RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL UNIMED DE LINS … · 2011-03-30 · CRISTIANE TIROLEZ GODOI MARIA...
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UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Administração
Cristiane Tirolez Godoi
Maria Rosana Dias Naufal
Sabrina Miranda de Sousa Honório
Thiago Rinaldi dos Santos
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
Unimed de Lins Cooperativa de Trabalho Médico
Lins/SP
LINS – SP
2010
CRISTIANE TIROLEZ GODOI
MARIA ROSANA DIAS NAUFAL
SABRINA MIRANDA DE SOUSA HONÓRIO
THIAGO RINALDI DOS SANTOS
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
UNIMED DE LINS COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO – LINS/SP
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração, sob a orientação do Prof. M.Sc. Paulo Jair Viotto e orientação técnica da Profa Esp. Ana Beatriz Lima.
LINS – SP
2010
Godoi, Cristiane Tirolez; Naufal, Maria Rosana Dias; Honório, Sabrina Miranda de Sousa; Santos, Thiago Rinaldi dos
Responsabilidade Socioambiental: Unimed Cooperativa de Trabalho Médico/ Cristiane Tirolez Godoi; Maria Rosana Dias Naufal; Sabrina Miranda de Sousa Honório; Thiago Rinaldi dos Santos. – – Lins, 2010.
142p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração, 2010
Orientadores: Paulo Jair Viotto; Ana Beatriz Lima
1. Meio Ambiente. 2.Responsabilidade Socioambiental. 3.Unimed. I Título.
CDU 658
G531r
CRISTIANE TIROLEZ GODOI
MARIA ROSANA DIAS NAUFAL
SABRINA MIRANDA DE SOUSA HONÓRIO
THIAGO RINALDI DOS SANTOS
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
UNIMED DE LINS COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO – LINS/SP
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para obtenção do título de Bacharel em Administração.
Aprovada em: ____/____/____
Banca Examinadora:
Prof. (a) Orientador (a): Paulo Jair Viotto
Titulação: M. SC. Comunicação – UNIMAR, 2007.
Assinatura: _________________________________
Prof. (a): ________________________________________________________
Titulação: _______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: ________________________________
Prof. (a): ________________________________________________________
Titulação: _______________________________________________________
Assinatura: _________________________________
AOS MEUS PAIS, que me propiciaram uma vida digna onde eu pudesse crescer,
acreditando que tudo é possível, desde que sejamos honestos, íntegros de caráter e tendo a
convicção de que desistir nunca seja uma ação contínua em nossas vidas; que sonhar e concretizar os
sonhos só depende da nossa vontade. Eles que seguraram minhas mãos, apontaram-me o melhor
caminho, a melhor direção, sempre estiveram ao meu lado em tudo. Graças à humildade como fui
criada em meio a desafios de superação que toda família enfrenta, percebi o quanto a família é
importante. E graças a vocês e seus puxões de orelhas, rsrs... estou vencendo mais um obstáculo.
Obrigada Mãe! Obrigada Pai! Esse trabalho também é de vocês. Amo vocês!
AO MEU IRMÃO, que muitas vezes me ajudou, até mesmo me levando para faculdade, e
algumas vezes ficamos até altas horas estudando juntos um ensinando o outro. Muito obrigada!
AOS COLEGAS DO CURSO, que juntos conseguimos alcançar o mesmo
objetivo. Em especial meu grupo de monografia: Maria Rosana, Sabrina e Thiago Rinaldi. Os
demais até mesmo aqueles que não concluíram, mas que passaram algum tempo ao nosso lado espero
que ainda possamos nos encontrar, sendo até como colegas de trabalho, mas todos serão guardados
na memória. Foram muitos momentos de festas e alegrias que passamos juntos jamais serão
esquecidos.
AOS AMIGOS... “Um verdadeiro amigo é alguém que te conhece tal como és,
compreende onde tens estado, acompanha-te em teus lucros e teus fracassos, celebra tuas alegrias,
compartilha tua dor e jamais te julga por teus erros.” Obrigada meus grandes amigos que conquistei
durante esses anos, por tudo que me proporcionaram. Agradeço pelo carinho de todos como: Pri,
Jéh, Pathy, minhas amigas de infância. E meus amigos de trabalho: Adriana, Felipe, Natália, Raquel,
Sandra, Sônia e Vera... Obrigada por ter participado de mais uma vitória. Aos demais que não
foram citados essa vitória também é de vocês!
CristianeTirolez Godoi
EM ESPECIAL AO MEU MARIDO,
Por acreditar, incentivar e estar sempre ao meu lado, dando apoio nos momentos mais
difíceis, sem nunca deixar de acreditar no meu potencial. Pelas palavras e gestos de carinho, amizade,
companheirismo, cumplicidade e otimismo, que me deram forças para vencer (NEOQEAV).
A MINHA FILHA SOPHIA,
Um amor incondicional, onde a cada ano com o seu crescimento adquiri forças para superar
os obstáculos em busca de oferecer um futuro melhor. Obrigada por você existir. Amo-te muito.
Maria Rosana Dias Naufal
AO MEU MARIDO,
Pela compreensão e o apoio nos momentos mais difíceis, acreditando que iria chegar até aqui.
Obrigada, por ser esse companheiro maravilhoso e por todos os dias ao meu lado, você é tudo pra
mim.
A MINHA MÃE,
Que me ensinou a ser uma pessoa determinada e ter humildade sempre, fazendo acreditar
que é necessário correr atrás de nossos objetivos, fazendo de tudo para eu estar aqui hoje, por todos
ensinamentos, e anos e anos de dedicação. Muito obrigada mãe, amo você! Esta realização é sua
também.
Sabrina Miranda de Sousa Honório
À FAMÍLIA
Por terem me proporcionado a realização e conclusão de um curso superior; sempre estando
ao meu lado nos momentos difíceis para amenizar os conflitos existentes no dia a dia. Pelo carinho e
afeto que sempre manifestam por parte dos meus pais Maurício e Maria de Fátima; uma palavra de
conforto e incentivo para preservar as esperanças na concretização de sonhos. Durante todos esses
anos o incentivo dos meus irmãos Cristiano e Amauri foi imprescindível, sempre solícitos para auxiliar
nos afazeres diário.
AOS AMIGOS DO UNISALESIANO
O apoio dos amigos ao longo de todo esse processo foi de fundamental importância, pois
através de parcerias tornou a convivência num ambiente respeitoso, descontraído e feliz, preservando
a reciprocidade. Em especial, a importância da união existente no grupo para a concretização do
trabalho final. Aos amigos Cristiane, Sabrina e Maria Rosana, que mantiveram um equilíbrio ao
longo desse período, proporcionando maior satisfação e prazer à rotina de estudos.
Thiago Rinaldi dos Santos
Agradecimentos
PRIMEIRAMENTE A DEUS,
Por ter nos dado forças para chegarmos até aqui com fé e determinação. Graças
a ele, conseguimos superar obstáculos na vida e com muita determinação
realizamos nosso objetivo.
AOS PROFESSORES,
Nos momentos em que precisamos todos os professores, em especial Paulo Jair
Viotto e Ana Beatriz Lima, sempre estavam à disposição, com sorriso no rosto,
buscando solucionar as nossas duvidas e orientar para que num futuro próximo
sejamos profissionais capacitados para ascensão no mercado de trabalho,
garantindo sucesso profissional e pessoal. Em todo esse processo árduo a
importância dos professores faz com que acreditemos em nossos sonhos,
transferindo conhecimentos para que criemos uma sociedade melhor e mais justa.
A UNIMED DE LINS,
Pela oportunidade que a cooperativa nos creditou na realização do trabalho,
fornecendo todo o suporte necessário com a abertura das portas da
organização. O apoio e confiança do Sr. Renato Fassa Garcia e Sra. Ana
Lúcia de Souza Andrade.
AO CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO
AUXILIUM – UNISALESIANO
A instituição proporcionou condições para crescimento no mercado de trabalho,
agregando conhecimento para o nosso futuro profissional.
Cristiane, Maria Rosana, Sabrina e Thiago
RESUMO A questão ambiental vem ganhando importância junto ao meio empresarial, a sociedade envolvida e o governo, são frequentes os encontros no sentido de debater a problemática do meio ambiente, com o intuito de buscar alternativas e soluções à área. Atualmente, responsabilidade social associou-se a ambiental, devido que ambas são fundamentais no planejamento das políticas adotadas pelas organizações, favorecendo a competitividade como um diferencial. O empresariado envolvido nesse processo passou a praticar uma consciência ambientalmente correta; preocupações que originou numa gestão ambiental dentro do ambiente interno da empresa. A sociedade no geral defende melhorias na qualidade de vida, a saúde como prioridade, portanto, surgiram cobranças enérgicas tanto por parte do governo, com a legislação ambiental e as sanções previstas, como por parte da população que necessita de mudanças significativas das práticas empresariais. A responsabilidade socioambiental presente nas organizações, visa o comprometimento do empreendimento com o social e o ambiental, definindo programas de incentivo para o melhoramento das mazelas percebidas. O setor social necessita de investimentos grandiosos por parte das autoridades responsáveis, visto que a área encontra-se esquecida por parte da política praticada pelos governantes; fazendo de programas pequenos e usando entidades assistencialistas para amenizar as condições constatadas na realidade atual. O mundo precisa de uma mudança radical quanto as praticas sociais e ambientais, uma transformação na cultura das nações envolvidas, partindo do pressuposto de que essa mutação beneficiará os quatro cantos do planeta. O presente trabalho traduz a importância da área social e ambiental na Unimed de Lins, destinando recursos financeiros e humanos para a concepção dos projetos desenvolvidos, bem como através de parcerias com entidades que tem como propósito a preservação ambiental, compromisso da cooperativa para com a sociedade em geral e as gerações futuras. Palavras-chave: Meio Ambiente. Responsabilidade Socioambiental. Unimed.
ABSTRACT
The environmental issue has gained importance among the business community, society and the government involved, are frequent meetings in order to discuss the problematic of environment, with the intention to seek alternatives and solutions to the area. Currently, social responsability associated with environmental due both are essential in planning the policies adopted by organizations, fostering competitiveness as a differential. The businessmen involved in this process passed to practice a correct environmentally friendly conscience, giving rise to concerns on environmental that arose in a management within the internal environment of the company. The society in general defends claims improvements at the quality of life, health as a priority, so appear energetic charges for part the government, with environmental laws and predicted penalties, like part of population that needs of significant changes of business practices. The environmental responsibility in the organizations, seeks the commitment of the enterprise with the social and environmental setting of incentive programs for improving the perceived ills. The social sector needs investments magnificent by the authorities responsible, since the area is overlooked by the policies pursued by governments, making little programs and using entities welfare to alleviate the conditions found in the current reality. The world needs a radical change as the social and environmental practices, a transformation in the culture of the nations involved, assuming that it change will benefit the four corners of the planet. This present work reflects the importance of the social and environmental area Unimed in Lins, allocating financial and human resources for the design projects developed as well as through partnerships with organizations whose purpose is environmental preservation, the cooperative's commitment to society in general and future generations.
Keywords: Environment. SocioEnvironmental Responsibility. Unimed.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Localização do Hospital Unimed.................................................
Figura 2: Recepção Central........................................................................
Figura 3: Recepção do P. A........................................................................
Figura 4: Centro Cirúrgico...........................................................................
Figura 5: Sala de Quimioterapia.................................................................
Figura 6: Farmacotécnica...........................................................................
Figura 7: UTI...............................................................................................
Figura 8: Unidade Materno Infantil..............................................................
Figura 9: Sala de Estocagem......................................................................
Figura 10: Sede Administrativa...................................................................
Figura 11: Patrocinadores do Conselho Empresarial Brasileiro para
o Desenvolvimento Sustentável...............................................
Figura 12: Acidente no Golfo do México.....................................................
Figura 13: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (IBAMA)...................................................
Figura 14: Ativistas do Greenpeace em protesto contra Rio+10................
Figura 15: Ativistas do Greenpeace em protesto contra líderes do
G20............................................................................................
Figura 16: Ativistas do WWF em protesto nas Cataratas do Iguaçu..........
Figura 17: Conselho Brasileiro de Manejo Florestal...................................
Figura 18: International Organization for Standardization..........................
Figura 19: Ciclo de Vida do Homem...........................................................
Figura 20: Responsabilidade Social Unimed de Lins.................................
Figura 21: Selo Unimed de Responsabilidade Social.................................
Figura 22: Recicla Cartões.........................................................................
Figura 23: Centro de Treinamento Unimed................................................
Figura 24: Logo Concurso de Desenho Pintando o Planeta.......................
Figura 25: Concurso de Desenho Pintando do Planeta..............................
Figura 26: Gincana Uniamigos...................................................................
Figura 27: ONG SOS Rio Dourado.............................................................
Figura 28: Educação Corporativa Unimed de Lins.....................................
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Figura 29: Mosaico Teatral Unimed de Lins...............................................
Figura 30: Mosaico Teatral Unimed de Lins...............................................
Figura 31: Associação da Mulher Unimed de Lins.....................................
Figura 32: Integrap Unimed Lins.................................................................
108
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Coberturas do plano de saúde familiar.........................................
Quadro 2: Coberturas do plano de saúde empresarial..................................
Quadro 3: Resumo dos principais acontecimentos relacionados
com o desenvolvimento sustentável.............................................
Quadro 4: Reduções Obrigatórias de Gases que provocam o efeito
estufa . entre os anos 2008-2012 para os países da
convenção....................................................................................
Quadro 5: Parceiros para a concretização do ODM......................................
Quadro 6: 12 ações-chave para um futuro ecoeficiente................................
Quadro 7: Código Ambiental..........................................................................
Quadro 8: Benefícios da Gestão Ambiental...................................................
Quadro 9: Características da velha e da nova abordagem para as
relações com os stakeholders......................................................
Quadro 10: Os Sete Elementos da Ecoeficiência..........................................
Quadro 11: Definição de Auditoria Ambiental................................................
Quadro 12: Família de normas NBR ISO 14000...........................................
Quadro 13: Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009................................
Quadro 14: Entidades cadastradas por área de atuação..............................
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Conhece algum projeto desenvolvido pela Unimed de
Lins?............................................................................................
Tabela 2: Participa de algum projeto da Unimed de Lins?..........................
Tabela 3: Conhece alguém que participa dos projetos desenvolvidos?.........
Tabela 4: Tem interesse em participar dos projetos?..................................
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Tabela 5: Tem disponibilidade para ser voluntário em algum
projeto?........................................................................................
Tabela 6: Gênero dos entrevistados?..........................................................
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT - Associação Brasileira de Normas e Técnicas
ABRINQ - Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos
ACI - Aliança Cooperativa Internacional
AMUL - Associação da Mulher Unimed de Lins
ANDI - Agência de Notícias dos Direitos da Infância
CAL - Clube Atlético Linense
CAV - Centro de Ação Voluntária de Curitiba
CEBDS - Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento
Sustentável
CENPEC - Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação
Comunitária
CFEMEA - Centro Feminista de Estudos e Assessoria
CNI - Confederação Nacional da Indústria
CNEA - Conselho Nacional de Entidades Ambientalistas
CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente
CONSED - Conselho Nacional de Secretários de Educação
Coopersol - Cooperativa de Resíduos Sólidos de Lins
CREN - Centro de Recuperação e Educação Nutricional
CTU - Centro de Treinamento Unimed
CNUMAD - Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento
DDT - Dicloro Difenil Tricloroetano
DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
EIA - Estudos do Impacto Ambiental
EUA - Estados Unidos da América
FSC - Forest Stewardship Council
GAPA - Grupo de Apoio à Prevenção à AIDS
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis
IBASE - Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas
ISO - International Organization for Standardization
IUCN - União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos
Naturais
IVA - Instituto Voluntários em Ação
LI - Licença de Instalação
LO - Licença de Operação
LP - Licença Prévia
MDM - Metas de Desenvolvimento do Milênio
MEC - Ministério da Educação
MMA - Ministério do Meio Ambiente
ODM - Objetivos do Milênio
ONG - Organização Não Governamental
ONU - Organização das Nações Unidas
PA - Pronto Atendimento
PNMA - Política Nacional do Meio Ambiente
PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PNUMA - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
PVC - Polyvinyl chloride
RH - Recursos Humanos
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental
RSA - Responsabilidade Socioambiental
RSC - Responsabilidade Social Corporativa
Semclatur - Secretária Municipal de Esporte, Cultura, Lazer e Turismo de Lins
SGA - Sistema de Gestão Ambiental
UNDIME - União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação
UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância
UNICOP - Unimed Centro Oeste Paulista
UNIFEM - Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher
UNV - Programa dos Voluntários das Nações Unidas
UTI - Unidade de Terapia Intensiva
WBCSD - World Business Council for Sustainable Development
SUMÁRIO
INTRODUCÃO............................................................................................. 19
CAPÍTULO I - UNIMED DE LINS COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO.......................................................................................................
22
1 COOPERATIVISMO.................................................................... 22
1.1 Conceito e evolução.................................................................... 22
1.2 Valores e princípios..................................................................... 23
1.3 Unimed do Brasil.......................................................................... 24
1.3.1 Histórico....................................................................................... 24
1.3.2 Missão.......................................................................................... 25
1.3.3 Visão............................................................................................ 25
1.3.4 Valores e objetivos...................................................................... 25
1.3.5 Sistema Unimed........................................................................... 25
1.4 Unimed Lins................................................................................. 27
1.4.1 História e evolução...................................................................... 27
1.4.2 Missão.......................................................................................... 29
1.4.3 Visão............................................................................................ 29
1.4.4 Valores......................................................................................... 29
1.5 Estrutura organizacional.............................................................. 29
1.5.1 Hospital Unimed – A. Gelis.......................................................... 29
1.5.1.1 Recepção central......................................................................... 30
1.5.1.2 Recepção pronto atendimento..................................................... 30
1.5.1.3 Centro cirúrgico............................................................................ 31
1.5.1.4 Sala de quimioterapia................................................................... 31
1.5.1.5 Farmacotécnica........................................................................... 32
1.5.1.6 Unidade de terapia intensiva (UTI) ............................................. 32
1.5.1.7 Unidade materno infantil.............................................................. 33
1.5.1.8 Sala de estocagem...................................................................... 33
1.5.2 Sede administrativa..................................................................... 34
1.5.3 Farmácia da Unimed.................................................................... 35
1.5.4 Unimed vida................................................................................. 35
1.6 Medicina preventiva.................................................................... 35
1.6.1 Programa viva melhor................................................................. 35
1.6.2 Atendimento nutricional............................................................... 35
1.6.3 Palestras educativas.................................................................... 36
1.6.4 Programa materno infantil........................................................... 36
1.6.5 Programa contra o tabagismo..................................................... 37
1.6.6 Programa de reabilitação pulmonar............................................. 37
1.6.7 Programa Unilar........................................................................... 37
1.6.8 Programa melhor idade............................................................... 38
1.7 Planos de saúde........................................................................... 38
CAPÍTULO II - RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL...................... 41
2 INTRODUÇÃO HISTÓRICA........................................................ 41
2.1 Ecologia....................................................................................... 42
2.2 Eventos ambientalistas................................................................ 43
2.2.1 World Business Council for Sustainable Development
(WBCSD)……………………………………………………………..
46
2.2.2 Protocolo de Kyoto...................................................................... 47
2.2.3 Os 8 Objetivos do Milênio – ODM................................................ 49
2.3 Sustentabilidade.......................................................................... 51
2.3.1 O papel do governo..................................................................... 54
2.3.1.1 Educação ambiental.................................................................... 56
2.3.1.2 Direito ambiental.......................................................................... 57
2.3.1.3 Estudos do Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto
Ambiental (RIMA) .......................................................................
59
2.3.1.4 Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (IBAMA) .................................................................
60
2.3.2 O papel das empresas................................................................ 61
2.3.2.1 Contabilidade ambiental.............................................................. 63
2.3.3 O papel da sociedade.................................................................. 64
2.3.3.1 Organização não governamental................................................ 65
2.4 Responsabilidade socioambiental............................................... 68
2.5 Responsabilidade social.............................................................. 69
2.5.1 Responsabilidade social corporativa........................................... 70
2.5.2 Stakeholders................................................................................ 71
2.6 Responsabilidade ambiental........................................................ 72
2.7 Sistemas de gestão ambiental..................................................... 73
2.7.1 Ecoeficiência ............................................................................... 75
2.7.2 Logística verde............................................................................. 76
2.7.3 Auditoria ambiental...................................................................... 77
2.7.4 Ecoproduto................................................................................... 78
2.7.5 Rotulagem ambiental................................................................... 79
2.7.5.1 Selo verde – Forest Stewardship Council (FSC) ........................ 79
2.7.5.2 International Organization for Standardization (ISO)…………… 80
2.7.6 Marketing verde........................................................................... 83
2.8 Filantropia e filantropia empresarial............................................ 84
2.9 Assistência social........................................................................ 85
2.9.1 Entidade assistencialista............................................................. 87
2.10 Benemerência ............................................................................ 88
2.11 Solidariedade............................................................................... 89
2.12 Cooperativismo............................................................................ 90
CAPÍTULO III - A PESQUISA...................................................................... 92
3 INTRODUÇÃO............................................................................. 92
3.1 Unimed de Lins – Responsabilidade socioambiental................. 93
3.2 Práticas socioambientais na Unimed de Lins.............................. 94
3.2.1 Selo Unimed de responsabilidade social..................................... 96
3.3 Ações sociais............................................................................... 97
3.4 Projetos socioambientais............................................................. 98
3.4.1 Projeto recicla lâmpadas............................................................. 98
3.4.2 Papel reciclado............................................................................ 99
3.4.3 Reciclagem de cartões................................................................ 100
3.4.4 Centro de Treinamento Unimed (CTU)....................................... 101
3.4.5 Concurso de desenho pintando o planeta................................... 102
3.4.6 Gincana uniamigos...................................................................... 103
3.4.7 ONG SOS rio dourado................................................................. 104
3.4.7.1 Trilha ecológica – Barbosinha...................................................... 106
3.4.8 Educação corporativa................................................................... 106
3.4.9 Mosaico teatral............................................................................ 107
3.4.10 Judô.............................................................................................. 109
3.4.11 Associação da Mulher Unimed de Lins (AMUL)......................... 109
3.4.11.1 Programa Vida Iluminada............................................................. 110
3.4.12 Hoje é seu dia.............................................................................. 110
3.4.13 Investir......................................................................................... 110
3.4.14 Estação Saúde............................................................................. 111
3.4.15 Atletismo....................................................................................... 111
3.4.16 Integrap........................................................................................ 111
3.4.17 Semana da qualidade de vida...................................................... 112
3.4.18 Comunicar para crescer............................................................... 113
3.5 Discussão.................................................................................... 113
3.6 Pesquisa junto à comunidade...................................................... 114
3.7 Resultado da Pesquisa................................................................ 118
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO................................................................ 119
CONCLUSÃO............................................................................................... 121
REFERÊNCIAS............................................................................................ 122
APÊNDICES................................................................................................. 126
ANEXOS....................................................................................................... 140
19
INTRODUÇÃO
Com o passar dos anos as empresas foram adquirindo uma
responsabilidade junto à sociedade em geral e o meio ambiente natural. Dentro
da história da evolução vivenciada pelo ser humano, constata-se a grande
transformação no ambiente onde o homem passou a descobrir os recursos
naturais disponíveis, tirando assim, o seu sustento e de sua família.
