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Nutrição e Digestão2011-2012
RESPOSTAS CORPORAIS À DOENÇA II
Ana Leonor RibeiroAna Leonor RibeiroAna Leonor RibeiroAna Leonor RibeiroProfessora Coordenadora da [email protected]
UC: RESPOSTAS CORPORAIS À DOENÇA II - 2011-2012
…é um tipo de função com as seguintes características específicas:
somatório de processos corporais e operações envolvidas no sustento,
crescimento e estado nutricional do corpo como um todo, manutenção
e reparação das células corporais, especialmente nos processos
diretamente envolvidos na ingestão, metabolismo e utilização de
nutrientes.
Nutrição
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Nutrição e Digestão
Nutrição
CaquexiaKwashiorkorMarasmo
Emaciação
ObesoExcesso de peso
Baixo peso corporal
Status nutricional
Inanição
Ingestão de alimentosIngestão nutricional
Processos do sistema regulador
Ingestão de líquidos
Malnutrição
Hipervitaminose
Hipovitaminose
Peso corporal
Centro da saciedadeCentro da fome
Tronco cerebral(regulação dos processos mecânicos)
Amígdala e córtex pré-frontal(via olfacto)
Hipotálamo
Hipotálamo lateral Núcleos ventro-mediais
Regulação da ingestão de alimentos
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Nutrição Instrumento de educação alimentar
Roda dos alimentos Pirâmide dos alimentos
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Nutrição Instrumento de educação alimentar
…foi criada em 1977, a fim de projectar e lançar em Portugal um
Programa de Educação Alimentar, integrando a Campanha “Saber
Comer É Saber Viver”.
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Nutrição Instrumento de educação alimentar
Grupo I – É constituído pelo grupo do leite e produtos lácteos, grandes fornecedores
sobretudo de proteínas e cálcio.
Grupo II – Engloba os fornecedores de proteínas de origem animal.
Grupo III – É o sector mais pequeno, englobando as gorduras.
Grupo IV – Cereais – São fornecedores de energia, Hidratos de Carbono,
fornecem ainda algumas proteínas, minerais, vitaminas e fibras.
Grupo V – Produtos hortícolas e frutas – fornecem sobretudo vitaminas (carotenos
percursores de vitamina A e vitamina C) todos os minerais, e fibras.
os restantes componentes são quase só residuais.
Grupo VI – Água – Considerado no novo modelo da roda dos alimentos.
No entanto outros autores integram neste as restantes bebidas.
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Nutrição Leis da alimentação racional
Lei da quantidade
Lei da qualidade
Lei da harmonia
Lei da adequação
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…a quantidade de alimentos a ingerir diariamente deve ser suficiente pª cobrir as
exigências energéticas (calorias) do organismo e manter o equilíbrio do seu
balanço (entre o que se ingere e se elimina pelas fezes, urina, suor, respiração…).
Nutrição Leis da alimentação racional
Lei da quantidade
Lei da qualidade
…o regime alimentar deve ser higiénico e completo na sua composição, de forma a
fornecer ao organismo todas as substâncias de que é constituído e de que precisa
para viver.
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Nutrição Leis da alimentação racional
Lei da harmonia
Lei da adequação
…os nutrientes levados pelo organismo precisam manter entre si proporções
convenientes, desde os energéticos a todos os outros.
…pelos alimentos que os compõe e pela forma como são cozinhados, a alimentação
e as refeições precisam ser adaptadas às condições dos indivíduos a que se
destinam (sãos ou doentes), em especial ao estado do funcionamento dos
aparelhos digestivo, circulatório e renal.
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Conhecimentos sobre nutrição adequada?
Nutrição
…processos corporais e operações envolvidas no sustento,
crescimento e estado nutricional do corpo como um todo,
manutenção e reparação das células corporais,
especialmente nos processos directamente envolvidos na ingestão,
metabolismo e utilização de nutrientes.
• Demonstra conhecimentos sobre nutrição adequada
• Não demonstra conhecimentos sobre nutrição adequada
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…é um status: peso e massa corporal em relação com a ingestão de
alimentos e nutrientes específicos estimados de acordo com a altura,
estrutura corporal e idade.
