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Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 2/90
Ficha Técnica
TÍTULO
Provas de Aferição − Ensino Básico
Relatório Nacional: 2016 e 2017
DIREÇÃO
Helder Diniz de Sousa
Sandra Pereira
COORDENAÇÃO
Paula Simões
Maria Teresa Castanheira
AUTORIA
Coordenadores e autores das Provas de Aferição de 2016:
1º CEB − Português e Estudo do Meio; Matemática e Estudo do Meio
2º CEB − Português; Matemática
3º CEB − Português; Matemática
Coordenadores e autores das Provas de Aferição de 2017:
1º CEB − Português e Estudo do Meio; Matemática e Estudo do Meio; Expressões Artísticas; Expressões Físico-Motoras
2º CEB − História e Geografia de Portugal; Matemática e Ciências Naturais
3º CEB − Português; Ciências Naturais e Físico-Química
SUPORTE TÉCNICO
Ana Farrajota
Catarina Lains
Paulo Faria
Paulo Tapadas
PAGINAÇÃO
Ana Celina Silva
EDIÇÃO
Instituto de Avaliação Educativa, I. P.
ISBN
978-989-99741-6-6
Maio de 2018
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 3/90
Índice
Introdução .............................................................................................................................................................. 6
1. Resultados Nacionais por Item, em 2016 ........................................................................................................... 7
Português – 1º CEB ............................................................................................................................................ 7
Compreensão do Oral .................................................................................................................................... 7
Leitura ............................................................................................................................................................ 7
Gramática ....................................................................................................................................................... 9
Escrita ........................................................................................................................................................... 10
Matemática – 1º CEB ....................................................................................................................................... 11
Números e Operações................................................................................................................................... 11
Geometria e Medida ..................................................................................................................................... 13
Organização e Tratamento de Dados ............................................................................................................ 14
Estudo do Meio – 1º CEB ................................................................................................................................. 14
À Descoberta de Si Mesmo ........................................................................................................................... 14
À Descoberta dos Outros e das Instituições ................................................................................................. 15
À Descoberta do Ambiente Natural .............................................................................................................. 15
À Descoberta das Inter-relações entre Espaços ............................................................................................ 15
À Descoberta dos Materiais e Objetos .......................................................................................................... 15
Português – 2º CEB .......................................................................................................................................... 16
Compreensão do Oral ................................................................................................................................... 16
Leitura ........................................................................................................................................................... 16
Gramática ...................................................................................................................................................... 19
Escrita ............................................................................................................................................................ 20
Matemática – 2º CEB ....................................................................................................................................... 21
Números e Operações................................................................................................................................... 21
Geometria e Medida ..................................................................................................................................... 23
Álgebra .......................................................................................................................................................... 25
Organização e Tratamento de Dados ............................................................................................................ 26
Português – 3º CEB ........................................................................................................................................... 26
Compreensão do Oral ................................................................................................................................... 26
Leitura ........................................................................................................................................................... 27
Gramática ...................................................................................................................................................... 29
Escrita ............................................................................................................................................................ 29
Matemática – 3º CEB ......................................................................................................................................... 31
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 4/90
Números e Operações................................................................................................................................... 31
Geometria e Medida ..................................................................................................................................... 31
Funções, Sequências e Sucessões ................................................................................................................. 32
Álgebra .......................................................................................................................................................... 33
Organização e Tratamento de Dados ............................................................................................................ 34
2. Resultados Nacionais por Item, em 2017 ......................................................................................................... 34
Português – 1º CEB ........................................................................................................................................... 34
Compreensão do Oral ................................................................................................................................... 34
Leitura e Iniciação à Educação Literária ........................................................................................................ 35
Texto não literário ......................................................................................................................................... 35
Texto literário ................................................................................................................................................ 36
Gramática ...................................................................................................................................................... 37
Escrita ............................................................................................................................................................ 38
Matemática – 1º CEB ........................................................................................................................................ 40
Números e Operações................................................................................................................................... 40
Geometria e Medida ..................................................................................................................................... 42
Organização e Tratamento de Dados ............................................................................................................ 43
Estudo do Meio – 1º CEB ................................................................................................................................. 44
À Descoberta de Si Mesmo ........................................................................................................................... 44
À Descoberta dos Outros e das Instituições ................................................................................................. 45
À Descoberta do Ambiente Natural .............................................................................................................. 45
À Descoberta das Inter-relações entre Espaços ............................................................................................ 45
À Descoberta dos Materiais e Objetos .......................................................................................................... 45
Expressões Artísticas – 1º CEB .......................................................................................................................... 46
Educação e Expressão Musical ...................................................................................................................... 46
Educação e Expressão Dramática .................................................................................................................. 46
Educação e Expressão Plástica ...................................................................................................................... 47
Expressões Físico-Motoras – 1º CEB ................................................................................................................. 48
Deslocamentos e equilíbrios ......................................................................................................................... 48
Perícias e manipulações ................................................................................................................................ 49
Jogos infantis ................................................................................................................................................. 50
História e Geografia de Portugal – 2º CEB ........................................................................................................ 50
A Península Ibérica: Localização e Quadro Natural ...................................................................................... 51
A Península Ibérica: dos primeiros povos à formação de Portugal .............................................................. 52
Portugal: do século XII ao século XVII .......................................................................................................... 53
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 5/90
Competências transversais .......................................................................................................................... 54
Matemática e Ciências Naturais – 2º CEB ........................................................................................................ 54
Ciências Naturais ........................................................................................................................................... 55
Diversidade dos seres vivos e suas interações com o meio .......................................................................... 55
Materiais terrestres ...................................................................................................................................... 56
Matemática ................................................................................................................................................... 56
Números e Operações................................................................................................................................... 56
Geometria e Medida ..................................................................................................................................... 58
Álgebra .......................................................................................................................................................... 59
Organização e Tratamento de Dados ............................................................................................................ 59
Ciências Naturais e Físico-Química – 3º CEB ................................................................................................... 60
Terra no espaço ............................................................................................................................................. 60
Terra em transformação ............................................................................................................................... 61
Sustentabilidade na Terra ............................................................................................................................. 62
Componente Experimental ........................................................................................................................... 64
Português – 3º CEB ........................................................................................................................................... 65
Compreensão do Oral ................................................................................................................................... 65
Leitura e Educação Literária .......................................................................................................................... 66
Leitura de texto não literário ........................................................................................................................ 66
Leitura de texto literário .............................................................................................................................. 66
Gramática ...................................................................................................................................................... 67
Escrita ............................................................................................................................................................ 68
Conclusão ............................................................................................................................................................... 70
Anexos .................................................................................................................................................................. 72
Anexo A – Caracterização das Provas (2016 e 2017) ............................................................................................ 72
Anexo B – Domínios Cognitivos (REPA – 2017) .................................................................................................... 75
Anexo C – Domínios e Subdomínios .................................................................................................................... 79
Anexo D – Resultados 2016 E 2017 ..................................................................................................................... 85
Resultados 2016 ................................................................................................................................. 85
Resultados 2017 ................................................................................................................................... 87
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 6/90
Introdução
Em 2016, é implementado, no sistema da avaliação externa em Portugal, o modelo integrado de
avaliação das aprendizagens no ensino básico1, que se traduz na realização de Provas de Aferição em
fases intermédias dos 1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico (CEB). Este modelo substituiu as Provas
Finais, que se realizavam no último ano do 2º CEB desde 2012, e no último ano do 1º CEB desde
2013, dando, assim, lugar à realização de Provas de Aferição no 2º ano do 1º CEB, no 5º ano do 2º
CEB e no 8º ano do 3º CEB.
Os principais elementos distintivos deste novo modelo são os seguintes:
uso diagnóstico e formativo dos resultados, preconizando uma relação mais profunda entre a
avaliação externa e a avaliação interna;
promoção de uma intervenção atempada e mais eficaz no percurso escolar dos alunos,
sustentada na devolução às famílias, às escolas e aos professores de informação detalhada
sobre o desempenho de cada aluno através de relatórios de cariz qualitativo que retratam
em que medida as aprendizagens foram ou não demonstradas;
alargamento do objeto de avaliação, passando a estar sujeitas a avaliação externa todas as
áreas do currículo2;
conceção de «provas híbridas», isto é, provas que têm como referencial um constructo
pluridisciplinar, permitindo, desta forma, a afirmação da transversalidade do saber e colocar
a avaliação externa ao serviço de um ensino promotor de aprendizagens transdisciplinares e
integradoras de saberes tradicionalmente espartilhados numa única área disciplinar.
O presente relatório constitui uma primeira oportunidade para apresentar à comunidade educativa o
trabalho desenvolvido pelo Instituto de Avaliação Educativa, I.P. (IAVE), mostrando-se o caminho
percorrido nos dois primeiros anos de aplicação destas provas, consubstanciados pela divulgação dos
resultados obtidos, por item, em cada uma provas aplicadas. No final apresentam-se algumas
conclusões possíveis sobre os desempenhos a partir da análise dos resultados globais por item.
Incluem-se também diversos anexos com a caracterização das provas e a identificação dos domínios
(cognitivos e de conteúdo) e subdomínios avaliados, sendo igualmente disponibilizados os resultados
nacionais por disciplinas/domínio e ano de aplicação.
No documento complementar «Provas de Aferição – Metodologia» será apresentada a metodologia
de conceção das Provas de Aferição e dos respetivos critérios de classificação bem como a
metodologia de conceção dos relatórios – Relatório Individual do Aluno das Provas de Aferição (RIPA)
e Relatório de Escola e de Turma das Provas de Aferição (REPA).
1 Decreto-Lei nº 17/2016, de 4 de abril; Despacho Normativo nº 1-F/2016, de 5 de abril.
2 As Provas Finais de Ciclo e, antes, as Provas de Aferição (2000-2012) estiveram sempre confinadas às disciplinas/áreas disciplinares
de Português e de Matemática.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 7/90
1. Resultados Nacionais por Item, em 2016
Português – 1º CEB
A prova de Português e Estudo do Meio do 2º ano (código 25) foi constituída por 20 itens. Destes
itens, quatro tinham como objeto conhecimentos e competências no âmbito do Estudo do Meio. Os
dezasseis itens restantes incidiam nos domínios curriculares da disciplina de Português:
Compreensão do Oral, Leitura, Gramática e Escrita. Apresentam-se os resultados por domínio
curricular.
Compreensão do Oral
Os quatro primeiros itens da prova avaliavam o domínio da Compreensão do Oral e tiveram como
suporte a audição de um diálogo entre mãe e filho. Os itens 1., 2. e 4., de escolha múltipla, avaliavam
a capacidade de interpretação do texto; o item 3., de escolha múltipla complexa, avaliava a
capacidade de reter informação apresentada no texto.
Muito embora a percentagem de respostas corretas seja elevada (entre 67% e 87% de respostas
corretas), é de assinalar a significativa percentagem de alunos que respondeu de forma incorreta a
dois dos itens que avaliavam a capacidade de interpretação: 33% ao item 2., e 23% ao item 4. Estes
resultados parecem indiciar que os alunos têm alguma dificuldade em interpretar o que ouvem
(item 2.) e em relacionar o discurso oral com a sua representação através de imagens (item 4.).
No item 2., os alunos deveriam concluir que a conversa se tinha passado num sábado, uma vez que,
no texto, é referido que no dia seguinte é domingo. No item 4., deveriam optar pela imagem que
apresenta as duas personagens e uma lua em fundo escuro vista da janela, uma vez que, no texto,
é referido que é hora de jantar.
No que se refere à localização da informação necessária para responder (item 3.), 33% dos alunos
não conseguiram recuperar, a partir das audições do texto, os quatro alimentos que a mãe sugeriu
para o piquenique: 16% identificaram apenas dois ou três alimentos e 17% deram outra resposta.
Leitura
O domínio da Leitura foi avaliado por seis itens, os quais tinham como suporte um texto literário
(narrativo). No Gráfico 1, apresenta-se a percentagem de respostas integralmente corretas aos itens
que incidiam neste domínio.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 8/90
Gráfico 1 – Leitura de texto literário
Os itens 6. e 7. avaliavam a capacidade de localizar informação explícita. A generalidade dos alunos
não revelou dificuldades na resposta a estes itens; ainda assim, 16% responderam de forma incorreta
ao item 6., enquanto 9% associaram corretamente duas das três ações aos respetivos animais, sem
que seja possível inferir que tenham tido mais dificuldade em identificar a ação dos tigres do que a
ação dos outros animais. No item 7., apenas 17% dos alunos assinalaram uma opção incorreta.
Os itens 8., 9., 10. (de escolha múltipla) e 11. (de resposta restrita) avaliavam a capacidade de
interpretar o texto e de refletir sobre o seu conteúdo. Verifica-se que, com exceção do item 8., o qual
requeria a leitura e a síntese da informação explícita presente no texto, os alunos manifestaram
muitas dificuldades. No item 9., a resposta pressupunha a compreensão dos sentimentos das
personagens: apenas 36% dos alunos selecionaram a opção correta e 42% selecionaram uma opção
(opção A) contraditória com o sentido do texto.
«[…] Por fim, quando ele propôs que levassem um simpático ursinho de ar pachorrento, o avô pensou um
bocadinho e, ao contrário do que o Gonçalo esperava, só disse:
— Vamos lá ver o que se pode arranjar… [..].»
9. Ao pedir para levar um urso, o Gonçalo estava convencido de que o avô iria
A ‒ pensar um pouco B ‒ aceitar a ideia C ‒ dizer que não
Item 9. da Prova de Aferição de Português e Estudo do Meio, 2º ano (IAVE, 2016)
Também no item 10., apesar de mais de 50% dos alunos terem selecionado a opção correta,
40% selecionaram opções incorretas, o que revela dificuldade em caracterizar uma das personagens.
Quando se exigiu uma inferência implícita a partir da leitura do texto, os resultados mostram que
apenas 19% dos alunos responderam de forma completamente correta e completa (código 20),
e apenas 19% responderam de forma parcialmente correta (código 10). A maioria dos alunos (58%)
deu uma resposta incorreta. A dificuldade deste item foi, assim, elevada e permite, a par da análise
dos resultados nos itens anteriores, concluir que a leitura de texto literário carece de maior
insistência em contexto de sala de aula, organizada por forma a ajudar os alunos a interpretar
contextos, a estabelecer associações entre ideias, a construir e a evocar imagens sobre o que leem,
a construir um raciocínio de compreensão que ultrapasse as referências explícitas.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 9/90
Gramática
No Gráfico 2, apresentam-se os resultados nos itens que incidiram no domínio da Gramática.
Gráfico 2 – Gramática
Tendo em conta que os valores registados mostram que a maioria dos alunos conseguiu responder
corretamente a estes itens, com exceção do item 15. (com 44% de respostas corretas), podem
extrair-se as seguintes conclusões:
a) Os alunos não revelaram, regra geral, dificuldade em identificar, num conjunto de palavras
ouvidas, as sílabas onde determinado fonema se inseria (subitens B, C e D do item 5., com
percentagens de respostas corretas acima de 88);
b) Também não se verificaram dificuldades na distinção entre verbos e adjetivos (subitens A, B,
C e D do item 13.), com percentagens de respostas corretas acima de 82, em três dos quatro
casos apresentados; a conjugação do verbo «saltitar» (subitem B, com 79% de respostas
corretas) pode ter confundido alguns alunos;
c) No que diz respeito à identificação de nomes masculinos (item 12.), a dificuldade aumentou
significativamente: apenas 51% dos alunos identificaram como masculinos os quatro nomes
apresentados (cartaz, mapa, jardim e jornal) numa lista de sete nomes, e 38% dos alunos
terão referido nomes femininos como sendo masculinos;
d) A percentagem de alunos que completou uma lista, colocando quatro palavras por ordem
alfabética (item 14.), foi 61%; neste item, registaram-se 25% de respostas incorretas, o que
indicia dificuldades;
e) Relativamente ao uso de sinais de pontuação (item 15.), apenas 44% dos alunos
completaram corretamente o texto com os cinco sinais de pontuação em falta. No entanto,
39% utilizaram três ou quatro sinais corretamente, ao passo que 6% utilizaram dois sinais de
pontuação corretamente.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 10/90
Escrita
No item que mobilizava competências específicas no domínio da Escrita (item 20.), foi solicitado aos
alunos que, antes de redigirem um texto narrativo, elaborassem o respetivo plano, de acordo com
cinco tópicos orientadores (parâmetro A). O texto foi, por sua vez, classificado de acordo com sete
parâmetros (B, C, D, E, F, G e H). O não cumprimento, nas respostas, dos limites mínimos definidos
para a extensão do texto implicava que não seriam classificadas relativamente aos outros
parâmetros. No Gráfico 3, apresenta-se a percentagem de respostas classificadas com os códigos 30
(desempenho máximo) e 20 (desempenho médio) nos sete parâmetros da Escrita.
Gráfico 3 – Escrita
A análise do Gráfico 3 permite concluir que:
a) A grande maioria dos alunos redigiu um texto dentro dos limites de extensão previstos;
b) Não se verificaram dificuldades na elaboração de um plano de texto: 73% dos alunos
conseguiram registar informação relativa a cinco ou quatro dos tópicos fornecidos no
enunciado, e 16% dos alunos registaram informação relativa a dois ou três desses tópicos;
c) No entanto, à elaboração do plano não se seguiu a elaboração de um texto narrativo em que
esses elementos pudessem ser reconhecidos (parâmetro D, Tipologia): apenas 48% dos
alunos redigiram um texto narrativo com os quatro ou cinco elementos solicitados (quando,
quem, onde, o quê e como), e 32% dos alunos incluíram apenas dois ou três desses
elementos;
d) Também se registaram dificuldades no que respeita ao cumprimento da instrução sobre o
tema do texto (parâmetro C, Tema): apenas 32% dos alunos conseguiram escrever um texto
contando como dois exploradores perdidos na selva descobriram o caminho para casa,
enquanto 22% escreveram um texto com desvios temáticos. Os valores registados nos
parâmetros C e D permitem afirmar que será necessário insistir em tarefas de escrita
orientada;
e) Quase 50% dos alunos redigiram um texto coerente e com um título adequado, pelo que se
pode inferir que as dificuldades estão relacionadas, antes de mais, com a compreensão das
instruções dos itens;
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 11/90
f) Relativamente ao parâmetro F, Pontuação, se se compararem os desempenhos no item 15.
(ver o tópico Gramática) com os desempenhos no item 20., é possível concluir que o
desempenho dos alunos melhora quando são orientados relativamente ao lugar da
pontuação nos textos. É de notar que apenas 17% dos alunos pontuaram o texto utilizando
adequadamente os sinais de pontuação, e 38% cometeram erros na sua utilização, ainda que
sem infringir regras elementares;
g) Quanto ao Vocabulário (parâmetro G), a maioria dos alunos (67%) utilizou termos adequados
ao contexto, ainda que 34% repetissem desnecessariamente as mesmas palavras;
h) No parâmetro H (Ortografia), é de notar que apenas 43% dos alunos não cometeram erros,
ou cometeram até cinco erros em 50 palavras. A percentagem de alunos que cometeu entre
6 e 10 erros em 50 palavras foi 31%, e 13% dos alunos cometeram entre 11 e 15 erros.
Matemática – 1º CEB
A prova de Matemática e Estudo do Meio do 2º ano (código 26) foi constituída por 19 itens. Destes
itens, quatro tinham como objeto conhecimentos e competências no âmbito do Estudo do Meio. Os
quinze restantes incidiam nos domínios curriculares da disciplina de Matemática: Números e
Operações, Geometria e Medida e Organização e Tratamento de Dados. Apresentam-se os resultados
nos itens que incidiam em cada um destes domínios.
Números e Operações
Os conhecimentos e competências no domínio dos Números e Operações foram avaliados em sete
itens da prova, tanto de seleção como de construção. No Gráfico 4, apresenta-se a percentagem de
respostas integralmente corretas a estes itens.
Gráfico 4 – Números e Operações
No item 1., os alunos tinham de identificar três números pares numa lista de cinco números.
A elevada percentagem de respostas corretas (79%) indicia alguma facilidade relativamente
à identificação de números pares. No entanto, tendo em conta que 17% dos alunos responderam
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 12/90
incorretamente, e que 4% destes alunos assinalaram um número par e um número ímpar, pode
concluir-se que este conteúdo deverá ser objeto de reforço durante a lecionação.
No item 2., que tinha como objeto de avaliação a resolução de um problema envolvendo uma
situação de partilha equitativa e de agrupamento, verificou-se que 66% dos alunos conseguiram
resolver o problema de forma correta. No entanto, é de registar que 25% dos alunos não
conseguiram encontrar uma estratégia para calcular quantos lápis, dos dezoito que tinha em seu
poder, a professora deu a cada um dos três alunos.
O item 3. subdividia-se em três subitens, A, B e C, e avaliava conhecimentos relativos a igualdades
numéricas, envolvendo a adição de números naturais. Nos dois primeiros subitens, poucos alunos
revelaram dificuldade numa visão procedimental do sinal de igual (nos subitens A e B, registaram-se
90% e 91% de respostas corretas, respetivamente), mas apenas 44% conseguiram resolver de forma
correta o subitem C (visão relacional do sinal de igual). É de registar ainda que 33% dos alunos
responderam, incorretamente, «12». Apresenta-se o item em causa.
Item 3. da Prova de Aferição de Matemática e Estudo do Meio, 2º ano (IAVE, 2016)
Tendo em conta os resultados, pode concluir-se que os alunos devem continuar a ser confrontados
com situações que permitam explorar o sinal de igual, estabelecendo uma relação de igualdade entre
os valores apresentados de ambos os lados, passando de uma visão procedimental (a seguir ao sinal
de igual coloca-se o resultado) para uma visão relacional.
Nos itens que tinham como objeto de avaliação os conhecimentos sobre frações, os resultados
mostraram dificuldades em identificar as frações correspondentes a pontos de uma semirreta: pouco
mais de 50% dos alunos responderam corretamente aos quatro subitens que constituíam o item 4., e
a percentagem de alunos que deu uma resposta incorreta é superior a 40%. A dificuldade foi ainda
maior quando tiveram de identificar 1
3 de uma unidade numa figura (item 5.): apenas 27% dos alunos
conseguiram responder corretamente; 39% dos alunos distinguiram 1
3 de
1
4 , mas não distinguiram
entre a unidade dividida em três partes equivalentes e a unidade dividida em três partes não
equivalentes. O subdomínio dos números racionais não negativos é, assim, o subdomínio no âmbito
do domínio dos Números e Operações que carece de maior atenção.
Quanto à determinação dos termos de uma sequência, dada a lei de formação, e da lei de formação,
dada uma sequência de termos (itens 6. e 7.), verificou-se que 68% dos alunos conseguiram escrever
os dois termos seguintes das duas sequências dadas, sendo de registar que 13% conseguiram
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 13/90
completar uma das duas sequências; a dificuldade foi maior no item em que se pedia uma lei
de formação: apenas 52% dos alunos conseguiram determinar uma lei de formação compatível com
a sequência parcialmente fornecida no enunciado do item.
Geometria e Medida
O domínio da Geometria e Medida foi objeto de avaliação em cinco itens. No item 8., avaliava-se o
conceito de perímetro, e, no item 9., solicitava-se a aplicação desse conceito na resolução de um
problema; nos subitens do item 10., solicitava-se a identificação de poliedros (subitens 10.1 a 10.6);
no item 11., avaliava-se o conhecimento de polígonos, e, no item 12., exigia-se a utilização correta
dos elementos relacionados com um paralelepípedo (vértice, aresta e face). No Gráfico 5, regista-se a
percentagem de respostas integralmente corretas a estes itens.
Gráfico 5 – Geometria e Medida
A partir da leitura do Gráfico 5, pode afirmar-se que:
a) A grande maioria dos alunos (75%) conseguiu determinar o perímetro de um retângulo
(item 8.); é de registar que alguns alunos (3%) determinaram a área do polígono, em vez do
seu perímetro;
b) A maior parte dos alunos mostrou saber identificar polígonos quanto ao número de lados
(item 10., com 77% de respostas corretas). De registar que as maiores dificuldades estão
relacionadas com o quadrilátero côncavo, dado no subitem 10.3., que 15% dos alunos
identificaram como triângulo, e com o polígono dado em 10.5., com apenas 60% de
respostas corretas. Relativamente a este último, não foi possível identificar um padrão nas
respostas incorretas;
c) Também não se registam dificuldades na identificação de poliedros: 76% dos alunos
responderam corretamente ao item 11., identificando três poliedros (em seis figuras dadas),
e 4% identificaram corretamente dois desses três poliedros;
d) Apenas 45% dos alunos identificaram corretamente os elementos de um paralelepípedo.
0
20
40
60
80
100
Item 8. Item 9. Item 10. Item 11. Item 12. Item 13.