A construção pelos seres humanos de um espaço próprio de vivência, diferente do natural, se deu sempre a revelia e com a modificação do ambiente natural. Assim, o ser humano, para a sua sobrevivência, de um modo ou de outro, sempre modificou o ambiente natural. (DIAS, 2006, p.1)
O uso irresponsável desses recursos resultou em um agravamento no
meio ambiente, mudou a política econômica mundial, e a consciência ecológica
global. As organizações e a sociedade em geral, adquiriram com o tempo uma
visão mais responsável sobre as questões sociais e ambientais. O termo
responsabilidade social vem sendo muito utilizado por todas as grandes
empresas com representação nacional e mundial. Algumas empresas adotam
posturas diferentes, procuram ser parceiras das entidades mantenedora dos
projetos sociais, destacando-se por desenvolver ações dentro do ambiente
interno organizacional. São medidas que envolvem seus colaboradores
buscando a integralização dos mesmos, criam projetos que atendem a
comunidade local, com a finalidade de contribuir socialmente com a sociedade;
através desses planos a organização beneficia todo o seu corpo de
funcionários, a comunidade local, melhorando assim, a imagem da empresa
junto aos seus consumidores e a sociedade. Visando a prevenção de prejuízos
ao meio ambiente, as empresas estão produzindo de maneira sustentável, sem
agredir o meio, fazendo com que todos os processos envolvidos na produção
dos produtos ou serviços estejam em conformidade com as exigências
legislativas existentes nos municípios e das Comissões realizadas pela
Organização das Nações Unidas (ONU), sobre o meio ambiente, pois é
20
fundamental que as empresas disponibilizem empregos à população residente,
mas não basta apenas oferecer as vagas, sendo que a empresa não está
comprometida numa produção limpa; a filosofia é conciliar ambos para
benefício de todos, da empresa, da sociedade e governo. Assim surgiu a
responsabilidade socioambiental, uma definição utilizada para caracterizar
empresas que estão comprometidas não somente com a responsabilidade
social, mas também com o meio ambiente, visando à sustentabilidade dos
processos organizacionais.
Não há sustentabilidade sem inovação. A capacidade de fazer inovações
tecnológicas está na base do sucesso de uma empresa no longo prazo. Quem
não inova desaparece. (ALMEIDA, 2007)
Empresas do setor de prestação de serviços, como o segmento de
bancos, trabalham com uma filosofia de responsabilidade com o ambiente,
adotando medidas como a utilização de material reciclável nos processos
internos. Isso traduz que os setores de produção e serviços visão a
preservação do meio ambiente, com destaque para a qualidade oferecida nos
produtos e serviços, através de investimentos tecnológicos, na aquisição de
máquinas e ferramentas que têm como finalidade uma produção limpa. As
organizações vêm criando setores ligados ao meio ambiente que são
investimentos realizados no sentido de nascer uma nova estratégia, com o
propósito de uma gestão ambiental eficiente. As organizações não
governamentais ambientalistas (ONG) têm papel fundamental na proteção,
preservação e fiscalização no que diz respeito ao meio ambiente natural, no
cumprimento da legislação ambiental existente no país (DIAS, 2006).
São desenvolvidos encontros com o empresariado e o poder público
para a melhor adequação das estratégias governamentais e empresariais, para
benefício ambiental. Quando não atendidas, as ONGs promovem movimentos
concentrados no intuito de fazer prevalecer seus ideais, são protestos
realizados em âmbito mundial, onde esses defensores da natureza exigem da
comunidade, dos empresários e do governo, propostas que mudam a realidade
alarmante vivida atualmente, no sentido de traçar novos caminhos, estratégias
ambientais para o melhor aproveitamento dos recursos naturais.
Consequentemente a garantia de sobrevivência das gerações futuras e de uma
melhor qualidade de vida. Organizações como Greenpeace e World Wide Fund
21
for Nature (WWF), têm uma atuação efetiva na cobrança de mudanças por um
mundo melhor, um produzir sustentável por parte das organizações, cuidando
da fauna e flora mundial. As organizações ambientalmente responsáveis
buscam parcerias com entidades e instituições que defendem uma filosofia de
proteção do meio ambiente, são empresas que investem num novo sistema de
produzir, uma produção em que não descarta resíduos na natureza. Estas
empresas mudam seus processos onde até então era descartado no meio
ambiente os lixos, a sobra que não era utilizada pela organização. Com isso as
organizações podem procurar não somente selos de qualidade, como também
selos verdes, que caracterizam empresas comprometidas na proteção do meio
ambiente; a International Organization for Standardization (ISO), entidade
normatizadora e que no Brasil é representada pela Associação Brasileira de
Normas e Técnicas (ABNT), através de métodos e requisitos essenciais são
fornecidos as empresas o ISO 14000, que é um selo que a empresa produz em
conformidade com a legislação existente.
O modelo da Norma ISO 14001 prevê a implementação de dezoito
elementos para uma gestão eficaz, baseado em uma série de boas praticas e
ferramentas ambientais, da qualidade e empresariais. (VILELA JUNIOR, 2006).
Produzindo assim, uma produção limpa, de qualidade, com
investimentos no setor ambiental, na criação de uma gestão ambiental
integrada às estratégias empresarias, beneficiando a empresa e a sociedade.
De acordo com o que foi pesquisado surgiu à necessidade de
demonstrar a importância da responsabilidade socioambiental, disseminando a
conscientização e a prática dessas ações. A pesquisa será realizada na
empresa Unimed de Lins Cooperativa de Trabalho Médico, localizada na rua:
Luiz Gama, 1677 CNPJ: 71.695.746/0002-96. Após consulta bibliográfica
previa, levantou se o seguinte questionamento: As ações socioambientais
realizadas pela Unimed Lins refletem de maneira positiva entre os
colaboradores e a sociedade?
O trabalho está assim dividido:
Capítulo I – Unimed de Lins Cooperativa de Trabalho Médico.
Capítulo II – Responsabilidade Socioambiental.
Capítulo III – A Pesquisa
Finalmente, vêm a Proposta de Intervenção e a Conclusão.
22
CAPÍTULO I
UNIMED DE LINS COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO
1 COOPERATIVISMO
1.1 Conceito e evolução
União por um objetivo comum. Esta é a definição do cooperativismo,
que representa uma força diferenciada de organização social e traz em seu
escopo a solidariedade e a responsabilidade social.
Pensar em cooperativas remete às relações trabalhistas, à geração de
renda e à melhoria de qualidade de vida da sociedade. Historicamente a
cooperativa sempre traz ganhos e benefícios não só aos seus cooperados,
como também à sociedade, que é favorecida por seus produtos e serviços.
Outra característica marcante é que a geração de riqueza permanece
onde é concebida, favorecendo a comunidade local, além de possibilitar a
superação de dificuldades a partir de objetivos comuns e ter aplicabilidade
ilimitada, independentemente da categoria profissional.
As cooperativas são empresas a serviço de seus membros, mas, que
extrapolam o conceito empresarial comum, visto que, além de donos, seus
associados são também clientes desta instituição cooperativista, permitindo
que os resultados possam ser também econômicos, sociais, educacionais,
agregadores de qualidade de vida, de renda, ou outros conforme os objetivos
da mesma.
Nos últimos anos, o cooperativismo tem se mostrado como uma
organização de trabalho viável e promissora para uma distribuição de renda
mais justa e para o desenvolvimento do país, considerado uma forma
democrática para a solução de nossos problemas sócio-econômicos.
O cooperativismo tem como objetivo, difundir os ideais em que se
23
baseia, no intuito de atingir o pleno desenvolvimento financeiro, econômico e
social de todas as sociedades cooperativas. (VITORINO, 1997, p. 25).
1.2 Valores e princípios
As cooperativas baseiam-se em valores de ajuda mútua e
responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. Os
membros das cooperativas acreditam nos valores éticos da honestidade,
transparência, responsabilidade social, preocupação pelo seu semelhante e
preservação do ambiente para o desenvolvimento sustentado.
Os princípios do cooperativismo foram reformulados e aperfeiçoados no
congresso realizado pela ACI – (Aliança Cooperativa Internacional) em
setembro de 1995; sendo representado por cooperativistas do mundo inteiro,
os quais consubstanciaram os princípios básicos do cooperativismo.
São sete os princípios estabelecidos no século XIX e que norteiam até
hoje qualquer cooperativa no mundo:
a) adesão e desligamento voluntários: as cooperativas são
organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas aptas a
utilizar os seus serviços, sem discriminação de sexo, classe, raça,
política e religião.
b) gestão democrática pelos membros: os membros controlam a
cooperativa e participam ativamente da formulação das políticas e
da tomada de decisões. Os eleitos como representantes dos
demais membros são responsáveis perante estes.
c) participação econômica dos membros: os cooperados contribuem
equitativamente para o capital e controlam-no democraticamente.
Parte desse capital é propriedade comum da cooperativa. Os
membros recebem, habitualmente, uma remuneração limitada ao
capital integralizado, como condição de sua adesão.
d) autonomia e independência: se a cooperativa firma acordo com
outras organizações, incluindo instituições públicas ou recorre a
capital externo, deve fazê-lo em condições que assegure o controle
24
democrático pelos seus membros e mantenha a autonomia da
cooperativa.
e) educação, formação e informação: as cooperativas promovem a
educação e a formação dos seus membros, dos representantes
eleitos e dos trabalhadores. Informam o público em geral,
particularmente os jovens e os líderes de opinião, sobre a natureza
e as vantagens da cooperação.
f) cooperação entre cooperativas: é lema das cooperativas atuarem
em conjunto, através de suas representações locais, regionais,
nacionais e internacionais. Tudo isso para dar força ao movimento
cooperativista.
g) interesse pela comunidade: as cooperativas devem trabalhar para
o desenvolvimento sustentável das suas comunidades. Para tanto,
aprovam políticas sociais junto a seus membros. (UNIMED, 2009,
p. 2)
1.3 Unimed do Brasil
1.3.1 Histórico
A Unimed é a maior experiência cooperativista na área da saúde em
todo o mundo, e também a maior rede de assistência médica do Brasil,
presente em 83% do território nacional. O Sistema nasceu com a fundação da
Unimed Santos (SP) pelo Dr. Edmundo Castilho, em 1967, e hoje é composto
por 375 cooperativas médicas, que prestam assistência para mais de 16
milhões de clientes e 73 mil empresas em todo País.
Clientes Unimed contam com mais de 109 mil médicos, 3.244 hospitais
credenciados, além de pronto-atendimentos, laboratórios, ambulâncias e
hospitais próprios e credenciados para garantir qualidade na assistência
médica, hospitalar e de diagnóstico complementar oferecidos.
25
Além de deter 34% do mercado nacional de planos de saúde, a Unimed
possui lembrança cativa na mente dos brasileiros. De acordo com pesquisa
nacional do Instituto Datafolha, a Unimed é pelo 16º ano consecutivo a marca
Top of Mind quando o assunto é plano de saúde. Outro destaque é o prêmio
plano de saúde em que os brasileiros mais confiam, recebido pela sétima vez
consecutiva, na pesquisa Marcas de Confiança.
1.3.2 Missão
Representar, integrar e orientar a atuação das cooperativas médicas e
empresas do Sistema, defendendo, fortalecendo e consolidando a marca
Unimed.
1.3.3 Visão
Ter papel decisivo na valorização do trabalho médico e na melhoria do
padrão de atenção à saúde.
1.3.4 Valores e objetivos
Adesão e desligamento livres e espontâneos; gestão democrática e voto
singular; neutralidade política, religiosa, social e racial; participação
proporcional nos resultados, positivos ou negativos; e incentivo à educação e à
integração cooperativista.
1.3.5 Sistema Unimed
26
Nesta seção você encontra os principais números e dados que denotam
o porte e a importância do Sistema Unimed:
a) 34% de participação (Pesquisa Datafolha 2009) no mercado nacional
de planos de saúde (atende 16 milhões de clientes).
b) 375 cooperativas com abrangência em 83% do território nacional -
4.623 municípios;
c) mais de 109 mil médicos cooperados;
d) conjunto das cooperativas somou em 2008 um faturamento de R$ 21
bilhões;
e) mais de 73 mil empresas contratantes;
f) 103 hospitais próprios e 3.244 hospitais credenciados, sendo 6.596
hospitais no Brasil;
g) 89 pronto-atendimentos próprios, 54 laboratórios próprios e 456
ambulâncias próprias;
h) disponibiliza 3.286 leitos próprios e 327 mil leitos credenciados;
i) mais de 20 mil recursos credenciados;
j) realização de mais de 69 milhões de consultas/ano;
k) 2 milhões internações/ano;
l) 138 milhões de exames complementares/ano;
m) realização de mais de 5,33 consultas/usuários/ano; 10,66 exames
complementares por usuário ano e 11 mil leitos ocupados
permanentemente;
n) 50 mil empregos diretos (de acordo com o Balanço Social
Consolidado do Sistema Unimed 2008) e 290 mil empregos indiretos;
A consultoria BrandFinance verificou o valor da marca Unimed: R$ 2,53
bilhões. Segundo o ranking da companhia, ocupa o 27º lugar entre as marcas
mais valiosas do país.
Por 16 anos consecutivos a Unimed é a marca Top of Mind em Plano de
Saúde, de acordo com pesquisa nacional do Instituto Datafolha.
Detentora pela 22ª vez consecutiva do Prêmio Mérito Lojista, como
plano de saúde preferido dos sócios da Confederação Nacional dos
Dirigentes Lojistas.
A Unimed foi escolhida na categoria convênio e assistência médica, para
receber o “Oscar” da área de recursos humanos: o Prêmio Top of Mind –
27
Fornecedores de RH do ano 2009. Esta foi a décima vez que a marca foi
premiada.
Também foi eleita em 2009, pela oitava vez consecutiva, a marca de
planos de saúde em que os brasileiros mais confiam na Pesquisa Marcas de
Confiança conduzida pela Revista Seleções/Instituto Marplan no Brasil.
A Cooperativa Unimed recebe pelo quarto ano consecutivo o certificado
Superbrands. Marca participa do livro de luxo que reunirá história e
curiosidades das mais importantes marcas que atuam no país. A iniciativa faz
parte do projeto Superbrands Brasil.
A Unimed foi eleita uma das empresas de maior prestígio no Brasil no
setor de saúde, segundo levantamento do Grupo Troiano para a revista Época
Negócios, nas edições 2008 e 2009.
É pela segunda vez consecutiva a marca mais lembrada e conquistou o
Top of Mind Internet, UOL/Datafolha. Embora o prêmio esteja na quarta edição,
em 2009 foi a primeira vez que a categoria Plano de Saúde foi inclusa. A marca
teve 21% das lembranças em 2010.
1.4 Unimed Lins
1.4.1 História e evolução
A Unimed Lins é uma empresa jovem, e apesar da pouca idade, tem
uma história de lutas em sua trajetória.
Fundada em 1992 por 38 médicos, iniciou como grupo seccional, e foi
um marco na cidade, como opção à medicina de grupo. Em 1993, a
cooperativa tinha 880 usuários.
Em 1994 tornou-se uma cooperativa singular da Federação das
Unimeds do Estado de São Paulo.
A Unimed de Lins foi uma das pioneiras na instalação da Farmácia
Unimed, que atende o cliente Unimed, com medicamento de qualidade a preço
de custo. Foi inaugurada em 1996 e ampliada em 2.006. Atende mensalmente
28
10.000 usuários e as vendas estão em constante ascensão. Junto à farmácia
funciona o setor de imunização, um atrativo a mais para o cliente na hora da
escolha do Plano de Saúde.
Na área hospitalar, a Unimed Lins começou por reformar e aparelhar um
andar da Santa Casa de Lins, local onde ficou durante algum tempo. Com a
necessidade de melhorar o atendimento ao cliente, migrou para o Hospital A.
Gelis. Neste local, construiu-se um Pronto Socorro, o qual incrementou a
assistência ao cliente.
Na sequência fez-se o arrendamento que finalizou na compra do hospital
em novembro de 2004. Planejou-se uma grande reforma e ampliação
contendo: UTI com seis leitos, ampliação do centro cirúrgico, farmacotécnica,
nova central de materiais, quimioterapia e uma nova entrada para facilitar o
acesso dos clientes. A reforma teve início em maio de 2005 e terminou
em novembro de 2007.
Atualmente, o Hospital Unimed A. Gelis, conta com uma infra-estrutura
moderna, equipamentos de última geração, corpo clínico altamente qualificado,
com o objetivo de oferecer o que há de melhor em serviços médicos
hospitalares.
Nos últimos anos foi um dos patrocinadores do Clube Atlético Linense,
clube do coração da cidade, que já está na série A1 do paulistão.
Com a Prefeitura participa junto ao vôlei feminino. Com o Amigão
Supermercado tem o Espaço Infantil, onde as crianças entre 3 a 5 anos podem
brincar, assistir vídeos, pintar, tudo com a orientação de uma funcionária,
enquanto os pais realizam suas compras.
Na linha da prevenção das doenças foram criados programas de
controle da obesidade e tabagismo, reabilitação pulmonar e assistência às
gestantes, além de aferição de pressão arterial e teste de glicemia.
A Associação da Mulher Unimed de Lins (AMUL) é uma associação a
qual se está envolvido no programa social Vida Iluminada, que tem como
objetivo inserir o deficiente visual na sociedade.
Vem crescendo. Hoje, dezessete anos depois, tem mais de trinta e
três mil usuários e cerca de 230 colaboradores, com o objetivo de dar
assistência médica à cidade de Lins e região.
A meta é seguir sempre em frente, lutando para promover avanços na
29
medicina local, e dar ao cliente o atendimento que ele merece.
1.4.2 Missão
Identificar e satisfazer as necessidades de seus clientes (internos e
externos), gerando seu bem estar através do cooperativismo de
trabalho. Desenvolver oportunidades de negócios oferecendo aos clientes
serviços de alta qualidade e de valor agregado, a preços competitivos.
1.4.3 Visão
Assegurar o progresso social e profissional dos colaboradores
e contribuir para o desenvolvimento da sociedade. Manter a liderança
qualitativa e a imagem de excelência.
1.4.4 Valores
Qualidade e melhoria contínua dos serviços para a satisfação
dos clientes; compromisso, valorização e envolvimento de todos os
colaboradores; respeito às leis, à cultura e ao meio-ambiente; compromisso
com a verdade; comportamento ético; aperfeiçoamento das relações com os
clientes e fornecedores.
1.5 Estrutura organizacional
1.5.1 Hospital Unimed – A. Gelis
30
O Hospital Unimed Lins está localizado na Rua Luiz Gama, 1677,
esquina com a Rua José Ariano Rodrigues, com uma infra-estrutura moderna e
equipamentos médicos de última geração, corpo clínico altamente qualificado
com objetivo de oferecer o que há de melhor em serviços médico e tecnologia.
Sua localização é de fácil acesso.
Fonte: Unimed de Lins, 2010.
Figura 1: Localização do Hospital Unimed
1.5.1.1 Recepção central
Modernas instalações para internações, visitantes e acesso a
unidade de tratamento quimioterápico.
Fonte: Unimed de Lins, 2010
Figura 2: Recepção Central
1.5.1.2 Recepção pronto atendimento
31
Pronto Atendimento (PA) funciona 24 horas por dia, com curativos,
inalações, plantões clínicos e pediátricos. Acesso à nova sala de espera para
exames de imagem e acompanhantes de pacientes em atendimento de
hospital dia, assim como às novas salas para realização de endoscopia
digestiva e ecocardiograma.
Fonte: Unimed de Lins, 2010
Figura 3: Recepção do P. A.
1.5.1.3 Centro cirúrgico
Equipado com o que há de mais novo e moderno, para atender o cliente
Unimed.
Fonte: Unimed de Lins, 2010 Figura 4: Centro Cirúrgico
1.5.1.4 Sala de quimioterapia
32
Construída com total preocupação com o atendimento humanizado,
dispõe de poltronas eletrônicas para aplicação, permitindo ao próprio
cliente adotar o posicionamento que mais lhe agrade. Quarto privativo àqueles
que necessitem de atendimento mais prolongado.
Fonte: Unimed de Lins, 2010
Figura 5: Sala de Quimioterapia
1.5.1.5 Farmacotécnica
Com experiência há anos em dose unitária. Ampla e nova instalação
com Capelas de Fluxo Laminar para fracionamento de injetáveis com
segurança.
Fonte: Unimed de Lins, 2010
Figura 6: Farmacotécnica
1.5.1.6 Unidade de terapia intensiva (UTI)
33
Equipada com moderno sistema de monitorização em rede e
respiradores microprocessados com avançada tecnologia alemã (Dräeger
Medical). As camas são eletrônicas (Stryker) e contam com variações de
movimentos que facilitam o posicionamento dos clientes.
Fonte: Unimed de Lins, 2010
Figura 7: UTI 1.5.1.7 Unidade materno infantil
Ambiente ampliado e climatizado. Sistema de segurança de acesso ao
berçário, composto por fechadura eletrônica e câmera de vídeo (tranquilidade
para mamãe, bebê e toda família).
Fonte: Unimed de Lins, 2010
Figura 8: Unidade Materno Infantil
1.5.1.8 Sala de estocagem
34
Nova e ampla Central de Materiais com todos os ambientes previstos.
Testes rotineiros bacteriológicos e biofísicos.
Fonte: Unimed de Lins, 2010
Figura 9: Sala de Estocagem
1.5.2 Sede administrativa
A Sede Administrativa está localizada na Rua Dom Bosco, 13, na cidade
de Lins. Área física de aproximadamente 750m e conta com 40 colaboradores
distribuídos entre os departamentos de controladoria e coordenadoria; contas
médicas; tecnologia de informação; atendimento e cadastro; saúde
ocupacional; gestão de pessoas; serviço social; e ainda a farmácia que
funciona também juntamente com a sede atendendo aos clientes.
Fonte: Unimed de Lins, 2010
Figura 10: Sede Administrativa
35
1.5.3 Farmácia da Unimed
A Farmácia Unimed fornece aos clientes medicamentos de
procedência garantida, inclusive genéricos. Para adquirir medicamentos
na Farmácia Unimed basta apresentar o Cartão Unimed.
1.5.4 Unimed vida
A sede Unimed Vida esta localizada na rua Floriano Peixoto, 930, centro
Lins/SP, onde se situam o marketing, responsabilidade socioambiental,
comercial e associação da mulher Unimed Lins.
1.6 Medicina preventiva
1.6.1 Programa viva melhor
O programa tem como objetivo melhorar a qualidade de vida dos clientes
obesos, hipertensos e/ou diabéticos. É oferecido aos clientes internos e
externos diversas atividades como: monitoramento do peso, pressão arterial e
glicemia, acompanhamento nutricional individual, grupo terapêutico, atividade
física, entre outras. É composta por uma equipe multidisciplinar: médico,
nutricionista, psicóloga, educador físico, assistente social, enfermeira, técnica e
auxiliar de enfermagem responsável pelas atividades desenvolvidas.
1.6.2 Atendimento nutricional
É oferecido acompanhamento nutricional aos clientes com diversas
doenças que necessitam de acompanhamento. A reeducação nutricional visa
36
mudanças nas práticas alimentares, as quais são muito eficazes no tratamento
dessas enfermidades, assim como atua na prevenção de consequências mais
graves. Ao conscientizar sobre a importância de hábitos alimentares mais
saudáveis, busca-se uma mudança no estilo de vida destes indivíduos.
1.6.3 Palestras educativas
São realizadas palestras nas empresas, escolas e comunidade em geral.
As palestras têm a finalidade de informar sobre a importância e o significado da
prevenção de doenças. São ministradas por médicos cooperados e outros
profissionais da área da saúde.
1.6.4 Programa materno infantil
A gravidez é um período de muitas ansiedades, incertezas, medos e
fantasias. A mulher precisará de maturidade para chegar bem até o nascimento
de seu filho. Para adquirir esta maturidade será necessário que ela tenha uma
conscientização total do processo gestacional. Conscientização que ela só terá,
recebendo todas as informações necessárias através de um trabalho educativo
e preventivo.
