?



l i s

Alza , Gal ic ia , a f ren te de lor ida ,

E s p e r t a j a d ' es e do rm i r p ro fundo

Q u e e r e s t é r r a d ' am or ape t ec ida .

A s o m b r a o m u n d o , g r a n d e , e n n o b r e c i d a ,

Q ue e r e s f e rmos o r e ino , s i n s egundo ,

. E en che a tu a fé a ium en s id á do m un do .

P á g . 6 4 . L i ñ . 1 5 . Saco Arce. Es-te sa bi o

f i ló logo , ca tedrá t i co do Ins t i tu to d 'Ourens ,

a u t o r d e u n h a n o t a b r e Gram ática Gallega,

e

de ou t ros ap rec i ab res t r aba l lo s , t en fo rmo-

s as t r aduc ios poé t i cas do l a t i n , e t a m é n t e n

compos ic iós or ig inas de be l leza d ' abondo

como tes t if i can os f ra im ento s s i g u en te s d a

t i t u l a d a

O M I N I N O D ' O C E O

¡Ay l indo neno cal pecho cogol lo

D e ros a t emprá

¡ A y n e n o l i n d o c a l b r a n e a z u c e n a ,

Q u e m a i n o b a m b e a

O a i r i ño d ' o va l



1 1 9

N -a s m au s e rg u id o de N á i f e i ti ce i ra

C o n b r a n d o s u r r i r ;

¡Cal t e poupea , ca l doce t ' a r ru la ,

Con canto de ríala

Cos ol ios en Tí

¡A y N a i bend i t a , que á b i cos ch ' enxuga

A s vágoas de dó r

¡Dichosa v i rgen que aper ta n -o seo

Un neno d 'o ceo

U n neno qu ' é D ios

Ca lá i , r egu e i ros ; p i ade i ros pa xá ros ,

O bico pechai ;

V en tos d ' a t ouza , ca l á i , que du rmido

X a o n e n o g a r r i d o

Quedou sobre a Nái .

P á g . 6 4 . L i o . 2 2 .

Doña Rosalía de Cas

tro. E s t a i l u s t r e p o e ti sa n a s c e u e n S a n t i a

go o 21 de F eb re i ro d e 1837 e m or re u o 15

de J u l io de 1885 . E ra de an t iga e nobre f a

mi l i a e dendes de nena , deu amos t r a de s eu

ta l en to e de do tes non v u lg a re s p ar a a p oe



i ? 0 R E S U M E D A H I S T O R I A D E G A L I C I A

A q ú e s q u e ten fama, d 'h on rad os n ' a v i l a

R o u b á r o n m e t a n t a b r a n c u r a q u ' e u t i n a ,

B o t á r o n m e e s t r u m e n ' a s g a l a s d ' u n d í a ,

A

roupa de co t e puñé ronma en t i r a s .

N in pedra de ixa ron , en dond ' eu v iv i r á ;

S i n l a r , n i n a b r i g o , m o r e y n ' a s c u r t i ñ a s ,

O raso c ' as l ebres dormín n ' as campias ;

Meusf i l los . . . ¡meusanxos . . . que t an t ' eu quer ía

-Morreron , mor reron , c ' a f ame que t iñan ^

s ía . D a ida de de v in te an os ma r ido u c 'o

g r a n d e h i s t o r ia d o r D . M a n o e l M u r g u í a e

por i nd i cac ión d ' e s t e pn br i co u os s eus t r a -

ba l los que , por esceso de modes t ia , no qu i -

x e r a d a r a o p r e l o . E s c r i b í u v a r i a s o b r a s

en pro sa e ve rso , en he sp añ ol e en ga l leg o .

Como poe ta cas te lán na obra En las orillas

del Sar pó des e po ne r ao p a r dos ma is a l tos

po e tas de C as t e la ne s te sácu lo . Como poe ta

g a l l e g o ó u n a s t r o d e p r i m e i r a m a n i t u d e -

Véjase a sua prec iosa compos ic ión

A X U S T I C I A P O - L - A M A N



N O T A S 1 2 1

Q u e d e y d e s h o n r a d a m u o h á r o n m ' a v i d a ,

F ixéronrn 'un l e i to de toxos e s i lvas ,

Y - e n t a n t o os r a p o so s d e s a n g r e m a l d i t a ,

T r a n q u i l o s n ' u n l e i t o d e r o s a s d o r m í a n .

— Salvademe; ¡ou, xuecesl berrey. . . ¡ to ler ía ' .

D e min s e mofa ron , vendeum'a xus t i c i a .

—Bon Dios, axudaime

t

berrúj,bort&j i n d a -

Tan a l t o . qu ' e s t aba , bon D ios non m 'o í r a .

Es tonces cal loba doente ou fer ida ,

D 'un sa l to con rab ia p i l l ey a fouc iña ,

R on de i pas en iüo . . . ¡N e-as e rbas s e n t í an

Y-a lúa escondíase , y -a fe ra dormía

Cos s eus compaüe i ros en cama mul l i da .

Mi re inos con ca lma y a s mans e s t end idas .

D 'u n go lpe , ¡d 'un soyo de ixe inos s in v i da

Y-Ô lado conten ta , sen te ime d ' as v í t imas ,

Tranqui la , esperando po- l ' a a lba d 'o d ía .

Y -ês tonce s . .. e s tonces , cum preu s e a xu s t i c i a .

Eu , n ' e les ; y as l e i ses , n ' a man qu 'os fe r i ra ,

P á g . 6 5 . L i ñ , 6 , D. Valentín Lamas Car-



122 RESUM E DA. HISTORIA DE GALICIA

vajal. E s t e d i s t i n g u i d o p o e ta é u n d i ñ o c a n

tor da v i da do campo, de scr ib id or dos co s -

tumes do a ldean e dos pa i sages da nosa t é

r r a . P r i v a d o d o s e n t id o d a v i s t a , d i s g r a c i a

qu e padece ron moi tos gen ios coma H om ero

e M i l tou , t em pra a s t r i s t u r a s do s eu co ra

zón c 'os ecos da su a l i ra ,p oe t iza as su as v i -

s iós e con duzo sa m elan co nía un h as v ec es ,

co fogo da i nd in ac ión ou t r a s m a i s , m an i f e s -

t ano s s em pre s eu g r a n d e am or á G a l i c i a .

O s i g u e n t e s o n e t o t i t u l a d o Dens fraíresque

Gallwcice,

é t a l ves u n h a da s m i l lo res c o m ,

pos i c iós nes t e de r r ade i ro s en t ido .

G a l i c i a , e s pe r t a y é rgue t e l i xe i r a

Cobra , l o i t ando , a l i be r t a pe rd ida

Que mel lor é mor rer , que confondida

V iv i r co -a qu ' é p r a t í como es t r a nx e i r a .

T í que fuche dos pobos a lumbre i ra

¿Pra qué e s t á s a ld r axada y e s quec ida?

Sea a gror ia o t eu so l , a pas tua v ida ,

Deus fratresque Gallcecice a t u a b a n d e i r a .

P a i un es forzó , p a t re a , m os t ra for te

I s e va lo r que s empre fo i t ua he renza :

F^res dina , Gal ic ia , d 'out ra sor te .



N O T A S i

C

-3

Andruc l io fo i á cor t ina

A c a t a r h e r v a n o n t r o u t e ,

E lavándoos pes na fonte

A t o p o u á O a r m e l i ñ a .

V e n d o l l ' a p e r n a b r a n q u i ñ a

Non sei que quixo facer :

E l é l ióm e, e la m ul le r ;

O d ía da tua g ro r i a xa comeuza :

¡Lo i tade, po is , i r raa os ¿Qué v a l a m or te

S i l og ramos a nos a i ndependenza?

P á g . 6 5 . L i ñ . 9 . D. Bieito Losada . E s t e

d i s t i ng u id o poe t a í o i méd ico m i l i t a r n a ca l

c a r r e i r a c h e g o u á c a t e g o r í a e q u i v a l e n t e á

de corone l d ' exó rc i to . R e t i ra d o do se rv ic io

ña s s u as pos esiós da U l l a , onde m o r r e u

j

a in da a l í , no med io dos s eus pa de c im en tos

f ís icos , r e nd ía cu l to ás M usa s , sobre sa ind o

no gé ne ro fes t ivo , e í acen do formosas com -

posi ciós e i n t en c ion ad os , ep ig ram as com a

es t e :

.

P O L - 0 R A B O D A C U L L E R . . .



Í2 -i R E S U M E D A I 1 I S T 0 B I A D E - G A L l t í r Á

Un tolo, fai unl ia tola. . .

En f in, vai o gato á ola

Pol -o rabo da cu l le r .

P á g . 6 5 . L i ñ . 1 4 . Curros Henríques. E s t e

g ra n poe t a m ane xa todo l-os gén e ros da poe

s í a con maes t r í a s in i gua l e ab r íu novos ds -

r ro t e i ros á poes ía ga l l eg a . Sobres ae con to

do no gén e ro s a t í r ico t r on an do con t r a t od a

cor ruc ió n e v i l an za da s oc i edade p re s en te .

