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Finibanco Vida Companhia de Seguros de Vida, S.A. Rua Júlio Dinis, 166, 4050-318 Porto. Telef. 220004 200. Fax 220 004 201. E-mail: [email protected] Capital Social 7.500.000 Euros. Pessoa Colectiva N.º 507847598. Cons. Reg. Com. do Porto Matrícula N.º 507847598 Grupo Montepio RELATÓRIO E CONTAS EXERCÍCIO DE 2012

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Finibanco Vida – Companhia de Seguros de Vida, S.A.

Rua Júlio Dinis, 166, 4050-318 Porto. Telef. 220004 200. Fax 220 004 201. E-mail: [email protected] Capital Social 7.500.000 Euros. Pessoa Colectiva N.º 507847598. Cons. Reg. Com. do Porto Matrícula N.º 507847598

Grupo Montepio

RELATÓRIO E CONTAS

EXERCÍCIO DE 2012

ÍNDICE

Relatório de Gestão .............................................................................................................................. 8

1. PREÂMBULO ................................................................................................................... 9

1.1. Factores Externos ou de Mercado ................................................................................ 9

1.2. Factores Internos ......................................................................................................... 10

2. O MERCADO SEGURADOR EM PORTUGAL – BREVE ABORDAGEM ..................... 11

3. A FINIBANCO VIDA EM 2012........................................................................................ 12

3.1. Receita Processada..................................................................................................... 12

3.2. Sinistralidade ............................................................................................................... 13

3.3. Carteiras de investimentos .......................................................................................... 14

3.3.1. Valorização das Reservas de Justo Valor ........................................................... 14

3.3.2. Redução da diferença entre valor de mercado e o valor a custo amortizado dos

títulos classificados como “A deter até à maturidade” ................................................... 15

3.3.3. Imparidades .......................................................................................................... 15

3.4. Organização e Estrutura Interna ................................................................................. 16

3.5. Estrutura e Práticas de Governo Societário ................................................................ 16

3.5.1. Modelo de Governação ........................................................................................ 16

3.5.2. Competências e Modo de Funcionamento do Conselho de Administração e da

Comissão Executiva ....................................................................................................... 17

3.5.3. Alteração da Composição do Conselho de Administração e do Modelo de Gestão

da Seguradora ................................................................................................................ 18

3.6. Estrutura de Capital ..................................................................................................... 19

3.7. Recursos Humanos ..................................................................................................... 19

3.8. Política de Remunerações .......................................................................................... 20

3.8.1. Membros dos Órgãos Sociais .............................................................................. 20

3.8.2. Remunerações Atribuídas no Exercício aos Membros dos Órgãos Sociais ....... 20

3.8.3. Colaboradores ...................................................................................................... 20

3.9. Gestão de Riscos e Controlo Interno .......................................................................... 21

3.9.1. Risco Operacional ................................................................................................ 22

3.9.2. Monitorização global da exposição ao risco ........................................................ 22

3.9.3. Preparação para o novo regime de solvência (Solvência II) ............................... 22

3.10. Gestão das Reclamações ......................................................................................... 23

3.11. Sistema Informático ................................................................................................... 23

3.12. Tratados de Resseguro ............................................................................................. 25

3.13. Relacionamento com a Rede de Distribuição ........................................................... 25

3.14. Novos Produtos ......................................................................................................... 26

4. VOLUME DE PRÉMIOS ................................................................................................. 26

5. COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA ..................................................................................... 26

6. ESTRUTURA DA CARTEIRA ........................................................................................ 27

7. PROVISÕES MATEMÁTICAS DE CONTRATOS DE SEGURO E PASSIVOS

FINANCEIROS DE CONTRATOS CLASSIFICADOS PARA EFEITOS CONTABILISTICOS

COMO CONTRATOS DE INVESTIMENTO ........................................................................... 28

8. PRINCIPAIS INDICADORES ......................................................................................... 29

9. ACTIVIDADE FINANCEIRA ........................................................................................... 30

9.1. Gestão de Activos ........................................................................................................ 30

9.2. Composição das carteiras ........................................................................................... 30

9.3. Performance ................................................................................................................ 31

9.4. Encargos Gerais .......................................................................................................... 32

10. PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS ...................................................................... 32

11. GARANTIAS FINANCEIRAS - MARGEM DE SOLVÊNCIA ...................................... 33

12. RESULTADOS DO EXERCICIO ............................................................................... 33

13. APLICAÇÃO DOS RESULTADOS ............................................................................ 33

14. CONCLUSÃO ............................................................................................................ 33

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS em 31 de Dezembro de 2012 .................................................. 35

Balanço ................................................................................................................................... 36

Conta de Ganhos e Perdas .................................................................................................... 38

Demonstração do Resultado Integral ..................................................................................... 41

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS em 31 de Dezembro de 2012 .............................. 42

1. INFORMAÇÕES GERAIS .............................................................................................. 43

2. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS .............................................................................. 44

2.1. Relato de resultados por segmentos ....................................................................... 45

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – SEGUROS DE RISCO ......................................... 46

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – PRODUTOS DE CAPITALIZAÇÃO C/

PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS ................................................................................... 47

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – PRODUTOS DE CAPITALIZAÇÃO

CLASSIFICADOS COM CONTRATOS DE INVESTIMENTO ................................................ 48

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – PRODUTOS DE SEGUROS LIGADOS ............... 49

3. BASES DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E DAS

POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS ............................................................................................ 50

3.1. Bases de apresentação ........................................................................................... 50

3.2. Informação comparativa .......................................................................................... 51

3.3. Políticas contabilísticas e critérios valorimétricos: .................................................. 52

3.3.1. Princípio da especialização de exercícios....................................................... 52

3.3.2. Caixa e equivalentes de caixa ......................................................................... 52

3.3.3. Investimentos financeiros ................................................................................ 52

3.3.4. Imparidades ..................................................................................................... 55

3.3.5. Derivados ........................................................................................................ 56

3.3.6. Justo valor ....................................................................................................... 56

3.3.7. Rendimentos ................................................................................................... 57

3.3.8. Outros Activos Tangíveis................................................................................. 57

3.3.9. Activos Intangíveis ........................................................................................... 58

3.3.10. Provisão matemática ................................................................................... 58

3.3.11. Provisão para sinistros ................................................................................ 58

3.3.12. Provisão para participação nos resultados atribuída .................................. 58

3.3.13. Provisão para participação nos resultados a atribuir .................................. 58

3.3.14. Provisões técnicas de resseguro cedido ..................................................... 59

3.3.15. Comissões de mediação ............................................................................. 59

3.3.16. Provisão para férias e subsídio de férias .................................................... 59

3.3.17. Provisão para pagamento de prémios e bónus de desempenho ............... 59

3.3.18. Substituição de Planos de Benefício Definido por Planos de Contribuição

Definida….. ..................................................................................................................... 59

3.3.19. Planos de contribuição de definida ............................................................. 60

3.3.20. Operações em moeda estrangeira .............................................................. 60

3.3.21. Contratos de seguro .................................................................................... 61

3.3.22. Passivos financeiros .................................................................................... 61

3.4. Alterações de políticas contabilísticas ..................................................................... 62

3.4.1. Alterações voluntárias de políticas contabilísticas .......................................... 62

3.4.2. Novas normas e interpretações aplicáveis ao exercício de 2012 ................... 62

4. NATUREZA E EXTENSÃO DAS RUBRICAS E DOS RISCOS RESULTANTES DE

CONTRATOS DE SEGURO E ACTIVOS DE RESSEGURO ................................................ 62

4.1. Provisões Matemáticas ........................................................................................... 62

4.2. Provisão para sinistros ocorridos em exercícios anteriores .................................... 63

4.3. Provisão para participação nos resultados ............................................................. 63

4.3.1. Participação nos resultados distribuída ........................................................... 63

4.3.2. Provisão para participação nos resultados a atribuir ...................................... 64

4.4. Principais Rácios de Sinistralidade ......................................................................... 64

4.5. Informação qualitativa sobre a adequacidade de prémios e provisões .................. 67

4.6. Montante a recuperar de sinistros liquidados ......................................................... 67

5. PASSIVOS POR CONTRATOS DE INVESTIMENTO................................................... 67

5.1. Bases técnicas ........................................................................................................ 67

5.2. Quantias escrituradas.............................................................................................. 68

5.3. Evolução dos principais indicadores ....................................................................... 69

5.4. Rendimentos e gastos com contratos de investimento ........................................... 70

6. GESTÃO DE RISCOS .................................................................................................... 70

6.1. Monitorização e avaliação dos riscos resultantes dos instrumentos financeiros .... 71

6.2. Risco de crédito ....................................................................................................... 72

6.3. Risco de taxa de juro ............................................................................................... 74

6.4. Risco de mercado .................................................................................................... 74

6.5. Risco cambial .......................................................................................................... 74

6.6. Risco de liquidez ..................................................................................................... 75

6.6.1. Desagregação de títulos de dívida por escalões de duração modificada e

rating…… ....................................................................................................................... 75

6.6.2. Valor das responsabilidades por prazos de vencimento ................................. 76

6.7. Risco operacional .................................................................................................... 76

6.7.1. Monitorização global da exposição ao risco.................................................... 77

6.8. Risco de seguro ....................................................................................................... 78

6.8.1. Desenho e tarifação de produtos .................................................................... 78

6.8.2. Provisionamento .............................................................................................. 79

6.8.3. Política de gestão de subscrição de riscos de contratos de seguros de vida

risco…… ......................................................................................................................... 79

6.8.4. Resseguro ....................................................................................................... 80

6.9. Análise de sensibilidade .......................................................................................... 80

7. INSTRUMENTOS FINANCEIROS ................................................................................. 81

7.1. Inventário de participações financeiras ................................................................... 81

7.2. Empréstimos e contas a receber ............................................................................. 81

7.3. Reclassificações de instrumentos financeiros......................................................... 82

7.4. Activos financeiros detidos para negociação .......................................................... 83

7.5. Activos financeiros disponíveis para venda ............................................................ 84

7.6. Imparidades em activos financeiros disponíveis para venda .................................. 85

7.7. Títulos a deter até à maturidade ............................................................................. 87

7.8. Outros devedores .................................................................................................... 88

7.9. Política de investimentos e análise de risco dos instrumentos financeiros ............ 88

7.9.1. Principais referências sobre o perfil das carteiras de investimento ................ 88

8. INVESTIMENTOS EM FILIAIS E ASSOCIADAS........................................................... 90

9. CAIXA E EQUIVALENTES E DEPÓSITOS À ORDEM ................................................. 90

10. TERRENOS E EDIFÍCIOS ......................................................................................... 91

11. OUTROS ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS ................................................................... 91

12. AFECTAÇÃO DOS INVESTIMENTOS E OUTROS ACTIVOS ................................. 91

13. ACTIVOS INTANGÍVEIS ........................................................................................... 92

14. OUTRAS PROVISÕES E AJUSTAMENTOS DE CONTAS DO ACTIVO ................. 93

14.1. Política de reconhecimento de imparidades para prémios de seguros em

dívida….. ............................................................................................................................. 93

15. PRÉMIOS DE CONTRATOS DE SEGUROS ............................................................ 94

16. COMISSÕES RECEBIDAS DE CONTRATOS DE SEGURO ................................... 94

17. RENDIMENTOS / RÉDITOS DE INVESTIMENTOS ................................................. 94

18. GANHOS E PERDAS REALIZADOS EM INVESTIMENTOS ................................... 95

19. GANHOS E PERDAS PROVENIENTES DE AJUSTAMENTOS DE JUSTO VALOR

EM INVESTIMENTOS ............................................................................................................ 96

20. GANHOS E PERDAS EM DIFERENÇAS DE CÂMBIO ............................................ 97

21. CUSTOS DE FINANCIAMENTo ................................................................................ 97

22. GASTOS POR FUNÇÃO E NATUREZA ................................................................... 97

22.1. Gastos por funções ............................................................................................. 97

22.2. Encargos por natureza ........................................................................................ 97

23. GASTOS COM PESSOAL E HONORÁRIOS DA SROC .......................................... 98

23.1. Nº médio de trabalhadores por categorias Profissionais: ................................... 98

23.2. Composição dos custos com o pessoal: ............................................................. 98

23.3. Responsabilidades com pensões de reforma ..................................................... 99

23.4. Honorários por serviços de Revisão Oficial de Contas e afins ........................... 99

24. OBRIGAÇÕES COM BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS ....................................... 99

24.1. Descrição geral do plano de contribuição definida ............................................. 99

24.2. Contribuições do ano......................................................................................... 100

24.3. Veículo de financiamento .................................................................................. 101

24.4. Activos por benefícios de longo prazo .............................................................. 101

25. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO ................................................................... 101

25.1. Impostos correntes ............................................................................................ 101

25.2. Impostos diferidos ............................................................................................. 104

26. CAPITAL .................................................................................................................. 104

27. RESERVAS .............................................................................................................. 105

27.1. Rubricas de reservas nos capitais próprios ...................................................... 105

27.2. Movimentos nas reservas.................................................................................. 105

28. RESULTADOS POR ACÇÃO .................................................................................. 105

29. DIVIDENDOS POR ACÇÃO .................................................................................... 106

30. TRANSACÇÕES ENTRE PARTES RELACIONADAS............................................ 106

30.1. Identificação das partes relacionadas ............................................................... 106

30.2. Âmbitos das transacções com partes relacionadas .......................................... 106

31. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA ........................................................... 110

32. COMPROMISSOS ................................................................................................... 111

33. PASSIVOS CONTINGENTES ................................................................................. 111

34. CONCENTRAÇÕES DE ACTIVIDADES EMPRESARIAIS ..................................... 111

35. ELEMENTOS EXTRA PATRIMONIAIS ................................................................... 111

36. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO ............................................. 111

37. OUTRAS INFORMAÇÕES ...................................................................................... 112

37.1. Solvência ........................................................................................................... 112

37.2. Débitos à Segurança Social .............................................................................. 113

37.3. Normas e interpretações aplicáveis ao exercício de 2012 ................................ 113

37.3.1. Novas normas e interpretações já emitidas mas que ainda não são

obrigatórias ................................................................................................................... 113

Anexo 1 ................................................................................................................................. 120

Inventário de títulos em 31 de Dezembro de 2012 .......................................................... 120

Anexo 2 ................................................................................................................................. 125

Desenvolvimento da provisão para sinistros relativa a sinistros ocorridos em exercícios

anteriores e dos seus reajustamentos (correcções) ........................................................ 125

Anexo 3 ................................................................................................................................. 127

Outros activos tangíveis e intangíveis .............................................................................. 127

Relatório de Gestão

9

RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCICIO DE 2012

1. PREÂMBULO

A Finibanco Vida – Companhia de Seguros de Vida, S.A. completou em 2012 o seu

sexto exercício de actividade.

Não obstante as circunstâncias anómalas em que se desenvolveu este exercício,

profundamente influenciado por factores externos e internos que condicionaram

marcadamente a nossa actividade, a Finibanco Vida obteve um expressivo resultado

líquido de 2.569.547,24 Euros, valor que evidencia a existência de uma carteira

equilibrada, fruto de rigorosa selecção dos riscos assumidos, uma prudente definição e

execução da política de investimentos e uma gestão criteriosa das suas despesas de

funcionamento.

Como acima referimos, o ano de 2012 caracterizou-se por um conjunto de factores

externos e internos influenciadores da nossa actividade os quais passamos a

enumerar resumidamente:

1.1. Factores Externos ou de Mercado

O contexto negativo que caracterizou o ano de 2012, com o aprofundamento da crise

económica e financeira, o crescente encerramento e falência de empresas e o

preocupante crescimento do desemprego, conduziu inevitavelmente à continuada

retracção da procura interna pública e privada.

O reflexo deste contexto fez-se sentir, naturalmente, na actividade seguradora ao

longo deste ano, como de resto já havia ocorrido no ano anterior.

De acordo com os dados provisórios divulgados pela Associação Portuguesa de

Seguradores, o volume de prémios processados sofreu uma queda de 7,10%, com

maior expressão no Ramo Vida, onde atingiu os 8,80%, e as provisões matemáticas,

reflectindo a manutenção de um volume elevado de resgates antecipados e a falta de

novas aplicações para colmatar aquelas perdas, irão certamente sofrer uma redução

expressiva.

10

Já quanto às carteiras de investimentos o ano de 2012 revelou-se bastante positivo. A

evolução dos mercados de capitais, nomeadamente no segmento da dívida pública,

levou a uma recuperação muito significativa dos activos no seu conjunto. Esta

recuperação, beneficiando principalmente o Ramo Vida, reflectiu-se favoravelmente na

rentabilidade das carteiras, nas reservas de reavaliação e, consequentemente, nos

resultados esperados.

1.2. Factores Internos

No seguimento do que já havia ocorrido no ano anterior, ao nível da Finibanco Vida a

produção de novos contratos foi praticamente nula neste exercício em virtude da Rede

de Balcões do ex-Finibanco, que constituía a principal Rede de Distribuição, ter sido

integrada, em finais de 2010, na Caixa Económica – Montepio Geral e, como

consequência, ter passado a dirigir toda a sua produção, através dos canais já

estabelecidos, para a Lusitânia Vida e para a Futuro.

O outro canal de aporte de produção nova, a Finicrédito (actualmente designada

Montepio Crédito), manteve-se activo, embora com muito menor volume de

subscrições que nos anos anteriores, continuando a produzir adesões aos seguros de

grupo associados às suas operações de crédito e de leasing.

Por outro lado, o exercício de 2012 foi também marcado pelo processo decorrente da

negociação entre os accionistas, com vista à aquisição pelo Montepio Geral –

Associação Mutualista da posição detida pela Mapfre Seguros Gerais de 50,00% do

capital e do controlo de gestão da Seguradora, processo que se arrastou praticamente

ao longo de todo o ano, tendo sido concluído no dia 14 de Dezembro, data em que o

Montepio Geral – Associação Mutualista passou a deter o controlo integral da

Finibanco Vida.

Confrontados com um mercado marcadamente retraído, quer pela quebra da

actividade económica e do rendimento das famílias, quer pela eliminação ou limitação

dos benefícios fiscais associados a alguns produtos do Ramo Vida, nomeadamente os

PPR, continuamos a pautar a nossa actuação do dia-a-dia por um redobrado rigor na

gestão da carteira activa, uma maior atenção aos aspectos técnicos do negócio, um

tratamento minucioso das cobranças e um especial enfoque na recuperação de

contratos anulados.

11

Esta orientação, associada a um nível de serviço de excelência que sempre

colocamos no relacionamento com os nossos clientes internos e externos, constituiu

seguramente a chave do nosso sucesso neste exercício, que encerramos cumprindo

todos os critérios de exigência legal, nomeadamente a cobertura das provisões

técnicas e a margem de solvência, e com um resultado positivo.

2. O MERCADO SEGURADOR EM PORTUGAL – BREVE ABORDAGEM

A instabilidade nos mercados financeiros mundiais, que tem vindo em crescendo

desde o verão de 2007, passando posteriormente a transmitir os seus efeitos nefastos

à economia e, mais recentemente, desencadeando a crise das dívidas soberanas na

Europa, acabou por se reflectir na actividade seguradora portuguesa, de forma

evidente, em 2011, com uma quebra de produção global da ordem dos 28,00% e uma

deterioração sem precedentes das carteiras de investimentos representativas das

suas provisões técnicas.

No ano de 2012, o comportamento do mercado, no que diz respeito à receita

processada de seguro directo, embora continuando a decrescer, apresentou uma

perda menos acentuada do que a verificada em 2011, já que registou, em termos

globais, uma queda da ordem dos 7,10%, influenciada essencialmente pelo Ramo

Vida que perdeu cerca de 8,80% do seu volume de prémios. Os Ramos Não Vida

tiveram uma performance negativa de 3,80%, menos expressiva que a do Ramo Vida,

mas superior à verificada no ano anterior.

Dentro do Ramo Vida e analisando mais em detalhe a receita processada, importa

ainda realçar os seguintes aspectos:

Os Seguros de Vida Risco registaram um volume de prémios inferior em cerca

de 2,50% ao do ano anterior. Os Planos de Poupança Reforma (PPR) tiveram

uma queda de produção da ordem dos 14,00% e os outros produtos de aforro

e capitalização registaram uma perda menos acentuada, na casa dos 8,00%.

Decompondo os produtos de capitalização entre “Ligados” e “Não Ligados” a

Fundos de Investimento, temos que os “Ligados” apresentam um

comportamento positivo, crescendo 3,40%, enquanto os “Não Ligados”

decrescem 13,00%.

Separando a produção global em função do Canal de Distribuição que esteve

na sua origem, verifica-se que o canal Bancassurance foi o que registou maior

12

perda, da ordem dos 10,50%, enquanto na chamada Distribuição Tradicional

(Produção Directa, Balcões Próprios e Mediadores) se manteve sensivelmente

o mesmo volume de prémios do ano anterior.

No que concerne aos resgates antecipados, apesar de o seu volume continuar a

registar um nível muito elevado, verificou-se uma redução comparativamente com o

ano anterior, quer em termos absolutos, quer na proporção das respectivas provisões

matemáticas, o que constitui um factor positivo neste panorama.

Quanto à evolução das carteiras de investimentos representativas das provisões

técnicas e passivos financeiros das Seguradoras assistimos, ao longo do ano, a uma

progressiva recuperação dos valores dos seus activos, com especial incidência nos

títulos de rendimento fixo de estados soberanos e de empresas institucionais que

representam grande parte das carteiras afectas ao Ramo Vida.

Estima-se que a recuperação verificada terá recolocado os valores médios de

mercado das carteiras de títulos de rendimento fixo detidas pelas Seguradoras

Portuguesas ao nível dos valores que registavam no final do primeiro semestre de

2010, fase inicial da crise das dívidas soberanas europeias, com consequências muito

favoráveis nas reservas de reavaliação, nos capitais próprios, nas margens de

solvência e nos resultados das Seguradoras.

3. A FINIBANCO VIDA EM 2012

3.1. Receita Processada

O montante de prémios processados pela Finibanco Vida no exercício foi de

6.336.697,00 Euros. Este valor representa uma redução de 20,90% face ao volume

registado no ano anterior e justifica-se pela erosão normal da carteira devido à

anulação e caducidade dos contratos num contexto de quase total ausência de

produção nova face à descontinuidade da Rede Comercial do ex-Finibanco que, como

antes referimos, constituía o nosso principal canal de distribuição.

Esta queda no volume de receita processada teve uma maior evidência nas carteiras

de produtos de poupança e capitalização, dada a sua natureza preponderante de

prémios únicos, onde registamos um montante de 1.511.779,00 Euros, que compara

com 2.147.535,00 Euros produzidos no ano anterior e representa uma redução da

ordem dos 30,00%.

13

Já quanto à carteira de seguros de Vida Risco, não obstante o elevado índice de

anulações verificado (de que destacamos, a título de exemplo, o cancelamento dos

Seguros de Grupo não contributivos dos Colaboradores do ex-Finibanco e da ex-

Finivalor que, só por si representavam prémios da ordem dos 140.000,00 Euros), foi

atingido um volume de prémios significativo de 4.824.917,00 Euros, embora registando

uma perda de 17,80% face ao processado no período homólogo do ano anterior. Este

volume de receita foi possível pelo facto da carteira ser essencialmente constituída por

produtos da modalidade Temporário Anual Renovável com prémios periódicos

recalculados anualmente em função da idade actuarial de cada Pessoa Segura e,

ainda, pela produção nova canalizada pela Finicrédito (actualmente designada

Montepio Crédito), de contratos a prémio único e a prémios periódicos associados às

suas operações de crédito e leasing.

3.2. Sinistralidade

No conceito de sinistralidade dos seguros de vida estão misturadas duas realidades

completamente distintas, quanto à sua natureza, que importa separar e tratar

individualmente.

Os sinistros propriamente ditos são as indemnizações decorrentes dos riscos de morte

ou invalidez e respectivas coberturas complementares nos Seguros de Vida Risco.

Neste capítulo, o comportamento da sinistralidade no ano de 2012 manteve-se muito

favorável e em linha, de resto, com os níveis registados desde o início da actividade

da Seguradora.

Foram abertos e provisionados 59 processos cujo valor total das indemnizações

previstas ascendeu a 1,221 milhões de Euros, ficando 12,00% abaixo do volume

processado no ano anterior.

O capital médio por sinistro foi de 20.700,00 Euros e o rácio de sinistralidade (sinistros

sobre prémios emitidos líquidos de provisões) foi de 25,86%, claramente abaixo do

rácio médio do mercado segurador, que se situou nos 42,30%.

Os resgates de produtos de poupança e capitalização, a outra vertente dos sinistros,

tiveram um comportamento semelhante ao verificado no ano anterior, mantendo-se a

um nível muito elevado, embora com algum abrandamento no ritmo de crescimento.

Foram registados 2.547 pedidos de resgate e um valor total liquidado de 9,625 milhões

de Euros.

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Por outro lado, ocorreram neste exercício os primeiros vencimentos de contratos PPR,

tendo sido processados 925 termos com um montante total de 3,049 milhões de

Euros.

Em termos globais, os vencimentos e resgates de produtos de poupança e

capitalização registados, somaram o número total de 3.472 processos e um valor

global de indemnizações processadas de 12,674 milhões de Euros.

Estes dados, comparativamente com o ano anterior, representam crescimentos de

14,60% em número de processos abertos e de 4,50% em volume de indemnizações

processadas.

O rácio de resgates e vencimentos sobre provisões matemáticas foi de 17,96%,

sofrendo um agravamento de 1,5 pontos percentuais face ao exercício anterior.

3.3. Carteiras de investimentos

Durante o exercício 2012, ocorreu uma valorização apreciável e generalizada de todas

as carteiras de investimentos da Finibanco Vida, o que teve um impacto a vários

níveis, desde logo no que concerne ao incremento patrimonial verificado nos activos

financeiros da Seguradora, passando também pelo efeito positivo no tocante aos

resultados obtidos, quer através dos rendimentos gerados, quer por via das mais-

valias realizadas.

Os aspectos essenciais a registar são os que se evidenciam de seguida.

3.3.1. Valorização das Reservas de Justo Valor

As Reservas de Justo Valor passaram de -3.204.023,00 Euros, em 31 de Dezembro

de 2011, para -210.260,00 Euros, em 31 de Dezembro de 2012. Como se poderá

constatar pelo quadro abaixo, esse incremento foi patente em todas as classes de

activos financeiros da Companhia:

(Valores em Euros)

GRUPOS DE ACTIVOS RESERVAS DE JUSTO

VALOR 2012 RESERVAS DE JUSTO

VALOR 2011

Acções -36.742,00 -412.916,00

Dívida Pública -660.030,00 -1.481.333,00

Obrigações Corporate 363.335,00 -1.404.453,00

Fundos de Investimento 123.177,00 94.679,00

TOTAL -210.260,00 -3.204.023,00

15

3.3.2. Redução da diferença entre valor de mercado e o valor a custo amortizado

dos títulos classificados como “A deter até à maturidade”

A diferença fortemente negativa que existia em 31 de Dezembro de 2011 entre o valor

de mercado e o valor de balanço dos títulos contabilisticamente classificados como

“Investimentos a deter até à maturidade” (valorizados ao custo amortizado à taxa

efectiva), sobretudo devido à forte desvalorização dos títulos de dívida pública

Portuguesa que haviam sido reclassificados nessa categoria no início do ano 2011, foi

totalmente recuperada, conforme se demonstra de seguida.

(Valores em Euros)

RUBRICAS 2012 2011

Valor de Balanço 31.360.803,00 30.893.012,00

Valor de Mercado 32.770.669,00 23.260.605,00

Diferença 1.409.866,00 -7.632.407,00

3.3.3. Imparidades

As imparidades reconhecidas no exercício de 2011, no montante global de

2.677.659,00 Euros, estavam integralmente relacionadas com os títulos de dívida

pública Grega que a Companhia tinha em carteira em 31 de Dezembro de 2011.

Durante o 1º trimestre de 2012, após o acordo de troca de títulos celebrado entre o

estado Grego e grande parte dos investidores privados internacionais detentores de

dívida pública Grega, a Companhia decidiu, por sugestão dos gestores das suas

carteira de investimentos, alienar a totalidade dos títulos de dívida pública Grega com

que ficou após o aludido acordo de troca. O resultado global dessas operações

traduziu-se numa recuperação de 127.461,00 Euros em relação ao valor das

imparidades adjacentes a esses títulos, que tinham sido reconhecidas no exercício de

2011.

Em 31 de Dezembro de 2012, as imparidades registadas em Balanço e reconhecidas

neste exercício foram as seguintes:

(Valores em Euros)

TÍTULO VALOR

Vivendi, SA 5.028,00

Enel – Societa, SPA 4.395,00

RWE AG 13.393,00

Total 22.816,00

16

3.4. Organização e Estrutura Interna

A estrutura organizativa interna da Seguradora não sofreu qualquer alteração durante

este exercício. Tratando-se de uma equipa flexível e polivalente, esta foi sendo

progressivamente redireccionada para a pluralidade de tarefas a que foi necessário

dar resposta. Nos ajustamentos efectuados foi dada importância primordial ao

desenvolvimento de procedimentos e ferramentas informáticas que pudessem

proporcionar ganhos ao nível da produtividade e do controlo.

