RequalificaR paRa competiR - fieb.org.br · de Comunicação i nstitucional do sistema Fieb C...
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ISSN 1679-2645
Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SIStema FIeB aNo XXI Nº 229 jaN/Fev 2014
Bahia
RequalificaR paRa competiROs 14 distritos industriais baianos necessitam de R$ 164 milhões em investimentos
eDitoRial
Raio X dos distritos industriaisAs condições logísticas e de segurança encontradas nos 14 dis-
tritos da Bahia, incluindo o Complexo de Camaçari, foram le-
vantadas no estudo Projeto Distritos Industriais da Bahia, en-
comendado pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia
(FIEB) à Fundação Carlos Alberto Vanzolini, entidade vinculada
à Universidade de São Paulo (USP). O objetivo foi elaborar um
diagnóstico detalhado, de forma a prover o poder público de um
instrumento que balize uma política de investimentos para rees-
truturar estes espaços produtivos.
O levantamento surgiu da constatação de que os distritos
baianos não estão conseguindo cumprir os objetivos para os
quais foram criados, da mesma forma que o atual modelo de
gestão não consegue atender às demandas empresariais.
Para elaborar o relatório do Projeto Distritos Industriais da
Bahia, a Fundação Carlos Alberto Vanzolini percorreu, entre fe-
vereiro e maio de 2013, os 14 distritos baianos. O trabalho em
campo rendeu um relatório detalhado de mais de 500 páginas,
que avaliou cada distrito a partir da constatação in loco, mas
também com base nas queixas dos gestores destes distritos, bem
como dos empresários que deles se utilizam.
O quadro revelado pelo levantamento preocupa quando se
leva em conta a necessidade de se assegurar desenvolvimento
industrial e competitividade na atração de novas empresas. Há
distritos praticamente tomados por invasões. A este problema,
soma-se a insegurança, tanto para o patrimônio das empresas,
quanto para os trabalhadores que por lá circulam.
Um traço comum a todos os distritos baianos é a falta de in-
fraestrutura e de uma política de manutenção contínua, o que
leva o estudo a apontar a necessidade de investimentos de R$
164 milhões. O levantamento propõe ainda ações prioritárias, a
serem realizadas ao longo de três anos, em serviços como drena-
gem, pavimentação ou recuperação viária, iluminação pública,
cercamento e isolamento das zonas residenciais, dentre outras.
O estudo não aprofunda este tema, mas aponta uma carac-
terística dos polos industriais baianos, que reúnem, além de
grandes indústrias, atividades diversas, deixando assim de se
beneficiar da troca de informações, conhecimentos e experiên-
cias. Um programa de governança seria suficiente para dar um
novo direcionamento a estes complexos.
Com base nestas e outras diretrizes apontadas pelo levanta-
mento, o setor industrial baiano espera agora providências, de
forma a assegurar a competitividade deste segmento.
Diagnóstico elaborado pela Fundação Vanzolini aponta os principais problemas logísticos dos 14 distritos industriais baianos, incluindo o Polo de Camaçari
O Centro Industrial de Aratu
necessita de R$ 19 milhões
em obras de urbanização
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4 Bahia Indústria
SindicatoS filiadoS à fiEBSindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação
e tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia,[email protected] / Sindicato da
indúStria do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de
ÓleoS VegetaiS e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da
cerVeja e de BeBidaS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão,
PaSta de madeira Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúS-
triaS do trigo, milho, mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
da indúStria de mineração de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conS-
trução do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS
no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do
eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] /
Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS, detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro
de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto. antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS
indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFeitaria
da cidade do SalVador, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS Sintéti-
caS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da
indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS Quími-
coS Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de
mÁrmoreS, granitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS,
SorVeteS, SucoS, concentradoS e lioFilizadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS
e deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria
de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de
conStrução ciVil de itaBuna e ilhéuS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindica-
to daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e
itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de telecomunicaçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico de Feira de Santana,
[email protected] / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de
coSméticoS e de PerFumaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFatoS de PlÁSticoS,
BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS, [email protected]
fiEBPResIdente José de Freitas mascarenhas. 1º VICe-
PResIdente: Victor Fernando Ollero Ventin. VICe-
PResIdentes Carlos Gilberto Cavalcante Farias;
emmanuel silva maluf; reinaldo Dantas sampaio;
Vicente mário Visco mattos. dIRetORes tItulARes alberto Cânovas ruiz; antonio ricardo alvarez al-
ban; andré régis andrade; Carlos Henrique Jorge
Gantois; Claudio murilo micheli Xavier; eduardo Ca-
tharino Gordilho; Josair santos bastos; leovegildo
Oliveira De souza; luiz antonio de Oliveira; manuel
Ventin Ventin; maria eunice de souza Habibe; re-
ginaldo rossi; sérgio Pedreira de Oliveira souza;
Wilson Galvão andrade. dIRetORes suPlentes adal-
berto de souza Coelho; alexi Pelagio Gonçalves
Portela Júnior; Carlos alberto matos Vieira lima;
Juan José rosário lorenzo; marcos Galindo Pereira
lopes; mário augusto rocha Pithon; noêmia Pinto
de almeida Daltro; Paulo José Cintra santos; ricar-
do de agostini lagoeiro
conSElhoSCOnselhO de eCOnOmIA e desenVOlVImentO Indus-
tRIAl antônio sérgio alípio; COnselhO de Assun-
tOs FIsCAIs e tRIbutáRIOs Cláudio murilo micheli
Xavier; COnselhO de COméRCIO exteRIOR reinaldo
Dantas sampaio; COnselhO dA mICRO e PequenA
emPResA IndustRIAl Paulo José Cintra santos; COn-
selhO de InFRAestRutuRA marcos Galindo Pereira
lopes; COnselhO de meIO AmbIente irundi sampaio
edelweiss; COmItê de PetRóleO e Gás eduardo ra-
ppel; COnselhO de InOVAçãO e teCnOlOGIA José
luís Gonçalves de almeida; COnselhO de ResPOn-
sAbIlIdAde sOCIAl emPResARIAl marconi andraos
Oliveira; COnselhO de RelAções tRAbAlhIstAs Homero ruben rocha arandas; COmItê de PORtOs reinaldo Dantas sampaio COmItê de JOVens lIde-
RAnçAs IndustRIAIs eduardo Faria Daltro
editada pela superintendência
de Comunicação institucional
do sistema Fieb
COnselhO edItORIAl irundi ede-
lweiss, adriana mira, Cleber bor-
ges e Patrícia moreira. COORde-
nAçãO edItORIAl Cleber borges.
edItORA Patrícia moreira. RePOR-
tAGem Patrícia moreira, Carolina
mendonça, marta erhardt, rafael
Pereira e luciane Vivas (colabo-
ração). PROJetO GRáFICO e dIAGRA-
mAçãO ana Clélia rebouças. FOtO-
GRAFIA rafael martins. IlustRAçãO
e InFOGRAFIA bamboo editora.
FedeRAçãO dAs IndÚstRIAs
dO estAdO dA bAhIArua edístio Pondé, 342 –
stiep, CeP.: 41770-395 / Fone:
71 3343-1280
www.f ieb.org.br/bahia_ indus-
tria_online
as opiniões contidas em artigos
assinados não refletem necessa-
riamente o pensamento da Fieb.
Filiada à
BahiaciEBdIRetOR-PResIdente José de Freitas mascarenhas.
VICe-PResIdentes José Carlos boulhosa baqueiro;
irundi sampaio edelweiss; Carlos antônio borges
Cohim silva. dIRetORes tItulARes Clovis torres Ju-
nior; Fernando elias salamoni Cassis; João de tei-
ve e argollo; João ricardo aquino; luís Fernando
Galvão de almeida; luiz antunes athayde andrade
nery; marconi andraos Oliveira; roberto Fiamen-
ghi; rogelio Golfarb; ronaldo marquez alcântara;
dIRetORes suPlentes Davidson de magalhães san-
tos; erwin reis Coelho de araujo; Givaldo alves
sobrinho; Heitor morais lima; Jorge robledo de
Oliveira Chiachio; José luiz Poças leitão Filho;
mauricio lassmann dIRetOR ReGIOnAl Oeste Pedro
Ovídio tassi dIRetOR ReGIOnAl FeIRA de sAntAnA João baptista Ferreira dIRetOR ReGIOnAl sudOeste
silvio Vittorio Corradi saavedra
SESi
PResIdente dO COnselhO e dIRetOR ReGIOnAl
José de Freitas mascarenhas. suPeRIntendente José Wagner Fernandes
SEnaiPResIdente dO COnselhO José de Freitas
mascarenhas. dIRetOR ReGIOnAl: leone Peter andrade
iElPResIdente dO COnselhO e dIRetOR ReGIOnAl
José de Freitas mascarenhas. suPeRIntendente armando da Costa neto
dIRetOR exeCutIVO dO sIstemA FIeb leone Peter andrade (interino)
Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato
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sesI – seRVIçO sOCIAl dA IndÚstRIA
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Iel – InstItutO euVAldO lOdI
sede: 71 3343-1384/1328/1256@Barreiras: (77) 3611-6136@Camaçari: (71) 3621- 0774@Eunápolis: (73) 3281- 7954@Feira de Santana: (75) 3229- 9150@Ilhéus: (73) 3639-1720@Itabuna: 3613-5805@Jacobina: (74) 3621-3502@Juazeiro: (74) 2102-7114@Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621@Vitória da Conquista: (77) 3424-2558
CIeb - CentRO dAs IndÚstRIAs dO estAdO dA bAhIA
sede: (71) 3343-1214
sistema fieb nas mídias sociais
Parceria bem
sucedida com a
Votorantim valida
fase piloto da
Embrapii
contratos da Embrapii
Unidade de
Qualidade de Vida
do SESI Bahia
apoia empresas
industriais
promoção da cidadania
Equipes do SESI Bahia participaram,
em Brasília, do Torneio Nacional de
Robótica da First League Lego,
competição que estimula a curiosidade
científica de estudantes de 9 a 16 anos
tornEio Estimula intErEssE pEla ciência E tEcnologia
Produtores de cacau do Sul do estado e
de charuto do Recôncavo se organizam
para obter registro de Indicação
Geográfica (IG), um trabalho que
envolve o CIN/FIEB e parceiros
produtos gEnuinamEntE baianos buscam rEgistro
Diagnóstico
aponta gargalos e
soluções para
tornar mais
competitivos os 14
distritos
industriais
baianos
dEsafios logísticos
sumáRio jan/fev 2014
24
sinalização precária na estrada do CIA, na Rms
14
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JOsé PaulO laCerDa/Cni
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6 Bahia Indústria
por Ani BárBArA Assis
Há dez anos oferecen-
do educação de qua-
lidade, e com 18 cur-
sos de especialização
lato-sensu e quatro de MBA no
seu portfólio, o SENAI Bahia,
por meio da unidade Cimatec,
vem crescendo no compasso
do desenvolvimento indus-
trial do estado. Preocupados
em atender às exigências das
indústrias baianas que bus-
cam por profissionais especia-
lizados, os cursos oferecidos
são voltados para diversas
áreas, a exemplo da automo-
tiva, ambiental, portuária,
tecnologia de alimentos, sol-
dagem entre outros.
A administradora Tâmara
Priscila Santos viu no SENAI
a oportunidade de aprimorar
sua atividade profissional no
departamento de logística da
indústria de autopeças Sian
(Sistemas de Iluminação Auto-
motiva do Nordeste), localiza-
da no município de Camaçari.
Estudante do curso de espe-
cialização em Logística e Ges-
especialização com foco na indústriasenai Cimatec oferece 18 cursos de pós-graduação e outros quatro de mba que buscam atender à demanda do mercado
tão da Produção, ela afirma
que a expertise da instituição
foi de fundamental importân-
cia para o desenvolvimento
da sua atividade profissional,
bem como o entendimento de
outras atividades interligadas.
“Foi muito importante enten-
der a teoria que estava por trás
do que já praticava.”
expansãoDe acordo com Alex Alis-
son, coordenador da pós-
-graduação do SENAI Cima-
tec, os cursos oferecidos pela
instituição atendem às neces-
sidades das empresas que
procuram cada vez mais por
profissionais especializados.
Ele destaca a rápida expansão
da Faculdade SENAI Cimatec
e direcionamento voltado pa-
ra as necessidades das indús-
trias sinalizadas a partir de
pesquisas de mercado, relação
com os sindicatos ou mesmo
feedback dos departamentos
de recursos humanos das em-
presas. “Incluímos na nossa
especialização a qualidade re-
quisitada pela indústria para
que ela seja bem atendida de
forma diversificada.”