(CIPE, 2011)
Nutrição e Digestão
Status nutricional
Status nutricional: Quantidade e qualidade de nutrientes ou alimentos
introduzidos no corpo.
(CIPE, 2011)
Ingestão nutricional
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Nutrição e Digestão
Ensinar sobre ingestão nutricional
Ingestão nutricionalIntervenção de enfermagem
• Comer a horas certas, devagar, tranquilamente, em ambiente não ruidoso, mastigar e
misturar bem com a saliva.
• Nunca comer em excesso.
• Beber em quantidade suficiente e sobretudo água.
• Cozinhar de forma simples evitando o uso de condimentos e outros alimentos de risco
como as gorduras e o açúcar.
• Ter rigorosas medidas de higiene quer com os alimentos quer com os utensílios usados
para os preparar, acondicionar ou servir.
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Nutrição e Digestão
• Ingestão de alimentos
Ingestão nutricional
• Ingestão de líquidos
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Nutrição e Digestão
Ingestão nutricional - Ingestão de líquidos
• Diferentes formas de líquidos que podemos ingerir:
• Águas minerais naturais ou mineromedicionais
• Infusões e/ou bebidas aromáticas
• Refrigerantes (…e “sumos”)
• Bebidas alcoólicas
• 1gr. de álcool = 7 cal = valor energético de libertação rápida
• Consumo deve ser aquando às refeições principais
• Adulto masc, em média, 400ml de vinho ou equivalente de álcool /dia
• Adulto fem, não mais de 200ml.
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Nutrição e Digestão
Ingestão nutricional - Ingestão de líquidos• Bebidas alcoólicas
Peres (1982) - Portugal 600.000 alcoólicos.
O teor alcoólico das variadas bebidas (gramas de álcool por decilitro de bebida):
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Nutrição e Digestão
Ingestão nutricional - Ingestão de líquidos
- Estimulantes (café, chá e cacau)
Contêm: cafeína, teína e teobromina (estimulantes do sistema nervoso e cardiovascular, diuréticos, estimulam à produção de ácido clorídrico e começa-se a atribuir relação entre o seu consumo e o cancro do pâncreas)Consumo > 250 mg de cafeína/dia �dependência. Chá verde e chá preto
- Sedativas digestivas (tília, cidreira, hortelã-pimenta, camomila…).
Gonçalves Ferreira (1994)
Bebida Cafeína / Teofilina /Teobromina (mg)
Café expresso 1,5 dl
Café de cafeteira 1,5 dl
Café instantâneo 1,5 dl
Café descafeinado 1,5 dl
Chá Preto, infusão 5 min. 1,5 dl
Chá instantâneo 2 dl
Cola (light ou normal) 4 dl
Chocolate fervido 30 ml
Chocolate de leite, pasta, 30 g
Cacau em bebida 2dl
137
117
60
3
46
33
30 – 46
25 – 35
6
5
Infusões e/ou bebidas aromáticas
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Nutrição e Digestão
Ingestão nutricional - Ingestão de líquidos
• Ensinar sobre ingestão de líquidos
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Nutrição e Digestão
Ingestão nutricional - Ingestão de alimentos
• Ensinar sobre ingestão de alimentos
Quanto ao nº de refeições
– Refeições devem ser fracionadas e distribuídas ao longo do dia
– Intervalos não superiores a 3h,30.
– Quantidade deve ser ajustada à idade, sexo, estatura, clima, esforço no trabalho ou
activ. física.
- Salientar o tempo destinado a cada refeição (comer com tempo, calma, afim de retirar o
máx de rendimento dos alimentos.
Quanto à qualidade
- As refeições devem contemplar alimentos dos vários grupos de alimentos mas o
estritamente necessário. Alimentação variada. O excesso conduz à obesidade.