3.5. Estrutura e Práticas de Governo Societário

3.5.1. Modelo de Governação

O modelo de governação que vigorava na Finibanco Vida, no ano de 2012,

incorporava, no essencial e tendo em conta a dimensão da Seguradora, os modernos

princípios e recomendações sobre transparência e eficiência do governo societário

contidos, nomeadamente, nas alterações ao Código das Sociedades Comerciais,

através do Decreto-Lei n.º 185/2009, de 12 de Agosto, no Decreto-Lei n.º 2/2009, de 5

de Janeiro, na Norma Regulamentar nº. 5/2010-R, de 1 de Abril e na Circular n.º

5/2009, de 19 de Fevereiro, ambas do Instituto de Seguros de Portugal.

Compreendia os seguintes Órgãos:

Assembleia Geral – Cuja mesa é composta por um Presidente, um Vice-Presidente

e um Secretário;

Conselho de Administração – Composto por um máximo de sete membros eleitos

pela Assembleia Geral para mandatos de quatro anos, renováveis, que designa o

seu Presidente e um Vice-Presidente.

Comissão Executiva – Composta por três membros (um Presidente e 2 Vogais)

designados pelo Conselho de Administração de entre os seus membros;

Conselho Fiscal – Composto por três membros efectivos, um dos quais é o

Presidente, e um Suplente, sendo que pelo menos um dos membros efectivos

deverá possuir um curso superior adequado ao exercício das suas funções, ter

conhecimentos em auditoria ou contabilidade e ser independente, nos termos

definidos no Código das Sociedades Comerciais.

Revisor Oficial de Contas – Função confiada a uma sociedade de Revisores

Oficiais de Contas, eleita pela Assembleia Geral sob proposta do Conselho Fiscal.

17

3.5.2. Competências e Modo de Funcionamento do Conselho de Administração e

da Comissão Executiva

De acordo com o definido no Pacto de Accionistas, celebrado em 29 de Dezembro de

2010, o qual vigorou até ao final de 2012, a composição do Conselho de

Administração e da Comissão Executiva realizava-se da seguinte forma:

Um máximo de três Administradores designados pelo accionista não detentor do

controlo de gestão, um dos quais o Vice-Presidente;

Um máximo de quatro Administradores designados pelo accionista detentor do

controlo de gestão, um dos quais o Presidente;

De entre os membros do Conselho de Administração era designada a Comissão

Executiva composta de três membros: Um “Chief Executive Officer” e um “Chief

Financial Officer” de entre os Administradores designados pelo accionista detentor

do controlo de gestão e um “Business Development Director” de entre os

Administradores designados pelo accionista não detentor do controlo de gestão.

As alterações aos estatutos são sujeitas a aprovação em Assembleia Geral sob

proposta do Conselho de Administração.

De acordo com os estatutos da Sociedade, compete ao Conselho de Administração,

para além do mais consignado na lei:

a) Definir as políticas gerais da Sociedade e aprovar os planos e orçamentos

anuais e plurianuais, bem como os relatórios trimestrais de execução;

b) Estabelecer a organização interna da Sociedade e delegar os poderes ao

longo da cadeia hierárquica;

c) Conduzir as actividades da Sociedade, praticando todos os actos que a lei ou

os estatutos não reservem a outros órgãos sociais;

d) Executar as deliberações da Assembleia Geral;

e) Representar a Sociedade em juízo ou fora dele, comprometendo-se em

arbitragens, propondo pleitos judiciais ou defendendo-se deles, podendo

confessar, desistir ou transigir em quaisquer processos judiciais;

f) Apresentar à Assembleia Geral, para apreciação e votação, nas épocas

legalmente determinadas, os relatórios, balanços e contas dos exercícios

sociais;

18

g) Adquirir, alienar e onerar quaisquer direitos ou bens, móveis ou imóveis,

incluindo participações em outras sociedades e em agrupamentos

complementares de empresas;

h) Deliberar sobre a emissão de obrigações ou quaisquer outros títulos de dívida;

i) Contratar e despedir empregados e prestadores de serviços;

j) Constituir mandatários para a prática de determinados actos, definindo a

extensão dos respectivos mandatos;

k) Proceder, no caso de falta ou impedimento definitivos de algum Administrador,

à sua substituição, por cooptação, dentro dos sessenta dias a contar da sua

falta, submetendo essa cooptação a ratificação na primeira Assembleia Geral

seguinte.

l) Eleger os membros da Comissão Executiva, incluindo o seu Presidente.

O Conselho de Administração reúne obrigatoriamente uma vez por trimestre e

extraordinariamente sempre que for convocado pelo seu Presidente, por sua iniciativa

ou a solicitação de dois administradores, e não poderá deliberar sem que esteja

presente ou representada por outro administrador a maioria dos seus membros. As

deliberações são tomadas pela maioria dos membros presentes ou representados,

tendo o Presidente voto de qualidade em caso de empate nas votações.

O Conselho de Administração delega a gestão dos negócios correntes da Sociedade à

Comissão Executiva e define o seu modo de funcionamento, sendo os poderes

delegados expressos em acta.

A Comissão Executiva reúne obrigatoriamente todos os meses e extraordinariamente

sempre que for convocada pelo Presidente, por sua iniciativa ou a solicitação de

qualquer outro membro da Comissão. A Comissão não pode deliberar sem que esteja

presente a maioria dos seus membros e as suas deliberações deverão ser tomadas

por maioria dos membros presentes.

3.5.3. Alteração da Composição do Conselho de Administração e do Modelo de

Gestão da Seguradora

No seguimento do acordo accionista já mencionado, com efeito a partir do dia 14 de

Dezembro de 2012, o Montepio Geral – Associação Mutualista passou a deter a

totalidade das acções representativas do capital social da Finibanco Vida e,

consequentemente, a exercer o controlo integral da sua gestão.

19

Assim, o Montepio Geral – Associação Mutualista, agora na qualidade de accionista

único, solicitou a convocação de uma Assembleia Geral da Finibanco Vida, que veio a

realizar-se no dia 26 de Dezembro de 2012, a qual registou as renúncias aos

mandatos dos Administradores designados pela Mapfre Seguros Gerais e procedeu à

eleição de 2 novos membros para o Conselho de Administração: Fernando Dias

Nogueira (Presidente) e Maria Manuela Traquina Rodrigues (Vogal).

Por sua vez, em Conselho de Administração realizado no dia 9 de Janeiro de 2013, foi

decidido alterar o modelo de gestão anterior que previa a existência de uma Comissão

Executiva, passando a gestão da Finibanco Vida a ser integralmente exercida pelo

Conselho de Administração nos termos definidos nos Estatutos da Sociedade.

3.6. Estrutura de Capital

O capital social da Finibanco Vida é constituído por 7.500.000 acções nominativas.

Estas acções eram detidas, em partes iguais, pela Mapfre Seguros Gerais e pelo

Montepio – Associação Mutualista que, por escritura celebrada em 30 de Março de

2011, adquiriu as acções e os direitos de voto à Finibanco Holding, SGPS,SA.

Ainda que detendo em partes iguais o respectivo capital, foi atribuído o controlo da

gestão da Seguradora ao accionista Mapfre Seguros Gerais, por Pacto de Accionistas

celebrado em 29 de Dezembro de 2009. O controlo de gestão incluía expressamente a

gestão das políticas financeiras, de exploração e a orientação geral da Seguradora.

Pelo acordo celebrado entre os dois accionistas, com efeito a partir do dia 14 de

Dezembro de 2012, o Montepio Geral – Associação Mutualista adquiriu à Mapfre

Seguros Gerais os 50,00% do capital social da Finibanco Vida que eram detidos por

esta entidade, passando o Montepio Geral – Associação Mutualista a ser o accionista

único da Seguradora.

3.7. Recursos Humanos

O quadro de Colaboradores da Finibanco Vida não registou qualquer alteração ao

longo deste exercício, mantendo-se com um número total de 10 Colaboradores.

A equipa actual tem uma composição de 40,00% de Colaboradores do sexo feminino e

60,00% do sexo masculino.

Ao nível das habilitações académicas 80,00% dos Colaboradores tem grau de

licenciatura e os restantes ensino médio.

20

3.8. Política de Remunerações

3.8.1. Membros dos Órgãos Sociais

De acordo com o estabelecido no Pacto Social a política de remunerações dos Órgãos

Sociais é aprovada pela Assembleia Geral mediante proposta apresentada pelo

Conselho de Administração. No mandato actual está definida a seguinte orientação:

Assembleia Geral – Atribuída apenas remuneração fixa mensal (12 vezes por ano)

ao seu Presidente;

Conselho Fiscal – Atribuída apenas remuneração fixa mensal (12 vezes por ano)

aos seus membros efectivos;

Conselho de Administração – Atribuída remuneração fixa mensal (14 vezes por

ano) e variável, no máximo de 3 vencimentos mensais, em função do grau de

cumprimento do resultado previsto para o ano em apreço, apenas ao

Administrador em exclusividade de funções executivas. Os restantes membros não

são remunerados.

O montante máximo da remuneração variável não poderá exceder globalmente

10,00% do lucro líquido do exercício.

Está atribuída ao colectivo dos membros do Conselho de Administração não

remunerados a competência para definir o montante de remuneração variável a

atribuir em cada exercício.

3.8.2. Remunerações Atribuídas no Exercício aos Membros dos Órgãos Sociais

(Valores em Euros)

FUNÇÕES 2011 2012

Presidente da Assembleia Geral 3.000,00 3.000,00

Presidente do Conselho Fiscal 6.000,00 6.000,00

Vogal do Conselho Fiscal 3.600,00 3.600,00

Vogal do Conselho Fiscal 3.600,00 3.600,00

Administrador em exclusividade de funções executivas 131.904,00 127.497,00

148.104,00 143.697,00

3.8.3. Colaboradores

A política de remunerações dos Colaboradores é da competência do Conselho de

Administração, sendo constituída por 3 componentes distintas:

21

Remuneração fixa mensal paga 14 vezes por ano, cujo montante inicial resultou de

negociação individual com cada Colaborador no âmbito do processo de admissão,

sendo as actualizações anuais posteriores efectuadas em consonância com o

acordado em sede de negociação colectiva entre os Sindicatos do sector e a APS

– Associação Portuguesa de Seguradores;

Benefícios Sociais de atribuição obrigatória e generalizada previstos no Contrato

Colectivo de Trabalho da Actividade Seguradora, nomeadamente, Complementos

de Reforma por velhice ou invalidez, capitais em caso de morte e Seguro de

Saúde. Facultativamente está instituída a inclusão dos cônjuges e filhos menores

ou a cargo dos Colaboradores no Seguro de Saúde Grupo, cujo custo é

integralmente suportado pela Seguradora;

Prémios de produtividade – Montante variável, com um máximo de um mês de

vencimento, determinado em cada ano em função do grau de cumprimento dos

objectivos globais definidos para a Seguradora.

A atribuição a cada Colaborador será determinada em função da avaliação do

comportamento de três parâmetros distintos:

o Grau de concretização dos resultados orçamentados - 50,00%;

o Grau de concretização dos objectivos de receita processada - 25,00%;

o Avaliação individual do desempenho - 25,00%;

Dada a natureza variável desta remuneração não existe qualquer garantia quanto

à sua atribuição nem quanto ao valor global a distribuir, que estão sempre

dependentes de decisão casuística do Conselho de Administração.

3.9. Gestão de Riscos e Controlo Interno

A função de Gestor de Riscos da Finibanco Vida esteve atribuída à Mapfre Seguros

Gerais dada a sua qualidade de accionista com o controlo de gestão da Seguradora e

uma vez que esta entidade tinha aquela função definida e autonomizada na sua

estrutura através da Unidade de Gestão de Risco e Controlo Interno

Neste âmbito, ao longo do exercício de 2012, foram desenvolvidos os seguintes

aspectos:

22

3.9.1. Risco Operacional

Foi levado a cabo um processo de levantamento de riscos operacionais, utilizando a

ferramenta informática Riskm@p, desenvolvida pelo Grupo Mapfre.

Este levantamento inclui 23 tipos de riscos, agrupados nas seguintes áreas: actuarial,

jurídica, tecnológica, recursos humanos, procedimentos, informação, fraude, mercado

e bens materiais.

Para os riscos contidos em cada processo que apresentem um índice de criticidade

superior a 75,00% é elaborado um plano de acção com o objectivo de os minimizar.

Apesar de poderem existir alguns riscos com criticidade elevada, podemos concluir

que tal não se verifica ao nível dos processos.

3.9.2. Monitorização global da exposição ao risco

Todos os processos estudados garantem uma elevada consistência na gestão de risco

da Companhia e são complementados por um sistema global de monitorização e

quantificação da exposição.

Tal sistema encontra-se sob a responsabilidade do Coordenador de Riscos, que

assegura:

a) A quantificação global da exposição aos riscos;

b) A elaboração e implementação de planos de acção mitigadores dos riscos;

c) O desenvolvimento de pontos de controlo de riscos;

d) A implementação de um ambiente de gestão e controlo de riscos na organização.

3.9.3. Preparação para o novo regime de solvência (Solvência II)

É conhecida a importância do Solvência II e que a sua implementação irá exigir às

Seguradoras uma nova fórmula de cálculo de requisito de capital e uma melhor forma

de o alocar de acordo com os riscos assumidos, tendo como objectivo principal a

protecção dos Tomadores e Beneficiários de seguros.

Depois de terem sido promovidos diversos estudos de impacto quantitativo, assim

como a participação da Finibanco Vida na avaliação de futuros templates de reporte

ao supervisor, torna-se agora necessário identificar as eventuais dificuldades ou

constrangimentos para concretizar o objectivo principal que é preparar a Companhia

para o Solvência II.

23

Para além do referido, destacamos:

A participação nas acções de divulgação e debate promovidas pelo ISP e pela

APS sobre esta temática;

A realização do exercício de cálculo das provisões técnicas e dos requisitos de

capital de solvência segundo critérios económicos;

A realização, com periodicidade trimestral, do cálculo do capital económico e o

RORAC (Return on Required Capital) com base no modelo da Standard &

Poor’s.

3.10. Gestão das Reclamações

A Norma Regulamentar n.º 10/2009R, publicada pelo Instituto de Seguros de Portugal,

em 25 de Junho de 2009, veio estabelecer um conjunto de regras e deveres a

observar pelas Seguradoras no relacionamento com os Tomadores de Seguros,

Segurados ou Beneficiários, nomeadamente em matéria de tratamento de

reclamações e prevenção, detecção e controlo de fraudes.

Independentemente do legalmente estabelecido a Finibanco Vida sempre dedicou

especial atenção ao tratamento das reclamações, ciente de que uma rápida e eficaz

resolução das perturbações surgidas no relacionamento com os Clientes é vital para a

sua satisfação e, consequentemente, para a sua fidelização.

Corroborando o entendimento acima descrito e, ao mesmo tempo, dando cumprimento

integral ao normativo legal vigente, a Finibanco Vida tem devidamente regulamentadas

por instrução interna as orientações definidas sobre esta matéria e instituídas as

funções autónomas de Gestor de Reclamações e de Provedor do Cliente.

Ao longo do exercício de 2012, foram registadas 4 reclamações, canalizadas via

Instituto de Seguros de Portugal, sendo uma delas encaminhada para o ISP através

da DECO. O Provedor do Cliente não recebeu directamente qualquer reclamação.

Todas as reclamações recebidas foram prontamente analisadas e tratadas com um

tempo médio de resposta de 12 dias.

3.11. Sistema Informático

A nível dos sistemas informáticos, o ano de 2012 foi um ano de estabilização e

consolidação.

24

Tendo em conta a evolução da Seguradora, a capacidade instalada revelou total

suficiência e eficiência de resposta, mesmo considerando um potencial aumento da

exigência aos sistemas.

De seguida, destacam-se os processos mais relevantes levados a cabo no ano

transacto:

Termo do contrato com a IBM Portuguesa, a nível da gestão dos sistemas e

prestação de serviços, de acordo com as directrizes da nova política de gestão de

sistemas do Grupo Montepio.

Todos os sistemas da Finibanco Vida geridos pela IBM foram transferidos para as

instalações da DSI - Direcção de Sistemas de Informação do Montepio Geral,

nomeadamente em Lisboa (Alfragide) para os sistemas de produção e no Porto

(Júlio Dinis) para os sistemas de testes e qualidade.

Toda a migração dos sistemas teve como base a manutenção dos pressupostos e

requisitos do anterior contrato, mantendo o foco na máxima disponibilidade do

sistema e nas regras de segurança tradicionais em ambiente bancário.

A manutenção e gestão dos sistemas da Finibanco Vida, no que respeita a infra-

estrutura de hardware e respectiva operação, passou a ser responsabilidade da

DSI - Direcção de Sistemas de Informação do Montepio Geral.

Foram definidos os contactos exclusivos de service management para ambas as

partes.

A gestão aplicacional dos sistemas migrados ficou a cargo da Finibanco Vida, com

a colaboração do fornecedor de software das aplicações core (I2S Informática -

Sistemas e Serviços, S.A.).

Na sequência da passagem dos sistemas da IBM para o Montepio Geral foi

efectuada uma reformulação do processo de Disaster Recovery e sistemas de alta

disponibilidade, no sentido de melhorar a relação custo/benefício sem

comprometer os padrões e níveis de serviço estabelecidos. Este processo passou

a ter como base o sistema de backup, cuja robustez permite o restauro completo

do sistema num curto espaço de tempo e em caso de indisponibilidade física do

sistema de produção (pólo principal), a política de rotação de tapes permite o

restauro nas máquinas disponíveis no pólo informático secundário.

Em termos de identidade digital e domínio, a Finibanco Vida abandonou o

25

anteriormente utilizado ("finibanco.pt"), registando o domínio "finibancovida.pt". Em

2012, o novo domínio ficou publicamente reflectido a nível do endereçamento dos

contactos de e-mail.

Foram efectuados esforços a nível da integração de informação com os sistemas

do Montepio Geral, salientando-se o desenvolvimento dos processos de

transacção de dados para alimentação dos extractos bancários integrados com

informação das apólices em vigor na Finibanco Vida e o reporte mensal da

evolução dos contratos de crédito, em termos de associação com a apólice de

seguro e actualização do valor do capital seguro.

3.12. Tratados de Resseguro

No que diz respeito ao Resseguro Cedido da carteira de Seguros de Risco, manteve-

se sem alteração sensível, o programa que já vigorava no ano de 2011 com a Mapfre

Re (Madrid) nos termos do acordo global celebrado. Esta entidade resseguradora tem

dado provas de uma elevada qualidade do serviço que presta, associada a uma boa

solidez financeira (Notação de Rating A da S&P revisto para BBB+ em Outubro de

2012 no âmbito de uma revisão geral efectuada pela Standard & Poor’s ao sector

segurador dos países da zona euro).

O programa de resseguro manteve-se sem qualquer alteração:

Tratado “Life Surplus Individual and Group” com Pleno de Retenção da Finibanco

Vida de 60.000,00 Euros por Pessoa Segura;

Cobertura “Excess of Loss for Catastrophic Events” para perdas superiores a

180.000,00 Euros e 3 vidas (inclusive) com uma responsabilidade máxima do

Ressegurador de 2 Milhões de Euros por evento e 4 Milhões de Euros por

contrato.

3.13. Relacionamento com a Rede de Distribuição

A Finibanco Vida tinha como orientação estratégica, desde a sua fundação, trabalhar

exclusivamente no universo do Grupo Financeiro em que estava inserida. Neste

sentido, para além dos negócios institucionais, nomeadamente os Employee Benefits

e as Rendas Vitalícias para os Colaboradores, a Rede de Distribuição Bancária

assumia primordial importância na distribuição e na assistência pós-venda dos

produtos da Seguradora.

26

Terminada esta ligação à Rede de Distribuição Bancária o fluxo de produção nova foi

progressivamente abrandando, sendo praticamente nulo no exercício de 2012,

conforme se pode observar no quadro seguinte:

Produto

2010 2011 2012

Crédito Habitação 470 189 25

Crédito Pessoal 2.589 1.261 4

Protecção Vida 1.007 55 2

Protecção Empresário 712 40 1

PPR 4.720 250 237

Capitalização 1.503 12 10

TOTAIS 11.001 1.807 279

Já no que diz respeito à componente de assistência pós-venda a colaboração da Rede

de Balcões tem-se mantido nos moldes anteriores, proporcionando um serviço de

excelente nível na interlocução entre Clientes e Seguradora.

3.14. Novos Produtos

Pelos motivos já referidos, não foram desenvolvidos, ao longo do ano, quaisquer

produtos novos para comercialização.

4. VOLUME DE PRÉMIOS

O montante global da produção no ano de 2012 foi de 6.336.697,00 Euros,

representando um decréscimo de 20,90% face ao ano anterior.

Este montante respeita integralmente a prémios de produtos classificados como

Contratos de Seguro, não se registando qualquer receita processada afecta a produtos

classificados para efeitos contabilísticos como Contratos de Investimento.

Deste total temos 4.824.918,00 Euros que respeitam a seguros de risco puro,

373.822,00 Euros a seguros de capitalização e 1.137.957,00 Euros são referentes a

seguros PPR.

5. COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA

A carteira constituída apresenta o seguinte perfil:

27

Produto Tipo Apólices /

Certificados Pessoas Seguras

Capitais em Risco*

Capitais Constituídos /

Provisões*

Vida Crédito Pessoal

Risco 5.875 8.833 69.156.232,00 N/A

Vida Crédito Habitação

Risco 4.359 7.206 395.446.726,00 N/A

Vida Grupo Empresas

Risco 235 235 1.620.000,00 N/A

Protecção Vida Finibanco

Risco 1.014 1.014 27.220.000,00 N/A

Protecção Vida Empresário

Risco 596 596 66.986.012,00 N/A

Vida Finicrédito Risco 16.881 16.881 143.758.749,00 1.504.346,00

Rendas Vitalícias

Risco 2 2 N/A 187.650,00

Capitalização Finibanco

Cap. 2.573 2.573 N/A 11.379.693,00

Finigarantia Cap. 2.496 2.496 N/A 25.526.350,00

Investimento Finibanco (UNL)

Cap. 345 345 N/A 1.628.199,00

PPR Cap. 10.297 10.297 N/A 32.025.094,00

TOTAIS 44.673 50.478 704.187.719,00 72.251.332,00

(* Valores em Euros)

Comparando os valores atingidos em 2012 com os registados no ano anterior importa

salientar a existência de uma significativa e preocupante erosão das carteiras cujos

indicadores principais assinalamos:

Uma perda de 6.828 apólices/adesões e 8.346 pessoas seguras, o que significa

uma redução de carteira da ordem dos 14,00% quer quando analisada pela

vertente das apólices/adesões, quer das pessoas seguras;

Uma diminuição de 157 milhões de Euros, que corresponde a 18,00% da carteira,

no montante dos capitais seguros dos produtos de risco;

Um decréscimo de 8,50 milhões de Euros no volume das provisões matemáticas

dos produtos de capitalização e investimento.

6. ESTRUTURA DA CARTEIRA

Os prémios processados apresentam a seguinte distribuição por tipo de produto:

28

2011 2012

Tipo de Produto

Receita Processada*

% da Carteira

Receita Processada*

% da Carteira

Contratos de Seguro

Seguros de Rendas 0,00 0,00% 0,00 0,00%

Seguros de Vida Risco 5.867.510,00 73,20% 4.824.918,00 76,10%

Seguros de Capitalização 454.914,00 5,60% 373.822,00 5,90%

PPR 1.692.621,00 21,20% 1.137.957,00 18,00%

Sub Total 8.015.045,00 100,00% 6.336.697,00 100,0%

Contratos de Investimento

Produtos de Capitalização 0,00 0,00% 0,00 0,00%

Produtos UnitLinked 0,00 0,00% 0,00 0,00%

Sub Total 0,00 0,00% 0,00 0,00%

Total 8.015.045,00 100,00% 6.336.697,00 100,00%

(* Valores em Euros)

7. PROVISÕES MATEMÁTICAS DE CONTRATOS DE SEGURO E PASSIVOS

FINANCEIROS DE CONTRATOS CLASSIFICADOS PARA EFEITOS

CONTABILISTICOS COMO CONTRATOS DE INVESTIMENTO

O volume total de provisões matemáticas de Contratos de Seguro e Passivos

Financeiros de Contratos de Investimento foi de 72.251.332,00 Euros registando uma

redução de 10,50% face ao ano anterior, com a seguinte distribuição por tipo de

produtos:

2011 2012

Tipo de Produto

Provisão Matemática*

% Carteira

Provisão Matemática*

% da Carteira

PPR 38.234.109,00 47,30% 32.025.094,00 44,30%

Seguros de Capitalização 13.350.327,00 16,50% 11.379.693,00 15,70%

Contratos de Investimento 25.949.008,00 32,20% 25.526.350,00 35,30%

UnitLinked (ICAE) 1.648.376,00 2,00% 1.628.199,00 2,30%

Seguros Vida Rendas 194.846,00 0,30% 187.650,00 0,30%

Seguros Vida Risco 1.383.000,00 1,7% 1.504.346,00 2,10%

(* Valores em Euros)

29

8. PRINCIPAIS INDICADORES

(Valores em Euros)

Balanço 2011 2012

- Activo Líquido 89.365.546,00 87.480.662,00

- Capital Próprio 7.014.189,00 11.733.307,00

- Provisões Técnicas 54.169.696,00 46.324.775,00

- Passivos Financeiros de Contratos de Investimento

27.597.384,00 27.178.558,00

(Valores em Euros)

Conta de Ganhos e Perdas: 2011 2012

- Prémios Processados 8.015.045,00 6.336.697,00

- Rendimentos e Ganhos Líquidos da Actividade Financeira Não Técnica

72.050,00

- 26.094,00

- Rendimentos e Ganhos Líquidos da Actividade Financeira Técnica

- 113.813,00 3.345.402,00

- Provisões Matemáticas Seguro Directo - 4.705.986,00 - 8.065.499,00

- Participação Resultados Seguro Directo 0,00 0,00

- Custos Sinistros Líquidos de Resseguro 9.624.617,00 11.993.633,00

- Resultado Líquido 353.102,00 2.569.547,00

Nº de Trabalhadores 2011 2012

10 10

Produtividade 2011 2012

- Nº Apólices / Nº Trabalhadores 5.150 4.467

- Nº Pessoas Seguras / Nº Trabalhadores 5.882 5.048

- Prémios / Nº de Trabalhadores * 801.504,00 633.670,00

- Activos sob gestão / Nº Trabalhadores * 8.936.554,00 8.748.066,00 * Valores em Euros

30

9. ACTIVIDADE FINANCEIRA

9.1. Gestão de Activos

Em complemento dos aspectos realçados no ponto 3.3 deste relatório, destacam-se a

ainda os seguintes factos no que concerne à actividade financeira da Seguradora no

exercício de 2012:

As estratégias, metodologias e processos de trabalho subjacentes à gestão

ALM, tratamento administrativo, contabilístico e fiscal das operações

financeiras não sofreram durante o ano 2012 qualquer alteração em relação ao

que vinha sendo consolidado a este nível no ano anterior. Em concreto, a

política de investimentos não registou alterações com significado e a gestão

global de activos financeiros da Finibanco Vida continuou a ser efectuada em

parceria com a Mapfre Inversión, à excepção da carteira de investimentos

afecta ao Unit Linked (que representava, em 31.12.2012, 3,4% do total de

activos financeiros da Companhia) que permaneceu sob gestão da MG Activos.

9.2. Composição das carteiras

A distribuição da carteira de títulos da Finibanco Vida por categorias de activos sofreu

algumas alterações ao longo do ano 2012, de entre as quais se realçam:

Aumento em 11,00% da exposição a títulos de dívida pública.

Diminuição do peso da dívida corporate em 13,00% em função do valor global

de activos financeiros da Finibanco Vida.

Estas alterações estão em parte relacionadas com um conjunto de operações de

compra e venda de activos financeiros, concretizadas em Novembro de 2012, por

motivos tácticos e de gestão ALM.

Por categorias de títulos, em 31 de Dezembro de 2012, a carteira de investimentos da

Finibanco Vida tinha a seguinte composição:

(Valores em Euros)

Categoria de Título Distribuição

Depósitos 3.800.603,00

Dívida Pública 52.711.548,00

Dívida Corporate 22.982.094,00

Acções 874.174,00

Fundos de Investimento 6.114.455,00

Total 86.482.873,00

31

9.3. Performance

O desempenho positivo das carteiras de investimentos da Finibanco Vida no exercício

2012 teve origem nos seguintes aspectos:

Na melhoria continua das perspectivas de recuperação dos países

intervencionados pela troika, coadjuvada pela acção do Banco Central

Europeu, sobretudo no 2º semestre de 2012, e das decisões do Conselho

Europeu para estabilização da crise financeira de que a Europa tem vindo a

padecer desde 2008, permitiu que os spreads da dívida pública dos países

periféricos da zona euro se reduzissem bastante, implicando uma valorização

generalizada, no mercado secundário, dos títulos de dívida pública desses

países. Apesar da Finibanco Vida já não estar exposta a qualquer título de

dívida Grega, mantém o nível de concentração a títulos de rendimento fixo

Portugueses e Espanhóis.