Percentagem de respostas com código máximo
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 14/90
Estes dados permitem concluir que, no domínio da Geometria e Medida, subsistem algumas
dificuldades relacionadas com conhecimentos essenciais, nomeadamente o conhecimento do
conceito de perímetro e a respetiva aplicação em contexto, bem como a utilização correta dos
termos da geometria, como é o caso de vértice, aresta e face.
Os itens 9. e 13. avaliavam a capacidade de resolver problemas envolvendo, respetivamente, o
perímetro e a medida de uma grandeza (a massa). Mais de metade dos alunos (54%) conseguiu
resolver um problema que envolvia o perímetro de um polígono formado por três quadrados iguais;
contudo, é de registar que a percentagem de alunos que não o conseguiu fazer foi elevada: 39%. De
notar que, destes 39%, 7% não apresentaram as etapas de resolução do problema. Quanto ao item
13., verifica-se que apenas 35% dos alunos responderam corretamente, percorrendo as duas etapas
da resolução. Regista-se que 39% dos alunos responderam incorretamente, e 15% apresentaram
apenas a primeira etapa resolução. A resolução sistemática de problemas que implique a
identificação da informação relevante (leitura e interpretação do enunciado), a utilização de
contextos e estratégias diversificadas, a verificação dos resultados alcançados e a discussão, em
contexto de sala de aula, das estratégias utilizadas e dos resultados obtidos pode contribuir para a
apropriação de diferentes ideias e conceitos matemáticos, bem como para o desenvolvimento da
capacidade de resolução de problemas.
Organização e Tratamento de Dados
O domínio da Organização e Tratamento de Dados foi avaliado por dois itens (14.1. e 14.2.), nos
quais se solicitava a leitura de uma tabela de dados. A percentagem de alunos que conseguiu
responder à questão de determinar o número total de alunos que constava na tabela (item 14.1.) foi
86%, embora mais de 10% dos alunos não tivessem conseguido responder corretamente. A
percentagem de alunos que completou corretamente o gráfico com os dados da tabela foi 90%,
sendo menor do que 5% a percentagem de alunos que registou os dados incorretamente. Nestes
conteúdos parece não haver dificuldades.
Estudo do Meio – 1º CEB
Os conhecimentos e as competências no âmbito de Estudo do Meio foram avaliados em oito itens,
quatro na prova de Português e Estudo do Meio (código 25), e quatro na prova de Matemática
e Estudo do Meio (código 26). Apresentam-se os resultados por referência a cada um dos domínios
avaliados: À Descoberta de Si Mesmo, À Descoberta dos Outros e das Instituições, À Descoberta do
Ambiente Natural, À Descoberta das Inter-relações entre Espaços e À Descoberta dos Materiais
e Objetos.
À Descoberta de Si Mesmo
Neste domínio, os alunos deveriam conseguir estabelecer relações de anterioridade e de
posterioridade, e aplicar estes conhecimentos a uma situação concreta (itens 15. e 16. da prova de
Matemática e Estudo do Meio). A percentagem de alunos que conseguiu identificar corretamente
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 15/90
o dia da semana imediatamente anterior ao sábado (item 15.) foi 86%. Note-se que 7% dos alunos
selecionaram a opção «domingo», o que pode indiciar dificuldades relativamente ao significado de
«anterior». Estas dificuldades tornam-se mais visíveis quando se analisam os resultados obtidos no
item 16.: apenas 50% dos alunos responderam corretamente à questão de saber qual das três
amigas, numa corrida, chegou à meta em último lugar, sabendo que a Lara chegou «antes da Beatriz
e depois da Carolina». Tendo em conta que 35% dos alunos responderam «Carolina» e que 12%
deram outras respostas igualmente incorretas, pode concluir-se que existem dificuldades na
apropriação de uma relação de temporalidade sequencial em situações concretas e que impliquem a
realização de inferências.
À Descoberta dos Outros e das Instituições
No item 18. da prova de Português e de Estudo do Meio, apresentava-se uma situação de conflito
entre colegas: perante duas propostas diferentes de atividades (ir à praia ou ir ao jardim zoológico),
teriam de explicar como poderiam chegar a consenso. Apenas 25% dos alunos conseguiram explicar
como se resolveria a situação, enquanto 32% se limitaram a indicar uma forma de resolver a situação
(por exemplo, por votação ou através do diálogo). A percentagem de alunos que respondeu
incorretamente foi 33%.
À Descoberta do Ambiente Natural
Nos dois itens de escolha múltipla que tinham como objeto de avaliação o conhecimento de
características externas de animais (itens 16. e 17. da prova de Português e Estudo do Meio), a
percentagem de respostas corretas não foi além de 43%: 43% dos alunos selecionaram corretamente
a opção C, «Cauda longa», no item 16., e 42% selecionaram corretamente a opção A, «O tipo de
revestimento», no item 17. A distribuição das respostas pelas restantes opções nos dois itens (item
16.: A – 18%; B – 35%; item 17.: B – 22%; C – 33%) permite concluir que os conhecimentos não estão
consolidados e que este domínio deve ser trabalhado.
À Descoberta das Inter-relações entre Espaços
Os conhecimentos e as competências neste domínio foram avaliados através de um item (item 17. da
prova de Matemática e Estudo do Meio) em que se solicitava o traçado de um itinerário numa
planta, com indicação do ponto de partida e do ponto de chegada. Neste item, a maioria dos alunos
não mostrou qualquer dificuldade: 89% responderam de forma correta, ao passo que 5%
desenharam uma linha de uma casa até à outra.
À Descoberta dos Materiais e Objetos
Os conhecimentos e as competências neste domínio foram avaliados por dois itens: item 18. da
prova de Matemática e Estudo do Meio e item 19. da prova de Português e Estudo do Meio. No
primeiro item, apenas 54% dos alunos selecionaram a opção correta, reconhecendo que a
quantidade de água se mantém constante quando é transferida de um recipiente para um outro
recipiente de forma diferente. A percentagem de alunos que considerou que a garrafa continha mais
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 16/90
água do que o aquário foi 17%. No segundo item, os resultados mostram que apenas 13% dos alunos
conseguiram explicar a experiência retratada nas figuras, tendo escolhido ou pensado na imagem
correta e mostrando saber que a água ocupa espaço e empurra o ar da garrafa. 20% dos alunos
identificaram a imagem que representava a resposta correta à questão, mas sem apresentar uma
justificação completa ou mesmo não apresentando qualquer justificação. De notar que, neste item,
45% dos alunos selecionaram a imagem correta, mas não justificaram a sua escolha de forma
adequada.
Português – 2º CEB
A prova de Português do 5º ano (código 55) foi constituída por 21 itens, que incidiam nos domínios
curriculares da disciplina. Apresentam-se os resultados dos itens que incidiam em cada um dos
domínios: Compreensão do Oral, Leitura, Gramática e Escrita.
Compreensão do Oral
Os quatro primeiros itens da prova, todos de escolha múltipla, incidiam no domínio da Compreensão
do Oral e tinham como suporte a audição de um documentário. Todos os itens avaliavam a
capacidade de reter e de mobilizar informação apresentada no texto.
Os resultados mostram que, na sua maioria, os alunos revelam facilidade na retenção da informação
de um texto ouvido e na mobilização dessa informação para responder a questões que requerem
compreensão e interpretação (a percentagem de respostas corretas variou entre 69% e 84%). No
entanto, registaram-se algumas dificuldades: no item I-2., por exemplo, 26% dos alunos selecionaram
opções relativas à extensão e à altura da serra como características que a tornam especial, sem
terem em conta a informação dada no texto. No item I-3., 13% dos alunos selecionaram a opção que
referia que as lagartas se abrigam nas folhas dos arbustos, ignorando a referência às rosas como local
escolhido pelas lagartas. Também o facto de 17% dos alunos terem selecionado a opção C como
resposta ao item I-4. indicia dificuldades na compreensão do sentido do texto ouvido.
Leitura
O domínio da Leitura foi avaliado através de onze itens, cinco dos quais tinham como suporte um
texto informativo, sendo os restantes seis relativos a um texto literário. As competências mobilizadas
pelos itens de leitura foram: a localização de informação relevante e apresentada de modo explícito;
o estabelecimento de relações entre as informações referidas; a interpretação e a integração de
ideias e de informações; a análise e a avaliação do conteúdo e da linguagem. A percentagem de
respostas integralmente corretas é apresentada nos Gráficos 6 (texto informativo) e 7 (texto
literário).
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 17/90
Gráfico 6 – Leitura de texto informativo
Nos itens que tinham como objeto a leitura de texto informativo, o desempenho dos alunos variou
em função das competências de leitura mobilizadas e da exigência cognitiva dos itens. Os resultados
no item II-1.1., de escolha múltipla (com 77% de respostas corretas), mostram que não foi difícil aos
alunos identificar a intenção comunicativa do texto (divulgar informações), embora não se tratando
de uma informação explícita. Ainda assim, é de registar que 12% dos alunos responderam «transmitir
instruções», o que leva a concluir que a análise da intenção comunicativa dos textos carece de maior
consolidação.
A comparação entre os resultados nos itens II-1.2. e II-1.3., que avaliavam a capacidade de
estabelecer relações entre as informações referidas nos textos, é elucidativa da diferença entre, por
um lado, a leitura de uma informação e a interpretação dessa informação (item II-1.3.) e, por outro, a
leitura de uma informação por referência a informações anteriores (item II-1.2.). No item II-1.3., 71%
dos alunos mostraram compreender o contexto em que surge a palavra «ilusão»; no item II-1.2.,
apenas 15% dos alunos mostraram compreender a relação, estabelecida no texto pela expressão «tal
como», entre o equinócio de primavera e o equinócio de outono quanto à duração da noite e do dia.
A maioria dos alunos (56%) conseguiu reconstituir a cadeia de causa e efeito dada no enunciado
(item II-2.), sem a confundir com a ordem da apresentação das ideias no texto. No entanto, a
percentagem de alunos que não conseguiu fazê-lo (43%) é bastante elevada, podendo inferir-se que
há necessidade de insistir no desenvolvimento desta competência. Também no item II-3., apenas
43% dos alunos conseguiram localizar, na parte do texto referida no enunciado, três aspetos da
natureza que podem ser observados na primavera.
Os resultados nos itens de leitura de texto literário não são inteiramente consistentes com os
resultados registados nos itens de leitura de texto informativo. No Gráfico 7, apresenta-se a
percentagem de respostas integralmente corretas.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 18/90
Gráfico 7 – Leitura de texto literário
O item II-4. mobilizava a capacidade de reconstruir a sequência das ideias do texto a partir da
localização de informação explícita, e 82% dos alunos conseguiram localizar a informação necessária
à elaboração da resposta. Também no item II-5., 88% dos alunos conseguiram identificar a imagem
que retratava a situação descrita no primeiro parágrafo do texto e, no item II-6., 82% dos alunos
conseguiram relacionar corretamente as três passagens do texto com três das cinco palavras que
poderiam caracterizar a personagem em cada momento da ação. É de registar que, neste item, 13%
dos alunos fizeram duas associações corretas. O desempenho no item II-8. foi igualmente
satisfatório, com 72% de respostas que continham a identificação correta do recurso expressivo
(enumeração) utilizado para mostrar que uma personagem era muito culta, não obstante 18% dos
alunos terem selecionado a opção «personificação».
Os desempenhos foram mais fracos nos dois itens que exigiam a interpretação e a integração das
ideias do texto, nomeadamente os itens II-7. e II-9. No item II-7., era pedido aos alunos que
apresentassem informação do texto que mostrasse de que forma a personagem manifestou a sua
fúria e de que forma mostrou depois já não estar furiosa. O item requeria, assim, interpretação e
integração das ideias do texto. Apenas 33% das respostas foram classificadas com o código máximo
(20), registando-se 50% de respostas classificadas com o código 10. A percentagem de respostas
incorretas foi 12%. No item II-9., era pedido aos alunos que analisassem a opinião de dois alunos
sobre a atitude de uma personagem no final do texto e optassem por uma delas, justificando, com
base no texto, a sua escolha. Neste item, apenas 20% das respostas foram classificadas com o código
20, e é de registar que 57% foram classificadas com o código 10. De notar a elevada percentagem de
respostas incorretas: 21%.
Em síntese, os desempenhos dos alunos no domínio da Leitura estão relacionados com a exigência
cognitiva dos itens e com a especificidade do texto que lhes serve de suporte: os itens que requerem
interpretação e integração das ideias do texto nas respostas tendem a ser mais difíceis; os itens que
visam a localização de informação explícita sem exigir leitura inferencial ou o estabelecimento de
relações intratextuais tendem a ser mais fáceis para os alunos. Há também a registar que a seleção e
a integração de informações apresentadas num texto não literário, de carácter expositivo, se revelou
mais difícil do que no caso de um texto literário, o que se admite poder indiciar a necessidade de um
reforço da leitura inferencial, praticada a partir de itens de diferentes tipologias.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 19/90
Gramática
O domínio da Gramática foi objeto de avaliação em nove itens. No Gráfico 8, apresenta-se a
percentagem de respostas integralmente corretas.
Gráfico 8 – Gramática
A análise dos resultados nos itens no domínio da Gramática permite concluir que:
a) Os alunos revelaram alguma dificuldade em conjugar os verbos «cantar» e «voar» no
pretérito perfeito do indicativo: apenas 48% responderam corretamente ao item III-1.1.; é de
registar que 11% dos alunos só conjugaram corretamente um dos dois verbos e que 40%
deram uma resposta incorreta;
b) A dificuldade diminuiu na conjugação dos mesmos verbos no futuro do indicativo (item III-
1.2., com 67% de respostas corretas). No entanto, é de registar que 14% dos alunos
responderam «voaram» e «cantaram» em vez de «voarão» e «cantarão», o que mostra que a
aprendizagem das especificidades ortográficas das formas verbais não está consolidada;
c) Relativamente à identificação da forma verbal correta para completar as frases dadas no
enunciado (itens III-2.1., III-2.2. e III-2.3.), não se registaram dificuldades, exceto no item III-2.1.,
com 23% de alunos que escolheram «vieram» em vez de «vêm» para completar a frase dada;
d) Quanto à distinção entre adjetivos e advérbios, que era o objeto dos cinco subitens do item
III-3., a percentagem de respostas corretas aos subitens III-3. B e III-3. C (com,
respetivamente, 55% e 60% de respostas corretas) indicia algumas dificuldades, embora, nos
restantes subitens, o desempenho tenha sido melhor (a média da percentagem de respostas
integralmente corretas aos vários subitens do item III-3. foi 71%);
e) Registaram-se maiores dificuldades na substituição de grupos nominais pelas formas
adequadas do pronome pessoal: no item III-4.1., apenas 59% dos alunos substituíram
corretamente «os ovos» pelo pronome «os» na posição correta (antes do verbo) e, no item
III-4.2., apenas 42% dos alunos reescreveram a frase usando o pronome «as» com as
alterações ortográficas impostas pela forma verbal «alimentam»;
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 20/90
f) No item III-5., registaram-se as maiores dificuldades no domínio da Gramática: apenas 19%
dos alunos reconheceram as duas frases, das cinco apresentadas, em que a vírgula é usada
para isolar o vocativo.
Escrita
No item que mobilizava competências específicas no domínio da Escrita (item único do Grupo IV), foi
solicitado aos alunos que redigissem um texto narrativo, com entre 120 e 200 palavras, tendo em
conta três tópicos orientadores (apresentação da situação inicial, desenvolvimento e desfecho; um
momento de descrição de personagem; um título adequado). O texto foi, por sua vez, classificado de
acordo com oito parâmetros (A, B, C, D, E, F, G e H). O não cumprimento, nas respostas, dos limites
mínimos definidos para a extensão do texto (parâmetro A, Extensão) implicava que não seriam
classificadas relativamente aos outros parâmetros. O parâmetro H dizia respeito à ortografia. Nos
restantes parâmetros, estavam previstos níveis intercalares não descritos.
No Gráfico 9, apresenta-se a percentagem de respostas classificadas com os códigos 50, 40 e 30 nos
parâmetros B – Tema e Tipologia, C – Coerência e Pertinência, D – Estrutura e Coesão, E – Morfologia
e Sintaxe, F – Pontuação e G – Repertório Vocabular.
De registar que a maioria dos alunos (76%) redigiu um texto com uma extensão dentro dos limites
definidos.
Gráfico 9 – Escrita
No que respeita ao Tema e Tipologia (parâmetro B), 71% dos alunos cumpriram integral ou
parcialmente a instrução, escrevendo um texto no qual contavam uma aventura vivida por uma das
personagens referidas, com elementos marcadamente narrativos. De notar que apenas 26% das
respostas foram enquadradas no descritor do código 50 para este parâmetro, e que a percentagem
de respostas enquadradas nos descritores do código 50 de cada parâmetro tendeu a ser muito baixa.
No entanto, se se considerar que o código 30 corresponde a desempenhos médios e que o código 40
foi atribuído a respostas muito próximas das classificadas com o código 50, verifica-se que a maioria
dos alunos conseguiu redigir um texto que cumpriu, pelo menos de forma parcial, os objetivos
curriculares relativos ao tema e tipologia do texto em causa. As respostas apresentaram, de forma
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 21/90
completa ou quase completa, uma situação inicial, o seu desenvolvimento e um desfecho, um
momento de descrição de personagem e um título adequado, com a produção de um discurso
coerente, ou quase sempre coerente, com progressão temática evidente e com abertura,
desenvolvimento e desenlace adequados (parâmetro C). Ainda assim, é de registar que 26% dos
alunos não conseguiram fazê-lo. No que diz respeito ao parâmetro D, 60% dos alunos conseguiram
redigir um texto estruturado de forma satisfatória, ainda que com algum desequilíbrio e
descontinuidade no plano da progressão narrativa, segmentando, de forma não sistemática, as
unidades do discurso. O parâmetro E (Morfologia e Sintaxe) foi aquele em que os alunos revelaram
maiores dificuldades: apenas 7% dos alunos manifestaram segurança no uso de estruturas sintáticas
variadas e complexas, dominando processos de conexão interfrásica (como a concordância, a flexão
verbal e as propriedades de seleção); 19% não mostraram dominar todos os processos referidos, e
39% dos alunos manifestaram um domínio apenas aceitável de estruturas sintáticas diferentes,
tendo recorrido a estruturas complexas mais frequentes. Os resultados são relativamente melhores
nos parâmetros F (Pontuação) e G (Repertório Vocabular).
Relativamente ao parâmetro H (Ortografia), verificou-se que a maior parte dos alunos não cometeu
mais de sete erros ao escrever o texto narrativo (31% cometeram entre zero e três erros e 31%
cometeram entre quatro e sete erros). A percentagem de respostas com mais de doze erros
ortográficos foi inferior a 20%.
A análise destes resultados permite concluir que estão consolidadas as estratégias de redação de um
texto que cumpre o formato narrativo.
Matemática – 2º CEB
A prova de Matemática do 5º ano (código 56) foi constituída por 28 itens, tanto de seleção como de
construção, que incidiam nos domínios curriculares da disciplina: Números e Operações, Geometria e
Medida, Álgebra e Organização e Tratamento de Dados. Os resultados são apresentados por
referência a estes domínios.
Números e Operações
Os conhecimentos e as competências no domínio dos Números e Operações foram avaliados através
de sete itens, os quais incidiam nos seguintes conteúdos: números naturais (determinação do
máximo divisor comum e resolução de problemas envolvendo o cálculo de máximo divisor comum) e
números racionais não negativos (ordenações e operações com frações, percentagens e resolução de
problemas envolvendo números racionais representados por frações).
O subdomínio dos números naturais foi objeto de avaliação em dois itens: item 2. e item 8. No item
2., perguntava-se qual era o máximo divisor comum de 255 e 45 e solicitava-se que fosse explicitado
o modo de chegar à resposta. Apenas 28% dos alunos responderam corretamente e de acordo com o
solicitado: 25% utilizando o algoritmo de Euclides e 3% por inspeção dos divisores. Da análise da
distribuição das respostas por código, pode concluir-se que 40% dos alunos não apresentaram uma
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 22/90
resposta correta nem uma estratégia adequada para chegar à resposta. Estes resultados são
consistentes com os resultados registados no problema do item 8., no qual se pedia, dado o número
de rapazes e de raparigas de uma escola, que os alunos identificassem, explicando como o fizeram, o
maior número de grupos que seria possível formar com o mesmo número de rapazes e de raparigas
por grupo. Apenas 31% dos alunos conseguiram responder corretamente, utilizando uma estratégia
adequada para chegar à resposta. Neste item, 50% dos alunos não apresentaram uma resposta
correta nem uma estratégia de resolução adequada.
Os restantes cinco itens incidiam em conteúdos relacionados com números racionais não negativos.
No item 1., apresentavam-se três conjuntos, A, B e C, de três frações cada um, para os alunos
ordenarem por ordem crescente. O conjunto A continha frações com o mesmo denominador, o
conjunto B continha frações com o mesmo numerador e o conjunto C continha frações com
numeradores e denominadores diferentes. Os alunos não revelaram, em geral, dificuldades na
ordenação do conjunto A, com 78% de respostas corretas. No entanto, 19% dos alunos ordenaram as
frações por ordem decrescente. A dificuldade aumentou na ordenação do conjunto B, com apenas
56% de respostas corretas e 39% de respostas que apresentaram uma ordenação por ordem
decrescente. O conjunto C foi o mais difícil, com apenas 46% de respostas corretas, 23% de respostas
com ordenação por ordem decrescente e 29% de respostas incorretas.
As dificuldades nas operações com frações foram ainda mais visíveis nos itens que apresentavam
problemas com números racionais envolvendo frações e nos quais se pedia uma estratégia de
resolução, como é o caso dos itens 3.1 e 5. Apresenta-se, como exemplo, o enunciado do item 3.1.
Item 3.1. da Prova de Aferição de Matemática, 5º ano (IAVE, 2016)
No item 3.1., apenas 18% dos alunos conseguiram responder corretamente, tendo utilizado uma
estratégia de resolução adequada. Neste item, apenas 11% dos alunos apresentaram respostas
parcialmente corretas, sendo 54% a percentagem de respostas incorretas. No item 5., que
apresentava um enunciado semelhante (a partir da leitura dos dados parciais, apresentados sob a
forma de frações, pedia-se o valor total), apenas 5% dos alunos apresentaram uma resposta correta
e uma estratégia de resolução adequada, e 2% apresentaram uma resposta parcialmente correta (ou
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 23/90
por apresentarem uma solução errada, cometendo erros de cálculo, ou por não apresentarem a
resposta, embora tenham percorrido as etapas de resolução). A percentagem de respostas incorretas
foi 59%.
As dificuldades mantiveram-se nos itens que incidiam em percentagens (itens 3.2. e 6.). No item 3.2.,
pedia-se o número de botões vendidos, sabendo-se que tinham sido vendidos 5% de 600 botões.
Apenas 32% dos alunos responderam corretamente, 47% deram uma resposta incorreta e 16% não
responderam. No item 6., apenas 18% dos alunos apresentaram uma resposta correta à pergunta
sobre qual o desconto, em percentagem, dado o valor em euros; 68% dos alunos responderam
incorretamente.
Geometria e Medida
No domínio da Geometria e Medida, que foi objeto de avaliação em onze itens da prova, os
resultados mostram que os alunos revelaram, em geral, dificuldades idênticas às verificadas no
domínio dos Números e Operações, especialmente na aplicação de conhecimentos na resolução de
problemas. Ainda que os resultados indiciem menor dificuldade no que diz respeito ao conhecimento
e à aplicação de propriedades que envolviam ângulos e paralelismos, como foi o caso dos itens 9.1. e
9.2., a dificuldade aumentou quando a avaliação incidiu na aplicação desses conhecimentos na
resolução de problemas (itens 10., 11. e 14.).
No Gráfico 10, apresenta-se a percentagem de respostas corretas aos itens que avaliam este domínio.
Gráfico 10 – Geometria e Medida
A percentagem de alunos que identificou corretamente a designação dos pares de ângulos do
item 9.1. variou entre 68% (subitem 9.1. 1) e 72% (subitem 9.1. 3) e foi ainda mais elevada na
determinação do ângulo c, pedida no item 9.2. (78%). No entanto, apenas 46% dos alunos foram
capazes de calcular a amplitude do ângulo externo d, sabendo as amplitudes dos ângulos internos de
um triângulo, a e b (item 10.), sendo de registar que 36% apresentaram uma resposta incorreta. No
item 11., os resultados foram idênticos (com 37% de respostas corretas e 37% de respostas
incorretas) na aplicação dos conceitos na resolução de problemas. De notar que a situação
apresentada no item requeria capacidade de abstração. Os resultados no item 14., em que se
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 24/90
solicitava a resolução de um problema com a mobilização de conceitos avaliados nos itens 9., 10.
e 11., foram idênticos aos observados nestes itens. A percentagem de respostas corretas foi 33%
e de respostas parcialmente corretas foi 4%. De registar ainda que 41% dos alunos não conseguiram
apresentar uma resolução correta do problema.