Frente a estas necessidades, o departamento de medicina preventiva
implantou em setembro/2006 um programa para esclarecer dúvidas e eliminar
tabus durante a gestação, incentivando o parto normal e o aleitamento
materno.
Além das aulas teóricas, as gestantes realizam fisioterapia e
hidroginástica orientadas e acompanhadas por fisioterapeuta e educador físico,
com o objetivo de melhorar o desconforto causado pelo crescimento do bebê,
prevenir posturas errôneas, entre outras.
É composta por uma equipe multidisciplinar: médico obstetra, pediatra,
odontopediatra, psicóloga, nutricionista, anestesista, enfermeira,
37
fonoaudióloga, fisioterapeuta e assistente social.
1.6.5 Programa contra o tabagismo
O tabagismo atualmente representa um dos mais graves problemas de
saúde pública, configurando uma epidemia que compromete não só a saúde da
população, como também a economia do país e o meio ambiente. Estima-se
que no Brasil morrem 80.000 pessoas a cada ano devido ao tabagismo, ou
seja, cerca de 10 brasileiros morrem por hora por causa do cigarro.
A Unimed implantou em fevereiro/2004 o programa de tratamento de
tabagismo, oferecido inicialmente aos clientes internos e atualmente oferecido
para clientes externos. É composta por uma equipe multidisciplinar: médico
pneumologista, psicóloga, nutricionista e assistente social.
1.6.6 Programa de reabilitação pulmonar
O Programa de Reabilitação Pulmonar é oferecido aos clientes
portadores de DPOC, Asma e outras patologias pulmonares. Consiste em
exercícios de relaxamento, alongamento e fortalecimento da musculatura
visando aumentar a capacidade respiratória, a melhoria do quadro clínico e a
qualidade de vida dos pacientes; além de acompanhamento nutricional, grupo
terapêutico e demais atividades.
É formado por uma equipe multidisciplinar composta por médico
pneumologista, fisioterapeuta, educador físico, psicóloga, enfermeira, técnica e
auxiliar de enfermagem, nutricionista e assistente social.
1.6.7 Programa Unilar
É um serviço de assistência domiciliar que visa proporcionar
38
exclusivamente ao cliente da Unimed Lins, um atendimento humanizado e
personalizado no ambiente familiar, favorecendo a recuperação do paciente e
melhorando suas condições gerais de saúde.
Recebem este benefício os pacientes portadores de moléstias crônicas,
pós-cirúrgicos, pediátricos ou com internações repetitivas, que podem continuar
o tratamento em seus lares.
1.6.8 Programa melhor idade
Em agosto/2007 iniciou-se o programa Melhor Idade, com o objetivo de
melhorar a qualidade de vida dos clientes acima de 59 anos através dos
exercícios físicos, alimentação equilibrada e resgate de auto-estima.
São oferecidas: atividade física, monitoramento do peso, pressão arterial
e glicemia, grupo terapêutico, acompanhamento nutricional, palestras e demais
atividades. É formado por uma equipe multidisciplinar composta por psicóloga,
nutricionista, enfermeira, técnica e auxiliar de enfermagem, educador físico e
assistente social.
1.7 Planos de saúde
a) Familiar
Os Planos de Saúde da Unimed Lins estão todos de acordo com a lei
9656/98 e oferecem os melhores benefícios da área de saúde.
Coberturas: os planos possuem coberturas para:
(continuação)
Consultas Radioterapia Exames simples Quimioterapia Exames sofisticados
Hemodiálise
39
Internações Transplantes de rim e córnea
Obs: Todos os ítens constantes do rol de procedimentos.
Fonte: Unimed Lins, 2010 Quadro 1: Coberturas do plano de saúde familiar
Fator de co-participação: nos Planos de Saúde o fator de co-
participação do usuário pode ser contratado em 20% ou 30% para consultas
e serviços de diagnose e terapia, quando realizados ambulatorialmente.
Abrangência geográfica: o cliente Unimed Lins tem direito a
atendimento de rotina nos municípios de Lins, Cafelândia, Getulina, Guaiçara,
Guaimbé, Guarantã, Pongaí, Promissão, Sabino e Uru.
Carências: os prazos de carência definem quando o usuário pode fazer
uso dos serviços relacionados após a contratação do plano, os prazos são
definidos pela lei federal nº 9656/98.
A carência mínima para internação clínica ou cirúrgica é de seis meses
e a máxima é de dois anos, somente para as doenças ou lesões pré-existentes
à assinatura contratual.
b) Empresarial
Com uma ampla e confiável rede de atendimento, a Unimed de Lins
oferece os melhores planos empresariais, todos de acordo com a lei 9656/98.
Coberturas: os planos possuem coberturas para:
Consultas Radioterapia
Exames simples Quimioterapia
Exames sofisticados Hemodiálise
Internações Transplantes de rim
e córnea
Obs: Todos os ítens constantes do rol de
procedimentos.
Fonte: Unimed Lins, 2010
Quadro 2: Coberturas do plano de saúde empresarial
(conclusão)
40
Abrangência geográfica: o cliente Unimed Lins tem direito a
atendimento de rotina nos municípios de Lins, Cafelândia, Getulina, Guaiçara,
Guaimbé, Guarantã, Pongaí, Promissão, Sabino e Uru.
Carências: os prazos de carência definem quando o usuário pode fazer
uso dos serviços relacionados após a contratação do plano, os prazos são
definidos pela lei federal nº 9656/98. A carência mínima para internação clínica
ou cirúrgica é de seis meses e a máxima é de dois anos, somente para as
doenças ou lesões pré-existentes a assinatura contratual.
41
CAPÍTULO II
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
2 INTRODUÇÃO HISTÓRICA
Com a Revolução Agrícola e Industrial, o meio ambiente sofreu uma
mutação incomensurável, constata-se que a população foi buscar seu sustento
nos recursos naturais, a criação de animais, como o gado, com o plantio de
frutas e verduras, para o consumo da população.
Essas duas novas atividades – domesticação dos animais e domínio da técnica de plantio – provocaram uma revolução na história da humanidade (uma revolução agrícola), pois permitiram a fixação das pessoas e o surgimento das primeiras vilas e cidades. (DIAS, 2006, p.3)
Os povos da antiguidade caçavam os animais servindo de alimento para
as famílias, desenvolviam práticas de caça com propósito de se protegerem
dos animais mais perigosos, que ofereciam ameaças a vida do ser humano;
matavam esses animais maiores para garantir a sobrevivência humana,
ocorrendo o princípio da extinção de várias espécies de bichos (DIAS, 2006).
Na revolução industrial, originada na Inglaterra, houve um êxodo por parte da
população para as cidades na busca de empregos, de uma vida socialmente
mais digna. Nas cidades foram instaladas grandes quantidades de indústrias,
empresas dos mais variados segmentos para atender as transformações do ser
humano, as suas necessidades. Com a grande oferta de postos de trabalho em
paralelo a uma vida mais próspera nas cidades, o homem passou a
abrir espaço no ambiente natural para que passasse a morar naquele
lugar onde até então, somente havia matas, lugares ainda não explorados,
não habitados pela humanidade. Com toda essa transformação na população,
ocorre que, o meio ambiente foi prejudicado, começando o
42
agravamento, o princípio das mazelas ambientais vivenciadas na atualidade.
Na época não existia órgãos governamentais e não governamentais que
fiscalizassem tais irresponsabilidades, o ser humano dotado de pouca
inteligência, e sem os recursos tecnológicos existentes atualmente, explorou o
meio ambiente e seus recursos disponíveis de maneira irracional, sem
consciência da necessidade da preservação natural para benefício das
gerações futuras, eles se preocupavam somente na busca de sua
sobrevivência, estavam descobrindo toda a diversidade que a natureza
dispunha. Entretanto, verifica-se que a intensidade de destruição do ambiente
na antiguidade, devido a estes acontecimentos, é pequena se comparado com
os dias de hoje, portanto, a degradação ambiental é antiga, mas o seu
agravamento está se dando no presente.
Acontece que, embora o início do desenvolvimento industrial tenha quase três séculos, é somente nas duas últimas décadas do século XX que o volume físico da produção industrial no mundo cresceu espetacularmente, considerando-se que na segunda metade do século XX foram empregados mais recursos naturais na produção de bens que em toda a história anterior da humanidade. (DIAS, 2006, p.7)
Contudo, todo esse ciclo de destruição ambiental, vindo desde as
grandes Revoluções não trouxe grandes prejuízos à população antiga, pois era
o começo da destruição ambiental, onde os povos primitivos não exploraram de
maneira racional os recursos naturais disponíveis, isso fez com que as
gerações subsequentes sofressem das desordenações ambientais, tais como:
os desastres naturais, os tsunamis, terremotos. Isso ocorre devido que houve
ao longo do tempo uma irresponsabilidade da sociedade em geral quanto ao
meio ambiente, assim o mesmo responde através de catástrofes ambientais
sobre os atos sofridos, a inadequação das atividades, dos processos.
2.1 Ecologia
Com a preocupação na natureza em geral, a fauna e a flora, foi
introduzido junto às ciências a área que estuda todo o contexto do meio
43
ambiente, os animais, seres vivos. Dentro do ambiente de aula, numa possível
conscientização por parte da população sobre a importância da
natureza na sobrevivência, induzindo a sociedade a não prejudicar o meio
ambiente.
Dentro do controle ambiental, a ecologia representa uma ciência e um modo de pensar. A ecologia pode ser definida como o estudo das inter-relações entre organismos vivos e seus ambientes. A palavra deriva do grego oikos, “casa” ou “lugar de habitação”, e o sufixo de estudo, “logia”. (SEWELL, 1978, p. 30)
A ecologia estuda toda estrutura dos seres vivos, desde a sua
concepção, o ambiente onde vive as competições existentes, até mesmo a sua
morte, analisando as relações entre os seres e a natureza. Destinando
atenção ao Homem que interage diretamente com os seres vivos, podendo
assim afetar as condições de sobrevivência dos mesmos. A ciência visa
enriquecer o conhecimento da espécie animal, as competições existentes na
busca do alimento, no espaço desejado para a melhor acomodação,
demarcando seu habitat natural.
2.2 Eventos ambientalistas
Antigamente a população não se preocupava com o meio ambiente, ou
não tinha uma educação baseada em princípios de preservar o mesmo, essa
idéia é corroborada pela história quando diz que os povos não tinha qualquer
consciência junto ao meio onde viviam, e dali sem qualquer preocupação
tiravam seu sustento. Esse conceito foi minimizado nos dias de hoje, porém, a
consciência ecológica e sustentável ainda não é praticada pela grande maioria
das pessoas.
Constata-se ao longo das décadas a realização de eventos com a
finalidade de discutir o meio ambiente natural e chegar num consenso comum,
na reversão da realidade ambiental mundial, na preservação ambiental. As
nações desenvolvidas e em desenvolvimento se juntavam com o propósito de
44
apresentar medidas de contenção das agressões causadas ao meio ambiente,
por aqueles que usam dos seus recursos. Os registros comprovam que ao
longo dos anos foram realizados milhares de eventos neste sentido, em todas
as localidades do planeta. (continuação)
Ano Acontecimento Observação 1962 Publicação do livro Primavera
Silenciosa (Silent Spring) Livro publicado por Rachel Carson que teve grande repercussão na opinião pública e expunha os perigos do inseticida DDT.
1968 Criação do Clube de Roma Organização informal cujo objetivo era promover o entendimento dos componentes variados, mas interdependentes – econômicos, políticos, naturais e sociais, que formam o sistema global.
1968 Conferência da Unesco sobre a conservação e o uso racional dos recursos da biosfera
Nessa reunião, em Paris, foram lançadas as bases para a criação do Programa: Homem e a Biosfera (MAB)
1971 Criação do Programa MAB da UNESCO
Programa de pesquisa no campo das Ciências Naturais e sociais para a conservação da biodiversidade e para a melhoria das relações entre o homem e o meio ambiente.
1972 Publicação do livro Os limites do crescimento
Informe apresentado pelo Clube de Roma no qual previa que as tendências que imperavam até então conduziriam a uma escassez catastrófica dos recursos naturais e a níveis perigosos de contaminação num prazo de 100 anos.
1972 Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano em Estocolmo, na Suécia
A primeira manifestação dos governos de todo o mundo com as consequencias da economia sobre o meio ambiente. Participaram 113 Estados-membros da ONU. Um dos resultados do evento foi a criação do Programa das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (PNUMA)
1980
I Estratégia Mundial para a Conservação
A IUCN, com a colaboração do PNUMA e do World Wildlife Fund (WWF), adota um plano de longe prazo para conservar os recursos biológicos do planeta. No documento aparece pela primeira vez o conceito de ‘’desenvolvimento sustentável’’.
1983 É formada pela ONU a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CMMAD)
Presidida pela Primeira-Ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, tinha como objetivo examinar as relações entre o meio ambiente e o desenvolvimento e apresentar propostas viáveis.
1987 È publicado o informe Brundtland, da CMMAD, o ‘’Nosso Futuro Comum’’
Um dos mais importantes sobre a questão ambiental e o desenvolvimento. Vincula estreitamente economia e ecologia e estabelece o eixo em torno do qual se deve discutir o desenvolvimento, formalizando o conceito de desenvolvimento sustentável.
1991 II Estratégia Mundial para a Conservação: ‘’Cuidando da Terra’’
Documento conjunto do IUCN, PNUMA e WWF, mais abrangente que o formulado anteriormente; baseado no informe Brundland, preconiza o reforço dos níveis
45
(conclusão) políticos e sociais para a construção de uma
sociedade mais sustentável. 1992 Conferência das Nações Unidas
sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, ou Cúpula da Terra
Realizada no Rio de janeiro, constitui-se no mais importante foro mundial já realizado. Abordou novas perspectivas globais e de integração da questão ambiental planetária e definiu mais concretamente o modelo de desenvolvimento sustentável. Participaram 170 Estados, que aprovaram a Declaração do Rio e mais quatro documentos, entre os quais a Agenda 21.
1997 Rio+5 Realizado em New York, teve como objetivo analisar a implementação do Programa da Agenda 21.
2000 I Foro Mundial de âmbito Ministerial – Malmo (Suécia)
Teve como resultado a aprovação da declaração de Malmo, que examina as novas questões ambientais para o século XXI e adota compromissos no sentido de contribuir mais efetivamente para o desenvolvimento sustentável.
2002 Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável – Rio+10
Realizada em Johannesburgo, nos meses de agosto e setembro, procurou examinar se foram alcançadas as metas estabelecidas pela Conferência do Rio-92 e serviu para que os Estados reiterassem seu compromisso com os princípios do Desenvolvimento Sustentável.
Fonte: Dias, 2006, p.37
Quadro 3 – Resumo dos principais acontecimentos relacionados com o
desenvolvimento sustentável.
O Brasil destaca-se na realização da conferência no Rio de Janeiro,
com 170 países foram debatidas as questões ambientais, e criados os
documentos importantes, fazendo com que este evento fosse um dos mais
importantes já realizados, desde que foi acrescido à política mundial, à
discussão ambiental junto aos mais importantes estudiosos do assunto e os
líderes da época. Atualmente a conferência do Rio é lembrada pela importância
da influência exercida na época, as recomendações são vigentes e
orientadoras as nações até os dias de hoje e são cobradas pelas organizações
não governamentais.
As Nações Unidas tomou conhecimento da importância do assunto e da
relevância que o mesmo tem em nossas vidas, e a partir daí reuniu em sua
pauta junto aos importantes Estados, para esclarecer a problemática ambiental;
foram eventos com empresários, ambientalistas, representante de ONGs. Os
46
empresários com os seus empreendimentos exerciam papel significativo na
poluição e na destruição do meio ambiente. Foram criados relatórios entre as
autoridades presentes, que são válidos e imprescindíveis na conservação da
natureza e na manutenção da qualidade de vida das pessoas, e das futuras
gerações.
2.2.1 World Business Council for Sustainable Development (WBCSD)
A atenção cada vez mais estava voltada para o meio ambiente, visto
que, os recursos naturais são termináveis, com isso, a associação do
melhoramento da imagem das grandes organizações perante a sociedade em
geral, ética ambiental, juntamente com o cumprimento da legislação ambiental
tem trazido benefícios na qualidade de vida. A partir dessa idéia, deu-se a
origem a um grupo de empresas com propósitos no desenvolvimento
sustentável; sendo formada por 200 organizações, a World Business Council
for Sustainable Development, tem como ideal o desenvolvimento empresarial
sem prejudicar o meio ambiente natural, e a responsabilidade social, uma
prática consciente por parte das grandes indústrias mundiais.
Fonte: cebds.org.br (2010)
Figura 11: Patrocinadores do Conselho Empresarial Brasileiro para o
Desenvolvimento Sustentável.
No Brasil, a entidade é representada pelo Conselho Empresarial
Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), na concepção de
criar no meio empresarial e na sociedade, condições para uma relação
47
harmônica entre a economia, o social e o ambiental. A organização foi fundada
em 1997, e integraliza junto aos seus trabalhos os maiores e mais expressivos
grupos empresarias do Brasil, as empresas associadas são da área de energia,
transporte, siderurgia, capital financeiro, metalurgia, construção civil, bens de
consumo, entre outras. Funcionando com interlocutora das empresas junto ao
governo federal, visando o cumprimento dos acordos ambientais, aos órgãos
ambientalistas, tendo parcerias com ONGs.
2.2.2 Protocolo de Kyoto
O protocolo surgiu da necessidade dos países desenvolvidos praticarem
uma consciência ecológica efetiva, foi realizado a um encontro entre 166
países, compreendendo países desenvolvidos e em desenvolvimento. O
documento relata a importância de uma ação urgente quanto ao efeito estufa, o
aquecimento acelerado da terra, onde as atividades existentes nessas nações
favoreciam a problemática. A industrialização crescente sem a preocupação
com o meio ambiente; os países cultuam uma riqueza desenfreada fez com
que na cidade de Kyoto, no Japão, ocorresse um encontro em diversas nações
para discutir junto aos estudiosos e as autoridades competentes o meio
ambiente em geral.
Realizada no Japão, em 1997, abordando discussões que se estendiam desde 1990 gerou um documento denominado de Protocolo de Kyoto. Este documento estabelece a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2), que responde por cerca de 76% do total das emissões de gases que estão relacionadas ao aquecimento global, como também os outros gases relacionados com o efeito estufa, produzidos em grande escala nos países industrializados. (DONATO, 2008, p. 30)
Dentre as afirmações do documento, ficou ratificada entre as nações a
redução dos gases nocivos a atmosfera, ocorrendo o efeito estufa, cada
país se comprometeu em reduzir um percentual importante, através de uma
48
política de conscientização da população em geral e juntamente com as
empresas empregadoras, geradoras de riquezas e principal alimentadora
desse problema. O quadro 4 (quatro) evidencia as metas a serem conquistadas
pelos países membros, cada nação é responsável por reduzir os gases visando
uma vida mais saudável.
Austrália 108% Liechtenstein 92%
Áustria 92% Lituânia 92%
Bélgica 92% Luxemburgo 92%
Bulgária 92% Mônaco 92%
Canadá 94% Holanda 92%
Croácia 95% Nova Zelândia 100%
Republica Checa 92% Noruega 101%
Dinamarca 92% Polônia 94%
Estônia 92% Portugal 92%
União Européia 92% Romênia 92%
Finlândia 92% Rússia 100%
Franca 92% Eslováquia 92%
Alemanha 92% Eslovênia 92%
Grécia 92% Espanha 92%
Hungria 94% Suécia 92%
Islândia 110% Suíça 92%
Irlanda 92% Ucrânia 100%
Itália 92% Inglaterra 92%
Japão 94% EUA 93%
Letônia 92%
Fonte: Dias, 2006, p.123
Quadro 4 – Reduções Obrigatórias de Gases que provocam o efeito estufa
entre os anos 2008-2012 para os países da Convenção
As nações em desenvolvimento também tiveram sua participação junto
ao encontro realizado na cidade japonesa, ficou acordado que esses países
deveriam reduzir os gases, porém, os países desenvolvidos, as grandes
potências teriam uma parcela maior de responsabilidade, visto que, são os
maiores poluidores do ambiente por comportar as grandes empresas,
multinacionais.
49
2.2.3 Os 8 Objetivos do Milênio – ODM
Com as preocupações dos problemas existentes no dia à dia da
população mundial, em países com menor intensidade se comparado com
nações pobres, foi realizado um encontro promovido pela ONU onde o objetivo
era a discussão da realidade social e ambiental do planeta, as melhorias para a
amenização e a melhor condição de vida, a qualidade de vida da sociedade.
O evento foi corroborado por 191 países no dia 8 de setembro de 2000,
onde os líderes representantes das nações concordaram em alcançar os
objetivos propostos até 2015; com a denominação de Metas de
Desenvolvimento do Milênio (MDM), ou 08 (oito) objetivos do Milênio, ficaram
acordadas as metas de acabar com a fome e a miséria; educação básica de
qualidade para todos; igualdade entre sexos e valorização da mulher; reduzir a
mortalidade infantil; melhorar a saúde das gestantes; combater a AIDS, a
malária e outras doenças; qualidade de vida e respeito ao meio ambiente; e
todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento.
(continuação)
1. Acabar com a fome e a miséria Pastoral da Criança CREN - Centro de Recuperação e
Educação Nutricional Visão Mundial IBASE
2. Educação básica de qualidade para todos
Ação Educativa CENPEC CONSED - Conselho Nacional de
Secretários de Educação Faça Parte – Instituto Brasil
Voluntário Todos Pela Educação Fundação Educar DPaschoal MEC - Ministério da Educação UNDIME - União Nacional dos
Dirigentes Municipais de Educação
3. Igualdade entre sexos e valorização da mulher
GELEDÉS – Instituto da Mulher Negra
Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual
CEFEMEA
4. Reduzir a mortalidade infantil
ANDI – Agência de Notícias dos Direitos da Infância
CREN - Centro de Recuperação e Educação Nutricional
50
UNIFEM
UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância
Pastoral da Criança Fundação ABRINQ pelos Direitos da
Criança
5. Melhorar a saúde das gestantes
Amparo Maternal Pastoral da Criança CREN - Centro de Recuperação e
Educação Nutricional Fundação ABRINQ pelos Direitos da
Criança UNICEF - Fundo das Nações Unidas
para a Infância
6. Combater a Aids, a malária e outras doenças
Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids
GAPA - Grupo de Apoio à Prevenção à AIDS Grupo Pela Vida
Programa Nacional de DST e Aids Projeto Criança / Aids Sociedade Viva Cazuza
7. Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente
Fundação Onda Azul Greenpeace Brasil SOS Mata Atlântica Instituto Akatu WWF – World Wildlife Foundation
8. Todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento
CAV – Centro de Ação Voluntária de Curitiba Centro do Voluntariado de São Paulo
IVA – Instituto Voluntários em Ação – Florianópolis
Parceiros Voluntários do Rio Grande do Sul Rio Voluntário
Faça Parte - Instituto Brasil Voluntário Portal do Voluntário PNUD - Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento UNV - Programa dos Voluntários das
Nações Unidas Voluntários On Line
Fonte: objetivosdomilenio.org.br (2010)
Quadro 5 – Parceiros para a concretização do ODM.
No Brasil o ODM é também chamado de 08 (oito) Jeitos de Mudar o
Mundo, as instituições vinculadas e comprometidas com a causa procuram
integralizar junto à sociedade os objetivos propostos no encontro realizado. O
governo federal, estadual e municipal com a participação da sociedade em
geral, busca as mudanças necessárias para assim mudar a realidade
situacional de milhares de pessoas que encontra-se oprimida e desprotegida,
com doenças sexualmente transmissíveis, a fome, a destruição do meio
ambiente natural, entre outras.