T a l ve s a m e l lo r da s s ú as ob ras (dend e o

p u n t o d e v i s t a p u r a m e n t e l i te r a r i o ) ó

O Di

vino Saínele p r e c i o sa m e n t e e s c r i t a e n t r i a

d a s o n d e s e ' so s t e n a n a r r a c i ó n b r i l a n t e m e n t e

s en dec a i r . P o i da da r qu e ou t r a ob ra de t a n

to m ér i to coma es ta t a r d e moi to en ap are ce r

n a n o s a l i t e r a t u r a .

R e p r o d u c i m o s a l g u n b a s t r i a d a s d o e n c o -

mezo que é maníf ico:

Sinto n 'o pei to us afogos

Q ue pa rece que m 'o morden

Se te duc i a s de cans dogos .

D i n q u e s o n r e m o r d e m o n t o s

D 'os meus pecados á mi les

D 'a s miñas cu lpas á cen tos .



N O T A S

Culpas d ' home ma l c r i s t i ano

P e c a d o s d ' h e r e x e , t a l e s

Q ue non l i e s va l zu ruxano .

P r a m e c u r a r b e b i n a g u a s ,

P i s e i he rvas , r ece i t r í o s ,

B i q u e i s a n t o s , v e r t i n b á g o a s .

N on b a i fes ta ou ro ina r ía

Onde empanado non fose :

¡Nunca topei mi l lor ía

X a miña na i m 'o d i c í a :

«¿Onde h as d ' i r , bo y que non a ra s

«Senon á cor tadur ía?»

«Tan to s abe r t r a i t e cegó

«Mai s , ou mor res condanado

«Ou tes que vo lver ó regó .»

T r i a d a s , m i ñ a s t r i a d a s ,

Que levades. os t res f íos

D a s f r e c h a s e n v e n e n a d a s ;



1 2 6 R E S U M E E A H I S T O R I A D E G A L I C I A

M i ñ a s t r i a d a s v a l e n

tes,

¡Rach ade os a i r e s fun ga nd o

Como fu ng an a s s e rpen tes

L a d r a d e , m o r d e d e , r i d e ,

O n d e h a x a v i r t ú , b i c a d e ,

O nde haxa v i c io , f e r ide .

P á g . 6 5 . L i ñ . 1 7 . Don Aureliano J. Pe-

reira. E s te d i s t in to jo rn a l i s ta e poe ta ,, ton ,

ad em áis de an im ad as desc r ic iós , compos iciós

de ou t ra e rase , como a qu e s ig ue , un l ia da s

mais formosas do l ibro Cotisas da Aldea.

X e m e s e s c r a v o ? ¿ D ' a t u a n e g r a s o r t e

qué ixas t e d ' o r i go r ,

e d i s t amén qu ' a mor t e non bus cache

por fa l ta de valor?

Tes ouro d ' un va l e r que na ide t a s a ,

d 'o home a l iber ta ,

l o i t a r po r conquer i l a , quen a e s t ima ,

s i n t r è g o a d e b e r á .

E qu en , cob arde , ou in íe l i s , n 'a te ña ,

no n ch ore sen door ;



N O T A

1 2 7

pelexe contra todos , y-ó f in sexa

ou mor to on vencedor .

C 'os niesmos es labós d 'a sua cadea

o serv o ha de fu nd ir

e s pada v iugadora que H e ab ra

as po r t a s d ' o po rv i r .

E s p a d a v i n g a d o r a q u ' o t i r a n o

non vexa s in t embra r ;

qu 'o cegué c 'os los t regos que desp ida

n 'os a i res ó br i l a r .

E s i o se rv o non vence n 'o c o m b at e ,

non chore cal mul ler ;

¡volva contr 'o seu pei to a espada fera ,

e l i b r e podrá s e r

P á g . 6 5 . L i ñ . 2 0 .

D. Alberte García Fe-

rreiro. P oe t a v i r i l e un dos p r im e i ros a n t r e

os l í ri cos ga l lego s . Su as ob ras Volvoretas,

GJiorimas, Leuda de groria ( p o e m a ) , Fo

llas de papel, e ou t ra s , son i sp i ra da s d '

ahondo , e ge ne ra lm en te m ane xa o id ioma

moi ben . V é jas e un ha am os t r a na s ig ue n t e

formosa compos ic ión :



2 8

RESUM E DA HISTORIA DE GALICIA

I N V E R N Ó

A JOSÉ TARRÍO

B r ú a o t re b ó n ; a g u r g u l l a n t ' o r i o

d 'a carba l le i r ' ós ine i ros espaxota ;

todo t reme c 'o f r ío

D ios no ceo , a ga rduña n -a caño ta .

B r ú a

o

t r e b ó n ; e n z a r r a p i c ' a p r u í n a

o

páxare n-o i l ló , y -a l ebre encama,

e s ín tes 'Ó reúma

p a t e x a r , d a n d o c h o u t o s , e n t r ' a l a m a

P á g . 6 6 . L i ñ . 9. D. Jesús Rodrigues Lo

pes nas ceu n a cas a nú m ero 22 da r ú a da

T iñe r í a da c idade de L u g o o 28 do m es de

Sa n t i a go de 18 61 , s endo s eus pa i s D . R a

m ó n R o d r i g u e s e d o ñ a M a r í a L o p e s . E s t u -

d iou con luc im en to a ca r re i ra de m ed ic ina

q u e a r rem ato u en 1882 e que exerce no pobo

do seu na sc im en to . Colaborou en d iv erso s

jo r ná s e r e v i s t a s . E s c r ib íu a s ob ras Ligeros

apuntes sobre las supersticiones de Galicia,

( L u g o , 1 8 9 5 ) ; Las preocupaciones

en-

Mecli-



N O T A .

J29

ciña, p r e m i a d a c o n m e d a l l a d e p r a t a n a E s -

pos ic ión re g io na l de L u g o de 1896; e como

poeta ga l leg o debóm os l le o poem a

Cousas

das Mulleres, A Malla (qu e l evou prem io d e

hon or no ce r t á m e l i t e r a r io de L u g o en 1894)

e Pasaxeiras (M ad r í 1898) : en p ros a a n o

ve la A Crus do Salgueiro, p u b r i c a d a n a r e

v i s t a

Galicia

d a C r u ñ a .

Rodr igues Lopes s obres ae ñas des c r i c iós

e r e tr a ta fielmente os co stum es e c ou sas do

campo.

A M A L L A

O día en qu e suee dero n

as cousas que vou contar

escomenzaban a mal la

os da casa do t ío Brá i s

qu 'ó o l abrador mais r i co

q u e h a y n - a a l d e a d e V i l a r ;

po i s n -a e i ra que pegada

por un lado á casa es tá ,

loce t r es pa l l e i ros d ' e rba

0 ca t ro medas de pan .

11



130 RESU ME DA HISTORIA DE GALICIA

I I I

E n t r ' a s m o za s q u e m a l l a n n - a e i r á

non hay de ma i s ga rbo

que.

C a r m e l a , r a p a z a g a r r i d a

E r a u n h a m a n á d ' A g o s t o

m u y e r a r a e l im p a m a n á ,

e n-a por ta do zole i ro

es t aba Mingos do Sa l

a m a ñ a n d o a l g u n h o s m a l í e s

q u e g a r d a r a n d o o u t r o b r a u .

T ina xunto d 'ó l un ces to

con t i r as de cor rea l ,

qu 'é de pe lexo de cabra .

T ina no ces to , ademái s ,

p ra casu las e iuzadoi ros

coirò de cocho e de can,

u n h a s ú b e l a , u n h a v i l l a ,

c r avos de t oda l - a s e r a s ,

u n m a r t i l l o , u n h a s t i x e i r a s ,

m u y e n f e r r u x a d a s x a ,

e , p r ' ab randa r ma i s o s co i ros ,

un pouco la rdo s in sa l .



Ñ O T A S 1 3 í

de v in t edous anos ,

a morena d 'o l l iños mais negros ,

de den te s ma i s b r ancos ,

de beizos mais roxos ,

de pe lo ma i s l a rgo ,

e de corpo mais fei to e xei toso

que p i sa no campo,

po l -o qué n - as romaxes a chaman

a f ror de Seixalvo.

D es t acaba t amén en t r ' p s bo rnes

q u ' e s t a b a n m a l l a n d o

un bó mozo , mais b ranco qu 'os ou t ros

y - a s e ñ o r i t a d o .

E l é u n xa s t r e qu ' en t oda a r edo nd a

ten moi to t r aba l lo ,

e q u e d i n q u ' a s m e n i n a s e n g a ñ a

por a r t e do d i año .

N o n h a y o u t r o q u e t e ñ a m a i s g r a c i a

p ra t e r s empre con tos ,

que venan o cas o ,

n in que faga ves t idos e cue l los ,

xus t i l l o s e dengnes

m a i s r i b i r e t a d o s .



Í 32 RESUME DA «ISTO RIA DE GALÍCÍA

P á g . 6 6 . L i ñ . 1 4 . D. Evaristo Martelo.

