Relatório de visita técnica Hospital São Marcos - Setor de Radioterapia
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Faculdade Novaunesc
Curso: Tecnólogo Em Radiologia
Disciplina: Radioterapia
Relatório de visita técnica
Hospital São Marcos - Setor de Radioterapia
Teresina-2012.
1. Introdução
A radioterapia vem sendo empregada no tratamento de tumores há mais de
cem anos, registrando significativos avanços durante esse período. Suas limitações
iniciais foram superadas, especialmente na primeira metade do século, com o
desenvolvimento de novos equipamentos. Já seus mais recentes progressos podem
ser atribuídos à informática, pela criação de softwares capazes de integrar imagens
e realizar planejamentos inteiramente computadorizados, que aumentaram ainda
mais sua eficácia e segurança.
Hoje, radioterapia, cirurgia e quimioterapia correspondem às principais
alternativas de tratamento do câncer, sendo cada vez mais utilizadas de forma
combinada.
A radioterapia é uma ferramenta bastante eficaz no tratamento do câncer, por
ser o uso dede radiações ionizantes com o objetivo de destruir ou inibir o
crescimento de células com comportamento anormal no organismo, e é mais
frequentemente empregada no tratamento do câncer, mas pode também ser
utilizada no controle de processos inflamatórios e de tumores benignos.
Nessa aula prática, nos alunos, fomos apresentados ao sistema de
planejamento e execução do processo de tratamento pela radioterapia, através da
observação dos componentes e estruturas do Setor de Radioterapia do Hospital São
Marcos.
Primeiramente fomos até a sala de simulação do tratamento, depois fomos a
oficina de confecção dos blocos de proteção, seguindo para a sala da física, sala de
braquiterapia e salas de teleterapia.
A visita ocorreu no sábado dia 17 de novembro de 2012.
1. Sala de simulação convencional
A primeira sala visitada foi a sala de simulação, nesta sala ficam todos os
instrumentos necessários para simular o tratamento do paciente. Ela define o
posicionamento, acessórios, isocentro, etc., no simulador.
O simulador possui uma ampola de raios-X, para fazer radiografias que
orientarão o tecnólogo na simulação, através do campo de radiação. O x e y são os
campos que determinam os campos.
O simulador deve simular diferentes isocentros dependendo do tipo de
tratamento, o simulador do hospital simula isocentro de 80 e 100 cm e o gantry do
simulador gira 180° para os dois lados.
Logo abaixo do gantry fica o intensificador de imagens, ele manda as imagens
para o monitor. Nas paredes ficam os lasers, que cruzam a sala, e se encontram no
isocentro, ele ajuda na marcação do posicionamento.
Todos os dados adquiridos na simulação devem ser anotados pelo tecnólogo
na ficha do paciente. Os dados que devem ser anotados são: angulação do gantry,
acessórios, colimadores, tipo de tratamento, localização do tumor, etc.
Os acessórios são muito importantes para o tratamento do paciente, pois
serão eles que garantirão a imobilização do paciente, para o melhor resultado
possível do tratamento.
Os acessórios observados na sala foram:
Mascara termosplatica, são mascaras de material maleável, que são
modeladas na cabeça do paciente. Nela são feitas as marcações.
Suporte de joelho, são usados no tratamento de quase todos os
pacientes, garante conforto ao paciente.
Belly Board, usado para o tratamento de reto, o paciente é posicionado
em DV com o abdome no orifício, para não afetar as alças intestinais.
Prancha de braço, para o tratamento de tórax, possui apoio para
pescoço.
Vack lock: bolsa com bolas de isopor que ao ser retirado o ar assume o
formato anatômico do paciente.
Esta sala possui dois comandos, um dentro e um fora. O comando de fora o
tecnólogo fica monitorando a simulação por uma janela de vidro blindado enquanto
ele faz as radiografias que servirão de base para o tratamento. Nestas radiografias
ele não deve esquecer-se da DFF.
2. Oficina de confecção dos blocos de proteção
Em seguida fomos para a oficina onde são confeccionados blocos de
proteção.
Nesta sala serão encontrados:
O cortador de isopor, instrumento responsável pelo corte do isopor, de
forma precisa, que formam os moldes para os blocos. A primeira coisa a ser notada
é a DFF, pois a parte fixa da arte da maquina simboliza a fonte e dela ate o filme é
a DFF. O lugar onde é colocado o isopor representa a distancia da fonte ate a
bandeja, onde serão colocados os blocos.
O alloy, material usado na blindagem, devido a características físicas
que o permite ser melhor na sua manipulação, comparado com o chumbo.
Panela para derreter o alloy, é onde o alloy é derretido para ser
colocado nos moldes de isopor.
Depois de confeccionado os blocos são testados, colocando-os no
acelerador, respeitando a DFF e DFB.
3. Sala da física
Em seguida fomos para a sala onde os físicos fazem os cálculos das doses e
a simulação virtual.
A simulação virtual é feita no computador, onde o paciente faz somente uma
simulação para definir acessórios, posicionamento, marcação dos lasers. O
computador faz a simulação em 3D, onde o medico delimita as áreas onde não
devem ser irradiadas.
4. Sala de braquiterapia
Em seguida fomos para a sala de braquiterapia, onde são realizados
tratamentos com radiação próximo da lesão.
No hospital é feito somente braquiterapia ginecológica, com tecnologia de alta
dose, usando o Irídio 192.
5. Salas de teleterapia
Em seguida fomos para as salas de teleterapia com acelerador linear. Onde
podemos observar como o tratamento é realizado, é onde a simulação é colocada
em pratica.
Ela possui todos os instrumentos necessários para a execução do tratamento,
como: os lasers para delimitar o isocentro; os acessórios dos pacientes; os blocos
de proteção, etc.
Na ultima sala vimos um acelerador com proteção multleaf, que são proteções
automáticas que moldado o campo de tratamento.