Réplica ao ateu informa pela a2 tea
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Réplica ao Ateu Informa pela A2TEA.
Afirmação: A Bíblia vem do politeísmo.
O povo hebreu certamente foi um povo de muitos deuses, mas isso não faz
da bíblia ou da ordem teológica fundada na bíblia, uma ordem politeísta e/ou
monolátrica; as demonstrações de que a bíblia não vem do politeísmo serão
demonstradas abaixo.
Uma das afirmações do senhor Ateu Informa, é que os textos apontam para uma
monolatria, vamos ver se isso de fato ocorre: Ex. 15.11: (AFA) 1- Ó SENHOR, quem
é como tu entre os deuses? Quem é como tu glorificado em santidade, admirável em
louvores, realizando maravilhas? – Umas das alegações muito comuns dos neo-
ateus é que inexiste um contexto bíblico, entretanto isto é falso, e será demonstrado
mais adiante, inclusive o senhor Ateu Informa, dá a entender isso logo no início de
seu vídeo satirizando as frases (leitura sistemática e contexto). Entretanto, há DUAS
coisas importantíssimas que o A.I ignora (ou estrategicamente não cita) que são:
1. O texto citado está dentro do cântico de Moisés, portanto a linguagem é de
EXALTAÇÃO, E POÉTICA. Numa música não é comum se trazer informações
científicas (ainda mais tendo em conta que a bíblia não o pretende ser) ou
sentenças com significado objetivo, na verdade, em poesias, poemas e
musicas, normalmente se utiliza de linguagem metafórica, ou seja, muitas das
coisas ali COM CERTEZA serão metafóricas, o trecho citado por A.I como
demonstrado visa exaltar ao Deus hebraico sobre os demais deuses.
2. O momento histórico em que ocorre, é justamente no momento em que os
hebreus estão saindo da casa da servidão no Egito; prova disso é que alguns
capítulos antes podem ser encontrados a famosíssima passagem pelo mar
vermelho e as pragas no Egito.
À seguir veremos alguns textos que reforçam a nossa posição acerca da
monolatria: o povo hebreu certamente se dobrou diante de muitos deuses que não
YHWH, um exemplo disso pode ser encontrado adiante, por exemplo, enquanto
Moisés estava no Sinai recebendo o decálogo, o povo hebreu havia erguido para si
1 Atualizada; Ferreira de Almeida.
um bezerro de ouro Ex. 32. 1-10. Todavia, uma boa evidência que nega tal
monolatria pode se encontrada nos textos de Ex. 7.22 – Ex. 8, 7 e Ex. 8, 18.
Se observarmos, a escritura mostra que os magos fizeram os mesmos feitos com
suas ciências ocultas (AFA) ou com seus encantos (A.M)2, entretanto, a bíblia não
diz que foram obras dos deuses ou de qualquer deidade em especial, mas sim os
sábios através de seus conhecimentos.
A.I chega a citar uma passagem em Reis; mas se ele tivesse tido um pouquinho
de coragem em ler mais teria lido também 1Rs.18, 26-39, na qual se pode ver o
embate entre Elias, o profeta de YHWH e os Baalin, profetas de Baal; como poderá
ser demonstrado no texto, o povo estava em dúvida quanto a divindade a seguir,
devido as influências históricas já demonstradas pelo próprio A.I, mas veremos
também que mesmo durante o sacrifício dos Baalin durante TODO O DIA nada
havia acontecido, entretanto, quando Elias faz a oração o fogo cai do céu e consome
o altar.
Na maioria das ocasiões em que a bíblia aponta outros deuses, ela aponta
também o lugar do qual ele é deus, por exemplo, deus dos sidônios, deuses dos
filisteus, etc.
Isso basicamente significa que o povo podia se idólatra, mas a religião
tradicional hebraica, e a bíblia como consequência não, ela é MONOTEÍSTA.
Os hebreus que seguiam as leis de YHWH acreditavam nos deuses de outros
povos, porque eles eram adorados pelos povos vizinhos, mas os via como deuses
falsos. Nós vemos tal exemplo a Bíblia toda do monoteísmo competindo com o
politeísmo.
Voltando ao êxodo, podemos observar que o povo hebraico não só saia da
escravidão física, mas cultural, poucos eram os que guardaram as tradições de
Yussef (José)3. Certamente não é fácil ser escravo de outro povo e viver distante de
seus hábitos, por exemplo, muitas coisas da cultura judaica forma perdidas, durante
o longo período da diáspora hebraica.