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Nutrição Valor energético dos alimentos
Energia dos alimentos
1 gr proteínas = 5,65 Kcal
1 gr gordura = 9.45 Kcal
1 gr hidratos carb.= 4.1Kcal
1 gr álcool = 7.1 Kcal
(1Kcal = 4,2 kJ)
Energia digerível
1 gr proteínas = 5,2 Kcal
1 gr gordura = 9 Kcal
1 gr hidratos carb.= 4Kcal
1 gr álcool = 7.1 Kcal
Energia metabolizável
1 gr proteínas = 4 Kcal
1 gr gordura = 9Kcal
1 gr hidratos carb.= 4Kcal
1 gr álcool = 7 Kcal
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Nutrição Ingestão nutricional
• Hidratos de carbono
• Proteínas
• Gorduras
• Sais minerais
• Vitaminas
Os alimentos deverão conter
os nutrientes necessários para
assegurar os processos
metabólicos, e a sua ingestão deve
resultar do equilíbrio ponderado
das necessidades
Fontes de fornecimento de energia:
Hidratos de carbono – 50 a 60%
Lipídios – 20 a 30%
Proteínas - 15 a 20%
As necessidades nutricionais dependem, essencialmente:
• Taxa de metabolismo basal
• Nível de atividade física
Nutrição Determinação das necessidades nutricionais
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As necessidades nutricionais variam ao longo do ciclo vital:
• Infância e adolescência
• Gravidez e lactação
• A partir da meia idade
Nutrição Determinação das necessidades nutricionais
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Como calcular?
– Peso corporal ideal (PCI) * 30 Kcal / dia (sedentário)
– Peso corporal ideal (PCI) * 35 a 40 Kcal / dia (atividade moderada)
– Peso corporal ideal (PCI) * 45 a 50 Kcal / dia (atividade elevada)
– Recém-nascidos 110 a 120 Kcal /Kg /dia
Nutrição Avaliação do status nutricional
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Exame físico:
Peso
Altura
Índice de massa corporal (IMC)
IMC = Peso / Altura m2IMC = Peso / Altura m2
Baixo peso <18,5 kg/m2
Peso normal 18,5 – 24,9 kg/m2
Excesso de peso 25 – 29,9 kg/m2
Obesidade (classe 1) 30 – 34,9 kg/m2
Obesidade (classe 2) 35 – 39,9 kg/m2
Obesidade (classe 3) ≥40 kg/m2
(OMS)
• Pregas cutâneas
• Adipómetro
(instrumento de medida)
Nutrição Avaliação do status nutricional
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Prega cutânea do bíceps / trícipe Prega cutânea sub-escapular
Nutrição Avaliação do status nutricional
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Perímetro muscular do braço / Circunferência do braço / Prega cutânea
Nutrição Avaliação do status nutricional
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Perímetro da cintura
Perímetro da cintura
Risco elevado Risco muito elevado
Homens ≥ 94 cm ≥ 102 cm
Mulheres ≥80 cm ≥ 88 cm
Nutrição Avaliação do status nutricional
Aspecto geral
• Cabelo – alopécia, fragilidade e secura podem ser devidas a carência deproteínas, zinco e/ou vitaminas A e E
• Pele – acne, pele seca podem ser devidas a carência de vitaminas;petéquias, pontos de hemorragia associados a carência de vitaminas K e C
• Boca – estomatites, glossites podem ser devidas a carência de vitaminas docomplexo B e vitamina C
• Extremidades – diminuição dos reflexos osteotendinosos e parestesiaspodem estar associados a carências de vitamina D, K e do complexo B
Nutrição Avaliação do status nutricional
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Nutrição Avaliação do status nutricional
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Sangue:
• Proteínas totais
• Albumina
• Creatinina
• Vitaminas
• Transferrina
• Ácido fólico
• Hemograma
• Glicose
• Triglicerídeos
• Ionograma
Urina:
• Creatinina
• Densidade
• Ureia
• Glicose
Fezes:
• Gorduras
• Nitrogénio
• Açucares
Parâmetros bioquímicos
Nutrição Avaliação do status nutricional
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Dados subjectivos
Hábitos alimentares
Alimentos preferidos / não tolerados
Nº. de refeições/dia, horário das refeições
Conhecimento sobre o valor nutritivo dos alimentos
Hábitos de confeção dos alimentos
Crenças e valores
Condições económicas
Hábitos de exercício
Nutrição Determinar status nutricional
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• Pesar
• Medir altura
• IMC
• Determinar percentil (utilizar tabelas de percentis)
• Atender aos valores de referência
• Determinar necessidades calóricas estimadas
(considerando sexo, idade e grau de atividade física)
Desenvolvimento dentrodos parâmetros normais
e esperados
CriançasGrávidas
Adolescentes
Idoso Adulto
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Nutrição Ingestão nutricional
Ingestão nutricional
• Ingestão nutricional diminuída
• Risco de ingestão nutricional diminuída
Status nutricional: Quantidade e qualidade de nutrientes ou alimentos
introduzidos no corpo.