Com a educação sendo um dos principais objetivos, depois de acabar
(conclusão)
51
com a fome, os líderes representantes da população devem investir em
educação à população, independente da idade, todos devem ter educação
básica, saber ler e escrever, devido que sem essas condições mínimas as
pessoas não conseguem desenvolver-se como ser humano, as oportunidades
de imersão no mercado de trabalho é mínima, favorecendo o desemprego e
por consequência a fome. A área da saúde é fundamental para a adequação
das nações junto às metas propostas, cada país deve promover melhorias para
todos quanto à saúde.
Em todo o mundo é comprovada a existência de desigualdade entre os
sexos, a mulher é caracterizada como o sexo frágil, um pensamento
discriminatório que tem influência no cotidiano das pessoas, favorecendo o
desrespeito no trabalho e em casa. É notório as mudanças ocorridas ao longo
dos últimos anos, com a mulher sendo inserida no mercado de trabalho em
cargos importantes da política nacional e internacional.
O meio ambiente natural é de fundamental importância na sobrevivência
da espécie humana, assim sendo, deve existir por parte da população em geral
uma consciência ecológica à preservação da natureza, a fauna e flora.
O mundo tem mostrado mudanças significativas no combate à fome, as
doenças, a degradação ambiental e na melhoria da qualidade de vida, e
educação da população. As mudanças devem ser integralizadas junto à cultura
de cada nação, para a garantia de um futuro melhor para as próximas
gerações.
2.3 Sustentabilidade
Dentro do contexto empresarial as organizações percebem que cada vez
mais suas estratégias para conquistar clientes e obter resultados caracterizam-
se em uma gestão de forma ecologicamente correta (TACHIZAWA, 2002).
De acordo com Savitz (2007) entende-se por sustentabilidade, obter
resultado para a organização sem causar danos aos seres vivos e sem
danificar o meio ambiente, mas sim restaurando-o e enriquecendo-o. O termo
sustentabilidade se originou na década de 1980, desde então o termo
52
transformou-se em um contexto amplo na área da administração.
De forma mais abrangente, Savitz (2007) conceitua sustentabilidade da
seguinte maneira: a sustentabilidade é a maneira de gestão do negócio, de
maneira a prover o crescimento da organização e gerar lucro, gerando assim
benefícios significativos para as empresas e a sociedade.
Segundo Kraemer (2010), apresenta cinco dimensões do que se pode
chamar desenvolvimento sustentável:
a) a sustentabilidade social: que se entende como a criação de um
processo de desenvolvimento sustentado por uma civilização com
maior equidade na distribuição de renda e de bens, de modo a
reduzir o abismo entre os padrões de vida dos ricos e dos pobres;
b) a sustentabilidade econômica: que deve ser alcançada através do
gerenciamento e alocação mais eficientes dos recursos e de um
fluxo constante de investimentos públicos e privados;
c) a sustentabilidade ecológica: que pode ser alcançada através do
aumento da capacidade de utilização dos recursos, limitação do
consumo de combustíveis fosseis e de outros recursos e produtos
que são facilmente esgotáveis, redução da geração de resíduos e
de poluição através da conservação de energia, de recursos e da
reciclagem;
d) a sustentabilidade espacial: que deve ser dirigida à obtenção de
uma configuração rural-urbana mais equilibrada e uma melhor
distribuição territorial dos assentamentos humanos e das atividades
econômicas; e
e) a sustentabilidade cultural: incluindo a procura por raízes
endógenas de processos de modernização e de sistemas agrícolas
integrados, que facilitem a geração de soluções especificas para o
local, o ecossistema, a cultura e a área.
Segundo o Relatório de Brundtland (1987), que originou-se o termo
“Desenvolvimento Sustentável”, entende-se como aquele que satisfaz as
necessidades do presente sem comprometer a capacidade; as futuras
gerações satisfazerem suas próprias necessidades.
Alguns acidentes ambientais gravíssimos que acontecem em todos os
53
países refletem diretamente dentro de uma organização, exemplo foi o ocorrido
no golfo do México neste ano de 2010, quando uma plataforma de petróleo
explodiu, em seguida afundou; esse desastre houvesse um grande vazamento
de petróleo contaminando as águas do golfo do México. Além da degradação
ambiental, neste caso constata-se a violência do acidente afetando os
trabalhadores locais, deixando milhares de feridos. Outro aspecto importante é
o fato da destruição causada nas espécies animais, a grande quantidade de
petróleo vazada afeta a vivência de várias espécies, causando grande
quantidade de mortandade de peixes.
O acidente comprova a importância do meio ambiente natural, a
empresa deve destinar recursos para a área ambiental, conciliando o progresso
da organização juntamente com uma gestão ambiental eficiente.
Fonte: noticias.r7.com (2010)
Figura 12: Acidente no Golfo do México.
Juntamente com a gestão da sustentabilidade e a alta competitividade
nas empresas, o crescimento da responsabilidade ecológica quanto às
consequências provocadas no meio ambiente faz com que as organizações
tenham novos comportamentos ambientais valorizando a sociedade como
54
um todo, descartando seus materiais de maneira que não agrida o meio
ambiente.
Segundo Almeida (2002), para que uma organização seja sustentável é
necessário em todas as suas decisões e ações no processo decisivo, a eco
eficiência, de forma que produza mais e melhor, usando menos recursos
naturais, sendo socialmente responsável. Isso quer dizer em modo geral que
para agir e garantir seu espaço dentro do mercado de forma consciente e
conquistar o sucesso no mundo, é necessário abraçar o desafio da
sustentabilidade.
2.3.1 O papel do governo
Ao longo dos anos são inúmeras as medidas que normatizam a questão
ambiental, no Brasil, por exemplo, há várias normas legais que abrangem os
mais diversos aspectos ambientais. Com a maior participação da sociedade e
de entidades ambientais na elaboração das leis, foram introduzidas novas
normas que se aplicam as questões ambientais exercendo maior controle
sobre a degradação ambiental (DIAS, 2006).
(continuação)
Líderes governamentais e funcionários públicos
1. Estabelecer metas macroeconômicas da ecoeficiência e critérios de conversão para o
desenvolvimento sustentável.
2. Integrar medidas políticas para reforçar a ecoeficiência (por exemplo, através da eliminação
de subsídios, interiorizando questões externas e efetuando mudanças na política tributária).
3. Trabalhar para mudar as regras e os sistemas das políticas internacionais para o comércio,
transações financeiras, etc. como forma de apoiar uma maior produtividade de recursos e
redução de emissões, assim como melhorias das condições dos que não têm privilégios.
Líderes da Sociedade civil e consumidores
4. Encorajar os consumidores a preferirem produtos e serviços ecoeficiêntes e mais
sustentáveis.
55
5. Apoiar as medidas políticas para a criação das condições que recompensam a
ecoeficiência.
Docentes
6. Incluir a ecoeficiência e a sustentabilidade nos currículos dos ensinos secundário e superior
e utilizá-las em programas de pesquisa e desenvolvimento.
Analistas financeiros e investidores
7. Reconhecer e recompensar a ecoeficiência e a sustentabilidade como critérios de
investimento.
8. Ajudar as empresas ecoeficientes e líderes da sustentabilidade a comunicar ao mercado
financeiro o progresso e os benefícios relacionados com o negócio.
9. Promover e utilizar instrumentos de avaliação e índices de sustentabilidade para apoiar os
mercados e ajudar a ampliar o conhecimento sobre os benefícios da ecoeficiência.
Líderes de negócio
10. Integrar a ecoeficiência na estratégia de negócio, incluindo-a nas estratégias operacionais,
de inovação do produto e marketing.
11. Liderar os relatórios de ecoeficiência e de performance de sustentabilidade para os
stakeholders.
12. Apoiar as medidas políticas que recompensam a ecoeficiência. Fonte: Dias, 2006, p.137
Quadro 6 – 12 ações-chave para um futuro ecoeficiente.
Segundo Dias (2006), um dos fatores mais fortes para que as empresas
adotem medidas gerenciais voltadas para gestão ambiental é a regulação do
meio ambiente natural, conforme uma pesquisa realizada junto aos
empresários brasileiros, a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Assim, o
Estado utiliza essas normas para proteger o meio ambiente e a saúde das
pessoas, essa legislação gera multas para os infratores e até mesmo o
fechamento da empresa, logo, as respostas das empresas de colocar em
prática ou não o que exige a legislação.
O governo procura instigar a consciência ecológica por parte da
população em geral, visando um futuro melhor para as gerações futuras, com o
melhoramento da qualidade de vida, beneficiando todas as partes envolvidas, o
governo, empresas e a sociedade no geral. Este contexto preconiza a idéia do
(conclusão)
56
governo investir numa educação ambiental dentro do ambiente de aula.
2.3.1.1 Educação ambiental
Ao nascer, se é educado através dos princípios que os pais julgam ser
mais corretos, se praticados de maneira responsável, tornar-se-á grandes
cidadãos. Desde pequenas, as crianças são orientadas a práticas corretas,
ensinamentos que faz surgir uma pessoa pronta para desbravar o mundo, viver
em sociedade. Educa-se a não roubar, não matar, não cometer qualquer tipo
de crime, com qualquer ser humano; recebe-se uma educação para criar
prosperidade, mecanismos que garantam a sobrevivência, a convivência
harmoniosa entre o povo. Ocorre que, o ser humano não esta vivendo de
maneira harmoniosa com a natureza, o meio ambiente natural, as empresas, a
sociedade em geral, poder público, estão degradando o ambiente de maneira
irresponsável, sem ter consciência da preservação do mesmo para a obtenção
de benefícios fornecidos pela natureza, garantindo a vivência das gerações
subsequentes.
A educação ambiental é percebida como um processo permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os tornem aptos a agir – individual e coletivamente – e resolver problemas ambientais, presente e futuros. (DIAS, 2006, p. 25)
Na escola se aprende o português, a matemática, história, geografia,
entre outras disciplinas, mas não existe uma educação ambiental específica
presente no ambiente interno educacional, quando o ser humano começa a
adquirir valores morais, nortear aquilo que julga como correto, princípios. Na
sociedade existe a crença de que os recursos naturais são ilimitados, podendo
ser explorados de maneira irresponsável, pois na visão errônea, vinda desde a
antiguidade, os recursos disponíveis na natureza nunca vão acabar. As
57
crianças crescem, sem uma visão de preservação ambiental, de proteger o
meio ambiente, seja com medidas simples, como não descartar lixo na
natureza ou, até mesmo grandes empresas que podem incentivar planos mais
ambiciosos, financiando programas de preservação do meio ambiente,
desenvolvendo plantio de mudas de árvores em matas exploradas ilegalmente,
a proteção dos rios, lagos, entre outros.
A educação ambiental tem como finalidade promover a compreensão da existência e da importância da interdependência econômica, política, social e ecológica da sociedade; proporcionar a todas as pessoas a possibilidade de adquirir conhecimentos, o sentido dos valores, o interesse ativo e as atitudes necessárias, para proteger e melhorar a qualidade ambiental; induzir novas formas de conduta nos indivíduos, nos grupos sociais e na sociedade em seu conjunto, tornando-a apta a agir em busca de alternativas de soluções para os seus problemas ambientais, como forma de elevação da sua qualidade de vida. (DIAS, 2006, p.26)
Com pequenos atos da população para que adquira uma consciência
ecológica, beneficiando a todos, visto que, se a sociedade tornar comum no
seu dia à dia a não degradação do meio ambiente, empresas iram mudar seus
processos no sentido de melhorar a sua imagem junto à comunidade, que são
os consumidores dos produtos oferecidos. Os governos, seja em âmbito
nacional, estadual ou municipal, precisam destinar grande volume de recursos
financeiros, assim desenvolvendo programas junto as suas pastas para que
haja uma consciência ambientalmente correta por parte do povo, desde
pequeno, sendo importante a implementação de teorias ambientais junto as
disciplinas comuns, assim fazendo com que as crianças cresçam com uma
visão diferente da existente nos dias de hoje, para que o futuro seja benéfico a
todos, sem prejuízos ambientais para a população; a natureza transmite
através de desastres naturais, a degradação sofrida.
2.3.1.2 Direito ambiental
O Brasil é um país comprometido com o meio ambiente natural e os
58
recursos disponíveis, tendo uma legislação especifica para a área ambiental,
presente na constituição federal. Entretanto, as leis existentes raramente são
cumpridas no que tange a não degradação ambiental, o não desmatamento e
queimadas; as empresas e a sociedade em geral brasileira, diferentemente de
outras nações mais desenvolvidas, não integralizaram junto ao seu dia a dia
uma consciência ecológica. Os países ricos de modo geral são mais críticos
quando da compra de produtos, assim verificando se a empresa produtora não
destrói o meio ambiente, não ocorrendo o mesmo em nações como o Brasil
onde essa cultura é pouco instigada em nosso território.
É comprovada a pouca, ou quase inexiste consciência ambiental por
parte dos brasileiros; as leis que regem essa área são exemplares e
importantes, se compradas com outros países, ocorre que, não existe uma
fiscalização efetiva quanto ao cumprimento da mesma, ficando sob a
consciência por parte do empresariado cumprir ou não a legislação ambiental.
Em todas as esferas, federal, estadual e municipal, é confirmada a
existência de pasta representando o ambiente, os recursos naturais do Brasil.
São milhões investidos que demonstra pouco resultado, entretanto, a
quantidade de dinheiro é insignificante se pensar na importância do assunto e o
que ele representa no território brasileiro. Com grande área verde,
principalmente na floresta amazônica, o Brasil necessita de um investimento
maciço em meio ambiente paralelamente com uma fiscalização rigorosa no
cumprimento da legislação, e das penalidades impostas pela mesma.
Dentro do código ambiental brasileiro, destaca-se a grandeza das leis
desenvolvidas, mas pouco exercida, praticada pelos agentes envolvidos, dentre
o qual pode-se observar no artigo 26 da mesma lei, a riqueza de detalhes no
que tange a preservação ambiental, com isso adquirindo uma consciência
ecológica real. (continuação)
Art. 26. Constituem contravenções penais, puníveis com três meses a um ano de prisão simples ou multa de uma a cem vezes o salário-mínimo mensal, do lugar e da data da infração ou ambas as penas cumulativamente: a) destruir ou danificar a floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação ou utilizá-la com infringência das normas estabelecidas ou previstas nesta Lei; b) cortar árvores em florestas de preservação permanente, sem permissão da autoridade competente; c) penetrar em floresta de preservação permanente conduzindo armas, substâncias ou instrumentos próprios para caça proibida ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem estar munido de licença da autoridade competente;
59
d) causar danos aos Parques Nacionais, Estaduais ou Municipais, bem como às Reservas Biológicas; e) fazer fogo, por qualquer modo, em florestas e demais formas de vegetação, sem tomar as precauções adequadas; f) fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação; g) impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação; h) receber madeira, lenha, carvão e outros produtos procedentes de florestas, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto, até final beneficiamento; i) transportar ou guardar madeiras, lenha, carvão e outros produtos procedentes de florestas, sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade competente; j) deixar de restituir à autoridade, licenças extintas pelo decurso do prazo ou pela entrega ao consumidor dos produtos procedentes de florestas; l) empregar, como combustível, produtos florestais ou hulha, sem uso de dispositivo que impeça a difusão de fagulhas, suscetíveis de provocar incêndios nas florestas; m) soltar animais ou não tomar precauções necessárias para que o animal de sua propriedade não penetre em florestas sujeitas a regime especial; n) matar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia ou árvore imune de corte; o) extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preservação permanente, sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer outra espécie de minerais; p) (Vetado). q) transformar madeiras de lei em carvão, inclusive para qualquer efeito industrial, sem licença da autoridade competente. (Incluído pela Lei nº 5.870, de 26.3.1973)
Fonte: planalto.gov.br (2010)
Quadro 7 - Código ambiental
Com lei específica para a área e entendendo que o meio ambiente é um
bem de todos os cidadãos, o Brasil, junto à constituição federal enquadrou toda
a área ambiental ao Direito, visto que, não existia até então uma proteção
jurídica do meio ambiente natural e seus recursos, compreendendo não
somente a natureza, mas também flora, todos os animais existentes nas
florestas, na concepção que os mesmos têm seus direitos, o direito de viver
numa área onde se sinta protegido e fora de ameaças do homem. Com isso, o
governo federal regula o uso e as atividades relacionadas à exploração desses
recursos, da natureza.
2.3.1.3 Estudos do Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental
(RIMA)
(conclusão)
60
Hoje em dia, existe a necessidade de grandes empreendimentos, na
expectativa da empregabilidade; em nosso país é grande o número de pessoas
desempregada, sem falta de oportunidade de trabalho. Com a grande
industrialização ocorre a poluição do ar, podendo ocorrer também, no processo
produtivo da empresa, o descarte de resíduos na natureza.
Pensando nesse aspecto, foi implantada na legislação do Brasil, a área
que contempla o meio ambiente natural, a sua preservação.
Grandes empreendimentos necessitam de estudo de Impacto Ambiental,
uma avaliação quanto à afetação da obra na natureza, sendo assim, faz-se
uma mensuração dos danos que o empreendimento pode causar, concedendo
ou não, a autorização para a construção da empresa.
De acordo com Dias (2006), existe as seguintes licenças ambientais,
embasado pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA): Licença
Prévia (LP), que consiste na fase inicial da concepção do empreendimento; a
Licença de Instalação (LI), que compreende a autorização da instalação da
empresa; e a Licença de Operação (LO), por fim a LO autoriza o
funcionamento do local.
As empresas estão se tornando mais preocupadas com o meio
ambiente, com uma política ambiental significativa, o seu conteúdo. O governo
federal, estadual e municipal, fiscaliza o cumprimento da legislação, fazendo
valer do Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (RIMA), em todas as
obras que leve atenção quanto à degradação ambiental.
2.3.1.4 Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (IBAMA)
Sendo um segmento do governo federal vinculado ao Ministério do Meio
Ambiente (MMA), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (IBAMA), tem papel preponderante junto ao meio
ambiente, exercendo a função de fiscalizador da legislação ambiental vigente,
e na concessão de licenças ambientais juntos as grandes empresas, que
necessitam desse documento para a concepção da organização; são feitas as
61
aviações necessárias à homologação do pedido. O órgão tem representação
em todo o território nacional, compreendendo as atividades de preservar e
conservar o meio ambiente numa fiscalização implacável quanto à degradação
do meio ambiente natural, o desmatamento desenfreado existente em nosso
país, entre outras.
Fonte: ibama.gov.br (2010)
Figura 13: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis
É de responsabilidade do IBAMA, a Política Nacional do Meio Ambiente
(PNMA), onde regula todas as normas e as leis vigentes relacionadas à fauna,
a flora brasileira e a natureza em geral. Com 19 anos de existência a instituição
vem desenvolvendo trabalhos no sentido de controlar e monitorar o uso dos
recursos naturais, visto que, a população brasileira desde a conferência no Rio
de Janeiro, em 1992, tem-se preocupado com a questão ambiental, e exigindo
das autoridades nacionais mais empenho na minimização da destruição da
natureza, em principal, no desmatamento da floresta amazônica.
2.3.2 O papel das empresas
Do ponto de vista de Dias (2006), as organizações devem adotar
práticas como ecoeficiência e optar por uma produção mais limpa, adotar
também uma postura de responsabilidade ambiental contribuindo para a não
contaminação do ambiente e participar de todas as atividades no que diz
respeito à área ambiental.
Embora atualmente exista ainda empresários que não enxergam as
62
questões ambientais como fator de grande importância, o ramo empresarial
necessita de medidas para acabar com a destruição do meio ambiente. A
conscientização deu importância a partir dos anos 70, quando denúncias sobre
contaminação industrial, agrotóxicos e resíduos tóxicos causou o poluição em
cidades brasileiras. Com isso, os gastos com a proteção ambiental deixou de
ser visto como custo e passou a ser entendido como investimento pelas
empresas.
É constante a preocupação das organizações com o meio ambiente, na
maioria dos casos para reduzir a contaminação é necessário investir em
tecnologia ao longo do processo produtivo, essa tecnologia não só evita a
contaminação, permite também a eficiência no processo da fabricação (DIAS,
2006).
Um grande fator externo é o papel da comunidade que tem influência no
que diz respeito à questão ambiental, os consumidores estão exigentes e
procura saber a origem dos produtos, se estes contribuem ou não com as
agressões causadas ao meio ambiente.
Para ser sustentável, uma empresa ou empreendimento tem que buscar, em todas as suas ações e decisões, em todos os seus processos e produtos, incessante e permanentemente, a ecoeficiência. Vale dizer, tem que produzir mais e melhor, com menos: mais produtos de melhor qualidade, com menos poluição e menos uso dos recursos naturais. E tem que ser socialmente responsável: toda empresa esta inserida num ambiente social, no qual influi e do qual recebe influência. Ignorar essa realidade e condenar-se a ser expulsa do jogo, mais cedo ou mais tarde. (ALMEIDA, 2002, p.78)
Entende-se que uma empresa torna-se socialmente e ambientalmente
responsável a partir do momento em que toma uma posição profundamente
responsável, convertendo toda a perspectiva de lucro para a perspectiva
ambiental; cumprindo as exigências das normas ambientais, produzir com mais
qualidade e com menos recursos naturais, empregando-se menor e melhor
energia no processo produtivo, com isso contribuindo com a melhoria da
imagem da organização, tendo-se outra visão das empresas que buscam de
maneira eficaz garantir a sobrevivência ao longo dos anos. Essa idéia é
conservada na medida em que todos estejam comprometidos e envolvidos, não
63
somente dentro do ambiente interno organizacional, mas também fora dele,
favorecendo o convívio socialmente mais digno.
BENEFÍCIOS ECONÔMICOS Economia de Custos
Redução do consumo de água, energia e outros insumos. Reciclagem, venda e aproveitamento e resíduos, e diminuição de efluentes. Redução de multas e penalidades por poluição.
Incremento de Receita Aumento da contribuição marginal de ``produtos verdes``, que podem ser vendidos a
preços mais altos. Aumento da participação no mercado, devido à inovação dos produtos e à menor
concorrência. Linhas de novos produtos para novos mercados. Aumento da demanda para produtos que contribuam para a diminuição da poluição.
BENEFÍCIOS ESTRATÉGICOS Melhoria da imagem institucional. Renovação da carteira de produtos. Aumento da produtividade. Alto comprometimento do pessoal. Melhoria nas relações de trabalho. Melhoria na criatividade para novos desafios. Melhoria das relações com os órgãos governamentais, comunidade e grupos
ambientalistas. Acesso assegurado ao mercado externo. Melhor adequação aos padrões ambientais.
Fonte: KRAEMER, 2009, p.11 Quadro 8 – Benefícios da Gestão Ambiental.
Percebe-se que a gestão ambiental facilita no processo estratégico da
organização, sendo uma ferramenta que favorece a melhoria do processo
produtivo, gerando receitas e minimizando os custos, assim, beneficiando o
meio ambiente.
2.3.2.1 Contabilidade ambiental
As empresas buscam adequar-se as questões ambientais visando
transmitir uma imagem de confiança junto à sociedade consumidora, contudo,
é evidente que o investimento na preservação e na não degradação ambiental,
gera custos as empresas. Portanto, as organizações financiam uma gestão
ambiental dentro do ambiente interno da empresa, adquirindo novas
64
tecnologias, máquinas e ferramentas, na intenção da melhoria do processo
produtivo.
A contabilidade visa alocar os valores gastos no financiando das
adequações, com isso, demonstrando junto a cúpula empresarial os ativos e os
passivos resultantes dessa nova política.