2 Ave Maria
3 Inclusive há disponível no youtube um documentário acerca do êxodo, onde o nome de Yussef é encontrado.
Então se há uma coisa que eu e A.I estamos de acordo é que a cultura de outros
povos influencia sim, na cultura hebraica, porém, não na religião, que sempre foi
monoteísta.
Se observarmos a Epopéia de Gilgamesh, veremos que existe um panteão com
inúmeros deuses que são finitos, isso é, surgem em dado momento. Passam da
não-existência à existência e o universo é que é eterno. A única ação criativa desses
deuses é a vida, porém o universo em si, é eterno. Os deuses do panteão sumério
eram deuses naturais (veremos mais abaixo) isso é, sua existência e poderes são
atribuídos a fenômenos da natureza.
Todas as religiões pagãs, tais como as da Antiguidade e as Greco-
romana, são religiões naturais; assim não exigem uma revelação
inicial, como acontece com o Budismo, o Cristianismo, o Judaísmo e
o Islamismo. (MICHALANY, 1970, p.46)
As divindades sumérias por serem finitas, não poderiam ser onipotentes e,
portanto, só poderiam ser responsáveis pelas várias ações no mundo físico se
formassem um panteão. É normal que atributos naturais fossem dado a eles, um
exemplo é que a morte é um fenômeno, natural, logo haveria um deus para a morte
e para o mundo dos mortos.
Já na Bíblia o que ocorre é EXATAMENTE O INVERSO. O Universo era
INEXISTENTE, e Deus ETERNO o cria ex-nihilo juntamente com toda a vida.
Perceba, o processo é completamente inverso. Por ser eterno, a imaterialidade e a
onipotência se aplica a YHWH e, portanto, elimina a hipótese de um panteão. Nós
podemos ver até alguns versículos de enaltecimento a YHWH atribuído a eles
glórias de vários tipos, mas nunca veremos a citação de que YHWH é o deus do
fogo, ou YHWH é o deus do ar, ou do mar, enfim. Por ser onipotente ele é o deus de
tudo. A onipotência elimina a possibilidade de outro deus onipotente, pois a
onipotência de um impediria a de outro; e se analisarmos a Bíblia veremos todo esse
contexto respeitado ali.
A.I cita as deidades gregas, como tendo sido resultados de influencias
Sumérias e Fenícias. Sim, concordamos, mas veremos a seguir que o mesmo não
ocorre na bíblia e que o próprio desenvolvimento da filosofia na Grécia eliminou os
deuses do olimpo como concebidos pelos gregos e consequentemente elimina o
panteão sumério.
As definições de Deus pelos filósofos são definitivas para mostrar que o
panteão grego não sobreviveu a filosofia.
Sobre deus:
“É um ente uno, imenso, eterno, presente no mundo como a alma está
presente no corpo.” (SÓCRATES apud MICHALANY, 1970, p.33)
“É a ideia do bem, a ideia mais alta, a que todas as outras se subordinam
como meios”. (PLATÃO apud MICHALANY, 1970, p.33)
“É o primeiro motor imóvel, a forma mais alta e o fim mais elevado, que move
todas as coisas, não mecanicamente, mas pelo atrativo da beleza”. (ARISTÓTELES
apud MICHALANY, 1970, p.33)
“É a força originária universal, na qual estão contidas a causalidade e a
finalidade de todas as coisas e todos os acontecimentos”. (FILÓSOFOS ESTÓICOS
apud MICHALANY, 1970, p.33)
Dentre as deidades, gregas e sumérias, e também se colocarmos YHWH no
teste, perceberá que, os filósofos da antiguidade destroem o próprio panteão grego
e sumério, entretanto, YHWH é o único Deus que possui todas as qualidades acima
citada pelos filósofos.
Finalmente pode-se definir YHWH como ser absoluto, perfeito, causa primeira e
razão última de todas as coisas existentes ou possíveis. A diferença teológica entre
uma divindade e outra é incrivelmente grande, sobremodo grande que ambas
chegam a ser contraditórias.
A.I também nos mostra semelhanças entre as histórias de Gilgamesh e a
Bíblia e as semelhanças da Teogonia de Hesíodo com Gilgamesh e a Bíblia como
forma de sustentar suas alegações de que assim como os Sumérios influenciaram
na religião grega, os sumérios teriam influenciado na bíblia e na fé hebraica.
Conforme demonstrado acima, não existe QUALQUER semelhança entre YHWH e o
panteão sumério; tanto que, a própria noção de panteão já é contraditória com as
características de YHWH. Também foi evidenciada a inexistência de monolatria, e
também foram demonstrados que a fé monoteísta coexistiu com o politeísmo.