(CIPE, 2011)
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Nutrição Ingestão nutricional diminuída (risco de)
↑ Necessidades metabólicas
Cancro
Queimaduras
Infecções graves
Politraumatismos
↓ Ingestão de nutrientes
Compromisso da absorção, diarreia intensa
Apetite diminuído
Determinadas cirurgias, tratamentos e/ou medicamentos
Lesões da mucosa oral
Compromisso da mastigação/deglutição
Aspectos maturacionais ao longo do ciclo vital
Conhecimentos e crenças erradas sobre valor nutricional dos alimentos
Intervenções de enfermagem:
– Determinar status nutricional
• Pesar
• Medir altura
• Monitorizar IMC
• Monitorizar prega cutânea
– Planear regime dietético
– Negociar regime dietético
– Alimentar o indivíduo
– Alimentar o indivíduo através de sonda gástrica
– Instruir o indivíduo sobre regime dietético
– Instruir os pais sobre regime dietético
– Instruir o prestador de cuidados sobre regime dietético
– Contactar serviço comunitário de refeições
– Solicitar serviço de nutrição
– Monitorizar adesão regime dietético
Nutrição Ingestão nutricional diminuída (risco de)
Ingestão nutricional comprometida (risco de)
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Nutrição Peso corporal
Excesso de peso
Peso corporal: condição de elevado peso e massa corporal, habitualmente 10 a 20
por cento acima do peso ideal, aumento proporcional de células gordas,
predominantemente nas vísceras e tecido subcutâneo, associado a ingestão excessiva
de nutrientes, alimentação em excesso e falta de exercício.
Obeso
Excesso de peso: condição de elevado peso e massa corporal, habitualmente mais de
20 por cento acima do peso ideal, aumento anormal na proporção de células
gordas, predominantemente nas vísceras e tecido subcutâneo, associado a ingestão
excessiva e contínua de nutrientes, alimentação em excesso e falta de exercício,
durante longos períodos de tempo.(ICN, 2011)
Causas:
– Ingestão de alimentos superior às necessidades corporais
– Hábitos alimentares errados
– Sedentarismo
– Efeito de medicamentos (corticoides, anti-depressivos, anti-
histamínicos)
– Falta de conhecimentos sobre o valor nutritivo dos alimentos
– Factores genéticos
Nutrição Excesso de peso / Obesidade
Alimentação Fazer exercício
Excesso de pesoObesidade
Elevado risco de doenças crónicase incapacitantes
Tendência actual
Projectos de futuro
Controle do pesoActividade física
Reduzir risco de doenças e melhorara qualidade de vida
MUDANÇA
Hábitos - Padrões
NutriçãoExcesso de peso / Obesidade
...elevado peso e massa corporal, habitualmente 10-20% acima do peso ideal
Intervenções de enfermagem:
– Determinar status nutricional
• Pesar
• Medir altura
• Monitorizar IMC
• Monitorizar prega cutânea
• Monitorizar perímetro da cintura
– Planear regime dietético
– Negociar regime dietético
– Incentivar ingestão de líquidos antes da refeição
– Instruir o indivíduo sobre regime dietético
Nutrição Excesso de peso (risco de)
...elevado peso e massa corporal, habitualmente 10-20% acima do peso ideal
Intervenções de enfermagem (cont.)
– Instruir o indivíduo sobre o valor nutritivo dos alimentos
– Instruir o(s) membro(s) da família sobre o valor [nutritivo] dos alimentos
– Instruir o prestador de cuidados sobre o valor [nutritivo] dos alimentos
– Incentivar exercício físico
– Negociar o exercício físico
– Solicitar serviço de nutrição
– Monitorizar adesão ao regime dietético
Nutrição Excesso de peso (risco de)
...elevado peso e massa corporal, habitualmente mais de 20 %, durante longos períodos de tempo.
