Relatório - Reforço contínuo e extinção de um comportamento

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ NÚCLEO DE TEORIA E PESQUISA DO COMPORTAMENTO LABORATÓRIO DE PSICOLOGIA EXPERIMENTAL Liandra Picanço da Costa Rodrigues Narayane Ellen dos Anjos Farias Reforçamento Contínuo e Extinção da Resposta de Pressão à Barra em Rattus norvegicus Belém Novembro - 2013

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Reforçamento contínuo e Extinção da resposta de pressão à barra em Rattus norvegicus

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

NÚCLEO DE TEORIA E PESQUISA DO COMPORTAMENTO

LABORATÓRIO DE PSICOLOGIA EXPERIMENTAL

Liandra Picanço da Costa Rodrigues

Narayane Ellen dos Anjos Farias

Reforçamento Contínuo e Extinção da Resposta de Pressão à Barra em

Rattus norvegicus

Belém

Novembro - 2013

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Liandra Picanço da Costa Rodrigues

Narayane Ellen dos Anjos Farias

Reforçamento Contínuo e Extinção da Resposta de Pressão à Barra em

Rattus norvegicus

Relatório apresentado como requisito avaliativo da

disciplina Behaviorismo I, do 2° período de 2013,

orientado pelos Docentes Ana Leda de Faria Brino

e Paulo R. K. Goulart, do curso de Psicologia da

Universidade Federal do Pará.

Belém

Novembro - 2013

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SUMÁRIO

1. RESUMO....................................................................................................................04

2. INTRODUÇÃO.........................................................................................................05

3. MÉTODO...................................................................................................................06

3.1 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS....................................................................07

3.1.1 MEDIDAS DO NÍVEL OPERANTE..............................................................................07

3.1.2 TREINO AO BEBEDOURO............................................................................................08

3.1.3 MODELAGEM DA RESPOSTA DE PRESSÃO À BARRA........................................09

3.1.4 REFORÇAMENTO CONTÍNUO (CRF) DA RPB........................................................10

3.1.5 EXTINÇÃO DA RPB........................................................................................................11

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO...............................................................................12

4.1 MEDIDA DO NÍVEL OPERANTE....................................................................................12

4.2 TREINO AO BEBEDOURO...............................................................................................13

4.3 MODELAGEM DA RESPOSTA DE PRESSÃO À BARRA...........................................15

4.4 REFORÇAMENTO CONTÍNUO DA RPB......................................................................17

4.5 EXTINÇÃO DA RPB...........................................................................................................22

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................26

6. ANEXOS.....................................................................................................................27

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1. RESUMO

Este relatório enfatiza a importância da realização de experimentos na

construção de conhecimentos na disciplina de Behaviorismo, pôr em prática o que se

aprende nas teorias dos grandes protagonistas desta ciência, como Skinner e Thorndike,

por exemplo. Utilizamos o sujeito experimental (Rattus norvegicus), para aplicar os

conceitos de Reforçamento contínuo e Extinção de uma resposta, o objetivo foi

condicioná-lo a resposta de pressão à barra e receber como reforço desta resposta uma

gota d’água, após realizada esta aprendizagem incluir a extinção deste reforço e analisar

como este procedimento afeta seu comportamento. Realizamos este procedimento por

meio de cinco exercícios: sessões de Nível Operante, Treino ao Bebedouro, Modelagem

da Resposta de Pressão à Barra, Reforçamento Contínuo e, por fim, a Extinção da

Resposta de Pressão à Barra. Notamos que mesmo com uma considerável dificuldade

em condicionar o animal é possível estabelecer a aprendizagem através dos conceitos

behavioristas nos transmitido.

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2. INTRODUÇÃO

Em análise do comportamento a realização de pesquisa experimental é peça

fundamental para comprovar e mensurar suas teorias. Este relatório, portanto, objetiva

pôr em prática os conhecimentos que obtivemos durante a disciplina de Behaviorismo I,

para isso, tivemos acesso ao Laboratório de Psicologia experimental, onde realizamos

cinco exercícios evolutivos para condicionar o sujeito experimental (Rattus norvegicus)

a um reforçamento contínuo à resposta de pressão à barra para, posteriormente, observar

o que a extinção desta resposta causará no comportamento do animal.

Segundo Kantowitz, todo experimento requer pelo menos duas características

essenciais, a manipulação das Variáveis Dependente (representa a medida da resposta

de um experimento que dependente do sujeito em estudo) e Independente (é a

manipulação do ambiente controlado pelo experimentador). A principal vantagem da

experimentação é o controle das variáveis externas ao foco principal da pesquisa. Estes

experimentos são importantes, pois testam as teorias e fornecem banco de dados para

explicações do comportamento, que no desenvolver deste trabalho serão apresentados.

Antes de explicitar como este processo experimental foi realizado é importante

salientar os termos específicos mais empregados nesta pesquisa, para que haja maior

compreensão deste relatório. O princípio básico do Reforço que será por muitas vezes

mencionado é considerado um estímulo, onde o responder aumenta quando produz

reforços. Contudo, com a Lei do Efeito de Thorndike este conceito foi aperfeiçoado.

O termo reforço é descritivo, não explicativo. Ele nomeia uma

relação entre o comportamento e o ambiente. A relação inclui, pelo

menos, três componentes. Primeiro, as respostas devem ter

conseqüências. Segundo, sua probabilidade deve aumentar (isto é, as

respostas devem-se tornar mais prováveis do que quando não tinham

essas conseqüências). Terceiro, o aumento da probabilidade deve

ocorrer porque a resposta tem essa conseqüência e não por outra razão

qualquer. (Catania, 1999, p.91)

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Já a Extinção, que será a última etapa deste experimento representa a suspensão

do reforço, são contingências que produzem a diminuição na frequência da classe de

resposta antes reforçada.

O delineamento desta pesquisa foi desenvolvido em cinco etapas: a primeira foi

a Medida do Nível Operante, onde observarmos o primeiro contato do sujeito com a

Caixa de Skinner; a segunda sessão é a de Treino ao Bebedouro, nesta sessão

habilitamos a relação funcional do sujeito com o bebedouro; na terceira etapa iniciamos

a Modelagem da Resposta de Pressão à Barra - RPB, a modelagem consiste em reforçar

diferencialmente uma classe de respostas até que, gradualmente, se tornem mais

próximas da resposta final programada; depois de instalada a resposta desejada

iniciamos a quarta sessão de Reforçamento contínuo da RPB, é uma contingência de

reforçamento, onde uma única resposta é reforçada, ocorre também por conta desta

aprendizagem uma taxa de respostas (é uma medida comportamental referente à

quantidade numérica de respostas emitidas por unidade de tempo) moderadamente alta

que posteriormente será importante à análise; a última sessão é a de Extinção da RPB,

aqui observamos o que acontece com a frequência de RPB, assim como vemos as

classes de respostas emitidas, inclusive as respostas emocionais, como esta mudança

modifica o seu comportamento.

