Relatório 9 - Galvanoplastia
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO
CURSO DE ENG. ELÉTRICA
DISCIPLINA: QUÍMICA GERAL PRÁTICA
PROFESSORA: ANDRÉA FERRAZ
RELATÓRIO DE EXPERIMENTO 9
GALVANOPLASTIA
Alunos: Carlos Tafarel Davi Ricarto
Turma: CB
Data: 24/10/2012
Juazeiro-Bahia
1. Introdução Teórica
O objeto de estudo da eletroquímica é as reações que envolvem a transferência
de elétrons entre duas espécies químicas, além dos fenômenos envolvidos na produção
de corrente elétrica a partir de reações de óxido-redução e a utilização de corrente
elétrica na produção dessas reações [1].
Reações de oxirredução consistem em reações químicas muito importantes,
neste tipo de reação sempre existirá perda e ganho de elétrons. Quando uma substância
perde algum elétron ocorre à oxidação desta substância e contrariamente a isso, a
redução refere-se ao recebimento (ganho) de elétrons. A eletroquímica é o estudo das
relações entre a eletricidade e as reações químicas [2]. As substâncias que estão
envolvidas em uma reação eletroquímica são caracterizadas pelo seu número
de elétrons. Cada elemento químico possui um número de oxidação característico, logo
para se determinar se uma reação é de oxirredução é necessário saber sobre os números
de oxidação de todos os elementos que estão envolvidos na reação, através deste
procedimento é possível prever quais elementos variam o estado de oxidação. No
processo de oxidação o número de oxidação da espécie que se oxida, cresce. Por outro
lado, durante a redução, o número de oxidação da espécie que se reduz, diminui[3]. Em
reações de redox a oxidação e a redução devem ocorrer, quando uma substância é
oxidada, a outra consequentemente deverá é reduzida.
É possível usar a energia elétrica (corrente elétrica) para fazer com que as
reações oxirredução não espontâneas ocorram, esse processo é conhecido como reações
de eletrólise[2]. A eletrólise ajuda na ionização ou dissociação do composto em íons
com a passagem de uma corrente contínua. As duas formas comuns de eletrólise são:
eletrólise ígnia e a eletrólise em meio aquoso, na primeira ocorre na ausência de água,
geralmente são compostos iônicos fundidos Já a segunda a eletrólise aquosa ocorre com
a passagem da corrente elétrica através de um líquido que conduz a eletricidade[3].
A galvanoplastia consiste em um processo que por eletrólise faz-se um íon se
reduzir e depositar-se em uma fina camada de metal em outro para melhorar o aspecto
visual e a resistência à corrosão. A prática da galvanoplastia está baseada nos eletrodos
ativos – eletrodos que participam do processo de hidrólise[2].
2. Objetivos
Aplicar conceitos da eletroquímica para analisar o processo de galvanização.
3. Procedimento Experimental
Eletroposição de cobre, antes da niquelação foi necessário primeiro dar um
banho de cobre na chave, uma vez que o níquel só apresenta boa aderência ao cobre ou
latão. Pegou-se a chave e lixou-a para retirar todo o seu recobrimento. Lavo-a com
bastante água destilada e, em seguida com álcool etílico. Após seca-la pesou-se a chave
em balança analítica, entretanto evitou-se tocá-la com as mãos para não sujá-la com a
gordura que supostamente tínhamos contida nas mãos. O banho de cobre foi preparado
pesando-se 10,0 g de sulfato de cobre e dissolvendo-se esta massa em 50 mL de uma
solução aquosa contento cerca de 1,0 g de ácido sulfúrico. Mergulhou-se na solução um
fio de cobre previamente lixado que funcionou como ânodo. Usou-se também um
pedaço de fio de cobre para amarrar a chave e mergulha-la na solução. A chave foi o
cátodo da cela eletrolítica. Conectaram-se estes eletrodos à fonte externa a 6,0 volts e
aguardou a eletroposição do cobre na chave. Quando se observou que a chave
apresentava uma coloração marrom-metálico característico do cobre, parou-se o
processo e lavou-se a chave com água destilada e em seguida com álcool etílico.
Secando-se e pesando-se novamente. A chave estava pronta para a niquelação.
Eletroposição de níquel, para preparar o banho de níquel pesou-se 6,0 g de sulfato de
níquel, 0,75 g de cloreto de amônio e 0,75 g de ácido bórico. Dissolveu-se todos estes
compostos em 50 mL de água destilada. Fazendo o uso de um papel indicador verificou-
se o pH da solução. Este tinha que está entre 3,8 e 4,6. Caso o pH estivesse fora deste
intervalo deveria-se usar a solução de ácido sulfúrico para baixar o pH (aumentar a
acidez), ou solução de carbonato de níquel para aumentar o pH. Mergulhou-se na
solução o ânodo e o cátodo (a chave) os quais estavam conectados à fonte externa de 6,0
volts. Deixou-se a eletroposição ocorrer até que se observou-se uma cor parecida com
prata metálica. Desconectou-se a cela eletrolítica, retirou-se a chave, lavando-a com
bastante água destilada, secou-se e a pesou-a novamente.
4. Resultados e Discussões
A primeira parte do experimento consistiu na eletrodeposição do cobre, depois
de lixado a chave para retirar todo o seu recobrimento, lavamos com água destilada e
álcool etílico e determinamos em balança analítica a massa da mesma que foi de 5,3703
g.
