RELATORIO 11 - VOLTÍMETRO E AMPERÍMETRO
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE ENERGIAS E MEIO AMBIENTE
PRÁTICA 11: VOLTÍMETRO E AMPERÍMETRO
ALUNA: LARISSA SANTANA BELIZÁRIO DUARTE
PROFESSOR: NILDO LOIOLA DIAS
TURMA: 34
FORTALEZA-CE2013
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………………...03
2. OBJETIVOS………………………………………………………………………...06
3. MATERIAL UTILIZADO………………………………………………………..….06
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL…………………………………………….07
5. CONCLUSÃO……………………………………………………………………....13
QUESTIONÁRIO………………………………………………………………...…14
REFERÊNCIAS………………………………………………………………….....17
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1. INTRODUÇÃO
Um gerador elétrico é qualquer mecanismo que produza energia elétrica.
Um aparelho que possua carência de elétrons em uma extremidade e excesso em
outra é chamado de gerador (uma pilha, por exemplo). A diferença de potencial
(DDP) gerada por essa distribuição desigual, também chamada de tensão, ocasiona
um fluxo de elétrons de um pólo para outro do corpo, fluxo este denominado
corrente elétrica. Por conveção, o sentido da corrente elétrica é contrário ao
movimento dos elétrons.
Figura 1 - Corrente Elétrica em uma Pilha Comum
Com base na coordenação do fluxo de elétrons dentro de um circuito, a
corrente elétrica pode ser classificada como contínua ou alternada. Uma corrente é
dita contínua quando o fluxo de elétrons do circuito passa sempre por um mesmo
sentido, seja do pólo positivo para o negativo (sentido convencional de corrente) ou
do negativo para o positivo (fluxo real de elétrons). Um exemplo muito comum de
circuitos que utilizam corrente contínua são as pilhas e baterias. Já a corrente
alternada é caracterizada por um fluxo alternado no sentido dos elétrons, ou seja, os
elétrons mudam de direção a todo instante. A tensão alternada pode variar entre
negativa e positiva cerca de 60 ou até 120 vezes por segundo. Esse tipo de corrente
é amplamente utilizada no abastecimento de rede elétrica de uma cidade, por
exemplo, pelo fato de poder percorrer longas distâncias, ao contrário da corrente
contínua, que é utilizada apenas em pequenos circuitos.
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Para se medir a tensão elétrica (ou diferença de potencial, DDP) de um
circuito, utiliza-se o voltímetro, aparelho que fornece a voltagem (em Volts, V) de um
aparelho ou circuito.
Figura 2 - Esquema de Medição com Voltímetro
Na prática em questão, foi utilizado um multímetro digital, da marca
H.G.L, modelo CE 2000N. Deve-se salientar que há alguns cuidados a serem
tomados quanto à medição com o voltímetro. Primeiramente, deve-se escolher uma
escala apropriada, pois se a ordem de grandeza da tensão a ser medida for maior
que a do aparelho, o mesmo pode ser danificado; o voltímetro deve ser ligado em
paralelo com o objeto cuja tensão se deseja medir; se a tensão for contínua, a tecla
AC/DC não deve ser apertada, caso contrário, se a corrente for alternada, deve-se
apertar o botão.
Já para se medir a corrente elétrica do circuito, em ampères (A), utiliza-se
outro instrumento, o amperímetro.
Figura 3 - Esquema de Medição com Amperímetro
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A utilização do amperímetro também exige alguns cuidados, como na
escolha da escala a ser utilizada, na conexão do aparelho ao circuito, que deve ser
feita em série, e na conexão das pontas de prova. Ao terminal “COM”, negativo,
deve-se conectar a ponta de prova preta. Já a ponta de prova vermelha, que é
positiva, deve ser conectada ao terminal que contém a letra “A”, entretanto, para a
escala de 10 A, deve-se conectá-la a um terminal mais à esquerda, indicado por
“10A”. Novamente, se a corrente for alternada, aperta-se o botão AC/DC, caso
contrário, se for contínua, não se aperta o botão.
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2. OBJETIVOS
Conhecer e utilizarar as funções “voltímetro” e “amperímetro” de um
multímetro digital, montar e verfificar como funciona um divisor de tensão, e estudar
como se modifica a corrente em um circuito quando se varia a voltagem ou a
resistência.
3. MATERIAL UTILIZADO
Fonte de tensão regulável;
Placa de circuito impresso;
Resistores (Rx e tábua com 5 resistores iguais em série);
Potenciômetro (10 kΩ);
Multímetro digital (dois);
Garras jacaré (duas);
Cabos (cinco).
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4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
PROCEDIMENTO 1: Utilizando o Voltímetro.