Intervenções de enfermagem:
– Determinar status nutricional
• Pesar
• Medir altura
• Monitorizar IMC
• Monitorizar prega cutânea
• Monitorizar perímetro da cintura
– Solicitar serviço de nutrição
Nutrição Obesidade
MetabolismoMetabolismo energético
Status nutricionalIngestão nutricional
Excesso de pesoObeso
Comportamento de procura de saúde Gerir regime dietéticoGerir o fazer exercício
Adesão ao regime dietético
Hábitos /Padrões:
Regime dietético
Fazer exercício
ConhecimentoForça de vontade
AdaptaçãoAutocontrolo
Crença
Nutrição
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…é um tipo de função com as seguintes características específicas:
processo de converter alimentos em substâncias susceptíveis de
serem absorvidas e assimiladas pelo corpo, para seu sustento,
através de decomposição mecânica e química.
Digestão
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Digestão
A digestão implica:
• Decomposição dos alimentos
• Movimento dos alimentos ao longo do tubo digestivo
• Secreção de sucos/substâncias auxiliares da digestão
• Circulação do sangue pelos órgãos digestivos
• Absorção dos produtos digeridos
• Controlo nervoso das actividades anteriores
Boca – mastigação; secreção;
deglutição (absorção de H2O);
Esófago – deglutição (condução do bolo
alimentar)
Estômago – Absorção;
Intestino delgado – Absorção;
Intestino grosso – Absorção;
Digestão Anatomia
1. Sistema nervoso entérico
2. Neurotransmissores
3. Controlo Autónomo do tubo gastrointestinal
4. Reflexos gastrointestinais
Digestão Controlo da função gastrointestinal
V - Nervo trigêmeo
VII - Nervo facial
IX - Nervo glossofaríngeo
X - Nervo vago ou pneumogástrico
XII - Nervo hipoglosso
O tronco cerebral – Pares cranianos – Digestão
Digestão Controlo da função gastrointestinal
V - Nervo trigêmeo
ramo motor (possui três ramos: o mandibular, o oftálmico e o nervo maxilar )
Motricidade da mandíbula
Secreção das glândulas parótidas, sub maxilares e sub linguais (saliva)
VII - Nervo facial
ramo motor
Salivação
Motricidade dos músculos da face
ramo sensitivo
Paladar
O tronco cerebral – Pares cranianos – Digestão
Digestão Controlo da função gastrointestinal
IX - Nervo glossofaríngeo (Junto com os nervos facial e vago, está relacionado a sensibilidade gustativa)
• ramo motor
•Elevação da faringe
•Salivação
• ramo sensitivo
•Sensibilidade da faringe e 1/3 posterior da língua
X - Nervo vago ou pneumogástrico - É responsável pela inervação parassimpática de praticamente todos os órgãos abaixo do pescoço (pulmão, coração, estômago, intestino delgado, etc.), exceto parte do intestino grosso (a partir do segundo terço do cólon transverso) e órgãos sexuais
• ramo motor
•Enervação da faringe e véu palatino
•Motricidade e secreção gastrointestinal
Digestão Controlo da função gastrointestinal
O tronco cerebral – Pares cranianos – Digestão
XII - Nervo hipoglosso (Enerva os músculos que movimentam a língua, sendo por isso,
considerado como o nervo motor da língua)
•motor
•motricidade da língua
Digestão Controlo da função gastrointestinal
O tronco cerebral – Pares cranianos – Digestão
MastigaçãoFisiologia da Mastigação
• Papel dos dentes
- cortar (incisivos)
- triturar (molares)
• Músculos Faciais (movimento da mandíbula)
• Controlo dos músculos da mastigação
• Reflexo de mastigação
• Criação de condições favoráveis para a actuação das enzimas sobre a
superfície das partículas alimentares
DeglutiçãoFisiologia da Deglutição
- Fase voluntária
- Fase faríngea
- Fase esofágica
Deglutição: alimento na boca → faringe → esófago → estômago
O bolo alimentar é empurrado para trás, pelaelevação da língua contra o palato.
