relatório do conselho de administração 2014 - Secil Group · resiliência da Secil e o conjunto...

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2014

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relatório do conselho de administração 2014

RelatóRio do conselho de administRação 2014_secil 3

Igreja da Santíssima Trindade,Fátima

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índice

Viaduto de Vila Pouca de Aguiar

Órgãos sociais 06

MensageM do Presidente 08

relatÓrio de gestão 101. secil: 20 anos no grupo seMaPa 122. o grupo secil em 2014 143. Principais acontecimentos do ano 2014 224. Portugal 245. tunísia 286. líbano 307. angola 328. cabo Verde 349. Perspectivas Futuras 3610. Proposta de aplicação de resultados 37

deMonstrações Financeiras consolidadas 381. Balanço consolidado 402. demonstração dos resultados consolidados 413. demonstração das alterações nos capitais Próprios consolidados 424. demonstração dos Fluxos de caixa consolidados 46

anexos 178

relatÓrio de sustentaBilidade 18401. este relatório 186 02. a secil 188 03. estratégia e gestão da sustentabilidade 192 04. auditoria externa ao cumprimento da carta de compromissos da Cement Sustainability Initiative (csi) 19305. sustentabilidade - Prioridades para o Futuro 194 06. a secil em números 212

relatÓrio de resPonsaBilidade social 216 01. o grupo secil e seus colaboradores 218 02. o grupo secil e a comunidade exterior 232

organigraMa 236

RelatóRio do conselho de administRação 2014_índice 5

índice

órgãos sociais

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Edifício Vodafone, Porto

órgãos sociais

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

PEDro MENDoNÇa DE QUEiroZ PErEiraPresidente do Conselho de Administração

goNÇaLo DE casTro saLaZar LEiTEPresidente da Comissão Executiva

carLos aLBErTo MEDEiros aBrEUVogal da Comissão Executiva

sÉrgio aLVEs MarTiNsVogal da Comissão Executiva

órgãos sociais

RelatóRio do conselho de administRação 2014_oRGão sociais 7

João LUÍs BarBosa PErEira DE VascoNcELosVogal da Comissão Executiva

FraNcisco JosÉ MELo E casTro gUEDEsVogal do Conselho de Administração

JosÉ MigUEL PErEira gENs ParEDEsVogal do Conselho de Administração

PaULo MigUEL garcÊs VENTUraVogal do Conselho de Administração

PedRo mendonça de QUeiRoZ PeReiRa

Gonçalo de castRo salaZaR leite

FRancisco JosÉ meloe castRo GUedes

caRlos albeRtomedeiRos abReU

JosÉ miGUel PeReiRaGens PaRedes

sÉRGio alves maRtins

PaUlo miGUelGaRcÊs ventURa

João lUís baRbosaPeReiRa de vasconcelos

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mensagem do presidente

Ponte 4 de Abril na Catumbela, Angola

RelatóRio do conselho de administRação 2014_mensaGem do PResidente 9

mensagem do presidente

Exigência, Esforço e Perseverança

> O ano de 2014 foi um exercício que nos colocou grandes desafios e de ele-vada exigência. Tal como já tínhamos antecipado, a envolvente macro-eco-nómica para a condução dos nossos negócios continuou pouco favorável na generalidade dos mercados.

Em consequência da profunda crise económica que Portugal atravessa desde 2010, o consumo de cimento retrocedeu para níveis comparáveis aos do início da década de 70, o que não pôde deixar de ter impacto nega-tivo nos últimos exercícios económicos da Secil em Portugal e, inerentemente, nos resultados globais alcançados. No entanto, o ano de 2014 caracterizou--se como um ano de abrandamento da crise nesta indústria.

A perseverança dos colaboradores, a resiliência da Secil e o conjunto de me-didas de gestão adoptadas permitiram começar a vencer as dificuldades e a dotar a empresa dos meios para en-frentar toda esta envolvente.

Durante o último exercício a Secil con-tinuou a reduzir custos fixos, conseguiu aumentar a sua produtividade e supe-rou o anterior máximo de exportação a partir de Portugal, atingindo o volume de 1,8 milhões de toneladas vendidas em 29 países de 3 continentes. Nas empresas de materiais da fileira do cimento, a empresa alinhou esforços, criando uma área de negócio mais uni-ficada e racionalizada.

As actividades internacionais da Secil obtiveram uma boa performance neste exercício. A actividade fabril na Tunísia

obteve um desempenho positivo, onde a Secil começou a operar num enqua-dramento de um mercado liberalizado, o que contribuiu positivamente para os resultados obtidos neste ano.

No Líbano foram sentidas dificuldades de contexto, tendo-se registado um de-sempenho inferior ao do ano transacto, apesar de se ter estabelecido um novo valor máximo de produção anual.

Para o ano de 2015, é um facto mar-cante para a Secil a conclusão da nova fábrica de cimento no Brasil, sendo expectável que a totalidade da capa-cidade de cimento instalada atinja os dois milhões de toneladas naquele país.

A Secil será assim um grupo mais diver-sificado internacionalmente, actuando em 5 países, cada um com o seu po-tencial e as suas condicionantes, que se procuram optimizar para maximizar os resultados globais da Empresa.

Os próximos tempos continuarão a ser difíceis e exigentes mas existe um mar de oportunidades para explorar numa viagem que permitirá chegar a destinos promissores.

A todos – clientes, colaboradores, for-necedores e demais – expresso reco-nhecimento pelo trabalho efectuado. Deposito esperança na prossecução das metas e objectivos definidos, que terão de ser o desígnio do esforço e da perseverança de todos os nossos colaboradores.

Pedro Queiroz PereiraPresidente do Conselho

de Administração

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relatório de gestão1. secil: 20 anos no Grupo semapa 2. o Grupo secil em 2014 3. principais acontecimentos do ano 2014 4. portuGal

Edíficio Viriato, Paredes

Moradias Living Boavista, Porto

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de Gestão 11

relatório de gestão

Casa da Música, Porto

5. tunísia 6. líbano 7. anGola 8. cabo Verde 9. perspectiVas Futuras 10. proposta de aplicação de resultados

1. secil: 20 anos no Grupo semapa

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todas estas acções contribuíram para elevar o grau de responsabilidade so-cial da organização e garantir, em con-jugação com a adequada gestão da componente operacional e dos recur-sos naturais, o desenvolvimento sus-tentável da secil.

Para ilustrar o percurso da secil desde 1994 apresenta-se uma cronologia dos principais acontecimentos que marcaram os últimos 20 anos:

1994 a seMaPa entra no negócio do cimento em Portugal adquirindo, em concurso público, 51% da secil e 80% da ci-mentos Maceira e Pataias sendo que a participação na cMP foi, no próprio ano, adquirida pela secil. aquisição de 82% da argibetão e 42,5% da secil Prebetão, empresas produtoras de prefabricados em betão. aquisição de 53,5% da enersis, empresa com actividades no sector das energias renováveis.a secil participa com 50% na constitui-ção da ecoresíduos, empresa destinada a desenvolver negócios na área da valo-rização de resíduos.

1995 a seMaPa adquire, na 2ª fase do con-curso público iniciado em 1994, 7,9% da secil e 20% da cMP.

1997 aquisição de 37,5% da icV - inertes de cabo Verde, empresa dedicada à explo-ração de pedreiras e prefabricação em betão em cabo Verde.

2000 a secil inicia o processo de internaciona-lização na área do cimento com a aqui-sição, em concurso público, de 99% da société des ciments de gabès, na tunísia.

o exercício de 2014 assinala os 20 anos da reprivatização da secil. com efeito, em Junho de 1994, a semapa, consti-tuída com esse objectivo, adquiriu o con-trolo da empresa no âmbito do concurso público de reprivatização expressamente promovido pelo governo Português.

de 1994 a 2014, a secil teve um de-senvolvimento assinalável, expandindo fortemente a sua actividade através da concretização bem-sucedida de um pro-cesso de internacionalização assente na presença em países com maior potencial de crescimento e pela diversificação das operações para vários sectores na área da produção de materiais de construção.

esse crescimento foi realizado assegu-rando, simultaneamente, um nível de ren-tabilidade empresarial assinalável e uma remuneração adequada do capital accio-nista, que possibilitaram um contributo fiscal muito significativo, particularmente em Portugal, país onde continuam centra-das as principais actividades da empresa.

em síntese, apesar da crise que desde 2008 tem afectado a economia portu-guesa e o sector da construção civil de forma particularmente acentuada, a se-cil desenvolveu-se, criou valor para os accionistas e assegurou as condições da sua sustentabilidade no futuro tendo contribuído positivamente para o desen-volvimento económico do país.

em 1994, antes da privatização, a secil era já um grupo cimenteiro sólido com actividade em Portugal, detendo uma fábrica com capacidade produtiva de 2 milhões de toneladas de cimento e activi-dades relevantes nos mercados do betão pronto, dos agregados, da cal hidráulica e dos rebocos.

em 2014, a secil é um grupo cimen-teiro com actividade significativa em seis países – Portugal, tunísia, líbano,

Brasil, angola e cabo Verde – detendo seis fábricas e uma moagem com ca-pacidade produtiva global de cerca de 8 milhões de toneladas de cimento e desenvolvimentos muito sensíveis nos sectores do betão pronto, da exploração de pedreiras, da cal hidráulica, das arga-massas, da prefabricação em betão e do tratamento de resíduos. as actividades complementares do cimento localizam--se sobretudo em Portugal mas também noutras geografias em que o grupo está presente.

além das operações principais, cen-tradas na fileira do cimento, refere-se também, entre 1994 e 2003, uma impor-tante actividade na área da produção de energias renováveis - míni-hídrica e eó-lica –, através da participação detida na enersis, que, nesse período, mais do que quadruplicou o seu volume de produção.

o investimento necessário para a con-cretização do processo de diversificação e internacionalização, realizado nos últi-mos 20 anos, ascendeu a um valor global na ordem dos 570 milhões de euros.

em termos de recursos humanos, no final de 2014 a secil contava com 2071 cola-boradores, 945 dos quais em Portugal.

ao nível qualitativo, é de realçar os avan-ços extraordinários na certificação de qualidade dos produtos e das empresas do grupo secil, bem como na certifica-ção ambiental e de segurança. na área ambiental destaca-se, entre muitas ou-tras acções, a obra de requalificação vi-sual e paisagística da Fábrica do outão.

Foram igualmente dados passos muito significativos no sentido de fortaleci-mento das relações da secil com os seus stakeholders, sendo de realçar, neste domínio, a constituição de co-missões de acompanhamento nas prin-cipais fábricas do grupo.

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de Gestão 13

aquisição da intertrade, renomeada secil cabo Verde, destinada a opera-ções de comercialização de cimento em cabo Verde.

2007 a secil passa a estar presente no mer-cado do betão-pronto no líbano, através da empresa soime. a secil aumenta de 14% para 57% a participação na cimentos Madeira, empresa com actividades nas áreas do cimento, do betão-pronto e da explo-ração de pedreiras na região autónoma da Madeira.

2011 aquisição de 100% do grupo lafarge em Portugal, com operações na área do be-tão-pronto e da exploração de pedreiras.

2012 a seMaPa recompra à crH a partici-pação desta no capital da secil (49%) voltando a deter o controlo completo da sociedade.início das actividades no Brasil, com a aquisição de uma participação de 13,8% da empresa supremo cimentos (tendo a semapa adquirido 36,2%), com ope-rações na área do cimento e do betão--pronto. início da construção de uma nova fábrica de cimento em adrianópolis, Brasil. início do funcionamento do novo moinho de cimento na fábrica de gabès, na tu-nísia, com capacidade de produção de 600 000 toneladas/ano. início de um grande processo de rees-truturação de todas as actividades em Portugal tendo em vista reajusta-las ao nível, significativamente mais baixo, da procura de materiais de construção re-sultante da crise, que afectou o país nos últimos anos.

a secil inicia operações em angola na área do cimento, através da empresa tecnosecil, com a obtenção de um con-trato de exploração da empresa cimen-teira encime, localizada no lobito.

2001 aquisição da sud Beton, empresa de betão-pronto e de prefabricados em betão, na tunísia. arranque da fábrica de argamassas em Pataias, Portugal.

2002 aquisição de 21% da empresa cimen-teira ciment de sibline, no líbano; em 2005 essa participação seria aumentada para 29% e, em 2007, para 51% permi-tindo obter, nesse ano, o controlo accio-nista da empresa.

2003 a seMaPa adquire 41% da secil aos ac-cionistas dinamarqueses da F.l. smidth & co e Hojgaard & schultz a/s. passando a deter 100% do capital da empresa. aquisição de 25% da setefrete, empresa com operações no porto de setúbal, Portugal. remodelação e aumento de capacidade da linha de produção de clínquer cin-zento da Fábrica cibra-Pataias, em Por-tugal. 2004 a empresa irlandesa crH, adquire uma participação do capital da secil de 49%. alienação da totalidade da participação detida na enersis, empresa com activida-des no sector das energias renováveis.

2005 constituição da secil-lobito, correspon-dendo a uma parceria entre a secil e o estado angolano para desenvolvimento de uma cimenteira no lobito.

arranque da fábrica de argamassas, no Montijo, Portugal. Pela primeira vez, as exportações de ci-mento e clínquer ultrapassam as vendas do mercado interno em Portugal.

2013 as exportações de cimento de Portu-gal atingem o maior volume de sempre, acima de um milhão de toneladas.

2014 arranque da fábrica de prefabricados em betão, no líbano. as exportações de cimento e clínquer de Portugal atingem a maior proporção de sempre: 65% da produção em Portugal.

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deverá consolidar no futuro próximo: + 2,1% em 2015 e + 2,2% no período de dois anos seguinte.A actividade de construção e o consumo de cimento continuam em baixa na União Europeia, especialmente nos países com graves dificuldades orçamentais e financeiras, como é caso de Portugal, o principal mercado do Grupo Secil. Nos restantes mercados onde o Grupo ac-tua, ainda que estes não se encontrem em recessão, as economias da Tunísia e do Líbano encontram-se condiciona-das por outros factores de instabilidade, nomeadamente político e social, cujos desenvolvimentos nem sempre previsí-veis podem condicionar as actividades.

Assim, era expectável para a Empresa que o exercício de 2014, à semelhança do exercício anterior fosse sujeito a in-certezas e bastante influenciado pela situação económica e em particular pela situação ainda negativa do sector da construção em Portugal.

No entanto, o ano de 2014 revelou-se um ano positivo para o Grupo Secil e um ano de viragem nos resultados, tendo sido registadas melhorias significativas face a 2013, consubstanciadas no crescimento:

- do volume de negócios em 20 milhõesde euros (4,8%);- do EBITDA em 16 milhões de euros (26,6%);- do EBIT e do resultado líquido, respec-tivamente em 37 e 41 milhões de euros.

O crescimento económico mundial esti-mado em 2014 foi de 3,3% (crescimento semelhante ao de 2013), com as econo-mias emergentes a crescer 4,4% e as economias desenvolvidas 1,8% (World Economic Outlook, FMI, Janeiro 2015). De acordo com o FMI, os novos factores que apoiam o crescimento - preços do petróleo mais baixos mas também a de-preciação do euro e do iene - foram mais do que compensados pelas forças ne-gativas persistentes, incluindo o legado que permanece da crise e o potencial de crescimento mais baixo em muitos países.A zona euro terá recuperado ligeiramente da recessão e o PIB terá crescido 0,8%. De acordo com as últimas projecções do FMI, esta zona estará já em recuperação, prevendo-se para 2015 um crescimento de 1,2%. No entanto, e à semelhança do ano anterior, prevê-se que este seja mais modesto nas economias sujeitas a pro-gramas de ajustamento, como é o caso da economia portuguesa, nas quais as exportações serão um contributo funda-mental para o seu crescimento.

O mercado europeu de construção, em 2014, entrou numa nova fase de cres-cimento. Após sete anos de profunda crise, durante o qual o mercado perdeu 21% no volume e depois de mais um ano negativo em 2013 (-2,7%), o EuroCons-truct confirmou que 2014 terá sido o pri-meiro ano de recuperação na produção da construção. O crescimento deverá ter sido moderado em 2014 (+ 1%), mas

2. o Grupo secil em 2014

2014 2013 Variação %Volume de negócios 431 426 411 525 19 900 4,8%eBitda 76 018 60 034 15 984 26,6%eBit 30 665 -6 727 37 392 n.aresultado líquido total 12 086 -29 137 41 223 n.aresultado líquido atribuível a accionistas 6 035 -34 897 40 933 n.a

O aumento de eficiência tem sido igual-mente uma das principais prioridades do Grupo, não só em Portugal, mas em to-das as suas localizações geográficas. As diversas unidades operacionais deram continuidade à prossecução de um con-junto de iniciativas desta natureza com o objectivo de melhorar a sua rentabilidade e deste modo tirar partido das iniciativas efectuadas ao longo de 2013.

A performance operacional em 2014 no cimento em Portugal foi muito posi-tiva, tendo sido conseguida uma gestão muito eficaz da capacidade produtiva e encontrando-se os custos de produção de clínquer e de cimento abaixo dos ve-rificados em 2013.

Na Tunísia, o ano de 2014 ficou marcado pela liberalização dos preços de venda no mercado local, que ocorreu no dia 7 de Janeiro (os preços mantinham-se inalterados desde Junho de 2011) com um impacto muito positivo no volume de negócios e pelo fim das restrições às exportações. De registar que em simul-tâneo foi retirada a subvenção estatal à energia, que se reflectiu num enorme aumento no custo da energia eléctrica (80%) e no custo do gás natural (140%).

Esta unidade continuou em 2014 o seu enfoque na melhoria da performance da produção, tendo registado ganhos de-correntes dos investimentos realizados nesta área em 2013, nomeadamente através da substituição dos arrefecedo-

As prioridades estabelecidas em 2012 e 2013 de implementação de um plano de ajustamento e redimensionamento das actividades em Portugal, continuaram a ser prioritárias em todas as unidades. Ainda que o leque mais alargado de me-didas de racionalização de custos e de maximização da eficiência já tenha sido concretizado em 2012 e 2013, as dife-rentes unidades continuaram em 2014 os seus esforços com o intuito de redução de custos e de busca de excelência nos mais variados processos, demonstrando uma grande capacidade de resiliência.

As diversas unidades em Portugal têm revelado uma boa capacidade de res-posta à diminuição dos volumes de ven-das no mercado interno e prosseguiram a estratégia de aposta em produtos de maior valor acrescentado enriquecendo o seu mix de vendas.

A Secil prosseguiu com sucesso a sua aposta na exportação, tendo as vendas totais no mercado externo aumentado 26%, atingindo-se novo máximo nas ex-portações de cimento de Portugal.

A retracção do mercado continuou a afec-tar as actividades no mercado interno. No entanto, os esforços efectuados nos últimos anos e também em 2014, através do ajustamento da estrutura produtiva e de custos, a procura de melhoria contí-nua dos processos e a orientação para a exportação, permitiram, já em 2014, compensar a quebra das vendas no mer-cado interno e a obtenção de resultados muito mais favoráveis.

Assim que o mercado interno recupere, perspectiva-se a obtenção de resultados ainda mais positivos, e a recuperação das unidades onde as medidas implementa-das ainda não permitiram compensar a quebra das vendas e permitirá ao Grupo um posicionamento muito benéfico.

res dos dois fornos.

No Líbano, destaca-se igualmente a me-lhoria do desempenho da produção não obstante a instabilidade verificada de forma recorrente no abastecimento de energia eléctrica, principalmente devida à remodelação da linha 1, a qual ficou concluída no final do 1º semestre de 2013. Em Angola, e à semelhança do sucedido em 2013, a constante pressão sobre os preços de venda, marcou negativamente o desempenho de 2014. Não houve ainda condições para concretizar o projecto da nova fábrica no Lobito mas regista-se o reinício das negociações com as autori-dades angolanas (ANIP e Ministério da Indústria) tendo em vista a realização deste projecto fundamental para o cres-cimento da Secil em Angola.

No Brasil, onde a Secil tem uma partici-pação financeira no Grupo Supremo, a qual consolida pelo método da equiva-lência patrimonial, verificou-se uma re-tração do consumo privado, um abran-damento da criação de emprego e uma forte redução do investimento privado, tudo traduzido no abrandamento da ac-tividade económica do país.

Na região Sul, onde o Grupo Supremo actua, o mercado terá atingido cerca de 12 milhões de toneladas, o que traduz um crescimento de 1,5% face ao ano anterior. Neste contexto, o volume de vendas de cimento cifrou-se em cerca

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de Gestão 15

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de 32%). Assim, o EBITDA atingiu 6,5 mi-lhões de euros, um aumento significativo de 34%. O projecto de construção da nova fábrica em Adrianópolis continuou a bom ritmo e irá permitir aumentar a ca-pacidade de produção de clínquer em 1 milhão de toneladas/ano e a de cimento em 1,7 milhões de toneladas/ano.

de 495 mil toneladas, o que se traduziu num crescimento de 5,3% face a 2013. O EBITDA e o EBIT apresentaram evo-luções assinaláveis, devido à melhoria da performance operacional, quer do ci-mento (aumento de produção de 6%, re-dução da incorporação de clinquer), quer do betão pronto (aumento de produção

É convicção do Conselho de Administra-ção que estas medidas, conjuntamente com a continuação na aposta das ex-portações e na internacionalização, que já permitiram ao Grupo melhorar os seus resultados e a sua rentabilidade em 2014, possam conduzir o Grupo a resultados ainda mais favoráveis e níveis de renta-bilidade superiores.

PriNciPais iNDicaDorEs FÍsicos coNsoLiDaDos

Unidade 2014 2013 VariaçãoCapacidade Produtiva de Cimento 7.650 7.650 0,0%Vendas cimento cinzento 1000 t 4.611 4.574 0,8%cimento branco 1000 t 73 87 -16,9%cal artificial 1000 t 57 56 1,4%clinquer 1000 t 633 231 174,5%Betão-Pronto 1 000 m3 939 1 027 -8,6%inertes 1 000 t 1 792 1 790 0,1%Préfabricados 1 000 t 70 74 -4,9%argamassas 1 000 t 90 99 -8,8%cal Hidraúlica 1 000 t 24 22 6,6%cimento-cola 1 000 t 12 12 -2,1%Pessoal colaboradores 2 071 2 125 -54rácio de frequência de acidentes 1,42 1,37 3,4%rácio de gravidade de acidentes 33,37 34,13 -2,2%

DEMoNsTraÇão DE rEsULTaDos coNsoLiDaDos (MiLharEs DE EUros)

2014 2013 VariaçãoVolume de Negócios 431 426 411 525 4,8%Custos Operacionais 355 408 351 491 1,1%EBITDA 76 018 60 034 26,6%Depreciações, amortizações e provisões 45 352 66 761 -32,1%EBIT 30 665 -6 727 n.aResultados Financeiros -16 909 -23 919 -29,3%Resultados antes de Impostos 13 756 -30 645 n.aImpostos sobre os lucros -1 670 1 509 n.aResultado Consolidado Líquido do Período 12 086 -29 137 n.aInteresses Minoritários -6 051 -5 761 5,0%Resultado Líquido Atribuível a Accionistas 6 035 -34 897 n.a

As vendas de cimento e clínquer do Grupo Secil totalizaram 5,4 milhões de tonela-das, cerca de 8,6% acima das vendas realizadas em 2013. Este crescimento, a boa performance das vendas no Líbano (+2,4%) e o aumento das vendas na Tuní-sia (+1,2%), permitiram atenuar o decrés-cimo verificado nas vendas no mercado interno em Portugal (-8%), que continuam a ser afectadas pela conjuntura econó-mica desfavorável, e em Angola (+2,6 %).

O desempenho mais significativo ocor-reu nas exportações de Portugal, cujo aumento de 36% face a 2013, é o prin-cipal responsável pelo crescimento das vendas totais do Grupo.

As vendas de betão pronto no Grupo di-

VoLUME DE NEgócios (MiLharEs DE EUros)

2014 2013 VariaçãoPortugal 272 721 259 597 5,1%líbano 89 664 90 415 -0,8%tunísia 75 461 67 199 12,3%angola 21 748 23 870 -8,9%cabo Verde 6 411 5 425 18,2%outros 315 685 -54,0%intra-grupo -34 894 -35 665 -2,2%Total Consolidado 431 426 411 525 4,8%

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de Gestão 17

minuíram 8,6% em 2014. Esta quebra ocorreu em todas as geografias onde o Grupo tem operações de betão. Em Por-tugal, o segmento de negócio dos ma-teriais de construção, tem sido o mais afectado pela crise na construção o que se reflecte em quebras significativas nas vendas, que em 2014 decresceram 5% face a 2013. Em 2014, também as vendas de betão na Tunísia e no Líbano decresceram, devido à recessão nas obras públicas e na construção privada e à forte situação concorrencial, respec-tivamente.

O volume de negócios do Grupo Secil em 2014 cifrou-se em 431 milhões de euros, 19,9 milhões de euros acima do verificado em 2013.

Este aumento é justificado maioritaria-mente pelo aumento do volume de ne-gócios nas operações em Portugal e na Tunísia. O volume de negócios nas operações em Portugal cresceu 5,1% e na Tunísia 12,3%. Em Portugal esse crescimento deve-se ao desempenho das exportações de cimento e clínquer, já que o mercado interno ainda decres-ceu em 2014.

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EBiTDa (MiLharEs DE EUros)

2014 2013 VariaçãoPortugal 28 521 20 894 36,5%líbano 31 314 31 301 0,0%tunísia 17 517 7 477 134,3%angola -1 325 241 -650,3%cabo Verde 465 194 139,4%outros -474 -73 549,1%Total Consolidado 76 018 60 034 26,6%

O EBITDA cifrou-se em 76 milhões de euros, tendo aumentado cerca de 16 mi-lhões de euros, face ao exercício anterior.Esta variação deveu-se ao aumento do volume de negócios do Grupo, mas tam-bém ao efeito das medidas de gestão que têm vindo a ser implementadas, com o objectivo da redução de custos e ma-ximização da eficiência.

À semelhança do sucedido com o vo-lume de negócios, o crescimento do EBI-TDA é devido, essencialmente, às opera-ções em Portugal e na Tunísia, onde este indicador aumentou 6,9 milhões de euros e 10 milhões de euros, respectivamente.

O EBITDA das operações no Líbano foi semelhante ao de 2013, a performance comercial do cimento acima de 2013 e as melhorias introduzidas na produção, foram impactadas negativamente pelas dificuldades no abastecimento de elec-tricidade (alheias às operações), tendo condicionado as produções de clínquer e cimento.O ano de 2014 em Angola ficou marcado pelo decréscimo significativo dos preços de venda, facto que justifica o valor ne-gativo do EBITDA, ainda que se tenham verificado melhorias na produção, que permitiram a redução dos custos de pro-dução.

Os custos com pessoal do Grupo, con-tinuaram a registar uma diminuição em 2014, tendo decrescido 4,4% compara-tivamente a 2013. No final de 2014, o Grupo Secil contava com 2 071 colabo-radores, o que representa um decrés-cimo face a 2013 (2 125 colaboradores). A reestruturação iniciou-se em 2012, em Portugal, nos segmentos do Cimento, Betão Pronto e Inertes e continuou em 2013 (abrangendo a área dos Prefabri-cados e Portugal Cimento, embora em menor escala, quando comparada com 2012). Em 2014, e apesar de se conti-nuar a verificar um decréscimo no nú-mero de colaboradores, este não foi mais expressivo visto a reestruturação mais significativa em Portugal já ter ocorrido em 2012 e 2013.

Nas diferentes operações do Grupo continuou a prossecução de múltiplas iniciativas que permitam a melhoria da rentabilidade operacional e atingir de-sempenhos de excelência. Com este ob-jectivo, a área de Portugal Cimento deu continuidade aos projectos iniciados em 2012, de onde se destacam as áreas da manutenção, dos combustíveis alterna-tivos e da renegociação de contratos de serviços. Em 2014 foram estabelecidos contratos de serviços conjuntos de pro-dução e manutenção permitindo flexibi-

lizar a operação produtiva e assegurar a variabilidade dos custos operacionais.

Na Tunísia e em Angola, os investimentos realizados ao longo de 2013, possibilita-ram às unidades usufruir dos mesmos na sua totalidade em 2014, permitindo uma melhoria significativa na produção e respectivos indicadores. Ainda assim, estas unidades continuaram em 2014 os esforços na prossecução de resultados mais positivos.

O EBIT da Secil, positivo em 30,7 milhões de euros, contrasta com o de 2013, que havia sido negativo em 6,7 milhões de euros. Para além do aumento do EBIT em resultado do aumento do EBITDA, o ano de 2013 estava influenciado negati-vamente pelo registo de imparidades. Por outro lado, as amortizações registaram um decréscimo de cerca de 5 milhões em 2014.

Os resultados financeiros registaram um valor negativo de 16,9 milhões de eu-ros, uma variação positiva significativa quando comparado com os 23,9 milhões de euros de 2013.

rEsULTaDos FiNaNcEiros (MiLharEs DE EUros)

2014 2013 VariaçãoProveitos Financeiros 3 455 5 160 -33%custos Financeiros -19 693 -26 864 -27%resultados empresas associadas -671 -2 214 -70%Total Consolidado -16 909 -23 919 -29%

O custo líquido de financiamento registou um decréscimo de 5,5 milhões de euros. Esta variação deve-se à diminuição do endividamento médio, face ao período homólogo, em resultado da geração de caixa positiva pelas operações do Grupo

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de Gestão 19

e pela diminuição das taxas de juro e das margens, principalmente em Portugal.

O resultado líquido e o resultado líquido atribuível aos accionistas, no ano de 2014, foram positivos em 12 e 6 milhões

sÍNTEsE Do BaLaNÇo coNsoLiDaDo (MiLharEs DE EUros)

2014 2013 Variaçãoactivos não correntes activos Fixos tangíveis 351 083 365 304 -3,9% Participações Financeiras 39 834 33 408 19,2% Goodwill 116 660 114 967 1,5% outros activos não correntes 23 432 23 052 1,6%activos correntes inventários 95 841 91 765 4,4% clientes e outras contas a receber 61 640 62 423 -1,3% caixa e equivalentes 136 676 124 323 9,9% outros activos correntes 15 208 12 454 22,1%Total do Activo 840 374 827 697 1,5%capitais Próprios 272 651 249 034 9,5%interesses minoritários 78 292 66 192 18,3%Total do Capital Próprio 350 943 315 226 11,3%Passivos não correntes Financiamentos obtidos 240 320 282 921 -15,1% Provisões 27 669 21 294 29,9% outros passivos não correntes 33 264 41 927 -20,7%Passivos correntes Financiamentos obtidos 79 690 71 365 11,7% Fornecedores 39 662 42 321 -6,3% outros passivos correntes 68 825 52 642 30,7%Total do Passivo 489 430 512 470 -4,5%Total do Capital Próprio e Passivo 840 374 827 697 1,5%

de euros, respectivamente. Este resultado reflecte, para além do aumento do vo-lume de negócios e aumento do EBITDA, a melhoria dos resultados financeiros.

O total do activo líquido do Grupo Secil situou-se em 840 milhões de euros, em 31 de Dezembro de 2014, o que repre-senta um aumento de 1,5% compara-tivamente a 31 de Dezembro de 2013. Para este valor contribuíram o aumento das disponibilidades e dos saldos de existências (em resultado do aumento da actividade e da produção).

Verificou-se uma diminuição do valor lí-quido dos activos fixos tangíveis em 14 milhões de euros. O investimento em activos fixos tangíveis totalizou 16,7 mi-lhões de euros. Os investimentos em activos fixos tangí-veis respeitam maioritariamente a inves-timentos realizados na área do cimento em Portugal e Tunísia e dos pré-fabri-cados no Líbano, que representam 80% do montante total. Na Tunísia destaca--se a alimentação de petcoque à torre de pré-aquecimento para substituição do gás natural e no Líbano a conclusão da construção da fábrica de blocos, que havia sido iniciada em 2013. Estes inves-timentos permitiram aumentar a eficiên-cia operacional e consequentemente a rentabilidade destas fábricas e no caso da fábrica de blocos do Líbano a diver-sificação da sua actividade.

A 31 de Dezembro de 2014 a dívida finan-ceira líquida totalizou 183,3 milhões de euros, o que comparado com o montante

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de 229,9 milhões de euros de Dezembro de 2013, representa uma redução de 46,6 milhões de euros, uma demonstração da capacidade de geração de caixa da Secil.

Ao longo do ano de 2014, a Secil man-teve a disponibilidade de várias linhas de crédito com vista a assegurar o financia-mento da sua actividade actual, bem como potenciais investimentos. No final do ano, o total de linhas de financiamento contra-tadas pelo Grupo ascendia a cerca de 627 milhões de euros, das quais 307 milhões de euros não se encontravam utilizadas.

Ao longo de 2014 acentuou-se a disponi-bilidade por parte das instituições finan-ceiras para a concessão de crédito em condições mais atractivas. No âmbito da política monetária, o Banco Central Euro-peu reduziu a sua taxa de cedência de li-quidez para níveis extremos, colocando-a sucessivamente em 0,15% e 0,05%, face ao valor de 0,25% registado no início do ano. A Euribor a 3 meses, indexante mais representativo para a dívida do Grupo, re-novou mínimos históricos a 0,078%, que comparam com 0,287% registados no iní-cio do ano. A conjugação destes factores influenciou positivamente os resultados financeiros da Empresa.

A exposição do Grupo Secil ao risco de taxa de juro no final do ano de 2014, situava-se em cerca de 70% do total de dívida líquida.

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de Gestão 21

No mercado cambial, a cotação EUR/USD ao longo do ano foi caracterizada pela acentuada desvalorização do Euro, que se cotava a 1,3953 no início do ano, perdendo terreno, de forma quase contí-nua até fechar o ano a 1,2141. Em termos médios, a cotação situou-se em 1,3272.

O Grupo Secil prosseguiu a sua política de maximização do potencial de co-bertura natural da exposição cambial, através da compensação dos fluxos cambiais intra-Grupo. Relativamente ao USD, principal divisa de exposição do Grupo, a taxa de cobertura através de hedging natural no ano de 2014 situou--se nos 74%.

O Fundo de Pensões do Grupo Secil está repartido em quatro sub-fundos com perfis de risco distintos: um sub-fundo afecto ao Plano de Benefício Definido, em que se manteve a adopção de uma política de investimento conservadora, e três sub-fundos afectos ao Plano de Contribuição Definida com perfis diver-sificados.

À data de 31 de Dezembro de 2014 o Fundo de Pensões do Grupo Secil apresentava, globalmente, uma situa-ção financeira superavitária de 4,9 mi-lhões de euros relativamente às respon-sabilidades actuariais calculadas por entidades independentes e reportadas à mesma data.

PorTUgaL

> As exportações de cimento atingiram o maior volume da história da Empresa (1 127 mil t). > Maior carregamento de sempre de um navio de cimento para exportação. > Concretização do fornecimento à obra do Túnel do Marão pelas áreas de betões e inertes. > Lançamento do website Secil Arga-massas em Inglês e em Francês (em Março). > Lançamento do vídeo institucional Secil Argamassas. > Obtenção pela Secil Argamassas de 3 prémios Inovação na Construção.

LÍBaNo > Foi atingida a maior produção de clín-quer de sempre, bem como o maior vo-lume de vendas de sempre. > Concluiu-se a construção da fábrica de blocos e iniciou-se a produção de blocos leves. > Lançamento da nova identidade da marca Sibline. > O novo sistema de Recursos Humanos foi implementado.

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3. principais acontecimentos do ano

TUNÍsia

> Substituição da utilização de gás na-tural utilizado como combustível na torre de pré-aquecimento por petcoque, o que permitiu a diminuição dos custos com combustíveis. > Instalação do sistema SLV de controlo do acesso de camiões ao parque, ensa-cagem e expedição, por forma a melho-rar a gestão do processo de expedição de cimento e melhorar o atendimento aos clientes. > Implementação do projecto “Gabés + 2014”, com duração prevista de dois anos e que visa a melhoria das compe-tências ao nível da gestão e supervisão, por forma a contribuir para a melhoria dos resultados globais. > Conclusão do programa de informati-zação das centrais de betão, de modo a diminuir a intervenção humana e a reduzir os erros de produção, possibili-tando a rastreabilidade de todo o betão produzido.

aNgoLa > Instalação de um novo circuito de transporte de matérias-primas de ali-mentação aos moinhos de cimento com impacto substancial no desempenho das moagens de cimento, o que permitiu um aumento da capacidade de moagem em 15% e um aumento da disponibilidade dos equipamentos em 5%. > Foi reactivado o projecto de construção da nova fábrica de cimento e clínquer da Secil Lobito, tendo sido constituída uma equipa de trabalho dedicada exclusiva-mente a este projecto, que se encontra na fase de análise de propostas.

caBo VErDE > Consolidação do fornecimento regular de cimento às ilhas de São Nicolau e de Maio e da estratégia comercial de au-mento do número de clientes pequenos revendedores, o que permitiu uma maior resiliência à queda do mercado. > Aumento da capacidade de armaze-nagem de cimento, permitindo uma re-dução do custo do cimento adquirido, através da diminuição dos fretes em na-vios de maior dimensão. > Realizou-se em 2014 o projecto de aproveitamento de subproduto para uti-lização como matéria-prima na produção de inertes, o que permitiu a redução dos custos de produção.

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de Gestão 23

em 2013. Esta recuperação contempla a manutenção de um crescimento robusto das exportações e uma aceleração da formação bruta de capital fixo. No en-tanto, a procura interna deverá continuar condicionada pelo ainda elevado nível de endividamento do sector privado e pelo processo de consolidação orçamental.

De acordo com a FEPICOP, embora a evolução da construção se mantenha desfavorável, observou-se um claro abrandamento da crise neste sector, ao longo de 2014. O investimento em cons-trução reduziu 3% em termos homólo-gos no 3º trimestre de 2014, após uma variação negativa de 5,3% no primeiro semestre. Ao longo de 2014, os empre-sários da construção demonstraram con-fiança numa recuperação da actividade, perspectivando uma situação mais favo-

De acordo com as previsões divulgadas pelo FMI, o Produto Interno Bruto de-verá ter crescido 1% (World Economic Outlook, FMI, Janeiro 2015) e as actuais estimativas do Banco de Portugal (Bo-letim Económico do Banco de Portugal – Dezembro 2014) apontam para um crescimento do PIB semelhante (0,9%).Após a queda continuada da actividade económica em Portugal desde o final de 2010, registou-se uma inversão desta tendência a partir do 2º trimestre de 2013, reflectindo uma aceleração da procura interna concomitante com a manuten-ção de um crescimento significativo das exportações. Os três primeiros trimestres de 2014 foram caracterizados por uma relativa estabilidade da actividade eco-nómica e as actuais projecções apontam para a continuação da trajectória de re-cuperação gradual da actividade iniciada

rável quanto à carteira de encomendas. Embora os indicadores quantitativos dis-poníveis tenham mantido uma tendência de quebra, a mesma foi mais moderada que em 2013.

O índice de produção na construção (INE – Novembro 2014) registou em Novem-bro de 2014 uma variação de -5,8% em termos homólogos, traduzindo uma redu-ção ligeiramente menos expressiva que a verificada no mês anterior (-6,4%). Os índices de emprego e de remunerações diminuíram 2,8% e aumentaram 0,3% respectivamente. Apesar destes índices terem continuado a apresentar reduções, as variações homólogas têm vindo a di-minuir, prolongando a tendência de va-riação menos negativa na actividade da construção, que se manteve ao longo de 2014.

4. portuGal

PorTUgaL

Unidade 2014 2013 VariaçãoMercado de cimento 1000 t 2 600 2 800 -7%Produção de clínquer 1000 t 2 416 2 021 20%Produção de cimento 1000 t 2 140 2 152 -1%Vendas de cimento e clinquer*Mercado interno 1000 t 1 025 1 081 -5%Mercado externo 1000 t 1 873 1 488 26%total 1000 t 2 898 2 570 13%Vendas de Betão* 1000 m3 664 699 -5%Vendas de inertes* 1000 t 2 311 2 281 1%Vendas de argamassas* 1000 t 130 134 -3%Vendas de Pré-fabricados* 1000 t 65 70 -7%Volume de negócios 1 000 € 272 721 259 597 5%eBitda 1 000 € 28 521 20 894 37%Margem eBitda % 10% 8%eBit 1 000 €€ 7 242 -22 746 -132%Margem eBit % 2,7% n.acapex 1 000 €€ 6 800 14 856 -54%Pessoal nº 943 949 -6 * os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.

24

Neste enquadramento, as actividades do Grupo Secil em Portugal, no mercado in-terno, ainda registaram decréscimos. No entanto, a evolução positiva das activi-dades de exportação, a abordagem ao mercado através de produtos de maior valor acrescentado e as medidas de racionalização que têm vindo a ser im-plementadas desde 2012, permitiram a obtenção de resultados muito mais fa-voráveis em Portugal.

A acompanhar a tendência verificada na construção, a procura de cimento conti-nuou em queda. De acordo com os da-dos disponíveis, o consumo de cimento terá registado uma variação homóloga de -7% comparativamente a 2013, esti-mando-se que o mercado tenha atingido cerca de 2,6 milhões de toneladas. Ape-sar de se ter continuado a verificar uma quebra, esta é menos significativa que as registadas nos últimos anos.

As vendas de cimento da Secil, no mer-cado nacional, acompanharam esta ten-dência atingindo-se 1 025 mil toneladas, menos 5,2% que em 2013, sendo que esta queda se atenuou ao longo do ano. De facto, o primeiro semestre foi mais penalizador em virtude não só da ten-dência do mercado, mas também pelas condições atmosféricas verificadas. O segundo semestre revelou-se menos gravoso, apresentando variações homó-logas menos negativas.

Apesar da queda de mercado ser trans-versal à generalidade dos clientes, foram os de prefabricação e de revenda os que apresentaram melhor desempenho.É de assinalar, a incorporação de cimento branco Secil em várias obras relevantes: edifício da nova sede da EDP em Lisboa, e o edifício da fundação Nadir Afonso em Chaves e, de cimento cinzento: reforço de potência de duas importantes barra-gens, a da Venda Nova e a de Salamonde em Vieira do Minho, a remodelação do

Palácio da Justiça em Gondomar, diver-sas empreitadas de supressão de passa-gens de nível na Linha do Minho, o último troço do IC 16 em Lisboa, o pavimento da ampliação do Porto de Sines, o pa-vimento da placa oeste da Base Aérea nº5 em Monte Real, o Túnel do Marão e o estruturante projecto da construção da rede de rega do Alqueva, entre muitas outras.

A orientação estratégica da Secil para a exportação continuou a ser bem su-cedida, tendo as vendas totais no mer-cado externo aumentado 26% e repre-sentado cerca de 65% das vendas totais em quantidade. O aumento foi mais ex-pressivo nas vendas de clínquer que au-mentaram cerca de 75%, enquanto as vendas de cimento aumentaram 6%. Em 2014 atingiu-se um novo máximo nas ex-portações de cimento de Portugal.

As vendas de betão pronto foram as mais afectadas pela situação do sector da construção e as que registaram uma va-riação negativa mais significativa, tendo diminuído 5%. Esta situação sentiu-se particularmente nas vendas no conti-nente e que representam a maior parte das vendas totais de betão do Grupo em Portugal (que decresceram 10%), uma vez que as vendas efectuadas na Região Autónoma da Madeira cresceram signi-ficativamente, devido a terem sido adju-dicadas obras com volumes superiores. Para além da escassez de obras, esta área enfrenta uma situação concorrencial muito forte com reflexos significativos nos preços de venda e nas margens.

O mercado no continente manteve-se muito competitivo, com maior acutilância no 1º trimestre de 2014, tendo no en-tanto esta situação concorrencial dado sinais de algum abrandamento a partir do 2º trimestre. O rigor na concessão de crédito a clientes e a agressividade da concorrência continua a fazer-se sentir

nesta área, contribuindo para a diminui-ção das vendas desta unidade. As vendas de inertes registaram um li-geiro crescimento, demonstrando o es-forço comercial que tem sido efectuado para contornar a situação desfavorável do sector. As quantidades vendidas cresceram 1% face a 2013. As vendas na Região Autónoma da Madeira, au-mentaram significativamente por via do fornecimento de uma obra de grande di-mensão. Nas vendas efectuadas no con-tinente, embora se tenha verificado uma ligeira diminuição das quantidades (-29 mil toneladas) manteve-se a abordagem ao mercado através do fornecimento de agregados mais valorizados. Assim, as vendas, ainda que inferiores em volume, foram compostas por um mix caracteri-zado por produtos com um preço mais elevado.

A performance comercial das argamas-sas, à semelhança da generalidade das restantes unidades em Portugal, é marcada pelo decréscimo dos volumes de vendas no mercado interno, sendo a diminuição de 7%. As vendas para o mercado externo estão a ter um bom de-sempenho tendo crescido cerca de 38%, fruto da continuação da aposta em mer-cados internacionais e do esforço signi-ficativo na promoção e divulgação dos produtos junto de clientes e ainda atra-vés da presença em feiras internacionais.

Apesar das vendas totais em volume terem decrescido cerca de 3%, devido ao decréscimo verificado no mercado in-terno, foi dada continuação à estratégia de maior aposta nas vendas de produtos técnicos, que possibilitou o aumento das vendas de argamassas técnicas (produ-tos técnicos, soluções de isolamento térmico), ou seja de produtos de valor acrescentado. Esta área tem também apostado no desenvolvimento e pro-moção de soluções vocacionadas para

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de Gestão 25

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a renovação/reabilitação de edifícios. O sector da reabilitação apresenta um potencial significativo, no entanto carac-teriza-se pela falta de apoios e investi-mento. A contínua aposta na estratégia de lançamento e promoção de novos produtos de valor acrescentado, iniciada em 2011, tem permitido atenuar o im-pacto da quebra do volume de vendas.

As vendas de pré-fabricados continua-ram em queda em 2014. Este mercado continua a ser marcado pela concorrên-cia muito agressiva, resultante da oferta instalada superior à procura e por preços baixos. A quebra de 7% nas vendas da pré-fabricação do Grupo é devida a uma diminuição de actividade mais acentuada na Secil Prebetão, onde as vendas de-cresceram 10%. A Argibetão conseguiu, num contexto adverso, aumentar as suas vendas em 4%.

As vendas de telhas para o mercado espanhol decresceram, tendo registado uma diminuição de -1% em quantidade. No entanto, apesar da situação desfa-vorável, foi possível aumentar os preços de venda. Este resultado confirma o sucesso da estratégia comercial adop-tada em 2013. Refira-se que o mercado interno, apesar da quebra de 2% nas vendas de telhas, tem vindo a recuperar. Neste contexto, o volume de negócios global em Portugal cresceu 5,1% compa-rativamente a 2013, tendo-se cifrado em 272,7 milhões de euros. Este crescimento deve-se em grande parte ao desempe-nho das exportações de cimento e de clínquer. Deve contudo salientar-se que as diferentes unidades têm prosseguido a estratégia de aposta em produtos de maior valor acrescentado, por forma a atenuar os impactos da diminuição dos volumes de venda no mercado interno.

O volume de negócios no cimento cres-ceu cerca de 6%, o que se traduziu num aumento de 10 milhões de euros face

a 2013. Este aumento é justificado pelo aumento das quantidades vendidas de cimento e clínquer para o mercado ex-terno. No mercado interno o volume de negócios decresceu cerca de 5% (-3,8 milhões de euros) em linha com o de-créscimo das quantidades. A contínua aposta na exportação, per-mitiu aumentar as quantidades vendidas em cerca de 26%, e o volume de negó-cios em 17%. Esta variação deve-se ao incremento das vendas de clínquer em 75% e cujo preço é mais baixo do que o das vendas de cimento, que aumen-taram 6%.

O volume de negócios na área dos betões no seu conjunto manteve-se estável com-parativamente a 2013. Apesar da quebra de 5% nas quantidades e do decréscimo em cerca de 2% no preço de venda no continente, o decréscimo no volume de negócios do continente foi compensado pelo aumento do volume de negócios na Região Autónoma da Madeira.

O volume de negócios de inertes registou um crescimento significativo de cerca de 12%, crescimento bastante superior ao 1% verificado nas quantidades vendi-das. O aumento do volume de negócios deve-se à abordagem ao mercado com produtos de maior valor acrescentado, tornando possível o aumento do preço médio de venda.Apesar das vendas totais de argamas-sas em volume terem diminuído cerca de 3%, devido ao decréscimo verificado no mercado interno, o volume de negócios cresceu 5,4% para 9,7 milhões de euros, devido ao aumento do preço médio de venda. Este aumento deveu-se à expor-tação e à continuação da estratégia de maior aposta nas vendas de produtos técnicos, que possibilitou o aumento das vendas de argamassas técnicas (produ-tos técnicos, soluções de isolamento térmico), ou seja de produtos de maior valor acrescentado.

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de Gestão 27

O volume de negócios dos pré-fabri-cados cresceu 1%, performance muito positiva tendo em consideração que as vendas em quantidade decresceram 7%. Para este facto contribuiu o desempe-nho da Argibetão. As vendas de telhas para o mercado espanhol decresceram, tendo registado uma diminuição de -1% em quantidade. No entanto, apesar da situação desfavorável, foi possível au-mentar os preços de venda. O preço de venda no mercado interno também teve um comportamento positivo.

A Secil Prebetão diminuiu o volume de negócios em 15% face ao verificado no período homólogo. Esta diminuição deveu-se a um decréscimo das vendas em quantidade em 10,5% e ao aumento do peso das vendas de blocos no mix de vendas, tendo contribuído para a dimi-nuição do preço médio de venda.

O EBITDA das unidades em Portugal ci-frou-se em 28,5 milhões de euros o que, comparado com o montante registado em 2013, de 20,9 milhões de euros, re-presenta um acréscimo de 37%.

A performance da actividade comercial na generalidade das actividades, com es-pecial relevância na do cimento, afectou o desempenho do EBITDA e é responsá-vel pelo aumento de uma parte significa-tiva deste valor. A performance de 2014 foi impactada positivamente pelos pro-veitos de venda de CO2 no montante total de 1,5 milhões de euros, enquanto em 2013 estes se cifraram em 1 milhão de euros, tendo a Empresa, à semelhança do que sucedeu no ano anterior, optado por não vender a reserva de excedentes de que dispõe. O mercado de licenças de emissão de CO2 voltou a caracterizar-se por uma volatilidade elevada. Os preços do início do ano situavam-se em redor dos 4,70 €/ton. Ao longo do ano por duas vezes superaram a cotação de 7 €/ton, valor com que terminaram o ano.

Apesar do crescimento do peso das vendas de exportação de cimento e clínquer, cujas margens são inferiores às das vendas no mercado interno, a mar-gem EBITDA das operações em Portugal aumentou. Este facto demonstra que o esforço encetado na redução dos custos e optimização das operações, continuou a surtir efeitos positivos nos resultados das operações em Portugal, e que estas têm conseguido responder à diminuição acentuada da actividade, através de efi-ciência e redução de custos.

O aumento do EBITDA em Portugal deve-se assim à evolução positiva das actividades de exportação, à continua-ção da abordagem ao mercado através de produtos de maior valor acrescentado na generalidade das unidades de negó-cio e também aos efeitos das medidas de racionalização que continuam a ter impacto positivo nos resultados, via cus-tos com pessoal, custos de produção e custos indirectos.

Desta forma, e à semelhança do que já havia ocorrido em 2013, continua-se a destacar o efeito muito positivo da dimi-nuição e controlo dos custos operacionais em todas as áreas, resultado da reestrutu-ração operacional levada a cabo em 2012 e em 2013, mas também de outras ac-ções implementadas no decurso de 2014.

Na área do cimento, cujos custos repre-sentam uma parcela significativa dos cus-tos em Portugal, destaca-se o efeito muito positivo da diminuição e controlo acrescido dos custos operacionais resultantes da reestruturação operacional atrás referida.

A performance operacional em 2014 foi muito positiva, tendo sido conseguida uma gestão muito eficaz da capacidade produtiva e encontrando-se os custos de produção de clínquer e de cimento abaixo dos verificados em 2013. Deve ser desta-cada a diminuição dos custos com com-

bustível, energia eléctrica e mão-de-obra (serviços de produção e manutenção ex-ternos). A optimização de fluxos e racio-nalização do transporte marítimo, permiti-ram a redução dos custos com transporte no território nacional, e em consequência dos esforços com a redução de custos, foi possível reduzir os custos operacionais da rede de distribuição.

Os custos com pessoal em Portugal re-gistaram uma diminuição de 2,9 milhões de euros, diminuição já não tão signifi-cativa quanto a verificada em 2013, uma vez que as reestruturações mais signifi-cativas já ocorreram.

O resultado dos esforços efectuados, através do ajustamento da estrutura produtiva e de custos, a busca da ex-celência nos processos e a orientação para a exportação, permitiram já com-pensar a quebra das vendas no mercado interno e a obtenção de resultados mais favoráveis. Assim que o mercado interno recupere, perspectiva-se a obtenção de resultados ainda mais positivos e a recu-peração das unidades onde as medidas implementadas ainda não permitiram compensar a quebra das vendas.

O investimento em activos fixos tangíveis em Portugal totalizou 6,8 milhões de eu-ros. A maior parte destes investimentos foram realizados na área do cimento. Destacam-se a substituição dos moto-res de frequência e impulsores na linha 9 na Fábrica do Outão, a adaptação da segunda linha de paletização de expedi-ção no Outão e a aquisição de parcela de terreno contígua à pedreira de cal-cário da Fábrica da Maceira, de modo a permitir uma exploração mais adequada das reservas. O elevado número de falên-cias de transportadores e a má situação financeira de várias empresas de trans-porte na área do betão pronto, conduziu a que a mesma tenha adquirido 9 auto-betoneiras e 5 autobombas.

Neste momento, a Tunísia apresenta as condições políticas para que se possa traçar um caminho de recuperação e estabilidade, e cujos efeitos se espera comecem a ser reflectidos na economia em meados de 2015. Apesar da situação desfavorável, a economia tunisina deverá ter crescido 2,8% em 2014, acima dos 2,3% verificados em 2013 (World Eco-nomic Outlook, FMI, Janeiro 2015). No entanto, a situação económica da Tunísia permaneceu frágil, com um crescimento insuficiente para fazer face ao elevado nível de desemprego. O FMI vai conti-nuar a apoiar a Tunísia na implementação do seu programa económico através de apoio financeiro, assessoria política e as-sistência técnica.

Em 2014, especialmente a partir de Ju-nho a procura de cimento no mercado

A economia da Tunísia continuou em 2014 a ser afectada pelos efeitos da situação pós revolucionária, que fomenta a insta-bilidade política e social. Mantiveram-se os focos de instabilidade social, manifes-tações e situações de greve e de insegu-rança em geral. As reformas (a maioria das quais já estão em andamento) estão a enfrentar dificuldades e a decorrer de forma mais lenta do que o previsto.

Os sectores exportadores e do turismo mantiveram a tendência recessiva em 2014, situação recorrente desde o início de 2011, ano em que ocorreu a destitui-ção do governo. O país atravessou até final de 2014 uma instabilidade política e social que se espera resolvida com as eleições realizadas em Outubro para a Assembleia Legislativa e em Dezembro de 2014 para a Presidência da República.

5. tunísia

28

TUNÍsia

Unidade 2014 2013 VariaçãoMercado de ligantescimento 1000 t 7 307 7 402 -1,3%cal artificial 1000 t 243 278 -12,7%total 1000 t 7 550 7 680 -1,7%Produção de clínquer 1000 t 997 857 16,3%Produção de cimento 1000 t 1 286 1 272 1,1%Produção de cal artificial 1000 t 58 54 8,4%total 1000 t 1 344 1 326 1,4%Vendas de cimento e clinquer*Mercado interno 1000 t 1 183 1 236 -4,2%Mercado externo 1000 t 157 94 68,0%total 1000 t 1 341 1 330 0,8%Vendas de Betão* 1000 m3 150 175 -14,2%Volume de negócios 1 000 € 75 559 67 199 12,4%eBitda 1 000 € 17 516 7 477 134,3%Margem eBitda % 23,2% 11,1% eBit 1 000 € 11 329 1 269 792,8%Margem eBit % 15,0% 1,9%capex 1 000 € 3 186 7 782 -59%Pessoal nº 363 379 -16

* os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.

vendas de betão em volume decresceram 14%, tendo sido vendidos menos 25 mil m3. O sector das obras públicas encon-tra-se em recessão por falta de verbas e o da construção privada por ausência de financiamento bancário. Verificou-se uma quebra do consumo de betão pronto mo-tivada pela diminuição de grandes obras públicas e pelo aumento generalizado do preço das matérias-primas e da energia. Assistiu-se também a um ligeiro aumento do auto consumo de betão (produção de betão em obra) e das vendas do mercado paralelo.

O volume de negócios na Tunísia cres-ceu significativamente em 2014 devido à performance do cimento. O volume de negócios do cimento cresceu cerca de 14,8%, devido ao aumento do preço médio de venda no mercado local e ao crescimento das quantidades vendidas para exportação. O volume de negócios do sector betão apresentou um desem-penho inferior ao de 2013, resultado da diminuição das quantidades vendidas. A desvalorização de cerca de 4% do dinar tunisino face ao euro, produziu um im-pacto negativo de cerca de 3,2 milhões de euros

O EBITDA gerado pela Tunísia cresceu cerca de 134,3% comparativamente a 2013. Este aumento resulta do aumento expressivo do EBITDA verificado no ci-mento. O aumento do preço de venda no mercado interno teve um impacto muito positivo no EBITDA, bem como o aumento das exportações. Este desem-penho deve-se também à melhoria da performance da área da produção.