O engenheiro civil Cleo
Everton Bacelar tornou mais
efetivo o gerenciamento de
insumos e controle dos ma-
teriais utilizados nas obras
realizadas pela construtora
em que trabalha, aplicando
o conhecimento adquirido na
especialização em gerencia-
mento de técnicas de obras.
Atento às tendências do mer-
cado, ele planeja, após a con-
clusão desta especialização,
fazer o curso de Gerencia-
mento BIM – Modelagem da
Informação da Construção.
O setor petroquímico tam-
bém pode contar com a exper-
tise do SENAI. Para o enge-
nheiro Fábio Macedo Vieira,
além de conhecimento, quem
faz os cursos de especializa-
ção do SENAI tem um diferen-
cial no currículo e consequen-
temente a ascensão profissio-
nal é garantida. [bi]
Cimatec
oferece pós-
-graduação e
especialização
modeladas
para atender à
demanda
da indústria
JOãO a
lVarez
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Bahia Indústria 7
PÓS-GRADUAÇÃO SENAIConheça os cursos oferecidos
>Especialização em Desenvolvimento de Aplicativos para Dispositivos Móveis
>Especialização em Automação, Controle e Robótica
>Especialização em Ciência e Tecnologia de Alimentos
>Especialização em Design de Produtos Industriais
>Especialização em Engenharia Automotiva
>Especialização em Engenharia de Confiabilidade
>Especialização em Engenharia de Soldagem
>Especialização em Engenharia de Petróleo
>Especialização em Gestão da Qualidade e da Produção na Indústria de Alimentos
>Especialização em Polímeros
>Especialização em Refrigeração e Ar Condicionado
>Especialização em Sistemas Elétricos de Potência
>Especialização em Tecnologia e Gerenciamento de Obras
>Especialização em Educomunicação Socioambiental
>Especialização em Gestão Integrada de QSMS
>Especialização em Monitoramento de Recursos Hídricos
>Especialização em Soluções e Tecnologias Ambientais
>Gerenciamento BIM – Modelagem da Informação da Construção
>MBA em Gestão da Manutenção
>MBA Executivo em Gestão de Projetos
>MBA Executivo em Gestão Portuária
>MBA Executivo em Logística e Gestão da Produção
8 Bahia Indústria
O trabalho desenvolvido no estágio repercute
até hoje na minha vida acadêmica”. A expe-
riência, compartilhada pelo engenheiro eletri-
cista Daniel Gonçalves, mostra na prática a impor-
tância que o estágio tem na formação profissional dos
estudantes. Vencedor do Prêmio Melhores Práticas de
Estágio em 2012, ele foi homenageado pelo IEL Nacio-
nal, em 2013, pelo projeto de pesquisa “Utilização de
harmônicos de ranhuras para estimação da velocida-
de do motor elétrico de uma unidade de bombeio me-
cânico”, desenvolvido durante o período de estágio
na Petrobras (Unidade Operacional Bahia).
Com a vitória na fase estadual, Daniel participou da
etapa nacional da premiação, realizada em Brasília, e
ficou em segundo lugar. Agora, ele vai dar continuida-
de ao projeto durante mestrado na Universidade Fede-
ral da Bahia (Ufba). “Vou aprofundar a minha compe-
tência na área de elevação artificial de petróleo, com o
método de bombeio mecânico por haste. O objetivo é
desenvolver um novo produto”, explica.
O engenheiro eletricista conta que a vitória no
Prêmio Melhores Práticas de Estágio foi importante
para a carreira. “O reconhecimento vindo do IEL, que
é um dos braços do Sistema FIEB, é importante para
o currículo e deixa a gente com orgulho por desenvol-
ver um bom trabalho que conquistou uma premiação
como esta”, relata.
A 11ª edição do Prêmio Melhores Práticas de Es-
tágio também vai dar destaque aos estagiários e aos
projetos inovadores desenvolvidos por eles nas em-
presas participantes. Além do certificado de partici-
pação, conferido aos estudantes vencedores de todas
as edições, o IEL vai oferecer um prêmio especial aos
estudantes na etapa estadual.
Para isto, o processo de inscrição foi alterado. A
partir deste ano, as empresas participantes terão que
enviar as documentações e informações solicitadas
no regulamento, indicar o estagiário destaque e en-
viar informações sobre o projeto do qual o estudante
participa. “Ao destacar o estagiário e o projeto já na
etapa estadual, queremos mostrar os exemplos das
boas práticas de estágio desenvolvidas na Bahia. As
empresas vencedoras poderão mostrar com mais de-
talhes seus programas de estágio”, destaca Edneide
Lima, gerente de Estágio e Formação de Talentos.
Empresas públicas ou privadas, de pequeno, mé-
dio ou grande porte de todo o Estado podem partici-
par da premiação, que tem como objetivo reconhecer
as boas práticas de estágio desenvolvidas por empre-
sas baianas e auxiliar as organizações a aprimorar
seus programas de treinamento e formação profissio-
nal. O período de inscrições vai até 30 de maio.
A premiação foi criada em 2004, a partir das dis-
cussões do Fórum de Estágio do IEL, que apontavam
a necessidade de se desenvolver ações para conscien-
tizar empresas e estudantes sobre a verdadeira essên-
cia do estágio.
O sucesso da iniciativa do IEL na Bahia foi tama-
nho que, dois anos depois de criado, o projeto foi
adotado pelo IEL nacional, que replicou a ideia nos
demais estados do país. Desta forma, foi criada, em
2006, a edição nacional do prêmio, que reúne os ven-
cedores estaduais de cada categoria.
As empresas podem inscrever-se pela internet,
no site do IEL (www.fieb.org.br/iel), onde os interes-
sados encontram, também, o novo regulamento do
concurso. Mais informações podem ser obtidas por
telefone no número 3343-1296 ou pelo e-mail melho-
[email protected]. [bi]
as melhores práticasPremiação realizada pelo iel está com inscrições abertas até 30 de maio. Grandes, médias e pequenas empresas podem participar
Integrantes
do Fórum
de estágio
debateram a
premiação
raFael martins/sistema Fieb
circuito
Bahia Indústria 9
por patrícia morEira
exemplo dinamarquêsA Dinarmarca tornou-se o primeiro país a ter, durante
um mês inteiro, mais da metade da sua eletricidade
gerada pelos ventos. Enquanto isso, no Brasil, o
governo gastou, em 2013, R$ 18 bilhões com o
acionamento de termelétricas e, em 2014, esse
montante deve passar dos R$ 20 bilhões. Lembrando
o grande Octávio Mangabeira, que dizia: “Pense num
absurdo, na Bahia tem um precedente”, no quesito
energia eólica, a Bahia ocupa um lugar de destaque.
Está localizado no estado, entre os municípios de
Caetité, Guanambi e Igaporã o maior parque eólico da
América Latina. Desde a inauguração, em julho de
2012, o governo federal é obrigado, por contrato, a
pagar à Renova Energia R$ 15 milhões por mês, um
montante que somado já chega à casa dos R$ 300
milhões, sem que os parques baianos tenham
gerado sequer 1KW de energia. Explica-se: faltam as
linhas de transmissão, que deveriam ter sido
construídas pela Companhia Hidrelétrica do São
Francisco (Chesf). A promessa da companhia é de
que este desperdício do dinheiro público começará a
ser sanado a partir de março, quando a rede de
ligação entre os parques e os consumidores deverá
ser concluída. Que assim seja. O parque eólico
baiano poderia abastecer uma cidade com quase 3
milhões de habitantes.
Vendas turbinadasJaneiro foi o melhor mês de
vendas da indústria
automobilística brasileira, no
comparativo com o mesmo
mês de anos anteriores, de
acordo com a associação das
montadoras, Anfavea, que
registrou o faturamento de
312,6 mil veículos. A corrida
às concessionárias foi
motivada pelo estoque de
modelos com Imposto sobre
Produto Industrializado (IPI)
reduzido. Para o restante do
ano, as estimativas são menos
ambiciosas: crescimento de
1,1% nas vendas.
Crédito mais caro As taxas de juros usadas nas operações de crédito no
Brasil subiram em janeiro tanto para pessoa física
como para pessoa jurídica, indicou pesquisa
divulgada, no início de fevereiro, pela Associação
Nacional dos Executivos de Finanças,
Administração e Contabilidade (Anefac). De acordo
com o levantamento da Anefac, a taxa de juros
média geral para pessoa física aumentou de 5,60%
ao mês (92,29% ao ano) em dezembro de 2013 para
5,65% ao mês (93,39% ao ano) em janeiro. Já a taxa
média aplicada para empresas avançou de 3,25% ao
mês (46,78% ao ano) para 3,29% ao mês (47,47% ao
ano), no mesmo período. Nos dois casos, a taxa
registrada em janeiro é a maior desde setembro de
2012. Das nove linhas de crédito pesquisadas – seis
de pessoa física e três de pessoa jurídica –, oito
tiveram alta na passagem do ano, e apenas cartão de
crédito se manteve estável.
“Vou rEmoVEr impiEdosamEntE todos os obstáculos quE nos impEdEm dE inoVar. nossa indústria não rEspEita tradição, apEnas
inoVação.”
satya nadella, novo CEO da Microsoft, em sua primeira entrevista à imprensa e que, ao lado de Bill Gates, terá o papel de recolocar a companhia no caminho da inovação
Investimentos em baixaO entusiasmo dos investidores
com o Brasil anda em banho-
maria em ano de Copa do Mundo,
eleições presidenciais, inflação
em alta e incertezas quanto às
políticas fiscal e tributária. Em
três meses, o Brasil caiu de
primeiro para 21º país no ranking
de destino de investimentos de
empresários no setor de máquinas
e equipamentos, conforme o
último levantamento
International Business Report, da
empresa de auditoria e
consultoria Grant Thornton. A
lista é liderada pela Turquia, com
um índice de 74%.
10 Bahia Indústria
sindicatos
sinec empossa diretoriaA nova diretoria do Sindicato das
Indústrias de Aparelhos Elétricos,
Eletrônicos, Computadores,
Informática e Similares de Ilhéus e
Itabuna (Sinec) tomou posse no
dia 2 de janeiro. De acordo com o
presidente eleito, o empresário
William de Araújo, um dos
objetivos de sua gestão é
intensificar ações de articulação
com os governos municipal e
estadual. “São necessárias ações
de revitalização do Polo de
Informática de Ilhéus, onde se
concentra grande parte das
empresas associadas, sobretudo
com melhorias na infraestrutura,
fundamental para a atração de
novas empresas e de investimentos
para a região”, afirmou. Outras
ações destacadas pelo empresário
envolvem uma maior
aproximação com a Federação das
Indústrias da Bahia.
sindvest empossa diretoria
CnI e FIeb reestruturam sites de sindicatosCom foco no fortalecimento da
atuação empresarial, a FIEB
reestruturou os sites de 31
sindicatos filiados, aumentando a
comunicação entre estas
instituições e empresas de
diversos setores industriais. A
iniciativa foi realizada em
parceria com a Confederação
Nacional da Indústria (CNI). A
nova ferramenta tem design
moderno e funcional, além de ser
integrada com as principais redes
sociais e com o Portal da
Indústria, da CNI. Neste novo
formato, o sistema mantém a
distribuição quinzenal de um
boletim eletrônico pelo qual o
sindicato tem contato direto com
empresas associadas e não
associadas. “O novo site tem mais
espaço para divulgação dos
trabalhos desenvolvidos pelos
sindicatos. A iniciativa vem se
somar a outras ações para
aproximar sindicatos e empresas,
contribuindo para a união e
fortalecimento do setor”, avalia
Cid Vianna, superintendente de
Relações Institucionais da FIEB.
sindifite reúne empresáriosEmpresários e representantes
baianos do segmento
participaram de um jantar de
confraternização realizado pelo
Sindicato de Fiação e Tecelagem
(Sindifite-BA) em dezembro, em
Salvador. Durante o encontro, o
presidente do sindicato, Eduardo
Catharino Gordilho, reeleito para
estar à frente da entidade até
2016, falou sobre seus planos para
os próximos anos e destacou a
importância do associativismo.
anGelO POntes/COPerPHOtO/sistema Fieb
O dia a dia do Legislativo on lineOs sindicatos podem acompanhar mais de perto
os projetos de lei de interesse da indústria
apresentados na Assembleia Legislativa da
Bahia e na Câmara Municipal de Salvador. Já se
encontra acessível às entidades filiadas o
Sistema Legisdata FIEB, um banco de dados de
acompanhamento das proposições legislativas.
