Resenha Giacomini Filho - Consumerismo

3
Nome: Rayssa Araújo (12/0134012) e Flávia Martins (12/0117851) RESENHA SOBRE O TEXTO CONSIDERAÇÕES FINAIS DE GIACOMINI FILHO Giacomini Filho é graduado em Publicidade e Propaganda, tem mestrado em Ciências da Comunicação, ambos pela universidade de São Paulo. Além disso, possui doutorado e livredocência na mesma área pela USP. Atualmente, atua como professor de graduação em Comunicação social e no Mestrado em Comunicação na USCS. Atua principalmente nas áreas de temas como publicidade e propaganda, responsabilidade social, marketing, turismo, atendimento ao consumidor e consumerismo, no qual se trata o texto lido. A parte do texto escolhido foi a das considerações finais, na qual o autor reflete sobre o papel da publicidade e da propaganda e sua relação com o consumo, inicialmente. Ele questiona o real uso da publicidade, das suas técnicas para o mercado. Ela se dispõe de um livre mercado, se adequa aos interesses econômicos e sociais do país, desenvolveuo de certa forma com a formação de concorrência, de oferta e procura, mas não de forma consciente. Ele cita como a publicidade simplesmente “jogasse” os produtos a disposição do consumidor incentivando o consumo desenfreado e não pela lógica de buscar atender a uma necessidade. Concordamos em certa parte com o autor, pois acreditamos que a publicidade realmente avançou nas estratégias de consumo e incentiva o consumo sem medir consequências do ato, mas a publicidade também tem o papel de criar necessidades no consumidor que ele pode, ou não, ser estimulado por peças publicitárias, não somente satisfazer as já existentes. Em seguinte, desenvolvendo o texto, o autor cita a Lei do Gerson que é conhecida como a lei da “vantagem a qualquer custo”, onde a empresa ou o profissional obtem vantagens sobre outro sem se importar com questões mais complexas como a ética e a moral. Essa lei ficou famosa depois do jogador da Seleção Brasileira de Futebol Gerson, em uma propaganda criada pela Caio Domingues & Associados em 1976 de uma fabricante de cigarros chamada J. Reynolds, aparecer como protagonista da peça publicitária e dizer a seguinte frase promovendo o produto pedido: "Por que pagar mais caro se o Vila me dá tudo aquilo que eu quero de um bom cigarro? Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também, leve Vila Rica!". O resultado desse tipo de publicidade pode nos mostrar a falta de informação e mobilização da sociedade perante os abusos da publicidade, da comunicação no geral. Hoje em dia não é muito diferente no campo midiático brasileiro, vemos nas publicidades e nos vídeos comerciais de oportunidade, por exemplo, a exploração de temas importantes como racismo, questões de gênero, sociais sendo convertidos em lucros para certas empresas. Como já se diz, é marketing de “oportunidade”, aproveitar de uma situação que está acontecendo e criar uma reflexão ou uma exploração por cima do clima que está envolvendo a sociedade, seja ela uma notícia mais grave sobre um fato ou algum momento de festividade de época, como Copa do Mundo e Natal. E isso é somente um caso da publicidade, há um grande debate sobre as questões morais e éticas que envolvem a profissão, a regularização da área com ações como o CONAR, códigos e leis específicas , o cuidado com as distorções tanto por meio das agências e anunciantes, quanto pelo consumidor estão sendo estudados e buscando soluções, devido a alta influência que a área possui na construção de conceitos, imagens e de pensamentos na sociedade, para que a profissão possa continuar atuando de forma mais consciente e responsável. O autor nesse aspecto, cita alguns dos casos mais comuns vistos na publicidade, conhecidos pelo

description

Resenha sobre o texto Consumerismo de Giacomini Filho - parte sobre as considerações finais.

Transcript of Resenha Giacomini Filho - Consumerismo

  • Nome:RayssaArajo(12/0134012)eFlviaMartins(12/0117851)RESENHASOBREOTEXTOCONSIDERAESFINAISDEGIACOMINIFILHO

    Giacomini Filho graduado em Publicidade e Propaganda, tem mestrado em

    Cincias da Comunicao, ambos pela universidade de So Paulo. Alm disso, possui doutorado e livredocncia na mesma rea pela USP. Atualmente, atua como professor de graduao em Comunicao social e no Mestrado em Comunicao na USCS. Atua principalmente nas reas de temas como publicidade e propaganda, responsabilidade social, marketing, turismo, atendimento ao consumidor e consumerismo, no qual se trata o textolido.