A produção de clínquer em 2014 foi superior à realizada em 2013, tendo-se verificado um aumento da produção média diária e um aumento do factor de utilização dos fornos. As compras de clínquer no exterior diminuíram signifi-cativamente, com impacto muito posi-

interno sofreu uma retracção, em virtude da recessão no sector de obras públicas, assim como no sector da construção na vertente habitacional e comercial, por falta de financiamento. Em virtude da situação política indefinida, a evolução do mercado local de ligantes sofreu um decréscimo de 1,7% tendo sido comer-cializadas na totalidade 7,55 milhões de toneladas de cimento e cal.

A concorrência no mercado tunisino é cada vez mais acentuada.

O desempenho comercial do sector ci-mento melhorou substancialmente face a 2013. Verificou-se um aumento muito significativo do volume de negócios que se deve à performance quer do mercado interno quer do externo. A liberalização dos preços de venda no mercado in-terno, que ocorreu no dia 7 de Janeiro, teve um impacto muito positivo no vo-lume de vendas desta unidade. De sa-lientar que a liberalização dos preços ocorreu simultaneamente com a retirada das subvenções existentes na electrici-dade e gás. Os preços que não sofriam aumentos desde Junho de 2011, apesar dos sucessivos aumentos dos custos, aumentaram cerca de 27%. Este au-mento absorveu a quebra de 4,2% nas quantidades, decréscimo este que teve como principal causa a agitação social e laboral que dificultou o funcionamento da fábrica durante mais de 2 semanas, no primeiro trimestre do ano.

Durante 2014 as exportações registaram um aumento significativo face a 2013, tendo os volumes de venda crescido 68%. A Líbia foi o principal destino de exportação no entanto apesar do cresci-mento das vendas, a sua concretização tem sido muito difícil devido à instabili-dade política.

A actividade de betão pronto apresentou uma performance inferior à de 2013. As

tivo no EBITDA. Foram obtidos ganhos energéticos, pelo que os indicadores de consumo de energia eléctrica e térmica melhoraram comparativamente a 2013.

Como já foi referido, em 2014 foi retirada a subvenção da energia, tendo provo-cado o aumento relevante nos custos de produção.

O betão pronto, devido à quebra das quantidades vendidas viu diminuído o EBITDA gerado. Ainda que o aumento do preço tenha atenuado a quebra nas quantidades, este não foi suficiente para a compensar.

Os investimentos ascenderam a 3,2 mi-lhões de euros, tendo como principal in-vestimento a alimentação de petcoque à torre de pré-aquecimento para subs-tituição do gás natural, e que permitiu a diminuição da utilização do gás compa-rativamente a 2013.

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de Gestão 29

habitacional, permitindo que o mercado não registasse uma quebra tão acen-tuada como teria sido expectável.

Neste contexto e apesar da quebra do mercado, as vendas de cimento de Sibline registaram uma performance positiva, tendo crescido 2% comparativamente a 2013, vendas estas que foram realiza-das integralmente no mercado interno. O mercado continua a apresentar um bom desempenho, tal como mencionado, im-pulsionado pelo impacto da pressão de-mográfica no mercado habitacional, mas também pelas condições meteorológicas mais favoráveis verificadas no 1º trimestre de 2014, em comparação com o mesmo período em 2013 (no qual se verificou um inverno mais rigoroso).

No que se refere à actividade do be-

De acordo com os últimos dados publica-dos pelo FMI a economia libanesa deverá ter crescido 1,75% em 2014, ligeiramente acima do que sucedeu em 2013 (World Economic Outlook, FMI Janeiro 2015).

O Líbano tem sofrido o impacto da de-saceleração global e da instabilidade re-gional, em particular da situação vivida na Síria. Os últimos dois anos têm sido excepcionalmente desafiantes, tendo a crise síria conduzido à entrada, sem pre-cedentes, de refugiados no Líbano, agora estimados em cerca de ¼ da população.

O consumo de cimento estima-se que tenha sido inferior ao de 2013 em cerca de 5,3%, tendo o consumo atingido as 5,5 milhões de toneladas. A pressão de-mográfica criada pelo elevado número de refugiados teve impacto no mercado

tão, esta apresentou uma performance abaixo da verificada em 2013, devido à diminuição das quantidades vendidas em cerca de 19%, fruto do ambiente concor-rencial muito competitivo.

O volume de negócios das actividades no Líbano decresceu cerca de 1% face a 2013, devendo-se esta evolução ao de-créscimo de actividade do betão pronto. O volume de negócios do cimento cres-ceu cerca de 1,5%, tendo as quantida-des vendidas aumentado 2%.

A taxa média de câmbio do dólar man-teve-se semelhante à de 2013, pelo que o volume de negócios não foi impactado por flutuações cambiais.

O volume de negócios do betão pronto apresentou um desempenho abaixo do

6. líbano

30

LiBaNo

Unidade 2014 2013 VariaçãoMercado de cimento 1000 t 5 542 5 850 -5,3%Produção de clínquer 1000 t 951 923 3,0%Produção de cimento 1000 t 1 230 1 239 -0,7%Vendas de cimento e clínquer*Mercado interno 1000 t 1 285 1 265 1,5%Vendas de Betão* 1000 m3 124 153 -18,6%Volume de negócios 1 000 € 89 664 90 415 -0,8%eBitda 1 000 € 31 315 31 300 0,0%Margem eBitda % 34,9% 34,6%eBit 1 000 € 19 329 20 778 -7,0%Margem eBit % 21,6% 23,0%capex 1 000 € 5 465 9 680 -43,5%Pessoal nº 501 506 -5

* os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.

verificado em 2013, devido à diminuição das quantidades vendidas. No entanto, o impacto no volume de negócios foi superior e diminuiu 21%, em virtude do decréscimo do preço médio de venda, fruto de uma forte pressão da concor-rência sobre os preços.

O EBITDA gerado pelas operações no Líbano atingiu 31,3 milhões de euros, valor semelhante ao registado em 2013. O EBITDA do cimento situou-se em 30,7 milhões de euros, um crescimento mo-desto de 150 mil euros, enquanto no betão pronto este indicador decresceu 135 mil euros.

No cimento, para além do aumento do volume de negócios, destaca-se a me-lhoria significativa da performance da produção. Essa melhoria foi principal-

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de Gestão 31

mente devida à remodelação da linha 1, a qual ficou concluída no final do 1º semestre de 2013. A produção de clín-quer em 2014 foi superior à verificada em 2013, e os indicadores de produção tam-bém se revelaram superiores (a produção média diária de clínquer aumentou, bem como o factor de utilização dos fornos). As compras de clínquer e respectivos consumos em 2014 foram muito inferio-res às realizadas em 2013, o que permitiu um aumento da margem.

No geral, o EBITDA melhorou no seg-mento de cimento, devido a uma diminui-ção das compras de cimento e clínquer, em comparação a 2013 e às vendas de clínquer em 2014. Esta melhoria acabou por ser absorvida por despesas rela-cionadas com o lançamento de novos produtos no mercado (argamassas), pela

instabilidade no fornecimento de energia eléctrica. e pelo início da laboração da nova fábrica de blocos, que no passado mês de Setembro iniciou a produção e venda, ainda que com valores pouco ex-pressivos. Apesar das restrições, o EBI-TDA em 2014 foi 0,5% acima do de 2013.O desempenho do EBITDA no betão pronto, que decresceu 18%, reflecte a diminuição das vendas e do preço médio de venda.

Os investimentos em 2014 totalizaram 5,5 milhões de euros, destacando-se a conclusão da fábrica de blocos, e cujo valor de investimento em 2014 ascendeu a 4 milhões de euros.

A economia angolana manteve a tendên-cia de crescimento, continuando o ce-nário macroeconómico a apresentar-se positivo, apesar de a actividade continuar relativamente vulnerável aos desenvolvi-mentos do sector petrolífero. De acordo com a informação divulgada pelo FMI, o produto interno bruto deverá ter crescido 3,9% em 2014, crescimento substancial-mente abaixo dos 6,8% observados em 2013 (World Economic Outlook, FMI, Ja-neiro 2015).

Na base deste valor está o baixo cresci-mento, da produção agrícola e a queda temporária da produção de petróleo na primeira metade do ano. Prevê-se no entanto, e dada a contínua desvaloriza-ção do preço do petróleo nos mercados internacionais no decorrer do segundo semestre, que o crescimento final do PIB em 2014 tenha sido inferior ao valor pre-visto no relatório do FMI.

Apesar deste crescimento mais mode-rado do PIB, o mercado do cimento em Angola apresentou em 2014 um cresci-mento de 3,6% relativamente a 2013,

dos preços dos combustíveis verificado no decorrer do 4º trimestre, que afectou profundamente as margens das unidades produtivas de clínquer no país.

Neste contexto concorrencial adverso, as quantidades vendidas pela Secil Lobito cresceram 2,6% comparativamente ao ano anterior, apesar do aparecimento de novos produtos na zona sul de Angola e do início da laboração em Dezembro de 2013 de uma nova fábrica de cimento na zona da Secil Lobito e de não se ter verificado um crescimento significativo do mercado na zona de influência das nossas operações.

O desempenho de 2014, comparati-vamente ao de 2013, caracterizou-se fundamentalmente por uma redução do preço médio de venda, facto que se de-veu maioritariamente ao já referido início de laboração de uma fábrica de cimento na zona do Kuanza Sul, cuja política de preços se caracterizou por uma redução significativa dos mesmos relativamente aos preços de mercado. Assim, o nosso volume de negócios decresceu 8,9%

situando-se próximo de 5,7 milhões de toneladas. A construção continuou a sua tendência de crescimento acentuado, suportada pelo investimento no sector energético, bem como nos planos go-vernamentais de construção de projec-tos de habitação de larga escala e de requalificação de estradas, pontes, silos e sistema ferroviário.

Do total do mercado, cerca de 800 mil to-neladas foram de cimento importado, va-lor substancialmente inferior ao de 2013, que se situou em 2 milhões de toneladas. Esta redução significativa resulta das li-mitações às importações de cimento imposta pela legislação publicada em Janeiro de 2014, que no entanto, só foi operacionalizada em Junho. Esta proibi-ção não afectou o mercado interno uma vez que a capacidade produtiva de ci-mento em Angola é actualmente superior às necessidades, existindo um excesso de oferta. Como resultado deste facto, os preços de venda de cimento no mercado tiveram uma redução próxima dos 12%. As margens dos produtores nacionais foram também afectadas pelo aumento

7. anGola

32

aNgoLa

Unidade 2014 2013 VariaçãoMercado cimento 1000 t 5 700 5 500 3,6%Produção de cimento 1000 t 184 181 1,5%Vendas de cimento 1000 t 185 180 2,6%Volume de negócios 1 000 € 21 748 23 870 -8,9%eBitda 1 000 € -1 325 241 n.aMargem eBitda % n.a. 1%eBit 1 000 € -3 845 -2 754 40%Margem eBit % n.a. n.a.capex 1 000 € 1 273 1 931 -34%Pessoal nº 227 253 -26

face a 2013 resultante da descida do preço médio de venda.

Dada a diminuição do preço médio de venda, o impacto no EBITDA foi signifi-cativo, tendo registado uma diminuição em 2014.

O impacto não se revelou mais significa-tivo devido às medidas levadas a cabo pela gestão. Os custos variáveis tiveram uma evolução muito positiva, tendo--se reduzido em 5%. Esta diminuição, deveu-se principalmente à instalação de um separador dinâmico num moinho de cimento, durante o segundo semestre de 2013. Os impactos positivos só ocorre-ram no final do ano de 2013, pelo que a optimização destes investimentos foi significativa nos resultados de 2014.

Foi efectuado um esforço na redução dos custos fixos, que diminuíram 2% compa-rativamente a 2013. Também a política de pessoal foi direccionada para a redu-ção do número de efectivos e redução de custos.

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de Gestão 33

A economia cabo-verdiana deverá ter crescido 1% em 2014, valor abaixo dos 1,5% verificados em 2013 (World Eco-nomic Outlook, FMI, Janeiro 2015). O contexto internacional persistentemente desfavorável, em particular o dos países da União Europeia, continua a condicio-nar os desenvolvimentos económicos e financeiros do país, dada a sua depen-dência de capitais estrangeiros, bem como o comportamento das remessas dos emigrantes (importante fluxo de fi-nanciamento à economia).

O mercado da construção, ainda que pequeno e à semelhança de 2013, en-frentou em 2014 uma contracção e um elevado nível de concorrência. Nova-mente a conjuntura económica interna-cional, nomeadamente a Europeia, limitou

o investimento privado em Cabo Verde, principalmente no imobiliário turístico onde se continuou a verificar a para-gem ou adiamento de muitos projectos. O agravamento das condições internas de financiamento condicionou o investi-mento privado, sendo que os investimen-tos públicos em infra-estruturas não foram suficientes para evitar uma redução no mercado da construção. Estima-se que o mercado do cimento tenha atingido 215 mil toneladas, valor inferior às 240 mil to-neladas de 2013, um decréscimo de 10%.

Apesar da conjuntura, as vendas de ci-mento da Secil Cabo Verde registaram um crescimento significativo, tendo sido vendidas 56 mil toneladas, o que significa um aumento expressivo de 19,1%. Este crescimento, com o mercado em reces-

8. cabo Verde

34

caBo VErDE

Unidade 2014 2013 VariaçãoVendas de cimento* 1000 t 56 47 19%Vendas de agregados* 1000 m3 52 56 -7%Venda de Pré-Fabricado* 1000 t 0,2 0,7 -67%Volume de negócios 1 000 € 6 411 5 425 18%eBitda 1 000 € 486 184 164%Margem eBitda % 7,6% 3,4%eBit 1 000 € 420 111 279%Margem eBit % 6,6% 2,0%capex 1 000 €€ 6 58 -89%Pessoal nº 35 36 -1

* os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.

são, foi suportado pela fidelização de clientes revendedores que operam nas várias ilhas de Cabo Verde e pela con-solidação da estratégia comercial de au-mento do número de clientes pequenos revendedores (que permitiu um melhor acesso ao pequeno utilizador).

O aumento significativo no volume de negócios (18%) deveu-se à área do ci-mento, que para além do crescimento do volume de vendas, conseguiu, num ano de forte crise, aumentar o preço médio de venda em cerca de 2%.

No caso dos inertes, estima-se que este mercado na ilha de Santiago tenha tido um forte decréscimo em relação a 2013. A situação do mercado aliada à forte concorrência de um player de grandes

dimensões e à entrada de um outro no mercado, bem como a importação de areia natural da costa ocidental africana (ainda que a um ritmo inferior), resultou numa diminuição das quantidades ven-didas.

O aumento das vendas de cimento e da sua margem de comercialização e ainda a redução dos custos variáveis de produção de inertes, contribuíram para o aumento do desempenho das opera-ções. Desta forma o EBITDA registou em 2014 um aumento muito considerável, atingindo os 486 mil euros e a margem EBITDA cresceu para 7,6%, desempe-nho bastante positivo dados os condi-cionalismos do mercado.

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de Gestão 35

Em Portugal o contexto económico geral para 2015 perspectiva-se mais favorável do que o dos últimos anos. De acordo com as últimas projecções do Banco de Portugal prevê-se uma progressiva recuperação da procura interna e uma recuperação moderada da actividade no período de 2014-2016. As actuais pro-jecções apontam para um crescimento de 1,5% da actividade económica em 2015. Em linha com as projecções do FMI que apontam para um crescimento de 1,5%.

Estas projecções reflectem a continua-ção do processo de ajustamento gradual dos desequilíbrios macroeconómicos, num quadro de crescimento moderado da actividade e do nível de preços. As perspectivas de crescimento do PIB, a recuperação da procura interna e do in-vestimento, a inversão positiva no licen-ciamento de fogos e o crescimento da produção na construção, levam a prever para 2015, a inversão da tendência de evolução do mercado nacional de ci-mento, ainda que apenas ligeiramente positiva.

Em 2015 as actividades do Grupo em Portugal vão permanecer influenciadas pela conjuntura do sector da constru-ção. No entanto, as perspectivas de alguma estabilização, aliadas ao bom desempenho no mercado externo, em conjugação com as poupanças e ganhos obtidos com as medidas de racionaliza-ção implementadas em anos anteriores, perspectivam a obtenção de resultados igualmente favoráveis aos de 2014.

Na Tunísia é expectável que a economia cresça 3,7%, de acordo com as estima-

ano de quebra na procura de cimento em Angola, após uma década de cresci-mento sustentado. O efeito desta prová-vel quebra de mercado nos produtores nacionais, poderá vir a ser parcialmente amortecido devido à aplicação de legis-lação recentemente aprovada visando a limitação das importações de cimento. Em qualquer caso, somente existindo um impacto importante ao nível da subida do preço de venda decorrente desta limitação às importações é que o negócio de Angola poderá repor as margens perdidas ao longo dos dois úl-timos anos.

No Brasil, os dados mais recentes publi-cados pelo FMI estimam que a economia registe um crescimento de 0,3%, supe-rior aos 0,1% previstos para 2014 (World Economic Outlook, FMI, Janeiro 2015). Existem, no entanto, algumas incertezas, considerando a possibilidade de vir a ser implementada pelo governo uma política monetária e económica mais restritiva, através do aumento da taxa de juro e dos impostos.

A nova fábrica de cimento, em constru-ção pela Supremo Cimentos, S.A. no Brasil, tem a sua conclusão prevista para Março de 2015. Com o início de actividade desta unidade produtiva, a totalidade da capacidade de cimento instalada da Supremo atingirá os dois milhões de toneladas, assumindo assim um papel importante na actividade e nos resultados do Grupo Secil de 2015 em diante.

Perspectiva-se para o ano de 2015 um desempenho global positivo do Grupo Secil, acima do alcançado em 2014.

tivas mais recentes do FMI. As questões políticas na Tunísia, após os desenvol-vimentos no final de 2014, estão de um modo geral solucionadas e podem trazer importantes melhorias sociais e econó-micas. Em consonância com o que é es-perado para a economia, também o sec-tor da construção e do cimento deverá crescer em 2015. O nível concorrencial deverá manter-se forte, sendo expectável um aumento da pressão sobre os preços de venda.

No Líbano prevê-se um ano de 2015 similar ao de 2014 no que respeita ao mercado do cimento. Contudo, as alte-rações que têm ocorrido na região do Médio Oriente não facilitam a manuten-ção da estabilidade macroeconómica e o mercado do cimento deverá estar nos seus valores máximos. A fábrica de blo-cos foi concluída em 2014, tendo ainda sido efectuadas algumas produções, esperando-se que a partir de 2015 os volumes de produção e venda de blocos sejam incrementados, permitindo a ob-tenção de resultados positivos.

As perspectivas para 2015 em Angola são moderadamente favoráveis. Embora o FMI esteja a prever um crescimento de 5,9% em 2015 para a economia de Angola, os impactos negativos decor-rentes da evolução recente do preço do petróleo não deixarão de se fazer sentir ao longo deste ano. Esse preço está em mínimos de 6 anos e em média significa-tivamente abaixo do valor pressuposto no orçamento do Estado angolano para 2015. O anúncio da redução das des-pesas correntes e de investimento do Estado, conjugado com as dificuldades já sentidas desde o final de 2014 nos pagamentos ao exterior em resultado das restrições cambiais impostas pelo Banco Nacional de Angola, perspecti-vam um quadro negativo para o sector da construção e obras públicas, que po-derá fazer com que 2015 seja o primeiro

9. perspectiVas Futuras

36

Os resultados líquidos do período da Secil – Companhia Geral de Cal e Ci-mento, S.A. são de 6 035 413,49 euros. O Conselho de Administração propõe a sua transferência para a rubrica de Re-sultados Transitados.

O Conselho de Administração, Outão, 02 de Março de 2015

PresidentePedro Mendonça de Queiroz Pereira

VogaisGonçalo de Castro Salazar LeiteCarlos Alberto Medeiros AbreuSérgio António Alves MartinsJoão Luís Barbosa Pereira de VasconcelosFrancisco José Melo e Castro GuedesJosé Miguel Pereira Gens ParedesPaulo Miguel Garcês Ventura

10. proposta de aplicação de resultados

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de Gestão 37

38

demonstrações financeiras consolidadas

Molhe Foz do Douro, Porto

1. balanço consolidado 2. demonstração dos resultados consolidados 3. demonstração das alterações nos

demonstrações financeiras consolidadas

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 39

capitais próprios consolidados 4. demonstração dos Fluxos de caixa consolidados

Molhe Norte da Foz do Douro, Porto

40

1. balanço consolidado

BaLaNÇo coNsoLiDaDo EM 31 DE DEZEMBro DE 2014 E 2013

Valores em Euros Nota 31/12/14 31/12/13ACTIVOActivo não correnteActivos fixos tangíveis 10 351 082 705 365 303 840Propriedades de investimento 12 1 272 649 1 289 715Goodwill 9 116 659 852 114 966 625Activos intangíveis 13 5 779 052 3 877 689Participações financeiras - método da equivalência patrimonial 14 39 834 386 33 408 378Outras contas a receber 18 2 266 051 2 407 210Activos por impostos diferidos 15 10 816 894 11 827 066Outros activos financeiros 16 3 297 025 3 650 427 531 008 614 536 730 950Activo correnteInventários 17 95 841 046 91 765 301Clientes 18 49 754 465 48 447 939Adiantamentos a fornecedores 24 2 958 338 2 062 119Estado e outros entes públicos 25 10 275 326 8 414 033Outras contas a receber 18 11 885 484 13 975 118Diferimentos 26 860 573 804 662Activos não correntes detidos para venda 19 1 114 053 1 174 069Caixa e depósitos bancários 18 136 675 939 124 323 147 309 365 224 290 966 388Total do activo 840 373 838 827 697 338CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVOCapital próprioCapital realizado 20 264 600 000 264 600 000Acções próprias 20 (22 609 745) (22 609 745)Reservas legais 20 40 680 725 40 680 725Outras reservas 20 95 675 899 94 623 691Resultados transitados (42 688 117) (7 952 383)Excedentes de revalorização 20 14 080 833 14 242 547Outras variações no capital próprio 20 (83 123 673) (99 653 339) 266 615 922 283 931 496Resultado consolidado líquido do período 6 035 413 (34 897 448) 272 651 335 249 034 048Interesses minoritários 5 78 292 078 66 192 420Total do capital próprio 350 943 413 315 226 468PASSIVOPassivo não correnteProvisões 21 27 668 652 21 294 223Accionistas/ sócios 36 - 585 000Financiamentos obtidos 23 240 320 134 282 920 857Responsabilidades por benefícios pós-emprego 22 1 152 162 2 566 329Passivos por impostos diferidos 15 28 097 489 34 513 322Outros passivos financeiros 38 4 014 691 4 262 775 301 253 128 346 142 506Passivo correnteFornecedores 23 39 662 228 42 321 474Adiantamentos de clientes 24 3 565 691 2 534 888Estado e outros entes públicos 25 24 768 065 16 971 737Accionistas/ sócios 36 1 908 150 1 655 133Financiamentos obtidos 23 79 689 815 71 364 558Outras contas a pagar 23 38 301 503 31 000 729Passivos directamente associados a activos não correntes detidos para venda 19 84 724 100 265Diferimentos 26 197 121 379 580 188 177 297 166 328 364Total do passivo 489 430 425 512 470 870Total do capital próprio e do passivo 840 373 838 827 697 338

2. demonstração dos resultados consolidados

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 41

DEMoNsTraÇão Dos rEsULTaDos coNsoLiDaDos EM 31 DE DEZEMBro DE 2014 E 2013

Valores em Euros Nota 31/12/14 31/12/13Vendas e serviços prestados 27 431 425 633 411 525 441Ganhos e (perdas) imputados de associadas e empreendimentos conjuntos 28 (671 278) (2 214 487)Variação nos inventários da produção 1 284 452 1 450 246Trabalhos para a própria entidade 94 047 166 060Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (132 438 890) (130 724 451)Fornecimentos e serviços externos 29 (164 639 971) (158 008 105)Gastos com o pessoal 30 (63 029 355) (65 927 987)Imparidade de inventários ((perdas)/ reversões) 17 (3 574 760) (1 716 701)Imparidade de divídas a receber ((perdas)/ reversões) 18 (1 420 243) (634 228)Imparidade de investimentos não depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões) 9 - (13 620 281)Provisões ((aumentos)/ reduções) 21 (7 113 734) (3 752 209)Outros rendimentos e ganhos 31 33 454 153 22 613 082Outros gastos e perdas 32 (8 641 639) (9 867 647)Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 84 728 415 49 288 733(Gastos)/ reversões de depreciação e de amortização 33 (53 440 149) (58 436 262)Imparidade de activos depreciáveis/ amortizáveis ((perdas)/ reversões) 33 (1 294 102) 206 338Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 29 994 164 (8 941 191)Juros e rendimentos similares obtidos 34 3 454 809 5 159 598Juros e gastos similares suportados 34 (19 692 532) (26 863 903)Resultado antes de impostos 13 756 441 (30 645 496)Imposto sobre o rendimento 15 (1 670 337) 1 508 953Resultado consolidado líquido do período 12 086 104 (29 136 543)Resultado consolidado líquido do período atribuível a:Detentores do capital da empresa-mãe 35 6 035 413 (34 897 448)Interesses minoritários 5 6 050 691 5 760 905 12 086 104 (29 136 543)Resultado básico por acção 0,12 (0,72)

42

DEMoNsTraÇão Das aLTEraÇÕEs Nos caPiTais PróPrios coNsoLiDaDosDE 1 DE JaNEiro DE 2014 a 31 DE DEZEMBro DE 2014 caPiTaL PróPrio aTriBUiDo aos DETENTorEs Do caPiTaL Da EMPrEsa MãE

outras Excedentes variações no capital acções reservas outras de capital resultado interesses Total do realizado próprias legais reservas resultados revalorização próprio líquido do minoritários capitalValores em Euros (Nota 20.1) (Nota 20.1) (Nota 20.2) (Nota 20.3) transitados (Nota 20.4) (Nota 20.5) período Total (Nota 5.2) próprioPosição no início do período 2014 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725 94 623 691 (7 952 383) 14 242 547 (99 653 339) (34 897 448) 249 034 048 66 192 420 315 226 468Alterações no período: Excedente de revalorização de activos fixos tangíveis Realização do excedente de revalorização - - - - 186 307 (186 307) - - - - - Imposto diferido - - - - (24 593) 24 593 - - - - - Diferenças de conversão de demonstrações financeiras - - - - - - 14 888 608 - 14 888 608 8 356 806 23 245 414 Reserva de justo valor de derivados de cobertura Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura no período - - - - - - 248 084 - 248 084 - 248 084 Imposto diferido - - - - - - (73 958) - (73 958) - (73 958) Desvios e alterações de pessupostos em estudos actuariais Movimento nos desvios e pressupostos actuariais no período - - - - - - 243 493 - 243 493 25 404 268 897 Imposto diferido - - - - - - (54 933) - (54 933) 59 (54 874) Subsídios do Governo Subsídios ao investimento - - - - - - (223 783) - (223 783) (13 147) (236 930) Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa - - - - - - 1 897 862 - 1 897 862 - 1 897 862 Imposto diferido - - - - - - (395 707) - (395 707) 3 760 (391 947) Efeito de aquisição / alienação de participadas - - - - - - - - - 15 430 15 430 Fusão da Great Heart na Secil (Nota 20.1) - - - 1 052 208 - - - - 1 052 208 - 1 052 208 Outras alterações reconhecidas no capital próprio: Transferência do resultado líquido do período de 2013 para reservas - - - - (34 897 448) - - 34 897 448 - - - - - - 1 052 208 (34 735 734) (161 714) 16 529 666 34 897 448 17 581 874 8 388 312 25 970 186Resultado líquido do período 6 035 413 6 035 413 6 050 691 12 086 104Resultado integral 23 617 287 14 439 003 38 056 290Operações com detentores de capital no período Distribuição do resultado do período de 2013 - - - - - - - - (2 269 237) (2 269 237) Redução de capital - - - - - - - - - (70 108) (70 108) - - - - - - - - - (2 339 345) (2 339 345)Posição no fim do período 2014 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725 95 675 899 (42 688 117) 14 080 833 (83 123 673) 6 035 413 272 651 335 78 292 078 350 943 413

3. demonstração das alterações nos capitais próprios consolidados

DEMoNsTraÇão Das aLTEraÇÕEs Nos caPiTais PróPrios coNsoLiDaDosDE 1 DE JaNEiro DE 2014 a 31 DE DEZEMBro DE 2014 caPiTaL PróPrio aTriBUiDo aos DETENTorEs Do caPiTaL Da EMPrEsa MãE

outras Excedentes variações no capital acções reservas outras de capital resultado interesses Total do realizado próprias legais reservas resultados revalorização próprio líquido do minoritários capitalValores em Euros (Nota 20.1) (Nota 20.1) (Nota 20.2) (Nota 20.3) transitados (Nota 20.4) (Nota 20.5) período Total (Nota 5.2) próprioPosição no início do período 2014 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725 94 623 691 (7 952 383) 14 242 547 (99 653 339) (34 897 448) 249 034 048 66 192 420 315 226 468Alterações no período: Excedente de revalorização de activos fixos tangíveis Realização do excedente de revalorização - - - - 186 307 (186 307) - - - - - Imposto diferido - - - - (24 593) 24 593 - - - - - Diferenças de conversão de demonstrações financeiras - - - - - - 14 888 608 - 14 888 608 8 356 806 23 245 414 Reserva de justo valor de derivados de cobertura Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura no período - - - - - - 248 084 - 248 084 - 248 084 Imposto diferido - - - - - - (73 958) - (73 958) - (73 958) Desvios e alterações de pessupostos em estudos actuariais Movimento nos desvios e pressupostos actuariais no período - - - - - - 243 493 - 243 493 25 404 268 897 Imposto diferido - - - - - - (54 933) - (54 933) 59 (54 874) Subsídios do Governo Subsídios ao investimento - - - - - - (223 783) - (223 783) (13 147) (236 930) Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa - - - - - - 1 897 862 - 1 897 862 - 1 897 862 Imposto diferido - - - - - - (395 707) - (395 707) 3 760 (391 947) Efeito de aquisição / alienação de participadas - - - - - - - - - 15 430 15 430 Fusão da Great Heart na Secil (Nota 20.1) - - - 1 052 208 - - - - 1 052 208 - 1 052 208 Outras alterações reconhecidas no capital próprio: Transferência do resultado líquido do período de 2013 para reservas - - - - (34 897 448) - - 34 897 448 - - - - - - 1 052 208 (34 735 734) (161 714) 16 529 666 34 897 448 17 581 874 8 388 312 25 970 186Resultado líquido do período 6 035 413 6 035 413 6 050 691 12 086 104Resultado integral 23 617 287 14 439 003 38 056 290Operações com detentores de capital no período Distribuição do resultado do período de 2013 - - - - - - - - (2 269 237) (2 269 237) Redução de capital - - - - - - - - - (70 108) (70 108) - - - - - - - - - (2 339 345) (2 339 345)Posição no fim do período 2014 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725 95 675 899 (42 688 117) 14 080 833 (83 123 673) 6 035 413 272 651 335 78 292 078 350 943 413

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 43

3. demonstração das alterações nos capitais próprios consolidados

DEMoNsTraÇão Das aLTEraÇÕEs Nos caPiTais PróPrios coNsoLiDaDosDE 1 DE JaNEiro DE 2013 a 31 DE DEZEMBro DE 2013 caPiTaL PróPrio aTriBUiDo aos DETENTorEs Do caPiTaL Da EMPrEsa MãE

outras Excedentes variações no capital acções reservas outras de capital resultado interesses Total do realizado próprias legais reservas resultados revalorização próprio líquido do minoritários capitalValores em Euros (Nota 20.1) (Nota 20.1) (Nota 20.2) (Nota 20.3) transitados (Nota 20.4) (Nota 20.5) período Total (Nota 5.2) próprioPosição no início do período 2013 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725 94 623 691 30 299 150 14 450 157 (77 523 969) (38 459 143) 306 060 866 65 678 572 371 739 438Alterações no período: Excedente de revalorização de activos fixos tangíveis Realização do excedente de revalorização - - - - 239 182 (239 182) - - - - - Imposto diferido - - - - (31 572) 31 572 - - - - - Diferenças de conversão de demonstrações financeiras - - - - - - (24 100 907) - (24 100 907) (2 902 672) (27 003 579) Reserva de justo valor de derivados de cobertura Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura no período - - - - - - 1 532 731 - 1 532 731 - 1 532 731 Imposto diferido - - - - - - (424 313) - (424 313) - (424 313) Desvios e alterações de pessupostos em estudos actuariais Movimento nos desvios e pressupostos actuariais no período - - - - - - (1 009 091) - (1 009 091) (10 822) (1 019 913) Imposto diferido - - - - - - 298 685 - 298 685 573 299 258 Subsídios do Governo Subsídios ao investimento - - - - - - (146 437) - (146 437) 21 250 (125 187) Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa - - - - - - 2 283 263 - 2 283 263 - 2 283 263 Imposto diferido - - - - - - (563 301) - (563 301) (4 005) (567 306) Efeito de aquisição / alienação de participadas - - - - - - - - - 1 500 1 500 Outras alterações reconhecidas no capital próprio Transferência do resultado líquido do período de 2012 para reservas - - (38 459 143) - - 38 459 143 - - - - - - - (38 251 533) (207 610) (22 129 370) 38 459 143 (22 129 370) (2 894 176) (25 023 546)Resultado líquido do período (34 897 448) (34 897 448) 5 760 905 (29 136 543)Resultado integral (57 026 818) 2 866 729 (54 160 089)Operações com detentores de capital no período Distribuição do resultado do período de 2012 - - - - - - - - (2 352 881) (2 352 881) - - - - - - - - - (2 352 881) (2 352 881)Posição no fim do período 2013 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725 94 623 691 (7 952 383) 14 242 547 (99 653 339) (34 897 448) 249 034 048 66 192 420 315 226 468

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DEMoNsTraÇão Das aLTEraÇÕEs Nos caPiTais PróPrios coNsoLiDaDosDE 1 DE JaNEiro DE 2013 a 31 DE DEZEMBro DE 2013 caPiTaL PróPrio aTriBUiDo aos DETENTorEs Do caPiTaL Da EMPrEsa MãE

outras Excedentes variações no capital acções reservas outras de capital resultado interesses Total do realizado próprias legais reservas resultados revalorização próprio líquido do minoritários capitalValores em Euros (Nota 20.1) (Nota 20.1) (Nota 20.2) (Nota 20.3) transitados (Nota 20.4) (Nota 20.5) período Total (Nota 5.2) próprioPosição no início do período 2013 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725 94 623 691 30 299 150 14 450 157 (77 523 969) (38 459 143) 306 060 866 65 678 572 371 739 438Alterações no período: Excedente de revalorização de activos fixos tangíveis Realização do excedente de revalorização - - - - 239 182 (239 182) - - - - - Imposto diferido - - - - (31 572) 31 572 - - - - - Diferenças de conversão de demonstrações financeiras - - - - - - (24 100 907) - (24 100 907) (2 902 672) (27 003 579) Reserva de justo valor de derivados de cobertura Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura no período - - - - - - 1 532 731 - 1 532 731 - 1 532 731 Imposto diferido - - - - - - (424 313) - (424 313) - (424 313) Desvios e alterações de pessupostos em estudos actuariais Movimento nos desvios e pressupostos actuariais no período - - - - - - (1 009 091) - (1 009 091) (10 822) (1 019 913) Imposto diferido - - - - - - 298 685 - 298 685 573 299 258 Subsídios do Governo Subsídios ao investimento - - - - - - (146 437) - (146 437) 21 250 (125 187) Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa - - - - - - 2 283 263 - 2 283 263 - 2 283 263 Imposto diferido - - - - - - (563 301) - (563 301) (4 005) (567 306) Efeito de aquisição / alienação de participadas - - - - - - - - - 1 500 1 500 Outras alterações reconhecidas no capital próprio Transferência do resultado líquido do período de 2012 para reservas - - (38 459 143) - - 38 459 143 - - - - - - - (38 251 533) (207 610) (22 129 370) 38 459 143 (22 129 370) (2 894 176) (25 023 546)Resultado líquido do período (34 897 448) (34 897 448) 5 760 905 (29 136 543)Resultado integral (57 026 818) 2 866 729 (54 160 089)Operações com detentores de capital no período Distribuição do resultado do período de 2012 - - - - - - - - (2 352 881) (2 352 881) - - - - - - - - - (2 352 881) (2 352 881)Posição no fim do período 2013 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725 94 623 691 (7 952 383) 14 242 547 (99 653 339) (34 897 448) 249 034 048 66 192 420 315 226 468

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 45

4. demonstração dos Fluxos de caixa consolidados

DEMoNsTraÇão Dos FLUxos DE caixa coNsoLiDaDos Para o PErÍoDo FiNDo EM 31 DE DEZEMBro DE 2014 E 2013

Valores em Euros Nota 31/12/14 31/12/13FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS recebimentos de clientes 483 420 870 470 886 104 Pagamentos a fornecedores (363 973 763) (334 123 790) Pagamentos ao pessoal (43 589 990) (45 732 747) caixa gerada pelas operações 75 857 117 91 029 567 (Pagamentos)/recebimentos do imposto sobre o rendimento (2 833 979) 37 920 outros (pagamentos)/recebimentos 3 493 780 (36 716 079) Fluxos de caixa das actividades operacionais (1) 76 516 918 54 351 408FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO Pagamentos respeitantes a: activos fixos tangíveis (12 606 908) (29 457 983) investimentos financeiros (2 456 968) (17 602 279) outros activos (750 000) - (15 813 876) (47 060 262) Recebimentos provenientes de: activos fixos tangíveis 1 362 566 400 448 investimentos financeiros 80 815 - subsídios de investimento 78 825 - Juros e ganhos similares 1 218 192 3 358 789 dividendos 665 104 713 506 outros activos - 70 143 004 3 405 502 74 615 747 Fluxos de caixa das actividades de investimento (2) (12 408 374) 27 555 485FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO recebimentos provenientes de: Financiamentos obtidos 395 684 274 564 313 583 aumentos de capital - 1 500 outros - 80 000 395 684 274 564 395 083Pagamentos respeitantes a: Financiamentos obtidos (428 028 907) (566 734 207) amortização de contratos de locação financeira (576 277) (553 494) Juros e gastos similares (21 107 054) (25 064 676) dividendos (2 153 469) (2 228 211) (451 865 707) (594 580 588) Fluxos de caixa das actividades de financiamento (3) (56 181 433) (30 185 505)VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (1)+(2)+(3) 7 927 111 51 721 388eFeito das diFerenças de cÂMBio 8 764 348 (3 364 682)CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO PERÍODO 110 159 292 61 802 586Variação de PerÍMetro (17 971) -CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO PERÍODO 4 126 832 780 110 159 292

46

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 47

48

índice das notas Às demonstrações Financeiras consolidadas

1. nota introdutória 50

2. referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras 50

3. resumo das principais políticas contabilísticas 50 3.1. Bases de apresentação 50 3.2. concentração de actividades empresariais e princípios de consolidação 50 3.2.1. Princípios de consolidação 50 3.2.2. investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente 51 3.2.3. investimentos financeiros em empresas associadas 51 3.2.4. investimentos financeiros em outras participações financeiras 52 3.2.5. concentração de actividades empresariais 52 3.2.6. Goodwill 52 3.2.7. conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras 53 3.3. activos fixos tangíveis 54 3.4. locações 54 3.5. Propriedades de investimento 55 3.6. activos intangíveis 55 3.7. imparidade de activos fixos tangíveis e intangíveis excluindo goodwill 56 3.8. imposto sobre o rendimento 56 3.9. inventários 57 3.10. activos e passivos financeiros 57 3.10.1. imparidade de activos financeiros 58 3.10.2. desreconhecimento de activos e passivos financeiros 59 3.11. activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas 59 3.12. subsídios do governo 59

3.13. saldos e transacções em moeda estrangeira 59 3.14. Provisões 60 3.15. Benefícios pós-emprego 60 3.15.1 Planos de contribuição definida 60 3.15.2. Planos de benefícios definidos 60 3.16. outros benefícios a longo prazo dos empregados 61 3.17. Benefícios a curto prazo de empregados 61 3.18. rédito 61 3.19. encargos financeiros com empréstimos obtidos 62 3.20. instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura 62 3.21. gestão de risco 63 3.21.1. Factores de risco financeiro 63 3.21.2. Factores de risco operacional 63 3.22. capital social e acções próprias 64 3.23. distribuição de dividendos 64 3.24. Juízos de valor críticos e principais fontes de incerteza associadas a estimativas 65 3.25. acontecimentos após a data do balanço 66

4. Fluxos de caixa 67

5. investimentos em subsidiárias 68 5.1. subsidiárias 68 5.2. interesses minoritários 70

6. interesses em empreendimentos conjuntos 72

7. investimentos em associadas 72

8. alterações no perímetro de consolidação 76

9. Goodwill 77

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 49

10. activos fixos tangíveis 78

11. locações 82 11.1. locações financeiras 82 11.2. locações operacionais 84

12. Propriedades de investimento 84

13. activos intangíveis 86

14. Participações financeiras 90

15. imposto sobre o rendimento 92 15.1. imposto corrente 92 15.2. imposto diferido 94

16. outros activos financeiros 100

17. inventários 102

18. activos financeiros 104 18.1. categorias de activos financeiros 104 18.2. activos financeiros - clientes 104 18.3. activos financeiros – outras contas a receber 106 18.4. imparidade de dívidas a receber 108

19. activos não correntes detidos para venda 110

20. capital próprio 111 20.1. capital realizado e acções próprias 111 20.2. reservas legais 112 20.3. outras reservas 112 20.4. excedente de revalorização 112 20.5. outras variações no capital próprio 113 20.5.1. diferenças de conversão de demonstrações financeiras 114 20.5.2. desvios e alterações de pressupostos actuariais 116 20.5.3. subsídios do governo 116

30. gastos com o pessoal 145

31. outros rendimentos e ganhos 148

32. outros gastos e perdas 149

33. gastos/ reversões de depreciações, amortizações e imparidades 149

34. resultados financeiros líquidos 150

35. resultado por acção 151

36. Partes relacionadas 152

37. riscos financeiros 158 37.1. risco cambial 158 37.2. risco de taxa de juro 160 37.3. risco de crédito 164 37.4. risco de liquidez 168

38. Justo valor dos instrumentos financeiros derivados 170

39. dispêndios em matérias ambientais 172

40. custos com auditoria e revisão legal de contas 174

41. compromissos assumidos pelo grupo 175

41.1. garantias e outros compromissos financeiros 175

41.2. outros compromissos assumidos 176

42. acontecimentos após a data o balanço 177

20.5.4. reserva de justo valor de derivados de cobertura 118 20.6. aplicação do resultado do período anterior 119

21. Provisões 119

22. Benefícios a empregados 120 22.1. Benefícios pós-emprego – Planos de contribuição definida 124 22.2. Benefícios pós-emprego – Planos de benefícios definidos 124 22.2.1. caracterização dos planos de benefícios definidos 128 22.2.2. responsabilidades e movimentos ocorridos no período comparativamente com o período anterior 129 22.3. Benefícios a longo prazo 136

23. Passivos financeiros 138 23.1. categorias de passivos financeiros 138 23.2. Passivos financeiros - fornecedores 138 23.3. Passivos financeiros – financiamentos obtidos 138 23.4.Passivos financeiros – outras contas a pagar 141

24. adiantamentos de clientes e a fornecedores 141

25. estado e outros entes públicos 142

26. diferimentos activos e passivos 143

27. Vendas e serviços prestados 143

28. resultado apropriado de empresas associadas 144

29. Fornecimentos e serviços externos 144

50

tas a aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas, nos termos da legisla-ção comercial em vigor em Portugal. O Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras conso-lidadas reflectem de forma verdadeira e apropriada as operações da Sociedade e das suas subsidiárias, bem como a sua posição consolidada, desempenho finan-ceiro e fluxos de caixa consolidados.

2. rEFErENciaL coNTaBiLÍsTico DE PrEParaÇão Das DEMoNsTraÇÕEs FiNaNcEiras

As demonstrações financeiras consolida-das anexas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal, vertidos no Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de Julho, e de acordo com a estrutura conceptual, normas contabilísticas e de relato financeiro e normas interpretativas aplicáveis ao período findo em 31 de De-zembro de 2014.

3. rEsUMo Das PriNciPais PoLÍTicas coNTaBiLÍsTicas

As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração destas demons-trações financeiras consolidadas estão descritas abaixo.

3.1. BasEs DE aPrEsENTaÇão

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (No-tas 5 e 6), mantidos de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites nos países de cada subsidiária,

Do PErÍoDo FiNDo EM 31 DE DEZEMBro DE 2014

(Nas presentes notas, todos os montan-tes são apresentados em Euros, salvo se indicado o contrário.)

1. NoTa iNTroDUTória

O Grupo SECIL (Grupo) é constituído pela Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. (Sociedade ou Secil) e Subsidiárias. A Secil foi constituída em 27 de Junho de 1918 e tem como acti-vidade principal a fabricação e comer-cialização de cimento, produzido na sua fábrica do Outão, Setúbal e distribuído pelos diversos entrepostos comerciais presentes por todo o país.

Sede Social: Outão, SetúbalCapital Social: Euros 264.600.000N.I.P.C.: 500 243 590

A Secil lidera um Grupo empresarial com actividades operacionais em Portugal, Tunísia, Angola, França, Líbano, Cabo Verde e Brasil, destacando-se: (i) a pro-dução de cimento directamente e através das suas subsidiárias, nas fábricas de Maceira, Pataias, Gabès (Tunísia), Lobito (Angola) e Beirute (Líbano), (ii) a produção e comercialização de betão em Portu-gal, Tunísia e Líbano e (iii) a produção de inertes e exploração de pedreiras em Portugal e Cabo Verde.

Estas demonstrações financeiras conso-lidadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração na reunião de 2 de Março de 2015.

Contudo, as mesmas estão ainda sujei-

ajustados no processo de consolidação, de modo a que as demonstrações finan-ceiras consolidadas estejam de acordo com as Normas Contabilísticas e de Re-lato Financeiro (NCRF).

3.2. coNcENTraÇão DE acTiViDaDEs EMPrEsariais E PriNcÍPios DE coNsoLiDaÇão

3.2.1. PriNcÍPios DE coNsoLiDaÇão

As demonstrações financeiras consoli-dadas incorporam as demonstrações fi-nanceiras da Sociedade e das entidades por si controladas - as suas subsidiárias. Entende-se existir controlo quando a So-ciedade tem o poder de definir as polí-ticas financeiras e operacionais de uma entidade, de forma a obter benefícios derivados das suas actividades, normal-mente associado ao controlo, directo ou indirecto, de mais de metade dos direi-tos de voto. A existência e o efeito de direitos de voto potenciais que sejam correntemente exercíveis ou convertí-veis são considerados na avaliação do controlo que a Sociedade detém sobre uma entidade.

As subsidiárias são incluídas nas de-monstrações financeiras consolidadas através do método de consolidação in-tegral, desde a data em que a Sociedade assume o controlo sobre as suas activi-dades financeiras e operacionais e até ao momento em que esse controlo cessa.

As políticas contabilísticas das subsidiá-rias foram alteradas, sempre que neces-sário, de forma a garantir consistência com as políticas adoptadas pelo Grupo.

notas Às demonstrações Financeiras consolidadas

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 51

As transacções internas, saldos, gan-hos não realizados em transacções e dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados. As perdas não realizadas são também eliminadas, excepto se a transacção revelar evidên-cia de imparidade de um activo trans-ferido.

O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondentes à participação de terceiros nas mesmas são apresentados nas rubricas de inte-resses minoritários, respectivamente, no balanço consolidado de forma autónoma no capital próprio e na demonstração de resultados consolidada. As empresas in-cluídas nas demonstrações financeiras consolidadas encontram-se detalhadas nas Notas 5 e 6.

Os interesses minoritários são inicial-mente mensurados pela correspondente quota-parte no justo valor dos activos líquidos adquiridos. Subsequentemente, são ajustados pela correspondente quota-parte nas variações posteriores no capital próprio das subsidiárias.

Quando os prejuízos aplicáveis aos inte-resses minoritários excedem os corres-pondentes interesses no capital próprio da subsidiária, o Grupo absorve esse ex-cesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a subsidiária sub-sequentemente relatar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada.

Na redução dos interesses do Grupo em subsidiárias, qualquer diferença entre o justo valor da contraprestação recebida ou a receber e a quota-parte correspon-dente na quantia escriturada dos activos líquidos da subsidiária é registada em re-sultados do período.

3.2.2. iNVEsTiMENTos FiNaNcEi-ros EM EMPrEsas coNTroLaDas coNJUNTaMENTE

Uma entidade conjuntamente contro-lada é um empreendimento conjunto que envolve o estabelecimento de uma sociedade, de uma parceria ou de ou-tra entidade que, por via contratual, é conjuntamente controlada pelos vários empreendedores.

As entidades conjuntamente controla-das são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação proporcional sendo os activos, passivos e rendimentos e gastos das entidades conjuntamente controla-das reconhecidos rubrica a rubrica nas demonstrações financeiras consolida-das, na proporção do controlo atribuível ao Grupo.

As transacções, os saldos e os dividen-dos distribuídos entre empresas conjun-tamente controladas e outras empresas do Grupo são eliminados, no processo de consolidação, na proporção do con-trolo atribuível ao Grupo.

3.2.3. iNVEsTiMENTos FiNaNcEiros EM EMPrEsas associaDas

Associadas são todas as entidades sobre as quais o Grupo exerce influência signi-ficativa mas não possui controlo, geral-mente com investimentos representando entre 20% a 50% dos direitos de voto. Por influência significativa entende-se o poder de participar nas decisões relativas às políticas financeiras e operacionais da associada, sem que tal resulte em con-trolo ou controlo conjunto por parte do Grupo.

Os investimentos em associadas são contabilizados pelo método da equi-valência patrimonial. De acordo com o

método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais pró-prios (incluindo o resultado líquido) das associadas, por contrapartida de rendi-mentos ou gastos do período, e pelos dividendos recebidos.

O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de activos e passivos identi-ficáveis de cada associada na data de aquisição é reconhecido como goodwill (Nota 3.2.6) e é mantido no valor de in-vestimento financeiro. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos líquidos adquiri-dos seja negativo, o mesmo é reconhe-cido como um rendimento do período.

É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo possa estar em impa-ridade sendo registadas como gastos na demonstração de resultados as per-das por imparidade que se demonstrem existir. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores dei-xam de existir são objecto de reversão, à excepção do goodwill.

Quando a proporção do Grupo nas per-das da associada iguala ou ultrapassa o seu investimento na associada, o investi-mento é relatado por valor nulo, excepto se tiver incorrido em responsabilidades ou efectuado pagamentos em nome da associada. Se posteriormente a asso-ciada relatar lucros, a Sociedade retoma o reconhecimento da sua quota-parte nesses lucros somente após a sua parte nos lucros igualar a parte das perdas não reconhecidas.

Os ganhos não realizados em transac-ções com as associadas são eliminados na extensão da participação do Grupo nas associadas. As perdas não realiza-

52

3.2.5. coNcENTraÇão DE acTiViDaDEs EMPrEsariais

As aquisições de subsidiárias e de negó-cios são registadas utilizando o método da compra. O correspondente custo é determinado como o agregado, na data da aquisição, de: (a) justo valor dos ac-tivos entregues ou a entregar; (b) justo valor de responsabilidades incorridas ou assumidas; (c) justo valor de instru-mentos de capital próprio emitidos pelo Grupo em troca da obtenção de controlo sobre a subsidiária; e (d) custos directa-mente atribuíveis à aquisição.

Quando aplicável, o custo da concen-tração ou aquisição inclui o efeito de pagamentos contingentes acordados no âmbito da transacção. As alterações subsequentes em tais pagamentos são registadas por contrapartida do corres-pondente goodwill.

Os activos, passivos e responsabilidades contingentes da subsidiária ou negócio adquirido que satisfazem as condições de reconhecimento definidas na NCRF 14 são reconhecidos ao seu justo va-lor na data da aquisição. O excesso do custo da concentração relativamente ao justo valor da participação da Sociedade nos activos identificáveis adquiridos é re-gistado como goodwill. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos activos líquidos da subsidiária adquirida, a diferença é reconhecida directamente na demonstração dos resultados conso-lidados.

Sempre que de um reforço de posição no capital social de uma empresa as-sociada resulte a aquisição de controlo,

das são também eliminadas, excepto se a transacção revelar evidência de impa-ridade de um bem transferido. As políticas contabilísticas de associadas foram alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adoptadas pelo Grupo.

Os investimentos em associadas encon-tram-se detalhados na Nota 7.

3.2.4. iNVEsTiMENTos FiNaNcEiros EM oUTras ParTiciPaÇÕEs FiNaNcEiras

Outras participações financeiras são as participações financeiras onde não existe influência significativa, por norma as que sejam inferiores a 20% dos direitos de voto.

Os investimentos em outras participa-ções financeiras podem ser mensurados:

> Ao custo ou custo amorti-zado, deduzido de eventuais perdas por imparidade, quando o investimento não é negociado publicamente ou o justo valor não possa ser obtido com fia-bilidade;

>Ao justo valor através de resul-tados quando o investimento é cotado e as cotações são divul-gadas publicamente.

Os rendimentos resultantes destas par-ticipações financeiras (dividendos ou lu-cros distribuídos) são registados na de-monstração dos resultados do período em que é decidida e anunciada a sua distribuição.

passando esta a integrar as demonstra-ções financeiras consolidadas pelo mé-todo integral, a quota parte dos justos valores atribuídos aos activos e passivos, correspondente às percentagens ante-riormente detidas, é registada na rubrica “ Outras variações no capital próprio”.

Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos activos líquidos da sub-sidiária adquirida (goodwill negativo), a diferença é reconhecida directamente na demonstração de resultados na rubrica “Outros rendimentos e ganhos”.

Na eventualidade da contabilização ini-cial de uma aquisição não estar con-cluída no final do período de relato em que a mesma ocorreu, o Grupo relata montantes provisórios para os itens cuja contabilização não está concluída. Tais montantes provisórios são passíveis de ajustamento durante um prazo de 12 me-ses a contar da data da aquisição.

3.2.6. Goodwill

O goodwill representa o excesso do custo da concentração de actividades empresariais face ao interesse adqui-rido no justo valor líquido dos activos, passivos e passivos contingentes iden-tificáveis reconhecidos na sequência da concentração.

O goodwill é reconhecido como um activo na data em que é adquirido o controlo. Subsequentemente, o goodwill não é amortizado e encontra-se sujeito a testes por imparidade, numa base mínima anual.

Para efeitos de testes de imparidade, o goodwill é imputado às unidades gera-doras de caixa do Grupo que beneficiam das sinergias resultantes da consolida-ção. As unidades geradoras de caixa às quais foi imputado o goodwill são sujeitas a testes de imparidade anuais ou mais frequentes (na eventualidade de exis-

notas Às demonstrações Financeiras consolidadas

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 53

tir alguma indicação de que a unidade possa estar em imparidade). Se a quan-tia recuperável da unidade geradora de caixa for inferior à correspondente quan-tia escriturada, a perda por imparidade daí resultante é inicialmente imputada à quantia escriturada do goodwill, sendo a parte remanescente imputada aos res-tantes activos da unidade geradora de caixa proporcionalmente às quantias es-crituradas destes. Perdas por imparidade imputadas ao goodwill não podem ser revertidas subsequentemente.

Ganhos ou perdas decorrentes da venda de uma entidade incluem o valor do goo-dwill que lhe corresponde.

3.2.7. coNVErsão DE DEMoNsTraÇÕEs FiNaNcEiras DE ENTiDaDEs EsTraNgEiras

São tratadas como entidades estrangei-

ras as que operando no estrangeiro, têm autonomia organizacional, económica e financeira e que elaborem as suas de-monstrações financeiras utilizando para o efeito uma moeda distinta do Euro.

Os elementos incluídos nas demonstra-ções financeiras de cada uma das enti-dades estrangeiras do Grupo são men-surados utilizando a moeda do ambiente económico em que a entidade opera (moeda funcional). As demonstrações financeiras consolidadas são apresen-tadas em Euros, sendo esta a moeda funcional e de relato do Grupo.

Os activos e passivos das demonstra-ções financeiras de entidades estrangei-ras são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio existentes à data do balanço. Os rendimentos, gastos e fluxos de caixa dessas demonstrações financei-ras são convertidos para euros utilizando

a taxa de câmbio média verificada no pe-ríodo. A diferença cambial resultante da conversão é registada no capital próprio na rubrica “Outras variações no capital próprio – diferenças de conversão de demonstrações financeiras ”.O goodwill e os ajustamentos de justo valor resultantes da aquisição de entida-des estrangeiras são tratados como acti-vos e passivos dessa entidade adquirida e transpostos para Euros de acordo com a taxa de câmbio à data do balanço.

Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a diferença cambial acumu-lada é reconhecida na demonstração de resultados como um ganho ou perda da alienação.