A injecção de liquidez nos sistemas monetários mundiais e a manutenção de

taxas de desconto muito reduzidas por parte da grande maioria dos bancos

centrais dos países ocidentais, levou a que as taxas de juro de mercado,

nomeadamente as do mercado interbancário, atingissem valores

historicamente baixos tendo, como consequência, levado a uma valorização de

títulos de rendimento mais antigos, emitidos com taxas fixas.

4,39%

60,95%

26,57%

1,01%

7,07%

Composição da Carteira de Investimentos

Depósitos

Dívida Pública

Dívida Corporate

Acções

Fundos de Investimento

32

Também os mercados de maior risco, como é o caso dos mercados

accionistas, tiveram, no ano 2012, uma valorização bastante positiva.

As rentabilidades líquidas dos activos financeiros da Finibanco Vida foram as

seguintes:

8,60% nas carteiras que representam provisões técnicas e passivos financeiros

de seguros de vida não ligados a fundos de investimento;

25,09% nas carteiras de investimentos afectas a seguros ligados;

9,33% na carteira de activos não afectos a provisões técnicas.

De salientar que as rentabilidades indicadas reflectem, também, a valorização dos

títulos de dívida pública Portuguesa a custo amortizado.

9.4. Encargos Gerais

Os encargos gerais, incluindo gastos financeiros, despesas com pessoal, custos de

aquisição, amortizações e outros encargos, registaram um montante de 1.405.709,00

Euros o que significa uma redução de 6,00% quando comparado com o ano anterior.

As Despesas com Pessoal, incluídas nesta rubrica, cresceram 3,00%, atingindo o

montante de 615.634,00 Euros, já considerando uma provisão estimada de 44.438,00

Euros para bónus de desempenho.

10. PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS

As Taxas de Revalorização Efectivas (constituídas por taxa de participação somada à

taxa de juro técnica) atribuídas às Apólices das modalidades com Fundos Autónomos

de Investimento foram as seguintes:

Produto Taxa Técnica Taxa de Revalorização

Efectiva

PPR Finibanco 3,00% 3,00%

PPR Garantido Finibanco 2,50% 2,50%

Capitalização Finibanco 3,00% 3,00%

Nota: Não obstante a recuperação verificada no exercício, não houve lugar à

atribuição de qualquer rendimento variável dada a existência de um saldo global

negativo transitado de anos anteriores, nas carteiras que constituem os respectivos

fundos autónomos.

33

11. GARANTIAS FINANCEIRAS - MARGEM DE SOLVÊNCIA

O capital constitutivo disponível para o Fundo de Garantia e da Margem de Solvência

é de 10.577.600,00 Euros quando o valor mínimo legalmente exigido face às

responsabilidades da Seguradora é de 3.700.000,00 Euros. Assim verifica-se a

existência de uma taxa de cobertura de 285,88%.

12. RESULTADOS DO EXERCICIO

O resultado do exercício, antes de impostos, regista um valor global de 3.548.372,99

Euros.

Este resultado é composto por:

Resultado da exploração técnica: 3.574.466,55 Euros;

Resultado não técnico: - 26.093,56 Euros.

Após impostos o valor líquido ascende a 2.569.547,24 Euros.

13. APLICAÇÃO DOS RESULTADOS

O Conselho de Administração propõe que os resultados líquidos obtidos, no montante

de 2.569.547,24 Euros, tenham a seguinte aplicação:

(Valores em Euros)

Reserva Legal 256.954,70

Resultados Transitados 124.098,10

Reserva Livre 1.063.494,44

Dividendo ao Accionista MG-AM (0,15€ por acção) 1.125.000,00

14. CONCLUSÃO

Da apreciação efectuada à actividade desenvolvida pela Finibanco Vida neste seu

sexto exercício anual, apraz-nos registar que se tratou de um ano muito positivo

quando analisado sob o prisma da recuperação da sua carteira de investimentos, da

sua margem de solvência e dos seus resultados.

Subsiste, porém, a necessidade de ser definido, por parte do accionista, o modelo de

funcionamento futuro da Seguradora de modo a não ser comprometida a sua

viabilidade a médio prazo. Estamos, no entanto, confiantes que, na sequência da

34

alteração do controlo accionista recentemente verificada, essa definição ocorrerá a

muito breve prazo.

Resta-nos agradecer aos Colaboradores da Finibanco Vida e das entidades

accionistas que colocaram o melhor do seu esforço e empenhamento ao serviço da

Seguradora, o que permitiu atingir resultados tão expressivos neste exercício.

Apresentamos, também, os nossos agradecimentos aos Accionistas, ao Conselho

Fiscal e a todas as entidades que directa ou indirectamente contribuíram para o

desempenho alcançado, das quais destacamos:

O Instituto de Seguros de Portugal;

A Associação Portuguesa de Seguradores;

Os nossos Resseguradores.

Impõe-se, ainda, uma palavra de reconhecimento ao nosso Actuário Responsável e

aos nossos Consultores e Auditores, pela colaboração prestada.

Porto, Fevereiro de 2013

O Conselho de Administração

Fernando Dias Nogueira (Presidente)

Maria Manuela Traquina Rodrigues

Armando Esteves

Joaquim de Campos Afonso

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS em 31 de Dezembro de 2012

36

Balanço (Valores em Euros)

Notas do

Anexo Balanço

Exercício

Exercício anterior Valor bruto

Imparidade, deprec./

amort. ou ajustamentos

Valor Líquido

ACTIVO

9 Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem 484.609 0 484.609 305.055

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

0 0 0 0

7.4 Activos financeiros detidos para negociação 3.709.027 0 3.709.027 3.982.106

Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas

0 0 0 0

Derivados de cobertura 0 0 0 0

7.5- 7.6 Activos disponíveis para venda 47.635.257 22.816 47.612.440 52.665.796

Empréstimos e contas a receber 3.315.994 0 3.315.994 0

Depósitos juntos de empresas cedentes 0 0 0 0

7.2 Outros depósitos 3.315.994 0 3.315.994 0

Empréstimos concedidos 0 0 0 0

Contas a receber 0 0 0 0

Outros 0 0 0 0

7.7 Investimentos a deter até à maturidade 31.360.803 0 31.360.803 30.893.012

Terrenos e edifícios 0 0 0 0

Terrenos e edifícios de uso próprio 0 0 0 0

Terrenos e edifícios de rendimento 0 0 0 0

11 Outros activos tangíveis 218.891 151.624 67.267 87.133

Inventários 0 0 0 0

Goodwill 0 0 0 0

13 Outros activos intangíveis 889.085 858.379 30.706 84.819

Provisões técnicas de resseguro cedido 573.523 0 573.523 553.925

Provisão para prémios não adquiridos 0 0 0 0

Provisão matemática do ramo vida 0 0 0 0

Provisão para sinistros 187.427 0 187.427 300.102

Provisão para participação nos resultados 386.096 0 386.096 253.823

Provisão para compromissos de taxa 0 0 0 0

Provisão para estabilização de carteira 0 0 0 0

Outras provisões técnicas 0 0 0 0

24 Activos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo

8.196 0 8.196 169.094

Outros devedores por operações de seguros e outras operações

286.755 173.291 113.465 202.696

7.8 - 14 Contas a receber por operações de seguro directo 243.574 173.291 70.283 184.109

7.8 Contas a receber por outras operações de resseguro 35.747 0 35.747 4.847

7.8 Contas a receber por outras operações 7.434 0 7.434 13.739

Activos por impostos 197.181 0 197.181 414.298

Activos por impostos correntes 96.646 0 96.646 70.208

25.2 Activos por impostos diferidos 100.535 0 100.535 344.090

Acréscimos e diferimentos 7.451 0 7.451 7.612

Outros elementos do activo 0 0 0 0

Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas

0 0 0 0

TOTAL ACTIVO 88.686.772 1.206.110 87.480.662 89.365.546

37

(Valores em Euros)

Notas do

Anexo Balanço Exercício

Exercício anterior

PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO

PASSIVO

Provisões técnicas 46.324.775 54.169.696

Provisão para prémios não adquiridos 0 0

4.1 Provisão matemática do ramo vida 44.728.761 52.826.949

Provisão para sinistros 1.591.182 1.337.914

4.4 De vida 1.591.182 1.337.914

De acidentes de trabalho 0 0

De outros ramos 0 0

Provisão para participação nos resultados 4.832 4.832

Provisão para compromissos de taxa 0 0

Provisão para estabilização de carteira 0 0

Provisão para desvios de sinistralidade 0 0

Provisão para riscos em curso 0 0

Outras provisões técnicas 0 0

5 Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguros e de contratos de seguro e operações considerados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento

27.178.558 27.597.384

Outros passivos financeiros 0 0

Derivados de cobertura 0 0

Passivos subordinados 0 0

Depósitos recebidos de resseguradores 0 0

Outros 0 0

24 Passivos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo 0 197.002

Outros credores por operações de seguros e outras operações 330.648 180.227

Contas a pagar por operações de seguro directo 121.991 83.426

Contas a pagar por outras operações de resseguro 170.785 48.667

Contas a pagar por outras operações 37.872 48.133

Passivos por impostos 1.624.885 121.789

Passivos por impostos correntes 1.624.885 121.789

Passivos por impostos diferidos 0 0

Acréscimos e diferimentos 280.621 73.352

Outras Provisões 0 0

Outros elementos do passivo 7.870 11.908

Passivos de um grupo para alienação classificado como detido para venda 0 0

TOTAL PASSIVO 75.747.356 82.351.357

CAPITAL PRÓPRIO

26 Capital 7.500.000 7.500.000

(Acções Próprias) 0 0

Outros instrumentos de capital 0 0

Reservas de reavaliação -210.260 -3.204.023

19-27 Por ajustamentos no justo valor de activos financeiros -210.260 -3.204.023

Por revalorização de terrenos e edifícios de uso próprio 0 0

Por revalorização de activos intangíveis 0 0

Por revalorização de outros activos tangíveis 0 0

Por ajustamentos no justo valor de instrumentos de cobertura em coberturas de

fluxos de caixa 0 0

Por ajustamentos no justo valor de cobertura de investimentos líquidos em moeda

estrangeira 0 0

De diferenças de câmbio 0 0

Reserva por impostos diferidos -34.345 809.847

27 Outras reservas 2.032.462 1.679.360

Resultados transitados -124.098 -124.098

Resultado do exercício 2.569.547 353.102

TOTAL CAPITAL PRÓPRIO 11.733.307 7.014.189

TOTAL PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO 87.480.662 89.365.546

38

Conta de Ganhos e Perdas (Valores em Euros)

Notas do

Anexo Conta de Ganhos e Perdas

Exercício Exercício anterior Técnica

Vida Técnica

Não-Vida Não

Técnica Total

Prémios adquiridos líquidos de resseguro 5.519.140 0 5.519.140 7.076.418

15 Prémios brutos emitidos 6.336.697 0 6.336.697 8.015.045

4.4-15 Prémios de resseguro cedido -817.557 0 -817.557 -938.626

Provisão para prémios não adquiridos (variação) 0 0 0 0

Provisão para prémios não adquiridos, parte resseguradores (variação) 0 0 0 0

16 Comissões de contratos de seguro e operações considerados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento ou como contratos de prestação de serviços

23.286 0 23.286 61.733

Custos com sinistros, líquidos de resseguro 11.993.633 0 11.993.633 9.624.617

Montantes pagos 11.627.690 0 11.627.690 9.202.594

4.4 Montantes brutos 11.963.797 0 11.963.797 9.571.821

4.4 Parte dos resseguradores -336.108 0 -336.108 -369.227

Provisão para sinistros (variação) 365.943 0 365.943 422.023

4.4 Montante bruto 253.268 0 253.268 549.023

4.4 Parte dos resseguradores 112.675 0 112.675 -127.000

Outras provisões técnicas, líquidas de resseguro 0 0 0 0

Provisão matemática do ramo vida, líquida de resseguro -8.065.499 -8.065.499 -4.705.986

4.1 Montante bruto -8.065.499 -8.065.499 -4.705.986

Parte dos resseguradores 0 0 0

4.3 Participação nos resultados, líquida de resseguro 0 0 0 0

Custos e gastos de exploração líquidos 1.317.543 0 1.317.543 1.596.880

22 Custos de aquisição 565.496 0 565.496 704.982

Custos de aquisição diferidos (variação) -32.690 0 -32.690 -107.290

22 Gastos administrativos 1.170.833 0 1.170.833 1.253.011

Comissões e participação nos resultados de resseguro -386.096 0 -386.096 -253.823

Rendimentos 3.667.679 0 333.552 4.001.231 4.156.411

17 De juros de activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas

3.551.543 0 330.057 3.881.599 4.019.108

De juros de passivos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas

0 0 0 0 0

17 Outros 116.136 0 3.496 119.631 137.303

Gastos financeiros 1.472.474 0 20.042 1.492.516 1.082.361

De juros de activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas

0 0 0 0 0

5.4 De juros de passivos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas

1.038.319 0 0 1.038.319 1.093.333

22 Outros 434.155 0 20.042 454.198 -10.972

Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros não valorizados ao justo valor através de ganhos e perdas

738.029 0 -312.725 425.304 -421.377

18 De activos disponíveis para venda 738.029 0 -312.725 425.304 -421.377

De empréstimos e contas a receber 0 0 0 0 0

De investimentos a deter até à maturidade 0 0 0 0 0

De passivos financeiros valorizados a custo amortizado 0 0 0 0 0

De outros 0 0 0 0 0

18 - 19 Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros valorizados ao justo valor através de ganhos e perdas

434.985 0 -26.878 408.107 -23.150

Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros detidos para negociação 434.985 0 -26.878 408.107 -23.150

Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas

0 0 0 0 0

20 Diferenças de câmbio 0 0 0 0 -39.893

Ganhos líquidos pela venda de activos não financeiros que não estejam classificados como activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas

0 0 0 0 0

19 Perdas de imparidade (líquidas de reversão) 22.816 0 0 22.816 2.677.659

De activos disponíveis para venda 22.816 0 0 22.816 2.677.659

De empréstimos e contas a receber valorizados a custo amortizado 0 0 0 0 0

De investimentos a deter até à maturidade 0 0 0 0 0

De outros 0 0 0 0 0

14 Outros rendimentos/gastos técnicos, líquidos de resseguro -47 0 0 -47 0

Outras provisões (variação) 0 0 0 0 0

Outros rendimentos/gastos -67.637 0 0 -67.637 -39.604

Goodwill negativo reconhecido imediatamente em ganhos e perdas 0 0 0 0 0

Ganhos e perdas de associadas e empreendimentos conjuntos contabilizados pelo método da equivalência patrimonial

0 0 0 0 0

Ganhos e perdas de activos não correntes (ou grupos para alienação) classificados como detidos para venda

0 0 0 0 0

RESULTADO LÍQUIDO ANTES DE IMPOSTOS 3.574.467 0 -26.094 3.548.373 534.900

25.1 Imposto sobre o rendimento do exercício - impostos correntes 1.012.378 0 0 1.012.378 155.090

25.2 Imposto sobre o rendimento do exercício - impostos diferidos -33.552 0 0 -33.552 26.708

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 2.595.641 0 -26.094 2.569.547 353.102

39

Demonstração de Variações do Capital Próprio 2012

Capital Acções próprias

Reservas de Reavaliação

Reserva por impostos diferidos

Outras reservas

Resultados transitados

Resultado do exercício

TOTAL

Por ajustamentos no justo valor de investimentos em

filiais, associadas e empreendimentos

conjuntos

Por ajustamentos no

justo valor de activos

financeiros disponíveis para

venda

Reserva legal Outras

reservas

Balanço a 31 de Dezembro de 2011 (balanço de abertura) 7.500.000 -3.204.023 809.847 312.004 1.367.357 -124.098 353.102 7.014.189

Correcções de erros (IAS 8) 0

Alterações políticas contabilísticas (IAS 8) 0

Balanço de abertura alterado 7.500.000 0 0 -3.204.023 809.847 312.004 1.367.357 -124.098 353.102 7.014.189

Aumentos/reduções de capital 0

Transacção de acções próprias 0

Ganhos líquidos por ajustamentos no justo valor de filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 0

Ganhos líquidos por ajustamentos no justo valor de activos financeiros disponíveis para venda 2.993.762 2.993.762

Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorização de terrenos e edifícios de uso

próprio 0

Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorizações de outros activos tangíveis 0

Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorizações de activos intangíveis 0

Ganhos líquidos por ajustamentos de instrumentos de cobertura em cobertura de fluxos de caixa 0

Ganhos líquidos por diferenças por taxa de câmbio 0

Ajustamentos por reconhecimento de impostos diferidos -844.192 -844.192

Aumentos de reservas por aplicação de resultados 35.310 317.792 353.102

Distribuição de reservas 0 -353.102 -353.102

Distribuição de lucros/prejuízos 0

Alterações de estimativas contabilísticas 0

Total das variações do capital próprio 0 0 0 2.993.762 -844.192 35.310 317.792 0 -353.102 2.149.570

Resultado líquido do período 2.569.547 2.569.547

Distribuição antecipada de lucros 0

Balanço a 31 de Dezembro de 2012 7.500.000 0 0 -210.260 -34.345 347.314 1.685.148 -124.098 2.569.547 11.733.307

40

Demonstração de Variações do Capital Próprio 2011

Capital Acções próprias

Reservas de Reavaliação

Reserva por impostos diferidos

Outras reservas

Resultados transitados

Resultado do exercício

TOTAL

Por ajustamentos no justo valor de investimentos em

filiais, associadas e empreendimentos

conjuntos

Por ajustamentos no

justo valor de activos

financeiros disponíveis para

venda

Reserva legal Outras

reservas

Balanço a 31 de Dezembro 2010 (balanço de abertura) 7.500.000 -3.241.832 799.866 160.075 -124.098 1.519.285 6.613.296

Correcções de erros (IAS 8) 0

Alterações políticas contabilísticas (IAS 8) 0

Balanço de abertura alterado 7.500.000 0 0 -3.241.832 799.866 160.075 0 -124.098 1.519.285 6.613.296

Aumentos/reduções de capital 0

Transacção de acções próprias 0

Ganhos líquidos por ajustamentos no justo valor de filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 0

Ganhos líquidos por ajustamentos no justo valor de activos financeiros disponíveis para venda 37.809 37.809

Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorização de terrenos e edifícios de uso próprio 0

Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorizações de outros activos tangíveis 0

Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorizações de activos intangíveis 0

Ganhos líquidos por ajustamentos de instrumentos de cobertura em cobertura de fluxos de caixa 0

Ganhos líquidos por diferenças por taxa de câmbio 0

Ajustamentos por reconhecimento de impostos diferidos 9.981 9.981

Aumentos de reservas por aplicação de resultados 151.929 1.367.357 1.519.286

Distribuição de reservas -1.519.285 -1.519.285

Distribuição de lucros/prejuízos 0

Alterações de estimativas contabilísticas 0

Total das variações do capital próprio 0 0 0 37.809 9.981 151.929 1.367.357 0 -1.519.285 47.791

Resultado líquido do período 353.102 353.102

Distribuição antecipada de lucros 0

Balanço a 31 de Dezembro de 2011 7.500.000 0 0 -3.204.023 809.847 312.004 1.367.357 -124.098 353.102 7.014.189

41

Demonstração do Resultado Integral (valores em Euros)

RUBRICAS 2012 2011

Resultado Líquido do exercício 2.569.547 353.102

Outro rendimento integral do exercício 2.993.762 37.809

Activos financeiros disponíveis para venda

-Ganhos e perdas líquidas do exercício 3.396.249 3.136.846

-Reclassificação de ganhos e perdas para resultados do exercício

-402.487 -3.099.037

Impostos -844.192 9.981

Ganhos e perdas líquidas em diferenças cambiais

Benefícios pós emprego

Outros movimentos

Total do rendimento integral 4.719.117 400.892

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS em 31 de Dezembro de 2012

43

ANEXO AO BALANÇO E À CONTA DE GANHOS E PERDAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

1. INFORMAÇÕES GERAIS

A Finibanco Vida - Companhia de Seguros de Vida S.A., com sede na Rua Júlio Dinis

nº166 na cidade do Porto, foi constituída em Janeiro de 2007 com Capital Social de

7.500.000,00 Euros, detido na sua totalidade pela Finibanco Holding – S.G.P.S., S.A.,

até 29 de Dezembro de 2009, data em que ocorreu a transmissão para a Mapfre

Seguros Gerais, S.A. de 50% do seu capital social e o controlo da gestão da

Companhia.

Em Março de 2011, na sequência da Operação Púbica de Aquisição, lançada e

concretizada em Dezembro de 2010 pelo Montepio Geral - Associação Mutualista à

Finibanco Holding – S.G.P.S., S.A., foi vendida a participação de 50% do capital social

da Finibanco Vida detida pela Finibanco Holding – S.G.P.S., S.A. ao Montepio Geral -

Associação Mutualista.

Em 12 de Dezembro de 2012, a participação de 50% da Mapfre Seguros Gerais S.A.

foi adquirida pelo Montepio Geral - Associação Mutualista, passando esta entidade, a

partir dessa data, a deter a totalidade do capital social da Finibanco Vida

A Finibanco Vida dedica-se exclusivamente ao exercício da actividade de seguros do

Ramo Vida, para os ramos de seguros de vida risco, capitalização, seguros ligados e

rendas, para os quais obteve a devida autorização por parte do Instituto de Seguros de

Portugal.

As notas que se seguem basearam-se nas International Accounting Standards (IAS) e

nas International Financial Reporting Standards (IFRS) tendo-se também optado por

seguir os exemplos ilustrativos previstos no Plano de Contas para as Empresas de

Seguros, aprovado pela Norma Regulamentar nº 4/2007 - R, de 27 de Abril, com as

alterações introduzidas pela Norma Regulamentar nº 20/2007 - R, de 31 de Dezembro,

e pela Norma Regulamentar nº22/2010 – R, de 16 de Dezembro, publicadas pelo

Instituto de Seguros de Portugal, excepto no que concerne à numeração dos anexos

uma vez que atribuímos uma numeração sequencial própria. Por não serem aplicáveis

ou por irrelevância em termos de materialidade de valores ou situações a reportar,

algumas notas não são referidas neste Anexo.

44

As demonstrações financeiras foram aprovadas por deliberação do Conselho de

Administração de 25 de Fevereiro de 2013 e serão submetidas para Aprovação da

Assembleia Geral de accionistas.

2. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS

A Companhia manteve, durante o exercício de 2012 relações comerciais exclusivas

com clientes e entidades inseridas no Grupo Montepio, mais concretamente através da

rede de balcões ex-Finibanco, cuja dinamização comercial ficou a cargo da Finisegur -

Sociedade Mediadora de Seguros S.A., cuja denominação social foi alterada em

Dezembro de 2012 para Montepio Mediação – Sociedade Mediadora de Seguros S.A.,

também integralmente detida pelo Montepio Geral – Associação Mutualista.

Os produtos desenvolvidos e comercializados pela Companhia foram especificamente

concebidos para distribuição através do canal bancário e para bancário, quer na

vertente de aumento da qualidade e das garantias dos produtos bancários subjacentes

aos mesmos, quer no que concerne à captação de aforro através de produtos

específicos e vocacionados para a poupança de médio e longo prazo, com um perfil

de risco preferencialmente moderado e conservador.

Como consequência da integração do ex-Finibanco no Grupo Montepio, no

seguimento da Operação Pública de Aquisição supra mencionada e a exemplo do

anterior exercício, o ano 2012 continuou a ser condicionado, para a Finibanco Vida,

pela progressiva perda da sua única e natural rede de distribuição, a Rede Comercial

do ex-Finibanco. Nessa conformidade, quer em termos comerciais quer ao nível de

desenvolvimento de novos produtos e segmentos de mercado não houve nada de

novo a registar, pelo que a actividade da seguradora se focalizou exclusivamente na

manutenção e gestão da carteira de seguros em vigor à data da aludida Operação

Publica de Aquisição. A única excepção a este cenário, deve-se ao facto da

Finicrédito, S.A. (actualmente designada Montepio Crédito, S.A.), instituição financeira

vocacionada para o crédito ao consumo a pequenas empresas e empresário em nome

individual, ter continuado a colocar na Finibanco Vida os seguros de vida risco

subjacentes aos seus novos contratos de crédito.

Nos exercícios de 2011 e 2012 a actividade desenvolvida pela Companhia foi

realizada, na sua totalidade, em território nacional, pelo que não é apresentada

qualquer informação por sectores geográficos.

45

2.1. Relato de resultados por segmentos

Apesar da estrutura da Companhia ser bastante ligeira e a sua pequena dimensão

implicar uma grande polivalência funcional de todos os seus colaboradores,

dificultando deste modo a adopção de regras de imputação dos reais custos de

exploração a segmentos ou funções, foi possível implementar um modelo para

elaboração deste relato com base na segregação da demonstração de resultados por

quatro grandes linhas de negócio, que são:

Produtos de vida risco, que têm por objectivo cobrir os riscos de morte,

invalidez e longevidade;

Produtos de capitalização, que conferem direito a participação nos resultados e

classificados no âmbito da IFRS4 como contratos de seguro;

Produtos de capitalização, classificados nos termos da IAS39 como contratos

de investimento, a custo amortizado e a justo valor de mercado;

Produtos financeiros, denominados por seguros ligados a fundos de

investimento, em que o risco de investimento é assumido pelo tomador de

seguro.

Todavia, no que concerne ao Balanço desagregado pelas aludidas funções, não foi

efectuada essa segregação por falta de um modelo coerente e sistematizado, a nível

informático, que permitisse a obtenção e produção fidedigna desses dados.