No item em que se solicitava a construção de um triângulo, sem erros de medição, dado o
comprimento de um lado e as amplitudes dos ângulos que lhe eram adjacentes (item 12.), os
resultados mostram também algumas dificuldades, embora 43% dos alunos tenham conseguido
cumprir todos os requisitos e 16% tenham respondido com falhas pontuais (erros de medição ou
ausência de identificação dos vértices). Neste item, é de assinalar a elevada percentagem de
respostas incorretas: 32%. Na aplicação do conceito de desigualdade triangular, objeto de avaliação
do item 13., apenas 20% dos alunos selecionaram as duas opções corretas que correspondiam a
medidas possíveis do comprimento do terceiro lado do triângulo, e 28% selecionaram apenas uma
das opções. Mais uma vez, é de assinalar a elevada percentagem de respostas incorretas: 47%.
Tendo em conta as dificuldades manifestadas em conteúdos essenciais e de base no domínio da
Geometria e Medida, não é de estranhar que, nos itens que mobilizavam conhecimentos e
competências que dependiam da aquisição desses conteúdos para a sua resolução, os resultados
tenham sido menos satisfatórios.
Os resultados nos itens 15. e 16. ilustram, mais uma vez, a forma como a não consolidação dos
conhecimentos essenciais interfere negativamente na resolução de problemas. No item 15., os
alunos deveriam relacionar a amplitude dos ângulos internos de um paralelogramo: sendo dado o
valor de um dos ângulos, era pedida a amplitude de dois dos outros ângulos (o ângulo suplementar
ao ângulo com amplitude conhecida, no subitem 15. 1, e o ângulo oposto, no subitem 15. 2). Apenas
34% dos alunos calcularam corretamente a amplitude do ângulo dado no subitem 15. 1, e 18%
identificaram a amplitude deste ângulo como se fosse oposto ao ângulo com a amplitude conhecida.
Os resultados foram ligeiramente melhores no caso do ângulo oposto ao ângulo com amplitude
conhecida (subitem 15. 2), com 69% de respostas corretas. Na resolução do problema que envolvia
os ângulos de um paralelogramo e de um triângulo, apresentado no item 16., apenas 23% dos alunos
conseguiram apresentar um resultado correto, com uma estratégia de resolução adequada.
Relativamente ao conhecimento e aplicação do conceito de área de um polígono, avaliado pelo item
17., que se apresenta a seguir, registaram-se dificuldades, especialmente na determinação da área
de triângulos e de paralelogramos.
Item 17. da Prova de Aferição de Matemática, 5º ano (IAVE, 2016)
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 25/90
Mais de metade dos alunos calculou corretamente a área do polígono A (59%), e 13% calcularam o
perímetro. As dificuldades foram maiores no cálculo da área do polígono B: apenas 11% dos alunos
deram uma resposta correta, e 49% dos alunos apresentaram uma resposta que revelou
desconhecimento da fórmula a aplicar na determinação da área de um paralelogramo, tendo
aplicado a fórmula para calcular a área ou o perímetro de um retângulo. Também relativamente à
área do triângulo se registaram muitas dificuldades: apenas 11% dos alunos conseguiram responder
corretamente, enquanto 5% dos alunos calcularam o perímetro do triângulo e 18% não identificaram
a altura do triângulo que permitia determinar a respetiva área.
Os resultados são igualmente fracos na resolução do problema apresentado no item 18., no qual era
pedida a determinação da área de um triângulo inserido num quadrado, a partir do conhecimento do
perímetro do quadrado e da medida de um dos lados do triângulo. Apenas 23% dos alunos
conseguiram responder corretamente e apresentar uma estratégia de resolução adequada. Neste
item, 40% dos alunos responderam incorretamente e 21% não responderam.
Álgebra
Os conhecimentos e as competências no domínio da Álgebra foram avaliados através de dois itens de
seleção (itens 4. e 7.). No item 4., eram apresentadas cinco igualdades, devendo os alunos escolher
as verdadeiras (no caso, duas das igualdades), sem efetuar cálculos e tendo em conta unicamente as
prioridades das operações. Neste item, apenas 20% dos alunos responderam corretamente, 4%
selecionaram apenas uma das duas opções e 73% responderam incorretamente.
O item 7. estava subdividido em três subitens, como se segue, que tinham como objeto a adição e a divisão de dois números racionais e o cálculo de uma expressão numérica, respeitando as prioridades das operações.
Item 7. da Prova de Aferição de Matemática, 5º ano (IAVE, 2016)
No subitem 7. A, 62% dos alunos conseguiram efetuar a adição de dois números racionais na forma
de uma fração irredutível, sendo de registar que 4% apresentaram o resultado na forma de uma
fração redutível. A percentagem de alunos que conseguiu efetuar a divisão de dois números racionais
e apresentar o resultado sob a forma de uma fração irredutível (subitem 7. B) foi menor: apenas
39%, sendo de registar que 14% dos alunos apresentaram o resultado sob a forma de uma fração
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 26/90
redutível. A dificuldade aumentou significativamente no subitem 7. C: apenas 15% dos alunos
responderam corretamente, calculando o valor numérico da expressão, respeitando as prioridades
das operações e apresentando o resultado na forma de uma fração irredutível; sendo de registar que
22% calcularam corretamente o valor numérico da expressão, mas não apresentaram o resultado na
forma de uma fração irredutível.
Organização e Tratamento de Dados
As dificuldades manifestadas nos restantes domínios que foram objeto de avaliação na prova foram
também visíveis nos três itens relativos ao domínio da Organização e Tratamento de Dados. Com
exceção do item 19.3., no qual 73% dos alunos selecionaram o gráfico que traduzia corretamente os
dados da tabela e 19% selecionaram o gráfico que estava mal legendado, os alunos revelaram
dificuldade em indicar a frequência relativa de uma classificação registada na tabela (item 19.1., com
72% de respostas incorretas, das quais 31% apresentavam a frequência absoluta) e em calcular a
média das classificações (item 19.2., com 71% de respostas incorretas e apenas 9% de respostas
totalmente corretas e com apresentação dos respetivos cálculos).
Alguns dos itens da prova implicavam a mobilização das capacidades de raciocínio e de abstração e,
como tal, as dificuldades diagnosticadas talvez possam ser ultrapassadas em fase posterior do
desenvolvimento cognitivo. No entanto, quando a dificuldade se prende com conceitos e regras
considerados básicos e essenciais neste ano de escolaridade, pode concluir-se que deve haver um
reforço desses mesmos conceitos e regras na lecionação e a introdução progressiva de situações-
problema que mobilizem a sua aplicação em contextos diferenciados.
Português – 3º CEB
A prova de Português do 8º ano (código 85) foi constituída por 24 itens, que incidiram nos domínios
curriculares da disciplina: Compreensão do Oral, Leitura, Gramática e Escrita. Apresentam-se os
resultados por itens nestes domínios.
Compreensão do Oral
Os quatro primeiros itens da prova avaliaram competências no domínio da Compreensão do Oral e
tiveram como suporte a audição de um documentário. Nestes itens, foi objeto de avaliação a
capacidade de reter informação apresentada no texto e a capacidade de interpretação do texto.
Nos dois itens de escolha múltipla que tinham como objeto de avaliação a capacidade de reter
informação, mais de 90% dos alunos selecionaram a opção correta. No entanto, no item I-2., de
escolha múltipla complexa, que tinha o mesmo objeto de avaliação, apenas 36% dos alunos
selecionaram as três opções verdadeiras, das cinco apresentadas no enunciado. É de assinalar que
45% dos alunos responderam incorretamente a este item. E é de salientar ainda que, no item I-1.1., a
informação a mobilizar aparecia no início do texto e de forma localizada nas primeiras frases,
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 27/90
enquanto, no item I-2., a informação encontrava-se dispersa ao longo do texto, sendo maior a
exigência cognitiva do item.
Os resultados também mostram alguma dificuldade na localização da informação requerida para a
interpretação do sentido do texto (item I-1.2., de escolha múltipla): 64% dos alunos selecionaram a
opção que explicita o sentido da «sucessão de diferentes vozes», ao passo que 29% dos alunos
selecionaram uma opção que, embora plausível de acordo com a globalidade do texto, não estava de
acordo com a passagem específica que era referida no enunciado.
Leitura
O domínio da Leitura foi avaliado por treze itens, cinco dos quais tiveram como suporte um texto
informativo, sendo os restantes oito relativos a um texto literário. As competências mobilizadas por
estes itens foram: o estabelecimento de relações entre as informações referidas; a interpretação e a
integração de ideias e de informações; a análise e a avaliação do conteúdo e da linguagem. No
Gráfico 11, apresenta-se a percentagem de respostas corretas aos cinco itens de seleção que
incidiam no texto informativo.
Gráfico 11 – Leitura de texto não literário
Em geral, os alunos conseguiram, embora não sem dificuldades, estabelecer relações entre as ideias
e informações do texto informativo (itens II-1.2., II-1.3. e II-1.5.). O item em que os alunos revelaram
mais dificuldades foi o item II-1.2., uma vez que só 43% conseguiram relacionar a expressão «esse
irreparável dano» com a «deterioração dos alimentos», sendo de registar que 29% dos alunos
selecionaram um dos fatores que contribuíam para a deterioração dos alimentos.
No que respeita à análise e avaliação do conteúdo e da linguagem do texto (itens II-1.1. e II-1.4.), o
item que se revelou mais fácil para os alunos foi o item II-1.4., com 87% de respostas corretas.
Tratava-se da compreensão da utilização, no texto informativo, da expressão «Da mesma forma»
como introduzindo «um novo exemplo». O item que se revelou mais difícil para os alunos foi o item
II-1.1., com apenas 44% de respostas corretas: neste item, era pedida a avaliação de um recurso
expressivo.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 28/90
No que diz respeito à leitura de texto literário, apresenta-se, no Gráfico 12, a percentagem de
respostas integralmente corretas aos itens que mobilizavam cada uma das competências.
Gráfico 12 – Leitura de texto literário
Para responder ao item II-4., que tinha como objeto de avaliação a capacidade de estabelecer
relações entre as ideias do texto, os alunos deveriam escolher uma das palavras dadas no enunciado
para caracterizar o comportamento do deus Éolo («Hospitaleiro», «Generoso» e «Poderoso»)
e justificar a escolha feita. Apenas 41% dos alunos justificaram a sua escolha de forma completa,
sendo de registar que 32% apresentaram uma resposta parcialmente correta.
Os itens em que os alunos revelaram mais dificuldades foram os itens que mobilizavam a capacidade
de interpretar e integrar as ideias e informações do texto (itens II-2., II-6.1., II-7. e II-8.). No item II-2.,
apenas 24% dos alunos conseguiram ordenar as ideias do texto, utilizando a meta-informação dada
nas opções; no item II-7., apenas 15% mostraram ter compreendido, de forma completa, a relação
entre o acontecimento narrado por Ulisses e a sua deceção posterior; no item II-8., apenas 26% dos
alunos mostraram ter compreendido, de forma completa, a relação entre os acontecimentos
narrados e o sentimento de vergonha de Ulisses. Nestes itens é ainda de registar a elevada
percentagem de respostas incorretas: 65%, 39% e 35%, respetivamente. O item II-6.1., de escolha
múltipla, foi aquele em que os alunos manifestaram menos dificuldades: 65% selecionaram a opção
que traduzia corretamente a intenção da personagem na frase citada no enunciado do item.
Quanto aos resultados nos itens que tinham como objeto de avaliação a capacidade de analisar e
avaliar o conteúdo e a linguagem dos textos (itens II-3., II-5. e II-6.2.), o item mais difícil foi o item II-
3., com apenas 33% de respostas integralmente corretas. Neste item, era pedido aos alunos que
identificassem três de cinco expressões usadas no texto que permitissem afirmar que o narrador era
uma das personagens da história por ele narrada, sendo de registar que 57% dos alunos
responderam incorretamente. Os resultados nos restantes dois itens mostram dificuldades em
analisar e avaliar: i) recursos expressivos (item II-6.1., com apenas 47% de respostas corretas); ii) a
estrutura do discurso (item II-5., com apenas 40% de respostas corretas).
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 29/90
Gramática
A análise dos resultados nos dez itens que incidiram no domínio da Gramática permite isolar os
conteúdos em que se registaram maiores dificuldades, por forma a facilitar um eventual plano de
intervenção neste domínio.
Nos três itens que avaliaram o reconhecimento de relações semânticas de meronímia-holonímia e de
hiponímia-hiperonímia entre palavras (III-2.1., III-2.2. e III-2.3.), os alunos não tiveram dificuldade em
reconhecer, no item III-2.1., a relação entre Setúbal e cidade, a partir da relação entre Atlântico e
oceano (83% de respostas corretas); nos itens III-2.2. e III-2.3., os resultados foram inferiores, com
apenas 59% e 58% de respostas corretas, respetivamente.
Nos itens que avaliavam o reconhecimento de formas verbais adequadas a contextos frásicos (itens
III-3.1., III-3.2. e III-3.3.) não se registam dificuldades assinaláveis: 94% dos alunos selecionaram
corretamente a forma verbal «houver» no contexto da frase «Se não houver vento, não poderemos
velejar» (item III-3.1.) e 91% dos alunos selecionaram corretamente a forma verbal «haja» no
contexto da frase «Caso não haja vento, não poderemos velejar» (item III-3.2.). Os resultados foram
ligeiramente inferiores no item III-3.3.: 62% de respostas corretas no contexto da frase «Desde que
houvesse vento, poderíamos velejar». No item III-6., no qual se solicitava a reescrita de uma frase
substituindo a locução «visto que» pela conjunção subordinativa causal «como», 67% dos alunos
responderam corretamente, procedendo às alterações necessárias.
Maiores dificuldades registaram-se nos itens, III-1., III-4. e III-5. No item III-1., apenas 8% dos alunos
identificaram corretamente a classe a que pertencia a palavra «que» em cada uma das quatro frases;
6% fizeram a identificação correta em três frases; e 85% não atingiram os objetivos definidos para o
item. Os resultados foram muito semelhantes no item III-4. Neste item, os alunos tinham de
identificar duas das cinco frases em que uma expressão sublinhada desempenhava a função sintática
de sujeito. Apenas 11% responderam corretamente. No item III-5., em que se avaliava a substituição
de grupos nominais pelas formas adequadas do pronome pessoal, apenas 17% dos alunos
responderam corretamente, reescrevendo as duas frases dadas, tendo 35% reescrito corretamente
uma das duas frases (destes, 30% reescreveram corretamente a segunda frase).
Escrita
No item que mobilizava competências específicas no domínio da Escrita (item único do Grupo IV) foi
solicitado aos alunos que redigissem um texto narrativo, com entre 150 e 240 palavras, tendo em
conta dois tópicos orientadores (descrição de um espaço; título adequado). O texto foi, por sua vez,
classificado de acordo com oito parâmetros (A, B, C, D, E, F, G e H). O não cumprimento, nas
respostas, dos limites mínimos definidos para a extensão do texto (parâmetro A, Extensão) implicava
que não seriam classificadas relativamente aos outros parâmetros. O parâmetro H dizia respeito à
ortografia. Nos restantes parâmetros, estavam previstos níveis intercalares não descritos. De registar
que a maioria dos alunos (69%) redigiu um texto com uma extensão dentro dos limites definidos.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 30/90
No Gráfico 13, apresenta-se a percentagem de respostas classificadas com os códigos 50, 40 e 30 nos
parâmetros B – Tema e Tipologia, C – Coerência e Pertinência, D – Estrutura e Coesão, E – Morfologia
e Sintaxe, F – Pontuação e G – Repertório Vocabular.
Gráfico 13 – Escrita
No que respeita ao parâmetro B, Tema e Tipologia, 69% dos alunos cumpriu integral ou parcialmente
a instrução relativa ao tema e à tipologia, escrevendo um texto no qual contava que uma
personagem aventureira chegou a um país e ajudou os seus habitantes a enfrentarem um grande
problema, com elementos marcadamente narrativos. De notar que apenas 21% das respostas foram
enquadradas no descritor do código 50 para este parâmetro e que a percentagem de respostas
enquadradas nos descritores do código 50 de cada parâmetro tende a ser extremamente baixa.
No entanto, se se considerar que o código 30 corresponde a desempenhos médios e que o código 40
foi atribuído a respostas muito próximas das classificadas com o código 50, temos que a maioria dos
alunos conseguiu redigir um texto que cumpriu, pelo menos de forma parcial, os objetivos
curriculares relativos ao tema e tipologia do texto em causa. Muitos dos textos apresentaram, de
forma completa ou quase completa, a descrição de um espaço e um título adequado, com a
produção de um discurso coerente, ou quase sempre coerente, com informação pertinente e com
progressão temática evidente e com abertura, desenvolvimento e desenlace adequados (parâmetro
C). Ainda assim, é de assinalar que 27% dos alunos não conseguiram fazê-lo. No que diz respeito ao
parâmetro D, 64% dos alunos conseguiram redigir um texto estruturado de forma satisfatória, ainda
que com algum desequilíbrio e descontinuidade no plano da progressão narrativa, segmentando, de
forma não sistemática, as unidades do discurso. No parâmetro E, Morfologia e Sintaxe, apenas 4%
dos alunos manifestaram segurança no uso de estruturas sintáticas variadas e complexas,
dominando processos de conexão interfrásica (como a concordância, a flexão verbal e as
propriedades de seleção); 18% mostraram não dominar todos os processos referidos, e 22% dos
alunos manifestaram um domínio apenas aceitável de estruturas sintáticas diferentes e recorreram a
estruturas complexas mais frequentes. Os resultados foram muito idênticos no parâmetro F,
Pontuação, e relativamente melhores no parâmetro G, Repertório Vocabular.
Relativamente ao parâmetro H, Ortografia, verificou-se que a maior parte dos alunos não cometeu
mais de cinco erros ao escrever o texto narrativo (28% cometeram entre zero e dois erros e 30%
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 31/90
cometeram entre três e cinco erros). A percentagem de respostas com mais de nove erros
ortográficos foi inferior a 20%.
A análise destes resultados permite concluir que estão consolidadas as estratégias de redação de um
texto que cumpre o formato narrativo.
Matemática – 3º CEB
A prova de Matemática do 8º ano (código 86) foi constituída por 21 itens, tanto de seleção como de
construção, que incidiram nos domínios curriculares da disciplina: Números e Operações, Geometria
e Medida, Funções, Sequências e Sucessões, Álgebra e Organização e Tratamento de Dados.
Apresentam-se os resultados nos itens que incidiam nestes domínios.
Globalmente, verificou-se que os alunos manifestaram muitas dificuldades nesta prova e em todos
os domínios curriculares, ainda que não seja possível afirmar com segurança que as respostas
classificadas com o código 99 (respostas em branco) são dos alunos que manifestam maiores
dificuldades na disciplina. No entanto, a elevada percentagem de respostas incorretas e em branco
registada em diversos itens leva a afirmar que será necessário reforçar e consolidar as diversas
aprendizagens.
Números e Operações
O domínio dos Números e Operações foi objeto de avaliação em três itens da prova: 2., 3. e 9.
Para resolver os itens 2. e 3., os alunos podiam recorrer à calculadora. Verificou-se que os alunos
manifestaram muitas dificuldades neste domínio.
No item 2., era apresentado um conjunto de números reais que os alunos deveriam organizar por
ordem crescente. Neste item, apenas 34% dos alunos apresentaram uma resposta correta. No item
3., apenas 19% dos alunos responderam corretamente (1% apresentando uma propriedade que
identificava os quatro números naturais maiores do que 200 e menores do que 350 cuja raiz
quadrada é um número racional, e 18% apresentando corretamente os quatro números pedidos).
Para responder corretamente ao item 9., os alunos deveriam determinar dois números naturais cujo
quociente fosse igual a uma dada dízima infinita periódica. Apenas 9% responderam corretamente.
Nestes itens, a percentagem de respostas parcialmente corretas, não obstante estarem previstas nos
critérios de classificação, não foi estatisticamente significativa.
Geometria e Medida
O domínio da Geometria e Medida foi objeto de avaliação em sete itens da prova. No Gráfico 14,
apresenta-se a percentagem de respostas corretas a estes itens.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 32/90
Gráfico 14 – Geometria e Medida
Os itens em que os alunos manifestaram menos dificuldades foram os itens 12.1. e 12.2., que
incidiam, respetivamente, na determinação da imagem de um objeto por meio de uma translação
associada a um vetor e na determinação do objeto cuja imagem era dada pela translação associada a
outro vetor. No primeiro caso, 53% dos alunos responderam corretamente; no segundo caso, 59%
dos alunos selecionaram a opção correta.
Nos itens 6.1. e 6.2., que incidiam sobre triângulos, registaram-se maiores dificuldades. No item 6.1.,
a percentagem de alunos que conseguiu aplicar corretamente o teorema de Pitágoras na resolução
do problema (determinar o comprimento de um segmento de reta dado) foi 41%. A dificuldade
aumentou perante um problema que envolvia a semelhança de triângulos: apenas 21% dos alunos
apresentaram uma resposta correta a partir de um processo de resolução adequado. O desempenho
dos alunos no item 7., que envolvia as áreas de dois triângulos semelhantes, foi bastante mais fraco:
apenas 3% dos alunos conseguiram determinar a área do triângulo pedida no item, apresentando um
processo de resolução adequado. Neste item, a percentagem de respostas parcialmente corretas,
não obstante estarem previstas nos critérios de classificação, não foi estatisticamente significativa.
Nos restantes dois itens que incidiam no domínio da Geometria e Medida, os resultados parecem
revelar iguais dificuldades. No item 5., que solicitava a resolução de um problema que envolvia o
cálculo do volume de um cubo, sendo dada a área total desse cubo, apenas 17% dos alunos
apresentaram uma resposta correta a partir de uma resolução adequada.
Por último, no item 11., apenas 7% dos alunos conseguiram mostrar, a partir de um processo de
resolução adequado, qual a amplitude de um ângulo interno de um pentágono, solicitada pelo item.
Também neste item a percentagem de respostas parcialmente corretas não foi estatisticamente
significativa.
Funções, Sequências e Sucessões
No domínio das Funções, Sequências e Sucessões, os resultados mostram igualmente grandes
dificuldades. No Gráfico 15, apresenta-se a percentagem de respostas corretas aos cinco itens que
incidiam neste domínio.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 33/90
Gráfico 15 – Funções, Sequências e Sucessões
No item 4., a percentagem de alunos que respondeu corretamente foi 55%. Estes alunos foram
capazes de selecionar a opção que continha a reposta correta, reconhecendo, no contexto do
problema apresentado, que a constante de proporcionalidade era igual ao coeficiente da respetiva
função de proporcionalidade direta. Para a resolução deste item, podiam recorrer à calculadora.
A comparação entre os resultados no item 10.2. e no item 10.1., com, respetivamente, 65% e 50% de
respostas corretas, permite inferir que os alunos não tiveram grande dificuldade em resolver um
problema envolvendo uma função afim e em interpretar o significado do termo independente dessa
função no contexto do problema. Assim, tendo uma elevada percentagem de alunos selecionado a
opção correta no item 10.2., é possível que tenham respondido «É o preço do bilhete» querendo
responder «É o preço do bilhete de entrada».
As maiores dificuldades manifestaram-se nos itens 15.1. e 15.2. No item 15.1., pretendia-se que os
alunos determinassem o ponto de intersecção de duas retas concorrentes; no item 15.2., pedia-se
que relacionassem paralelismo com declive. Apenas 19% dos alunos responderam corretamente ao
item 15.1., apresentando um processo de resolução adequado, e apenas 20% deram uma resposta
correta ao item 15.2., apresentando uma justificação igualmente correta. Mais uma vez, tanto num
caso como no outro, a percentagem de respostas parcialmente corretas foi pouco significativa: 9% e
5%, respetivamente.
Álgebra
Os desempenhos foram globalmente fracos nos quatro itens que incidiram no domínio da Álgebra.
No item 13., apenas 25% dos alunos conseguiram aplicar a regra da multiplicação de duas potências com
o mesmo expoente e apresentar uma potência de expoente negativo equivalente à expressão obtida.
No que diz respeito aos casos notáveis da multiplicação (item 14.), apenas 30% dos alunos
conseguiram reconhecer o desenvolvimento de casos notáveis da multiplicação. Esta percentagem
baixou significativamente no item 17., no qual apenas 14% dos alunos conseguiram multiplicar
corretamente dois polinómios, desenvolver o caso notável da multiplicação e apresentar o polinómio
na forma reduzida.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 34/90
Também de dificuldade elevada foi o item 16., no qual se solicitava a resolução de uma equação
algébrica do primeiro grau, com parênteses e com denominadores, pedindo-se a apresentação da
solução sob a forma de fração irredutível. Apenas 16% dos alunos responderam corretamente.