As cotações utilizadas para conversão para Euros das demonstrações financei-ras das empresas estrangeiras do Grupo são as seguintes:

Valorização/ 31/12/14 31/12/13 (desvalorização) TND (dinar tunisino) Câmbio médio do período 2,2516 2,1576 (4,36%) Câmbio de fim do período 2,2490 2,2615 0,55%LBP (libra libanesa) Câmbio médio do período 2000,80 2002,10 0,06% Câmbio de fim do período 1830,30 2079,00 11,96%USD (dólar americano) Câmbio médio do período 1,3272 1,3281 0,07% Câmbio de fim do período 1,2141 1,3791 11,96%BRL (real brasileiro) Câmbio médio do período 3,1225 2,8685 (8,85%) Câmbio de fim do período 3,2207 3,2576 1,13%CVE (escudo cabo-verdiano) Câmbio médio do período 110,2650 110,2650 0,00% Câmbio de fim do período 110,2650 110,2650 0,00%AOA (kwanza angolano) Câmbio médio do período 132,1210 128,1283 (3,12%) Câmbio de fim do período 126,3854 136,8127 7,62%MZM (metical moçambicano) Câmbio médio do período 41,6567 - n.a. Câmbio de fim do período 41,1500 38,6700 (6,41%)

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ção de coeficientes de desvalorização monetária).

No que respeita às subsidiárias do Grupo: CMP, Société des Ciments de Gabés (SCG), Cimentos Costa Verde, Unibetão, Secil-Britas, Uniconcreto e Lusoinertes o custo dos activos fixos tangíveis na data de aquisição das mesmas foi determi-nado com base em avaliações efectua-das por entidades independentes.

Os custos subsequentes são incluídos no custo de aquisição do activo fixo ou reconhecidos como activos separados, conforme apropriado, somente quando é provável que benefícios económicos futuros fluirão para a empresa e o res-pectivo custo possa ser mensurado com fiabilidade. Os demais dispêndios com reparações e manutenção são reconhe-cidos como um gasto no período em que são incorridos.

As depreciações são calculadas, após os bens se encontrarem disponíveis para uso, pelo método da linha recta, em con-formidade com o período de vida útil es-timado para cada grupo de bens. Para algumas classes de activos fixos tangí-veis adquiridos pelo Grupo é utilizado o método do saldo decrescente.

As vidas úteis e método de depreciação dos vários bens são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas esti-mativas é reconhecido na demonstração dos resultados prospectivamente.

As despesas de manutenção e reparação (dispêndios subsequentes) que não são susceptíveis de gerar benefícios econó-micos futuros são registadas como gas-

3.3. acTiVos Fixos TaNgÍVEis

Os activos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, o qual inclui o custo de compra, quaisquer cus-tos directamente atribuíveis às activida-des necessárias para colocar os activos na localização e condição necessárias para operarem da forma pretendida e, quando aplicável, a estimativa inicial dos custos de desmantelamento e remoção dos activos e de restauração dos respec-tivos locais que o Grupo espera incorrer, deduzido das depreciações e das perdas por imparidade acumuladas.

Na data de transição para as NCRF, o Grupo passou a considerar pela primeira vez como componente dos activos fixos tangíveis a componente do custo do ac-tivo relativa a custos de recuperação pai-sagística e ambiental a incorrer na recu-peração das pedreiras, tal como previsto na NCRF 7. Os custos capitalizados são sujeitos à depreciação anual de acordo com a vida útil estimada das respectivas pedreiras.

Os activos fixos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2010 (data de transição para as NCRF), encontram-se regis-tados ao abrigo da opção prevista na NCRF 3 – Adopção pela primeira vez das Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro, pelo seu valor considerado (“deemed cost”), o qual corresponde ao custo de aquisição ou custo de aquisição reavaliado ao abrigo de diplomas legais (determinados activos fixos tangíveis ad-quiridos até 31 de Dezembro de 1992 e 1996, foram reavaliados, em 1993 e 1998, respectivamente, de acordo com a legislação aplicável através da utiliza-

tos no período em que são incorridas.

Os valores residuais dos activos e as res-pectivas vidas úteis são revistos e ajusta-dos, se necessário, na data do balanço. Se a quantia escriturada é superior ao valor recuperável do activo, procede-se ao seu reajustamento para o valor recu-perável estimado mediante o registo de perdas por imparidade (Nota 3.7).

Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou alienação são determinados pela diferença entre o montante recebido na transacção e a quantia escriturada do activo, e são reconhecidos na demons-tração dos resultados, nas rubricas ”Ou-tros rendimentos e ganhos” e “Outros gastos e perdas”.

3.4. LocaÇÕEs

As locações são classificadas como fi-nanceiras sempre que os seus termos transferem substancialmente todos os riscos e recompensas associados à propriedade do bem para o locatário. As restantes locações são classificadas como operacionais. A classificação das locações é feita em função da substância e não da forma do contrato.Os activos adquiridos mediante contra-tos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são registados no início da locação pelo me-nor de entre o justo valor dos activos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. Os pagamentos de locações financeiras são repartidos entre encargos financeiros e redução da responsabili-dade, por forma a ser obtida uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da responsabilidade.

Os pagamentos de locações operacio-nais são reconhecidos como gasto numa base linear durante o período da locação. Os incentivos recebidos são registados como uma responsabilidade, sendo o

notas Às demonstrações Financeiras consolidadas

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 55

montante agregado dos mesmos reco-nhecido como uma redução ao gasto com a locação, igualmente numa base linear.

As rendas contingentes são reconheci-das como gastos do período em que são incorridas. 3.5. ProPriEDaDEs DE iNVEsTiMENTo

As propriedades de investimento com-preendem, essencialmente, imóveis de-tidos para obter rendas ou valorizações do capital (ou ambos), não se destinando ao uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para fins adminis-trativos ou para venda no curso ordinário dos negócios.

As propriedades de investimento são inicialmente mensuradas ao custo (que inclui custos de transacção). Subse-quentemente, as propriedades de inves-timento são mensuradas de acordo com o modelo do custo.

Os custos incorridos relacionados com propriedades de investimento em utili-zação nomeadamente, manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades são reconhecidos como um gasto no período a que se referem. As beneficiações relativamente às quais existem expectativas de que irão gerar benefícios económicos futuros adicionais são capitalizadas na rubrica de “Proprie-dades de investimento”.

3.6. acTiVos iNTaNgÍVEis

i) Intangíveis adquiridos separadamente

Os activos intangíveis adquiridos sepa-radamente são registados ao custo (ou, em situações raras, de acordo com o modelo de revalorização) deduzido de

amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

ii) Intangíveis gerados internamente – dispêndios de pesquisa e desenvolvimento

Os dispêndios com actividades de pes-quisa são registados como gastos no período em que são incorridos sendo apenas reconhecido um activo intangível gerado internamente resultante de dis-pêndios com actividades de desenvolvi-mento de um projecto se forem cumpri-das e demonstradas todas as seguintes condições:

> Existe viabilidade técnica para concluir o intangível a fim de que o mesmo esteja disponível para uso ou para venda;

> Existe intenção de concluir o intangível e de o usar ou vender;

> Existe capacidade para usar ou vender o intangível;

> O intangível é susceptível de gerar benefícios económicos futuros;

> Existe disponibilidade de re-cursos técnicos e financeiros adequados para concluir o de-senvolvimento do intangível e para o usar ou vender;

> É possível mensurar com fia-bilidade os dispêndios associa-dos ao intangível durante a sua fase de desenvolvimento.

O montante inicialmente reconhecido do activo intangível gerado internamente consiste na soma dos dispêndios incor-ridos após a data em que são cumpridas as condições atrás descritas. Quando

não são cumpridas tais condições, os dispêndios incorridos na fase de desen-volvimento são registados como gastos do período.

Os activos intangíveis gerados interna-mente são registados ao custo deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

iii) Intangíveis adquiridos no âmbito de concentrações de actividades empresariais

Os intangíveis adquiridos no âmbito de concentrações de actividades empre-sariais e reconhecidos separadamente do goodwill são inicialmente registados ao seu justo valor na data da aquisição, sendo subsequentemente deduzidos de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

iv) Amortização de Intangíveis

As amortizações são reconhecidas numa base linear durante a vida útil estimada dos activos intangíveis. As vidas úteis e método de amortização dos vários acti-vos intangíveis são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas esti-mativas é reconhecido na demonstração dos resultados prospectivamente.

Os activos intangíveis (independente-mente da forma como são adquiridos ou gerados) com vida útil indefinida não são amortizados, sendo antes sujeitos a testes de imparidade com uma periodi-cidade anual, ou então sempre que haja uma indicação de que o intangível possa estar em imparidade.

v) Direitos de emissão de gases com efeito de estufa

As Licenças de emissão de CO2 atribuí-das ao Grupo, no âmbito do CELE (Co-mércio Europeu de Licenças de Emissão

56

revisão das quantias escrituradas dos activos fixos tangíveis e intangíveis do Grupo com vista a determinar se existe algum indicador de que possam estar em imparidade. Se existir algum indicador, é estimada a quantia recuperável dos res-pectivos activos a fim de determinar a ex-tensão da perda por imparidade (se for o caso). Quando não é possível determinar a quantia recuperável de um activo indi-vidual, é estimada a quantia recuperável da unidade geradora de caixa a que esse activo pertence.

A quantia recuperável do activo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre (i) o justo valor deduzido de custos para vender e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados usando uma taxa de des-conto antes de impostos que reflicta as expectativas do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos específicos do activo ou da unidade ge-radora de caixa relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas.

Sempre que a quantia escriturada do activo ou da unidade geradora de caixa for superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada de imediato na demonstração dos resulta-dos nas rubricas “Imparidade de activos não depreciáveis/amortizáveis ((perdas)/reversões)” ou “Imparidade de activos depreciáveis/amortizáveis ((perdas)/re-versões)” salvo se tal perda compensar um excedente de revalorização registado no capital próprio. Neste último caso, tal perda será tratada como um decréscimo

de gases com efeito de estufa) 2013-2020, a título gratuito são registadas, aquando do seu reconhecimento inicial, pelo justo valor na rubrica “Activos intan-gíveis” por contrapartida do reconheci-mento de um subsídio directamente em capitais próprios na rubrica “Outras va-riações de capital próprio”.

Pelas emissões de gases com efeito de estufa efectuadas pelo Grupo é re-conhecido um gasto com a respectiva amortização do activo intangível e um rendimento em resultado do reconheci-mento da quota-parte de subsídio cor-respondente.

A emissão de gases com efeito de estufa é mensurada ao custo das licenças deti-das, segundo a fórmula de custeio FIFO.

Na alienação de direitos de emissão é apurado o ganho ou a perda entre o va-lor de realização e o respectivo custo de aquisição, deduzido do correspondente subsídio do Estado, o qual é registado em “Outros rendimentos e ganhos” ou “Outros gastos e perdas” respectiva-mente no período em que ocorre a alie-nação.

Sempre que as emissões de gases com efeito de estufa excedem a quantidade de licenças detidas são reconhecidas as respectivas responsabilidades nos ter-mos da NCRF 21 - Provisões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes.

3.7. iMPariDaDE DE acTiVos Fixos TaNgÍVEis E iNTaNgÍVEis ExcLUiNDo Goodwill

Em cada data de relato é efectuada uma

de revalorização.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados nessas mesmas rubricas e é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortizações) caso a perda não tivesse sido registada.

3.8. iMPosTo soBrE o rENDiMENTo

O imposto sobre o rendimento corres-ponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. Os impostos correntes e os impostos diferidos são re-gistados em resultados, salvo quando se relacionam com itens registados directa-mente no capital próprio. Nestes casos os impostos correntes e os impostos diferidos são igualmente registados no capital próprio.

Imposto corrente: o imposto corrente a pagar é baseado no lucro tributável do período das várias entidades incluídas no perímetro de consolidação. O lucro tributável difere do resultado contabilís-tico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedu-tíveis ou tributáveis noutros períodos. O lucro tributável exclui ainda gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis.

Imposto diferido: os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias en-tre os montantes dos activos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação.

São geralmente reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as di-

notas Às demonstrações Financeiras consolidadas

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 57

ferenças temporárias tributáveis. São reconhecidos activos por impostos diferidos para as diferenças temporárias dedutíveis, porém tal reconhecimento unicamente se verifica quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses ac-tivos por impostos diferidos. Em cada data de relato é efectuada uma revisão desses activos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura.

Os activos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as taxas de tributação que se espera es-tarem em vigor à data da reversão das correspondentes diferenças temporá-rias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que esteja formal ou substancialmente emitida na data de re-lato.

A compensação entre activos e passivos por impostos diferidos apenas é permi-tida quando: (i) a empresa tem um direito legal de proceder à compensação entre tais activos e passivos para efeitos de liquidação; (ii) tais activos e passivos re-lacionam-se com impostos sobre o rendi-mento lançados pela mesma autoridade fiscal e (iii) a empresa tem a intenção de proceder à compensação para efeitos de liquidação.

3.9. iNVENTários

Os inventários encontram-se valorizados de acordo com os seguintes critérios:

i) Mercadorias e matérias-primas

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao mais baixo entre o custo de aquisição e o valor realizável líquido. O custo de aquisição inclui as despesas de compra acessórias, utilizando-se o

custo médio ponderado como método de custeio.

ii) Produtos acabados e produtos e trabalhos em curso

Os produtos acabados e intermédios e os produtos e trabalhos em curso en-contram-se valorizados ao mais baixo de entre o custo de produção (que inclui o custo das matérias-primas incorpo-radas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico, tomando por base o nível normal de produção) e o valor realizável líquido, excluindo quaisquer custos de armaze-namento, logística e de venda.

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda estimado deduzido dos custos estimados de acabamento e de comercialização. As diferenças entre o custo e o valor realizável líquido, se in-ferior, são registadas em Imparidade de inventários.

3.10. acTiVos E PassiVos FiNaNcEiros

Os activos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando as empresas do Grupo se tornam parte das correspondentes disposições con-tratuais, sendo utilizado para o efeito o previsto na NCRF 27 – Instrumentos fi-nanceiros.

Os activos e os passivos financeiros são classificados nas seguintes categorias: (i) ao custo ou custo amortizado e (ii) ao justo valor com as alterações reconhe-cidas na demonstração dos resultados.

i) Ao custo ou custo amortizado

São classificados na categoria “ao custo ou custo amortizado” os activos e os passivos financeiros que apresentem as seguintes características:

> Sejam à vista ou tenham uma maturidade definida; e

> Tenham associado um retorno fixo ou determinável; e

> Não sejam um instrumento financeiro derivado ou não in-corporem um instrumento finan-ceiro derivado.

O custo amortizado é determinado atra-vés do método do juro efectivo. A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta exactamente os pagamentos ou recebi-mentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro na quantia líquida escriturada do activo ou passivo financeiro.

Nesta categoria incluem-se, consequen-temente, os seguintes activos e passivos financeiros:

a) Clientes e outras dívidas de terceiros

Os saldos de clientes e de outras dívi-das de terceiros são registados ao custo amortizado deduzido de eventuais per-das por imparidade. Usualmente, o custo amortizado destes activos financeiros não difere do seu valor nominal. b) Caixa e depósitos bancários

Os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e depósitos bancários” corres-pondem aos valores de caixa, depósitos bancários e depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria vencíveis a me-nos de três meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.

Estes activos são mensurados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amor-tizado destes activos financeiros não di-fere do seu valor nominal.

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executados, reúnam as condições atrás descritas para serem classificados na ca-tegoria “Ao custo ou custo amortizado” são registados ao custo deduzido de eventuais perdas por imparidade.

Estes montantes são registados, con-soante a sua natureza, na rubrica “Outros activos financeiros” ou na rubrica “Outros passivos financeiros”.

O custo amortizado é determinado atra-vés do método do juro efectivo. A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta exactamente os pagamentos ou recebi-mentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro na quantia líquida escriturada do activo ou passivo financeiro.

ii) Ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados

Todos os activos e passivos financeiros não classificados na categoria “Ao custo ou custo amortizado” são classificados na categoria “Ao justo valor com as alte-rações reconhecidas na demonstração dos resultados”.

Tais activos e passivos financeiros são mensurados ao justo valor, sendo as va-riações no mesmo registadas em resul-tados nas rubricas “Perdas por reduções de justo valor” e “Ganhos por aumentos de justo valor”.

3.10.1. iMPariDaDE DE acTiVos FiNaNcEiros

Os activos financeiros classificados na categoria “Ao custo ou custo amorti-zado” são sujeitos a testes de impari-

c) Outros activos financeiros

Os outros activos financeiros, que in-cluem os empréstimos concedidos, são registados ao custo amortizado deduzido de eventuais perdas por imparidade.

d) Fornecedores e outras dívidas a terceiros

Os saldos de fornecedores e de outras dívidas a terceiros são registados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes passivos financeiros não difere do seu valor nominal

e) Financiamentos obtidos

Os financiamentos obtidos são regista-dos no passivo ao custo amortizado.

Eventuais despesas incorridas com a obtenção desses financiamentos, de-signadamente comissões bancárias ou imposto do selo, assim como os encar-gos com juros e despesas similares, são reconhecidas pelo método do juro efec-tivo em resultados do período ao longo do período de vida desses financiamen-tos. As referidas despesas incorridas são apresentadas a deduzir à rubrica de “Financiamentos obtidos”.

f) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros são geral-mente registados ao custo amortizado.

g) Contratos para conceder ou contrair empréstimos

Os contratos para conceder ou contrair empréstimos que não possam ser liqui-dados numa base líquida e que, quando

dade em cada data de relato. Tais activos financeiros encontram-se em imparidade quando existe uma evidência objectiva de que, em resultado de um ou mais acontecimentos ocorridos após o seu reconhecimento inicial, os seus fluxos de caixa futuros estimados são afectados.

Para os activos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por impa-ridade a reconhecer corresponde à dife-rença entre a quantia escriturada do ac-tivo e o valor presente dos novos fluxos de caixa futuros estimados descontados à respectiva taxa de juro efectiva original.

Para os activos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reco-nhecer corresponde à diferença entre a quantia escriturada do activo e a melhor estimativa do justo valor do activo.As perdas por imparidade são registadas em resultados na rubrica “Imparidade de dívidas a receber ((perdas)/reversões)” no período em que são determinadas. Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminui e tal dimi-nuição pode ser objectivamente relacio-nada com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento da perda, esta deve ser revertida por resultados. A reversão deve ser efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhe-cida (custo amortizado) caso a perda não tivesse sido inicialmente registada. A reversão de perdas por imparidade é registada em resultados nessa mesma rubrica e não é permitida a reversão de perdas por imparidade registada em in-vestimentos em instrumentos de capital próprio (mensurado ao custo).

3.10.2. DEsrEcoNhEciMENTo DE acTiVos E PassiVos FiNaNcEiros

O Grupo desreconhece activos financei-ros apenas quando os direitos contra-tuais aos seus fluxos de caixa expiram,

notas Às demonstrações Financeiras consolidadas

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 59

ou quando transfere para outra entidade os activos financeiros e todos os riscos e benefícios significativos associados à posse dos mesmos. São desreconheci-dos os activos financeiros transferidos relativamente aos quais o Grupo reteve alguns riscos e benefícios significativos, desde que o controlo sobre os mesmos tenha sido cedido.

O Grupo desreconhece passivos finan-ceiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada, cancelada ou expire.

3.11. acTiVos Não corrENTEs DETiDos Para VENDa E UNiDaDEs oPEracioNais DEscoNTiNUaDas

Os activos não correntes e os grupos para alienação são classificados como detidos para venda quando a sua quantia escriturada for essencialmente recupe-rada através de uma venda e não atra-vés do seu uso continuado. Considera--se que esta condição se verifica apenas quando a venda é altamente provável e o activo não corrente ou grupo para aliena-ção está disponível para venda imediata nas suas condições presentes. A corres-pondente venda deve estar concluída no prazo de um ano a contar da data da classificação do activo não corrente ou do grupo para alienação como disponível para venda.

Quando o Grupo está comprometido com um plano de venda de uma subsi-diária que envolva a perda de controlo sobre a mesma, todos os activos e pas-sivos dessa subsidiária são classificados como detidos para venda, desde que se cumpram os requisitos referidos no pará-grafo anterior, ainda que o Grupo retenha algum interesse minoritário na subsidiária após a venda.A partir do momento em que determi-

nados activos tangíveis passam a ser considerados como detidos para venda cessa a depreciação inerente a esses bens passando estes a ser classificados como activos não correntes detidos para venda. Os ganhos ou perdas nas aliena-ções de activos tangíveis, determinados pela diferença entre o valor de venda e o respectivo valor líquido contabilístico, são contabilizados em resultados na ru-brica “Ganhos e perdas com a alienação de activos”.

Os activos não correntes e os grupos para alienação classificados como deti-dos para venda são mensurados ao me-nor de entre a sua quantia escriturada antes da classificação e o seu justo valor menos os custos para vender.

3.12. sUBsÍDios Do goVErNo

Os subsídios do governo apenas são re-conhecidos quando há uma certeza ra-zoável de que o Grupo irá cumprir com as condições de atribuição dos mesmos e de que os mesmos irão ser recebidos.

Os subsídios do governo associados à aquisição ou produção de activos não correntes são inicialmente reconhecidos no capital próprio, na rubrica “Outras variações no capital próprio”, sendo subsequentemente imputados numa base sistemática (proporcionalmente às amortizações dos activos subjacentes) como rendimentos do período durante as vidas úteis dos activos com os quais se relacionam. No caso de se relaciona-rem com activos não depreciáveis, são mantidos no capital próprio, excepto na parte necessária para compensar even-tuais perdas por imparidade nos referidos activos.

Outros subsídios do governo são, de uma forma geral, reconhecidos como rendimentos de uma forma sistemática durante os períodos necessários para os

balancear com os gastos que é suposto compensarem. Subsídios do Governo que têm por finalidade compensar per-das já incorridas ou que não têm custos futuros associados são reconhecidos como rendimentos do período em que se tornam recebíveis.

3.13. saLDos E TraNsacÇÕEs EM MoEDa EsTraNgEira

As transacções em moeda estrangeira (moeda diferente da moeda funcional da empresa) são registadas às taxas de câmbio das datas das transacções. Em cada data de relato, as quantias escritu-radas dos itens monetários denomina-dos em moeda estrangeira são actuali-zadas às taxas de câmbio dessa data. As quantias escrituradas dos itens não monetários registados ao justo valor de-nominados em moeda estrangeira são actualizadas às taxas de câmbio das da-tas em que os respectivos justos valores foram determinados. As quantias escritu-radas dos itens não monetários regista-dos ao custo histórico denominados em moeda estrangeira não são actualizadas.

As diferenças de câmbio resultantes das actualizações atrás referidas são regis-tadas em resultados do período em que são geradas.

3.14. ProVisÕEs

São reconhecidas provisões apenas quando o Grupo tem uma obrigação pre-sente (legal ou implícita) resultante dum acontecimento passado, é provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente es-timado.

O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor es-timativa na data de relato dos recursos necessários para liquidar a obrigação.

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Recuperação ambiental e paisagística

Nos termos da legislação aplicável, algu-mas das empresas do Grupo, têm como responsabilidade a recuperação ambien-tal e paisagística das pedreiras afectas à exploração. Os trabalhos de reabilita-ção incluem essencialmente a limpeza e regularização das áreas destinadas à recuperação, a modelação e preparação do terreno, o transporte e espalhamento de materiais rejeitados para aterro, a fer-tilização, a execução do plano geral de revestimento com hidrossementeiras e plantações e a manutenção e conserva-ção das zonas recuperadas após a im-plantação.

A extensão dos trabalhos necessários e dos respectivos custos a incorrer foram determinados com base em estudos preparados por entidades independen-tes, sendo que a responsabilidade total foi mensurada pelo valor esperado dos fluxos de caixa futuros, descontados a valor presente.

Juízos de valor e estimativas estão en-volvidos na formação de expectativas sobre actividades futuras e no montante e período de tempo dos fluxos de caixa associados. Estas perspectivas são efec-tuadas com base na envolvente existente e regulamentação em vigor.

O valor da provisão para recuperação paisagística é incrementado na data de relato financeiro, em função do efeito temporal do dinheiro por contrapartida da rubrica “Juros e gastos similares su-portados” e é reduzido pelos dispêndios efectuados por cada uma das empresas

Tal estimativa é determinada tendo em consideração os riscos e incertezas as-sociados à obrigação.

As provisões são revistas na data de re-lato e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.

As obrigações presentes que resultam de contratos onerosos são registadas e mensuradas como provisões. Existe um contrato oneroso quando o Grupo é parte integrante das disposições de um con-trato de acordo, cujo cumprimento tem associados custos que não é possível evitar que excedem os benefícios eco-nómicos derivados do mesmo.

É reconhecida uma provisão para reestru-turação quando o Grupo desenvolveu um plano formal detalhado de reestruturação e iniciou a implementação do mesmo ou anunciou as suas principais componen-tes aos afectados pelo mesmo. Na men-suração da provisão para reestruturação são apenas considerados os dispêndios que resultam directamente da imple-mentação do correspondente plano, não estando, consequentemente, rela-cionados com as actividades correntes da empresa.

Os passivos contingentes não são reco-nhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados sempre que a possibi-lidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos não seja remota. Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações fi-nanceiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um influxo eco-nómico futuro de recursos.

do Grupo com a recuperação, na data em que estes ocorrem.

3.15. BENEFÍcios Pós-EMPrEgo

3.15.1. PLaNos DE coNTriBUiÇão DEFiNiDa

As contribuições para planos de con-tribuição definida são reconhecidas como gasto na rubrica de “Gastos com o pessoal” no período a que respeitam (quando os empregados abrangidos pelo plano prestaram os serviços que lhes conferem o direito aos benefícios).

3.15.2. PLaNos DE BENEFÍcios DEFiNiDos

No que diz respeito aos planos de bene-fícios definidos, o correspondente custo é também reconhecido na rubrica de “Gastos com o pessoal” e é determinado através do método da unidade de crédito projectada, sendo as respectivas avalia-ções actuariais efectuadas em cada data de relato intercalar e anual.

Os desvios actuariais, resultantes das di-ferenças entre os pressupostos utilizados para efeito de apuramento de responsa-bilidades e o que efectivamente ocorreu (bem como de alterações efectuadas aos mesmos e do diferencial entre o valor es-perado da rentabilidade dos activos dos fundos e a rentabilidade real) são reconhe-cidos, quando incorridos, directamente em capitais próprios na rubrica “Outras variações no capital próprio” (Nota 20).

O custo dos serviços passados é reco-nhecido em resultados numa base de linha recta durante o período até que os correspondentes benefícios se tornem adquiridos. São reconhecidos imediata-mente na medida em que os benefícios já tenham sido totalmente adquiridos.

Os ganhos e perdas gerados por um

notas Às demonstrações Financeiras consolidadas

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 61

corte ou uma liquidação de um plano de pensões de benefícios definidos são reconhecidos em resultados do período quando o corte ou a liquidação ocorrer.

Um corte ocorre quando se verifica uma redução material no número de emprega-dos ou o plano é alterado de forma a que os benefícios atribuídos sejam reduzidos, com efeito material.

A responsabilidade associada aos bene-fícios garantidos reconhecida no balanço representa o valor presente da correspon-dente obrigação, ajustado por ganhos e perdas actuariais e pelo custo dos servi-ços passados não reconhecidos e dedu-zido do justo valor dos activos do plano.

3.16. oUTros BENEFÍcios a LoNgo PraZo Dos EMPrEgaDos

Relativamente ao reconhecimento e mensuração dos outros benefícios a longo prazo dos empregados, a NCRF 28 – Benefícios dos empregados, prevê um método simplificado de contabilização dos mesmos diferindo da contabilização exigida para os benefícios pós-emprego no reconhecimento imediato como ren-dimento ou gasto: (i) ganhos e perdas actuariais e (ii) todo o custo dos serviços passados.

Os respectivos custos são registados na rubrica ‘‘Gastos com o pessoal” e a res-ponsabilidade reconhecida no balanço corresponde ao valor presente da obriga-ção de benefícios definidos, determinada de acordo com as avaliações actuariais em cada data de relato intercalar e anual.

3.17. BENEFÍcios a cUrTo PraZo DE EMPrEgaDos

Os benefícios a curto prazo de empre-gados são registados como gasto na ru-brica “Gastos com o pessoal” aquando da prestação de serviço pelo empregado.

No caso da participação nos lucros e gratificações os gastos são reconhe-cidos quando e, só quando: (i) exista a obrigação legal ou construtiva de fazer tais pagamentos, em consequência de acontecimentos passados e (ii) possa ser feita uma estimativa fiável da obrigação.

Existe uma obrigação presente quando e, só quando, o Grupo não tem alternativa realista senão a de fazer os pagamentos.

3.18. rÉDiTo

O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a rece-ber. O rédito a reconhecer é deduzido do montante estimado de devoluções, descontos e outros abatimentos. O ré-dito reconhecido não inclui IVA e outros impostos liquidados relacionados com a venda.

O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas:

> Todos os riscos e vantagens da propriedade dos bens foram transferidos para o comprador;

> A empresa não mantém qual-quer controlo sobre os bens vendidos;

> O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;

> É provável que benefícios económicos futuros associa-dos à transacção fluam para a empresa;

> Os custos incorridos ou a in-correr com a transacção podem ser mensurados com fiabilidade.

O rédito proveniente da prestação de serviços é reconhecido com referência

à fase de acabamento da transacção à data de relato, desde que todas as se-guintes condições sejam satisfeitas:

> O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;

> É provável que benefícios económicos futuros associa-dos à transacção fluam para a empresa;

> Os custos incorridos ou a in-correr com a transacção podem ser mensurados com fiabilidade;

> A fase de acabamento da tran-sacção à data de relato pode ser mensurada com fiabilidade.

O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efectivo, desde que seja provável que benefícios económi-cos fluam para o Grupo e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade.

O rédito proveniente de dividendos deve ser reconhecido quando for estabelecido o direito do Grupo receber o correspon-dente montante.

3.19. ENcargos FiNaNcEiroscoM EMPrÉsTiMos oBTiDos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos são geralmente reco-nhecidos como gastos à medida que são incorridos.

Os encargos financeiros de emprésti-mos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos fixos são capitalizados quando o seu período de construção é superior a um ano, fazendo parte integrante do custo do activo.

A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das activida-

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ros não correntes” ou “Outros passivos financeiros correntes”.

Um instrumento financeiro derivado é apresentado como não corrente se a sua maturidade remanescente for supe-rior a 12 meses e não for expectável a sua realização ou liquidação no prazo de 12 meses. Contabilidade de cobertura

O Grupo designa como instrumento de cobertura determinados instrumentos fi-nanceiros derivados, no âmbito de ope-rações de cobertura do risco de taxa de juro e do risco de preço de licenças de emissão de gases com efeitos de estufa.

Os critérios para a aplicação das regras de contabilidade de cobertura são os seguintes:

> Adequada documentação da operação de cobertura;

> O risco a cobrir é um dos ris-cos descritos na NCRF 27 – Ins-trumentos financeiros;

> É esperado que as alterações no justo valor ou fluxos de caixa do item coberto, atribuíveis ao risco a cobrir, sejam pratica-mente compensadas pelas al-terações no justo valor do ins-trumento de cobertura.

No início da operação da cobertura, o Grupo documenta a relação entre o ins-trumento de cobertura e o item coberto, os seus objectivos e estratégia de gestão do risco e a sua avaliação da eficácia do

des de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida após o início de utilização ou quando o projecto em causa se encontre suspenso. Quaisquer proveitos financeiros gerados por empréstimos, directamente relacio-nados com um investimento específico, são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização.

3.20. iNsTrUMENTos FiNaNcEiros DEriVaDos E coNTaBiLiDaDE DE coBErTUra

O Grupo utiliza derivados com o objec-tivo de gerir os riscos financeiros a que se encontra sujeito.

Os instrumentos financeiros derivados são registados inicialmente pelo seu justo valor na data em que são contratados. Em cada data de relato são remensura-dos ao justo valor, sendo o correspon-dente ganho ou perda de remensuração registado de imediato em resultados, salvo se tais instrumentos forem desig-nados como instrumento de cobertura. Quando forem designados como instru-mento de cobertura, o correspondente ganho ou perda de remensuração deve ser registado em resultados quando a posição coberta afectar resultados.

Um instrumento financeiro derivado com um justo valor positivo é reconhecido como um activo financeiro nas rubricas “Outros activos financeiros não cor-rentes” ou “Outros activos financeiros correntes”. Um instrumento financeiro derivado com um justo valor negativo é reconhecido como um passivo financeiro nas rubricas “Outros passivos financei-

instrumento de cobertura a compensar variações nos justos valores e fluxos de caixa do item coberto.

As variações no justo valor dos instru-mentos financeiros derivados designa-dos como instrumento de cobertura no âmbito de cobertura do risco de preço de licenças de emissão de gases com efeito de estufa no âmbito de um compromisso ou de uma transacção futura de elevada probabilidade são registadas no capital próprio na rubrica “Outras variações de capital próprio – reserva de cobertura”. Tais ganhos ou perdas registados no capital próprio são reclassificados para resultados nos períodos em que o item coberto afectar resultados, sendo apre-sentados na linha afectada pelo item coberto.

A contabilidade de cobertura é des-continuada quando o Grupo revoga a relação de cobertura, quando o instru-mento de cobertura expira, é vendido, ou é exercido, ou quando o instrumento de cobertura deixa de se qualificar para a contabilidade de cobertura. Qualquer montante registado em “Outras varia-ções no capital próprio” apenas é re-classificado para resultados quando a posição coberta afectar resultados. Quando a posição coberta consistir numa transacção futura e não for ex-pectável que a mesma ocorra, qualquer montante registado em “Outras varia-ções no capital próprio” é de imediato reclassificado para resultados.

3.21. gEsTão DE risco

3.21.1. FacTorEs DE risco FiNaNcEiro

O Grupo Secil tem um programa de ges-tão de risco que foca a sua análise nos mercados financeiros com vista a mitigar os potenciais efeitos adversos na perfor-mance financeira do Grupo Secil.

notas Às demonstrações Financeiras consolidadas

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 63

A gestão deste risco é conduzida pela Direcção Financeira do Grupo Secil de acordo com políticas aprovadas pela Ad-ministração.

a) Risco cambial

A variação da taxa de câmbio do Euro face a outras moedas pode afectar os resultados do Grupo de diversas formas.

O risco cambial resulta essencialmente: (i) da transposição para Euros das de-monstrações financeiras das subsidiá-rias e associadas localizadas na Tunísia, Angola, Líbano e Brasil, cuja moeda funcional é distinta da moeda de relato financeiro e (ii) dos fluxos operacionais em USD, nomeadamente os relativos às vendas de cimento e clinquer e às com-pras de combustíveis e fretes de navios.

O Grupo Secil prosseguiu a sua política de maximização do potencial de cober-tura natural da sua exposição cambial, via compensação dos fluxos cambiais intra-grupo.

Para os fluxos não compensados natu-ralmente, o risco tem vindo a ser anali-sado e parcialmente coberto através da transacção de divisas spot e forward, que estabelecem o contra-valor máximo a pagar e permitem beneficiar parcial-mente de evoluções favoráveis na taxa de câmbio.

b) Risco de taxa de juro

A política de gestão de risco de taxa de juro visa minimizar o custo da dívida su-jeito à manutenção de um nível baixo de volatilidade dos encargos financeiros.

O Grupo Secil tem contratada com uma instituição financeira uma cobertura de risco da taxa de juro que lhe permitiu fixar um valor máximo para os encargos finan-

ceiros relativos a esta dívida de longo prazo. A restante dívida foi mantida num regime de taxa variável. c) Risco de licenças de emissão de efei-tos de estufa

O Grupo Secil promove uma gestão ac-tiva da sua carteira de licenças de emis-são de carbono que lhe foram atribuídas no âmbito da fase 3 do EU-ETS. Fruto da crescente utilização de combustíveis al-ternativos, o Grupo Secil tem registado (e prevê manter) alguns excessos de licen-ças de emissão, tendo estes excedentes vindo a ser transaccionadas no mercado, reduzindo/ minorando o risco de preço.

d) Risco de crédito

O risco de crédito está essencialmente relacionado com os montantes a receber de clientes.

O agravamento das condições económi-cas globais ou adversidades que afectem apenas as economias a uma escala local pode originar a incapacidade dos clien-tes em saldar as obrigações decorrentes das vendas de produtos. O seguro de crédito tem sido um dos instrumentos adoptados pelo Grupo Secil para, em complemento com a sua constante e essencial monitorização, minorar os im-pactos negativos deste tipo de risco.

e) Risco de liquidez

O Grupo gere o risco de liquidez por três vias: garantindo que a sua dívida finan-ceira tem uma componente de médio e longo prazo com maturidades adequa-das aos activos financiados, dispondo de

facilidades de crédito de apoio à tesou-raria em montantes suficientes e dispo-níveis a todo o momento e acumulando montantes em caixa.

3.21.2. FacTorEs DE risco oPEracioNaL

a) Sector da Construção

O volume de negócios da Secil depende do nível de actividade no sector da cons-trução em cada um dos mercados geo-gráficos em que opera. O sector da cons-trução tende a ser cíclico, especialmente em economias maduras, e depende do nível de construção residencial e comer-cial, bem como do nível de investimentos em infra-estruturas.

O sector da construção é sensível a fac-tores como as taxas de juro e uma que-bra da actividade económica numa dada economia pode conduzir a uma recessão no sector da construção.

Apesar da empresa considerar que a sua diversificação geográfica é a melhor forma de conseguir a estabilização dos seus resultados, a sua actividade, situa-ção financeira e resultados operacionais podem ser negativamente afectados por uma quebra do sector da construção em qualquer mercado significativo em que opere.

b) Procura de produtos - Secil

Nos mercados maduros a procura de ci-mento e outros materiais de construção tende a ser bastante regular ao longo do ano. Apenas se nota uma redução da procura durante o mês de Janeiro e De-

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vamente a sua actividade, situação finan-ceira e resultados operacionais do Grupo. e) Necessidade de investimentos signi-ficativos em novas aquisições no futuro

O Grupo Secil tem interesses em sec-tores onde se tem vindo a assistir a processos de consolidação e onde podem surgir oportunidades de cresci-mento quer orgânico quer pela via de aquisições.

3.22. caPiTaL sociaL E acÇÕEs PróPrias

As acções ordinárias são classificadas no capital próprio (Nota 20).

Os custos directamente atribuíveis à emissão de novas acções ou outros ins-trumentos de capital próprio são apre-sentados como uma dedução, líquida de impostos, ao valor recebido resultante da emissão. Os custos directamente imputáveis à emissão de novas acções ou opções, para a aquisição de um negócio são incluídos no custo de aquisição, como parte do valor da compra.

As acções próprias são contabili-zadas pelo seu valor de aquisição, como uma redução do capital pró-prio, na rubrica “Acções próprias” sendo os ganhos ou perdas ineren-tes à sua alienação registados em “Outras reservas”. Em conformidade com a legislação comercial aplicá-vel, enquanto as acções próprias se mantiverem na posse da sociedade, é tornada indisponível uma reserva de montante igual ao seu custo de

zembro. A procura dos produtos da Secil está, em geral, alinhada com esse padrão de comportamento.

c) Legislação ambiental

Nos últimos anos, a legislação comunitá-ria e nacional tem vindo a tornar-se mais limitativa no que respeita ao controlo dos efluentes.

O Grupo Secil respeita a legislação actualmente em vigor, tendo para isso realizado investimentos muito signifi-cativos nos últimos anos. Embora não se preveja, num futuro próximo, altera-ções significativas à actual legislação, existe a possibilidade da Secil neces-sitar de realizar investimentos adicio-nais nesta área, de modo a cumprir eventuais novos limites que venham a ser aprovados.

d) Custos energéticos

Uma parte significativa dos custos do Grupo está dependente dos custos ener-géticos. A energia é um factor de custo com peso significativo na actividade da Secil e nas suas participadas.

O Grupo protege-se, em certa medida, contra o risco da subida do preço da energia através da possibilidade de algumas das suas fábricas utilizarem combustíveis alternativos e de contratos de fornecimento de energia eléctrica de longo prazo para algumas das necessi-dades energéticas.

Apesar destas medidas, flutuações sig-nificativas nos custos da electricidade e dos combustíveis podem afectar negati-

aquisição.

Quando alguma empresa do Grupo ad-quire acções da empresa-mãe (acções próprias) o pagamento, que inclui os cus-tos incrementais directamente atribuíveis (líquidos de impostos), é deduzido ao capital próprio atribuível aos detentores do capital da empresa-mãe até que as acções sejam canceladas, reemitidas ou alienadas.

Quando tais acções são subsequen-temente vendidas ou reemitidas, qualquer recebimento, l íquido de custos de transacção directamente atribuíveis e de impostos, é reflec-tido no capital próprio dos detento-res do capital da empresa, em outras reservas.

3.23. DisTriBUiÇão DE DiViDENDos

A distribuição de dividendos aos de-tentores do capital é reconhecida como um passivo nas demonstrações finan-ceiras do Grupo no período em que os dividendos são aprovados pelos accionistas e até ao momento da sua liquidação.

3.24. JUÍZos DE VaLor crÍTicos E PriNciPais FoNTEs DE iNcErTEZa associaDas a EsTiMaTiVas

Na preparação das demonstrações fi-nanceiras consolidadas anexas foram efectuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afectam as quantias relatadas de acti-vos e passivos, assim como as quantias relatadas de rendimentos e gastos do período.

As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento

notas Às demonstrações Financeiras consolidadas

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 65

existente à data de aprovação das demonstrações financeiras consoli-dadas dos eventos e transacções em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras con-solidadas, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posterior-mente à data das demonstrações fi-nanceiras serão corrigidas de forma prospectiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os re-sultados reais das transacções em questão poderão diferir das corres-pondentes estimativas.

Os principais juízos de valor e estimativas efectuadas na preparação das demons-trações financeiras consolidadas anexas foram os seguintes:

a) Imparidade do goodwill

O goodwill é sujeito a teste de impari-dade anualmente ou sempre que exis-tem indícios de uma eventual perda de valor, de acordo com a política indicada na Nota 3.2.6.Os valores recuperáveis das unidades geradoras de fluxos de caixa às quais o goodwill é afecto são determinados com base no valor de uso, apurado de acordo com os fluxos de caixa esperados. Na determinação do valor de uso são utiliza-das estimativas por parte da gestão rela-tivamente à evolução futura da actividade e às taxas de desconto consideradas.

b) Imposto sobre o Rendimento

O Grupo reconhece passivos para li-quidações adicionais de impostos que possam resultar de revisões pelas auto-ridades fiscais.

Quando o resultado final destas situa-ções é diferente dos valores inicialmente registados, as diferenças terão impacto no imposto sobre o rendimento e nos im-postos diferidos, no período em que tais diferenças são identificadas.

c) Reconhecimento de activos por impostos diferidos

São reconhecidos activos por impostos diferidos apenas quando existe forte se-gurança de que existirão lucros tributá-veis futuros disponíveis para a utilização das diferenças temporárias, ou quando existam passivos por impostos diferidos cuja reversão seja expectável no mesmo período em que os activos por impostos diferidos sejam revertidos. A avaliação dos activos por impostos diferidos é efectuada pela gestão no final de cada exercício, tendo em atenção a expecta-tiva de desempenho no futuro.

d) Pressupostos actuariais

A avaliação das responsabilidades com benefícios definidos é efectuada se-mestralmente com o recurso a estudos actuariais elaborados por peritos inde-pendentes, baseados em pressupostos actuariais associados a indicadores eco-nómicos e demográficos. Alterações nes-tes pressupostos podem ter um impacto relevante naquelas responsabilidades.

e) Provisões

O Grupo analisa de forma periódica eventuais obrigações que ressaltem de eventos passados e que devam ser objecto de reconhecimento ou di-vulgação. A subjectividade inerente à determinação da probabilidade e mon-tante de recursos internos necessários para liquidação das obrigações poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer por variação dos pressupostos utilizados, quer pelo futuro reconheci-

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mento de provisões anteriormente di-vulgadas como passivos contingentes.

f) Imparidade das contas a receber

O Grupo gere os riscos de crédito na carteira de saldos a receber através de análises de risco criteriosas aquando da abertura de crédito para novos clientes e da sua revisão regular (Nota 18.4).

Desta forma, são recolhidos elementos do comportamento financeiro dos clien-tes através de contactos regulares, bem como através de contactos com outras entidades envolvidas na relação comer-cial (por exemplo, agentes de vendas).

Paralelamente, a Secil e algumas das suas subsidiárias portuguesas contra-tualizaram seguros de crédito (Nota

37.3) que reduzem a sua exposição ao risco de crédito da carteira de saldos a receber.

3.25. acoNTEciMENTos aPós a DaTa Do BaLaNÇo

Os acontecimentos após a data do ba-lanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço (adjusting events ou acontecimentos após a data do balanço que dão origem a ajustamentos) são re-flectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condi-ções que ocorram após a data do ba-lanço (non adjusting events ou aconteci-mentos após a data do balanço que não dão origem a ajustamentos) são divulga-dos nas demonstrações financeiras, se forem considerados materiais.

notas Às demonstrações Financeiras consolidadas

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 67

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Numerário 300 931 305 587Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 19 177 345 25 609 321Aplicações de tesouraria 117 197 663 98 408 239 (Nota 18) 136 675 939 124 323 147Descobertos bancários (Nota 23.3) (9 843 159) (14 163 855) 126 832 780 110 159 292

4.FLUxos DE caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equi-valentes inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis (de prazo inferior ou igual a três meses) e aplicações de tesouraria no mercado monetário, líquidos de descobertos bancários e de outros financiamentos de curto prazo equivalentes. Caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 detalha-se conforme se segue:

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31/12/14 31/12/13 % do capital detido pela secil % do capital detido pela secil Denominação social sede Directa indirecta Total Directa indirecta TotalSecilpar, Unipessoal, Lda. Lisboa - - - 100,00 - 100,00 Hewbol, S.G.P.S., Lda. Funchal 100,00 - 100,00 - 100,00 100,00 Somera Trading Inc. Panamá - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Secil Cabo Verde Comércio e Serviços, Lda. Praia - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 ICV - Inertes de Cabo Verde, Lda. Praia 37,50 25,00 62,50 37,50 25,00 62,50 Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda. Funchal 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Sociedade de Inertes, Limitada Nacala - 99,00 99,00 - - - Seciment Investments, B.V. Amesterdão 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 I3 Participações e Serviços, Ltda. Rio de Janeiro - 99,97 99,97 - 99,97 99,97 Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais e de Fornecimento de Equipamento, Lda. Lisboa 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Silonor, S.A. Dunkerque 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Société des Ciments de Gabés Tunis 98,72 - 98,72 98,72 - 98,72 Sud- Béton- Société de Fabrication de Béton du Sud Tunis - 98,72 98,72 - 98,72 98,72 Zarzis Béton Tunis - 98,52 98,52 - 98,52 98,52 Secil Angola, SARL Luanda 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. Lobito - 51,00 51,00 - 51,00 51,00 Secil, Betões e Inertes, S.G.P.S., S.A. Setúbal 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Britobetão - Central de Betão, Lda. Évora - 91,00 91,00 - 91,00 91,00 Eurobetão - Betão Pronto, S.A. Lisboa - - - - 100,00 100,00 Secil Britas, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Lusoinertes, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Secil Martingança - Aglomerantes e Novos Materiais para a Construção, S.A. Leiria 51,19 48,81 100,00 51,19 48,81 100,00 IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A. Santarém - 75,00 75,00 - 75,00 75,00 Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A. Lisboa 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 ALLMA - Microalgas, Lda. Leiria - 70,00 70,00 - 70,00 70,00 Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A. Lisboa - 90,87 90,87 - 90,87 90,87 Cimentos Costa Verde - Comércio de Cimentos, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Reficomb- Refinação e Comercialização de Combustíveis Derivados de Resíduos, S.A. Setúbal - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Solenreco-Produção e Comercialização de Combustíveis, Lda. Porto - - - - 98,00 98,00 Prescor Produção de Escórias Moídas, Lda. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 CMP - Cimentos Maceira e Pataias, S.A. Leiria 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Ciments de Sibline, S.A.L. Beirute 28,64 22,41 51,05 28,64 22,41 51,05 Soime, S.A.L. Beirute - 51,05 51,05 - 51,05 51,05 Cimentos Madeira, Lda. Funchal 57,14 - 57,14 57,14 - 57,14 Beto Madeira - Betões e Britas da Madeira, S.A. Funchal - 57,14 57,14 - 57,14 57,14 Promadeira - Sociedade Técnica de Construção da Ilha da Madeira, Lda. Funchal - 57,14 57,14 - 57,14 57,14 Brimade - Sociedade de Britas da Madeira, S.A. Funchal - 57,14 57,14 - 57,14 57,14 Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda. (a) Funchal - 29,14 29,14 - 29,14 29,14 Pedra Regional - Industria Transformadora de Rochas Ornamentais, S.A. (a) Funchal - 29,14 29,14 - 29,14 29,14Uniconcreto - Betão Pronto, S.A. Lisboa 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 (a) sociedades detidas em 51% pela brimade, s.a. e portanto controladas pelo Grupo

5. iNVEsTiMENTos EM sUBsiDiárias

5.1.sUBsiDiárias

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o Grupo apresenta as seguintes subsidiárias:

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 69

31/12/14 31/12/13 % do capital detido pela secil % do capital detido pela secil Denominação social sede Directa indirecta Total Directa indirecta TotalSecilpar, Unipessoal, Lda. Lisboa - - - 100,00 - 100,00 Hewbol, S.G.P.S., Lda. Funchal 100,00 - 100,00 - 100,00 100,00 Somera Trading Inc. Panamá - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Secil Cabo Verde Comércio e Serviços, Lda. Praia - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 ICV - Inertes de Cabo Verde, Lda. Praia 37,50 25,00 62,50 37,50 25,00 62,50 Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda. Funchal 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Sociedade de Inertes, Limitada Nacala - 99,00 99,00 - - - Seciment Investments, B.V. Amesterdão 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 I3 Participações e Serviços, Ltda. Rio de Janeiro - 99,97 99,97 - 99,97 99,97 Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais e de Fornecimento de Equipamento, Lda. Lisboa 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Silonor, S.A. Dunkerque 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Société des Ciments de Gabés Tunis 98,72 - 98,72 98,72 - 98,72 Sud- Béton- Société de Fabrication de Béton du Sud Tunis - 98,72 98,72 - 98,72 98,72 Zarzis Béton Tunis - 98,52 98,52 - 98,52 98,52 Secil Angola, SARL Luanda 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. Lobito - 51,00 51,00 - 51,00 51,00 Secil, Betões e Inertes, S.G.P.S., S.A. Setúbal 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Britobetão - Central de Betão, Lda. Évora - 91,00 91,00 - 91,00 91,00 Eurobetão - Betão Pronto, S.A. Lisboa - - - - 100,00 100,00 Secil Britas, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Lusoinertes, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Secil Martingança - Aglomerantes e Novos Materiais para a Construção, S.A. Leiria 51,19 48,81 100,00 51,19 48,81 100,00 IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A. Santarém - 75,00 75,00 - 75,00 75,00 Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A. Lisboa 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 ALLMA - Microalgas, Lda. Leiria - 70,00 70,00 - 70,00 70,00 Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A. Lisboa - 90,87 90,87 - 90,87 90,87 Cimentos Costa Verde - Comércio de Cimentos, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Reficomb- Refinação e Comercialização de Combustíveis Derivados de Resíduos, S.A. Setúbal - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 Solenreco-Produção e Comercialização de Combustíveis, Lda. Porto - - - - 98,00 98,00 Prescor Produção de Escórias Moídas, Lda. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00 CMP - Cimentos Maceira e Pataias, S.A. Leiria 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 Ciments de Sibline, S.A.L. Beirute 28,64 22,41 51,05 28,64 22,41 51,05 Soime, S.A.L. Beirute - 51,05 51,05 - 51,05 51,05 Cimentos Madeira, Lda. Funchal 57,14 - 57,14 57,14 - 57,14 Beto Madeira - Betões e Britas da Madeira, S.A. Funchal - 57,14 57,14 - 57,14 57,14 Promadeira - Sociedade Técnica de Construção da Ilha da Madeira, Lda. Funchal - 57,14 57,14 - 57,14 57,14 Brimade - Sociedade de Britas da Madeira, S.A. Funchal - 57,14 57,14 - 57,14 57,14 Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda. (a) Funchal - 29,14 29,14 - 29,14 29,14 Pedra Regional - Industria Transformadora de Rochas Ornamentais, S.A. (a) Funchal - 29,14 29,14 - 29,14 29,14Uniconcreto - Betão Pronto, S.A. Lisboa 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00 (a) sociedades detidas em 51% pela brimade, s.a. e portanto controladas pelo Grupo

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5.2. iNTErEssEs MiNoriTários

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o detalhe dos interesses minoritários incluí-dos no capital próprio é conforme segue:

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o detalhe dos interesses minoritários evi-denciados na demonstração dos resul-tados é conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13Britobetão - Central de Betão, Lda. (7 689) (18 323)Société des Ciments de Gabès e subsidiárias 106 320 (35 463)IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A. 89 108 57 173Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. (2 618 003) (2 420 268)Ciments de Sibline, S.A.L e subsidiárias 8 566 966 8 656 037Cimentos Madeira, Lda. e subsidiárias 23 708 (142 680)Outros (109 719) (335 571) 6 050 691 5 760 905

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13Britobetão - Central de Betão, Lda. 57 042 64 731Société des Ciments de Gabès e subsidiárias 965 064 921 417IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A. 460 366 421 258Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. 2 957 344 5 235 200Ciments de Sibline, S.A.L e subsidiárias 69 182 364 54 798 441Cimentos Madeira, Lda. e subsidiárias 5 366 376 5 353 225Outros (696 478) (601 852) 78 292 078 66 192 420

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 71

Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 apresentam-se conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13Saldo inicial 66 192 420 65 678 572Variação de perímetro: ALLMA - Microalgas, Lda. Constituição - 1 500 Sociedade de Inertes, Limitada Reforço de 50% da participação do grupo no capital (Nota 8) 795 - Solenreco - Prod. e comercialização de combustíveis, Lda. Alienação da participação de 98% no capital (Nota 8) 14 635 -Redução de Capital (70 108) -Transposição das demonstrações financeiras de subsidiárias estrangeiras 8 356 806 (2 902 672)Dividendos (2 269 237) (2 352 881)Desvios e alterações de pressupostos nos estudos actuariais 25 463 (10.249)Subsídios ao investimento (9 387) 17 245Resultado líquido do período 6 050 691 5 760 905Saldo final 78 292 078 66 192 420

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6. iNTErEssEs EM EMPrEENDiMENTos coNJUNTos

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o Grupo apresenta os seguintes interesses em empreendimentos conjuntos:

7. iNVEsTiMENTos EM associaDas

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o Grupo tem os seguintes investimentos em associadas:

31/12/14 31/12/13 % do capital detido pela secil % do capital detido pela secil Denominação social sede Directa indirecta Total Directa indirecta TotalSecil Unicon - S.G.P.S., Lda. Lisboa 50,00 - 50,00 50,00 - 50,00 Secil Prébetão, S.A. Montijo - 39,80 39,80 - 39,80 39,80

31/12/14 31/12/13 % indirecta % indirecta sede do capital detido do capital detidoSetefrete, SGPS, S.A. Setúbal 25,00 25,00 MC - Matériaux de Construction Gabés 49,36 49,36 J.M. Henriques, Lda. Câmara de Lobos 50,00 50,00 Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. Lisboa 35,00 35,00 Supremo Cimentos, S.A. Pomerode 15,00 15,00 NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. Rio de Janeiro 20,68 45,58 Sociedade de Inertes, Lda. Nacala - Porto - 49,00

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 73

31/12/14 31/12/13 % do capital detido pela secil % do capital detido pela secil Denominação social sede Directa indirecta Total Directa indirecta TotalSecil Unicon - S.G.P.S., Lda. Lisboa 50,00 - 50,00 50,00 - 50,00 Secil Prébetão, S.A. Montijo - 39,80 39,80 - 39,80 39,80

No decurso do corrente período a Ci-minpart – Investimentos e Participa-ções, SGPS, S.A. (“Ciminpart”) diluiu a percentagem de participação financeira que detinha no capital da NSOSPE – Em-preendimentos e Participações, S.A., de-tendo, em 31 de Dezembro de 2014, uma participação correspondente a 20,68% do seu capital. Esta diluição da percenta-gem de participação traduziu-se no reco-nhecimento de um ganho no período no montante de Euros 5.064.240 (Nota 31).

Em 7 de Novembro de 2014 a subsi-diária Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda., reforçou a participação financeira que detinha no capital da So-ciedade de Inertes, Lda. em 50%, pelo montante de Euros 646, passando a de-ter 99% do capital da mesma. Com esta aquisição a Sociedade de Inertes, Lda. passou de associada a subsidiária do Grupo Secil (Nota 5.1 e 14).

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Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as demonstrações financeiras disponíveis das associadas apresentam nas suas demonstrações financeiras os valores seguintes:

31 de Dezembro de 2014 activos Passivos capital Vendas e serviços resultadoValores em Euros Totais Totais Próprio prestados LíquidoMC- Materiaux de Construction a) 622 391 500 547 121 844 7 603 069 (5 134)J.M.J. - Henriques, Lda. a) 1 076 917 316 595 760 322 - (3 320)Setefrete, SGPS, S.A. a) e b) 5 664 562 2 207 862 3 456 700 102 813 2 892 221 Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. a) 3 989 252 3 500 394 488 858 12 379 830 427 896 Supremo Cimentos S.A a) e b) 175 997 086 82 838 453 93 158 633 54 316 698 (1 793 627)NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. a) e b) 84 404 485 47 605 439 36 799 046 - (4 498 648)

a) a informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras oficiais das associadas para o período findo em 31.12.2014, com excepção da setefrete, sGPs, s.a que respeitam ao período findo em 31.12.2013. b) Para efeitos de aplicação do método de equivalência Patrimonial (nota 14), as demonstrações financeiras destas sociedades encontram-se ajustadas.