Na concepção de Pereira (2007) a contabilidade ambiental tem como
objetivo direcionar as informações de mensuração e evidenciação existentes
na contabilidade tradicional, visando o impacto ambiental causado no
patrimônio da empresa e a relação da mesma junto ao meio ambiente. O
mesmo autor salienta a existência do ativo ambiental e o passivo ambiental,
sendo o primeiro todos os recursos que visam preservar, proteger e recuperar
o meio ambiente, já o segundo destaca que são todas as obrigações, deveres
e responsabilidades quanto à preservação, recuperação e proteção ambiental.
2.3.3 O papel da sociedade
A problemática ambiental faz das empresas as principais vilãs, mas não
descarta uma parcela de culpa também da sociedade, contribuindo como
desmatamento, o descarte de entulhos em locais desapropriados, que agrava
cada vez mais as cidades grandes; todo esse processo que agride o meio
ambiente pode ser melhorado se cada cidadão fazer a sua parte, com atitudes
que sejam em prol da natureza, participar de programas de reciclagem, a
coleta seletiva, economizar água e energia, não descartar entulhos em lugares
inapropriados; preocupar-se com todos e com as futuras gerações, com
pequenos atos a questão ambiental pode ser uma manutenção para a
qualidade de vida cada vez melhor.
Com o agravamento das condições ambientais, aumentou a consciência
da sociedade com o meio ambiente natural, o cidadão se torna cada vez mais
exigentes aos agentes envolvidos, observa-se embalagens, o material utilizado,
os agrotóxicos, tudo o que está diretamente envolvido pelos recursos naturais
(DIAS, 2006).
Todas as ações desenvolvidas pela comunidade só é possível pelo fato
65
de as pessoas terem consciência da importância da qualidade de vida que o
ambiente agrega para a saúde, essa consciência embora não seja por parte
total da sociedade, contribui para que as empresas seja mobilizada e vários
setores adotam a variável ambiental com maior importância para processo
produtivo.
Desse modo, a opinião pública é sem dúvida o que pode ter uma
influência maior no que diz respeito ao ecossistema, mostrando os desafios
que a serem enfrentados, alertando governo, empresas e até mesmo os
próprios cidadãos.
2.3.3.1Organização não Governamental
O meio ambiente natural sofre da degradação realizada pelo ser humano
desde quando a espécie humana habitou o planeta, a existência de um
histórico de deterioração ambiental evidencia que tanto na antiguidade quanto
nos dias de hoje existe pouca conscientização por parte da maioria no que diz
respeito à preservação ambiental, a proteção da natureza e seus recursos. As
empresas por sua vez, contribuem de maneira significativa para as mazelas
ambientais, são elas que exploram os recursos naturais disponíveis,
conseguindo o progresso organizacional, mas sem preocupação numa gestão
ambiental, num produzir sem prejudicar o meio ambiente. Contudo, a
sociedade em geral também tem sua parcela de responsabilidade nesse
processo, em sua grande maioria de pessoas, não tem uma consciência
ecológica, um comprometimento junto à natureza. Já o governo, órgão que
mais tem poder de influência nas questões ambientais, deixa a desejar nos
recursos financeiros destinados a área ambiental, pecando no sentido de uma
preservação ambiental eficiente, numa fiscalização enérgica junto aos
agressores do meio ambiente.
Ocorre que, setores empresariais vêm destinando atenção maior ao
meio ambiente, muito embora, seja discreta a participação do empresariado;
parcela da sociedade está adquirindo um comprometimento efetivo nas
questões ambientais; o governo define diretrizes e melhorias à área ambiental,
66
tentando de alguma maneira minimizar as mazelas ambientais existentes no
país. Nesse contexto nota-se a importância das organizações não
governamentais (ONG), que surgiram de grupos de pessoas que buscavam
novos ideais para o meio ambiente natural, defende melhorias junto o governo,
as empresas e a sociedade. As ONGs fiscalizam os processos organizacionais
para que não ocorra à destruição ambiental, através de ações enérgicas que
envolvem a sociedade em geral, eles criam mecanismos para protestar contra
os agressores ambientais, cobrando mudanças radicais do empresariado para
a não a degradação ambiental.
Essas organizações conseguiram introduzir novas dimensões nos ordenamentos jurídicos nacionais e internacionais, conseguiram mudar a forma e o conteúdo das relações e negociações internacionais e definitivamente conseguiram situar a interação seres humanos-natureza no centro da agenda pública nacional e internacional. (DIAS, 2006, p.28)
Dentre as ONGs destacam-se o Greenpeace e o World Wide Fund for
Nature (WWF), que são entidades com representação nacional e internacional,
se comprometem com a causa ambiental, e promove o enfrentamento junto
aos causadores dos prejuízos ambientais.
Organizações ambientalistas que apesar de sofrerem pressões por parte
de setores específicos do empresariado, destacando que estão sujeitos as
mais diversas violências, mas mesmo com toda essa ala contraria a
fiscalização ambiental, eles não se deixam abater dessas ameaças e com
poucos recursos encaram os poderosos empresários. São ONGs que
resguardam a fauna e a flora dos países que tem representação, ou seja, são
protetoras não somente dos recursos naturais disponíveis, da natureza, mas
também dos animais que vivem nestas propriedades. Procuram cobrar o
cumprimento da legislação ambiental vigente em cada localidade, na proteção
e preservação do meio ambiente natural.
O Greenpeace foi fundado na America do Norte, com propósito de
instigar o desenvolvimento sustentável por parte do empresariado e da
população envolvida, no Canadá, em 1971 criou-se a ONG que atualmente
está representada em 42 países, onde monitora implacavelmente todas as
67
ações ligadas ao meio ambiente.
Fonte: verde.br.msn.com (2010)
Figura 14: Ativistas do Greenpeace em protesto contra Rio+10
Fonte: verde.br.msn.com (2010)
Figura 15: Ativistas do Greenpeace em protesto contra líderes do G20.
A ONG WWF é uma entidade sem fins lucrativos com representação no
Brasil e internacionalmente, sua sede principal é na Suíça e tem como proposta
a defesa do meio ambiente, praticando movimentos com os membros
envolvidos, na finalidade de barrar a degradação ambiental.
68
Fonte: verde.br.msn.com (2010)
Figura 16: Ativistas do WWF em protesto nas Cataratas do
Iguaçu.
2.4 Responsabilidade socioambiental
O termo responsabilidade socioambiental é onde esclarece que a
responsabilidade social e responsabilidade ambiental são inseparáveis, é raro
encontrar questões ambientais que não se integram a responsabilidade social,
o fato é que toda a sociedade deve agir de maneira que cada atitude seja
adequada para o ecossistema e contribua para o bem de todos.
A responsabilidade socioambiental tem grande papel na competitividade
no mercado e desempenha um papel de liderança por suas ações e iniciativas.
As futuras gerações tendem a sofrer com os impactos ambientais causados
atualmente pelo homem, para minimizar tal questão é necessário a busca
continua pela melhoria do meio ambiente, pelas organizações e os indivíduos.
69
Segundo Dias (2006), a responsabilidade socioambiental traduz em
adoção de práticas que extrapolam os deveres básicos tanto das organizações
quanto do cidadão, na maioria constituem-se em ações voluntarias com um
comprometimento com maior preocupação com o bem estar da sociedade e
contribuindo para a satisfação dos seus clientes.
Neste sentido percebe-se que a visão de uma organização não esta
associado somente a um resultado econômico melhor, mas também a visão
que esta adquire na sociedade; este conjunto de objetivos éticos firma cada
vez mais uma perspectiva de liderança que uma organização alcança no
mercado, incorporando dentro da organização à área socioambiental.
Assim, os empresários estão se conscientizando de que a empresa não é somente uma unidade de produção e distribuição de bens e serviços que atendem a determinadas necessidades da sociedade, mas que deve atuar de acordo com uma responsabilidade social que se concretiza no respeito aos direitos humanos, na melhoria da qualidade de vida da comunidade e da sociedade mais geral e na preservação do meio ambiente natural. (DIAS, 2006, p. 155)
Entende-se que a relação da questão ambiental com o ramo empresarial
é um fator de grande importância. Comprova-se ainda que, o papel das
organizações esta mudando, focalizando a área da responsabilidade
socioambiental, inserindo-se como mais um agente de transformação e de
desenvolvimento nas comunidades, contribuindo ativamente nos processos
ecológicos e sociais. Sendo assim, essa responsabilidade é uma ação que
deve estar presente no dia a dia da população em geral, não somente dentro
do ambiente interno da organização.
2.5 Responsabilidade social
Um grande número de empresas está investindo espontaneamente
no desenvolvimento social, tanto dentro da empresa como também na
comunidade, aumentando cada vez mais os eventos relacionados ao tema da
70
responsabilidade social.
Segundo Vilela Junior (2006), responsabilidade social empresarial está
ligada a idéia de responsabilidade legal, ou seja, um comportamento
socialmente responsável no princípio ético, e transmitir a idéia de contribuição
social voluntária.
A responsabilidade social é entendida pelo público como uma
contribuição voluntária das organizações, trabalhando junto à comunidade com
parcerias ligadas a entidades filantrópicas e com o governo, desenvolvendo
projetos de educação ambiental em escolas, preservação da natureza,
reciclagem e outros que agregam benefícios ao planeta.
O conceito teórico de responsabilidade social originou-se na década de
50 quando apareceu nos EUA e na Europa o termo formal sobre
responsabilidade social empresarial, devido à preocupação dos pesquisadores
nessa área. Nessa mesma década começaram a ser reconhecidas relações
das empresas junto com os agentes externos; os efeitos e as decisões dentro
do sistema social, o que os homens de negócio aplicavam e considerava
necessário para com a responsabilidade junto à sociedade.
Nesse sentido percebe-se a importância para contribuir de forma
socialmente responsável, as ações empresariais são significativas dentro da
organização e cada vez mais contribuem para projetos sociais e preservação
do meio ambiente.
2.5.1 Responsabilidade social corporativa
A Responsabilidade Social Corporativa (RSC) não é filantropia nem uma
ferramenta de marketing, é mais do que isso. A primeira definição de RSC
surgiu em 1998 em uma reunião na Holanda, eles definem que RSC é um
comprometimento permanente de empresários em adotar comportamento ético
e contribuir para o desenvolvimento econômico, melhorando a qualidade de
vida da comunidade local, da vida dos empregados, das famílias e da
sociedade como um todo. (ALMEIDA, 2002).
Segundo Almeida (2002) são 05 (cinco) os valores essenciais da RSC:
71
a) respeito aos direitos humanos;
b) respeito aos direitos trabalhistas;
c) proteção ambiental;
d) valorização do bem-estar das comunidades; e
e) valorização do progresso social.
Para formular uma estratégia de RSC exige uma compreensão dos
valores em princípio dos que se beneficiam da atividade empresarial; a
empresa visa um melhor relacionamento com a sociedade e necessita envolver
as partes interessadas, os stakeholders.
2.5.2 Stakeholders
Em uma visão tradicional a empresa só precisa dialogar com os
acionistas e proprietários, já na visão contemporânea a empresa precisa ouvir
os grupos constituintes na sociedade, na teoria os stakeholders.
Segundo Almeida (2002), stakeholders são partes interessadas que
integram ou representam grupos que são afetados de alguma forma, positiva
ou negativamente pelas ações da empresa. Na visão contemporânea a
empresa precisa ouvir os empregados e sua família, fornecedores,
consumidores, comunidade local e organizações da sociedade em geral.
Neste contexto, Vilela Junior (2006), atenta-se que a atividade
empresarial não é uma transação de mercado, mas uma rede de relação
competitiva e cooperativa de um grande número de pessoas organizadas de
várias maneiras, no propósito de garantir o progresso profissional e pessoal.
(continuação) Administração dos stakeholders Colaboração com os stakeholdres Fragmentada. Integrada. Foco na administração das relações.
Foco na construção das relações.
Ênfase na defesa da organização. Ênfase em criar oportunidades para mútuos benefícios. Relacionada aos objetivos de curto prazo dos negócios.
Relacionada aos objetivos de longo prazo dos negócios.
Implementação idiossincrática Abordagem coerente dirigida pelos objetivos dos
72
dependente dos interesses dos departamentos e do estilo pessoal dos gerentes.
negócios, missão, valores e estratégias corporativas.
Fonte: Vilela Junior, 2006, p.36.
Quadro 9 – Características da velha e da nova abordagem para as relações
com os stakeholders.
O modelo do stakeholders é complexo e envolve o reconhecimento dos
seus direitos, valores e interesses juntamente com a busca de equilíbrio entre
ele, para que as decisões sejam tomadas dentro de um contexto mais amplo
de longo prazo.
A essência da responsabilidade social é valorizar e reconhecer o diálogo
com os stakeholders, depende dos valores e princípios dos que participam das
atividades empresariais.
O modelo das relações com os stakeholders está mudando em grande
escala, mas as organizações estão incorporando a responsabilidade
socioambiental e atingindo resultados esperados e bom desempenho
empresarial.
2.6 Responsabilidade ambiental
A década de 1980 começava chamar atenção para problemas como à
destruição da camada de ozônio e o aquecimento global; nesse momento que
a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento criada pela ONU
em 1983 entra em cena, intitulada para propor uma agenda global e capacitar a
humanidade para enfrentar os problemas ambientais, o relatório de Brundtland
trouxe com grande força a expressão ‘’desenvolvimento sustentável’’, assim, a
gestão ambiental começa a evoluir para a gestão da sustentabilidade
(ALMEIDA, 2002).
A gestão ambiental e a responsabilidade social tornam-se importantes
instrumentos para a competitividade nas organizações qualquer que seja o seu
segmento econômico (TACHIZAWA, 2002).
Segundo Sepulveda (2005), o desenvolvimento sustentável não é
(conclusão)
73
ambientalismo nem ambiente e sim um processo de equilíbrio entre os
objetivos ambientais, econômicos, financeiros e sociais. É neste contexto que
surge o conceito de responsabilidade ambiental.
Se pensarmos que 10% de tudo que é extraído do planeta pela indústria (em peso) e que se torna produto útil e que o restante é resíduo, torna-se urgente uma gestão sustentável que nos leve a um consumo sustentável, é urgente minimizar a utilização de recursos naturais e materiais tóxicos. (SEPULVEDA, 2005, p124)
Os recursos naturais podem se esgotar com as ações destruidoras do
homem, consequentemente, ocorrendo terríveis danos ao planeta, como os
acidentes industriais ocorridos ao longo dos anos.
A responsabilidade ambiental tem como objetivo a proteção do meio
ambiente, garantir que as empresas façam o máximo para não agredir o meio
ambiente. Percebe-se que ao longo dos anos a necessidade de preservar o
meio ambiente deixa de ser entendida pelas organizações como gastos e são
entendidos como estratégias de marketing.
Nesse sentido Savitz (2007), diz que a empresa sustentável é aquela
que gera lucro aos acionistas, e ao mesmo tempo protege o meio ambiente e
melhora a vida das pessoas.
O maior objetivo da responsabilidade ambiental é a busca contínua da
melhoria dos serviços e produtos estando de acordo com o que diz respeito a
preservação da natureza.
2.7 Sistemas de gestão ambiental
Nas últimas décadas a preocupação com os impactos no meio ambiente
fez com que as empresas que são as principais agentes que agridem o meio
ambiente natural atribuírem-se dentro da organização um processo produtivo
voltado à produção mais limpa e a ecoeficiência.
Pode ser entendido que as organizações determinaram um rumo
envolvendo gestão ambiental como um dos principais fatores na estrutura
74
organizacional que hoje é considerado um dos principais instrumentos para
obter-se um desenvolvimento sustentável dentro da empresa.
O processo de gestão ambiental está relacionado diretamente as
normas que são elaboradas pelos órgãos públicos, que fixam limites a emissão
de substâncias poluentes, resíduos despejados nos rios, utilização de
substâncias tóxicas, entre outras. (DIAS, 2006).
Todas as normas são obrigatórias às organizações que pretendem
implantar um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). De acordo com Vilela Junior
(2006), um SGA pode ser entendido como um conjunto de elementos inter-
relacionado à estrutura organizacional, todas as suas atividades de
planejamento, práticas de responsabilidade ambiental e de todo o processo de
recursos utilizados para cumprir uma missão, objetivo e política.
O SGA define-se como a parte do sistema de gestão de uma empresa
utilizada para implementar e desenvolver uma política ambiental. De acordo
com Dias (2006), para a instituição implantar o SGA são necessários alguns
requisitos e cada um deles necessita de especificações diferenciadas.
a) política ambiental: a política ambiental é o primeiro passo da
implementação do SGA, é um comprometimento da organização com
as questões ambientais;
b) planejamento: um bom planejamento é o sucesso do SGA, a
organização deve identificar os aspectos ambientais que necessita
ser melhorado e garantir que estes serão melhorados;
c) implementação: As normas devem ser definidas, comunicadas e
aplicadas, sendo assim conscientizar os seus colaboradores da
importância do SGA dentro da organização;
d) verificação e ação Corretiva: todo o processo de SGA deve manter
um procedimento de controle e medidas que visam garantir auditorias
periódicas, uma implementação cada vez melhor; e
e) revisão pela gerência: cabe a gerência rever todos os documentos e
avaliar a eficiência dos mesmos, com objetivo de melhoria na política
ambiental e se necessário alterações continuas.
Após esse processo a organização está em condições por toda a
estrutura organizacional a implementar o SGA, com a eficiência e as normas
reguladoras que atende todas as etapas de um sistema de gestão implantado.
75
2.7.1 Ecoeficiência
Com uma legislação mais rigorosa e a utilização indevida de recursos
naturais, a ecoeficiência tem assumido um papel cada vez mais importante nas
estratégias de gestão ambiental, empresa e meio ambiente, o que era
considerado na década de 80 dois conceitos e realidades inconexos
atualmente o paradigma é superado.
A ecoeficiência segundo Almeida (2002), é uma filosofia de gestão
empresarial que incorpora a gestão ambiental, reduz o impacto ao meio
ambiente e diminui os recursos naturais utilizados ao longo do processo
produtivo ou de serviços.
É considerada como uma forma de responsabilidade ambiental
corporativa; fazem as empresas de vários setores e segmentos a se tornarem
mais inovadoras, competitivas e ecologicamente responsáveis. O objetivo
principal da ecoeficiência é fazer a economia crescer com qualidade, não com
quantidade.
Para alcançar a ecoeficiência e procurar melhorar continuamente é
necessário conhecer o sistema natural, saber os limites que a natureza impõe.
A natureza não se desagrega a qualquer impacto, mas não resiste toda a ação
humana, absorvendo por tempo determinado os prejuízos.
As empresas buscam estabelecer um processo produtivo onde o
objetivo final é gerar resíduo zero, é retomada então pelas empresas
sustentáveis a velha máxima de Lavoisier de que “na natureza nada se cria,
nada se perde, tudo se transforma”. Os benefícios gerados pela produção mais
limpa são incomensuráveis, a prática agrega valor ao produto fabricado pela
organização, portanto, a idéia de que investir em uma mudança no processo
produtivo, visando à preservação do ambiente, é importante para empresas
que buscam o crescimento no mercado.
(continuação) Os sete elemento da ecoeficiência
Redução do consumo de materiais com bens e serviços;
Redução do consumo de energia com bens e serviços;
Redução da emissão de substancias toxicas;
76
Intensificação da reciclagem de materiais;
Maximização do uso sustentável de recursos renováveis;
Prolongamento da durabilidade dos produtos;
Agregação de valores aos bens e serviços.
Fonte: Almeida, 2002, p. 103. Quadro 10 – Os Sete Elementos da Ecoeficiência. A ecoeficiência é uma ferramenta fundamental para as estratégias das
organizações, garante tanto para a organização como para os seus clientes um
maior comprometimento com a melhoria do desempenho ambiental.
2.7.2 Logística verde
A atividade logística compreende os trabalhos realizados quanto a
execução das matérias, desde a sua entrada dentro do ambiente da empresa a
sua destinação final. A logística verde é a área da logística que esta voltada às
preocupações ambientais e aos danos que essas atividades podem prover ao
meio ambiente natural, essa logística consiste na construção de uma gestão
em todo o processo para a melhoria das atividades relacionadas, sem a
degradação do ambiente (DONATO, 2008). Dentre essas atividades, integra-se
o setor de transporte das cargas, que são transportadas sem uma consciência
ecológica, causando dano ambiental irreparável. Empresas destinam atenção a
estes problemas, e com isso designando técnicos e estudiosos para reverter tal
situação como a adoção de combustíveis que não prejudicam o meio ambiente,
ou até mesmo num cuidado maior junto às cargas transportadas, visto que,
se não houver preocupação a carga pode causar danos ecológicos
irreversíveis.
A logística verde está intimamente ligada à logística reversa, apesar de
que ambas são distintas, se complementam e se trabalhadas em conjunto,
favorece o ambiente natural. Isso ocorre devido que a logística reversa
compreende a necessidade de uma política voltada para que tudo que foi
(conclusão)
77
produzido na empresa tenha um retorno, seja reciclado, tendo uma destinação
correta, sem prejudicar o meio ambiente com o descarte dos mesmos. Através
desta constatação conclui-se que a logística reversa funciona como
instrumento da logística verde (DONATO, 2008).
A Logística Verde ou Ecologística utiliza a logística reversa como ferramenta operacional, no sentido de minimizar o impacto ambiental, não só dos resíduos na esfera da produção e do pós-consumo, mas de todos os impactos ao longo do Ciclo de Vida dos Produtos, já que a logística reversa viabiliza a devolução para a produção, materiais que serão reaproveitados. (DONATO, 2008, p.20)
As empresas estão adquirindo uma consciência ecológica nunca vista
antes, procuram destinar recursos financeiros na construção de uma gestão
ambiental eficiente juntamente com pessoas capacitadas no assunto que
auxiliam no melhoramento da imagem da organização junto à sociedade
consumidora, nacional e internacional. A logística verde funciona como
ferramenta dessas empresas para a integralização de práticas ambientalmente
corretas que favorecerão na saúde e qualidade de vida das pessoas e, por
conseguinte a empresa.
2.7.3 Auditoria ambiental
A prática de auditoria ambiental dentro da organização tem caráter predominante voluntário, entende-se que ela passa a ser adotada não por uma
determinação legal, mas como ação preventiva em relação aos aspectos
ambientais (VILELA JÚNIOR, 2006).
O objetivo de ter-se uma auditoria ambiental é a verificação da situação
da organização perante a legislação ambiental. Desde a sua origem a auditoria
ambiental recebe diferentes formulações, sua definição mais clara é a seguinte:
78
Resolução Conama n306/2002
Processo sistemático e documentado de verificação, executado para obter e avaliar, de forma
objetiva, evidencias que determinem se as atividades, os eventos, sistemas de gestão e
condições ambientais especificados ou as informações relacionadas a eles estão em
conformidade com os critérios de auditoria estabelecido nessa resolução, e para comunicar os
resultados desse processo.
Fonte: VILELA JÚNIOR, 2006, p.158 Quadro 11 – Definição de Auditoria Ambiental.
Entende-se então que auditoria ambiental é um processo sistemático,
planejado que segue normas definidas; processo documentado registrado
desde o planejamento até o final; resultado objetivo, todos os seus resultados
são reportados de forma clara e objetiva de acordo com o levantamento que foi
feito.
De todos os seus benefícios deve destacar-se a garantia de
conformidade legal, ou seja, a estrutura organizacional está de acordo no que
diz respeito à legislação ambiental; entende-se que auditoria ambiental é uma
ferramenta de grande importância para a organização e bastante eficaz quando
bem utilizada.
2.7.4 Ecoproduto
Produtos ecologicamente corretos é a sensação em grandes nações
industrializadas, onde a população local prefere pelos ecoprodutos que não
agridem o meio ambiente quando produzidos.