3. MÉTODO

O sujeito que trabalhamos para realizar os estudos de análise do comportamento

no laboratório pertence à espécie Rattus norvegicus de linhagem Wistar (rato albino), é

oriundo de uma linhagem genética selecionada, o que nos permitiu trabalhar com um

animal homogêneo quanto à sua filogênese e ontogênese. Tinha aproximadamente três

meses de vida no início do experimento, do sexo masculino proveniente do Biotério do

Instituto de Ciências Biológicas da UFPA. O mesmo estava com alimentação

disponível, ou seja, “ad libtum”, com privação de água por 24 horas e alojamento

adequado.

O equipamento e material utilizados para as observações foram a Caixa de

Skinner (uma caixa de condicionamento operante com dimensões de 20,6 x 33 x 26

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cm), caneta esferográfica azul, folha de registro para as eventuais anotações e câmera

digital.

O ambiente Experimental é subdividido em um Laboratório de Condicionamento

Operante (com dimensões de 5,4m x 5,3m x 3,5 m) com duas bancadas, uma medindo

0,82m x 0,70m x 2,20m, e a outra 4,40m x 0,69m x 0,82 m. Além disso, há também o

Biotério de Ratos com dois compartimentos divididos por uma porta de alumínio, sendo

que a primeira sala tinha dimensões de 3,05m x 2,48m x 2,87m, mais as Gaiolas-viveiro

(dimensões de 1,5m x 0,46m x 1,53m cada uma) alojando os sujeitos. E no segundo

compartimento a sala higienizadora (dimensões de 2,48m x 3,05m x 1,98 m).

É de praxe aos entrarmos no laboratório dirigirmo-nos ao Biotério para realizar a

pesagem do sujeito, tal procedimento requer cautela e sutileza nos movimentos para não

assustá-los. Primeiramente, é fundamental fazer a assepsia das mãos com água e sabão,

enxugá-las e higienizar com álcool em gel. Em seguida, dirigir-se ao compartimento

onde está, pegar a gaiola-viveiro levando-a próximo da balança (é importante fazer a

pesagem individual da gaiola de transporte e tarar este peso antes de pesar o sujeito)

para realizar a pesagem do mesmo. Como todo o método é feito em dupla, um

integrante manuseia o sujeito e o outro registra o peso, depois temos que retorná-lo para

a gaiola-viveiro e deixá-lo nas condições que o encontramos.

3.1 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS

3.1.1 MEDIDAS DO NÍVEL OPERANTE

Este exercício foi realizado no dia 03.10.2013 e tem por objetivo estabelecer o

repertório da classe de respostas do Sujeito (Ronny), e assim poder comparar a mudança

na taxa de resposta com a manipulação da variável independente.

Para tal, o sujeito, privado de água por um período de 24 horas, foi colocado na

câmara experimental, que estava com a chave geral da câmara ligada e de liberação do

reforço desligada.

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Antes de iniciarmos a sessão, um membro da dupla responsabilizou-se em ligar e

limpar a Caixa de Skinner, pôr um papel sob a bandeja, pois eventualmente o sujeito

poderá urinar e defecar na mesma. Enquanto o segundo membro dirige-se ao Biotério

para realizar a pesagem do animal e em seguida encaminhá-lo ao laboratório para

começar a sessão. Além disso, é importante, ao término da sessão, limpar e desligar a

caixa de Skinner, deixá-la como encontramos. Vale ressaltar que este procedimento é

realizado em todos os exercícios que posteriormente virão.

Na folha de registro apropriada foram anotadas, de minuto a minuto, as classes

de respostas apresentadas pelo sujeito. Como foi determinada, a sessão teve duração de

20 minutos. Após a sessão, o rato foi transferido para a gaiola de transporte e o

disponibilizamos água por 30 minutos, enquanto foi feita a devida assepsia na Caixa de

Skinner. Decorrido os 30 minutos regressamos com Ronny ao biotério, o qual ficou

novamente privado de água.

3.1.2 TREINO AO BEBEDOURO

Nesta sessão nosso objetivo é treinar o sujeito a aproximar-se do bebedouro após

o acionamento do clic do micro-interruptor, o qual funcionalmente é o nosso estímulo

discriminativo, ou seja, ao ouvir o clic ele poderá beber água e, gradualmente esta

prática tornar-se-á um estímulo reforçador.

Realizada no dia 04.10.2013, às 16h11min, iniciamos a sessão. Anteriormente,

enchemos a cuba de água comportando em seu lugar; ligamos o conjunto experimental e

deixamos a chave de controle do bebedouro em Manual; acionamos o bebedouro

pressionando o botão na área de controle do bebedouro; abrimos a caixa para certificar

que o acionamento do bebedouro disponibilizou água na concha. Alocamo-nos nas

laterais da caixa experimental junto com a câmera e a folha de registro evitando

movimentos bruscos para não interferir no comportamento do animal.

Ronny estava em privação de água por 24 horas, com seu olfato aguçado deveras

farejar a água e direcionar-se até o bebedouro o mais breve possível, onde uma gota de

água já estava disponível. A primeira tentativa é registrada quando ele encontrar a

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primeira gota d’água (isto foi percebido quando ele lambeu a concha do bebedouro

repetidamente).

O critério para encerrar a sessão não foi alcançado, ou seja, Ronny não

apresentou dez respostas consecutivas com tempo de reação igual ou menor que um

segundo, seguida de cinco respostas consecutivas com tempo de reação menor ou igual

a três segundos. Deste modo, transcorridos trinta minutos concluímos a sessão.

Como na primeira sessão de treino a bebedouro o sujeito não respondeu ao clic

de acionamento do bebedouro da forma esperada, no dia 08.10.2013 realizamos uma

nova sessão. Seguindo as orientações do professor, utilizamos critérios diferentes: o

primeiro acionamento do bebedouro foi feito apenas quando Ronny se aproximou do

mesmo, as seguintes tentativas foram realizadas quando o sujeito tinha um maior

afastamento em relação ao bebedouro, por exemplo, quando se erguia sobre as duas

patas ou farejava os cantos da câmara experimental, alcançando o critério de cinco

respostas consecutivas ao clic com tempo de reação menor ou igual a três segundos,

encerramos a sessão que durou três minutos, e imediatamente iniciamos a sessão de

modelagem.