31 de Dezembro de 2013 activos Passivos capital Vendas e serviços resultadoValores em Euros Totais Totais Próprio prestados LíquidoMC- Materiaux de Construction a) 699 140 572 858 126 282 4 753 814 25 693J.M.J. - Henriques, Lda. a) 1 074 797 311 147 763 650 - (6 514)Setefrete, SGPS, S.A. a) e b) 4 731 052 1 969 573 2 761 479 102 813 1 347 994Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. a) 4 087 892 3 695 911 391 981 12 302 485 331 011Supremo Cimentos S.A a) e b) 120 508 624 26 685 991 93 822 633 49 846 812 (1 068 961)NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. a) e b) 62 649 838 57 526 759 5 123 079 - (7 688 250)

a) a informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras oficiais das associadas para o período findo em 31.12.2013, com excepção da setefrete, sGPs, s.a que respeitam ao período findo em 31.12.2012. b) Para efeitos de aplicação do método de equivalência Patrimonial (nota 14), as demonstrações financeiras destas sociedades encontram-se ajustadas.

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 75

31 de Dezembro de 2014 activos Passivos capital Vendas e serviços resultadoValores em Euros Totais Totais Próprio prestados LíquidoMC- Materiaux de Construction a) 622 391 500 547 121 844 7 603 069 (5 134)J.M.J. - Henriques, Lda. a) 1 076 917 316 595 760 322 - (3 320)Setefrete, SGPS, S.A. a) e b) 5 664 562 2 207 862 3 456 700 102 813 2 892 221 Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. a) 3 989 252 3 500 394 488 858 12 379 830 427 896 Supremo Cimentos S.A a) e b) 175 997 086 82 838 453 93 158 633 54 316 698 (1 793 627)NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. a) e b) 84 404 485 47 605 439 36 799 046 - (4 498 648)

a) a informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras oficiais das associadas para o período findo em 31.12.2014, com excepção da setefrete, sGPs, s.a que respeitam ao período findo em 31.12.2013. b) Para efeitos de aplicação do método de equivalência Patrimonial (nota 14), as demonstrações financeiras destas sociedades encontram-se ajustadas.

31 de Dezembro de 2013 activos Passivos capital Vendas e serviços resultadoValores em Euros Totais Totais Próprio prestados LíquidoMC- Materiaux de Construction a) 699 140 572 858 126 282 4 753 814 25 693J.M.J. - Henriques, Lda. a) 1 074 797 311 147 763 650 - (6 514)Setefrete, SGPS, S.A. a) e b) 4 731 052 1 969 573 2 761 479 102 813 1 347 994Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. a) 4 087 892 3 695 911 391 981 12 302 485 331 011Supremo Cimentos S.A a) e b) 120 508 624 26 685 991 93 822 633 49 846 812 (1 068 961)NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. a) e b) 62 649 838 57 526 759 5 123 079 - (7 688 250)

a) a informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras oficiais das associadas para o período findo em 31.12.2013, com excepção da setefrete, sGPs, s.a que respeitam ao período findo em 31.12.2012. b) Para efeitos de aplicação do método de equivalência Patrimonial (nota 14), as demonstrações financeiras destas sociedades encontram-se ajustadas.

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8. aLTEraÇÕEs No PErÍMETro DE coNsoLiDaÇão No decurso do período findo em 31 de Dezembro de 2014, o impacto nas de-monstrações financeiras consolidadas por via de alterações no perímetro de consolidação são como se segue:

ENTRADAS NO PERíMETRO

- Sociedade de Inertes, Lda. – com sede em Nacala, reforço de 50% na participa-ção financeira detida de 49%, passando esta associada a subsidiária (Nota 7).

subsidiárias associada impacto Valores em Euros alienadas adquirida líquidoActivos não correntes Activos fixos tangíveis (Nota 10) (880 833) 614 010 (266 823) Outros activos não correntes (550 042) - (550 042)Activos correntes Estado e outros entes públicos (3 640) 105 691 102 051 Outras contas a receber (301 574) - (301 574) Caixa e depósitos bancários (19 312) 1 340 (17 972)Interesses minoritários (Nota 5.2) (14 635) (795) (15 430)Passivos não correntes Outras contas a pagar 1 927 117 - 1 927 117Passivos correntes Estado e outros entes públicos 32 171 - 32 171 Outras contas a pagar 212 851 (641 505) (428 654)Activos e passivos identificáveis à data da aquisição/alienação 402 103 78 741 480 844Custo / (proveito) reconhecido em resultados (Nota 31) - (39 121) (39 121)Ganho na alienação (482 918) - (482 918)Custos da concentração/ Preço Venda (80 815) 39 620 (41 195)Caixa e equivalentes de caixa 19 312 1 340 20 652Património líquido adquirido / integrado (61 503) 40 960 (20 543)

SAíDAS DO PERíMETRO

- Solenreco - Produção e Comercializa-ção de Combustíveis, Lda., subsidiária alienada.

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 77

9. Goodwill No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os movi-mentos ocorridos na rubrica “Goodwill”, são conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13Valor bruto no início do período 224 577 379 217 561 182Perdas por imparidade acumuladas (109 610 754) (85 349 488)Valor líquido no início do período 114 966 625 132 211 694Perdas por imparidade (Nota 15) - (13 620 281)Variação cambial: Société des Ciments de Gabès (Nota 20.5.1) 151 870 (2 866 217) Sud-Béton-Société de Fabrication de Béton du Sud (Nota 20.5.1) 9 027 (170 376) Ciments de Sibline, S.A.L. (Nota 20.5.1) 1 532 330 (510 178) Secil Angola, SARL (Nota 20.5.1) - (78 017)Saldo final 116 659 852 114 966 625

Valores em Euros Portugal Líbano Tunísia outros TotalCimento 50 647 610 12 964 923 27 476 373 - 91 088 906Betões 21 336 708 - 1 633 276 - 22 969 984Agregados - - - - -Outros 2 480 536 - - 120 426 2 600 962 74 464 854 12 964 923 29 109 649 120 426 116 659 852

O goodwill é atribuído às unidades ge-radoras de fluxos de caixa (UGC) do Grupo, identificadas de acordo com o país da operação e o segmento de ne-gócio, conforme se segue:

Para efeitos de testes de imparidade, o valor recuperável das UGC é determinado com base no valor em uso, de acordo com o método dos fluxos de caixa des-contados. Os cálculos baseiam-se no de-sempenho histórico e nas expectativas de desenvolvimento do negócio com a actual estrutura produtiva, sendo utili-zado o plano estimado de médio prazo a 5 anos do Grupo.

Em resultado dos cálculos efectuados, foram imputadas, no período findo em 31 de Dezembro de 2013, perdas por imparidade ao goodwill no montante de Euros 13.620.281 relativas à unidade ge-radora de fluxos de caixa em Portugal para o segmento de negócio dos betões (Euros 11.896.000) e à unidade geradora de fluxos de caixa em Angola para o segmento de negócio do cimento (Euros

1.724.281). Em 2014, verificou-se através de testes de imparidade às UGC não haver lugar ao registo de qualquer imparidade adicional.

10. acTiVos Fixos TaNgÍVEis Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os movimentos ocorri-dos na rubrica “Activos fixos tangíveis”, bem como nas respectivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade, são conforme se segue:

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Terrenos e Edifícios activos fixos recursos recuperação e outras tangíveis Valores em Euros naturais paisagística construções Equipamentos em curso adiantamentos TotalActivos Saldo em 1 de Janeiro de 2013 171 880 811 5 093 941 386 949 770 1 289 340 939 25 208 504 1 491 875 1 879 965 840 Aquisições 20 045 - 1 495 769 9 629 101 22 802 798 418 825 34 366 538 Alienações (37 668) - (155 220) (6 439 438) (10 493) (24 609) (6 667 428) Regularizações, transferências e abates 116 922 - 8 123 947 25 035 094 (33 952 121) (729 413) (1 405 571) Ajustamento cambial (6 123 467) - (5 224 453) (20 923 028) (1 086 955) (46 408) (33 404 311) Activos não correntes detidos para venda (Nota 19) 2 081 798 - 5 943 197 4 858 959 265 000 - 13 148 954 Saldo em 31 de Dezembro de 2013 167 938 441 5 093 941 397 133 010 1 301 501 627 13 226 733 1 110 270 1 886 004 022 Variação de perímetro (Nota 8) - - - (1 510 000) 614 010 - (895 990) Aquisições 468 978 - 1 602 359 3 183 121 10 851 761 629 242 16 735 461 Alienações (75 444) - (127 772) (3 043 296) - - (3 246 512) Regularizações, transferências e abates 1 829 544 375 931 (3 060 369) 14 461 534 (14 477 995) (932 260) (1 803 615) Ajustamento cambial 2 854 345 - 6 510 403 19 643 903 603 576 86 822 29 699 049 Saldo em 31 de Dezembro de 2014 173 015 864 5 469 872 402 057 631 1 334 236 889 10 818 085 894 074 1 926 492 415

Deprec. acumuladas e perdas por imparidade Saldo em 1 de Janeiro de 2013 (41 636 576) (1 662 075) (309 509 236) (1 130 048 559) - - (1 482 856 446) Depreciações (Nota 33) (2 027 663) (102 472) (9 857 018) (39 085 215) - - (51 072 368) Perdas por imparidade (Nota 33) (770 000) - 417 220 1 097 631 (1 202 321) - (457 470) Alienações - - 146 157 6 519 329 - - 6 665 486 Regularizações, transferências e abates - - 167 119 864 286 - - 1 031 405 Ajustamento cambial 1 482 699 - 2 547 724 13 376 735 76 319 - 17 483 477 Activos não correntes detidos para venda (Nota 19) (628 275) - (5 742 029) (4 858 962) (265 000) - (11 494 266) Saldo em 31 de Dezembro de 2013 (43 579 815) (1 764 547) (321 830 063) (1 152 134 755) (1 391 002) - (1 520 700 182) Variação de perímetro (Nota 8) 629 167 - - 629 167 Depreciações (Nota 33) (1 210 333) (116 393) (8 116 283) (32 346 584) - - (41 789 593) Perdas por imparidade (Nota 33) (105 316) - 381 783 (1 121 934) (523 419) - (1 368 886) Alienações 358 - 127 443 2 907 948 - - 3 035 749 Regularizações, transferências e abates (341 108) (300 377) 421 822 1 103 588 - (267 500) 616 425 Ajustamento cambial (363 536) - (3 184 179) (12 272 602) (12 073) - (15 832 390) Saldo em 31 de Dezembro de 2014 (45 599 750) (2 181 317) (332 199 477) (1 193 235 172) (1 926 494) (267 500) (1 575 409 710)

Activos líquidos Valor líquido em 31 de Dezembro de 2013 124 358 626 3 329 394 75 302 947 149 366 872 11 835 731 1 110 270 365 303 840 Valor líquido em 31 de Dezembro de 2014 127 416 114 3 288 555 69 858 154 141 001 717 8 891 591 626 574 351 082 705

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 79

Terrenos e Edifícios activos fixos recursos recuperação e outras tangíveis Valores em Euros naturais paisagística construções Equipamentos em curso adiantamentos TotalActivos Saldo em 1 de Janeiro de 2013 171 880 811 5 093 941 386 949 770 1 289 340 939 25 208 504 1 491 875 1 879 965 840 Aquisições 20 045 - 1 495 769 9 629 101 22 802 798 418 825 34 366 538 Alienações (37 668) - (155 220) (6 439 438) (10 493) (24 609) (6 667 428) Regularizações, transferências e abates 116 922 - 8 123 947 25 035 094 (33 952 121) (729 413) (1 405 571) Ajustamento cambial (6 123 467) - (5 224 453) (20 923 028) (1 086 955) (46 408) (33 404 311) Activos não correntes detidos para venda (Nota 19) 2 081 798 - 5 943 197 4 858 959 265 000 - 13 148 954 Saldo em 31 de Dezembro de 2013 167 938 441 5 093 941 397 133 010 1 301 501 627 13 226 733 1 110 270 1 886 004 022 Variação de perímetro (Nota 8) - - - (1 510 000) 614 010 - (895 990) Aquisições 468 978 - 1 602 359 3 183 121 10 851 761 629 242 16 735 461 Alienações (75 444) - (127 772) (3 043 296) - - (3 246 512) Regularizações, transferências e abates 1 829 544 375 931 (3 060 369) 14 461 534 (14 477 995) (932 260) (1 803 615) Ajustamento cambial 2 854 345 - 6 510 403 19 643 903 603 576 86 822 29 699 049 Saldo em 31 de Dezembro de 2014 173 015 864 5 469 872 402 057 631 1 334 236 889 10 818 085 894 074 1 926 492 415

Deprec. acumuladas e perdas por imparidade Saldo em 1 de Janeiro de 2013 (41 636 576) (1 662 075) (309 509 236) (1 130 048 559) - - (1 482 856 446) Depreciações (Nota 33) (2 027 663) (102 472) (9 857 018) (39 085 215) - - (51 072 368) Perdas por imparidade (Nota 33) (770 000) - 417 220 1 097 631 (1 202 321) - (457 470) Alienações - - 146 157 6 519 329 - - 6 665 486 Regularizações, transferências e abates - - 167 119 864 286 - - 1 031 405 Ajustamento cambial 1 482 699 - 2 547 724 13 376 735 76 319 - 17 483 477 Activos não correntes detidos para venda (Nota 19) (628 275) - (5 742 029) (4 858 962) (265 000) - (11 494 266) Saldo em 31 de Dezembro de 2013 (43 579 815) (1 764 547) (321 830 063) (1 152 134 755) (1 391 002) - (1 520 700 182) Variação de perímetro (Nota 8) 629 167 - - 629 167 Depreciações (Nota 33) (1 210 333) (116 393) (8 116 283) (32 346 584) - - (41 789 593) Perdas por imparidade (Nota 33) (105 316) - 381 783 (1 121 934) (523 419) - (1 368 886) Alienações 358 - 127 443 2 907 948 - - 3 035 749 Regularizações, transferências e abates (341 108) (300 377) 421 822 1 103 588 - (267 500) 616 425 Ajustamento cambial (363 536) - (3 184 179) (12 272 602) (12 073) - (15 832 390) Saldo em 31 de Dezembro de 2014 (45 599 750) (2 181 317) (332 199 477) (1 193 235 172) (1 926 494) (267 500) (1 575 409 710)

Activos líquidos Valor líquido em 31 de Dezembro de 2013 124 358 626 3 329 394 75 302 947 149 366 872 11 835 731 1 110 270 365 303 840 Valor líquido em 31 de Dezembro de 2014 127 416 114 3 288 555 69 858 154 141 001 717 8 891 591 626 574 351 082 705

As perdas por imparidade acumuladas detalham-se conforme se segue:

As empresas do Grupo, sedeadas em Portugal, procederam em anos anterio-res à reavaliação dos seus activos fixos tangíveis ao abrigo da legislação aplicá-vel, nomeadamente Portaria nº 258 de 28 de Dezembro de 1963, Decretos-Lei nº 126/77, nº 430/78, nº 219/82, nº 319-G/84, nº 118-B/86, nº 111/88, nº 49/91, nº 264/92, nº 22/92 e nº 31/98.

O detalhe dos custos históricos de aqui-sição de activos fixos tangíveis e corres-pondente reavaliação, líquidos de amorti-zações acumuladas, em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é o seguinte:

80

Perdas Perdas do activos Perdas Perdas do Perdas acumuladas exercício ajustamento não correntes acumuladas exercício ajustamento acumuladasValores em Euros 01/01/13 (Nota 33) cambial detidos para venda 31/12/13 (Nota 33) cambial 31/12/14Terrenos e recursos naturais (4 774 809) (770 000) - (2 277 432) (7 822 241) (105 316) - (7 927 557)Edifícios e outras construções (4 281 577) 417 220 - (1 427 993) (5 292 350) 381 783 - (4 910 567)Equipamentos (4 160 907) 1 097 631 - (606 822) (3 670 098) (1 121 934) - (4 792 032)Activos fixos tangíveis em curso - (1 202 321) 76 319 (262 750) (1 388 752) (523 419) (104 973) (2 017 144) (13 217 293) (457 470) 76 319 (4 574 997) (18 173 441) (1 368 886) (104 973) (19 647 300)

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 rubricas custo histórico Excedente de revalorização Valor revalorizado custo histórico Excedente de revalorização Valor revalorizado Terrenos e recursos naturais 117 340 826 10 075 288 127 416 114 114 489 774 9 868 852 124 358 626Edifícios e outras construções 67 663 826 2 194 328 69 858 154 71 277 697 4 025 250 75 302 947Equipamentos 140 874 673 127 044 141 001 717 149 218 413 148 459 149 366 872 325 879 325 12 396 660 338 275 985 334 985 884 14 042 561 349 028 445

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 81

Perdas Perdas do activos Perdas Perdas do Perdas acumuladas exercício ajustamento não correntes acumuladas exercício ajustamento acumuladasValores em Euros 01/01/13 (Nota 33) cambial detidos para venda 31/12/13 (Nota 33) cambial 31/12/14Terrenos e recursos naturais (4 774 809) (770 000) - (2 277 432) (7 822 241) (105 316) - (7 927 557)Edifícios e outras construções (4 281 577) 417 220 - (1 427 993) (5 292 350) 381 783 - (4 910 567)Equipamentos (4 160 907) 1 097 631 - (606 822) (3 670 098) (1 121 934) - (4 792 032)Activos fixos tangíveis em curso - (1 202 321) 76 319 (262 750) (1 388 752) (523 419) (104 973) (2 017 144) (13 217 293) (457 470) 76 319 (4 574 997) (18 173 441) (1 368 886) (104 973) (19 647 300)

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 rubricas custo histórico Excedente de revalorização Valor revalorizado custo histórico Excedente de revalorização Valor revalorizado Terrenos e recursos naturais 117 340 826 10 075 288 127 416 114 114 489 774 9 868 852 124 358 626Edifícios e outras construções 67 663 826 2 194 328 69 858 154 71 277 697 4 025 250 75 302 947Equipamentos 140 874 673 127 044 141 001 717 149 218 413 148 459 149 366 872 325 879 325 12 396 660 338 275 985 334 985 884 14 042 561 349 028 445

11. LocaÇÕEs 11.1. LocaÇÕEs FiNaNcEiras

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o Grupo utiliza os seguintes bens adquiri-dos em locação financeira:

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a dívida do Grupo referente a locações financeiras bem como o seu plano de reembolso, detalha-se como se segue:

Locação financeira - rendas a pagar

Locação financeira – plano de reembolso

82

31/12/14 31/12/13 Valor amortização Valor líquido Valor amortização Valor líquidoValores em Euros aquisição acumulada contabilistico aquisição acumulada contabilisticoEquipamento básico 4 365 548 (2 252 534) 2 113 014 4 365 548 (1 679 936) 2 685 612 4 365 548 (2 252 534) 2 113 014 4 365 548 (1 679 936) 2 685 612

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Não correntes (Nota 23.3) 2 162 052 2 441 096Correntes (Nota 23.3) 679 642 656 874 2 841 694 3 097 970

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 A menos de 1 ano 810 999 793 8161 a 2 anos 805 178 677 7512 a 3 anos 755 872 681 8293 a 4 anos 798 175 680 7164 a 5 anos - 699 775 3 170 224 3 533 887Juros futuros - a deduzir (328 530) (435 917)Valor actual das responsabilidades por locação financeira (Nota 23.3) 2 841 694 3 097 970

No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 foram re-conhecidos nas rubricas “(Gastos)/ re-versões de depreciação e amortização” e “Juros e gastos similares suportados” os seguintes montantes:

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 83

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Amortizações do período 572 598 536 568Gasto financeiro 131 948 152 315 704 546 688 883

84

11.2. LocaÇÕEs oPEracioNais

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o Grupo é locatário em contratos de loca-ção operacional relacionados com o alu-

guer de viaturas, os quais se encontram denominados em Euro. Os pagamentos mínimos das locações operacionais são detalhados conforme se segue:

Os gastos relacionados com locações operacionais reconhecidos nos perío-dos findos em 31 de Dezembro de 2014

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 A menos de 1 ano 110 189 390 7871 a 5 anos 4 020 183 900 114 209 574 687

12. ProPriEDaDEs DE iNVEsTiMENTo

Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e

No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 foram re-conhecidos em resultados os seguintes rendimentos e gastos relacionados com propriedades de investimento:

As propriedades de investimento são amortizadas de acordo com o método da linha recta, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.

2013, na rubrica “Propriedades de inves-timento”, são conforme se segue:

31/12/14 31/12/13 Valores em Euros arrendadas Para venda Total arrendadas Para venda Total Saldo inicial - quantia bruta 957 222 1 103 319 2 060 541 957 222 1 261 860 2 219 082Alienações - - - - (158 541) (158 541)Saldo final quantia bruta 957 222 1 103 319 2 060 541 957 222 1 103 319 2 060 541Saldo inicial - amortizações e perdas por imparidades 705 305 65 521 770 826 689 308 62 729 752 037Transferências Para outras classes de activos - (1 725) (1 725) - - -Amortizações e perdas por imparidade (Nota 33) 15 997 2 794 18 791 15 997 2 792 18 789Saldo final - amortizações e perdas por imparidade 721 302 66 590 787 892 705 305 65 521 770 826Valor líquido 235 920 1 036 729 1 272 649 251 917 1 037 798 1 289 715

31/12/14 31/12/13 Valores em Euros arrendadas Para venda Total arrendadas Para venda Total Rendimentos de rendas 58 293 - 58 293 38 103 - 38 103 Amortizações e perdas por imparidade (15 997) (2 794) (18 791) (15 997) (2 792) (18 789) 42 296 (2 794) 39 502 22 106 (2 792) 19 314

e 2013 ascenderam a Euros 532.967 e 777.528, respectivamente.

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 85

31/12/14 31/12/13 Valores em Euros arrendadas Para venda Total arrendadas Para venda Total Saldo inicial - quantia bruta 957 222 1 103 319 2 060 541 957 222 1 261 860 2 219 082Alienações - - - - (158 541) (158 541)Saldo final quantia bruta 957 222 1 103 319 2 060 541 957 222 1 103 319 2 060 541Saldo inicial - amortizações e perdas por imparidades 705 305 65 521 770 826 689 308 62 729 752 037Transferências Para outras classes de activos - (1 725) (1 725) - - -Amortizações e perdas por imparidade (Nota 33) 15 997 2 794 18 791 15 997 2 792 18 789Saldo final - amortizações e perdas por imparidade 721 302 66 590 787 892 705 305 65 521 770 826Valor líquido 235 920 1 036 729 1 272 649 251 917 1 037 798 1 289 715

31/12/14 31/12/13 Valores em Euros arrendadas Para venda Total arrendadas Para venda Total Rendimentos de rendas 58 293 - 58 293 38 103 - 38 103 Amortizações e perdas por imparidade (15 997) (2 794) (18 791) (15 997) (2 792) (18 789) 42 296 (2 794) 39 502 22 106 (2 792) 19 314

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activos Propriedade Licenças outros activos intangíveis Valores em Euros industrial Emissão co2 intangíveis em curso Total Activos Saldo em 1 de Janeiro de 2013 172 166 18 317 574 81 249 10 634 18 581 623 aquisições - - - 33 253 33 253 Licenças atribuídas - 10 640 176 - - 10 640 176 Licenças alienadas no período - (1 791 891) - - (1 791 891) Revogação licenças - (26 364) - - (26 364) Transferências e abates 19 451 - - (19 451) - Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento - (16 155 808) - - (16 155 808) Saldo em 31 de Dezembro de 2013 191 617 10 983 687 81 249 24 436 11 280 989 Aquisições - 30 751 - 30 341 61 092 Licenças atribuídas - 15 341 876 - - 15 341 876 Licenças alienadas no período - (1 985 025) - - (1 985 025) Revogação licenças - (19 615) - - (19 615) Transferências e abates 22 228 - - (22 228) - Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento - (6 912 250) - - (6 912 250) Saldo em 31 de Dezembro de 2014 213 845 17 439 424 81 249 32 549 17 767 067 Amortizações acumuladas e perdas por imparidade Saldo em 1 de Janeiro de 2013 (106 474) (16 752 832) (78 524) - (16 937 830) Amortizações do período (Nota 33) (47 363) - (1 832) - (49 195) Amortizações do período - Emissões de gases com efeito de estufa no período (Nota 33) - (7 235 891) - - (7 235 891) Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 33) - 663 808 - - 663 808 Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento - 16 155 808 - - 16 155 808 Saldo em 31 de Dezembro de 2013 (153 837) (7 169 107) (80 356) - (7 403 300) Amortizações do período (Nota 33) (26 839) - - (26 839) Amortizações do período - Emissões de gases com efeito de estufa no período (Nota 33) - (11 544 910) - - (11 544 910) Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 33) - 74 784 - - 74 784 Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento - 6 912 250 - - 6 912 250 Saldo em 31 de Dezembro de 2014 (180 676) (11 726 983) (80 356) - (11 988 015) Activos líquidos Valor líquido em 31 de Dezembro de 2013 37 780 3 814 580 893 24 436 3 877 689 Valor líquido em 31 de Dezembro de 2014 33 169 5 712 441 893 32 549 5 779 052

13. acTiVos iNTaNgÍVEis Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os movimentos ocorri-dos na rubrica “Activos intangíveis”, bem como nas respectivas amortizações, são conforme se segue:

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 os montantes de Euros 5.712.441 e 3.814.580 registados na rubrica “Licen-ças de emissão CO2” referem-se ao valor das licenças de emissão de gases com

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 87

activos Propriedade Licenças outros activos intangíveis Valores em Euros industrial Emissão co2 intangíveis em curso Total Activos Saldo em 1 de Janeiro de 2013 172 166 18 317 574 81 249 10 634 18 581 623 aquisições - - - 33 253 33 253 Licenças atribuídas - 10 640 176 - - 10 640 176 Licenças alienadas no período - (1 791 891) - - (1 791 891) Revogação licenças - (26 364) - - (26 364) Transferências e abates 19 451 - - (19 451) - Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento - (16 155 808) - - (16 155 808) Saldo em 31 de Dezembro de 2013 191 617 10 983 687 81 249 24 436 11 280 989 Aquisições - 30 751 - 30 341 61 092 Licenças atribuídas - 15 341 876 - - 15 341 876 Licenças alienadas no período - (1 985 025) - - (1 985 025) Revogação licenças - (19 615) - - (19 615) Transferências e abates 22 228 - - (22 228) - Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento - (6 912 250) - - (6 912 250) Saldo em 31 de Dezembro de 2014 213 845 17 439 424 81 249 32 549 17 767 067 Amortizações acumuladas e perdas por imparidade Saldo em 1 de Janeiro de 2013 (106 474) (16 752 832) (78 524) - (16 937 830) Amortizações do período (Nota 33) (47 363) - (1 832) - (49 195) Amortizações do período - Emissões de gases com efeito de estufa no período (Nota 33) - (7 235 891) - - (7 235 891) Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 33) - 663 808 - - 663 808 Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento - 16 155 808 - - 16 155 808 Saldo em 31 de Dezembro de 2013 (153 837) (7 169 107) (80 356) - (7 403 300) Amortizações do período (Nota 33) (26 839) - - (26 839) Amortizações do período - Emissões de gases com efeito de estufa no período (Nota 33) - (11 544 910) - - (11 544 910) Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 33) - 74 784 - - 74 784 Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento - 6 912 250 - - 6 912 250 Saldo em 31 de Dezembro de 2014 (180 676) (11 726 983) (80 356) - (11 988 015) Activos líquidos Valor líquido em 31 de Dezembro de 2013 37 780 3 814 580 893 24 436 3 877 689 Valor líquido em 31 de Dezembro de 2014 33 169 5 712 441 893 32 549 5 779 052

efeitos de estufa atribuídas a título gra-tuito e depositadas a favor das empre-sas do Grupo no Registo Português de Licenças de Emissão relativos ao ano de 2014 e 2013 respectivamente, acrescido

das licenças adquiridas e deduzido das licenças alienadas, das perdas por impa-ridade identificadas e das licenças entre-gues/entregar à Entidade Coordenadora do Licenciamento.

Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, nas licenças de emissão de gases com efeito de estufa, são conforme se segue:

O Grupo alienou, no período findo em 31 de Dezembro de 2014, 413.700 to-neladas (193.300 toneladas em 2013) de licenças de emissão, tendo registado ganhos no montante de Euros 1.561.769 (Euros 978.774 em 2013) (Nota 31).

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31/12/14 31/12/13 Toneladas Euros Toneladas Euros Activos Saldo inicial 2 400 517 10 983 687 2 097 830 18 317 574 Licenças atribuídas (Nota 20.5.3) 2 201 130 15 341 876 2 240 037 10 640 176 Licenças adquiridas 133 700 30 751 - - Revogação licenças (Nota 20.5.3) (2 116) (19 615) (2 844) (26 364) Licenças alienadas (413 700) (1 985 025) (193 300) (1 791 891 Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento (1 559 126) (6 912 250) (1 741 206) (16 155 808) Saldo final 2 760 405 17 439 424 2 400 517 10 983 687 Amortizações acumuladas e perdas por imparidade Saldo inicial (1 597 876) (7 169 107) (1 725 978) (16 752 832) Amortizações do período relativas a: Emissões de gases com efeito de estufa no período (1 882 912) (11 544 910) (1 613 104) (7 235 891) Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 33) 74 784 - 663 808 Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento 1 559 126 6 912 250 1 741 206 16 155 808 Saldo final (1 921 662) (11 726 983) (1 597 876) (7 169 107)Valor líquido 838 743 5 712 441 802 641 3 814 580

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 89

31/12/14 31/12/13 Toneladas Euros Toneladas Euros Activos Saldo inicial 2 400 517 10 983 687 2 097 830 18 317 574 Licenças atribuídas (Nota 20.5.3) 2 201 130 15 341 876 2 240 037 10 640 176 Licenças adquiridas 133 700 30 751 - - Revogação licenças (Nota 20.5.3) (2 116) (19 615) (2 844) (26 364) Licenças alienadas (413 700) (1 985 025) (193 300) (1 791 891 Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento (1 559 126) (6 912 250) (1 741 206) (16 155 808) Saldo final 2 760 405 17 439 424 2 400 517 10 983 687 Amortizações acumuladas e perdas por imparidade Saldo inicial (1 597 876) (7 169 107) (1 725 978) (16 752 832) Amortizações do período relativas a: Emissões de gases com efeito de estufa no período (1 882 912) (11 544 910) (1 613 104) (7 235 891) Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 33) 74 784 - 663 808 Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento 1 559 126 6 912 250 1 741 206 16 155 808 Saldo final (1 921 662) (11 726 983) (1 597 876) (7 169 107)Valor líquido 838 743 5 712 441 802 641 3 814 580

14. ParTiciPaÇÕEs FiNaNcEiras Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Participações financeiras”, in-cluindo o goodwill, apresenta a seguinte composição:

O total das participações financeiras inclui os seguintes montantes relativos ao goo-dwill gerado na aquisição das associadas:

Os movimentos ocorridos nesta rubrica, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, são como se segue:

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31/12/14 31/12/13Valores em Euros % Detida Valor % Detida Valor Setefrete, SGPS, S.A. 25,00% 3 091 925 25,00% 2 918 120MC - Materiaux de Construction 49,36% 2 223 49,36% 2 211J.M.J. - Henriques, Lda. 28,57% 380 161 28,57% 381 825Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. 35,00% 1 480 077 35,00% 1 446 165Supremo Cimentos, S.A. 15,00% 22 084 473 15,00% 22 088 327Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A. 20,68% 12 795 527 45,58% 6 571 082Sociedade de Inertes, Lda 49,00% - 49,00% 648 39 834 386 33 408 378

Valores em Euros ano da aquisição 31/12/14 31/12/13 Setefrete, SGPS, S.A. 2003 2 227 750 2 227 750Ave - Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. 2009 1 308 977 1 308 977Supremo Cimentos, S.A. 2013 5 278 577 5 218 785Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A. 2013 4 322 632 4 273 668Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A. 2014 905 241 - 14 043 177 13 029 180

31/12/14 31/12/13 outras participações Valores em Euros associadas associadas financeiras Total Saldo inicial 33 408 378 5 016 542 24 413 353 29 429 895Aquisições: - - - Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A. 2 456 968 9 978 305 9 978 305 Supremo Cimentos, S.A. - 5 623 326 5 623 326 Sociedade de Inertes, Limitada - 648 648Efeito de diluição em participações financeiras (Nota 7 e 31) 5 064 240 - - -Resultado líquido apropriado (Nota 28) (671 278) (2 214 487) - (2 214 487)Dividendos atribuídos pela Setefrete, SGPS, S.A. (549 250) (487 500) - (487 500)Dividendos atribuídos pela Ave, S.A. (115 853) (226 006) - (226 006)Transferência de outras participações financeiras - 24 413 353 (24 413 353) -Transferência de associada para subsidiária (Nota 7) (38 973) - - -Ajustamento cambial 280 154 (8 695 803) - (8 695 803)Saldo final 39 834 386 33 408 378 - 33 408 378

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 91

31/12/14 31/12/13Valores em Euros % Detida Valor % Detida Valor Setefrete, SGPS, S.A. 25,00% 3 091 925 25,00% 2 918 120MC - Materiaux de Construction 49,36% 2 223 49,36% 2 211J.M.J. - Henriques, Lda. 28,57% 380 161 28,57% 381 825Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. 35,00% 1 480 077 35,00% 1 446 165Supremo Cimentos, S.A. 15,00% 22 084 473 15,00% 22 088 327Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A. 20,68% 12 795 527 45,58% 6 571 082Sociedade de Inertes, Lda 49,00% - 49,00% 648 39 834 386 33 408 378

31/12/14 31/12/13 outras participações Valores em Euros associadas associadas financeiras Total Saldo inicial 33 408 378 5 016 542 24 413 353 29 429 895Aquisições: - - - Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A. 2 456 968 9 978 305 9 978 305 Supremo Cimentos, S.A. - 5 623 326 5 623 326 Sociedade de Inertes, Limitada - 648 648Efeito de diluição em participações financeiras (Nota 7 e 31) 5 064 240 - - -Resultado líquido apropriado (Nota 28) (671 278) (2 214 487) - (2 214 487)Dividendos atribuídos pela Setefrete, SGPS, S.A. (549 250) (487 500) - (487 500)Dividendos atribuídos pela Ave, S.A. (115 853) (226 006) - (226 006)Transferência de outras participações financeiras - 24 413 353 (24 413 353) -Transferência de associada para subsidiária (Nota 7) (38 973) - - -Ajustamento cambial 280 154 (8 695 803) - (8 695 803)Saldo final 39 834 386 33 408 378 - 33 408 378

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15. iMPosTo soBrE o rENDiMENTo 15.1. iMPosTo corrENTE

A Secil e algumas das suas subsidiárias integraram, em 1 de Janeiro de 2014, o Grupo fiscal do qual a Semapa, S.G.P.S., S.A. é a sociedade dominante, sendo tributadas pelo Regime Especial de Tri-butação de Grupos de Sociedades (RE-TGS), constituído pelas empresas com uma participação igual ou superior a 75% e que cumprem as condições previstas no artigo 69º e seguintes do Código do IRC.

As empresas que se englobam no perí-metro do grupo de sociedades sujeitas a este regime apuram e registam o imposto sobre o rendimento tal como se fossem tributadas numa óptica individual.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Imposto sobre o rendimento” apresenta o seguinte detalhe:

Os montantes de Euros 4.196.782 e Euros 3.547.069 registados em imposto corrente em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, respectivamente incluem:

As declarações anuais de rendimentos estão sujeitas em Portugal a revisão e eventual ajustamento por parte das au-toridades fiscais durante um período de 4 anos. Contudo, no caso de serem apre-sentados prejuízos fiscais estes podem ser sujeitos a revisão e liquidação pelas autoridades fiscais por um período su-perior.

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Imposto corrente 4 196 782 3 547 069Liquidações adicionais de IRC 3 929 358 (4 238 041)Imposto diferido (Notas 15.2) (6 455 803) (817 981) 1 670 337 (1 508 953)

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Estimativa de imposto do período das empresas não pertencentes ao Grupo fiscal Semapa (Nota 25) 5 679 206 4 320 602Estimativa de imposto das empresas que integram o Grupo fiscal Semapa (Nota 36) 1 084 275 -Outros custos e perdas de IRC de exercícios anteriores (1 031 846) (755 445) Excesso / (insuficiência) de estimativa de exercícios anteriores (1 534 853) (18 088) 4 196 782 3 547 069

Noutros países em que o Grupo desen-volve a sua actividade os prazos são di-ferentes, em regra superiores.

O Conselho de Administração entende que eventuais correcções àquelas decla-rações em resultado de revisões/inspec-ções por parte das autoridades fiscais não terão efeitos materiais nas demons-

trações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2014.

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 93

A reconciliação da taxa efectiva de im-posto nos períodos findos em 31 de De-zembro de 2014 e 2013 é evidenciada como segue:

(a) Este valor respeita essencialmente a:

(b) A redução de imposto verificada no período na rubrica “Diferenças de taxas de imposto” inclui essencialmente o efeito positivo (i) de diferentes taxas de imposto praticadas em países em que o Grupo opera, nomeadamente a taxa de imposto da Tunísia de 25% e do Líbano de 15% e (ii) o efeito da redução da taxa de IRC em Portugal.

(c) O montante mostrado na rubrica “Ajustamentos à colecta” respeita essencialmente à tributação autónoma no montante de Euros 286.842.

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Resultado antes de impostos 13 756 441 (30 645 496)Imposto esperado 4 058 150 (9 040 421)Diferenças permanentes (a) 5 923 889 4 287 308Prejuízos fiscais recuperáveis de períodos anteriores (2 869 162) (31 808)Prejuízos fiscais não recuperáveis 2 875 941 7 662 299Prejuízos fiscais de períodos anteriores considerados não recuperáveis - 1 278 242Diferenças de taxas de imposto (b) (4 608 280) (1 030 777)Benefícios fiscais (5 376 543) -Liquidações adicionais de IRC 3 929 358 (4 933 558)Retenção na fonte a título definitivo 98 484 102 874Imposto relativo a períodos anteriores (2 665 183) (439 686)Ajustamentos à colecta (c) 303 683 636 574 1 670 337 (1 508 953)Taxa efectiva de imposto 12,1% 0,0%

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Perdas por imparidade do goodwill (Nota 9) - 13 620 281 Efeito da aplicação do método da Equivalência Patrimonial (Nota 28) 671 278 2 214 487 Mais / (Menos) valias fiscais 151 394 2 874 429 (Mais) / Menos valias contabilísticas (5 861 745) (2 907 713)Benefícios fiscais (3 811 801) (809 380)Dividendos de empresas sediadas fora da U.E. - 1 958 476 Aumento / (Redução) de imparidades e provisões tributadas 9 066 106 181 517 Resultados intragrupo sujeitos a tributação 17 915 382 -Outros 1 950 367 (2 598 849) 20 080 981 14 533 248 impacto fiscal (29,50%) 5 923 889 4 287 308

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15.2. iMPosTo DiFEriDo

No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os movi-mentos ocorridos nos activos e passivos por impostos diferidos, são os seguintes:

31 de Dezembro de 2014 alteração da resultados taxa de alteração da activos ajustamento do período imposto capital taxa de detidosValores em Euros saldo inicial cambial (Nota 15.1) (Nota 15.1) Próprio imposto Transferências para venda saldo final Diferenças temporárias que originam activos por impostos diferidos Provisões e imparidades tributadas 19 399 744 391 971 (234 263) - - - (22.689) - 19 534 763 Provisões para recuperação ambiental e paisagística 2 538 457 - 157 248 - - - - - 2 695 705 Prejuízos fiscais reportáveis 337 146 - (191 094) - - - - - 146 052 Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 22) 396 861 27 939 57 626 - (66 723) - - 415 703 Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 22) 52 678 - 5 502 - (4 146) - - - 54 034 Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 22) 534 666 - (36 844) - - - - - 497 822 Insuficiência do fundo de pensões (Nota 22) 94 178 450 (33 055) - (23 019) - - - 38 554 Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 22) 5 962 894 - (646 226) - 412 695 - - - 5 729 363 Responsabilidade por assistência na doença (Nota 22) 514 795 - (433 538) - (11 969) - - - 69 288 Mais-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo 2 713 674 - (160 633) - - - - - 2 553 041 Justo valor apurado em combinações empresariais 1 325 414 180 096 - - - - - - 1 505 510 Imparidades em activos fixos 7 452 085 - 1 363 057 - - - - - 8 815 142 Outras diferenças temporárias 4 803 510 - (101 234) - (248 084) - 22 689 - 4 476 881 46 126 102 600 456 (253 454) - 58 754 - - - 46 531 858Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos Reavaliação de activos fixos tangiveís (3 721 476) - 681 465 - - - - - (3 040 011) Justo valor apurado em combinações empresariais (104 957 243) (3 875 013) 2 136 126 - - - - (30 311) (106 726 441) Menos-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo (9 950 698) 90 090 9 860 608 - - - - - - Diferimento da tributação de mais-valias (844 850) - 76 073 - - - - - (768 777) Acréscimos de amortizações (3 830 576) (21 593) (261 656) - - - - - (4 113 825) Excesso do fundo de pensões (Nota 22) (4 102 570) - (179 202) - (575 735) - - - (4 857 507) Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3) (1 264 042) (1 461) - - 238 390 - - - (1 027 113) Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota 13) (3 814 580) - - - (1 897 861) - - - (5 712 441) Outras diferenças temporárias (228 144) - 78 871 - - - - - (149 273) (132 714 179) (3 807 977) 12 392 285 (2 235 206) - (30 311) (126 395 388)Valores reflectidos no balanço Activos por impostos diferidos 11 827 066 89 315 (172 019) (961 397) 39 286 (5 357) - 10 816 894 Passivos por impostos diferidos (34 513 322) (603 128) 3 754 325 3 834 894 (644 816) 90 108 - (15 550) (28 097 489)

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 95

31 de Dezembro de 2014 alteração da resultados taxa de alteração da activos ajustamento do período imposto capital taxa de detidosValores em Euros saldo inicial cambial (Nota 15.1) (Nota 15.1) Próprio imposto Transferências para venda saldo final Diferenças temporárias que originam activos por impostos diferidos Provisões e imparidades tributadas 19 399 744 391 971 (234 263) - - - (22.689) - 19 534 763 Provisões para recuperação ambiental e paisagística 2 538 457 - 157 248 - - - - - 2 695 705 Prejuízos fiscais reportáveis 337 146 - (191 094) - - - - - 146 052 Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 22) 396 861 27 939 57 626 - (66 723) - - 415 703 Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 22) 52 678 - 5 502 - (4 146) - - - 54 034 Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 22) 534 666 - (36 844) - - - - - 497 822 Insuficiência do fundo de pensões (Nota 22) 94 178 450 (33 055) - (23 019) - - - 38 554 Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 22) 5 962 894 - (646 226) - 412 695 - - - 5 729 363 Responsabilidade por assistência na doença (Nota 22) 514 795 - (433 538) - (11 969) - - - 69 288 Mais-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo 2 713 674 - (160 633) - - - - - 2 553 041 Justo valor apurado em combinações empresariais 1 325 414 180 096 - - - - - - 1 505 510 Imparidades em activos fixos 7 452 085 - 1 363 057 - - - - - 8 815 142 Outras diferenças temporárias 4 803 510 - (101 234) - (248 084) - 22 689 - 4 476 881 46 126 102 600 456 (253 454) - 58 754 - - - 46 531 858Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos Reavaliação de activos fixos tangiveís (3 721 476) - 681 465 - - - - - (3 040 011) Justo valor apurado em combinações empresariais (104 957 243) (3 875 013) 2 136 126 - - - - (30 311) (106 726 441) Menos-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo (9 950 698) 90 090 9 860 608 - - - - - - Diferimento da tributação de mais-valias (844 850) - 76 073 - - - - - (768 777) Acréscimos de amortizações (3 830 576) (21 593) (261 656) - - - - - (4 113 825) Excesso do fundo de pensões (Nota 22) (4 102 570) - (179 202) - (575 735) - - - (4 857 507) Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3) (1 264 042) (1 461) - - 238 390 - - - (1 027 113) Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota 13) (3 814 580) - - - (1 897 861) - - - (5 712 441) Outras diferenças temporárias (228 144) - 78 871 - - - - - (149 273) (132 714 179) (3 807 977) 12 392 285 (2 235 206) - (30 311) (126 395 388)Valores reflectidos no balanço Activos por impostos diferidos 11 827 066 89 315 (172 019) (961 397) 39 286 (5 357) - 10 816 894 Passivos por impostos diferidos (34 513 322) (603 128) 3 754 325 3 834 894 (644 816) 90 108 - (15 550) (28 097 489)

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Em resultado da alteração introduzida pela Lei nº 82-B/2014 de 31 de Dezem-bro, que alterou o artigo 87º do Código do IRC, fixando em 21% a taxa em vigor para o exercício de 2015, o Grupo pro-cedeu à actualização das taxas aplicadas aos seus activos e passivos por impostos diferidos

O impacto desta alteração de taxa nos impostos diferidos, em 31 de Dezembro de 2014, traduziu-se em um impacto positivo nos resultados e nos capitais próprios no montante de Euros 78.577 e Euros 84.751, respectivamente.

31 de Dezembro de 2013 alteração da resultados taxa de alteração da activos ajustamento do período imposto capital taxa de detidosValores em Euros saldo inicial cambial (Nota 15.1) (Nota 15.1) Próprio imposto para venda saldo final Diferenças temporárias que originam activos por impostos diferidos Provisões e imparidades tributadas 17 701 992 (527 609) 2 225 361 - - - - 19 399 744 Provisões para recuperação ambiental e paisagística 2 251 493 - 286 964 - - - - 2 538 457 Prejuízos fiscais reportáveis 5 341 885 - (5 004 739) - - - - 337 146 Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 22) 430 715 (33 517) 2 572 - (2 909) - - 396 861 Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 22) 53 853 - (1 175) - - - - 52 678 Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 22) 551 207 - (16 541) - - - - 534 666 Insuficiência do fundo de pensões (Nota 22) 96 648 (9 331) (29 297) - 36 158 - - 94 178 Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 22) 6 739 718 - (653 010) - (123 814) - - 5 962 894 Responsabilidade por assistência na doença (Nota 22) 983 936 - (399 862) - (69 279) - - 514 795 Mais-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo 1 459 469 - 1 254 205 - - - - 2 713 674 Justo valor apurado em combinações empresariais 1 385 387 (59 973) - - - - - 1 325 414 Imparidades em activos fixos 7 452 863 - (778) - - - - 7 452 085 Outras diferenças temporárias 6 375 190 - (38 949) - (1 532 731) - - 4 803 510 50 824 356 (630 430) (2 375 249) (1 692 575) - 46 126 102Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos Reavaliação de activos fixos tangiveís (4 807 282) - 1 094 533 - - - (8 727) (3 721 476) Justo valor apurado em combinações empresariais (115 529 388) 7 193 335 3 406 372 - - - (27 562) (104 957 243) Menos-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo (10 400 946) 450 248 - - - - - (9 950 698) Diferimento da tributação de mais-valias (904 480) - 114 924 - - - (55 294) (844 850) Acréscimos de amortizações (3 944 550) 387 029 (273 055) - - - - (3 830 576) Excesso do fundo de pensões (Nota 22) (5 030 218) - (252 109) - 1 179 757 - - (4 102 570) Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3) (1 389 229) 66 129 - - 59 058 - - (1 264 042) Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota 13) (1 531 317) - - - (2 283 263) - - (3 814 580) Outras diferenças temporárias (328 820) - 100 676 - - - - (228 144) (143 866 230) 8 096 741 4 191 341 (1 044 448) (91 583) (132 714 179Valores reflectidos no balanço Activos por impostos diferidos 13 496 066 (156 760) (383 050) (649 406) (427 159) (52 625) - 11 827 066 Passivos por impostos diferidos (38 343 238) 2 224 453 1 282 028 568 409 (274 962) 62 385 (32 397) (34 513 322)

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 97

Adicionalmente, verificou-se uma re-dução na taxa de imposto sobre o ren-dimento praticada na Tunísia, de 30% para 25%, que se traduziu num efeito positivo em resultados no montante de Euros 2.794.920.

31 de Dezembro de 2013 alteração da resultados taxa de alteração da activos ajustamento do período imposto capital taxa de detidosValores em Euros saldo inicial cambial (Nota 15.1) (Nota 15.1) Próprio imposto para venda saldo final Diferenças temporárias que originam activos por impostos diferidos Provisões e imparidades tributadas 17 701 992 (527 609) 2 225 361 - - - - 19 399 744 Provisões para recuperação ambiental e paisagística 2 251 493 - 286 964 - - - - 2 538 457 Prejuízos fiscais reportáveis 5 341 885 - (5 004 739) - - - - 337 146 Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 22) 430 715 (33 517) 2 572 - (2 909) - - 396 861 Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 22) 53 853 - (1 175) - - - - 52 678 Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 22) 551 207 - (16 541) - - - - 534 666 Insuficiência do fundo de pensões (Nota 22) 96 648 (9 331) (29 297) - 36 158 - - 94 178 Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 22) 6 739 718 - (653 010) - (123 814) - - 5 962 894 Responsabilidade por assistência na doença (Nota 22) 983 936 - (399 862) - (69 279) - - 514 795 Mais-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo 1 459 469 - 1 254 205 - - - - 2 713 674 Justo valor apurado em combinações empresariais 1 385 387 (59 973) - - - - - 1 325 414 Imparidades em activos fixos 7 452 863 - (778) - - - - 7 452 085 Outras diferenças temporárias 6 375 190 - (38 949) - (1 532 731) - - 4 803 510 50 824 356 (630 430) (2 375 249) (1 692 575) - 46 126 102Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos Reavaliação de activos fixos tangiveís (4 807 282) - 1 094 533 - - - (8 727) (3 721 476) Justo valor apurado em combinações empresariais (115 529 388) 7 193 335 3 406 372 - - - (27 562) (104 957 243) Menos-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra-grupo (10 400 946) 450 248 - - - - - (9 950 698) Diferimento da tributação de mais-valias (904 480) - 114 924 - - - (55 294) (844 850) Acréscimos de amortizações (3 944 550) 387 029 (273 055) - - - - (3 830 576) Excesso do fundo de pensões (Nota 22) (5 030 218) - (252 109) - 1 179 757 - - (4 102 570) Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3) (1 389 229) 66 129 - - 59 058 - - (1 264 042) Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota 13) (1 531 317) - - - (2 283 263) - - (3 814 580) Outras diferenças temporárias (328 820) - 100 676 - - - - (228 144) (143 866 230) 8 096 741 4 191 341 (1 044 448) (91 583) (132 714 179Valores reflectidos no balanço Activos por impostos diferidos 13 496 066 (156 760) (383 050) (649 406) (427 159) (52 625) - 11 827 066 Passivos por impostos diferidos (38 343 238) 2 224 453 1 282 028 568 409 (274 962) 62 385 (32 397) (34 513 322)

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PrEJUÍZos Fiscais rEPorTáVEis coM iMPosTo DiFEriDo acTiVo

São reconhecidos impostos diferidos ac-tivos sobre prejuízos fiscais na medida

em que seja provável a realização do res-pectivo benefício fiscal, através da exis-tência de lucros tributáveis futuros. Os impostos diferidos activos reconhecidos pelo Grupo referem-se a prejuízos fiscais

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Data limiteCimentos Madeira, Lda. 146 052 337 146 2018 146 052 337 146

Empresa Total 2015 2016 2017 2018 2019 2020 e posteriores Não tributadas pelo RETGS allMa - Microalgas, lda. 55 077 - - - 11 884 43 193 Beto Madeira - Betões e Britas da Madeira, s.a. 316 663 316 663 - - - - - Florimar- gestão e Participações, s.g.P.s., lda. 188 737 24 965 24 275 - 31 725 59 579 48 193 i3 Participações e serviços, ltda. 96 873 - - - - - 96 873 Madebritas - sociedade de Britas da Madeira, lda. 9 133 2 169 - 2 027 2 577 - 2 360 Pedra regional - industria transformadora de rochas ornamentais, s.a. 614 331 497 415 - 91 537 24 288 - 1 091 secil angola, sarl 1 078 542 - 552 712 525 830 - - - seciment investments, B.V. 147 249 - - - - - 147 249 silonor, s.a. 12 523 580 - - - - - 12 523 580 soime, s.a.l. 494 617 58 089 343 909 92 619 - - - Zarzis Béton 90 560 - - - - - 90 560 sociedade de inertes, limitada 172 558 - - - - 172 558 - 15 787 920 899 301 920 896 712 013 70 474 232 137 12 953 099 Tributadas pelo RETGS argibetão - sociedade de novos Produtos de argila e Betão, s.a. 425 934 - - 148 531 185 567 - 91 836 Britobetão - central de Betão, lda. 23 619 - - - 23 619 - - ciminpart - investimentos e Participações, s.g.P.s., s.a. 2 291 037 - - 564 947 1 286 726 - 439 364 lusoinertes, s.a. 4 106 417 - 1 647 166 2 459 251 - - - Prescor Produção de escórias Moídas, lda. 341 001 - - 243 963 - - 97 038 reficomb- refinação e comercialização de combustíveis derivados de resíduos, s.a. 6 994 - - 4 375 1 236 - 1 383 secil, Betões e inertes, s.g.P.s., s.a. 1 766 278 - - - - - 1 766 278 secil Britas, s.a. 10 859 793 - - 4 791 394 4 761 380 - 1 307 019 secil Martingança - aglomerantes e novos Materiais para a construção, s.a. 2 330 400 - - 943 354 852 517 - 534 529 serife - sociedade de estudos e realizações industriais e de Fornecimento de equipamento, lda. 269 204 233 233 - - 17 211 - 18 760 unibetão - indústrias de Betão Preparado, s.a. 13 244 499 - - 4 683 060 3 022 195 - 5 539 244 uniconcreto - Betão Pronto, s.a. 6 713 857 - 3 864 422 1 258 397 1 399 967 - 191 071 42 379 033 233 233 5 511 588 15 097 272 11 550 418 - 9 986 522 Total prejuízos fiscais reportáveis sem imposto diferido 58 166 953 1 132 534 6 432 484 15 809 285 11 620 892 232 137 22 939 621

que se espera virem a ser deduzidos aos lucros tributáveis futuros, conforme se-gue:

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 99

PrEJUÍZos Fiscais rEPorTáVEis sEM iMPosTo DiFEriDo acTiVo

Os prejuízos fiscais sobre os quais o Grupo considera, nesta data, não existir a capacidade de dedução a lucros tribu-táveis futuros, e como tal sem imposto diferido activo, detalham-se por ano de prescrição conforme segue:

Empresa Total 2015 2016 2017 2018 2019 2020 e posteriores Não tributadas pelo RETGS allMa - Microalgas, lda. 55 077 - - - 11 884 43 193 Beto Madeira - Betões e Britas da Madeira, s.a. 316 663 316 663 - - - - - Florimar- gestão e Participações, s.g.P.s., lda. 188 737 24 965 24 275 - 31 725 59 579 48 193 i3 Participações e serviços, ltda. 96 873 - - - - - 96 873 Madebritas - sociedade de Britas da Madeira, lda. 9 133 2 169 - 2 027 2 577 - 2 360 Pedra regional - industria transformadora de rochas ornamentais, s.a. 614 331 497 415 - 91 537 24 288 - 1 091 secil angola, sarl 1 078 542 - 552 712 525 830 - - - seciment investments, B.V. 147 249 - - - - - 147 249 silonor, s.a. 12 523 580 - - - - - 12 523 580 soime, s.a.l. 494 617 58 089 343 909 92 619 - - - Zarzis Béton 90 560 - - - - - 90 560 sociedade de inertes, limitada 172 558 - - - - 172 558 - 15 787 920 899 301 920 896 712 013 70 474 232 137 12 953 099 Tributadas pelo RETGS argibetão - sociedade de novos Produtos de argila e Betão, s.a. 425 934 - - 148 531 185 567 - 91 836 Britobetão - central de Betão, lda. 23 619 - - - 23 619 - - ciminpart - investimentos e Participações, s.g.P.s., s.a. 2 291 037 - - 564 947 1 286 726 - 439 364 lusoinertes, s.a. 4 106 417 - 1 647 166 2 459 251 - - - Prescor Produção de escórias Moídas, lda. 341 001 - - 243 963 - - 97 038 reficomb- refinação e comercialização de combustíveis derivados de resíduos, s.a. 6 994 - - 4 375 1 236 - 1 383 secil, Betões e inertes, s.g.P.s., s.a. 1 766 278 - - - - - 1 766 278 secil Britas, s.a. 10 859 793 - - 4 791 394 4 761 380 - 1 307 019 secil Martingança - aglomerantes e novos Materiais para a construção, s.a. 2 330 400 - - 943 354 852 517 - 534 529 serife - sociedade de estudos e realizações industriais e de Fornecimento de equipamento, lda. 269 204 233 233 - - 17 211 - 18 760 unibetão - indústrias de Betão Preparado, s.a. 13 244 499 - - 4 683 060 3 022 195 - 5 539 244 uniconcreto - Betão Pronto, s.a. 6 713 857 - 3 864 422 1 258 397 1 399 967 - 191 071 42 379 033 233 233 5 511 588 15 097 272 11 550 418 - 9 986 522 Total prejuízos fiscais reportáveis sem imposto diferido 58 166 953 1 132 534 6 432 484 15 809 285 11 620 892 232 137 22 939 621

100

16. oUTros acTiVos FiNaNcEiros Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Outros activos financeiros”, lí-quida de perdas acumuladas por impari-dade, decompõe-se conforme se segue:

Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 nas perdas acumuladas por impa-ridade são conforme se segue:

31/12/14 31/12/13 Quantia QuantiaValores em Euros Quantia bruta imparidade acumulada escriturada líquida Quantia bruta imparidade acumulada escriturada líquida Outros activos financeiros - não corrente: Depósito a prazo (Notas 37.2 e 41.2) - - - 1 250 000 - 1 250 000 Adiantamentos para investimentos financeiros 2 250 000 - 2 250 000 2 000 000 - 2 000 000 Outros - Partes relacionadas (Notas 36 e 37.2) 645 125 - 645 125 - - - Outros 500 762 (98 862) 401 900 499 068 (98 641) 400 427 3 395 887 (98 862) 3 297 025 3 749 068 (98 641) 3 650 427

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Saldo inicial 98 641 102 815Ajustamento cambial 221 (4 174)Saldo final 98 862 98 641

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 101

31/12/14 31/12/13 Quantia QuantiaValores em Euros Quantia bruta imparidade acumulada escriturada líquida Quantia bruta imparidade acumulada escriturada líquida Outros activos financeiros - não corrente: Depósito a prazo (Notas 37.2 e 41.2) - - - 1 250 000 - 1 250 000 Adiantamentos para investimentos financeiros 2 250 000 - 2 250 000 2 000 000 - 2 000 000 Outros - Partes relacionadas (Notas 36 e 37.2) 645 125 - 645 125 - - - Outros 500 762 (98 862) 401 900 499 068 (98 641) 400 427 3 395 887 (98 862) 3 297 025 3 749 068 (98 641) 3 650 427

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17. iNVENTários Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os inventários, líquidos de perdas acu-muladas por imparidade, apresentam a seguinte composição:

31/12/14 31/12/13 Valores em Euros Quantia bruta imparidade acumulada Quantia líquida Quantia bruta imparidade acumulada Quantia líquidaMatérias-Primas, subsidiárias e de consumo 81 727 038 (8 308 824) 73 418 214 75 350 298 (7 004 010) 68 346 288Produtos e trabalhos em curso 411 621 - 411 621 720 560 - 720 560Produtos acabados e intermédios 21 297 873 (3 294 813) 18 003 060 19 257 736 (595 001) 18 662 735Mercadorias 4 109 133 (102 169) 4 006 964 4 129 383 (96 105) 4 033 278Adiantamento por conta de compras 1 187 - 1 187 2 440 - 2 440 107 546 852 (11 705 806) 95 841 046 99 460 417 (7 695 116) 91 765 301

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 103

Os movimentos ocorridos, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, nas perdas acumuladas por im-paridades em inventários são conforme se segue:

Os aumentos e reposições, no montante de Euros 3.762.853 e Euros 188.093, respectivamente foram reconhecidos na demonstração dos resultados na rubrica “Imparidade de inventários ((perdas)/ re-versões)”.