46

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – SEGUROS DE RISCO (valores em Euros)

Conta de ganhos e perdas por risco Exercício actual Exercício anterior

Prémios adquiridos líquidos de resseguro 4.007.361 4.928.883

Prémios brutos emitidos 4.824.918 5.867.510

Prémios de resseguro cedido -817.557 -938.626

Custos com sinistros, líquidos de resseguro -1.104.942 -1.056.054

Montantes pagos -1.126.347 -540.909

Montantes brutos -1.462.455 -910.136

Parte dos resseguradores 336.108 369.227

Provisão para sinistros (variação) 112.973 -422.023

Montante bruto 225.648 -549.023

Parte dos resseguradores -112.675 127.000

Encargos de gestão com sinistros -91.567 -93.122

Outras provisões técnicas, líquidas de resseguro 0 0

Provisão Matemática ramo vida, líquida de resseguro -114.150 -404.981

Montante bruto -114.150 -404.981

Parte dos resseguradores 0 0

Participação resultados, líquida de resseguro 0 0

Custos e gastos de exploração líquidos -913.002 -1.150.955

Custos de aquisição -550.998 -676.804

Custos de aquisição diferidos (var.) 32.690 107.290

Gastos administrativos -780.790 -835.264

Comissões e participação resultados resseguro 386.096 253.823

Rendimentos 333.552 302.181

De juros activos financeiros não valorizados 330.057 280.749

Outros 3.496 21.432

Gastos financeiros -20.042 -13.738

De juros passivos financeiros não valorizados 0 0

Outros -20.042 -13.738

Ganhos líquidos activos e passivos financeiros -339.603 177.446

De activos disponíveis para venda -312.725 -33.796

De investimentos deter à maturidade 0 0

Ganhos líquidos activos e passivos financeiros de negociação -26.878 211.242

Ganhos líquidos activos e passivos financeiros classificados 0 0

Diferenças de câmbio 0 0

Ganhos líquidos venda activos financeiros não classificados 0 0

Perdas de imparidade líquidas reversões 0 -393.852

De activos disponíveis para venda 0 -393.852

De outros 0 0

Outros rendimentos/gastos -67.684 -39.604

Ganhos e perdas de activos não correntes 0 0

RESULTADO LÍQUIDO ANTES DE IMPOSTOS 1.781.490 2.349.327

Imposto sobre rendimento do exercício - Impostos correntes -1.012.378 -155.090

Imposto sobre rendimento do exercício - Impostos diferidos 33.552 -26.708

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 802.664 2.167.529

47

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – PRODUTOS DE CAPITALIZAÇÃO C/ PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS

(valores em Euros)

Conta de ganhos e perdas por risco Exercício actual Exercício anterior

Prémios adquiridos líquidos de resseguro 1.511.779 2.147.535

Prémios brutos emitidos 1.511.779 2.147.535

Prémios de resseguro cedidos 0 0

Custos com sinistros, líquidos de resse. -10.881.249 -8.560.463

Montantes pagos -10.366.437 -8.519.594

Montantes brutos -10.366.437 -8.519.594

Parte dos resseguradores 0 0

Provisão para sinistros (variação) -478.916 0

Montante bruto -478.916 0

Parte dos resseguradores 0 0

Encargos de gestão com sinistros -35.896 -40.868

Outras provisões técnicas, líquidas de resseguro 0 0

Provisão Matemática ramo vida, líquida resseguro 8.179.649 5.110.967

Montante bruto 8.179.649 5.110.967

Parte dos resseguradores 0 0

Participação resultados, líquida resseguro 0 0

Custos e gastos de exploração líquidos -337.563 -376.829

Custos de aquisição -14.498 -28.177

Custos de aquisição diferidos (var.) 0 0

Gastos administrativos -323.065 -348.652

Comissões e participação resultados resseguro 0 0

Rendimentos 2.066.071 2.283.105

De juros activos financeiros não valorizados 2.066.071 2.283.105

Outros 0 0

Gastos financeiros -41.848 -46.035

De juros passivos financeiros não valorizados 0 0

Outros -41.848 -46.035

Ganhos líquidos activos e passivos financeiros 687.429 -252.845

De activos disponíveis para venda 687.429 -252.845

De investimentos deter à maturidade 0 0

Ganhos líquidos activos e passivos financeiros de negociação 0 0

Ganhos líquidos activos e passivos financeiros classificados 0 0

Diferenças de câmbio 0 0

Ganhos líquidos venda activos financeiros não classificados 0 0

Perdas de imparidade (líquidas reversão) -22.816 -2.283.807

De activos disponíveis para venda -22.816 -2.283.807

De outros 0 0

Outros rendimentos/gastos 0 0

Ganhos e perdas de activos não correntes 0 0

RESULTADO LÍQUIDO ANTES DE IMPOSTOS 1.161.451 -1.978.373

48

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – PRODUTOS DE CAPITALIZAÇÃO CLASSIFICADOS COM CONTRATOS DE INVESTIMENTO

(valores em Euros)

Conta de ganhos e perdas por risco Exercício actual Exercício anterior

Comissões contratos seguros investimento 21.373 58.450

Prémios brutos emitidos 0 0

Prémios puros emitidos 0 0

Penalizações de resgate 21.373 58.450

Perdas e gastos em Passivos Financeiros -1.044.809 -1.100.331

Juro efectivo -1.038.319 -1.093.333

Encargos de gestão com sinistros -6.490 -6.998

Outras provisões técnicas, líquidas de resseguro 0 0

Participação resultados, líquida de resseguro 0 0

Custos e gastos de exploração líquidos -58.409 -59.696

Custos de aquisição 0 0

Custos de aquisição diferidos (var.) 0 0

Gastos administrativos -58.409 -59.696

Comissões e participação resultados resseguro 0 0

Rendimentos 1.485.472 1.455.253

De juros activos financeiros não valorizados 1.485.472 1.455.253

Outros 0 0

Gastos financeiros -12.064 -11.096

De juros passivos financeiros não valorizados 0 0

Outros -12.064 -11.096

Ganhos líquidos activos e passivos financeiros 50.600 -168.531

De activos disponíveis para venda 50.600 -168.531

De investimentos deter à maturidade 0 0

Ganhos líquidos activos e passivos financeiros de negociação 0 0

Ganhos líquidos activos e passivos financeiros classificados 0 0

Diferenças de câmbio 0 0

Ganhos líquidos venda activos financeiros não classificados 0 0

Perdas de imparidade (líquidas reversão) 0 0

De activos disponíveis para venda 0 0

De outros 0 0

Outros rendimentos/gastos 0 0

Ganhos e perdas de activos não correntes 0 0

RESULTADO LÍQUIDO ANTES DE IMPOSTOS 442.163 174.048

49

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – PRODUTOS DE SEGUROS LIGADOS

(valores em Euros)

Conta de ganhos e perdas por risco Exercício actual Exercício anterior

Comissões contratos seguros investimento 1.913 3.283

Prémios brutos emitidos 0 0

Prémios puros emitidos 0 0

Penalizações de resgate 1.913 3.283

Perdas e gastos em Passivos Financeiros -372.132 87.610

Juro efectivo -371.179 88.711

Encargos de gestão com sinistros -952 -1.101

Outras provisões técnicas, líquidas de resseguro 0 0

Participação resultados, líquida de resseguro 0 0

Custos e gastos de exploração líquidos -8.569 -9.399

Custos de aquisição 0 0

Custos de aquisição diferidos (var.) 0 0

Gastos administrativos -8.569 -9.399

Comissões e participação resultados resseguro 0 0

Rendimentos 116.136 115.871

De juros activos financeiros não valorizados 116.136 115.871

Outros 0 0

Gastos financeiros -9.064 -6.870

De juros passivos financeiros não valorizados 0 0

Outros -9.064 -6.870

Ganhos líquidos activos e passivos financeiros 434.985 -200.596

De activos disponíveis para venda 0 0

De investimentos deter à maturidade 0 0

Ganhos líquidos activos e passivos financeiros de negociação 434.985 -200.596

Ganhos líquidos activos e passivos financeiros classificados 0 0

Diferenças de câmbio 0 0

Ganhos líquidos venda activos financeiros não classificados 0 0

Perdas de imparidade (líquidas reversão) 0 0

De activos disponíveis para venda 0 0

De outros 0 0

Outros rendimentos/gastos 0 0

Ganhos e perdas de activos não correntes 0 0

RESULTADO LÍQUIDO ANTES DE IMPOSTOS 163.269 -10.101

50

3. BASES DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E DAS

POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

3.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras da Companhia, agora apresentadas, reportam-se aos

exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 no âmbito do regime

contabilístico aplicável às empresas de seguros sujeitas à supervisão do Instituto de

Seguros de Portugal, estabelecido na Norma Regulamentar nº 4/2007 - R, de 27 de

Abril, com as alterações introduzidas pela Norma Regulamentar nº 20/2007 - R, de 31

de Dezembro, e pela Norma Regulamentar nº 22/2010 – R, de 16 de Dezembro.

Nesse sentido, este regime acolheu, em termos genéricos, as IAS e as IFRS

adoptadas pela União Europeia nos termos do Regulamento (CE) Nº 1606/2002 do

Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho de 2002, transposto para o

ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005 com excepção da IFRS 4, da qual

apenas foram adoptados os princípios de classificação do tipo de contratos celebrados

pelas empresas de seguros, continuando a aplicar-se ao reconhecimento e

mensuração dos passivos associados a contratos de seguros os princípios

estabelecidos na legislação e regulamentação prudencial específica em vigor.

As IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pela International Accounting

Standards Board (IASB) e as interpretações do Internacional Financial Reporting

Interpretation Comitee (IFRIC)

O diferimento do financiamento das responsabilidades com compromissos relativos a

planos de pensões com trabalhadores que, conforme constava na Norma

Regulamentar do Instituto de Seguros de Portugal nº 5/2007 – R, de 27 de Abril, vinha

a ser adoptado, no que concerne aos impactos de transição decorrentes da adopção

da IAS19, nos termos previstos na aludida Norma Regulamentar deixou de ser

aplicável, em virtude da entrada em vigor do novo Contrato Colectivo de Trabalho

(CCT) publicado no Boletim de Trabalho e Emprego nº 2, de 15 de Janeiro 2012 que

substituiu, ao nível das responsabilidades futuras com pensões, o anterior plano de

benefícios definido por um plano de contribuição definida para a generalidade dos

trabalhadores.

As demonstrações financeiras estão expressas em Euros e foram preparadas com

base no custo histórico, exceptuando os activos financeiros detidos para negociação,

51

os activos e passivos ao justo valor através de resultados, os produtos derivados e os

activos financeiros disponíveis para venda, que foram registados ao seu justo valor.

Por sua vez, os activos a deter até à maturidade e os passivos financeiros foram

valorizados ao custo amortizado à taxa efectiva, numa perspectiva de continuidade e

de normal funcionamento da Companhia apesar da perda da única rede de

distribuição da Finibanco Vida, a rede comercial do ex-Finibanco, decorrente do

processo de integração do daquela instituição bancária na Caixa Económica Montepio

Geral.

Apesar de não ter sido ainda definido, por parte do accionista, o modelo de

funcionamento futuro da Seguradora de modo a não comprometer a sua viabilidade a

médio e longo prazo, a Administração está confiante que na sequência da alteração do

controlo accionista recentemente verificada, essa definição ocorrerá a muito breve

prazo.

O método de custeio e inventário dos activos financeiros referidos no parágrafo

anterior é o custo médio.

Na preparação das demonstrações financeiras, foram efectuadas estimativas e

previsões que afectam os activos, passivos, réditos e custos. Para a elaboração

dessas estimativas foi utilizada a informação disponível à data de preparação das

demonstrações financeiras. Consequentemente, os valores futuros efectivamente

verificados podem diferir destas estimativas. Por sua vez, as políticas contabilísticas

enunciadas nestes anexos foram aplicadas consistentemente para os dois exercícios

objecto destas divulgações.

3.2. Informação comparativa

A informação contida nas demonstrações financeiras do corrente exercício é

comparável de forma integral e directa com a do exercício de 2011, visto que ambas

estão expressas em IFRS e elaboradas com base nos princípios mencionados no item

3.1. No exercício de 2012 não ocorreu qualquer reclassificação contabilística de

activos financeiros, ao contrário do que ocorreu no decurso do exercício de 2011. Os

activos financeiros reclassificados no exercício 2011, da classe de disponíveis para

venda para a deter até à maturidade mantiveram-se integralmente na posse da

companhia, durante o ano 2012, tendo mantido o mesmo regime de valorização e

contabilização previsto aquando da sua reclassificação.

52

3.3. Políticas contabilísticas e critérios valorimétricos:

3.3.1. Princípio da especialização de exercícios

Os proveitos e os custos são reconhecidos contabilisticamente em função do período

em que as transacções ocorreram, independentemente do momento do seu

recebimento ou pagamento.

Os critérios de imputação de custos por funções resultam da aplicação das seguintes

premissas:

Os encargos de aquisição relacionados com remunerações de mediação são

directa e automaticamente imputados a cada modalidade. No que respeita a

outros encargos de aquisição, após a sua classificação por natureza, é

efectuada a sua imputação directa à respectiva modalidade.

Os encargos com a gestão de investimentos são automaticamente distribuídos

por cada uma das carteiras de investimento e fundos autónomos da

Companhia.

No que concerne aos restantes custos por natureza, uma vez que a Finibanco

Vida é uma Companhia de pequena dimensão em que existe uma grande

polivalência de todos os seus colaboradores, encontramos um rácio médio

para imputar estes custos a gastos gerais e gastos com sinistros. Por sua vez,

estes encargos foram imputados a cada um dos grupos de produtos, risco e

financeiros, com base na ponderação obtida através do número médio de

pessoas seguras ao longo do ano 2012 de cada uma das modalidades

exploradas pela Finibanco Vida.

3.3.2. Caixa e equivalentes de caixa

À rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem a valores em caixa e saldos

à ordem junto de instituições de crédito.

3.3.3. Investimentos financeiros

Classificação

A Companhia classifica os seus activos financeiros no momento da sua aquisição (o

que não invalida a possibilidade de ocorrências de reclassificações futuras, sempre

efectuadas no termos das IAS e IFRS) considerando a intenção que lhes está

subjacente, de acordo com as seguintes categorias:

53

Activos Financeiros Detidos para Negociação

Para além dos instrumentos financeiros derivados que não estejam ou não sejam

enquadrados em políticas de cobertura, esta rubrica inclui os activos financeiros

adquiridos com objectivo ou possibilidade de venda no curto prazo.

Na valorimetria destes investimentos financeiros utilizou-se o critério do justo valor de

mercado em que os ganhos ou perdas inerentes a revalorizações dos mesmos

afectam os resultados do período.

No que respeita aos instrumentos financeiros admitidos à negociação em bolsas de

valores ou em mercados regulamentados, o valor actual de mercado corresponde à

cotação de fecho ou ao preço de referência divulgado pela instituição gestora do

mercado financeiro em que esses instrumentos se encontrem admitidos à negociação.

Os títulos ou produtos financeiros não admitidos à negociação em mercados

regulamentados, são valorizados de acordo com as ofertas de compra ou cotações

difundidas para o mercado por entidades especializadas e reconhecidas para o efeito.

Outros activos Financeiros ao Justo Valor através de Ganhos e Perdas

Esta rubrica diz respeito aos activos irrevogavelmente classificados no seu

reconhecimento inicial a justo valor de mercado por via de resultados. A Finibanco

Vida não tinha classificado a 31 de Dezembro de 2012 qualquer título no âmbito desta

classe.

Activos Financeiros Disponíveis para Venda

São classificados nesta categoria os instrumentos financeiros que podem ser

alienados por motivos de necessidades de liquidez ou em virtude de directrizes

definidas numa política de gestão de equilíbrio entre activos e passivos, que não foram

classificados em qualquer uma das outras categorias de activos financeiros. São

contabilizados pelo justo valor, sendo as revalorizações subsequentes reflectidas em

rubrica específica de capital próprio até à sua venda, maturidade ou reconhecimento

de perdas por imparidade, momento no qual são transferidos para resultados do

exercício. Para os títulos de dívida enquadrados nesta classe, os juros são calculados

de acordo com o método do custo amortizado à taxa efectiva sendo que os mesmos

são reconhecidos em resultados, em rubrica específica de rendimentos de juros de

activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas.

54

É efectuada uma análise da existência de evidência de perdas por imparidade em

activos financeiros disponíveis para venda, em cada data de referência das

demonstrações financeiras.

Activos Financeiros Detidos até à Maturidade

Estes activos são valorizados pelo método do custo amortizado à taxa efectiva e foram

adquiridos pela Companhia ou transferidos da carteira de activos financeiros

disponíveis para venda com a firme intenção e capacidade de serem mantidos em

carteira até à sua maturidade. Os juros apurados pelo referido método do custo

amortizado são afectados por eventuais perdas de imparidade e são reconhecidos em

resultados numa rubrica de rendimentos de juros de activos financeiros não

valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas. Posteriormente à sua aquisição,

estes activos são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa

efectiva, aos quais são deduzidas eventuais perdas de imparidade.

Empréstimos e contas a receber

São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis não cotados num

mercado activo, que não sejam activos adquiridos com intenção de alienação a curto

prazo (detidos para negociação) ou não classificados como activos financeiros ao justo

valor através de resultados no seu reconhecimento inicial.

Transferências entre categorias de activos financeiros

Em Outubro de 2008 o IASB emitiu a revisão da norma IAS 39 - Reclassificação de

instrumentos financeiros (Amendements to IAS 39 Financial Instruments: Recognition

and Measurement and IFRS 7: Financial Instruments Disclosures). Esta alteração veio

permitir que, em circunstâncias excepcionais, uma entidade possa transferir activos

financeiros ao justo valor através de resultados para as carteiras de activos financeiros

disponíveis para venda, empréstimos e contas a receber ou para activos financeiros

detidos até à maturidade, desde que esses activos financeiros obedeçam às

características de cada categoria.

As transferências de activos financeiros disponíveis para venda para as categorias de

empréstimos e contas a receber e a deter até à maturidade são também permitidas,

tendo em conta os mesmos condicionalismos.

Com referência a 1 de Janeiro de 2011 a Companhia reclassificou, nos termos

permitidos pela IAS39 e pela Norma Regulamentar nº 04/2011 – R, de 02 de Junho,

do ISP que permite a eliminação da dedução na margem de solvência e no fundo de

55

garantia, com origem na legislação adoptada em 1995, referente aos activos

financeiros mensurados pelo custo amortizado, a totalidade dos títulos de dívida

pública portuguesa da categoria de Activos Financeiros Disponíveis para Venda para

Activos Financeiros Detidos até à Maturidade. Os impactos desta reclassificação são

divulgados em detalhe na nota 7.3. destes anexos.

3.3.4. Imparidades

É global e periodicamente analisada a existência de eventuais evidências objectivas

de imparidade em activos ou grupo de activos financeiros. Nos termos das IAS, um

activo financeiro encontra-se em imparidade se existir evidência de que a ocorrência

de um evento (ou eventos) possa ter um impacto mensurável nos fluxos de caixa

futuros esperados desse activo ou grupo de activos.

A existência de imparidade de um activo ou grupo de activos definido traduz-se na

observação de eventos de perda, dos quais se destacam:

Situações de incumprimento de contratos, nomeadamente atraso no

pagamento de capital e/ou juros;

Dificuldades financeiras significativas do devedor;

Alteração significativa da situação patrimonial do devedor;

Ocorrência de alterações adversas das condições e/ou capacidade de

pagamento ou das condições económicas nacionais ou do sector económico

relevante com correlação ao incumprimento de determinado activo.

No que concerne aos instrumentos de capital em activos financeiros disponíveis para

venda, estes são considerados em imparidade quando se verifica um significativo ou

prolongado declínio nos seus justos valores, abaixo dos respectivos preços de custo.

Neste contexto, foi definido que um declínio no justo valor de um instrumento de

capital igual ou superior a 40% ou por mais de 18 meses é considerado significativo ou

prolongado.

No exercício de 2012, foram enquadrados neste âmbito as participações no capital das

seguintes entidades, cujo impacto detalhado nas demonstrações financeiras da

Companhia se apresenta no ponto 7.6 destes anexos:

Vivendi, S.A.;

Enel, SPA;

56

RwE; AG.

Se for constatada a evidência de perda por imparidade num activo ou grupo de

activos, o montante da perda é determinado pela diferença entre o valor desses

activos e o valor actual dos seus fluxos de caixa futuros estimados (excluindo perdas

de imparidade futuras ainda não incorridas), descontados à taxa de juro original do

activo ou activos financeiros. O valor de balanço do activo ou dos activos é reduzido

pela utilização de uma conta de perdas por imparidade e o montante reconhecido nos

resultados do período.

Após o reconhecimento inicial de uma imparidade num instrumento de capital

classificado como disponível para venda, se for constatado que, em cada momento de

relato posterior ao reconhecimento dessa imparidade, o seu justo valor de mercado for

inferior ao seu valor de balanço líquido das imparidades já reconhecidas, o seu valor

de balanço é novamente reduzido e reconhecida nova imparidade nos resultados

desse período.

3.3.5. Derivados

A Política de Investimentos da Finibanco Vida define que de uma forma geral podem

ser utilizados produtos derivados tendo em vista a prossecução de uma política de

Asset Liability Management que vise o hedging desses riscos. Não obstante, poderão

contratar-se instrumentos derivados por motivos de oportunidade de investimento

sempre que a perda máxima estimada não exceda 0,25% do valor global dos activos

financeiros da Companhia.

No decurso do exercício de 2012 a Finibanco Vida não celebrou qualquer contrato

nem subscreveu qualquer produto passível de ser classificado como derivado.

3.3.6. Justo valor

O critério adoptado para mensuração do justo valor dos activos e passivos financeiros

foi o seguinte:

Para os instrumentos financeiros transaccionados em mercados activos,

líquidos e profundos, o justo valor corresponde ao montante da última oferta

conhecida, usualmente denominada por bid price;

Para instrumentos financeiros não transaccionados em mercados activos ou se

esses mercados tiverem uma liquidez e uma profundidade diminuta (mercados

ilíquidos), o justo valor é determinado por recurso a técnicas de valorização

57

amplamente difundidas e utilizadas nos mercados, nomeadamente por recurso

a preços de transacções recentes para activos semelhante e outros métodos

como o desconto de cash flows futuros, ou seja, o justo valor determina-se

actualizando os fluxos financeiros futuros, incluindo o valor de reembolso, a

taxas equivalentes às taxas de juro swaps em Euros, para maturidades

idênticas, ponderando também a qualidade creditícia do respectivo emissor.

3.3.7. Rendimentos

O rendimento das acções em carteira é contabilizado na altura da colocação à

disposição dos dividendos atribuídos. Em relação a títulos de rendimento fixo,

procede-se à especialização dos respectivos rendimentos e, para os que dentro desta

categoria são classificados contabilisticamente como disponíveis para venda e a deter

até à maturidade, os aludidos rendimentos reflectem a aplicação do método do custo

amortizado à taxa efectiva.

3.3.8. Outros Activos Tangíveis

Os Outros Activos Tangíveis encontram-se registados ao seu custo de aquisição,

deduzidas das correspondentes amortizações acumuladas e eventuais perdas por

imparidade. Todas as despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como

custo, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

As amortizações destes activos são efectuadas linearmente em função do seu período

de vida útil esperado que, em média e por grupos de activos tangíveis, correspondem

aos apresentados na tabela que se segue:

Outros Activos Tangíveis ANOS

Equipamento administrativo 8 anos

Máquinas e ferramentas 5 anos

Equipamento Informático 4 anos

Material de Transporte 4 anos

Instalações Interiores 10 anos

De referir que a Finibanco Vida não inclui nesta rubrica imóveis de uso próprio, uma

vez que não tem nos seus activos qualquer imóvel dessa natureza.

58

3.3.9. Activos Intangíveis

Estes activos estão registados ao custo de aquisição, deduzidas das correspondentes

amortizações acumuladas e eventuais perdas por imparidade. As amortizações destes

activos são efectuadas linearmente durante o seu período de vida útil estimado que,

genericamente, são três anos.

3.3.10. Provisão matemática

As provisões matemáticas do ramo vida têm como objectivo registar o valor actual das

responsabilidades futuras da Companhia no que respeita a contratos de seguro. São

calculadas para cada apólice de acordo com as bases actuariais aprovadas pelo

Instituto de Seguros de Portugal.

3.3.11. Provisão para sinistros

A provisão para sinistros corresponde aos custos com sinistros ocorridos e ainda por

liquidar, bem como a uma estimativa das responsabilidades provenientes de sinistros

já ocorridos mas não declarados à data de Balanço (IBNR). Apesar da ausência de

dados históricos significativos, em virtude de ser ainda o sexto exercício efectivo da

Seguradora, foi já possível estimar o tempo médio que decorre entre a ocorrência do

sinistro e a data em que o mesmo é comunicado à seguradora, tendo em

consideração os registos efectivos da Seguradora. A aludida provisão foi constituída

segundo métodos estatísticos aplicáveis a este contexto e com base em princípios e

regras de prudência.

3.3.12. Provisão para participação nos resultados atribuída

Para as modalidades que prevêem participação nos resultados, com base nas taxas

de rentabilidade dos investimentos afectos às respectivas provisões técnicas, o valor

das provisões matemáticas a 31 de Dezembro de 2012 já reflecte a mencionada

participação que foi distribuída, nessa data, a cada uma das apólices dessas

modalidades. A excepção diz respeito aos contratos que foram anulados no decurso

do exercício para os quais apenas foi avaliada e constituída a consequente provisão

para participação nos resultados.

3.3.13. Provisão para participação nos resultados a atribuir

Conforme o estipulado na Circular nº 03/2008, do ISP, os ganhos e perdas potenciais

dos activos financeiros afectos a fundos autónomos subjacentes a contratos de seguro

59

e de investimento com participação nos resultados desses fundos que, no seu

conjunto, sejam positivos, são atribuídas aos tomadores de seguro tendo por base a

expectativa de que estes irão participar nesses resultados não realizados quando se

tornarem efectivos, de acordo com as condições contratuais e regulamentares

aplicáveis, através do reconhecimento de uma responsabilidade.

3.3.14. Provisões técnicas de resseguro cedido

As provisões técnicas de resseguro cedido são determinadas através da aplicação dos

critérios acima descritos para o seguro directo, tendo em atenção as percentagens de

cessão, bem como outras cláusulas existentes nos tratados de resseguro em vigor.

3.3.15. Comissões de mediação

As comissões de mediação representam a remuneração contratualmente outorgada

aos mediadores pela angariação de contratos de seguro. As comissões de mediação

são registadas como custos no momento da cobrança dos respectivos recibos de

prémio e estorno.

3.3.16. Provisão para férias e subsídio de férias

Os encargos com férias e subsídio de férias dos empregados são registados na

rubrica de acréscimos e diferimentos do Passivo, reflectindo as responsabilidades

futuras perante os empregados, no final do exercício de 2012, pelos serviços

prestados até aquela data.

3.3.17. Provisão para pagamento de prémios e bónus de desempenho

Os encargos futuros com eventuais pagamentos de prémios e/ou bónus de

desempenho aos colaboradores da Companhia foram reconhecidos e valorizados

tendo em consideração o montante máximo previsível a atribuir, a cada colaborador,

no âmbito da Política de Remunerações da Companhia. Estas responsabilidades

foram contabilisticamente registadas no Passivo na rubrica de acréscimos e

diferimentos.

3.3.18. Substituição de Planos de Benefício Definido por Planos de Contribuição

Definida

Nos termos do novo Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) vigente para o sector

segurador desde 01 de Janeiro de 2012, publicado no Boletim de Trabalho e Emprego

nº 2, de 15 de Janeiro de 2012, a Companhia converteu os anteriores compromissos

60

de conceder aos seus colaboradores, admitidos na actividade seguradora até 22 de

Junho de 1995, prestações pecuniárias nos termos do antigo CCT para complemento

das pensões atribuídas pela Segurança Social com base na remuneração auferida por

esses colaboradores à data de atribuição dessas pensões, num capital inicial

constitutivo do novo plano de contribuição definida.

O valor dessas responsabilidades por serviços passados foi calculado, individualmente

para cada colaborador que se enquadrava no âmbito do anterior plano de benefício

definido, com efeitos a 31 de Dezembro de 2011, através de uma avaliação actuarial,

efectuada pelo actuário responsável da Seguradora, utilizando o método Unit Credit

Projected e pressupostos actuariais considerados adequados.

Os capitais acumulados nas apólices de seguro de capitalização que financiavam as

responsabilidades assumidas à data de 31 de Dezembro de 2011, nos termos do

anterior Plano de Benefício Definido, foram sendo parcialmente resgatados e o

produto desses resgates aplicado na subscrição de novas apólices individuais –

Planos Individuais de Reforma (PIR) - enquadráveis no âmbito do Anexo V do novo

CCT da Actividade Seguradora, para financiamento das aludidas responsabilidades

por serviços passados à data de 31 de Dezembro de 2011.

3.3.19. Planos de contribuição de definida

Os colaboradores admitidos após 22 de Junho de 1995 que estejam em efectividade

de funções com contrato de trabalho por tempo indeterminado, também passaram a

beneficiar de um Plano Individual de Reforma (PIR). Para cumprimento dessas

responsabilidades, a Finibanco Vida subscreveu apólices individuais para esses

colaboradores, nos termos das Cláusulas 48º e 49º e do Anexo V do novo CCT.

3.3.20. Operações em moeda estrangeira

Os activos em moeda estrangeira são convertidos para Euros com base no “fixing”

indicativo para as operações à vista, divulgado pelo Banco de Portugal ou pelo Banco

Central Europeu na data de encerramento do balanço. Na sequência das reavaliações

cambiais efectuadas, os ganhos e perdas daí resultantes são registados como

proveitos e custos do exercício.

Quando aplicável, as mais e menos valias não realizadas decorrentes de

revalorizações cambiais, são reflectidas nas Reservas de Reavaliação de Justo Valor

nos termos das regras de movimentação dessas rubricas.

61

Os contratos celebrados com fixação de câmbio são revalorizados com base nas taxas

de juro em vigor para as diferentes moedas e prazos residuais das operações, sendo

as valias potenciais apuradas registadas nas contas de ganhos e perdas.

3.3.21. Contratos de seguro

A Companhia pode emitir contratos que incluem risco financeiro, risco de seguro ou

uma combinação de ambos. A classificação como contrato de seguro decorre dos

critérios definidos na IFRS4, isto é, a existência de transferência de risco de seguro

significativo entre partes não relacionadas e/ou para o qual exista participação nos

resultados discricionária. Nos casos em que os contratos se enquadram nos requisitos

acima definidos, estes são reconhecidos e mensurados contabilisticamente como

contratos de seguro.

Os activos financeiros detidos pela Companhia, para cobertura de responsabilidades

decorrentes de contratos de seguro, são classificados e contabilizados da mesma

forma que os restantes activos financeiros da Companhia.

Os contratos de seguro e os contratos de investimento com participação nos

resultados são reconhecidos e mensurados como se passa a explicitar:

Os prémios brutos emitidos destes contratos são registados como proveitos no

exercício a que respeitam, de acordo com o princípio contabilístico da

especialização dos exercícios.

Os prémios de resseguro cedido são registados como custos no exercício a

que respeitam também de acordo com o princípio contabilístico da

especialização dos exercícios.

3.3.22. Passivos financeiros

A classificação destas responsabilidades decorre da existência de uma obrigação

contratual e da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de

outro activo financeiro.

Os passivos financeiros não derivados incluem passivos de contratos de investimento,

empréstimos, credores por operações de seguro directo e resseguro e outros

passivos. Estas responsabilidades de carácter financeiro são inicialmente

reconhecidas pelo seu justo valor deduzidas de custos de transacção suportadas.

Após o registo inicial, são valorizadas ao custo amortizado, com base no método da

taxa efectiva.

62

Na sequência da autorização concedida pelo Instituto de Seguros de Portugal para

exploração de contratos de investimento em que o risco de investimento é suportado

pelo tomador, a Companhia tem em vigor contratos dessa modalidade, sob a forma de

seguros ligados. Os passivos financeiros subjacentes a esses contratos são registados

ao justo valor.

3.4. Alterações de políticas contabilísticas

3.4.1. Alterações voluntárias de políticas contabilísticas

Durante o exercício de 2012 não ocorreram alterações voluntárias de políticas

contabilísticas face às consideradas na preparação da informação financeira relativa

ao exercício anterior, apresentada nos comparativos, à excepção da já aludida

alteração de metodologia no reconhecimento de provisões para prémios por

desempenho dos colaboradores, conforme os princípios explicitados na nota 3.3.17.

3.4.2. Novas normas e interpretações aplicáveis ao exercício de 2012

Em resultado do endosso por parte da União Europeia (UE), verificaram-se emissões,

revisões, alterações e melhorias nas normas e interpretações com efeitos a partir de 1

de Janeiro de 2012, as quais não tiveram impactos nas demonstrações financeiras da

Companhia. Na nota 37.3 encontram-se sumarizadas as novas normas e

interpretações aplicáveis ao exercício de 2012.