V

Xa se sabe que o pan que se mal la

vay , po r e s t e s pas os :

t enden , ma l l an , a e i r ada r eco l l en

e vol ta á mal la lo .

Eu des pouxas e s pa l l an y en f e ixes

a pa l l a qu 'ó l a rg a

v a n a m o n t o n a n d o ,

qu 'o pa l le i ro a lgús bornes a l evan

n a m e n t r e s q u ' e n t a n t o

o u t r o s x u u t a n a p a l l a m i u d a

con mal íes y angazos

y - o s c o a ñ o s a x u n t a n n - u n v e r b o

con secos ramal los .

Como o sol y-o mal lar todo 'o día

dan moi to cans anc io ,

e n t r e c a d a m a l l a d a d e s c a n s a n

á s ombra de i t ados ,

un p i to facendo ,

o u r i n d o , o u r u a n d o .



N O T A S 1 3 3

N aaceu na C ru ña o 25 d 'A br i l de 1853 de

D . R a m ó n M a r t e lo N ú ñ e s d e L e i s e D o ñ a

D o o r e a P a u m á n d o Ñ e r o Z u a z o d e A n d r a d e .

D e s t i n a d o n u n p r i n c i p i o á c a r r e i r a d a s a r

m a s , e s endo j a gua rd i a mar ina , t r ocs u a e s

p a d a p o l -a s l e t r a s s e g u i n d o n a U n i v e r s i d a -

de de San t i ago , con no tab re ap rove i t amen toa

os e s tudos d e d i r e i t o , f acóndose a b o g ad o ;

profes ión que exerce na cap i ta l c ruüesa . En

1 8 8 5 p u b r i c o u a n o t a b r e s á t i r a l i t e r a r i a Os

Afiliados do Dem o, e en 189 4 as Líricas

gallegas, t r aba l lo s nos qu e am os t r a un g u s

to e s qu i s i t o e en t r e ou t r a s que a / a lo r a n o

l ib ro ha i o monólogo

Rentar de Castromil

qu e é u n h a xo ia . E un po e ta dos m ais c u l

t o s e e l e g a n t e s . A s i g u e n t e p r e c io s a c o m

pos ic ión A Galicia d ar á idea d ' es to .

D oce s on dos s a lgue i ros fungando

c'o soan po-l-a veira do r ío,

maina que ixa do vento ñas fo l l as ,

r eyseñor de l ayoso asubío :

c 'as vosas dozuraa no pei to , que ferve ,

c a e s

cal ñas ñores , o fresco rocío.



131 RESUME DA HIST OU IADE GALICIA

Pol las d 'ouro do l ib ro fechado ,

da s a l t as g r an de za s d 'un pobo dorm ido ,

v ivos los t ros , q ' as sombras fendedes

das b r é tomas negras dos an t ros d ' o lv ido :

¡cal vo s s in to do pe i to no fondo

p u h x e n t e s r e n x e n d o c a l r a y o e n c e n d i d o

Pode un home es quence r p rop ia s co i t a s

c ' a v ida s us pens a da t ua he rmos ura ;

m ais ¡ay can to he rm osa co i tada t e ve nd o ,

c ' o s u r c o n a t r e n t e d ' i n x u s t a a m a r g u r a ,

s i o f i l io dos cel tas do propio se esquence,

mor re r ca l V i r i a to po r t i H e to r tu r a .

P á g . 6 6 . L i ñ . 2 0 . D . Manuel Núues Gon-

záles. E s t e poe ta nas ceu o 3 de A go s to de

1 8 6 5 e n V i l a r d e b ó s . E s t u d i o u á c a r r e i r a d e

a b o g a d o , e v e n d e f ac e r r e n u n c i a d o R e g i s

t ro da propiedad© de V i l l a lv a qu e ga no u en

b r i l a n t e o p o s i c i ó n p a r a i n g r e s a r c o m o n o v i

c io n a C o m p a ñ í a d o J e s ú s , e n L o y o l a . P u -

p r i c o u u n h a Monografía sobre la poesía po •

pular gallega e o l ind o tom iño d e ve rso s



^ ^ ^ ^ N O T A S 1 3 5

ga l l egos t i t u l ado Salayos do que copiam os

a s iguente compos ic ión :

A R O S A L Í A

¿E p regun tas quen fo i ? Fo i o ve rbo

D ' a M u s a g a l l e g a :

A x u n t a n d o , c a l m e s t r e a b e l l i ñ a ,

D ' a h u m a n a p a l a b r a n - a s m ó v il es c e l d a s ,

Os a feu tos ma is pu ros d ' a y -a lm a.

Y -o neu ta r dev ino das f ro r es d ' a i dea ,

F ixo t r ebos de me l v i rx i l i ana

N -o m eigo eor ti zo d ' a f a la d ' a t é r r a .

Pág . GG. L iñ . 23 .

Don Manoel Lugris

Freiré.

E s t e d i s t i n g u i d o e s c r i t o r n a s c e u n a

vi la de Sada o 12 de Pdbre i ro de 1863 . Aoa

v i n t e anos de i dad e emigro u á i l l a de O u b a ,

r e s id in do na H ab an a ha s t a o ano de 18 93 .

N a g rande A n t i l l a ded icóus e á p ro fes ión de

t ened or de l i b ros s en d es cu ida l - a s l e t r a s ,

po is escr ib ía en ve rso e m ais en pro sa no s

jo rn ás d ' aque l pa í s e moi tos dos s eus t r a b a

r los mer 'eceron ser t ra du ci d o s ao hespa ño], •



136 RESUM E DA HISTORIA DE GALTCIA

F o i voca l de tod a l -as soc iedades ga l leg as da

H a b a n a e i n i c i adore da de «A i r es da m iñ a

t é r r a »

a

q u e l ie d e b e o n o m e q u e te n . F u n -

dou o pr im ei ro jo rn a l e scr i to en ga l lego qu e

s e pubr i cou n a A m ér i ca , den de do 5 de A go s

to de 1885 ha s ta o 30 do S e te m br e de 1889

o que levaba por t í tu lo A Gaita Gallega, e

t a m é n d i r i g í u d u r a n t e a l g ú n ' t e m p o a r e v i s .

t a

Galicia Moderna,

semanario da ca p i ta l c u

ba na funda do pol-o i lu s t r e doc tor D on Jo só

N o v o G a r c í a . E n t u s i a s t a p o l - o c h a n e n q u e

v íu .a lus fa la sem pre g a l leg o e fo i sem pre

un g ra n defensor de G al ic ia o que l i e t e n

va l ido f a r tu r a de i ncómodos . Es c r ib íu o l i n

do vo lume Soidades do qu e tomam os a be l la

composic ión qu e s igu e . N a ac tu a l ida d a tó -

pas e e s c r ib indo un poema t i t u l ado Agnus

Dei.

C O L O M B O

Para gaba r a s g ro r i a s no s eu nome

F o r a p e q u e ñ a a i n s p i r a c i ó n d ' H o m e r o ,

E n t e c a a r ima de Camoens , e deb les

As es t rofas va len tes de T i r teo .



N O T A S 157

Con touno o m ar o 'as f e ras t em pe s tad es

Batendos de cot ío os hemisfer ios :

A cenc ía proc lamouno como sab io ,

Y -os s ab ios o l embra ron como xen io .

S e u n o m e v i v i r á m e n t r a s o m u n d o

Xire á ren te do so l sobre os seus e ixos ,

Te rá po r can to a un ive r s a l h i s to r i a

E dous mundos t e r á po r monumen to .

P á g . 6 7 . L i ñ . 6 .

D. Urbano Gom ales Vá

rela.

E s t e d i s t i ng u id o e s c r i t o r é un dos m a i s

cu l tos e e l eg an tes da nos a l i t e r a tu r a . D eb i

da á su a m oi ta m od es t ia non goza da fama

que m erece po l-o m ér i to da s su as com pos i -

ciós. A que s e t i t u l a ¡Ela é u n h a d a s m a i s

be l las e de l ica da s con qu e con ta a m od er n a

poes ía ga l lega . Véjase como encomeza:

¡Non foi, non foi a lúa,

non fo i a d iosa meiga ,

a lbo c i sne de nevé ,

v a g o c r a r o r d a s v i v i d a s e s t r e l a s

¡non foi, non foi a lúa

¡Foi ela, foi ela



3 3 RESU ME DA HISTORIA DE GALICIA

Non foron as a ladas

malencón icas l endas ,

se reas coma os l agos ,

c om a os l u m i a r e s d a v e r d a d ' e t e r n a s ;

non foron os del i r ios ,

¡Foi ela,foi ela

Zoar dos p iñe i r a l e s ,

a r r u l l o s d a a r b o r e d a ,

zongue-zongue dos ven tos

en t r ' o s b r azos t i t ans da ca rba l i e i r a ,

¡non fúchedes vosout ros

¡Foi ela, foi ela

F o i e l a E r a ú n h a o n d a

do r ío , mansa e l eda ,

l e v e c o m a o v o a r d a s a n d u r i ñ a s ,

fonda com 'os cu r runchos dá concenoa .