31/12/14 31/12/13 Valores em Euros Quantia bruta imparidade acumulada Quantia líquida Quantia bruta imparidade acumulada Quantia líquidaMatérias-Primas, subsidiárias e de consumo 81 727 038 (8 308 824) 73 418 214 75 350 298 (7 004 010) 68 346 288Produtos e trabalhos em curso 411 621 - 411 621 720 560 - 720 560Produtos acabados e intermédios 21 297 873 (3 294 813) 18 003 060 19 257 736 (595 001) 18 662 735Mercadorias 4 109 133 (102 169) 4 006 964 4 129 383 (96 105) 4 033 278Adiantamento por conta de compras 1 187 - 1 187 2 440 - 2 440 107 546 852 (11 705 806) 95 841 046 99 460 417 (7 695 116) 91 765 301

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Saldo inicial 7 695 116 6 550 498Aumentos 3 762 853 1 723 901Reposições (188 093) (7 200)Utilizações (12 959) (66 851)Ajustamento cambial 448 889 (505 232)Saldo final 11 705 806 7 695 116

104

31/12/14 31/12/13 Quantia QuantiaValores em Euros Quantia bruta imparidade acumulada escriturada líquida Quantia bruta imparidade acumulada escriturada líquidaDisponibilidades (Nota 4): Numerário 300 931 - 300 931 305 587 - 305 587 Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 19 177 345 - 19 177 345 25 609 321 - 25 609 321 Outras aplicações de tesouraria 82 447 663 - 82 447 663 98 408 239 - 98 408 239 Outras aplicações de tesouraria - Partes relacionadas (Nota 36) 34 750 000 - 34 750 000 - - - 136 675 939 - 136 675 939 124 323 147 - 124 323 147Activos financeiros ao custo: Clientes (Nota 18.2) 76 013 049 (26 258 584) 49 754 465 73 776 844 (25 328 905) 48 447 939 Outras contas a receber - corrente (Nota 18.3) 19 379 598 (7 494 114) 11 885 484 20 796 516 (6 821 398) 13 975 118 Outras contas a receber - não corrente (Nota 18.3) 4 122 026 (1 855 975) 2 266 051 4 263 185 (1 855 975) 2 407 210 99 514 673 (35 608 673) 63 906 000 98 836 545 (34 006 278) 64 830 267 236 190 612 (35 608 673) 200 581 939 223 159 692 (34 006 278) 189 153 414

18. acTiVos FiNaNcEiros

18.1. caTEgorias DE acTiVos FiNaNcEiros

As categorias de activos financeiros, lí-quidas de perdas acumuladas por impa-ridade, em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 são detalhadas conforme se segue:

18.2. acTiVos FiNaNcEiros - cLiENTEs

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Clientes”, líquida de perdas

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a antiguidade do saldo da rubrica “Clientes”,

31/12/14 31/12/13 imparidade acumulada Quantia imparidade acumulada QuantiaValores em Euros Quantia bruta (Nota 18.4) escriturada líquida Quantia bruta (Nota 18.4) escriturada líquidaclientes 73 630 346 (26 258 584) 47 371 762 72 701 299 (25 328 905) 47 372 394clientes - Partes relacionadas (nota 36) 2 382 703 - 2 382 703 1 075 545 - 1 075 545 76 013 049 (26 258 584) 49 754 465 73 776 844 (25 328 905) 48 447 939

31/12/14 31/12/13 Quantia QuantiaValores em Euros Quantia bruta imparidade acumulada escriturada líquida Quantia bruta imparidade acumulada escriturada líquidaNão vencido 30 539 686 (59 000) 30 480 686 30 471 425 (8 048) 30 463 377Vencido: 0-90 dias 15 126 613 (47 944) 15 078 669 13 614 867 (96 684) 13 518 18390-180 dias 2 904 506 (380 168) 2 524 338 1 764 979 (78 518) 1 686 461180-360 dias 1 845 147 (1 171 657) 673 490 1 921 667 (918 807) 1 002 860> 360 dias 25 597 097 (24 599 815) 997 282 26 003 906 (24 226 848) 1 777 058 76 013 049 (26 258 584) 49 754 465 73 776 844 (25 328 905) 48 447 939

acumuladas por imparidade, apresenta a seguinte composição:

líquida de perdas acumuladas por impa-ridade, é detalhada conforme se segue:

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 105

31/12/14 31/12/13 Quantia QuantiaValores em Euros Quantia bruta imparidade acumulada escriturada líquida Quantia bruta imparidade acumulada escriturada líquidaDisponibilidades (Nota 4): Numerário 300 931 - 300 931 305 587 - 305 587 Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 19 177 345 - 19 177 345 25 609 321 - 25 609 321 Outras aplicações de tesouraria 82 447 663 - 82 447 663 98 408 239 - 98 408 239 Outras aplicações de tesouraria - Partes relacionadas (Nota 36) 34 750 000 - 34 750 000 - - - 136 675 939 - 136 675 939 124 323 147 - 124 323 147Activos financeiros ao custo: Clientes (Nota 18.2) 76 013 049 (26 258 584) 49 754 465 73 776 844 (25 328 905) 48 447 939 Outras contas a receber - corrente (Nota 18.3) 19 379 598 (7 494 114) 11 885 484 20 796 516 (6 821 398) 13 975 118 Outras contas a receber - não corrente (Nota 18.3) 4 122 026 (1 855 975) 2 266 051 4 263 185 (1 855 975) 2 407 210 99 514 673 (35 608 673) 63 906 000 98 836 545 (34 006 278) 64 830 267 236 190 612 (35 608 673) 200 581 939 223 159 692 (34 006 278) 189 153 414

31/12/14 31/12/13 imparidade acumulada Quantia imparidade acumulada QuantiaValores em Euros Quantia bruta (Nota 18.4) escriturada líquida Quantia bruta (Nota 18.4) escriturada líquidaclientes 73 630 346 (26 258 584) 47 371 762 72 701 299 (25 328 905) 47 372 394clientes - Partes relacionadas (nota 36) 2 382 703 - 2 382 703 1 075 545 - 1 075 545 76 013 049 (26 258 584) 49 754 465 73 776 844 (25 328 905) 48 447 939

31/12/14 31/12/13 Quantia QuantiaValores em Euros Quantia bruta imparidade acumulada escriturada líquida Quantia bruta imparidade acumulada escriturada líquidaNão vencido 30 539 686 (59 000) 30 480 686 30 471 425 (8 048) 30 463 377Vencido: 0-90 dias 15 126 613 (47 944) 15 078 669 13 614 867 (96 684) 13 518 18390-180 dias 2 904 506 (380 168) 2 524 338 1 764 979 (78 518) 1 686 461180-360 dias 1 845 147 (1 171 657) 673 490 1 921 667 (918 807) 1 002 860> 360 dias 25 597 097 (24 599 815) 997 282 26 003 906 (24 226 848) 1 777 058 76 013 049 (26 258 584) 49 754 465 73 776 844 (25 328 905) 48 447 939

106

18.3. acTiVos FiNaNcEiros – oUTras coNTas a rEcEBEr

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Outras contas a receber - cor-rente”, líquida de perdas acumuladas por imparidade apresenta a seguinte com-posição:

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Outras contas a receber - não corrente”, líquida de perdas acumuladas por imparidade apresenta a seguinte composição:

31/12/14 31/12/13 imparidade acumulada Quantia imparidade acumulada QuantiaValores em Euros Quantia bruta (Nota 18.4) escriturada líquida Quantia bruta (Nota 18.4) escriturada líquidaOutros devedores Partes relacionadas (nota 36): empréstimos concedidos 750 000 - 750 000 - - - outras operações 2 138 818 (1 294 310) 844 508 1 194 842 (647 000) 547 842 outros 11 571 511 (6 199 804) 5 371 707 13 558 727 (6 174 398) 7 384 329 14 460 329 (7 494 114) 6 966 215 14 753 569 (6 821 398) 7 932 171Devedores por acréscimos de rendimentos Juros a receber 535 428 - 535 428 486 849 - 486 849 Partes relacionadas (nota 36) 1 324 146 - 1 324 146 2 584 774 - 2 584 774 outros 3 059 695 - 3 059 695 2 971 324 - 2 971 324 4 919 269 - 4 919 269 6 042 947 - 6 042 947 19 379 598 (7 494 114) 11 885 484 20 796 516 (6 821 398) 13 975 118

31/12/14 31/12/13 imparidade acumulada Quantia imparidade acumulada QuantiaValores em Euros Quantia bruta (Nota 18.4) escriturada líquida Quantia bruta (Nota 18.4) escriturada líquidaOutros devedores cauções prestadas a favor de terceiros 1 744 551 - 1 744 551 1 302 305 - 1 302 305 outras partes relacionadas (nota 36) - - - 550 000 - 550 000 outros 2 377 475 (1 855 975) 521 500 2 410 880 (1 855 975) 554 905 4 122 026 (1 855 975) 2 266 051 4 263 185 (1 855 975) 2 407 210

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 107

31/12/14 31/12/13 imparidade acumulada Quantia imparidade acumulada QuantiaValores em Euros Quantia bruta (Nota 18.4) escriturada líquida Quantia bruta (Nota 18.4) escriturada líquidaOutros devedores Partes relacionadas (nota 36): empréstimos concedidos 750 000 - 750 000 - - - outras operações 2 138 818 (1 294 310) 844 508 1 194 842 (647 000) 547 842 outros 11 571 511 (6 199 804) 5 371 707 13 558 727 (6 174 398) 7 384 329 14 460 329 (7 494 114) 6 966 215 14 753 569 (6 821 398) 7 932 171Devedores por acréscimos de rendimentos Juros a receber 535 428 - 535 428 486 849 - 486 849 Partes relacionadas (nota 36) 1 324 146 - 1 324 146 2 584 774 - 2 584 774 outros 3 059 695 - 3 059 695 2 971 324 - 2 971 324 4 919 269 - 4 919 269 6 042 947 - 6 042 947 19 379 598 (7 494 114) 11 885 484 20 796 516 (6 821 398) 13 975 118

31/12/14 31/12/13 imparidade acumulada Quantia imparidade acumulada QuantiaValores em Euros Quantia bruta (Nota 18.4) escriturada líquida Quantia bruta (Nota 18.4) escriturada líquidaOutros devedores cauções prestadas a favor de terceiros 1 744 551 - 1 744 551 1 302 305 - 1 302 305 outras partes relacionadas (nota 36) - - - 550 000 - 550 000 outros 2 377 475 (1 855 975) 521 500 2 410 880 (1 855 975) 554 905 4 122 026 (1 855 975) 2 266 051 4 263 185 (1 855 975) 2 407 210

108

18.4. iMPariDaDE DE DÍViDas a rEcEBEr

Os movimentos ocorridos nas perdas acumuladas por imparidade de dívidas a receber, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, são conforme se segue:

Os aumentos e reposições, no montante de Euros 2.752.965 e Euros 1.332.722, respectivamente, foram reconhecidos na demonstração dos resultados na rubrica “Imparidade de dívidas a receber ((per-das)/ reversões)”.

31/12/14 31/12/13 outros outros outros outros Devedores Partes Devedores Devedores Partes Devedores Não correntes clientes relacionadas correntes Não correntes clientes relacionadas correntesValores em Euros (Nota 18.3) (Nota 18.2) (Nota 18.3) (Nota 18.3) Total (Nota 18.3) (Nota 18.2) (Nota 18.3) (Nota 18.3) Totalsaldo inicial 1 855 975 25 328 905 647 000 6 174 398 34 006 278 1 855 975 22 123 192 - 6 127 728 30 106 895Variação de perímetro - - - - - - - - - -aumentos - 2 081 862 647 310 23 793 2 752 965 - 2 414 605 647 000 22 518 3 084 123reposições - (1 328 726) - (3 996) (1 332 722) - (2 445 461) - (4 434) (2 449 895)utilizações - - - - - - (405 485) - (7 907) (413 392)ajustamento cambial - 176 543 - 5 609 182 152 - (224 422) - (10 748) (235 170)transferências - - - - - - - - - -activos não correntes detidos para venda - - - - - - 3 866 476 - 47 241 3 913 717Saldo final 1 855 975 26 258 584 1 294 310 6 199 804 35 608 673 1 855 975 25 328 905 647 000 6 174 398 34 006 278

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 109

31/12/14 31/12/13 outros outros outros outros Devedores Partes Devedores Devedores Partes Devedores Não correntes clientes relacionadas correntes Não correntes clientes relacionadas correntesValores em Euros (Nota 18.3) (Nota 18.2) (Nota 18.3) (Nota 18.3) Total (Nota 18.3) (Nota 18.2) (Nota 18.3) (Nota 18.3) Totalsaldo inicial 1 855 975 25 328 905 647 000 6 174 398 34 006 278 1 855 975 22 123 192 - 6 127 728 30 106 895Variação de perímetro - - - - - - - - - -aumentos - 2 081 862 647 310 23 793 2 752 965 - 2 414 605 647 000 22 518 3 084 123reposições - (1 328 726) - (3 996) (1 332 722) - (2 445 461) - (4 434) (2 449 895)utilizações - - - - - - (405 485) - (7 907) (413 392)ajustamento cambial - 176 543 - 5 609 182 152 - (224 422) - (10 748) (235 170)transferências - - - - - - - - - -activos não correntes detidos para venda - - - - - - 3 866 476 - 47 241 3 913 717Saldo final 1 855 975 26 258 584 1 294 310 6 199 804 35 608 673 1 855 975 25 328 905 647 000 6 174 398 34 006 278

110

19. acTiVos Não corrENTEs DETiDos Para VENDa Em 30 de Junho de 2011 a Secil adqui-riu a totalidade do capital da sociedade Uniconcreto – Betão Pronto, S.A. (ante-riormente designada por Lafarge Betões, S.A.) e das suas subsidiárias Eurobetão – Betão Pronto, S.A. e Lusoinertes, S.A. (anteriormente designada por Lafarge Agregados Unipessoal, Lda.). Estas so-ciedades operam no mercado de betões e agregados e detinham à data da com-pra vinte e seis centrais de betão e quatro explorações de agregados.No âmbito desta compra, a decisão de alienar os activos e passivos, apresenta-dos como activos não correntes detidos para venda, decorre da imposição colo-cada por parte da Autoridade da Concor-rência, bem como da posterior avaliação interna efectuada pelo Grupo.No período findo em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 os activos e passivos directamente associados a activos não correntes detidos para venda detalham--se como se segue:

No período findo em 31 de Dezembro de 2013, em resultado (i) das dificuldades sentidas na conclusão do plano de venda e (ii) de re-avaliação interna, deixaram de qualificar como activos não correntes detidos para venda os activos e passi-vos da subsidiária Uniconcreto – Betão Pronto, S.A..

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os activos apresentados como não corren-tes detidos para venda correspondem às centrais de betão cuja imposição de venda foi colocada pela Autoridade da Concorrência.

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 ACTIVO Activos fixos tangíveis 1 114 053 1 174 069 1 114 053 1 174 069PASSIVO Passivos por impostos diferidos 84 724 100 265 84 724 100 265 1 029 329 1 073 804

Valor Depreciações ValorValores em Euros Bruto acumuladas Líquido Saldo em 1 de Janeiro de 2013 14 451 129 (11 562 353) 2 888 776Depreciações (Nota 33) - (60 019) (60 019)Desreconhecimento de activos não correntes detidos para venda (Nota 10) (13 148 954) 11 494 266 (1 654 688)Saldo em 31 de Dezembro de 2013 1 302 175 (128 106) 1 174 069Depreciações (Nota 33) - (60 016) (60 016)Saldo em 31 de Dezembro de 2014 1 302 175 (188 122) 1 114 053

Em 31 de Dezembro de 2014, a rubrica de activos fixos tangíveis apresenta a se-guinte movimento:

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 111

20. caPiTaL PróPrio

20.1. caPiTaL rEaLiZaDo E acÇÕEs PróPrias Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o capital social da Secil, encontra-se to-talmente subscrito e realizado, sendo re-presentado por 52.920.000 acções com o valor nominal de Euros 5.

As pessoas colectivas que detém posi-ções relevantes no capital da sociedade em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 detalham-se conforme se segue:

Em 8 de Maio de 2014, a Secil incorpo-rou, por fusão, a sociedade Great Earth – Projectos, S.A., a qual tinha anterior-mente alienado as acções tituladas e nominativas representativas do capital

A sociedade Hewbol, S.G.P.S, Lda. é uma empresa subsidiária do Grupo Secil pelo que as 366.100 acções por si de-

Nº acções % do capital detidaNome 31/12/14 31/12/13 31/12/14 31/12/13Great Earth – Projectos, S.A. - 48 734 540 0,00% 92,09%Semapa, SGPS, S.A. 48 734 540 - 92,09% 0,00%Longapar, S.G.P.S., S.A. 1 000 1 000 0,00% 0,00%Acções próprias 4 184 460 4 184 460 7,91% 7,91% 52 920 000 52 920 000 100,00% 100,00%

acções próprias 31/12/14 31/12/13 Secil - Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. 3 818 360 3 818 360Hewbol, S.G.P.S., S.A. 366 100 366 100 4 184 460 4 184 460

social desta à sociedade Semapa, SGPS, S.A.. Em resultado desta operação a Se-cil reconheceu nos seus capitais próprios uma reserva de fusão positiva no mon-tante de Euros 1.052.208 (Nota 20.3).

As acções próprias evidenciadas nas demonstrações financeiras consolida-das do Grupo em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 são detidas pelas seguintes sociedades:

tidas encontram-se evidenciadas como acções próprias nas demonstrações fi-nanceiras consolidadas do Grupo.

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20.2. rEsErVas LEgais Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Reserva legais” ascende a Euros 40.680.725.

20.3. oUTras rEsErVas Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Outras reservas” decompõe-se como segue:

20.4. ExcEDENTE DE rEVaLoriZaÇão

A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente

Esta rubrica corresponde a reservas li-vres para distribuição aos accionistas, constituídas através da transferência de resultados de períodos anteriores e à

O montante de Euros 14.080.833 não se encontra disponível para distribuir aos accionistas do Grupo.

pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da sociedade po-derá contudo, ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Saldo inicial 94 623 691 94 623 691Reserva de fusão da Great Heart na Secil (Nota 20.1) 1 052 208 -Saldo final 95 675 899 94 623 691

reserva de fusão resultante da incorpo-ração da sociedade Great Earth – Projec-tos, S.A. na Secil.

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Saldo inicial 14 242 547 14 450 157Excedente realizado no período (186 307) (239 182)Imposto diferido no período 24 593 31 572Saldo final 14 080 833 14 242 547

O movimento do excedente de revalo-rização nos períodos findos em 31 de

Dezembro de 2014 e 2013 foi conforme se segue:como segue:

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 113

20.5. oUTras VariaÇÕEsNo caPiTaL PróPrio Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Outras variações no capital pró-prio” apresenta a seguinte composição:

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Diferenças de conversão de demonstrações financeiras (90 499 255) (105 387 863)Desvios e alterações de pressupostos em estudos actuariais 4 243 449 3 999 956Impostos diferidos - desvios e alterações de pressupostos em estudos actuariais (1 267 376) (1 212 443)Subsídios ao investimento 988 799 1 212 582Impostos diferidos - subsídios ao investimento (256 782) (338 436)Subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa 5 706 200 3 808 338Impostos diferidos - subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa (1 557 528) (1 080 167)Reserva de justo valor de derivados de cobertura (658 857) (906 941)Impostos diferidos - reserva de justo valor de derivados de cobertura 148 243 222 201Justo valor em associadas 29 434 29 434 (83 123 673) (99 653 339)

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20.5.1. DiFErENÇas DE coNVErsão DE DEMoNsTraÇÕEs FiNaNcEiras O montante de Euros 90.499.255, res-peita ao valor apropriado pelos deten-tores do capital da empresa-mãe das diferenças cambiais resultantes da con-versão das demonstrações financeiras das sociedades, goodwill e empréstimos

que qualificam como extensões do in-vestimento líquido, essencialmente na Tunísia, Líbano, Angola e Brasil, sendo o movimento nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 detalhado como se segue:

31 de Dezembro de 2014Valores em Euros saldo inicial aumentos Diminuições saldo final Société des Ciments de Gabès e subsidiárias: Conversão das demonstrações financeiras (59 392 367) 395 600 - (58 996 767) Conversão do goodwill (Nota 9) (26 900 884) 160 897 - (26 739 987)Secil Angola, S.A.R.L.: Conversão das demonstrações financeiras 1 545 281 240 894 - 1 786 175 Extensão do investimento líquido (1 256 633) 4 710 382 - 3 453 749 Conversão do goodwill (Nota 9) (21 517) - - (21 517)Secil - Companhia de Cimentos do Lobito, S.A.: Conversão das demonstrações financeiras (671 133) - (742 083) (1 413 216)Ciment de Sibline, SAL: Conversão das demonstrações financeiras (9 202 595) 8 315 056 - (887 539) Conversão do goodwill (Nota 9) (751 772) 1 532 330 - 780 558I3 Participações e Serviços, Ltda. Conversão das demonstrações financeiras (40 674) 2 214 - (38 460)Supremo Cimentos, S.A. Conversão das demonstrações financeiras (747 299) 261 149 - (486 150)Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A. Conversão das demonstrações financeiras (7 948 270) 19 007 - (7 929 263)Sociedade de Inertes Lda Conversão das demonstrações financeiras - - (6 838) (6 838) (105 387 863) 15 637 529 (748 921) (90 499 255)

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 115

31 de Dezembro de 2013Valores em Euros saldo inicial Diminuições saldo final Société des Ciments de Gabès e subsidiárias: Conversão das demonstrações financeiras (51 948 966) (7 443 401) (59 392 367) Conversão do goodwill (Nota 9) (23 864 291) (3 036 593) (26 900 884)Secil Angola, S.A.R.L.: Conversão das demonstrações financeiras 2 044 160 (498 879) 1 545 281 Extensão do investimento líquido (50 722) (1 205 911) (1 256 633) Conversão do goodwill (Nota 9) 56 500 (78 017) (21 517)Secil - Companhia de Cimentos do Lobito, S.A.: Conversão das demonstrações financeiras (566 918) (104 215) (671 133)Ciment de Sibline, SAL: Conversão das demonstrações financeiras (6 695 892) (2 506 703) (9 202 595) Conversão do goodwill (Nota 9) (241 594) (510 178) (751 772)I3 Participações e Serviços, Ltda. Conversão das demonstrações financeiras (19 233) (21 441) (40 674)Supremo Cimentos, S.A. Conversão das demonstrações financeiras - (747 299) (747 299)Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A. Conversão das demonstrações financeiras - (7 948 270) (7 948 270) (81 286 956) (24 100 907) (105 387 863)

116

20.5.2. DEsVios E aLTEraÇÕEs DE PrEssUPosTos acTUariais

O movimento dos desvios e alterações de pressupostos actuariais nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, repartido entre Grupo e minoritá-rios, decompõe-se como segue:

20.5.3. sUBsÍDios Do goVErNo

Subsídios ao investimento

Os movimentos ocorridos nos subsídios ao investimento nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 são conforme se segue:

31/12/14 31/12/13 Detentores do capital Detentores do capital Valores em Euros da empresa-mãe Minoritários Total da empresa-mãe Minoritários TotalSaldo inicial 3 999 956 285 668 4 285 624 5 009 047 296 490 5 305 537 Movimento no período (Nota 22.2) 243 493 25 404 268 897 (1 009 091) (10 822) (1 019 913)Saldo final 4 243 449 311 072 4 554 521 3 999 956 285 668 4 285 624

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Saldo inicial 1 264 042 1 389 229Ajustamento cambial 1 461 (66 129)Subsídios recebidos no período 78 825 1 628 403Subsídios reconhecidos nos resultados (Nota 31) (317 215) (1 687 461)Saldo final 1 027 113 1 264 042Subsídios ao investimento repartidos em: Detentores do capital da empresa-mãe 988 799 1 212 582Interesses minoritários 38 314 51 460 1 027 113 1 264 042

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 117

Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa

Os movimentos dos subsídios relativos a licenças de emissão de gases com efeito de estufa nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 são conforme se segue:

31/12/14 31/12/13 Detentores do capital Detentores do capital Valores em Euros da empresa-mãe Minoritários Total da empresa-mãe Minoritários TotalSaldo inicial 3 999 956 285 668 4 285 624 5 009 047 296 490 5 305 537 Movimento no período (Nota 22.2) 243 493 25 404 268 897 (1 009 091) (10 822) (1 019 913)Saldo final 4 243 449 311 072 4 554 521 3 999 956 285 668 4 285 624

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Saldo inicial 3 808 338 1 525 075Licenças atribuídas no período (Nota 13) 15 341 876 10 640 176Revogação de licenças (Nota 13) (19 615) (26 364)Subsídio reconhecido nos resultados do período (Nota 31) (11 472 800) (6 538 658)Licenças alienadas no período (1 951 599) (1 791 891)Saldo final 5 706 200 3 808 338Subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de estufa repartidos em: Detentores do capital da empresa-mãe 5 706 200 3 808 338Interesses minoritários - - 5 706 200 3 808 338

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20.5.4. rEsErVa DE JUsTo VaLor DE DEriVaDos DE coBErTUra

Os movimentos ocorridos na reserva de justo valor de derivados de cobertura (Nota 38) nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 são conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Saldo inicial (906 941) (2 439 672)Aumentos de justo valor 248 084 1 532 731Saldo final (658 857) (906 941)

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 119

20.6. aPLicaÇão Do rEsULTaDo Do PErÍoDo aNTErior

Por deliberação da Assembleia Geral da Secil realizada em 4 de Abril de 2014, o resultado líquido negativo no montante de Euros 34.897.448, do período findo em 31 de Dezembro de 2013, foi trans-ferido para a rubrica de “Resultados tran-sitados”.

21. ProVisÕEs

No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, realiza-ram-se os seguintes movimentos nas rubricas de provisões:

O aumento, no montante de Euros 7.113.734 (aumento de Euros 3.752.209 em 2013), registado na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões”, inclui:

Valores em Euros recuperação ambiental outras Total Saldo em 1 de Janeiro de 2013 6 953 590 11 924 826 18 878 416aumentos - 5 165 013 5 165 013desconto financeiro (nota 34) 356 093 - 356 093utilizações (51 530) (1 462 342) (1 513 872)reposições (119 981) (1 292 823) (1 412 804)ajustamento cambial - (178 623) (178 623)Saldo em 31 de Dezembro de 2013 7 138 172 14 156 051 21 294 223aumentos - 9 888 405 9 888 405desconto financeiro (nota 34) 288 359 - 288 359utilizações (89 485) (1 314 930) (1 404 415)reposições (157 298) (2 617 373) (2 774 671)ajustamento cambial - 375 348 375 348transferências - 1 403 1 403Saldo em 31 de Dezembro de 2014 7 179 748 20 488 904 27 668 652

(i) o aumento de Euros 9.888.405 (Euros 5.165.013 em 2013) registado na rubrica “Outras”;

(ii) o total das reposições de Euros 2.774.671 (Euros 1.412.804 em 2013).

120

22. BENEFÍcios a EMPrEgaDos

Conforme referido nas Notas 3.15 e 3.16 o Grupo atribui aos seus trabalhadores e seus familiares diversos benefícios pós emprego e outros benefícios a longo prazo.

A evolução das responsabilidades as-sumidas, reflectidas no balanço conso-lidado em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, são conforme se segue:

31 de Dezembro de 2014 acréscimo/ (redução) de responsabilidades gastos com outras variações Pagamentos Prémios Valores em Euros saldo inicial o pessoal (Nota 30) no capital próprio Variação cambial efectuados pagos/resgates saldo finalBenefícios pós-emprego - contribuição definida Contribuições efectuadas - 789 813 - - (789 813) - - Conta “Reserva” (887 173) - - - 106 556 - (795 095) (887 173) 789 813 - - (683 257) - (795 095)Benefícios pós-emprego - benefícios definidos Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo 5 962 894 247 474 412 695 - (893 700) - 5 729 363 Insuficiência/ (excesso) dos fundos (4 008 392) (164 002) (598 754) 450 - (48 255) (4 818 953) Responsabilidades por subsídios de reforma 396 861 71 316 (66 723) 27 939 (13 690) - 415 703 Responsabilidades por assistência na doença 514 795 1 880 (11 969) - (435 418) - 69 288 2 866 158 156 668 (264 751) 28 389 (1 342 808) (48 255) 1 395 401Benefícios a longo prazo Responsabilidades por prémios de antiguidade 534 666 86 997 - - (123 841) - 497 822 Responsabilidades por subsídios por morte 52 678 5 502 (4 146) - - - 54 034 587 344 92 499 (4 146) - (123 841) - 551 856 2 566 329 1 038 980 (268 897) 28 389 (2 149 906) (48 255) 1 152 162

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 121

31 de Dezembro de 2014 acréscimo/ (redução) de responsabilidades gastos com outras variações Pagamentos Prémios Valores em Euros saldo inicial o pessoal (Nota 30) no capital próprio Variação cambial efectuados pagos/resgates saldo finalBenefícios pós-emprego - contribuição definida Contribuições efectuadas - 789 813 - - (789 813) - - Conta “Reserva” (887 173) - - - 106 556 - (795 095) (887 173) 789 813 - - (683 257) - (795 095)Benefícios pós-emprego - benefícios definidos Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo 5 962 894 247 474 412 695 - (893 700) - 5 729 363 Insuficiência/ (excesso) dos fundos (4 008 392) (164 002) (598 754) 450 - (48 255) (4 818 953) Responsabilidades por subsídios de reforma 396 861 71 316 (66 723) 27 939 (13 690) - 415 703 Responsabilidades por assistência na doença 514 795 1 880 (11 969) - (435 418) - 69 288 2 866 158 156 668 (264 751) 28 389 (1 342 808) (48 255) 1 395 401Benefícios a longo prazo Responsabilidades por prémios de antiguidade 534 666 86 997 - - (123 841) - 497 822 Responsabilidades por subsídios por morte 52 678 5 502 (4 146) - - - 54 034 587 344 92 499 (4 146) - (123 841) - 551 856 2 566 329 1 038 980 (268 897) 28 389 (2 149 906) (48 255) 1 152 162

122

Em 2010, foi alterado o contrato constitu-tivo do Fundo de Pensões Secil, que pas-sou a designar-se por Fundo de Pensões do Grupo Secil, substituindo integral-mente o anterior contrato e produzindo efeitos a 1 de Janeiro desse mesmo ano.

São associadas do Fundo, a Secil e as suas subsidiárias:(i) CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A. e Unibetão – Industrias de Betão

Preparado, S.A., que integraram (e extin-guiram simultaneamente) os seus Fundos de Pensões no Fundo de Pensões do Grupo Secil;

(ii) Cimentos Madeira, Lda., que integrou (e extinguiu simultaneamente) a sua apó-lice de seguro no Fundo de Pensões do Grupo Secil;

(iii) Britobetão – Central de Betão, Lda.,

31 de Dezembro de 2013 acréscimo (redução) de responsabilidades gastos com outras variações Pagamentos Prémios Dotação para Valores em Euros saldo inicial o pessoal (Nota 30) no capital próprio Variação cambial efectuados pagos/resgates os fundos saldo finalBenefícios pós-emprego - contribuição definida Contribuições efectuadas - 778 972 - - (778 972) - - - Conta “Reserva” (1 012 191) - - - 125 018 - - (887 173) (1 012 191) 778 972 - - (653 954) - - (887 173)Benefícios pós-emprego - benefícios definidos Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo 6 739 718 311 421 (123 814) - (964 431) - - 5 962 894 Insuficiência/ (excesso) dos fundos (4 933 570) (237 312) 1 215 914 (9 331) - (41 114) (2 979) (4 008 392) Responsabilidades por morte e subsídios de reforma 430 715 71 223 (2 908) (33 520) (68 649) - - 396 861 Responsabilidades por assistência na doença 983 936 36 302 (69 279) - (436 164) - - 514 795 3 220 799 181 634 1 019 913 (42 851) (1 469 244) (41 114) (2 979) 2 866 158Benefícios a longo prazo Responsabilidades por prémios de antiguidade 551 207 73 255 - - (89 796) - - 534 666 Responsabilidades por subsídios por morte 53 853 (1 175) - - - - - 52 678 605 060 72 080 - - (89 796) - - 587 344 2 813 668 1 032 686 1 019 913 (42 851) (2 212 994) (41 114) (2 979) 2 566 329

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 123

Secil Britas, S.A, Beto Madeira, S.A. e Brimade, S.A..

A Cimentos Madeira alterou, com efeitos a 1 de Janeiro de 2012, para contribuição definida o plano de benefícios definidos que assegurava directamente aos seus empregados a título de complemento de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência.

O património líquido positivo resultante da transição dos trabalhadores no ac-tivo da Cimentos Madeira do plano de benefício definido para o plano de con-tribuição definida, após a transferên-cia das responsabilidades por serviços passados financiadas com referência a 31 de Dezembro de 2011 e garantindo o financiamento das responsabilidades com reformados e pensionista a cargo do Plano de Pensões de Benefício Definido

foi transferido para a Conta Reserva da respectiva associada e afecto ao Plano de Contribuição Definida.

O Fundo de Pensões do Grupo Secil é o suporte financeiro para o pagamento dos benefícios previstos nos Planos de Pensões de cada associada (agora ge-ridos conjuntamente) que se encontram descritos nas Notas 22.1 e 22.2.

31 de Dezembro de 2013 acréscimo (redução) de responsabilidades gastos com outras variações Pagamentos Prémios Dotação para Valores em Euros saldo inicial o pessoal (Nota 30) no capital próprio Variação cambial efectuados pagos/resgates os fundos saldo finalBenefícios pós-emprego - contribuição definida Contribuições efectuadas - 778 972 - - (778 972) - - - Conta “Reserva” (1 012 191) - - - 125 018 - - (887 173) (1 012 191) 778 972 - - (653 954) - - (887 173)Benefícios pós-emprego - benefícios definidos Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo 6 739 718 311 421 (123 814) - (964 431) - - 5 962 894 Insuficiência/ (excesso) dos fundos (4 933 570) (237 312) 1 215 914 (9 331) - (41 114) (2 979) (4 008 392) Responsabilidades por morte e subsídios de reforma 430 715 71 223 (2 908) (33 520) (68 649) - - 396 861 Responsabilidades por assistência na doença 983 936 36 302 (69 279) - (436 164) - - 514 795 3 220 799 181 634 1 019 913 (42 851) (1 469 244) (41 114) (2 979) 2 866 158Benefícios a longo prazo Responsabilidades por prémios de antiguidade 551 207 73 255 - - (89 796) - - 534 666 Responsabilidades por subsídios por morte 53 853 (1 175) - - - - - 52 678 605 060 72 080 - - (89 796) - - 587 344 2 813 668 1 032 686 1 019 913 (42 851) (2 212 994) (41 114) (2 979) 2 566 329

124124

22.1. BENEFÍcios Pós-EMPrEgo – PLaNos DE coNTriBUiÇão DEFiNiDa

Os Planos de Pensões de Contribuição Definida geridos pelo Fundo de Pensões do Grupo Secil são financiados pelas associadas e pelos participantes contri-buintes e são os seguintes:

(i) Planos Secil e CMP, incluem todos os trabalhadores que à data de 31 de Dezembro de 2009 tinham um contrato de trabalho sem termo (e que se encon-travam abrangidos pelo plano de benefí-cios definidos em vigor nas empresas) e que tenham optado pela transição para estes Planos e todos os trabalhadores admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir de 1 de Janeiro de 2010, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração;

(ii) Planos Unibetão e Britobetão, in-cluem todos os trabalhadores que à data de 31 de Dezembro de 2009 tinham um contrato de trabalho sem termo, cele-brado ao abrigo do CCT celebrado entre

a APEB e a FETESE e todos os trabalha-dores admitidos ao abrigo de um con-trato sem termo, a partir de 1 de Janeiro de 2010, com excepção dos trabalhado-res da Unibetão que estejam abrangidos pelo CCT celebrado entre a APEB e a FEVICCOM, os quais continuam a be-neficiar do Plano de benefício definido, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração;

(iii) Plano Beto Madeira inclui todos os trabalhadores que à data de 31 de De-zembro de 2010 tinham um contrato de trabalho sem termo e estavam abrangi-dos pelo CCT celebrado entre a APEB – Associação Portuguesa das Empresas de Betão Pronto e a FETESE – Federa-ção dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros;

(iV) Plano Secil Britas, inclui todos os trabalhadores que à data de 31 de De-zembro de 2009 tinham um contrato de trabalho sem termo e a todos os traba-lhadores admitidos ao abrigo de um con-trato sem termo, a partir de 1 de Janeiro de 2010, sendo também aplicável aos

31 de Dezembro de 2014 retorno esperado Total de gastos com Valores em Euros serviços correntes custo dos juros activos do plano o pessoal (Nota 30) Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo - 247 474 - 247 474Responsabilidades por pensões com fundo autónomo 14 032 923 905 (1 101 939) (164 002)Responsabilidades por subsídios de reforma 30 063 41 253 - 71 316Responsabilidades por assistência na doença - 1 880 - 1 880 44 095 1 214 512 (1 101 939) 156 668

membros dos órgãos de administração;

(V) Plano Cimentos Madeira inclui todos os trabalhadores que à data de 1 de Ja-neiro de 2012 tinham um contrato de tra-balho sem termo (e que se encontravam abrangidos pelo plano de benefícios de-finidos em vigor na empresa) e todos os empregados admitidos ao abrigo de um contrato sem termo, a partir dessa data, sendo também aplicável aos membros dos órgãos de administração;

(VI) Plano Brimade inclui todos os tra-balhadores que tinham à data de 1 de Julho de 2012 um contrato de trabalho sem termo e todos os trabalhadores que venham a ser admitidos ao serviço após essa data.

22.2. BENEFÍcios Pós-EMPrEgo – PLaNos DE BENEFÍcios DEFiNiDos

Os gastos suportados com os planos de benefícios definidos, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, são os seguintes:

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 125RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 125

31 de Dezembro de 2014 retorno esperado Total de gastos com Valores em Euros serviços correntes custo dos juros activos do plano o pessoal (Nota 30) Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo - 247 474 - 247 474Responsabilidades por pensões com fundo autónomo 14 032 923 905 (1 101 939) (164 002)Responsabilidades por subsídios de reforma 30 063 41 253 - 71 316Responsabilidades por assistência na doença - 1 880 - 1 880 44 095 1 214 512 (1 101 939) 156 668

126

31 de Dezembro de 2013 retorno esperado ganhos por Total de gastos com Valores em Euros serviços correntes custo dos juros activos do plano cortes nos planos o pessoal (Nota 30) Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo - 311 421 - - 311 421Responsabilidades por pensões com fundo autónomo 15 757 1 072 308 (1 318 329) (7 048) (237 312)Responsabilidades por morte e subsídios de reforma 29 298 41 925 - - 71 223Responsabilidades por assistência na doença 13 401 22 901 - - 36 302 58 456 1 448 555 (1 318 329) (7 048) 181 634

31 de Dezembro de 2014 ganhos e perdas actuariais activos plano Total Valores em Euros outros desvios est. vs real (Nota 20.5.2) imposto diferido Valor líquido Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo (412 695) - (412 695) (41 083) (453 778)Responsabilidades por pensões com fundo autónomo (1 687 492) 2 286 246 598 754 (5 766) 592 988Responsabilidades por subsídios de reforma 66 723 - 66 723 (3 249) 63 474Responsabilidades por assistência na doença 11 969 - 11 969 (3 568) 8 401Responsabilidades por subsídios por morte 4 146 - 4 146 (1 208) 2 938 (2 017 349) 2 286 246 268 897 (54 874) 214 023

31 de Dezembro de 2013 ganhos e perdas actuariais activos plano Total Valores em Euros outros desvios est. vs real (Nota 20.5.2) imposto diferido Valor líquido Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo 123 814 - 123 814 (39 051) 84 763Responsabilidades por pensões com fundo autónomo (511 185) (704 729) (1 215 914) 365 503 (850 411)Responsabilidades por morte e subsídios de reforma 2 908 - 2 908 (6 126) (3 218)Responsabilidades por assistência na doença 69 279 - 69 279 (21 068) 48 211 (315 184) (704 729) (1 019 913) 299 258 (720 655)

Os ganhos e perdas reconhecidos direc-tamente nos capitais próprios nos perío-dos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, são como segue:

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 127

31 de Dezembro de 2013 retorno esperado ganhos por Total de gastos com Valores em Euros serviços correntes custo dos juros activos do plano cortes nos planos o pessoal (Nota 30) Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo - 311 421 - - 311 421Responsabilidades por pensões com fundo autónomo 15 757 1 072 308 (1 318 329) (7 048) (237 312)Responsabilidades por morte e subsídios de reforma 29 298 41 925 - - 71 223Responsabilidades por assistência na doença 13 401 22 901 - - 36 302 58 456 1 448 555 (1 318 329) (7 048) 181 634

31 de Dezembro de 2014 ganhos e perdas actuariais activos plano Total Valores em Euros outros desvios est. vs real (Nota 20.5.2) imposto diferido Valor líquido Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo (412 695) - (412 695) (41 083) (453 778)Responsabilidades por pensões com fundo autónomo (1 687 492) 2 286 246 598 754 (5 766) 592 988Responsabilidades por subsídios de reforma 66 723 - 66 723 (3 249) 63 474Responsabilidades por assistência na doença 11 969 - 11 969 (3 568) 8 401Responsabilidades por subsídios por morte 4 146 - 4 146 (1 208) 2 938 (2 017 349) 2 286 246 268 897 (54 874) 214 023

31 de Dezembro de 2013 ganhos e perdas actuariais activos plano Total Valores em Euros outros desvios est. vs real (Nota 20.5.2) imposto diferido Valor líquido Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo 123 814 - 123 814 (39 051) 84 763Responsabilidades por pensões com fundo autónomo (511 185) (704 729) (1 215 914) 365 503 (850 411)Responsabilidades por morte e subsídios de reforma 2 908 - 2 908 (6 126) (3 218)Responsabilidades por assistência na doença 69 279 - 69 279 (21 068) 48 211 (315 184) (704 729) (1 019 913) 299 258 (720 655)

O montante de Euros 268.897, registado no período findo em 31 de Dezembro de 2014 em ganhos actuariais, reflecte a alteração dos pressupostos actuariais ocorrida no período, nomeadamente a redução da taxa de juro técnica (Nota 22.2.2).

Os gastos apresentados correspondem aos planos de benefícios definidos exis-tentes no universo de empresas que constituem o Grupo os quais seguida-mente se descrevem.

128

22.2.1. caracTEriZaÇão Dos PLaNos DE BENEFÍcios DEFiNiDos

PLaNos DE BENEFÍcios DEFiNiDos coM FUNDos gEriDos Por TErcEiras ENTiDaDEs

Responsabilidades por complementos de pensões de reforma e sobrevivência e subsídio de reforma

A Secil e as suas subsidiárias:

(I) CMP- Cimentos Maceira e Pataias, S.A.;

(II) Unibetão- Industrias de Betão Pre-parado, S.A.;

(III) Cimentos Madeira, Lda.;

(IV) Betomadeira – Betões e Britas da Madeira, S.A.;

(v) Societé des Ciments de Gabès;

assumiram o compromisso de pagar aos seus empregados prestações pe-cuniárias a título de complementos de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada, pensões de sobrevivência ou subsídios de reforma.

As responsabilidades derivadas destes planos são asseguradas por fundos au-tónomos, administrados por terceiros ou cobertas por apólices de seguro.

Estes planos são avaliados semestral-mente, às datas dos fechos intercalar e anuais das demonstrações financeiras, por entidades especializadas e indepen-dentes, utilizando o método de crédito da unidade projectada.PLaNos DE BENEFÍcios DEFiNiDos

a cargo Do grUPo

Responsabilidades por complementos de pensões de reforma e sobrevivência

As responsabilidades decorrentes dos re-formados da Secil, à data de constituição do Fundo de Pensões, 31 de Dezembro de 1987, são asseguradas directamente pela Secil. De igual forma, as respon-sabilidades assumidas pela subsidiária Secil Martingança, S.A. são asseguradas directamente pela empresa.

Em 26 de Junho de 2012, as responsa-bilidades a cargo da Cimentos Madeira, Lda. e Beto Madeira- Betões e Britas da Madeira, S.A. relativas a todos os refor-mados e pensionistas que se encon-travam a receber uma pensão, foram transferidas para o Plano de Pensões de Benefícios Definidos da Cimentos Ma-deira o qual integrou o Fundo de Pensões do Grupo Secil.

Estes planos são igualmente avaliados semestralmente, por entidades indepen-dentes, utilizando o método de cálculo dos capitais de cobertura correspon-dentes aos prémios únicos das rendas vitalícias imediatas, na avaliação das res-ponsabilidades com actuais pensionistas e o método de crédito da unidade projec-tada, na avaliação das responsabilidades com activos.

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 129

22.2.2. rEsPoNsaBiLiDaDEs E MoViMENTos ocorriDos No PErÍoDo coMParaTiVaMENTE coM o PErÍoDo aNTErior

Pressupostos utilizados na avaliação das responsabilidades

Responsabilidades por assistência na doença

A subsidiária Cimentos Madeira, Lda. mantêm com os seus empregados regi-mes de assistência na doença, de natu-reza supletiva relativamente aos serviços oficiais de saúde, extensivo a familiares, pré-reformados e reformados e viúvas, através de um seguro contratado.

Responsabilidades por benefícios por subsídio de reforma

As subsidiárias do Grupo a seguir iden-tificadas assumiram com os seus traba-lhadores a responsabilidade pelo paga-mento de subsídio de reforma por velhice e por invalidez com os seguintes critérios de atribuição:

Os estudos actuariais efectuados por entidades independentes, com referên-cia a 31 de Dezembro de 2014 e 2013, para efeitos de apuramento nessas da-tas das responsabilidades por serviços passados, tiveram por base os seguintes pressupostos:

31/12/14 31/12/13 Fórmula de Benefícios da Segurança Social Decreto-Lei nº 187/2007 Decreto-Lei nº 187/2007 de 10 de Maio de 10 de Maio Tabelas de invalidez EKV 80 EKV 80 Tabelas de mortalidade TV 88/90 TV 88/90 Taxa de crescimento salarial 1,00% 1,00% Taxa de juro técnica 3,50% 4,50%Taxa de crescimento das pensões 0,45% 0,45%Taxa de crescimento das despesas de saúde n/a 4,60%

(i) Na Secil Angola, S.A.R.L. e Secil Lo-bito, S.A. (Angola), na data da reforma, de acordo com a Lei Geral do Trabalho Nº 2/2000, um subsídio de reforma que representa um quarto do último salário multiplicado pelo nº de anos ao serviço na empresa;

(ii) Na Societé des Ciments de Gabès (Tunísia), na data da reforma, com base no Acordo Colectivo de Trabalho, artigo 52, um subsídio de reforma, que repre-senta: (i) 2 meses do último salário, se o trabalhador tem menos de 30 anos ao serviço da empresa e (ii) 3 meses do último salário, se o trabalhador tem 30 anos ou mais ao serviço da empresa.

130

Responsabilidades por serviços passados com planos debenefícios de reforma e sobrevivência

De acordo com os estudos actuarias re-portados a 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o valor presente da obrigação cor-respondente a planos de reforma, bem como os valores de mercado dos fundos/ apólices de seguro a eles afectos são como se segue:

No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a evo-lução das responsabilidades do Grupo apresenta a seguinte evolução:

31/12/14 31/12/13 Fundo apólice assumido Fundo apólice assumidoValores em Euros autónomo de seguro pelo grupo Total autónomo de seguro pelo grupo Totalresponsabilidades por serviços passados - activos 62 558 258 680 - 321 238 142 821 270 061 - 412 882 - aposentados 21 436 639 - 5 729 363 27 166 002 21 255 939 - 5 962 894 27 218 833Valor de mercado dos fundos (26 354 855) (221 975) - (26 576 830) (25 499 746) (177 467) - (25 677 213)Insuficiência / (excesso) (4 855 658) 36 705 5 729 363 910 410 (4 100 986) 92 594 5 962 894 1 954 502

31/12/14 31/12/13 Fundo apólice assumido Fundo apólice assumidoValores em Euros autónomo de seguro pelo grupo Total autónomo de seguro pelo grupo Totalresponsabilidades no início do período 21 398 760 270 061 5 962 894 27 631 715 22 463 519 266 623 6 739 718 29 469 860 Variação cambial - 1 486 - 1 486 - (26 697) - (26 697)Valores registados nos resultados do período: serviços correntes 5 415 8 617 - 14 032 7 647 8 110 - 15 757 custo dos juros 905 361 18 544 247 474 1 171 379 1 057 667 14 641 311 421 1 383 729 retorno esperado dos activos do plano (1 089 905) (12 034) - (1 101 939) (1 309 088) (9 241) - (1 318 329) Perdas / (ganhos) por cortes nos planos - - - - (7 048) - - (7 048)Valores registados nos capitais próprios: ganhos e perdas actuariais 1 697 605 (10 113) 412 695 2 100 187 475 862 35 323 (123 814) 387 371 retorno estimado dos fundos de pensões 1 089 905 12 034 - 1 101 939 1 309 088 9 241 - 1 318 329 reformas processadas - (29 915) - (29 915) - (27 939) - (27 939)Pensões pagas no período (2 507 944) - (893 700) (3 401 644) (2 598 887) - (964 431) (3 563 318)Responsabilidades no fim do período 21 499 197 258 680 5 729 363 27 487 240 21 398 760 270 061 5 962 894 27 631 715

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 131

31/12/14 31/12/13 Fundo apólice assumido Fundo apólice assumidoValores em Euros autónomo de seguro pelo grupo Total autónomo de seguro pelo grupo Totalresponsabilidades por serviços passados - activos 62 558 258 680 - 321 238 142 821 270 061 - 412 882 - aposentados 21 436 639 - 5 729 363 27 166 002 21 255 939 - 5 962 894 27 218 833Valor de mercado dos fundos (26 354 855) (221 975) - (26 576 830) (25 499 746) (177 467) - (25 677 213)Insuficiência / (excesso) (4 855 658) 36 705 5 729 363 910 410 (4 100 986) 92 594 5 962 894 1 954 502

31/12/14 31/12/13 Fundo apólice assumido Fundo apólice assumidoValores em Euros autónomo de seguro pelo grupo Total autónomo de seguro pelo grupo Totalresponsabilidades no início do período 21 398 760 270 061 5 962 894 27 631 715 22 463 519 266 623 6 739 718 29 469 860 Variação cambial - 1 486 - 1 486 - (26 697) - (26 697)Valores registados nos resultados do período: serviços correntes 5 415 8 617 - 14 032 7 647 8 110 - 15 757 custo dos juros 905 361 18 544 247 474 1 171 379 1 057 667 14 641 311 421 1 383 729 retorno esperado dos activos do plano (1 089 905) (12 034) - (1 101 939) (1 309 088) (9 241) - (1 318 329) Perdas / (ganhos) por cortes nos planos - - - - (7 048) - - (7 048)Valores registados nos capitais próprios: ganhos e perdas actuariais 1 697 605 (10 113) 412 695 2 100 187 475 862 35 323 (123 814) 387 371 retorno estimado dos fundos de pensões 1 089 905 12 034 - 1 101 939 1 309 088 9 241 - 1 318 329 reformas processadas - (29 915) - (29 915) - (27 939) - (27 939)Pensões pagas no período (2 507 944) - (893 700) (3 401 644) (2 598 887) - (964 431) (3 563 318)Responsabilidades no fim do período 21 499 197 258 680 5 729 363 27 487 240 21 398 760 270 061 5 962 894 27 631 715

132

No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a evolu-ção do património dos fundos/ apólices de seguro é conforme se segue:

31/12/14 31/12/13 Fundo capital Fundo capitalValores em Euros autónomo seguro autónomo seguroSaldo inicial 25 499 746 177 467 27 491 958 171 754Variação cambial - 1 036 - (17 366)Dotação efectuada no período/ Prémio seguro pago - 48 255 2 979 41 114Rendimento dos fundos no período 3 363 053 25 132 603 696 9 904Pensões pagas (2 507 944) - (2 598 887) -Reformas processadas - (29 915) - (27 939)Saldo final 26 354 855 221 975 25 499 746 177 467

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 133

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a composição dos fundos é conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Acções 3 549 945 2 219 723Obrigações - taxa fixa 11 785 934 12 365 037Dívida Pública 9 106 088 7 266 399Imobiliário 131 590 115 070Liquidez 1 781 298 3 533 517 26 354 855 25 499 746

134

Responsabilidades por serviçospassados com outros benefícios pós emprego

De acordo com os estudos actuariais efectuados por entidades independen-tes, com referência a 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o valor actual das res-ponsabilidades com outros benefícios de reforma é o seguinte:

No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a evolução das responsabilidades do Grupo com ou-tros benefícios de reforma apresenta a seguinte evolução:

31/12/14 31/12/13 assistência subsídio assistência subsídio Valores em Euros na doença de reforma Total na doença de reforma TotalResponsabilidades por serviços passados - Activos - 415 703 415 703 10 240 396 861 407 101 - Aposentados 69 288 - 69 288 504 555 - 504 555 69 288 415 703 484 991 514 795 396 861 911 656

31/12/14 31/12/13 assistência subsídio assistência subsídio Valores em Euros na doença de reforma Total na doença de reforma TotalResponsabilidades no início do período 514 795 396 861 911 656 983 936 430 715 1 414 651Variação cambial - 27 939 27 939 - (33 520) (33 520)Valores registados nos resultados do período: Serviços correntes - 30 063 30 063 13 401 29 298 42 699 Custo dos juros 1 880 41 253 43 133 22 901 41 925 64 826Valores registados nos capitais próprios (11 969) (66 723) (78 692) (69 279) (2 908) (72 187)Benefícios pagos no período (435 418) (13 690) (449 108) (436 164) (68 649) (504 813)Responsabilidades no fim do período 69 288 415 703 484 991 514 795 396 861 911 656

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 135

31/12/14 31/12/13 assistência subsídio assistência subsídio Valores em Euros na doença de reforma Total na doença de reforma TotalResponsabilidades por serviços passados - Activos - 415 703 415 703 10 240 396 861 407 101 - Aposentados 69 288 - 69 288 504 555 - 504 555 69 288 415 703 484 991 514 795 396 861 911 656

31/12/14 31/12/13 assistência subsídio assistência subsídio Valores em Euros na doença de reforma Total na doença de reforma TotalResponsabilidades no início do período 514 795 396 861 911 656 983 936 430 715 1 414 651Variação cambial - 27 939 27 939 - (33 520) (33 520)Valores registados nos resultados do período: Serviços correntes - 30 063 30 063 13 401 29 298 42 699 Custo dos juros 1 880 41 253 43 133 22 901 41 925 64 826Valores registados nos capitais próprios (11 969) (66 723) (78 692) (69 279) (2 908) (72 187)Benefícios pagos no período (435 418) (13 690) (449 108) (436 164) (68 649) (504 813)Responsabilidades no fim do período 69 288 415 703 484 991 514 795 396 861 911 656

136

22.3. BENEFÍcios a LoNgo PraZo

Responsabilidades por prémios de antiguidade

A Secil e a subsidiária CMP – Cimentos Maceira e Pataias, S.A., assumiram com os seus trabalhadores a responsabilidade pelo pagamento de prémios àqueles que atingem 25 anos de antiguidade nas re-feridas empresas, os quais são pagos no ano em que o trabalhador perfaz aquele número de anos ao serviço da Empresa.