Organização e Tratamento de Dados
O domínio da Organização e Tratamento de Dados foi objeto de avaliação em dois itens: item 1.
(com possibilidade de recurso à calculadora) e item 8. A dificuldade foi maior no primeiro item:
conseguiram determinar a média aritmética pedida, apresentando uma estratégia de resolução
adequada, 49% dos alunos, tendo 13% apresentado uma resposta parcialmente correta. No item 8.,
62% dos alunos conseguiram selecionar a opção que continha a mediana dos dados apresentados.
Pode afirmar-se que se trata de um domínio que requer alguma consolidação.
2. Resultados Nacionais por Item, em 2017
Português – 1º CEB
A prova de Português e Estudo do Meio do 2º ano (código 25) foi constituída por 24 itens. Destes
itens, três tinham como objeto conhecimentos e competências no âmbito do Estudo do Meio e seis
permitiam avaliar o desempenho tanto no domínio da Leitura como no âmbito do Estudo do Meio3.
Os quinze itens restantes incidiram exclusivamente nos domínios curriculares da disciplina
de Português.
Compreensão do Oral
Os quatro primeiros itens da prova avaliavam o domínio da Compreensão do Oral e tiveram como
suporte a audição de um texto informativo adaptado de um programa infantil. Os itens 1., 3. e 4. (de
escolha múltipla e de escolha múltipla complexa) avaliavam a capacidade de localizar informação
explícita no texto; o item 2., de escolha múltipla complexa, avaliava a capacidade de localizar e de
relacionar a informação ouvida com as imagens apresentadas no enunciado. Os resultados
apresentam-se no Gráfico 16.
3 Tendo em conta que, para a avaliação no âmbito do Estudo do Meio, contribuiu também a prova de Matemática e de Estudo do Meio
(código 26), os resultados nesta área disciplinar serão apresentados em capítulo separado.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 35/90
Gráfico 16 – Compreensão do Oral
A maioria dos alunos (entre 60% e 67%) conseguiu responder corretamente aos itens 1., 2. e 4.; no
entanto, apenas 39% responderam de forma correta e completa ao item 3., tendo 27% dos alunos
respondido de forma parcialmente correta. É ainda de assinalar a elevada percentagem de alunos
que responderam incorretamente aos itens 1. e 2. (32% e 23%, respetivamente). O item que se
revelou mais fácil para os alunos foi o item 4., ainda que 31% não tivessem identificado
corretamente o bolo que continha uma leguminosa.
Nos itens 1. e 3., solicitava-se quer a localização quer o reconhecimento de informação contida no
texto para identificar as respostas corretas. Nos itens 2. e 4., os alunos tinham de interpretar a
informação de suporte e aplicá-la na seleção das respostas corretas. Verifica-se que, para a
generalidade dos alunos, foi mais fácil a interpretação do texto ouvido e mais difícil a localização da
informação explícita, especialmente no caso do item 3. De notar que este item, de escolha múltipla
complexa, requeria a seleção de mais do que uma afirmação verdadeira de acordo com o texto.
Leitura e Iniciação à Educação Literária
A avaliação no domínio da Leitura e Iniciação à Educação Literária teve como suporte dois textos, um
não literário e um literário.
Texto não literário
Relativamente aos itens que tiveram como suporte um texto não literário (itens de 6. a 9.), os
resultados mostram que a maior parte dos alunos não teve grandes dificuldades em localizar
informação explícita no texto nem em compreender o seu sentido global (a percentagem de respostas
corretas varia entre 60% e 66%). No item em que era requerida a justificação de uma resposta (item 9.),
62% dos alunos mostraram ter compreendido qual das lancheiras continha apenas alimentos
saudáveis, e 22% enumeraram os alimentos saudáveis, embora sem os identificar como tal.
A maior dificuldade residiu no item 8., de completamento por seleção, com apenas 33% de respostas
integralmente corretas. Para resolver corretamente este item (selecionar as palavras adequadas para
preencher os três espaços em branco), exigia-se aos alunos que compreendessem a cadeia de causa
e efeito subjacente à informação de que «o açúcar não é bom para os dentes» e que a
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 36/90
reconhecessem no enunciado do item. De notar que 11% dos alunos selecionaram corretamente
duas palavras e 36% dos alunos selecionaram corretamente uma das três palavras que completavam
o texto.
Texto literário
A leitura de texto literário foi avaliada através de oito itens, que visavam a capacidade de localização
de informação explícita (itens 11., 13.2. e 14.), de interpretação (itens 12., 13.1., 18.1. e 18.2.) e de
apresentação de uma justificação para uma resposta dada (item 15.). Os resultados apresentam-se
no Gráfico 17.
Gráfico 17 – Leitura de texto literário
Nos itens que requeriam a localização de informação explícita, a maior parte dos alunos conseguiu
responder de acordo com o esperado, variando a percentagem de respostas integralmente corretas
entre 68% e 87%.
Também nos itens que mobilizavam a capacidade de interpretar o texto, os resultados mostram a
mesma facilidade: a percentagem de respostas corretas variou entre 67% e 90%. A maior parte dos
alunos foi capaz de interpretar e relacionar ideias ou informações do texto, bem como de interpretar
expressões localizadas.
O único item em que se revelou difícil foi o item 18.2., no qual 64% dos alunos responderam
incorretamente ou não responderam. Neste item, que partia de um folheto informativo como
suporte, registaram-se apenas 13% de respostas integralmente corretas e completas e 23% de
respostas parcialmente corretas. O item é apresentado abaixo.
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Item 18.2. da Prova de Aferição de Português e Estudo do Meio, 2º ano (IAVE, 2017)
Para a resolução do item, era requerida a compreensão da informação dada no texto e o domínio de
algum vocabulário relacionado com a interpretação do horário, que integra os conteúdos de Estudo
do Meio.
Os resultados mostram também alguma dificuldade no item 15., que solicitava uma justificação de
uma afirmação sobre o texto. Na resposta a este item, os alunos deveriam mostrar que tinham
compreendido que os dois animais eram amigos, apesar da sua diferença e da distância a que
moravam. Apenas 23% dos alunos responderam de forma correta e completa ao item, enquanto 21%
mostraram ter compreendido apenas um dos aspetos em causa. As respostas incorretas e em branco
totalizaram 52%.
Gramática
Nos cinco itens que incidiam no domínio da Gramática, os resultados mostram que há alguns
conhecimentos que não estão consolidados, ao passo que outros parecem estar completamente
adquiridos.
No item 5., de escolha múltipla complexa, que integrava a parte da Compreensão do Oral, os alunos
revelaram algumas dificuldades em reconhecer um som num conjunto de palavras ouvidas. Assim,
apenas 24% identificaram corretamente as três imagens que correspondiam às palavras que
continham o som ʃ, 22% identificaram duas das imagens e 29% uma das imagens.
No item 19., subdividido em três subitens, os alunos deveriam reconhecer nomes, adjetivos e verbos,
distinguindo-os entre si. Os resultados mostram algumas dificuldades, especialmente no que respeita
ao reconhecimento dos adjetivos (subitem 19.2.) e dos verbos (subitem 19.3.), como se pode
verificar no Gráfico 18.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 38/90
Gráfico 18 – Gramática: subitens do item 19.
Relativamente ao subitem 19.1., 51% dos alunos identificaram corretamente os dois nomes, 21%
identificaram corretamente um nome e 28% deram uma resposta incorreta ou não responderam. A
dificuldade aumenta na identificação dos adjetivos, com apenas 31% dos alunos a identificar
corretamente dois, 14% a identificar um e 56% a dar outra resposta ou a não responder. No que
respeita aos verbos, 32% dos alunos identificaram corretamente os três verbos e 11% identificaram
corretamente dois verbos. No entanto, 4% dos alunos só identificaram um verbo e 54% deram uma
resposta incorreta ou não responderam.
Nos itens que incidiam no reconhecimento da pontuação correta numa frase e na aplicação de regras
de concordância entre sujeito e forma verbal (itens 20. e 21., respetivamente), não se registaram
dificuldades assinaláveis: selecionaram a resposta correta, no primeiro caso, 61% dos alunos e, no
segundo, 81%.
Escrita
No item que mobilizava competências específicas no domínio da Escrita (item 22.) foi solicitado aos
alunos que, antes de redigirem um texto para caracterizar um animal, elaborassem o respetivo
plano, de acordo com cinco tópicos orientadores (parâmetro A). O texto foi, por sua vez, classificado
de acordo com seis parâmetros (B, C, D, E, F e G). As respostas que apresentavam a redação de
palavras soltas ou de um texto com menos de cinco palavras não seriam classificadas relativamente
aos outros parâmetros.
No Gráfico 19, apresenta-se a percentagem de respostas classificadas com os códigos 30
(desempenho máximo) e 20 (desempenho médio) nos seis parâmetros da Escrita.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 39/90
Gráfico 19 – Escrita
A análise do Gráfico 19 permite concluir que:
a) A grande maioria dos alunos redigiu um texto dentro dos limites de extensão previstos
(parâmetro B, Extensão) e não se verificaram dificuldades na elaboração de um plano de
texto (parâmetro A): 33% dos alunos registaram informação relativa a cinco tópicos, e 36%
dos alunos registaram informação relativa a três ou quatro desses tópicos; a percentagem de
alunos que não registou qualquer informação adequada é 4%;
b) No entanto, à elaboração do plano não se seguiu a redação de um texto sobre o tema e
coerente com os elementos constantes do plano (parâmetro D, Tema e pertinência da
informação): apenas 21% dos alunos cumpriram integralmente a instrução quanto ao tema e
mobilizaram informação pertinente e coerente com o plano; em 35% das respostas
registaram-se desvios temáticos, informação incoerente com o plano ou insuficiente para
caracterizar o animal escolhido;
c) Também se registaram dificuldades no que respeita ao cumprimento da instrução sobre o
formato do texto (parâmetro C): apenas 25% dos alunos cumpriram integralmente a
instrução quanto ao tema, tendo 35% cumprido parcialmente a instrução;
d) Relativamente à Organização e Coesão Textuais (parâmetro E), apenas 15% dos alunos
redigiram um texto em que, de um modo geral, utilizaram com coerência os tempos verbais,
bem como sinónimos e pronomes, de modo a evitar a repetição dos nomes; 34% fizeram-no
de forma satisfatória;
e) Relativamente ao parâmetro F, Sintaxe e Pontuação, se se compararem os desempenhos nos
itens 20. e 21. (ver tópico Gramática) com os desempenhos no item 22., é possível concluir
que o desempenho dos alunos piorou quando redigiram autonomamente um texto, como
aconteceu no caso do item 22.; apenas 18% dos alunos utilizaram adequadamente os sinais
de pontuação e respeitaram as regras de concordância entre o sujeito e a forma verbal, e
32% cometeram erros na utilização da pontuação ou cumpriram apenas satisfatoriamente as
referidas regras;
f) Quanto ao Repertório vocabular (parâmetro G), 21% dos alunos utilizaram vocabulário
adequado e variado, enquanto 34% utilizaram vocabulário pouco variado e com
impropriedades lexicais.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 40/90
Matemática – 1º CEB
A prova de Matemática e Estudo do Meio do 2º ano (código 26) foi constituída por 20 itens. A maior
parte destes itens foi constituída por subitens, no sentido de permitir a monitorização dos
desempenhos relativamente aos objetivos definidos. Dos vinte itens da prova, quatro tiveram como
objeto conhecimentos e competências no âmbito do Estudo do Meio. Os dezasseis itens restantes
incidiram nos domínios curriculares da disciplina de Matemática.
Números e Operações
Os conhecimentos e competências no domínio dos Números e Operações foram avaliados em sete
itens da prova, tanto de seleção como de construção.
No Gráfico 20, apresenta-se a média das percentagens de respostas integralmente corretas a seis dos
itens que tinham como objeto o domínio dos Números e Operações. Os resultados no item que
requeria a resolução de um problema relativo ao mesmo domínio (item 3.) são apresentados
autonomamente.
Gráfico 20 – Números e Operações
Em cada um dos três subitens que constituíam o item 1., os alunos tinham de reescrever, por ordem
crescente, a série de três números naturais dados no enunciado. A elevada percentagem de
respostas integralmente corretas (1.A – 86%; 1.B – 85%; 1.C – 81%) e a percentagem de respostas
parcialmente corretas (cerca de 9% dos alunos inverteram a ordem pela qual deveriam registar os
números) mostram que os alunos são capazes de reconhecer e ordenar os números naturais.
Pelo contrário, nos dois subitens que constituíam o item 2., os resultados mostram que a maior parte
dos alunos não reconheceu que só se obtém 1
5 da unidade quando se divide o todo em cinco partes
equivalentes: apenas 57% dos alunos identificaram a afirmação dada no subitem 2.A como incorreta,
e apenas 43% apresentaram uma justificação adequada e que revelava o reconhecimento da
necessidade de um todo estar dividido em partes equivalentes.
O item 4. subdividia-se em quatro subitens, A, B, C e D, e avaliava conhecimentos relativos a
igualdades numéricas, envolvendo a subtração de números naturais, como se segue:
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 41/90
Item 4. da Prova de Aferição de Matemática e Estudo do Meio, 2º ano (IAVE, 2017)
Nos três primeiros subitens, a maioria dos alunos mostrou não ter dificuldades (4.A – 77%; 4.B – 62%;
4.C – 71%); mas apenas 31% dos alunos conseguiram responder corretamente ao subitem 4.D.
De notar que, em 4.A, eram mobilizadas operações cognitivas simples, já que os alunos tinham apenas
de reconhecer e efetuar a subtração, ao passo que, nos restantes subitens, era necessário interpretar o
enunciado e completar os dados em falta. De notar ainda que os resultados foram francamente piores
no caso do subitem 4.D, em que está em causa uma visão relacional do sinal de igual.
Nos cinco subitens que integravam o item 5., os resultados mostram que os alunos não tiveram
dificuldade em identificar as frações correspondentes às partes pintadas em figuras divididas em
partes equivalentes: a percentagem de alunos que responderam corretamente variou entre 81%
(5.C; resposta correta: 1
10 ) e 85% (5.E; resposta correta:
1
2 ).
Também relativamente aos itens 6. e 7., os resultados mostram que não houve dificuldades. No item
6., 68% dos alunos identificaram corretamente a lei de formação de uma sequência e, nos dois
subitens do item 7., uma percentagem significativa dos alunos conseguiu aplicar conhecimentos na
determinação de dois termos de uma sequência, dada a sua lei de formação (7.A – 83% e 7.B – 73%).
Também no item de resolução de um problema, neste domínio, os resultados mostram um bom
desempenho. No Gráfico 21, apresentam-se as respostas classificadas com o código máximo, por
parâmetro, no item 3.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 42/90
Gráfico 21 – Números e Operações – Resolução de problemas (Item 3.)
Verifica-se que 70% dos alunos conseguiram apresentar uma estratégia adequada (parâmetro A)
para resolver o problema, que envolvia a subtração de números naturais; no entanto, a percentagem
de alunos que mobilizaram todos os conceitos e procedimentos necessários foi ligeiramente inferior
(parâmetro B, com 64% de respostas classificadas com código máximo), tal como o foi a
percentagem de alunos que apresentaram uma resolução completa (parâmetro C, com 65%). Quanto
à percentagem de alunos que não cometeram erros de cálculo ou de transcrição (parâmetro D), foi
45%, enquanto a percentagem de alunos que escreveram uma resposta que estava de acordo com a
resolução apresentada e que fazia sentido no contexto do problema (parâmetro E) foi apenas 53%.
Geometria e Medida
Também no domínio da Geometria e Medida, objeto de avaliação em sete itens, não se registaram,
globalmente, dificuldades assinaláveis (itens 8., 9., 10., 11. e 13.).
Nos seis subitens de escolha múltipla que integravam o item 8., a percentagem de alunos que
identificaram corretamente os nomes dos sólidos geométricos variou entre 73% (subitem 8.5.) e 91%
(subitem 8.4.). Também não se registaram dificuldades na identificação dos três polígonos que eram
triângulos (item 10.), com 71% de respostas inteiramente corretas e 11% de respostas parcialmente
corretas, nem na identificação das figuras equivalentes dadas no item 13., com 71% de respostas
inteiramente corretas. De notar que, para resolver este último item, os alunos tinham de aplicar o
conceito de área na análise de cada uma das figuras.
No item 11., os alunos tinham de identificar as três opções que continham uma quantia igual à que
era dada no enunciado; 53% responderam corretamente e 13% selecionaram duas das opções
corretas. Neste item, 9% dos alunos não distinguiram entre euros e cêntimos.
Menor facilidade registou-se nos três subitens do item 9., nos quais os alunos deveriam associar
corretamente os desenhos de faces de poliedros aos três poliedros correspondentes. A percentagem
de respostas corretas foi a seguinte: 9.A — 44%; 9.B — 51%; 9.C — 69%. A maior dificuldade
registou-se na identificação das faces do paralelepípedo retângulo (9.A) e a menor dificuldade
registou-se na identificação das faces da pirâmide (9.C). De salientar que a identificação dos
poliedros requeria a interpretação das imagens e a capacidade de visualização no espaço, aplicando
os conhecimentos adquiridos.
0
20
40
60
80
100
Parâm. A Parâm. B Parâm. C Parâm. D Parâm. E
Percentagem de respostas corretas
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 43/90
A dificuldade aumentou nos itens de resolução de problemas (itens 12. e 14.). Os resultados por
parâmetro, nestes itens, apresentam-se no Gráfico 22.
Gráfico 22 — Geometria e Medida — Resolução de problemas (Itens 12. e 14.)
O item 12. avaliava a capacidade de resolver um problema envolvendo a medida de uma grandeza
(dinheiro): os alunos tinham de apresentar uma estratégia adequada para calcular a quantia total de
dinheiro na posse de duas pessoas, sabendo, à partida, qual o valor que uma delas tinha, e sabendo
que a outra tinha o dobro da primeira. Apenas 48% dos alunos apresentaram uma estratégia
adequada (parâmetro A), enquanto 29% apresentaram uma estratégia incompleta. Também a
percentagem de alunos que mobilizaram todos os conceitos e procedimentos necessários foi inferior
a 50% (fixando-se em 47%, contra 31% que mobilizaram alguns conceitos e procedimentos), tal como
o foi a percentagem de alunos que apresentaram uma resolução completa (47%, contra 31% que
apresentaram uma resolução incompleta). A percentagem de alunos que não cometeram erros de
cálculo ou de transcrição (parâmetro D) foi 58% (21% cometeram dois erros), enquanto a
percentagem de alunos que escreveram uma resposta que estava de acordo com a resolução
apresentada e que fazia sentido no contexto do problema (parâmetro E) foi apenas 44% (contra 34%
que apresentaram uma resposta que estava de acordo com a resolução do problema, mas que não
fazia sentido no contexto dado).
Os resultados no item 14. mostram que, para os alunos, foi difícil encontrar uma estratégia adequada
para determinar a área de um polígono a partir do conhecimento da área dos quadrados brancos que
o formavam: 34% apresentaram uma estratégia incompleta e 37% apresentaram uma estratégia
inadequada ou não apresentaram qualquer estratégia. Os resultados foram semelhantes nos
restantes parâmetros, o que permite concluir que o processo de extrapolação a que era necessário
recorrer para a resolução deste problema não está adquirido nesta fase pela maioria dos alunos.
Organização e Tratamento de Dados
O domínio da Organização e Tratamento de Dados foi avaliado por dois itens (15.1. e 15.2.), nos
quais se solicitava a interpretação de um pictograma. Tendo em conta que 85% dos alunos
responderam corretamente ao item 15.2., e que 71% responderam corretamente ao item 15.1., é
possível inferir que não existem problemas de aprendizagem neste domínio. De notar que, no item
0
20
40
60
80
100
Parâm. A Parâm. B Parâm. C Parâm. D Parâm. E
Percentagem de respostas com código máximo
Item 12.
Item 14.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 44/90
15.1., 16% dos alunos apresentaram uma resposta que não teve em conta a legenda do pictograma,
a qual implicava multiplicar por dois o número de olhos registados.
Estudo do Meio – 1º CEB
Os conhecimentos e as competências no âmbito do Estudo do Meio foram avaliados em treze itens,
nove na prova de Português e Estudo do Meio (código 25) e quatro na prova de Matemática e Estudo
do Meio (código 26). Alguns dos itens incidiam também nos domínios curriculares da disciplina de
Português e da disciplina de Matemática. Apresentam-se os resultados por referência a cada um dos
domínios avaliados.
À Descoberta de Si Mesmo
O domínio À Descoberta de Si Mesmo foi objeto de avaliação em sete itens: itens 7., 9., 10., 16. e 17.
da prova de código 25, e itens 16.1. e 16.2. da prova de código 26. Os itens incidiram em diferentes
temáticas, como se explica em seguida.
Os itens 7., 9. e 10. da prova de código 25 pretendiam avaliar se os alunos eram capazes de
identificar normas de higiene alimentar e normas de higiene do corpo. O primeiro destes itens
solicitava a seleção de três alimentos aconselhados no texto de suporte aos itens de leitura de texto
não literário (um cartaz), e 60% dos alunos responderam de forma correta e completa; no entanto,
22% deram uma resposta incorreta. No item 9., os alunos deveriam justificar uma resposta (a
identificação da lancheira que continha só alimentos saudáveis para os dentes), relacionando os
alimentos presentes na imagem com o facto de serem alimentos saudáveis. Apesar de serem
mobilizadas operações cognitivas mais complexas (a interpretação da informação e a aplicação de
conhecimentos), 62% dos alunos responderam corretamente e de forma completa, enquanto 22%
responderam de forma parcialmente completa. A maior dificuldade residiu no item 10., com apenas
43% de respostas integralmente corretas e 31% de respostas parcialmente corretas, o qual
mobilizava conhecimentos na identificação das normas de higiene oral.
Relativamente à análise de um calendário parcialmente preenchido, a maioria dos alunos não
manifestou dificuldade em reconhecer um dia e uma semana específicos, tendo 61% completado
corretamente, com o dia de aniversário solicitado, o item 16.1. da prova de código 26; ainda assim,
35% dos alunos responderam incorretamente. Já a identificação do mês, tendo em conta a
informação dada no calendário, se revelou mais fácil: no item 16.2. da mesma prova, 70% dos alunos
relacionaram corretamente o número de dias (28) com o mês (fevereiro).
Menor facilidade tiveram os alunos no estabelecimento de relações de localização espacial (item 17.
da prova de código 25): apenas 45% dos alunos conseguiram identificar a posição de cada um dos
três animais na fila, enquanto 33% identificaram apenas a posição de dois animais.
O item mais difícil no domínio À Descoberta de Si Mesmo foi o item 16. da prova de código 25:
apenas 32% dos alunos conseguiram relacionar a estação do outono com o mês de novembro.
De notar que, para a seleção da opção correta, os alunos teriam de inferir do nome da festa (Festa
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 45/90
Outonal) a estação do ano em que se realizava e, em seguida, verificar, nas opções, se os meses
correspondiam a essa mesma estação do ano.
À Descoberta dos Outros e das Instituições
Nos itens 13.1. e 18.1. da prova de código 25, os alunos deveriam identificar locais em mapas,
interpretando informações em contexto (uma expressão contida no texto de suporte aos itens de
leitura do texto literário e informação fornecida por uma personagem relativamente a um folheto
informativo, respetivamente). Nestes itens, a percentagem de alunos que respondeu de forma
correta e completa variou entre 77% (item 13.1., de escolha múltipla) e 66% (item 18.1., de escolha
múltipla complexa). No item 18.1., 30% dos alunos não conseguiram responder, o que indicia
dificuldades no estabelecimento de relações entre as diversas informações.
No item 18.2., os alunos tiveram muitas dificuldades em selecionar as afirmações verdadeiras a partir
da análise de um horário: apenas 13% identificaram correta e completamente as três afirmações,
enquanto 23% identificaram apenas duas. Neste item, 52% dos alunos não conseguiram responder. A
dificuldade do item pode, neste caso, estar associada à consulta e interpretação de um texto
utilitário de características informativas, como um horário.
À Descoberta do Ambiente Natural
No item de associação que tinha como objeto de avaliação o conhecimento de características
externas de animais (item 11. da prova de código 25), 77% dos alunos conseguiram responder de
forma correta e completa, relacionando as características presentes no enunciado com os respetivos
animais, embora 17% não tenham conseguido responder.