ESCALAS DO VOLTÍMETRO
A escala de um voltímetro é a maior tensão que o voltímetro pode medir,
de acordo com a escolha da chave seletora. Essa escolha deve ser feita tomando
por base a ordem de grandeza da medida que se queira realizar.
No multímetro utilizado na prática em questão, as escalas de corrente
contínua do voltímetro variavam de 200 mV – 2 V – 20 V – 200 V – 1000 V.
MEDIDAS DE TENSÃO CONTÍNUA
Primeiramente, ajustou-se a fonte de tensão para 10 V e, depois, a escala
do voltímetro para 20 V. Com o mesmo, verificou-se a saída da fonte, que estava
regulada em 10,02 V. As conexões foram ajustadas de acordo com a figura a seguir,
de modo que a tensão da fonte fosse dividida proporcionalmente às resistências de
cada resistor do circuito.
Figura 4 - Circuito do procedimento 1 (Voltímetro)
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As tensões entre os pontos do circuito foram medidas e devidamente
anotadas na Tabela 1, a seguir:
Tabela 1 - Medidas de Tensão
V01 V02 V03 V04 V05 V15 V12 V23 V34 V45
Valor
medido (V)2,07 3,47 5,96 9,07 10,01 7,92 1,40 2,48 3,09 0,941
Escala
utilizada (V)20 20 20 20 20 20 20 20 20 20
Com os dados obtidos, verificou-se que
Os valores não foram iguais, mas foram bem próximos, portanto,
satisfatórios.
DIVISOR DE TENSÃO
O circuito da Figura 4 é denominado divisor de tensão, pois a tensão da
fonte E é dividida em tensões menores, proporcionais a R1, R2, R3, etc. Montou-se
um divisor de tensão com uma resistênia fixa Rx e um potenciômetro. Desse modo,
variando a resistência do potenciômetro, a tensão sobre o resistor Rx podia ser
regulada.
Primeiramente, mediu-se a resistência do resistor Rx com um ohmímetro,
que era de 9,86 Ω. A tensão da fonte foi ajustava para 10 V, e o circuito foi montado
com o resistor Rx e o potenciômetro de 10 kΩ, conforme a figura 5:
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Figura 5 - Divisor de tensão ajustável
O potenciômetro foi ajustado de modo a obter-se uma tensão sobre o
resistor Rx, de acordo com a Tabela 2 a seguir. As tensões medidas sobre o
potenciômetro VAB, foram devidamente anotadas na tabela.
Tabela 2 - Valores de tensão para o potenciômetro do divisor de tensão
VRx (V) 9,00 7,01 5,02 4,87
VAB (V) 0,98 2,97 4,96 Não é possível
MEDIDAS DE TENSÃO ALTERNADA
Ao ajustar o muletímetro para medir uma tensão alternada, a tensão
medida é chamada de tensão eficaz (VEF), que é o valor de tensão contante que, ao
ser aplicado a um mesmo resistor que a tensão senoidal dada por , onde VP
é o valor de pico da tensão senoidal, produza a mesma dissipação de potência.
As tensões alternadas das tomadas da bancada foram me didas, e
seus valores eficazes, valores de pico e as escalas utilizadas foram dispostos na
Tabela 3, a seguir:
Tabela 3 - Medidas de Tensão Alternada
Vnominal (V) Escala (V) VEF MEDIDO (V) VPICO (V)
TOMADA DA MESA (1) 220 1000 217 306,88
SAÍDA DA FONTE (1) 6 20 6,07 8,58
SAÍDA DA FONTE (2) 12 20 12,20 17,25
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PROCEDIMENTO 2: Utilização do Amperímetro.
ESCALAS DO AMPERÍMETRO
Da mesma forma que foi feito com o voltímetro, a escolha da escala do
amperímetro foi feita em função da ordem de grandeza da medida a ser realizada.
As escalas do amperímetro utilizado eram de 200 µA – 2 mA – 20 mA –
200 mA – 10 A.
CORRENTE EM FUNÇÃO DA TENSÃO
Montou-se um circuito conforme indicado na Figura 6, a seguir, de modo
que fosse medida a corrente através de um resistor R ligado à fonte de tensão
fornecida.