E u b e n a v i n : t i ñ ' o m i r a r d ' e s ñ n x e ,

t ina

a a l t ivez de re ina ,

e ra fe i t a de bágoas ,

e r a f e i t a de b r é t emas .



N O T A S

1 3 9

P á g . 6 7 . L i ñ . 8 . Don Salvador Golpe.

N aceu en Sa n P ed ro de O za (Be tanz os ) , o

2 6 d e S a n t i a g o d e 1 8 5 0 . N a U n i v e r s i d a d e

Cornpos te lá es tud iou a car re i ra de abogado

a ca l p rofesión exerce bo je na C ru ñ a . P o i

sen ipre u n dec id ido reg ion a l i s ta o qu e l i e

va l eu pe r secuc iós e e s t a r e p r e s o no cu a r t e l

de San to D omingo c ' o s s eus compañe i ros da

J u n t a de D e fens a en 189 3 , des po i s d e u n

viage por Gal ic ia como comis ionado por

ag üe la pa t r i ó t i ca co rporac ión p a r a a l ev an -

ta l -o esp í r i tu do pobo . E l mesmo conta es tes

s ucesos ve r íd i c a e b r i l an t em en te no s eu

l ib ro

De la Corana á la cárcel pasando por

Galicia. E s c r ib íu va r i a s ob ras e foi d i r ec to r

e r edac to r de va r ios j o rnás . Como poe t a t en

m u i l i n d a s c om p o sic ió s. A q u e r e p r o d u c i

m o s a q u í t i t u l a d a Meus amores foi posta en

m ús ic a e m ereceu s e r t r a du c id a ao f r ancés .

D ous amores a v ida

g a r d a r m e f a n :

a P a t r i a , y - o q u e a d o r o

no m eu foga r ,

a f ami l ia y a t é r ra

donde nac in . . .



i lO R E S U M E D A H I S T O R I A D E G A L I C I A

Cando xa no meu peito

non sinta amor;

cando da miña térra

non vexa o sol . . .

ven, morte , ven axiña

cabo de min,

¡qué s in amor nin Patria

non se i v iv i r

P á g . 67 . L iñ . 10 . Lago Gom ales ( D . M a -

noel ) . Pe rte nec e ao estado ecres iás t ico que

ten nel un dos m ais ilustr ado s e v ir tuos os

sacerdotes . E un dos mais e leg an tes po etas ,

que temos e del insertamos esta l inda

Albo

rada

O S O L D A P R I M A V E I R A

Rompe o día feit iceiro,

y -o vent iño br incadeiro

¡sin eses dous ameres

non se i v iv i r



Я Т А й

f unga

x a

no

p i ñ e i r a l ;

os

can to r e s

r e i s eño r e s

c a n t a n todos pol-o v a l .

A s í o n t i ñ a s e r e g u e i r o s

m u r m u r a n d o

ma ino s

v an ;

non h a i néboa no s ou t e i r o s

n i n ñ a s co rga s n i n no c h a n .

X a o orba l lo cen t i l e a

ñ a s

fol l iñas

d a

h e r b a

mol :

hou r a p a c e s d e s t a a l dea

v i n d e

á

v e r

nace l - o

sol .

H ou r a p a c e s v i nde logo ,

qu e x a nace como fogo,

qu e

x a

b r i l a

y - a l ume a

con

moi

v i v a

c r a r i d á

H o u

r a p a c e s

d i s t a

a ldea

v i ndeo

v e r ,

que

naceu

xa .

Can t emos ,

can t emos

todos

c a n t i g a s d a nosa t é r r a :

o so l d a v e r d e Gal i c i a

moi t a f a r t u r a a l umea ,

X a dá o sol na frondenteladeira



142 RES UM E DA HISTORIA DE GALICIA

onde es tán os pomares en f rol .

A i o sol da fe l iz pr imaveira

qué prác ido so l

O sol da nosa a ldea

bendi to sea ;

que cobre os ceos d 'azul color ,

y - he nc he co rgas e va l e s e m on te s

e reguei ros e regos e fon tes

d e v e n t u r a , d e v i d a y - a m o r .

P á g . 6 7 . L i ñ . 1 2 . D. Antonio e D. Fran

cisco de la Iglesia.

C o m e t er ía m o s u n h a i n

j u s t i c i a s e n o n d e d i c á r a m o s u n b a l e m b r a n z a

a e s t e s dou s i rm ás e s c r i t o r e s . E l e s t r ab a l l a -

ron moi to po l -o nos o r enas c imen to l i t e r a r io .

Os seu s nu m eroso s t r ab a l lo s , en p rosa e

ina i s en verso , no jo rna l e ina i s no^ l ibro , fo -

ron s ó l idas ped ras l eva da s ao c imen to da n o

s a r egene rac ión .

P á g . 6 7 . L i ñ . 1 3 .

Don Manoel Pardo de

Andrade,

c h a m a d o t a m ó n P a r d o d e X a s ,

p r e s b í t e r o , n a t u r a l d e D o r n e d a ( S a d a ) ío i



N O T A S 1 4 3

autor de uu poemeto , en ga l lego , que se pu-

br ico u sen no ine por d u as veces , u n h a en

1813 . T i t ú l a s e : « R o g o s d e u n e s c o l a r g a l l e

go á V í r g e do bon ace r tó pa ra que l i b r e a

t é r r a d a I n q u i s i c i ó n » . T a m é n e s c r i b í u e n

b e s p a ñ o l o u t r o p o em a t i t u l a d o « L a H e r c u -

l ad» r e f e r e n t e ao comba te d e T ra f a lg a r .

P á g . 6 7 . L i ñ . 1 4 .

Don Fernando García

Acuña.

E s c r ib íu un l i b ro de poes ía s g a l l e

gas titulado Orballeiras.

P á g . 6 7 . L i ñ . 2 0 .

Don Juan Guveiro Pi

nol. E au to r de un D icc iona r io ga l l ego

e

d e

u n h a G r a m á t i c a t i t u l a d a : El

habla gallega,

d o d r a m a Pedro Madruga e de ou t ros

t r aba l lo s ap rec i ab res .

P á g . 6 9 . L i ñ . 2 .

Don Galo Salinas.

E s t e

es c r i t o r nas ceu na Cruña o 14 de Marzo de

1852 . Or fo de pa i aos 12 anos de idade mar -

chou pa ra M on tev id eu p a r a s e ded ica r e ao

comerc io e no n p in tán do l le ben , vo lveu á

G a l i c i a en 1876 . A q u í des em peñou va r ios



1 4 4 R E S U M E D A H I S T O R I A D E G A L I C I A

P A T R I Z O p e quón me fala. . . de q u é n . . .

M A R Í A ¡D 'un ha in fi li s de door chea

P .

¿Q ué

se

cbam a. .. ?

Moi

intresado),

d e s t i n o s ,

e

des po i s e s t ab rec éus e

en

P o n t e

-

d e u m e d e d i c a d o

ao

i n s iño

e

m a i s t a r d e

veu

á C r u ñ a f o rm a n d o p a r t e da r edacc ión de

a l g ú s j o r n á s , foi d i r e c t o r de a l g ú n , e colabo

r a d o r de o u t r o s de H e s p a ñ a e A m é r ic a . Gra-

nou moi tos p r emios en p ú b r i c o s c e r t á t n e s .

P u n d o u

a

A s o c i a c i ó n R e g i o n a l i s t a

de P on -

t e d e u m e ,

e a

Revista Gallega

da

C r u ñ a

que

h o j e d i r i g e . S a l i n a s ó un escr i to r f ác i l e fe

c u n d o ; e s ob res ae ñas descr ic iós . As s uas

mi l lo r e s ob ras son as do t e a t r o .

Cop iamos do seu d r a m a

[ P I L L A . . .

SSGE YH

J I A B Í A E P A T R I Z Ó



N O T A S 145

M.

Con acento doorido.)

Miñ'amiga

que a conocin na miseria

e piedad'ispira e lástima.

P . ¡Pro, ten norae

M. Tal vez teña.

P . ¿Ecalé . . . ? '

M. ¡Da Nai de Dios

vosté ó pronuncia se reza...

P .

¡María..

¡ S i , a d i v í ñ e i n o l

^ j . ^ ^ o s c ;

¡S'ó un nome que me atromenta

Pr'os rodeios deixe á un lado

que xa moita parla emprea:

¿Esa María ó...? ¡N'ó digo,

que bastra os beizos se mequeiman

ao falar ó que non queiro,

ó que non queiro que sepan

nin do fírmameuto a lus •

nin as somas das cavernas...

E vosté ¿Ven da sua liarte?

M. ¡Eu veno da parte d'ela

P . E ¿qué quere?

M, Moi emocionada) ¡Unha esmoliña

de perdón... erguesc)

P .