3.1.3 MODELAGEM DA RESPOSTA DE PRESSÃO À BARRA

Neste exercício desejamos introduzir ao repertório do sujeito a resposta de

pressionar a barra (RPB), como observamos no nível operante a freqüência de RPB’s é

igual a zero. Para alcançarmos nosso objetivo é necessário realizarmos a modelagem,

este procedimento consiste em reforçar diferencialmente de forma gradual as respostas

que se aproximem da resposta final desejada, no nosso caso a RPB.

Primeiro colocamos a chave de acionamento do bebedouro na posição

automática, já que dessa forma o sujeito pode pressionar a barra acidentalmente sendo

uma maneira de reforço para que este comportamento se repita; também definimos as

classes de respostas a serem reforçadas (com a gota d’água) que foram: direcionar-se à

barra, farejar a barra, tocar a barra, e pressionar a barra, nesta ordem. E enquanto uma

integrante da dupla preenchia a folha de registro, a outra controlava o equipamento

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acompanhando a passagem do tempo no cronômetro, indicando a quem registra o

momento de cada liberação de reforço para cada ocorrência de uma resposta de dada

classe intermediária e da RPB.

Vale ressaltar que foram necessárias três sessões de modelagem para que a RPB

fosse de fato inclusa no repertório do animal. Na primeira sessão que ocorreu também

no dia 08.10.13, logo após o exercício de Treino ao bebedouro, o sujeito não alcançou o

critério de cinco RPB’s consecutivas no intervalo de tempo estimado e tivemos que

encerrar a modelagem. Concluímos que o sujeito ficou saciado, já que é de porte

pequeno e foi submetido a duas sessões em um mesmo dia.

No dia 10.10.2013 realizamos a segunda sessão de modelagem, tendo a resposta

de pressão à barra ocorrido cinco vezes consecutivas entre pequenos intervalos de

tempos, demos a sessão de modelagem por encerrada e imediatamente iniciamos o

reforçamento continuo (CRF). Porém durante os 15 min. da sessão de CRF não houve

resposta de pressionar a barra (RPB). Concluímos que o rato estava saciado, como

citado anteriormente, devido seu pequeno porte.

No dia seguinte 11.10.2013 vimos à necessidade de uma nova sessão de

modelagem para confirmar que a resposta desejada (RPB) realmente tinha sido

introduzida na sessão anterior. Deste modo, iniciamos o procedimento de reforçamento

diferencial com a classe tocar a barra, seguido da classe pressionar a barra, quando

Ronny pressiona a barra mais de cinco vezes concluímos a sessão de modelagem e

iniciamos o CRF.

3.1.4 REFORÇAMENTO CONTÍNUO (CRF) DA RPB

Ao alcançar o objetivo da modelagem, ou seja, a introdução da resposta de

pressão a barra no repertório do animal, iniciamos o CRF, e este, por sua vez, consiste

em reforçar continuamente as RPB’s – em cada pressão à barra há a liberação de uma

gota d’água (reforço). Para isto, mantivemos a chave de controle de liberação de reforço

na posição automática, para que não seja necessário o acionamento manual do

bebedouro, e todos os eventos sejam registrados.

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A primeira sessão foi realizada no dia 10.10.2013, sendo que nesta não houve

resposta de pressão a barra. Registramos todas as suas classes de respostas durante 15

min., e este foi o critério para encerrar a sessão.

No dia 11.10.2013 antes da segunda sessão de CRF fizemos uma pequena

modelagem, para confirmar a introdução da RPB em seu anexo, pois na primeira sessão

de CRF não houve RPB. A terceira e última sessão foi realizada no dia16.10.2013. Em

todas registramos os comportamentos do sujeito e as RPB’s acumuladas a cada minuto,

até alcançar os 20 min. estimados de cada sessão, exceto na primeira sessão onde durou

apenas 15 min.

3.1.5 EXTINÇÃO DA RPB

Depois de realizadas três sessões de CRF, iniciamos o procedimento de extinção

da resposta de pressão à barra, nesta fase o objetivo é observar o que acontece com a

frequência da resposta de pressionar a barra ao suspender a condição de reforço da

mesma.

Diferencialmente nesta primeira sessão de extinção, no dia 17.10.2013,

começamos com a chave de liberação do bebedouro na posição automática e ligada até

que o sujeito emitisse 15 RPB’s, ocorrido isso, desligamos a chave e passamos a

registrar a cada minuto as RPB’s e RCB’s acumuladas e os outros comportamentos.

Ressaltando que nas duas últimas sessões, dos dias 18.10.2013 e 21.10.2013, apenas

continuamos com os registros.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 MEDIDA DO NÍVEL OPERANTE

Nesta sessão observamos que o sujeito tem uma pequena atividade exploratória.

Notamos que as classes de respostas que o animal emitiu com mais frequência foi

farejar, sucedido de andar, erguer-se, limpeza e ficar parado. Enquanto as respostas

menos comuns foram: a defecação, coçar-se, roer, tocar a barra, e ter contato com o

bebedouro.

Figura 1. Taxas das classes de respostas observadas em Nível Operante, de

duração de 20 minutos. A=andar; E=erguer-se; F=farejar; L=Respostas de

limpeza; Def=Defecação; P=Ficar parado; C= Coçar-se; R=Roer; RCB=Resposta

de contato a barra; RCBe=Resposta de contato com o bebedouro.

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4.2 TREINO AO BEBEDOURO

Na primeira sessão percebemos como o contato com o bebedouro era uma classe

de resposta totalmente indiferente em seu comportamento, apesar de que na sessão de

nível operante emitiu contato com o mesmo em três momentos. Consideramos esta

emissão parte integrante do reconhecimento inicial que o animal estava obtendo com a

caixa de Skinner.

Passou-se dezesseis minutos e ele não encontrou a água - tempo esse que

registramos as classes de respostas emitidas e para ilustrar este relato na figura 2, há um

gráfico que aponta a taxa de classes de respostas emitidas neste período - ressaltando

que a cada minuto transcorrido liberávamos um reforço da água, o clic não alterava suas

classes de respostas durante este período. Por meio de uma intervenção, autorizada pelo

professor, no instante do cronometro 17min o professor abriu a porta da caixa de

Skinner e o direcionou até o bebedouro com auxílio da garrafa de água.