O Legisdata reúne informações sobre o estágio
da tramitação, sínteses executivas, íntegra dos
projetos de lei e pareceres com o
posicionamento da Federação. O objetivo do
sistema é fazer com que dirigentes sindicais
conheçam e acompanhem os projetos de lei de
interesse do setor. O Legisdata também permite
o acesso às informações atualizadas da Agenda
Legislativa da Indústria. De acordo com o
gerente de Assuntos Legislativos e Executivos
da FIEB, Fabiano Peixinho, o acesso reforça o
monitoramento e as ações de mobilização. O
Legisdata pode ser acessado pelo www.fieb.
legisdata.cni.org.br. Informações: (71) 3879-1720
ou pelo e-mail [email protected].
O legisdata é ferramenta para acompanhar os projetos de lei de interesse da indústria
Bahia Indústria 11
Carlos henrique Passos (e) ficará à frente do sindicato até 2015
JeFFersOn Vieira santOs/DiVulGaçãO
O empresário Carlos Henrique Passos assumiu a presidência do
Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon-BA) para o biênio
2013/2015, em solenidade que contou com a presença do governador
Jaques Wagner, do prefeito de Salvador Antonio Carlos Magalhães
Neto, do presidente da FIEB, José de Freitas Mascarenhas, entre outras
autoridades. “Vamos trabalhar para estreitar ainda mais a articulação
com o poder público, que é fundamental para, por exemplo,
possibilitar a participação das pequenas e médias empresas nas novas
modelagens de negócios como as parcerias público-privadas”, disse
Passos. O ex-presidente Carlos Alberto Vieira Lima deu posse aos novos
conselhos diretor e fiscal, aos representantes na FIEB e fez um balanço
de sua gestão. O evento, realizado no dia 16 de dezembro, também
marcou a inauguração do novo edifício-sede da entidade.
quimbahia esclarece sobre esocialCom o objetivo de esclarecer as
empresas sobre o novo sistema
eSocial, o Sindicato das
Indústrias de Produtos Químicos
para Fins Industriais e de
Produtos Farmacêuticos do
Estado da Bahia (Quimbahia)
promoveu o seminário eSocial –
Nova Ferramenta de Informação
dos Eventos Previdenciários e
Trabalhistas.
O eSocial será implementado ao
longo de 2014, conforme
cronograma definido pelo
governo, como ferramenta de
controle do cumprimento pelas
empresas das obrigações
trabalhistas, previdenciárias e
fiscais, como FGTS, INSS e
Imposto de Renda. A palestra
ficou a cargo do consultor jurídico
nas áreas previdenciária e
trabalhista, Eraldo Consorte, que
apresentou o leiaute da nova
ferramenta e o esboço de como
ficarão as obrigações das
empresas, além de prepará-las
para a captura das informações
que serão agregadas ao eSocial.
Ele também ressaltou a
importância do cumprimento dos
procedimentos a fim de evitar
passivos e contingências quando
da exigência do novo sistema. O
encontro reuniu diretores,
gerentes de RH, contabilistas,
auditores e responsáveis pelas
áreas financeira e fiscal das
empresas, interessados em
melhor conhecer e esclarecer
dúvidas sobre o novo sistema. O
presidente do Quimbahia, João
Augusto Tararan, destacou a
importância da iniciativa. “Um
dos focos do sindicato é manter as
empresas atualizadas.”
sindileite promove primeiro encontro do ano
O Sindicato das Indústrias de Laticínios e Derivados de Leite da Bahia
(Sindileite) realizou, no dia 7 de janeiro, em Salvador, a primeira
assembleia de 2014. Com o objetivo de reformular o estatuto, a reunião
também debateu a responsabilidade técnica dos laticínios e a redução
da taxa de ICMS sobre os produtos derivados do leite, pleiteada pela
entidade ao governo estadual. “A medida é extremamente significativa
neste momento em que estamos nos recuperando do período de seca”,
afirmou o secretário do Sindileite, Rafael Teixeira. O encontro contou
com palestras do Sebrae, sobre inovação e linhas de serviço, e da
Adab, sobre o papel da Bahia e do Brasil na produção de leite.
Sinduscon empossa diretoria e inaugura nova sede
12 Bahia Indústria
O cacau é alvo de um plano de ação com o objetivo de obter registro de Indicação de Procedência do produto baiano
Ter um artigo ou serviço
reconhecido como carac-
terístico do seu local de
origem representa um di-
ferencial competitivo. Com o in-
tuito de acrescentar este elemen-
to às ações promocionais de co-
mércio exterior, a Federação das
Indústrias do Estado da Bahia
(FIEB), por meio do seu Centro
Internacional de Negócios (CIN),
iniciou, em 2013, um trabalho de
articulação envolvendo parceiros
institucionais e empresariais pa-
ra apoiar processos de Denomina-
ção de Origem e Indicação de Pro-
Made in BahiaProdutores de cacau do sul do estado e de charuto do recôncavo se organizam para obter registro de indicação Geográfica (iG)
por CArolinA MendonçA
cedência, os dois tipos de indicação geográfica (IG).
Em conjunto com o Sebrae, a CNI e a Apex-Brasil,
foram realizados rodada de negócios, seminário e
visitas técnicas às regiões, com a participação de
produtores, além de representantes do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fó-
rum Baiano de IG, Governo da Bahia (Seagri e Ibame-
tro), sindicatos industriais e associações.
“Diante dos diversos produtos de origem 'Bahia'
com potencial de IG, segundo estudo realizado pelo
Sebrae, elegemos, com os parceiros, quatro produtos
baianos para iniciar o projeto: cacau do Sul do esta-
do, charuto do Recôncavo, café do Planalto de Vitória
da Conquista e cachaça de Abaíra”, explica a gerente
do CIN, Patrícia Orrico.
Em fevereiro, oficinas feitas em Cruz das Almas
e Ilhéus intensificaram a troca de
informações e contribuíram para
a elaboração do plano de ação do
projeto de registro de Denomina-
ção de Origem, no caso do charu-
to, e da Indicação de Procedência,
no caso do cacau, o qual já se en-
contra em estágio avançado, sob a
coordenação do Instituto Cabruca.
“Já foi feito o estudo histórico
e estamos finalizando a prepara-
ção dos documentos exigidos pelo
Instituto Nacional de Propriedade
Industrial (INPI), a instituição que
concede o registro e emite o certi-
ficado”, informa o coordenador do
Bahia Indústria 13
A ideia é que o charuto obtenha o registro de denominação de Origem;
acima, a gerente do CIn em uma das reuniões com produtores
Valt
er P
Onte
s/C
OPer
PHO
tO/s
iste
ma F
ieb
manu D
ias/s
eCO
m
aDenilsOn nunes/seCOm
programa Agregar Valor do Cabru-
ca, Claudio Lyrio. Ele antecipa que
a IG Cacau do Sul da Bahia poderá
ser a maior do país, por abranger
diversos municípios e tipos de
unidade de produção e beneficia-
mento de cacau, como fazendas,
assentamentos e áreas de grupos
indígenas e quilombolas.
O diretor executivo do Sindi-
cato da Indústria do Tabaco no
Estado da Bahia (Sinditabaco),
Marcos Souza, afirma que a docu-
mentação deve ser depositada até
o fim de abril e que a expectativa é
a obtenção do registro no primeiro
semestre de 2015. Neste sentido,
ele enfatiza que “o apoio da FIEB
foi fundamental para acelerar o
processo”.
VantagensDe acordo com a coordenadora
de Incentivo à Indicação Geográfi-
ca de Produtos Agropecuários do
Mapa, Beatriz Junqueira, que par-
ticipou das oficinas, ter um registro
de vínculo com o território, seja por
tradição ou qualidade, pode signi-
ficar abertura de mercado, agre-
gação de valor e desenvolvimento
regional. No entanto, é necessária
uma ação promocional. “Não basta
ter o título, é preciso trabalhar com
uma estratégia de marketing, apre-
sentando o produto diferenciado
aos compradores”, afirmou.
O CIN estuda ações promocio-
nais dos produtos escolhidos para
a Copa do Mundo e outros eventos
de grande porte no Brasil e no ex-
terior: “A ideia é que a IG seja um
diferencial para os muitos estran-
geiros que visitarão o nosso país,
bem como para os exigentes con-
sumidores do mercado internacio-
nal que buscam, cada vez mais,
produtos diferenciados”, anuncia
Patrícia Orrico. [bi]
Indicação Geográfica (IG) > ConceitosDistinguir produtos e serviços por meio de indicações geográficas propicia a promoção da região, agregação de valor e comunicação ao mercado quanto aos atributos de qualidade, tipicidade, tradição e patrimônio cultural. Existem dois tipos de IG.
Indicação de Procedência > é o nome geográfico que se tornou conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço.
Denominação de Origem > é o nome geográfico que designa produto ou serviço cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos.
Produtos > O Brasil tem mais de 40 produtos com IG, entre eles a manga e as uvas de mesa do Vale do Submédio do São Francisco, dividida entre a Bahia e Pernambuco.
FoNte: mINIStérIo da agrIcultura, PecuárIa e aBaStecImeNto
14 Bahia Indústria
Com um projeto concluído
e oito em andamento após
dois anos de operação da
fase piloto da Empresa
Brasileira de Pesquisa e Inovação
Industrial (Embrapii), o SENAI
Cimatec e a Votorantim Metais ce-
lebraram, no dia 25 de fevereiro, o
sucesso da parceria no âmbito do
programa do governo federal, o
qual representa um modelo inova-
dor de investimentos na indústria.
“É um verdadeiro case de su-
cesso para a validação do progra-
ma, que diminui a burocracia, dá
velocidade à liberação de recursos
para Pesquisa e Desenvolvimento
e, no caso do Cimatec, garante o
gerenciamento profissional dos
projetos”, comemorou o diretor
regional do SENAI, Leone Peter
Andrade.
Com mais de R$ 23 milhões in-
vestidos, os projetos para a VM são
voltados para as áreas de níquel e
zinco e têm como foco a otimiza-
ção de processos, o reaproveita-
mento de resíduos, a remoção de
metais valiosos com maior grau
SenaI obtém novos projetos na embrapiipor CArolinA MendonçAfoto rAfAel MArtins
Parceria bem sucedida com a Votorantim metais valida fase piloto do programa federal
de pureza e aumento da eficiência
enérgica, entre outros. O trabalho
resultou no desenvolvimento de
um novo sistema de queima de
combustíveis renováveis, criado
para reduzir o consumo de óleos à
base de petróleo.
O projeto finalizado já foi testa-
do pela Votorantim Metais em uma
de suas plantas piloto de combus-
tão, em Niquelândia (GO) e passa
por fase de testes industriais. O
objetivo é reduzir as emissões de
gases causadores do efeito estufa
e ter menores custos operacionais.
“A nova tecnologia vai permitir a
redução do uso de combustíveis
fósseis, o que contribuirá para
atingirmos nossas metas de emis-
são de gases do efeito estufa”, afir-
mou Alexandre Gomes, diretor de
Tecnologia da Votorantim Metais.
De acordo com Gomes, a par-
ceria com o Cimatec surgiu num
momento-chave para a empresa,
quando os recursos para inves-
timento em inovação estavam
limitados, e os resultados foram
surpreendentes. “As equipes do
centro tecnológico nos impressionaram por seu rigor
e qualidade técnica”, observou.
CimateCNo âmbito da Embrapii, o Cimatec finalizou, no
total, cinco projetos, e tem 27 aprovados (que somam
mais de R$ 74 milhões) e 58 em prospecção, assu-
mindo a liderança desta fase inicial do programa.
Estes projetos contemplam empresas da Bahia e de
outros estados, como Minas Gerais, São Paulo, San-
ta Catarina, Goiás e Paraná. Devem gerar 32 novas
patentes em tecnologias de engenharia de superfí-
cie, automação, eletroeletrônica, energias renová-
veis, e outras.
O presidente da FIEB, José Mascarenhas, enfatizou,
durante a cerimônia em que os contratos foram cele-
brados, que, desde o início, a unidade mais avançada
do SENAI teve, no seu “DNA”, a finalidade de servir
ao setor, por isso apresenta resultados positivos. “O
Cimatec tem a enorme responsabilidade de continuar
fazendo a sua parte no esforço pelo aumento da com-
petitividade da indústria brasileira, baseado no desen-
volvimento de produtos e tecnologias”, afirmou.