4. NATUREZA E EXTENSÃO DAS RUBRICAS E DOS RISCOS RESULTANTES DE

CONTRATOS DE SEGURO E ACTIVOS DE RESSEGURO

4.1. Provisões Matemáticas

As provisões matemáticas em 31 de Dezembro de 2012 para os contratos de seguro

do Ramo Vida representam, no seu conjunto, as responsabilidades assumidas para

com os segurados e foram determinadas segundo métodos actuariais prospectivos,

tendo o cálculo sido efectuado contrato a contrato, nos termos das notas técnicas de

cada uma das modalidades de seguro.

No que respeita aos seguros de capitalização, as provisões matemáticas

correspondem à totalidade dos prémios pagos, líquidos de encargos, capitalizados à

taxa de juro técnica garantida para cada uma das modalidades sendo que, para os

contratos que conferem direito a participação nos resultados do respectivo fundo

autónomo, essa participação está já incluída nas respectivas provisões matemáticas,

63

uma vez que os resultados desses fundos foram distribuídos, nos termos que estão

contratualmente definidos, pelas apólices dessas modalidades, em 31 de Dezembro

de 2012.

Tábuas de Mortalidade e Taxas Técnicas:

PRODUTO TAXA TÉCNICA TÁBUA DE

MORTALIDADE

PROVISÃO MATEMÁTICA

Capital diferido com contrasseguro de

prémios e com participação nos resultados 3,00% GKM 80

Capital diferido com contrasseguro de

prémios e com participação nos resultados 2,50% GKM 80

Temporário anual renovável 3,00% GKM 80

Renda Vitalícia 3,00% GKF 95

Discriminado por modalidade, o valor das provisões matemáticas em balanço, tem a

seguinte distribuição:

(valores em Euros)

RUBRICAS Montante Calculado

Custos aquisição diferidos

Valor de Balanço 2012

Valor de Balanço 2011

-Grupo contributivo Temporário

Anual Renovável 1.504.346 368.023 1.136.323 1.047.667

-Renda Vitalícia 187.650 187.650 194.846

-Capital diferido com contrasseguro de prémios e com participação nos resultados:

.PPR Finibanco 32.025.094 32.025.094 38.234.109

.Capitalização Finibanco 11.306.283 11.306.283 13.298.715

.Capitalização Grupo 73.410 73.410 51.612

TOTAL 45.096.783 368.023 44.728.761 52.826.949

4.2. Provisão para sinistros ocorridos em exercícios anteriores

Ver Anexo 2.

4.3. Provisão para participação nos resultados

4.3.1. Participação nos resultados distribuída

64

Como já foi mencionado no ponto 4.1., a Finibanco Vida distribui a participação nos

resultados dos fundos afectos às modalidades de seguros com participação nos

resultados, na data de encerramento de cada exercício. A aludida distribuição é

efectuada apólice a apólice, nos termos das condições contratuais de cada uma das

modalidades que foram devidamente aprovadas pelo Instituto de Seguros de Portugal.

(valores em Euros)

PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS DISTRIBUIDA

MODALIDADE 2012 2011

-PPR Finibanco 0 0

-Capitalização Finibanco 0 0

TOTAL 0 0

4.3.2. Provisão para participação nos resultados a atribuir

(valores em Euros)

PROVISÃO PARA PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS A ATRIBUIR

MODALIDADE 2012 2011

-PPR Finibanco 0 0

-Capitalização Finibanco 0 0

TOTAL 0 0

No que concerne aos fundos autónomos afectos a produtos que conferem direito a

participação nos resultados, é constituída uma provisão para participação nos

resultados a atribuir por contrapartida das reservas de justo valor afectas a esses

fundos, desde que o valor global das reservas afectas a cada uma desses fundo seja

positiva. Se essa situação se verificar, o princípio observado na valorização desta

provisão é aplicar o coeficiente mínimo previsto para participação nos resultados a que

os tomadores têm direito, nos termos contratuais de cada uma dos produtos

subjacentes a essas reservas de justo valor. O valor desta provisão no final do

exercício de 2012 era nulo porque as reservas de reavaliação de justo valor, desses

fundos autónomos, tinham saldo negativo.

4.4. Principais Rácios de Sinistralidade

65

Contratos de Seguro de vida risco (sem rendas):

(valores em Euros)

RUBRICAS 2012 2011

Prémios brutos emitidos líquidos de Provisões Matemáticas 4.721.692,62 5.502.019,83

Prémios de resseguro cedido 817.552,74 938.626,48

Sinistros liquidados 1.446.539,94 894.220,67

Variação das provisões para sinistros (não inclui IBNR) -225.647,64 449.023,17

Parte dos Resseguradores nos Custos com Sinistros 223.432,70 496.227,09

Encargos Gestão de Sinistros 91.567,03 93.121,98

Rácio Bruto de Sinistralidade 25,9% 24,4%

Taxa de Cedência 16,9% 17,1%

Rácio Líquido de Sinistralidade 25,5% 18,6%

Rácio de despesas com sinistros 1,9% 1,7%

Rácio Combinado 62,01% 51,39%

Analisando a evolução dos montantes e indicadores que constam na tabela acima,

salientam-se os seguintes factos:

O decréscimo de 16,52% do volume de prémios emitidos líquidos de Provisões

Matemáticas decorre, essencialmente, da extinção da relação comercial da

Companhia com rede de balcões do ex-Finibanco ao nível da colocação de

contratos de seguro novos;

A taxa de cedência não registou qualquer alteração digna de nota uma vez que

o Ressegurador principal manteve-se o mesmo o longo de todo ao ano e os

próprios tratados de resseguro não sofreram qualquer alteração em termos de

condições contratuais e tarifárias;

Ao nível dos custos com sinistros, em termos absolutos, houve uma diminuição

de 122.352 Euros. No entanto, devido ao decréscimo da receita processada de

seguros de vida risco, o rácio bruto de sinistralidade aumentou 1,5 p.p.;

Apesar da diminuição em 1.555 Euros dos encargos gerais imputados à função

de sinistros, o rácio de encargos gerais com sinistros de seguros de vida risco

teve também um ligeiro aumento, fruto da já mencionada queda dos prémios

brutos emitidos destes produtos.

Relativamente às modalidades de capitais diferidos com contrasseguro de prémios, os

principais indicadores ao nível das Provisões Matemáticas e Sinistros são resumidos

nos três gráficos abaixo:

66

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

30.000.000

35.000.000

40.000.000

45.000.000

Jan-11 Abr-11 Jul-11 Out-11 Jan-12 Abr-12 Jul-12 Out-12

Euro

s

Evolução das Provisões Matemáticas

P.M.PPR

P.M.CAP

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

Jan-11 Abr-11 Jul-11 Out-11 Jan-12 Abr-12 Jul-12 Out-12

Euro

s

Indemnizações/Resgates Liquidados

IND.PPR

IND.CAP

0,00%

1,00%

2,00%

3,00%

4,00%

Jan-11 Abr-11 Jul-11 Out-11 Jan-12 Abr-12 Jul-12 Out-12

% Indemnizações e Resgates Mês/Provis. Matemáticas

% MENSALPPR

% MENSALCAP

67

4.5. Informação qualitativa sobre a adequacidade de prémios e provisões

As tarifas e prémios subjacentes aos produtos comercializados pela Companhia estão

de acordo com os formulários apresentados nas “Notas Técnicas” elaboradas pelo

Actuário Responsável, onde constam, entre outras, as respectivas Tábuas de

Mortalidade e taxas técnicas de juro aplicáveis. O processo adjacente à elaboração e

desenho de novos produtos está sucintamente descrito no Ponto 6.8.1. destes anexos.

Por outro lado, é efectuada anualmente uma análise exaustiva às bases técnicas,

princípios, regras actuariais e tarifas relativas aos produtos em comercialização, para

análise, dentro do que é possível prever e estimar, da adequação dos prémios

praticados aos compromissos assumidos pela Companhia, decorrentes dos sinistros e

outras responsabilidades associados aos seguros em causa. Essa análise consta do

relatório anual elaborado pelo Actuário Responsável da Finibanco Vida e que também

é submetido à apreciação do supervisor da actividade seguradora em Portugal.

Para além dos princípios enunciados nos pontos 4 e 5 destes anexos para cálculo e

apuramento das provisões técnicas e dos passivos financeiros, a Companhia efectua,

mensalmente, de forma integral (apólice a apólice) ou por recurso a técnicas de

amostragem, a validação desses montantes obtidos em sistema, através de cálculos

efectuados fora do aludido sistema de gestão de seguros. Também com a mesma

periodicidade, é analisado o grau de cobertura dessas responsabilidades pelos

respectivos fundos autónomos e/ou carteiras de investimento.

4.6. Montante a recuperar de sinistros liquidados

Relativamente a indemnizações liquidadas pela ocorrência de sinistros, não existe

qualquer montante passível de ser reembolsado pela companhia.

5. PASSIVOS POR CONTRATOS DE INVESTIMENTO

5.1. Bases técnicas

Os passivos financeiros por contratos de seguros contabilisticamente classificados

como contratos de investimento, em 31 de Dezembro de 2012, representam as

responsabilidades assumidas para com os segurados. Essas responsabilidades foram

valorizadas ao custo amortizado à taxa efectiva dos respectivos contratos, para

contratos com taxa fixa garantida, e a justo valor de mercado, para os contratos em

que o risco de investimento é suportado pelo tomador de seguro. As principais

características desses produtos são:

68

Tábuas de Mortalidade e Taxas Técnicas:

PRODUTO TAXA TÉCNICA TÁBUA DE

MORTALIDADE

Capital diferido a prémio único, com contrasseguro de prémios, sem participação nos resultados, por 8 anos e 1 dia

4,50% GKM 80

Capital diferido a prémio único, com contrasseguro de prémios, sem participação nos resultados, por 5 anos e 1 dia

4,90% GKM 80

Capital diferido a prémio único, com contrasseguro de prémios, sem participação nos resultados, por 5 anos e 1 dia

3,90% GKM 80

Capital diferido a prémio único, com contrasseguro de prémios, sem participação nos resultados, por 8 anos e 1 dia

3,80% GKM 80

Capital diferido a prémio único, classificado como ICAE – Instrumento de Captação de Aforro Estruturado não normalizado

Risco de investimento suportado pelo tomador de seguro

GKM 80

5.2. Quantias escrituradas

Discriminado o valor dos passivos financeiros em balanço, por modalidade, temos:

(valores em Euros)

RUBRICAS Montante Calculado

Custos aquisição diferidos

Valor de Balanço

2012

Valor de Balanço

2011

- Capital diferido com contrasseguro de prémios e sem participação nos resultados:

.Finigarantia 2008 - 8.1 1ª série 4.229.992 4.229.992 4.298.659

.Finigarantia 2008 - 5.1 2ª série 4.101.996 4.101.996 4.235.031

.Finigarantia 2009 - 5.1 1ª série 8.470.704 8.470.704 8.892.092

.Finigarantia 2010 - 8.1 1ª série 8.723.658 8.723.658 8.523.226

- Seguros ligados s fundos de investimento (ICAE)

.Investimento Finibanco 2010 8.1 1ª Série 1.628.199 1.628.199 1.648.376

TOTAL 27.154.549 0 27.154.549 27.597.384

69

5.3. Evolução dos principais indicadores

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

30.000.000

Jan-11 Abr-11 Jul-11 Out-11 Jan-12 Abr-12 Jul-12 Out-12

Euro

s

Evolução das Provisões Matemáticas

P.M. FNG

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.000

Jan-11 Abr-11 Jul-11 Out-11 Jan-12 Abr-12 Jul-12 Out-12

Euro

s

Indemnizações/Resgates Liquidados

IND. FNG

0,00%

2,00%

4,00%

6,00%

8,00%

Jan-11 Abr-11 Jul-11 Out-11 Jan-12 Abr-12 Jul-12 Out-12

% Indemnizações e Resgates Mês/Provis. Matemáticas

% MENSAL FNG

70

5.4. Rendimentos e gastos com contratos de investimento

(valores em Euros)

RUBRICAS 2012 2011

Juros dos passivos financeiros a custo amortizado 1.409.498 1.004.621

Outros Gastos 95.548 95.162

Perdas realizadas em investimentos registados em resultados 26.368 583.000

Rendimentos 1.601.608 1.571.125

Ganhos realizados em investimentos registados em resultados 511.953 213.872

Outros ganhos 23.286 61.733

6. GESTÃO DE RISCOS

Durante o exercício de 2012 foi dada continuidade a todo o trabalho iniciado já 2010,

quando, numa lógica de integração de competências, se procedeu à transferência

progressiva das funções de gestor de risco de uma entidade externa para a Unidade

de Gestão de Riscos e Controlo Interno da Mapfre Seguros Gerais, que passou a

assegurar formalmente essa função em 01 de Janeiro de 2011.

Neste âmbito, ao longo do exercício de 2012, destacaram-se os seguintes aspectos:

Avaliados e melhorados os fluxogramas de processos internos, elaborados no

ano 2011, com identificação daqueles que têm maior importância em termos de

probabilidade de ocorrência e nível de severidade com recurso ao aplicativo de

gestão de riscos do Grupo Mapfre;

Actualização do mapa de riscos com base em novo processo de levantamento

de riscos, utilizando a já aludida aplicação informática do Grupo Mapfre;

Elaboração de um Balance Scorecard desses riscos para efeitos da sua

mensuração e possibilidade de desenvolvimento de planos de acção para o

seu efectivo controlo;

Definição de planos de acção para controlo e mitigação dos riscos aos quais a

Seguradora se encontra mais exposta e que foram definidos como prioritários.

A efectiva concretização de alguns planos de acção foi condicionada pela

indefinição sobre a evolução futura da Finibanco da Vida, nomeadamente no

que concerne à sua estrutura accionista e respectivo controlo de gestão;

Continuação da elaboração trimestral do modelo de avaliação do capital

económico da S&P.

71

6.1. Monitorização e avaliação dos riscos resultantes dos instrumentos

financeiros

As carteiras de investimento da Companhia são geridas em outsourcing, por entidades

especializadas em gestão de fundos de investimento mobiliário e imobiliário. A gestão

de activos financeiros da Finibanco Vida foi transferida em Agosto de 2010 para a

Mapfre Inversión, sociedade de gestão de valores registada na Comissión Nacional del

Mercado de Valores (CNMV). A gestão destas carteiras está consubstanciada em

contratos do tipo “Mandatos de Gestão de Carteiras”. A única excepção verifica-se na

carteira de investimentos afecta aos seguros ligados que é gerida pela Montepio

Gestão de Activos, sociedade devidamente registada na Comissão do Mercado de

Valores Mobiliários (CMVM) como intermediário financeiro. De referir que a carteira de

investimentos afectos a seguros ligados era, até 28 de Novembro de 2011, gerida pela

Finivalor, S.A. tendo sido a gestão da mesma transferida para a Montepio Gestão de

Activos, como consequência do processo de integração do ex-Grupo Finibanco no

Grupo Montepio Geral. Nessa data foi celebrado novo mandato de gestão

discricionária desta carteira de investimentos financeiros, em tudo semelhante ao que

existia com a Finivalor S.A. sendo que, também ao nível operacional, não ocorreram

alterações significativas uma vez que os processos existentes foram integralmente

replicados com a nova gestora.

As sociedades gestoras devem observar os princípios gerais de política financeira

acima enunciados bem como o que está legalmente definido sobre a matéria, quer ao

nível de legislação genérica, quer no que concerne ao respeito pelos princípios

enunciados em Normas publicadas pelos organismos de supervisão.

A monitorização e avaliação da evolução dos investimentos financeiros inerentes a

cada carteira é efectuada, com periodicidades definidas consoante o âmbito do que se

pretende analisar, com base nos seguintes princípios e regras:

A Finibanco Vida envia informação semanal para a gestora de activos com o

volume de prémios, resgates, vencimentos e rendas processadas e os valores

disponíveis em contas correntes para efeitos de gestão da liquidez imediata;

Em complemento da informação semanal, a Finibanco Vida envia,

mensalmente, para a gestora de activos, informação detalhada com os valores

das provisões matemáticas e passivos financeiros segregados por produto bem

como os fluxos de vencimentos previsionais desses mesmos produtos. Esta

72

informação tem por objectivo tomar as medidas mais adequadas em termos de

Asset Liability Management (ALM) e de representação das provisões técnicas.

Mensalmente, a gestora de activos elabora um relatório com a composição

global das carteiras de investimento da Finibanco, estando disponível a

seguinte informação:

o Desempenho em termos de performance de cada uma delas

o Alocação de activos por classes de títulos

o Informação detalhada da duração modificada de cada título

o Exposição por grupos de notação de risco

o Distribuição geográfica dos activos financeiros

6.2. Risco de crédito

O risco de crédito da Finibanco Vida está essencialmente presente na carteira de

investimentos. No que respeita aos produtos derivados – swaps e forwards - o risco de

crédito consubstancia-se no risco de contraparte. Adicionalmente, o risco de crédito

resulta da possibilidade de ocorrência de perdas financeiras decorrentes do

incumprimento dos tomadores de seguros ou outras contrapartes relativamente às

suas obrigações contratuais.

No âmbito da Política de Investimentos da Companhia, aprovada pelo Conselho de

Administração para o exercício de 2012, o risco de crédito a assumir era mitigado:

Pelos limites de dispersão e diversificação legalmente estabelecidos

Pelos limites aprovados pelo Comité de Riscos da Mapfre Inversión

Por outro lado, de uma forma geral, a contratação de instrumentos derivados apenas

se podia realizar por motivos de cobertura. Não obstante, podiam contratar-se

instrumentos derivados por motivos de investimento sempre que a perda máxima

estimada não excedesse 0,25% do valor dos activos financeiros.

Devia evitar-se a aquisição de activos estruturados não negociados mas, caso tal

viesse a ocorrer, deveriam cumprir-se os seguintes requisitos:

Os limites de crédito aplicam-se aos activos incluídos no activo estruturado não

negociado;

73

Os derivados que possam existir dentro do activo estruturado devem poder

catalogar-se como derivados de cobertura, analisando o conjunto dos activos

incluídos dentro do activo estruturado e os passivos a que estão afectos;

Os activos incluídos no activo estruturado não negociado ou o próprio activo

negociado estruturado no momento da sua aquisição deve ter a classificação

de risco de crédito mínima de AA-;

A aquisição deve ser aprovada pelo Comité de Riscos da Mapfre Inversión.

A análise da distribuição do rating das carteiras de investimento da Finibanco Vida foi

efectuada com base nos seguintes indicadores:

Exercício de 2012:

(valores em Euros)

GRUPO DE ACTIVOS AAA AA A BBB BB TOTAL

Títulos de Dívida Pública detidos para negociação

366.881 479.192 846.073

Títulos de Dívida Pública disponíveis para venda

1.130.009 327.722 24.466.703 25.924.434

Títulos de Dívida Pública a deter até à maturidade

25.941.041 25.941.041

Obrigações Corporate detidas para negociação

245.188 1.942.332 292.209 2.479.729

Obrigações Corporate disponíveis para venda

533.707 1.930.083 6.274.732 891.691 5.452.390 15.082.603

Obrigações Corporate a deter até à maturidade

5.419.762 5.419.762

TOTAL 2.030.597 2.502.993 13.636.826 25.358.394 32.164.831 75.693.642

Nota: Esta tabela foi elaborada com base na notação de risco atribuída pela S&P sem as qualificações +/- sendo que, para os títulos cuja notação daquela empresa de rating não estava disponível, foi utilizada a notação da Moodys’s ou da Ficth consoante os casos. Os critérios de valorização subjacentes a este mapa reflectem os justos valores de mercado dos títulos que lhes estão subjacentes, à data de 31-12-2013.

Exercício de 2011:

(valores em Euros)

GRUPO DE ACTIVOS AAA AA A BBB BB CC TOTAL

Títulos de Dívida Pública detidos para negociação

343.481 297.158 640.640

Títulos de Dívida Pública disponíveis para venda

3.256.825 10.384.828 2.639.343 730.006 17.011.001

Títulos de Dívida Pública a deter até à maturidade

25.544.238 25.544.238

Obrigações Corporate detidas para negociação

1.008.479 1.026.206 431.484 2.466.168

Obrigações Corporate disponíveis para venda

2.453.609 9.191.714 9.237.246 2.365.961 4.447.441 27.695.972

Obrigações Corporate a deter até à maturidade

5.348.775 5.348.775

TOTAL 6.053.915 20.585.021 15.612.227 5.005.304 30.720.321 730.006 78.706.793

74

6.3. Risco de taxa de juro

Grande parte dos activos e passivos da Companhia, incluindo as provisões

matemáticas, estão sujeitos ao risco de flutuações nas taxas de juro de mercado na

medida em que os activos geradores de juros ou de outros rendimentos equiparados e

os passivos também geradores de juros e outros rendimentos análogos, têm

maturidades desfasadas no tempo ou são de diferentes montantes. As actividades de

gestão do risco de taxa de juro têm como objectivo mitigar os efeitos inerentes a esse

desfasamento, tendo em consideração os níveis das taxas de juro do mercado e a sua

consistência com os objectivos estratégicos da Companhia. A monitorização e

acompanhamento deste risco está definida e integrada nos princípios de análise e

avaliação dos riscos resultantes dos instrumentos financeiros, conforme descrito na

nota 6.1.

6.4. Risco de mercado

O risco de mercado é constituído pelos movimentos adversos no valor dos activos da

seguradora, originando um desfasamento entre activos e responsabilidades,

relacionados com variações dos mercados de capitais, dos mercados cambiais, das

taxas de juro, do valor do imobiliário e do uso de instrumentos financeiros derivados.

Em termos genéricos, a gestão de risco de mercado é integrada no sistema de gestão

de riscos e controlo interno da Companhia. A gestão corrente deste risco está também

integrada e abrangida pelos princípios definidos na nota 6.1.

6.5. Risco cambial

A Política de Investimentos da Finibanco Vida determina que os investimentos serão

preferencialmente efectuados em Euros. Todo e qualquer investimento em outras

moedas são definidos com base nos limites globais aprovados pelo Comité de Riscos

da Mapfre Inversión.

Em 31 de Dezembro de 2012, a Companhia não detinha activos em moeda externa.

(valores em Euros)

ACTIVOS 2012 2011

Activos financeiros detidos para negociação

-Instrumentos de Capital 0 0

Activos financeiros disponíveis para venda

-Instrumentos de Capital 0 212.716

75

6.6. Risco de liquidez

Para além da análise do desfasamento entre activos e passivos e das respectivas

maturidades, nos termos do que foi explicitado na nota relativa ao risco de taxa de juro

(nota 6.3), a seguradora tem um plano de contingências geral onde consta um capítulo

específico para o risco de liquidez. Em concreto, nesse plano de contingência

enquadra-se e define-se o risco de liquidez, no âmbito da actividade da Companhia, e

os objectivos desse plano. Para a gestão corrente são definidos níveis mínimos de

liquidez para assegurar o normal funcionamento da Companhia. Além disso, para

situações extremas que possam ocorrer, estabeleceram-se cenários possíveis e quais

os recursos a mobilizar e níveis de competências para actuar face a cada um desses

cenários.

6.6.1. Desagregação de títulos de dívida por escalões de duração modificada e

rating

TÍTULOS DE DÍVIDA PÚBLICA

(valores em Euros)

Rating <1 >1 AND <=5 >5 AND <=10 >10 AND <= 20 Total

AAA 1.496.890 1.496.890

AA 327.722 327.722

BBB 5.454.653 14.605.794 3.823.531 582.726 24.466.703

BB 407.923 23.373.568 2.638.741 26.420.232

TOTAL 5.862.576 39.803.974 6.462.272 582.726 52.711.548

OUTROS TÍTULOS DE DÍVIDA

(valores em Euros)

Rating <1 >1 AND <=5 >5 AND <=10 >10 AND <= 20 Total

AAA 533.707 533.707

AA 155.288 1.741.679 278.303 2.175.271

A 4.538.378 8.210.297 888.152 13.636.826

BBB 3.664.788 1.787.602 292.209 5.744.599

BB 525.629 366.063 891.691

TOTAL 8.358.454 12.798.913 1.824.727 22.982.094

Nota: As notações de rating têm por base as notações de risco atribuídas pela S&P (ou equiparáveis no caso de não

existir notação de risco produzida por esta entidade) e os escalões de duração modificada são apresentados em anos.

76

6.6.2. Valor das responsabilidades por prazos de vencimento

(valores em Euros)

RUBRICAS 1 ano 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos > 5 anos TOTAL

Provisões matemáticas

2.027.593 2.961.629 4.623.357 2.632.226 4.505.359 48.355.959 65.106.123

Passivos financeiros a custo amortizado

4.245.103 9.015.409 0 4.904.080 0 10.820.723 28.985.315

Passivos financeiros detidos para negociação

0 0 0 0 0 1.628.198 1.628.198

TOTAL 6.272.696 11.977.038 4.623.357 7.536.306 4.505.359 60.804.880 95.719.636

Nota: Os valores apresentados reflectem os montantes acumulados nas datas de vencimento dos contratos

subjacentes a cada uma destas rubricas.

6.7. Risco operacional

A Finibanco Vida continuou a desenvolver e a consolidar, ao longo do ano 2012, o seu

sistema de gestão de riscos e controlo interno, nomeadamente no que concerne ao

Risco Operacional. A este nível, foi levado a cabo mais um processo de levantamento

de riscos operacionais, utilizando a ferramenta informática Riskm@p, desenvolvida

pelo Grupo Mapfre.

Este levantamento inclui 23 tipos de riscos, agrupados nas seguintes áreas: actuarial,

jurídica, tecnológica, recursos humanos, procedimentos, informação, fraude, mercado

e bens materiais.

Através desta ferramenta foram seleccionados 4 colaboradores, tendo em conta as

suas funções e relevância, que responderam a 17 questionários, tendo em conta os

tipos de risco já identificados e que foram posteriormente tratados pelo Coordenador

de Riscos, obtendo-se um mapa em função da criticidade, resultante da importância e

da probabilidade de ocorrência destes.

Para os riscos contidos em cada processo que apresentem um índice de criticidade

superior a 75% é obrigatoriamente elaborado um plano de acção, com o objectivo de

os minimizar.

Através do quadro seguinte podemos concluir que, apesar de poderem existir alguns

riscos com criticidade elevada, tal não se verifica ao nível dos processos.

77

6.7.1. Monitorização global da exposição ao risco

Todos os processos descritos garantem uma elevada consistência na gestão de risco

da companhia e são complementados por um sistema global de monitorização e

quantificação da exposição.

Tal sistema encontra-se sob a responsabilidade do Coordenador de Riscos, que

assegura:

A quantificação global da exposição aos riscos:

A estimação dos riscos é efectuada através de um modelo standard de factores

fixos que quantifica os riscos financeiros, os riscos de crédito e os riscos de

seguro, em articulação com os requisitos do projecto Solvência II. Esta

estimação efectua-se, no mínimo, uma vez por ano, sendo objectivo que se

realize duas vezes,

O Grupo Mapfre possui uma política de capitalização e dividendos de forma a

dotar, cada unidade, dos capitais necessários à cobertura dos riscos

assumidos, segundo a qual, o capital disponível a cada momento nunca poderá

ser inferior ao capital mínimo legal exigido, acrescido de uma margem de 10%.

A elaboração e implementação de planos de acção mitigadores dos riscos:

PROCESSO ÍNDICE DE CRITICIDADE

ASSOCIADO

Finibanco Vida 50,4

Desenvolvimento de produtos 53,2

Emissão 53,5

Sinistros 58,3

Gestão administrativa 56,1

Actividades comerciais 50,0

Recursos humanos 54,0

Comissões 20,3

Co-seguro/Resseguro 50,1

Provisões técnicas 53,2

Investimentos 55,7

Sistemas tecnológicos 48,8

Atendimento ao cliente 48,3

78

Para os riscos com grau de criticidade elevada, o Coordenador de Riscos

promove, em conjunto com as áreas envolvidas, a elaboração e imple-

mentação de planos de mitigação desses riscos.

O desenvolvimento de pontos de controlo de riscos:

Em função do tratamento das respostas aos questionários, o Coordenador de

Riscos, sugere a implementação de pontos de controlo e acompanha a sua

implementação na prática.

A implementação de um ambiente de gestão e controlo de riscos na organização:

Esta vertente é assegurada pela divulgação, a toda a empresa, da quan-

tificação efectuada pelo envolvimento de toda a organização nos planos

mitigadores e nos pontos de controlo, bem como através da promoção de

diversas acções de formação.

6.8. Risco específico de seguros

O risco específico de seguros compreende o desenho de produtos, a tarifação, a

comercialização e marketing, a selecção e subscrição, o provisionamento de

responsabilidades, o resseguro e a gestão de sinistros.

6.8.1. Desenho e tarifação de produtos

A Companhia tem como objectivo definir um pricing adequado em termos de

rentabilidade esperada, depois de cobertas todas as suas responsabilidades, as quais

incluem sinistros a pagar, custos com gestão de sinistros, encargos de aquisição,

encargos gerais e custo de capital. Os produtos, antes do seu lançamento, são

analisados e discutidos pela Direcção Técnica, Financeira e pelo Actuário externo da

Companhia, em consonância com as directrizes e recomendações definidas pela área

de Marketing e Cross Selling do Grupo. Após este trabalho, os novos produtos são

submetidos a aprovação do Conselho de Administração.

Durante este processo os preços são testados recorrendo a técnicas de profit testing

adequadas a cada produto a lançar.