Figura 6 - Circuito para medida da corrente em função da tensão
ESCOLHA DAS ESCALAS NOS MULTÍMETROS:
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Já que, de acordo com a Tabela 4, a tensão máxima utilizada foi de 10 V,
a escala escolhida no amperímetro teve por base a corrente máxima que poderia
passar para essa tensão e uma resistência de 330 kΩ. Esse valor foi obtido por:
Portanto, a escala utilizada no amperímetro foi de 200 µA. A tensão na
fonte foi ajustada de modo que, sobre o resistor de 330 kΩ, fosse aplicada cada uma
das tensões indicadas na Tabela 4. As correntes correspondentes e as tensões
efetivamente aplicadas foram devidamente anotadas na Tabela 4:
Tabela 4 - Medidas de corrente versus voltagem
V (volts) * V (volts) ** I (µA) V/I (Ω)
2 2,02 6,30 320,6
4 4,03 12,5 322,4
6 6,00 18,6 322,6
8 8,02 24,9 322,0
10 10,03 31,2 321,5
* Voltagem sugerida ** Voltagem efetivamente aplicada
CORRENTE EM FUNÇÃO DA RESISTÊNCIA
Apos certificar-se de que a tensão da fonte estava ajustada em 10 V,
montou-se o circuito mostrado na Figura 7, a seguir:
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Figura 7 - Circuito para medida da corrente em função da resistência
As resistências foram medidas e anotadas conforme segue na Tabela 5:
Tabela 5 - Corrente em Função da Resistência
Resistores RMEDIDO (MΩ) I (µA)
R1 0,328 29,6
R1+R2 0,656 14,8
R1+R2+R3 0,987 9,9
R1+R2+R3+R4 1,317 7,4
R1+R2+R3+R4+R5 1,645 5,9
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5. CONCLUSÃO
Desse modo, com a realização da prática, aprendeu-se a utilizar o
voltímetro e o amperímetro de um multímetro de forma correta, tomando todos os
cuidados para que as medições fossem as melhores possíveis. Também foi
aprendido o conceito e a montagem de um divisor de tensão, o qual distribui a
tensão de um gerador de forma proporcional a cada resistor de uma associação de
resistores.
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QUESTIONÁRIO
1. Indique a escala do multímetro que você utilizaria para medir as
seguintes tensões:
a) Arranjo de 6 pilhas comuns em série;
200 V
b) Alimentação do chuveiro elétrico;
1000 V
c) Bateria de um automóvel.
20 V
2. Considere o circuito ao lado onde R1 = 100
Ω e R2 = R3 = 200 Ω. Sabendo que a fonte
está regulada em 10 V, determine a
voltagem a que está submetido cada um
dos resistores R1, R2 e R3.
A corrente que passa pelo resistor 1 é de 0,05 A, porém, no que concerne à
associação em paralelo, ela se divide, ou seja, a corrente que passa pelo
resistor 2 é de 0,025 A, a mesma que passa pelo resistor 3. Logo:
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3. Calcule qual seria a resistência necessária do potenciômetro usado no
procedimento 1.7 para se obter uma tensão de 4 V sobre R1.
4. Considere o circuito esquematizado ao
lado:
a) Desenhe o circuito novamente,
mostrando como você ligaria a um
amperímetro para medir a corrente
fornecida pela fonte E.
b) Faça um outro desenho mostrando como medir a corrente em R1.
c) Faça um outro desenho mostrando como medir a corrente em R3.
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5. Em relação ao circuito da questão anterior, calcule a corrente em cada
resistor e indique a escala do amperímetro indicada em cada caso.
Já que Req = 486,2 Ω, a corrente que passar pelo circuito é de 0,02 A.
Portanto,
6. Faça o gráfico de V versus I com os resultados da Tabela 11.4.
7. Faça o gráfico de I versus R com os resulados da Tabela 11.5.
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REFERÊNCIAS
FERRARO, Nicolau Gilberto. Amperímetro. Voltímetro. Ponte de Wheatstone.
São Paulo. 21 de agosto de 2013. Disponível em:
<http://osfundamentosdafisica.blogspot.com.br/2013/08/cursos-do-blog-
eletricidade_21.html>. Acesso em: 05 dez. 2013 às 17:37.
RODRIGUES, Thiago. O que é Tensão Elétrica? [S.L.]. 2010. Disponível em:
<http://www.mundomax.com.br/blog/eletronicos/o-que-e-tensao-eletrica/>. Acesso
em: 05 dez. 2013 às 17:25.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Instituto de Física de São Carlos. Laboratório de
Eletricidade e Magnestismo. Instrumentos de Medidas Elétricas I: Voltímetros,
Amperímetros e Ohmímetros. São Paulo. 2010. Disponível em:
<http://www.ifsc.usp.br/~strontium/Teaching/Material2010-
2%20FFI0106%20LabFisicaIII/08-InstrumentosdeMedidasEletricas-I.pdf>. Acesso
em: 05 dez. 2013 às 17:53.
VANKS, Estevão. Tensão Elétrica e Diferença de Potencial. [S.L.]. 2008.
Disponível em: <http://www.efeitojoule.com/2008/04/tensao-eletrica-e-ddp.html>.
Acesso em: 05 dez. 2013 às 17:30.
RESNICK, Robert; HALLIDAY, David. Fundamentos de Física, Volume 3:
Eletromagnetismo. 8 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.