Con

710x0

¡Buscal-a vena,

e lia darei tan comprida

•Ü




que n -un l i a foxa non quepa ,

po l -o que a l za r e i un túmulo

d e d u r a , n e g r i d a p e d r a ,

e c 'o perdón que me pide

p r a s e m p r e s e m p u l t a r e i n a

¡E sua filia... (Moi aflixida)

N'a conozo.

• P o n n n I

(3fr

>ita enerxia e viveza no

i r e u u u . . . .

( U á l o g o j

¡O ga l l á mor re r a . . .

¡ S e c o n s u m e a r r e p i n t i d a

N on me f a i va r ea l - a i dea :

o a r r i p i n t i m e n t o ó b ón

pro que s in t e , p r a quen pena ,

mais o mal que f ixo un c r ime

n i n ó bo r r a , n in r emed ia

¡Teña corazón

(Supricante)

¡Xa ó vel lo

¡Vos té t en a lma

¡Xa seca. . .

qu e u n e ou t ro pa s m aro n

e a v ida quedou va l e i r a

¡Non sabe can desd i tada

s ' a t o p a a p o b r i ñ a nmn..\ chora forte)

Tuyo un f i l io. . . e l ie morreu. . .



N O T A S UÍ

P .

jQu ér calar . . . j l n d a m ais esa . .. '

M . \'ìe a lcont ra so la no mundo. . .

P .

j X a n ' h a i m e d o . q u e se p e r d a

M . jTe n fame. . .

P .

(Sin se conm over) [Dare i d in e i ro

pra que co él se sostefia. . ,

M . [Fam e. . . d 'u n am or do espr i to . . .

P .

jL le ab on da o am or da m ater ia . . .

M . j N o n , q u ' e l a é h o n r a d a . . icondinidd)

P .

[Ment i rà

M . [ X u r o o p o l- a M a g d a l e n a

que t amén a pe rdoa ron

P .

[Mais an te s fora ram ei ra . . .

M . N'of oi M aria . . . eso n o n (con energia)

pecóu chea de inocencia

u n h a ves , e de nd ' en tó n •

inda que ocas iós t ivera

por non vo lver á pecar

pref i reu v ida en miser ias .

P . &Por .quo non to rnou?

M . (Por medo

P . dE ag o ra ó fai?

M . jPor t r i s t e za

que ma tandoa va i aos poucos

e quer des facerse d ' e ia



íi S


P á g . 7 1 L i ñ . 7 . Don Antonio Lopes Fe-

rreiro. E s t e s a bi o h i s t o r i a d o r e a r q u e ó l o g o

honor de G a l i c i a ó unha das g lo r i a s da I r e -

xa comp os te l a e un r eg ion a l i s t a p r á i t i co .

Es c r ib iu moi tos e e s t imados l i b ros en t r e

eles a prec iosa Arqueología Sagrada quo

s i r v e de t e s to no Sem ina r io . A go ra t en en

p u b l i c a c i ó n a Historia da S. I. M . de San

tiago de Compostela

que é un moim en to .

Como l i t e r a to ga l leg o debém os l le as d u a s

nove la s que c i t amos no t e s to . D e unha d ' e i a

A Tecedeira de Bonaval s acamos o s ig ue n t e

d i sc urs o qu e pon en boca de Pr o i to so d '

U l loa , e que a in da qu e r e f e r en t e á u n t em

po j a pas a do , t en bo je a in da ma i s op or tu n i -

d a d e q u e d a q u e l a .

«H ono rab le s r ex id o res e c idadaos , a non

leve ca rga dos anos impom e ou t r a non m e

nos pesada , a de t ee r que mi rar , como rex i -

do r m a i s a n t íg o , po l - a s cous as do com ún .

ou des p rende r s e da v ida

que IPes torba, que He pesa . . .



N O T A S

T r i s t e ó a cond icón de un ve l lo , qu e ap es a r

do e s t a r co n t in am en te v in do a s o m bra da

m o r t e q u e c a s u a g a d a ñ a v a i l l e t a l l a n d o

u n h a a u n h a a s r a i c es con qu e e s t á p r e s o

n a t é r r a , n o n p o d e e s c u s a r s e , s in e m b a r g o ,

e m e te r s e de ca p i tó n , no pé l ago dos ne go

c io s d e s t e m u n d o . P e r d o n á d e m e , p o r t a n t o ,

ho no rab le s c idada os , qu e eu vos ob r ígas e a

ab an do na r a s vos a s cas as e a s vos as ocupa -

c i ó s , aunque s eya po r pouco t empo , xa que é

a voz do co m ún e d a rep i íb l i ca a qu e vos

fala por es te vel lo .

N on ino rados que dende f ay moi tos anos ,

po r non d i c i r s i g ro s , o r ex im en to da nos a

c idá l i t i g a a lg ú n s p r e i t o s eos A rceb i s po s ,

como o pre i to sobre a xur id ic ión e ou t ro so

b r e o s e r v i c io q u e c h a m a n d a muía. F a y

a l g ú n tem po q u e , por razóos q u e aa vosa

pre s p i ca c i a non s e vos e s conden e s t e s p r e i

t o s e s t án pa rad os , pe ro a m in non me p a re

ce xu s to qu e a s í que den pe rd idos os t r a b a -

l íos , as fa t ig as e o d iñ e i ro dos nosos a n te

pa s a d os , can to m a i s que s i po r a lg ú n t em po

ho ub o cousas qu e nos aco nse l lasen qu e no s

cruzá sem os os brazos , ag or a eso non é a s í .



150 RES UM E DA HISTO?.

A

DK GALICIA

E u non qu ero m ete rm e en s i fomos ou no n

ag rav iad os , po r m a i s que s obre e s to ben

pod ía í a l a r , po rqu e , como s ab ed es , a i nd a

non f ay t r e s anos qu e t i ven que s a i r d es t e

r rado da miña casa ; pero xa d igo , non quero

m ete rm e en s i fumos ou non ag ra v i ad os ,

m a i s ,

s i bo t amos unba o l l ada ao que nos ro -

de ya , verem os como se no s v a y esca pan do ,

t o d o c a n t o p o d í a m e t e r f a r t u r a , g r o r i a e e s -

prendor na nosa c idá . Todo nos ba de v i r de

fo ra ; xuece s , e s c r ibanos , r e x id o re s , b a s t r a

a r t i s t a s e m e n e s t r a l e s , c o m o s i a q u í n o n

ho ub era bornes , ha n de se r fo ra s te i ro s . O s

nos os a r t e s a no s t eñ en qu e co n te m pra r ca s

m a o s b a l d e i r a s d e n d e s u a s t o n d a s , c o m o t r a -

b a i l a n e t r u n f a n o s a d v e n e d i z o s . H a s t r a a

nos a f a la t en qu e r e t i r a r s e co r r ida como

u n b a l ea l e ve l l a s i rv en ta a quen des p ach an

o s a m o s , p a r a r e c i b i r a o u t r a d e s l e n g u a d a

e a d u a n e i r a . E u c on oc in a u n b a n o b r e d o

na , aa s eñora M ar í a A lva rez de So tom ayor ,

q u e , hab ónd ol le u n d ía no t if icado u n es cr i

bano u n h a d i l i xen c i a , non qu ixo f írma la ,

po rqu e d ixo que no n en t en d ía o cas t e lao .

M 'eu t ío o A rc eb i s p o D . A lv a r o I s o rn a (qu e



N O T A S 1 5 1

de D ios goce ) , p rocu rou r e s t a u ra r o nos o

l in gu ax e e , corno ben sab éd es , cas i to da l -a s

suas provis iós puxo en ga lego , pero , despois

qu e é l m or re u , os nosos ou vido s qu ed ar on

conden ados á ouz ar os ch i r r io s de u n b a fa la

e x t r a ñ a . S i q u i x e r a s e g u i r p o r e s t e c a m i n o ,

m oi to t i n a qu e fa la r , m oi to t in a qu e a rgo i r^

A g o ra ¿cómo se a t a l l a es te m al? ¿cómo se

cor t a e s t a s equ ía , qu e am enaza co nv er t i r o

a rb re , en ou t ro tem po f rondoso de noso co

m ú n , en un fe ixe de r a m a s s ecas e de s g us -

t i adas ? A as xu s t i c i a s e ao r exe m en to , é a

q u en l i e toca po ne r contó a es ta p ra g a qu e

nos acong oxa e facer qu e ren az a na nosa c i -

d á a a n t i g a a b u n d a n c i a e v e n t u r a , e q u e

florezan as l ib er ta d es e b on an za s d ' ou t ro s

p o b o s , co m o e u v i n e n F r a u d e s e A l e m a n i a .

P e r o ¿qué l ian de facer as xu s t i c ias e o r e

xem ento , r ed uc ido s como es tá n ao pa pe l de

tes tafe r ros? E le s por s í non poden facer n a

da ; p a r a t odo , a ín da pa ra a cous a m a i s p e -

quena , t eñen que ped i r po l -o menos a ven ia

dos A rceb ispo s , e s i no n , xa in cu r r e n en

cr im en de desac a to , co nt ra o señor ío . So lo ,

po i s ,

r ecob rando a nos a l i b e r t a , s o lo c h e -



Í52 R E S U M E D A H I S T O R I A D E G A L I C I A

g an d o a ser nos donos de no s m esnios , s in

reconocer a mais s iñor que a noso S iñor na

tu r a l , e l R e y , podremos vo lve r po l - a nos a

c idá e co nse gu i r qu e se l i e a f roxen s iq ue ra

as l azadas que a opr imen e acoran .»