No que concerne ao risco de longevidade, que cobre a incerteza das perdas efectivas

resultantes das pessoas seguras viverem mais anos que o esperado, relevante nas

rendas vitalícias, apesar da Companhia ter iniciado a sua comercialização apenas no

exercício de 2009, a sua gestão será efectuada através do preço, da política de

79

subscrição e duma revisão regular das tabelas de mortalidade usadas para definir os

respectivos preços e constituir as adequadas provisões técnicas. Além disso, a

Companhia não tem uma atitude de mercado pro activa na comercialização destes

produtos.

Durante o ano 2012 não foi criado qualquer produto novo, apenas foram

desenvolvidas novas versões de produtos de seguros de vida grupo para a Finicrédito.

6.8.2. Provisionamento

As provisões da Companhia são constituídas no âmbito dos seus passivos para

sinistros, sendo segregados activos para representar essas provisões. A constituição

de provisões para sinistros não declarados (IBNR) obriga à elaboração de estimativas

com recurso a pressupostos que são avaliados regularmente, nomeadamente através

de análises estatísticas de dados históricos internos e/ou externos.

São também efectuadas análises semelhantes para verificar a adequação da política

de preços em vigor. Estes estudos são efectuados no mínimo uma vez por ano e,

sempre que desses estudos se conclua que as provisões técnicas não são suficientes

para cobrir o valor actual dos cash-flows futuros esperados (sinistros, custos e

comissões), essa insuficiência é imediatamente reconhecida através do reforço das

respectivas provisões técnicas.

6.8.3. Política de gestão de subscrição de riscos de contratos de seguros de

vida risco

A Seguradora tem publicada uma instrução de serviço interna relativa à Política de

Subscrição de Riscos que abrange:

Regras de aceitação de riscos;

Princípios tarifários;

Competências de aceitação.

Este modelo foi elaborado ao detalhe e está enquadrado no sistema de worklow de

gestão integrada dos processos de selecção e análise do risco de subscrição, do qual

faz parte a própria gestão do resseguro cedido, ao nível da acumulação de capitais

seguros, passando pelos mecanismos de gestão do próprio resseguro facultativo.

80

6.8.4. Resseguro

A política de resseguro é um instrumento fundamental para a Companhia gerir e

adequar os limites de exposição ao risco de morte e invalidez, em função da sua

capacidade de subscrição. No plano anual de resseguro existem actualmente três

níveis principais em termos de actuação e contratação:

Resseguro obrigatório, plasmado em Tratado de Resseguro de Excedente

(Surplus), celebrado com a Mapfre Re, cuja notação de rating atribuída pela

Standard & Poor's é BBB+ (de acordo com a revisão efectuada em 25 de

Outubro de 2012), que abrange seguros de grupo e individuais. As

características e os termos do novo tratado de Resseguro de Excedente

firmado com a Mapfre Re, com data de efeito em 01 de Janeiro de 2012, são

em tudo idênticos ao que existia até essa data e cuja contraparte era também

a Mapfre Re.

Quando o cúmulo de risco por pessoa segura ultrapassa os limites de

subscrição do Tratado de Excedente, esse excedente é negociado

casuisticamente, com o mesmo ressegurador, em resseguro facultativo.

Dando seguimento à utilização do resseguro como forma de controlar e

minimizar os limites da exposição ao risco, a Companhia tem em vigor um

tratado complementar ao existente, para cobertura do excesso de perdas em

eventos catastróficos (XL CAT). Este tratado, também celebrado com a Mapfre

Re, cobre o risco de acumulação de perdas relevantes, em consequência de

eventos catastróficos, funcionando a partir de 3 vidas (inclusive) e retenção até

180.000 Euros, com um limite de 2 milhões de Euros por evento e 4 milhões de

Euros por anuidade.

6.9. Análise de sensibilidade

No quadro abaixo apresentam-se indicadores relativos a análise de sensibilidade do

impacto global máximo em Capitais Próprios e resultados futuros, em função de

alterações em algumas variáveis económicas e financeiras chaves para a Companhia.

Esta análise tem em consideração as características dos contratos de seguro e dos

contratos investimento em vigor, a estrutura das carteiras de investimentos, a modified

duration de cada uma dessas carteiras e o nível de encargos gerais da Companhia.

81

(valores em Euros)

RUBRICAS 2012

Crescimento de 100 bp na taxa de juro sem risco -2.529.063

Decréscimo de 100 bp na taxa de juro sem risco 853.052

Valorização de 10% no valor de mercado de acções 87.417

Desvalorização de 10% no valor de mercado de acções -87.417

Crescimento de 5% na taxa de mortalidade -236.085

Crescimento de 10% nos encargos gerais -132.269

Notas:

Os títulos contabilisticamente classificados como “A deter até maturidade” foram considerados, para efeitos deste estudo, como se estivesse m classificados como “Disponíveis para venda”.

Não foi considerada nesta análise a carteira afecta ao Unit Linked em virtude do risco desse produto ser assumido pelos tomadores de seguro. A informação relativa aos impactos no Passivo decorrente de uma variação nos

resgates não está ainda disponível. Todavia, irá ser incluída no relatório do Actuário

externo da Companhia que faz parte da informação de reporte prudencial anual a

enviar para o Instituto de Seguros de Portugal.

7. INSTRUMENTOS FINANCEIROS

7.1. Inventário de participações financeiras

Ver Anexo 1.

7.2. Empréstimos e contas a receber

A Companhia, desde o início da sua actividade, não concedeu qualquer empréstimo.

No que respeita às contas a receber e outros depósitos, nos dois últimos exercícios, a

natureza desses activos resume-se na seguinte tabela:

(valores em Euros)

RUBRICAS 2012 2011

Outros Depósitos - Depósitos a Prazo 3.315.994 0

TOTAL 3.315.994 0

82

7.3. Reclassificações de instrumentos financeiros

Na sequência da publicação da Norma Regulamentar nº 4/2011-R, de 2 de Junho, do

ISP, a Finibanco Vida reclassificou contabilisticamente, com efeitos a 01 de Janeiro de

2011, a totalidade dos seus títulos de Dívida Pública Portuguesa de “Activos

Financeiros Disponíveis para venda” para “Investimentos a deter até à maturidade”. No

quadro abaixo apresenta-se a desagregação dos valores desses títulos, por carteira,

comparando os valores obtidos tendo em conta a sua classificação contabilística e os

respectivos valores de mercado.

31-12-2012

TIPO DE CARTEIRA VALOR DE BALANÇO VALOR DE MERCADO

Carteira 1- Investimentos afectos a provisões técnicas e passivos financeiros de seguros de vida e operações de capitalização excluindo as provisões e passivos financeiros relativos a seguros e operações ligados a fundos de investimento e os enquadrados no regime de fundos de poupança.

16.256.390,48 16.766.754,79

Carteira 2 - Investimentos afectos às provisões técnicas e passivos financeiros de seguros de vida enquadrados no regime de fundos de poupança excluindo os seguros ligados a fundos de investimento.

9.404.919,04 9.827.714,24

Carteira 4 - Investimentos afectos a provisões e passivos financeiros de seguros e operações ligadas qualificados como "Não Normalizados

0,00 0,00

Carteira 9 - Investimentos não afectos a Provisões Técnicas.

279.731,13 291.176,48

Total da Carteira 25.941.040,64 26.885.645,51

Valor de mercado dos Activos Reclassificados 26.885.645,51

Valor a custo amortizado dos Activos Reclassificados

25.941.040,64

% Activos Reclassificados a valor de mercado versus a custo amortizado

103,64%

83

31-12-2011

TIPO DE CARTEIRA VALOR DE BALANÇO VALOR DE MERCADO

Carteira 1- Investimentos afectos a provisões técnicas e passivos financeiros de seguros de vida e operações de capitalização excluindo as provisões e passivos financeiros relativos a seguros e operações ligados a fundos de investimento e os enquadrados no regime de fundos de poupança.

16.020.561 10.883.908

Carteira 2 - Investimentos afectos às provisões técnicas e passivos financeiros de seguros de vida enquadrados no regime de fundos de poupança excluindo os seguros ligados a fundos de investimento.

9.249.484 6.821.522

Carteira 4 - Investimentos afectos a provisões e passivos financeiros de seguros e operações ligadas qualificados como "Não Normalizados

0 0

Carteira 9 - Investimentos não afectos a Provisões Técnicas.

274.193 206.400

Total da Carteira 25.544.238 17.911.831

Valor de mercado dos Activos Reclassificados 17.911.831

Valor a custo amortizado dos Activos Reclassificados

25.544.238

% Activos Reclassificados a valor de mercado versus a custo amortizado

70,12%

Notas:

Os valores apresentados incluem os juros decorridos.

O agrupamento por carteiras apresentado é o mesmo que consta no reporte ao ISP relativamente à representação

das provisões técnicas.

7.4. Activos financeiros detidos para negociação

Nos termos da IFRS 7, os activos financeiros detidos para negociação podem estar

valorizados ao justo valor de acordo com um dos seguintes níveis:

Nível 1 – quando os investimentos são valorizados de acordo com valores

obtidos em mercados activos ou fornecidos por providers e que essas cotações

traduzam liquidez e profundidade na formação dessas cotações.

Nível 2 – quando os activos financeiros são valorizados através de modelos

internos de avaliação sustentados em variáveis de mercado observáveis. São

incluídos neste nível as unidades de participação em fundos de investimento

valorizadas pelo Net Asset Value divulgado pelas respectivas entidades

gestoras.

Nível 3 – quando os activos financeiros são valorizados com base em modelos

internos de avaliação suportados por dados que não são sustentados em

evidências de mercado.

84

(valores em Euros)

TÍTULOS 2012 2011

Instrumentos de Dívida

De dívida pública

Nível 1 846.073 640.640

Nível 2

Nível 3

De outros emissores

Nível 1 1.702.589 1.688.962

Nível 2 777.139 777.206

Nível 3

Sub-total 3.325.802 3.106.808

Instrumentos de capital

Acções

Nível 1

Nível 2

Nível 3

Outros instrumentos de capital e unidades de participação

Nível 1

Nível 2 383.225 875.299

Nível 3

Sub-total 383.225 875.299

Derivados a justo valor

Nível 1

Nível 2

Nível 3

Sub-total 0 0

Total 3.709.027 3.982.106

Nota: Os títulos incluídos nesta rubrica estão detalhados no anexo I.

7.5. Activos financeiros disponíveis para venda

Nos termos da IFRS 7, os activos financeiros disponíveis para venda podem estar

valorizados ao justo valor de acordo com um dos seguintes níveis:

Nível 1 – quando os investimentos são valorizados de acordo com valores

obtidos em mercados cotados ou fornecidos por providers e que essas

cotações traduzam liquidez e profundidade na formação dessas cotações.

Nível 2 – quando os activos financeiros são valorizados através de modelos

internos de avaliação sustentados em variáveis de mercado observáveis.

Nível 3 – quando os activos financeiros são valorizados com base em modelos

internos de avaliação suportados por dados que não são sustentados em

evidências de mercado.

85

(valores em Euros)

TÍTULOS 2012 2011

Valor Bruto Imparidades Valor Bruto Imparidades

Instrumentos de Dívida

De dívida pública

Nível 1 25.924.434 17.011.001

Nível 2

Nível 3

De outros emissores

Nível 1 14.561.458 25.140.282

Nível 2 521.145 2.555.690

Nível 3

Sub-total 41.007.037 0 44.706.973 0

Instrumentos de capital

Acções

Nível 1 896.990 22.816 2.506.514

Nível 2

Nível 3

Instrumentos de capital e unidades de participação

Nível 1

Nível 2 5.731.230 5.452.309

Nível 3

Sub-total 6.628.220 22.816 7.958.823 0

Derivados a justo valor

Nível 1

Nível 2

Nível 3

Sub-total 0 0 0 0

Total 47.635.257 22.816 52.665.796 0

Nota: Os títulos incluídos nesta rubrica estão detalhados no anexo I.

Para os títulos de dívida enquadrados nesta classe, os juros são calculados de acordo

com o método do custo amortizado à taxa efectiva sendo que os mesmos são

reconhecidos em resultados.

7.6. Imparidades em activos financeiros disponíveis para venda

De acordo com o critério de reconhecimento de imparidades mencionado no ponto

3.3.4., foram apuradas imparidades para os seguintes título de rendimento variável:

86

(valores em Euros)

TÍTULOS ISIN VALOR IMPARIDADES

Rwe AG DE0007037129 13.393

Vivendi SA FR0000127771 5.028

Enel SPA IT0003128367 4.395

TOTAL 22.816

Os títulos de dívida pública da Grécia, cujas imparidades resultantes da diferença

entre o seu valor de mercado, à data de 31 de Dezembro de 2011, e o respectivo valor

ascenderam a um total 2.677.659 Euros, foram integralmente alienados após a

realização de troca acordada entre o estado Grego e grande parte dos credores

privados internacionais da Grécia. O resultado global dessa operação resultou numa

recuperação de 126.411 Euros, em relação aos valores de Balanço de 31 de

Dezembro de 2011, para além de que a Companhia deixou de estar exposta à dívida

pública Grega desde 30 de Março de 2012.

No que concerne a títulos de dívida pública de Espanha, Irlanda e Portugal reitera-se o

nosso entendimento de há um ano atrás, ou seja, não há motivos para

reconhecimento de imparidades, visto não ter ocorrido qualquer suspensão de

pagamentos, nem existirem informações adicionais que objectivamente indiciem ou

sejam uma forte evidência de potencial incumprimento por parte desses países. Além

disso, durante o ano de 2012, ocorreu uma diminuição generalizada dos spreads da

dívida pública emitida por esses três países, em relação à dívida pública Alemã,

levando à concomitante valorização, no mercado secundário, de todos os títulos de

dívida desses países que a Companhia tem nas duas carteiras de activos financeiros.

Em 31 de Dezembro de 2012, a exposição geográfica da Finibanco Vida em termos de

dívida pública era a constante do quadro seguinte:

(valores em Euros)

PAIS VALOR DE MERCADO

Espanha 15.761.886

França 566.316

Irlanda 3.313.955

Itália 5.390.862

Holanda 277.773

Portugal 27.364.837

Entidades Supra Nacionais 980.523

TOTAL 53.656.153

87

7.7. Títulos a deter até à maturidade

(valores em Euros)

TÍTULOS

2012 2011

Custo Amortizado

Justo Valor Custo

Amortizado Justo Valor

Instrumentos de Dívida

De dívida pública

Nível 1 25.941.041 26.885.646 25.544.238 17.911.831

Nível 2

Nível 3

De outros emissores

Nível 1 5.419.762 5.885.023 5.348.775 5.596.643

Nível 2

Nível 3

Total 31.360.803 32.770.669 30.893.012 23.508.474

Nota: Os títulos incluídos nesta rubrica estão detalhados no anexo I.

Estes activos são valorizados pelo método do custo amortizado à taxa efectiva. O

Justo valor foi determinado com base nas cotações divulgadas no sistema da

Bloomberg (BGN) - Nível 1.

Discriminando, os títulos incluídos nesta classificação contabilística são os seguintes:

DATA VENCIMENTO

ISIN EMISSOR VALOR NOMINAL

15/04/2021 PTOTEYOE0007 REPUBLICA DE PORTUGAL 50.000

15/10/2015 PTOTE3OE0017 REPUBLICA DE PORTUGAL 250.000

14/06/2019 PTOTEMOE0027 REPUBLICA DE PORTUGAL 1.480.000

15/06/2018 PTOTENOE0018 REPUBLICA DE PORTUGAL 7.725.000

15/10/2016 PTOTE6OE0006 REPUBLICA DE PORTUGAL 2.000.000

15/10/2014 PTOTEOOE0017 REPUBLICA DE PORTUGAL 2.000.000

23/09/2013 PTOTEGOE0009 REPUBLICA DE PORTUGAL 400.000

25/10/2023 PTOTEAOE0021 REPUBLICA DE PORTUGAL 2.400.000

15/04/2021 PTOTEYOE0007 REPUBLICA DE PORTUGAL 300.000

15/10/2015 PTOTE3OE0017 REPUBLICA DE PORTUGAL 1.000.000

15/10/2014 PTOTEOOE0017 REPUBLICA DE PORTUGAL 200.000

15/04/2021 PTOTEYOE0007 REPUBLICA DE PORTUGAL 300.000

16/10/2017 PTOTELOE0010 REPUBLICA DE PORTUGAL 2.400.000

15/10/2015 PTOTE3OE0017 REPUBLICA DE PORTUGAL 4.500.000

15/10/2014 PTOTEOOE0017 REPUBLICA DE PORTUGAL 2.700.000

05/08/2013 XS0381268068 CREDIT SUISSE LONDON 2.000.000

05/08/2015 XS0226062981 CITIGROUP INC NEW YORK 3.500.000

88

7.8. Outros devedores

No que respeita às contas a receber, elas reflectem o custo histórico à data de fecho

de cada um dos exercícios.

(valores em Euros)

RUBRICAS 2012 2011

Contas a receber por operações de seguro directo

.Tomadores 243.574 258.787

.Mediadores

Contas a receber por outras operações de resseguro 35.747 4.847

Contas a receber por outras operações 7.434 13.739

TOTAL 286.755 277.373

Os valores de imparidades e ajustamentos relativos às rubricas de outros credores

apresentam a seguinte desagregação:

(valores em Euros)

RUBRICAS 2012 2011

Contas a receber por operações de seguro directo

.Tomadores 173.291 74.677

.Mediadores

Contas a receber por outras operações de resseguro

Contas a receber por outras operações

TOTAL 173.291 74.677

7.9. Política de investimentos e análise de risco dos instrumentos financeiros

A política de investimentos segue os princípios, regras e orientações gerais definidas

em Norma Interna relativa à política de investimentos da Companhia, tendo em conta

o cumprimento dos normativos legais sobre a matéria, quer no que concerne à

composição e avaliação dos activos e princípios prudenciais de dispersão e

diversificação de carteira, tanto para os investimentos afectos às provisões técnicas e

passivos financeiros, como para os investimentos não afectos.

7.9.1. Principais referências sobre o perfil das carteiras de investimento

A gestão dos títulos de investimento da Finibanco Vida é efectuada com base em três

tipos de carteiras com políticas de investimentos genéricas definidas para cada caso.

89

a) Carteiras casadas

Compreendem as carteiras de investimento cuja finalidade é obter um matching, o

mais perfeito possível, entre essas carteiras e os compromissos assumidos com os

segurados.

Dentro desta categoria incluem-se as carteiras cuja política de investimentos está

orientada para conseguir um objectivo de rentabilidade para uma determinada duração

e/ou maturidade.

Dentro desta tipologia também se enquadram as carteiras afectas aos seguros Unit

Link, apesar de neste caso o risco de investimento ser assumido pelos segurados.

b) Carteiras com gestão activa condicionada

Incluem as carteiras afectas a seguros de vida com participação nos resultados a

atribuir aos segurados. Para esse efeito, estas carteiras de activos financeiros devem

ser constituídas por títulos que proporcionem uma taxa de juro mínima garantida e,

quando possível, uma participação suplementar de resultados, em função das

características dos produtos de seguros subjacentes, nomeadamente em termos de

prazos e rentabilidade assegurada.

A estas carteiras aplicam-se os limites máximos de exposição aos riscos de mercado

definidos na estrutura de referência, não obstante, para efeitos de política Asset

Liabilility Management, quanto ao limite do risco bolsista e de investimentos

imobiliários, a incidência destes no cálculo da participação de resultados, podem não

se aplicar os limites mínimos de investimento em títulos de rendimento variável e em

imóveis.

c) Carteiras com gestão activa

Incluem todas as carteiras destinadas a cobrir provisões técnicas que não estejam

incluídas nas classificações anteriores.

A estas carteiras aplicam-se os limites máximos de exposição de riscos de mercado

definidos na estrutura de referência.

d) Estrutura de referência geral

90

Tipo de Investimento Intervalo de referência

Mínimo Máximo

Mobiliário 74 % 85 %

Rendimento fixo 83 % 97 %

Rendimento variável 3 % 17 %

Imobiliário 15 % 25 %

Participações 0% 1 %

Nota: A base de cálculo das percentagens corresponde a valores de mercado.

e) Investimentos Mobiliários

Consideram-se Investimentos Mobiliários aqueles que se materializem em títulos de

rendimento fixo, variável e fundos de investimento (excluindo fundos de investimento

imobiliário). Excluem-se os investimentos materializados em acções e/ou participações

em entidades do grupo.

Nas carteiras com gestão activa, a estrutura de Investimentos Mobiliários deve

obedecer aos limites máximos de exposição a riscos de mercado (risco de bolsa, risco

de taxa de juro e risco de taxa de câmbio dos activos).

A carteira de referência resultante desses limites máximos aplica-se a todas as

carteiras com gestão activa condicionada, salvo excepções derivadas de causas

supervenientes ou de uma política de prudência.

Nas carteiras casadas utilizam-se os métodos estabelecidos legalmente.

8. INVESTIMENTOS EM FILIAIS E ASSOCIADAS

Não existem.

9. CAIXA E EQUIVALENTES E DEPÓSITOS À ORDEM

O detalhe desta rubrica é discriminado na tabela abaixo:

(valores em Euros)

RUBRICAS 2012 2011

Caixa 35 35

Depósitos à Ordem em Inst. Crédito

-no país 484.573 305.020

-no estrangeiro

Total 484.609 305.055

91

10. TERRENOS E EDIFÍCIOS

A Companhia não tem património imobiliário nem tem contratos que eventualmente lhe

conferissem direitos especiais de propriedade sobre activos imobiliários.

11. OUTROS ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS

Os movimentos de outros activos tangíveis ocorridos durante o exercício de 2012

estão espelhados no Anexo 3.

12. AFECTAÇÃO DOS INVESTIMENTOS E OUTROS ACTIVOS

Exercício de 2012:

(valores em Euros)

RUBRICAS

Seguros de vida com

participação nos

resultados

Seguros de vida sem

participação nos

resultados

Seguros de vida e

operações classificadas

como contratos de investimento

Seguros não vida

Não afectos

Caixa e equivalentes 1.685 33.421 449.503

Terrenos e edifícios

Investimentos em filiais e associadas

Activos financeiros detidos para negociação

2.548.662 1.160.365

Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial a justo valor por ganhos e perdas

Derivados de cobertura

Activos financeiros disponíveis para venda

35.624.169 8.531.941 3.456.330

Empréstimos concedidos e contas a receber

36.556 3.279.439

Investimentos a deter até à maturidade

12.889.101 18.191.971 279.731

Outros activos tangíveis 67.267

Outros activos

Total 48.551.511 0 29.305.995 0 8.692.634

92

Exercício de 2011:

(valores em Euros)

RUBRICAS

Seguros de vida com

participação nos

resultados

Seguros de vida sem

participação nos

resultados

Seguros de vida e

operações classificadas

como contratos de investimento

Seguros não vida

Não afectos

Caixa e equivalentes 31.948 273.107

Terrenos e edifícios

Investimentos em filiais e associadas

Activos financeiros detidos para negociação

2.113.567 1.868.539

Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial a justo valor por ganhos e perdas

Derivados de cobertura

Activos financeiros disponíveis para venda

39.460.973 10.055.580 3.149.243

Empréstimos concedidos e contas a receber

Investimentos a deter até à maturidade

12.685.988 17.932.832 274.193

Outros activos tangíveis 87.133

Outros activos

Total 52.146.961 0 30.133.927 0 5.652.215

13. ACTIVOS INTANGÍVEIS

Os Activos intangíveis da Finibanco Vida são representados por software e despesas

conexas com a configuração e adaptação do mesmo à Finibanco Vida. Estão

registados ao custo de aquisição, deduzidas das correspondentes amortizações

acumuladas e eventuais perdas por imparidade. As amortizações destes activos são

efectuadas linearmente durante o seu período de vida útil estimado que,

genericamente, são três anos.

Os movimentos dos activos intangíveis ocorridos durante o exercício de 2012 estão

espelhados no Anexo 3.

93

14. OUTRAS PROVISÕES E AJUSTAMENTOS DE CONTAS DO ACTIVO

Exercício de 2012:

(valores em Euros)

RUBRICAS SALDO INICIAL AUMENTO REDUÇÃO SALDO FINAL

490-Ajustamentos de recibos por cobrar

De outros tomadores de seguro 74.677 98.614 173.291

491-Ajustamentos de créditos de cobrança duvidosa

De outros tomadores de seguro

492-Outras provisões

TOTAL 74.677 98.614 173.291

Exercício de 2011:

(valores em Euros)

RUBRICAS SALDO INICIAL AUMENTO REDUÇÃO SALDO FINAL

490-Ajustamentos de recibos por cobrar

De outros tomadores de seguro 34.929 39.748 74.677

491-Ajustamentos de créditos de cobrança duvidosa

De outros tomadores de seguro

492-Outras provisões

TOTAL 34.929 39.748 0 74.677

14.1. Política de reconhecimento de imparidades para prémios de seguros em

dívida

As imparidades de prémios de seguro em dívida, independentemente do tratamento

que venha ou não a ser adoptado ao nível de cobranças coercivas, são reconhecidas

pela totalidade dos valores dos recibos em débito há mais de 30 dias, exceptuando-se

os recibos respeitantes a valores que estejam eventualmente em débito por empresas

do Grupo onde está inserida a Companhia. Este mecanismo, para além do evidente

critério de prudência que lhe está subjacente, também tem em consideração os

processos de tratamento automático implementado pela seguradora ao nível dos

recibos de prémio com cobranças devolvidas.

94

15. PRÉMIOS DE CONTRATOS DE SEGUROS

(valores em Euros)

RUBRICAS 2012 2011

Prémios brutos emitidos de seguro directo

-Relativos a contratos individuais 5.865.032 7.180.022

-Relativos a contratos de Grupo 471.665 835.022

Sub total 6.336.697 8.015.045

-Contratos de Investimento 0 0

-De contratos cujo risco de investimento é suportado pelo tomador

0 0

Total 6.336.697 8.015.045

-Periódicos 5.666.880 6.501.156

-Não periódicos 669.817 1.513.889

Total 6.336.697 8.015.045

-De contratos sem participação nos resultados 4.845.054 5.904.977

-De contratos com participação nos resultados 1.491.643 2.110.068

Prémios brutos emitidos de resseguro aceite

Prémios de Resseguro Cedido 817.557 938.626

16. COMISSÕES RECEBIDAS DE CONTRATOS DE SEGURO

As comissões reconhecidas contabilisticamente reflectem as condições contratuais

das respectivas Apólices. Essas comissões estão incluídas nas rubricas de prémios

adquiridos no caso dos contratos de seguro. Nas operações classificadas para efeitos

contabilísticos como contratos de investimento, as comissões estão numa rubrica

específica da demonstração de resultados.

As comissões recebidas tiveram a seguinte distribuição:

(valores em Euros)

RUBRICAS 2012 2011

Contratos de seguro com participação nos resultados 201.493 289.835

Contratos de seguro sem participação nos resultados 534.099 655.982

Contratos de seguro e operações classificados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento

23.286 61.733

17. RENDIMENTOS / RÉDITOS DE INVESTIMENTOS

A política contabilística para reconhecimento dos réditos de investimentos foi descrita

no ponto 3.3.7.

95

Nos quadros abaixo apresenta-se a distribuição dos réditos de investimentos:

Exercício de 2012:

(valores em Euros)

RUBRICAS JUROS (1) DIVIDENDOS TOTAL

Activos detidos para negociação 119.543 119.543

Activos disponíveis para venda 2.302.881 112.654 2.415.535

Activos detidos até à maturidade 1.400.070 1.400.070

Empréstimos e contas a receber 65.994 65.994

Juros de depósitos à ordem 88 88

TOTAL 3.888.576 112.654 4.001.231

(1) Incluindo valores decorrentes do custo amortizado à taxa efectiva

Exercício de 2011:

(valores em Euros)

RUBRICAS JUROS (1)

DIVIDENDOS TOTAL

Activos detidos para negociação 137.303 137.303

Activos disponíveis para venda 2.398.023 179.672 2.577.695

Activos detidos até à maturidade 1.435.054 1.435.054

Empréstimos e contas a receber

Juros de depósitos à ordem 6.358 6.358

TOTAL 3.976.739 179.672 4.156.411

(1) Incluindo valores decorrentes do custo amortizado à taxa efectiva

18. GANHOS E PERDAS REALIZADOS EM INVESTIMENTOS

Os ganhos e perdas provenientes da alienação de investimentos durante os dois

últimos exercícios podem ser detalhados nas tabelas abaixo:

Exercício de 2012:

(valores em Euros)

RUBRICAS GANHOS PERDAS VAL. LÍQUDIDO

Activos detidos para negociação 68.939 -68.939

Activos disponíveis para venda 1.549.703 1.124.399 425.304

Activos detidos até à maturidade

Empréstimos e contas a receber

TOTAL 1.549.703 1.193.338 356.365

96

Exercício de 2011:

(valores em Euros)

RUBRICAS GANHOS PERDAS VAL. LÍQUDIDO

Activos detidos para negociação 3.017 76.650 -73.633

Activos disponíveis para venda 654.068 1.075.445 -421.377

Activos detidos até à maturidade 0

Empréstimos e contas a receber 0

TOTAL 657.085 1.152.094 -495.010

19. GANHOS E PERDAS PROVENIENTES DE AJUSTAMENTOS DE JUSTO

VALOR EM INVESTIMENTOS

As variações de justo valor com origem nas carteiras de investimento da Companhia

foram as seguintes:

Exercício de 2012:

(valores em Euros)

RUBRICAS GANHOS PERDAS VAL. LÍQUDIDO

Activos detidos para negociação 477.046 477.046

Activos disponíveis para venda 2.993.762 2.993.762

Activos detidos até à maturidade

Empréstimos e contas a receber

TOTAL 3.470.808 0 3.470.808

Exercício de 2011:

(valores em Euros)

RUBRICAS GANHOS PERDAS VAL. LÍQUDIDO

Activos detidos para negociação 321.654 271.171 50.482

Activos disponíveis para venda 2.656.907 2.619.098 37.809

Activos detidos até à maturidade

Empréstimos e contas a receber

TOTAL 2.978.560 2.890.269 88.292

Os movimentos relativos a reconhecimento e/ou reversão de imparidades de activos

financeiros, ocorridos no exercício de 2012, discriminam-se na tabela abaixo:

97

(valores em Euros)

RUBRICAS IMPARIDADES REVERSÕES

Activos detidos para negociação

Activos disponíveis para venda 22.816

Activos detidos até à maturidade

Empréstimos e contas a receber

TOTAL 22.816 0

20. GANHOS E PERDAS EM DIFERENÇAS DE CÂMBIO

Nos exercícios de 2012 e 2011 não foram registados quaisquer ganhos ou perdas

cambiais.

