REPENSANDO A LOGÍSTICA
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REPENSANDO A LOGÍSTICA
É muito importante as empresas repensarem seu sistema logístico, pois se trata de uma
fator fundamental para que alcancem o sucesso diante da competição acirrada.
Consequências de fracionar processos
O ato de tratar separadamente ações como movimentação, seleção de fornecedores, compras e produção pode trazer consequências. São elas:
Falta de foco no cliente Níveis de serviço abaixo do esperado Custos de logística elevados Capital empregado em estoques Ciclos longos de produção e pouca
flexibilidade
Fatores de pressão da mudança do papel da logística
Pressões diversas estão obrigando as empresas a repensar seu sistema de logística, como por exemplo:
Ciclos de vida de produtos mais curtos. Demandas por parcerias. Novos canais para os consumidores. Papel mais restrito dos distribuidores. Competição externa. Clientes mais fortes e melhor informados.
2.1 Competição externa
Alguns fatores com qualidade alta , preço baixo , entrega rápida e confiável , produtos e serviços inovadores implicam em competição no mercado. Esses fatores implicam também em 5 objetivos de desempenho para a empresa. São eles:
Custos, Rapidez, confiabilidade, flexibilidade e qualidade.
Atingindo esses 5 objetivos, o cliente receberá o produto certo, de boa qualidade, no tempo certo e na variedade e qualidade contratada.
2.2 Ciclo de vida do produto
O ciclo de vida de um produto caiu bastante com o passar dos anos. Hoje em dia um produto lançado tem pouco menos de 1 ano antes de tornar obsoleto; seja por upgrade , por lançamento de nova versão do produto ou até mesmo por substituição por um novo produto.
A empresa que quiser competir no mercado de hoje tem que saber inovar constantemente, atualizando sua engenharia , seus planos de marketing, enfim , revendo sua logística.
2.3 Clientes mais exigentes e mais bem informados
Os clientes de hoje em dia estão cada vez mais bem informados sobre a qualidade , preço , garantia, assistência técnica e nível de serviço das empresas. Graças a isso , as empresas se vêem obrigados a prestar serviços cada vez mais qualificados e de ponta , senão não conseguiram permanecer no mercado.
2.4 Racionalização da base de fornecedores
As empresas estão adotando políticas de estreitamento com os fornecedores para se manter no mercado. Alguns estão adotando o sistema modular de fornecimento (sistema em que os fornecedores adotam sub fornecedores), outros estão trazendo seus fornecedores para dentro de sua fábrica e realizando a etapa final em seus perímetros, e outros estão utilizando ECR (manter um relacionamento online em que uma peça vendida é automaticamente reposta)
2.5 Papel mais restrito dos distribuidores
As empresas tendem a depender cada vez menos dos distribuidores, de modo a sentir mais o mercado. Se a empresa vende e distribui seus produtos diretamente para os varejistas, terão maior conhecimento sobre as necessidades dos clientes e tem mais facilidade em detectar o movimento da concorrência.
2.6 Demanda por parcerias
As parcerias são um tema em alta no mercado atual. Com elas é possível reduzir custos , dar mais dinâmica a produção , reduzir o custo da mão de obra e melhorar o desempenho da empresa.
O caso da Volks é um exemplo disso. Eles instalaram seus fornecedores dentro da fabrica de caminhão e dividiram a produção de caminhão em 5 módulos, de modo que os fornecedores se encarregam de cada módulo. Dessa forma a Volks conseguiu reduzir os custos com mão de obra, não arca com o estoque de matéria prima e produtos em processo e em troca divide o lucro da venda de caminhões com seus fornecedores.
3 Supply chain ou cadeia de logística integrada
Supply chain é todo esforço envolvido nos diferentes processos e atividades empresariais que criam valor na forma de produtos e serviços para o consumidor final.
3.1 Gestão do supply chain
A gestão da supply chain se inicia na saída das matérias primas dos fornecedores, passa pela produção, montagem e termina na distribuição dos produtos acabados aos clientes finais.