As tais influências na bíblia são na verdade perfeitamente naturais, devido ao
fato de que no período os elementos os quais se poderiam constituir o mundo eo
universo eram visto de maneira simples. Elementos naturais são sempre colocados
nas histórias de criação: EX: Luz, fogo, água, árvores, terra, animais e etc.
Veremos agora uma grande semelhança entre histórias QUE EM NADA
TIVERAM A INFLUÊNCIA dos sumérios e, entretanto, são muito semelhantes aos
relatos gregos, sumérios e da bíblia.
Mito dos Tupi-Guaranis.
“Tupã cria a Mãe Terra e desenha nela as formas futuras: lagos, rios e montanhas.
Agora, precisa de alguém para continuar o trabalho de criação. Ele cuidou das
grandes coisas: criou o primeiro ser humano, Tupi-mirim4”.
Em destaque vemos ali a presença da água como elemento primeiro do
mundo.
“Esse primeiro ser humano não consegue habitar o mundo físico. Ele retorna a Tupã
e diz que não consegue. E ele não consegue porque ele é etéreo, alado,
luminoso, semelhante a um pássaro. Então, ele pergunta a Tupã: ‘Como faço para
habitar esse mundo?’”
Vemos também que A.I faz uma tentativa de analogia com um ser meio
humano e meio divino, e que seria filho de um deus, talvez tentando fazer uma
analogia com Jesus Cristo.
4 “Pequeno Criador” v. http://www.pindorama.art.br/file/a_sabedoria_dos_mitos.shtml
[...] “Depois ele vai em direção ao Sul, onde encontra uma palmeira (a
palmeira é muito significativa na tradição). E aí ele fala para a palmeira: ‘como é
que eu faço para habitar essa terra?’. Ela fala: ‘entra em mim que você vai
aprender’. Ele entra e se torna à palmeira, se enraíza na terra. Então ele fala: ‘Ah
isso é que é viver na terra?’ E depois a palmeira responde: pronto, você já aprendeu,
agora busque outros mestres.”
Vemos aí a presença da Árvore, como elemento importante da história da
criação na visão dos tupi-guaranis, podemos ver a mesma coisa na mitologia grega
quando Hércules, nos 12 trabalhos vai atrás do pomo de ouro, que seria uma fruta
dourada que só poderia ser tocada pelos deuses, e se propõe a ficar no lugar do titã
Atlas segurando o céu, enquanto ele pegava o pomo para ele.
[...] no Leste, ele olha no alto da montanha vê uma gruta. Ele sobe. Daquela gruta
sai uma luz de dentro dela. Ele entra na gruta e vê que aquela luz que ele via sai de
uma serpente prateada. Uma serpente que não causava medo, mas serenidade.
Ele fala: ‘você pode me ensinar a viver aqui na Terra’ Ela diz: ‘claro, eu sou o
espírito da Terra.’ ‘Como faço par viver aqui’? A serpente vai caminhando em
círculos, acumulando do chão um barro, e vai formando duas pernas, quadris,
tronco, braços, um molde, que é o do primeiro ser humano.”5
Como podemos ver, há a referência a montanha, a serpente, que não
causava medo, assim como na bíblia, a serpente era astuta e não amedrontou Eva e
o mais espantoso, o homem, é formado do barro. Os Tupis-guaranis, em nada foram
influenciados pelos sumérios, entretanto o relato deles, é incrivelmente similar aos
relatos da mesopotâmia.
Um outro belíssimo exemplo, vem dos índio Hopi dos Estados Unidos da
América, que tem um mito e criação bem interessante:
5 TENODÉ, Tupã – A criação do Universo, da Terra e do Homem segundo a tradição oral Guarani, São Paulo: Petrópolis; 2001
– Também poder se encontrado na internet.
“O primeiro mundo foi Tokpela, mas antes, se diz, existia apenas o
Criador, Taiowa. Todo o resto era espaço infinito. Não existia um
começo ou fim, o tempo não existia, tampouco formas materiais ou
vida. Simplesmente um vazio incomensurável [...] (GLEISER,
2004, p.26)
Será que teriam sido influenciados pelos sumérios? Penso que não. Vemos aí
um perfeito exemplo de criação ex-nihilo que nada teve de influência hebraica ou
suméria. Que por exemplo, pode ser visto no exemplo de Gn. 1:1,2
No princípio criou Deus, os céus e a Terra. A terra, porém era sem
forma e vazia, e as trevas cobriam a face do abismo e espírito de
Deus movia-se sobre a as águas. (BÍBLIA SAGRADA (Paulinas)
apud GLEISER, 2004, p.31)
Como podemos perceber semelhanças nos relatos não são evidências de
qualquer influência religiosa dos sumérios na Bíblia, uma vez que povos que nunca
tiveram contato com eles conseguiram fazer mitos muitíssimo semelhantes. Dado o
que fora demonstrado sobre a inexistência de monolatria, a “vista-grossa” feita por
A.I ao contexto bíblico, as profundas diferenças teológicas e ao fato de monoteísmo
e politeísmo terem coexistido, podemos acrescentar este dado de modo a mostrar
de maneira clara que para se obter relatos similares não é necessário haver
influência da religião de um povo na do outro, e que isto é normal e se repete em
muitas outras culturas.