Após isso, preparamos o banho de cobre pesando 9,9754 g de sulfato de cobre e
dissolvendo essa massa em 50 mL de uma solução aquosa de ácido sulfúrico, como
podemos observar pela reação abaixo:
CuSO4(s) + H2SO4(aq) H2Cu(SO4)2(aq)
Mergulhamos nesta solução um fio de cobre previamente lixado que funcionou
como ânodo (oxidação), que é o pólo negativo da fonte eletrolítica como neste caso
de eletrólise, é o eletrodo de onde saem os ânions. Usamos também um pedaço de fio de
cobre para amarar a chave e mergulha-la na solução preparada anteriormente, a chave
funcionou como o cátodo (redução) da cela eletrolítica, o cátodo consiste
ao elétrodo positivo da fonte elétrica de alimentação que utilizamos. É no cátodo que
os íons negativos (ânions) foram atraídos.
O cobre da solução de sulfato de cobre foi utilizado no processo de
eletrodeposição e o ácido sulfúrico funcionou como um eletrólito para aumentar a
condutividade da solução devido à presença de íons sulfato. A passagem constante de
corrente (0,37 AMPS e 6,0 volts – fonte externa) no sistema provocou a seguinte
reação:
Cu+2
(aq)+ 2 e- Cu
0(s)
onde os íons de cobre que se depositaram sobre a chave foram provenientes tanto da
redução da solução de sulfato de cobre quanto da oxidação do ânodo de cobre presente
na célula eletrolítica. Passado alguns minutos, quando a chave ficou completamente
com uma cor de marrom-metálico característico do cobre, desligou-se a fonte externa e
a chave foi lavada novamente com água destilada e álcool etílico. Depois disso foi
levada a estufa e determinada novamente a sua nova massa, que foi de 5,6411 g. Logo
podemos concluir que ouve uma eletrodeposição de cobre metálico sobre a chave,
desconsiderando o valor do fio de cobre utilizado para amarrar chave que foi de 0,1033
g a eletrodeposição do cobre foi de 0,1675 g.
A segunda parte do experimento consistiu na eletrodeposição do níquel, onde
para preparar o banho de níquel foram utilizados 6,0093 g de nitrato de níquel, 0,7563 g
de cloreto de amônia e 0,7497 g de ácido bórico. Após a dissolução destes componentes
em 50 mL de água destilada, verificamos o potencial de hidrogênio desta solução que
era pH=4. O pH é considerado muito importante num banho de níquel, nos banhos
modernos o pH varia de 2,0 a 4,5, sendo considerado ideal valores entre 3,5 a 3,8. As
melhores propriedades do depósito serão obtidas mantendo-se a faixa de pH abaixo de
4. Como observado durante a eletrodeposição do níquel na chave, ouve a liberação de
gás hidrogênio como mostrado na reação abaixo:
2 H+ + 2e ↔ H2
O processo de eletrodeposição ocorreu até que se observou que a chave adquiriu
uma coloração parecida com prata metálica, onde desligamos a cela eletrolítica e
retiramos a chave da solução em que ela estava imersa. Feito isso a lavamos com
bastante água destilada, secando-a e determinando a sua nova massa na balança
analítica. A nova massa encontrada depois do processo de eletrodeposição do níquel foi
5,3492 g. A partir da nova massa obtida podemos inferir que ouve uma deposição de
0,2919 g de níquel sobre a chave.
Aumentando a condutividade elétrica no banho de níquel aumentamos a
velocidade de deposição do níquel sobre a chave, neste experimento usamos uma
voltagem de 6,0 volts com corrente de 0,58 AMPS. A utilização do ácido bórico na
composição da solução se justifica por se tratar de uma substância tampão, desde modo
ele atua como função tamponante, sobretudo na interface catodo/banho no qual ocorre
acentuadamente o aumento de pH.
5. Conclusões
O processo de recobrimento de uma superfície de algum metal por outro metal é
conhecido como galvanoplastia, quando a corrente elétrica é ligada, há uma
eletrodeposição dos íons positivos que migram através das soluções até atingirem o
ânodo, ficando lá depositados sobre chave. Em suma o experimento consistiu em duas
etapas de eletrodeposição de diferentes metais, a presença da corrente elétrica neste
processo transferiu os íons para a outra superfície que neste caso era a chave produto da
eletrodeposição. As reações produzidas neste processo não são espontâneas, pois foi
necessário fornecer energia elétrica para que pudesse deslocar os íons presentes .
6. Referências
[1] - USBERCO, J., Salvador, E.; (2002). Química - volume único. 5 edição. Saraiva,
São Paulo Parte 1: Química Geral, Unidade 9: Equilíbrio, páginas 356-381.
[2] - BROWN, Theodore L.; JUNIOR, H. Eugene LeMay; BURSTEN, Bruce E.;
BURDGE, Julia R. Química: A ciência Central. Volume único. 9ª Edição. Peaerson.
São Paulo, Capítulo 20: Eletroquímica, páginas 721-754, 2005.
[3] – Winkipédia. Reações de Redox. Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Rea%C3%A7%C3%A3o_redox > acesso em 20/10/2012
às 21:35.
[3] – Info Escola. Eletrólise. Disponível em:
<http://www.infoescola.com/quimica/eletrolise/ e
http://pt.scribd.com/doc/7145724/Quimica-Aula-19-Eletrolise> acesso em 09/10/2012 às
21:15.
7. Questões
1) Primeiramente faria a eletrodeposição do cobre sobre o soldadinho e depois a
eletrodeposição do níquel, pois a primeira ajuda a segunda a manter uma aderência da
segunda o que protege da corrosão oxidação e ataques de bactérias.
2) O cobre ajuda o níquel a manter uma melhor aderência.