À Descoberta das Inter-relações entre Espaços
Os conhecimentos e as competências neste domínio foram avaliados através de um item (item 17. da
prova de Matemática e Estudo do Meio) em que se solicitava o traçado de um itinerário numa
planta, com indicação do ponto de partida e do ponto de chegada, a partir de orientações dadas.
Apenas 32% dos alunos conseguiram responder de forma correta e completa, e 25% responderam
com falhas relacionadas quer com a confusão entre direita e esquerda (4%) quer com um erro no
número de passos no percurso (21%). A interpretação dos enunciados e a aplicação de conceitos
relacionados com a orientação espacial carece, assim, de maior consolidação.
À Descoberta dos Materiais e Objetos
No item 18. da prova de código 26, pretendia-se avaliar se os alunos conseguiam identificar uma
experiência em que há conservação do volume, independentemente da forma do objeto. Para
resolverem corretamente o item, os alunos teriam de mobilizar também outros conhecimentos
relativos ao volume. 51% dos alunos conseguiram identificar a opção correta. No entanto, 25% dos
alunos selecionaram a opção D. Nesta opção, era visível que a quantidade da água não variava em
função da diferente forma dos objetos nela introduzidos, mas os alunos teriam, ao mesmo tempo,
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 46/90
de convocar o conhecimento de que o volume da água aumenta quando nela se introduzem
objetos sólidos.
Expressões Artísticas – 1º CEB
A prova de Expressões Artísticas (código 27) foi constituída por seis tarefas, por forma a avaliar as
aprendizagens relativas às três áreas que integram a disciplina, a saber, Educação e Expressão
Musical (tarefas 1 e 2), Educação e Expressão Dramática (tarefas 3 e 4) e Educação e Expressão
Plástica (tarefas 5 e 6). Para cada tarefa foram definidos parâmetros de avaliação. Os resultados são
apresentados por referência a cada uma das áreas disciplinares.
Educação e Expressão Musical
Na tarefa 1 da prova, era solicitado aos alunos que cantassem uma canção (A saia da Carolina, A
moda da Rita ou Os olhos da Marianita), respeitando a melodia e fazendo variar o andamento e a
intensidade, tendo em conta as orientações que constavam num cartaz. Embora a execução da
melodia mobilizasse somente a capacidade de reprodução/repetição, apenas 50% dos alunos
cantaram uma melodia igual à da canção apresentada (parâmetro A), enquanto 40% conseguiram
cantar uma melodia aproximada àquela. Também relativamente à variação de andamento e de
intensidade (parâmetro B), que mobilizava a capacidade de interpretar e de aplicar conhecimentos,
os alunos manifestaram algumas dificuldades: 33% conseguiram efetuar variações de andamento e
de intensidade, tendo em conta as instruções recebidas, e 32% efetuaram apenas algumas das
variações indicadas.
Na tarefa 2 da prova, os alunos deveriam criar uma dança, movimentando-se com fluidez e em
harmonia com o andamento da música. Nesta tarefa, avaliava-se o sentido rítmico (parâmetro A) e a
expressividade (parâmetro B). Os resultados mostram que 51% dos alunos conseguiram movimentar-
se de acordo com o andamento, ao longo de toda a música, enquanto 38% perderam
ocasionalmente a sincronia com o andamento, mas conseguiram retomá-la até ao final da música.
Verificou-se menor facilidade no parâmetro B, já que apenas 42% dos alunos conseguiram utilizar
vários segmentos corporais com fluidez, enquanto 23% utilizaram apenas um segmento corporal com
fluidez e 25% não alcançaram qualquer fluidez na utilização de vários segmentos corporais. Assim, a
expressividade corporal parece ser um aspeto a trabalhar no âmbito da Expressão Musical.
Educação e Expressão Dramática
A tarefa 3 da prova requeria que os alunos, perante um objeto dado (uma garrafa, um novelo de lã
ou uma revista), imaginassem que se tratava de uma coisa completamente diferente e que, apenas
por gestos, apresentassem o novo significado desse objeto aos colegas. A verbalização, no final da
apresentação, permitia ao classificador avaliar se os movimentos executados permitiam identificar o
novo significado. 78% dos alunos conseguiram atingir o código máximo de desempenho, enquanto
13% atribuíram ao objeto, durante o movimento, o seu significado real. A capacidade de utilizar o
movimento do corpo para traduzir uma situação imaginada parece estar globalmente consolidada.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 47/90
Os resultados no parâmetro C (Corpo) da tarefa 4, na qual os alunos tinham de dar continuidade a
uma história, utilizando a voz e o corpo, permitem confirmar a inferência anterior sobre a capacidade
de utilizar o movimento do corpo para representar uma situação: 82% dos alunos recorreram à
expressão corporal na construção da sua personagem. No entanto, 53% fizeram-no contribuindo
para o desempenho do grupo, ao passo que 29% não tiveram em atenção o desempenho global do
grupo. Nesta tarefa, 89% dos alunos conseguiram dar continuidade à história (parâmetro A, Indutor),
e 55% utilizaram a voz de forma audível e percetível (parâmetro B, Voz). De notar que 23% dos
alunos utilizaram a voz de forma audível, mas não percetível, sendo possível concluir que este aspeto
poderá ser melhorado em contexto de sala de aula.
Educação e Expressão Plástica
As duas tarefas no domínio da Educação e Expressão Plástica (tarefas 5 e 6) permitiam avaliar as
competências e conhecimentos dos alunos a partir de três parâmetros em comum: Planeamento e
Execução; Domínio Técnico; Criatividade. A tarefa 5 solicitava a moldagem em plasticina de um
animal (lagarto, polvo, caracol ou galo), a partir da observação de imagens de quatro obras de arte
alusivas a cada um dos animais. A tarefa 6 requeria a representação de corpo inteiro de uma
personagem da canção ouvida e cantada na primeira parte da prova (Carolina, Rita ou Marianita),
com as características nela descritas, e ainda do local, e, além dos parâmetros referidos, permitia
avaliar o cumprimento e o tratamento do tema, bem como a ocupação do espaço na folha de
desenho. No Gráfico 23, apresentam-se os resultados por parâmetro nas duas tarefas.
Gráfico 23 – Educação e Expressão Plástica – Tarefas 5 e 6
A análise do Gráfico 23 permite concluir que não existem dificuldades neste domínio,
independentemente da complexidade das operações cognitivas mobilizadas nas duas tarefas. No
entanto, é possível afirmar que a modelagem com plasticina (tarefa 5) foi menos fácil para os alunos:
no parâmetro B, Domínio Técnico, apenas 58% dos alunos conseguiram, na modelagem do elemento
em três dimensões, respeitar a sua morfologia. Relativamente ao mesmo parâmetro, na Tarefa 6
(parâmetro D, Domínio Técnico), 84% dos alunos utilizaram as três técnicas pedidas (desenho,
pintura e colagem).
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 48/90
No que se refere ao parâmetro Criatividade, objeto de avaliação nas duas tarefas, no âmbito do qual
os alunos teriam de mobilizar ideias originais para atribuir novas caraterísticas aos objetos artísticos
produzidos, apenas cerca de 70% dos alunos demonstraram pensamento criativo, pelo que é possível
concluir que este deve ser objeto de reforço na sala de aula, quer na área específica da Expressão e
Educação Plástica, quer nas restantes áreas.
Expressões Físico-Motoras – 1º CEB
A prova de Expressões Físico-Motoras (código 28), na modalidade de prova prática, foi constituída
por seis estações, com um total de nove tarefas, por forma a avaliar as aprendizagens relativas aos
três blocos que integram o currículo desta área, nomeadamente: Deslocamentos e equilíbrios
(tarefas 1, 2 e 4); Perícias e manipulações (tarefas 3, 5, 6, 7 e 8); Jogos infantis (tarefa 9). Para cada
tarefa foram definidos parâmetros de avaliação.
Na definição das tarefas, procurou-se que estivessem asseguradas condições idênticas de
exequibilidade nos diversos estabelecimentos de ensino e que todos os alunos conseguissem realizar
com sucesso as atividades propostas. Por este motivo, os alunos dispuseram de duas tentativas para
a sua realização.
A diferente complexidade das tarefas da prova foi determinada pela conjugação de variáveis como o
tipo de ação motora, o grau de controlo visual, o grau de associação das ações motoras e das
capacidades motoras envolvidas na tarefa, a previsibilidade do contexto onde se realizam e o tipo de
interação: tarefa individual ou em grupo. De salientar que, neste nível de escolaridade, a
aprendizagem em contexto informal pode interferir com a aprendizagem realizada em contexto
formal, influenciado a maior ou menor dificuldade sentida pelos alunos na realização das tarefas.
Apresentam-se os resultados por referência a cada um dos blocos.
Deslocamentos e equilíbrios
As três tarefas que permitiam avaliar o desempenho dos alunos em Deslocamentos e equilíbrios
mobilizavam ações motoras de diferente complexidade: correr, saltar, equilibrar-se e rolar. Os
resultados apresentam-se no Gráfico 24.
Gráfico 24 – Deslocamentos e equilíbrios
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 49/90
A análise do Gráfico 24 permite concluir que os alunos não manifestaram dificuldades na execução
das tarefas 1 e 2. Assim, 88% dos alunos conseguiram marchar para a frente sobre a trave inferior de
um banco sueco, com fluidez e equilíbrio, e 87% correram sem interrupções e transpuseram
obstáculos sem lhes tocar.
Os alunos tiveram mais dificuldades na tarefa 4, de complexidade superior: apenas 60% fizeram
corretamente a cambalhota à frente e sem interrupções, enquanto 28% executaram a cambalhota
fora dos limites do corredor definido, sem manter a direção, ou interromperam o movimento de
rotação e tiveram dificuldade em levantar-se com os pés juntos. Sendo a execução correta da
cambalhota o resultado de um processo formal de ensino-aprendizagem, pode inferir-se que a
cambalhota à frente poderá ser objeto de maior atenção em sala de aula.
Perícias e manipulações
Das quatro tarefas que permitiam avaliar o desempenho dos alunos em Perícias e manipulações, a
primeira envolvia o salto à corda e as três seguintes implicavam ações motoras básicas com bola:
lançar, receber e pontapear.
Na Tarefa 3 (salto à corda), os alunos tinham de executar seis saltos à corda sucessivos. Nesta tarefa,
considerada de nível de complexidade superior, os resultados ilustram a dificuldade dos alunos:
apenas 54% completaram o conjunto de saltos sem interrupções, 15% conseguiram executar seis
saltos, mas com uma interrupção, e 46% não conseguiram saltar à corda em saltos consecutivos,
demonstrando não ter adquirido o padrão motor do salto à corda, coordenando a rotação da corda
com os saltos.
Os resultados nas restantes tarefas (5, 6, 7 e 8) apresentam-se no Gráfico 25.
Gráfico 25 — Perícias e manipulações
Tendo em conta os dados registados no Gráfico 25, verifica-se que a tarefa mais fácil foi a tarefa 5,
de complexidade média, com 90% dos alunos a conseguirem correr para pontapear uma bola com
força, dentro dos limites do corredor assinalado, de modo a que, no ressalto, a bola voltasse à linha
onde estava colocada inicialmente. Por sua vez, a tarefa menos fácil foi a tarefa 6, de maior
complexidade, na qual se solicitava que os alunos lançassem uma bola, com a «mão melhor» e com o
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 50/90
braço elevado por cima da cabeça, para acertarem no alvo colocado na parede. Embora mais de
metade dos alunos (66%) tenha conseguido executar a tarefa de forma correta, é de notar que 23%
revelaram pouca precisão, pois só conseguiram acertar na zona maior do alvo, e 10% não
conseguiram executar a tarefa.
Nas tarefas 7 (drible) e 8 (receção da bola), de complexidade média e inferior, respetivamente, não
se registaram grandes dificuldades (74% de respostas com código máximo na primeira e 69% na
segunda). No entanto, a percentagem de alunos que não conseguiu realizar as tarefas foi
ligeiramente superior à registada nas tarefas anteriores: 11% na tarefa 7 e 19% na tarefa 8. De notar
que a complexidade da tarefa 8 era inferior à da tarefa 7: na tarefa 8, tratava-se de lançar uma bola
contra a parede e recebê-la com as duas mãos, ao passo que, na tarefa 7, os alunos deveriam
controlar uma bola em drible, utilizando uma mão até metade do percurso e a outra mão na segunda
metade.
A análise dos resultados permite inferir que as aprendizagens realizadas em contexto formal, nas
aulas de EFM, não esbatem o peso das aprendizagens informais.
Jogos infantis
A tarefa 9 (jogo do «Rabo de raposa»), realizada em grupo, implicava ações de perseguição e
esquiva, com deslocamento em corrida, fintas e mudanças de direção e de velocidade. Nesta tarefa,
66% dos alunos conseguiram ter sucesso. No entanto, destes alunos, apenas 12% conseguiram
ajustar as suas ações de perseguição e esquiva, cumprir as regras definidas e alcançar o objetivo do
jogo (tirar o maior número de lenços dos companheiros, sem perder o seu); 54%, conseguiram
participar no jogo, cumprindo as regras, mas não tiveram sucesso no que respeita ao objetivo do
jogo. A percentagem de alunos que revelaram dificuldades em participar no jogo, cumprindo os seus
requisitos, foi 31%. Os jogos infantis parecem constituir uma dimensão da aprendizagem que poderá
ser enriquecida recorrendo-se à diversidade de experiências na realização de habilidades motoras
em contexto aberto e dinâmico, associadas à tomada de decisão, intencionalidade e oportunidade da
sua execução, de acordo com o objetivo de cada jogo, bem como à compreensão e ao respeito pelas
regras que o caracterizam.
História e Geografia de Portugal – 2º CEB
A prova de História e Geografia de Portugal (código 57) foi constituída por dezoito itens e visava
avaliar tanto as competências e os conhecimentos relativos aos três domínios curriculares como as
competências que lhes são transversais. Alguns dos itens integravam subitens, para uma melhor
monitorização dos desempenhos dos alunos. Os resultados são apresentados por referência aos
domínios e às competências transversais.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 51/90
A Península Ibérica: Localização e Quadro Natural
As aprendizagens no domínio A Península Ibérica: Localização e Quadro Natural foram avaliadas em
sete itens (itens 1., 2., 3., 5.1., 10., 18.2. e 18.3.). No que respeita aos dois primeiros itens
(classificados por quatro e três categorias, respetivamente), os resultados não revelaram grandes
dificuldades: a maior parte dos alunos conseguiu identificar diferentes formas de representação da
superfície terreste nos quatro exemplos apresentados no item 1., variando a percentagem de
respostas corretas entre 79% (categoria 1.B) e 99% (categoria 1.C); a maioria dos alunos conseguiu
também selecionar a forma adequada de representar a superfície terrestre tendo em conta um
conjunto de tarefas dado, variando a mesma percentagem entre 50% (categoria 2.A) e 67%
(categoria 2.B). De notar que a exigência cognitiva do item 2. era relativamente maior do que a do
item 1. (que mobilizava apenas o reconhecimento das formas de representação da Terra), devendo
os alunos, na sua resolução, mostrar que sabiam o significado de cada uma das formas de
representação e aplicar corretamente cada um dos conceitos. Neste item, 46% dos alunos só
conseguiram aplicar corretamente o conceito de «globo» a uma das tarefas apresentadas.
No item 3., 71% dos alunos conseguiram identificar corretamente as três formas de relevo dadas no
enunciado, enquanto 19% identificaram duas dessas formas. Os resultados no item 5.1. mostram
também que não houve dificuldades em aplicar conhecimentos na seleção da opção que continha os
elementos constituintes fundamentais de um mapa: 62% dos alunos selecionaram a opção correta.
Maiores dificuldades se verificaram no item 10.2. Neste item, os alunos deveriam, para cada uma das
descrições de um rio português, atribuir o respetivo nome e assinalar os que são luso-espanhóis,
distinguindo-os dos rios nacionais. Os resultados apresentam-se no Gráfico 26.
Gráfico 26 — A Península Ibérica: Localização e Quadro Natural (item 10.2.)
Como se pode verificar pela análise do Gráfico 26, o subitem mais difícil foi o 10.2.D: apenas 28% dos
alunos conseguiram identificar o rio Mondego, enquanto 29% deixaram a resposta em branco e 42%
responderam incorretamente. Pelo contrário, o subitem em que os alunos tiveram menos dificuldade
foi o 10.2.C: 62% dos alunos identificaram corretamente o rio Tejo; no entanto, 10% não o
conseguiram identificar como sendo um rio luso-espanhol; 15% deixaram a resposta em branco e
23% responderam incorretamente.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 52/90
A análise dos resultados no item 10.2. permite inferir que alguns conhecimentos relativos à geografia
de Portugal não estão consolidados. Também os resultados no item 18.2. mostram que a utilização
dos pontos cardeais e colaterais para descrever a localização relativa de um determinado lugar
poderá ser objeto de maior consolidação em sala de aula: apenas 45% dos alunos conseguiram
preencher corretamente os espaços, selecionando um dos pontos cardeais para localizar o
continente europeu em relação ao continente asiático, o continente africano em relação ao
continente europeu e Portugal continental em relação ao continente americano. Neste item, 55%
dos alunos responderam incorretamente, sendo de salientar que 23% trocaram oeste com este. Os
resultados foram ligeiramente melhores quando se tratou da utilização dos pontos colaterais: 55%
dos alunos conseguiram localizar Portugal continental em relação ao continente europeu e o
continente asiático em relação ao continente africano; 16% trocaram sudoeste com sudeste e
noroeste com nordeste.
No item de seleção que requeria a identificação dos oceanos em função da sua localização relativa
(item 18.3.), 70% dos alunos conseguiram identificar corretamente os oceanos ligados pela rota
traçada no mapa.
A Península Ibérica: dos primeiros povos à formação de Portugal
As aprendizagens neste domínio foram avaliadas em sete itens da prova (itens 4., 5.2., 5.3., 6., 7., 8.,
9.1. e 10.1.A). Os resultados, por subitem e por categoria de classificação, mostram que os alunos
não tiveram dificuldade em responder aos itens em que se requeria: i) a localização, num mapa, da
capital do Império Romano (item 5.2., com 78% de respostas corretas); ii) a identificação de aspetos
da romanização (item 5.3., com uma percentagem de respostas corretas, por código de classificação,
entre 63% e 86%), e iii) a identificação de vestígios materiais da presença romana na Península
Ibérica (item 6., com uma percentagem de respostas corretas, por subitem, a variar entre 61% e
88%). No item 5.3, propunha-se a correção de quatro erros científicos num texto sobre o tema da
romanização, mediante a seleção da opção correta em cada um dos subitens. O subitem com menor
percentagem de respostas corretas (63%) foi o 5.3.B, que solicitava a escrita em numeração romana
do ano 218 a.C. Neste item, 35% dos alunos responderam incorretamente, sendo de destacar que
16% responderam «II a.C.». O item 9.2., que incidia nos conteúdos do domínio Portugal: do século XII
ao século XVII, avaliava competências transversais de utilização de sistemas de datação e cronologia.
Neste item, 51% dos alunos escreveram corretamente, em numeração romana, o século em que
ocorreram os acontecimentos assinalados numa barra cronológica (1128, 1143, 1179 e 1185); 29%
responderam incorretamente, e 17% não responderam.
Nos restantes itens que incidiam neste domínio, é possível identificar algumas fragilidades. Por
exemplo, no item 4., os alunos deveriam selecionar, numa imagem, quatro ou cinco atividades,
técnicas e manifestações artísticas das comunidades recoletoras, mostrando que sabiam distingui-las
das atividades e manifestações artísticas das comunidades agropastoris. Apenas 27% dos alunos
conseguiram responder de forma correta e completa, enquanto 65% responderam de forma
incorreta.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 53/90
No item 7., 41% dos alunos identificaram correta e completamente quatro elementos da religião
islâmica presentes no enunciado, e 31% identificaram dois ou três aspetos. No entanto, 28% deram
uma resposta incorreta.
No item 8., 34% dos alunos conseguiram identificar, num mapa, as quatro unidades políticas do
período da reconquista cristã, enquanto 41% só identificaram duas ou três dessas unidades políticas,
e 24% deram uma resposta incorreta.
Também no item 9.1., que visava avaliar a compreensão de aspetos relativos à formação de Portugal,
apenas 25% dos alunos relacionaram corretamente três acontecimentos históricos com a data em
que ocorreram; 16% relacionaram corretamente dois acontecimentos, e 58% responderam
incorretamente. Estes resultados mostram fragilidades na localização dos acontecimentos no tempo.
No item 10.1., apenas 26% dos alunos conseguiram selecionar corretamente todas as expressões que
completavam o texto. Porém, 47% dos alunos selecionaram corretamente as três expressões que
completavam as frases relativas à formação de Portugal (item 10.1.A), e 48% conseguiram mobilizar
operações cognitivas mais complexas, completando as três expressões que requeriam a
interpretação do mapa (item 10.1.B).
Portugal: do século XII ao século XVII
As aprendizagens neste domínio foram avaliadas em oito itens da prova (itens 11., 13., 14., 15., 16.,
17., 18.1. e 18.4.). Nos subitens do item 11., os alunos deviam relacionar as causas e as
consequências de fenómenos históricos associados à crise do século XIV. Não se registaram
dificuldades na resolução destes subitens, tendo a percentagem de respostas corretas variado entre
84% e 88%. No item 13., que, à semelhança do item 11., mobilizava operações cognitivas de nível
médio (interpretar informação e aplicar conhecimentos), 48% dos alunos conseguiram interpretar a
carta de foral apresentada como suporte e transcrever seis ou sete expressões do documento de
acordo com os aspetos solicitados no enunciado, enquanto 35% transcreveram quatro ou cinco
expressões e 13% transcreveram duas ou três.
No item 14., apenas 10% dos alunos conseguiram ordenar cronologicamente os quatro
acontecimentos relacionados com a crise de 1383-1385. Este desempenho indicia que a localização
de acontecimentos no tempo e a sua ordenação cronológica deve continuar a ser trabalhada.
No que respeita aos itens que incidiam na caracterização de aspetos económico-sociais e artísticos
do período de expansão portuguesa dos séculos XV e XVI (itens 15., 16. e 17.), os resultados revelam
maiores dificuldades, com exceção daqueles que se registaram no item 15. Neste item, 69% dos
alunos conseguiram associar as etiquetas contendo as motivações para a expansão ao respetivo
grupo social. Já no item 16., apenas 9% dos alunos conseguiram completar correta e completamente
os três espaços em branco de um texto com informação relativa à expansão portuguesa e não
constante no gráfico de suporte ao item, enquanto 17% preencheram corretamente dois espaços
(16.A). Quanto ao preenchimento dos espaços que requeriam interpretação do gráfico, verificou-se
que 58% dos alunos preencheram corretamente os três espaços (16.B). No item 17., relativo aos
aspetos artísticos deste período, os desempenhos foram fracos: 72% dos alunos não obtiveram
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 54/90
sucesso e apenas 9% conseguiram preencher corretamente a etiqueta relativa ao estilo arquitetónico
do monumento representado na imagem e as três etiquetas relativas aos seus elementos
decorativos. De salientar que tanto o item 16. como o item 17. mobilizavam operações cognitivas de
interpretação da informação e de aplicação de conhecimentos em contexto, as quais devem
continuar a ser trabalhadas.
Também o item 18.1. mobilizava operações cognitivas de interpretação de informação (no caso, um
mapa) e a aplicação de conhecimentos relativos aos descobrimentos portugueses no século XV.
Verificou-se que apenas 27% dos alunos conseguiram responder completa e corretamente ao subitem
18.1.1., completando o espaço relativo ao navegador, apenas 16% responderam completa e
corretamente ao subitem 18.1.2., completando os espaços relativos à data e ao navegador, e apenas
46% responderam completa e corretamente ao subitem 18.1.3., completando o espaço relativo à data.
Um dos itens da prova em que os alunos revelaram mais dificuldades foi o item 18.4. Para responder
corretamente, os alunos tinham de mobilizar conhecimentos para interpretar o suporte e relacionar
diversas informações relativas ao Tratado de Tordesilhas, escrevendo um texto correto e coerente.
Para a classificação deste item, foram definidos os seguintes parâmetros de classificação: A –
Conteúdos; B – Utilização da terminologia específica da disciplina e C – Organização coerente dos
conteúdos. Neste item, 65% dos alunos não obtiveram sucesso em nenhum dos parâmetros
avaliados. O insucesso no parâmetro A foi de 79%, no parâmetro B foi de 68% e no parâmetro C foi
de 83%. Perante estes resultados, deve continuar-se a investir neste tipo de itens, desenvolvendo
nos alunos a capacidade de produzir sínteses escritas, mobilizando documentos de índole diversa.