Dessa forma, o sujeito encontrou a água e logo acionamos o cronômetro

esperando por alguns segundos até ele beber a água. Depois que parava de beber

afastava-se ligeiramente do bebedouro levantando a cabeça, então passamos a reforçar

com um clic exatamente neste momento, para que ele retornasse à concha, assim demos

Figura 2. Taxa de classe de respostas observadas nos 16 minutos, enquanto o

sujeito não teve contato com o bebedouro. A=andar; E=erguer-se; F=farejar;

L=Respostas de limpeza; P=Ficar parado; Def=defecação; RCB=Resposta de

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inicio à primeira tentativa do treino. Após a intervenção do professor, o sujeito

encontrou o bebedouro e pudemos iniciar os registros, como denota na figura 3.

Na segunda sessão, observamos que nas duas primeiras tentativas o tempo de

reação manteve-se constante, igual a dois segundos; já na terceira tentativa o tempo de

reação aumentou para três segundos; novamente, o tempo de reação voltou a ser

Figura 4. Taxas do tempo de reação observadas no Treino ao bebedouro, de

duração de 30 minutos.

Figura 3. Taxas do tempo de reação observadas no Treino ao

bebedouro, de duração de 30 minutos. TR=Tempo decorrido entre o

acionamento do bebedouro e a ocorrência da resposta de beber água.

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constante igual a dois segundos entre a quarta e quinta tentativas; entre a sexta e sétima

tentativa o tempo de reação aumentou para três segundos, e o gráfico permaneceu

constante; nas duas últimas tentativas o tempo de reação diminuiu para dois segundos.

4.3 MODELAGEM DA RESPOSTA DE PRESSÃO À BARRA

Na primeira sessão de modelagem (realizado logo após a segunda sessão de

treino ao bebedouro) iniciamos o reforço da resposta direcionar-se para barra, após 3

reforços, no instante 12:08 houve uma RPB, então passamos a reforçar a classe pegar na

barra (tocar com uma ou as duas patas dianteiras), houve 2 reforços e no instante 14:46

outra RPB, mas seguiu um longo período sem resposta, então voltamos a reforçar a

classe direcionar-se para barra, após 5 reforços mudamos o critério para o de farejar a

barra (aproximar o focinho enrugando e movimentando as vibrissas da barra), depois de

7 reforços voltamos a reforçar a classe pegar na barra, com 2 reforços desta classe, no

instante 24:30 houve outra ocorrência de RPB, porém o sujeito não bebeu a água, para

confirmar que o bebedouro estava funcionando adequadamente, no instante 28 min.

abrimos a caixa de Skinner para verificar se havia a gota d’água na concha do

bebedouro, confirmado isso, tivemos que reforçar novamente o pegar na barra, houve 2

reforços, e o tempo total da sessão chegou a 30min, portanto a encerramos. Como

ilustrado na tabela 1.

Modelagem 1 Tempo total gasto na modelagem: 26 minutos (encerrada sem sucesso) Número total de reforços: 21

Respostas intermediárias Número de reforços Tempo gasto reforçando Direcionar á barra 3 6:55 Pegar na barra 2 2:58 Direcionar para barra 5 1:15 Farejar a barra 7 7:44 Pegar na barra 2 00:25 RPB 0 (pressionou, mas não bebeu água) 2:56 Pegar na barra 2 2:47

TABELA 1

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Na sessão seguinte, ilustrada na Tabela 2, no dia 10.10.2013, a iniciamos

reforçando a classe farejar a barra, após 9 reforços, passamos a reforçar a classe pegar

na barra, depois de 8 reforços, o rato acidentalmente pressiona barra, então reforçamos

esta classe, que ocorreu por 3 vezes, como houve um longo intervalo de tempo sem

RPB, voltamos a reforçar o pegar na barra, e depois de 8 reforços novamente passamos

a reforçar a RPB, a qual ocorreu por 5 vezes em um curto intervalo de tempo, então

consideramos que a modelagem foi bem sucedida e iniciamos a sessão de CRF.

Modelagem 2 Tempo total gasto na modelagem: 15 minutos Número total de reforços: 33

Respostas intermediárias Número de reforços Tempo gasto reforçando Farejar a barra 9 2:29 Pegar na barra 8 1:59 RPB 3 3:14 Pegar na barra 8 2:32 RPB 5 4:46

Contudo durante 15min da primeira sessão de CRF não houve RPB, ainda

tentamos dar seguimento ao exercício reforçando em mais dois momentos (nos minutos

6 e 10 ) a classe pegar na barra, encerramos a sessão, pois devido ao pequeno porte do

sujeito ele estava saciado. Deste modo, no dia 11.10.2013, antes de dar continuidade

com a segunda sessão de CRF, realizamos mais uma modelagem, como denota na

Tabela 3. Reforçamos apenas 2 vezes o pegar na barra, e aguardamos a ocorrência da

RPB, visto que já havia sido introduzida ao seu repertório e também nos preocupamos

em não reforçar mais vezes a resposta de pegar a barra, para evitar o retrocesso

topográfico. Após 7’17’’ ele emitiu 6 RPB’s consecutivas em um curto intervalo de

tempo. Posteriormente iniciamos a segunda sessão de CRF.

Modelagem 3 Tempo total gasto na modelagem: 10 minutos Número total de reforços: 8 Respostas intermediárias Número de reforços Tempo gasto reforçando

Pegar na barra 2 7:17 RPB 6 2:43

TABELA 2

TABELA 3

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Notamos que esta etapa não foi tão simples de realizar, visto que foram

necessárias 3 sessões para que de fato o objetivo final fosse alcançado, ressaltando que

deve-se levar em consideração a estrutura física do animal, ponto este que o diferenciou

do procedimento de praxe para estabelecer a RPB em apenas uma modelagem.

4.4 REFORÇAMENTO CONTÍNUO DA RPB

Na primeira sessão de CRF o tempo gasto foi de 15 min. onde não ocorreu

nenhuma RPB, ou seja, taxa igual a 0; já na segunda e terceira sessão as taxas de RPB’s

foram 2,74 e 3,7 respectivamente, e ambas duraram 20 min.

Na figura acima é nítido a distinção da primeira sessão para as duas últimas.