O presidente da Federação assegurou que sempre
foi feito um esforço para instrumentalizar o Cima-
tec com tudo que há de mais moderno. “Como peças
mais relevantes já temos assegurada a instalação de
dois supercomputadores, um deles o maior da Améri-
ca Latina”, disse.
Bahia Indústria 15
“essa é a melhor forma de apoiar aclasse empresarial que assimile anecessidade de se modernizar pormeio do acesso às novas tecnologias, ao conhecimento, à infraestrutura e aos talentos formados pelas nossas universidadesJosé Mascarenhas
Ele anunciou que o contrato
com a Silicon Graphics para a pro-
dução e instalação de uma das
super máquinas foi assinado, no
dia 7 de fevereiro, e ainda que o
SENAI já solicitou ao Ministério
da Educação a aprovação de sua
Universidade, a UniSENAI, que irá
funcionar no Cimatec.
emBrapii Criada a partir de um acordo
firmado, em agosto de 2011, entre
o Ministério da Ciência, Tecnolo-
gia e Inovação e a Confederação
Nacional da Indústria (CNI), a Em-
brapii é uma das apostas do Go-
verno Federal para fortalecer a in-
dústria brasileira no atual cenário
de competição com produtos im-
portados de alto teor tecnológico.
“Essa é a melhor forma, no nos-
so modo de ver, de apoiar toda a
classe empresarial que assimile a
necessidade de se modernizar, por
meio do acesso às novas tecnolo-
gias, ao conhecimento, à infraes-
trutura e aos talentos formados
pelas nossas universidades”, de-
clarou Mascarenhas.
O SENAI Cimatec é uma das três
instituições nacionais seleciona-
das para esta empreitada, ao lado
do Instituto Nacional de Tecnologia
(INT/MCTI), e do Instituto de Pes-
quisas Tecnológicas do Estado de
São Paulo (IPT). As pesquisas do
Cimatec são direcionadas para as
áreas de automação e manufatura
enquanto o IPT e o INT atuam nas
áreas de bionanotecnologia, ener-
gia e saúde, respectivamente. [bi]
diretor da Votorantim metais, Alexandre Gomes assina novos contratos, ao lado de José mascarenhas e leone Peter
16 Bahia Indústria
por PAtríCiA MoreirA
Bahia ocupa a sétima posição entre os estados de
maior produção industrial do Brasil, com 4,2% de
participação, e lidera no ranking das regiões Norte
e Nordeste. No entanto, diagnóstico das condições
de infraestrutura e de segurança dos 14 distritos
industriais baianos aponta a necessidade de inves-
timentos prioritários da ordem de R$ 164 milhões
a fim de torná-los mais competitivos para as indústrias já instala-
das e atrativos para novos investidores. A conclusão faz parte do
estudo Projeto Distritos Industriais da Bahia, encomendado pela
Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) à Fundação
Carlos Alberto Vanzolini, entidade vinculada à Universidade de
São Paulo, que identificou problemas de segurança, de disponi-
bilidade e ocupação de terrenos e de urbanização nos distritos do
interior da Bahia e da Região Metropolitana de Salvador.
A governança é apontada como responsável por boa parte dos
problemas enfrentados pelos distritos industriais baianos. No que
diz respeito à oferta de áreas para implantação de novas indús-
trias, vários problemas são verificados. Se em alguns casos há
indisponibilidade de terrenos para novas empresas, por outro,
registra-se a ocupação de áreas por empresas não industriais ou
de terrenos excessivamente grandes por unidades que demandam
áreas menores.
Os distritos industriais de Alagoinhas e de Vitória da Conquis-
ta são os mais afetados pela indisponibilidade de área livre para
novos empreendimentos. Em Alagoinhas, 68% da área destinada
à implantação de indústrias encontra-se invadida e apenas 0,3%
está disponível. Em Conquista, que tem 62,6% da área invadida,
restam apenas 4,2% de área livre para novos investimentos.
Competitividade
estudo encomendado pela Fieb faz radiografia dos 14 distritos industriais do estado e aponta necessidade de investimentos de r$ 164 milhões
à pRova
Bahia Indústria 17
Posto da sudic e
condições de abandono
do distrito de barreiras
FOTOS JOãO ALvAREz/SISTEMA FIEB/2012
18 Bahia Indústria
Luís Eduardo Magalhães
Área total
3.120.000 m²
---
---
Investimentos necessários (em R$)
6.394 milhões
3.800 milhões
FREE
Santo Antônio de Jesus
Área total
201.504 m²
---
---
Investimentos necessários (em R$)
579 mil
878 mil
FREE
Centro Industrial do Subaé (CIS)
Área total
53.688.433 m²
1,6%
---
Investimentos necessários (em R$)
12.103 milhões
5.168 milhões
FREE
Juazeiro
Área total
3.626.012 m²
2,2%
12,4% Investimentos necessários (em R$)
8.959 milhões
849 mil
FREE
Vitória da Conquista
Área total
6.075.000 m²
4,2%
62,6%
Investimentos necessários (em R$)
7.454 milhões
2.160 milhões
FREE
Centro Industrial de Aratu (CIA)
Área total
250.443.947 m²
3,8%
5,5%
Investimentos necessários (em R$)
19.730 milhões
11.588 milhões
FREEBarreiras
Área total
1.174.953 m²
19,6%
23,0%
Investimentos necessários (em R$)
4.273 milhões
1.979 milhões
FREE
Jequié
Área total
2.489.263 m²
8,7%
29,8% Investimentos necessários (em R$)
7.909 milhões
479 mil
FREE
Alagoinhas
Área total
1.224.160 m²
0,3%
68,6%
Investimentos necessários (em R$)
1.458 milhões
---
FREE
Polo Industrial de Camaçari (PIC)
Área total
304.789.537 m²
7,5%
0,4%
Investimentos necessários (em R$)
42.364 milhões
10.470 milhões
FREE
Ilhéus
Área total
3.490.000 m²
8,3%
--- Investimentos necessários (em R$)
4.709 milhões
2.824 milhões
FREEItapetinga
Área total
500.000 m²
6,9%
--- Investimentos necessários (em R$)
850 mil
8 mil
FREE
Teixeira de Freitas
Área total
1.000.820 m²
5,4%
---
Investimentos necessários (em R$)
3.299 milhões
1.784 milhões
FREE
FREE Área livre Área invadida Infraestrutura Segurança
Eunápolis
Área total
499,968 m²
3,6%
--- Investimentos necessários (em R$)
1.295 milhões
1.226 milhões
FREE
O distrito industrial de Barrei-
ras tem 23% de sua área invadida,
mas a disponibilidade de terre-
nos é de 19,6%. Jequié também se
encontra com 29,8% da sua área
tomada por invasões, mas ainda
dispõe de 8,7% de área livre. Entre
os principais distritos do Estado,
ou seja, Camaçari, Aratu e Centro
Industrial do Subaé (CIS), em Fei-
ra de Santana, apenas Aratu tem
áreas invadidas (5,5%), enquanto
a disponibilidade de terrenos para
novos empreendimentos é de 7,5%
em Camaçari, 3,8% em Aratu, e
1,6% no CIS.
prioriDaDesOutra questão de governan-
ça apontada pelo estudo são as
disputas para saber de quem é a
responsabilidade – se do estado
ou do município – para resolver
problemas como falta de trans-
porte, de iluminação e limpeza,
ou ainda de pavimentação inter-
na dos distritos. De acordo com o
levantamento realizado pela Fun-
dação Vanzolini, são necessários
investimentos de R$ 121 milhões
em infraestrutura, incluindo pavi-
mentação, calçamento, drenagem,
sinalização e iluminação. Apenas
com iluminação, os investimentos
necessários somam R$ 37 milhões.
Assim, os distritos de Camaça-
ri, Aratu e do Subaé necessitariam
de R$ 42 milhões, R$ 19 milhões e
R$ 12 milhões, respectivamente,
para resolver problemas infraes-
truturais prioritários. O distrito de
Juazeiro demanda investimentos
de R$ 8,9 milhões e os de Vitória
da Conquista e Jequié necessitam
de um aporte de R$ 7,4 e R$ 7,9
milhões, respectivamente, para
melhorar as condições de tráfego,
sinalização e drenagem.
Em Alagoinhas, a necessidade
de investimentos em infraestru-
tura é de R$ 1,4 milhão. O levan-
tamento da Fundação Vanzolini
aponta que o distrito é inteiramen-
te desprovido de pavimento e de
iluminação.
A presença de grandes indús-
trias em Camaçari faz com que
os problemas de infraestrutura
sejam contornados pelas próprias
empresas. Mas chamou a atenção
dos técnicos a ausência de rede
adequada de iluminação pública.
A área do Complexo Básico, em
razão da presença de indústrias
químicas, demanda um esquema
especial de iluminação, mais re-
sistente à corrosão, o que faz com
que em Camaçari, o montante des-
tinado à iluminação seja um dos
maiores: R$ 27,6 milhões.
O distrito de Ilhéus, motivo de
queixas constantes dos empresá-
rios locais, apresenta graves pro-
blemas de infraestrutura viária.
Os investimentos necessários em
pavimentação são da ordem de R$
2,8 milhões. Somando os demais
itens infraestruturais (ilumina-
ção, calçamento, drenagem, si-
nalização) são necessários R$ 4,7
milhões para dotar o polo de boas
condições de competitividade. Em
Teixeira de Freitas, o distrito de-
manda aportes de R$ 3,2 milhões
para sanar problemas viários e de
iluminação e no de Eunápolis o in-
vestimento necessário é de R$ 1,2
milhão. Uma das recomendações é
o cercamento completo do distrito.
DesaFiosUm dos desafios do Distrito de
Jequié é conter a expansão das
invasões, o que poderia ser fei-
to a partir do cercamento parcial
da região oeste do distrito, a mais
vulnerável. Em Juazeiro, o estudo
aponta potencialidades em relação
à disponibilidade de áreas a serem
exploradas – mediante a constru-
ção de infraestrutura –, como tam-
bém em relação aos atrativos logís-
ticos, em razão das possibilidades
de exploração das redes ferroviária
e hidroviária para escoamento da
produção. A infraestrutura interna
do distrito requer investimentos de
R$ 8,9 milhões, sendo que, apenas
em drenagem, são necessários R$
3,4 milhões e, em pavimentação,
R$ 2,9 milhões.
Luís Eduardo Magalhães carece
em luis
eduardo
magalhães,
estrutura é
precária e, em
Jequié, a zona
industrial está
tomada por
invasões
FOtOs JOãO alVarez/sistema Fieb/2012
Bahia Indústria 19
Luís Eduardo Magalhães
Área total
3.120.000 m²
---
---
Investimentos necessários (em R$)
6.394 milhões
3.800 milhões
FREE
Santo Antônio de Jesus
Área total
201.504 m²
---
---
Investimentos necessários (em R$)
579 mil
878 mil
FREE
Centro Industrial do Subaé (CIS)
Área total
53.688.433 m²
1,6%
---
Investimentos necessários (em R$)
12.103 milhões
5.168 milhões
FREE
Juazeiro
Área total
3.626.012 m²
2,2%
12,4% Investimentos necessários (em R$)
8.959 milhões
849 mil
FREE
Vitória da Conquista
Área total
6.075.000 m²
4,2%
62,6%
Investimentos necessários (em R$)
7.454 milhões
2.160 milhões
FREE
Centro Industrial de Aratu (CIA)
Área total
250.443.947 m²
3,8%
5,5%
Investimentos necessários (em R$)
19.730 milhões
11.588 milhões
FREEBarreiras
Área total
1.174.953 m²
19,6%
23,0%
Investimentos necessários (em R$)
4.273 milhões
1.979 milhões
FREE
Jequié
Área total
2.489.263 m²
8,7%
29,8% Investimentos necessários (em R$)
7.909 milhões
479 mil
FREE
Alagoinhas
Área total
1.224.160 m²
0,3%
68,6%
Investimentos necessários (em R$)
1.458 milhões
---
FREE
Polo Industrial de Camaçari (PIC)
Área total
304.789.537 m²
7,5%
0,4%
Investimentos necessários (em R$)
42.364 milhões
10.470 milhões
FREE
Ilhéus
Área total
3.490.000 m²
8,3%
--- Investimentos necessários (em R$)
4.709 milhões
2.824 milhões
FREEItapetinga
Área total
500.000 m²
6,9%
--- Investimentos necessários (em R$)
850 mil
8 mil
FREE
Teixeira de Freitas
Área total
1.000.820 m²
5,4%
---
Investimentos necessários (em R$)
3.299 milhões
1.784 milhões
FREE
FREE Área livre Área invadida Infraestrutura Segurança
Eunápolis
Área total
499,968 m²
3,6%
--- Investimentos necessários (em R$)
1.295 milhões
1.226 milhões
FREE
dIstRItOs IndustRIAIs dA bAhIAConfira a ocupação das áreas dos 14 distritos e os investimentos prioritários em segurança e infraestrutura
20 Bahia Indústria
Apesar de o foco do estudo Proje-
tos Distritos Industriais da Bahia
ter sido as questões infraestrutu-
rais, uma das conclusões do re-
latório chama a atenção quanto à
configuração dos 14 distritos baia-
nos. Internacionalmente, uma das
características destes grupamen-
tos produtivos é a especialização
das atividades em determinado
segmento, gerando uma cadeia
densa, que resulta em um amplo
espaço de cooperação entre os
empresários. Pode-se citar como
exemplo o Vale do Silício, nos
Estados Unidos, ou ainda, o de
Franca, em São Paulo. O primeiro,
especializado em tecnologia, e o
segundo, em calçados.