Competências transversais
Em alguns dos itens ou subitens da prova, visava-se, sobretudo, a avaliação de competências
transversais. Assim, por exemplo, o item 16. (categoria de classificação B) permitiu avaliar a
capacidade de analisar um gráfico, tendo a maioria dos alunos (com 58% de respostas corretas e
completas) demonstrado essa capacidade. Menos consolidada parece estar a capacidade de
interpretar, em suportes cartográficos, variáveis relativas à temperatura, à altitude e à localização:
no item 10.1. (categoria de classificação B), apenas 48% dos alunos conseguiram localizar as terras
pedidas no enunciado e, no item 12., apenas 37% dos alunos conseguiram selecionar as opções que
traduziam corretamente a relação entre a temperatura e o relevo, tendo em conta a imagem
de suporte.
Matemática e Ciências Naturais – 2º CEB
A prova de Matemática e Ciências Naturais (código 58) incidiu sobre as aprendizagens nas disciplinas
de Matemática e de Ciências Naturais. Apresentam-se os resultados por referência a cada uma das
disciplinas e aos respetivos domínios curriculares.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 55/90
Ciências Naturais
Os conteúdos e competências desta disciplina foram avaliados em oito itens da prova, os quais
incidiram nos domínios da Diversidade dos seres vivos e suas interações com o meio e dos Materiais
terrestres.
Diversidade dos seres vivos e suas interações com o meio
No Gráfico 27, apresenta-se a percentagem de respostas classificadas com o código máximo nos sete
itens, e respetivas categorias de classificação, que incidiam no domínio da Diversidade dos seres vivos
e suas interações com o meio (itens 1., 2., 5., 6. e 11.1., 11.2. e 11.3.).
Gráfico 27 — Diversidade dos seres vivos e suas interações com o meio
Os resultados mostram a existência de algumas dificuldades, a par de aprendizagens que parecem
consolidadas. Assim, por exemplo, no item 2., a maioria dos alunos mostrou que conseguia
relacionar as características morfológicas de um animal (o lince-ibérico) com o seu regime alimentar,
utilizando a informação fornecida nas imagens (2.A – 95%; 2.B – 91%; 2.C – 71%) e, no item 1., 64%
dos alunos conseguiram utilizar a informação dada no texto para estabelecer a mesma relação,
embora só 46% tenham conseguido identificar duas das características solicitadas no item. A
exigência cognitiva do item 1. era superior à do item 2., já que implicava não apenas o
reconhecimento das características em causa, mas também a aplicação dos conhecimentos na
análise e interpretação do suporte textual.
No item 6. (categoria de classificação A), 83% dos alunos mostraram reconhecer o tipo de
desenvolvimento embrionário de um animal (lince-ibérico). No entanto, a percentagem de alunos
que conseguiram caracterizar os tipos de reprodução existentes nos animais e nomear as células
sexuais foi inferior: apenas 29% responderam de forma correta e completa, enquanto 44% deram
uma resposta incompleta. Nestes itens, avaliava-se, essencialmente, o reconhecimento dos
processos reprodutivos nos animais.
As maiores dificuldades verificam-se nos itens 5. e 11.1. No item 5., era pedida a construção de um
texto claro e com frases bem construídas sobre a importância da existência de centros de
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 56/90
reprodução para proteção das espécies animais. Apenas 20% dos alunos conseguiram responder de
forma correta ao item, e 7% fê-lo sem apresentar um discurso claro e bem construído. A organização
do discurso escrito no sentido de apresentar conclusões ou informação relevante para resolver
problemas parece ser um aspeto que carece de especial atenção no desenvolvimento das atividades
de ensino da escrita.
Por sua vez, o item 11.1. incidia, em conjunto com os itens 11.2. e 11.3., numa atividade
experimental. Apenas 15% dos alunos conseguiram identificar a hipótese que se pretendia confirmar
com a realização dessa atividade. De notar que 55% dos alunos selecionaram a opção A (A água
influencia o crescimento das plantas) em vez da opção correta (A água influencia o crescimento da
sardinheira), o que revela que conseguem identificar o fator em estudo, mas fazem uma
generalização da hipótese em vez de particularizarem, tendo em conta a situação concreta. Os
resultados nos dois itens seguintes (11.2. e 11.3.), com 41% de respostas corretas e completas em
ambos os itens e 31% e 39% de respostas incorretas, respetivamente, também permitem inferir que
deverá ser dada mais atenção à componente experimental, chamando a atenção para a distinção
entre a descrição dos resultados e a justificação desses mesmos resultados.
Materiais terrestres
No item 9.2., avaliava-se a capacidade de aplicar conhecimentos na análise de uma situação
concreta, designadamente, a identificação dos fatores relacionados com a atividade humana que
podem explicar a diminuição das populações de linces-ibéricos: 57% dos alunos responderam de
forma incorreta ao item, e apenas 15% selecionaram as três opções corretas, enquanto 13%
selecionaram duas das opções. De registar ainda que 14% dos alunos selecionaram também a opção
B (luta pelas fêmeas) como resposta ao solicitado.
Matemática
As aprendizagens na disciplina de Matemática foram avaliadas em dezasseis itens da prova, incidindo
nos domínios Números e Operações, Álgebra, Geometria e Medida e Organização e Tratamento
de Dados.
Globalmente, verificou-se que os alunos manifestaram muitas dificuldades nesta disciplina, em todos
os domínios curriculares e independentemente da complexidade cognitiva das tarefas requeridas. A
elevada percentagem de respostas incorretas (código 00) e de respostas em branco (código 99) leva
a afirmar que será necessário reforçar e consolidar as diversas aprendizagens.
Números e Operações
Os conhecimentos e as competências no domínio dos Números e Operações foram avaliados através
de cinco itens (3., 7., 9.1., 10. e 12.) que incidiam no subdomínio dos números racionais não
negativos, sendo que um dos itens mobilizava a capacidade de resolução de problemas (item 10.).
No item 3., os alunos deveriam comparar números racionais com a unidade, mostrando a falsidade
da seguinte afirmação: «Nove décimos da alimentação do lince-ibérico são compostos por coelho
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 57/90
bravo e um quinto é composto por animais de outras espécies.» Apenas 27% dos alunos conseguiram
responder, apresentando uma resposta que mostrasse que a soma das partes era maior do que o
todo. Neste item, 26% dos alunos não responderam e 47% deram uma resposta incorreta.
Para resolver os itens 7. e 9.1., os alunos tinham de saber calcular a percentagem de um número,
comparar percentagens e traduzir a parte de um todo numa percentagem. Os resultados mostram as
dificuldades sentidas pelos alunos, especialmente no item 7.: apenas 34% selecionaram a opção
correta. No item 9.1., apenas 26% dos alunos selecionaram as três afirmações verdadeiras de acordo
com o suporte do item (uma tabela); 26% selecionaram duas das afirmações e 3% uma das
afirmações. Neste item, registaram-se 43% de respostas incorretas.
No item 12., apresentavam-se três conjuntos de frações para os alunos identificarem quais os que
estavam escritos por ordem crescente. O conjunto dado em 12.1. continha frações com o mesmo
denominador, o conjunto dado em 12.2. continha frações com o mesmo numerador e o conjunto
dado em 12.3. continha frações com numeradores e denominadores diferentes. Os alunos não
revelaram, em geral, dificuldades na identificação da opção correta em 12.1., com 77% de respostas
corretas. No entanto, 18% dos alunos selecionaram a opção que continha as frações escritas por
ordem decrescente. A dificuldade aumentou em 12.2., com apenas 49% de respostas corretas e 41%
de respostas que selecionaram as frações escritas por ordem decrescente. A dificuldade foi ainda
maior em 12.3., com apenas 25% de respostas corretas, 21% de respostas que selecionaram a
ordenação decrescente e 49% de respostas incorretas.
As dificuldades nas operações com frações foram ainda mais visíveis no item 10., que consistia num
problema envolvendo números racionais representados por frações, e que requeria a apresentação
de uma estratégia de resolução. Apresenta-se em seguida o enunciado do item 10.
Item 10. da Prova de Aferição de Matemática e Ciências Naturais, 5º ano (IAVE, 2017)
Neste item, 24% dos alunos não apresentaram qualquer tentativa de resolução do problema ou de
manipulação dos dados, e a percentagem de respostas classificadas com o código 00 variou entre
26%, no parâmetro E (com a descrição «escreve uma resposta que não está de acordo com a
resolução apresentada»), e 59%, no parâmetro A (com a descrição «revela uma estratégia
inadequada ou estratégia ausente»), registando-se 57% nos parâmetros B (com a descrição «não
mobiliza nenhum dos [conceitos e procedimentos] necessários») e C (com a descrição «não
apresenta qualquer resolução»). Apenas 8% dos alunos apresentaram uma estratégia adequada
(parâmetro A). O desempenho é igualmente muito fraco nos restantes parâmetros. O item requeria a
leitura e a interpretação do enunciado do problema e a utilização de uma estratégia em que fosse
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 58/90
estabelecida a correspondência entre as partes e o número de crias. Este problema envolvia a
mobilização de conhecimentos adquiridos. Os fracos resultados neste item são comparáveis aos
obtidos no item 3., que mobilizava operações mentais relacionadas com a aplicação de
conhecimentos.
Geometria e Medida
No domínio da Geometria e Medida, que foi objeto de avaliação em seis itens da prova (8., 15., 16.,
17. 18. e 19.), os resultados mostram, em geral, dificuldades idênticas às verificadas no domínio dos
Números e Operações.
Os melhores desempenhos registaram-se no item que incidiu na classificação de triângulos quanto
ao comprimento dos lados, sendo dadas as amplitudes dos respetivos ângulos internos (item 16.). A
percentagem de respostas corretas variou entre 59% (nos subitens 16.1. e 16.4.) e 72% (no subitem
16.5.). De salientar que este item implicava a mobilização de operações cognitivas de aplicação, no
caso, das propriedades geométricas dos triângulos.
No item 8., que mobilizava operações cognitivas de reconhecimento e de repetição, os resultados
revelaram grandes dificuldades por parte dos alunos: apenas 10% dos alunos conseguiram calcular,
sem cometer qualquer erro de cálculo, a área do polígono dado no enunciado, a qual envolvia a área
de dois triângulos e de dois retângulos; 11% cometeram de um a três erros de cálculo, e 27% só
calcularam a área de, pelo menos, um retângulo. Esta dificuldade reflete-se na capacidade de
resolver problemas.
Nos itens que envolviam a bissetriz de um ângulo (itens 15. e 19.), os resultados revelaram também
as muitas dificuldades dos alunos, independentemente da complexidade das operações cognitivas
mobilizadas. No item 15., os alunos deveriam apresentar o resultado do cálculo da amplitude de um
ângulo envolvendo a bissetriz. Apenas 32% apresentaram o resultado correto. No item 19., pedia-se
a construção da bissetriz de um ângulo, com utilização do compasso e da régua. Somente 32% dos
alunos corresponderam ao solicitado, não havendo evidência, em 10% das respostas, do uso dos
materiais indicados.
Nos itens de resolução de problemas (itens 17. e 18.), os resultados revelaram igualmente muitas
dificuldades, como se pode verificar mediante a análise do Gráfico 28.
Gráfico 28 – Geometria e Medida – Resolução de problemas
0
20
40
60
80
100
Parâm. A Parâm. B Parâm. C Parâm. D Parâm. E
Percentagem de respostas com código máximo
Item 17.
Item 18.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 59/90
Os resultados foram muito semelhantes no item 17. e no item 18. No primeiro caso, o problema
envolvia paralelismo, ângulos e triângulos; no segundo caso, o cálculo da área de figuras planas. Com
exceção do observado no parâmetro D (Cálculo e transcrição), a percentagem de respostas
classificadas com código máximo foi sempre inferior a 15%, e a percentagem de respostas
classificadas com código 00 foi sempre superior a 40% (exceto no parâmetro E, uma vez que nele se
contemplam códigos específicos para a apresentação de uma solução errada, mas consistente com o
processo de resolução).
Os resultados no item 18. permitem concluir que a não consolidação dos conhecimentos essenciais,
já bem patente no item 8., interfere negativamente na resolução de problemas. Neste item, os
alunos deveriam encontrar uma estratégia para calcular a área da figura, estabelecendo relações
entre os dados. Verifica-se que apenas 14% dos alunos mobilizaram todos os conceitos e
procedimentos necessários para a resolução do problema.
Álgebra
Os conhecimentos e as competências no domínio da Álgebra foram avaliados através de dois itens
(13. e 14.). Mais uma vez, os resultados revelaram muitas dificuldades. No item 13., eram dadas
quatro expressões numéricas, devendo os alunos selecionar aquela que, respeitando as prioridades
convencionadas das operações, representava um determinado valor. Apenas 27% dos alunos
selecionaram a opção correta, tendo 54% selecionado uma expressão que, sem respeitar as
prioridades, representava o mesmo valor. No item 14., os alunos deviam calcular e simplificar o valor
de uma expressão numérica que envolvia a adição, a multiplicação e a divisão. Apenas 30% dos
alunos conseguiram responder ao item de forma correta e completa. Verificou-se ainda que 11% dos
alunos não respeitaram as prioridades das operações, 47% deram uma resposta incorreta e 11% não
responderam.
Organização e Tratamento de Dados
As dificuldades manifestadas nos restantes domínios que foram objeto de avaliação na prova
mantiveram-se nos três itens relativos ao domínio da Organização e Tratamento de Dados, nos quais
se registou uma percentagem de respostas incorretas superior a 40%. Os itens tinham como suporte
uma tabela onde estava registado o número de nascimentos de crias de lince-ibérico entre 2012 e
2016. No item 4.1., apenas 42% dos alunos conseguiram interpretar a tabela apresentada e
identificar o valor mais frequente; no item 4.2., apenas 33% determinaram corretamente a média
dos valores registados e, desses alunos, apenas 18% arredondaram o resultado às unidades, como
solicitado. No item 4.3., a exigência cognitiva era maior, pois não se tratava apenas da aplicação de
conhecimentos elementares na resolução do item, mas também da interpretação dos dados e da
compreensão do conceito de média. O enunciado era o seguinte: Quantas crias de lince-ibérico
deverão nascer em 2017, para que a média do número de crias nascidas, no período de 2014 a 2017,
seja 13? Apenas 9% dos alunos conseguiram responder de forma correta, e 60% deram uma resposta
incorreta. A percentagem de respostas em branco foi 31%.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 60/90
Em suma, pode concluir-se que alguns dos itens da prova implicavam a mobilização das capacidades
de raciocínio e de abstração e, como tal, as dificuldades diagnosticadas talvez possam ser
ultrapassadas em fase posterior do desenvolvimento cognitivo. No entanto, quando a dificuldade se
prende com conceitos e procedimentos considerados básicos e essenciais neste ano de escolaridade,
pode concluir-se que será importante reforçar o trabalho que envolve conhecimento de factos e de
procedimentos matemáticos, com ênfase na compreensão de conceitos e na introdução progressiva
de situações-problema que mobilizem a sua aplicação em contextos diferenciados.
Ciências Naturais e Físico-Química – 3º CEB
A prova de Ciências Naturais e Físico-Química (código 88) foi constituída por vinte e dois itens e
permitiu avaliar, de forma integrada, as aprendizagens no âmbito da disciplina de Ciências Naturais
(CN) e no âmbito da disciplina de Físico-Química (FQ), mobilizando quer os conhecimentos
específicos de cada disciplina quer as competências transversais que constam das metas e das
orientações curriculares. Os resultados são apresentados tendo em conta os quatro domínios
curriculares em que incidiu a avaliação: Terra no espaço, Terra em transformação, Sustentabilidade
na Terra e Componente Experimental.
De modo geral, os alunos manifestaram muitas dificuldades em todos os domínios curriculares,
independentemente da exigência cognitiva das tarefas. No entanto, é de salientar que os
desempenhos mais fracos estão associados a itens que incidem em conteúdos da disciplina de FQ, e
os melhores desempenhos estão relacionados com conteúdos da disciplina de CN. A elevada
percentagem de respostas incorretas (com código 00) leva a afirmar que será necessário reforçar e
consolidar as diversas aprendizagens.
Terra no espaço
Os resultados nos itens que incidiram no domínio da Terra no espaço apresentam-se no Gráfico 29.
Gráfico 29 – Terra no espaço
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 61/90
Os itens 8.1. e 8.2., que incidiam em conteúdos da disciplina de FQ, tinham como suporte uma tabela
com dados relativos aos planetas Terra e Marte. Em ambos os casos, eram mobilizadas operações
cognitivas de nível médio (interpretação e aplicação), uma vez que os alunos tinham de interpretar
os dados registados na tabela para responder ao que era solicitado pelos itens. No item 8.1., apenas
14% dos alunos conseguiram conceber uma estratégia para determinar, na unidade astronómica
(ua), a distância do planeta Marte ao Sol; 3% conseguiram determinar a distância, mas não
efetuaram a conversão para ua; 42% não conseguiram responder, e 42% deixaram a resposta em
branco. No item 8.2., apenas 15% dos alunos conseguiram selecionar a opção que continha a
interpretação correta dos dados da tabela.
Nos itens 9.1. e 9.2., que também incidiam em conteúdos de FQ, os resultados mostram, igualmente,
muitas dificuldades: no item 9.1., apenas 28% dos alunos selecionaram a opção correta, utilizando o
conhecimento da distinção entre peso e massa de um corpo para associar o peso à força gravítica
que um planeta exerce sobre esse corpo e indicar o modo como o peso varia com a distância do
corpo ao planeta. A dificuldade aumentou no item 9.2., que mobilizava a capacidade de relacionar o
conhecimento dos conceitos científicos em causa com as propriedades registadas no gráfico que
servia de suporte ao item: apenas 10% dos alunos conseguiram retirar os dados necessários e aplicar
a proporcionalidade direta entre peso e massa para determinar o peso de um corpo. Neste item, 16%
dos alunos calcularam o peso do corpo, mas cometeram erros de unidades, de cálculo ou de leitura
dos dados do gráfico, 29% deram uma resposta incorreta e 44% não responderam.
O desempenho manteve-se fraco no item 10.1. e no subitem 10.2.A, que incidiam em conteúdos de
CN. No item 10.1., apenas 11% dos alunos referiram duas condições necessárias à existência de vida.
Neste item, que mobilizava a reprodução de conhecimentos, 33% referiram apenas uma das duas
condições, e 50% não reconheceram a existência de seres vivos que vivem na ausência de oxigênio
ou identificaram a camada de ozono como condição necessária à existência de vida; 20% dos alunos
deram uma resposta incorreta. No subitem 10.2.C, 37% dos alunos reconheceram as bactérias como
seres procariontes e identificaram as suas características, enquanto 25% mostraram não ter
adquirido estes conceitos.
Tendo em conta que os itens mobilizavam o conhecimento de conceitos científicos, de relações e de
propriedades elementares e fundamentais, será de recomendar que os conteúdos sejam objeto de
reforço na lecionação, preferencialmente em situações que requeiram a sua aplicação em contexto.
Terra em transformação
Neste domínio, os desempenhos mantiveram-se fracos, revelando muitas dificuldades relacionadas
com o conhecimento e aplicação de conceitos e propriedades elementares, especialmente no âmbito
da disciplina de FQ (item 7.). Registaram-se, no entanto, resultados melhores do que no domínio
anterior. Os resultados nos itens que incidiram neste domínio, quase todos no âmbito da disciplina
de CN, apresentam-se no Gráfico 30.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 62/90
Gráfico 30 – Terra em transformação
Para resolver o item 1.1., os alunos deveriam interpretar num esquema o movimento relativo entre
duas placas litosféricas e selecionar as três opções que completavam corretamente o texto dado.
Apesar de se registarem apenas 29% de respostas corretas e completas, é de salientar que 42% dos
alunos selecionaram corretamente duas das três opções. No item 1.2., apenas 36% dos alunos
mostraram ter conhecimentos relativos às correntes de convecção, tendo selecionado a opção que
continha as proposições verdadeiras. Cerca de 28% não reconheceram a convecção como sendo um
processo de transferência de energia que envolve transporte de matéria, e 35% demonstraram não
reconhecer o processo de convecção, nem a sua relação com o movimento das placas tectónicas.
No item 7., os alunos deveriam classificar como verdadeiras ou falsas seis proposições relativas à
interpretação de um gráfico que continha dados da variação da temperatura de uma amostra de
água em função do tempo, durante uma mudança de estado. Apesar de apenas 5% dos alunos terem
respondido de forma correta e completa ao item, 47% classificaram de forma correta quatro ou cinco
das proposições dadas. No entanto, 48% dos alunos responderam incorretamente ao item.
Quanto ao item 10.2., que mobilizava o conhecimento de conceitos e de factos científicos, os
resultados, por categoria de classificação (A e B), foram melhores quando se tratou da identificação
do gás natural como recurso energético e como recurso não renovável (com 62% de respostas
corretas), e foram piores quando se tratou de avaliar o conhecimento das características do basalto e
do seu modo de formação (com 26% de respostas corretas e 20% de respostas que apenas
identificaram o basalto como sendo uma rocha vulcânica).
Face aos resultados, pode afirmar-se que os conteúdos e competências, no domínio específico das
duas disciplinas, devem ser objeto de reforço.
Sustentabilidade na Terra
Nos itens que incidiram no domínio da Sustentabilidade na Terra, a variação da percentagem de
respostas corretas foi maior do que nos domínios anteriores, podendo identificar-se algumas
aprendizagens mais consolidadas. Apresentam-se, em primeiro lugar, no Gráfico 31, os resultados
nos itens e nos subitens relativos aos conteúdos da disciplina de CN.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 63/90
Gráfico 31 – Sustentabilidade na Terra – Ciências Naturais
Os subitens em que os alunos tiveram mais facilidade (2.2.A e 2.3.C, com 66% de respostas corretas
em ambos os casos) mobilizavam operações cognitivas de diferente complexidade: no primeiro caso,
tratava-se de uma operação mental de reconhecimento, já que era pedido aos alunos que
completassem um texto sobre a relação biótica entre as bactérias e os mexilhões mediante a seleção
da opção correta («interespecífica»); no segundo caso, os alunos tinham de aplicar os conhecimentos
na interpretação das proposições relativas ao ciclo do oxigénio. Com um resultado ligeiramente
inferior, destaca-se o subitem 2.3.B (58% de respostas corretas), que mobilizava conhecimentos
relativos às formas de transferência de energia.
No item 2.1., 47% dos alunos conseguiram aplicar conhecimentos para construir uma cadeia trófica,
com base na interpretação do texto de suporte.
Registou-se maior dificuldade na resolução dos subitens 2.2.B e 2.3.A. No primeiro caso, apenas 38%
dos alunos conseguiram identificar as duas relações bióticas presentes no texto, enquanto 52%
identificaram apenas uma. No segundo caso, apenas 15% dos alunos conseguiram aplicar
conhecimentos na interpretação das quatro proposições relativas ao ciclo do carbono e classificá-las
quanto à sua veracidade; 33% classificaram corretamente três dessas proposições, e 32%
classificaram corretamente apenas duas dessas proposições.
O item 4. mobilizava, simultaneamente, conhecimentos das duas disciplinas. Neste item, apenas 11%
dos alunos conseguiram responder de forma correta e completa, reconhecendo as características das
ondas sonoras e das ondas sísmicas, associando-as à estrutura interna da Terra e aplicando
conhecimentos na interpretação do texto e na seleção das opções corretas; 30% dos alunos
mostraram compreender apenas as características das ondas sonoras, e 11% mostraram
compreender somente o modelo geofísico da Terra associado. De registar que 48% dos alunos
responderam incorretamente ao item.
Os resultados nos itens e subitens que incidiam em conteúdos específicos da disciplina de FQ
apresentam-se no Gráfico 32.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 64/90
Gráfico 32 – Sustentabilidade na Terra – Físico-Química
O subitem que apresentou menor dificuldade para os alunos foi o subitem 11.2.C, com 57% de
respostas corretas. É de salientar que, no item 11.2., com três categorias de classificação (subitens A,
B e C), os alunos tinham de aplicar conhecimentos de conceitos e propriedades na análise e
interpretação das seis proposições dadas, e classificar estas proposições como verdadeiras ou falsas.
Assim, 83% classificaram incorretamente pelo menos uma das proposições relativas à composição
das moléculas a partir da sua fórmula química (subitem 11.2.A), 22% conseguiram distinguir entre
combustível e comburente e identificar reagentes e produtos de reação (subitem 11.2.B, com 56% de
respostas parcialmente corretas), e 57% mostraram conhecer o princípio segundo o qual a massa das
substâncias se conserva durante uma reação química.
No item 5., verificou-se que 40% dos alunos conseguiram aplicar conhecimentos relativos às ondas
sonoras, relacionando-as com as propriedades do som, na interpretação de três gráficos. De salientar
ainda que 10% mostraram compreender as características das ondas sonoras, e 26% mostraram
compreender as propriedades do som.