Houve um salto evolutivo no desempenho do sujeito em relação à resposta de pressão a

barra. Vale ressaltar que a primeira sessão ocorreu em menor tempo, em virtude de o

sujeito ter se saciado, como relatamos na sessão de modelagem. Ainda é possível

observar um aumento de RPB’s na CRF3 em relação a CRF2.

Figura 5. Respostas acumuladas de pressão a barra emitidas pelo sujeito

por minuto, no intervalo de 20 min.

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Aparentemente não houve mudança entre as sessões de NO e CRF1, porém

como relatado em tópicos acima, tivemos dificuldade em condicionar Ronny, fica nítido

que seu comportamento foi alterado, e isto é confirmado nas sessões seguintes de CRF

observando a grande taxa de RPB.

Figura 6. Taxa de RPB’s em intervalos de 10 minutos

Figura 7. Taxa de RPB’s observadas na sessão de Nível Operante

e em cada uma das sessões de Reforçamento Continuo.

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No gráfico da figura 8 podemos analisar a variedade de comportamento emitidos

pelo sujeito nas sessões de CRF comparando-as entre elas e com o Nível Operante,

deste modo observamos que a atividade exploratória, representada pelas respostas de

Andar, Farejar e Ergue-se, aumentou, quando comparamos os CRF’s com o NO, porém

entre os CRF’s há uma queda gradativa destes comportamentos, sendo o de Farejar o

mais acentuado. O aumento da atividade do sujeito também é visto na queda do

comportamento de Ficar parado, o que indica a intensificação de outros

comportamentos, como além das respostas esperadas de RPB’s; RCB’s RCBe’s,

notamos também um aumento na taxa da Resposta Limpeza, o que será analisado mais

detalhadamente a seguir.

Figura 8. Taxa de RPB’s e de outros comportamentos emitidos pelo sujeito para cada

sessão. RPB=resposta de pressão a barra; A=andar; E=erguer-se; F=farejar;

L=Respostas de limpeza; Def=Defecação; P=Ficar parado; C= Coçar-se; R=Roer;

RCB=Resposta de contato a barra; RCBe=Resposta de contato com o bebedouro;

M=micção; NO=nível operante; CRF=sessão de reforçamento continuo.

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Na figura 9 observamos a maior taxa da resposta de Limpeza no CRF

comparando com as outras sessões. É plausível o questionamento a respeito desse

aumento, não seria contraditório o aumento das respostas de RPB; RCB e RCBe? Com

o gráfico abaixo esclareceremos esta duvida.

Figura 9. Taxa da Resposta de Limpeza nas sessões de Nível

Operante (NO), Reforçamento Continuo (CRF) e Extinção (EXT).

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Como não houve RBP na primeira sessão de CRF achamos mais relevante em

representar nos gráficos da figura 10 apenas a segunda e terceira sessão de CRF. Nestes

além de observamos o decaimento das RPB’s no decorrer das sessões devido à saciação

do sujeito, podemos analisar que enquanto há uma queda da RPB, há também a

elevação da resposta de limpeza, ou seja, uma resposta não anula a outra, elas ocorrem

em momento distintos. Com isso podemos concluir que quando o animal tiver fácil

acesso a água, ele a utilizará para as suas necessidade higiênicas e saciar a sede.

Figura 10. Respostas de Pressão a Barra (RPB) e Limpeza (L)

apresentadas por minuto nas sessões de reforçamento continuo (CRF).

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4.5 EXTINÇÃO DA RPB

Figura 11. Frequência acumulada de Respostas de Pressão a Barra (RPB)

em extinção, e frequência de Contato Com a Barra (RCB) nas mesmas

sessões. EXT=sessão de extinção.

Page 23: Relatório - Reforço contínuo e extinção de um comportamento

23

Como demonstra os gráficos acima, quando paramos de reforçar com a gota

d’água a RPB, a frequência da mesma cai gradativamente em cada sessão, juntamente

com a frequência de RCB, podemos observar que na última sessão as ocorrências destas

respostas reduziram bastante, a ponto de nos últimos minutos chegar a nível zero. Isso

também é verificado no gráfico da figura 12.

Além disso, podemos observar a pequena diferença na taxa de RPB entre a

última sessão de CRF e a primeira de Extinção, isto demonstra a resistência do sujeito a

se adequar à mudança que foi submetido. E isso se estende as duas últimas sessões de

Extinção, pois ele não deixou de emitir RPB, ressaltando, porém que a taxa de resposta

diminuiu consideravelmente na últimas sessões. Com está mudança a freqüência de

outros comportamentos, até mesmo emocionais ficou mais evidente durante as sessões

de Extinção.

Nas sessões de Extinção, além do aumento da variedade comportamental do

animal, notamos também a ocorrência de Respostas Emocionais (RE). Comparado com

outros comportamentos esse tipo de resposta possui uma taxa (resp/min) pequena, na

primeira sessão sendo de 0,3 e na segunda e terceira 0,25 e 0,15 respectivamente.

Importante analisar sua topografia, a qual foi predominantemente de três tipos: ficar de

Figura 12. Taxas de RPB das sessões de Nível Operante (NO);

Reforçamento Continuo (CRF) e Extinção (EXT).

Page 24: Relatório - Reforço contínuo e extinção de um comportamento

24

frete para a porta da câmara experimental o rato ergue-se sobre as duas patas traseiras,

usa a fresta entre a porta e o teto da caixa como apoio, com as patas dianteiras firmes na

fresta, passa a apoiar as patas traseiras na porta da caixa, escalando-a; o outro tipo é

lamber a porta da caixa de Skinner; e ocorreu também farejar a fresta entre a porta e o

teto da caixa. Notamos que estes tipos de RE ocorreram com a finalidade de sair da

câmara experimental, sendo que a primeira RE especificada aconteceu com mais

frequência.

No gráfico acima podemos observar a grande queda na taxa de RPB na primeira

sessão de Extinção, o que se repetiu (de forma menos drástica) nas sessões seguintes.

Sendo a taxa dos últimos 10 min. menor que 1 nas sessões dois e três.

Figura 13. Taxas de Resposta de Pressão a Barra (RPB) em intervalos de

dez minutos, nas sessões de Extinção (EXT).

Page 25: Relatório - Reforço contínuo e extinção de um comportamento

25

No gráfico da figura 14 é notória como a atividade exploratória do sujeito

aumenta, em comparação com as sessões de Nível Operante e de CRF’s. Ao analisar as

elevadas taxas das classes Farejar, Andar e Ergue-se observamos também a variedade

do repertório do sujeito, além das Respostas Emocionais descritas anteriormente.