Numa afirmação, Araújo [s.d.], diz que ecoproduto é todo artigo
produzido de modo artesanal, manufaturado ou industrializado, para uso
pessoal, alimentar, na residência, comércio, agrícola e indústria, que não afeta
o meio ambiente, não poluente, não tóxico, sendo beneficiador à saúde.
Esse mesmo autor ressalta que o produto ecológico desperta uma
consciência eco-social da comunidade, com isso, educando ambientalmente a
empresa produtora e a sociedade consumidora.
79
No Brasil essa cultura ainda é pouco praticada, não existe por parte da
população brasileira preocupações na hora de comprar produtos, na
preferência por produtos que não prejudicam o meio ambiente natural. A
identificação de um produto ecológico consiste no uso por parte da empresa
produtora do selo verde, que garante que o produto não prejudicou a natureza,
o meio ambiente.
2.7.5 Rotulagem ambiental
A rotulagem ambiental compreende uma ferramenta das empresas para
a divulgação de que seus produtos detêm de uma estruturação ambientalmente
correta no processo produtivo.
De acordo com as afirmações de Barboza (2001), a rotulagem ambiental
é a certificação de produtos que causam menos impacto ao meio ambiente se
comparado com o segmento de produtos existentes no mercado. O autor
afirma ainda que há 03 (três) objetivos na rotulagem ambiental:
a) despertar a consciência por parte do consumidor dos propósitos da
rotulagem ambiental;
b) crescimento da consciência e o entendimento dos aspectos
envolvidos num produto que recebe a certificação; e
c) a influência exercida na escolha do consumidor e no fabricante.
Grandes organizações estão procurando associar a imagem da empresa
junto a entidades fornecedoras de rótulos ambientais, evidenciando que o
empreendimento está preocupado com as questões ambientais; para atingir o
selo verde a empresa necessita de cumprir uma variedade de requisitos.
2.7.5.1 Selo verde – Forest Stewardship Council (FSC)
No Brasil, a derrubada de árvores por parte da população em geral, seja
na comercialização formal da madeira, ou na exploração irregular, tem se
80
tornado prática constante, o noticiário diário mostra as informações do
desmatamento da Amazônia, a derrubada é de maneira indiscriminatória.
Empresas utilizando desses recursos da Amazônia para a construção de bens,
como móveis, sendo assim, numerosas organizações fazem a retirada de
maneira sustentável, sem agredir o meio ambiente. Ocorre que, a maioria do
desmatamento na floresta, a utilização desses recursos é feita de maneira
incorreta, por pessoas incapacitadas de competência na área ambiental,
visando somente o lucro fácil e rápido, sem qualquer estudo sobre a maneira
correta de explorar esse bem.
Com essa problemática originou-se a idéia de uma fiscalização mais
efetiva quanto à procedência da madeira abatida, todas as atividades
relacionadas à extração dos recursos florestais. Para tanto, o Forest
Stewardship Council (FSC), organização não governamental com
representação mundial, passou a fiscalizar as empresas envolvidas, no sentido
de uma gestão ambientalmente apropriada, beneficiadora da sociedade, e
economicamente viável para as florestas do mundo.
Fonte: fsc.org.br (2010)
Figura 17: Conselho Brasileiro de Manejo Florestal.
No território brasileiro, a entidade é representada pelo Conselho
Brasileiro de Manejo Ambiental, organização sem fim de lucro e com cadastro
no Conselho Nacional de Entidades Ambientalistas (CNEA).
A entidade emite certificações junto às empresas ambientalmente
corretas na extração dos recursos das florestas, o selo verde, que caracteriza
todas as etapas da normatização, promovendo intenso monitoramento quanto
às especificações;,visando conscientizar o empresariado e a sociedade
consumidora, o consumidor final.
2.7.5.2 International Organization for Standardization (ISO)
81
Toda organização precisa transmitir para o seu consumidor uma imagem
de que seus produtos ou serviços oferecem qualidade, servindo de diferencial
competitivo através da adoção de medidas que visam à adequação de valores
defendidos pela sociedade consumidora. As empresas antigamente não tinham
uma consciência que primasse pela qualidade dos produtos produzidos, eram
desenvolvidos sem o uso de tecnologias, máquinas e ferramentas, necessárias
para um produzir mais eficiente, agilizando os processos, destacando a
qualidade do produto final. No passado os empreendimentos não dispunham
de tecnologias para facilitar a produção, visando o melhoramento da qualidade
oferecida. Com a introdução de novas tecnologias no processo produtivo das
empresas, nota-se que houve uma evolução significativa se comparado com
décadas atrás, hoje, as organizações adquirem máquinas e ferramentas que
substituem o trabalho humano, garantindo uma elevação importante na
qualidade.
Para evidenciar junto aos consumidores que a empresa oferece
qualidade nos seus produtos ou serviços, existe a adoção de selos fornecidos
por entidades que implementam dentro do ambiente interno organizacional
métodos com propósito de adequar as exigências de qualidade. São propostas,
metas que integradas dentro da empresa de maneira responsável e contínua,
culminará na colocação das embalagens dos produtos oferecidos um selo de
qualidade, consagrando a empresa numa organização comprometida no
fornecimento de produtos ou serviços de qualidade. Dentre as entidades
fornecedoras de selos de qualidade, destaca-se a International Organization for
Standardization, entidade normatizadora reconhecida internacionalmente, no
Brasil sendo representada pela Associação Brasileira de Normas e Técnicas
(ABNT), as empresas buscam os trabalhos oferecidos pela entidade na
finalidade de transmitir aos consumidores, nacionais e internacionais, que a
organização está engajada na proposta de fornecer qualidade em seus
produtos. No mercado internacional existe uma diversidade de empresas que
exportam seus produtos; alguns países procuram dar preferência por produtos
que tenham selos de qualidade. A ISO fornece as empresas selo que mostra a
capacidade da organização em produzir de maneira sustentável sem agredir o
meio ambiente, exigindo investimentos no setor ambiental, criando área
especifica para a gestão ambiental.
82
As normas ISO 14000 são uma família de normas que buscam estabelecer ferramentas e sistemas para a administração ambiental de uma organização. Buscam a padronização de algumas ferramentas-chave de análise, tais como auditoria ambiental e análise do ciclo de vida. (DIAS, 2006, p.92)
A entidade criou uma série de requisitos para que a empresa reestruture
todo o seu processo produtivo e, por conseguinte adquira a certificação,
destaca-se o quadro 10, onde exemplifica todas as etapas existentes no
processo da certificação ambiental fornecida pela ISO.
ISO 14001 Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – Especificações para a
implantação e guia ISO 14004 Sistema de Gestão Ambiental – Diretrizes Gerais
ISO 14010 Guias para Auditoria Ambiental – Diretrizes Gerais
ISO 14011 Diretrizes para Auditoria Ambiental e Procedimentos para Auditorias
ISO 14012 Diretrizes para Auditoria Ambiental – Critérios de Qualificação
ISO 14020 Rotulagem Ambiental – Princípios Básicos
ISO 14021 Rotulagem Ambiental – Termos e Definições
ISO 14022 Rotulagem Ambiental – Simbologia para Rótulos
ISO 14023 Rotulagem Ambiental – Testes e Metodologias de Verificação
ISO 14024 Rotulagem Ambiental – Guia para Certificação com Base em Análise Multicriterial
ISO 14031 Avaliação da Performance Ambiental
ISO 14032 Avaliação da Performance Ambiental dos Sistemas de Operadores
ISO 14040 Análise do Ciclo de Vida – Princípios Gerais
ISO 14041 Análise do Ciclo de Vida – Inventário
ISO 14042 Análise do Ciclo de Vida – Análise dos Impactos
ISO 14043 Análise do Ciclo de Vida – Migração dos Impactos
Fonte: Dias, 2009, p.92
Quadro 12 – Família de normas NBR ISO 14000
Fonte: iso.org (2010)
Figura 18: International Organization for Standardization
83
O ISO 14000, uma rotulagem ambiental, visa uma reestruturação
organizacional, mudando o processo produtivo, na aquisição de tecnologias
onde as empresas não devem descartar resíduos de produção no ambiente
natural, destacando à preservação do meio ambiente, mudando a realidade
vivenciada por muitas organizações. As empresas descartam os refugos na
natureza, sem ter consciência dos prejuízos causados, e depois sofrem
sanções do poder público, assim, desenvolvendo projetos para o tratamento
das mazelas causadas no meio ambiente.
2.7.6 Marketing verde
Um novo tipo de consumidor está consolidando-se com o aumento da
consciência ambiental, chamados “consumidores verdes”, mostra que a
preocupação ambiental não é somente fato social, mas também um fenômeno
de um novo estilo de marketing.
O consumidor ecológico preocupa-se com as questões ambientais e
manifesta no seu comportamento de compra procurando produtos que causam
menos impactos ao meio ambiente, assim, valorizando aqueles que são
produzidos por empresas ecologicamente corretas (DIAS, 2006).
Apesar dos produtos terem preços relativamente mais elevados os
consumidores preferem um produto ecologicamente correto que agrega valor
social para toda a sociedade. É neste contexto de comportamento de
consumidor ecologicamente correto e consciente que Dias (2006), conceitua
marketing verde como o desenvolvimento da responsabilidade da empresa e
uma oportunidade de crescimento para ela.
De forma mais abrangente Dias (2006), refere-se ao marketing verde
sendo o fornecimento de informações sobre o produto ao consumidor,
proporcionando conselhos de como utilizar-lo com mais eficiência sobre a
reutilização, reciclagem e a rejeição deste.
Considera que o marketing verde deveria constituir uma mudança no enfoque tradicional centrado em certos aspectos do produto, ‘’face a um enfoque ético que tenha uma visão holística do produto desde o
84
berço a tumba e considere o contexto no qual é produzido’’. (DIAS, 2006, p.141)
Ainda conceituando marketing verde de forma mais objetiva Dias (2006),
o define como um processo de gestão integral responsável pela identificação,
antecipação e satisfação da sociedade e dos clientes de forma sustentável e
rentável. De todas as definições entende-se que marketing verde tem como
denominação principal as implicações mercadológicas do produto, se estes
atendem as especificações da legislação ambiental e contemplam as
expectativas de uma boa parcela do consumidor. Partindo dessa idéia é
necessário saber que não basta produzir ecoprodutos, as organizações devem
ser sustentáveis, não sendo apenas uma preocupação ambiental onde
somente o real comprometimento valoriza a imagem de uma empresa.
2.8 Filantropia e filantropia empresarial
O ser humano em geral, na maioria das vezes, é consciente com as
suas responsabilidades perante o desenvolvimento social, a sua parcela de
contribuição para a melhoria da sociedade, das condições de vida, da saúde.
Pessoas necessitadas de apoio social, financeiro ou até mesmo psicológico no
sentido de um sentimento de ajudar, apoiar no melhoramento da auto-estima.
A filantropia (palavra originaria do grego: philos, significa amor e antropos, homem) relaciona-se ao amor do homem pelo ser humano, ao amor pela humanidade. No sentido mais restrito, constitui-se no sentimento, na preocupação do favorecido com o outro que nada tem, portanto, no gesto voluntarista, sem intenção de lucro, de apropriação de qualquer bem. No sentido mais amplo, supõe o sentimento mais humanitário: a intenção de que o ser humano tenha garantida condição digna de vida. É a preocupação com o bem-estar público, coletivo. É a preocupação de praticar o bem. E aí confunde-se com solidariedade. (MESTRINER, 2008, p.14)
Grandes corporações desenvolvem medidas que visam ajudar pessoas
necessitadas por algum motivo, seja por falta de oportunidades ou o destino, as
85
condições menores de educação. A filantropia presente na empresa consiste
numa consciência por parte do empresariado junto à comunidade, são
empresas que conquistam o progresso nos negócios e partilham parte dos
seus rendimentos à sociedade mais necessitada.
A solidariedade praticada pelos empresários nada mais é do que uma
doação para a sociedade, uma sensibilização, visto que, é evidente em
algumas regiões a necessidade de investimento, de apoio; onde os
governantes não desenvolvem medidas específicas para reverter à situação. A
prática é geralmente desenvolvida sem a adoção de mecanismos, ferramentas
e técnicas para a mesma, já que a responsabilidade social empresarial consiste
na mudança do ambiente social da população beneficiada, com práticas de
métodos e técnicas para a melhoria, portanto, é a adoção de um projeto
transformador onde a empresa busca intervir no dia à dia da sociedade
assistida para a melhoria das condições de vida.
Com a filantropia a empresa é sensibilizada com a realidade vivida pela
população carente, assim, promovendo doações sem a intenção de ter retorno
sobre o que foi doado, sem preocupações no sentido de retornar os valores
para os cofres da organização. A idéia é que os empresários, comovidos, se
reúnem para a prática do bem, com a finalidade de tornar menos difícil a
vivência desses indivíduos, um sentimento de amor para com o próximo, a
pessoa necessitada.
2.9 Assistência social
A assistência social tem tido importante valor na concepção dos
governos e organizações ao longo dos anos, ocorre que, o tema ainda não tem
destinação efetiva quanto ao seu financiamento, e a qualidade dos serviços
prestados a população em geral. O governo federal, representado por seus
legisladores não destinam recursos necessários para suprir as necessidades
dos assistidos, assim, recorrendo a entidades sem fins lucrativos que
proporcionam um trabalho importante, porém, pequeno se comparado com a
realidade atual da sociedade, da pobreza e discriminação.
86
A assistência social, no seu sentido mais lato, significa auxilio, socorro. Onde quer que haja uma necessidade que o interessado não pode resolver por si e não consiga pagar com seu dinheiro, a assistência tem o seu lugar. A assistência a famintos, a sedentos, nus, desabrigados, doentes, tristes, ativos, transviados, impacientes, desesperados, mal aconselhados, pobres de pão ou pobres de consolação, tudo é assistência, auxilio, socorro. (MESTRINER, 2008, p.15)
Com a realidade situacional da população flagelada, entidades,
governos e empresas têm destinado recursos para a melhoria da qualidade de
vida dos menos favorecidos.
Grandes empresas têm colocado no ambiente organizacional
profissionais para a realização de um acompanhamento do corpo de
funcionários, procurando saber das necessidades da família, no entendimento
de que essa socialização é fundamental para o aperfeiçoamento e o
rendimento do profissional.
São realizadas técnicas de enriquecimento do diálogo entre o
funcionário e a empresa, a empresa procura entender e compreender a
situação do funcionário necessitado e, através destas informações promover
melhorias que vão de encontro com as necessidades da família, é um
mecanismo de integralização do funcionário e a família junto à organização,
que visa o melhoramento da pessoa tanto profissional quanto pessoal.
Assim, ela compreende um conjunto de ações e atividades desenvolvidas nas áreas públicas e privadas, com o objetivo de suprir, sanar ou prevenir, por meio de métodos e técnicas próprias, deficiências e necessidades de indivíduos ou grupos quanto à sobrevivência, convivência e autonomia social. (MESTRINER, 2008, p.16)
O governo federal por meio de lei regula todas as aplicações junto ao
serviço social, o importante trabalho feito pelas entidades sem fins lucrativos no
combate as desigualdades existentes em toda a sociedade. Ocorre que, a
União tem papel preponderante nessas mudanças, mas faz-se impotente na
melhoria e na responsabilidade perante aos necessitados de socorro, com isso,
recorrendo às instituições privadas para a amenização das condições
degradantes de vida das pessoas. Existe a necessidade de investimento
87
intenso na área, juntamente com o acompanhamento das melhorias aplicadas,
em paralelo com o trabalho desenvolvido pelas ONGs de assistência social.
2.9.1 Entidade assistencialista
A realidade mundial comprova dias difíceis, grande parcela da
população encontra-se em situação de dificuldade, são pessoas que por causa
das políticas dos governos e a falta de oportunidade vive em condições
subumanas, miseráveis. Com esse contexto da situação da população menos
favorecida, originou-se entidades sem fins lucrativos com o propósito de
amenizar as piores condições de vida das pessoas. As entidades na maioria
das vezes não conseguem a completa realização dos seus objetivos, visto que,
existe uma proporção considerável de pessoas que necessitam de ajuda, nos
mais variados motivos.
O trabalho é essencial no que tange a reintegração dessas pessoas na
sociedade, as entidades têm papel preponderante no melhoramento da auto-
estima dos menos favorecidos, com atividade psicológica, assim elevando a
imagem dos mesmo.
Quando particular, a assistência caracteriza-se geralmente por iniciativas institucionalizadas em organizações sem fins lucrativos, direcionadas a dificuldades especificas: relativas à criança, à terceira idade, ao deficiente ou portador de necessidades especiais, ao migrante, ao abandonado, entre outras. Quando pública, poderá ter ou não o estatuto de política social, isto é, as ações e programas públicos não lhe configuram o estatuto de política social, ainda que ela incida na esfera pública. (MESTRINER, 2008, p.16)
Através do apoio do governo federal juntamente com a participação da
população no sentido de doar mantimentos para às instituições, fazendo com
que as mesmas promovam trabalho de melhoramento da qualidade de vida, da
saúde dos menos favorecidos.
Empresas parceiras têm papel fundamental na concepção dos objetivos
88
dessas entidades, através da vinculação do nome junto à entidade, com o
patrocínio das atividades realizadas, o auxilio e dinheiro.
Na legislação brasileira vigente existe a lei específica no que tange as
especificações e regulações para todas as entidades assistencialistas
localizada no território do Brasil, compete a União a concessão de
funcionamento dessas entidades.
Art. 21. A análise e decisão dos requerimentos de concessão ou de renovação dos certificados das entidades beneficentes de assistência social serão apreciadas no âmbito dos seguintes Ministérios:
I - da Saúde, quanto às entidades da área de saúde; II - da Educação, quanto às entidades educacionais; e III - do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, quanto às entidades de assistência
social. Fonte: planalto.gov.br (2010) Quadro 13 – Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009.
As entidades sem fins lucrativos procuram fornecer condições melhores
de vida, mas também promovem a educação aos assistidos, pois não somente
fornecem alimentação as pessoas, estão nas áreas da saúde e educação.
Área de Atuação Quantidade Porcentagem (%)
Assistência Social 5.169 37,1
Educação 2.737 19,6
Saúde 2.202 15,8
Outras 3.834 27,5
Total 13.942 100,0
Fonte: Mestriner, 2008, p.265
Quadro 14 – Entidades cadastradas por área de atuação.
Com a atuação junto a crianças e idosos, essas entidades objetivam
prosperar o ser humano, com isso, desenvolve o educacional, com cursos e
professores orientados no sentido de integralizar essas pessoas à sociedade
em geral, melhorando a imagem dos mesmos e dando condições dignas de
vida.
2.10 Benemerência
89
A benemerência diferentemente da filantropia, e da assistência social, é
segundo a Igreja Católica um dom praticado pela pessoa na consciência da
melhoria das condições de vida do necessitado, na prática da bondade,
ajudando o próximo. São pessoas que através de um propósito com à
santidade promovem o bem para com as populações pobre, desnutrida,
necessitada de pão e de socorro psicológico.
De acordo com Mestriner (2008), existem 02 (dois) níveis de
benemerência, sendo a primeira, com a prática da esmola, (auxilio material ou
moral), já a segunda dá-se pelas obras de internação (asilos, orfanatos,
abrigos), são espaços de apoio ao necessitado.
A bondade se concretiza na ajuda ao menos favorecido visando o
melhoramento do ser humano para integralizá-lo socialmente na sociedade.
São na maioria das vezes pessoas fundamentalmente religiosas que através
do dom da bondade praticam o bem, com seus próprios recursos, ou até
mesmo na parte espiritual. Procurando mecanismos para o auxílio da
população mais carente dos recursos mínimos para a sobrevivência.
2.11 Solidariedade
Em todo o mundo é constatado através de estudiosos e especialistas no
assunto a grande diferença existente na sociedade em geral, uma injustiça
discriminatória nas condições de vivência de milhares de pessoas, ao contrário
desses, existe a outra camada da população que desfruta de condições de vida
dignas, saúde e qualidade de vida.
A população mundial promove ações de solidariedade junto aos menos
favorecidos; cada país tem a sua cultural característica, sendo assim, em cada
localidade são realizadas formas de solidariedade que visam às melhores
condições de vida das pessoas.
De acordo com as idéias de Signates (1998), é na sociologia que
solidariedade recebe essa nomenclatura, caracterizando as ações
coletivamente praticadas em sociedades comunitárias, em regime de
cooperação mútua.
90
No Brasil, a população tem como característica ser solidário aos
problemas, as condições de vida subumanas de grande parcela populacional.
Os brasileiros realizam eventos no sentido de doações de mantimentos,
roupas, calcados, entre outros. A solidariedade pode ser praticada por qualquer
pessoa que quer ajudar ao próximo, sem a criação de entidades sem fins
lucrativos, ou qualquer organização de apoio a sociedade, sem o auxilio do
governo, com desconto em tributos.
A solidariedade na visão de Signates (1998), é mais do que prestar
serviços, sendo uma forma de relacionamento social, onde o desempenho
deve ser de ambas as partes, caso contrário caracteriza-se apenas uma ação
individual. Este mesmo autor destaca que existem 04 (quatro) condições
imprescindíveis para uma ação solidária:
a) não indiferença: nunca anular o outro, caindo no vazio da indiferença
social, pelo contrário, a sua presença constitui como acontecimento
relevante;
b) aceitação da diferença: identificar as pessoas, reconhecendo elas
como realmente são, as diferenças não pode ser caracterizada como
guerra entre as partes;
c) doação, concessão e espera: estar sempre disponível para as
pessoas, sem tornar-se escravos da mesma, preservando a sua
identidade; e
d) aprendizado, mudança: aprender com as diferenças das pessoas,
através de uma ação solidária onde não existe o preconceito nas
diferenças, caracterizando o reconhecimento da mudança.
A natureza prejudicada das agressões sofridas da sociedade em geral,
devolve essa problemática ambiental em desastres ambientais, são catástrofes
que lesão a população, até mesmo na ocorrência de mortes; a população
mobilizada promove a solidariedade, o recolhimento de alimentos e objetos
para tornar amena a situação precária vivida.
2.12 Cooperativismo
Toda empresa busca sobrevivência voltada ao mercado de acordo da
91
BUSCA/DEMANDA SOBREV./MERCADO
oferta e da demanda, procura atender as necessidades e os desejos do
homem; a necessidade do homem baseia-se em seus desejos que busca na
demanda de bens e serviços sua sobrevivência no mercado.
Percebe-se que a empresa está ligada diretamente a vida do homem, a
cooperativa além de contribuir na vida social está voltada ao universo
econômico.
Fonte: BENATO, 1992, p.11
Figura 19: Ciclo de Vida do Homem.
De acordo com Vitorino (1997), cooperativa é um sistema integrado de
ações que não se limitam ao finito, a concepção é infinita.
A cooperativa de prestação de serviço é voltada exclusivamente a
prestar serviços aos associados, deve ter um objetivo social comercial comum,
sendo entidades jurídicas regidas pela lei.
A essência do sistema é a cooperação, uma união de esforços, no intuito
de atingir objetivos comuns, as cooperativas são organizações voluntárias
abertas a todo o público, apto a usar seus serviços e aceitar a responsabilidade
de sócio, sem nenhuma discriminação, seja ela racial, social, política e de
qualquer gênero. (VITORINO, 1997)
Entende-se então que o objetivo do cooperativismo é difundir as idéias
em que baseiam-se, no intuito de atingir desenvolvimento econômico,
financeiro e social de toda a sociedade cooperativa.
NECESSIDADES DESEJOS
92
CAPÍTULO III
A PESQUISA
3 INTRODUÇÃO
O desenvolvimento tecnológico fez com que o mundo sofresse uma
transformação incomensurável, o setor industrial passou a trazer
vantagens e desvantagens para a sociedade em geral. Ocorre que, a
industrialização proporcionou o desenvolvimento e o crescimento da
população, garantindo a empregabilidade dos envolvidos, bem como, a
sobrevivência em sociedade; por outro lado esse mesmo desenvolvimento
trouxe malefícios significativos, destaca-se como o principal, a problemática
ambiental. As empresas trabalham no sentido de não preocupar-se com o
meio ambiente natural, fomentando a idéia de que os recursos naturais são
inesgotáveis.