Nestes dois casos, têm-se pro-
dutoras de bens similares, o que
favorece a atração de pequenos e
médios fornecedores especializa-
dos, que dão suporte às ativida-
des, além de estimular a qualifica-
ção da mão de obra e a circulação
de novos conhecimentos, levando
ao aumento da competitividade.
O quadro que se desenha na
Bahia é bastante diversificado. Dis-
de R$ 6,3 milhões de investimen-
tos em infraestrutura e necessita
de reforma viária interna. Em Bar-
reiras, a situação é semelhante e a
infraestrutura existente encontra-
-se degradada, o que tem levado
os empreendedores a implantarem
suas empresas fora do distrito. A
precariedade envolve, ainda, ilu-
minação, oferta de energia, teleco-
municações e transporte público.
No Centro Industrial do Subaé,
a Fundação Vanzolini sinaliza
um desequilíbrio entre as diver-
sas áreas que compõem o distri-
to (núcleos Tomba, BR-324 e São
Gonçalo dos Campos), apontando
a necessidade de R$ 12 milhões
em investimentos. O estudo pro-
põe a recuperação das condições
viárias e de iluminação do CIS. O
distrito de Santo Antonio de Jesus
apresenta condições logísticas ra-
zoáveis, necessitando de investi-
mentos de R$ 579 mil.
O estudo Projeto Distritos In-
dustriais da Bahia foi realizado
entre janeiro e julho de 2013. O
levantamento não contemplou
questões macro, como os entra-
ves ao escoamento da produção,
a exemplo de melhorias no Porto
de Aratu, fundamentais para as
indústrias instaladas no Polo In-
dustrial de Camaçari.
Distritos industriais apresentam baixa sinergia
tritos como Camaçari, Aratu e Ita-
petinga, por exemplo, são basea-
dos em grandes empresas e mesmo
nos que são formados por peque-
nas e médias empresas, verifica-se
pouca sinergia e complementarida-
de, além de uma elevada diversifi-
cação das atividades. Além disso,
ou até como reflexo deste quadro,
a mão de obra apresenta baixa ou
baixíssima qualificação.
Da mesma forma, o que se cha-
ma de transbordamento de conhe-
cimento (knowledge spillovers), que
são formas de circulação e difusão
de novos conhecimentos, deixa de
acontecer como se espera, tendo
em vista a diversidade de segmen-
tos presentes em cada distrito. A
exceção quanto à sinergia e com-
plementaridade é o Polo de Cama-
çari, o que se reflete na sua compe-
titividade.
De acordo com o estudo, esses
problemas abrem espaço para a
definição de estratégias de gover-
nança por parte das instituições
de apoio, bem como de políticas
públicas para dar suporte à compe-
titividade dos empresários locais.
em Vitória da
Conquista são
necessários
R$ 7,9
milhões em
infraestrutura
JOãO alVarez/sistema Fieb/2012
Bahia Indústria 21
Polo de
Camaçari é o
distrito mais
competitivo
da bahia; a
expectativa
do Cofic é que
seja adotado
um plano
permanente de
manutenção
O levantamento encomendado pe-
la Federação das Indústrias do Es-
tado da Bahia (FIEB) à Fundação
Vanzolini surgiu a partir de uma
demanda dos empresários indus-
triais. “A FIEB recebeu muitas so-
licitações de empresas e sindica-
tos para que buscasse melhorias
para os distritos, em especial para
a infraestrutura e serviços indus-
triais. Tendo levado o assunto ao
Governo do Estado, recebeu o si-
nal verde para que apresentasse
soluções”, explicou o presidente
José Mascarenhas.
Mascarenhas destaca a impor-
tância de um estudo como esse, que
ficará a disposição do governo. “A
Bahia tem 14 distritos industriais
que vêm enfrentando problemas
na oferta de requisitos essenciais
à atração de novas indústrias. Era
necessário fazer um levantamento
dessa situação para permitir ações
e investimentos mais orientados
por parte do governo”, observou o
presidente da FIEB.
Entre os gestores dos distritos,
há grande expectativa. O superin-
tendente do Comitê de Fomento
Industrial de Camaçari (Cofic),
Mauro Pereira, espera que o go-
verno dê prioridade à manuten-
ção da estrutura existente no Polo
Industrial de Camaçari. Outra rei-
vindicação do Cofic é que as ações
de infraestrutura precedam a che-
gada do empreendimento indus-
trial. “O governo não pode deixar
que o empreendimento se instale
para depois resolver problemas
de comunicação, infraestrutura
viária, de iluminação e transpor-
tes”, destacou.
O presidente do Centro das In-
dústrias de Feira de Santana (Cifs),
André Régis, também alimenta a
mesma expectativa. “A gente es-
pera que com a força e o prestígio
da FIEB e com este levantamento
detalhado o governo do estado
faça as adequações necessárias
para melhorar o núcleo industrial
de Feira de Santana. Hoje, a ima-
gem que fica do núcleo industrial
é de abandono e a manutenção é
importante para estimular a ex-
pansão e para atrair novas em-
presas”, observa. Feira de Santana
enfrenta problemas também na
disponibilidade de novas áreas
para expansão do Centro Indus-
trial do Subaé. “Há uma demanda
grande e uma pequena oferta de
terrenos para novos empreendi-
mentos e tanto Feira de Santana
como a própria Bahia podem per-
der investimentos pra outros esta-
dos”, alerta Régis. [bi]
Expectativa é a adoção de soluções
Vaner Casaes/aG. baPress
22 Bahia Indústria
Fachada da
unidade lucaia
II, localizada na
Rua Jacobina,
no Vale do
lucaia
entre os meses de janeiro e fe-
vereiro de 2014, o número de
consultas a trabalhadores em
Saúde Ocupacional cresceu em
torno de 36%. Este aumento reflete
a oferta de uma melhor infraestru-
tura de atendimento com a entre-
ga do novo prédio, o Lucaia II, que
iniciou as atividades no dia 27 de
janeiro, na Rua Jacobina, no Vale
do Lucaia.
O superintendente do SESI
Bahia, Wagner Fernandes, expli-
ca que a entrega da nova unida-
de traduz o comprometimento do
Serviço Social da Indústria pela
oferta de produtos e serviços que
promovam a saúde e a qualidade
de vida do trabalhador e contribu-
am para a redução do absenteísmo
e do presenteísmo no ambiente de
trabalho. “Nosso papel e objetivo
é oferecer as melhores condições
de atendimento para que as in-
dústrias possam ser cada vez mais
competitivas”, destacou.
O gerente de Qualidade de Vi-
da do SESI Bahia Amélio Miranda
observa que a ampliação da oferta
de serviços de segurança e saúde
no trabalho em Salvador e Região
Metropolitana, alinhada às me-
lhores práticas internacionais têm
por objetivo também diminuir o
número de acidentes e afastamen-
tos na indústria e prover soluções
para a melhoria da qualidade de
vida do trabalhador e de seus de-
sesi lucaia amplia atendimentounidade concentra os serviços de saúde ocupacional e odontologia na promoção da qualidade de vida
pendentes. “A nova unidade é um
passo importante para a amplia-
ção do acesso e faz parte de uma
série de estratégias do SESI no
sentido de ampliar a escala com
efetividade”, detalha Miranda.
Com 44.818 consultas a traba-
lhadores realizadas em 2013 na
área de saúde ocupacional e ou-
tras 25.019 em saúde bucal, tanto
a unidade Lucaia I como a Clínica
SESI Itaigara vinham enfrentando
problemas diante do elevado fluxo,
que impactava no tempo de espe-
ra pelo atendimento. Agora, com
a nova infraestrutura, é projetado
um aumento de 30% no atendi-
mento, apenas em saúde bucal.
Futuramente, os serviços de
odontologia da Unidade Lucaia I,
que continuam funcionando no
mesmo local, serão transferidos
totalmente para o novo prédio.
Serão mantidos naquela unidade
apenas os serviços de engenharia
de segurança, promoção da saú-
de, cursos de CIPA, dentre outros.
Ao todo, o Lucaia II quando estiver
com todos os serviços em opera-
ção contará com 20 consultórios.
Os exames ocupacionais devem
ser agendados pelas empresas pe-
lo endereço eletrônico: www.fieb.
org.br/sesi/seo ou pelo e-mail: se-
[email protected]. Para
agendar um atendimento odonto-
lógico, o cliente deve ligar para a
Central de Marcação nos números
(71) 3879-5311/5312 ou 3205-1900.
Para mais informações, contactar
com o Serviço de Apoio ao Cliente
(SAC) no telefone (71) 3205-1805. [bi]
raFael martins/sistema Fieb
Bahia Indústria 23
conselhos
Prêmio FIeb desempenho socioambiental da Indústria baianaPromovido pelo Conselho de Meio Ambiente
(Comam) e pelo Conselho de Responsabilidade
Social Empresarial (Cores), a 11º Edição do Prêmio
FIEB Desempenho Socioambiental da indústria
Baiana acontece em agosto deste ano e vai premiar
cada um dos ganhadores das 5 modalidades com R$
5 mil. O evento tem como objetivo reconhecer,
estimular e premiar empresas que se destacam na
implementação de atividades que contribuam para a
melhoria contínua de desempenho dos processos
produtivos, com foco em aumento de produtividade,
uso de menos recursos naturais e redução dos
impactos negativos para o meio ambiente, trazendo
benefícios sociais e econômicos, assegurando o
desenvolvimento sustentável do estado.
Na ocasião, ocorrerão também apresentações e
debates sobre temas socioambientais relevantes
para o setor empresarial. Os interessados em
inscrever trabalhos podem conferir o regulamento
do prêmio na página da FIEB: www.fieb.org.br/
desenvolvimento_sustentavel.
especialistas debatem mudanças no Repetro As alterações na legislação aplicável ao regime
aduaneiro especial de Repetro serão discutidas no
dia 11 de março, na Federação das Indústrias do
Estado da Bahia (FIEB). A iniciativa é do Centro
Internacional de Negócios (CIN) e do Comitê de
Petróleo e Gás, em parceria com Confederação
Nacional da Indústria, o IEL-BA e a Receita Federal
do Brasil. A nova legislação, disciplinada pela
Instrução Normativa RFB nº 1.415/2013, trouxe uma
série de inovações na operação do regime de Repetro
que constitui importante incentivo fiscal aplicado à
indústria de Óleo & Gás. O evento se realizará das
14h30 às 18h30, e os participantes poderão dirimir
dúvidas relacionadas à operação do regime e à
interpretação da legislação. A palestra magna será
proferida pelo auditor-fiscal Luís Henrique
Guimarães, um dos principais especialistas da RFB
na aplicação do regime. O representante da CNI,
Ronnie Pimentel, tratará da facilitação do comércio
no regime aduaneiro específico COD. O evento é
voltado para profissionais e empresas que atuam na
indústria de Óleo & Gás.
sustentabilidade é tema do Indústria em FocoA sustentabilidade tem assumido um papel de
destaque nas empresas. Para discutir a importância
de ações sustentáveis no ambiente corporativo e o
que a responsabilidade social agrega às empresas, o
Programa Indústria em Foco convidou o
coordenador do Conselho de Responsabilidade
Social (Cores), Marconi Andraos, e o coordenador do
Conselho de Meio Ambiente (Comam) da Federação
das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Irundi
Edelweiss, para sua mais recente edição.