Notamos ainda, que a taxa da Resposta de limpeza cai consideravelmente em relação as

sessões de CRF, como já foi visto anteriormente.

Figura 14. Todos os comportamentos apresentados pelo sujeito, sessão por sessão de

extinção. RPB=resposta de pressão a barra; A=andar; E=erguer-se; F=farejar;

L=Respostas de limpeza; Def=Defecação; P=Ficar parado; C= Coçar-se; R=Roer;

RCB=Resposta de contato a barra; RCBe=Resposta de contato com o bebedouro;

M=micção; RE=Resposta emocional; La=lamber.

Page 26: Relatório - Reforço contínuo e extinção de um comportamento

26

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CATANIA, A. C. (1999). Aprendizagem: Comportamento, linguagem e

cognição. 4ª edição. Porto Alegre: Artmed.

KANTOWITZ, B. H. Psicologia Experimental: psicologia para compreender a

pesquisa em psicologia. São Paulo: Thomson Learning Edições, 2006.

MILLENSON, J. R. (1975). Princípios de análise do comportamento. Brasília:

Coordenada.

Page 27: Relatório - Reforço contínuo e extinção de um comportamento

27

6. ANEXOS

ANEXO 1

FOLHA DE REGISTRO

FASE 1 – MEDIDA DO NÍVEL OPERANTE

Alunas(os): Liandra Picanço e Narayane Farias Sujeito: Ronny

Data: 03.10.2013 Horário de início: 15:10 Término: 15:30

Minutos RPB’s acumuladas

Outras classes de respostas

1 A, E, A, E, E, A, F, E, A, E, A, F, F, E

2 E, F, F, F, P, L, P, D, L, L

3 L, L, E, Def, F, F, P, F, A, F, A

4 P, Def, R, F, A, F, P, A, E, E

5 A, F, E, F, E, A, F, E, F, E, E, E, E, A, F

6 F, A, F, F, F, F, F, A, F, RCB, E, A, F, E

7 F, A, L, P, F, L, F, E, F, P

8 A, F, L, L, L, L, L, E, F

9 1 F, F, R, RCBe, RCB, E, A, E, F, A

10 F, E, A, E, P, L, L, E, P, A, F, E, A, F

11 F, E, E, A, F, A, F, P, A, F, P

12 A, P, A, F, P, F, A, C

13 F, L, A, F, A, F, A, F, L, L, E, A

14 E, F, L, F, L, P, F, F, F

15 A, F, RCBe, F, F, A, F, A, F, P, A, P

16 2 A, E, F, A, C, RCBe, A, F, RCB, RCBe, A, E, A

17 L, P, A, P, F, A, F, A, L, E, L, L, P, E

18 A, F, P, A

19 P, F, P, A, F, P

20 P, F, A, F, C

Page 28: Relatório - Reforço contínuo e extinção de um comportamento

28

ANEXO 2

FOLHA DE REGISTRO

FASE 2 – TREINO AO BEBEDOURO

Alunas(os): Liandra Picanço e Narayane Farias Sujeito: Ronny

Data: 04.10.2013 Horário de início: 16:11 Término: 16:41

Tentativas TR Min. Outras respostas

1 11 1 F A E A F E A F F E A A E A F F E A Def E F F D

2 7 2 E A E F A F E RCB E A F F P Def L F P F P

3 2 3 P F A F A P A F E A F F F P

4 2 4 P F A F A P F A F E A F P F L L

5 3 5 L L L P L E F A F A F F P

6 3 6 E F A F F F S F E F A F E P F

7 4 7 P F P F F A F E R A F E

8 2 8 F P F P

9 1 9 P

10 1 10 F P A F F F E F A F A F F F F

11 1 11 E F F F E F F L E F A F F

12 2 12 E A F A F A F F RCB E E A F P L F F

13 1 13 E A F P F P F E A F P

14 1 14 F P A F P

15 1 15 P

16 2 16 F P F F P

17 5 17 * P F P F A F F F L F

18 1 18

19 3 19

20 2 20

21 1 21 L

22 2 22

23 1 23 L

24 1 24 L A F L L L L L E

25 2 25 RCBe E RCB A L E

26 1 26 F RCBe L E

27 1 27 A E F L F RCBe E A F L L L L

Page 29: Relatório - Reforço contínuo e extinção de um comportamento

29

28 1 28 L L L L L L

29 1 29 L L F E E A E F RCB

30 2 30 E A F L E A E A F E F A F P

31 3

32 2

33 2

34 1

35 1

36 1

37 1

38 2

39 10

40 10

41 1

42 2

43 3

44 5

45 1

46 1

FASE 2 – TREINO AO BEBEDOURO – II SESSÃO

Alunas(os): Liandra Picanço e Narayane Farias Sujeito: Ronny

Data: 08.10.2013 Horário de início: 16:01 Término: 16:04

Tentativas TR Min. Outras respostas

1 2 1

2 2 2

3 3 3

4 2

5 2

6 3

7 3

8 2

9 2

Page 30: Relatório - Reforço contínuo e extinção de um comportamento

30

ANEXO 3

FOLHA DE REGISTRO

FASE 3 - MODELAGEM - I SESSÃO

Alunas(os): Liandra Picanço e Narayane Farias Sujeito: Ronny

Data: 08.10.2013 Horário de início: 16:05 Término: 16:31

Resposta reforçada

Instante (cronômetro)

Número e sequências de Reforços (1, 2...)

Observações

Direcionar para barra

5:14 1 2 3 No instante 12:08 houve RPB

Pegar na barra 12:09 1 2 RPB no instante 14:46, longo tempo

sem responder Direcionar para

barra 15:07 1 2 3 4 5

Farejar a barra 16:22 1 2 3 4 5 6 7

Pegar na barra 24:06 1 2 RPB no instante 24:30

RPB 24:31 Pressionou a barra, mas não bebeu a água

Pegar na barra 27:27 1 2 Intervenção no instante 28:00

Page 31: Relatório - Reforço contínuo e extinção de um comportamento

31

FASE 3 - MODELAGEM - II SESSÃO

Alunas(os): Liandra Picanço e Narayane Farias Sujeito: Ronny

Data: 10.10.2013 Horário de início: 15:15 Término: 15:30

Resposta reforçada

Instante (cronômetro)

Número e sequências de Reforços (1, 2...)