Existem também histórias diluvianas em diversas partes do mundo, Índia,
Egito, América do Norte, America do Sul, África, China e Oceania. O que vem a
confirmar o que foi postulado acima; similaridades de relatos não são suficientes
para estabelecer uma prova definitiva sobre qualquer influencia, ainda mais, tendo
em vista o que já fora citado acima.
A palavra Elohim, também é usada como argumento de que; estando no
plural se referiria a mais de um deus; no caso deuses. Mas veremos também que a
hipótese fracassa miseravelmente.
Existe no hebraico uma forma de tratamento que é chamada de plural
majestático6.
A palavra hebraica Elohim, se encontra no plural, ela é também a palavra
hebraica mais comum usada no Antigo Testamento para designar Deus. Este é um
nome plural. “No princípio Deus criou o céu e a terra.” (Gen. 1:1).
“Elohim” não é o nome pessoal de Deus. Ele é um adjetivo que se refere a Sua
divindade, Sua hierarquia superior aos demais. Elohim significa: deuses ou
elevados. Esta palavra do plural Hebraico é usada 2470 vezes no Velho
Testamento, para se referir a anjos, à Deus e a deuses pagãos, entretanto, quando
associado à YHWH, Elohim é visualmente associado à verbos no singular, adjetivos
e advérbios. Por exemplo, a palavra hebraica para “criar” em Gênesis 1:1 “bara” está
no singular. Se fosse plural seria “barú”.
A existência do Plural de majestade pode ser observada em outros autores.
Este pensamento é mantido nas seguintes citações. Em nota sobre Gênesis 1:1,
Joseph Bryant Rotherham (1901, p.33) 7faz as seguintes observações:
Deve ser cuidadosamente observado que, embora “elohim” seja a
forma plural ainda quando, como aqui, é construída com um verbo no
singular, é naturalmente singular no sentido; especialmente visto que
o “plural de qualidade” ou “excelência” abunda no Hebraico onde a
referência é inegavelmente a algo que deve ser entendido em
número singular.
Há quatro registros no Velho Testamento onde pronomes pessoais no plural
são usados em referencia a Deus. Os trinitarianos afirmam que isto ensina sua
teoria. Isto não é verdade. Em nenhuma maneira estes quatros textos ensinam que
existe uma pluralidade de pessoas em Deus. Os quatro textos em questão seguem:
Gênesis 1:26 - Façamos o homem à nossa imagem (nós)
Gênesis 3:22 - O homem se tornou um de nós (nós)
6 V. Elohim – plural ou singular; texto da UJC (Universidade Judaica Caraíta) disponível em:
http://judaismobiblico.blogspot.com.br/2012/07/elohim-plural-ou-singular.html 7 V. ROTHERHAM, Joseph Bryant. The Emphasized Bible. London: H.R. Alleson, 1901-Vol. I, p.33
Gênesis 11:7 - Desçamos e confundamos (nós)
Isaías 6:8 - Quem irá por nós? (nós)
Os pronomes pessoais no plural nestes versos referem-se a um Deus singular. Está
isto claro pelo fato de que pronomes singulares são usados no contexto fazendo
referência a Deus.
Em Gênesis 1: 26 Deus disse, “Façamos o homem à nossa imagem, segundo nossa
semelhança.” No próximo verso porém, nós lemos, “Então criou Deus o homem à
sua imagem, à imagem de Deus o criou, macho e fêmea os criou.”
Em Isaías 6:8 nós lemos, “Também eu ouvi a voz do Senhor dizendo: Quem eu
enviarei, e quem irá por nós?” Deus falou de Si no singular.
Isso demonstra uma enorme preguiça de A.I em continuar a leitura um
versículo à frente. Com exceção desses 4 momentos no AT, que tem exatamente as
mesmas características, em todas as outras formas YHWH fala de si no singular.