Com o passar dos anos, o setor vem adquirindo uma consciência
ecologicamente correta, devido ao fato de que a legislação ambiental vigente
tem punido veementemente os agressores ao meio ambiente, assim como, a
população em geral tem preocupado na preservação ambiental, descartando
empresas que não produzam uma gestão ambiental eficiente. O meio ambiente
tem tido importante espaço nas discussões junto às nações e os líderes
mundiais, buscando soluções para as questões envolvidas.
A responsabilidade socioambiental tornou-se uma filosofia indispensável
nos dias atuais, as empresas têm que se adequar a essa nova realidade,
trazendo para o ambiente organizacional essa idéia de consciência social
associado à questão ambiental, favorecendo uma estratégia competitiva.
Foi realizada uma pesquisa de campo na Unimed de Lins Cooperativa
de Trabalho Médico, localizada na rua Luiz Gama, 1677 no período de
fevereiro a outubro de 2010, com o propósito de evidenciar a importância da
responsabilidade socioambiental tanto para as empresas quanto para a
sociedade em geral. Destacam-se os programas desenvolvidos pela Unimed
de Lins, onde os projetos visam beneficiar a sociedade envolvida,
93
proporcionando benefícios significativos. Essa problemática existente na
sociedade tem área específica dentro do ambiente da cooperativa,
investimentos importantes que traduzem em uma população mais ligada ao
setor social e ambiental.
Para realização desta pesquisa utilizou-se dos seguintes métodos:
Método de Estudo de Caso – foi realizado estudo de caso.
Método de Observação Sistemática – foram observados e analisados.
Método Histórico – roteiro histórico da Cooperativa.
As técnicas foram:
- Entrevistas para a cooperativa
- Entrevistas para os usuários dos projetos.
3.1 Unimed de Lins – Responsabilidade socioambiental
A história da Unimed Lins, singular localizada no Centro Oeste Paulista,
é galgada em ações socialmente responsáveis desde sua fundação no ano de
1993, onde as políticas de conscientização ambiental são defendidas por toda
a cooperativa, com representação no país.
Atenta aos princípios cooperativistas, sempre observou com veemência
o 7º princípio (Interesse pela Comunidade) idealizando e desenvolvendo
projetos sociais direcionados para o público interno e externo, sendo muitas
vezes realizados em parcerias com o poder público e setor privado.
Para a cooperativa, responsabilidade social é a forma de gerir um
negócio, com transparência e ética, dirigindo-se a todos os envolvidos
(stakeholders), desenvolvendo ações para transformar positivamente o meio no
qual está inserida, favorecendo principalmente a preservação dos recursos
naturais como garantia para as gerações futuras.
Baseada neste conceito, a Unimed Lins mantém atualmente, mais de 20
projetos para os diversos públicos. Além de patrocínios esportivos (atletismo,
ciclismo e judô) com abordagem na formação psicossocial do assistido.
O meio ambiente recebe especial atenção por meio da parceria com a
ONG SOS Rio Dourado, que trabalha na recuperação de rios e nascentes. A
ONG é responsável pela criação da “Trilha do Barbosinha”, por meio do
94
replantio do espaço. A Trilha é visitada por alunos das escolas da cidade e
região, sempre na presença do guia turístico.
Já no meio social, é possível encontrar projetos como o Centro de
Treinamento Unimed Basquete Feminino (CTU), que atende meninas de 07 a
14 anos, com o propósito de proporcionar novos talentos e formar cidadãs
conscientes de seus direitos e deveres por meio da prática do basquete,
objetivando uma concepção de que através das praticas esportivas estarão
desligadas do mundo da criminalidade e das drogas. O projeto tem parceria
com a Secretaria Municipal de Esportes que além do espaço, oferece toda a
alimentação.
A Unimed Lins também preocupa-se com o colaborador. Em 2009, foi
realizada a 3ª Gincana Uniamigos que busca a integração dos participantes,
organizados em equipes, as quais deverão cumprir algumas provas previstas
em regulamento. Em uma tarde, as equipes se encontram caracterizadas com
camisetas personalizadas para a realização das provas, sendo que a principal
é a arrecadação de alimentos não-perecíveis. Estes alimentos são doados a
entidades locais que dão assistência às crianças, adolescentes e idosos.
Durante o ano de 2008, a singular participou das oficinas do Núcleo de
Responsabilidade Socioambiental (RSA) do Centro Oeste Paulista, para o
desenvolvimento da Política de RSA na região, com a orientação de
representantes da Federação das Unimeds do Estado de São Paulo. A Política
aborda conceitos ligados ao tema e indica projetos e ações socioambientais às
singulares do Centro Oeste Paulista.
A cooperativa mais uma vez é certificada com o Selo de
Responsabilidade Social da Unimed do Brasil e ainda para 2009, prevê ações
que contribuam para o alcance das metas de desenvolvimento dos Objetivos
do Milênio, a serem realizadas por colaboradores do Programa de Voluntariado
“Faça a diferença”.
3.2 Práticas socioambientais na Unimed de Lins
A atenção ao meio socioambiental no qual a Unimed Lins está inserida é
95
fato desde a sua concepção no ano de 1993, onde a cooperativa busca
focalizar os princípios responsáveis quanto ao meio ambiente e o
melhoramento da sociedade em geral.
O 7º princípio cooperativista, “Interesse pela Comunidade”, tem como
objetivo promover o desenvolvimento sustentado da comunidade e esteve
sempre em destaque junto às políticas desenvolvidas pela Unimed de Lins. As
primeiras ações apresentavam caráter filantrópico, o que não exigia
acompanhamento ou mensuração de resultados. Porém, a demanda local
exigia a idealização e execuções de projetos maiores, propiciando o início dos
patrocínios voltados à prática esportiva, primeiramente com o vôlei feminino e
masculino, depois o basquete feminino e o judô e mais recentemente, o
ciclismo.
O termo Responsabilidade Socioambiental surgiu durante a Conferência
das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD),
mais conhecida como “Rio 92”, que contribuiu para a pró-atividade das
empresas, consagrando o conceito de desenvolvimento sustentável, o que
permite o crescimento econômico, sem acelerar o esgotamento dos recursos
naturais.
A Unimed Lins, também adotou uma postura pró-ativa e buscou com
base nos novos conceitos promover a todos os envolvidos em seu negócio, são
projetos voltados para o meio ambiente e para o meio social.
Fonte: unimed.com.br (2010)
Figura 20: Responsabilidade Social Unimed de Lins
96
Atualmente a Unimed Lins mantém diversos projetos. Alguns com
grande repercussão local e até regional, como o “Gincana Uniamigos”, de
caráter assistencialista, por realizar doações de alimentos a algumas entidades
na área de ação da cooperativa.
A Unimed Lins possui em sua essência os princípios de
responsabilidade socioambiental, portanto, executa e continuará executando
ações para transformar a realidade e contribuir para com o desenvolvimento
sustentável local, seja através de projetos assistencialistas, ou parcerias com
entidades do setor.
3.2.1 Selo Unimed de responsabilidade social
O Selo Unimed de responsabilidade social foi criado em 2003 e faz parte
da política nacional do Sistema Unimed, o selo tem como objetivo realizar um
diagnóstico das cooperativas que promovem ações sociais, ou seja, analisar se
suas ações estão de acordo com a política estabelecida pela Unimed do Brasil.
Adquirindo a certificação do selo a Unimed cria um diferencial no
mercado transparecendo uma postura ética ambiental e socialmente
responsável.
Fonte: unimed.com.br (2010)
Figura 21: Selo Unimed de Responsabilidade Social
A Unimed de Lins é certificada com o Selo Unimed de Responsabilidade
Social desde 2005, hoje é uma das cooperativas que tem um melhor
desempenho quanto às ações de responsabilidade social, pois em 2010 atingiu
o 3º estágio, o que significa que a cooperativa assimilou o conceito da gestão
97
socialmente responsável e alcançou o estágio de maturidade, assim se
preocupando com qualidade de vida da sociedade em geral.
Para obtenção do Selo é necessário o preenchimento do balanço social
modelo (IBASE), elaborado especialmente para cooperativas e também
preenchimento dos indicadores de responsabilidade social, estruturados em
forma de questionários e dividido em 7 temas, que são eles:
a) valores, transparência governança;
b) público interno;
c) fornecedores;
d) cliente;
e) comunidade;
f) governo e sociedade; e
g) performance final.
A partir da analise da comissão julgadora, quanto às respostas dos
indicadores, as cooperativas recebem a pontuação que indicará os estágios
que atualmente são (04) quatro.
3.3 Ações sociais
Dentro do contexto empresário hoje, as empresas estão cada vez mais
preocupadas com a sociedade e desenvolvem ações de responsabilidade
social, seus investimentos são cada vez mais bem visto pela sociedade e
agrega valores para a organização e contribui para o bem de todos.
Atualmente a Unimed de Lins pratica ações sociais voltada para todo o
publico alvo, e os grupos interessados (Stakeholders), sempre atenda com a
política da responsabilidade social e princípios que regem as normas
ambientais.
A Unimed Lins desenvolve projetos próprios e também conta com
parcerias como ONG, órgãos públicos, entre outros, promove projetos voltados
à área social e também ambiental.
Dentro da empresa existe o departamento de RSA que tem a finalidade
de planejar e mensurar indicadores de todos os projetos, além disso, o público
98
interno tem a participação ativamente em todos os projetos.
Dentro de alguns princípios cooperativistas o que tem um maior
destaque e caminha sempre com a Unimed é o interesse pela comunidade, o
objetivo é desenvolver ações sociais que tenha um foco para a comunidade.
A cooperativa com seus projetos voltados a área do esporte e a cultura,
promove a qualidade de vida dos seus participantes. E com o projeto da AMUL
a possibilidade da inclusão social, contribuindo para superação e a realização
dos objetivos individuais.
A Unimed de Lins pratica ações sociais desde a sua origem, o fato é que
essas eram vistas como filantropia, com o passar dos anos a responsabilidade
social ganhou espaço no mercado e também dentro das empresas e hoje a
Unimed é conhecida como sinônimo da responsabilidade social.
3.4 Projetos socioambientais
Atualmente são desenvolvidos diversos projetos socioambientais dentro
da Unimed Lins os quais atendem comunidade, meio ambiente e público
interno. Os projetos e programas são classificados nas seguintes categorias:
a) projetos socioambientais;
b) programa socioambiental;
c) relacionamento institucional;
d) marketing relacionado à causa;
e) ação para funcionários e público interno; e
f) ação pontual
Os projetos socioambientais têm o foco de relacionar a área social e
ambiental, os projetos possuem plano de ação com objetivo, previsão de
resultados, atividades a serem realizadas, recursos e tempo.
3.4.1 Projeto recicla lâmpadas
A Unimed de Lins, preocupada com a problemática ambiental,
99
desenvolve dentro do ambiente interno e externo da cooperativa, projetos que
visão o melhoramento do meio ambiente natural, contribuindo para a elevação
da qualidade de vida da sociedade em geral. Dentre esses projetos destaca-se
a reciclagem das lâmpadas, onde são armazenadas todas as lâmpadas que
atingiram a sua vida total, entretanto, grandes empreendimentos não tem essa
consciência e destinam as lâmpadas queimadas no lixo comum, favorecendo
o acontecimento de acidentes por parte dos catadores de resíduos. As
lâmpadas utilizadas por todos os setores da cooperativa, assim que
queimadas são guardadas num ambiente apropriado, não sendo quebradas.
Quando atingido um número considerável de lâmpadas, a cooperativa
contata a empresa especializada, que recolhe todo o material para a
reciclagem.
3.4.2 Papel reciclado
Atualmente o meio ambiente natural tem tido importante destaque junto
às autoridades mundiais, a sociedade em geral. O assunto é de fundamental
importância na concepção empresarial, onde as organizações têm destinado
investimentos significativos para a área, na visão de fortalecer a imagem
organizacional e, por conseguinte o favorecimento competitivo. A população
em geral tem se preocupado com a problemática, devido aos avanços dos
desastres ecológicos por todo o território mundial.
Com uma política ambientalmente responsável, a Unimed de Lins busca
a adoção de estratégias junto ao seu planejamento, visando proteger o meio
ambiente. Dentre essas políticas, a cooperativa adota desde 2005 o papel
reciclado, fazendo uso desse material em todos os setores da organização,
esse papel é utilizado na impressão de documentos internos, envelopes,
jornais, entre outros.
O papel reciclado compreende a idéia de preservação ambiental,
portanto, as empresas que utilizam desse material têm como propósito a
preservação ambiental, devido que o papel reciclado em sua fabricação não
prejudica a natureza em geral; apesar de ser um produto de preço mais
100
elevado, se comparado com o papel comum, mas beneficiando no que tange a
consciência ecológica.
3.4.3 Reciclagem de cartões
A Unimed de Lins, visando o cumprimento dos ideais socioambientais
praticados pela cooperativa em geral, passou a adotar em sua política de
trabalho o projeto que tem como objetivo a reciclagem de cartões. Os cartões
são utilizados pelos clientes conveniados a cooperativa, no melhoramento da
qualidade do atendimento prestado, pois no cartão são armazenadas todas as
informações dos clientes, com a finalidade usar no hospital, na farmácia, nos
consultórios e laboratórios. O planejamento ocorre através de um processo de
conscientização ambiental, a Unimed recolhe todos os cartões que não
utilizados, cancelados, vencidos ou clientes que trocam de plano de saúde.
Fonte: unimed.com.br (2010)
Figura 22: Recicla Cartões
Os cartões são produzidos com material de Polyvinyl chloride (PVC),
sendo demorada a decomposição se descartado no meio ambiente natural; o
projeto da Unimed teve inicio no mês de março de 2010, sendo enviados para
a Cooperativa de Resíduos Sólidos de Lins (Coopersol) para que haja a
destinação correta do material.
101
A preocupação com as questões ambientais fez com que a Unimed de
Lins adota-se em seu plano de trabalho o projeto, visto que, os cartões
inutilizados pelas pessoas podem ser descartados no meio ambiente,
prejudicando o mesmo; com essa política a cooperativa visa à preservação da
natureza, proporcionando um futuro melhor para as gerações.
3.4.4 Centro de Treinamento Unimed (CTU)
A Unimed de Lins juntamente com a Senclatur desenvolvem o projeto
social Centro de Treinamento Unimed de Basquete Feminino que atende
garotas de 04 a 14 anos. As crianças e adolescentes precisam estar
matriculadas nas escolas públicas (municipais ou estaduais), frequentando as
aulas e obtendo bom rendimento.
Fonte: unimed.com.br (2010)
Figura 23: Centro de Treinamento Unimed
O objetivo desse trabalho é proporcionar novos talentos, formar cidadãs
conscientes de seus direitos e deveres e tirar crianças da rua por meio da
prática do esporte, no propósito de estimular novos talentos e formar equipes
competitivas para que disputem os campeonatos oficiais da Federação Paulista
de Basquete e também dos campeonatos Inter-Unimeds. Além das aulas de
basquete, as atletas também participarão de palestras educativas.
É disponibilizado no Centro Social Urbano (CSU) e o Ginásio Nico
Garcia, no bairro do Junqueira para os possíveis treinamentos, além de
102
receberem o material esportivo e o lanche dos atletas. Os horários de
treinamentos são de segunda a sexta no período da manhã e tarde.
Necessários alguns documentos pessoais para participarem do projeto.
3.4.5 Concurso de desenho pintando o planeta
O concurso surgiu a partir do planejamento do departamento
responsabilidade socioambiental que previa atividades para o calendário
ambiental, entre as datas o dia do planeta, 22 de abril. Aproveitando o tema e
diante da oportunidade de levar conscientização e educação ambiental para as
crianças, haja vista que elas são o futuro e a esperança de transformar a
realidade que se espera do planeta Terra, foi idealizado e desenvolvido o
Concurso Pintando o Planeta, que em sua 1ª edição, 2009, conseguiu atingir
toda a área de ação da Unimed Lins, contendo 11 cidades.
Fonte: unimed.com.br (2010)
Figura 24: Logo Concurso de Desenho Pintando o Planeta
O Concurso possui regulamento, que foi analisado e aprovado pela
assessoria jurídica. A divulgação é realizada em jornal, site e diretamente nas
escolas para o público-alvo e o resultado é exposto no site da Unimed Lins. O
projeto tem como objetivo conscientizar crianças e adultos sobre a importância
da preservação do meio ambiente, envolvendo pais, professores e direção das
103
escolas, bem como promover o desenvolvimento sustentado e a educação
ambiental na fase infantil para a prática de ações ecologicamente corretas na
fase adulta, assim fazendo com que desde jovem as crianças envolvidas
desenvolvam práticas ambientalmente corretas, crescendo com essa visão de
futuro, para beneficiamento de todos. Com o projeto a cooperativa busca a
integração junto à sociedade, promovendo, com seus programas, melhorias
incomensuráveis no dia à dia das pessoas.
Fonte: unimed.com.br (2010)
Figura 25: Concurso de Desenho Pintando do Planeta
3.4.6 Gincana uniamigos
Desenvolvida na quadra do Unisalesiano de Lins. Uma gincana
disponibilizada para todos os funcionários da Unimed de Lins. Com o objetivo
de reunir os setores, criando novas amizades e também um dia de lazer para
os mesmos.
A cidade de Lins possui aproximadamente 70.000 habitantes e diversas
entidades filantrópicas que assistem de crianças a idosos, algumas inclusive
atendem pessoas apenas para receberem uma refeição diária. Por sua vez,
outras realizam o trabalho de assistência a deficientes físicos e visuais, estes
até residem na própria instituição, como o caso também do Asilo de Idosos. Há
ainda, o atendimento em creches e Centros para profissionalização de
adolescentes. Todos apresentam um grau considerável de dificuldade para um
104
atendimento com qualidade, uma vez que dependem especialmente do
assistencialismo empresarial e particular.
Diante deste cenário, sempre houve a preocupação do que fazer para
solucionar a questão da falta de alimentos que castigava a maioria destas
entidades, sendo que este era apenas um dos problemas, porém de grande
peso. Esta era uma questão que intrigava alguns colaboradores da Unimed
Lins, que motivados a encontrar uma solução, idealizaram em 2003, a Gincana
Uniamigos. A idéia foi apresentada em uma reunião mensal de encarregados,
e automaticamente foi aceita pelos colaboradores presentes, nesse momento,
voluntários aceitaram fazer parte da comissão e as reuniões para criação do
regulamento e as provas a serem realizadas, tiveram início e frequência
semanal.
O principal objetivo do projeto é a arrecadação de alimentos não
perecíveis para doação, mas, com a intenção de integrar os colaboradores,
uma vez que a rotina diária não permitia, embora muitos tenham um convívio,
os diferentes turnos e atividades impediam essa aproximação.
Fonte: unimed.com.br (2010)
Figura 26: Gincana Uniamigos
3.4.7 ONG SOS rio dourado
Problemas como o assoreamento dos rios, inundações e deslizamentos
causados pela degradação florestal não são recentes. Em 1996 foi criada a
105
ONG SOS rio dourado em Lins, com objetivo de proteção, recuperação e
preservação ambiental da bacia hidrográfica do Rio Dourado. Até o dia 03 de
fevereiro de 2005, as ações da ONG estavam limitadas à bacia do Rio
Dourado, ou seja, de Pirajuí à Promissão. Entretanto, houve uma reformulação
em seu estatuto a qual foi extinta essa limitação, com isso a SOS Rio Dourado
passou a atuar em todo território nacional.
A ONG é uma entidade civil de direito privado, sem fins lucrativos, e sem
qualquer vínculo político-partidário que tem como finalidade:
a) desenvolver programas de proteção, recuperação e preservação
ambiental;
b) promover a educação ambiental e o desenvolvimento sustentado;
c) promover cursos, palestras, ciclos de debate e realizar publicações
no que diz respeito á proteção do meio ambiente;
d) realizar eventos e convênios com outras entidades e prefeituras,
visando a divulgação de projetos e arrecadação de fundos; e
e) administrar fundos para sua manutenção e para o financiamento de
projetos ambientais.
Fonte: unimed.com.br (2010)
Figura 27: ONG SOS Rio Dourado
Desde a sua criação são desenvolvidos trabalhos de conscientização
ambiental por meio de palestras, seminários e atividades como o concurso
melhor frase e desenho com premiação para os 3 primeiros lugares, cujo tema
foi Proteção das Águas, contando com a participação de 23 escolas e
106
aproximadamente 4000 alunos; reflorestamento e criação da trilha ecológica do
Barbosinha; e plantação de 7000 mudas as margens do córrego Barbosinha,
no período de 2004 à 2006.
3.4.7.1 Trilha ecológica – Barbosinha
A Unimed Lins apoia diversos projetos sociais, entre eles o projeto da
Trilha Ecológica – Barbosinha, que tem como guia o Sr. Alvari Ramacini. A
trilha busca reviver a história de Lins e incentivar pessoas de todas as idades
na busca por um mundo melhor preservando a natureza. Recentemente, ele
lançou mais uma revistinha, a de número 4, a qual aborda o tema de
preservação do meio ambiente e através disso a preservação da nossa
espécie.
3.4.8 Educação corporativa
Com uma consciência socialmente correta praticada por todas as
cooperativas médicas, na de Lins não foi diferente, desta forma, em abril de
2005, foi criado o projeto Unimed Educação Corporativa, que tornou possível
através da parceria com a Microlins. A finalidade é promover o
desenvolvimento da organização através da profissionalização, além da
formação humana, ética, moral e cidadã, inclusive, oferecendo condições de
auto-realização.
O projeto Educação Corporativa visa oferecer ao colaborador a
oportunidade de completar seus estudos no ensino fundamental e ensino
médio, como também o curso básico de informática, através de parceria com
uma escola local. As aulas são realizadas no período noturno, duas vezes por
semana.
A Unimed Lins vem incentivando todos os colaboradores a buscarem
conhecimento através da formação profissional, visto que pelas próprias
107
características das sociedades cooperativistas, a renovação acontece de
maneira natural e dinâmica.
O projeto tem como proposta o aperfeiçoamento profissional dos
colaboradores, visando turbinar seus conhecimentos técnicos e teóricos,
ministrados nas aulas. Grande parte dos envolvidos no projeto não tiveram
oportunidade de se profissionalizar junto a uma área específica, devido as
condições remotas da época.
Fonte: unimed.com.br (2010)
Figura 28: Educação Corporativa Unimed de Lins
3.4.9 Mosaico teatral
Pelo segundo ano consecutivo Lins participa do programa Mosaico
Teatral. Neste ano a cidade recebeu a Cia Circo de Bonecos da Cooperativa
Paulista de Teatro, na Associação Beneficente Cultural e Esportiva de Lins
(ABCEL), sábado, dia 28 de agosto/2010.
A proposta de arrecadar alimentos não perecíveis em troca de ingressos
resultou em aproximadamente uma tonelada, o público presente ultrapassou
1000 pessoas. O montante foi contabilizado e doado ao Fundo Social de
Solidariedade de Lins.
O espetáculo conta a história de dois amigos, Cláudio Saltini e Raniere
108
Guerra, que decidem brincar de circo na sala de visita, recriando o mundo
maravilhoso do circo dentro do universo das fantasias e brincadeiras infantis. A
peça resgata as brincadeiras infantis, no brincar desinteressado, o brincar entre
pais e filhos, irmãos e amigos. O evento é resultado de uma parceria entre as
cooperativas, Unimed, Camda e Uniodonto e é promovido pelo Serviço
Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo
(Sescoop). O objetivo é disseminar a cultura cooperativista e a
intercooperação, além de formar promotores de cultura. Em 2010, o Programa
Mosaico Teatral em Lins recebeu apoio de diversas empresas, da Prefeitura
Municipal de Lins, Casa de Cultura e Cidadania e ABCEL.