Segue-se a fase involuntária [reflexa]
Fase faríngea
1. O palato mole eleva-se (evitando o refluxo doalimento pelo nariz)
2. As pregas palato-faríngeas de cada lado dafaringe são puxadas e aproximadas para ocentro (fenda sagital) por onde progride oalimento para a faringe posterior
3. As cordas vocais aproximam-se, a laringe épuxada para cima e para a frente pelosmúsculos do pescoço, encerrando a epiglote eabrindo o esófago
4. O esfíncter esofágico relaxa e deixa passar oalimento
5. Simultaneamente os músculos faríngeoscontraem-se iniciando uma onda peristáltica
DeglutiçãoFisiologia da Deglutição
- Fase voluntária
- Fase faríngea
- Fase esofágica
Deglutição: alimento na boca → faringe → esófago → estômago
Peristaltismo primário
(manutenção da onda peristáltica)
Peristaltismo secundário
(ondas complementares sempre que o peristaltismoprimário e a gravidade não são eficazes para aprogressão do alimento. Por exemplo na posição dedeitado)
DeglutiçãoFisiologia da Deglutição
Comer e beberComer e beber
Processo do sistema gastrointestinalProcesso do sistema gastrointestinal
Sugar
Mastigar
Deglutir
Eructação
Absorção
Regurgitação
Vómito
Focos de atenção
Sucção Diminuída
Comprometida
Comer ou beber :
…ingestão de líquidos pela boca utilizando os músculos dos
lábios e da língua, por exemplo, o leite da mama ou líquido por
biberão.
(CIPE, 2011)
Sugar
• Prematuridade
• Malformações congénitas (fenda do palato, lábio leporino)
• Alterações neurológicas (compromisso do 5º, 7º e 12º pares cranianos)/ consciência
• Alterações musculares (hipotonia, fraqueza muscular)
• Efeito secundário de medicamentos
•Dispneia/ problemas respiratórios
SugarSucção diminuída
Sucção comprometida
• Reflexo de sucção fraco
• Dificuldade do RN para agarrar o mamilo
• Dificuldade respiratória
• Falta de conhecimentos e capacidades dos pais
SugarSucção diminuída
Sucção comprometida
• Reflexo de sucção fraco
• Dificuldade do RN para agarrar o mamilo
• Dificuldade respiratória
• Falta de conhecimentos e capacidades dos pais
• Prematuridade
• Malformações congénitas
• Alterações neurológicas
• Alterações musculares
• Efeito secundário de medicamentos
Sucção comprometida
Factor concorrente para…
Ingestão nutricional diminuída
Sucção
Intervenções de enfermagem:
• Vigiar reflexo de sucção
• Estimular reflexo de sucção
• Ensinar os pais sobre como estimular a sugar
• Instruir os pais sobre como estimular a sugar
• Promover sucção não nutritiva
• Inserir dispositivo de alimentação [SNG]
• Alimentar o RN através de dispositivo de alimentação [SNG]
• Ensinar os pais sobre a técnica de alimentação através de dispositivo de alimentação [SNG]
• Instruir os pais sobre a técnica de alimentação através de dispositivo de alimentação [SNG]
• Treinar os pais sobre a técnica de alimentação através de dispositivo de alimentação [SNG]
SucçãoSugar
Sucção diminuída/comprometidaConhecimentos dos pais sobre…
comer ou beber:
…decomposição mecânica dos alimentos na boca, esmagando-os
com os dentes e os movimentos da língua.