Dr. William Evans 8escreve o seguinte:
Alguns diriam que o “Façamos (us) em Gênesis 1:26 - “ Façamos nós
o homem,” refere-se à consulta de Deus ao anjo com quem Ele toma
conselho antes de fazer algo de importante, mas Isaías 40:14 – “Mas
de quem tomará conselho.” Mostra que este não é o caso; e Gênesis
1:27 contradiz a idéia, pois ela repete a posição “na imagem de
Deus,” não a imagem dos anjos; também em que Deus criou o
homem na Sua Própria imagem, na imagem de Deus (não anjos)
criou. “O nós” de Gênesis 1:26, portanto, é propriamente entendido
como plural de majestade, como indicativo de dignidade e majestade
do relator. A tradução apropriada para este verso não deveria ser
8 V. EVANS, William. The Great Doctrines of the Bible. Chicago: Moody Press, 1939, p. 27).
“Façamos nós”, mas “nós vamos fazer,” indicando uma linguagem de
solução mais que consulta. (EVANS9, 1939, p.27)
Inclusive, o próprio português possui um plural de majestade; o português é
uma língua latina que também sofreu muitas influências das línguas árabes no qual
este tipo de ocorrência é muito comum; para quem se lembra durante muitos anos a
península ibérica foi dominado pelos islâmicos.
Há então, duas maneiras de se verificar se uma palavra se refere a plural
numérico ou plural de majestade.
1. Se os verbos, adjetivos forem plurais.
2. E pelo aporte contextual de onde está escrito.
Como podemos ver, durante todo o capítulo 1 surgem verbos no singular para as
expressões Elohim, dando um contexto unitário, singular; o versículo Gn. 1, 26 está
no plural, porém no versículo seguinte FALANDO SOBRE O MESMO ATO está no
singular; sendo assim, nos vemos forçados a aceitar que se refere a apenas um
Deus, YHWH.
Concluímos, que o único erro na interpretação é a do exegeta A.I, que parece
desconhecer algumas das regras elementares do hebraico; sugiro a ele um cursinho
desses de sinagoga.
Sobre os titãs, ele ainda na sua tentativa de mostrar a semelhança com os
gigantes da bíblia, primeiramente, os titãs eram deuses, os gigantes da bíblia não.
Segundo, existem lendas de gigantes em outros povos e culturas, como por
exemplo, o Piaimã que seria um ser que teria entre 3,5 m de altura e 4 metros de
altura, esta lenda pode ser facilmente encontrada nas obras de Mário de Andrade10,
que fala muito dos mitos e lendas brasileiros.
Já no final do vídeo, A.I. dá a entender que a todas as religiões construídas
sobre o monoteísmo são falsas devido às suas “supostas” origens pelas quais teria
sido influenciada; como podemos perceber, todo o vídeo, resume-se a uma enorme
9 V. http://evangelistaflavio.blogspot.com.br/2011/01/genesis-127-facamos-o-homem-plural.html
10 Macunaíma.
Falácia Genética, onde o indivíduo argumenta que a crença surgiu assim, foi
influenciada por tal coisa, e logo é falsa; como também foi demonstrado acima,
todas as premissas que foram colocadas sobre essa conclusão foram demonstradas
falsas, além, da falácia genética que é a bomba que implode todo o argumento.
Considerações Finais:
O Ateu Informa (A.I.) construiu um belíssimo castelo, com pilastras gregas, ao
melhor estilo jônico, nas suas formas e em seus belíssimos capitéis, ornamentou-o
com peças fenícias, egípcias e sumérias, entretanto, o fundamentou sobre bases
não sólidas, similaridades que não existem na bíblia e sobre uma péssima
interpretação do hebraico, aliado á uma notória falácia genética11; este moderador,
deseja mais sorte da próxima vez.
Saudosamente;
Mod. Ribeiro, AR
11
V. W.L. Craig talking about Genetic Fallacy - http://www.youtube.com/watch?v=HCjAWOKKpgI
ANEXOS:
Locais onde podem ser encontradas histórias sobre um dilúvio.
Caracteres pictográficos chineses mostrando, uma construção curiosa.
Referências Bibliográficas:
EVANS, William. The Great Doctrines of the Bible. Chicago: Moody Press, 1939
GLEISER, Marcelo. A Dança do Universo: Dos mitos de criação ao Big-Bang.
Cia. Das Letras, 2ªEd. São Paulo, 2004.
MICHALANY, Douglas. Educação Moral, Cívica e Política. 2ªEd. Brasília, 1970.
ROTHERHAM, Joseph Bryant. The Emphasized Bible. London: H.R. Alleson, 1901-
Vol. I, p.33
TENODÉ, Tupã. A criação do Universo, da Terra e do Homem segundo a
tradição oral Guarani, São Paulo: Petrópolis; 2001.