21. CUSTOS DE FINANCIAMENTO

A Companhia não registou nem recorreu, durante o exercício de 2012 a qualquer tipo

ou veículo de financiamento.

22. GASTOS POR FUNÇÃO E NATUREZA

22.1. Gastos por funções

Os diversos encargos imputados às respectivas funções resumem-se na seguinte

tabela:

(valores em Euros)

RUBRICAS 2012 2011

Encargos com gestão de sinistros 134.905 142.090

Encargos administrativos de aquisição 16.953 22.970

Encargos com investimentos 20.992 13.573

Encargos administrativos 1.170.833 1.253.011

TOTAL 1.343.683 1.431.644

22.2. Encargos por natureza

Por natureza, os encargos diversos discriminam-se no seguinte quadro:

98

(valores em Euros)

RUBRICAS 2012 2011

Custos com Pessoal 615.634 593.027

Outros Forn. e Serviços Externos 610.257 682.911

Impostos e Taxas 22.681 32.142

Amortizações 74.120 109.990

Comissões Diversas 20.992 13.573

TOTAL 1.343.683 1.431.644

23. GASTOS COM PESSOAL E HONORÁRIOS DA SROC

23.1. Nº médio de trabalhadores por categorias Profissionais:

CATEGORIA PROFISSIONAL 2012 2011

Director Coordenador 1 1

Director de Serviços 2 2

Chefe de Serviços 1 1

Chefe de Secção 2 2

Técnico Grau II 1 1

Técnico Programador 1 1

Escriturário 2 2

TOTAL 10 10

23.2. Composição dos custos com o pessoal:

(valores em Euros)

RUBRICAS 2012 2011

Remunerações

-dos Órgãos Sociais 145.099 148.104

-do Pessoal 322.130 333.396

-prémios por desempenho estimados 44.438

Encargos Sobre Remunerações 90.036 91.373

Benefícios pós-emprego

-Planos de contribuição definida

-Planos de benefícios definidos 6.453

Seguros Obrigatórios (1)

13.474 1.999

Outros Custos com Pessoal 457 11.702

TOTAL 615.634 593.027

(1) Incluem nesta rubricas os encargos com seguros os de Acidentes de Trabalho, Doença e Vida nos temos constituídos nos termos da legislação laboral em vigor e dos acordos colectivos de trabalho da actividade seguradora.

99

23.3. Responsabilidades com pensões de reforma

A Companhia não tem qualquer responsabilidade, em matéria de pensões de reforma,

para com antigos membros de Órgãos Sociais, nem tem créditos ou garantias

concedidas a membros, actuais ou antigos, dos referidos Órgãos Sociais.

23.4. Honorários por serviços de Revisão Oficial de Contas e afins

Os honorários contabilizados no exercício de 2012 que nos foram facturados pelos

Revisores Oficiais de Contas têm a seguinte distribuição (valores sem IVA):

(valores em Euros)

RUBRICAS MONTANTES

Serviços de Revisão Legal de Contas 28.000

Serviços de garantia de fiabilidade - pareceres sobre o sistema de gestão de riscos e controlo interno e mapas prudenciais e estatísticos

4.100

Consultoria Fiscal 3.863

24. OBRIGAÇÕES COM BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS

24.1. Descrição geral do plano de contribuição definida

No início do ano 2012 entrou em vigor um novo Contrato Colectivo de Trabalho (CCT)

aplicável à Actividade Seguradora em Portugal que, em termos de benefícios dos

empregados, atribui “a todos os trabalhadores no activo e em efectividade de funções,

com contratos de trabalho por tempo indeterminado” um plano de contribuição definida

para efeitos de complementos de reforma, denominado no aludido CCT por Plano

Individual de Reforma (PIR). Este novo plano vem substituir o sistema de

complementos de reforma previsto no anterior CCT, que se caracterizava por ser um

plano de benefício definido.

No âmbito deste novo regime há que distinguir, nesta fase inicial, três grupos de

colaboradores:

Os trabalhadores no activo, admitidos ou em exercício na actividade

seguradora até 22 de Junho de 1995, abrangidos pelo plano de benefícios

definido, nos termos do nº4 da cláusula 51.º do anterior CCT, cujas

responsabilidades pelos serviços passados, à data de 31 de Dezembro de

2011, relativas a pensões de reforma por velhice foram convertidas em PIR. As

novas contribuições anuais para os colaboradores enquadrados neste âmbito

terão início no ano de 2015.

100

Os trabalhadores admitidos ou que iniciaram funções na actividade seguradora

entre 22 de Junho de 1995 e 31 de Dezembro de 2009, passaram também a

beneficiar, desde 01 de Janeiro de 2012, do mesmo PIR, conforme o

estipulado no novo CCT, sendo que as respectivas contribuições anuais

tiveram início em 2012.

Para os trabalhadores admitidos após 01 de Janeiro de 2010, as contribuições

para o PIR deverão ter início no ano seguinte aquele em completem dois anos

de actividade na empresa com vínculo de efectividade.

Nos termos do Anexo V do novo CCT da actividade seguradora, as contribuições

serão apuradas com base nas percentagens indicadas na tabela abaixo que incidirão

sobre os ordenados base dos colaboradores:

ANO CIVIL % CONTRIBUIÇÃO

PARA O PIR

2012 1,00%

2013 2,25%

2014 2,50%

2015 2,75%

2016 3,00%

2017 e seguintes 3,25%

24.2. Contribuições do ano

No que concerne aos colaboradores cuja data de admissão ou início de exercício na

actividade seguradora foi anterior a 22 de Junho de 1995, foi elaborado um estudo

actuarial, pelo Actuarial Consultadoria, em que se determinaram, para cada

trabalhador enquadrado nesse âmbito, as responsabilidades pelos serviços passados

à data de 31 de Dezembro de 2011, relativas a pensões de reforma por velhice. Essas

responsabilidades ascendiam, nessa data, a 159.598 Euros. Como esse montante

estava integralmente financiado através dos veículos de financiamento adjacentes ao

antigo plano de benefícios definido, duas apólices de seguros de capitalização da

própria Companhia, cujo saldo global em 31 de Dezembro de 2011 era de 169.094

Euros, o valor a constituir ao abrigo dos novos PIR foi obtido através do produto de

resgates dessas duas apólices.

As contribuições relativas aos PIR dos restantes colaboradores, ou seja, admitidos ou

que iniciaram funções na actividade seguradora entre 22 de Junho de 1995 e 31 de

Dezembro de 2009, no montante global de 1.126 Euros, foram também efectuadas por

101

recurso ao saldo remanescente dos veículos de financiamento adjacentes ao antigo

plano de benefícios definido.

Tendo em consideração a rentabilidade garantida das apólices de seguro de

capitalização subjacentes ao PIR, em 31 de Dezembro de 2012, o total das

responsabilidades com planos de contribuição definida ascendia a 170.393 Euros.

24.3. Veículo de financiamento

Para cumprimento do estipulado no Anexo V do novo CTT, os veículos de

financiamento dos PIR são constituídos por apólices de seguros de capitalização da

Finibanco Vida, com capital e rentabilidade mínima garantida, sendo apenas e

exclusivamente resgatáveis, a favor do Colaborador, em caso de Invalidez ou Reforma

por Velhice concedidas pela Segurança Social, ou a favor dos beneficiários

previamente designados por este ou dos seus herdeiros legais, em caso de morte.

Sendo os veículos de financiamento apólices de seguro de capitalização da própria

Companhia, as responsabilidades pelos compromissos assumidos por estes planos de

contribuição definida estão incluídas nas provisões matemáticas da Finibanco Vida

(ver nota 4.1). Os activos financeiros que representam essas responsabilidades, são

parte dos activos afectos a essas provisões técnicas e estão presentes nas rubricas do

activo referentes a investimentos e activos financeiros.

24.4. Activos por benefícios de longo prazo

Em termos líquidos, em 31 de Dezembro de 2012, existia um saldo remanescente

positivo, resultante da diferença entre o somatório dos saldos, nessa data, das

apólices subjacentes aos PIR e o valor total das responsabilidades nos termos do

novo plano de contribuição definida, no montante de 8.196 Euros. Esse montante foi

reconhecido no balanço numa rubrica de activos por benefícios pós-emprego e outros

benefícios de longo prazo.

25. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

25.1. Impostos correntes

O Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) é determinado com

base em declarações de auto-liquidação, elaboradas de acordo com as normas legais

vigentes, que ficam sujeitas a inspecção e eventual ajustamento pelas autoridades

fiscais durante um período de quatro anos contado a partir dos exercícios a que

respeitam.

102

A incidência do imposto sobre o rendimento foi a seguinte:

Exercício 2012

(valores em Euros)

DEMONSTRAÇÃO DE IMPOSTO CORRENTE GANHOS E

PERDAS CAPITAL TOTAL

Resultados antes de impostos 3.548.373 3.548.373

Variação Patrimonial Positiva - Variação de justo valor dos activos financeiros afectos a carteiras com participação nos resultados (2012)

1.976.586 1.976.586

Variação Patrimonial Negativa - Vida com participação nos resultados

0

Total 3.548.373 1.976.586 5.524.959

Acréscimo - IRC do ano e insuficiência de estimativa 0

Acréscimo - Benefícios de reforma e outros benf. pós emprego

0

Insuficiência de estimativa de impostos 7.067 7.067

Acréscimo - Aluguer de Viaturas sem condutor 0

Acréscimo - Encargos não devidamente documentados 210.488 210.488

Acréscimo - Multas e coimas 563 563

Acréscimo - Mais valias fiscais 454.229 454.229

Acréscimo - Crédito de imposto 19.506 19.506

Total 691.853 0 691.853

Dedução - Correcções relativas a períodos de tributação anteriores

Dedução - Mais Valias Contabilísticas 454.229 91.147

Dedução - Rest. de impostos não dedutíveis e excesso de estim.

0

Dedução - Eliminação da dupla tributação económica dos lucros distribuídos (art.° 51.°)

103.539 103.539

Dedução - Beneficios fiscais 5.324 5.324

Dedução - Ajust. De transição com relevância fiscal (1/5) 97.552 97.552

Total 660.644 0 660.644

Lucro tributável/(Prejuízo fiscal) 3.579.582 1.976.586 5.556.169

Reporte de prejuízos fiscais

IRC (25%) 894.896 494.147 1.389.042

Deduções (16.335) (16.335)

Derrama municipal (1,5%) 53.694 29.649 83.343

Derrama estadual (3,0%) 78.396 43.289 121.685

Tributação autónoma 1.728 1.728

Imposto sobre lucros a pagar/receber líquido 1.012.378 567.084 1.579.462

103

Exercício 2011

(valores em Euros)

DEMONSTRAÇÃO DE IMPOSTO CORRENTE GANHOS E

PERDAS CAPITAL TOTAL

Resultados antes de impostos 534.900 534.900

Variação Patrimonial Positiva - Vida com participação nos resultados (2011)

528.083 528.083

Total 534.900 528.083 1.062.983

Acréscimo - IRC do ano e insuficiência de estimativa 4.608 4.608

Acréscimo - Benefícios de reforma e outros benf. pós emprego

778 778

Insuficiência de estimativa de impostos 0

Acréscimo - Aluguer de Viaturas sem condutor 700 700

Acréscimo - Encargos não devidamente documentados 0

Acréscimo - Multas não fiscais 0

Acréscimo - Menos-valias contabilísticas 2.664.751 2.664.751

Acréscimo - Crédito de imposto 28.146 28.146

Total 2.698.982 0 2.698.982

Dedução - Correcções relativas a períodos de tributação anteriores

4.111 4.111

Dedução - Menos valias fiscais 2.270.899 2.270.899

Dedução - Rest. de impostos não dedutíveis e excesso de estimativa

1.038 1.038

Dedução - Eliminação da dupla tributação económica dos lucros distribuídos (art.° 51.°)

171.417 171.417

Dedução - Benefícios fiscais 12.406 12.406

Dedução - Ajust. De transição com relevância fiscal (1/5) 97.552 97.552

Total 2.557.422 0 2.557.422

Lucro tributável/(Prejuízo fiscal) 676.460 528.083 1.204.543

Reporte de prejuízos fiscais (859.541) (859.541)

IRC (12,5% / 25%) 167.553 (82.865) 84.688

Deduções (24.464) (24.464)

Derrama (1,5%) 10.147 7.921 18.068

Derrama estadual (2,5%) 0

Tributação autónoma 1.855 1.855

Imposto sobre lucros a pagar/receber líquido 155.090 (74.943) 80.147

104

25.2. Impostos diferidos

(valores em Euros)

RUBRICAS ACTIVO PASSIVO CAPITAIS

PRÓPRIOS RESULTADOS

Diferenças Temporárias

Reserva de Reavaliação Justo Valor

41.131 -41.131

Prejuízos Fiscais

Acréscimos de custos 59.403

Total 100.535 0 -41.131 0

Apuramento do imposto diferido 0

Saldo inicial 344.090 -318.239

Recuperação IRC Dec. Lei 237/08 (1)

-25.851 -25.851

Reserva de Reavaliação Justo Valor

-277.108 277.108

Acréscimos de custos 59.403 59.403

Saldo Final 100.535 0 -41.131 33.552

(1) De acordo com o Dec. Lei nº237/08 de 15 de Dezembro, que estabeleceu o regime transitório de

adaptação das regras de determinação do lucro tributável para as empresas de seguros, determinou que

“os efeitos nos capitais próprios decorrentes da adopção pela primeira vez do Plano de Contas para

empresas de seguros aprovado pela Norma Regulamentar n.º 4/2007-R, de 27 de Abril, na sua redacção

actual, que sejam fiscalmente relevantes nos termos do Código do IRC com as adaptações previstas

neste regime, resultantes do reconhecimento de activos ou passivos, ou de alterações na respectiva

mensuração, concorrem, em partes iguais, para a formação do lucro tributável correspondente ao

exercício iniciado em 2008 e aos quatro exercícios seguintes.” Esse efeito resultou num imposto diferido

apurado em 2007 no montante de 129.257 Euros, que vai ser diferido por 5 exercícios e que, como tal,

implicou no exercício de 2012, um abatimento um abatimento de 1/5 daquele valor, ou seja 25.851 Euros,

aos activos por impostos diferidos de 2012.

26. CAPITAL

O Capital Social da Finibanco Vida – Companhia de Seguros de Vida S.A. ascendia,

em 31 de Dezembro de 2012, a 7.500.000 Euros e estava integralmente subscrito e

realizado.

O capital está dividido em sete milhões e quinhentas mil acções ordinárias

nominativas, no valor de um Euro cada, que eram integralmente detidas pelo Montepio

Geral – Associação Mutualista. Não existem outros títulos que configurem direitos

específicos similares aos do capital social.

105

27. RESERVAS

27.1. Rubricas de reservas nos capitais próprios

As reservas constantes nas rubricas de capitais próprios dizem respeito a:

Reservas de reavaliação de justo valor de activos financeiros disponíveis para

venda

Reservas legais

Reservas por impostos diferidos

Reservas por impostos correntes

27.2. Movimentos nas reservas

Os movimentos verificados nas reservas estão discriminados no mapa de

demonstração de variações do capital próprio e dizem respeito a:

Variações registadas no justo valor de activos financeiros classificados

contabilisticamente como disponíveis para venda que, em termos globais,

tiveram um elevado incremento no exercício de 2012.

As reservas por impostos diferidos decorrem das variações no justo valor de

activos financeiros classificados contabilisticamente como disponíveis para

venda, afectos a produtos classificados como contratos de investimento.

As reservas por impostos correntes são constituídas na sequência de

variações nas reservas de justo valor de activos classificados

contabilisticamente como disponíveis para venda, adjacentes a contratos de

seguro com participação nos resultados.

28. RESULTADOS POR ACÇÃO

Os resultados por acção fixaram-se em 0,343 Euros, que resultam do quociente entre

o Resultado Líquido no montante de 2.569.547 Euros por 7.500.000 acções ordinárias

representativas da Capital Social da Companhia.

106

29. DIVIDENDOS POR ACÇÃO

Foi proposto pelo Conselho de Administração da Finibanco Vida a distribuição de

dividendos no montante global de 1.125.000,00 Euros, o que equivale a 0,15 Euros

por acção.

30. TRANSACÇÕES ENTRE PARTES RELACIONADAS

Desde 16 de Dezembro de 2012, a Finibanco Vida passou a ser integralmente detida

pela Montepio Geral – Associação Mutualista. As operações com empresas que estão

inseridas no perímetro de consolidação da entidade supra mencionada resumem-se

na tabela constante no final do ponto 30.2. destes anexos. A Finibanco Vida não tem

qualquer participação no capital dessas instituições.

30.1. Identificação das partes relacionadas

Accionistas:

Montepio Geral - Associação Mutualista

Membros do Conselho de Administração:

António Manuel Cardoso Belo (Presidente)

Armando Esteves

Joaquim de Campos Afonso

Maria de Lurdes Ferreira da Mata Soares Póvoas

Pedro Ribeiro e Silva

Vítor Manuel Silva Reis

Membros da Comissão Executiva:

António Manuel Cardoso Belo (Presidente)

Joaquim de Campos Afonso

Vítor Manuel Silva Reis

30.2. Âmbitos das transacções com partes relacionadas

Montepio Geral - Associação Mutualista

Não foram registadas operações com esta instituição.

Caixa Económica Montepio Geral

107

As transacções comerciais entre a Caixa Económica Montepio Geral e a

Finibanco Vida tiveram a seguinte natureza:

1. Prestação de serviços bancários diversos

2. Custódia de títulos

3. Contratação de seguros de vida grupo

Finicrédito, S.A. (a designação social foi alterada para Montepio Crédito em Janeiro de

2013)

Foram celebrados diversos contratos de seguros de vida risco subjacentes a

operações de crédito ao consumo celebrados por esta instituição.

Finisegur, S.A. (a designação social foi alterada para Montepio Mediação em Janeiro

de 2013)

As operações realizadas com esta entidade foram todas no âmbito da

actividade de mediação de seguros.

Finivalor S.A.

Contratação de seguros de vida grupo

Montepio Gestão de Activos, S.A.

Operações de prestação de serviços enquadradas nos termos do contrato de

gestão da carteira dos investimentos afectos ao unit link comercializado pela

Finibanco Vida.

Membros do conselho de administração

As transacções com membros do Conselho de Administração estão apenas

relacionadas com a celebração de contratos de seguros de vida

comercializados pela Finibanco Vida.

As operações com empresas do Grupo onde a Finibanco Vida está inserida e com os

Membros do seu Conselho de Administração apresentam-se nos seguintes quadros:

108

Exercício de 2012 (valores em Euros)

Rubricas Empresas do

grupo

Membros do Conselho de

Administração Total

Activos

Depósitos 3.800.313 3.800.313

Outros 56.663 56.663

Passivo

Valores a Pagar 119.476 119.476

Passivos Financeiros/Prov. Técnicas 1.238.644 122.771 1.361.414

Rendimentos

Juros e rendimentos similares 66.083 66.083

Prémios brutos emitidos 484.367 484.367

Encargos

Juros, Comissões e Outros Serviços 578.600 578.600

Sinistros e variação de provisões técnicas 198.563

Remunerações processadas e estimadas 152.690 152.690

Extrapatrimoniais

Diversos

Pagamento de dividendos

Exercício de 2011 (valores em Euros)

Rubricas Empresas do

grupo

Membros do Conselho de

Administração Total

Activos

Depósitos 272.732 272.732

Outros 610.135 610.135

Passivo

Valores a Pagar 144.571 144.571

Passivos Financeiros/Prov. Técnicas 81.550 35.521 117.071

Rendimentos

Juros e rendimentos similares 6.358 6.358

Prémios brutos emitidos 173.981 173.981

Encargos

Juros, Comissões e Outros Serviços 271.321 271.321

Remunerações 148.104 148.104

Extrapatrimoniais

Diversos

Pagamento de dividendos

109

Salientam-se também os seguintes aspectos no que concerne a operações com partes

relacionadas:

A Finibanco Vida não tem qualquer participação no capital das instituições que

formam o Grupo de Empresas onde está inserida.

As transacções com partes relacionadas foram todas efectuadas a preços e

condições que reflectem o que é praticado no mercado para operações de

natureza análoga.

Durante os dois últimos exercícios não se registaram transacções com

empresas associadas ou inseridas no mesmo perímetro de consolidação da

seguradora, nem com os seus Órgãos Sociais, para além das evidenciadas

nestes anexos.

110

31. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

(valores em Euros) Fluxos de caixa de actividades operacionais 2012 2011

Resultado do exercício 2.569.547 353.102

Depreciações e amortizações do exercício 74.120 109.990

Variação das provisões técnicas relativas a contratos de seguro -7.844.921 -4.264.253

Variação dos passivos decorrentes de contratos de investimento -418.826 -2.654.989

Variação de outras provisões não técnicas

Variação das provisões técnicas de resseguro cedido -19.598 -156.782

Variação das responsabilidades por benefícios pós emprego -197.002 10.821

Variação nos activos afectos a benefícios pós-emprego 160.898 -40.781

Variação nos impostos diferidos 243.556 90.632

Variação dos activos e passivos financeiros detidos para negociação 273.079 2.925.225

Variação dos activos financeiros disponíveis para venda 7.708.199 18.389.642

Variação dos activos financeiros a deter até à maturidade -467.790 -25.611.086

Variação de empréstimos e contas a receber -3.315.994

Imparidades em activos financeiros -2.654.843 2.677.659

Devedores e operações de seguro directo, de resseguro e outros -9.383 -149.570

Credores por operações de seguro directo, de resseguro e outros 150.421 -136.759

Variação nos impostos correntes 1.476.657 607.839

Imparidades e ajustamentos em outros activos líquidas de reversões e recuperações

98.614 39.748

Outros activos e passivos 2.352.962 44.295

Depósitos recebidos de resseguradores

Fluxos das actividades operacionais 179.694 -7.765.266

Fluxos de caixa de actividades investimento

Aumento em activos tangíveis -141 -308

Aumento em activos intangíveis -79.064

Fluxos das actividades de investimento -141 -79.373

Fluxos de caixa de actividades financiamento

Subscrição do capital social

Pagamento de juros

Dividendos pagos

Fluxos das actividades de financiamento 0 0

Variação líquida de caixa e equivalentes

Variação líquida em caixa e equivalentes 179.553 -7.844.638

Caixa e equivalentes no início do período 305.055 8.149.693

Caixa e equivalente no fim do período 484.609 305.055

111

32. COMPROMISSOS

Em 31 de Dezembro de 2012, os principais compromissos contratuais da companhia

em termos de locação, dizem respeito a contratos de locação operacional e

arrendamento de instalações, cujas responsabilidades se passam a descriminar:

Os custos com arrendamento de instalações próprias ascenderam a 50.376

Euros;

Contratos de locação operacional de viaturas que, em termos de alugueres

anuais representaram um custo de 8.182 Euros;

Contratos de locação operacional de outros equipamentos 684 Euros.

33. PASSIVOS CONTINGENTES

Para além das provisões técnicas e contabilísticas constituídas e determinadas nos

termos da legislação aplicável, a Companhia não reconheceu qualquer obrigação

decorrente de acontecimentos passados que possam originar ocorrências futuras, de

carácter incerto e que não dependam do controlo efectivo da empresa, por não existir,

à data de encerramento das suas demonstrações financeiras, qualquer circunstância

dessa natureza passível de gerar um ex-fluxo futuro para a mesma.

34. CONCENTRAÇÕES DE ACTIVIDADES EMPRESARIAIS

A companhia não registou qualquer movimento enquadrável no âmbito de

concentrações de actividades empresariais.

35. ELEMENTOS EXTRA PATRIMONIAIS

A companhia não assumiu qualquer responsabilidade por garantias prestadas ou

oferecidas a terceiros nem tem compromissos financeiros que não estejam reflectidos

nas suas demonstrações financeiras.

36. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO

Na sequência da aquisição por parte do Montepio Geral – Associação Mutualista dos

50% do Capital Social da Finibanco Vida que estavam na posse da Mapfre Seguros

Gerais, S.A., os membros do Conselho de Administração da Companhia abaixo

identificados apresentaram renúncia dos seus respectivos cargos:

112

António Manuel Cardoso Belo (Presidente)

Maria de Lurdes Ferreira da Mata Soares Póvoas (vogal)

Pedro Ribeiro e Silva (vogal)

Vítor Manuel Silva Reis (vogal)

Em Assembleia Geral realizada no dia 26 de Dezembro de 2012 na sede da

Companhia, foram nomeados, com efeitos a 01 de Janeiro de 2013, dois novos

administradores, incluindo o seu presidente. Assim, desde o primeiro dia do ano 2013,

o Conselho de Administração da Finibanco Vida passou a ter a seguinte composição:

Fernando Dias Nogueira (Presidente)

Armando Esteves (Vogal)

Joaquim de Campos Afonso (Vogal)

Maria Manuela Traquina Rodrigues (Vogal)

37. OUTRAS INFORMAÇÕES

37.1. Solvência

As seguradoras, no cumprimento da legislação vigente, devem ter uma margem de

solvência e um fundo de garantia que representam valores mínimos estabelecidos. Em

31 de Dezembro de 2012, a Companhia mantinha a margem de solvência e o fundo de

garantia acima dos mínimos exigidos legalmente.

(valores em Euros)

RUBRICAS 2012 2011

Capital 7.500.000 7.500.000

Reservas 1.787.857 -714.815

Resultados transitados -124.098 -124.098

Resultados do exercício 2.569.547 353.102

Valor dos dividendos a pagar -1.125.000

Total 10.608.307 7.014.189

Outros ajustamentos -30.706 -69.246

Margem de solvência disponível 10.577.600 6.944.943

Margem de solvência a constituir 3.700.000 3.898.613

Taxa de cobertura da margem de solvência 286% 178%

113

37.2. Débitos à Segurança Social

Nos termos do nº2 do Art.º 21 do Dec. Lei nº411/91 de 17 de Outubro informa-se que,

em 31 de Dezembro de 2012, a Finibanco Vida não tinha qualquer débito vencido com

Segurança Social.

37.3. Normas e interpretações aplicáveis ao exercício de 2012

37.3.1. Novas normas e interpretações já emitidas mas que ainda não são

obrigatórias

As normas e interpretações recentemente emitidas pelo IASB, relevantes para a

Companhia, cuja aplicação é obrigatória apenas em períodos com início após 1 de

Janeiro de 2012 e que a empresa/grupo não adoptou antecipadamente são as

seguintes:

Já endossadas pela UE:

IAS 1 Apresentação de demonstrações financeiras (Emenda)

A emenda à IAS 1 altera a agregação de itens apresentados na Demonstração do

Rendimento Integral. Itens susceptíveis de serem reclassificados (ou “reciclados”) para

lucros ou perdas no futuro (por exemplo na data de desreconhecimento ou liquidação)

devem ser apresentados separados dos itens que não são susceptíveis de serem

reclassificados para lucros ou perdas (por exemplo, reservas de reavaliação previstas

na IAS 16 e IAS 38).

Esta emenda não altera a natureza dos itens que devem ser reconhecidos na

Demonstração de Rendimento Integral, nem se os mesmos devem ou não ser

susceptíveis de serem reclassificados em lucros ou perdas no futuro.

As alterações à IAS 1 serão aplicáveis para os exercícios iniciados após 30 de Junho

de 2012, podendo ser antecipada desde que devidamente divulgada. A aplicação é

retrospectiva.

Da aplicação desta alteração à Norma não são esperados impactos nas

demonstrações financeiras da Companhia.