Responsabilidades por subsídio por morte

A Secil e a subsidiária CMP – Cimen-tos Maceira e Pataias, S.A., assumiram com os seus trabalhadores a responsa-bilidade pelo pagamento de um subsídio por morte do trabalhador activo, de igual valor a 1 mês do último salário auferido.

De acordo com os estudos actuariais

efectuados por entidades independen-tes, com referência a 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o valor das responsabilida-des com serviços passados com estes benefícios detalha-se como se segue:

No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a evo-lução das responsabilidades do Grupo com benefícios a longo prazo apresenta a seguinte evolução:

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Prémios de antiguidade 497 822 534 666Subsídios por morte 54 034 52 678 551 856 587 344

31/12/14 31/12/13 Prémios de subsídios Prémios de subsídios Valores em Euros antiguidade por morte Total antiguidade por morte TotalResponsabilidades no início do período 534 666 52 678 587 344 551 207 53 853 605 060Serviços correntes 26 632 2 997 29 629 27 215 3 143 30 358Custo dos juros 22 472 2 505 24 977 26 676 2 850 29 526Alterações no plano - - - (9 630) (1 736) (11 366)Ganhos e perdas actuariais 37 893 (4 146) 33 747 28 994 (5 432) 23 562Benefícios pagos no período (123 841) - (123 841) (89 796) - (89 796)Responsabilidades no fim do período 497 822 54 034 551 856 534 666 52 678 587 344

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 137

31/12/14 31/12/13 Prémios de subsídios Prémios de subsídios Valores em Euros antiguidade por morte Total antiguidade por morte TotalResponsabilidades no início do período 534 666 52 678 587 344 551 207 53 853 605 060Serviços correntes 26 632 2 997 29 629 27 215 3 143 30 358Custo dos juros 22 472 2 505 24 977 26 676 2 850 29 526Alterações no plano - - - (9 630) (1 736) (11 366)Ganhos e perdas actuariais 37 893 (4 146) 33 747 28 994 (5 432) 23 562Benefícios pagos no período (123 841) - (123 841) (89 796) - (89 796)Responsabilidades no fim do período 497 822 54 034 551 856 534 666 52 678 587 344

138

23. PassiVos FiNaNcEiros

23.1. caTEgorias DE PassiVos FiNaNcEiros

As categorias de passivos financeiros em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 são detalhadas conforme se segue:

23.2. PassiVos FiNaNcEiros - ForNEcEDorEs

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica de fornecedores apresenta a se-guinte composição:

23.3. PassiVos FiNaNcEiros – FiNaNciaMENTos oBTiDos

Os financiamentos obtidos em 31 de De-zembro de 2014 e 2013 são detalhados conforme se segue:

31/12/14 31/12/13 Valores em Euros corrente Não corrente Total corrente Não corrente TotalPassivos financeiros ao custo: Fornecedores 39 662 228 - 39 662 228 42 321 474 - 42 321 474 Financiamentos obtidos 79 689 815 240 320 134 320 009 949 71 364 558 282 920 857 354 285 415 Outras contas a pagar 38 301 503 - 38 301 503 31 000 729 - 31 000 729 157 653 546 240 320 134 397 973 680 144 686 761 282 920 857 427 607 618

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Fornecedores c/c 26 866 886 30 231 728Fornecedores c/c - partes relacionadas (Nota 36) 4 458 628 3 849 138Facturas em recepção e conferência 8 336 714 8 240 608 39 662 228 42 321 474

31/12/14 31/12/13 Valores em Euros corrente Não corrente Total corrente Não corrente TotalEmpréstimos obrigacionistas: sBi 2007 - 2017 - 40 000 000 40 000 000 - 40 000 000 40 000 000 secil 2012 - 2017 - 60 000 000 60 000 000 - 60 000 000 60 000 000 secil 2013 - 2016 - 40 000 000 40 000 000 - 40 000 000 40 000 000 secil 2013 - 2018 - 40 000 000 40 000 000 - 40 000 000 40 000 000empréstimos bancários 67 519 522 54 718 565 122 238 087 56 990 910 93 371 244 150 362 154descobertos bancários (nota 4) 9 843 159 - 9 843 159 14 163 855 - 14 163 855outros empréstimos: - - obtidos no âmbito do Qren 2 981 730 3 439 517 6 421 247 1 811 398 7 108 517 8 919 915locação financeira - rendas a pagar (nota 11) 679 642 2 162 052 2 841 694 656 874 2 441 096 3 097 970comissões bancárias de empréstimos (1 334 238) - (1 334 238) (2 258 479) - (2 258 479) 79 689 815 240 320 134 320 009 949 71 364 558 282 920 857 354 285 415

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 139

31/12/14 31/12/13 Valores em Euros corrente Não corrente Total corrente Não corrente TotalPassivos financeiros ao custo: Fornecedores 39 662 228 - 39 662 228 42 321 474 - 42 321 474 Financiamentos obtidos 79 689 815 240 320 134 320 009 949 71 364 558 282 920 857 354 285 415 Outras contas a pagar 38 301 503 - 38 301 503 31 000 729 - 31 000 729 157 653 546 240 320 134 397 973 680 144 686 761 282 920 857 427 607 618

31/12/14 31/12/13 Valores em Euros corrente Não corrente Total corrente Não corrente TotalEmpréstimos obrigacionistas: sBi 2007 - 2017 - 40 000 000 40 000 000 - 40 000 000 40 000 000 secil 2012 - 2017 - 60 000 000 60 000 000 - 60 000 000 60 000 000 secil 2013 - 2016 - 40 000 000 40 000 000 - 40 000 000 40 000 000 secil 2013 - 2018 - 40 000 000 40 000 000 - 40 000 000 40 000 000empréstimos bancários 67 519 522 54 718 565 122 238 087 56 990 910 93 371 244 150 362 154descobertos bancários (nota 4) 9 843 159 - 9 843 159 14 163 855 - 14 163 855outros empréstimos: - - obtidos no âmbito do Qren 2 981 730 3 439 517 6 421 247 1 811 398 7 108 517 8 919 915locação financeira - rendas a pagar (nota 11) 679 642 2 162 052 2 841 694 656 874 2 441 096 3 097 970comissões bancárias de empréstimos (1 334 238) - (1 334 238) (2 258 479) - (2 258 479) 79 689 815 240 320 134 320 009 949 71 364 558 282 920 857 354 285 415

140

A subsidiária Secil Betões e Inertes, S.A., emitiu em 2007, um empréstimo obrigacionista pelo montante de Euros 40.000.000. Os juros são pagos semes-tral e postecipadamente. O reembolso das obrigações far-se-á no final do 10º ano, ou seja, em 2017. Poderá ser soli-citado o reembolso antecipado (Call Op-tion), total ou parcial, nas 10ª, 12ª, 14ª, 16ª e 18ª datas de pagamento de juros.

Em 2012, a Secil emitiu um empréstimo obrigacionista pelo montante de Euros 60.000.000. Os juros são pagos semes-tral e postecipadamente. O reembolso das obrigações será efectuado ao par, de uma só vez, no final do 5º ano, ou seja, em 2017.

Créditos concedidos e não sacados

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os créditos bancários concedidos e não saca-dos ascendiam a Euros 307.029.261 e Euros 267.230.062, respectivamente.

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 1 a 2 anos 72 491 494 45 261 0712 a 3 anos 138 613 956 73 041 1483 a 4 anos 20 870 788 136 813 7134 a 5 anos 4 165 522 19 731 872Mais de 5 anos 4 178 374 8 073 053 240 320 134 282 920 857

Em 2013, a Secil emitiu dois emprésti-mos obrigacionistas, com vencimentos a três e cinco anos, no montante de Eu-ros 40.000.000 cada. Os juros são pagos semestral e postecipadamente. Um dos empréstimos será reembolsado ao par, de uma só vez, em 2016. O outro em-préstimo é reembolsado em 5 prestações iguais e semestrais com início em Maio de 2016 e final em Maio de 2018.

A parcela classificada como não corrente em 31 de Dezembro de 2014 e em 2013 tem o seguinte plano de reembolso de-finido:

Financial Covenants

Existem contratos de financiamento com entidades bancárias que obrigam ao cumprimento de alguns rácios finan-ceiros.

A Secil Prebetão, entidade conjunta-mente controlada, está em renegociação de alguns contratos de financiamento, um dos quais obriga ao cumprimento do Rácio de Dívida Financeira Liquida / EBITDA.

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 141

23.4. PassiVos FiNaNcEiros – oUTras coNTas a Pagar

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as outras contas a pagar correntes deta-lham-se como se segue:

24. aDiaNTaMENTos DE cLiENTEs E a ForNEcEDorEs

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 as rubricas “Adiantamentos de clientes” e “Adiantamentos a fornecedores” apre-sentam a seguinte composição:

A rubrica “Credores por acréscimos de gastos” em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 detalha-se conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Fornecedores de imobilizado c/c 3 370 224 2 567 221Fornecedores de imobilizado c/c - partes relacionadas (Nota 36) 43 516 43 516Outros credores 4 490 198 4 030 760Outros credores - partes relacionadas (Nota 36) - 19 305Credores por acréscimos de gastos 30 397 565 24 339 927 38 301 503 31 000 729

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Seguros 48 706 34 303Custos com o pessoal 9 853 113 8 949 558Juros a pagar 707 581 2 751 309Periodificação de gastos com energia 12 037 197 6 560 633Serviços de transporte 367 881 802 295Accionistas (Nota 36) 1 006 362 108 123Serviços bancários 197 948 166 644Descontos comerciais 613 761 353 857Consultoria 1 730 712 2 291 568Outros 3 834 304 2 321 637 30 397 565 24 339 927

activo PassivoValores em Euros 31/12/14 31/12/13 31/12/14 31/12/13Adiantamentos a fornecedores 2 958 338 2 062 119 - -Adiantamentos de clientes - - 3 565 691 2 534 888 2 958 338 2 062 119 3 565 691 2 534 888

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25. EsTaDo E oUTros ENTEs PúBLicos

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Estado e outros entes públicos” detalha-se conforme se segue:

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Imposto sobre o rendimento” tem a seguinte decomposição:

activo PassivoValores em Euros 31/12/14 31/12/13 31/12/14 31/12/13Imposto sobre o rendimento 3 202 699 5 341 724 18 635 580 12 548 551Retenções de imposto sobre o rendimento 117 959 92 547 973 741 1 147 149Imposto sobre o Valor Acrescentado 6 712 854 2 734 610 3 235 235 1 343 457Contribuição para a Segurança Social - - 1 330 790 1 316 003Restantes Impostos 241 814 245 152 592 719 616 577 10 275 326 8 414 033 24 768 065 16 971 737

31/12/14 31/12/13Valores em Euros saldo devedor saldo credor Líquido saldo líquidoImposto sobre o rendimento do período (Nota 15) (61 131) 5 618 075 5 679 206 4 320 602Ajustamento cambial 9 310 899 310 890 (126 872)Pagamentos por conta 206 414 (82 618) (289 032) (1 683 107)Retenções na fonte a recuperar 68 298 (8 985) (77 283) (4 137 336)IRC de períodos anteriores 2 989 109 (386 427) (3 375 536) (538 754)Liquidações adicionais - 13 184 636 13 184 636 9 372 294 3 202 699 18 635 580 15 432 881 7 206 827

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 143

26. DiFEriMENTos acTiVos E PassiVos

O saldo da rubrica “Diferimentos activos e passivos”, em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, detalha-se conforme se segue:

27. VENDas E sErViÇos PrEsTaDos

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Vendas e serviços prestados” apresenta a seguinte composição:

activo PassivoValores em Euros 31/12/14 31/12/13 31/12/14 31/12/13Seguros 80 532 198 721 - -Rendas e alugueres 267 300 231 769 - -Tratamento de resíduos - - 180 347 255 556Outros 512 741 374 172 16 774 124 024 860 573 804 662 197 121 379 580

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Vendas 409 462 924 390 819 750Serviços prestados 22 712 757 21 496 919Descontos de pronto pagamento concedidos (750 048) (791 228) 431 425 633 411 525 441

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28. rEsULTaDo aProPriaDo DE EMPrEsas associaDas

Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o Grupo apropriou-se de resultados em empresas associadas conforme se segue:

29. ForNEciMENTos E sErViÇos ExTErNos

A rubrica “Fornecimentos e serviços ex-ternos” nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é detalhada conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Setefrete, SGPS, S.A. 723 055 341 641J.M. Henriques, Lda. (1 660) (3 257)Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. 149 764 107 132Supremo Cimentos, S.A. (265 001) (80)Nsospe Empreendimentos e Participações, S.A. (1 315 770) (2 659 923)Sociedade de Inertes Limitada 38 334 - (Notas 14 e 15) (671 278) (2 214 487)

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Subcontratos (*) 2 322 298 10 978 317Serviços especializados 42 726 534 40 090 453Materiais 372 985 565 451Energia e fluidos 50 036 491 44 929 019Deslocações, estadas e transportes 48 826 078 40 304 998Serviços diversos 20 355 585 21 139 867 164 639 971 158 008 105

(*) no corrente período os custos com transporte de betão passaram a ser considerados na rúbrica “deslocações, estadas e transporte”

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 145

30. gasTos coM o PEssoaL

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Gastos com o pessoal” decom-põe-se como se segue:

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Remunerações dos Orgãos Sociais 3 565 464 4 617 739Remunerações do pessoal 43 277 919 44 606 537Benefícios pós-emprego: Contribuição definida (Nota 22) 789 813 778 972 Benefícios definidos (Nota 22) 156 668 181 634Outros benefícios a longo prazo (Nota 22) 92 499 72 080Indemnizações 291 071 988 451Outros gastos com pessoal 14 855 921 14 682 574 63 029 355 65 927 987

146

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o número de colaboradores ao serviço das diversas empresas do Grupo, repartidos por segmento de negócio, detalha-se conforme se segue:

31/12/14 31/12/13 País/segmento cimento Betões agregados outros Total cimento Betões agregados outros TotalPortugal 483 221 127 114 945 491 211 126 122 950Líbano 436 65 - - 501 436 70 - - 506Tunísia 267 96 - - 363 283 96 - - 379Angola 223 - - 4 227 249 - - 4 253Cabo Verde 13 - 22 - 35 13 - 23 - 36Outros - - - - - - - - 1 1Total 1 422 382 149 118 2 071 1 472 377 149 127 2 125

A rubrica “Remunerações dos membros dos órgãos sociais”, nos períodos fin-dos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 compõe-se como se segue:

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Conselho de Administração da Secil 2 458 991 3 410 316Outros membros de órgãos sociais de subsidiárias 1 106 473 1 207 423 3 565 464 4 617 739

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 147

31/12/14 31/12/13 País/segmento cimento Betões agregados outros Total cimento Betões agregados outros TotalPortugal 483 221 127 114 945 491 211 126 122 950Líbano 436 65 - - 501 436 70 - - 506Tunísia 267 96 - - 363 283 96 - - 379Angola 223 - - 4 227 249 - - 4 253Cabo Verde 13 - 22 - 35 13 - 23 - 36Outros - - - - - - - - 1 1Total 1 422 382 149 118 2 071 1 472 377 149 127 2 125

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31. oUTros rENDiMENTos E gaNhos

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Outros rendimentos e ganhos” decompõe-se como se segue:

A rubrica “Ganhos na alienação de in-teresses em subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos” inclui es-sencialmente o montante de 5.064.240 Euros (Nota 7) relativo à diluição da par-ticipação financeira detida na subsidiária Nsospe Empreendimentos e Participa-ções, SA.

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Licenças de emissão de gases com efeitos de estufa atribuídas a título gratuito (Nota 20.5.3) 11 472 800 6 538 658Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3) 317 215 1 687 461Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros 569 072 696 243Proveitos suplementares - partes relacionadas (Nota 36) 50 557 1 934 818Proveitos suplementares - outros 585 963 1 586 275Alienação de licenças de emissão (Nota 13) 1 561 769 978 774Swap de licenças de emissão - 223 000Diferenças de câmbio favoráveis 2 540 647 1 095 483Proveitos com tratamento de resíduos 956 663 842 679Ganhos na alienação de interesses em subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos 5 547 158 -Outros rendimentos e ganhos - partes relacionadas (Nota 36) 75 464 -Rendimentos e ganhos nos activos financeiros (Nota 8) 39 121 -Outros 9 737 724 7 029 691 33 454 153 22 613 082

As diferenças de câmbio favoráveis registadas no período findo 31 de De-zembro de 2014 referem-se essencial-mente às variações entre o câmbio da data da compra de bens e serviços e a data da respectiva liquidação financeira do passivo relacionado, assim como à actualização cambial de activos e passi-vos intra-grupo em moeda estrangeira, sendo o seu montante justificado em grande parte pela variação ocorrida na cotação do dólar americano durante o período em análise.

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 149

32. oUTros gasTos E PErDas

A decomposição da rubrica “Outros gas-tos e perdas” nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é conforme se segue:

33. gasTos/ rEVErsÕEs DE DEPrEciaÇÕEs, aMorTiZaÇÕEs E iMPariDaDEs

A decomposição da rubrica “Gastos/ re-versões de depreciações, amortizações e imparidades” nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Gastos e perdas em activos não financeiros 114 719 80 995 Gastos e perdas em activos financeiros - Partes relacionadas (Nota 36) 4 875 - Donativos 762 273 910 998 Impostos indirectos 2 061 845 2 289 037 Diferenças câmbiais desfavoráveis 1 287 457 2 365 754 Despesas bancárias 848 250 714 003 Gastos e perdas em investimentos financeiros 1 334 893 - Outros gastos operacionais 2 227 327 3 506 860 8 641 639 9 867 647

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Activos fixos tangíveis (Nota 10) 41 789 593 51 072 368Propriedades de investimento (Nota 12) 18 791 18 789Activos intangíveis (Nota 13) 11 571 749 7 285 086Activos não correntes detidos para venda (Nota 19) 60 016 60 019Gastos/(reversões) de depreciações e de amortizações 53 440 149 58 436 262 Activos fixos tangíveis (Nota 10) 1 368 886 457 470(Reversão)/ Reforço de imparidades nas licenças de emissão (Nota 13) (74 784) (663 808)Imparidade de activos depreciáveis/ amortizáveis (perdas/ (reversões)) 1 294 102 (206 338)

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34. rEsULTaDos FiNaNcEiros LÍQUiDos

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os resultados financeiros líquidos decom-põem-se como se segue

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Juros e rendimentos similares obtidos: Outros juros obtidos 1 760 283 1 036 578 Outros juros obtidos - partes relacionadas (Nota 36) 1 565 608 4 115 319 Outros proveitos e ganhos financeiros 128 918 7 701 3 454 809 5 159 598Juros e gastos similares suportados: Juros suportados com outros empréstimos obtidos (18 180 972) (23 923 880) Juros suportados - partes relacionadas (Nota 36) (5 144) (33 025) Diferenças de cambio favoráveis/ (desfavoráveis) em financiamentos obtidos 492 301 (618 857) Ganhos/ (perdas) com instrumentos financeiros - Swaps taxa juro: Juros incorridos (1 377 684) (1 382 259) Actualização da provisão para recuperação paisagística (Nota 21) (288 359) (356 093) Outros custos e gastos financeiros (332 674) (549 789) (19 692 532) (26 863 903)

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 151

35. rEsULTaDo Por acÇão

O resultado por acção, dos períodos fin-dos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, é determinado conforme se segue:

Não existem instrumentos financeiros convertíveis sobre as acções da Secil, pelo que não existe diluição dos resul-tados.

O número médio ponderado de acções encontra-se deduzido do número de acções próprias de 4.184.460 detidas pela Secil e pela sua subsidiária Hewbol S.G.P.S., Lda. (Nota 20.1).

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Resultado atribuível aos detentores de capital da empresa-mãe 6 035 413 (34 897 448)Número médio ponderado de acções 48 735 540 48 735 540 Resultado básico por acção 0,124 (0,716)Resultado diluído por acção 0,124 (0,716)

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36. ParTEs rELacioNaDas

No decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 foram efec-tuadas as seguintes transacções com partes relacionadas:

31 de Dezembro de 2014 aquisição de outros gastos Juros suportados Vendas e serviços outros rendimentos Juros obtidosValores em Euros bens e serviços e perdas (Nota 32) (Nota 34) prestados e ganhos (Nota 31) (Nota 34)Accionistas semapa, s.g.P.s., s.a. (3 829 003) (4 875) - - - 1 230 821 great earth - Projectos, s.a. - - - - - 311 455Outras partes relacionadas seribo, s.a. - - (4 810) - - - eng.silva dias - - (334) - - -Empresas associadas e empreendimentos conjuntos supremo cimentos s.a - - - 13 952 975 3 321 - Margem - companhia de Mineração - - - - 21 544 - J.M.J. Henriques, lda. - - - - 1 800 - nsosPe - empreendimentos e Participações, s.a. - - - - - 21 923 inertogrande - - - - 1 800 - secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, s.a. (28 137) - - 375 165 9 081 1 409 setefrete - soc. tráfego cargas, s.a. (3 771 650) - - - 18 023 - ave-gestão ambiental e Valorização energética, s.a. (4 266 591) - - 68 591 70 452 - (11 895 381) (4 875) (5 144) 14 396 731 126 021 1 565 608

31 de Dezembro de 2013 aquisição de custos Juros suportados Vendas e serviços outros rendimentos Juros obtidosValores em Euros bens e serviços c/ Pessoal (Nota 34) prestados e ganhos (Nota 31) (Nota 34)Accionistas cimentospar, s.a. 200 492 - - - - 1 123 990Outras partes relacionadas semapa, s.g.P.s., s.a. (2 814 477) (21 696) - - - 2 955 935 seribo, s.a. - - (4 810) - - - eng.silva dias - - (334) - - - outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas - - (27 881) - - 34 148Empresas associadas e empreendimentos conjuntos supremo cimentos s.a - - - 11 669 303 11 633 - Margem - companhia de Mineração - - - - 1 323 942 - J.M.J. Henriques, lda. - - - - 1 800 - inertogrande - - - - 1 800 - secil unicon - s.g.P.s., lda. - - - - - 1 246 secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, s.a. (45 610) - - 365 384 1 058 - setefrete - soc. tráfego cargas, s.a. (2 197 148) - - - 29 574 - ave-gestão ambiental e Valorização energética, s.a. (3 409 317) - - 127 753 565 011 - (8 266 060) (21 696) (33 025) 12 162 440 1 934 818 4 115 319

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 153

31 de Dezembro de 2014 aquisição de outros gastos Juros suportados Vendas e serviços outros rendimentos Juros obtidosValores em Euros bens e serviços e perdas (Nota 32) (Nota 34) prestados e ganhos (Nota 31) (Nota 34)Accionistas semapa, s.g.P.s., s.a. (3 829 003) (4 875) - - - 1 230 821 great earth - Projectos, s.a. - - - - - 311 455Outras partes relacionadas seribo, s.a. - - (4 810) - - - eng.silva dias - - (334) - - -Empresas associadas e empreendimentos conjuntos supremo cimentos s.a - - - 13 952 975 3 321 - Margem - companhia de Mineração - - - - 21 544 - J.M.J. Henriques, lda. - - - - 1 800 - nsosPe - empreendimentos e Participações, s.a. - - - - - 21 923 inertogrande - - - - 1 800 - secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, s.a. (28 137) - - 375 165 9 081 1 409 setefrete - soc. tráfego cargas, s.a. (3 771 650) - - - 18 023 - ave-gestão ambiental e Valorização energética, s.a. (4 266 591) - - 68 591 70 452 - (11 895 381) (4 875) (5 144) 14 396 731 126 021 1 565 608

31 de Dezembro de 2013 aquisição de custos Juros suportados Vendas e serviços outros rendimentos Juros obtidosValores em Euros bens e serviços c/ Pessoal (Nota 34) prestados e ganhos (Nota 31) (Nota 34)Accionistas cimentospar, s.a. 200 492 - - - - 1 123 990Outras partes relacionadas semapa, s.g.P.s., s.a. (2 814 477) (21 696) - - - 2 955 935 seribo, s.a. - - (4 810) - - - eng.silva dias - - (334) - - - outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas - - (27 881) - - 34 148Empresas associadas e empreendimentos conjuntos supremo cimentos s.a - - - 11 669 303 11 633 - Margem - companhia de Mineração - - - - 1 323 942 - J.M.J. Henriques, lda. - - - - 1 800 - inertogrande - - - - 1 800 - secil unicon - s.g.P.s., lda. - - - - - 1 246 secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, s.a. (45 610) - - 365 384 1 058 - setefrete - soc. tráfego cargas, s.a. (2 197 148) - - - 29 574 - ave-gestão ambiental e Valorização energética, s.a. (3 409 317) - - 127 753 565 011 - (8 266 060) (21 696) (33 025) 12 162 440 1 934 818 4 115 319

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 as empresas do Grupo apresentam os se-guintes saldos com partes relacionadas: 31 de Dezembro de 2014 activo Passivo Empréstimos outros activos concedidos aplicações de outras acréscimos accionistas / Fornecedores acréscimos Financeiros clientes corrente tesouraria operações rendimentos sócios Fornecedores imobilizado de gastosValores em Euros (Nota 16) (Nota 18.3) (Nota 18.3) (Nota 18.1) (Nota 18.3) (Nota 18.3) correntes (Nota 23.2) (Nota 23.4) (Nota 23.4) Accionistas Longapar - S.G.P.S., S.A. - - - - - - 1 160 - - - Semapa, SGPS, S.A. 645 125 - - 34 750 000 243 6 757 - 3 711 038 - 919 722 Semapa, SGPS, S.A. - RETGS - - - - 377 602 - 293 512 - - -Outras partes relacionadas Cotif Sicar - - - - - - 86 794 - - - Seribo, S.A. - - - - - - 185 759 - 43 516 81 011 Eng.Silva Dias - - - - - - 12 893 - - 5 621 Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas - - - - 1 294 310 - 1 328 032 - - -Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos Supremo Cimentos S.A - 2 314 788 - - 6 624 - - - - - Margem - Companhia de Mineração - - - - 3 073 1 300 000 - - - - NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. - - 750 000 - - 17 389 - - - - J.M.J. Henriques, Lda. - - - - 117 959 - - - - - Inertogrande - Central de Betão, Lda. - - - - 207 967 - - - - - Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. - - - - 23 767 - - - - - Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A. - 66 070 - - 13 035 - - 15 775 - 8 Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. - - - - - - - 363 410 - - Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. - 1 845 - - 94 238 - - 368 405 - - 645 125 2 382 703 750 000 34 750 000 2 138 818 1 324 146 1 908 150 4 458 628 43 516 1 006 362

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Em 31 de Dezembro de 2014, os montan-tes de Euros 377.602 a receber e Euros 293.512 a pagar no âmbito do Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (RETGS) decompõem-se como se segue:

31 de Dezembro de 2014 activo Passivo Empréstimos outros activos concedidos aplicações de outras acréscimos accionistas / Fornecedores acréscimos Financeiros clientes corrente tesouraria operações rendimentos sócios Fornecedores imobilizado de gastosValores em Euros (Nota 16) (Nota 18.3) (Nota 18.3) (Nota 18.1) (Nota 18.3) (Nota 18.3) correntes (Nota 23.2) (Nota 23.4) (Nota 23.4) Accionistas Longapar - S.G.P.S., S.A. - - - - - - 1 160 - - - Semapa, SGPS, S.A. 645 125 - - 34 750 000 243 6 757 - 3 711 038 - 919 722 Semapa, SGPS, S.A. - RETGS - - - - 377 602 - 293 512 - - -Outras partes relacionadas Cotif Sicar - - - - - - 86 794 - - - Seribo, S.A. - - - - - - 185 759 - 43 516 81 011 Eng.Silva Dias - - - - - - 12 893 - - 5 621 Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas - - - - 1 294 310 - 1 328 032 - - -Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos Supremo Cimentos S.A - 2 314 788 - - 6 624 - - - - - Margem - Companhia de Mineração - - - - 3 073 1 300 000 - - - - NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. - - 750 000 - - 17 389 - - - - J.M.J. Henriques, Lda. - - - - 117 959 - - - - - Inertogrande - Central de Betão, Lda. - - - - 207 967 - - - - - Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. - - - - 23 767 - - - - - Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A. - 66 070 - - 13 035 - - 15 775 - 8 Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. - - - - - - - 363 410 - - Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. - 1 845 - - 94 238 - - 368 405 - - 645 125 2 382 703 750 000 34 750 000 2 138 818 1 324 146 1 908 150 4 458 628 43 516 1 006 362

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 155

31/12/14 saldo saldoValores em Euros Devedor credor LíquidoImposto sobre o rendimento do período (Nota 15) (16 250) 1 068 025 1 084 275Pagamentos por conta 381 324 (418 932) (800 256)Retenções na fonte a recuperar 12 528 (355 581) (368 109) 377 602 293 512 (84 090)

156

31 de Dezembro de 2013 activo Passivo Empréstimos concedidos outras acréscimos accionistas / accionistas / Fornecedores outros acréscimos não corrente clientes operações rendimentos sócios sócios Fornecedores imobilizado credores de gastosValores em Euros (Nota 18.3) (Nota 18.2) (Nota 18.3) (Nota 18.3) não correntes correntes (Nota 23.2) (Nota 23.4) (Nota 23.4) (Nota 23.4) Accionistas Longapar - S.G.P.S., S.A. - - - - - 1 160 - - - -Outras partes relacionadas Semapa, SGPS, S.A. - - 243 1 250 626 - - 3 016 444 - - - Cotif Sicar - - - - - 19 560 - - - - Seribo, S.A. - - - - - 185 759 - 43 516 - 76 201 Eng. Silva Dias - - - - - 12 893 - - - 5 287 Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas 550 000 - 689 885 34 148 585 000 1 435 761 - - 19 305 26 635Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos Supremo Cimentos S.A - 991 491 9 539 - - - - - - - Margem - Companhia de Mineração - - 27 162 1 300 000 - - - - - - J.M.J. Henriques, Lda. - - 114 683 - - - - - - - Inertogrande - Central de Betão, Lda. - - 204 678 - - - - - - - Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. - - 22 164 - - - - - - - Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A. - 82 209 23 026 - - - 11 024 - - - Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. - - - - - - 479 084 - - - Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. - 1 845 101 150 - - - 342 586 - - - Sociedade de Inertes, Lda - - 2 312 - - - - - - - 550 000 1 075 545 1 194 842 2 584 774 585 000 1 655 133 3 849 138 43 516 19 305 108 123

O saldo da rubrica “Outras operações” líquido de imparidades ascende a Eu-ros 844.508 e Euros 547.842 em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, respectiva-mente.

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 157

31 de Dezembro de 2013 activo Passivo Empréstimos concedidos outras acréscimos accionistas / accionistas / Fornecedores outros acréscimos não corrente clientes operações rendimentos sócios sócios Fornecedores imobilizado credores de gastosValores em Euros (Nota 18.3) (Nota 18.2) (Nota 18.3) (Nota 18.3) não correntes correntes (Nota 23.2) (Nota 23.4) (Nota 23.4) (Nota 23.4) Accionistas Longapar - S.G.P.S., S.A. - - - - - 1 160 - - - -Outras partes relacionadas Semapa, SGPS, S.A. - - 243 1 250 626 - - 3 016 444 - - - Cotif Sicar - - - - - 19 560 - - - - Seribo, S.A. - - - - - 185 759 - 43 516 - 76 201 Eng. Silva Dias - - - - - 12 893 - - - 5 287 Outros accionistas de subsidiárias e outras partes relacionadas 550 000 - 689 885 34 148 585 000 1 435 761 - - 19 305 26 635Empresas Associadas e empreendimentos conjuntos Supremo Cimentos S.A - 991 491 9 539 - - - - - - - Margem - Companhia de Mineração - - 27 162 1 300 000 - - - - - - J.M.J. Henriques, Lda. - - 114 683 - - - - - - - Inertogrande - Central de Betão, Lda. - - 204 678 - - - - - - - Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. - - 22 164 - - - - - - - Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A. - 82 209 23 026 - - - 11 024 - - - Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. - - - - - - 479 084 - - - Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. - 1 845 101 150 - - - 342 586 - - - Sociedade de Inertes, Lda - - 2 312 - - - - - - - 550 000 1 075 545 1 194 842 2 584 774 585 000 1 655 133 3 849 138 43 516 19 305 108 123

158

37. riscos FiNaNcEiros

37.1. risco caMBiaL

A exposição do Grupo ao risco de taxa de câmbio a 31 de Dezembro de 2014 e 2013, com base nos valores de balanço dos activos e passivos financeiros, con-vertidos para Euros tendo por base as taxas de câmbio a essa data, apresenta--se como segue:

31-12-2014 31-12-2013 Dólar 000’ Libra Dinar Kwanza Metical Dólar 000’ Libra Dinar Kwanza Valores em Euros americano libanesa tunisino angolano moçambicano Total americano libanesa tunisino angolano TotalActivosOutras contas a receber - não correntes e correntes 403 876 156 538 5 318 053 392 109 1 222 6 271 798 475 476 155 778 5 124 325 102 780 5 858 358Clientes 3 133 943 12 973 591 9 731 647 1 577 473 - 27 416 654 1 899 458 12 440 383 7 593 066 1 346 642 23 279 548Caixa e depósitos bancários 37 183 257 37 352 620 2 096 972 9 289 231 80 85 922 160 44 806 628 15 713 195 1 590 085 1 919 329 64 029 236Total de activos financeiros 40 721 076 50 482 749 17 146 672 11 258 813 1 302 119 610 612 47 181 561 28 309 356 14 307 476 3 368 751 93 167 142Passivos Accionistas/ sócios - não correntes e correntes - (1 327 127) (87 699) - - (1 414 826) - (1 435 273) (20 047) - (1 455 320)Financiamentos obtidos - não correntes e correntes (6 128 431) (5 742 449) (20 041 024) (9 772 274) (273 852) (41 958 030) (7 659 695) (4 694 566) (30 508 962) (8 361 336) (51 224 559)Outras contas a pagar - não correntes e correntes (87 473) (11 396 895) (5 649 926) (1 019 059) (2 430) (18 155 783) (65 855) (8 533 119) (5 650 644) (657 065) (14 906 683)Fornecedores (329 680) (2 901 004) (7 996 116) (60 800) - (11 287 600) (1 735 572) (2 103 667) (7 569 563) (168 482) (11 577 284)Total de passivos financeiros (6 545 584) (21 367 475) (33 774 765) (10 852 133) (276 282) (72 816 239) (9 461 122) (16 766 625) (43 749 215) (9 186 882) (79 163 847)Posição financeira líquida de balanço 34 175 492 29 115 274 (16 628 093) 406 680 (274 980) 46 794 373 37 720 439 11 542 731 (29 441 739) (5 818 131) 14 003 295

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 159

Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os impactos decorrentes da variação positiva e negativa de 5% de todas as taxas de câmbio spot com referência ao Euro, é conforme se segue:

31-12-2014 31-12-2013 Dólar 000’ Libra Dinar Kwanza Metical Dólar 000’ Libra Dinar Kwanza Valores em Euros americano libanesa tunisino angolano moçambicano Total americano libanesa tunisino angolano TotalActivosOutras contas a receber - não correntes e correntes 403 876 156 538 5 318 053 392 109 1 222 6 271 798 475 476 155 778 5 124 325 102 780 5 858 358Clientes 3 133 943 12 973 591 9 731 647 1 577 473 - 27 416 654 1 899 458 12 440 383 7 593 066 1 346 642 23 279 548Caixa e depósitos bancários 37 183 257 37 352 620 2 096 972 9 289 231 80 85 922 160 44 806 628 15 713 195 1 590 085 1 919 329 64 029 236Total de activos financeiros 40 721 076 50 482 749 17 146 672 11 258 813 1 302 119 610 612 47 181 561 28 309 356 14 307 476 3 368 751 93 167 142Passivos Accionistas/ sócios - não correntes e correntes - (1 327 127) (87 699) - - (1 414 826) - (1 435 273) (20 047) - (1 455 320)Financiamentos obtidos - não correntes e correntes (6 128 431) (5 742 449) (20 041 024) (9 772 274) (273 852) (41 958 030) (7 659 695) (4 694 566) (30 508 962) (8 361 336) (51 224 559)Outras contas a pagar - não correntes e correntes (87 473) (11 396 895) (5 649 926) (1 019 059) (2 430) (18 155 783) (65 855) (8 533 119) (5 650 644) (657 065) (14 906 683)Fornecedores (329 680) (2 901 004) (7 996 116) (60 800) - (11 287 600) (1 735 572) (2 103 667) (7 569 563) (168 482) (11 577 284)Total de passivos financeiros (6 545 584) (21 367 475) (33 774 765) (10 852 133) (276 282) (72 816 239) (9 461 122) (16 766 625) (43 749 215) (9 186 882) (79 163 847)Posição financeira líquida de balanço 34 175 492 29 115 274 (16 628 093) 406 680 (274 980) 46 794 373 37 720 439 11 542 731 (29 441 739) (5 818 131) 14 003 295

31-12-2014 31-12-2013Valores em Euros aumento 5% redução 5% aumento 5% redução 5%Capitais próprios (1 772 483) 1 959 060 (412 510) (455 933)Resultado do período (270 058) 298 485 (254.313) 281 083 (2 042 541) 2 257 545 (666 823) 737 016

160

37.2. risco DE Taxa DE JUro

O Grupo, na sua gestão da exposição às taxas de juro, apenas realiza cober-tura de fluxos de caixa. Estas operações são registadas no balanço pelo seu justo valor e, na medida em que sejam con-sideradas coberturas eficazes, as va-riações no justo valor são inicialmente registadas por contrapartida de capitais próprios e posteriormente reclassifica-das para resultados financeiros para a rubrica de “Ganhos/perdas com instru-mentos financeiros” (Nota 38) na data da sua liquidação.

31/12/2014 Valores em Euros Nota até 1 mês 1-3 meses 3-12 meses 1-5 anos TotalActivos não correntes outros activos financeiros 16 - - 645 125 - 645 125correntes caixa e depósitos bancários depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 4 19 177 345 - - - 19 177 345 aplicações de tesouraria 4 94 555 786 16 004 307 6 591 109 46 461 117 197 663 Total de activos financeiros 113 733 131 16 004 307 7 236 234 46 461 137 020 133 Passivos não correntes Financiamentos obtidos empréstimo obrigacionista 23.3 - - 180 000 000 - 180 000 000 empréstimos bancários 23.3 12 901 154 15 763 821 24 277 704 1 775 886 54 718 565 locações financeiras 11 1 918 217 243 835 - - 2 162 052correntes Financiamentos obtidos empréstimos bancários 23.3 53 976 743 7 242 512 5 398 775 901 492 67 519 522 descobertos bancários 23.3 7 870 375 - 1 972 784 - 9 843 159 locações financeiras 11 603 468 76 174 - - 679 642Total de passivos financeiros 77 269 957 23 326 342 211 649 263 2 677 378 314 922 940Exposição líquida ao risco taxa de juro 36 463 174 (7 322 035) (204 413 029) (2 630 917) (177 902 807)

Se as operações de cobertura apresen-tarem ineficácia, esta é registada directa-mente em resultados. Desta forma e em termos líquidos, os custos associados aos financiamentos cobertos são perio-dificados à taxa inerente à operação de cobertura contratada.

Quando um instrumento de cobertura expira ou é vendido, ou quando a co-bertura deixa de cumprir os critérios exi-gidos para a contabilidade de cobertura, as variações de justo valor do derivado

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 161

31/12/2014 Valores em Euros Nota até 1 mês 1-3 meses 3-12 meses 1-5 anos TotalActivos não correntes outros activos financeiros 16 - - 645 125 - 645 125correntes caixa e depósitos bancários depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 4 19 177 345 - - - 19 177 345 aplicações de tesouraria 4 94 555 786 16 004 307 6 591 109 46 461 117 197 663 Total de activos financeiros 113 733 131 16 004 307 7 236 234 46 461 137 020 133 Passivos não correntes Financiamentos obtidos empréstimo obrigacionista 23.3 - - 180 000 000 - 180 000 000 empréstimos bancários 23.3 12 901 154 15 763 821 24 277 704 1 775 886 54 718 565 locações financeiras 11 1 918 217 243 835 - - 2 162 052correntes Financiamentos obtidos empréstimos bancários 23.3 53 976 743 7 242 512 5 398 775 901 492 67 519 522 descobertos bancários 23.3 7 870 375 - 1 972 784 - 9 843 159 locações financeiras 11 603 468 76 174 - - 679 642Total de passivos financeiros 77 269 957 23 326 342 211 649 263 2 677 378 314 922 940Exposição líquida ao risco taxa de juro 36 463 174 (7 322 035) (204 413 029) (2 630 917) (177 902 807)

acumuladas em reservas são reconheci-das em resultados quando a operação coberta também afectar resultados.

O Grupo contratou durante o período de 2009, uma cobertura do risco de taxa de juro, através de um interest rate swap (IRS) com valor nocional de Euros 40.000.000 e maturidade em 2017. A res-tante dívida foi mantida num regime de taxa variável.

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o desenvolvimento dos activos e passivos financeiros com exposição a risco de taxa de juro em função da data de refixa-ção e da tipologia de taxa é apresentado como se segue:

162

31/12/2013 Valores em Euros Nota até 1 mês 1-3 meses 3-12 meses 1-5 anos TotalActivos não correntes outros activos financeiros 16 - - - 1 250 000 1 250 000correntes caixa e depósitos bancários depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 4 25 609 321 - - - 25 609 321 aplicações de tesouraria 4 85 123 498 2 545 036 10 711 902 27 802 98 408 238 Total de activos financeiros 110 732 819 2 545 036 10 711 902 1 277 802 125 267 559Passivos não correntes Financiamentos obtidos empréstimo obrigacionista 23.3 - - 140 000 000 40 000 000 180 000 000 empréstimos bancários 23.3 32 695 653 19 978 413 38 556 259 2 140 919 93 371 244 locações financeiras 11 2 441 096 - - - 2 441 096correntes Financiamentos obtidos empréstimos bancários 23.3 36 948 584 3 719 929 15 507 101 815 296 56 990 910 descobertos bancários 23.3 9 336 458 4 827 397 - - 14 163 855 locações financeiras 11 656 874 - - - 656 874Total de passivos financeiros 82 078 665 28 525 739 194 063 360 42 956 215 347 623 979Exposição líquida ao risco taxa de juro 28 654 154 (25 980 703) (183 351 458) (41 678 413) (222 356 420)

O Grupo utiliza a técnica da análise de sensibilidade que mede as alterações estimadas nos resultados e capitais de um aumento ou diminuição imediata das taxas de juros de mercado, com todas as outras variáveis constantes. Esta análise é apenas para fins ilustrativos, já que na prática as taxas de mercado raramente se alteram isoladamente. A análise de sensibilidade é baseada nos seguintes pressupostos:

(i) Alterações nas taxas de juro do mer-cado afectam rendimentos ou despesas de juros de instrumentos financeiros va-riáveis;

(II) Alterações nas taxas de juro de mer-cado apenas afectam os rendimentos ou despesas de juros em relação a ins-trumentos financeiros com taxas de juro fixas se estes estiverem reconhecidos a justo valor;

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 163

31/12/2013 Valores em Euros Nota até 1 mês 1-3 meses 3-12 meses 1-5 anos TotalActivos não correntes outros activos financeiros 16 - - - 1 250 000 1 250 000correntes caixa e depósitos bancários depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 4 25 609 321 - - - 25 609 321 aplicações de tesouraria 4 85 123 498 2 545 036 10 711 902 27 802 98 408 238 Total de activos financeiros 110 732 819 2 545 036 10 711 902 1 277 802 125 267 559Passivos não correntes Financiamentos obtidos empréstimo obrigacionista 23.3 - - 140 000 000 40 000 000 180 000 000 empréstimos bancários 23.3 32 695 653 19 978 413 38 556 259 2 140 919 93 371 244 locações financeiras 11 2 441 096 - - - 2 441 096correntes Financiamentos obtidos empréstimos bancários 23.3 36 948 584 3 719 929 15 507 101 815 296 56 990 910 descobertos bancários 23.3 9 336 458 4 827 397 - - 14 163 855 locações financeiras 11 656 874 - - - 656 874Total de passivos financeiros 82 078 665 28 525 739 194 063 360 42 956 215 347 623 979Exposição líquida ao risco taxa de juro 28 654 154 (25 980 703) (183 351 458) (41 678 413) (222 356 420)

(iii) Alterações nas taxas de juro de mer-cado afectam o justo valor de instrumen-tos financeiros derivados e outros activos e passivos financeiros;

(IV) Alterações no justo valor de instru-mentos financeiros derivados e outros activos e passivos financeiros são esti-mados descontando os fluxos de caixa futuros de valores actuais líquidos, utili-zando taxas de mercado do final do ano.

164

Sob estes pressupostos, um aumento ou uma diminuição de 0,50% nas taxas de juro, para todos os empréstimos ou ins-trumentos financeiros derivados contra-tados pelo Grupo Secil a 31 de Dezembro de 2014 e 2013 resultaria conforme se segue:

31/12/14 31/12/13Valores em Euros aumento 0,5% redução 0,5% aumento 0,5% redução 0,5%Capitais próprios 528 714 (530 481) 677 175 (678 852)Resultado do período (889 514) 889 514 (911 782) 911 782 (360 800) 359 033 (234 607) 232 930

37.3. risco DE crÉDiTo

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os saldos a receber de clientes apresen-tam a seguinte estrutura de antiguidade, considerando como referência a data de vencimento dos valores em aberto:

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Valores não vencidos 30 670 266 30 471 424Valores vencidos: De 1 a 90 dias 15 126 613 13 614 867 De 91 a 180 dias 2 904 505 1 764 979 De 181a 360 dias 1 839 396 1 921 667 De 361a 540 dias 951 254 1 877 408 De 541 a 720 dias 1 181 521 1 517 671 A mais de 721 dias 13 244 461 10 236 477 Em contencioso de cobrança 10 095 033 12 372 351 45 342 783 43 305 420Total de saldos de clientes 76 013 049 73 776 844Imparidades (26 258 584) (25 328 905)Saldo líquido de clientes (Nota 18.2) 49 754 465 48 447 939Limite de seguro de crédito contratado 53 629 603 10 244 944

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 165

Os valores apresentados correspondem aos valores em aberto, face aos prazos de vencimento contratados. Apesar de existirem atrasos na liquidação de alguns valores face a esses prazos, tal não re-sulta na identificação de situações de imparidade para além das consideradas através das correspondentes perdas.

Estas são apuradas atendendo à infor-mação regularmente reunida sobre o comportamento financeiro dos clientes do Grupo, que permite, em conjugação com a experiência reunida na análise da carteira e em conjugação com os si-

nistros de crédito que se verifiquem, na parte não atribuível à seguradora, defi-nir o valor das perdas a reconhecer no período. O facto de existirem garantias para uma parte significativa dos saldos em aberto e com antiguidade justifica o facto de não se ter registado qualquer perda por imparidade nesses saldos.

A qualidade de risco de crédito do Grupo, em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, face a activos financeiros (depósi-tos bancários, aplicações de tesouraria e Instrumentos financeiros derivados com justo valor positivo) cujas contrapartes sejam instituições financeiras, detalha-se como segue:

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Rating: A+ 22 545 -A 26 981 68 566BBB 1 254 832 85 024BBB- 27 1 004 390BB 5 551 647 6 830 950BB- 173 090 26 294 500B+ 19 434 773 -B 52 664 18 871 557Sem rating 109 858 449 70 862 573 136 375 008 124 017 560

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A rubrica “Sem rating” diz, essencial-mente, respeito a aplicações de tesoura-ria e depósitos bancários em instituições financeiras em Angola e no Líbano e à subscrição de papel comercial emitido pela Semapa relativamente aos quais não existe notação de rating com referência às datas apresentadas.

A exposição máxima ao risco de crédito no balanço em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, detalha-se como se segue:

31/12/14 31/12/13Valores em Euros Valor Bruto JV garantias Valor Bruto JV garantiasSaldos devedores vencidos não considerados em imparidade: Vencidos há menos de 3 meses 15 078 671 2 587 629 13 518 183 6 610 477 Vencidos há mais de 3 meses 4 064 528 592 407 4 466 381 449 968 19 143 199 3 180 036 17 984 564 7 060 445Saldos devedores vencidos considerados em imparidade: Vencidos há menos de 3 meses 47 943 - 96 684 - Vencidos há mais de 3 meses 26 151 641 - 25 224 172 - 26 199 584 - 25 320 856 - 45 342 783 3 180 036 43 305 420 7 060 445

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, a análise de antiguidade dos saldos deve-dores que já se encontram vencidos, e respectivas perdas acumuladas por im-paridade, é a seguinte:

Valores em Euros Nota 31/12/14 31/12/13 Activos não correntes Outras contas a receber 18 2 266 051 2 407 210Outros activos financeiros 16 3 297 025 3 650 427Activos correntes Clientes 18 49 754 465 48 447 939Outras contas receber 18 11 885 484 13 975 118Depósitos bancários e aplicações de tesouraria 4 136 375 008 124 017 560Exposição ao risco de crédito fora de balanço Garantias e compromissos 41 230 809 855 164 723 143

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 167

37.4. risco DE LiQUiDEZ

O Grupo gere o risco de liquidez por três vias:

(I) garantindo que a sua dívida financeira tem uma componente elevada de médio e longo prazo com maturidades ade-quadas às características das indústrias onde exerce a sua actividade;

(ii) através da contratação com institui-ções financeiras de facilidades de cré-dito disponíveis a todo o momento, por um montante que garanta uma liquidez adequada;

(iii) acumulando montantes em caixa. A previsão dos fluxos de caixa é realizada pelas entidades operacionais do Grupo e agregada anualmente pela Direcção Financeira do Grupo Secil na prepara-

168

ção do orçamento anual. É da respon-sabilidade dessa Direcção a monitoriza-ção das previsões de necessidades de liquidez do Grupo de forma a garantir a manutenção de um nível adequado de disponibilidades para responder às necessidades operacionais. Estas pre-visões têm em consideração os planos de financiamento de dívida do Grupo, o cumprimento de objectivos internos ao nível dos rácios de balanço e caso seja aplicável o cumprimento de requisitos externos, relacionados com as activida-des operacionais e com as obrigações legais, fiscais e operacionais do Grupo.

A liquidez dos passivos financeiros con-tratados, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, originará os seguintes fluxos monetários não descon-tados, incluindo juros, tendo por base o período remanescente até à maturidade contratual à data do balanço:

31/12/14 31/12/13 Mais de Mais deValores em Euros Nota até 1 ano 1-5 anos 5 anos Total até 1 ano 1-5 anos 5 anos Total Accionistas/ sócios 36 1 908 150 - - 1 908 150 1 655 133 585 000 - 2 240 133Financiamentos obtidos Empréstimo obrigacionista Capital 23.3 - 180 000 000 - 180 000 000 - 180 000 000 - 180 000 000 Juros 6 938 899 13 258 680 - 20 197 579 7 128 450 25 226 338 - 32 354 788 Empréstimos bancários Capital 23.3 67 519 522 50 540 193 4 178 372 122 238 087 56 990 910 85 298 192 8 073 052 150 362 154 Juros 3 252 466 6 569 336 825 955 10 647 757 9 128 812 21 469 411 1 158 192 31 756 415 Outros Empréstimos (QREN) Capital 23.3 2 981 730 3 439 517 - 6 421 247 1 811 398 7 108 517 - 8 919 915 Locações financeiras Capital 11.1 679 642 2 162 052 - 2 841 694 656 874 2 441 096 - 3 097 970 Juros 11.1 131 357 197 173 - 328 530 136 942 298 975 - 435 917 Descobertos bancários Capital 23.3 9 843 159 - - 9 843 159 14 163 855 - - 14 163 855 Juros 245 978 - - 245 978 305 948 - - 305 948Outras contas a pagar Instrumentos financeiros derivados (*) 1 452 170 2 867 135 - 4 319 305 1 371 423 3 222 074 - 4 593 497 Fornecedores de imobilizado c/c 23.4 3 413 740 - - 3 413 740 2 610 737 - - 2 610 737 Outros credores 23.4 4 490 198 - - 4 490 198 4 050 065 - - 4 050 065 Credores por acréscimos de gastos 23.4 30 397 565 - - 30 397 565 24 339 927 - - 24 339 927Fornecedores 23.2 39 662 228 - - 39 662 228 42 321 474 - - 42 321 474 172 916 804 259 034 086 5 004 327 436 955 217 166 671 948 325 649 603 9 231 244 501 552 795

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 169

31/12/14 31/12/13 Mais de Mais deValores em Euros Nota até 1 ano 1-5 anos 5 anos Total até 1 ano 1-5 anos 5 anos Total Accionistas/ sócios 36 1 908 150 - - 1 908 150 1 655 133 585 000 - 2 240 133Financiamentos obtidos Empréstimo obrigacionista Capital 23.3 - 180 000 000 - 180 000 000 - 180 000 000 - 180 000 000 Juros 6 938 899 13 258 680 - 20 197 579 7 128 450 25 226 338 - 32 354 788 Empréstimos bancários Capital 23.3 67 519 522 50 540 193 4 178 372 122 238 087 56 990 910 85 298 192 8 073 052 150 362 154 Juros 3 252 466 6 569 336 825 955 10 647 757 9 128 812 21 469 411 1 158 192 31 756 415 Outros Empréstimos (QREN) Capital 23.3 2 981 730 3 439 517 - 6 421 247 1 811 398 7 108 517 - 8 919 915 Locações financeiras Capital 11.1 679 642 2 162 052 - 2 841 694 656 874 2 441 096 - 3 097 970 Juros 11.1 131 357 197 173 - 328 530 136 942 298 975 - 435 917 Descobertos bancários Capital 23.3 9 843 159 - - 9 843 159 14 163 855 - - 14 163 855 Juros 245 978 - - 245 978 305 948 - - 305 948Outras contas a pagar Instrumentos financeiros derivados (*) 1 452 170 2 867 135 - 4 319 305 1 371 423 3 222 074 - 4 593 497 Fornecedores de imobilizado c/c 23.4 3 413 740 - - 3 413 740 2 610 737 - - 2 610 737 Outros credores 23.4 4 490 198 - - 4 490 198 4 050 065 - - 4 050 065 Credores por acréscimos de gastos 23.4 30 397 565 - - 30 397 565 24 339 927 - - 24 339 927Fornecedores 23.2 39 662 228 - - 39 662 228 42 321 474 - - 42 321 474 172 916 804 259 034 086 5 004 327 436 955 217 166 671 948 325 649 603 9 231 244 501 552 795

38. JUsTo VaLor Dos iNsTrUMENTos FiNaNcEiros DEriVaDos

Com o objectivo de minimizar os riscos de exposição a variações de taxa de câmbio, de taxas de juro dos emprésti-mos e cobrir o risco de preço associado a transacções futuras altamente prová-veis de licenças de emissão de gases com efeito de estufa, o Grupo contratou um conjunto de instrumentos financeiros derivados.

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O justo valor dos instrumentos finan-ceiros derivados é registado: (i) quando positivo, no activo na rubrica “Outros ac-tivos financeiros” (Nota 16) e (ii) quando negativo, no passivo, na rubrica “Outros passivos financeiros” (Nota 23).

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o justo valor dos instrumentos derivados de cobertura do Grupo, classificado como não corrente, ascende a Euros 4.014.691 e Euros 4.262.775, respecti-vamente, conforme se detalha:

O movimento ocorrido no justo valor dos instrumentos financeiros derivados de cobertura, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, apresenta-se conforme se segue:

NotionalValores em Euros Moeda Montante Maturidade 31-12-14 31-12-13Cobertura de fluxos de caixa Swaps de taxa de juro EUR 40 000 000 2017 (4 014 691) (4 262 775) 40 000 000 (4 014 691) (4 262 775)

Valores em Euros 31-12-14 31-12-13Saldo inicial (4 262 775) (5 795 506)Aumentos de justo valor (Nota 20.5.4) 248 084 1 532 731Saldo final (4 014 691) (4 262 775)

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 171

Durante o período findo em 31 de De-zembro de 2009, o Grupo contratou um derivado de negociação, um interest rate swap (IRS,) com valor nocional de Euros 40.000.000, no entanto, após a realiza-ção de testes de eficácia prospectivos e retrospectivos, o mesmo foi conside-rado como de cobertura de fluxos de caixa com efeitos a partir de 1 de Julho de 2010. Até esta data, a variação do justo valor do derivado foi registada em resultados.

Para efeitos de registo de ineficácia é usado o dollar offset method recorrendo à abordagem do “derivado hipotético”. O modelo consiste na definição de um derivado hipotético que replica as con-dições do instrumento coberto, e poste-riormente, a comparação entre as varia-ções ocorridas nos fluxos gerados pelo mesmo derivado hipotético e as varia-

Valores em Euros 31-12-14 31-12-13Reserva de justo valor de derivados de cobertura (Nota 20.5.4) (658 857) (906 941)Resultados transitados (a) (3 355 834) (3 355 834) (4 014 691) (4 262 775)

(a) efeito acumulado no período em que o derivado foi classificado como de negociação.