No item 11.1., apenas 35% dos alunos conseguiram reconhecer a opção que continha a leitura e
interpretação correta da reação química apresentada. Tratando-se de um conhecimento elementar
na disciplina de FQ, este conteúdo carece de maior aprofundamento em sala de aula.
Componente Experimental
Os itens que incidiram na componente experimental das duas disciplinas (CN — itens 3.1., 3.2. e 3.3.;
FQ — itens 6.1. e 6.2.) permitiram avaliar competências transversais relacionadas com a aplicação do
método científico, independentemente dos conteúdos específicos das situações experimentais, a
saber: i) identificar a hipótese testada (item 3.1.); ii) tirar conclusões a partir da interpretação da
informação recolhida (item 3.2.); iii) apresentar uma explicação com base em resultados
experimentais (item 3.3.); iv) prever resultados com base na interpretação de situações
experimentais (item 6.1.); v) relacionar o conhecimento de princípios com as propriedades
observadas (item 6.2.). Os resultados nestes itens apresentam-se no Gráfico 33.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 65/90
Gráfico 33 – Componente Experimental
No item 3.1., é de salientar que 30% dos alunos selecionaram a opção que continha o problema e
não a hipótese testada. No item em que os alunos revelaram mais dificuldades (3.3., com 14% de
respostas com código máximo, 21 e 22), verificou-se que 23% dos alunos não responderam e 35%
deram uma resposta incorreta. Neste item, os alunos tinham de analisar resultados experimentais e
explicar em que medida esses resultados estavam de acordo com uma determinada suposição. No
item 6.1., apesar de apenas 25% dos alunos terem conseguido responder de forma correta e
completa, 27% apresentaram uma resposta parcialmente correta.
Os resultados permitem concluir que deve ser feito um reforço das aprendizagens no domínio
experimental, quer ao nível do conhecimento quer ao nível do raciocínio.
Português – 3º CEB
A prova de Português do 8º ano (código 85) foi constituída por 28 itens, através dos quais se
avaliaram as aprendizagens nos domínios curriculares de referência da disciplina: Compreensão do
Oral, Leitura e Educação Literária, Gramática e Escrita. Apresentam-se os resultados por item nestes
domínios.
Compreensão do Oral
Os quatro primeiros itens da prova, todos de escolha múltipla, avaliaram os desempenhos no
domínio da Compreensão do Oral e tiveram como suporte a audição de uma peça jornalística. Nestes
itens, foram objeto de avaliação as capacidades de mobilizar a informação ouvida (itens 1.1. e 1.2.),
de reconhecer características do texto oral (item 1.3.) e de interpretação de texto (item 2.). Com
exceção do item 2., que mobilizava operações cognitivas de nível médio, todos os itens convocavam
operações cognitivas de nível inferior.
Nos itens 1.1. e 1.2., a grande maioria dos alunos selecionou a opção correta (77% e 87%,
respetivamente). No entanto, no item 1.3., apenas 50% dos alunos conseguiram identificar
corretamente a opção «hesitações» como marca do texto oral. De notar que 29% selecionaram a
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 66/90
opção «interjeições». No item 2., a grande maioria dos alunos (84%) selecionou a opção que
sintetizava corretamente o assunto do texto ouvido.
Leitura e Educação Literária
O domínio da Leitura e Educação Literária foi objeto de avaliação em treze itens. Três desses itens
tiveram como suporte um texto não literário (expositivo); os restantes dez itens tiveram como
suporte um texto literário.
Leitura de texto não literário
Relativamente ao texto não literário, os alunos tinham de localizar informação explícita (itens 3. e 5.)
e interpretar e relacionar ideias do texto (item 4.). Os resultados mostram algumas dificuldades,
nomeadamente na localização da informação explícita do texto, quer quando se tratava de ordenar
as frases dadas no item 3., com apenas 50% de respostas corretas, quer quando se tratava de
transcrever uma expressão (no item 5., com apenas 31% de respostas corretas e completas e 8% de
respostas incompletas). No item de maior exigência cognitiva, por implicar a reconstrução de uma
cadeia de causa e efeito a partir da interpretação do texto, registaram-se 82% de respostas corretas.
As dificuldades na localização de informação poderão relacionar-se com o formato expositivo do
texto em análise.
Leitura de texto literário
As operações cognitivas mobilizadas pelos itens que tinham como suporte um texto literário (o
poema «Barca Bela», de Almeida Garrett) eram as seguintes: localizar informação explícita (itens 7.1.
e 8.2.); interpretar e relacionar ideias (itens 6., 7.2. e 8.3.); aplicar conhecimentos na análise formal
(itens 8.1., 8.4. e 8.5.); avaliar aspetos de conteúdo (item 9.); e emitir juízos de valor fundamentados
(item 10.). Os resultados nestes itens apresentam-se no Gráfico 34.
Gráfico 34 – Leitura de texto literário
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 67/90
A análise dos resultados permite salientar, à semelhança, aliás, do que se verificou em relação ao
texto não literário, que a dificuldade dos itens não depende da maior ou menor complexidade das
operações cognitivas mobilizadas. Os resultados nos itens 6. e 7.1. são exemplo disso, uma vez que o
primeiro convocava operações de nível médio e o segundo de nível inferior. Se forem tidas em conta
as respostas parcialmente corretas, verifica-se que as dificuldades foram maiores na localização de
informação explícita (item 7.1., com apenas 21% de respostas parcialmente corretas e 44% de
respostas incorretas) do que na interpretação e no estabelecimento de relações entre as ideias do
texto (item 6., com 30% de respostas parcialmente corretas e 29% incorretas).
No item 8.1., destaca-se a dificuldade sentida na identificação do recurso expressivo que contribui
para a musicalidade do poema: apenas 44% dos alunos identificaram corretamente a aliteração,
enquanto 34% selecionaram a opção «anáfora». No entanto, a grande maioria dos alunos respondeu
corretamente aos itens 8.2. e 8.3. (89% e 83%, respetivamente), demonstrando ter compreendido a
estrutura e o sentido do poema.
Os itens 8.4. e 8.5. mobilizavam a aplicação de conhecimentos relativos às marcas formais do texto
poético. 87% dos alunos identificaram corretamente a sequência correspondente ao esquema
rimático do poema (item 8.5.), mas apenas 40% conseguiram identificar as sílabas métricas de cada
estrofe.
Quanto à capacidade de avaliar aspetos de conteúdo e de forma no texto poético e de emitir juízos
de valor fundamentados (itens 9. e 10.), é de destacar que, no item 9., 50% dos alunos conseguiram
selecionar as três afirmações verdadeiras de acordo com o poema, e 26% identificaram
corretamente duas dessas afirmações. Também mais de metade dos alunos (53%) conseguiu emitir
um juízo de valor fundamentado sobre o sentido global do poema, ainda que 32% tenham
apresentado uma fundamentação incompleta.
Gramática
Em alguns dos dez itens através dos quais se avaliaram desempenhos respeitantes ao domínio da
Gramática, verificaram-se dificuldades que serão de destacar, por forma a facilitar um eventual
plano de intervenção neste domínio.
Nos quatro itens que mobilizavam a aplicação de conhecimentos gramaticais a contextos específicos
de subordinação, a variação dos resultados (entre 25% e 64% de respostas corretas) permite concluir
que o trabalho em torno das orações carece de aprofundamento em sala de aula: no item 11.1.,
apenas 25% dos alunos conseguiram identificar a oração iniciada por um pronome («que»). No item
11.2., 56% dos alunos identificaram a oração que desempenhava a função sintática de complemento
direto; no item 11.3., 64% identificaram a oração que era iniciada por uma conjunção equivalente a
«porque»; e, no item 11.4., apenas 42% identificaram a oração que traduzia a ideia de consequência.
Nos três itens em que se solicitava a reescrita de frases com pronomes pessoais, as dificuldades
mantiveram-se, especialmente no item 12.3., que requeria a correta aplicação de regras da
mesóclise, exigidas por um verbo conjugado no futuro simples do modo indicativo. No item 12.1.,
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 68/90
42% dos alunos substituíram corretamente o sujeito em posição pós-verbal e, no item 12.2., 73%
substituíram corretamente o complemento direto numa frase afirmativa.
No item 13., os alunos tinham de completar uma frase com duas formas verbais, aplicando
corretamente regras da passagem do discurso direto para o discurso indireto. Apenas 42%
responderam de forma correta e completa ao item, enquanto 45% deram uma resposta
parcialmente correta (escrevendo o pretérito imperfeito do indicativo do verbo «estar», mas
revelando dificuldades na utilização do pretérito imperfeito do conjuntivo do verbo «trazer»).
Nos itens 14.1. e 14.2., era avaliada a capacidade de conjugar verbos nas pessoas e nos tempos
corretos, respeitando regras de concordância. Será de assinalar que, no item 14.1., 29% dos alunos
conjugaram o verbo «haver» no plural, sem atender ao contexto da frase, que requeria a conjugação
no singular, e que, no item 14.2., 83% dos alunos não conseguiram conjugar corretamente o verbo
«construir» na terceira pessoa do singular, exigida pela forma do pronome relativo «quem».
Escrita
O item 15. permitia avaliar desempenhos específicas no domínio da Escrita. Neste item, foi solicitado
aos alunos que redigissem um texto de opinião, com 150 a 240 palavras, tendo em conta três tópicos
orientadores (posição sobre a questão colocada; apresentação de, pelo menos, duas razões
justificativas; uma breve conclusão). O texto foi classificado de acordo com os parâmetros seguintes:
A – Extensão, B – Formato Textual, C – Tema e Pertinência da Informação, D – Organização e Coesão
Textuais, E – Sintaxe e Morfologia, F – Pontuação, G – Repertório Vocabular, H – Ortografia.
O incumprimento dos limites mínimos definidos para a extensão do texto (parâmetro A) implicava a
desvalorização total da resposta e impedia a sua classificação nos restantes parâmetros. Do mesmo
modo, o incumprimento do formato/género solicitado (texto de opinião) impedia a classificação da
resposta nos parâmetros subsequentes.
No Gráfico 35, apresenta-se a percentagem de respostas classificadas com os códigos 20 (cumpriu de
forma incompleta) e 30 (cumpriu integralmente) em cada um dos parâmetros em avaliação, de B a G.
De registar que a maioria dos alunos (71%) redigiu um texto com uma extensão dentro dos limites
definidos.
Gráfico 35 – Escrita
0
20
40
60
80
100
Parâm. B Parâm. C Parâm. D Parâm. E Parâm. F Parâm. G
Percentagem de respostas classificadas com códigos 20 e 30
Código 20
Código 30
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 69/90
Numa primeira análise dos resultados, verifica-se que a maioria das respostas foi enquadrada nos
descritores de desempenho máximo ou de desempenho intermédio. No entanto, e com exceção do
parâmetro G, a percentagem de respostas classificadas com o código 30 é muito inferior à
percentagem de respostas classificadas com o código 20.
No que respeita ao parâmetro B, Formato Textual, verifica-se que 25% dos alunos cumpriram
integralmente a instrução relativa ao formato argumentativo de um texto de opinião, tomando uma
posição sobre a questão colocada, argumentando, recorrendo a duas razões, e apresentando uma
conclusão, enquanto 39% dos alunos deram uma resposta que cumpria parcialmente os requisitos do
formato textual. A percentagem de alunos que redigiu um texto que cumpria integralmente a
instrução quanto ao tema e mobilizava informação pertinente (parâmetro C) para a tomada de
posição e respetiva argumentação foi 20%, com 39% de respostas que cometeram desvios temáticos
ou mobilizaram informação com alguma ambiguidade. Será de salientar que apenas 15% dos alunos
redigiram um texto bem organizado e coeso (parâmetro D), enquanto 39% cometeram pequenas
falhas de organização e de coesão textuais, mas que não comprometeram a progressão
argumentativa. Relativamente ao parâmetro E (Sintaxe e Morfologia), acentua-se a diferença entre a
percentagem de respostas que manifestaram segurança no uso de estruturas sintáticas variadas e
complexas, com o domínio de processos de conexão intrafrásica (11%), e a percentagem de
respostas que revelaram menor segurança e apresentaram incorreções pontuais nos processos de
conexão intrafrásica (46%). Idêntica diferença foi visível relativamente ao parâmetro F (Pontuação),
com apenas 14% de respostas com código máximo e 51% de respostas que não seguiram as regras
sistematicamente, embora sem erros graves. No parâmetro G, a situação inverte-se e verifica-se que
45% das respostas continham um vocabulário variado e adequado, e que 30% utilizaram vocabulário
comum e cometeram algumas confusões pontuais, sem comprometer, no entanto, a respetiva
adequação. Relativamente ao parâmetro H, Ortografia, verificou-se que a maior parte dos alunos
não cometeu mais de oito erros ao escrever o texto de opinião (35% cometeram entre zero e dois
erros e 44% cometeram entre três e oito erros). A percentagem de respostas com mais de nove erros
ortográficos foi inferior a 10%.
A análise destes resultados permite identificar lacunas ao nível das estratégias de redação de um
texto argumentativo com vista a uma melhoria dos desempenhos.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 70/90
Conclusão
O modelo de Provas de Aferição implementado a partir do ano letivo 2015/2016, cujos resultados
desagregados ao nível do item aqui se apresentam, está associado a uma perspetiva essencialmente
formativa da avaliação externa, materializada na produção e divulgação de relatórios
individualizados que se centram não numa simples classificação, mas antes na caraterização
detalhada do desempenho de cada aluno, tendo uma matriz puramente qualitativa.
Os diferentes níveis de análise dos desempenhos dos alunos, que vão desde o relatório individual
(RIPA) aos relatórios de escolas (REPA), permitem amplificar o valor formativo que até agora já era
proporcionado em Provas Finais Nacionais ou em Exames Finais Nacionais através dos resultados
desagregados por item, por turma e escola, e que desde há vários anos estão presentes nos
relatórios estatísticos que anualmente o IAVE, I.P., divulga a todas as escolas. No caso das Provas de
Aferição, com um valor acrescido de podermos ter evidências dos desempenhos dos alunos num
leque alargado de áreas disciplinares, tendo, assim, uma visão generalizada do currículo para além
do tradicional enfoque no Português e na Matemática.
A apresentação dos resultados nacionais por item que agora se apresenta permite mostrar, no
conjunto alguns aspetos menos consolidados no percurso de aprendizagem dos alunos de anos
intermédios dos 1º, 2º e 3º CEB e, ao mesmo tempo, permite identificar conteúdos mais facilmente
aprendidos pelos alunos e as competências que parecem estar globalmente consolidadas.
Em 2017, a análise dos resultados por domínio cognitivo permite, também, identificar eventuais
fragilidades na forma como os saberes foram mobilizados quando os itens solicitavam processos
cognitivos mais complexos. Esta dimensão da informação na análise e reporte dos resultados
possibilita um conhecimento mais focado nos processos de aprendizagem e, consequentemente,
pode contribuir para a uma tomada de decisões mais fundamentadas quanto ao (re)desenho de
estratégias de ensino, não só no plano individual, como, quando observável, em contexto de
grupo turma.
Com este relatório, contudo, não se pretende que os dados apresentados esgotem a informação
sobre estas provas. Pelo contrário, a análise aqui exposta vem antes complementar aquela que foi,
entretanto, divulgada junto das escolas e das famílias nos relatórios individuais (RIPA) e nos
relatórios de escola (REPA), enfatizando, especialmente, a dimensão genérica, de âmbito nacional,
no que se refere à caraterização dos desempenhos dos alunos e da sua qualidade.
Mais uma vez se reforça o valor diagnóstico e formativo da informação disponibilizada: por um lado,
os RIPA podem ser contextualizados, tanto ao nível da turma a que pertencem os alunos como tendo
em conta os desempenhos da totalidade dos alunos de cada escola, de modo a encontrar tendências
que apontem para áreas curriculares que carecem de intervenção sistematizada.
A informação disponibilizada nos RIPA e nos REPA, pela sua natureza descritiva e qualitativa, pode e
deve apoiar a escola no delinear de estratégias de intervenção pedagógicas e didáticas específicas,
especialmente focadas na superação das dificuldades diagnosticadas.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 71/90
A especificidade dos relatórios individuais, cuja conceção será explicitada, como referido, no
documento complementar «Provas de Aferição – Metodologia», pode ainda sustentar opções
inovadoras e mais eficientes de organização logística de apoios educativos, estruturados não em
função de um dado quadro disciplinar mas sim em função de dimensões particulares no contexto das
aprendizagens identificadas como menos conseguidas ou reveladoras de especiais dificuldades. Tal
permite focar e centrar o objeto do apoio educativo em domínios de conteúdo ou procedimentais
específicos, possibilitando limitar os tempos de apoio a períodos de intervenção de curta duração.
Pode-se assim, reduzir recursos a mobilizar e o consumo de tempo dos alunos e dos professores
envolvidos e, ao mesmo tempo, abrir a possibilidade para uma mais fácil e precoce integração dos
alunos no seu grupo de turma.
Se por outro lado as descrições dos desempenhos dos alunos que constam em cada RIPA sustentam
uma perspetiva individualizada no âmbito de intervenções pedagógicas específicas, é igualmente
relevante ter presente que podermos também estar perante intervenções que devam ser
enquadradas num diagnóstico de turma, de escola ou mesmo de âmbito nacional, sempre que estes
níveis de análise não individuais mostrarem tendências e padrões no que se refere às fragilidades de
aprendizagem que justifiquem uma intervenção generalizada.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 72/90
Anexos
Anexo A – Caracterização das Provas (2016 e 2017)
Quadro 1 – Caracterização das Provas de 2016
Ano Prova Domínios Estrutura e Duração
2º
Português +
Estudo do Meio
Compreensão do oral
A prova é constituída por um único caderno; as respostas são registadas no enunciado.
O domínio da Compreensão do Oral é avaliado nos primeiros 15 minutos da prova.
A prova tem a duração de 90 minutos, repartidos em dois períodos de 45 minutos, com um intervalo de 20 minutos.
Leitura
Gramática
Escrita
À descoberta dos outros e das instituições
À descoberta do ambiente natural
À descoberta dos materiais e objetos
Matemática +
Estudo do Meio
Números e Operações
A prova é constituída por um único caderno; as respostas são registadas no enunciado.
A prova tem a duração de 90 minutos, repartidos em dois períodos de 45 minutos, com um intervalo de 20 minutos.
Geometria e Medida
Organização e Tratamento de Dados
À descoberta de si mesmo
À descoberta das inter-relações entre espaços
À descoberta dos materiais e objetos
5º
Português
Compreensão do oral A prova é constituída por um único caderno; as respostas são registadas no enunciado.
A prova tem a duração de 90 minutos.
O domínio da Compreensão do Oral é avaliado nos primeiros 15 minutos da prova.
Leitura
Gramática
Escrita
Matemática
Números e Operações
A prova é constituída por um único caderno; as respostas são registadas no enunciado.
A prova tem a duração de 90 minutos.
Geometria e Medida
Álgebra
Organização e Tratamento de Dados
8º
Português
Compreensão do oral A prova é constituída por um único caderno; as respostas são registadas em folha de respostas própria.
A prova tem a duração de 90 minutos.
O domínio da Compreensão do Oral é avaliado nos primeiros 15 minutos da prova.
Leitura
Gramática
Escrita
Matemática
Números e Operações A prova é constituída por um único caderno; as respostas são registadas em folha de respostas própria.
A prova tem a duração de 90 minutos.
A utilização de calculadora apenas é permitida nos primeiros 35 minutos da prova.
Geometria e Medida
Funções, Sequências e Sucessões
Álgebra
Organização e Tratamento de Dados
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 73/90
Quadro 2 – Caracterização das Provas de 2017
Ano Prova Domínios Estrutura e Duração
2º
Português +
Estudo do Meio
Compreensão do oral A prova é constituída por um único caderno; as respostas são registadas no enunciado.
O domínio da Compreensão do Oral é avaliado nos primeiros 15 minutos da prova.
A prova tem a duração de 90 minutos, repartidos em dois períodos de 45 minutos, com um intervalo de 20 minutos.
Leitura e Iniciação à Educação Literária
Gramática
Escrita
À descoberta de si mesmo
À descoberta dos outros e das instituições
À descoberta do ambiente natural
Matemática +
Estudo do Meio
Números e Operações A prova é constituída por um único caderno; as respostas são registadas no enunciado.
A prova tem a duração de 90 minutos, repartidos em dois períodos de 45 minutos, com um intervalo de 20 minutos.
Geometria e Medida
Organização e Tratamento de Dados
À descoberta de si mesmo
À descoberta das inter-relações entre espaços
À descoberta dos materiais e objetos
Expressões Artísticas
EE Musical Jogos de exploração: voz e corpo
A prova é prática e constituída por duas partes: a primeira com instruções áudio e a segunda em caderno único com instruções escritas.
A prova tem a duração de 135 minutos, repartidos em dois períodos: o primeiro de 90 minutos e o segundo de 45 minutos, com um intervalo de 30 minutos.
EE Dramática
Jogos de exploração: voz, corpo e objetos
Jogos dramáticos: linguagem verbal, não verbal e gestual
EE Plástica
Descoberta e organização progressiva de volumes: modelagem
Descoberta e organização progressiva de superfícies: desenho e pintura
Exploração de técnicas diversas de expressão: recorte, colagem e dobragem
Expressões Físico-
-Motoras
Perícias e Manipulações
Ações motoras básicas (lançar, receber, pontapear, cabecear e tocar) com aparelhos portáteis (bolas, arcos, cordas)
A prova é constituída por um conjunto de tarefas organizadas em percurso, em concurso individual, a pares ou em pequeno grupo.
A prova tem a duração máxima de 60 minutos para cada turma, com 30 minutos de tolerância (incluindo tempos de organização e de transição entre tarefas).
Deslocamentos e equilíbrios
Ações motoras básicas (andar, correr, saltar, cair, trepar, rolar) no solo e em aparelhos (banco sueco e colchão)
Jogos infantis Ações de deslocamento em corrida com fintas e mudanças de direção e de velocidade
(continua)
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 74/90
(continuação)
Quadro 2 ‒ Caracterização das Provas de 2017
Ano Prova Domínios Estrutura e Duração
5º
História e Geografia
de Portugal
A Península Ibérica: localização e quadro natural A prova é constituída por um único caderno; as respostas são registadas no enunciado.
A prova tem a duração de 90 minutos.
A Península Ibérica: dos primeiros povos à formação de Portugal (Século XII)
Portugal do século XIII ao século XVII
Matemática +
Ciências Naturais
Números e Operações
A prova é constituída por um único caderno; as respostas são registadas no enunciado.
Os suportes usados podem ser de carácter teórico e experimental.
A prova tem a duração de 90 minutos.
Geometria e Medida
Álgebra
Organização e Tratamento de Dados
A água, o ar, as rochas e o solo – Materiais terrestres
Diversidade dos seres vivos e suas interações com o meio
Unidade e diversidade dos seres vivos
8º
Português
Compreensão do oral A prova é constituída por um único caderno; as respostas são registadas em folha de respostas própria.
O domínio da Compreensão do Oral é avaliado nos primeiros 15 minutos da prova.
A prova tem a duração de 90 minutos.
Leitura
Educação Literária
Gramática
Escrita
Ciências Naturais
+ Físico-
-Química
Terra no Espaço Terra – um planeta com vida
A prova é constituída por um único caderno; as respostas são registadas em folha de respostas própria.
Os suportes usados podem ser de carácter teórico e experimental.
A prova tem a duração de 90 minutos.
Espaço
Terra em transformação
Dinâmica externa da Terra
Dinâmica interna da Terra e suas consequências
Estrutura interna da Terra
A Terra conta a sua história
Materiais
Energia
Sustentabilidade na Terra
Ecossistemas
Gestão sustentável de recursos
Reações químicas
Som
Luz
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 75/90
Anexo B – Domínios Cognitivos (REPA – 2017)
Domínios cognitivos constantes nos REPA, em 20174.
Quadro 3 – Português (25)
Conhecer/Reproduzir Aplicar/Interpretar Raciocinar/Criar
• Identificar sequências de acontecimentos.
• Localizar informação apresentada de forma explícita nos textos.
• Identificar a ordem alfabética.
• Identificar, em palavras ouvidas, um fonema ou um som da fala.
• Contar o número de sílabas.
• Identificar palavras que rimam.
• Mobilizar informação explícita contida num texto ouvido.
• Compreender informação contida num texto lido ou ouvido; reorganizar e relacionar informações, referentes a acontecimentos, espaços e sequências temporais; estabelecer relações de causa e efeito; compreender o sentido global de um texto.
• Inferir sentimentos e atitudes de personagens, compreendendo intenções e emoções; inferir osignificado de palavras desconhecidas a partir do contexto frásico ou textual.