Durante o programa, foram debatidas questões
importantes para o avanço industrial em sintonia com
a sustentabilidade e os benefícios que a nova Lei de
Meio Ambiente e de Recursos Hídricos da Bahia
trouxe para o processo de licenciamento ambiental.
Foram apresentadas, ainda, as ações do Sistema FIEB
na mobilização das empresas para a importância de
se respeitar o meio ambiente e para a cultura de
responsabilidade social, mostrando como práticas
sustentáveis na cadeia produtiva trazem resultados
positivos para as empresas, trabalhadores e
sociedade. Em seu terceiro ano, o Indústria em Foco é
resultado de parceria da FIEB com a Fundação Paulo
Jackson, vinculada à Assembleia Legislativa da
Bahia. Para assistir a esta e a outras edições do
Indústria em Foco, acesse www.fieb.org.br.
marconi
Andraos e Irundi
edelweiss (d),
na gravação
do Indústria
em Foco
luCiane ViVas/sistema Fieb
24 Bahia Indústria
Responsabilidade social em pauta
sesi tem atuado emparceria com empresassediadas na regiãometropolitana na oferta de serviços voltados para as comunidades, como cursos, promoção da cidadania e educação para o trânsito
Capacitação na área am-
biental, formação de mão
de obra para a indústria
e projetos de geração de
renda são algumas das ações de
responsabilidade social que o
Serviço Social da Indústria (SESI
Bahia) desenvolve em comunida-
des e municípios do Litoral Norte
da Região Metropolitana de Salva-
dor em parceria com as empresas
industriais. “O papel do SESI é
contribuir para ampliar a percep-
ção das empresas sobre a impor-
tância de incluir em suas práticas
de gestão um conceito mais amplo
de sustentabilidade e também
apoiá-las em suas iniciativas”, ex-
plica Amélio Miranda, gerente de
Qualidade de Vida do SESI Bahia.
Faz parte destas iniciativas a
atuação do SESI em forma de con-
sultoria, organização de eventos e
ações sociais, atividades de pro-
moção de gestão social, diagnós-
ticos de responsabilidade social,
além de cursos de capacitação e
orientação. Todas, atividades vol-
tadas para a melhoria do clima
no ambiente das empresas. Para
a gerente de processos de Respon-
sabilidade Social do SESI, Adriana
Reis, há uma tendência crescente
por parte das empresas pela pro-
moção de iniciativas nesta área.
“Algumas empresas buscam ape-
nas atender às condicionantes le-
gais, mas há aquelas que já entenderam a importân-
cia da responsabilidade social e vão além”, destaca.
Um desses exemplos é a Concessionária Bahia Nor-
te, que vem realizando várias ações com o apoio do
SESI. De acordo com a assessora de Desenvolvimento
Socioambiental da Bahia Norte, Leana Mattei, o SESI
tem-se revelado um parceiro fundamental para estas
ações, por oferecer soluções diversificadas. “O SESI
integra teoria e prática e está em total sinergia com
o que a gente faz. Já buscamos outros parceiros, mas
acabamos voltando para o SESI por conta dessa afini-
dade de objetivos, pela qualificação dos profissionais
e pela qualidade das entregas. Ainda por cima, a en-
tidade tem uma variedade de iniciativas a nos ofere-
cer, pois já desenvolve inúmeros projetos. Se temos
a ideia de desenvolver um projeto de alimentação, o
SESI tem o Cozinha Brasil, se é na organização de um
evento de cidadania, ele tem a experiência do Ação
Global”, avalia.
Dentro deste propósito, o SESI Bahia realizou, em
parceria com a concessionária Bahia Norte, no dia
25 de janeiro, o projeto de ação Rodovia Cidadã, que
atendeu mais de 500 moradores das comunidades de
Areia Branca, Capelão, Jambeiro e Capiara. Foram
oferecidos serviços de saúde preventiva e bem-estar,
orientação jurídica, educação para o trânsito, além
de atividades de lazer para as crianças. Foram reali-
zados ao todo 1.110 atendimentos ao público em geral.
eDuCação Outro importante projeto para a região envolve a
Concessionária Bahia Norte e a Monsanto, que juntas
contrataram o SESI para realizar um projeto de edu-
cação para o trânsito. O projeto envolve a população
de sete municípios da Região Metropolitana de Salva-
dor com ações em 10 escolas do ensino fundamental
II de Lauro de Freitas, Simões Filho, Mata de São João,
por PAtríCiA MoreirA
Bahia Indústria 25
Pojuca, Dias D´ávila, Candeias e
Camaçari. Em 2013, o público atin-
gido foi de 1.580 estudantes, que
assistiram a 28 palestras educati-
vas, e 2.365 que participaram de 13
gincanas. O programa está em fa-
se de renovação de contrato e terá
continuidade ao longo de 2014.
Todas as atividades visaram
sensibilizar e orientar os profes-
sores e alunos para a conduta ade-
quada no trânsito, bem como para
a importância da adoção de atitu-
des e posturas adequadas para a
conquista de um ambiente solidá-
rio, de amor à vida e de respeito ao
próximo.
geração De renDaOutro importante projeto de-
senvolvido pelo SESI em parceria
com a Bahia Norte é o projeto Re-
criando com Arte, uma iniciativa
de geração de renda que envolve
25 mulheres do distrito de Madeira
no município de Candeias. O pro-
jeto reúne a costura, a reciclagem
e o empreendedorismo por meio
de confecção de produtos a partir
da reutilização dos banners. Ele
surgiu com o propósito de moti-
var a comunidade para o trabalho
coletivo e estimular a economia
solidária pela promoção de ações
sustentáveis.
O projeto foi elaborado e será
executado pela Unidade de Res-
ponsabilidade Social do SESI em
parceria com o Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial (SE-
NAI Bahia), na qualificação e cer-
tificação das mulheres do projeto
em corte e costura.
Também com foco na educação
comunitária, o Projeto Dutovia,
consórcio formado por seis empre-
sas (Braskem, Dow, Unigel, Trans-
petro, Fafen e Bahiagás), promove
um trabalho de educação ambien-
tal e de comunicação de riscos
para seis comunidades dos muni-
cípios de Candeias, Dias D’Ávila,
Simões Filho e Camaçari. Os alvos
são as associações comunitárias,
escolas, mulheres e comunidades
em geral, visando uma atuação
preventiva na segurança das seis
comunidades.
CapaCitaçãoNa área de capacitação profis-
sional, o SESI vem trabalhando
em parceria com o Grupo Boticário
na realização de cursos de auxiliar
de produção e logística nos muni-
cípios de Camaçari e São Gonçalo
dos Campos. Foram capacitadas
400 pessoas em uma ação que en-
volve SESI e SENAI. [bi]
sesI e
bahia norte
realizaram
o Rodovia
Cidadã, ação
de promoção
da cidadania
e qualidade
de vida
anGelO POntes/COPerPHOtO/sistema Fieb
26 Bahia Indústria
inDicaDoRes Números da Indústria
Indústria baiana fecha 2013 com queda na produção físicataxa anualizada revela crescimento de 4%, em dezembro, mas ainda supera a média nacional
a produção física da in-
dústria de transformação
da Bahia cresceu 4% em
2013, abaixo da taxa anu-
alizada registrada em novembro
(6%), mantendo a sinalização de
arrefecimento no ritmo da ativi-
dade produtiva industrial no Esta-
do. No ranking dos 13 estados que
participam da Pesquisa Industrial
Mensal Produção Física Regional
(PIM-PF-R) do IBGE, dez estados
apresentaram desempenho posi-
tivo: Rio Grande do Sul, Paraná,
Goiás, Bahia, Ceará, Rio de Janeiro, Santa Catarina,
Amazonas, Pernambuco e São Paulo. Os outros três
estados registraram resultados negativos: Espírito
Santo, Pará e Minas Gerais.
Na Bahia, dos oito segmentos pesquisados, seis
apresentaram resultados positivos: Metalurgia Bási-
ca (21,9%, aumento da produção de barras, perfis e
vergalhões de cobre e de ligas de cobre, refletindo o
investimento na ampliação da capacidade produtiva
da Paranapanema), Veículos Automotores (19,5%,
aumento na fabricação de automóveis, decorrente
da boa resposta das vendas ao mercado interno e ex-
terno de produtos como o Fiesta, além do sucesso do
Ecosport), Refino de Petróleo e Produção de Álcool
(13,2%, aumento na produção de
óleo diesel e outros óleos combus-
tíveis e gasolina automotiva), Bor-
racha e Plástico (4,9% aumento na
produção de garrafões, garrafas,
frascos e artigos semelhantes de
plástico e pneus usados em ôni-
bus e caminhões), Minerais não-
-metálicos (1,9%) e Celulose e Pa-
pel (1,2%).
Por outro lado, apresentaram
retração os segmentos de Alimen-
tos e Bebidas (-8,1%, por conta da
menor produção de refrigerantes,
Bahia Indústria 27
produção física por estado: indústria de transformação
Fonte IBge; elaboração Fieb/SdI
estAdOs VariaçãO (%)
dez13/ JAn-dez 13/ JAn12-dez13/ dez12 JAn-dez 12 JAn12-dez12
óleo de soja em bruto, farinhas e "pellets" da extra-
ção do óleo de soja e manteiga, gordura e óleo de ca-
cau) e Produtos Químicos/Petroquímicos (-0,4%).
ComparatiVo anualNa comparação de dezembro de 2013 com igual
mês do ano anterior, a produção física da indústria
de transformação baiana apresentou decréscimo de
4,1% (contra uma queda de 2% da média Brasil). Dois
dos oito segmentos da Indústria de Transformação
registraram expansão na atividade, como segue:
Minerais não-metálicos (7,6%), Produtos Químicos/
Petroquímicos (4%, por conta da maior produção de
soda cáustica, acrilonitrila, dióxidos de titânio, amo-
níaco e ureia).
No sentido contrário, houve queda na produção
de Metalurgia Básica (-14,2%, queda na produção de
barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de co-
bre, fio-máquina de aços ao carbono e ouro em bar-
ras, com uma parada técnica de importante empresa
do setor), Alimentos e Bebidas (-13,9%, pela menor
fabricação de farinhas e "pellets" da extração do
óleo de soja e óleo de soja em bruto e refinado), Celu-
lose e Papel (-11,8%, redução na produção de celulo-
se), Borracha e Plástico (-8%), Veículos Automotores
(-1,8%) e Refino de Petróleo e Prod. Álcool (-1,5%).
Apesar da desaceleração verificada em dezembro,
a indústria baiana apresentou desempenho positivo
(acima da média nacional) em 2013, em função, prin-
cipalmente, dos resultados dos favoráveis dos seg-
mentos de Metalurgia Básica, Veículos Automotores e
Refino de Petróleo e Produção de Álcool. [bi]
(1)de acordo com a Pesquisa Industrial anual (PIa) 2006 (divulgada em junho de 2008), os 8 segmentos acima arrolados somaram 83,5% do valor da transformação Industrial (vtI) do estado da Bahia, em 2006
bahia: pim-pf de dezembro de 2013
Indústria de Transformação (1) -4,1 4,0 4,0
refino de petróleo e prod. álcool -1,5 13,2 13,2
produtos químicos/petroquímicos 4,0 -0,4 -0,4
Veículos automotores -1,8 19,5 19,5
alimentos e bebidas -13,9 -8,1 -8,1
celulose e papel -11,8 1,2 1,2
metalurgia básica -14,2 21,9 21,9
borracha e plástico -8,0 4,9 4,9
minerais não-metálicos 7,6 1,9 1,9
Extrativa Mineral -3,3 -0,5 -0,5
VariaçãO (%)
setORes dez13/dez12 JAn-dez13/ JAn12-dez13/ JAn-dez12 JAn12-dez12
são Paulo -6,3 0,7 0,7
minas gerais -4,8 -0,4 -0,4
rio de Janeiro -6,1 1,6 1,6
paraná 5,4 5,6 5,6
rio grande do sul 11,0 6,8 6,8
bahia -4,1 4,0 4,0
santa catarina 0,4 1,5 1,5
amazonas -4,2 0,9 0,9
Espírito santo -4,5 -10,5 -10,5
pará -1,1 -7,3 -7,3
goiás 12,3 5,6 5,6
pernambuco 5,5 0,7 0,7
ceará -1,2 3,3 3,3
brasil -2,0 1,5 1,5
JAN
JUL
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
130
135
140
125
120
115
110
105
100
95
Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14). Sem ajuste sazonal.
BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2011 - 2013)
2012
2011
2013
28 Bahia Indústria
Competir e integrarDuas equipes do sesi bahia levaram para o torneio nacional de robótica em brasília soluções para lidar com catástrofes naturais
Disciplina, espírito de equi-
pe, domínio da tecnologia
e integração. Foi com estes
valores na bagagem que as duas
equipes do SESI Bahia, a Dynasty,
do SESI Piatã, e a Robolife, do SESI
Candeias, decolaram no dia 20 de
janeiro para participar do Torneio
Nacional de Robótica First Lego
League. O torneio foi realizado no
SESI Taguatinga, em Brasília, no
Distrito Federal, e este ano teve
como tema Fúria da Natureza.
A ideia era vencer a etapa na-
cional e poder competir em um
dos três torneios internacionais
que serão realizados, ainda este
ano, nos Estados Unidos, na Espa-
nha e no Canadá. Não foi desta vez
que os baianos conquistaram uma
das sete vagas, mas a experiência
de participar da etapa nacional da
competição, que reuniu um total
de 60 times de todo o Brasil, foi
uma oportunidade para os estu-
dantes trocarem conhecimento,
exercitarem o espírito de equipe e
aprenderem a lidar com situações
problema.
“Eles ficaram tristes por não
terem alcançado classificação, o
que é natural, mas o aprendizado
das duas etapas, a regional e a na-
cional, a oportunidade de conhe-
cer novas pessoas, compartilhar
o projeto elaborado, divulgar a
região que eles moram, levar o
nome de Candeias para um even-
to nacional e propor uma solução
inovadora para um problema que
por PAtríCiA MoreirA
Bahia Indústria 29
equipes
Robolife e
dynasty no
embarque para
brasília
existe no local foi muito mais sig-
nificativo”, explica a coordenado-
ra pedagógica Aline Cruz de Sou-
za, que acompanhou a equipe do
SESI Candeias a Brasília.
Aline acredita que todo o pro-
cesso vai marcar a vida destes
estudantes que experimentaram
na prática a importância de res-
peitar o colega, sua opinião, uma
experiência que eles vão levar
para a vida. “O importante não é
só levantar o troféu”, arremata a
educadora.
A Robolife, ao lado da Dynasty,
do SESI Piatã, foram as duas equi-
pes do Serviço Social da Indústria
(SESI Bahia) classificadas na eta-
pa regional, ocorrida em novem-
bro de 2013, em Salvador, com-
pletando o time das três equipes
selecionadas, que incluiu ainda a
Tecchoe, do estado de Sergipe.
pesQuisaA equipe do SESI Candeias,
composta por nove estudantes de
9 a 15 anos, levou para o campeo-
nato uma solução batizada de Wa-
terpower, que prevê um sistema
inteligente de drenagem de águas
de áreas alagadas para uma barra-
gem de armazenamento e reapro-
veitamento da água captada pela
comunidade.
Já a equipe Dynasty , composta
por 11 estudantes do ensino médio
com faixa etária de 14 a 16 anos,
levou como projeto o Sistema Vul-
tec, uma solução tecnológica que
aprimora o uso do sismógrafo na
prevenção de terremotos e tremo-
res de terra. O técnico responsável
pela equipe foi o professor Marcos
Almeida e a coordenadora peda-
gógica Valdinéia Scaldaferri.
O balanço da experiência tam-
bém foi muito positivo, na avalia-
ção da coordenadora pedagógica.
“Foi interessante estar pela pri-
meira vez em um torneio nacional
do FLL e, principalmente, perce-
ber que os meninos têm espírito
de competição saudável. Eles se
sentiram vencedores por estarem
entre as 60 equipes de todo o Bra-
sil”, avalia Valdinéia.
Para Bárbara Oliveira, 16, aluna
2º ano da Escola Djalma Pessoa do
SESI Piatã, o campeonato signifi-
cou “um festival de oportunida-
des”. “Você aprende muita coisa”,
afirma, citando o lema do campeo-
nato que sintetiza o que represen-
tou a experiência para ela que par-
ticipou pela última vez do torneio,
em razão da idade limite: “O que
você aprende é muito mais impor-
tante do que o que você ganha.”
Matheus Souza, 16, compa-
nheiro de equipe de Bárbara, teve
a oportunidade de aprender com
as diferenças culturais e com as
experiências vivenciadas durante
o torneio. “Aprendi principalmen-
te que aquilo que a gente constrói
junto, com as pessoas próximas a
você, nunca se desfaz, jamais será
destruído por prêmios ou derrotas,
o mais importante é construir.”
As equipes competiram em
quatro categorias, incluindo a
defesa e apresentação do projeto
de pesquisa; a disputa de robôs;
a integração da equipe e o com-
portamento diante dos problemas
(Core Values) e a estrutura física
do robô (utilidade, funcionalida-
des e estética). [bi]
Walter POntes/COPerPHOtO/sistema Fieb
30 Bahia Indústria
painel
Revista publica estudo do sesI-bA Com o título Reducing
workplace accidents in
construction work in Brazil
(reduzindo acidentes de
trabalho na indústria da
construção no Brasil) a
revista African Newsletter,
uma publicação do Finnish
Institute of Occupational
Health Topeliuksenkatu
(FIOH) trouxe na sua última
edição, datada de dezembro
de 2013, artigo assinado
pelas especialistas em
Segurança e Saúde do SESI
Bahia, Lívia Lacerda e Maria
Fernanda Faiçal, juntamente
com a representante da CNI
na área de Relações
Internacionais, Tatiana de
Mello. O estudo, publicado
na página 70 da revista, faz
uma abordagem sobre a
adoção da metodologia
Quick Wins Teams (times de
ganhos rápidos) pelo SESI
Bahia, que foi implementada
nas empresas industriais
baianas. Confira a
publicação no portal FIEB,
www.fieb.org.br/sesi.
Comunidade de Itapagipe foi estimulada a praticar esporte
rObertO abreu/COPerPHOtO/sistema Fieb
Inova talentos oferece bolsas para recém-formadosA Bahia foi o estado com maior número de projetos aprovados no Programa Inova Talentos, uma iniciativa do Inova Talentos
do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). No total, foram
selecionados 179 projetos de 117 empresas em 20 estados brasileiros. O objetivo é ampliar o número de profissionais
qualificados em atividades de inovação. A Bahia foi contemplada com 51 bolsas para profissionais recém-formados ou
mestres, com a aprovação de 32 projetos de 21 empresas, que vão atuar no desenvolvimento dos projetos de pesquisa e
inovação. Os interessados em concorrer às bolsas deverão acessar o portal do Programa Inova Talentos (www.inovatalentos.
com.br), cadastrar o currículo e participar dos Desafios de Inovação das empresas que ficarão disponíveis no portal. Os
candidatos que propuserem as melhores soluções para os desafios participarão do processo de seleção. Os selecionados
receberão bolsas que vão de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil mensais pelo período de um ano. O programa é voltado para graduados
(com até três anos de formação) de diversas áreas do conhecimento.
CIeb promove cursos no interiorTrinta empresários de
Alagoinhas participaram do
curso de formação de
lideranças, promovido pelo
Centro das Indústrias do
Estado da Bahia (CIEB), em
parceria com o Serviço Social
da Indústria (SESI) e o Sebrae.
Com carga horária de 16
horas, o curso ocorreu na
sede do Sebrae no município e
contou com duas turmas,
realizadas de 20 a 24 e de 27 a
29 de janeiro. O objetivo do
CIEB é mostrar para os líderes
que, em um cenário
competitivo, o
comprometimento dos
colaboradores impacta
diretamente nos resultados
obtidos pelas empresas. As
ações de capacitação fazem
parte da programação da
Agenda CIEB e o objetivo é
atender todos os municípios
onde o Sistema FIEB está
atuando, com cursos voltados
para as demandas de cada
região. Mais informações
podem ser obtidas no portal
www.fieb.org.br/cieb.
esporte Verão movimentou a Cidade baixaA exemplo de eventos como o Esporte Cidadania e o Ação
Global, o Serviço Social da Indústria (SESI) e a Rede Bahia
promoveram, no dia 25 de janeiro, na Cidade Baixa, no Largo
do Papagaio, o Bahia Esporte Verão. Avaliação física, aulas de
alongamento, aeroboxe, suingue baiano e pilates foram
algumas das atividades oferecidas. Um público estimado de 5
mil pessoas participou da programação ao longo do dia e
foram realizados em torno de 8 mil atendimentos, nos
serviços oferecidos. O SESI contou com o apoio de 30
colaboradores voluntários, entre professores de educação
física e equipe administrativa.
Bahia Indústria 31
FIeb apoia missão à AlemanhaNo período de 8 a 16 de
março, empresários baianos
visitam o principal evento da
Tecnologia da Informação e
Comunicação (TIC) do
mundo, a CeBIT 2014, em
Hannover, na Alemanha,
integrando missão
empresarial organizada pela
Confederação Nacional da
Indústria (CNI), por meio da
Rede Brasileira dos Centros
Internacionais de Negócios
(Rede CIN). A iniciativa é
articulada pela Federação
das Indústrias do Rio Grande
do Sul (Fiergs) e conta com o
apoio do Centro Internacional
de Negócios da FIEB (CIN-
BA).O grupo brasileiro terá à
disposição estande de apoio
na feira, visita orientada e
técnica, encontro de negócios
Future Match (interação de
expositores e visitantes),
entre outras vantagens. A
CeBIT 2014 terá oito temas
centrais: Planejamento de
Recursos Empresariais e
Análise de Dados,
Gerenciamento de Conteúdo
Corporativo, Web e Soluções
Móveis, Serviços de TI,
Segurança, Comunicação e
Rede, Infraestrutura e
Centros de Dados e Pesquisas
e Inovações. No ano passado,
o evento recebeu 350 mil
visitantes e 4 mil expositores.
A missão empresarial tem o
apoio da Apex-Brasil e a
colaboração dos CIN da
Bahia, do Amazonas, de
Goiás, do Pará, do Paraná e
de Santa Catarina.
Jefferson Gomes, do ItA, fez a aula inaugural da instituição
Professor do ItA na Faculdade senAI Cimatec O professor da divisão de engenharia mecânica do Instituto
Tecnológico Aeronáutico (ITA), Jefferson Gomes, foi
convidado para ministrar a aula magna que marcou o início
do ano letivo da graduação da Faculdade SENAI Cimatec.
Realizada, no dia 27 de janeiro, com a presença dos
estudantes e professores da instituição, Gomes destacou os
três pilares que considera importantes na Faculdade SENAI
Cimatec. “O capital intelectual aqui é muito bem incorporado;
o capital estrutural merece destaque, com diversos processos
de gestão e equipamentos disponíveis; e, para finalizar, o
capital relacional. O Cimatec nasceu da indústria, pertence à
indústria, por isso está muito bem relacionado com este
mundo”, pontuou. O coordenador da Faculdade SENAI
Cimatec, Tarso Nogueira, apresentou aos novos alunos a
estrutura e a missão da faculdade.
anGelO POntes/COPerPHOtO/sistema Fieb
Obra do Prêmio FIeb é publicadaTrabalho destacado com o primeiro lugar no Prêmio FIEB
de Economia Industrial 2012, o estudo Política Industrial
e a Concessão de Incentivos Fiscais: Uma Análise do
Processo de Desconcentração e Diversificação da
Indústria Baiana, de autoria de Adriano Souza de
Oliveira, acaba de ganhar versão impressa, em livro
publicado pela Federação das Indústrias do Estado da
Bahia. A premiação foi criada com o objetivo de estimular
a pesquisa sobre temas relevantes para a competitividade
da economia industrial baiana. O livro estará disponível
na Biblioteca do Sistema FIEB e será distribuído para
empresários da indústria e entidades parceiras.
Prêmio de Inovaçãoseleciona projetosO Prêmio Nacional de
Inovação 2013 entrou na
segunda etapa para
escolha dos melhores
projetos desta edição.
Foram recebidas 2.022
inscrições de todo o país,
superando o número de
edições anteriores. Dessas,
325 ideias foram
selecionadas. A maioria
das propostas veio da
região Sul, com 114
projetos selecionados,
seguida do Sudeste (109);
Nordeste (51), com seis da
Bahia; Norte (30); e
Centro-Oeste (21). Na
terceira etapa, realizada
em fevereiro, foram
escolhidos 108 projetos a
partir da avaliação da
comissão julgadora. As
empresas concorrem a R$
900 mil pré-aprovados no
Edital SENAI-SESI de
Inovação. Como
premiação, também há
missão técnica
internacional e cursos de
educação executiva.