Na realização dos testes de eficácia é uti-lizado o método de regressão linear que analisa a correlação estatística entre a va-riação do justo valor do swap e a variação do justo valor dos financiamentos atribuí-veis a alterações da taxa de juro Euribor.

Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 o Grupo registou ganhos por variações de justo valor de instru-mentos financeiros derivados de cober-tura relacionados com swaps de taxa

ções incorridas nos fluxos gerados pelo instrumento de cobertura. Neste caso es-pecífico utilizou-se o rácio da alteração do justo valor do instrumento de cober-tura, dividido pela alteração no justo valor do empréstimo obrigacionista atribuível a alterações na taxa de juro Euribor a 6 meses comparando com a taxa fixa de referência do instrumento de cobertura.

de juro no montante de Euros 248.084 e Euros 1.532.731 (Nota 20.5.4), respecti-vamente, na rubrica “Outras variações no capital próprio” deduzidos dos respecti-vos impostos diferidos de Euros 73.958 e Euros 424.313.

O justo valor do swap de taxa de juro no montante de Euros 4.014.691 e Euros 4.262.775, respectivamente, encontra-se repartido pelas seguintes rubricas do ca-pital próprio do Grupo:

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39. DisPÊNDios EM MaTÉrias aMBiENTais

O Grupo no âmbito do desenvolvimento da sua actividade incorre em diversos en-cargos de carácter ambiental, os quais, dependendo das suas características, estão a ser capitalizados ou reconheci-dos como um gasto nos resultados ope-racionais do período. Os dispêndios de carácter ambiental in-

Licenças de emissão de gases com efeito de estufa

No âmbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia comprometeu-se a re-duzir a emissão de gases com efeito de estufa. Neste contexto, foi emitida uma

Valores em Euros 31-12-14 31-12-13 imputados imputados Domínios a gastos capitalizados Total a gastos capitalizados Totalemissões para a atmosfera 859 405 281 390 1 140 795 959 171 2 643 482 3 602 653gestão das águas residuais 41 570 41 570 38 608 - 38 608gestão dos resíduos 1 596 054 350 590 1 946 644 1 549 914 6 690 176 8 240 090Protecção dos solos e das águas subterrâneas 4 923 13 091 18 014 4 674 65 227 69 901Protecção da natureza 511 908 21 378 533 286 506 726 37 201 543 927ruído e vibração 66 428 66 428 60 000 - 60 000outras actividades de protecção do ambiente 268 190 10 916 279 106 380 179 18 558 398 737 3 348 478 677 365 4 025 843 3 499 272 9 454 644 12 953 916

corridos para preservar recursos ou para evitar ou reduzir danos futuros, e que se considera que permitem prolongar a vida ou aumentar a capacidade ou melhorar a segurança ou eficiência de outros activos detidos pelo Grupo, são capitalizados.

Os dispêndios capitalizados e reconhe-cidos em gastos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, têm a seguinte discriminação:

Directiva Comunitária que prevê a comer-cialização das chamadas Licenças de emissão de gases com efeito de estufa, entretanto transposta para a legislação portuguesa e que é aplicável, desde de 1 de Janeiro de 2005, entre outras, à in-dústria de cimento (Nota 13).

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 173

Valores em Euros 31-12-14 31-12-13 imputados imputados Domínios a gastos capitalizados Total a gastos capitalizados Totalemissões para a atmosfera 859 405 281 390 1 140 795 959 171 2 643 482 3 602 653gestão das águas residuais 41 570 41 570 38 608 - 38 608gestão dos resíduos 1 596 054 350 590 1 946 644 1 549 914 6 690 176 8 240 090Protecção dos solos e das águas subterrâneas 4 923 13 091 18 014 4 674 65 227 69 901Protecção da natureza 511 908 21 378 533 286 506 726 37 201 543 927ruído e vibração 66 428 66 428 60 000 - 60 000outras actividades de protecção do ambiente 268 190 10 916 279 106 380 179 18 558 398 737 3 348 478 677 365 4 025 843 3 499 272 9 454 644 12 953 916

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40. cUsTos coM aUDiToria E rEVisão LEgaL DE coNTas

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, os dispêndios com auditoria e com serviços de revisão legal de contas, decompõem--se como se segue:

Valores em Euros 31-12-14 31-12-13Serviços de Revisão Legal de Contas 221 937 347 345Serviços de assessoria fiscal - 10 221Outros serviços que não de Revisão Legal de Contas - 498 221 937 358 064

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 175

41. coMProMissos assUMiDos PELo grUPo

41.1. garaNTias E oUTros coMProMissos FiNaNcEiros

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, as garantias prestadas pelo Grupo e outros compromissos financeiros decompõem--se como se segue:

Valores em Euros 31/12/14 31/12/13 Garantias prestadas 2ª Repartição dos Serviços de Finanças de Setúbal 441 945 13 698 054 IAPMEI (âmbito do QREN) 1 807 337 2 299 046 IAPMEI (âmbito do PEDIP) 415 934 99 760 APSS - Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra 2 633 394 2 547 495 APDL - Administração do Porto de Leixões 706 062 676 920 Direcção Geral de Alfândegas 800 000 854 414 Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Centro 845 173 845 173 Comissão de Coordenação e Desenv. Regional LVT 1 134 778 994 338 Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Algarve 480 804 480 804 Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Norte 236 403 236 421 Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais 274 595 274 595 Instituto de Conservação da Natureza - Arrábida 280 639 454 958 Outras 590 578 585 590 10 647 642 24 047 568Cartas de crédito de importação 1 552 522 1 306 728Compromissos de compra com fornecedores 11 042 838 11 620 085Livranças, avais e fianças para garantia de empréstimos obtidos Associadas (*) 149 906 154 76 897 091Hipotecas Terrenos, edifícios e equipamentos básicos de Sibline 57 465 047 50 590 801Aval 195 652 260 870Total das garantias e outros compromissos (Nota 37.3) 230 809 855 164 723 143

(*) estas garantias respeitam a vários empréstimos contraídos pelas associadas: (i) margem - companhia de mineração, para financiamento da construção da nova fábrica de adrianópolis, no montante total de Reais 457.302.751 (euros 141.988.621); (ii) supremo cimentos, s.a., para apoio de tesouraria, no montante total de Reais 63.000.000 (euros 19.560.965).

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41.2. oUTros coMProMissos assUMiDos

Promessas de Penhor e Hipotecas

Em 2010, a subsidiária Secil Martingança contraiu um financiamento bancário no montante de Euros 2.500.000 para a construção da sua nova fábrica locali-zada no Montijo e constituiu nessa data uma promessa de hipoteca sobre o ter-reno da mesma. Em 31 de Dezembro de 2014 encontrava-se por liquidar o mon-tante de Euros 714.286 do financiamento obtido.

Investimento numa nova fábrica em Angola

Nos termos do Memorando de Enten-dimento celebrado entre o Governo de Angola e a Secil, em Abril de 2004, foi constituída em 29 de Novembro de 2005 a Secil - Companhia de Cimento do Lo-bito, S.A. detida em, aproximadamente, 51% pelo Grupo Secil e, indirectamente,

em 49% pelo Estado angolano, a qual começou a operar a partir de 1 de Janeiro de 2006, cessando assim o contrato de cessão de exploração da unidade fa-bril Encime do Lobito, celebrado entre o Estado Angolano e a Tecnosecil (ac-tualmente denominada Secil Angola) em vigor desde Setembro de 2000.

O capital social da Secil Lobito no mon-tante de USD 21.274.285 foi realizado através da transferência dos activos tangíveis e intangíveis da Secil Angola e da Encime U.E.E. respectivamente pelo Grupo Secil e Estado angolano, pelo va-lor resultante da avaliação independente efectuada em Outubro de 2003 por uma empresa de auditoria internacional.

Nesse Memorando de Entendimento, estimou-se que, num horizonte de 36 meses contados desde a data de rea-lização do respectivo capital social, a Secil Lobito iria instalar uma fábrica de cimento e clinquer no Lobito.

Em 26 de Outubro de 2007, o Conselho Ministros de Angola aprovou o Projecto de Investimento Privado denominado “Nova Fábrica de Cimento do Lobito”, no montante de USD 91.539.000, contratua-lizado em 14 de Dezembro de 2007, pela Secil Lobito e pela ANIP - Agência Na-cional para o Investimento Privado, esta em representação do Estado angolano.

Adicionalmente, no exercício de 2008, foi adicionado ao investimento uma central de produção de energia eléctrica no valor de USD 18.000.000.

A Secil Lobito está a trabalhar na actua-lização do projecto à realidade actual de Angola. Dando seguimento à resposta dada pela ANIP à solicitação da Secil Lobito feita em Julho de 2014, prevê-se realizar ao longo do ano de 2015 a rene-gociação de algumas cláusulas do Con-

trato de Investimento para a construção da nova fábrica, assinado em Dezembro de 2007.

Depósito Caução

A subsidiária Ciminpart vendeu em 2012 a sua participação na VIROC. No âmbito deste processo, a Secil constituiu penhor sobre um depósito bancário no montante de Euros 1.250.000.

RelatóRio do conselho de administRação 2014_demonstRaçÕes FinanceiRas consolidadas 177

42. acoNTEciMENTos aPós a DaTa Do BaLaNÇo

Após a data de 31 de Dezembro de 2014, não ocorreram eventos subsequentes que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço ou proporcionem informação so-bre condições que tenham ocorrido após a data do balanço.

PrEsiDENTE

Pedro Mendonça de Queiroz Pereira

Vogais

Gonçalo de Castro Salazar LeiteFrancisco José Melo e Castro GuedesCarlos Alberto Medeiros AbreuSérgio António Alves MartinsJoão Luís Barbosa Pereira de VasconcelosJosé Miguel Pereira Gens ParedesPaulo Miguel Garcês Ventura

TéCNICO OFICIAL DE CONTAS

Emília Rosa Mota de Carvalho

aneXos1. certiFicação leGal das contas consolidadas 2. relatório e parecer do conselho Fiscal contas consolidadas

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aneXos1. certiFicação leGal das contas consolidadas 2. relatório e parecer do conselho Fiscal contas consolidadas

Escola Francisco de Arruda, Lisboa

RelatóRio do conselho de administRação 2014_anexos 179

180

RelatóRio do conselho de administRação 2014_anexos 181

182

RelatóRio do conselho de administRação 2014_anexos 183

relatório de sustentabilidade1. este relatório 2. a secil 3. estratéGia e Gestão da sustentabilidade 4. auditoria externa carta de compromissos

184

relatório de sustentabilidade

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de sUstentabilidade 185

Peneireiro (Falco Tinnunculus)

da Cement SuStainability initiative 5. sustentabilidade - prioridades para o Futuro 6. a secil em números

1. este relatório

Tendo em linha de conta e a versão 3.0 da GRI, este Relatório regista os prin-cipais factos e resultados de 2014, de-correntes da vivência efectiva da sus-tentabilidade na Secil, nomeadamente, nas unidades fabris do grupo cimentos. O World Business Council for Sustaina-ble Development (WBCSD) lançou, em 2010, um estudo prospectivo a largo prazo de que resultou uma nova Visão 2050, cujo objectivo último será o de assegurar que “em 2050, cerca de 9 mil milhões de pessoas vão viver bem, res-peitando os limites do planeta”.Para que os resultados da Visão 2050 sejam alcançados, o WBCSD desenvol-veu a AÇÃO 2020 – um roteiro de como as empresas podem influenciar posi-tivamente as tendências ambientais e sociais, reforçando simultaneamente a sua própria capacidade de resistência a problemas como as alterações climá-ticas e a evolução demográfica.Visando o desenvolvimento de estra-tégias que permitam a obtenção dos objectivos definidos, a Secil tem parti-cipado activamente na iniciativa para a Sustentabilidade do Cimento (CSI) do

WBCSD e, ainda, no Projecto Acção 2020 promovido pelo Conselho Empre-sarial para o Desenvolvimento Sustentá-vel Português (BCSD).A apresentação deste relatório assen-tará na resposta da Secil, enquanto in-dústria cimenteira, às Prioridades para o Futuro, decorrentes da ACÇÃO 2020 e dos limites planetários. Este relatório é publicado em conjunto com o Relatório e Contas e o Relató-rio de Responsabilidade Social. Deste modo, o desempenho económico e as actividades desenvolvidas com os co-laboradores e comunidade estarão mais detalhados nos dois relatórios referidos.

Através da consulta do nosso website (www.secil.pt) terá oportunidade de ana-lisar mais em detalhe algum aspecto que tenha por mais relevante.A Secil reconhece que é através do diá-logo e da troca de ideias que se podem alcançar maiores níveis de excelência, quer ao nível do seu próprio negócio, quer na defesa dos interesses dos stakeholders, pelo que muito agradece e encoraja o vosso feedback.

186

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de sUstentabilidade 187

Informações adicionais, comentários ou sugestões podem ser obtidas junto de:

secil – companhia geral de cal e cimento, saeng. José Bravo FerreiraDirector do Departamento de Sustentabilidade, Processos Institucionais Externos

Fábrica do Outão – Apartado 712901-864 SetúbalE-mail: [email protected] e/ou [email protected]

Telf.: +351 212 198 230

2. a secil

188

A Secil é um Grupo empresarial com ac-tividade em vários países, destacando--se a produção de cimento, bem como a produção e comercialização de be-tão, inertes e a exploração de pedreiras, através das suas subsidiárias.Integra ainda empresas que operam em áreas complementares, como a comer-cialização de materiais de construção, desenvolvimento de soluções no domí-nio da preservação do ambiente e da utilização de resíduos como fonte de energia.Atualmente conta com 2 071 colabora-dores no conjunto de todas as áreas de atividade. A comercialização e distri-buição dos produtos é realizada pelos departamentos comerciais respetivos, um pouco por todo o mundo.

VOLUME DE NEGÓCIOS

Nº DE COLABORADORESVENDAS DE CLÍNQUER E CIMENTO

1%

5%

16%

19%

59%

1%

2%

2%

16%24%

17%

15%11%

66%

46%

PoRtUGaltUnísialíbanoanGolacabo veRde

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de sUstentabilidade 189

PORTUGAL 3 UNIDADES FABRIS

MACEIRA, PATAIAS E OUTÃOTUNÍSIA

1 UNIDADE FABRILGABÈS

LÍBANO1 UNIDADE FABRIL

SIBLINE

ANGOLA1 UNIDADE FABRIL

LOBITO

2. a secil

190

A Secil, na sua Visão, acredita que o desenvolvimento económico, enquanto gerador de riqueza, é sempre compatí-vel com o respeito pelo património am-biental do planeta e que o seu percurso, enquanto empresa, se sustenta na com-patibilização entre a criação de riqueza económica e o respeito pela qualidade de vida de cada pessoa. Sabemos que com esta atitude o futuro da humani-dade só poderá ser melhor.

objectivo onde? Quando? resultados 2014 como alcançar? Quais os passos seguintes?Índices de sinistralidade: global 2014 continuando o trabalho de auscultação e formação dos colaboradores reduzir o índice de frequência para 8. iF = 14,6 e monitorizando mensalmente os indicadores, permitindo a introdução reduzir o índice de gravidade para 175. ig = 286,2 de medidas correctivas se a tendência de melhoria não for a desejada.dar formação em Higiene e Segurança no Trabalho aos colaboradores, global 2014 3,0 h/colaborador através de uma melhor programação vai aumentar com o objectivo de obter 8 h formação por ano. a formação nesta temática, no sentido de minimizar a sinistralidade.auscultação de stakeholders: em virtude da instabilidade registada nalguns países onde opera, - recolha de feedback através de entrevistas presenciais suspenso a continuação aos trabalhos de preparação do processo a 100% dos stakeholders em Portugal global a definir temporáriamente de auscultação dos stakeholders das operações e 60% dos stakeholders nas operações internacionais. internacionais foi suspenso temporariamente.implementação de um sistema de gestão de segurança e saúde no gabès 2015 em curso devido à situação social vivida nos últimos anos, a certificação do sistema detrabalho de acordo com as oHsas 18001. gestão de segurança tem vindo a ser adiada. contudo, prevê-se que tal aconteça em 2015. implementação de um sistema de gestão de ambiente e segurança. sibline 2015 em curso o processo de implementação de um sistema de gestão integrado de qualidade, ambiente e segurança começou em outubro de 2010. o sistema já está criado, e espera-se obter a sua certificação em 2015.reduzir em 15% as emissões específicas de CO2 por tonelada de global 2015 redução Pretende-se atingir este objectivo através de:produto cimentício, relativamente ao ano de 1990. de 7,5% > utilização de matérias-primas secundárias, de preferência já descarbonatadas, para o fabrico do clínquer. > utilização de combustíveis alternativos, preferencialmente com teores de biomassa mais elevados. > Fabrico de cimentos compostos, com introdução de matérias-primas secundárias durante a moagem, e consequente redução da taxa de incorporação de clínquer. atingir uma taxa de substituição de combustíveis alternativos de: global 2015 nas fábricas em Portugal, não se conseguiu atingir o objectivo de 55%, - 55% em 2013, nas fábricas em Portugal 40,8% devido a questões que se prendem com o mix de combustíveis alternativos - 10% em 2015, nas fábricas de gabès e sibline 0% disponível no mercado e às suas características. reduzir a taxa de incorporação de clínquer para: global 2013 Maximização do fabrico de cimentos compostos, recorrendo à utilização de - 74% no cimento cinzento, em 2013 nas operações em Portugal 78,8% componentes minoritários previstos na nP en 197-1. - 79% no cimento branco, em 2012 na Fábrica de Pataias 75,3% a elevada taxa de exportação a partir das fábricas a operar em Portugal - 75% no cimento cinzento, em 2013, nas operações internacionais 80,5% comprometeu os objectivos definidos para o cimento cinzento.

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de sUstentabilidade 191

objectivo onde? Quando? resultados 2014 como alcançar? Quais os passos seguintes?Índices de sinistralidade: global 2014 continuando o trabalho de auscultação e formação dos colaboradores reduzir o índice de frequência para 8. iF = 14,6 e monitorizando mensalmente os indicadores, permitindo a introdução reduzir o índice de gravidade para 175. ig = 286,2 de medidas correctivas se a tendência de melhoria não for a desejada.dar formação em Higiene e Segurança no Trabalho aos colaboradores, global 2014 3,0 h/colaborador através de uma melhor programação vai aumentar com o objectivo de obter 8 h formação por ano. a formação nesta temática, no sentido de minimizar a sinistralidade.auscultação de stakeholders: em virtude da instabilidade registada nalguns países onde opera, - recolha de feedback através de entrevistas presenciais suspenso a continuação aos trabalhos de preparação do processo a 100% dos stakeholders em Portugal global a definir temporáriamente de auscultação dos stakeholders das operações e 60% dos stakeholders nas operações internacionais. internacionais foi suspenso temporariamente.implementação de um sistema de gestão de segurança e saúde no gabès 2015 em curso devido à situação social vivida nos últimos anos, a certificação do sistema detrabalho de acordo com as oHsas 18001. gestão de segurança tem vindo a ser adiada. contudo, prevê-se que tal aconteça em 2015. implementação de um sistema de gestão de ambiente e segurança. sibline 2015 em curso o processo de implementação de um sistema de gestão integrado de qualidade, ambiente e segurança começou em outubro de 2010. o sistema já está criado, e espera-se obter a sua certificação em 2015.reduzir em 15% as emissões específicas de CO2 por tonelada de global 2015 redução Pretende-se atingir este objectivo através de:produto cimentício, relativamente ao ano de 1990. de 7,5% > utilização de matérias-primas secundárias, de preferência já descarbonatadas, para o fabrico do clínquer. > utilização de combustíveis alternativos, preferencialmente com teores de biomassa mais elevados. > Fabrico de cimentos compostos, com introdução de matérias-primas secundárias durante a moagem, e consequente redução da taxa de incorporação de clínquer. atingir uma taxa de substituição de combustíveis alternativos de: global 2015 nas fábricas em Portugal, não se conseguiu atingir o objectivo de 55%, - 55% em 2013, nas fábricas em Portugal 40,8% devido a questões que se prendem com o mix de combustíveis alternativos - 10% em 2015, nas fábricas de gabès e sibline 0% disponível no mercado e às suas características. reduzir a taxa de incorporação de clínquer para: global 2013 Maximização do fabrico de cimentos compostos, recorrendo à utilização de - 74% no cimento cinzento, em 2013 nas operações em Portugal 78,8% componentes minoritários previstos na nP en 197-1. - 79% no cimento branco, em 2012 na Fábrica de Pataias 75,3% a elevada taxa de exportação a partir das fábricas a operar em Portugal - 75% no cimento cinzento, em 2013, nas operações internacionais 80,5% comprometeu os objectivos definidos para o cimento cinzento.

3. estratéGia e Gestão da sustentabilidade

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O desafio permanente é garantir que o conjunto das actividades se desen-volvam de forma sustentável, com ade-quada rentabilidade dos capitais inves-tidos, salvaguarda do meio envolvente e cumprimento das obrigações sociais, assegurando a manutenção da nossa actividade para o futuro.

A estratégia de sustentabilidade está alinhada com os valores de Excelên-cia, Responsabilidade, Qualidade, Inovação e Transparência que há muito caracterizam a Secil e está as-sente em 3 pilares:

coMPETiTiViDaDE

Desenvolvimento da capacidade tec-nológica, visando a optimização dos processos produtivos e respectivos sistemas de suporte, incorporando a melhor tecnologia disponível. Inovação na qualidade dos produtos, serviços e soluções Secil fornecidos aos Clientes, superando expectativas quanto ao valor acrescentado que lhes é fornecido, de forma a tornar-se o seu parceiro pre-ferencial. Posicionamento num mundo globalizado, aproveitando oportunida-des internacionais de negócio.

MiNiMiZaÇão DE iMPacTEs

Potenciar a eco-eficiência dos proces-sos, mitigando os impactes causados no meio envolvente e orientando a actuação para a promoção da biodiversidade.

ENVoLViMENTo coM os StakeholderS

Fomentar um ambiente de trabalho valo-rizado pelos Colaboradores e consolidar um posicionamento ético e cívico reco-nhecido pelos stakeholders.A gestão da Sustentabilidade assenta na aplicação consistente nas melhores práticas de governação, com o objetivo de assegurar os adequados mecanis-mos de controlo de riscos associados ao estatuto de empresa com importantes responsabilidades assumidas perante todos os seus stakeholders, na socie-dade onde está implantada. A atual estrutura organizacional é as-sim uma peça fundamental para a con-cretização dos objectivos definidos, na gestão dos aspetos ambientais, sociais e económicos. Dada a complexidade, transversalidade e multidisciplinari-dade da sustentabilidade, existe uma estrutura organizacional composta por diferentes unidades que complementar-mente garantem a sustentabilidade da organização.

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de sUstentabilidade 193

4. auditoria externa ao cumprimento da carta de compromissos da CEmEnT SUSTAInABIlITy

InITIATIvE (csi)

Foi realizada uma auditoria pela DNV re-lativamente ao cumprimento da Carta de Compromissos da CSI, visando:

> Comparar o desempenho individual de cada Membro com o valor agregado da CSI e propor sugestões de melhoria, caso necessário;

> Sustentar a credibilidade da CSI junto dos seus stakeholders;

> Identificar áreas do Programa e Carta da CSI passíveis de ser clarificadas e de robustez acrescida.

Foram auditadas 17 empresas (entre 21 elegíveis) em três regiões: Europa, Amé-rica Latina e Ásia (incluindo 1 na China). Cada empresa foi auditada tendo em conta todas as suas instalações, nos diversos continentes.

A auditoria abrangia 7 áreas distintas, a saber:

> Gestão do CO2 e Energia

> Utilização de Combustíveis e Materiais

> Saúde e Segurança

> Monitorização e Reporte de Emissões

> Impactos Locais e Biodiversidade

> Reporte e Comunicações

> Governança

194

5. sustentabilidade - prioridades para o Futuro

“em 2050, cerca de 9 mil milhões de pessoas vão viver bem, respeitando os limites do planeta”.

1.AlterAçõesClimátiCAs

4. emissão

substânCiAsPerigosAs

7. ComPetênCiAs

e emPrego

2.CiClo de

nutrientes

5. águA

PotávelPArA todos

8. bem estAr

e estilo de vidA sustentáveis

3. degrAdAção

dos eCossistemAs

6. direitos

e neCessidAdes básiCAs

9. AlimentAção

inFlUÊncia diRecta PoR PaRte da indÚstRia cimenteiRa

inFlUÊncia indiRecta PoR PaRte da indÚstRia cimenteiRa

acima dos limites do PlanetaalGUma inFlUÊncia PoR PaRte da indÚstRia cimenteiRa

limites do Planeta

acÇão 2020 / árEas PrioriTárias

Fonte: Cement SuStainability initiative

Fonte: StoCkholm reSilienCe Centre

SuStainability SCienCe for bioSphere StewardShip

LiMiTEs Do PLaNETa

Necessária a criação de Soluções impactantes, mensuráveis, escaláveis, replicáveis e além do business-as-usual

PÁGINA 6 DO WORD

Acima dos Limites do planeta

Limites do planeta

LIMITES DO PLANETA

ACIDIFICAÇÃO OCEÂNICA ESGOTAMENTO DO OZONO FRONTEIRA DOS CICLOS USO GLOBAL DE MUDANÇA NO USO DE

TAX

A DE P

ERDA

DE

C

ARGA

DE

AERO

SOL

ATM

OSFÉ

RICO

POLU

IÇÃO QUÍMICA

MUDANÇA CLIMÁTICA

ESTRATOSFÉRICO BIOGEOQUÍMICOS ÁGUA POTÁVEL TERRENOS

B

IODIVE

RSID

ADE

(AIN

DA N

ÃO Q

UANT

IFICA

DO)

(

AINDA

O QUANTIFICADO)

ORO

FÓSFOR

FÓSFORO

LO DO FÓS

DO FÓSO FÓ

CICLO DLO D

FÓSFÓS

ORO

CICLO DO NITROGÉNIO

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de sUstentabilidade 195

aLTEraÇÕEs cLiMáTicas

Nos últimos anos a Secil tem vindo a investir fortemente para reduzir as suas emissões de CO2, aumentando a sua efi-ciência térmica e elétrica, aumentando o coprocessamento de combustíveis alternativos, utilizando matérias-primas secundárias e ensaiando tecnologias inovadoras de captação de carbono (mi-croalgas) e de produção de cimento e clínquer de baixa intensidade carbónica. No entanto, verificou-se uma inversão da tendência em 2014 que se ficou a dever, na produção de clínquer à redução da quantidade dos combustíveis alternati-vos e às suas características, enquanto nos produtos cimentícios, resultou da elevada taxa de exportação de cimentos com maior incorporação de clínquer, em Portugal.

EMissÕEs ToTais DE co2

EMissÕEs EsPEcÍFicas DE co2/T cLÍNQUEr

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2009

2010

2011

2012

2013

2014

4 01

8 10

685

9

4 01

3 14

185

1

3 67

4 14

085

4

3 28

2 87

684

2

3 13

5 93

082

5

3 71

9 80

885

1

3 90

9 63

483

6

3 85

1 08

481

6

3 47

7 75

280

8

3 13

3 61

880

3

3 00

4 53

279

1

3 55

3 54

881

3

emissÕes co2 - GRoss emissÕes co2 - net

GRoss net

5. sustentabilidade - prioridades para o Futuro

coMBUsTÍVEis aLTErNaTiVos E EMissÕEs EsPEcÍFicas DE co2

roTEiro Para UMa EcoNoMia DE Baixo carBoNo

Para se atingir os 80% de redução de emissões em 2050, sugeridos pela Co-missão Europeia, serão necessárias tecnologias inovadoras e de rotura, que envolvem investimentos significativos em termos de investigação e viabiliza-ção financeira da sua implementação (Ex: Estima-se que 85% da produção de clínquer terá de ser equipada com tecnologia de Captação e Armazenagem de Carbono (CCS).

A Secil participa no Steering Commit-tee de um projecto de I&D de grande envergadura, lançado em 2006 pela ECRA (“European Cement Research Academy”), destinado a testar, com o apoio de fabricantes de equipamentos, a viabilidade técnico-económica da aplicação das tecnologias de captação do CO2 em fábricas de cimento. Este

196

O consumo de Combustíveis Alternati-vos já nos permitiu uma poupança de cerca de 1 milhão de toneladas de CO2 desde 2005.

EVoLUÇão Da iNTENsiDaDE carBóNica Do cLÍNQUEr cZ ProDUZiDoemissÕes co2 clK

120%

110%

100%

90%

80%

70%

60%

1990

1996

2002

2008

1991

1997

2003

2009

1992

1998

2004

2010

2011

2012

2013

2014

1993

1999

2005

1994

2000

2006

1995

2001

2007

O factor de emissão de CO2 por tonelada de clínquer cinzento era em 1990 de 885 kgCO2/t clk, tendo em 2014 sido de 787 kgCO2/t clk.

projecto vai avançar a curto prazo com a montagem de uma instalação piloto (capacidade: 500 a 1000 t clínquer/dia), que envolve um investimento superior a 50 M€ e onde serão testadas as inovações e adaptações necessárias à utilização da tecnologia de oxyfuel numa linha cimenteira, entretanto concebidas e avaliadas em modelos, visando a confirmação da viabilidade técnica e definido mais rigorosamente as condições para a sua viabilidade económica.

A Secil contribuiu também, através da Associação Técnica da Indústria do Cimento (ATIC), validando os inputs fornecidos ao modelo de optimização TIMES_PT, utilizado pelo CENSE - Cen-tro de Investigação em Ambiente e Sus-tentabilidade (da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa) num estudo sobre a Captura e Armazenamento de CO2 (CAC) com ou-

tros parceiros (Universidade de Évora, Laboratório Nacional de Energia e Geo-logia, Rede Eléctrica Nacional e Bellona Foundation, com o patrocínio do Global CCS Institute) e que pretende contribuir para suportar, tecnicamente, o debate nacional sobre esta tecnologia e tornar--se um ponto de partida para a con-sideração de um Roteiro de CAC em Portugal.

Neste estudo, recentemente apresen-tado, é apresentada uma conclusão clara: “CAC é uma tecnologia crucial na manutenção da competitividade da in-dústria de cimento nacional num mundo condicionado pelo carbono“. Na realidade, a aplicação do modelo atrás referido determina que “para to-dos os cenários de crescimento so-cioeconómico (1,5%/ano e 3%/ano) e de mitigação (-60% e -80%), a captura de CO2 é implementada no sector do cimento”.

coMÉrcio EUroPEU DE LicENÇas DE EMissão

CARBOn lEAkAGE

Em 2014, foi publicada pela Comissão Europeia (CE) a nova lista de sectores expostos à fuga de carbono (Carbon leakage) em vigor de 2015 a 2019. O sector cimenteiro mantém-se na lista mencionada, afastando assim, tempo-rariamente, todas as ameaças que tal representaria para a competitividade do sector.

Num futuro próximo (2º semestre de 2015) a CE deverá apresentar uma pro-posta para as novas regras a adoptar no Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE) a vigorar no período 2020-2030. O sector cimenteiro, por si só e no âmbito dos sectores com ele-vado consumo de energia, terá que de-fender regras compatíveis com a com-petitividade dos mesmos no mercado internacional. Aliás, o Conselho Europeu de Outubro de 2014, estabeleceu clara-mente que “as instalações eficientes não deverão suportar qualquer extra-custo, directo ou indirecto, decorrente das suas emissões de CO2”.

IMPACTO DO BACklOADInGE DO CSCF

No início de 2014 foi aprovado o meca-nismo de diferimento de leilões de licen-ças de emissão de CO2 (“backloading”) com vista a retirar temporariamente do mercado cerca de 900 milhões de licen-ças, que deverão ser repostas no final do período 2013-2020.

Entretanto, uma vez mais, as regras muito provavelmente vão ser alteradas (continuando a criar uma instabilidade altamente comprometedora da obten-ção da confiança junto dos investidores, no sentido de avançar com soluções vi-

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de sUstentabilidade 197

sando a economia de baixo carbono), dado que a CE propôs a antecipação da entrada em vigor da market Stabi-lity Reserve (reserva de licenças de emissão de CO2 retiradas do mercado, para fazer subir o preço do carbono e mantê-lo num nível elevado, de modo a acomodar a entrada em serviço de tec-nologias alternativas de produção de energia eléctrica, mas fortemente pe-nalizador para os sectores de elevado consumo de energia, exportadores, por via do aumento dos custos indirectos de energia eléctrica provocada pela passa-gem dos custos de CO2 dos produtores eléctrico para os seus clientes), estando incluído nessa proposta, a absorção dos 900 milhões de licenças provenientes do Backloading, directamente pela MSR.

A eliminação do “Cross Sectoral Correc-tion Factor” (CSCF) para o período de 2020-2030, será outro dos objectivos a defender pelo sector cimenteiro, no sen-tido de salvaguardar a competitividade do mesmo e evitar o risco de Carbon leakage, numa posição perfeitamente alinhada com a decisão do Conselho Europeu atrás referida.

198

5. sustentabilidade - prioridades para o Futuro

DEgraDaÇão Dos EcossisTEMas

coProcEssaMENTo DE rEsÍDUos

A Secil, integrada na Associação Técnica da Indústria do Cimento, fez propostas concretas e bem fundamentadas no sentido de introduzir novos valores para as Taxas de Gestão de Resíduos (TGR) no âmbito da consulta pública referente à Fiscalidade Verde, visando a correção

do comportamento dos setores gerado-res e gestores dos resíduos, no sentido de induzir a otimização dos destinos a dar aos resíduos, privilegiando as tec-nologias de valorização dos mesmos (embora sem o sucesso esperado, face à diminuta diferenciação das TGR que acabaram por ser plasmadas no acervo legislativo).

O coprocessamento de resíduos na indústria cimenteira permite um total aproveitamento destes (100%), dado

A Secil tem cooperado com as entida-des de gestão de resíduos com o ob-jetivo, não só de desenvolver práticas que permitam uma melhor qualidade dos resíduos e a sua adequabilidade à indústria, mas também contribuindo para um estudo, inovador, visando a de-

PrEVENÇão / rEDUÇão

rEsÍDUo Para ENErgia

iNciNEraÇão

aTErro

rEUTiLiZaÇão

rEcicLagEM: 100% Do MaTEriaL rEcicLaDo

co-ProcEssaMENTo

UTiLiZaÇão Do MaTEriaL

E ENErgia

DEPosiÇãoDo rEsÍDUo

100% do material recuperado

100% da energia recuperada

terminação da quantidade de material reciclado no consumo de resíduos nos fornos de cimento, o que permitirá vir a incluir a mesma como contribuição para o cumprimento das metas de reciclagem impostas a nível nacional e europeu.

Fonte: GUidelines FoR co-PRocessinG FUels and Raw mateRials in cement manUFactURinG (2014)

que a componente combustível fornece o calor necessário para o processo e a componente material transforma-se em cimento. Desta forma, o copro-cessamento proporciona à sociedade benefícios significativos: opções de tratamento de resíduos locais seguros e eficientes, valorização de resíduos que de outra forma seriam deposita-dos em aterro, valorização energética e reciclagem de recursos.

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de sUstentabilidade 199

No período compreendido entre 2005 e 2014, o coprocessamento de cerca de 1,3 milhões de toneladas de resíduos evitou a emissão de aproximadamente 1,2 milhões de toneladas de CO2 e per-

A estratégia da maximização da utiliza-ção de combustíveis alternativos, tra-duz-se também num acréscimo da com-ponente nacional do Valor Acrescentado Bruto do setor cimenteiro. Na realidade,

coQUe de PetRóleo

combUstíveis alteRnativos

co-PRocessamento em cimenteiRas= 8 239 ktco2 sem co-PRocessamento em cimenteiRas= 10 685 ktco2

EMissÕEs DE co2 coM co-ProcEssaMENToEM ciMENTEiras

EMissÕEs DE co2 sEM co-ProcEssaMENTo EM ciMENTEiras

1 15

8 Kt

co2

9 52

7 Kt

co2

7 08

1 Kt

co2

1 15

8 Kt

co2

Combustíveis alternativos valorizados 1,3 MtEmissão de CO2 evitada ~1,2 MtMatérias-primas naturais evitadas ~0,37 Mt

Exportações de clínquer e cimento ~521 M€ Importação de coque de petróleo evitada ~397 kt

mitiu reduzir a importação de coque de petróleo em 397 mil toneladas (28 milhões de euros) e substituir cerca de 0,37 milhões de toneladas de matérias--primas naturais poupadas.

a Secil tem contribuído, dentro das suas possibilidades, para o equilíbrio da ba-lança comercial no período em análise, tal como se pode ver na tabela seguinte:

200

5. sustentabilidade - prioridades para o Futuro

BioDiVErsiDaDE E rEcUPEraÇão PaisagÍsTica

A Secil reconhece a importância da biodiversidade na gestão da sustenta-bilidade da atividade da empresa. Com o objetivo de diminuir o seu impacte sobre a biodiversidade, resultante das suas atividades, a Secil tem vindo a de-senvolver estratégias, nomeadamente através da implementação de Planos de Recuperação Paisagística e Planos de Ação para a Biodiversidade. Estes pla-nos baseiam-se na suposição de que um sistema totalmente reabilitado engloba não só a composição e estrutura das comunidades vegetais e animais, mas também a recuperação das funções e dos processos naturais do ecossistema.

PARCERIAS | CONHECIMENTO CIENTíFICO E INVESTIGAÇÃO APLICADA

O conhecimento científico e a investiga-ção aplicada são pilares presentes no processo de recuperação paisagística das pedreiras da Secil. O desenvolvi-mento de estudos científicos e a inter-ligação de equipas multidisciplinares é essencial para a identificação de solu-ções e no desenvolvimento de técnicas, actuais e inovadoras, no âmbito da rea-bilitação de pedreiras. Para tal, a Secil conta com uma vasta equipa de inves-tigadores da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e da Universi-dade de Évora.Um exemplo de uma longa parceria é com a Faculdade de Ciências da Uni-versidade de Lisboa que tem vindo, desde 1997, a realizar o acompanha-mento científico para a gestão ecológi-ca das áreas a recuperar nas pedreiras

da Secil no Outão. Estes anos de par-ceria têm permitido testar e desenvolver técnicas e soluções concretas, no âm-bito da recuperação de pedreiras, que actualmente definem as metodologias dos Planos de Recuperação.

PLANOS AMBIENTAIS E DE RECUPERAÇÃO PAISAGíSTICA

As pedreiras das três unidades fabris em Portugal dispõem de um Plano Am-biental e de Recuperação Paisagística (PARP), que tem como objectivo a recu-peração progressiva das áreas explora-das e minimizar os impactes negativos inerentes ao processo de exploração das pedreiras, atendendo às caracterís-ticas das explorações e ao seu espaço envolvente. Esta tarefa é efectuada atra-vés da elaboração de Programas Trie-nais, que contém o planeamento dos trabalhos de exploração e recuperação paisagística para três anos, em execu-ção com o Plano de Pedreira aprovado.

área recuperada/Fábrica UN área licenciada da pedreiraSecil-Outão 41Maceira-Liz % 1,66Cibra-Pataias 3,6

Área recuperada nas três unidades fabris

GeRminação de Rosmaninho (lavandula luiSieri) nos viveiRos do oUtão

PatamaRes RecUPeRados na PedReiRa de calcÁRio no oUtão

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de sUstentabilidade 201

BioDiVErsiDaDE | DEsaFios E EsTraTÉgias No âMBiTo Da rEaBiLiTaÇão DE PEDrEiras

As medidas de gestão dos planos de recuperação centram-se maioritaria-mente sobre a vegetação e na restaura-ção da paisagem, dando menos impor-tância às comunidades faunísticas. No entanto, a fauna desempenha um papel importante no funcionamento do ecos-sistema, fornecendo vários serviços na-turais (e.g. dispersão de sementes), que podem melhorar o processo de reabi-litação.

Neste sentido, a Secil foi mais longe no processo de reabilitação e desde 2007 que, em parceria com a Universidade de Évora, integra a componente da fauna nos seus planos de recuperação. Esta parceria começou com a inventariação e caracterização das comunidades e espécies faunísticas e culminou com a apresentação de um Plano de Acção para a recuperação/valorização da fau-na, actualmente a decorrer em diferen-tes fases nas três fábricas em Portugal.

O Plano de Acção, articulado com os planos de recuperação, visa promover

a colonização natural da fauna nas áreas recuperadas, com base numa gestão activa e adaptativa através da monitorização periódica da fauna e da avaliação contínua da eficácia das acções propostas, como a dis-ponibilização de abrigos artificiais e o aumento da disponibilidade hídrica. Recentemente, foram desenvolvidos vários casos de estudo direccionados a grupos/espécies-alvo, considerados bons modelos de forma a avaliar os efeitos das actividades da empresa e das medidas propostas no Plano de Acção na fauna.

cRias de coRUJa-do-mato (Strix aluCo), Uma esPÉcie QUe nidiFicoU na FÁbRica do oUtão

esQUilo-veRmelho (SCiuruS vulgariS) caPtURado na aRmadilhaGem FotoGRÁFica na cmP

FloR-dos-macaQUinhos (orChiS itáliCa) no PatamaR RecUPeRado na PedReiRa do calcÁRio do oUtão

talUde RecUPeRado da PedReiRa de “alva de Pataias”

202

5. sustentabilidade - prioridades para o Futuro

caso DE EsTUDocoNEcTiViDaDE – MoViMENTos Do raTiNho-Do-caMPo (apodemuS SylvaticuS) NUMa árEa DE ELEVaDa FragMENTaÇão

No caso da pedreira de calcário do Ou-tão, a técnica de reabilitação utilizada inicialmente implicou a revegetação ape-nas em patamares deixando os taludes a descoberto. A ausência de vegetação, o declive e altura dos taludes (20 m) po-dem constituir barreiras ao movimento das espécies, reduzindo a conectivi-dade entre as diversas áreas usadas pela fauna.

De forma a potenciar a colonização na-tural da fauna importa compreender o movimento dos indivíduos que permite o fluxo de genes ou o acesso a habitats de

melhor qualidade. Neste âmbito, torna--se importante perceber o efeito que a fragmentação provocada pelo relevo ar-tificial da recuperação (taludes) poderá ter nos movimentos das espécies. Utili-zando o ratinho-do-campo como caso de estudo, pretendeu-se investigar se (1) os taludes constituem uma barreira física aos movimentos desta espécie; (2) quais as implicações das características orográficas na ecologia espacial do ra-tinho-do-campo; e (3) quais as caracte-rísticas de micro-habitat mais relevantes que influenciam o uso do espaço desta espécie no contexto da área de estudo. A equipa da Universidade de Évora se-guiu ratinhos-do-campo por radiotele-metria durante seis meses até recolher as localizações suficientes para carac-terizar as suas áreas vitais ou deixar de ouvir o sinal.

Ratinho-do-camPo com RadiotRansmissoR PRonto a seR libeRtado

seGUimento de Um animal maRcado PoR RadiotelemetRia

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de sUstentabilidade 203

são os TaLUDEs UMa BarrEira FÍsica aos MoViMENTos?

Todos os ratinhos-do-campo analisados (9) deslocaram-se entre os diferentes ta-ludes recuperados e a área envolvente à pedreira de calcário (zona natural), registando-se movimentos diários na maioria dos animais. O padrão de mo-vimentos mais observado foi a subida dos indivíduos até à zona natural, no seu período de maior actividade (nocturno) e o posterior retorno aos abrigos localiza-dos nos taludes/patamares recuperados da pedreira, onde repousavam durante o dia. Nestes movimentos foi registado o atravessamento dos taludes, o que de-monstra, ao contrário do esperado, que estes não constituem uma barreira física às deslocações do ratinho-do-campo. Para além disso, as áreas vitais abran-geram tanto zonas recuperadas como zonas naturais. A utilização de ambas

BiodiverSity manaGement plan Guidance | cement SuStainaBi-lity initiative (cSi)

No 8º fórum da CSI, com o tema “Con-serving nature’s foundations: biodiver-sity & ecosystems”, que decorreu em Cartagena, Colômbia, de 16 a 17 de Setembro de 2014, foi apresentado a publicação “Biodiversity management Plan (BmP) Guidance”. Este guia, que tem por objectivo auxiliar as empresas na gestão da biodiversidade, junta-mente com a Quarry Rehabilitation Gui-

as áreas pode estar relacionada com as características de micro-habitat de cada uma delas, sendo que a maior cobertura de arbustos da área natural providencia uma maior disponibilidade de alimento. Contrariamente, a presença de aglo-merados de pedra naturais e a menor abundância de predadores na área re-cuperada favorecem a disponibilidade de abrigos mais seguros.

Este caso de estudo foi apresentado, sob a forma de poster, na conferência internacional “14th Rodens et Spatium, Conference on Rodent Biology”, que de-correu em Lisboa de 28 de Julho a 2 de Agosto de 2014, onde ganhou o 2º Pré-mio do concurso de posters científicos com o Poster “Slope, the final frontier? Are Apodemus sylvaticus movements constrained by 20m slopes in a rehabili-tated quarry?”

delines (publicada em 2011), formam um conjunto de recursos que se destinam a abordar diferentes aspectos da biodi-versidade e sua conservação, em todas as fases da vida útil de uma pedreira. A Secil, desde 2008, tem uma partici-pação activa neste grupo de trabalho podendo desta forma partilhar a sua experiência e know-how nesta temá-tica. Destaca-se a sua participação no fórum da CSI com a apresentação “Challenges and strategies to enhance quarry rehabilitation and biodiversity at Secil”.

204

5. sustentabilidade - prioridades para o Futuro

EMissÕEs PoTENciaLMENTE NociVas

O processo de fabrico de cimento tem associado a si a emissão de poluentes macro (CO2, NOx, SO2 e COVs) bem como outros micropoluentes (metais pesados e PCDD/F). Sendo objetivo da Secil reduzir a sua emissão de poluentes para atmosfera, têm vindo a ser realiza-dos investimentos cujos resultados se comprovam pelos resultados obtidos. As instalações dispõem de diversos meios de controlo destas emissões, designadamente filtros de mangas, queimadores de baixa emissão, siste-mas SNCR (Selective non catalytic re-duction) - para controlar as emissões de NOx, e injecção de cal/hidróxido de cálcio – para controlo das emissões de SO2. Para além destes equipamentos, existem também electrofiltros, instala-dos em dois fornos.

Atualmente, todas as instalações estão equipadas com monitorização em con-tínuo das emissões de partículas, NOx e SO2, COT, HCl, HF e NH3 à excepção das fábricas de Sibline e Gabès, onde a monitorização em contínuo de poluen-tes como o COT, HCl e HF se encontra em curso de implementação. Os Metais pesados e Dioxinas e Furanos, são rea-lizadas monitorizações pontuais.

De realçar a redução das emissões de NOx, quer totais, quer específicas, a qual se ficou a dever em parte ao facto do valor limite em Portugal ter sido redu-zido de 800 mg/Nm3 para 500 mg/Nm3 (a 1 de Janeiro de 2014) o que obrigou à utilização, pontual, da tecnologia SNCR, nas fábricas localizadas em Portugal.

6.157

5.6896.033

5.347

5.138

4.221

1.3161.205 1.218

1.3711.270

889

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2009

2010

2011

2012

2013

2014

t nox g nox/t clk

751

569

625 629

401

161

121 131 161

91

2009

2010

2011

2012

2013

2009

2010

2011

2012

2013

602

123

2014

2014

t so2 g so2/t clk

6.157

5.689

6.033

5.3475.138

124 123106

144 136

2009

2010

2011

2012

2013

2009

2010

2011

2012

2013

4.221

132

2014

2014

t PaRtícUlas g PaRtícUlas/t clk

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de sustentabilidade 205

Mercúrio

Prossegue o Programa de Parceria Glo-bal do Mercúrio da UNEP é um dos me-canismos mais importantes na criação de acções imediatas para a mitigação/eliminação do Mercúrio. O objectivo último deste Programa é a protecção da saúde humana e a protecção do ambiente relativamente à emissão de Mercúrio e seus compostos, através da minimização, e quando possível, da sua eliminação das emissões antropogéni-cas (para o ar, água ou solos). A Secil tem acompanhado este assunto no âm-bito da CSI e da CEMBUREAU. A indústria cimenteira associou-se a este Programa, em 2013, através de uma Partnership liderada pela CSI/ WBCSD, especialmente dedicada às emissões de mercúrio no fabrico de cimento.

BioMonitores

Um dos trabalhos que a Secil tem vindo a desenvolver a longo prazo juntamente com a equipa do Ce3C (ex-CBA) da Fa-culdade de Ciências da Universidade de Lisboa consiste em avaliar o impacte da dispersão de poluentes na área da SE-CIL e sua envolvente utilizando biomo-nitores.

Os trabalhos de biomonitorização, ou seja utilização de organismos vivos para medir a poluição, tiveram início nos anos 90 com a utilização de líquenes para avaliar a deposição de metais dentro dos limites da Secil. Mais tarde ambas as entidades - Secil e Universidade de Lisboa - participaram num projeto Life Ambiente, em que foi medida a polui-ção atmosférica em toda a Península de Setúbal. De entre os poluentes medidos destacaram-se as dioxinas e furanos (PCDD/Fs), metais, enxofre e azoto. Foi precisamente no âmbito deste projeto

As acções do Business Plan of the Ce-ment Industry Mercury Partnership es-tão agrupadas em 4 grupos:

> Estabelecer regras para o inventário de emissões de Hg no sector cimenteiro

> Desenvolver Guias para ajudar as ins-talações cimenteiras a reduzir as suas emissões

> Aumentar a sensibilidade da indústria cimenteira para o facto do Hg ser um poluente relevante, através de acções de aumento de competências neste do-mínio

> Aumentar o conhecimento da eficácia de técnicas como o dust shuttling (purga do pó de recirculação dos filtros)

que, pela primeira vez a nível mundial, os líquenes foram utilizados para me-dir PCDD/Fs. Os líquenes, organismos que resultam de uma simbiose entre um fungo e uma alga, não possuem raízes, pelo que absorvem todos os nutrientes de que necessitam diretamente da at-mosfera. Juntamente com os nutrien-tes acabam por absorver os poluentes atmosféricos, acumulando-os no seu interior. São por isso muitas vezes de-signados por “sentinelas do ambiente”.

Estávamos no ano 2000 e as preocupa-ções ambientais com o início da coin-cineração na Fábrica da Secil-Outão alarmavam a população de Setúbal. O projeto Life Ambiente permitiu conhecer a contaminação ambiental de base, ou seja, antes de terem início os trabalhos de coincineração. Neste projeto foi fun-damental a utilização dos líquenes, cuja recolha em mais de uma centena de lo-cais deu origem a dados de poluição com uma elevada resolução no espaço

em toda a área da Península de Setúbal. A utilidade e importância dos líquenes como biomonitores de poluentes orgâni-cos persistentes (POPs) foram refletidas numa série de publicações científicas com impacto internacional.

Uma década depois, entre 2009 e 2011, a Secil decidiu, no âmbito da sua polí-tica de gestão de risco ambiental e de integração com a comunidade (através da Comissão de Acompanhamento Am-biental), implementar um novo estudo que visava avaliar como teria evoluído a contaminação ambiental desde 2000, já depois de a fábrica ter começado a coin-cinerar uma vasta gama de resíduos. Para tal, foram recolhidas as mesmas espécies de líquenes que haviam sido recolhidas no projeto anterior e foram comparados os valores de PCDD/Fs de 2000 com os de 2011. Os resultados mostraram que houve um decréscimo de 70% nas concentrações de PCDD/Fs nos líquenes. Isto significa que houve uma diminuição da deposição destes poluentes no ambiente na ordem dos 70%.

A diminuição da deposição de PCDD/Fs no ambiente tem sido igualmente obser-

206

5. sustentabilidade - prioridades para o Futuro

vada noutros países Europeus, prova-velmente como resultado das medidas europeias para restringir a emissão in-dustrial de PCDD/Fs. Na península de Setúbal o decréscimo terá sido conse-quência de uma diminuição das emis-sões por parte das indústrias (na ordem dos 25%) e por parte dos veículos.

Estes resultados deram origem a uma importante publicação científica em que pela primeira vez os líquenes foram uti-lizados para monitorizar os valores de PCDD/Fs ao longo do tempo.

A colaboração entre a Secil e Universi-dade de Lisboa mostrou a importância da análise da qualidade do ar ao longo do tempo, e os efeitos positivos de uma legislação ambiental mas exigente em matéria de qualidade do ar e conse-quentemente na qualidade de vida de todos.

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de sUstentabilidade 207

ágUa PoTáVEL Para ToDos

A indústria cimenteira - ainda que não seja um sector significativo em termos de consumo de água, representa cerca de 2% do consumo mundial. No pro-cesso de fabrico de cimento a água é fundamental para o arrefecimento de equipamentos e arrefecimento dos ga-ses de combustão, bem como, nalguns casos, para o arrefecimento no interior dos moinhos. Ainda que a maioria da água utilizada no processo de fabrico (arrefecimento de equipamentos) se en-contre em circuito fechado (reciclagem/reutilização) parte desta perde-se por evaporação. A Secil integra através do CSI, um grupo de trabalho cujo objectivo é compreen-der melhor quais os riscos para a indús-tria cimenteira, embora as condições locais de existência de recursos e dos principais consumidores dos mesmos possam constituir o maior factor de risco.

Em 2013, a Secil participou no projecto piloto da Global Water Tool para o sector cimenteiro, ao abrigo da Task Force da Água (TF9) da CSI, cuja utilização efectiva prevista para 2014, foi adiada para 2015.

A gama de benchmark do consumo es-pecífico de água no fabrico de cimento foi baseada nos valores obtidos pelos 4 maiores produtores mundiais.

1 1 1

0

3

só FÁbRicas de cimento

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14421316 1288 1329

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1000 m3

0.278

0.273

0.278

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0.282

2009

2010

2011

2012

2013

2014

m3/t cimento benchmaRK

DEsEMPENho Do grUPo sEciL ciMENTos 0.303

0.254

em 2013, 13% do consUmo de ÁGUa veio de locais de escasseZ extRema.

208

5. sustentabilidade - prioridades para o Futuro

DirEiTos E NEcEssiDaDEs Básicas

sEgUraNÇa E saúDE No TraBaLho

Uma das questões prioritárias para a Secil é a Saúde e Segurança no Traba-lho. A estratégia nesta temática tem por objectivo a meta das “ZERO FATALIDA-DES”, reduzir os índices de sinistralidade de ano para ano de forma sustentada, fomentar uma elevada e cada vez maior consciência sobre os riscos ocupacio-nais, proporcionando formação ade-quada aos colaboradores e prestadores de serviços.

A Secil tem por objectivo implementar em todos os países onde opera um refe-rencial de sustentabilidade equiparável, pelo menos, ao que vigora em Portugal. Com esse objectivo têm sido efectua-dos elevados investimentos em equipa-mentos de melhoria de desempenho, não só ambiental e industrial, como têm

20

15

10

5

0 2011

2010

2009

2012

7.0

2014

15

7.0

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2014

2013

Global obJectivo

500

400

300

200

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0

155.0155.0

2011

2010

2009

2012

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2014

2014

2013

Global obJectivo

também sido introduzidas as melhores práticas ao nível da saúde e segurança no trabalho e relação com as comunida-des envolventes (Exemplo: Comissões de Acompanhamento Ambiental).

A Secil colabora activamente na Task Force da Saúde e Segurança da CSI. Esta Task Force tem como lema - “Ai-ming for Zero”, isto é, alcançar o ob-jectivo de “zero acidentes fatais” nas operações dos membros CSI. Embora seja um desafio de segurança ambicioso para o sector do cimento, o seu sucesso é imperativo.

NOTA: Consideram-se para efeitos deste relatório apenas os acidentes que resultaram em baixa, em número de dias superior a 1.

286.2

ÍNDicE DE FrEQUÊNcia ÍNDicE DE graViDaDE

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de sUstentabilidade 209

BEM-EsTar E EsTiLos DE ViDa sUsTENTáVEis

PaPEL Do BETão... No aLcaNcE Na Visão 2050

O betão constitui o material de cons-trução mais utilizado em todo o mundo, sendo inclusivamente o bem mais con-sumido a seguir à água. É um material altamente flexível, durável, acessível e energeticamente eficiente, que pode efectivamente dar resposta a uma grande variedade de necessidades da sociedade. Pode fornecer infra-estru-turas que vão desde edifícios energe-ticamente eficientes e de habitação, a infra-estruturas de transporte de água, estradas e soluções inovadoras de transporte subterrâneo. O betão tam-bém pode ser convertido em pratica-

1. AlterAçõesClimátiCAs

> ediFícios inovadoRes e eneRGeticamente eFicientes> inFRaestRUtURas mais Resilientes PaRa adaPtação às alteRaçÕesclimÁticas> novos PRodUtos com menoR intensidade caRbónica> seQUestRo de co2

> inFRaestRUtURas PaRa a mobilidade QUe indUZemmelhoR desemPenho na ÁRea dos tRansPoRtes > constRUção em altURa> inFRaestRUtURas mais Resilientes e de baixo cUsto de manUtenção

> ReciclaGem do betão

betão

3. degrAdAção dos

eCossistemAs

8.bem estAr

e estilos de vidAsustentáveis

mente qualquer forma, cor e textura, o que permite liberdade de design e va-riedade de aplicações aos designers e projectistas.

Pode-se afirmar que o betão fornece os alicerces para as “smart cities” do futuro na Europa.