IAS 19 Benefícios dos empregados (Revista)

A IAS 19 Benefícios de empregados (Revista), sendo as principais alterações as

seguintes:

114

A eliminação da opção de diferir o reconhecimento dos ganhos e perdas

actuariais, conhecida pelo “método do corredor”; Ganhos e Perdas actuariais

são reconhecidos na Demonstração do Rendimento Integral quando os

mesmos ocorrem. Os valores reconhecidos nos lucros ou prejuízos são

limitados: ao custo corrente e de serviços passados (que inclui os ganhos e

perdas nos cortes), ganhos e perdas na liquidação e custos (proveitos)

relativos a juros líquidos. Todas as restantes alterações no valor líquido do

activo (passivo) decorrente do plano de benefício definido devem ser

reconhecidas na Demonstração do Rendimento Integral, sem subsequente

reclassificação para lucros ou perdas.

Os objectivos para as divulgações relativos a planos de benefício definido são

explicitamente referidos na revisão da norma, bem como novas divulgações ou

divulgações revistas. Nestas novas divulgações inclui-se informação

quantitativa relativamente a análises de sensibilidade à responsabilidade dos

benefícios definidos a possíveis alterações em cada um dos principais

pressupostos actuariais.

Benefícios de cessação de emprego deverão ser reconhecidos no momento

imediatamente anterior: (i) a que compromisso na sua atribuição não possa ser

retirado e (ii) a provisão por reestruturação seja constituída de acordo com a

IAS 37.

A distinção entre benefícios de curto e longo prazo será baseado na

tempestividade da liquidação do benefício independentemente do direito ao

benefício do empregado já ter sido conferido.

As alterações à IAS 19 serão aplicáveis para os exercícios iniciados em ou após 1 de

Janeiro de 2013, podendo ser antecipada desde que devidamente divulgada. A

aplicação é retrospectiva.

Da aplicação desta alteração à Norma não são esperados impactos nas

demonstrações financeiras da Companhia.

IFRS 7 (Emenda) Compensação de activos financeiros e passivos financeiros

Esta emenda requer que as entidades divulguem informação sobre direitos de

compensação e acordos relacionados (por exemplo Garantias colaterais). Estas

divulgações providenciam informações que são úteis na avaliação do efeito líquido que

esses acordos possam ter na Demonstração da Posição Financeira de cada entidade.

115

As novas divulgações são obrigatórias para todos os instrumentos financeiros que

possam ser compensados tal como previsto pela IAS 32 Instrumentos Financeiros:

Apresentação. As novas divulgações também se aplicam a instrumentos financeiros

que estão sujeitos a acordos principais de compensação ou outros acordos similares

independentemente de os mesmos serem compensados de acordo com o previsto na

IAS 32.

As alterações à IFRS 1 serão aplicáveis para os exercícios iniciados em ou após 1 de

Janeiro de 2013. A emenda à IFRS 7 deverá ser aplicável retrospectivamente de

acordo com a IAS 8. Contudo se a entidade decidir aplicar antecipadamente a IAS 32

Compensação de activos financeiros e passivos financeiros deve aplicar

conjuntamente as divulgações previstas na IFRS 7.

Da aplicação desta alteração à Norma não são esperados impactos nas

demonstrações financeiras da Companhia.

IFRS 13 Mensuração do justo valor

A IFRS 13 estabelece uma fonte única de orientação para a mensuração do justo valor

de acordo com as IFRS. A IFRS 13 não indica quando uma entidade deverá utilizar o

justo valor, mas estabelece uma orientação de como o justo valor deve ser mensurado

sempre que o mesmo é permitido ou requerido.

O justo valor é definido como o “preço que seria recebido para vender um activo ou

pago para transferir um passivo numa transacção entre duas partes a actuar no

mercado na data de mensuração”.

Esta norma é aplicável para exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013, a

aplicação antecipada permitida desde que divulgada. A aplicação é prospectiva.

Da aplicação desta Norma não são esperados impactos nas demonstrações

financeiras da Companhia.

IAS 12 Impostos sobre o rendimento

A emenda à IAS 12 clarifica que a determinação de imposto diferido relativo a

propriedades de investimento mensuradas ao justo valor, ao abrigo da IAS 40, deverá

ser calculada tendo em conta a sua recuperação através da sua alienação no futuro.

Esta presunção pode ser no entanto rebatível caso a entidade tenha um plano de

negócios que demonstre que a recuperação desse imposto será efectuada através do

uso das propriedades de investimento.

116

Adicionalmente, a emenda refere ainda que os impostos diferidos reconhecidos por

activos fixos tangíveis não depreciáveis que sejam mensurados de acordo com o

modelo de revalorização devem ser calculados no pressuposto de que a sua

recuperação será efectuada através da venda destes activos.

As alterações à IAS 12 serão aplicáveis para os exercícios iniciados em ou após 1 de

Janeiro de 2012, podendo ser antecipada desde que devidamente divulgada. A

aplicação é retrospectiva.

Da aplicação desta alteração à Norma não são esperados impactos nas

demonstrações financeiras da Companhia.

IAS 32 Instrumentos financeiros (Compensação de activos financeiros e

passivos financeiros)

A emenda clarifica o significado de “direito legal correntemente executável de

compensar” e a aplicação da IAS 32 aos critérios de compensação de sistemas de

compensação (tais como sistemas centralizados de liquidação e compensação) os

quais aplicam mecanismos de liquidação brutos que não são simultâneos.

O parágrafo 42 a) da IAS 32 requer que “um activo financeiro e um passivo financeiro

devem ser compensados e a quantia líquida apresentada no balanço quando, e

apenas quando, uma entidade tiver actualmente um direito de cumprimento obrigatório

para compensar as quantias reconhecidas”. Esta emenda clarifica que os direitos de

compensar não só têm de ser legalmente correntemente executáveis no decurso da

actividade normal mas também têm de ser executáveis no caso de um evento de

incumprimento e no caso de falência ou insolvência de todas as contrapartes do

contrato, incluindo da entidade que reporta. A emenda também clarifica que os direitos

de compensação não devem estar contingentes de eventos futuros.

O critério definido na IAS 32 para a compensação de instrumentos financeiros requer

que a entidade de reporte pretenda, ou liquidar numa base líquida, ou realizar o activo

e liquidar simultaneamente o passivo. A emenda clarifica que só os mecanismos de

liquidação pelo valor bruto que eliminam ou resultam em riscos de crédito e liquidez

insignificantes em que o processo de contas a receber e a pagar é um único processo

de liquidação ou ciclo podem ser, de facto, equivalentes a uma liquidação pelo valor

líquido, cumprindo com efeito o critério de liquidação líquido previsto na norma.

Esta norma é aplicável para exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2014. A

emenda à IFRS 7 deverá ser aplicável retrospectivamente de acordo com a IAS 8. A

117

aplicação antecipada é permitida devendo divulgar este facto e cumprir com as

divulgações previstas pela IFRS 7 Divulgações (Emenda) - Compensação de activos

financeiros e passivos financeiros.

Da aplicação desta alteração à Norma não são esperados impactos nas

demonstrações financeiras da Companhia.

Ainda não endossadas pela UE:

IFRS 9 Instrumentos financeiros (Introduz novos requisitos de classificação e

mensuração de activos e passivos financeiros)

A primeira fase da IFRS 9 Instrumentos financeiros aborda a classificação e

mensuração dos activos e passivos financeiros. O IASB continua a trabalhar e a

discutir os temas de imparidade e contabilidade de cobertura com vista à revisão e

substituição integral da IAS 39. A IFRS 9 aplica-se a todos os instrumentos financeiros

que estão no âmbito de aplicação da IAS 39.

As principais alterações são as seguintes:

Activos Financeiros:

Todos os activos financeiros são mensurados no reconhecimento inicial ao justo valor.

Os instrumentos de dívida podem ser mensurados ao custo amortizado

subsequentemente se:

A opção pelo justo valor não for exercida.

O objectivo da detenção do activo, de acordo com o modelo de negócio, é

receber os cash-flows contratualizados. E

Nos termos contratados os activos financeiros irão gerar, em datas

determinadas, cash-flows que se consubstanciam somente no pagamento de

reembolso de capital e juros relativos ao capital em dívida.

Os restantes instrumentos de dívida são mensurados subsequentemente ao justo

valor.

Todos os investimentos financeiros de capital próprio são mensurados ao justo valor

através da Demonstração de Rendimento Integral ou através de proveitos e perdas.

Cada um dos instrumentos financeiros de capital próprio deve ser mensurado ao justo

valor através de i) na Demonstração de Rendimento integral ou (ii) Proveitos e perdas

(os instrumentos financeiros de capital próprio detidos para negociação devem ser

118

mensurados ao justo valor com as respectivas variações sempre reconhecidas através

de proveitos e perdas).

Passivos Financeiros:

As diferenças no justo valor de passivos financeiros ao pelo justo valor através dos

lucros ou prejuízos que resultem de alterações no risco de crédito da entidade devem

ser apresentadas na Demonstração de rendimento integral. Todas as restantes

alterações devem ser registadas nos lucros e perdas excepto se a apresentação das

diferenças no justo valor resultantes do risco de crédito do passivo financeiro fossem

susceptíveis de criar ou aumentar uma descompensação significativa nos resultados

do período.

Todas as restantes regras de classificação e mensuramento relativamente a passivos

financeiros existentes na IAS 39 permanecem inalteradas na IFRS 9 incluindo as

regras da separação de derivados embutidos e o critério para ser reconhecidos ao

justo valor por proveitos e perdas.

Esta norma é aplicável para exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2015. A

aplicação antecipada é permitida desde que devidamente divulgada. A aplicação das

disposições relativas aos passivos financeiros pode ser também antecipada desde que

em simultâneo com as disposições relativas aos activos financeiros.

Da aplicação desta norma são esperados impactos nas demonstrações financeiras da

Companhia que ainda não foram quantificados.

Melhorias anuais relativas ao ciclo 2009-2011

IAS 1 (Emenda) Apresentação de demonstrações financeiras

Clarifica a diferença entre informação comparativa adicional e informação mínima

comparativa. Geralmente, a informação comparativa mínima requerida corresponde ao

período comparativo anterior.

Uma entidade deve incluir informação comparativa nas notas às demonstrações

financeiras quando voluntariamente divulga informação para além da informação

mínima requerida. A informação adicional relativa ao período comparativo não

necessita de conter um conjunto completo de demonstrações financeiras.

Adicionalmente, o balanço de abertura do da posição financeira (terceiro balanço)

deve ser apresentado nas seguintes circunstâncias: i) quando uma entidade aplica

uma política contabilística retrospectivamente ou elabora uma reexpressão

119

retrospectiva de itens nas suas demonstrações financeiras;ou ii) quando reclassifica

itens nas suas demonstrações financeiras e estas alterações são materialmente

relevantes para a demonstração da posição financeira. O balanço de abertura deverá

ser o balanço de abertura do periodo comparativo. Todavia, ao contrário da

informação comparativa voluntária, não são requeridas notas para sustentar a terceira

demonstração da posição financeira.

IAS 16 Activos fixos tangíveis

Clarifica que sobressalentes e equipamentos de serviço que cumprem com a definição

de activos fixos tangíveis devem ser classificados como tal e não são inventários.

IAS 32 Instrumentos financeiros

Clarifica que o imposto sobre o rendimento que resultem de distribuições a accionistas

deve ser contabilizado de acordo com a IAS 12 Impostos sobre o rendimento.

IAS 34 Relato financeiro intercalar

Clarifica que os requisitos da IAS 34 relativamente à informação por segmentos para o

total de activos e passivos para cada segmento reportável, de forma a melhorar a

consistência com a IFRS 8 Relato por segmentos.

De acordo com esta emenda, o total de activos e passivos para cada um dos

segmentos reportáveis só necessitam de ser divulgados quando os mesmos são

regularmente providenciados aos gerentes de segmento.

As melhorias às IFRS são aplicáveis para os exercícios iniciados em ou após 1 de

Janeiro de 2013, podem ser aplicadas antecipadamente desde que devidamente

divulgadas. A aplicação é retrospectiva.

Da aplicação destas melhorias às Normas não são esperados impactos nas

demonstrações financeiras da Companhia.

120

Anexo 1

Inventário de títulos em 31 de Dezembro de 2012

Identificação dos títulos Quantidade

Montante do valor

nominal

% do valor

nominal

Preço médio de aquisição

Valor total de aquisição

Valor de balanço (Euros)

Código Designação Unitário Total

1-TÍTULOS DE EMPRESAS DO GRUPO E ASSOCIADAS

1.1-Nacionais

1.1.1-Partes de Capital em empresas do grupo

Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00

1.1.2-Obrigações de empresas do grupo

Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00

1.1.3-Outros títulos de empresas do grupo

Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00

1.1.4-Partes de Capital em empresas associadas

Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00

1.1.5-Obrigações de empresas associadas

Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00

1.1.6-Outros títulos em empresas associadas

Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00

Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00

1.2-Estrangeiras

1.2.1-Partes de Capital em empresas do grupo

Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00

1.2.2-Obrigações de empresas do grupo

Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00

1.2.3-Outros títulos de empresas do grupo

Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00

1.2.4-Partes de Capital em empresas associadas

Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00

1.2.5-Obrigações de empresas associadas

Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00

121

Identificação dos títulos Quantidade

Montante do valor

nominal

% do valor

nominal

Preço médio de aquisição

Valor total de aquisição

Unitário

Valor de balanço (Euros)

Designação Designação Unitário Total

1.2.6-Outros títulos em empresas associadas

Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00

Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00

Total 0,00 0,00 0,00 0,00

2-OUTROS TÍTULOS

2.1-Nacionais

2.1.1-Títulos de rendimento fixo

2.1.1.1-De dívida pública

PTOTEMOE0027 BO. REP. PORTUGAL 4,75% 06/19 1.480.000,00 93,46% 1.383.221,53 92,79% 1.373.262,10

PTOTE3OE0017 BO. REP. PORTUGAL 3,35% 10/15 5.750.000,00 98,49% 5.663.030,00 94,83% 5.452.719,48

PTOTE6OE0006 BO. REP. PORTUGAL 4,2% 10/16 2.000.000,00 92,55% 1.851.000,00 94,96% 1.899.165,00

PTOTEAOE0021 BO. REP. PORTUGAL 4,95% 10/23 2.400.000,00 89,85% 2.156.376,00 86,84% 2.084.208,08

PTOTEGOE0009 BO. REP. PORTUGAL 5,45% 09/13 400.000,00 102,11% 408.432,00 101,98% 407.923,16

PTOTELOE0010 BO. REP. PORTUGAL 4,35% 10/17 2.400.000,00 95,91% 2.301.792,00 93,30% 2.239.192,41

PTOTENOE0018 BO. REP. PORTUGAL 4,45% 06/18 7.725.000,00 92,29% 7.129.376,99 92,36% 7.134.493,40

PTOTEOOE0017 BO. REP. PORTUGAL 3,6% 10/14 4.900.000,00 96,72% 4.739.169,50 97,87% 4.795.544,17

PTOTEYOE0007 BO. REP. PORTUGAL 3,85% 04/21 650.000,00 90,53% 588.415,00 85,31% 554.532,86

PTOTENOE0018 PGB 4.45% 15-06-2018 500.000,00 98,07% 490.345,00 95,84% 479.191,78

Sub-total 0,00 28.205.000,00 26.711.158,02 26.420.232,42

2.1.1.2-De outros emissores públicos

Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00

2.1.1.3-De outros emissores

PTBLMGOM0002 EUROB. BANCO ESP.SANTO 5,625% 06/14 3.000.000,00 91,26% 2.737.920,00 104,79% 3.143.642,44

PTCG2YOE0001 CXGD 4.25% 27/01/20 300.000,00 89,75% 269.253,00 97,40% 292.209,26

PTFNI1OM0011 BONO FINIBANCO SA 7% 02/49 1.000.000,00 100,00% 1.000.000,00 52,11% 521.145,16

Sub-total 0,00 4.300.000,00 4.007.173,00 3.956.996,86

Sub-total 0,00 32.505.000,00 30.718.331,02 30.377.229,28

2.1.2-Títulos de rendimento variável

2.1.2.1-Acções

Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00

2.1.2.2-Títulos de Participação

Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00

122

Identificação dos títulos Quantidade

Montante do valor

nominal

% do valor

nominal

Preço médio de aquisição

Valor total de aquisição

Valor de balanço (Euros)

Código Designação Unitário Total

2.1.2.3-Unidades participação em fundos de investimento

PTYHGGLM0080 FINIPREDIAL 158.036,00 8,67979 1.371.718,70 9,58710 1.515.106,92

Sub-total 158.036,00 0,00 1.371.718,70 1.515.106,92

2.1.2.4-Outros

Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00

Sub-total 158.036,00 0,00 1.371.718,70 1.515.106,92

Total 158.036,00 32.505.000,00 32.090.049,72 31.892.336,20

2.2-Estrangeiros

2.2.1-Títulos de rendimento fixo

2.2.1.1-De dívida pública

IE00B2QTFG59 BO. GOBIERNO DE IRLANDA 4,4% 06/19 3.200.000,00 98,33% 3.146.698,00 103,56% 3.313.954,93

EU000A1AJM31 EUROB. EUROPEAN COMUNITY 3,625% 04/16 750.000,00 101,07% 758.000,00 113,63% 852.235,21

ES00000123B9 OB. EST. SEG 5,50% 04/21 1.650.000,00 98,88% 1.631.582,63 106,11% 1.750.871,37

ES0L01304192 LETRAS DEL TESORO 19/04/2013 2.500.000,00 93,28% 2.332.023,70 99,61% 2.490.229,10

NL0009819671 BO. REINO DE HOLANDA 2,5% 01/17 250.000,00 99,30% 248.250,00 111,11% 277.773,47

XS0589735561 EUROB. ICO 4,375% 03/14 1.250.000,00 99,68% 1.245.950,00 105,23% 1.315.318,63

XS0599993622 EUROB. ICO 6% 03/21 1.240.000,00 99,67% 1.235.883,20 108,18% 1.341.393,28

ES00000121A5 OB. EST. SEG. 4,10% 07/18 2.250.000,00 97,45% 2.192.610,00 100,77% 2.267.268,02

ES00000121G2 BO. EST. SEG. 4,8% 01/24 400.000,00 97,36% 389.456,00 99,11% 396.420,79

ES00000122E5 OB. EST. SEG. 4,65% 07/25 100.000,00 94,09% 94.090,00 93,42% 93.415,96

ES00000123C7 OB. EST. SEG. 5,9% 07/26 230.000,00 96,17% 221.191,00 104,97% 241.429,21

ES00000123L8 BO. EST. SEG. 4% 07/15 3.500.000,00 104,11% 3.643.850,00 103,82% 3.633.708,98

ES0000012932 OB. EST. SEG. 4,20% 01/37 700.000,00 82,18% 575.260,00 83,25% 582.725,78

ES0L01404166 LETRAS DEL TESORO 16/04/2014 1.700.000,00 96,42% 1.639.174,00 97,01% 1.649.105,01

FR0000187361 BO. REP. FRANCIA 5% 10/16 277.000,00 114,51% 317.187,16 118,31% 327.722,13

IT0004867070 BO. REP. ITALIA 3,5% 11/17 5.300.000,00 100,05% 5.302.544,00 101,71% 5.390.862,07

XS0083595636 EIB 5.5% 15/02/18 100.000,00 119,25% 119.250,00 128,29% 128.287,77

FR0010670737 FRTR 4.25% 25/10/18 200.000,00 110,73% 221.450,00 119,30% 238.593,56

Sub-total 0,00 25.597.000,00 25.314.449,69 26.291.315,27

2.2.1.2-De outros emissores públicos

Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00

123

Identificação dos títulos Quantidade

Montante do valor

nominal

% do valor

nominal

Preço médio de aquisição

Valor total de aquisição

Valor de balanço (Euros)

Código Designação Unitário Total

2.2.1.3-De outros emissores

XS0299284876 EUROB. MAGNOLIA FUNDING FRN 06/17 1.000.000,00 100,00% 1.000.000,00 77,71% 777.139,49

XS0177601811 BO. ZURICH FINANCE INC 750.000,00 85,84% 643.762,50 104,72% 785.381,87

XS0412154378 EUROB. BASF FINANCE EUROP NV 5,125% 0615 150.000,00 104,15% 156.222,00 114,30% 171.450,40

XS0432069747 EUROB. PFIZER INC 3,625% 06/13 150.000,00 99,58% 149.364,00 103,53% 155.288,32

XS0435879605 EUROB. EDP FINANCE BV 4,75% 09/16 330.000,00 93,19% 307.521,50 105,02% 346.567,45

FR0010749598 EURO. CREDIT MUTUEL ARKEA 5,375% 04/14 250.000,00 100,43% 251.075,00 109,73% 274.321,07

XS0498717163 EUROB. SOCIETE GENERALE 3% 03/15 750.000,00 99,65% 747.397,50 106,70% 800.234,89

FR0010778928 EUROB. GEN.ELEC. SCF 3,75% 07/14 500.000,00 99,59% 497.965,00 106,74% 533.706,93

XS0441800579 EUROB. GE CAP EUR FUNDING 4,75% 07/14 300.000,00 102,76% 308.286,00 108,33% 324.986,74

XS0500187843 EUROB. INTESA SANPAOLO SPA 4,125% 04/20 350.000,00 99,13% 346.941,00 104,59% 366.062,57

ES0413211337 CED. HIP. BBVA 3% 10/14 250.000,00 99,91% 249.782,50 101,49% 253.723,07

ES0415309006 CED. HIP. KUTXA 11/14 800.000,00 99,84% 798.680,00 102,45% 819.590,38

XS0455928555 EUROB. NOMURA BANK INT. PLC 4% 10/14 750.000,00 99,00% 742.500,00 103,24% 774.315,61

FR0010814319 EUROB. CIF EUROMORTGAGE 3,75% 10/19 250.000,00 99,22% 248.057,50 111,32% 278.303,27

XS0457145430 EUROB. DEUTSCHE BAHN 3,625% 10/17 100.000,00 99,47% 99.468,00 113,32% 113.324,39

XS0270148793 EUROB. CITIGROUP INC 3,95% 10/13 1.400.000,00 96,07% 1.344.910,00 103,30% 1.446.189,97

XS0226062981 Citigroup 3.5%08/15 3.500.000,00 87,65% 3.067.750,00 96,46% 3.376.210,73

XS0381268068 CS 6,125% 05/08/2013 2.000.000,00 98,02% 1.960.440,00 102,18% 2.043.551,48

XS0301945860 EUROB. SHELL INTL FIN 4,6258% 05/17 200.000,00 112,55% 225.100,00 119,29% 238.589,70

XS0531257193 EUROB. SANTANDER INTL DEBT SA 08/14 400.000,00 94,90% 379.600,00 102,69% 410.757,64

XS0627188468 EUROB. GAS NATURAL CAP 5,375% 05/19 100.000,00 99,46% 99.460,00 114,87% 114.870,96

XS0831842645 EUROB. EDP FINANCE BV 5,75% 09/17 1.320.000,00 99,93% 1.319.010,00 109,17% 1.441.034,76

XS0731679907 EUROB. VOLKSWAGEN INT FIN 2,125% 01/15 440.000,00 100,07% 440.308,00 104,80% 461.117,57

XS0215823369 EUROB. BANK OF AMERICA 4% 03/15 1.100.000,00 95,74% 1.053.140,00 109,57% 1.205.228,10

FR0011318658 EUROB.ELECTRICITE DE FRANCE 2,75% 03/23 100.000,00 99,26% 99.261,00 102,77% 102.769,84

XS0366102555 MS 6.1/2 12/28/18 300.000,00 105,50% 316.509,00 120,29% 360.876,70

XS0365094811 FRTEL 5.625% 22/5/18 200.000,00 115,11% 230.228,00 124,07% 248.130,11

XS0361975443 GS 6.375% 02/05/18 250.000,00 107,24% 268.107,50 125,04% 312.591,61

XS0342783692 EDF 5 05/02/18 200.000,00 110,50% 221.000,00 122,59% 245.187,72

XS0302816672 CARGIL 4.875 29/5/17 100.000,00 108,68% 108.684,00 119,41% 119.406,29

124

Identificação dos títulos Quantidade

Montante do valor

nominal

% do valor

nominal

Preço médio de aquisição

Valor total de aquisição

Valor de balanço (Euros)

Código Designação Unitário Total

XS0168881760 VW 5.375% 22/05/18 100.000,00 112,08% 112.080,00 124,19% 124.187,63

Sub-total 0,00 18.390.000,00 17.792.610,00 19.025.097,26

Sub-total 0,00 43.987.000,00 43.107.059,69 45.316.412,53

2.2.2-Títulos de rendimento variável

2.2.2.1-Acções

ES0111845014 ABERTIS INFRAESTRUCTURAS S.A. 1.292,00 12,23770 15.811,11 12,42000 16.046,64

DE0007037129 RWE AG 1.885,00 38,34510 72.280,52 31,24000 58.887,40

ES0113211835 BANCO BILBAO VIZCAYA ARGENTARI 11.019,00 6,92921 76.352,99 6,96000 76.692,24

ES0113900J37 BANCO SANTANDER SA 17.283,00 6,43338 111.188,09 6,10000 105.426,30

ES0130960018 ENAGAS 1.057,00 14,44595 15.269,37 16,14000 17.059,98

ES0144580Y14 IBERDROLA S.A. 14.799,00 4,94295 73.150,70 4,19500 62.081,80

FR0000120271 TOTAL SA 1.739,00 42,14581 73.291,57 39,01000 67.838,39

ES0173093115 RED ELECTRICA DE ESPAÑA S.A. 5.708,00 36,86015 210.397,74 37,30000 212.908,40

FR0000127771 VIVENDI UNIVERSAL 2.710,00 18,80542 50.962,68 16,95000 45.934,50

IT0003128367 ENEL-SOCIETA PER AZIONI 25.821,00 3,32036 85.735,14 3,13800 81.026,29

ES0167050915 ACS ACTIVIDADES DE CONST. Y SE 6.842,00 21,81993 149.291,94 19,04000 130.271,68

Sub-total 90.155,00 0,00 933.731,85 874.173,62

2.2.2.2-Títulos de Participação

Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00

2.2.2.3-Unidades participação fundos de investimento

ES0138902038 FONDMAPFRE CORTO PLAZO F.I. 3.069,19 1494,31275 4.586.329,76 1.498,55427 4.599.347,77

Sub-total 3.069,19 0,00 4.586.329,76 4.599.347,77

2.2.2.4-Outros

Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00

Sub-total 93.224,19 0,00 5.520.061,61 5.473.521,39

Total 93.224,19 43.987.000,00 48.627.121,30 50.789.933,92

Total Geral 251.260,19 76.492.000,00 80.717.171,02 82.682.270,13

125

Anexo 2

Desenvolvimento da provisão para sinistros relativa a sinistros ocorridos em

exercícios anteriores e dos seus reajustamentos (correcções)

Exercício de 2012:

(valores em Euros)

RAMOS/GRUPOS DE RAMOS

Provisões para sinistros em 31/12/2011

Custos com sinistros*

montantes pagos no exercício

Provisões para

sinistros* em

31/12/2012

Reajustamentos

(1) (2) (3) (3)+(2)-(1)

VIDA 1.337.914 793.834 313.810 -230.270

NÃO VIDA 0

Acidentes e doença 0

Incêndio e outros danos 0

Automóvel 0

-Responsabilidade Civil 0

-Outras coberturas 0

Marítimo aéreo e transportes

0

Responsabilidade civil geral

0

Crédito e caução 0

Protecção jurídica 0

Assistência 0

Diversos 0

Sub-total 0 0 0 0

Total geral 1.337.914 793.834 313.810 -230.270

Nota:

* Sinistros ocorridos no ano N-1 e anteriores

126

Exercício de 2011:

(valores em Euros)

RAMOS/GRUPOS DE RAMOS

Provisões para sinistros em 31/12/2010

Custos com sinistros*

montantes pagos no exercício

Provisões para

sinistros* em 31/12/2011

Reajustamentos

(1) (2) (3) (3)+(2)-(1)

VIDA 788.891 256.750 247.372 -284.769

NÃO VIDA 0

Acidentes e doença 0

Incêndio e outros danos 0

Automóvel 0

-Responsabilidade Civil 0

-Outras coberturas 0

Marítimo aéreo e transportes 0

Responsabilidade civil geral 0

Crédito e caução 0

Protecção jurídica 0

Assistência 0

Diversos 0

Sub-total 0 0 0 0

Total geral 788.891 256.750 277.372 -254.769

Nota:

* Sinistros ocorridos no ano N-1 e anteriores

127

Anexo 3

Outros activos tangíveis e intangíveis

RUBRICAS

Saldo Inicial Aumentos Transferências

e abates Alienações

Amortizações do Exercício Saldo Final

(valor líquido) Valor Bruto

Amortizações Aquisições Reavaliações Reforço Regularizações

OUTROS ACTIVOS INTANGÍVEIS 0

Despesas de constituição e instalação 585.398 585.398 0

Despesas de investigação e desenvolvimento

0

Sistemas informáticos 303.687 218.868 54.113 30.706

Activos intangíveis em curso 0

Outros activos intangíveis 0

Sub-total 889.085 804.266 0 0 0 0 54.113 0 30.706

OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

Equipamento administrativo 17.041 9.060 2.130 5.851

Equipamento informático e electrónico 41.879 38.578 141 1.926 1.516

Instalações interiores 158.812 83.434 15.854 59.523

Material de transporte 0 0

Outro equipamento 1.018 544 97 377

Activos tangíveis em curso 0

Sub-total 218.750 131.617 141 0 0 0 20.007 0 67.267

Total 1.107.835 935.883 141 0 0 0 74.120 0 97.973