• Compreender a regularidade na cadência dos versos, de padrões de entoação e ritmo, e deformas de organização do léxico.
• Mobilizar e aplicar conhecimentos gramaticais e repertório vocabular a contextos específicos; mobilizar o conhecimento de formatos textuais para a redação de textos.
• Integrar ideias-chave para planificar a escrita de um texto; propor alterações às características das personagens; propor finais distintos para histórias lidas ou ouvidas; escrever textos, parafraseando, informando ou explicando; conceber ideias e integrar informações, assegurando a coesão textual da produção escrita.
• Apresentar argumentos para justificar uma escolha; analisar aspetos de conteúdo e de linguagem e apresentar uma explicação.
• Referir os aspetos essenciais de um texto (lido ou ouvido); recontar uma história lida ou ouvida, indicando os aspetos nucleares do texto.
Quadro 4 – Estudo do Meio (25 e 26)
Conhecer/Reproduzir Aplicar/Interpretar Raciocinar/Criar
• Identificar ou apresentar factos, relações e conceitos, características ou propriedades de organismos, de materiais ou de procedimentos específicos; identificar a utilização apropriada de equipamentos, de materiais e de procedimentos; reconhecer e utilizar vocabulário científico, abreviaturas, símbolos e unidades; reconhecer e identificar conceitos espácio-temporais.
• Descrever propriedades, estruturas ou funções de organismos e de materiais, de relações entre entidades ou entre materiais e processos, e de fenómenos.
• Identificar exemplos de organismos, materiais e processos com características especificadas; ilustrar factos e conceitos com exemplos apropriados.
• Comparar ou classificar grupos de organismos, materiais, objetos ou processos com base em características e propriedades dadas.
• Interpretar informação relevante apresentada em vários suportes.
• Utilizar conhecimentos de conceitos e unidades espácio-temporais.
• Relacionar o conhecimento de um conceito científico com uma propriedade observada ou deduzida, com um comportamento, com a utilização de objetos e com características de organismos ou materiais; relacionar o conhecimento de normas de convivência social com comportamentos observados ou deduzidos.
• Analisar dados ou identificar variáveis de um problema e utilizar informação, conceitos, relações e dados relevantes.
• Avaliar explicações alternativas; equacionar vantagens e desvantagens, de modo a fundamentar opções.
• Apresentar uma explicação para uma observação experimental ou para um fenómeno natural, utilizando um conceito ou um princípio científico.
• Fazer inferências válidas com base em evidências ou na compreensão de conceitos científicos; formular conclusões apropriadas relativas a questões ou a hipóteses, demonstrando compreensão das relações de causa e efeito.
4 Na disciplina de Expressões Físico-Motoras, as designações correspondem à complexidade das tarefas motoras.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 76/90
Quadro 5 – Matemática (26 e 58)
Conhecer/Reproduzir Aplicar/Interpretar Raciocinar/Criar
• Conhecer definições, vocabulário, propriedades dos números, unidades de medida, propriedades geométricas e simbologia.
• Identificar números, grandezas, expressões e formas; reconhecer elementos matematicamente equivalentes.
• Ordenar números, comparar grandezas e classificar formas.
• Efetuar operações com números inteiros, com números em representação decimal e fracionária.
• Utilizar instrumentos de desenho e de medida; construir tabelas e gráficos.
• Aplicar propriedades numéricas e geométricas.
• Apresentar dados em tabelas e gráficos; modelar situações, usando expressões numéricas, figuras geométricas ou diagramas; gerar representações equivalentes de relações ou de objetos matemáticos.
• Utilizar estratégias e operações para resolver situações problemáticas envolvendo conceitos e procedimentos.
• Determinar, descrever ou utilizar relações entre números, expressões, grandezas e formas.
• Relacionar vários conhecimentos, representações e procedimentos para resolver problemas.
• Enunciar uma generalização.
• Apresentar argumentos matemáticos para justificar uma estratégia ou uma solução.
Quadro 6 – Expressões Artísticas (27)
Conhecer/Reproduzir Aplicar/Interpretar Raciocinar/Criar
• Utilizar a voz de forma audível e percetível.
• Cantar canções.
• Fazer uma ilustração, respeitando um tema.
• Organizar o espaço numa ilustração.
• Efetuar variações de andamento e de intensidade.
• Movimentar-se em harmonia com um dado andamento.
• Movimentar-se com fluidez em harmonia com uma dada música.
• Expressar, através do movimento, a função imaginada de um objeto.
• Dar continuidade a uma história.
• Integrar numa ilustração os elementos solicitados.
• Utilizar técnicas de modelagem, desenho, pintura e colagem.
• Utilizar a expressão corporal na construção de personagens e de ações.
• Planear a execução e criar objetos plásticos.
• Usar ideias originais para atribuir características a objetos plásticos.
Quadro 7 – Expressões Físico-Motoras (28)
Conhecer/Reproduzir Aplicar/Interpretar Raciocinar/Criar
• Correr, transpondo obstáculos.
• Lançar e receber uma bola com as duas mãos.
• Marchar para a frente, em equilíbrio, numa superfície de dimensão reduzida.
• Correr para pontapear uma bola.
• Driblar com ambas as mãos, controlando uma bola (destreza motora).
• Saltar à corda, sem se deslocar ou em deslocamento.
• Realizar uma cambalhota à frente.
• Lançar uma bola com precisão.
• Jogar com os colegas, procurando estrategicamente o êxito pessoal no âmbito dos objetivos do jogo.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 77/90
Quadro 8 – História e Geografia de Portugal (57)
Conhecer/Reproduzir Aplicar/Interpretar Raciocinar/Criar
• Identificar formas de representação da Terra, formas de relevo e os elementos fundamentais de um mapa; identificar características culturais e religiosas de diferentes civilizações.
• Identificar, através da análise de imagens, características económico-sociais e culturais de diferentes comunidades e civilizações.
• Ordenar acontecimentos cronologicamente.
• Converter datas em séculos.
• Utilizar sistemas de datação e cronologias.
• Identificar territórios e oceanos em suportes cartográficos.
• Relacionar causas e consequências de fenómenos históricos.
• Utilizar conceitos para interpretar informação apresentada em textos, tabelas, imagens, gráficos ou mapas.
• Utilizar os pontos cardeais e os pontos colaterais na localização relativa de um lugar.
• Interpretar documentos de índole diversa com recurso a conhecimentos adquiridos.
• Produzir textos diversificados, organizando conteúdos de modo coerente e utilizando terminologia específica da disciplina.
• Formular conclusões com base na observação de mapas.
Quadro 9 – Ciências Naturais e Físico-Química (58 e 88)
Conhecer/Reproduzir Aplicar/Interpretar Raciocinar/Criar
• Identificar factos, relações e conceitos.
• Reconhecer e utilizar vocabulário científico, símbolos, unidades e escalas.
• Utilizar conhecimento de conceitos científicos para interpretar informação apresentada em imagens, textos, tabelas e gráficos.
• Distinguir, classificar ou agrupar processos com base em características e propriedades dadas.
• Relacionar o conhecimento de um conceito científico com propriedades observadas.
• Apresentar uma explicação para observações experimentais.
• Utilizar estratégias para resolver problemas.
• Identificar a hipótese testada numa situação experimental.
• Fazer inferências válidas com base em observações, em evidências ou na compreensão dos conceitos científicos.
• Formular conclusões apropriadas relativas a questões ou a hipóteses, demonstrando compreensão das relações de causa e efeito.
• Identificar os constituintes de um problema científico e utilizar informação, conceitos, relações e dados relevantes para resolver problemas.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 78/90
Quadro 10 – Português (85)
Conhecer/Reproduzir Aplicar/Interpretar Raciocinar/Criar
• Localizar informação apresentada de forma explícita nos textos.
• Reconhecer características do discurso oral.
• Reconhecer uma sequência a partir de informações explícitas no texto.
• Identificar marcas de coesão discursiva.
• Replicar, na produção escrita, convenções ortográficas.
• Estabelecer relações de causa e efeito.
• Inferir o assunto do texto.
• Inferir uma explicação a partir de informação textual.
• Associar um recurso expressivo ao seu valor no texto.
• Associar conhecimentos sobre marcas formais a um texto poético.
• Aplicar conhecimentos gramaticais a contextos específicos (nos itens de gramática e de escrita).
• Aplicar o repertório vocabular a contextos específicos de produção escrita.
• Expressar, de forma fundamentada, pontos de vista e apreciações críticas.
• Avaliar aspetos de conteúdo e de linguagem que conferem qualidade literária a um texto.
• Escrever um texto de formato argumentativo, cumprindo as instruções apresentadas.
• Mobilizar informação pertinente para o desenvolvimento de uma argumentação pessoal num texto escrito.
• Mobilizar mecanismos de organização e coesão textuais para ordenar e hierarquizar a informação.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 79/90
Anexo C — Domínios e Subdomínios
Quadro 11 – Provas do 1º CEB, em 2016 (Português e Matemática)
Ano Prova Domínios Subdomínios Avaliados
2º
Português
Compreensão do oral Reter informação explícita
Interpretar a informação
Leitura Localizar informação explícita
Interpretar o texto e refletir sobre o seu conteúdo
Gramática
Fonética e fonologia: identificar as sílabas onde um determinado fonema se insere
Morfologia: identificar nomes masculinos
Classes de palavras: distinguir verbos de adjetivos
Representação gráfica: ordenar palavras alfabeticamente
Representação gráfica: completar um texto com sinais de pontuação
Escrita
Fazer um plano com informação relevante para o texto
Redigir um texto com 50 ou mais palavras
Respeitar a instrução quanto ao tema
Redigir um texto narrativo
Redigir um texto coerente e atribuir um título adequado
Utilizar adequadamente os sinais de pontuação
Utilizar vocabulário adequado
Escrever com correção ortográfica
Matemática
Números e Operações Números naturais
Números racionais não negativos
Sequências e regularidades
Geometria e Medida Figuras geométricas
Medida
Organização e Tratamento de Dados Representação de dados
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 80/90
Quadro 12 – Provas do 2º CEB, em 2016 (Português e Matemática)
Ano Prova Domínios Subdomínios Avaliados
5º
Português
Compreensão do oral Reter informação explícita
Leitura
Localizar informação explícita
Fazer inferências diretas
Interpretar e integrar ideias e informações
Analisar e avaliar o conteúdo e a linguagem dos textos
Gramática
Morfologia: conjugar verbos
Classes de palavras: distinguir adjetivos de advérbios
Sintaxe: selecionar formas verbais adequadas a contextos frásicos
Sintaxe: substituir grupos nominais pelas formas adequadas do pronome pessoal
Sintaxe: reconhecer frases em que a vírgula é utilizada para isolar o vocativo
Escrita
Respeitar a extensão proposta
Cumprir a instrução quanto ao tema e ao tipo de texto
Redigir com coerência e apresentando informação pertinente
Redigir um texto bem estruturado e articulado e revelando domínio dos mecanismos de coesão textual
Redigir com correção morfológica e sintática
Aplicar regras de pontuação
Utilizar vocabulário variado e adequado
Escrever com correção ortográfica
Matemática
Números e Operações Números naturais
Números racionais não negativos
Geometria e Medida Propriedades geométricas
Medida
Álgebra Expressões algébricas
Organização e Tratamento de Dados Representação de dados
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 81/90
Quadro 13 – Provas do 3º CEB, em 2016 (Português e Matemática)
Ano Prova Domínios Subdomínios Avaliados
8º
Português
Compreensão do oral Reter informação explícita
Interpretar informação
Leitura
Fazer inferências diretas
Interpretar e integrar ideias e informações
Analisar e avaliar o conteúdo e a linguagem dos textos
Gramática
Classes de palavras: classificar «que» como pronome ou conjunção
Sintaxe: selecionar formas verbais adequadas a contextos frásicos
Sintaxe: identificar expressões que desempenhem a função sintática de sujeito
Sintaxe: substituir grupos nominais pelas formas adequadas do pronome pessoal
Sintaxe: substituir uma locução conjuncional subordinativa causal por uma conjunção da mesma subclasse
Lexicologia: reconhecer e estabelecer relações semânticas de hiponímia-hiperonímia e de meronímia-holonímia entre palavras
Escrita
Respeitar a extensão proposta
Cumprir a instrução quanto ao tema e ao tipo de texto
Redigir com coerência e apresentando informação pertinente
Redigir um texto bem estruturado e articulado e revelando domínio dos mecanismos de coesão textual
Redigir com correção morfológica e sintática
Aplicar regras de pontuação
Utilizar vocabulário variado e adequado
Escrever com correção ortográfica
Matemática
Números e Operações Números naturais
Números racionais não negativos
Geometria e Medida
Teorema de Pitágoras
Medida
Figuras geométricas
Paralelismo, congruência e semelhança
Vetores, translações e isometrias
Funções, Sequências e Sucessões Funções
Álgebra Equações algébricas
Potências de expoente inteiro
Monómios e polinómios
Organização e Tratamento de Dados Medidas de localização
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 82/90
Quadro 14 – Provas do 1º CEB, em 2017 (Português e Matemática)
Ano Prova Domínios Subdomínios Avaliados
2º
Português
Compreensão do oral (Não foram definidos subdomínios)
Leitura
Localizar informação explícita
Interpretar e relacionar ideias
Analisar e avaliar o conteúdo e a linguagem dos textos
Gramática
Fonologia: reconhecer sons da fala
Classes de palavras: identificar nomes, adjetivos e verbos
Representação gráfica: reconhecer a utilização correta da pontuação
Sintaxe: aplicar regras de concordância entre o sujeito e a forma verbal
Escrita
Planificar o texto
Cumprir a instrução quanto ao tema e ao formato
Redigir um texto organizado e coeso
Aplicar regras da pontuação e da sintaxe
Utilizar vocabulário adequado e variado
Matemática
Números e Operações
Sistema de numeração decimal
Adição e subtração
Números racionais não negativos
Sequências e regularidades
Geometria e Medida Figuras geométricas
Medida
Organização e Tratamento de Dados (Não foram definidos subdomínios)
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 83/90
Quadro 15 – Provas do 2º CEB, em 2017 (História e Geografia de Portugal; Matemática e Ciências Naturais)
Ano Prova Domínios Subdomínios Avaliados
5º
História e Geografia
de Portugal
A Península Ibérica: localização e quadro natural
A Península Ibérica – localização
A Península Ibérica – quadro natural
A Península Ibérica: dos primeiros povos à formação de Portugal (Século XII)
As primeiras comunidades da Península Ibérica
Os Romanos na Península Ibérica
Os Muçulmanos na Península Ibérica
A formação do reino de Portugal
Portugal do século XIII ao século XVII Portugal nos séculos XIII e XIV
Portugal nos séculos XV e XVI
Matemática
Números e Operações Números racionais não negativos
Resolução de problemas
Geometria e Medida Propriedades geométricas
Medida
Resolução de problemas
Álgebra (Não foram definidos subdomínios)
Organização e Tratamento de Dados (Não foram definidos subdomínios)
Ciências Naturais
A água, o ar, as rochas e o solo – Materiais terrestres
(Não foram definidos subdomínios)
Diversidade dos seres vivos Diversidade nos animais
Diversidade nas plantas
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 84/90
Quadro 16 – Provas do 3º CEB, em 2017 (Português; Ciências Naturais e Físico-Química)
Ano Prova Domínios Subdomínios Avaliados
8º
Português
Compreensão do oral
Mobilizar informação apresentada no texto ouvido
Interpretar informação do texto ouvido
Reconhecer características do texto oral
Leitura e Educação Literária
Localizar informação explícita
Interpretar e relacionar ideias
Avaliar conteúdo e linguagem
Mobilizar metalinguagem específica
Gramática
Classes de palavras: identificar pronomes e conjunções
Sintaxe: identificar orações e funções sintáticas
Sintaxe: substituir grupos nominais pelas formas adequadas do pronome pessoal
Morfologia e Sintaxe: completar uma transformação do discurso direto em indireto
Morfologia e Sintaxe: conjugar verbos, respeitando as regras de concordância
Escrita
Respeitar a extensão proposta
Cumprir a instrução quanto ao formato textual
Respeitar o tema e apresentar informação pertinente
Redigir um texto bem organizado e coeso
Redigir com correção sintática e morfológica
Aplicar regras de pontuação
Utilizar vocabulário variado e adequado
Escrever com correção ortográfica
Ciências Naturais e Físico--Química
Terra no Espaço Terra – um planeta com vida
Espaço
Terra em Transformação
Dinâmica interna da Terra e suas consequências
Materiais
Energia
Sustentabilidade na Terra
Ecossistemas
Gestão sustentável de recursos
Reações químicas
Som
Componente Experimental Análise e interpretação de situações
experimentais
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 85/90
Anexo D — Resultados 2016 E 2017
Resultados 2016
TABELA 1.A | Provas de Aferição 2016, 2º ano de escolaridade Alunos por categoria de desempenho (em percentagem)
Áreas disciplinares/Domínios C RD NC/NR
%
Po
rtu
guê
s
Compreensão do Oral 42,9 45,3 11,8
Leitura 56,3 36,2 7,5
Gramática 63,6 27,3 9,1
Escrita 59,7 26,7 13,6
Mat
em
átic
a Números e Operações 55,4 31,3 13,3
Geometria e Medida 54,6 28,7 16,7
Organização e Tratamento de Dados 83,5 11,9 4,6
Estu
do
do
Me
io À descoberta de si mesmo 46,4 43,3 10,3
À descoberta dos outros e das instituições 25,3 31,5 43,2
À descoberta do ambiente natural 21,2 42,1 36,7
À descoberta das inter-relações entre espaços 89,3 - 10,7
À descoberta dos materiais e objetos 20,7 37,2 42,1
Provas classificadas: N = 40519 (Prova de Português e Estudo do Meio); N = 40747 (Prova de Matemática e Estudo do Meio)
Fonte: JNE/IAVE, Base de Dados PAEB2016.
TABELA 1.B | Provas de Aferição 2016, 5º ano de escolaridade Alunos por categoria de desempenho (em percentagem)
Disciplinas/Domínios C RD NC/NR
%
Po
rtu
guê
s
Compreensão do Oral 71,5 18,0 10,5
Leitura 50,5 42,5 7,0
Gramática 30,9 49,4 19,7
Escrita 80,5 15,1 4,4
Mat
em
átic
a
Números e Operações 12,1 27,8 60,1
Geometria e Medida 21,0 38,6 40,4
Álgebra 20,7 12,1 67,2
Organização e Tratamento de Dados 21,4 55,3 23,3
Provas classificadas: N = 41735 (Prova de Português); N = 41634 (Prova de Matemática)
Fonte: JNE/IAVE, Base de Dados PAEB2016.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 86/90
TABELA 1.C | Provas de Aferição 2016, 8º ano de escolaridade Alunos por categoria de desempenho (em percentagem)
Disciplinas/Domínios C RD NC
%
Po
rtu
guê
s
Compreensão do Oral 69,8 24,7 5,5
Leitura 22,8 50,3 26,9
Gramática 16,9 58,4 24,7
Escrita 78,1 14,6 7,3
Mat
em
átic
a
Números e Operações 15,6 26,7 57,7
Geometria e Medida 8,7 30,2 61,1
Funções, Sequências e Sucessões 23,1 37,0 39,9
Álgebra 16,1 19,9 64,0
Organização e Tratamento de Dados 43,5 32,3 24,2
Provas classificadas: N = 42170 (Prova de Português); N = 41619 (Prova de Matemática)
Fonte: JNE/IAVE, Base de Dados PAEB2016.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 87/90
Resultados 2017
TABELA 2.A | Provas de Aferição 2017, 2º ano de escolaridade Alunos por categoria de desempenho (em percentagem)
Áreas disciplinares/Domínios C CM RD NC/NR
%
Po
rtu
guê
s
Compreensão do Oral 22,5 32,0 26,5 19,0
Leitura e Iniciação à Educação Literária 23,2 39,3 29,6 7,8
Gramática 20,5 18,4 38,3 22,7
Escrita 13,8 14,9 37,5 33,8
Mat
em
átic
a Números e Operações 42,9 26,9 22,1 8,1
Geometria e Medida 32,1 30,2 29,1 8,6
Organização e Tratamento de Dados 65,8 - 24,4 9,8
Estu
do
do
Me
io À descoberta de si mesmo 22,0 34,3 31,6 12,1
À descoberta dos outros e das instituições 24,0 34,6 29,9 11,5
À descoberta do ambiente natural 76,6 - 5,0 18,4
À descoberta das inter-relações entre espaços 32,4 - 24,7 42,9
À descoberta dos materiais e objetos 50,6 - - 49,4
Exp
ress
ões
A
rtís
tica
s Expressão e Educação Musical 30,6 31,1 25,6 12,7
Expressão e Educação Dramática 49,0 33,3 11,8 6,0
Expressão e Educação Plástica 62,7 24,6 10,8 1,9
Exp
ress
ões
Fí
sico
Mo
tora
s Deslocamentos e Equilíbrios 51,2 40,7 7,2 1,0
Perícias e Manipulações 42,4 43,5 12,2 1,9
Jogos Infantis 12,1 54,0 31,0 2,9
Provas classificadas: N = 95595 (Prova de Português e Estudo do Meio); N = 95597 (Prova de Matemática e Estudo do Meio); N = 97901 (Expressões Artísticas); N = 97545 (Expressões Físico Motoras)
Fonte: JNE/IAVE, Base de Dados PAEB2017.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 88/90
TABELA 2.B | Provas de Aferição 2017, 5º ano de escolaridade Alunos por categoria de desempenho (percentagem)
Disciplinas/Domínios C CM RD NC/NR
%
His
tóri
a e
Ge
ogr
afia
d
e P
ort
uga
l A Península Ibérica: localização e quadro natural 21,7 32,7 40,1 5,4
A Península Ibérica: dos primeiros povos à formação de
Portugal (século XII) 18,3 29,6 40,2 11,9
Portugal do século XIII ao século XVII 3,6 17,1 58,5 20,7
Mat
em
átic
a
e C
iên
cias
Nat
ura
is
Números e Operações 4,9 7,9 34,8 52,5
Geometria e Medida 5,1 13,2 31,9 49,8
Álgebra 14,9 - 27,7 57,4
Organização e Tratamento de Dados 3,2 11,9 35,3 49,6
A água, o ar, as rochas e o solo - Materiais terrestres 15,1 - 26,8 58,2
Diversidade de seres vivos e suas interações com o meio 5,8 30,2 48,9 15,1
Provas classificadas: N = 100689 (História e Geografia de Portugal); N = 100297 (Prova de Matemática e Ciências Naturais)
Fonte: JNE/IAVE, Base de Dados PAEB2017.
TABELA 2.C | Provas de Aferição 2017, 8º ano de escolaridade
Alunos por categoria de desempenho (percentagem)
Disciplinas/Domínios C CM RD NC/NR
%
Po
rtu
guê
s
Compreensão do Oral 33,2 40,0 19,2 7,6
Leitura e Educação Literária 13,0 31,9 47,4 7,7
Gramática 8,3 21,3 51,4 18,9
Escrita 12,4 21,0 53,3 13,2
Ciê
nci
as
Nat
ura
is e
Fí
sico
-Qu
ímic
a Terra no espaço 1,3 4,0 23,6 71,0
Terra em transformação 3,2 13,0 49,3 34,5
Sustentabilidade na Terra 3,3 15,5 53,9 27,3
Análise e interpretação de situações experimentais5 18,1 27,1 35,1 19,7
Provas classificadas: N = 100392 (Prova de Português); N = 102048 (Prova de Ciências Naturais e Físico Química)
Fonte: JNE/IAVE, Base de Dados PAEB2017.
5 Apesar de esta componente não configurar uma área disciplinar/domínio específico, considerou-se relevante a sua autonomização de
forma a divulgar informação especificamente relacionada com o trabalho experimental (conhecimento processual e raciocínio), enquanto área transversal aos diferentes domínios das Ciências Físicas e Naturais.
Provas de Aferição ‒ Ensino Básico | Relatório Nacional 2016 e 2017 89/90
TABELA 3 | Resultados por domínio cognitivo
Percentagem média de acerto
Ano Áreas Disciplinares/Disciplinas
Domínios cognitivos
Conhecer/Reproduzir Aplicar/Interpretar Raciocinar/Criar
(%)
2º
Português 63,8 56,1 49,7
Matemática 79,7 64,0 51,9
Estudo do Meio 67,7 54,3 60,8
Expressões Artísticas 79,1 76,1 74,8
Expressões Físico-Motoras 84,0 88,6 68,0
5º História e Geografia de Portugal 59,0 54,2 40,3
Matemática e Ciências Naturais 40,4 39,3 23,3
8º Português 60,3 54,8 47,3
Ciências Naturais e Físico-Química 37,7 38,9 33,4
Fonte: JNE/IAVE, Base de Dados PAEB2017.