O betão é feito para durar. Pode supor-tar grandes choques, absorver o som e regular a temperatura. Edifícios de betão podem ter uma vida útil mínima de 50 anos, mas podem permanecer repara-dos por centenas de anos, se mantidos

adequadamente. A segurança é outra das características. A durabilidade e re-sistência que o betão pode atingir, é a adequada para construção de edifícios que exigem elevados níveis de segu-rança. Por exemplo, centrais nucleares e barragens hidroeléctricas são cons-truídas quase inteiramente em betão.

Não requer revestimentos especiais ou selagens e a resistência ao fogo, é outra das suas principais característi-cas e vantagens. Não queima, derrete e mantém a sua estabilidade estrutural a temperaturas elevadas. Isto, combinado

com a sua acessibilidade, desempenho acústico e a qualidade de ar interna, mostra que é o material ideal para a construção de hospitais, escolas e ou-tros edifícios públicos.

A durabilidade, baixa manutenção e os baixos custos e impactos na análise de ciclo de vida, torna o betão o material de eleição para os pavimentos de estradas. Além de oferecer conforto, segurança e tranquilidade no uso, estradas de betão também contribuem para a redução das emissões de co₂ provenientes dos veícu-los. Além disso aumentam a segurança contra incêndios em túneis.

O betão tem um potencial ilimitado de inovação e de novas formas de melho-rar o desempenho do material, que for-nece cada vez maiores retornos sobre pequenos investimentos. As inovações incluem entre outras, betão permeável que permite a infiltração natural da água no solo, reduzindo assim a inundação e os impactos negativos da impermeabi-lização do solo. Enquanto isso, betões fotocataliticos podem remover poluen-tes como monóxido de carbono e óxido nitroso do ar além de tornar o betão au-tolimpante.

Edifícios de betão podem permitir eco-nomias substanciais de energia durante a sua vida útil. O alto nível de massa tér-mica nas construções de betão significa que as temperaturas interiores permane-cem estáveis independentemente de os-cilações externas. Isto reduz a necessi-dade de aquecimento ou arrefecimento (além de proporcionar maior conforto).

A actual conjuntura associada ao mer-cado da construção civil desafia a agi-lidade das empresas a encontrar cami-nhos que potenciem a viabilidade dos seus negócios, inovando e refrescando o mercado com novas ofertas, enqua-dradas nas também novas necessidades que vão sendo identificadas, nomeada-mente nas áreas de reabilitação urbana, da manutenção de vias de comunicação, da construção sustentável e até mesmo do paisagismo.

A Secil dispõe já de um leque de solu-ções técnicas inovadoras baseadas em produtos derivados do cimento, que po-dem contribuir para o êxito das várias operações de requalificação urbana e que são necessárias para revitalizar e rentabilizar largas faixas de património edificado urbano.

210

5. sustentabilidade - prioridades para o Futuro

EXEMPLOS DE PRODUTOS SECIL SUSTENTÁVEIS

Unidren: betão poroso especialmente concebido para a aplicação em pavi-mentos exteriores nos quais a imper-meabilização do solo e a gestão das águas pluviais são factores críticos de sucesso.

UniLeve: betões leves fabricados com cortiça, com argila expandida ou com EPS, são betões de baixa densidade com propriedades de isolamento tér-mico/acústico.

UniPesado: betões pesados, obtidos com recurso a agregados pesados e especialmente utilizados, por exemplo, na protecção dos raios x nos hospitais.

Adhere Acústico associado à Beto-nilha EcoCork promove o isolamento acústico aos ruídos de percussão.

SecilVit Cork: painel de isolamento em cortiça que associa a performance térmica superior de um sistema ETICS (isolamento térmico pelo exterior) a uma performance ambiental eficiente.

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de sUstentabilidade 211

ISODUR: argamassa seca, formulada a partir de ligantes mistos, agregados es-peciais de muito baixa densidade (Polies-tireno Expandido – EPS) e adições, desti-nada à execução de rebocos exteriores e interiores de isolamento térmico.

Cal Ti HL5: ligante hidráulico inovador que associa as propriedades fotocataliti-cas, às características da cal tradicional, isto é, elevada compatibilidade a suportes antigos e excelente durabilidade, sendo ideal para reabilitação, especialmente em zonas cujos efeitos da deposição de poei-ras e poluição são mais notórios. Esta cal especialmente formulada com proprieda-des fotocataliticas permite, na presença de luz solar, a dissociação de sujidade, fungos e outros compostos orgânicos e inorgânicos presentes na atmosfera, man-tendo as superfícies limpas e contribuindo para a redução da poluição atmosférica. Pode ser utilizada no fabrico de betões e argamassas, conferindo as características e vantagens enunciadas.

212

6. a secil em números

Un 2013 2014 Indicadores Económicos Activo líquido M € 577 588Capitais próprios M € 169 198EBITDA M € 64 76Capex M € 32 15Passivo financeiro M € 181 131Rentabilidade do Activo % - 1,7 3,1Rentabilidade dos Capitais Próprios % - 5,8 9,1Resultados líquidos M € - 9 18Capacidade produtiva de cimento 103t 7 650 7650Vendas de Cimento e Clínquer 103t 4.892 5 317Volume de negócios M € 412 431Fluxos financeiros com os stakeholders Vendas a clientes 1000 € 394 622 407 778Outros recebimentos de exploração 1000 € 91 921 8 897Total de recebimentos 1000 € 486 543 416 675Pagamento de Salários dos colaboradores 1000 € 27 816 28 120Mecenato 1000 € 922 758Pagamento de Impostos ao Estado e autarquias 1000 € 661 1 159Pagamentos a fornecedores 1000 € 317 676 307 997Pagamento de juros às instituições bancárias 1000 € 18 749 17 152Pagamento de dividendos aos accionistas 1000 € 3 106 3 032Total de pagamentos 1000 € 368 932 357 461Saldo para a empresa 1000 € 117 611 59 214Refinanciamento líquido 1000 € 1 433 36 054Prémios de emissão 1000 € - -Total disponível para investimento 1000 € 116 178 23 160Investimentos financeiros 1000 € 27 318 4 912Investimentos industriais 1000 € 20 650 11 360Concessão de empréstimos 1000 € 18 265 -Indicadores Sociais Número de Colaboradores (efectivos e contratados) n.º 1 407 1 517Tipo de contrato Contrato permanente % 90,6 90,1 Contrato a termo % 6,8 9,6 Cedência temporária % 2,7 0,7Sexo Masculino % 94,3 93,5 Feminino % 5,7 6,5Média etária Anos 46,5 44,6Perfil de idades < 30 anos % 10,1 10,4 30 – 39 anos % 16,5 18,3 41 – 49 anos % 27,4 26,9 ≥ 50 anos % 46,0 44,5 < 1 ano % 1,9 3,0Antiguidade 1 - 9 anos % 32,5 32,0 10 - 24 anos % 30,9 32,2 ≥ 25 anos % 34,8 32,8Taxa de rotatividade % 6,6 5,0Total de saídas n.º 96 76 % saídas por reforma % 17,6 34,2Total de admissões n.º 42 52 % licenciados admitidos % 59,5 50,0Taxa de absentismo % 6,5 7,7

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de sUstentabilidade 213

Un 2013 2014 % sites com sistema de gestão de saúde e segurança no trabalho certificado % 50 50 índice de gravidade (Ig) (1) % 312,6 286,2 índice de frequência (If) (1) % 13,0 14,6 índice de duração ou avaliação da gravidade (id) (1) % 24,0 19,6 Fatalidades (trabalhadores Secil) n.º 1 0Saúde Fatalidades por 10 000 trabalhadores n.º 6,8 0e Segurança Fatalidades (prestadores de serviços) n.º 0 0 Fatalidades (terceira parte) n.º 0 0 Acidentes (trabalhadores Secil) n.º 53 55 Total acidentes n.º 81 83 índice de frequência (trabalhadores Secil) % 17,2 18,7Indicadores Ambientais % sites com sistema de gestão ambiental certificado % 67 67% sites registados no EMAS % 50 50Consumo de energia Energia térmica (fornos) TJ 14.247* 16.519 Consumo térmico específico MJ/t 3.749 3.859 Energia eléctrica GWh 540 573Uso Responsável Matérias-primas naturais kt 7649 7385de Combustíveis Matérias-primas secundárias (MPS) kt 249 265e Materiais Taxa de utilização de MPS % 3,2 3,5 Combustíveis fósseis sólidos kt 333 410 Combustíveis fósseis gasosos 1000 Nm3 18 9 Combustíveis alternativos kt 169 208 Taxa de substituição térmica global % 20,9* 20,8 Taxa de substituição térmico alternativos fósseis % 11* 11,2 Taxa de substituição térmico alternativos biomassa % 9,9* 9,6Protecção Climática Emissões de CO2 – Gross (2) Mt 3,2 3,7 Emissões de CO2 – Net (3) Mt 3 3,6 Emissões específicas de CO2 por tonelada de produtos cimentícios (4) – gross (2) kg/t 634* 686 Emissões específicas de CO2 por tonelada de produtos cimentícios (4) – net (3) kg/t 608* 656 Taxa de incorporação de clínquer (5) % 77,1 77,6Emissões Partículas kt 0,5 0,5atmosféricas g/ t clk 136 132 % 100 100 NOx kt 5,1 4,2 g/ t clk 1 270 1 032 % 100 100 SOx kt 0,4 0,6 g/t clk 91 145 % 100 100 COV kt - 394 g/t clk - 90 % - 77 PCDD/F mg - 80 ng/t clk - 18 % - 76 Hg kg - 86 mg/t clk - 20 % - 100 HM1(9) kg - 96 mg/t clk - 19 % - 89 HM2(10) kg - 1253 mg/t clk - 254 % - 89 % clínquer produzido com monitorização das emissões maiores (6) e menores % 65 86 % clínquer produzido com monitorização contínua das emissões maiores % 100 100

6. a secil em números

Un 2013 2014 Consumo de Água Total água subterrânea 103 m3 1 288 1329 Índice específico m3/t cim 0,273 0,282Biodiversidade Pedreiras com planos de recuperação % 80 81,8 Pedreiras com planos de envolvimento com a comunidade (7) % 40 54,5 Pedreiras activas, ou nas áreas adjacentes, que contêm elevado valor de biodiversidade (8) n.º 13 18,2 Pedreiras com elevado valor de biodiversidade que têm planos de gestão da biodiversidade implementados (de acordo com o anterior) % 100 100

*valores revistos por alteração nos quantitativos de combustíveis consumidos na unidade de Gabès1) os índices de sinistralidade incluem os colaboradores secil e os prestadores de serviços. os valores apresentados foram transformados para a me-todologia da organização internacional do trabalho, que resulta na aplicação de 1 000 000 horas em vez de 100 000 horas. o índice de gravidade não inclui o número de dias perdidos no ano transacto.2) emissões de co2 totais3) emissões de co2 totais – emissões de co2 dos combustíveis alternativos4) clínquer produzido + aditivos consumidos na moagem de cimento5) inclui as fábricas de cimento e moagens6) Partículas, nox e sox7) considerando que apenas a Fábrica do outão tem elevado valor de biodiversidade, por se encontrar dentro de um Parque natural.8) a Fábrica cibra-Pataias apesar de ter comissão de acompanhamento ambiental, esta não tem actividade desde 20099) soma de cd e tl10) soma de sb, as, Pb, cr, co, cu, mn, ni e v

214

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de sUstentabilidade 215

216

relatório de responsabilidade social1. O GrupO Secil e SeuS cOlabOradOreS 2. O GrupO Secil e a cOmunidade exteriOr

Casa das Histórias Paula Rego, Cascais

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de Responsabilidade social 217

relatório de responsabilidade social1. O GrupO Secil e SeuS cOlabOradOreS 2. O GrupO Secil e a cOmunidade exteriOr

1. O GrupO Secil e OS SeuS cOlabOradOreS

218

1.1. Portugal

a) ambiente de trabalho

Saúde, higiene e Segurança no trabalho

A Secil promove activamente uma po-lítica de saúde, higiene e segurança no trabalho, garantindo que todas as suas instalações são locais seguros para to-das as pessoas internas ou externas à Empresa e perseguindo o objectivo de “Zero Fatalidades” e redução dos aci-dentes com dias de trabalho perdidos.

Para tal são desenvolvidas várias activi-dades, a maior parte delas continuadas, que pretendem adaptar e implementar directivas e manuais de segurança à rea-lidade de cada Empresa do Grupo Secil, de onde se destacam:

> Os “Regulamentos da CSI (Cement Sustainability Initiative) respeitantes à Gestão de Prestadores de Serviços e Gestão da Condução nos Transportes Internos e Externos”;

>Implementação em todas as Empresas do Grupo Secil das verificações estipula-das na Directiva Equipamentos de Traba-lho (Decreto-Lei Nº 50/2005) e na resolu-ção das não conformidades detectadas;

> Identificação sistemática de identificação de perigos, análise e controlo dos riscos de todas as tarefas executadas nas instala-ções sob responsabilidade da Secil;

> Auditorias e inspecções de segurança planeadas e documentadas, aliadas à execução de planos de acções de im-plementação de medidas correctivas e preventivas;

> Monitorizações do ambiente de traba-lho, nomeadamente, ruído, vibrações, iluminação, e qualidade do ar;

> Simulacros de situações de emergência;

> Controlo de acessos;

> Investigação e comunicação de todos os incidentes (acidentes de trabalho, quase acidentes e situações perigosas detectadas).

Em 2014 registou-se um decréscimo, em termos absolutos, do número de acidentes com dias de trabalho perdidos e do número total de dias de trabalho perdidos, como se pode constatar nos gráficos que se apre-sentam de seguida. Apesar do afirmado e devido ao número de horas trabalhadas ter diminuído, ocorreu um acréscimo, ainda que leve, no índice de frequência.

gruPo Secil - acidenteS c/ diaS de trabalho PerdidoS (frequência)

350

300

250

200

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2007

2008

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0

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9

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4

14,2

0

acidentes de 2007 a 2014

evolução do Índice de FRequência deacidentes com dias de tRabalho peRdidos (2007-2014)

Índices de FRequência de 2007 a 2014

Índi

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Raba

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Em 2014 não se verificou, em todo o Grupo Secil, qualquer acidente de traba-lho mortal com colaboradores directos, prestadores de serviços ou visitantes.

No ano transacto e com a missão de uni-formizar, numa primeira fase, a gestão da qualidade, ambiente e segurança, foi criada no Grupo Secil, a nível de Portugal continental, uma nova unidade funcional denominada “GQAS – Gestão Qualidade Ambiente e Segurança”.

conforto

Para além de um ambiente seguro, a Secil procura garantir a todos os seus colaboradores um acesso facilitado aos serviços mais úteis, sobretudo nas unida-des fabris mais afastadas das povoações vizinhas, com destaque para o serviço de refeitório na Fábrica do Outão, as salas

de refeições e equipamentos para con-servação e aquecimento de alimentos, a máquina ATM e alojamentos no perímetro das fábricas.

As Casas de Pessoal da Secil, Maceira e Pataias dispõem de equipamentos para os seus beneficiários, nomeadamente, pavilhão gimnodesportivo, áreas de con-vívio, salas de jogos de salão, salões de festas, bibliotecas e piscina. O Grupo Cimentos Madeira possui, nas suas ins-talações, uma sala de convívio onde os trabalhadores podem usufruir de alguns momentos de lazer. De assinalar, ainda, o novo edifício administrativo da Beto-madeira que proporciona uma melhoria significativa das condições de trabalho aos seus colaboradores.

comunicação interna

A comunicação interna é fundamental para aproximar todos os colaboradores do Grupo qualquer que seja a empresa ou a geografia onde prestem serviço. Os principais veículos de comunicação in-terna que a SECIL utiliza são:

> Secil Informação - newsletter mensal, distribuída juntamente com o recibo de vencimento; > Cimentar - newsletter distribuída no grupo Cimentos Madeira, em formato digital. Todos os números da newslet-ter encontram-se divulgados no site do Grupo Cimentos Madeira (www.cimen-tosmadeira.com); > Intranet, onde os temas são desenvol-vidos com mais detalhe.

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de Responsabilidade social 219

evolução do Índice de gRavidade deacidentes com dias de tRabalho peRdidos (2007-2014)

nº d

e d

ias

de t

Raba

lho

peRd

idos

gruPo Secil - acidenteS c/ diaS de trabalho PerdidoS (gravidade)

8 000

7 000

6 000

5 000

4 000

3 000

2 000

1 000

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2007

2008

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2011

2012

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4 60

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4 42

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3 43

1

3 20

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3 78

4

2 34

5

2 80

7

2 53

7

707,

04

599,

18

453,

90

403,

02

403,

00

275,

06

341,

29

333,

65

dias de tRabalho peRdidos 2014

Índice de gRavidade de 2007 a 2013

Índi

ce d

e gR

avid

ade

220

acolhimento a novoS colaboradoreS

A Secil organiza um Programa de Aco-lhimento para todos os colaboradores recém-admitidos. Nas admissões de Quadros, o programa é composto por módulos generalistas e módulos dese-nhados de acordo com as funções a desempenhar por cada Quadro. Deste programa de acolhimento faz igualmente parte a distribuição de um Manual de Acolhimento e a apresentação interna do colaborador. A Empresa, através deste programa, pretende dar informação sufi-ciente aos recém-chegados sobre Visão, Missão, e Valores do Grupo, bem como o modelo de Governação, Desempenho Financeiro, Evolução Histórica e a iden-tificação das actuais Áreas de Negócio a nível nacional e internacional.

Em 2014, de acordo com a tendência dos últimos anos, as acções de acolhimento

foram direccionadas, essencialmente para estagiários, uma vez que o número de contratações foi francamente inferior ao número de programas de estágio rea-lizados. Nestes casos, o programa de in-tegração está mais focado em módulos generalistas. Os Quadros que integraram a SECIL em 2014, realizaram um Pro-grama de Acolhimento desenhado de acordo com a função que cada um deles iria desempenhar no futuro.

retenção de colaboradoreS e abSentiSmo

O cenário de forte contenção verificado na actividade económica nacional, com especial incidência no sector da constru-ção verificada em 2011 e agravada em 2012 e 2013, com impactos significati-vos na produção e comercialização do cimento, levaram a Secil (Secil e CMP) a uma reestruturação e redimensiona-mento do seu quadro de pessoal, que se traduziu na cessação de 80 contra-tos de trabalho em diferentes áreas. Em termos globais, durante o ano de 2014, registaram-se 17 saídas das quais 4 por aposentações e 13 por cessação por mú-tuo acordo ou outras.

No entanto, continua a ser prática da Secil a manutenção de políticas que promo-vam a retenção de trabalhadores e o baixo absentismo, através da formação, do recrutamento interno e da atribuição de prémios de incentivo à assiduidade.

O mérito e o resultado destas políticas podem ser comprovados através dos in-dicadores (Secil e CMP) de idade média dos colaboradores (46 anos) e da antigui-dade média na Empresa (18 anos). A taxa de absentismo, excluindo as doenças prolongadas, foi em 2014 de 1,9.

De realçar que a actividade Cimento (Se-cil e CMP) apresenta uma relação entre o

1. O GrupO Secil e OS SeuS cOlabOradOreS

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de Responsabilidade social 221

salário mínimo praticado por estas duas empresas e o salário mínimo a nível na-cional de 1,6.

eventoS organizadoS Pela emPreSa

A Secil, directamente ou através das Casas de Pessoal que apoia e financia, promove regularmente a organização de vários eventos de carácter social, cultural ou desportivo, com o objectivo último de unir os seus colaboradores, proporcio-nar-lhes momentos agradáveis e fomen-tar a cultura de Grupo.

Vários foram os eventos organizados ao longo do ano de 2014, alguns dos quais com carácter mais regular, outros inicia-dos pela primeira vez. Destacamos aqui alguns desses principais eventos promo-vidos directamente pela Secil:

> Pela primeira vez, a Secil apresentou aos seus colaboradores os Resultados do Exercício de 2013 e os Objectivos para 2014, numa reunião efectuada em Março no CCB;

> A Fábrica Maceira-Liz comemorou o seu 91º aniversário dia 3 de Maio, com um programa que promove o convívio entre trabalhadores no activo e reforma-dos;

> A Fábrica Cibra-Pataias comemorou o seu 68º aniversário dia 28 de Junho, com um programa que promove o convívio entre trabalhadores no activo e reforma-dos, nas instalações sociais da Empresa na Alva de Pataias;

> Também pela primeira vez, os colabo-radores de todas as empresas e unida-des Secil em Portugal reuniram-se numa festa de Natal que decorreu em dois mo-mentos congregando mais de 500 pes-soas. Foi realizado um vídeo comemo-rativo difundido por toda a organização.

Na Madeira saliente-se a celebração do Natal, que este ano voltou a contar com a intervenção de um grupo de colabora-dores, familiares e amigos na apresenta-ção de uma peça de teatro. Tal como em anos anteriores, manteve-se a participa-ção em celebrações como o Dia de Reis e a Missa do Parto.

As Casas de Pessoal da Secil e CMP de-sempenham um papel muito importante na organização e promoção de activida-des desportivas e culturais para os seus colaboradores. No ano de 2014 as três Casas de Pessoal tiveram um grande dinamismo, que se reflectiu no elevado número de eventos organizados.

De salientar algumas iniciativas que tive-ram lugar em 2014:

> ida ao teatro, para assistir à peça “Esta-mos todos?”, no Auditório dos Oceanos, onde participaram cerca de 183 pessoas das três Casas de Pessoal, entre colabo-radores e seus familiares;

> participação, pelo quinto ano consecu-tivo, na organização da Festa de Natal, que decorreu no Teatro Politeama em Lisboa, com a realização de um teatro musical, extensivo a todas as empresas do Grupo Secil;

> organização, no âmbito da festa de Natal, de uma iniciativa solidária, “Uma Criança, Um Abraço”, que motivou mui-tos filhos de colaboradores do Grupo a levarem um brinquedo, que se destinou a ser entregue a crianças carenciadas de Setúbal e Leiria;

> ainda no âmbito das festas de Natal, oferta de bolos rei, como forma de dese-jar boas festas aos colaboradores;

> organização de diferentes eventos des-portivos: futsal, orientação, pesca, tiro ao prato, caminhadas, corridas, chinquilho,

ténis de mesa, sueca, yoga, rally e peddy paper; zumba e torneio de karts;

> celebração do 77º Aniversário da Casa do Pessoal da Secil, com animação mu-sical ao vivo e almoço aberto aos cola-boradores e seus familiares; > celebração do Dia Mundial da Criança, com um evento aberto à comunidade de Setúbal, que reuniu mais de 500 crianças no pavilhão gimnodesportivo da Casa do Pessoal da Secil; > ATL de verão, aberto aos filhos dos colaboradores, com um programa de ac-tividades diversificadas.

1. O GrupO Secil e OS SeuS cOlabOradOreS

222

b) formação

A Secil aposta no desenvolvimento das competências dos seus Colaboradores. Esta aposta é estratégica e tem como objectivo elevar os níveis de desempe-nho de cada um dos seus Colaborado-res, de forma a gerar valor. Este é um contributo essencial para o desenvolvi-mento sustentável da Empresa. Para tal, a Secil dispõe de quatro Centros de Formação, instalados nas fábricas de Cimento em Portugal.

Em 2014, foram realizadas 283 acções de formação, para 1.918 formandos o que perfez um total de 13.781 horas de volume de formação.

Neste ano, relativamente à formação continuada prosseguiram os Programas de Formação1 de Quadros2 e Oficiais de Processo3 . Assim, foram realizadas 32 acções de formação, que permitiram aos Colaboradores desenvolver com-petências relacionadas, não só com as funções desempenhadas, mas também, alargarem o âmbito dos seus conheci-mentos a outras áreas do Negócio, bem como desenvolverem competências ao nível comportamental e relacional.

Ao longo do ano foram ainda realizadas 251 acções de formação pontual4, com o objectivo de actualizar competências técnicas específicas, garantir o cumpri-mento de requisitos legais e uniformizar procedimentos internos.

1A FORMAÇÃO CONTINUADA consiste numa formação

do tipo multidisciplinar que se destina a transmitir aos Cola-

boradores conhecimentos sobre várias áreas da Empresa.

Em 2014 decorreram acções dos Programas de Formação:

Quadros e Oficiais de Processo. 2 O PROGRAMA DE QUADROS tem como principal

objectivo criar e desenvolver novas competências técnicas,

comportamentais e de gestão aos Quadros da Empresa. 3 O PROGRAMA DE OFICIAIS DE PROCESSO pretende

transmitir aos Colaboradores conhecimentos interdisciplina-

res referentes a várias áreas fabris, com vista a um melhor

desempenho, flexibilidade, segurança e produtividade.4 A FORMAÇÃO PONTUAL é proveniente do levantamento

de necessidades de formação e tem uma abrangência di-

versificada relativamente às temáticas ou áreas que aborda. 5 FORMAÇÃO EM POSTO DE TRABALHO formação que

decorre no próprio posto de trabalho, e a aprendizagem do

formando é construída activamente, através do contacto

com as tarefas do dia-a-dia, da função em análise, sob a

orientação directa de um tutor.

formação continuada formação Pontual totalAcções de Formação 32 251 283Formandos 289 1 629 1 918Volume de Formação 3 272 10 510 13 781

Caracterização da actividade formativa em 2014

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de Responsabilidade social 223

Adicionalmente, foram ainda organizadas nos centros de formação em Portugal, acções de formação em Posto de Traba-lhos para Colaboradores da Fábrica de Adrianópolis (Brasil) nas áreas de Qua-lidade e Manutenção. Foram definidos, conjuntamente com os tutores, planos de formação à medida, para cada um dos Colaboradores, por forma a poderem acompanhar as tarefas do dia-a-dia, de-senvolvendo competências para o exer-cício da sua função.

GRÁFICO 2 – Caracterização do volume de formação das acções de formação pontual

GRÁFICO 1 – Número de acções de formação pontual

34,14%

1,49%

3,46%21,02%

1,32%

38,57%1,23%

2,06%

16,05%

1,23%

24,25%

55,14%

ambientegestãooutRasqualidadeseguRança técnica

ambientegestãooutRasqualidadeseguRança técnica

1. O GrupO Secil e OS SeuS cOlabOradOreS

224

Em 2014, o Grupo Cimentos Madeira de-senvolveu 16 acções de formação,nas quais participaram cerca de 44 colabora-dores, representando um volume de 480 horas, distribuído pelas diferentes áreas conforme gráfico seguinte.

As horas de formação na área adminis-trativa foram sobretudo em acções de desenvolvimento da língua estrangeira (inglês) e acções no âmbito contabilís-tico e financeiro.

Houve ainda a participação de 5 cola-boradores em 10 seminários essencial-mente no âmbito contabilístico e admi-nistrativo e financeiro.

A Secil possui um Regulamento Interno, que estabelece regras para os colabora-dores expatriados, com vista a adoptar as melhores práticas de mercado.

VOLUME DE FORMAÇÃO (horas)

7%

16%

15%

28%2%

32%

administRativacomeRcialRhumqualidadetec./pRod. seguRança

c) carreira e mobilidade

A Secil desenvolve a sua actividade em diferentes pontos geográficos, quer no plano nacional, quer no plano interna-cional.

Na Secil e CMP, em 2014, (i) foram recru-tados 5 Quadros e efectuadas 53 pro-moções/ progressões quer de quadros como não quadros e foram realizados 13 estágios para licenciados / mestres, em colaboração com diferentes Universida-des nacionais e 5 estágios profissionais para licenciados / mestres, 2 deles em parecia com o Instituto de Emprego e Formação Profissional

Durante o ano de 2014, iniciaram-se 7 novas expatriações e terminaram 5. O ano acabou com um grupo de 16 cola-boradores a prestar serviço fora do terri-tório nacional, conforme o gráfico abaixo indicado.

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de Responsabilidade social 225

d) geStão de deSemPenho e incentivoS

Todas as áreas de negócio da Secil a nível nacional, têm implementado um Sistema de Avaliação de Desempenho. Pretende-se assim reconhecer, premiar e distinguir os desempenhos de alta performance em domínios Económico/Financeiros, Operacionais, Qualidade/Segurança/Ambiente, entre outros. Adi-cionalmente, este sistema pretende tam-bém identificar necessidades de forma-ção e potenciais promoções/progressões dos colaboradores.

número de exPatriadoS

4

3

2

1

0

ango

la

tunÍ

sia

lÍba

no

cabo

veR

de

bRas

il

moç

ambi

que

Em função dos resultados obtidos pela Empresa/Grupo e do resultado da Ava-liação de Desempenho de cada colabo-rador, são atribuídos prémios individuais de desempenho.

Em 2014, a Secil alargou o Sistema de Avaliação de Desempenho que estava implementado nas áreas de negócio do Cimento e das Argamassas às áreas de negócio dos Betões e Inertes de Portugal.

226

1. O GrupO Secil e OS SeuS cOlabOradOreS

e) benefícioS SociaiS

A Secil acredita que a satisfação dos seus colaboradores contribui em grande parte para o sucesso da sua actividade. Assim, atribui aos seus colaboradores e familiares um conjunto de benefícios sociais de onde se destacam o Plano de Pensões e o Plano de Saúde. PenSõeS No sector do Cimento (Secil, CMP e Ci-mentos Madeira), os colaboradores be-neficiam de complementos de pensões de reforma por velhice e invalidez, tal como os respectivos cônjuges, descen-dentes, dependentes e equiparados be-neficiam de complementos de pensões de sobrevivência.

No sector do Betão e Inertes (Unibetão, Britobetão, BetoMadeira e Secil Britas), os colaboradores beneficiam de com-plementos de pensões de reforma por velhice e invalidez. Actualmente, todas estas Empresas ofe-recem o benefício de complemento de pensões sobre a forma de plano de pen-sões de contribuição definida.

No final do ano de 2014, os planos de pensões de Benefício Definido (PBD) e Contribuição Definida (PCD) apresenta-vam a seguinte distribuição entre parti-cipantes e beneficiários.

SECTOR CIMENTO SECTOR BETõES

33%

67%

8%

92%

pbdpcd

pbdpcd

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de Responsabilidade social 227

Os Planos de Pensões são financia-dos por um único Fundo de Pensões: o Fundo de Pensões do Grupo Secil. As Empresas têm a responsabilidade de (i) efectuar contribuições mensais para os sub-fundos (Dinâmico, Conservador

VALOR DO FUNDO DE PENSõES DO GRUPO SECIL A 31.DEz.2014

PERFIL DE INVESTIMENTO DO PLANO DE PENSõES CD

Sector cimento Sector doS betõeS

800

600

400

200

0

300

200

100

0pbd pbdpcd pcd

669 18

84 7

0 0

363 293

ReFoRmados / pensionistas

ReFoRmados / pensionistas

activos activos

nº p

aRti

cipa

ntes

/be

neFi

ciáR

ios

nº p

aRti

cipa

ntes

/be

neFi

ciáR

ios

e Ultra-conservador) que financiam os Planos de Pensões de Contribuição De-finida e (ii) manter suficientemente finan-ciadas as responsabilidades assumidas com os Planos de Pensões de Benefício Definido.

O valor do Fundo de Pensões do Grupo Secil ascende a cerca de 40mio €, assim repartido pelos planos que financia:

Em 2014, o nível de financiamento dos Planos de Pensões de Benefício Definido da Secil situava-se em 135%, o da CMP em 119% e o da Unibetão em 146%.

34% 28%

66%58%

14%

plano de pensões bdplano de pensões cd

sub-Fundo ultRaconseRvadoR sub-Fundo conseRvadoR sub-Fundo dinâmico

228

1. O GrupO Secil e OS SeuS cOlabOradOreS

Saúde A Secil e a CMP atribuiram aos seus co-laboradores e reformados um Plano de Saúde extensível aos seus respectivos agregados familiares. Este Plano encon-tra-se harmonizado entre as empresas do Grupo em Portugal.

A Cimentos Madeira oferece o mesmo plano de saúde aos seus colaboradores no activo.

As empresas do sector do Betão, a Secil Britas, a Argibetão, a Secil Martingança e a IRP atribuem o Plano de Saúde do Grupo aos seus colaboradores no activo. No caso das empresas do sector do Be-tão, Secil Britas e Argibetão, o Plano de Saúde abrange o agregado familiar com

outroS benefícioS SociaiS Para além dos mencionados, várias em-presas do Grupo atribuem outros benefí-cios sociais, nomeadamente: (i) subsídios de reforma e morte, aquando da saída do colaborador por reforma ou em caso de morte no activo; (ii) seguro de aci-dentes pessoais e/ou vida, protegendo os colaboradores em caso de morte e/ou invalidez permanente; (iii) seguros de viagem, cobrindo quase todo o mundo, para protecção dos colaboradores que

uma pequena comparticipação por parte do colaborador. Na Secil Martingança, o Plano de Saúde pode ser extensível ao agregado familiar, sendo o custo adicio-nal suportado pelo colaborador.

O benefício de saúde para todas as em-presas acima mencionadas é financiado por um seguro de saúde em sistema de rede convencionada e reembolso.

De forma a melhor ajustar o Plano de Saúde às necessidades de cada pessoa, a Secil negociou UpGrades ao seguro de saúde, permitindo que mediante um custo adicional a suportar pelo cola-borador ou reformado, estes tenham a possibilidade de aumentar os capitais anuais do seu Plano de Saúde e/ou do seu agregado familiar.

se deslocam ao serviço das empresas; e (iv) prémios de antiguidade, que pre-meiam o tempo de serviço dos colabo-radores.

Em 2014, os benefícios sociais ofereci-dos pela Secil aos seus colaboradores representam um passivo consolidado de aproximadamente 1 milhão de Euros e correspondem a um custo de cerca de 1 milhão de Euros, ou seja 1,6% dos cus-tos com pessoal.

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de Responsabilidade social 229

1. O GrupO Secil e OS SeuS cOlabOradOreS

1.2. oPeraçõeS internacionaiS

a) ambiente de trabalho

tuníSia

O ano de 2014 na Tunísia teve como principal acontecimento a realização de eleições presidenciais e legislativas. Manteve-se ainda alguma instabilidade social ao nível das empresas, com rei-vindicações constantes na área laboral.

A Société des Ciments de Gabès (SCG) com o objectivo de fomentar o apoio aos trabalhadores, dispõe de um serviço de refeitório, de transporte de trabalhado-res e complexos habitacionais onde os trabalhadores encontram uma habitação condigna em condições favoráveis.

No âmbito do desenvolvimento técnico e de difusão da cultura do nosso Grupo, vários técnicos Portugueses têm traba-lhado em conjunto com os técnicos da SCG em Gabès.

A empresa mantém a sua aposta numa política de combate ao absentismo e aos acidentes de trabalho pela via da for-mação contínua aos trabalhadores, de modo a enquadrar as taxas de gravidade e de frequência de acidentes de trabalho dentro dos objectivos estabelecidos pelo Grupo.

líbano

Na Ciments Sibline, os procedimentos e políticas de segurança seguem as nor-mas do Grupo. No âmbito do programa de acolhimento de novos colaboradores, é feita uma sensibilização relativa à se-gurança.

A Empresa assegura transporte a todos os colaboradores.

A comunicação é assegurada essencial-

230

mente através de painéis e do envio de emails aos colaboradores.

cabo verde

As empresas do grupo sediadas em Cabo Verde fomentam a segurança no trabalho através de campanhas de in-formação e também pela atribuição de um prémio pecuniário, distribuído em função dos objectivos atingidos na área da segurança.

As empresas garantem aos seus colabo-radores um serviço de refeitório e trans-porte.

A assiduidade é fomentada através da atribuição de prémios pecuniários aos colaboradores que atinjam o objectivo estabelecido.

angola

Na Secil Lobito implementaram-se vá-rias acções com vista ao melhoramento das condições de trabalho, das quais se destacam: (i) melhorias nas instalações do refeitório; (ii) pavimentação do par-que de armazenagem de big bags; (iii) instalação de filtros de despoeiramento da instalação de trituração de clinquer, que reduziu substancialmente a emissão de poeiras na zona e (iv) beneficiação do edifício administrativo.

De forma a reduzir o absentismo, foi reformulado o incentivo pecuniário atri-buído aos trabalhadores, calculado em função da assiduidade.

b) formação

tuníSia

A SCG tem como objectivo principal nesta área a valorização profissional e transmi-tir de um modo assertivo os valores da segurança no trabalho. Em 2014 foram

realizadas 3412 horas de formação que corresponde a 12,87 horas/trabalhador.

líbano

A Ciments de Sibline oferece formação aos seus colaboradores em áreas técni-cas, de gestão e administrativas, manu-tenção, tecnologias de informação e lín-guas. Em 2014 participaram em acções de formação 582 colaboradores, num total de 4.824 horas.

cabo verde

Ainda que a oferta local seja reduzida, foi ministrada formação na área da fis-calidade.

angola

A Secil Lobito registou 450 horas de for-mação, distribuídas pelos Sectores de Manutenção, Fabricação e Embalagem.

c) carreira e mobilidade

tuníSia

A SCG tem a preocupação da renova-ção do seu quadro de pessoal propor-cionando após o recrutamento uma integração e formação adequada. Para além disso, é promovido também o re-crutamento interno.

angola

A Secil Lobito procedeu a actualizações salariais de forma escalonada, com o ob-jectivo de reduzir as diferenças salariais entre as várias funções.

d) benefícioS SociaiS

tuníSia

A SCG atribui aos seus colaboradores durante o ano vários subsídios e facili-

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de Responsabilidade social 231

dades de crédito pessoal e à construção e recuperação de habitação. A empresa concede aos seus colaboradores um se-guro de acidentes pessoais, e um plano de ajuda na assistência à doença, exten-sível aos familiares. Os filhos dos traba-lhadores em idade escolar auferem uma ajuda sob a forma de material escolar e, em cada ano escolar, são seleccionados os melhores alunos, sendo-lhes atribuída uma ajuda pecuniária. A SCG propor-ciona aos filhos dos trabalhadores com idade até aos 14 anos a possibilidade de frequentar uma colónia de férias.

A Sud-Béton atribui também aos seus colaboradores vários benefícios sociais e religiosos no período da Aid Kébir e Aid Sghir. Todos os trabalhadores es-tão cobertos por um plano de saúde e beneficiam de um desconto de 20% na compra de betão. Os filhos dos traba-lhadores em idade escolar beneficiam de um apoio anual.

líbano

A Ciments de Sibline atribui aos seus colaboradores benefícios no plano da saúde, educação e outros. O plano de saúde cobre colaboradores e familiares num total de 1.552 pessoas. Para além disso, podem contar com a assistência médica prestada por 2 médicos e uma enfermeira nas instalações da própria Empresa.

Ao nível da educação, são atribuídas anualmente bolsas de estudo aos filhos dos colaboradores da Ciments de Si-bline.

O valor do benefício é estipulado em fun-ção do nível de ensino e no ano 2014 as bolsas escolares pagas totalizaram 637 milhões de libras libanesas.

A Empresa dispõe de uma Cooperativa sem fins lucrativos que é gerida pelos

próprios trabalhadores e comercializa bens alimentares. Os colaboradores têm acesso à cooperativa e recebem uma contribuição anual de 900 mil libras liba-nesas para despesas.

Os colaboradores no Líbano beneficiam ainda de facilidades financeiras, quer na aquisição de cimento, quer na obtenção de financiamentos:

> Aquisição de cimento, até 40t/ano com desconto de 3 USD so-bre o preço de venda; > Financiamento até 3 milhões de libras libanesas, sem juros e reembolsável a 12 meses.

Na Ciments de Sibline a relação entre o salário mínimo praticado pela Empresa e o salário mínimo local representa um rácio de 1,11.

angola

Os colaboradores da Secil Lobito e res-pectivo agregado familiar, beneficiam dos cuidados de saúde prestados por dois médicos e três enfermeiros nas instalações da empresa, sendo que um dos médicos tem a especialidade de Pediatria. Esta iniciativa iniciada há quatro anos permitiu reduzir drastica-mente a mortalidade infantil entre os filhos dos colaboradores. A Empresa tem protocolos de assistência médica com duas clínicas e uma farmácia, si-tuadas na cidade do Lobito, de forma que todos os colaboradores e respec-tivo agregado familiar beneficiem de cuidados de saúde a custo zero. Os medicamentos são também pagos pela Empresa.

2.1. Portugal

a) educação, ciência e tecnologia

PrémioS Secil de arquitectura e de engenharia civil e Prémio Secil univerSidadeS

O Prémio Secil visa promover e incentivar os autores de obras que incorporam os produtos que resultam da actividade da Secil.

Os Prémios Secil Arquitectura e Secil Engenharia têm uma periodicidade bie-nal em anos alternados e o Prémio Secil Universidades atribuído a estudantes de Arquitectura e Engenharia Civil, tem uma periodicidade anual.

Ainda no respeitante à área educativa, a Secil estabeleceu uma parceria com a Faculdade de Arquitectura da Universi-dade de Lisboa e com o MUDE – Museu do Design e da Moda, proporcionando a diversos grupos de estudantes finalistas de arquitectura a possibilidade de faze-rem protótipos, em escala real, de mobi-liário urbano em betão. Estes trabalhos estiveram expostos no MUDE no âmbito da exposição sobre os 22 anos do curso de design.

232

a Secil e a comunidade científica

A Secil procura de uma forma activa apoiar a comunidade científica através da promoção de eventos e patrocínios de iniciativas que contribuam para a difusão do conhecimento e inovação.

A Secil apoiou o Congresso da Ordem dos Engenheiros e o Simpósio de Argamassas e Soluções Térmicas de Revestimento.

O Grupo Cimentos Madeira, no âmbito da 25ª edição do concurso “As 100 Maiores e Melhores Empresas da Ma-deira” voltou a ser distinguido, ficando classificado no 1º lugar na categoria de Equilíbrio Financeiro.

ProtocoloS com inStituiçõeS de enSino

Para apoiar as actividades de recruta-mento e de Investigação e Desenvol-vimento do Grupo, a Secil tem vindo a estreitar o seu relacionamento com instituições de ensino superior especia-lizadas nas áreas de Engenharia Civil, Química e dos Materiais, estabelecendo bases de colaboração académica, cien-tífica e tecnológica.

A Secil colabora em vários projectos educativos, nomeadamente, (i) as visi-tas às Fábrias Secil-Outão e Maceira-Liz (“Dias de Portas Abertas”) organizadas geralmente para grupos de estudantes ou profissionais, (ii) o apoio à Eco-Escola D. Manuel Martins e integrando os con-selhos gerais do Agrupamento de Esco-las de Azeitão e do Bocage de Setúbal, (iii) o patrocínio do Concurso Jovens Mestres realizado no âmbito do Encon-tro de Betão Estrutural 2015 organizado pelo GPBE – Grupo Português de Betão Estrutural e (iv) a atribuição de uma bolsa a um estudante do Curso de Estudos Avançados em Arquitectura Digital rea-

lizado pelo ISCTE-IUL e a FAUP.

A Fábrica Secil-Outão comemorou 10 anos da Iniciativa “Dias das Portas Aber-tas”, recebendo mais de 100 pessoas. A Secil Argamassas aderiu este ano pela primeira vez a esta iniciativa, que tem como principal objectivo dar a conhecer o funcionamento das fábricas e os seus reais impactos no meio envolvente.

O Laboratório da Cimentos Madeira (“LCM”) mantém a sua colaboração com a Universidade da Madeira, Laboratório Regional de Engenharia Civil e Instituto Profissional de Transportes e Logística (“IPTL”). Em 2014, apoiou várias inicia-tivas:

> Orientação de estágio profissional de 210 horas de um aluno do curso técnico de análises laboratoriais do IPTL;

> Assessoria ao projecto de requalifica-ção da Pista do Aeroporto Porto Santo – Estudo e controlo de qualidade das misturas betuminosas aplicadas, desen-volvidas de forma sustentável e amigas do ambiente. Para tal utilizou-se 10% de recuperação das misturas existentes (reciclados) e incorporação de 1,5% de cimento produzido pela Secil e comercia-lizado pela Cimentos Madeira como Filer Comercial (NP EN 13043) para melhorar as características de durabilidade. O pro-cesso foi acompanhado e validado pela ANA e LNEC, sendo o primeiro aeroporto nacional a adotar esta solução.

> Desenvolvimento e controlo de quali-dade de betões de elevada performance para o Novo Cais de Cruzeiros do Funchal – Neste projecto foram desenvolvidos be-tões especiais de modo a permitir betona-gens contínuas por deslize de caixotões com volumes superiores a 1000 m3 no Porto do Caniçal e transporte por reboque marítimo destas estruturas com apenas um dia de idade para o Porto do Funchal.

2. O GrupO Secil e a cOmunidade exteriOr

b) cultura e deSPorto

A Secil assumiu o compromisso do de-senvolvimento sustentável das activida-des culturais, desportivas e de inclusão social das localidades onde desenvolve a sua actividade, no seguimento da polí-tica de responsabilidade social do Grupo. Mais de 80 Associações do distrito de Setúbal recebem fundos para apoiar as suas actividades, conforme se representa graficamente.

Destaque para 2 novas associações: Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Setúbal e Sociedade Musical e Re-creativa União Setubalense.

Apoiou ainda outras iniciativas de onde se destacam:

> as comemorações do Dia do Mar, que tiveram lugar em Setúbal, o que envolveu a Marinha Portuguesa, a Câmara Munici-pal de Setúbal e a APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra; > a renovação pelo décimo ano, do pa-trocínio ao Concurso literário Bocage, promovido pela LASA – Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão;

> a edição de uma monografia jornalís-

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de Responsabilidade social 233

ASSOCIAÇõES

tica: “ O que pensam os Setubalenses”, da autoria do jornalista e escritor Joa-quim Gouveia;

> Festival de Música de Leiria.

A Secil desenvolve, desde 2006, acções de sensibilização ambiental, com desta-que para: (i) a parceria estabelecida com a Câmara Municipal de Leiria que consis-tiu na recepção a um grupo de autarcas e especialistas ambientais de cidades europeias integrantes do projecto co-munitário: “Cidades Geminadas e Res-ponsabilidade Climática”, (ii) o apoio ao Congresso Internacional Ambientalista OIKOS Ambiente, (iii) protocolo, pelo 4º ano consecutivo, de colaboração e finan-ciamento plurianual estabelecido entre a Secil, o ICNF - Instituto de Conservação

da Natureza e Florestas, o ISPA – Insti-tuto Superior de Psicologia Aplicada e a Universidade do Algarve em matéria de estudo e protecção do Parque Ma-rinho Luiz Saldanha e (iv) a participação nas Comissões Ambientais de Setúbal e Maceira.

A Secil possui um Museu nas instalações da Fábrica Maceira-Liz, criado em 22 de Abril de 1991. O Museu documenta a longa história desta fábrica e, através de um circuito museológico em contra-ponto com a fábrica moderna em labo-ração, obteve o estatuto de “museu de sítio”. Em 2014, o Museu recebeu cerca de 1.014 visitantes, como se mostra no quadro seguinte:

nº viSitanteS1º Ciclo 2642º ciclo - secundário (6º ao 12º ano) 225Ensino Superior 46Entidades diversas 479 1 014

inclusão socialdespoRtivas cultuRais

49%

26%

25%

234

No plano do Desporto, a Secil apoiou diversas colectividades e iniciativas, no-meadamente, a Meia Maratona de Se-túbal.

O Grupo Cimentos Madeira apoia as actividades culturais e desportivas da região, de onde se destacaram os se-guintes apoios:

> espectáculo comemorativo dos 50 anos de Actividade da Orquestra Clássica da Madeira.

> XIV grande prémio de Atle-tismo da Madeira no âmbito do aniversário dos Bombeiros Mu-nicipais do Funchal.

> evento Reid’s Auto Classic Show.

O Grupo Cimentos Madeira mantém o seu estatuto de sócio em Associações regionais que desenvolvem acções de carácter ambiental, nomeadamente a Associação dos Amigos do Parque Eco-lógico do Funchal e a AREAM – Agên-cia Regional de Energia e Ambiente da Madeira.

c) Solidariedade Social

A SecilL através da sua influência nas zo-nas onde desenvolve as suas operações contribui de forma significativa no apoio a entidades de Inclusão Social.

Em 2014, a Secil apoiou através do for-necimento de cimento várias instituições, nomeadamente, o Centro Social e Paro-quial do Faralhão, em Setúbal.

Na época balnear, a Fábrica Secil – Ou-tão disponibilizou um parque de esta-cionamento com segurança, no antigo hangar de carvão. O parque foi utilizado por cerca de 31.000 pessoas e 11.725 viaturas.

Pelo segundo ano consecutivo, a Secil reduziu consideravelmente as ofertas de Natal, tendo utilizado os fundos normal-mente destinados à sua aquisição, para apoiar entidades de solidariedade so-cial. Em 2014, a Secil apoiou o projecto UMAD, da Fundação do Gil, relacionado com o apoio domiciliário a crianças com necessidades especiais de assistência.

A Secil apoia desde 2010 a Associação GRACE – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial - que procura de-senvolver acções de colaboração entre as comunidades locais e organizações de solidariedade social. No âmbito desta colaboração, a Secil integra desde 2011, o Conselho Fiscal da associação e este ano patrocinou a Conferência: “Respon-sabilidade Social e Corporate Gover-nance”.

O Grupo Cimentos Madeira apoiou: (i) a Construção da nova sede da Delegação Regional da Associação Portuguesa das Pessoas com Necessidades Especiais - Associação sem Limites com Cimento e Agregados,(ii) 4 famílias carenciadas da Junta de Freguesia de São Roque com cabazes de Natal, (iii) a festa de Natal das Crianças da Paróquia de Santa Rita, com uma peça de Natal organizada e realizada por colaboradores do Grupo Cimentos Madeira e entrega de um lan-che a cada criança e (iv) os Bombeiros Voluntários Madeirense e à Liga Portu-guesa Contra o Cancro.

2.2. oPeraçõeS internacionaiS

a) educação, ciência e tecnologia

tuníSia

A Société des Ciments de Gabès desen-volve várias iniciativas em estreita cola-boração com escolas e universidades de

Gabès tendo em 2014 dado os seguintes apoios aos alunos na realização dos se-guintes estágios:

> 14 estágios de inverno em co-laboração com ISET – Instituto Superior de Estudos Tecnológi-cos;

> 54 estágios de verão em co-laboração com as escolas e institutos superiores de Gabès, Sfax, Sousse e Tunis;

> 63 estágios de fim de curso em colaboração com escolas de ensino superior de Engenharia.

A SCG tem uma estreita ligação com a Escola Nacional de Engenheiros de Ga-bès, que já elaborou vários trabalhos de pesquisa no domínio do cimento. Em Abril de 2014 foi apresentado um traba-lho na “36ª International Conférence of Cément Microscopy” em Milão.

A SCG, no início do ano de 2014, ofere-ceu o seu antigo difractómetro ao labo-ratório de pesquisa da Escola Nacional de Engenharia de Gabès, para o desen-volvimento de trabalhos em mineralogia e para a identificação das suas fases.

líbano

A Ciments de Sibline aceita pedidos de visita por parte de estabelecimentos de ensino. Em 2014, recebeu alunos oriun-dos dos seguintes estabelecimentos:

> Beirut Arab University (BAU)

> Holy Spirit University of Kaslik

> Rafik Hariri University (RHU)

> Lebanese University

> Sibline Technical School

2. O GrupO Secil e a cOmunidade exteriOr

RelatóRio do conselho de administRação 2014_RelatóRio de Responsabilidade social 235

> American University of Beirut (AUB)

> American University for Science & Technology (AUST)

> Lebanese American University (LAU)

> American University for Culture & Education (AUCE)

A Empresa promove cursos de formação, com períodos máximos de 3 meses, para recém licenciados. Em 2014, frequenta-ram este curso 29 pessoas.

angola

A Secil Lobito estabeleceu protocolos com escolas do ensino médio, através dos quais os alunos realizam estágios profissionais nas instalações da Secil Lobito, em diversas áreas profissionais. Durante 2014 a Empresa recebeu 14 for-mandos.

b) cultura e deSPorto

tuníSia

A SCG patrocina várias associações culturais, recreativas e desportivas lo-cais, directa, e indirectamente, através do fundo colocado à disposição do Go-vernador de Gabès. Além deste fundo monetário, a SCG atribui anualmente até 500 toneladas de cimento para apoio das diversas entidades municipais, culturais e religiosas.

líbano

A Ciments de Sibline efectuou vários pa-trocínios a associações culturais e des-portivas, nomeadamente:

> Kamal Joumblatt Cultural Center – Sibline

> Al- Walaa Sportive Club – Ketermaya

angola

A Secil Lobito patrocinou algumas inicia-tivas de carácter cultural e desportivo, nomeadamente (i) a UNAC-União Nacio-nal dos Artistas e Compositores Angola-nos; (ii) a Festa de Carnaval que tem uma forte tradição no Município do Lobito e no qual participa, com o patrocínio directo ao grupo do Bairro do Golfe , (iii) a Rádio Lo-bito, e (iv) as festividades comemorativas dos 101 Anos da Cidade do Lobito.

Recentemente, um grupo de trabalhado-res criou o Grupo Desportivo Secil Lobito que conta já com inúmeras actividades e é apoiado financeiramente pela empresa.

c) Solidariedade Social

líbano

A Ciments de Sibline apoia a comunidade local, através de várias iniciativas, com principal destaque para o apoio social, a doação aos municípios e o patrocínio a instituições religiosas, nomeadamente:

> Sibline Municipality

> Anout Municipality

> Ketermaya Municipality

> Monastere St George – Naameh

> Lebanese Army

> Martyr’s family indemnity

> Lebanese Physical Handicapped Union

> Société de Saint Vincent de Paul – Liban

angola

A Secil Lobito apoia várias instituições tais como, a Administração Municipal do Lobito, Escolas, Organizações Religiosas e Hospitais. Destaca-se: (i) a construção da Igreja do Bairro do Golf; (ii) constru-ção da Igreja Tocoista do Alto Liro; e (iii) melhoramentos efectuados na Escola de Ensino Primário do Bairro de S. João no Lobito.

cabo verde

Em Cabo Verde promove-se o relacio-namento e a inclusão social com as co-munidades locais através de apoios de actividades importantes nas áreas da educação, da cultura e da religião. Estes apoios podem ser feitos através de doa-ções pecuniárias, materiais ou mesmo a disponibilização de meios. Em 2014, receberam apoio diversas instituições, tal como (i) o Jardim Infantil de João Varela, (ii) a Paróquia do Santíssimo Nome de Jesus e a (iii) a Associação “Os Varelen-ses”.

organigrama

Escola Francisco de Arruda, Lisboa

236

organigrama

RelatóRio do conselho de administRação 2014_oRganigRama 237

238

Secil

Portugal internacional

continente madeira tuníSia líbano angola cabo verde braSil outroS

cimentoS Secil cimentos madeira Société ciments ciments de Sibline Secil lobito Secil cabo verde grupo Supremo Secil algérie CMP (100%) (57,14%) de gabès (98,72%) (51,05%) (51%) (100%) (15%) (argélia) (97,9%)

betõeS e inerteS uniconcreto (100%) betomadeira (57,14%) Secil betões e inertes (100%) brimade (57,14%) Sudbéton (98,72%) Soime (51,05%) inertes de cabo unibetão (100%) Pedra Regional (29,14%) verde (62,50%) Britobetão (91%) Madebritas (29,14%) Secil britas (100%) JMHenriques (28,57%) Lusoinertes (100%) argamaSSaS e materiaiS Secil martingança (100%) IRP (75%)

Pré-fabricadoS Secil unicon (50%) Promadeira (57,14%) zarzis béton (98,52%) Secil Prebetão (39,80%) argibetão (90,87%)

ambiente e energia Prescor (100%) ave (35%) reficomb (100%) allma (70%)

tranSPorteS e ServiçoS grupo Setefrete (25%) Silonor ccv (100%) (frança) (100%) Somera (Panamá) (100%)

SociedadeS financeiraS ciminpart (100%) hewbol (100%) mc (49,36%) Secil angola (100%) nSoSPe (20,68%) Sociedade e outraS Serife (100%) florimar (100%) i3P (99,97%) de inertes (moçambique) (99%) Seciment (holanda) (100%)

RelatóRio do conselho de administRação 2014_oRganigRama 239

Portugal internacional

continente madeira tuníSia líbano angola cabo verde braSil outroS

cimentoS Secil cimentos madeira Société ciments ciments de Sibline Secil lobito Secil cabo verde grupo Supremo Secil algérie CMP (100%) (57,14%) de gabès (98,72%) (51,05%) (51%) (100%) (15%) (argélia) (97,9%)

betõeS e inerteS uniconcreto (100%) betomadeira (57,14%) Secil betões e inertes (100%) brimade (57,14%) Sudbéton (98,72%) Soime (51,05%) inertes de cabo unibetão (100%) Pedra Regional (29,14%) verde (62,50%) Britobetão (91%) Madebritas (29,14%) Secil britas (100%) JMHenriques (28,57%) Lusoinertes (100%) argamaSSaS e materiaiS Secil martingança (100%) IRP (75%)

Pré-fabricadoS Secil unicon (50%) Promadeira (57,14%) zarzis béton (98,52%) Secil Prebetão (39,80%) argibetão (90,87%)

ambiente e energia Prescor (100%) ave (35%) reficomb (100%) allma (70%)

tranSPorteS e ServiçoS grupo Setefrete (25%) Silonor ccv (100%) (frança) (100%) Somera (Panamá) (100%)

SociedadeS financeiraS ciminpart (100%) hewbol (100%) mc (49,36%) Secil angola (100%) nSoSPe (20,68%) Sociedade e outraS Serife (100%) florimar (100%) i3P (99,97%) de inertes (moçambique) (99%) Seciment (holanda) (100%)

240

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