P á g . 7 1 . L i i i . 9 . D. Francisco Alvarez de

Novoa,

nas ce u en G ra na da o 11 do m es de

S a n J o a n d e 1 8 7 3 . P u b r i c o u os s e u s p r i m e i -

ros t r aba l los l i t e ra r ios en prosa cas te lá no

Diario de Orense da cal re d ai ci ón forrnou

pa r t e en 1892 . N o m es de Sa n t i a go de 18 93 ,

e a cau sa dos sucesos pormo da su p re s ió n

da Cap i t an í a gene ra l de G a l i c i a , a f i l i óu -

s e á Junta de Defensa d e O u r e u s , f i g u r a n

do como co labo rado r , ba ixo a d i re ic ió n de

G a r c í a F e r r e i r o e n La Defensa de Gali

cia, onde en prosa cas te lá e ve r so ga l le go ,

p u b r i c o u m u y e s t i m a b r e s e s c r i t o s d e f e n d e n -

do as idea s re g i on a l i s tas . M ais t a rd e fo i r e

dac tor de El Derecho, e desp ois de El Noti

ciero d a mesm a loca l idad e . E n 1894 fo i u n

dos fundadores e d i r e i t o r l i t e r a r io do s ema

n a r i o r e g i o n a l i s t a e s c r i t o e n g a l l e g o As Bur

gas, que y i v íu pouco tem po . E n 1896 fun -



^ ^ ^ ^ ^ ^ N O T A S 15S

dou o s emanar io s a t í r i co i l u s t r ado La Bru

ja q u e d i r i g í u d u r a n t e a s t r e s e t a p a s q u e

v íu a lus . E n 1894 p ub r ico u como ío l l e t in

en El Derecho un l ia cole ic ión de de scr ic iós

do pa í s , en p ros a ga l l ega , ba ixo do t í t u lo de

Paisaxes. E n 1895 pu br i co u un monó logo

en ve r s o cas t e l án e no ano s iguen te , en p ro

s a ga l l ega , Pe das Burgas q u e f o rm a o v o

l u n te 4 4 d a « B i b l i o te c a g a l l e g a » . A d e m á i s

dos t r a ba l lo s c i t ado s , t en m oi tos de co la bo

rac ión na

Revista Gallega

d a C r u ñ a ,

El Re

gional d e L u g o , El Eco de Málaga, La

Nueva Época e n e u t r a s pub r i cac iós de d i

verso s pu nt os . O seu contó Turuleque foi

t r aduc ido ao id ioma sueco .

D e P e das Burgas, copiám ol-o final do e s

c r i t o t i t u l ado :

R E D I M I D O

B l < « i • i « o > i t • • *

I I I

« C a n d o s a l i n d e a l í , p a r p e x a b a n a l g u n h a s

es t re las no l impo ceo , a lúa c ra rexaba a cu-

m e d a m o n t a ñ a , e d e lo n x e c h e g a b a n r o n x i -

sO



1 5 1 RESUM E DA nl.STOR IA DE (lALICf A

dos de car ro s , que ixurnes dos p in os , ca n to s

da s r a s e ap ag ad os ecos do M iño l am be nd o

os comales .

F u m e g a b a n a s c h i m e n e a s , l o s t r e g a b a n r o -

x i z a c r a r i d a d e a l g u n h a s v i d r e i r a s , t o c a b a á

o rac iós a peq ueñ a cam pa , e ou zában s e m e-

l ancón icos m ux idos do ga nd o qu e vo l t ab a o

cor te l lo . N -a conca do r ío pe rd í an se v ib ra -

c iós de a l a l a l as , e a lú a , e rg u id a xa r ib a do

m o n t e , a h u m a b a o p a i s a x e c - u n h a l u s e r a r a ,

soav e , que a r x en ta b a u n ceo l impo, se re o ,

como de paz e te rna .»

P á g . 7 1 . L í ñ . 1 1 . D . Aurelio Riba lta.

N as ce u no P e r r o l en 1864 . D e d icóus e ao

jo rna l i s mo e t en ap rec i a b res t r a ba l lo s en

pro sa e v er so , ca s te lá n e ga l leg o , en m oi tas

r e v i s t a s e j

o r n a s .

G ano u va r ios p r em ios en

ce r t ám es . E u n p ros ador e l eg an t í s im o e u n

poe ta de l icado . A de m ái s de Ferruxe e s c r i -

b íu La Campaña de Ultramar q u e forma o

vo lume 13 da «B ib l io t eca ga l l ega» .

D o l i b ro Ferruxe t o m a m o s o s i g u e n t e

f ra imento :



Í 5 5

«Mirábaas s in saber qué cara l i es por . V e n

d o t a n t a x e n t i ñ a x u n t a , c o m p r e n d e u o s u s t o

de todos , e d iv iño u de seg uid a qu e a de ran

por rnor ta . A e ia , a mai le r mais dura do todo

M i r a m a r . N o n , e ia n o n m o r r í a t a n a x i ñ a .

E ia e r a P e t r a a d u ra , a fo r te , a in te i ra , c 'o

seu cu raz ón de seixo, c 'o seu co rpin o vel lo

fe ito de p au de cas taño , t an to m ais du ro

can to m ais ve l lo é , ¡Mal pocadas Se ique

a q u e l a s b r u x a s p e n s a r a n q u e m o r r i a , o u q u ó

e o l iando á sua M erc ed iña s ch ora r á f ío ,

pos ta sobre e ia , ñ lándoa c 'os seus ol l iños pe

que ños , roxos do pr an to , f acendo u n h a m oe-

ca de pe na coma s ' ind a fose u n h a n en iñ a

de poucos anos , s i n t éu ma i s mi l l o r a i nd ina -

c ión da su a ca ida , e s in téu que l ie ru b ía n

po l-a g o rx a a r r ib a , secas e firentes p a ro la s

d e n o x o . F e r r u x e s e m p r e . P i x o a t e n c i ó n p r a

sé ,

e s i n t íu se boa : non h ab ía po rqu e facer

puche i ros com'a sua a f i l i ada , n in

por

a q u e l a

c a r a d e e s g u e l l o q u e p u n a n a s m i x e r i q u e i -

r a s das v i c iñas . E i a , Pe t r a , e s t aba boa ; boa

d e v e r a s . — N o n fo ra n a d a , n a d a , g r a c i a s a



RESUME DA HISTORIA DE GALICIA

D i o s ,

o que l i e pas a r a . U n vagu ido , ca lque -

r a c ou sa : i ñ a e r g u é r e s e n n n i s t a n t i ñ o — ¡ S i

es t ab a boa — E vend o toda aq ue l a xe n te

p a s m a d a , ó r e d o r s e u , p e n s a n d o e q u e r e n d o

dic i r m oi tas cou sas n u n temp o e , s in sa be re

m e s m o p r ' o n d e e s c o m e n z a r e , P e t r a e r g u i u s e

á

m ed ea s , o llou p ra todos e t ivo u n h a fa la

uren te , d i t a en seco con todo o enxoi to a r roa-

11o da s c or tad oi ras do m ercad o:

— S e i q u e p e n s á c b e d e s q u e m o r r e r a ¡ I n d a

non vos vou d ' i s t a , s i D io lo que r »

P á g . 7 1 . L í ñ . 20 . D. Marcial Valladares

Núñes.

N a s ceu e s t e e s c r i t o r en V i l an co s t a

fegres ía de San Vicenc io de Ber res , conce l lo

da E s t r ad a , no mes de San J o a n do 18 21 .

E abogado den de do 18 44 , des empeñ ou v a

r i o s c a r g o s , o d e g o b e r n a d o r in c r u s o , b a s t a

qu e á fis do 1866 re t i ro u se á r i s oñ a a l d ea

do s eu nas c im en to ao cu idad o da s s u as f a -

cendas e ao cu l t i vo das mus as , e pode r l a d i

c i r con s u a i rm án a poe t i s a D oñ a A v e l in a

V a l l a d a r e s :



N O T A S

D 'es t e va l de l e i t o s o nun r ecuncho

Loucuras d ' ou t ro t enapo r eco rdando ,

A s ho ras doce rnen te vou pas ando

S i n s e n t i r q u e s e v a n p r a n o n y o l v e r .

E l i b r e das f a r ándu las das v i l a s

Q ue a -ma i s de unha cabeza enohe de ven to ,

D e ixo agora co r r e l -o pens amen to ,

V a g a r n o c a m p o q u e m e v í u n a c e r .

V a l l a d a r e s ó a u t o r d e u n a p r e c i a b r e Di-

cionario gallego, da nove la Majina ou a fi

lia espúrea p u b r i c a d a n a « I l u s t r a c i ó n G a

l l e g a e A s t u r i a n a » e d e o u t r o s a p r e c i a b r e s

t ra ba l lo s n o noso id iom a.