O desempenho do supply chain depende principalmente de quatro fatores.
• Capacidade de resposta às demandas dos clientes• Qualidade de produtos e serviços• Velocidade, qualidade e timing da inovação nos
produtos• Efetividades dos custos de produção e entrega e
utilização de capital
4 ECR
Como já foi explicado antes , o ECR é uma modalidade entre fornecedor e empresa em que uma ligação online permite que o fornecedor identifique que um produto foi vendido e o repõe automaticamente.
4.1 Ferramentas de suporte ao ECR
As ferramentas que dão suporte à visão global do ECR e às estratégias são:
• Gerenciamento de categoria• Reposição contínua• Custeio baseado em atividade• Benchmarking das melhores práticas• Pedido acompanhado por computador
4.1 Quatro estratégias do ECR
4.1.1 Introdução eficiente do produto.• 1º Distribuidor e fornecedor concordam
quanto ao produto a ser testado para a introdução.
• 2º preparação do teste.• 3º implementação do teste.• 4º avaliação.• 5º decisão.
4.1 Quatro estratégias do ECR
4.1.2 Sortimento eficiente da loja -> objetiva ofertar um mix ideal de bens em cada categoria, que atenda às necessidades específicas dos consumidores de determinado ponto de venda. Isso pode requerer que o mix existente seja acrescido de outros produtos, marcas ou versões, ou mesmo diminuído pela exclusão do que é pouco valorizado pelo consumidor. Sob a perspectiva da oferta, o gerenciamento do mix melhora, pois tende a se concentrar em fornecedores que oferecem o que é mais desejado pelos consumidores, propiciando a venda em condições mais favoráveis.
4.1 Estratégias do ECR
4.1.3 Promoção eficiente -> visa apresentar aos consumidores promoções que sejam sedutoras e não conflitantes em cada categoria. Os produtores e intermediários, planejam as promoções em conjunto, visando evitar a ruptura de produtos que causa alta frustração ao consumidor. Os resultados de venda são maximizados porque a atratividade da categoria é aumentada.
4.1 Estratégias do ECR
4.1.4 Reposição eficiente. -> Ela é a ligação de toda a cadeia de distribuição do ECR em um único fluxo por meio dos elementos apresentados a seguir:
4.1.4.1 Recebimento eletrônico na loja (processo de recebimento da mercadoria é informatizado)
4.1.4.2 Sistema de inventário perpétuo (o estoque é controlado por meio de leitores de código de barras)
4.1.4.3 Leitura por código de barra, no ponto de venda (identificação do produto pelo tamanho , preço , embalagem , código de barras, cor , sabor , etc)
4.1.4.4 Pedido emitido por computador (emissão automatizada de pedido por computador)
4.2 Considerações finais do ECR
O ECR já esta vigorando em alguns países e vem dando certo, mas existem alguns impedimentos em relação a ele, como:
• Falta de comprometimento da cúpula das empresas em estimular mudanças nas práticas de negócios.
• Falta de conhecimento dos parceiros e integrantes em potencial a respeito de oportunidades, benefícios e princípios do ECR.
• Necessidade de investimento de tempo e recursos para levar cada novo parceiro à curva de aprendizado.
• Tempo e custos altos para desenvolver e/ou adaptar versões de sistemas de informação.
• Falta de gente com especialização técnica.• Sistemas de contabilidade e custos utilizados nas empresas
que não medem os benefícios das práticas ECR.
Um estudo do Efficient Consumer Response Study , de 1993, mostra que um ciclo de reposição melhora drasticamente com a implantação do ECR , sendo reduzido de 62 para 15 dias.
A indústria de vestuário utiliza a visão ECR para integrar as diversas estratégias dos canais, mas já não aplica o sistema pull, puxar o estoque, e sim o balanceamento sincrônico do fluxo de demanda.
A Limited , empresa de vestuário americano conseguiu diminuir seu ciclo de reposição para 30 dias graças ao ECR.