(CIPE, 2011)
Mastigação comprometida
Mastigar
• Alterações neurológicas (lesões 5º,7º,12ºpares cranianos)
• Alterações neuromusculares (Parkinson, Alzheimer)
• Cirurgia cabeça/pescoço
• Diminuição da produção de saliva (efeito medicação, idade)
• Alterações na dentição
• Inadaptação às próteses dentárias
• Alteração da mucosa oral
• Dor
• Dificuldade respiratória / Dispneia
Mastigação comprometida
Causas
• Alterações neurológicas (lesões 5º,7º,12ºpares cranianos)
• Alterações neuromusculares (Parkinson, Alzheimer)
• Cirurgia cabeça/pescoço
• Diminuição da produção de saliva (efeito medicação, idade)
• Alterações na dentição
• Inadaptação às próteses dentárias
• Alteração da mucosa oral
• Dor
• Dificuldade respiratória / Dispneia
Mastigação comprometida
Causas
Risco de aspiração/asfixiaIngestão nutricional diminuída
Factor Concorrente para…
• Observar cavidade oral
• Planear regime dietético
• Orientar o indivíduo para o uso de prótese dentária
• Providenciar prótese dentária
• Assegurar a utilização de prótese dentária
• Vigiar a refeição
Mastigação comprometida
Intervenções de enfermagem
Comer ou beber: passagem dos líquidos e dos alimentos
fragmentados, pelo movimento da língua e dos músculos, da
boca para o estômago através da orofaringe e esófago.
(CIPE, 2011)
Deglutir
Deglutição comprometida
Deglutição efetiva
F Capacidade para deglutir
• Alterações neuromusculares
(Miastenia Gravis, Guillan-Barré, Parkinson, ...AVC, lesões do 5º, 7º, 9º, 10º, 12º pares cranianos)
• Alterações da consciência
• Cirurgia da cabeça e pescoço
• Patologia da traqueia e esofágica (tumores)
• Alterações da mucosa oral e esofágica
• Problemas respiratórios/Dispneia
Risco de aspiraçãoIngestão nutricional diminuída
Factor Concorrente para…
Deglutição
Deglutição comprometida
• Observar cavidade oral depois da refeição
• Vigiar deglutição
• Planear regime dietético
• Inserir dispositivo de alimentação[sonda nasogástrica]
• Alimentar indivíduo / criança
• Alimentar indivíduo / criança através de dispositivo de alimentação [sonda
nasogástrica]
• Alimentar lactente através de biberão
• Referir deglutição comprometida ao serviço de nutrição / médico
• Ensinar / instruir / treinar técnica de deglutição
Deglutição Comprometida
Conhecimento sobre técnica de deglutição…
Aprendizagem de capacidades para usar a técnica…
Intervenções de enfermagem
Processo do sistema gastrointestinal: trazer à boca ar
proveniente do estômago.
(CIPE, 2011)
• Distúrbios da absorção
• Distúrbios psiquiátricos (alimentação compulsiva)
Eructação
Eructação
Risco de eructação
• Posicionar a criança / indivíduo
(tronco elevado)
• Instruir o indivíduo sobre como facilitar a eructação
(deve colocar uma das mãos sobre a região epigástrica e efectuar movimentos leves e
circulares)
• Instruir os pais sobre como facilitar a eructação
(a criança deve ser colocada junto ao peito do adulto, em posição vertical, e devem ser
aplicadas leves pancadas na região interescapular)
• Posicionar a criança
(decúbito lateral direito com cabeça ligeiramente elevada)
• Vigiar criança / indivíduo
Eructação
Risco de eructação
Intervenções de enfermagem
Processo do sistema gastrointestinal comprometido: refluxo ou
retorno dos alimentos deglutidos para a boca; incapacidade de
impedir o refluxo das substancias do estômago para as vias aéreas,
acompanhado pela inalação do conteúdo gástrico para as vias
aéreas.
(ICN, 2011)
• Refluxo gastroesofágico
• Excesso alimentar
Regurgitação
Regurgitação
Risco de regurgitação
• Posicionar a criança / indivíduo (tronco elevado)
• Instruir o indivíduo sobre como facilitar a eructação
(deve colocar uma das mãos sobre a região epigástrica e efectuar movimentos leves e circulares)
• Instruir os pais sobre como facilitar a eructação
(a criança deve ser colocada junto ao peito do adulto, em posição vertical, e devem ser aplicadas
leves pancadas na região interescapular)
• Instruir os pais sobre técnica de alimentação / amamentação
• Minimizar mobilidade da criança antes e durante a refeição
• Posicionar a criança
(decúbito lateral direito com cabeça ligeiramente elevada)
• Vigiar criança / indivíduo
Eructação
Risco de eructação
Intervenções de enfermagem
Processo corporal: Incorporação de nutrientes sob a forma de
alimentos, sólidos ou líquidos, introduzidos no organismo através
do tubo digestivo.