Fonte: unimed.com.br (2010)
Figura 29: Mosaico Teatral Unimed de Lins
Fonte: unimed.com.br (2010)
Figura 30: Mosaico Teatral Unimed de Lins
109
3.4.10 Judô
A Unimed de Lins busca sempre apoiar jovens para as práticas
esportivas, com objetivo de formar cidadãos conscientes dos seus direitos e
das suas obrigações para com a sociedade em geral. Com essa filosofia, a
cooperativa apóia o atleta Kelvin Anequini junto às competições de judô em
todo o estado de São Paulo (SP), desde o inicio da carreia do jovem, a Unimed
tem participação continua para o seu desenvolvimento social.
3.4.11 Associação da Mulher Unimed de Lins (AMUL)
A AMUL é uma entidade sem fins lucrativos ligada à cooperativa, atua
na área social com o objetivo de transformar a realidade da sociedade
necessitada. O trabalho é desenvolvido por voluntarias, pessoas ligadas a
Unimed de Lins, também contando com a participação de pessoas
interessadas nas propostas defendidas pelos projetos sociais da entidade.
Fonte: unimed.com.br (2010)
Figura 31: Associação da Mulher Unimed de Lins
A Unimed de Lins tem visão de futuro quanto à responsabilidade social,
visando destinar recursos humanos e financeiros para o melhoramento da
110
qualidade de vida da população local, prática esta, defendida por todas as
organizações presentes no território brasileiro. Dentre os projetos
desenvolvidos pela AMUL, cita-se o Programa Vida Iluminada que tem como
foco pessoas com deficiência visual.
3.4.11.1 Programa Vida Iluminada
O programa Vida Iluminada é realizado pela AMUL em conjunto com a
Unimed de Lins, tem como propósito o desenvolvimento das habilidades dos
portadores de necessidades visuais. O objetivo do programa visa à inclusão
das pessoas com deficiência visual através da aprendizagem, assim dando o
apoio necessário para a família nesse processo que busca a integração e a
socialização dos mesmos junto à sociedade.
3.4.12 Hoje é seu dia
A Unimed de Lins desenvolve este projeto desde 2009, com objetivo de
desenvolver a integração social e atitudes de cooperação e solidariedade.
Fundamento na valorização de seus colaboradores e a consolidação de uma
cultura de socialização interna, é comemorado os aniversariantes de cada mês,
a Unimed promove um café da manhã em comemoração ao colaborador,
valorizando assim toda sua equipe e renovando o clima organizacional.
3.4.13 Investir
A Unimed de Lins acredita no potencial de seus colaboradores por isso
criou o projeto Investir; O projeto teve início em 2002, é direcionado aos
colaboradores, aprovado ou inscrito em curso técnico de pós-graduação o
objetivo do projeto é incentivar o desenvolvimento e aperfeiçoamento
111
individual, os colaboradores devem solicitar a bolsa de estudo por escrito
através de um formulário próprio, a aprovação é feita pela diretoria e os pré-
requisitos são: ter no mínimo 02 anos de empresa, análise do limite de verba
disponível pela empresa para o projeto, área de atuação profissional e o
desempenho do colaborador.
3.4.14 Estação Saúde.
Com o aumento de risco de saúde que toda a população corre, a
Unimed de Lins juntamente com o setor de Medicina Preventiva criou o projeto
Estação Saúde, com o objetivo de orientar a população na prevenção das
doenças que ocorrem com maior freqüência, os serviços oferecendo são:
aferição da pressão arterial, peso e altura, pesquisa sobre o stress, avaliação
da capacidade pulmonar, dependência de nicotina, avaliação nutricional,
massagem relaxante, orientação da saúde bucal
O projeto teve inicio em 2005 e conta com a parceria da Amul e
Uniodonto.
3.4.15 Atletismo
Com propósito de apoiar atletas em suas competições, a Unimed de
Lins, tem representação no atletismo com os competidores, David Ribeiro e
Silas Silvestre, sendo o primeiro pertencente à categoria 30 a 34 anos e o
segundo 18 a 19 anos, ambos com contrato assinado com a cooperativa.
3.4.16 Integrap
Trata-se de um projeto de integração para os novos colaboradores, que
ingressam no Sistema Unimed de Lins e não tem conhecimento da empresa,
112
seus setores, profissionais e suas responsabilidades, portanto, os
colaboradores que já fazem parte do grupo proporcionam aos novos
colaboradores, oportunidades para que eles aprendam os processos de que a
Unimed de Lins considera imprescindível e relevante.
Tem como objetivo promover a integração da cultura da empresa,
reduzir a ansiedade dos novos colaboradores e economizar tempo com
reuniões.
Faz com que os colaboradores se sintam mais à vontade dentro da
empresa, podendo evoluir com responsabilidade e fazendo com que a empresa
cresça com seu desenvolvimento e o desempenho do dia-a-dia.
Fonte: unimed.com.br (2010)
Figura 32: Integrap Unimed Lins
3.4.17 Semana da qualidade de vida
A idéia foi inspirada a partir da leitura do Manual de Alimentação
Saudável por uma colaboradora que sugeriu (outubro 2008) alguma atividade
que envolvesse a qualidade de vida dos colaboradores. Além disso, é baseado
no posicionamento da marca Unimed. Antes de implementar o projeto, eram
realizadas algumas ações isoladas sem muito critério e que não atingia a todos
os colaboradores.
Para a implantação, foram mobilizados os departamentos de
responsabilidade socioambiental, medicina preventiva e marketing, para definir
as atividades e realizar a divulgação antes e durante a execução do projeto. A
divulgação foi realizada por meio de e-mail do setor de marketing, enviando
113
aos colaboradores que receberam o cronograma das atividades com livre
escolha das atividades para participação.
O objetivo deste trabalho seria proporcionar o bem-estar de seus
colaboradores, despertar para a qualidade de vida, aumentar a auto-estima de
cada um, promover a integração dos colaboradores, alertar para a prevenção
de doenças, despertar para a prática de ações socialmente responsáveis,
conscientizar sobre a importância da atividade física, estimular a expressão de
pensamento por meio de frases, pensamento e outros.
3.4.18 Comunicar para crescer
Uma aplicação anual de pesquisa de clima a todos os colaboradores do
sistema Unimed Lins. É realizada uma pesquisa de clima organizacional, com
objetivo de ter um excelente resultado no relacionamento interno.
Desenvolvem os gestores para atuarem com foco na estratégia,
trabalhando com competências para o negócio; atrai e retém talentos; promove
a cultura organizacional voltada ao conhecimento, trabalho em equipe, foco do
cliente e resultados.
3.5 Discussão
Conforme observado por Tachizawa (2002), as organizações que
tomarem decisões estrategicamente ligadas à gestão ambiental e serem
socialmente responsáveis, conseguirão significativas vantagens competitivas. A
responsabilidade socioambiental é um instrumento de grande importância para
as empresas, com essa prática as empresas criam um diferencial no mercado
atendendo as exigências da sociedade e tem um posicionamento positivo na
questão ecológica.
Na visão de Almeida (2002), a sustentabilidade vem sendo um assunto
mundialmente discutido, as organizações deverão produzir produtos
114
ecologicamente corretos para se garantirem no mercado. Adequando-se as
exigências ambientais, favorecendo a qualidade de vida da sociedade.
Os projetos socioambientais desenvolvidos pela cooperativa são
instrumentos que propiciam um relacionamento mais próximo com o público e
consequentemente a melhoria da imagem da empresa.
Percebe-se que as ações praticadas pela Unimed Lins, refletem de
maneira positiva perante a sociedade, promove a inclusão social de seus
assistidos e a superação da desigualdade social como mostra o projeto AMUL.
Fica estabelecido pelo setor de RSA desenvolver os projetos e mensurar os
resultados obtidos transparecendo uma visão da empresa preocupada com a
sociedade.
Segundo Dias (2006), as empresas buscam um meio ambiente mais
saudável através de métodos para diminuir os impactos causados à natureza.
A Unimed de Lins vem desenvolvendo prática voltada a este conceito; através
de parcerias existentes com entidades ligadas à questão ambiental, sendo a
ONG SOS Rio Dourado.
A pesquisa abordou a importância das ações sustentáveis e a melhoria
na qualidade de vida da população, e divulgar as ações realizadas com o
propósito de para mostrar a importância da empresa junto a comunidade local.
3.6 Pesquisa junto à comunidade
De acordo com a pesquisa realizada foram entrevistadas 60 pessoas da
comunidade entre eles associados a Unimed de Lins, os dados foram
levantados nas proximidades da cooperativa, ao lado da farmácia e a
administração da organização.
Após a realização da pesquisa foi observado que os projetos realizados
pela Unimed de Lins não tem conhecimento pela comunidade devido à falta de
divulgação necessária. Observa-se também que alguns entrevistados têm
disponibilidade para participar dos projetos de forma voluntária, faltando
conhecimento por parte da sociedade dos projetos desenvolvidos para que
haja o envolvimento e a participação efetiva de maior parcela da população
115
local; o órgão competente necessita de investimentos quanto tornar a
cooperativa socialmente integralizada as pessoas.
Tabela 1 – Conhece algum projeto desenvolvido pela Unimed de Lins?
Especificação F Fr%
Associação da Mulher Unimed de Lins (AMUL) Gincana Uniamigos Basquete Feminino Educação Corporativa Vida Iluminada Concurso de Desenho ‘’Pintando o Planeta’’ ONG SOS Rio Dourado Mosaico Teatral Não Conhece
2 1 2 3 1 1 14 6 30
ƩF=60
3,33 1,67 3,33
5 1,67 1,67 23,33
10 50
ƩFr%=100 Fonte: Elaborado pelos autores, 2010.
Percebe-se que a maioria dos entrevistados não conhece os projetos
realizados pela Unimed de Lins, a pesquisa comprova que 50% das pessoas
pesquisadas não conhecem nenhum dos programas listados na pesquisa,
representando números expressivos. Sendo que do total de entrevistados, 30
pessoas não estão familiarizadas com os projetos desenvolvidos pela
cooperativa, a outra metade conhece algum projeto praticado, com destaque
para a ONG SOS Rio Dourado, entidade sem fins lucrativos defensora do meio
ambiente natural, parceira da Unimed de Lins. O projeto Mosaico Teatral
também teve percentual representativo na pesquisa realizada, sendo que do
total dos entrevistados, 6 pesquisados conhece o projeto da cooperativa de
linense, devido que o teatro foi realizado recentemente na cidade de Lins.
Tabela 2 – Participa de algum projeto da Unimed de Lins?
Especificação F Fr% Sim Não
3 57
ƩF=60
5 95
ƩFr%= 100
Fonte: Elaborado pelos autores, 2010.
Percebe-se que devido aos entrevistados não ter conhecimento dos
projetos praticados pela cooperativa, consequentemente a minoria participa
116
das atividades propostas. Com a pesquisa observou-se que 3 pessoas
entrevistadas participa dos programas desenvolvidos, representando apenas
5% da pesquisa, portanto, 57 das 60 pessoas pesquisadas não tem
envolvimento com os projetos, representando um percentual de 95% dos
pesquisados; as pessoas que desconhecem as práticas sociais da Unimed de
Lins, argumentam não participar devido a falta de divulgação dos programas à
sociedade.
Tabela 3 – Conhece alguém que participa dos projetos desenvolvidos?
Especificação F Fr% Sim Não
13 47
ƩF=60
21,67 78,33
ƩFr%= 100
Fonte: Elaborado pelos autores, 2010.
O percentual obtido com essa pesquisa, mostra que houve uma
elevação em relação ao número de pessoas conhecedoras das atividades
propostas pela Unimed de Lins, conhecendo pessoas próximas que participa
ou esta envolvida com os projetos; do total dos entrevistados, 13 diz conhecer
alguém que esteja envolvido com as atividades, representando 21,67% dos
pesquisados, argumentando que as pessoas envolvidas são da família ou
amigos. São 47 pessoas entrevistadas que desconhecem de alguém que
participa dos projetos desenvolvidos, representando 78,33%.
Tabela 4 – Tem interesse em participar dos projetos? Especificação F Fr% Sim Não
23 37
ƩF=60
38,33 61,67
ƩFr%= 100
Fonte: Elaborado pelos autores, 2010.
O interesse da população local é evidente na pesquisa, mesmo não
conhecendo os projetos e suas propostas 23 pessoas respondeu que tem
117
interesse em participar dos programas elaborados pela Unimed de Lins,
representando 38,33%, um percentual expressivo dos pesquisados, em
contrapartida 61,67% disseram não ter interesse em participar, justificando a
ausência de tempo disponível para o envolvimento com as práticas sociais da
cooperativa linense.
Tabela 5 – Tem disponibilidade para ser voluntário em algum projeto?
Especificação F Fr% Sim Não
18 42
ƩF=60
30 70
ƩFr%= 100
Fonte: Elaborado pelos autores, 2010.
O número de pessoas que estão disponíveis para participar como
voluntário dos programas elaborados pela Unimed de Lins é de 18
entrevistados, representando um percentual de 30%, já as pessoas que não
tem disponibilidade para o voluntariado, apresentam-se como 42 pesquisados,
um percentual de 70%, devido que não tem tempo para o envolvimento com as
atividades.
Tabela 6 – Gênero dos entrevistados?
Especificação F Fr% Feminino Masculino
35 25
ƩF=60
58,33 41,67
ƩFr%= 100
Fonte: Elaborado pelos autores, 2010.
Com a pesquisa realizada, percebe-se que o publico feminino é a
maioria representando 58,33% do total, já o público masculino representa
41,67% dos entrevistados total; nota-se que existe uma diferença no número
de mulheres e homens, sendo inexpressiva, 35 pessoas do sexo feminino e 25
118
do masculino, com isso a pesquisa evidência que tanto homens quanto
mulheres desconhecem dos projetos realizados, mas tem interesse em
participar das atividades propostas.
3.7 Resultado da Pesquisa
Conforme pesquisa realizada na Unimed de Lins, observou-se que a
cooperativa tem grande preocupação com a responsabilidade socioambiental,
não somente com os clientes externos, mas também com os seus
colaboradores da singular, onde a conscientização, a busca pelo bem estar, a
inclusão na sociedade são pontos fortes; ajudando seus assistidos na busca de
superação dos limites no dia a dia.
A pesquisa contemplou que a Unimed desenvolve projetos
socioambientais com o propósito de proporcionar um relacionamento mais
próximo da cooperativa com os clientes, cooperados e assistidos, trazendo a
melhoria da imagem da singular com a sociedade.
O trabalho desenvolvido junto à pesquisa mostra uma riqueza de
detalhes no sentido de evidenciar que toda a organização está comprometida
com os ideais da Unimed de Lins, incorporando e contribuindo para que a
cooperativa seja exemplo de responsabilidade socioambiental, portanto apesar
de analisar vários fatores positivos quanto ao relacionamento geral da
empresa, observou-se que alguns pontos precisam ser melhorados, o principal
é o marketing. Os projetos são de grande importância para a sociedade, mas
pouco conhecidos, conforme pesquisa.
119
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
O meio ambiente é de fundamental importância para a sobrevivência
humana, contudo, o histórico de práticas registradas ao longo dos anos fez
com que a natureza sofresse danos irreversíveis. A idéia atual é de defender o
meio ambiente natural, com políticas de preservação ambiental; o governo, as
empresas e a sociedade estejam engajados pela melhoria dessa realidade. A
sociedade vivencia em sua maioria, condições de vida subumanas; propostas
de melhorias da área social, com pequenas políticas que atendem a públicos
específicos e produzam resultados significativos.
A Unimed de Lins atua de maneira exemplar nesse sentido,
desenvolvendo programas e parcerias que beneficiam a população local, tais
como o Programa Vida Iluminada que procura desenvolver as habilidades dos
portadores de deficiência para inseri-los na sociedade. Ocorre que, os projetos
desenvolvidos necessitam de maior divulgação por parte do setor responsável;
constata-se que pequena parcela da sociedade conhece ou participa de alguns
dos projetos praticados pela cooperativa. Ações de marketing no sentido de
tornar mais evidente os programas elaborados necessitam de investimentos
para que haja maior participação da população, não somente como beneficiário
dos projetos, mas também como voluntários. A concepção formada vai de
encontro com a idéia de criar parceria entre a cooperativa Unimed de Lins e a
sociedade.
Os beneficiários dos projetos praticados pela cooperativa argumentam
para que haja acréscimos de atividades nos programas, como a prática da
natação juntamente com o envolvimento da sociedade. O ideal defendido é de
incrementar os programas com novas atividades, beneficiando parcela maior
de pessoas. Dentro dessa concepção de adicionar os programas praticados,
observa-se a necessidade de políticas de incentivo voltada para o homem, que
tem como idéia o descuido da qualidade de vida, com isso focalizando o bem
estar e a saúde dos mesmos. Programas para viciados em drogas são de
extrema importância para a comunidade local, sendo que a cooperativa linense
tem em seu corpo de colaboradores profissionais capacitados para o
120
desenvolvimento de medidas que visão o tratamento dos doentes por drogas,
em paralelo a idéia de reintegração junto à sociedade. Através desses
programas, a cooperativa integra-se com a sociedade local, mostrando o
comprometimento com a questão social.
O poder público local funciona como parceiro dessas atividades, a
cooperativa médica de Lins cobra incentivo por parte do município para a
implementação dos programas elaborados, através de investimentos
financeiros, o governo local, a cooperativa e a sociedade serão beneficiados.
As ONGs têm papel importante na finalidade das mudanças
fundamentais, a cooperativa através de parcerias com entidades sem fins
lucrativos, traduz em melhorias para todos. As melhorias vão de encontro com
as necessidades dos assistidos, promovendo o melhoramento da imagem
organizacional, funcionando como investimento que produzirá retornos
significativos para a organização.
121
CONCLUSÃO
A responsabilidade socioambiental vem ganhando espaço cada vez
mais no mercado empresarial, as práticas sustentáveis desenvolvidas pelas
empresas refletem de maneira positiva junto à sociedade. Percebe-se que cada
vez mais os consumidores procuram empresas ecologicamente correta que se
preocupam com o meio ambiente trazendo assim o bem estar de toda a
população, ser sustentável é administrar seus recursos sob a ética ecológica.
Entende-se que existe a necessidade de um comprometimento maior
por parte do empresariado mundial em relação ao meio ambiente, assim
adotando mudança em suas estratégias, tratando a problemática ambiental
como fator fundamental e gerador do melhoramento da imagem das empresas,
garantindo vantagem competitiva. O governo e a sociedade em geral devem
estar compromissados com a natureza, a sua proteção e preservação. O poder
público destinando recursos necessários para que ocorra a reversão da
realidade atual, investindo numa consciência ecológica por parte da população,
fazendo a junção de da cultura junto à educação ambiental.
A Unimed de Lins é sinônimo de responsabilidade socioambiental, como
observado na realização desse trabalho, as ações são inúmeras, através de
projetos e parcerias, e cada vez mais estão voltadas para todo o público
envolvido, os stakeholders. O objetivo maior das ações socioambientais é
desenvolver uma filosofia que proporcione a melhoria de vida para a população
e ao ambiente inteiramente interligado. Pode-se perceber que alguns
programas podem melhorar dentro da cooperativa, como a divulgação maior
dos projetos na finalidade de uma parcela maior da comunidade participe e
tenha um conhecimento da importância da responsabilidade socioambiental em
sua vida, proporcionando o que há de melhor na natureza que pode ser
aproveitado.
Seres humanos são organismos que pensa e tem capacidade de
raciocínio, de reconhecer o certo e o errado, aquilo que traz benefícios e o
prejudicial. Não precisa esperar a ocorrência de desastres naturais para
aprender a viver de maneira sustentável.
122
REFERÊNCIAS
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127
APÊNDICE A - Roteiro de Estudo de Caso
1 INTRODUÇÃO
Será realizado o levantamento histórico da cooperativa Unimed Lins com
objetivo de analisar os projetos sócios ambientais desenvolvidos.
2 RELATO DO TRABALHO REALIZADO REFERENTE AO ASSUNTO
ESTUDADO
a) Descrição dos processos e métodos utilizados na implantação dos
projetos sócios ambientais.
b) Serão entrevistados: funcionários; usuários do projeto AMUL.
3 DISCUSSÃO
Com a realização da pesquisa será feito um confronto entre teoria e
práticas utilizadas na cooperativa.
4 PARECER FINAL SOBRE O CASO E SUGESTÕES SOBRE
MANUTENÇÃO OU MODIFICAÇÕES DE PROCEDIMENTOS.
128
APÊNDICE B - Roteiro de observação sistemática
I Dados de Identificação
Empresa:________________________________________________________
Localização:_____________________________________________________
Ramo de atividade:________________________________________________
Início das atividades:______________________________________________
Número de funcionários:____________________________________________
Número de cooperados:____________________________________________
Início da responsabilidade socioambiental:_____________________________
II Aspectos a serem Observados
1 Histórico da empresa
2 Responsabilidade socioambiental
3 Projetos socioambientais realizados pela cooperativa Unimed Lins
129
APÊNDICE C - Roteiro Histórico da Cooperativa
I Identificação
Empresa:__________________________________________________
Localização:________________________________________________
Ramo de Atividade:__________________________________________
II Aspectos Históricos da Cooperativa
1 Início das atividades
2 Número de funcionários e cooperados
3 Ramo de atividade
4 AMUL
130
APÊNDICE D - Roteiro de entrevista para a cooperativa
I Identificação
Tempo de atuação no mercado:___________________________________
Escolaridade:_________________________________________________
Experiência no ramo:___________________________________________
II Perguntas Específicas
1 Como surgiu a idéia da responsabilidade socioambiental dentro
da cooperativa? Comente.
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
2 De que maneira a responsabilidade socioambiental influenciou no
cotidiano de seus colaboradores e familiares?
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
2.1 Os colaboradores participam dos projetos realizados pela
cooperativa?
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
131
3 Quem são os responsáveis pela coordenação dos projetos
socioambientais da cooperativa?
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
4 Existe algum tipo de apoio voluntário nos projetos
socioambientais? Comente.
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
5 Em relação aos projetos realizados existe alguma forma de
divulgação?
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
6 De que maneira são avaliados os resultados dos projetos
socioambientais?
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
7 O que mudou na cooperativa após a implantação da
responsabilidade socioambiental?
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
132
APÊNDICE E - Roteiro de entrevistas para os usuários dos projetos
I Identificação
Idade:_______________________________________________________
Escolaridade:_________________________________________________
Natureza de Ocupação:_________________________________________
II Perguntas Específicas
1 De que maneira você tomou conhecimento dos projetos
desenvolvidos pela Unimed Lins
( ) TV;
( ) Rádio;
( ) Jornal e Revistas;
( ) Folhetos e Cartazes;
( ) Outros Especifique: ...................................................................................
.........................................................................................................................
2 A sua participação nos projetos realizados pela Unimed Lins
mudou de que maneira o seu dia a dia?
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
3 As experiências adquiridas nos projetos possibilita aos usuários a
inclusão na sociedade? Comente.
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
.........................................................................................................................
133
4 Na sua opinião o que poderia ser melhorado nos projetos
realizados pela Unimed Lins?
( ) Natação
( ) Aula de Dança
( ) Aula de Música
( ) Outros Especifique: ...................................................................................
.........................................................................................................................
5 Os assistidos participam de algum outro projeto?
( ) Sim
( ) Não
Qual:......................................................................................................................