Observações

Farejar a barra 00:01 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Pegar na barra 2:29 1 2 3 4 5 6 7 8

RPB 4:28 1 2 3 Longo intervalo de tempo sem responder

Pegar na barra 7:42 1 2 3 4 5 6 7 8

RPB 10:14 1 2 3 4 5

FASE 3 - MODELAGEM - III SESSÃO

Alunas(os): Liandra Picanço e Narayane Farias Sujeito: Ronny

Data: 11.10.2013 Horário de início: 15:05 Término: 15:15

Resposta reforçada

Instante (cronômetro)

Número e sequências de Reforços (1, 2...)

Observações

Pegar na barra 00:01 1 2

RPB 7:17 1 2 3 4 5 6

Page 32: Relatório - Reforço contínuo e extinção de um comportamento

32

ANEXO 4

FOLHA DE REGISTRO

FASE 4 - REFORÇAMENTO CONTÍNUO – I SESSÃO

Alunas(os): Liandra Picanço e Narayane Farias Sujeito: Ronny

Data: 10.10.2013 Horário de início: 15:30 Término: 15:45

Min RPB’s acumuladas

Outras classes de respostas

1 0 F A F E A F F E F A E F E A F A RCBe F F E RCBe A F E A F AF E F E F F

2 0 E F F A F L F A F F F F A F A F E F E F F F A F A F A F F F C

3 0 C A F A F F A RCBe E F E F A F A F F F 4 0 E F F A F RCBe RCB RCBe RCB RCBe F A F F E F F F A F F

E A F F F L 5 0 L L L L L F L L L L L L L F E F A F L F L 6 0 L L E F F A F E A E F E A E A F F A RCBe RCB RCBe E 7 0 RCB RCBe E RCBe F A F F F E F F A F A RCBe C C F RCBe

F RCBe E RCBe E 8 0 F A F F C F F A F C F F F A F F F F F L L 9 0 L L L L F E A F L L L E F A F F F A F RCBe F RCBe F F 10 0 F F F RCBe F E A F E A F C F E F F A RCBe F RCBe 11 0 RCBe RCBe RCBe RCB RCBe F RCBe RCBe RCB A F F F F

E 12 0 F A F RCBe F E F F E F RCBe L L L L L L L L L 13 0 L L L L L L L L L L L L L F F F 14 0 F F A F E F F E F F E A C F F A F F F RCBe F F 15 0 RCBe F A F F E F A F RCBe RCBe F E RCBe F A F E F E F A

F F F E F 16 0 F F A F F F F A F F F A RCBe F RCBe F F A F F F 17 0 A F F E F F E F F A F A F E F RCBe F AF A F F E F F A

RCBe 18 0 F F RCBe F F F F F A F F A F F A F F F A F F F E F F A F F F 19 0 F A F F F F F P F E RCBe A F F E 20 0 FA F A F F F F P A F E F A F F F

Page 33: Relatório - Reforço contínuo e extinção de um comportamento

33

FASE 4 - REFORÇAMENTO CONTÍNUO – II SESSÃO

Alunas(os): Liandra Picanço e Narayane Farias Sujeito: Ronny

Data: 11.10.2013 Horário de início: 15:17 Término: 15:37

Min RPB’s acumuladas

Outras classes de respostas

1 6 RCB RCBe 2 13 L L L 3 21 RCB RCBe RCB RCBe RCB RCBe 4 26 L L L RCB RCBe RCB RCBe 5 33 F RCB RCBe RCB RCBe L L L L 6 33 L L L A L L A E A F RCBe 7 38 RCB L 8 43 L RCBe L L C A E N 9 43 A E A F F A F E A F E F A E A E F A

10 46 E F A C L C E F F A E A A E A E 11 46 F E A E F F A E A E 12 48 E A L F F A F A F F Def P F 13 48 F A C P Def F Def E F E Ca A E F F 14 48 E F A E E A F C A F A F E 15 54 A E RCBe L A F F F F P F 16 54 E A E F A C F L E A E F F F F A E A F 17 54 E F F A F F L A L L A F RCBe P E 18 55 A F F E F A F F A F F E A F E 19 55 F A E A E F A F E F F E A F F E A E 20 55 A E F F E F A E A F E F F F A E

Page 34: Relatório - Reforço contínuo e extinção de um comportamento

34

FASE 4 - REFORÇAMENTO CONTÍNUO – III SESSÃO

Alunas(os): Liandra Picanço e Narayane Farias Sujeito: Ronny

Data: 16.10.2013 Horário de início: 15:40 Término: 16:00

Min RPB’s acumuladas

Outras classes de respostas

1 8 RCBe F A A F E A F RCBe RCB 2 18 RCB RCBe RCB RCBe RCB RCBe RCB RCBe RCB RCBe 3 27 RCB RCBe RCB RCBe RCB RCBe RCB RCBe 4 33 L L F RCB L RCB RCBe RCB 5 39 RCBe RCB L 6 41 L A E F A L L L L L A F RCBe RCB A F A F F E C L 7 45 E F E RCBe RCB E RCBe A C F A L E A F E REBe RCB 8 51 RCB RCBe RCB L L L L L 9 52 L L L L L L L RCBe RCB 10 58 L A L L L L L L A F E A F RCBe 11 60 F RCBe RCB C L A RCBe A F A F A F E F 12 61 F A E A F RCBe F A E F E RCBe A F F A F F E F 13 70 F A F E A RCBe F E F E RCBe F E A F F A F F E F 14 72 A F E A RCBe 15 72 A F E RCB F E 16 73 A F A F C E N F E RCBe A F C L C L L 17 73 L L L L L L L L L E F E A F E 18 73 A F E F A F F E A F E A F F E F A F RCBe E 19 74 A F A F A A E F E A E F F E A F A RECBe A 20 74 A F E A E A RCB F E RCBe F A F E RCBe A E A F

Page 35: Relatório - Reforço contínuo e extinção de um comportamento

35

ANEXO 5

FOLHA DE REGISTRO

FASE 5 – EXTINÇÃO – I SESSÃO

Alunas(os): Liandra Picanço e Narayane Farias Sujeito: Ronny

Data: 17.10.2013 Horário de início: 15:50 Término: 16:12

Min RPB acum

RCB acum

Outros comportamentos

1 10 0 L F E F A F A EA RCBe RCBe RCBe 2 41 1 RCBe RCBe F A E F E A F RCBe F E RCBe RCBe 3 56 1 RCBe E RCBe A F RCBe RCBe RCBe A F E A RCBe F