Participam da disputa
empresas de micro,
pequeno, médio e grande
portes. Os 12 vencedores
serão conhecidos, em
Brasília, no dia 13 de maio.
O prêmio é uma iniciativa
da Mobilização
Empresarial pela Inovação
(MEI), realizado pela CNI e
pelo Sebrae. Tem o apoio
do IEL, SENAI, entre
outros.
32 Bahia Indústria
Entra em vigor alei anticorrupção
jurídico
Em 29 de janeiro deste ano, entrou
em vigor a Lei Federal nº 12.846/13,
que dispõe sobre a responsabiliza-
ção objetiva (independente de cul-
pa) administrativa e civil de pes-
soas jurídicas pela prática de atos
contra a administração pública,
nacional ou estrangeira.
A norma define como ato lesivo
à administração pública os que
atentem contra patrimônio públi-
co nacional ou estrangeiro, prin-
cípios da administração pública
ou compromissos internacionais
assumidos pelo Brasil.
A Lei alcança as sociedades
empresariais e simples, personifi-
cadas ou não, independentemente
de forma de organização ou mode-
lo societário adotado, bem como
quaisquer fundações, associações
de entidades ou pessoas, ou socie-
dades estrangeiras, que tenham
sede, filial ou representação em
território brasileiro, constituídas
de fato ou de direito, ainda que
temporariamente. Também res-
pondem os dirigentes ou admi-
nistradores ou qualquer pessoa
natural, autora, coautora ou par-
tícipe do ato ilícito, neste caso, na
medida de sua culpa.
A responsabilidade subsiste na
hipótese de alteração contratual,
transformação, incorporação, fu-
são ou cisão societária, entretan-
to, nos casos de fusão e incorpora-
ção, a responsabilidade é limitada
à multa e reparação integral do
dano até o limite do patrimônio
transferido, salvo se comprovada
fraude.
Após o devido processo admi-
nistrativo poderão ser aplicadas,
isolada ou cumulativamente,
sanções administrativas, tais co-
mo aplicação de multa, no valor
de 0,1% a 20% do faturamento
bruto do último exercício anterior
ao da instauração do processo
administrativo, excluídos os tri-
butos, a qual nunca será inferior
à vantagem auferida à publicação
extraordinária da decisão conde-
natória. Caso não seja possível
utilizar o critério do valor do fatu-
ramento, a multa será de R$ 6 mil
a R$ 60 mil.
No caso de condenação decor-
rente de ação judicial, proposta
pela União, Estados, Distrito Fe-
deral e Municípios por meio dos
respectivos órgãos de represen-
tação judicial, ou pelo Ministério
Público, poderão ser aplicadas,
isolada ou cumulativamente, as
sanções de perdimento dos bens,
direitos ou valores resultantes da
infração, ressalvado o direito do
lesado ou de terceiro de boa-fé;
suspensão ou interdição parcial
de suas atividades; dissolução
compulsória da pessoa jurídica;
proibição de receber incentivos,
subsídios, subvenções, doações
ou empréstimos de órgãos e ins-
tituições financeiras públicos ou
controladas pelo poder público,
pelo prazo de 1 a 5 anos.
sefaz orienta sobre impugnação do IPtuFoi publicada no dia 31 de
janeiro a Instrução
Normativa nº 6 da Secretaria
Municipal da Fazenda que
estabelece os procedimentos
para impugnação do
lançamento do Imposto
sobre a Propriedade Predial
Territorial Urbana (IPTU) e
da Taxa de Coleta, Remoção
e Destinação de Resíduos
Sólidos Domiciliares (TRSD)
no município de Salvador,
tratando, por exemplo, das
formas possíveis de
impugnação (eletrônica ou
presencial), da solicitação
da documentação
comprobatória dos fatos
informados, do prazo e do
deferimento da impugnação.
decreto regulamenta o Conselho de tributosForam publicados, no último
dia 14 de janeiro, o Decreto
nº 24.721 que regulamentou o
funcionamento do Conselho
Municipal de Tributos. Na
mesma ocasião foi editada a
Portaria nº 2, que aprovou o
Regimento Interno daquele
órgão, o qual tem por
finalidade o julgamento
administrativo através das
Câmaras Julgadoras, em grau
de recurso e, em última
instância, dos processos
administrativos fiscais
relativos aos tributos
administrados pela
Secretaria Municipal da
Fazenda de Salvador, ainda
não definitivamente
decididos.
Lei Federal nº 12.846/13 A norma define como ato lesivo à administração pública os que atentem contra patrimônio público nacional ou estrangeiro, princípios da administração pública ou compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. Apesar de esta Lei estar em vigor, restam alguns dispositivos a serem regulamentados através do competente ato normativo.
Bahia Indústria 33
iDeias
por José PAstore
Em artigo anterior focalizei a im-
portância de elevar o nível de au-
tomação e mecanização na maior
parte da produção brasileira como
resposta à crescente falta de mão
de obra e à baixa produtividade
do trabalho. Para melhor enten-
der o papel das novas tecnologias
no mundo do trabalho, tenho lido
vários ensaios sobre engenharia,
robótica e mecatrônica – uma
leitura difícil, pois não sou enge-
nheiro. Mas, a cada texto que leio,
fico mais e mais fascinado pela
revolução que está por acontecer
ou que já aconteceu no mundo do
trabalho.
No artigo anterior, ofereci
exemplos de avanços tecnológicos
no setor da construção civil. Nes-
te, concentro a minha atenção no
setor de serviços. A mecanização
e a automação nos serviços pene-
tram em vários campos, desde as
lojas e supermercados até os es-
critórios e residências. O uso da
inteligência artificial já domina
muitas operações do cotidiano nos
países avançados. Não é apenas
no e-commerce que ela se expan-
de. Aumentam aceleradamente as
vendas sem vendedores nas pró-
prias lojas e supermercados onde
o consumidor escolhe e paga o que
compra sem contato humano.
No campo administrativo e
residencial, aumenta a cada dia
o número de escritórios e resi-
dências inteligentes onde se con-
trolam automaticamente a segu-
rança e todos os equipamentos
dos aposentos, como é o caso da
iluminação, do ar-condicionado,
Cuidado, drones trabalhando
dos computadores e tantos outros.
Para mencionar exemplos mais
mundanos, as cafeteiras já estão
programadas para fazer o café na
hora em que se pretende tomar; os
chuveiros estão preparados para
aquecer a água na temperatura
que o usuário deseja, desligando
no tempo marcado. Os robôs se en-
carregam dos serviços domésticos
e também do atendimento a idosos
e doentes. A lista vai longe.
No espaço que resta, quero re-
latar a revolução marcada para
ocorrer nos serviços de logística.
Várias empresas estão se apron-
tando para fazer entregas de lon-
gas distâncias em apenas alguns
minutos e sem o uso de entregado-
res, e, sim, dos drones.
No momento, os drones são
robôs não tripulados usados em
operações militares. A Amazon.
com, porém, se prepara para, em
2015, fazer entregas de livros, CDs,
roupas e outros produtos em ape-
nas 60 minutos e sem portadores.
Várias empresas farão o mesmo.
Nos EUA já se discutem as regras
de tráfego a serem respeitadas por
esses robôs. Sim, porque, quando
menos se espera, pode aterris-
sar numa calçada, bem à nossa
frente, um desses aparelhos para
entregar produtos comprados há
poucas horas, dispensando intei-
ramente os serviços dos correios
ou de outros entregadores. E já co-
meça também a discussão sobre a
ameaça dos drones aos empregos
dos americanos, assunto que tra-
tarei oportunamente. Mas, sem
perder tempo, a engenharia avan-
ça. Tudo acontece em alta veloci-
dade. Vejam que estamos falando
José Pastore é professor da Fea-usp, presidente do Conselho de emprego e relações do trabalho da Fecomércio-sp e membro da academia paulista de letras
a máquina a vapor, o motor elétrico, o computador, a internet, os caixas eletrônicos vieram da mesma forma e, no entanto, o emprego continuou vigoroso. É bem provável que isso ocorra também com os drones
“de 2015, que está na esquina.
A promessa nada tem que ver
com ficção científica. Os drones
estão praticamente prontos e pas-
sam agora por fases de ajustes. Pa-
ra ver uma boa foto de um drone,
sugiro visita ao site http://thewe-
ek.com/article/index/253592/why-
-the-us-economy-should-be-sca-
red-of-the-amazon-drone.
O leitor deve estar imaginando
a revolução que teremos no mundo
do trabalho com a entrada de uma
tecnologia que poupa tanta mão
de obra. Não é a primeira vez que
isso acontece. A máquina a vapor,
o motor elétrico, o computador, a
internet, os caixas eletrônicos e
vários outros avanços vieram da
mesma forma e, no entanto, o em-
prego continuou vigoroso. É bem
provável que isso ocorra também
com a chegada dos drones. A pro-
dutividade do trabalho aumentará
exponencialmente; a capacidade
de investir crescerá ainda mais;
novos investimentos abrirão no-
vas oportunidades de trabalho.
Mas que trabalho? É difícil de an-
tecipar os detalhes, mas uma coi-
sa é certa: educação, versatilidade
e criatividade serão essenciais. [bi]
livros
leitura&entretenimento
Informação e competitividadeEm 20 artigos escritos por especialistas em
gestão da informação, inovação e gestão
estratégica, o livro fornece conceitos,
ferramentas e metodologias que permitam
melhorar o fluxo de informação e a tomada
de decisões nas organizações, problema
responsável pelo fechamento prematuro
de empresas, conforme levantamento do
Sebrae. Além de abordar questões teóricas
e metodológicas, os textos também trazem
exemplos práticos de como transformar
informação em vantagem competitiva.
experimentações em cerâmicaO museu Udo Knoff de Azulejaria e Cerâmica realiza a
exposição Udo, o Artista, que revela o perfil criativo de
colecionador Horst Udo Erich Knoff. A mostra apresenta
cerâmicas em variados estilos e as diferentes técnicas. As
obras fazem parte das experimentações que o artista fazia
com o propósito de descobrir o tom, a forma e o efeito
desejado para cada peça. Os medalhões, pratos, jarros e
garrafas são exemplares decorativos que refletem suas
experimentações com a cerâmica. Alguns dos instrumentos
foram elaborados pelo próprio artista; outros, adaptados e
utilizados como recursos para alcançar as formas desejadas.
encontros e separações Do mesmo autor de O caçador de pipas,
Khaled Hosseini apresenta um relato
sensível construído a partir da história dos
irmãos Pari e Abdullah, que são separados
ainda crianças. Os dois personagens
servem de fio condutor para falar da
história de pessoas que se relacionam
entre si ou em família, como cuidam uns
dos outros e a forma como as escolhas que
fazem ressoam através de gerações. É um
livro sobre vidas partidas, inocências
perdidas e sobre o amor.
Gestão da Informação, Inovação e Inteligência Competitiva, claudio Starec (org.), ed.Saraiva, 326 p. / disponível na Biblioteca Sede da FIeB
O silêncio das montanhas, Khaled hosseini, globo livros, 352 p. / disponível na Biblioteca Sede da FIeB
FOtOs DiVulGaçãO
encontro afinadoDepois de estrear na Bahia e encantar plateias de vários
estados com o show Encontro, João Bosco e Toquinho voltam,
depois de dois anos, ao ponto de partida da turnê para uma
apresentação única em Salvador, no Teatro Castro Alves. A
dupla, que em 2013 apresentou no TCA um show comemorativo
dos 100 anos de Vinícius de Moraes, retorna com um repertório
focado nos grandes sucessos e composições de ambos. Além
das interpretações individuais, o show é uma oportunidade
rara de conferir um exímio duelo de vozes e violões de dois dos
maiores nomes da música brasileira, cujos arranjos e acordes
fazem parte da história da MPB.
Não perca Teatro Castro Alves, Largo do Campo Grande, Centro. Apresentação única, 20/3/14, às 21h. Ingressos: R$ 80 a R$ 140. (71) 3117-4899
Não perca Museu Udo Knoff, ter. a dom., 12h às 18h. Rua Frei Vicente, 3, Pelourinho, Salvador. Informações: (71) 3117-6389
show
exposição
34 Bahia Indústria
Bahia Indústria 35