P á g . 7 1 . L í ñ . 2 3 . D . Francisco Romero

Blanco. E s t e s ab io p ro fes o r, i n s ine ana tóm i

co de f ama eu ro pea , ape s a r da s t a r e as da

su a profes ión non esq uen ceu do cu l t iv o d as

l e t r a s g a l l e g a s e t e n a p r e c i a b r e s t r a b a l l o s

qu e o ac r ed i t an de moi to e l eg an te p ros ad or ,

e un dos que mi l lo r manexan o noso id ioma.

Do seu l indo contó

Mariguiña y-eu,

t o

mamos e s t e t r echo :



158

R E S U M E D A H I S T O R I A D E . G A L I C I A

«O que m a i s que r í am os e r a an da r os n i

ños . ¡ In d a n o n m ' e s q u e u c e u u n h a v e z q u '

an dá ba m os á i l es , u n que v ín de pe ga n a

p o ' a d ' u n h a s u b r e i r a X a t i n a p a x a r i ñ o s s i n

t i n a , p a x a r i ñ o s g r a n d e s ; e u v í a l le s e s t i r a r o

pescozo , e r g u e r a su a cab ec i ll a y -a b r i r o

p e t e i r o . M a r i q u i ñ a g a t e a b a m e l lo r q u e e u ,

e íoi eia qu en su b eu á col ler o ni ñ o , e iso

q u ' a c u r t i z a d a s u b r e i r a e r a n o v a . P r o ¡ a y

e r a u n h a c ó b r e g a . o q u ' e s ta b a d e n t r o d o

n i ñ o .

»N o t empo das mazáns ve rdes s a l t ábamos

d ' u n h a n o u t r a m a c i ñ e i r a , b u s c a n d o a l g u n h a

m a z a n a v i n a d a , d a s p i c a d a s p o l- o v e r m e .

A l g u n h a s v e c e s h a c h á b a m o s a s í t o d a s a s

d ' u n h a p o la y - e r a q u ' e s t a b a o v e r m e n o p a u .

Co l li amos a s m azán s av in ad as e i bám onos

pra un cu r runcho ; a l i comiamolas e xogába -

'mos os pe louros .

»Cando m a i s r ebu ldába m os e r a no t em po

d as cere ixa s . Dem pois de ben fa r tos d ' e la s

co l l iam os as t ro y as e como s i q u ix éra m os

es t rus a l a s en t r ' o s dedos , f ac íamolas b r in ca r

d e M a r i q u i ñ a á m i n e d e m i n á e i a . U n h a

vez deum e c ' u nh a ca r a bu l l a n u n o lio, po r



o T A S S 159

f o r a . E u c h o r a b a e M a r i q u i ñ a t a n i é n . A c h e -

góu s ' e l a en tonces á m in : m ol lou . un dedo

seu en escu pe e levo un o o s i t io m ag oa do , e

com'aque lo non e r a nada , deume á ma i s , un

bico no s i t io y -e u á e la u n h a a p re ta boa» .



I N D E S

P a g t n a

D e d i c a t o r i a .

5

Libro I 7

Libro I I . . . • 19 ,

Libro I I I . 4 5

Libro

I V . 5 5

N O T A S .

Libro I . . 7 5

Libro I I . 8 1

L i b r o I V . . .

8 9



É R R Ó 8 - M A I 8 N O T A B R E S

P a g .

L i l i .

D í

L é a s e

2 3 1 3 W a t i z a W i t i z a

4 6 2 1 D r a k e

b r e q u e a V i g o

D r a k e b r o q u e a

e a t a c a V i g o

5 7 2 1 g a l l e g o s g a l l e g o - p o r t u

g u é s

5 9 2 P i s q u e - P o i s q u e

eu vi

9 3 o u v e - h í

P o i s q u e

eu vi

60 22

0 M a r q u é s

M e n d o z a ,

6 0 2 3 d e V i l l e n a J e r e n a

6 2

19

F r a n c i s c o D i e g o A n t o n i o

63 20

poe ta cas te lá n poe ta en cas te lán

6 5 1 1 V i c t o r i a n o V i t o r i n o

68 21 1872 188 2

8 4

11 polos po las

103 7

R e p r o d u c i m o s

es te soneto

P o n e m o s e n t e i r o

aquí es te sone to

105 23

L i s b o a M a d r i d

136 20

n o

d o

137 1

C o n t o u n o

C a n t o u n o

137

2 B a t e n d o s

B a t e n d o



D I C I O N A R I O D E A U T O R E S G A L L E G O S

P O R

E s t a o b r a d e g r a n d e u t i l i d a d e p a r a o s q u e

es tud ian o m ov i inen to l i t e r a r io de G a l i c i a ,

s a i r á p ro n to á l u s con ten do cu r ios os da tos

biográf icos e b ibl iográf icos de tódol-os escr i

to re s qu e esc r ib i ro n en g a l l eg o . N e la figu

r a r á n , e n t r e o u t r o s , o s q u e s i g u e n :

_A-

A b e n t e , D . E d u a r d o . — A b e n t e , D . V i t o r i

n o .— A f b n s o I X de L e ó n . — A f o n s o X o s a

b i o . — A i r a s , J o a n . — A l g u e r o P e n e d o , D . J o

s é . — A l v a r e z d e N o v o a F e r r e r , J J . F r a n c i s

c o d e . — A l v a r e z d e V i l l a s a n d i n o , A f o n s o . —

A m a d o , J o s é B i e i to . — A m b r o a , P e r o d e . —

A m i g o , P e r o . — A m o r M e i lá n , D . M a n o e l .

— A n n e s M a r i n o , P e r o , —

A n ó n ,

D . F r a n c i a -



é ó . — A r e a l , D . J u s t o E . — A r c e d i a g o d e T o

r o ( O ) . — A r m a d a L o s a d a , D . J o a n , M a r q u é s

d e E i g u e i r o a . — A r m a d a T e i x e i r o , D . l l a

món.

J B

B a c h a r é l d e S a l am a n c a ( O ) . — B a n e t P o n -

t e n l a , D . M a n u e l . — B a r b e i t o , D . A v e l i n o . —

B a r c i a C a b a ll er o , D o n J o a n . — B a r r e i r o , D .

A l e x a n d r e . — B a r r e i r o D . L i s a r d o . — B a r r o s

S i v e l o , D . R a m ó n . — B e l t r á n , D . J o a n . — •

B o a d o S á n c h e s , D . P e d r o . — B o n a v a l , B e r -

n a l d e . — B r a ñ a s M e n ó n d e s , D . A l f r e d o .

O

C a be za de L e ó n , D . S a l v a d o r . — C a l d a s ,

M a r t i n

de .

— Calderón , D . Vicen c io , Co nde

de S . Jo an . Cá l ve l o , Va sco R od r i g ue s ,

— C a m a n e s , J o a n N ú ñ e s . — C a m i n o , D . A l

b e r t e . — C a m i n o , D . A n t o n i o . — C a m i n o , D .

D o m i n g o .— C a m o e s , V a s co P e r e s d e . — C a n a ,

P a i o d a . — C a n d a , D . E m i l i o . — C a n g a s , J o a n

d e . -

C a o, D . J o s é . — C a r r o A l d a o , D . E u g e

n i o . — C a s a l , D . R o m u al do .— C a s t a ñ e d a J u

r a d o ,

D . Ra fae l .—Cas t ro , D . An t on i o .— Cas

t r o ,

D o ñ a R o s a l i a d e . — C a s t r o L ó p e z , D .

M a n u e l . — C a s tr o N o v o a , D . E n r i q u e . —

C a s t r o R o d r í g u e z , D o n V i t o r . — C e r n a d a s

de C as t ro . D . D i ego

Antonio—Chas,

D o a



A v e l i n o . — C i d R o z o . D . E l i o d o r o . — C i v e i r a ,

D . R o g e l i o . — C o d a s , M a r t i n . — C o e l l g , E s t e -

bo . — Co i radas D . R am ón . — Corne lia s, D .

M a n u e l . — C o n d e S a l g a d o , D . R i c a r d o . —

C o r r a l , D o ñ a C l a r a . — C o r r a l , D . L u i s . —

C o r r e a . — C o t ó n , A f o n s o E a n e s d o . — C r u c e s ,

D . F o r t u n a t o . — C u b e l , A f on so F e r n á n d e s .

— C u r r o s H e n r i q u e s , D , M a n o e l .— C u v e i r o

P i n o l ,

D . J o a n .

i : >

D a r m e á , P e r o . — D a t o M u r u a i s , D o ñ a

F i l o m e n a . — D i a z , D . G u i l l e r m o ; — D i a z

S p u c b , D . M a r t in . — D o m í n g u e z I z q u i e r

do, Doctor D . José .

J S

E l i c e s , D , C a s t o r. — E s q u i v o , F e r n á n d '.