RCBe A F A F RCBe A E F RCBe 4 56 1 RCBe RCBe A F E A F E A F RCBe A A F A RCBe A E

RCBe A F E A F A 5 60 3 F F E A RCBe RCBe A F A F RCBe RCBe A E A F A E AF

RCBe A F F 6 60 3 E A F RCBe A A RCBe RCBe A F F A F A F RCBe F F 7 60 3 F A E A E A F RCBe A F E F A A F E A E RE 8 62 4 A RCBe A E A F A E A RCBe A E RE A RCBe F E A RCBe 9 62 4 E A E A E A A A F F F E A E RCBe A F E A E A E A A F A

F F 10 62 4 A F A F F A F A F E A F E A A E A F E A E F A F A F A F

A F E 11 62 4 F A F F E A F A E A F E A E F E A E A E A F E A F A F E F

RCBe F 12 63 9 A F F R RCBe RCBe F RCBe RCBe L L RCBe RCBe A E A 13 69 13 F RCBe RCBe N RCBe A F A F RCBe F F A F F F E A A F F

A F F RCBe A E Ca E F A F A F F E 14 69 14 A F E A RCBe A E A F A F V F RCBe F RCBe A F E A F E

F E A F A F F 15 69 14 A F F A F F E A F A RCBe F E A F E A F F E A E A F F A F

A E A F 16 69 14 F A F A F F R A F A F A A E A F RCBe F RCBe A F 17 69 14 E A F E A F A F F A E A F F F F F F R C RE 18 69 14 RE L RE F A RE A E F A E A F F 19 69 14 F F F F A F A E RCBe F E F E A F A E A A F E F A F 20 72 16 F A E F F F A F F F A E F A F A F E F A F RCBe A A E A

A E

Page 36: Relatório - Reforço contínuo e extinção de um comportamento

36

FASE 5 – EXTINÇÃO – II SESSÃO

Alunas(os): Liandra Picanço e Narayane Farias Sujeito: Ronny

Data: 18.10.2013 Horário de início: 15:40 Término: 16:00

Min RPB acum

RCB acum

Outros comportamentos

1 9 5 RCBe E RCBe A L E A F RCBe RCBe A F E A E A RCBe E A E A F F E A A

2 21 8 A RCBe F RCBe F RCBe RCBe RCBe E A F A RCBe A E F RCBe E A E F A F E

3 24 12 RCBe A F E A F E A F RCBe F RCBe F E F F E A F F E F A F RCBe E A E

4 24 12 A E A F E A F E F E A F E A F F E A F F AF RCBe A E F A F E

5 24 12 F F F E F A F E A F F F E A F F A E F F E F E A F E A E F A F E A E A

6 24 12 E A F E F E A E A F A F A F E A F A E A F A E A F F E A E

7 25 14 F A F A F RCBe A E A F F F A E A RCBe A RE A E A E F A F A E

8 25 14 RCBe A A F E A F A F A E A F A E F A F RCBe A E A E F F A E A RCBe A F A

9 26 14 E A F A E A F A E A E F E A E R A F A E A F A E A F A F A E A E

10 28 16 A F A F F RCBe E A E A A E A E A F RCBe RCBe E A F F A E A E F A

11 28 16 E F E F A F A F F F E A F E F F F E RCBe A F A F A F A F E F

12 28 17 A F A F E A E F A E F A E A E F F A E F F E F E F F A E 13 28 17 F A A F E A E A E A E F E A E F A E A RE Ca A F A E A E

A E F A 14 28 18 A F A E A E F A E F A F E A E A F F E A E A RCBe A E F

A 15 28 18 E A A F E A E RE RCBe A F F F E A F F E F A F RCBe F F 16 29 20 F E RCBe E A F F F A F E A E A F E A E F A E F F A A F E

A E A RCBe A E A F 17 29 20 A E F A F A F E F A E A F F A F RE F A F E F F A F E A F

F RE A F A F 18 29 20 E A F E A F A F F F A F F A F F A E E F AF E A RCBe A 19 30 21 F A E A L L L F E F F A F RCBe F F A F A F E A E F E F

RCBe F RCBeA E F F E 20 30 21 A E F A F E A F RCBe F E A E A E F A F F F A F A F F F E

F A RCBe E A E A E A E

Page 37: Relatório - Reforço contínuo e extinção de um comportamento

37

FASE 5 – EXTINÇÃO – III SESSÃO

Alunas(os): Liandra Picanço e Narayane Farias Sujeito: Ronny

Data: 21.10.2013 Horário de início: 15:10 Término: 15:30

Min RPB acum.

RCB acum.

Outros comportamentos

1 10 3 A F E RCBe A F E A E A RCBe RCBe A E A F E A RCBe RCBe A E F RCBe

2 12 5 L L L F RCBe F E F RCBe A E F A F F F A RCBe F E A E A E F F E A E

3 12 5 A F RCBe F A E A E A F E F E A E A F F E A E A F E A F E A F F E A F

4 13 6 E A F F F A E F F A F F F RCBe E A F F E A F F E A E A F F F A F E A F A E

5 13 7 A E A RCBe A F M F F A F A E A F F A E A E A F E F E F F A F E

6 13 7 F E A F E A F E A F F A F F E F E A E A F F E A F P F E F 7 13 7 F F E A F RCBe F A E A E F E F A F E A F A F F F E F A F

F E F E 8 14 9 F F F A F F E F A F F F A F E A F E A E A F La RCBe A F

A F F 9 14 9 F E F F E F A F F RCBe F FA F F E F F F E F F E F A F La F

F A RCBe 10 14 10 L C RCBe E F E A F E A F RCBe A F E A F E F E F A F F

RCBe E A F A E A E 11 14 10 A E A E A E A E A F E F E F A F A E A E A E 12 14 10 A E F A F A E F A E F A F F E A E A E F F A E A E F A E

A E F E 13 14 10 A E F E A F A F A E A E F A E A F RE A F E F 14 14 10 E A F A F E F A F F E A F E A E A F E A E A E F A E A F E 15 14 10 A E F E F F E A RE A E A E A E A F E A E F A E F F F E F 16 14 10

F A E A E F F A E F E A E F F F E A F E A E A E F E F E F

A F 17 16 10 F F A RCBe E A L F E A E F F E A RE A E A E A E A F F E

A F E 18 16 10 F F E F F F E F F E A E F E A F E A F F E A F A F F A F E 19 16 10 F A F A E F F E A E A E F F E F F E F F A E A E A E 20 16 10 F E A F E A F E A E F E F E F E A E A F E A E A E F E A E

F