    A parte do texto escolhido foi a das consideraes finais, na qual o autor reflete sobre o papel da publicidade e da propaganda e sua relao com o consumo, inicialmente. Ele questiona o real uso da publicidade, das suas tcnicas para o mercado. Ela se dispe de um livre mercado, se adequa aos interesses econmicos e sociais do pas, desenvolveuo de certa forma com a formao de concorrncia, de oferta e procura, mas no de forma consciente. Ele cita como a publicidade simplesmente jogasse os produtos a disposio do consumidor incentivando o consumo desenfreado e no pela lgica de buscar atender a uma necessidade. Concordamos em certa parte com o autor, pois acreditamos que a publicidade realmente avanou nas estratgias de consumo e incentiva o consumo sem medir consequncias do ato, mas a publicidade tambm tem o papel de criar necessidades no consumidor que ele pode, ou no, ser estimulado por peas publicitrias, no somente satisfazer as j existentes. Em seguinte, desenvolvendo o texto, o autor cita a Lei do Gerson que conhecida como a lei da vantagem a qualquer custo, onde a empresa ou o profissional obtem vantagens sobre outro sem se importar com questes mais complexas como a tica e a moral. Essa lei ficou famosa depois do jogador da Seleo Brasileira de Futebol Gerson, em uma propaganda criada pela Caio Domingues & Associados em 1976 de uma fabricante de cigarros chamada J. Reynolds, aparecer como protagonista da pea publicitria e dizer a seguinte frase promovendo o produto pedido: "Por que pagar mais caro se o Vila me d tudo aquilo que eu quero de um bom cigarro? Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem voc tambm, leve Vila Rica!". O resultado desse tipo de publicidade pode nos mostrar a falta de informao e mobilizao da sociedade perante os abusos da publicidade, da comunicao no geral. Hoje em dia no muito diferente no campo miditico brasileiro, vemos nas publicidades e nos vdeos comerciais de oportunidade, por exemplo, a explorao de temas importantes como racismo, questes de gnero, sociais sendo convertidos em lucros para certas empresas. Como j se diz, marketing de oportunidade, aproveitar de uma situao que est acontecendo e criar uma reflexo ou uma explorao por cima do clima que est envolvendo a sociedade, seja ela uma notcia mais grave sobre um fato ou algum momento de festividade de poca, como Copa do Mundo e Natal. E isso somente um caso da publicidade, h um grande debate sobre as questes morais e ticas que envolvem a profisso, a regularizao da rea com aes como o CONAR, cdigos e leis especficas , o cuidado com as distores tanto por meio das agncias e anunciantes, quanto pelo consumidor esto sendo estudados e buscando solues, devido a alta influncia que a rea possui na construo de conceitos, imagens e de pensamentos na sociedade, para que a profisso possa continuar atuando de forma mais consciente e responsvel. O autor nesse aspecto, cita alguns dos casos mais comuns vistos na publicidade, conhecidos pelo

  • abuso e grande participao em peas como as mulheres e as crianas e discorre um pouco sobre o tema, associando com o reflexo de anncios em classes de poder aquisitivo mais baixas, com o quo difcil pedir conscincia coletiva dos consumidores brasileiros quando se h m distribuio de renda, desequilbrios sociais e outros aspectos menores e maiscomplexosqueenvolvemotema.

    Com isso, ele comea a tecer as principais crticas direcionadas a publicidade, nas quaisnsjcitamosalgumasaodecorrerdaresenha,masoautorapontaoutrascomo:A utilizao dos meios de comunicao em massa para atingir sem distino, crianas de classes sociais diferentes assim, criando ansiedades processadas nos pais e nas crianas, j que a criana tem conquistado uma posio de privilgio quando analisamos o ato da compra o mesmo acontece com as classes sociais de pequeno poder aquisitivo, que so atingidas, querem adquirir os produtos anunciados, mas as condies econmicas as impede de adquirir bens e servios anunciados. Com o desejo despertado, a necessidade psicolgicacausaansiedade,frustraoeatacriminalidade.

    Um outro quesito que d uma maior liberdade a publicidade brasileira, so as brechas deixadas pelo CONAR, como um exemplo citado no texto quanto a palavra anncio que, por ser ambgua, deixa toda a responsabilidade sob a classe publicitaria se por um lado essa amplitude d uma maior reserva quanto a atuao no mercado, por outro no abrange outros profissionais que desenvolvem papeis semelhantes ao do publicitrio, como designers,arquitetos,cineastas,artistasplsticos.

    Alm da sua prpria regulao, outras normas e entidades que podem intervir na prtica publicitria como o cdigo civil, penal, a Lei 4.680, algumas outras leis e resolues quejuntocomoCONAR,regulam,fiscalizamepunemasprticaspublicitrias.

    Mesmo com toda a regulao, ainda existem inmeros profissionais exercendo a atividade de forma incompetente, sempre procurando uma brecha para anunciar usando algum artifcio proibido. Da vem a importncia de ensinar quem est entrando agora na comunicao, mostrando a forma tica de fazer propaganda, os beneficios de um anuncio feito de forma consciente e abrindo espao para a participao dos estudantes, em debates, congressos, inclusive com profissionais do setor e de outras reas da comunicao para conhecermelhorareadeatuao.

    Ao nosso ver, um profissional bem informado e preparado est sempre se colocando no lugar do consumidor, que hoje em dia, est cada vez mais bem informadas e indo atrs de seus direitos. Os nmeros do Procon revelam que cerca de 90% dos atendimentos dirios so para reclamao quanto a algum produto ou servio mal prestado, em grande partedoscasosoconsumidorganhaabrigajudicialeconseguealcanarseuobjetivo.

    O autor fecha o texto dizendo que o consumerismo e a propaganda no so elementos antagnicos, e quando no rompem limites do verdadeiro interesse pblico, podem at andar juntos existem inmeros pontos positivos na propaganda, e um deles com certeza o desenvolvimento do pas, mas importante deixar claro que, enquanto no acontecer um maior aperfeioamento da tica e a conscientizao dos publicitrios, a prticadaatividadeestarlongedeserfeitadeumaformamaisresponsveleconsciente.

    Ns acreditamos, assim como o autor, que a propaganda reconhece que os valores sociais precisam ser respeitados, e que andando de mos dadas com essa afirmao que a atividade publicitria tem eficcia ns, profissionais de publicidade tambm precisamos entender o consumerismo como nosso aliado, apesar dos interesses serem um pouco mais amplos que vender, o que nos leva ao interesse do consumidor que hoje em dia, bem

  • mais que comprar A boa propaganda no s vende um produto ou faz o outro desejlo a boapropagandaaquetornaaspessoasmaisfelizes.