- F a n d i ñ o , D . A n t o n io B i e i t o .— F a r i ñ a ,

D . D o m i n g o A n t o n i o . — F e i x ó , D . V i c e n c io

M a r í a . — F e r n á n d e s A l o ns o , D . B i e i to . —

F e r n á n d e s A n c i l es , D . F r a n c i s c o . — F e r n á n -

d e s ,

D . C o n s t a n t in o . — F e r n á n d e s , D . M a -

s im i n o . — F e r n á n d e s d o J e r e n a , G a r c i . —

F e r n á n d e s M a g a r i ñ o s , D . M a n u e l . — F e r

nandos M i r a n d a , D , É z o q u i e l ,— F e r n á u d e s



M o r a le s , D . A n t o n i o . — F e r n a n d o s N e i r a , D .

J o s é .— F e r n á n d e s d e P a r g a , V a s c o . — F e r -

n á n d e s , E . u i . — F e r r e r , D . J o s é M a r í a . —

F i d a l g o S a a v e d r a , D . F r a n c i s c o .

O -

G a y o s o , D . E a r n i r o . — G a r c í a A c u ñ a , D o n

F e r n a n d o . — G a r c í a A l v a r e z , D . C e s ár eo .—

G a r c í a C a l v o , D . Q u i n t í n . - - G a r c í a F e r r e i r o ,

D .

A l b e r t e . — G a r c í a M o s q u e i r a , D . J o s é . —

G a r c í a d e 0 1 1 o q u i , D . E m i l i o . — G i l , D . J o s é

M a r ia .— G i l T a b o a d a . — G i l , V a s c o . — G o l

p e V á r e l a , D . S a l v a d o r . — G o m e s , A l v a r o .

—

G o m e s, D . D o m i n g o .— G o m e s C h a r i n o ,

P a i o . — G o n z á l e s L o p e s , D o n L u i s . — G o n z a

los de M endoza , Pe ro . — G onz á les de S an a -

b r i a , F e r n á n . — G o n z á l e s A cárela, D . U r b a n o .

— G o n z ále s, F e r n á n . — G o n z á l e s , R e y m ó n .

I

I g l e s i a G o n z á le s , D . A n t o n i o d e l a . — I g l e

s i a G o nzá l e s , D . F r an c i s co M ar í a de l a. —

I g l e s i a V á s q u e s , D . M a r c i a l M i g u e l d e l a .

I ,

L a b a r t a P o s e , D . H e n r i q u e . — L a g e , D .

F r a n ci sc o .— L a g o , F e r n a n d o . — L a g o G o n

zá les ,

D , M a n o e l . — L a m a s C a r v a ja l , D o n



V a l e n t í n . — L e i r a s , D . M a n o el . — L o i s, D o n

R o g e l i o . — L o i s V á s q u e s , D . M a n o e L — L o n i -

b a r d í a , D . J . — L o p e s F e r r e i r o , D . A n t o n i o .

— L o p e s M u ñ í s , D . J o a n . — L o p e s P i ñ a l , D .

C e s á re o .— L o p e s P i ñ a l , D . R a m ó n . — L o p e s

d e l a V e g a , D . J o s é . — L o s a d a , D . B i e i t o . —

L o u r i d o S á n e b e s , D . F r a n c i s c o . — L u g r i s

F r e i r é , D . M a n o e L

M a c l a s . — M a l v i d o , D . R a m ó n . — M a r c o s

S a n t o s , M a n o e l d e . — M a r te l o P a u m á n , D .

E v a r i s t o . — M a r t i n e s G o n z á le s, D . M a n o e l .

— M a r t i n s d o C a s a l, R o y . — M e e n d i ñ o .—

M e n d o z a d o s R í o s , P a b r o . — M i r a s . — M o l i n a

C o u ce iro . D . R a m ó n . — M o n t e n e g r o S a a v e -

d r a . D . A m a d o r . — M o n t e n e g r o V i l l a i n a r ,

D . S a n t ia g o .— M o o g o , P e r o . — — M u i ñ o d o

L a n d r o v e , D o ñ a H i p ó l it a .— M u r g u í a , D .

M a n o e l .— M u r u a i s, D . A n d r é s . — M u r u a i s ,

D . J e s ú s .

I V

N o g u e r ó l C a m b a , D . J o s é . — N o r i e g a V á

r e l a , D . A n t o n i o . — N ú ñ e s C a m a n e s , J o a n . —

N ú ñ e s , A i r a s . — N ú n e s G o n z á l e s , D . M a n o e l

^ - N ú ñ e s S a r m e n t ó . D . E d u a r d o ,



o

O g e a, D . J o sé .— O s o ir o , A u n e s . — O t e r o

P i m e n t e l , D . L u i s .

1 ?

P a e z d e R i b e la , R o y . — P a d r ó n , F e r n á n .

— P a i v a , J o l i a n S o a re s d e . -P a r d o d e A n d r a -

d e ,

D . M a n o e l . — P a r d o , D i o n is io C . — P a r d o ,

F e r n á n . — P a r d o G o m e s , D . E d u a r d o . — P a s

t o r D í a z , D . N i c o m e d e s . — P e d r o c e l o s , M a r

t i n . — P e r e i r a , D . A u r e l i a n o J . — P é r e z , A b r i l .

— P é re z B a l l e s t e r o s , D . J o s é . - - P e r e s P l a c e r ,

D . H er'acrio .— P es qu e i r a C res po , D . R . —

P i c o d e C o añ a, D . J u s t o . — P i n t o s , D . J o a n

M a n o e l . — P r a c e r B o u z o , D , C a m i l o .— P o l ,

D . C a r l o s .— P o l C a a m a ñ o , D . F l o r e n c i o . —

P o n d a l A b e n t e , D . E d u a r d o . — P o n t e , P e r o

d a . — P ó r t e la P e r e s , D . F r a n c i s c o . - - P o r t o

R e i , D . F r a n c i s c o . — P o s a d a P e r e i r a , D . J o

sé M a r í a . — P a e n t e B r a ñ a s , D . R i c a r d o .

Q u i n h o n e s , F e r n á n S o a r e s d e .

R e g ó ,

J o a n d e . - r R e i , D . A d o lf o .— R í o

O t e ro . — R iv a lb a , D . A u r e l i o . — R o d r i g u e s



G o n z á l e s , D . E l a d i o . — R o d r i g u e s L o p e s , D .

J e s ú s . — R o d r i g u e s M e i r a , D . J u l i o . — R o .

d r í g u e s d e P a d r ó n , J o a n . — R o d r i g u e s

S o a n e , D . L u i s . — R o d r i g u e s d e T e n o r i o ,

M e n .— R o m e r o B r a n c o , D . F r a n c i s c o . —

R o m e u , J o a n . — R o v i r a , D . P r u d e n c i o .

S

S a c o A r c e , D . J u a n . — S a c o B r e i , D . E m i

l io.— S a l g a d o R o d r i g u e s , D . J o s é . — S a l i n a s

R o d r i g u e s , D . G a lo .— S a n t a P e , P e d r o d e .

— S a r m i e n t o , F r a i M a r t in . — S e g u i n o , D o n

P e d r o . — S o l a z , P e d r o A n e s . — S o m o za , D o n

A n t o n i o S a n t i a g o . — S e r v a n d o , J o a n . — S o r s

M a r t í n e z , D . M a r c e l i n o . — S o t e l o , P > . J u l i o .

T

T a t o ,

D . A n t o n i o . — T e t t a m a n c y G a s t ó n ,

D . F r a n c is c o .— T o r r a d o , J o a n . — T u r n e s ,

V i c e n c i o d e .

V

V a l l a d a r e s N ú ñ e s , D o ñ a A v e l i n a . — V a .

H a d a re s N ú ñ e s , D . M a r c i a l .— V a l l e . — V a l i

d e P o r r a s , F e r n a n d o . — V a q u e i r a , R i m b a l d o

d e . — V á s q u e s d e N e i r a , P e d r o . — V á s q u e s ,

R u y . — V á f q u e s T a b oa d a, D . Á n g e l . — V á s -

q u e s d e T a l a v e i x a , J o a n . — V e e r . P e d r o d e -



— V e l e s d e G u e v a r a , P e d r o . — V i l a m e l l e ,

L u i s d e . — V i l le l g a , D . E m i l io A .

Yaf lez Gonzà les , D . Manoel



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— 5 ^ —



OBR S

DO UTOR

H

I S T O R I A

DE BETANZOS

. - -Co ru ñ a ,

1 8 8 6 .

(esgotada).

Os CALÁICOS

,

poema eu catro cantos e eu

oitava rima, 2 .

A

edición.—Habana,

1 8 9 4 .

pesetas 1 .

O D A S D E A N A C R E O N T E

,

postas en verso

gallego.—Oruña, 1 8 9 7 , pesetas 1, 25 .

PRO S M S

S E

E M P R E N T R E N

N O I T E B B A S

,

(poesías).

E N P R E P R C I Ó N

CANCIONEIRO CLÁSICO

,

traducios de poe

sías cortas dos mais famosos poetas gre-

goa e latinos.

Resume Da Historia de Galicia

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