(CIPE, 2011)
• Náusea
• Vómito
Absorção
Absorção Comprometida
Risco de absorção
• Processos patológicos das estruturas envolvidas na digestão
(úlcera gástrica, neoplasia gástrica, doença pancreática, e/ou biliar, ...)
• Alteração da mucosa intestinal
(infecção, inflamação, doença oncológica – remoção de parte do intestino, ...)
• Compromisso da perfusão mesentérica
• Efeitos secundários de medicamentos (antibióticos)
• Alterações neuromusculares (hiperestimulação parassimpática )
Absorção comprometida relacionada com
• Monitorizar conteúdo gástrico antes das refeições
(quantidade/relação com última refeição)
• Vigiar conteúdo gástrico
(tipo de conteúdo/aspecto)
• Vigiar a eliminação intestinal
• Planear as refeições
(intervalos entre as refeições, quantidade, tempo de administração de dieta, ...)
Absorção comprometida
Risco de absorção comprometida
Intervenções de enfermagem
Processo do sistema gastrointestinal comprometido: expulsar
ou trazer de volta alimentos processados ou conteúdo
gástrico através o esófago e para fora da boca.
(CIPE, 2011)
Vómito
Vómito
Risco de vómito
Sem vómito
Centro bilateral do vómito
• Bulbo cerebral
• Impulsos aferentes do Vº, VIIº, IXº, Xº, XIIº pares cranianos
Envolventes
• O anti peristaltismo (início c/ irritação gastrointestinal ou distensão excessiva); a
onda peristáltica pode iniciar-se no íleo e progredir à velocidade de 2-3 cm/s
• Estimulação do centro do vómito por substâncias estimulantes
• Contracções do duodeno e estômago e relaxamento do esfíncter esofágico com
apoio dos músculos abdominais
Vómito
Mecanismo
• Respiração profunda
• Elevação do osso hióide e da laringe
• Abertura do esfíncter esofágico
superior
• Encerramento da glote
• Elevação do palato mole – fechar as
fossas nasais
• Contracção muscular abaixo do
diafragma
Vómito
Relacionado com:
• Obstrução gastrointestinal (impede esvaziamento gástrico)
• Distúrbios da absorção
• Efeitos secundários de medicação (morfina, tramadol ...)
• Dor visceral intensa
• Distúrbios metabólicos graves
• Náuseas, vertigens ou tonturas
• Aumento da pressão intracraneana
• Distúrbios psiquiátricos (alimentação compulsiva)
Vómito
Risco de vómito
• Analisar vómito
� Tipo (alimentar, aquoso, biliar, tipo borra de café, sangue)
� Quantidade
� Cheiro
� Frequência (relação com refeição, hora do dia, tratamento ou outro fator
desencadeante)
• Interromper ingestão de alimentos
• Verificar permeabilidade do dispositivo de alimentação
• Inserir dispositivo de drenagem no estômago
• Executar lavagem gástrica
• Posicionar a criança / indivíduo (tronco elevado)
• Elevar cabeceira da cama
• Otimizar ambiente físico
Vómito
Risco de vómito
Intervenções de enfermagem
• Iniciar ingestão de alimentos
� Na criança é aconselhado ingerir 1 colher de café de água com açúcar de 5 em 5 mim. até
tolerar ou no caso de criança maior chupar um chupa-chupa. Mais tarde pode optar-se
por comer gelatina, biscoitos de água e sal ou sopa em pequenas porções.
• Instruir o indivíduo sobre a ingestão de alimentos
• Instruir os pais sobre a ingestão de alimentos
• Instruir o prestador de cuidados a ingestão de alimentos
• Monitorizar vómito
Vómito
Risco de vómito
Intervenções de enfermagem (cont.)
Vómito (criança)Vómito (criança)
Risco de desidratação
Ingestão nutricional insuficiente
Risco de desidratação
Ingestão nutricional insuficiente
Factor concorrente para
RegurgitaçãoRegurgitação
Risco de aspiraçãoRisco de aspiraçãoFactor concorrente para
EructaçãoEructação
Risco de cólicaRisco de cólicaFactor concorrente para
Processos do sistema gastrointestinal
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Bibliografia